revista ribatejo invest / dezembro 2015

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RENOVA Empresa do Ano Dezembro 2015 | N.º 3 + Marcas Gumelo lança cerveja de cogumelos UMA® Desenvolvimento Regional Sugal investe 8 milhões de euros em linhas industriais Tetra Recart® Internacionalização Couro Azul fornece pele para... a Porsche Pedro Ribeiro: “Almeirim tem os melhores agricultores da Europa”

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A Ribatejo Invest dá, nesta edição, especial destaque às empresas premiadas no Galardão Empresa do Ano, realizado em parceria com o Jornal O Mirante. É de casos de sucesso que se faz esta edição, como a Renova, a Sugal e a Couro Azul, duas das empresas case study da região, que dispensam apresentações. Percorremos também o distrito em busca de novos protagonistas e de novas marcas que começam agora a dar que falar nas suas áreas de negócio, como a Green Apple, no setor do mobiliário e decoração, e a Nutricuida. Jovens empresas que nasceram do espírito empreendedor e da resiliência dos seus promotores.

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RENOVA

Empresa do Ano

Dezembro 2015 | N.º 3

+

Marcas

Gumelo lança cerveja de cogumelos UMA®

Desenvolvimento Regional

Sugal investe 8 milhões de euros em linhas industriais Tetra Recart®

Internacionalização

Couro Azul fornecepele para... a Porsche

Pedro Ribeiro: “Almeirim tem os melhores agricultores da Europa”

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3www.nersant.pt DEZEMBRO 2015

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ÍNDICE

Dezembro 2015 | N.º 3

FICHA TÉCNICA

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Diretora:Maria Salomé Rafael

Conselho Redatorial:Cláudia MonteiroSandra [email protected]

Isento de registo na ERC ao abrigo do decreto regulamentar 8/99 de 9/6 artigo 12.º, n.º 1 a)

Publicidade:Maria João [email protected]

Propriedade:NERSANT, AE.Várzea de Mesiões - Apartado 1772354-909 Torres NovasTel.: 249 839 500 | Fax: 249 839 509 www.nersant.pt

Periodicidade:Mensal

Tiragem:250 exemplares

DESENVOLVIMENTO REGIONAL 04 Breves

05 Produtos / Marcas: Sugal

06 Notícias

10 Produtos / Marcas: Gumelo Uma®

12 Poder Local

14 Entrevista a Pedro Ribeiro, Presidente da Câmara Municipal de Almeirim

INFORMAÇÃO E APOIO 18 Portugal 2020

19 Programa Operacional Temático Inclusão Social e Emprego

21 Portal da Economia Social do Ribatejo

22 Mini PC, um computador na palma da mão

VIVER O TEJO24 Comboio do Ribatejo

DESENVOLVIMENTO REGIONAL 26 Especial Galardão Empresa do Ano

EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO32 Notícias

34 Empreendedorismo: Green Apple

36 Sítio do Empreendedor: Nutricuida

INTERNACIONALIZAÇÃO38 Empresas exportadoras: Couro Azul

41 Notícias

44 Informação de mercado: Cabo Verde

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4 www.nersant.ptDEZEMBRO 2015

A empresa MetalOurém lançou um novo website, compatível com novas tecnologias e centrada numa gestão de informação mais rápida e efi ciente. O portal, disponível em http://www.metalourem.com/, apresenta a empresa e dá a conhecer o seu portfólio.A MetalOurém, S.A, com sede social na zona industrial de Seiça, freguesia de Seiça, concelho de Ourém, foi constituída em Setembro de 1997 e resultou da vontade de uma família com fortes ligações no setor de transformação e comercialização de materiais em metal. A estratégia/ missão que esteve na génese da criação da MetalOurém S.A., processo de transformação e comercialização de materiais metálicos, a “MetalOurém, S.A.” propôs-se a oferecer elevados níveis de efi ciência, qualidade e fl exibilidade, fornecendo componentes de qualidade ao mais baixos preços, fruto do seu forte conhecimento do setor e da sua forte especialização/ experiência. A MetalOurém, propôs-se, pois produzir componentes e estruturas ao baixo preço, nomeadamente para mercado das empresas de construção civil e particulares de todo o país.

DESENVOLVIMENTO REGIONAL

METALOURÉM TEM NOVO WEBSITE…

A Prodyalca tem à disposição dos seus clientes e demais interessados, um novo catálogo em formato digital, onde apresenta toda a sua gama de produtos. O catálogo está já disponível para consulta, através do seguinte link: http://issuu.com/evacadima/docs/catalogo_prodyalca/1?e=0 Fundada em setembro de 2004, a Prodyalca dedica-se à conceção e desenvolvimento, fabricação e comercialização de vários produtos químicos para tratamento de águas, manutenção industrial, construção civil, canal Horeca, bem como papel industrial, equipamentos e vários utensílios de limpeza. A sede da empresa é no concelho de Alcanena.

…E A PRODYALCA UM NOVO CATÁLOGO DIGITAL

Editorial

Ribatejo Invest

A Ribatejo Invest dá, nesta edição, especial destaque às empresas premiadas pela NERSANT no evento Galardão Empresa do Ano, realizado em parceria com

o Jornal O Mirante e que se realizou este ano em Benavente. Fomos ouvir os testemunhos de alguns desses empresários que se destacaram com mérito pelo seu trabalho e que ajudaram a alavancar a economia ribatejana.É de casos de sucesso que se faz esta edição, como a Renova, a Sugal e a Couro Azul, duas das empresas case study da região, que dispensam apresentações. Percorremos também o distrito em busca de novos protagonistas e de novas marcas que começam agora a dar que falar nas suas áreas de negócio, como a Green Apple, no setor do mobiliário e decoração, e a Nutricuida. Jovens empresas que nasceram do espírito empreendedor e da resiliência dos seus promotores.E assim viramos a página para 2016. Um ano que, por agora, nos traz muitas incertezas, mas que será determinante para o futuro das nossas empresas e para o sucesso da nossa economia. Esperamos que os próximos meses nos tragam a necessária estabilidade política e social e que os novos intervenientes confl uam no diálogo social e na adoção de medidas promotoras de novos investimentos, sem retroceder no caminho que já foi percorrido. A NERSANT há muito que tem vindo a propor um conjunto de medidas de caráter fi scal, de apoio ao fi nanciamento e recapitalização das empresas, entre outras, para dinamizar e desenvolver o tecido empresarial. Aguardamos pois, com expetativa, que algumas delas possam vir este ano a concretizar-se, a bem da nossa economia.

Maria Salomé Rafael

Presidente da Direção da NERSANT

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A empresa Sugal, proprietária da marca Guloso e um dos maiores produtores mundiais de produtos processados de tomate, investiu 8 milhões de euros na adoção do sistema Tetra Recart® na sua fábrica de Benavente. Este investimento permitirá ao grupo uma oferta anual adicional de 80 milhões de embalagens de produto para o mercado retalhista.

A instalação destas novas linhas de alto rendimento, que representam uma capa-cidade de enchimento de 24.000 embala-gens/hora de tomate fresco do Ribatejo, irá revolucionar a oferta no segmento através da migração total da gama de Pedaços da marca Guloso, atualmente constituída por latas, para um formato inovador, mais friendly para a cadeia de distribuição, consumidor e ambiente. A marca passa assim a ser a única no mercado nacional a oferecer tomate em pedaços embalado em Tetra Recart®.

A embalagem Tetra Recart® é com-posta por cartão, o principal constituinte, plástico (polipropileno) e uma fi na pelí-cula-barreira de alumínio, residindo aí a diferença de material na embalagem, que

suporta elevadas temperaturas, humida-de e a pressão associadas ao processo de esterilização em Autoclave (processo de tratamento de alimentos já acondicio-nados em embalagens, habitualmente lata, vidro ou plástico). Esta embalagem está vocacionada para embalar em cartão produtos de tomate em pedaços e intei-ro, frutas, vegetais, molhos, sopas e refei-ções pré-preparadas. O prazo de validade dos alimentos acondicionados em Tetra Recart® depende do tipo de alimento, mas

Sugal investe 8 milhões de euros em linhas industriais Tetra Recart®…

poderá ir até 24 meses, sem conservan-tes nem necessidade de refrigeração. Por este motivo, este sistema reduz custos e aumenta a efi ciência ao longo da cadeia de produção e distribuição. A pegada de carbono e o impacte ambiental dos transformadores é também reduzida. A embalagem é 100% reciclável e composta maioritariamente por cartão, um recurso renovável, proveniente de fl orestas geridas de forma sustentável e certifi cadas pelo Forest Stewardship Council®.

…E lança oferta inédita na categoria de bebidas

Não é só de concentrado de tomate que se faz a Guloso. A marca detida pela Sugal, para assinalar o 70.º aniversário, lançou no mercado retalhista uma edição limitada e inédita na sua história. Trata-se do Sumo de Tomate com Hortelã, que junta o tomate do Ribatejo com a frescura daquela aromática.

Com sabor “rico, a textura rústica e a muita frescura”, a nova bebida pretende conquistar “não só os frequentes consumidores de sumo de tomate mas também os mais curiosos, atentos à inovação e às ofertas de bebidas mais saudáveis, que privilegiam um produto cujo principal fruto tem propriedades benéfi cas para o orga-nismo”, explicou a marca em comunicado.

Para consumir “bem fresco, com gelo ou granizado, puro ou como base de cocktails”, este novo produto encontra-se disponível em garrafa de vidro clássica de 480 ml.

O rótulo desta edição limitada é de “carácter distintivo, em linhas de tom metálico, sobre

fundo negro e uma linha gráfica a evidenciar o seu carácter premium”. O packaging conta ainda a história do logótipo da fundação da marca – o galo, elemento que nos campos agrícolas escolhe

sempre alimentar-se do melhor tomate”.Fundado há mais de 50 anos, o grupo Sugal

é hoje um dos maiores produtores de con-centrado e polpa de frutas a nível global, mantendo-se ainda assim um negócio de família. O crescimento constante tem sido o resultado de um esforço de equipa ao lon-go de 5 décadas, do investimento contínuo em tecnologia e uma atitude persistente na busca de atingir o compromisso contínuo de qualidade e sustentabilidade. A Sugal, com sede na Azambuja e fábrica em Benavente, vende para o exterior perto de 95 por cento da sua produção de concentrado de tomate. Tem também já a funcionar duas fábricas no Chile.

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A empresa Tepsol pode agora personalizar as grades de segu-rança que produz com o design da marca das empresas.

Sediada em Santarém, a Tep-sol produz uma vasta gama de artigos para quem preza o conforto, segurança e bem-estar. Dispõe de um conjunto de soluções integradas para a casa, espaço comercial ou industrial, dos quais destaca-mos os portões residenciais ou industriais, grades de seguran-ça, automatismos, portas rápi-das, portas automáticas, portas de fole, mosquiteiros, estores, toldos, coberturas, jardins de

inverno, algeroz, portas, jane-las, resguardos de banho e mui-tas outras soluções por medida, desenvolvidas de acordo com cada projeto em particular. A empresa instala e presta Assis-tência Técnica. Saiba mais em wwwww.tepsol.pt.

DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Ilustração do catálogo da Fravizel em destaque

A Fravizel S.A. esteve presente no Encontro Internacional de Ilustração de S. João da Madeira na conferência “Ilustração e Empresas”. Tudo gra-ças às ilustrações elaboradas para o catálogo de produtos da empresa.

Nesta conferência, a empresa falou sobre a importância da ilus-tração no seu catálogo de produtos. A Fravizel – Equipamen-tos Metalomecânicos, tem por missão desenvolver, produzir e comercializar produtos e serviços destinados ao setor da Rocha Natural, Construção Civil e Obras, Florestal, Minas, Portos Marí-timos e Indústria em geral obra pública. O catálogo da Fravizel pode ser consultado no portal da empresa, em www.fravizel.pt.

Novo produto da AlfrigoA empresa Alfrigo, comércio de equipa-

mento de hotelaria situada na zona indus-trial de Almeirim criou um grelhador que poderá ser feito à medida do cliente. É um produto de qualidade superior, uma vez que é todo em alumínio, reduzindo o risco de deterioração. A empresa de

Almeirim dedica-se a atividades ligadas ao setor de instalação de equipamentos de hotelaria, lavandarias, ar condiciona-do e aquecimento de águas sanitárias, apostando no presente e antecipando o futuro. Estabelece parcerias de trabalho com prestigiadas empresas de construção

civil do país e também com diversos clien-tes fi nais, criando, desta forma, diversas sinergias que têm posicionado a Alfrigo como uma empresa sólida e moderna.

Tepsol Lda. personaliza grades de segurança com marca das empresas

A empresa Maxipet marcou presença na Avisan - Exposição Nacional de Aves, Animais de Companhia, Equipamentos e Acessórios, que decorreu em San-tarém de 04 a 06 de dezembro.

Com a participação nesta fei-ra, a empresa de Ferreira do Zêzere pretendeu promover os seus produtos, com especial enfoque no happyOne. Trata-se de um alimento concebido por nutricionistas, conhecedores das reais necessidades de cães e gatos. Testada e aprovada em laboratório, com base em rigorosos testes de qualidade, e elaborada com BIOCOMPLEX, happyOne tem como base maté-rias-primas criteriosamente selecionadas, e adequa-se a todos os animais, mesmo aos mais sensíveis. Durante o even-

to a empresa ofereceu prémios e promoveu ainda a realização de uma campanha solidária: por cada gosto recebido na página de facebook da Maxi-pet, a empresa ofereceu uma refeição à ASPA – Associação Scalabitana Protecção Animal.

A Maxipet é uma empresa nova, tendo a sua abertura ocor-rido em fevereiro deste ano. É um projeto pioneiro em Por-tugal no fabrico de rações pre-mium e super premium, com capitais e sócios 100% nacionais.

Maxipet promoveu happyOne na Avisan

-a

a-

A Mercar – Sociedade Portu-guesa de Comércio e Reparação de Automóveis, Lda., tem neste momento em vigor uma opor-tunidade de negócio para as empresas que tenham interesse em trocar a sua frota automó-vel. A empresa de Abrantes está a divulgar toda a sua gama de comerciais Renault, que podem ser adquiridos a partir de 199€ por mês. As viaturas terão quatro anos de manutenção e 80.000 Km (exemplo para um Kangoo Express 1.5 dCi 75cv Business com contrato de AOV Renault Business Finance a 48

meses sem entrada e sujeito à aprovação). Esta é uma opor-tunidade de negócio aliciante para as empresas que estão a ponderar trocar a sua frota automóvel. Refi ra-se que esta oferta é válida apenas para empresas e estará em vigor até 31 de dezembro.

A Mercar está no mercado desde 1983. Os seus contactos são 241 360 800 (telefone) e 241 360 808 (fax). Os interessados podem ainda consultar a toda a oferta da Mercar em http://www.renault.pt/concessao/mercar.

Mercar tem oportunidade para empresas

ALFRIGO

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A marca Casal da Coelheira recebeu a medalha de ouro referente ao Mythos 2012 e medalha de prata referente ao Casal da Coelheira Reserva, na sequência da entrega dos prémios do XV Concurso La Selezione del Sindaco (“Seleção do Pre-sidente”).

O Casal da Coelheira conquistou também recentemente duas Medalhas de Ouro para os Casal da Coelheira Tinto 2012 e Casal da Coelheira Reserva Tinto 2012 no Concurso Mundus Vini na Alemanha. Também neste concurso foi distinguido o vinho Mythos Tin-to 2012 com a Medalha de Prata. Em Paris, no Concurso Vinalies o Casal da Coelheira Branco 2014 foi premiado com a Medalha de Prata.

O objetivo principal da Quinta do Casal da Coelheira, de Abrantes, passa por oferecer ao consumidor vinhos consistentes, com a garantia da melhor qualidade ao melhor preço. O empenho permanente pela quali-dade tem sido reconhecido pelo consumidor, com o crescimento constante do mercado,

Prémios para Vinhos Casal da Coelheira…

…e para Vinho Terras da GamaO produtor de vinhos Sociedade Agríco-

la Terras da Gama, do Concelho de Mação, ganhou uma medalha de prata no âmbito do XIV Concurso Internacional de Vinhos “La Selezione del Sindaco”, que se realizou no Palácio do Marquês de Pombal, em Oeiras. Também o Município foi agraciado com um diploma, nesta iniciativa internacional que promoveu a participação conjunta de pro-dutores e respetivos Municípios.

“La Selezione del Sindaco” é um prestigiado concurso enológico que, este ano e na sua 14.ª edição, se realizou pela primeira vez fora de Itália, numa organização da AMPV – Associação de Municípios Portugueses do Vinho, em parceria com a associação italiana Cittá del Vino e Rede Europeia das Cidades do Vinho (Recevin). A cerimónia de entrega dos prémios decorreu no Festival da Gastro-

nomia em Santarém, no dia 29 de outubro.Refira-se que, segundo a AMPV, o Con-

curso “La Selezione del Sindaco” “colocou à prova mais de 1100 vinhos de toda a Europa e Brasil, dos quais 400 foram portugueses, tendo as amostras sido avaliadas por um júri internacional composto por 80 provadores, com a ajuda de um software especifi camente criado para o efeito.

A AMPV destaca “não só a adesão signifi ca-tiva dos municípios e produtores nacionais, como igualmente a qualidade dos vinhos – do total de 301 medalhas atribuídas, 146 premiaram vinhos portugueses”. O concurso conferiu um total de 131 Medalhas de Prata, das quais 51 foram para Portugal; 143 Meda-lhas de Ouro, tendo Portugal arrecadado 78; e 27 Medalhas Grande Ouro, com Portugal a distinguir-se também aqui, recebendo 17.

Rodalgés é PME Líder

De acordo com Rui Paiva, “por cumprir todos estes rigorosos cri-térios, a RODALGÉS está de para-béns e naturalmente orgulhosa do seu desempenho e da sua equipa, agradecendo a confi ança dos nos-sos clientes e fornecedores. Uma PME de sucesso é obviamente uma empresa que vai mais além, pelo que continuamos dedicados neste caminho de crescimento, a trabalhar para garantir relações de confi ança e sucesso”.

Para o representante da empresa este representa “um passo muito importante e distintivo, reconhe-cendo o nosso crescimento susten-tado e valor no mercado.”

Presente no mercado nacional desde 1998, a Rodalgés é a repre-sentante ofi cial das marcas GAY-NER e BLICKLE, conceituadas empresas multinacionais, forne-cendo soluções profi ssionais para armazéns, unidades fabris e cen-tros de distribuição, comerciali-zando equipamentos para movi-mentação, elevação e transporte de cargas”.

O core business são as Rodas e Rodízios para todo o tipo de aplica-ções, com soluções profi ssionais da GAYNER e BLICKLE, dispondo de mais de 30.000 soluções standard com capacidade de carga até 50 TON por roda, destacando a sua qualidade e segurança, e ainda com a possibilidade de fabricações à medida. A empresa situa-se em Coruche.

e atra-vés das várias dis-tinções obti-das em concursos nacionais e interna-cionais de grande refe-rência, nomeadamente em Londres - Winternatio-nal Wine Challenge, em Paris - Vinalies Internationales, e em Bruxelas - Concours Mondial du Vin, concursos onde também já foram distinguidos.

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DESENVOLVIMENTO REGIONAL

A TECNIPEC – Serviços Pecuários, S.A., empresa de Montalvo na área das rações, continuando a sua missão de expandir a oferta salvaguardando a segurança e qua-lidade dos seus produtos, está a lançar no mercado o primeiro Tecni Tacos desenvolvi-do para pequenos ruminantes: Tecni Tacos Ovinos.

Tecni Tacos, um alimento composto complementar para ruminantes em regime extensivo, foi lançado primeiramente para vacas de campo, através de Tecni Tacos 15, com 15 por cento de proteína bruta.

Recentemente, a Tecnipec ampliou as opções que disponibiliza com a apresentação de Tecni Tacos Extensivo, para vacas de campo, com 12 por cento de proteína bruta,

e Tecni Tacos 19, para vacas de campo, com 19 por cento de proteína bruta.

A Tecni Tacos abrange agora novas espé-cies, com Tecni Tacos Ovinos, um alimento composto complementar indicado para ovi-nos e caprinos, com 14 por cento de proteína bruta.

A TECNIPEC, acompanhando as mais recentes inovações tecnológicas, alicer-çando-se na experiência dos seus recursos humanos e benefi ciando de um profundo conhecimento de todas as fases de produção, desenvolve e comercializa pré-misturas, rações e outros produtos para suínos, bovi-nos, aves, cavalos, pequenos ruminantes, coelhos e animais de estimação, asseguran-do a sua segurança, qualidade e efi cácia.

Tecnipec lança novo alimento para ovinos e caprinos

Agrotejo apresenta revista

Com a presença de mais de 250 convidados, decorreu no passado dia 13 de novembro a apresenta-ção ofi cial da Revista AGROTEJO de 2015.

Comemorando este ano o seu 25º aniversário, a revista AGRO-TEJO assume-se atualmente como uma edição de referência a nível nacional, onde são deba-tidos vários temas de interesse para o mundo rural em geral e para o setor agrícola em parti-cular.

Na apresentação ofi cial da edi-ção nº 25, a AGROTEJO teve ainda a oportunidade de distinguir algu-mas das pessoas e entidades que colaboraram com a Associação ao longo de todas as edições.

Juntaram-se à AGROTEJO várias Entidades ofi ciais, Patro-

cinadores, Parceiros e Colabo-radores, contando ainda com a ilustre presença da Sra. Minis-tra da Agricultura Dra. Assunção Cristas.

A Agrotejo – União Agrícola do Norte do Vale do Tejo é uma associação de agricultores sem fins lucrativos que tem como principal área de abrangência o Norte do Vale do Tejo e que tem como objetivos principais: promo-ver o desenvolvimento agrícola regional, articular as estruturas associativas da região, represen-tar a agricultura, silvicultura e pecuária, incentivar os agriculto-res na utilização de boas práticas agrícolas, desenvolver a formação profi ssional e promover a prática de proteção e produção integrada de culturas.

Batadec participa no Congresso da Ordemdos Médicos Dentistas

A Batadec, Lda. participou no Congresso da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), que decorreu entre os dias 12 e 14 de novembro de 2015. A Bata-dec foi patrocinadora Gold Sponsors e apresentou um stand com equipamentos dentários e radiolo-gia, entre os quais o equipamento novo ADEC 300.

A XXIV edição do Congresso da Ordem dos Médicos Dentistas teve lugar no Meo Arena. A Batadec esteve presente com um stand de cerca de 72 m2, com expo-sição dos equipamentos da marca A-dec, mas também da marca Durr, NSK e Zeiss. O stand foi visitado pelos clientes habituais, bem como por novos clientes, inte-ressados na aquisição de equipamentos para as suas clínicas.

Para além disso a empresa foi responsável pela orga-nização do curso prático “hands-on ” de Endodontia, ministrado por Carlos Murgel. No mesmo foram uti-lizados microscópios da marca Zeiss.

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DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Gumelo lança para o mercado produto inovador

Vai UMA® cerveja de cogumelos?

Disponível em dois tipos de cerveja – a Porcini Weiss e a Porcini Dunkel -, a Gumelo UMA® foi desenvolvida pela Gumelo e pela Faustino Microcervejeira, um dos principais produtores de cerveja artesanal em

Portugal, e é mais uma aposta inovadora da jovem empresa de Almeirim, que pretende surpreender o mercado com uma cerveja diferente.

Tiago Marques, um dos fundadores da Gumelo, explica o que levou à criação da Gumelo UMA®: “A nossa paixão por cogumelos é tão grande como a nossa paixão por cerveja. Agora juntámos as duas e criámos uma cerveja artesanal com cogumelos.”

A Gumelo, empresa portuguesa que dinamizou a produção de cogumelos a partir de borras de café, acabou de lançar este mês no mercado nacional e internacional a Gumelo UMA®, a cerveja de cogumelos.

GUMELO UMA® - PORCINI WEISSCerveja artesanal de trigo, tipo Weissbier, turva e de cor âmbar, com espuma clara. Os aromas intensos e fru-tados do malte de trigo harmonizam com a subtileza silvestre do cogumelo Porcini (Boletus edulis).

GUMELO UMA® - PORCINI DUNKELCerveja artesanal de trigo, tipo Dunkel Weizenbier, turva e de cor escura, com espuma pérola. Os aromas maltados e torrados harmonizam com a subtileza silvestre do cogumelo Porcini (Boletus edulis). A Gumelo UMA® é comercializada em www.gumelo.com, em lojas gourmet, lojas de presentes e em concept stores.

Para produzir a UMA®, a Gumelo desenvol-veu uma forma de fazer um extrato líquido de cogumelos, que conserva a sua essência e os seus aromas. Este extrato é adicionado a uma receita única de cerveja, desenvolvida especialmente para potenciar esta fusão. Resultado: uma cer-veja artesanal com cogumelos com um fi nal de boca surpreendente.

A Gumelo UMA®, composta por trigo e aro-matizada com extrato de cogumelos, é produ-zida apenas com ingredientes naturais, sem aditivos nem conservantes, e sem injeção arti-fi cial de CO

2. O gás presente na cerveja é fruto

do processo natural de fermentação.

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João Cavaleiro fundou a Gumelo em 2011

Gumelo no “Míscaros - Festival do Cogumelo”

A Gumelo esteve presente no “Míscaros - Festival do Cogumelo”, que decorreu entre os dias 13 e 15 de novembro, na freguesia de Alcaide, no concelho do Fundão.

Durante três dias, a Gumelo, patrocina-dora ofi cial do festival, mostrou aos visitan-tes os produtos inovadores que produz e comercializa: o Gumelo Original, o Gumelo Citrus, o Meu Primeiro Gumelo e o Gumelo Djamor, este último lançado em fi nais de abril deste ano.

Mas, como não podia deixar de ser, e tendo em conta que é um evento onde tudo gira à volta dos cogumelos, a Gumelo sur-preendeu todos os presentes com o seu mais recente lançamen-to: a Gumelo UMA®, a cerveja de cogu-melos. Desenvol-vida pela Gumelo e pela empresa Faustino Microcer-vejeira (produtor de cerveja artesanal), a Gumelo UMA® é a última aposta da empre-sa de Almeirim, que pro-mete agradar a todos os palatos.

O Míscaros - Festival do Cogumelo, orga-nizado pela Liga dos Amigos de Alcaide,

teve como objetivo recu-perar e divulgar toda a história destes famosos fungos. A edição deste ano contou com um programa extenso e variado.

A GumeloA história da Gumelo começou

em 2009, quando João Cavaleiro, biólogo de formação, teve acesso a informação científi ca, com ori-gem num estudo desenvolvido no México, que despertou a sua paixão pela produção sustentá-vel de cogumelos. Dois anos mais tarde, João Cavaleiro e dois dos seus melhores amigos de infância, Tiago Marques e Rui Apolinário, fundam a Gumelo em Almeirim.

Em 2013, lançam o “Gumelo Ori-ginal”, o cogumelo gourmet pron-to-a-crescer, o “Gumelo Citrus”, o cogumelo amarelo pronto-a-cres-cer, e o “Pre Gumelo”, o cogume-lo pronto-a-cultivar, que permite acompanhar a evolução desde a sementeira até à colheita. Em 2014, a empresa cria a linha infantil “O Meu Primeiro Gumelo” e em 2015 lança o “Gumelo Djamor”, o cogu-melo rosa pronto-a-crescer.

A Gumelo deu início à inter-nacionalização no final de 2014, após uma participação na SIAL, em Paris. O Reino Unido foi o seu primeiro mercado de exportação, seguindo-se a Suécia já no início de 2015. Espanha, Brasil e os países do Norte da Europa são também apostas de curto prazo que estão em fase de negociação.

Desde a sua constituição que a Gumelo tem vindo a chamar a atenção dos especialistas em temas de inovação e já acumula alguns prémios de prestígio nacionais (“Produto do Ano 2014” e “Food & Nutrions Awards”, vencedor cate-goria Produto Inovação) e interna-cionais (“SIAL Innovation”, Paris - 3.ª classifi cada num certame que contou com mais de 1700 produ-tos e ainda o 1.º lugar na catego-ria Frutas e Produtos Hortícolas; “IFE - The International Food & Drink Event”, Londres - distinguida como um dos “Top 100 best new products”).

De referir que a Gumelo foi criada no âmbito do programa de apoio à criação de novas empre-sas dinamizado pela NERSANT na altura – o ApoiarMicro, que ante-cedeu ao Sítio do Empreendedor.

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12 www.nersant.ptDEZEMBRO 2015

CIMLT cria Portal das Zonas Industriais da Lezíria do TejoA Comunidade Intermunicipal da Lezíria

do Tejo criou mais um serviço de âmbito regional, que apresenta, num único portal, a oferta industrial e empresarial dos 11 municípios associados da CIMLT.

No Portal das Zonas Industriais da Lezíria do Tejo é possível fi car a conhe-cer todos os parques industriais, lotes e empresas da região. No portal pode con-sultar as áreas ocupadas, disponíveis e sob reserva, lotes com ou sem edifi cação, por escalões de área de terreno, acessibilida-des, contactos, fotografi as e documentos para impressão, como mapas de localiza-ção, gráfi cos e distribuição das áreas de lotes por tipologia (parques empresariais, industriais, multiusos, entre outros).

Esta é uma ferramenta essencial para que os municípios possam “apresentar-se” a possíveis investidores e divulgar todas as suas potencialidades aos interessados em investir na região da Lezíria do Tejo.

De acordo com o Presidente da Comu-

nidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo, esta é uma iniciativa muito importante para a região. “Hoje difi cilmente as pes-soas vão às diferentes zonas industriais procurar terrenos, pelo que era necessá-rio disponibilizar esta informação publi-camente. Obviamente este já era um trabalho que tínhamos elaborado. Com a criação do portal apenas agregámos a

DESENVOLVIMENTO REGIONAL

informação e disponibilizámo-la publica-mente. Se tivermos informação online das áreas disponíveis, localização, contactos e acessos, temos uma vantagem competitiva enorme sobre outras regiões que não têm este tipo de serviço”, afi rmou Pedro Ribei-ro à Ribatejo Invest. O portal das Zonas Industriais da Lezíria do Tejo pode ser conhecido em http://zindustriais.cimlt.eu/.

Município da Barquinha conversa sobre regeneração urbana na Atalaia

“Vamos Mudar a Atalaia!”. Este foi o desafi o lançado pela Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha na Atalaia, no dia 28 de novembro. O município foi falar sobre regeneração e reabilitação urbana.

Nesta sessão, “uma conversa” aberta ao público, os técnicos e membros do execu-tivo municipal falaram sobre os incentivos à reabilitação de edifícios, sobre a Bolsa de Reabilitação on-line, a Loja da Rea-bilitação, o Regulamento Municipal de Reabilitação Urbana e ainda apresentaram os instrumentos e programas fi nanceiros de incentivo à reabilitação.

A sessão de esclarecimentos decorreu no Edifício da Junta de Freguesia da Atalaia. Esta não foi a primeira ação sobre este tema, tendo o Município da Barquinha já realizado sessão idêntica nesta vila.

Câmara de Coruche dá prioridade ao Desenvolvimento Económico

A Câmara Municipal de Coruche aprovou as Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2016 que ascende a mais de 17 milhões de euros. O orçamento camarário para o próximo ano apresenta uma redução de 7,45% relativamente ao orçamento de 2015, o que se traduz em cerca de um milhão de euros a menos nas contas da autarquia.

Apesar da diminuição da receita, a boa gestão da autarquia e o rigor fi nanceiro pre-sente na defi nição das prioridades, permite que o executivo socialista reforce em 43% a verba de apoio às famílias, o que representa mais de 500 mil euros. Por outro lado, a autarquia reforça os apoios às associa-ções e instituições de solidariedade social, bem como continua a colaborar através de contratos administrativos com as Juntas de Freguesia, numa lógica de parceria.

Já em relação aos principais investimen-tos, as grandes áreas focam-se no Desen-volvimento Económico, na Regeneração e Requalifi cação Urbana, bem como na Educação e Melhoria de Equipamentos. Assim, obras como o Parque Empresarial do Sorraia, Infraestruturação da ZIMB (Zona Industrial do Monte da Barca) ou a Incubadora de Empresas são investimentos prioritários. “A criação destas infraestru-turas permitirá uma maior atratividade empresarial para o concelho de Coruche,

o que naturalmente criará condições para mais emprego e consequentemente para fi xar população no concelho.”

Por outro lado, a autarquia pretende con-tinuar a requalifi car o meio urbano e rural, no âmbito dos projetos de regeneração da frente ribeirinha e que aguardam compar-ticipação comunitária. Estão identifi cados como projetos prioritários o Largo João Felício, o Jardim 25 de Abril, a Margem Esquerda do Rio Sorraia e a criação da Praia Fluvial do Sorraia. Ainda no âmbito da requalifi cação pretende-se intervir em 2016, na EN 251 nos Montinhos dos Pegos e na Malhada Alta, bem como no Largo de São José da Lamarosa. A Câmara de Coruche continua a executar também o plano que defi niu para a modernização do parque escolar do concelho.

Já no que se refere à Derrama, o executi-vo mantêm a taxa reduzida de 0,5% para o volume de negócios até 150.000€ e de 1,0% para os negócios superiores a 150.000€.

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O Município de Rio Maior aprovou em reunião da Câmara Municipal, o Orça-mento para 2016, no valor de 20 milhões de euros, e diversas reduções de impostos, nomeadamente a adesão ao IMI Familiar, uma redução da taxa de derrama e uma redução da taxa de participação variável no IRS, reduzindo a carga fi scal que incide sobre famílias e empresas do concelho.

No caso do chamado IMI Familiar, o executivo municipal decidiu aplicar redu-ções da taxa de IMI a cobrar de 5 por cento para famílias com um dependente, 10 por cento para famílias com dois dependentes e 15 por cento para famílias com três ou mais dependentes. A Taxa de IMI no con-celho mantém-se em 0,4 por cento para os prédios urbanos e em 0,8 por cento para prédios rústicos, com agravamentos

para os prédios urbanos e rústicos degra-dados. Ainda para todos os contribuintes do concelho de Rio Maior, a autarquia decidiu diminuir a taxa de participação a que tem direito no IRS de 5 por cento para 4,8 por cento.

Para as empresas a autarquia decidiu descer a taxa de derrama para 1,3 por cento, com isenções para empresas que instalem a sua sede social em Rio Maior e que criem três postos de trabalho ou apenas dois, se o seu volume de negócios for inferior a 150.000 euros. Uma medi-da que investe na promoção da criação de emprego, e consequente redução do desemprego no concelho, e promove a atração de novas empresas com as verbas que a autarquia deixa de auferir prove-nientes deste imposto.

Rio Maior aprova Orçamento e baixa impostos sobre famílias e empresas

Os Sabores de Tomar estiveram em evidência no Portugal Agro, certame que decorreu na FIL, em Lisboa, entre os dias 20 e 23 de novembro, em simultâneo com a Alimentaria & Horexpo. Na iniciativa, na sequência do trabalho que o Município e os produtores têm vindo a fazer na promoção dos produtos de origem local, estiveram presentes em dois stands um total de onze produtores, representando as áreas do azeite, vinhos, mel, enchidos e fruta.

Foi a primeira presença do Município de Tomar neste certame e também a pri-meira vez que, de forma organizada e sob a capa de uma marca comum, os artigos agroalimentares originários do concelho se apresentaram num evento desta dimensão fora de portas.

Recorde-se que o trabalho de promo-ção dos Sabores de Tomar tem vindo a ser

desenvolvido de uma forma sustentada, que passou já pela edição de três cartas, referentes ao vinho, ao mel e ao azeite, e por eventos promocionais de sucesso durante acontecimentos importantes da vida da cidade, nomeadamente na Festa dos Tabuleiros e na Feira de Santa Iria.

Também no âmbito da campanha Tomar Natal, que decorre em dezembro, serão feitas campanhas de promoção dos vinhos e azeites produzidos no concelho, pretendendo-se ainda estender estas cam-panhas, durante o Inverno, a outros pro-dutos locais.

O grande objetivo é reforçar a projeção das áreas agrícola, agroalimentar e turís-tica do concelho, promovendo-o tendo em vista o desenvolvimento económico. A ade-são dos produtores tem sido fundamental para o sucesso da iniciativa.

Grupo Joluso-Invepe homenageia sócios falecidos

O Grupo Joluso-Invepe realizou no dia 05 de novembro, uma cerimónia de inauguração de um monumento em homenagem de José Luís Soveral e Sérgio Soveral, sócios da empresa falecidos, este último ao serviço da mesma num acidente de avião. A ceri-mónia decorreu na rotunda da Zona Industrial de Rio Maior.

Tendo a Câmara Municipal de Rio Maior se associado a esta iniciativa, a mesma foi integrada nas comemo-rações anuais do Município, recor-dando a sua elevação a concelho no ano de 1836.

Neste feriado municipal, dia 06 de novembro, realizou-se a tradicional cerimónia do hastear da bandeira, com a presença da Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Rio Maior, seguindo-se a tradicional sessão sole-ne comemorativa, marcada pelo dis-curso da Presidente da Câmara Muni-cipal de Rio Maior, Isaura Morais, e pela entrega de medalhas e diplomas de mérito a várias personalidades que se destacaram pela sua ação em prol do município e dos munícipes.

Na FIL, em LisboaSabores de Tomar em evidência no certame Portugal Agro

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Almeirim é um concelho competitivo em termos empresariais?

Almeirim é um concelho que está a 7 km de Santarém, capital de distrito, a cerca de 70 km’s de Lisboa; somos ser-vidos por um conjunto de infraestrutu-ras, nomeadamente rodoviárias, que nos colocam no centro do país. Veja-se que, através das ligações que temos no con-celho, rapidamente temos acesso à A1, através da ponte Salgueiro Maia, através da A13 temos também acesso privilegiado à A2. Temos, portanto, acesso às duas principais auto-estradas nacionais, aque-las que rasgam o país de norte a sul. A isto, acrescento ainda o facto de termos acesso à ferrovia. Do ponto de vista das acessibilidades, temos uma importância estratégica grande.

Do ponto dos setores de atividade, começo por destacar a agricultura e agroindústria, que têm um papel muito importante. Embora seja um setor onde sentimos que existem menos pessoas, claramente que temos uma agricultura e agroindústria cada vez mais competitiva e a gerar cada vez mais valor acrescen-tado. Este é um setor que, felizmente, vai continuar a crescer no concelho de Almeirim. Neste momento há perspeti-vas de crescimento na Sumol Compal, o que é de facto importante para a nossa economia.

Ainda do ponto de vista dos setores de

Pedro Ribeiro, Presidente da Câmara Municipal de Almeirim

“Almeirim tem os melhores agricultores da Europa”O tecido empresarial de Almeirim tem sabido responder de forma positiva aos desafi os que hoje em dia lhes são colocados. Agricultura e agroindústria, gastronomia e vinhos são os setores fortes deste território, que têm contado com o apoio do Município para o seu desenvolvimento.

atividade, está também em destaque a gas-tronomia, nomeadamente da restauração que se tem afi rmado devido à conhecida sopa da pedra. Este é um setor de ativi-dade que, para além de criar centenas de postos de trabalho diretos, cria muitos outros de forma indireta, também ligados à agricultura porque, naturalmente, muita da nossa produção agrícola é consumida nos nossos restaurantes.

Acrescento ainda a área dos vinhos, as adegas cooperativas. Neste momento Almeirim tem 11 empregadores neste setor, o que tem, obviamente, grande

importância do ponto de vista económi-co do concelho.

Almeirim é um concelho ligado a setores tradicionais… como se consegue inovar em setores destes? As empresas e empresários de Almeirim têm conseguido adaptar-se aos tempos?

Se não tivessem conseguido, teriam todos morrido. Isso é visível na agricul-tura de forma muito clara. Hoje temos os melhores agricultores da Europa, com capacidade de produção altíssima, com produtos de extrema qualidade e isso só é possível com essa mesma adaptação,

Temos uma agricultura e agroindústria cada vez mais competitiva.”

ENTREVISTA

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com o uso de novas tecnologias, com o uso de alfaias cada vez mais modernas, com preocupação constante da melhoria da produção para que as coisas sejam cada vez mais produzidas com o mínimo de água, de fertilizantes, com a maximização das plantas utilizadas. Só alguém com grande capacidade de inovação e adap-tação conseguiria atingir este patamar. Por exemplo, o concelho de Almeirim é o que mais tomate produz para indús-tria. Só somos batidos, e não é sempre, pela Califórnia, nos Estados Unidos da América. De resto, quer em termos de produção, quer em termos de qualidade, somos dos melhores do mundo. Não é à toa que muitas empresas internacionais se têm instalado na região com o objetivo de comprar e exportar os nossos produtos agrícolas para o seu país de origem.

Na vinha e no vinho já tínhamos efetiva-mente muita quantidade, mas tem havido também um aumento da qualidade dos nossos vinhos. A CVR Tejo, instalada em Almeirim desde 2014, tem sido das que mais cresceu, tem ganho prémios e a qua-lidade está a ser reconhecida. Volto a dizer que isto só é possível porque as pessoas se têm sabido adaptar e modernizar.

Na área da gastronomia, exatamente a mesma coisa. A adaptação é a um nível diferente, mas com a crise, com aumento de impostos, a restauração em Almeirim, soube dar resposta. Continuamos a ter, felizmente, centenas de milhares de pes-soas que nos visitam.

O que tem o município feito ou pode fazer para apoiar as empresas aqui ins-taladas?

Enquanto município, há coisas que podemos fazer e outras que não podemos fazer. Mas muitas das vezes quando se fala de apoios a empresas, aquilo que passa pela cabeça de muita gente, é dar terre-nos. Na Câmara Municipal de Almeirim temos tido uma política diferente.

Em Almeirim temos uma zona de ativi-dades económicas muito bem localizada, numa zona de acesso fácil às rotundas que permitem a distribuição para a A1 e A13. Neste momento aprovámos um regulamento que facilita as transações dentro dessa zona comercial e isentámos de taxas quem ali construir. No entanto, continuamos a vender os lotes ao mesmo preço, porque também entendemos que o preço de um terreno, para alguém que quer efetivamente investir, não é proi-bitivo.

Estamos neste momento a fazer um investimento grande na criação de uma

circular urbana, que passa pela zona industrial. O objetivo é, por um lado, facilitar o acesso à zona industrial e às empresas e, por outro, desviar o trânsito de pesados do centro da cidade. Temos consciência que as questões de mobilida-de são importantes para as empresas, não só em número de quilómetros, mas tam-bém em tempo que os produtos podem demorar a chegar ao seu destino. Para-lelamente temos realizado investimento em infraestruturas de apoio à atividade agrícola.

Depois temos um conjunto de serviços que muitas vezes não são valorizados, mas que são importantes para quem pretende investir no concelho. Se queremos cada vez mais trabalhadores qualifi cados, com um nível de formação superior, essas pes-soas também tendem a valorizar um outro conjunto de coisas importantes para que se possam fi xar neste território, nomeada-mente as ofertas educativas para os seus fi lhos, as ofertas desportivas, o nível de atividade cultural…. O Município tem vin-do a fazer esta aposta, com especial ênfase na área de educação, para podermos dar a essas pessoas a possibilidade de, estando cá, havendo cá empresas, se poderem cá fixar, sem necessidade de procurarem estes serviços noutros locais.

Falou de investimentos em infraestrutu-ras para a atividade agrícola… Que inves-timentos são esses concretamente?

Para além da circular urbana, também temos realizado investimento na área da construção e reabilitação de algumas estradas. Temos no concelho negócios de

bens perecíveis de alta qualidade, sobre-tudo para exportação, que estavam a ser devolvidos por chegarem ao destino com pouca qualidade, devido aos maus aces-sos. Estes são problemas que a Câmara também está a minimizar.

Por outro lado, estamos a trabalhar para que tenhamos no nosso território uma nova ponte que permitirá o escoa-mento de tomate, do milho e de alguns produtos hortícolas. As pontes que tínha-mos não permitiam passar mais de meia dúzia de toneladas. O que vamos fazer com a nova ponte é permitir o escoamento de produtos até 60 toneladas. Obviamente que para o Município, tudo isto repre-senta custos, mas são mais-valias para as empresas.

Para além disso temos também um acordo com o ISCTE, no sentido de criar no centro da cidade, uma área de empre-endedorismo e de co-working para start-ups. É nosso objetivo criar condições para que os futuros empresários possam aqui desenvolver as suas ideias e criar empre-sas no nosso território, que é o que efeti-vamente pretendemos.

Para quando será a abertura deste novo espaço na cidade?

Este é um projeto com parceria entre três entidades. O ISCTE conseguiu o espa-ço através de uma parceria com o banco Santander Totta e o Município, por sua vez, vai criar condições de habitabilidade do espaço ao nível do mobiliário. Estou convencido que no primeiro trimestre do próximo ano, possamos abrir o espa-ço. E posso avançar que neste momento

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temos já algumas empresas em início de atividade, e outras que estão ainda a ser pensadas, interessadas em domiciliar-se neste espaço.

Que mais-valias vão ter as empresas?Para além da incubação, pretendemos

que, através do know-how do ISCTE, o espaço possa ter alguém que apoie ao nível da informação, estas empresas em início de atividade.

Que outras ações está o Município a desenvolver para a fi xação de empresas e empresários no concelho?

Sempre que percebemos que existem empresas interessadas no nosso território, tentamos criar condições para que esta fi xação seja rápida. Tentamos resolver uma série de problemas, muitas vezes de natureza burocrática, em conjunto com o promotor do negócio, que muitas vezes não o consegue fazer de forma particu-lar. A administração central é altamente burocrática e o Município está disponível para acelerar todos os processos que resul-tem na criação de emprego e fi xação de pessoas no nosso território. Muitas vezes aquilo que fazemos é tentar pressionar no bom sentido, junto das várias entidades, chamando a atenção para o facto de, em determinado processo, estarem em causa postos de trabalho, quer sejam novos ou já existentes. Há alguns anos atrás, por exemplo, a Sumol Compal precisava de

uma ampliação na sua fábrica e, para que tal fosse possível, havia a necessidade de alterar um conjunto de planos. Isso foi feito, a fábrica ampliou, o que resultou na criação de mais postos de trabalho. Se não tivesse havido esta disponibilidade por parte da Câmara, possivelmente a empresa tinha fechado e tinha ido para outro lado. A nossa função é, em conjunto com os empresários desbloquear, obviamente dentro da legalidade, os processos para que os mesmos possam, no caso de novos investimentos, começar a trabalhar rapi-damente e, para aqueles que aqueles que já cá estão, aumentar a sua produção.

O nosso papel é criar condições para que as pessoas possam trabalhar e viver bem no concelho de Almeirim. O importante para o Município é criar condições para que os empresários cá possam estar, para que os funcionários se sintam cá bem, possam trabalhar e sejam competitivos.

A burocracia é, como disse, um entrave ao desenvolvimento económico? Com que outros constrangimentos se debatem as empresas actualmente em Almeirim?

Temos naturalmente um problema de impostos e de carga fi scal. Mas também de imprevisibilidade fi scal e de excesso de legislação. Há um exagero nas trans-posições das leis comunitárias. Há um excesso de regulamentação e uma regu-lamentação dispersa. Há coisas comple-tamente incongruentes… isto são cons-trangimentos. Tenho dúvidas que todas as empresas consigam estar, mesmo que queiram, a cumprir todos os requisitos legais. A legislação muda constantemente e o nosso legislador tem que acabar com isso o mais depressa possível.

Dou um exemplo. Do ponto de vista de uma atividade agrícola, há um conjunto de regulamentação a cumprir. Mas depois do ponto de vista urbanístico, não é possí-vel cumprir essas mesmas exigências. A legislação não é compatível. Se em área agrícola não é permitida construção,

O Município está disponível para acelerar todos os processos que resultem na criação de emprego e fi xação de pessoas no nosso território.”

depois como há legislação que obriga a que existam infraestruturas adequadas aos trabalhadores? São questões muito importantes que têm de ser resolvidas.

Tem sentido aqui este tipo de proble-mas?

Sim. No outro dia tivemos um proble-ma com a questão das estufas. As estufas, como todos sabem, têm vindo a mudar e modernizar-se ao longo dos tempos. São cada vez mais estruturas de certo modo permanentes, e que em muitos casos vão tendo algum betão nomeadamente das sapatas para se poderem fi xar. Antigamen-te não era assim. Ora, sendo o betão cons-trução, o país ainda não encontrou uma formulação para isto, porque obviamente estas estruturas têm que estar no campo! Mas como no campo existem um conjunto de restrições aquilo que são as impermea-bilizações de solos, temos aqui um confl ito que urge resolver. Estas estruturas são fundamentais à produção de um conjun-to de produtos com grande potencial de exportação, e que, por isso, valem muitos milhões de euros para o país. Este é um exemplo. E garanto que o Município tem recebido dezenas de pessoas que querem investir nesta área mas que não avançam porque a legislação não está compatibili-zada. Outro exemplo, na área das estufas. As novas estufas para hidroponia precisam de espaço para as máquinas e esse espaço tem de estar impermeabilizado. O urbanis-mo não permite…. É verdade que a RAN e a REN vão dando autorizações, mas os processos são todos muito burocráticos e muitas vezes as autorizações acabam por nunca chegar. É urgente responder a estas questões. É necessário que a legislação se adapte aos novos tempos. Poder-se-á dizer que este problema afeta poucos concelhos do país. Reconheço que poderá ser verda-de. Mas sendo o concelho de Almeirim um dos grandes produtores agrícolas do país, este é um constrangimento que nos afeta bastante.

ENTREVISTA

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Anote que o calendário do Portu-gal 2020 dá conta da abertura de candidaturas de diversos Sis-temas de Incentivo em janeiro

2016, cujas candidaturas são direccionadas para as empresas que ainda não benefi cia-ram deste sistema de incentivo ou que já apresentaram candidatura, mas ainda têm investimentos em carteira.

Pretendemos nesta edição destacar as características e especifi cidades dos Sis-temas de Incentivo mais procurados pelas empresas da região, nomeadamente, o Sis-tema de Incentivo à Internacionalização PME, Qualifi cação PME, Inovação Produ-tiva e Empreendedorismo Qualifi cado e Criativo, de entre os disponíveis a partir de janeiro 2016.

Assim, para empresas que pretendam fazer investimentos relacionados com a prospeção de novos mercados, desenvol-vimento e promoção internacional de mar-cas, marketing internacional, implementa-ção de novos métodos de organização nas práticas comerciais e relações externas ou implementação de certifi cações específi -cas para os mercados externos, poderão candidatar-se ao Sistema de Incentivo à Internacionalização das PME.

Em caso de aprovação do projeto, a empresa vê financiado as despesas ele-gíveis em sede de candidatura, em 45% a fundo perdido.

Por outro lado, se uma empresa ambi-ciona implementar na sua organização inovações ao nível da gestão, reorganiza-ção interna, implementar novas formas de comercialização e comunicação, por exem-plo ao nível da Economia Digital, imple-mentar sistemas de gestão da qualidade ou outros que a tornem mais competitiva, ou investimentos relacionados com a proprie-

2016 traz novas candidaturas

dade industrial ou efi ciência energética, estas empresas poderão apresentar o seu projeto ao Sistema de Incentivo à Qualifi -cação das PME.

Verifi cando-se a aprovação do projeto, as despesas elegíveis em sede de candidatura são fi nanciadas a 45% a fundo perdido.

Outro investimento comum, não só mas com incidência nas empresas industriais é a compra de máquinas e equipamentos novos, de modo a introduzir inovações tec-nológicas na empresa, tornando-a mais efi ciente e competitiva.

Estes investimentos são suscetíveis de apoio por via do Sistema de Incentivo à Ino-vação Produtiva ou através da linha Empre-endedorismo Qualifi cado e Criativo, no caso de empresas criadas há menos de 2 anos.

O fi nanciamento dos projetos desta natu-reza reveste a forma de incentivo reembol-sável (empréstimo), a 8 ou 10 anos, com carência de 2 anos e reembolsos semes-trais. O valor do incentivo apura-se apli-cando uma taxa que pode variar de 50% a 75% das despesas elegíveis. No projeto de investimento a apresentar, a empresa pode ainda incluir uma parcela para despesas relacionadas com a construção ou remode-lação de edifícios, dependendo do seu CAE.

Este Sistema de Incentivo tem a parti-cularidade de ter associado um prémio para quem ultrapassa os indicadores de resultado e uma penalização para quem incorre em incumprimento abaixo de 75%. Nestes casos, a empresa poderá ver uma parte do incentivo converter-se a fundo perdido (prémio) ou poder-lhe-á ser solici-tado a devolução de uma parte do incentivo antecipadamente (penalização).

Às empresas que não têm presente os valores mininos de investimento necessá-rios, informamos que para apresentação

de candidatura aos sistemas de incentivos acima referidos, é necessário que o projeto apresente um valor mínimo de despesa elegível, conforme se especifi ca abaixo:

SI Internacionalização PME – 25.000,00€•

SI Qualifi cação PME – 25.000,00€•

SI Inovação Produtiva – 75.000,00€•

SI Empreendedorismo Qualificado e • Criativo – 50.000,00€

Por último, poderá também suscitar interesse por parte de algumas empresas o Sistema de Incentivo à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico, disponí-vel também em janeiro 2016, que permi-te financiar despesas relacionadas com a criação ou melhorias signifi cativas de novos produtos, processos ou sistemas, fomentando o investimento empresarial em Investigação & Inovação.

Recomendamos aos interessados nesta temática, a consulta dos avisos de abertu-ra de candidaturas, bem como dos refe-rencias de análise de mérito dos projetos, disponíveis no portal do Portugal 2020, em https://www.portugal2020.pt/Portal2020/Candidaturas-abertas-auto.

Também através da NERSANT poderão ser obtidos esclarecimentos adicionais, através do email [email protected], criado especifi camente para o efeito, ou do contato telefónico 249 839 500.

Com o início de 2016, o Portugal 2020 traz oportunidades para as empresas que pretendam fazer investimentos.

INFORMAÇÃO E APOIO

Internacionalização, Qualifi cação PME, Inovação Produtiva, Empreendedorismo Qualifi cado e Criativo

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Portugal enfrenta desafi os relevan-tes que terão resposta durante o próximo ciclo de programação comunitário de 2014 a 2020. O

aumento do emprego e o combate ao desemprego, nomeadamente de longa duração e dos jovens, bem como a luta pela inclusão e o combate das desigualda-des e discriminações constituem objetivos comuns a toda a União Europeia que são assumidos no Portugal 2020 com a devida prioridade. Neste sentido, o Programa Operacional Temático Inclusão Social e Emprego permitirá reforçar os instru-mentos nacionais que concretizarão uma estratégia que promova um crescimento inteligente, respondendo de forma susten-tada ao desafi o do emprego e da inclusão social.

Neste sentido o Programa Operacional Temático Inclusão Social e Emprego (PO ISE) visa o “reforço da integração das pes-soas em risco de pobreza e o combate à exclusão social, assegurando a dinamiza-ção de medidas inovadoras de intervenção social e os apoios diretos aos grupos popu-lacionais mais desfavorecidos, as políticas ativas de emprego e outros instrumentos de salvaguarda da coesão social”. O PO ISE prossegue, assim, dois dos Objetivos Temáticos (OT) dos Fundos Europeus Estruturais e de Investimento (FEEI) - o Objetivo Temático 8 (OT8), “Promover a sustentabilidade e a qualidade do emprego e apoiar a mobilidade dos trabalhadores” e o Objetivo Temático 9 (OT 9), “Promover a inclusão social e combater a pobreza e a discriminação.

O PO ISE abrange em regra as regiões menos desenvolvidas do Continente – Nor-te, Centro e Alentejo - sendo a prossecução da sua ação no território complementado pela intervenção dos Programas Opera-cionais Regionais (POR) que também abrangem o domínio da Inclusão Social e Emprego.

No âmbito do OT 8, Promover a sus-tentabilidade e a qualidade do emprego e apoiar a mobilidade dos trabalhado-res será dada uma resposta particular ao elevado nível de desemprego jovem através da Iniciativa Emprego Jovem, que

constitui o Eixo 2 do PO ISE. Também o desemprego de longa duração, a inci-dência territorialmente diferenciada do desemprego e as baixas qualifi cações da maioria dos desempregados, bem como o elevado peso de trabalhadores com baixas qualifi cações, particularmente em peque-nas e micro empresas e de empregados com “vínculos instáveis”, terão resposta neste PO. Por outro lado a elevada desi-gualdade, designadamente entre homens e mulheres e entre os mais e os menos qualifi cados, os constrangimentos à con-ciliação da atividade profi ssional com a vida privada e familiar, o acesso limitado dos empregados menos qualificados a oportunidades de formação e de aprendi-zagem ao longo da vida serão prioridades de intervenção.

No que se refere ao OT 9, Promover a inclusão social e combater a pobreza e a discriminação, será reforçada a inter-venção das políticas públicas em prol da inclusão social e do emprego, em parti-cular de pessoas com difi culdades de (re)integração profi ssional e em risco ou em situação de pobreza ou exclusão social, num contexto económico e social reco-nhecidamente difícil, incidindo em duas grandes vertentes de intervenção: i) na capacitação ou apoio direto a essas pesso-as, tendo em vista a sua plena inserção na sociedade; ii) e na promoção da melhoria sustentável de serviços (públicos, priva-dos/associativos ou sem fi ns lucrativos)

Programa Operacional Temático Inclusão Social e Emprego

Pela primeira vez um programa operacional exclusivo à Inclusão Social e Emprego

de qualidade, particularmente na área social e de saúde.

Para concretização desta estratégia será mobilizado um conjunto de prioridades de investimento em torno dos seguintes eixos que estruturam a intervenção do PO ISE:

Eixo I Promover a sustentabilidade e a • qualidade do emprego;

Eixo II Iniciativa Emprego Jovem;•

Eixo III Promover a inclusão social e • combater a pobreza e a discrimina-ção;

Eixo IV Assistência Técnica.•

O PO para a Inclusão Social e Emprego tem uma dotação global de 2 mil e 130 milhões de euros

Para os meses de janeiro e fevereiro estão previstas aberturas de candidatu-ras a diversas tipologias, direcionadas para empresas e para o 3º setor, como a formação modular certifi cada, ou mais específicas para o setor social, como a Qualifi cação-Pessoas com defi ciência e ou incapacidade e Idade +.

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INFORMAÇÃO E APOIO

O terceiro setor é um dos gran-des empregadores do país e a região do Ribatejo não é exceção. Por este motivo,

assumindo uma parceria efetiva com as organizações representativas do setor da economia social do Distrito, a NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém, criou em 2009 um portal da economia social da região, onde está ago-ra agregada toda a oferta desta área.

O portal tem assim, entre outras, duas grandes vantagens:1) Para a população: Agregar a oferta

disponível no terceiro setor da região num mesmo espaço, tornando a pes-quisa por entidades e vagas disponíveis muito mais rápida e fácil;

2) Para as IPSS e Misericórdias: Dar a conhecer e promover as entidades da economia social do distrito e seus serviços, numa perspetiva de rede, promovendo também a adesão des-tas instituições à utilização das novas tecnologias.

O portal é uma mais-valia, promovendo a visibilidade e as atividades desenvol-vidas pelas organizações da economia social, bem como dinamiza a oferta e procura de equipamentos sociais, uma vez que através do mesmo, está patente toda a oferta ao nível do terceiro setor do distrito de Santarém. Para além disso, o portal apresenta ainda as vagas de equi-pamentos sociais disponíveis, bem como os locais onde existem essas vagas, sendo

possível de imediato efetuar pré-reserva nas instituições com vagas disponíveis.

Para além da evidente vantagem para quem procura equipamentos sociais, o portal é ainda uma ferramenta ao dis-por da Rede de IPSS’s e Misericórdias do distrito. As entidades podem ainda, a qualquer momento, editar os seus con-tactos e vagas disponíveis, colocar online ofertas de emprego e enviar informações para a área de notícias e para a área de agenda.

A NERSANT é a responsável por esta iniciativa e, de modo a promover o traba-lho em rede e a partilha, promove junto das instituições o envio informações que alimentem este portal. As Instituições da Rede Solidária ou da Rede de Econo-mia Social do distrito de Santarém são apresentadas por concelho, tendo cada uma das instituições uma página onde apresenta os seus contactos, bem como as valências disponíveis.

www.nersantsocial.pt

O Portal da Economia Social do RibatejoDesta forma, o portal permite as seguin-

tes interações:

Consulta das Instituições da Rede Soli-• dária ou da Rede de Economia Social Privada, do distrito de Santarém;

Consulta dos equipamentos Sociais • existentes;

Consulta das vagas em Equipamentos • Sociais;

Realizar pré-reservas em Equipamentos • Sociais,

Georreferenciação de Equipamentos;•

Consulta das ofertas de emprego;•

Consulta da oferta formativa.•

Além da partilha de informação, o por-tal melhora ainda a visibilidade das orga-nizações da economia social do distrito, dando testemunho de boas práticas e de soluções inovadoras, potenciando parce-rias e divulgando, junto da comunidade, as atividades e práticas das organizações da economia social, bem como os seus valores e princípios.

Procurando que este portal seja dinâ-mico agregador, há uma permanente-mente atualização com notícias de inte-resse para o setor social, procurando assim que se constitua também como meio de refl exão, participação, adesão e comunicação das organizações da eco-nomia social.

O portal da Economia Social do Ribatejo recebe mais de 2000 visitas por mês e pode conhecê-lo em www.nersantsocial.pt

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22 www.nersant.ptDEZEMBRO 2015

INFORMAÇÃO E APOIO

Nos últimos tempos o mercado do computadores tem vindo a virar-se cada vez mais para o segmentos dos chamados mini

PC’s. O conceito de mini PC é algo que, pode dizer-se, começou a ganhar popularidade em Fevereiro de 2012 quando foi lança-do o Raspberry Pi Modelo A. Desde então tem evoluindo a olhos vistos, disponibilizando um conjunto de computadores que podem vir a proporcionar projetos interessantes.

O QUE É UM MINI PC?

Um mini PC é, tal como o nome indica, um

computador que se distingue pelas suas dimensões reduzidas, che-

gando em alguns casos a dimensões não muito maiores que uma pen USB. Como se trata de um computador de dimensões reduzidas, é claro que não podemos espe-rar o desempenho que teríamos em um desktop (computador de secretária) ou até em computador portátil. Mas isso não quer dizer que os mini PC’s não sejam capazes de desempenhar com facilidade as tarefas que normalmente um computador normal desempenha.

COMO FUNCIONAM?

O funcionamento de um mini PC pode ser comparado a um computador Desktop, pois só com o computador em si não é total-mente funcional, necessitando de um ecrã (monitor ou televisão) onde possa ser mos-trado o ambiente gráfi co do computador (sendo que nos mini PC’s essa ligação é feita através de um porta HDMI).

A grande diferença entre o funciona-mento de um desktop e um mini PC está na sua alimentação energética. Enquan-to um desktop geralmente consome

mais de 100 watts de energia, um mini PC em média nunca consome mais de 8 watts de energia. O baixo custo energé-tico destes dispositivos faz com que, em alguns casos, possam ser alimentados através de uma porta USB, em substi-tuição da tradicional ligação à tomada.

PRINCIPAIS UTILIDADES

O ponto mais interessantes deste peque-nos gadgets é que, derivado a uma boa relação entre tamanho, desempenho e baixo custo energético, podem ser explo-radas ideias que não seriam possíveis em computadores de maiores dimensões. Quer seja para proporcionar um computador de elevada mobilidade ou transformar uma televisão em um computador perfeitamen-te funcional ou até procurar implementar uma ideia inovadora.

Pelo facto de os mini PC’s serem um conceito recente, ainda existem muitas utilidades que ainda se encontram por explorar.

PRINCIPAIS VANTAGENS E DESVANTAGENS

Vantagens:

Elevada mobilidade - Tratam-se de • dispositivos de dimensões reduzidas, podem ser facilmente transportados de um lado para o outro, sem gerar grande incomodo.

Preço baixo e acessível - Comparando • com os preços de um desktop ou de um computador portátil, os mini PC’s são dispositivos bastante acessíveis a nível de preço.

Baixo custo energético - São dispositivos • muito pequenos e que por vezes nem necessitam de um sistema de refrige-ração, os custos energéticos dos mini PC’s difi cilmente ultrapassam os 8 watts de energia.

Desvantagens:

Pouco personalizáveis - Caso queiramos • fazer melhorias a nível de equipamen-to, na maioria dos casos vamos ter de acabar por comprar um novo mini PC. Pois como são dispositivos muito peque-nos, acabamos por estar limitados ao equipamento com que o dispositivo é fabricado.

Dependentes de monitores/televisões - • Por muito moveis que sejam, os mini PC’s acabam por estar limitados à mobilidade do ecrã onde estejam ligados.

Embora os mini PC’s não sejam uma solução que venha substituir totalmen-te o uso de computadores portáteis ou desktops, não podemos negar que se trata de um gadget interessante que possa vir a proporcionar a implementação de algumas ideias interessantes.

Mini PC, um computador na palma da mão

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VIVER O TEJOVIVER O TEJO

Dia 1ManhãViagem de Comboio até à praia fl uvial de Ortiga (Mação)Viagem de comboio na linha da Beira Baixa pela margem do Tejo e pode ser combinado com diversas atividades de lazer e desporto.O horário mais adequado é o do comboio regional da Linha da Beira Baixa que parte às 9:48 de Lisboa-Santa Apolónia, tem uma

paragem de 30 minutos no Entroncamento e chega a Alvega-Ortiga às 12:41.Almoço: Almoço ligeiro ou picnic nas margens da Praia Fluvial de Ortiga

TardePraia Fluvial da OrtigaPossibilidade de realização de atividades de lazer e desportos aventura como rapel, slide, escalada, canoagem, parapente, passeios pedestres sinalizados ou BTT.

Também é possível a pesca de rio, com zona de pesca desportiva demarcadaJantar: Restaurante Casa Velha/ Restaurante O Pescador (Mação)Alojamento: Parque de Campismo da Ortiga/ Casa A Tejada (Ortiga)

Dia 2ManhãPasseio de Barco no Rio TejoPasseio de barco no Rio Tejo (cerca de 4

Comboio do Ribatejo

Dia 1 papapapapappaaaaararararaaaararagegeggegegeeegegeeegemmmmmmmmm dededededede 3333333333000000 mimmimimimm nunununnnuunuun totototototossss nonooonnnnnnono EEEEEEEEEEntnttntnttnnntrorororrr ncncnnccncn amamamamammmammeenenento TaTaTaTaTaTTaTTaTTaT mbmbmbmbmbmmmbmbmmmbéméméméémémmmémmémmmmm éééééééééééé pppppppposoososo sísííssísísívevevevevevvveeelllllll aaaaa pepepepepepppepeeeppeepeeeessssscscsccssscaaa

A rota “Comboio do Ribatejo” inspira-se num programa existente proposto pela CP designado “Comboio Aventura” combinado com um operador de turismo ativo em Vila Velha de Ródão.

Nesta rota propomos o destino Praia Fluvial da Ortiga, o que proporciona uma viagem de comboio na linha da Beira Baixa pela margem do Tejo e pode ser combinado com diversas atividades de lazer e desporto.À chegada poderá tomar um almoço ligeiro ou picnic nas margens da Praia Fluvial de Ortiga. Propomos também um passeio de barco no Rio Tejo (cerca de 4 horas) passando no Alamal e no Arco Romano, com observação de aves como grifos. A rota que apresentamos de seguida é dinâmica, conferindo ao praticante a possibilidade de escolha. Propomos dois dias inesquecíveis.

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horas) passando no Alamal e no Arco Romano, com observação de aves como grifos.Almoço: Restaurante Casa Velha/ Restaurante O Pescador (Mação)

TardeMuseu de Arte Pré-Histórica do Sagrado e do Vale do TejoExposição permanente de arqueologia e arte rupestre do Vale do Ocreza, espaços para ateliês de experimentação destinados aos

mais jovens, laboratório de conservação e restauro e biblioteca especializada em arte rupestre.Gravuras Rupestres do Vale do OcrezaDezenas de pequenas fi guras picotadas há dezenas de milhares de anos em pedras escuras nas margens do rio Ocreza, desde a barragem da Pracana até à Barca da Amieira, numa paisagem que remete a imaginação do visitante para a Pré-História.

Gastronomia - A não perder

• Aqui a Lampreia é rainha!

• Sopa de peixes do Rio Tejo

• Pratos de Peixe de Rio: Lúcio Perca, Sável, Enguia, Fataça, Boga, Saboga, Achigã, Peixe Rei

Mais informaçãowww.viverotejo.pt

Foto

de:

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DESENVOLVIMENTO REGIONAL

“Melhor Empresa”, “Melhor PME” e “Melhor Micro empresa” são as distinções a atribuídas anualmente nesta gala, que se realiza há largos anos, numa parceria sólida entre a NERSANT e o jornal O Mirante. O crescimento e investimento efetuado, a introdução de novas tecnologias, a criação de postos de trabalho, a rentabilidade e internacionalização dos negócios estão entre os critérios que motivam a seleção dos premiados.Neste mesmo evento, são igualmente conhecidas as nomeações para as categorias “Mulher Empresária” e “Jovem Empresário”, bem como para a já emblemática distinção “Prémio Carreira Empresarial”, que distingue um empresário do distrito cujo percurso de vida na atividade empresarial é digno de reconhecimento público.Ao longo dos anos, muitas têm sido as empresas distinguidas.

Galardão Empresa do Ano

A distinguir as melhores empresas do Ribatejo desde 2000Dar visibilidade ao que de melhor se faz no Ribatejo é o objetivo do Galardão Empresa do Ano, que se realiza anualmente desde 2000 e que pretende distinguir as melhores performances empresariais de cada ano.

- Crescimento do VAB - Crescimento do volume de vendas - Crescimento dos resultados líquidos - Crescimento do EBITDA

- Investimento efetuado- Produtividade- Rentabilidade das vendas- Rentabilidade dos capitais próprios

- Autonomia fi nanceira- Postos de trabalho criados- Internacionalização dos negócios- Grau de adesão às TIC

Critérios para a seleção de empresas

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

TVE

Cronologia das empresas vencedoras do Galardão do Ano

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2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Galardão Empresa do Ano 2014“É com muita satisfação que mais uma

vez a NERSANT e o jornal O MIRAN-TE uniram esforços para organizar este evento cujo objetivo é premiar as empresas e os empresários que mais se destacaram em 2014. Algumas das empresas galardoadas são relativa-mente recentes e nasceram de uma forte vontade empreendedora das mulheres e homens que decidiram

arriscar e embarcar nesta aventura que é ser empresário. Outras são sobejamente conhecidas e o seu sucesso é um motivo de orgulho para o nosso distrito e para o nosso país” começou por dizer Maria Salomé Rafael, Presidente da Direção da NERSANT, na sessão de abertura da cerimónia.

A RENOVA, S.A. é claramente um des-tes últimos casos. Fundada em 1939, a empresa de Torres Novas é uma marca europeia de produtos de grande consumo

presente em mais de 60 países, tendo alcançado grande notoriedade atra-

vés do fabrico e comercialização do papel higiénico preto. Pelo seu

trabalho, foi anunciada a jus-ta vencedora do Galardão Empresa do Ano referente a 2014. João Gorjão Clara recebeu a distinção em representação da empresa,

tendo afi rmado que “são as pessoas que fazem a dife-rença nas empresas”.

A entrega dos galardões às melhores performances económico-fi nanceiras de 2014 não se fi cou por aqui. O Galardão PME de 2014 foi entregue a Nicole Caro-cha, fi lha de João Carocha, responsável pela empresa La Verde, empresa de Coru-che que atua no mercado da Cosmética e Higiene Corporal há 16 anos e o Galardão Microempresa de 2014 foi entregue a Duarte Silvestre, da empresa DS Syste-ms, também de Coruche, mas que opera na área da formação e certifi cação de mergulho.

Quantos aos prémios de nomeação, o prémio Jovem Empresário foi atribuído a Ricardo Soares, da Samogreen Lda., empresa de Benavente que da energias renováveis e segurança eletrónica. O Galardão Mulher Empresária foi atri-buído a Celeste Dias, sócia-gerente da Ignoramus, empresa de Samora Correia responsável pelas marcas Cem Por Cen-to, Da Terra, Forma Mais e Golden Silk. Quanto ao prémio Carreira Empresarial, o mesmo foi atribuído a Fernando Caldas, pelo trabalho na empresa Agostinho e Filhos e Comtemp, do Entroncamento.

“Esta pequena amostra do tecido empresarial da região é a prova que

temos no distrito algumas das melhores empresas do país, que lideram os seus setores, e que se distinguem pela inovação e qualidade”, disse a Presiden-te da Direção da NERSANT, Maria Salomé Rafael, após a atribuição dos prémios.

Na cerimónia intervieram ainda o Diretor Geral do Jor-nal O Mirante, Joaquim Antó-nio Emídio e o Presidente da Câmara Municipal de Bena-vente, Carlos Coutinho.

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Empresa do Ano

RENOVA S.A.Fundada em 1939, a Renova é uma marca europeia de produtos de grande consumo presente em mais de 60 países. Redefi nindo os valores do papel tissue, é uma marca que acredita no valor da experiência e privilegia a relação com o consumidor. Entre outros, fabrica e comercializa gamas inovadoras de papel higiénico, guardanapos, rolos de cozinha ou lenços de papel, oferecendo à sociedade produtos e experiências que a ajude a adotar um estilo de vida tão sustentável quanto diferenciador. O fabrico e comercialização do papel higiénico preto é um dos marcos históricos da empresa.A internacionalização da RENOVA tem sido feita essencialmente através da marca. A promoção da marca tem sido, de facto, a missão de Paulo Pereira da Silva, Diretor executivo da empresa, que passa grande parte do tempo no estrangeiro com este objetivo. Esta estratégia tem vindo a dar resultados. Neste momento, a empresa está a reforçar a aposta no mercado francês através da instalação da primeira unidade fabril, não só fora de Portugal, mas também fora do concelho de Torres Novas, em França. No entanto, o investimento na região do Ribatejo, tem sido constante. No segundo semestre de 2016, a empresa vai instalar um a nova máquina na fábrica em Torres Novas, num investimento de 40 milhões de euros, e que vai permitir aumentar em 50% a produção de papel tissue (guardanapos, lenços, papel higiénico e de cozinha). Recentemente, a empresa abriu um a sua primeira loja – estrutura de aço com uma área de 300 metros quadrados – junto à unidade fabril onde nasceu, há 75 anos.

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A La Verde está no mercado da Cosmé-tica e Higiene Corporal há 16 anos sempre a crescer no mercado nacional e interna-cional. De 2013 para 2014, aumentou a sua faturação em 53 por cento para um total de 3,3 milhões de euros. Gerida por João Carocha, a La Verde é uma empre-sa familiar onde também trabalham a esposa e as duas fi lhas do fundador. Nos últimos anos, a empresa tem sido líder

Fundada em Coruche em 2011, a DS Systems opera na área da formação e cer-tifi cação de mergulho e recursos didáticos para mergulhadores, instrutores e centros de mergulho em Portugal, Espanha, Cabo Verde, S. Tomé e Príncipe, Angola e em breve também em Moçambique. Embora seja uma empresa independente, repre-senta a Scuba Schools International, líder mundial neste setor de atividade, cola-borando também com esta actividade na elaboração de manuais de mergulho produzidos pela mesma. O seu volume faturação ronda o meio milhão de euros e prevê dobrar o valor para 1 milhão de euros em 2016.

no seu segmento. 65 por cento da pro-dução é para exportação, não só para a Europa, mas também para África. Suíça, Dinamarca, França, Alemanha, Angola e S. Tomé e Príncipe são já mercados destino dos produtos La Verde. Na Alemanha, a empresa é mesmo líder de mercado nos protetores solares.

Em 2016, uma das apostas da empresa é na área dos suplementos alimentares e

veterinária, com a comercialização de pro-dutos de beleza e cosmética para animais. Qualidade e inovação são os segredos do sucesso da empresa, que conta com uma equipa de 27 profi ssionais

Sediada na Branca, concelho de Coru-che, a empresa pretende, no próximo ano, mudar para umas instalações maiores na zona industrial do Monte da Barca, no mesmo concelho.

Micro Empresa

DS Systems

A empresa está em Portugal e Espa-nha, trabalhando em Portugal com 48 centros de mergulho e em Espanha com 152. Duarte Silvestre, o dono da empresa,

afi rma que o segredo do sucesso tem sido tentar sempre fazer mais e melhor, bem como saber adaptar-se aos mercados e às suas diferentes realidades.

PME do Ano

La Verde

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Desde de 1976 que a Ignoramus aposta numa fórmula que tem feito a empresa crescer de uma forma sustentada. A empre-sa de Samora Correia, liderada por Celeste Dias, dedica-se ao à alimentação saudável, detendo marcas como a Cem Por Cento, Da Terra, Forma+ e Golden Silk, hoje sobeja-mente conhecidas e detentoras de notorie-dade e credibilidade junto dos consumido-res. A empresa é hoje uma referência neste

setor de atividade, em termos de qualidade e inovação. Celeste Dias é a sócia-gerente da empresa. Aprendeu tudo o que sabe numa outra empresa do mesmo ramo. Os seus conhecimentos levaram-na a criar a Igno-ramus. As marcas da empresa vendem-se hoje em praticamente todas as superfícies. A empresa comercializa cerca de 900 pro-dutos, tem meia centena de colaboradores e facturou 13 milhões de euros em 2014

Fernando Pereira Caldas tem 73 anos. A sua notável carreira no mundo empresarial já vai longa. Nascido numa família de San-tarém com ligações à lavoura e à pecuária, estudou na Escola de Regentes Agrícolas, a atual Escola Superior Agrária. Trabalhou, paralelamente ao curso, na Casa Agrícola do avô materno, João Caldas, com quem vivia por ter perdido os pais ainda em crian-ça. A sua carreira empresarial iniciou aos 19 anos como gestor de uma produção vití-cola, sua e de sua irmã. Depois do serviço militar ingressou na empresa José Marques Agostinho, tendo chegado a Diretor Geral

e Gerente Executivo. Esteve envolvido no processo de fusão daquela empresa com a empresa António da Silva e Filho Lda, que deu origem à Comtemp – Companhia dos Temperos, de que ainda hoje é gerente.

Relativamente ao movimento associativo, fez parte da Confederação dos Agricultores de Portugal, tendo integrado esta comuni-dade como perito do comité consultivo dos vinhos da Comissão Europeia, em Bruxelas, e foi Presidente do Conselho de Adminis-tração do Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA) por indi-cação desta mesma entidade.

Mulher Empresária

Celeste Dias – Ignoramus

Carreira Empresarial

Fernando Caldas

Jovem Empresário

Ricardo Soares – Samogreen Systems, Lda.

A aventura de criar a Samogreen começou numa garagem alugada em Samora Correia, em 2009. É assim que nasce, em 2009, ano de plena crise, a Samogreen, empresa que desenvolve serviços na área das energias reno-váveis.

Ricardo Soares, licenciado em eletró-nica e telecomunicações, é o gerente desta empresa hoje sediada em Bena-vente. Viciado em trabalho, o empresá-rio afi rma que só pára quando o corpo lhe pede, embora a responsabilidade nunca lhe deixe desligar o telemóvel. Casado e pai de dois filhos, lamen-ta não dispor de mais tempo para a família, embora a mulher esteja todos os dias no escritório ou na empresa. Amigo do seu amigo, pragmático como um empresário deve ser, Ricardo está já a apostar na internacionalização, primeiro para África. A experiência e alta qualifi cação dos profi ssionais em mercados maduros, apoiados numa estrutura técnica sólida convertem a SamoGreen Systems numa opção de confi ança.

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EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO

Semana Nacional de Business Angels

A Semana Nacional de Business Angels (SNBA) apresenta-se como o maior evento dinamizador e divulgador do capital de risco informal junto dos empreendedores na Europa, tendo já sido distinguida a edi-ção do ano 2014 com o prémio de Best European Business Week Initiative. Realizou-se de 16 a 21 de novembro.

Esta foi a 9.ª edição deste evento que contou com uma mobilização nacio-nal de investidores privados, dando-se a conhecer a empreendedores da sua região e despoletando relações de futuro. A coordenação coube à Federação Nacio-nal de Business Angels e a dinamização dos eventos em cada uma das cidades

participantes foi feita pelas Associações de Business Angels aderentes.

Ao longo de 6 dias, 16 Associações de Business Angels dinamizaram, nas suas cidades, eventos de promoção do investimento privado em start ups e novos projetos empresariais. A Sema-na Nacional de Business Angels teve

como ponto alto o Congresso Nacional de Business Angels, no dia 20, no Porto.

A sessão “Open Day do Business Angels Club” onde foram debatidos temas liga-dos aos programas de apoio ao investi-mento de capital de risco e realização de vários Pitch´s, foi realizada no dia 18 de novembro.

Vivapower Selfenergy participa em Projeto Inovador na EuropaA Vivapower Selfenergy fará parte do

projeto - Eco Power Zero Residence, aque-le que será o primeiro Resort de Luxo na Europa com energia positiva.

O conceito deste empreendimento ino-vador reside no objetivo máximo de alcan-çar um balanço energético positivo, ou seja, produzir mais energia do que aquela consumida pelas próprias habitações. O consumo máximo estimado de 1.300 MWh será colmatado com a produção de 1.400 MWh de energia por ano.

O projeto que será desenvolvido em Portimão, consiste na construção de 20 moradias auto-sustentáveis e efi cientes energeticamente, as quais terão o con-tributo da Vivapower Selfenergy na ins-talação na cobertura de cada edifício de pequenas UPAC - Unidades de Produção para Autoconsumo, com uma potência de 22,5 kW. Está ainda previsto a construção no solo uma central de 320 kW, com o duplo objetivo de produzir energia tanto para autoconsumo como para venda do excedente da energia produzida à rede.

Para além dos sistemas de produção de energia elétrica e aquecimento de água através de fonte renovável, os edi-fícios serão munidos com equipamentos altamente efi cientes de baixo consumo, iluminação Led, janelas com isolamen-to térmico e um carro elétrico – Renault ZOE.

O arranque desta construção sus-tentável e eco-friendly está previsto para o 3.º trimestre de 2016, com a

conclusão prevista no final de 2017.A Vivapower é uma empresa de serviços

energéticos de excelência, considerada a primeira one-stop-shop em Portugal. Possui a qualifi cação de ESE – Empresa de Serviços Energéticos de nível 2 pela DGEG – o mais elevado. Com uma oferta integrada de soluções no domínio da ener-

gia, a Vivapower possui a experiência e as competências necessárias a um desem-penho diferenciado, apta a desenvolver projetos com base na utilização racional de energia e nas energias renováveis, que dão resposta às maiores exigências e desa-fi os colocados pelos clientes. A empresa possui instalações em Santarém.

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A Agromais, de Riachos e a Bee Iellow, de Santarém, foram as duas empresas do Riba-tejo entre os 11 fi nalistas do Prémio Empre-endedorismo e Inovação Crédito Agrícola.

A Agromais candidatou-se ao prémio com o projeto milho pipoca e a Bee Iellow com o seu projeto de mel em embalagens unidose. As votações decorreram no face-book até ao dia 26 de novembro.

O Prémio Empreendedorismo e Ino-vação Crédito Agrícola tem por objetivo reconhecer o mérito e a excelência na agri-

cultura, contribuindo de forma efetiva, para a disseminação de uma cultura de empreendedorismo e inovação nos setores agrícola, agroindustrial, fl orestal e do mar em Portugal.

Com o Prémio Empreendedorismo e Ino-vação, o Crédito Agrícola, pelo 2.º ano con-secutivo, distingue aqueles que começam agora a investir no seu futuro, com novos projetos de negócio e ideias inovadoras nos setores da agricultura, agroindústria, fl oresta e mar.

Diogo Lopes, aluno da Escola Profi ssio-nal de Salvaterra de Magos (EPSM) foi o grande vencedor do concurso nacional Jovem Talento da Gastronomia 2015, na categoria de Barman, cuja fi nal nacional se realizou na Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa.

O júri, constituído por profi ssionais do setor, rendeu-se à performance artística e à envolvência cénica utilizada pelo jovem barman na preparação dos cocktails ven-cedores.

Diogo Lopes, de 18 anos, natural de Samora Correia, que acabou agora o seu curso de Restauração na Escola Profi ssio-nal de Salvaterra de Magos, recebeu como prémio um curso de bar na prestigiada empresa Black Pepper & Basil e um kit da Schweppes, uma das empresas patrocina-dores do evento. À Ribatejo Invest o jovem barman confessou que a participação neste concurso lhe proporcionou novas oportu-nidades profi ssionais: “logo na segunda etapa deste concurso tive o privilégio de conhecer o Wilson Pires, um dos jurados, que falou comigo no fi nal da prova e me fez uma proposta de trabalho para o Algar-ve. É lá que estou neste momento, a tra-balhar como bartender num bar, e tenho aprendido e evoluído imenso com grandes profi ssionais da área”. Para já, Diogo Lopes

pretende continuar a aprender e a evoluir na sua profi ssão, mas admite a vontade de passar por uma experiência profi ssional no estrangeiro.

O Concurso Jovem Talento da Gastro-nomia destina-se a eleger, em cada ano, os melhores jovens talentos em diversas áreas do setor da gastronomia, estando aberto à participação de alunos e profi s-sionais.

Outro dos fi nalistas da área da pastelaria foi Pedro Plantes, de 18 anos, também ele aluno de Cozinha da Escola Profi ssional de Salvaterra. A concorrer diretamente com profi ssionais já com alguns anos de experi-ência nesta área, o jovem não se intimidou e conseguiu impressionar o júri.

O presidente da Direção da EPSM, Duar-te Bernardo, revelou que estes prémios são mais um motivo de orgulho e de reconhe-cimento pela qualidade da formação minis-trada na EPSM. “Tem sido opção da EPSM incentivar os alunos a participarem em várias iniciativas e concursos nacionais, porque isso lhes permite adquirir uma série de competências e vivenciar deter-minadas experiências que os enriquecem e valorizam como cidadãos e futuros profi s-sionais”. Até ao momento a EPSM partici-pou duas vezes neste concurso e em ambas conseguiu chegar às finais nacionais.

Diogo Lopes, que também foi um dos jovens empreendedores do distrito recen-temente premiados pela Tagusgás, não esconde a admiração pela Escola Profi ssio-nal de Salvaterra onde fez a sua formação, considerando que “a EPSM é uma escola diferente das outras, pois interessa-se ver-dadeiramente pelos seus alunos e dá-lhes uma preparação magnífi ca. Se não tivesse passado pela EPSM, certamente não esta-ria onde estou, estou muito grato”.

Concurso Nacional Jovem Talento da Gastronomia 2015Barman do ano é aluno da Escola Profi ssional de Salvaterra de Magos

Agromais e Bee Iellow fi nalistas de Prémio Empreendedorismo e Inovação

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Apesar do nome ser pouco conhe-cido, já que grande parte da produção segue para exporta-ção e em Portugal as vendas

são feitas exclusivamente através do canal do retalho, a “Maçã Verde” do Cartaxo começa agora a colher os frutos do seu trabalho. A empresa dedica-se à decora-ção de interiores, design e construção de mobiliário, iluminação e complementos de decoração, sob a marca Green Apple HOME STYLE e tem clientes espalhados por 29 países de três continentes (Euro-pa, África e Ásia). Há poucas semanas, a Green Apple foi distinguida com um dos Prémios Mobis, prémios do mobiliário nacional, na categoria Geração Empre-endedora.

Empreendedores é, de facto a palavra que melhor defi ne Sérgio e Rute Rebola, os sócios fundadores da empresa. Para compreendermos como tudo começou, temos de recuar até 2005, ao momento em que, depois de apresentarem as res-petivas teses de mestrado, Sérgio e Rute

decidiram criar a sua própria empresa. Escolheram uma área de negócio onde já detinham alguns conhecimentos e know-how por via familiar e começaram pela comercialização de artigos para fl oristas e produtos temáticos.

O Cartaxo foi o local escolhido para instalarem a empresa. A localização pri-vilegiada, as acessibilidades e as rendas acessíveis foram determinantes para esta escolha.

A partir daí, a empresa foi diversifi cando o seu portfólio mas, em 2010, com a crise

económica a acentuar-se cada vez mais, “percebemos que, se queríamos continu-ar no mercado tínhamos de olhar para fora de Portugal”, conta Sérgio Rebola. Começaram então a dar os primeiros passos fora de portas e marcar presença em feiras internacionais. Porém, rapi-damente constataram, depois de alguns contratempos que para terem o sucesso desejado e conquistarem os clientes que pretendiam tinham, obrigatoriamente, que ser eles a produzir os próprios produ-tos. “No Verão de 2014 começámos com a nossa produção, o que nos permite deter um maior controlo sobre todo o processo e nos dá uma vantagem competitiva e a possibilidade de em qualquer momento efetuarmos pequenos ajustes”, afirma Sérgio Rebola.

A aposta na produção obrigou a um investimento de quase 1 milhão de euros, num novo pavilhão industrial e num refor-ço das equipas de trabalho, que passou, entretanto, de 22 para 55 colaboradores. “Fomos buscar marceneiros e estofadores

Aposta na internacionalização chega já a 29 países, de três continentes

Green Apple Home Style lidera no setor da decoração de interiores

EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO

Os 800 m2 do showroom da empresa Green Apple, no Cartaxo são a porta de entrada para um mundo de bom gosto e sofi sticação. Móveis, candeeiros, tapeçarias, objetos de decoração de diversos estilos e acabamentos compõem o mundo Green Apple, destinado a um público refi nado e exigente. Surpreendente é o facto de todas estas peças serem de design exclusivo e produzidas pelas mãos dos experientes “mestres ribatejanos”.

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Percebemos que se queríamos continuar no mercado, tínhamos de olhar para fora de Portugal.”

que já tinham deixado a sua atividade porque as pequenas ofi cinas onde traba-lhavam tinham fechado. Fomos buscar costureiras que estavam a trabalhar na caixa do supermercado”, conta. “Come-çámos com uma divisão de marcenaria e carpintaria, uma de estofo e pinturas de alto brilho, onde aplicamos todo o tipo de materiais e revestimentos e criámos ainda uma divisão só para a produção de quadros, candeeiros e eletrifi cação”.

Para contornar a escassez de mão-de-obra especializada a empresa recorreu à formação interna, como comprovam os três jovens estofadores que ali traba-lham e que foram formados na própria empresa.

A produção “semi- artesanal” das peças é hoje um dos fatores que diferenciam os produtos da Green Apple nos mercados internacionais, “pormenor” muito valo-rizado e apreciado pelos clientes. “Temos clientes que vêm cá para ver como é que os produtos são feitos e fi cam muito bem impressionados com a nossa organiza-ção. A Green Apple consegue personali-zar todas as peças, e ajustá-los ao gosto

dos clientes que poderá escolher todos os acabamentos”. A investigação de novos materiais e o detalhe minucioso dos aca-bamentos são elementos valiosos na cons-trução desta marca.

De entre os vários projetos que a Green Apple tem atualmente em curso, Sérgio Rebola destaca alguns projetos de deco-ração para alguns hotéis no Mónaco, na Arábia Saudita, em Angola e também em Portugal. “Normalmente estes projetos são realizados em parceria com arquite-tos e designers locais, pois são eles que conhecem os mercados, as tendências de cada região e são eles a nossa ligação ao cliente fi nal”, explica.

Um dos serviços disponibilizados pela empresa é precisamente a consultoria e o aconselhamento ao cliente, a quem garan-tem um acompanhamento permanente do projeto. “Trabalhamos com arquitetos, designers e decoradores a quem disponi-bilizamos um produto chave na mão. A partir das indicações desse cliente, desen-volvemos um tema, e criamos peças únicas para aquele projeto”, conta.

Às empresas que pensam internacio-nalizar-se, este empresário deixa um

conselho: “Não vale a pena investir num projeto de internacionalização sem ter uma estratégia bem pensada, sem ter produção própria e sem ter uma máqui-na muito bem montada”. E dá exemplos: “Não se pode pensar em ir para uma Feira internacional sem trabalhar muito bem a comunicação da marca”. São situações que acontecem quando, por exemplo se vai para uma Feira e não se leva um catá-logo dos produtos devidamente traduzi-do, ou não se percebe a importância de manter uma comunicação permanente com o cliente através da internet. Esta foi também uma necessidade que a Green Apple sentiu e que a levou a reforçar o seu departamento de Comunicação e Marke-ting, que conta hoje com três designers gráfi cos, dois fotógrafos a tempo inteiro e dois técnicos de informática e internet.

Para responder às solicitações cada vez maiores do público português, “que demonstra apetência por este tipo de pro-duto e que não quer ter as suas casas todas iguais”, a Green Apple está a equacionar o reforço da sua rede de distribuidores em Portugal, bem como a abertura de uma loja própria, em Lisboa.

Sérgio e Rute Rebola são os sócios-fundadores da Green Apple

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Mas… o que são serviços de consultoria alimentar? A Revista Ribatejo Invest foi saber. Do portfólio da empre-

sa contam-se serviços de restauração em unidades produtoras de refeições. Aqui, de acordo com a necessidade do cliente, a empresa pode desenvolver e avaliar planos de ementas ajustados a diferentes faixas etárias, avaliar quantitativa e qualitativa ementas assegurando o equilíbrio nutri-cional das refeições servidas, implementar bufetes saudáveis, elaborar fichas téc-nicas, nutricionais e cadernos de encar-gos, prestar formação aos colaboradores na área da alimentação e nutrição e até supervisionar empresas de restauração coletiva ou outras instituições adjudicadas para o fornecimento de refeições. “Tudo depende daquilo que o cliente quiser”, diz Célia Lopes, sócia-gerente da empre-sa, que é também, por enquanto, a única colaboradora da Nutricuida. “A empresa adapta sempre os seus serviços àquilo que o cliente pretende. No entanto, no caso das entidades da economia social, o nosso maior cliente no serviço de restauração, há um serviço comum a quase todas as

instituições com quem trabalhamos: a pro-posta das ementas. Estas são fundamentais à manutenção de uma alimentação sau-dável, quer de idosos, quer de crianças”, diz a empresária, acrescentando ainda que este serviço assume especial importância em casos específi cos com que muitas enti-dades têm de lidar diariamente. “É neces-sário, em muitos casos, a instituição de um manual de dietas onde conste a dieta geral, que pode ser consumida por todos, a dieta do diabético, a dieta antidiarreica, entre outras que possam ser necessárias”, conclui Célia Lopes. Para além do serviço de restauração, também contemplado, existem ainda serviços especifi camente aplicados às unidades de cuidados conti-nuados, sendo eles a avaliação e prescrição nutricional em todo o internamento e a supervisão do cumprimento da terapêu-tica nutricional.

Mas se por outro lado, tem uma empre-sa, saiba que pode promover a saúde e bem-estar no local de trabalho através da NutriCuida. Neste pacote de serviços estão previstas sessões de formação na área da alimentação e nutrição, consulta de nutrição no local, elaboração de material

informativo, implementação e organização de coffee-breaks saudáveis e até incluir o serviço de restauração, se a empresa possuir cantina ou refeitório. Tudo per-sonalizável, à medida do cliente.

AUTARQUIAS E ESCOLAS SÃO A APOSTAA oferta da NutriCuida dispõe ainda do

serviço autarquias e do serviço escolas. No âmbito do serviço autarquias, a presença de um dietista/nutricionista nas câmaras municipais possui uma dupla função de melhorar a vida dos cidadãos e reforçar a imagem do município. Através deste ser-viço, a NutriCuida pode intervir em diver-sas áreas como a educação, ação social, saúde, cultura, desporto, desenvolvimen-

Empresa oferece serviço de consultoria em nutrição inédito na região

NutriCuida a crescer “com muita saúde”Desenganem-se aqueles que pensam que os dietistas e nutricionistas trabalham apenas em consultórios, onde realizam uma abordagem clínica personalizada àqueles que os procuram. A NutriCuida, empresa do Sardoal, está no mercado há cerca de 1 ano e meio e conta já com um conjunto diversifi cado de clientes, a quem presta serviços de consultoria alimentar.

EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO

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to económico e defesa do consumidor.Identifi car e avaliar problemas nutri-

cionais nos diferentes grupos socioeco-nómicos, profi ssionais, etários e outros, presentes na comunidade, incluir aspe-tos nutricionais no desenvolvimento de políticas gerais de saúde, monitorização do estado de saúde da população, atra-vés da realização de rastreios, planear e implementar políticas e programas de alimentação e nutrição para o municí-pio, intervir na formação e informação do consumidor, realização de atividades assistenciais (papel social, gestão domésti-ca, visitas domiciliarias), promover ações de educação e formação dirigidas à popu-lação em geral e/ou a grupos específi cos, estimular e contribuir para as iniciativas da comunicação social sobre questões de alimentação e saúde, avaliar documentos relativos a concurso público para o forne-cimento de refeições escolares, acompa-nhar a gestão dos refeitórios dos estabe-lecimentos de ensino, bem como efetuar ações de vigilância higio-sanitária das cozinhas e refeitórios e negociar mudan-ças na estrutura das ementas, composição de refeições e preparação de pratos em cantinas e bufetes escolares, são alguns dos serviços de que os municípios podem benefi ciar.

Embora as escolas não se consigam dis-sociar dos municípios, a NutriCuida tem ainda um serviço exclusivo para escolas, “por estas desempenharem um papel fun-damental na formação de gerações que a médio prazo poderão inverter (ou confi r-mar) o padrão de saúde atual. As escolas são, neste sentido, o local por excelência para desenvolver a educação alimentar em cooperação com as famílias”, alertou Célia Lopes. Para além da realização de ementas e acompanhamento dos estabelecimen-tos ao nível do HACCP, a NutriCuida, no âmbito do pacote Escolas, pretende imple-mentar programas de educação alimentar inseridos no plano curricular, dinami-zar palestras para alunos, professores e familiares, organizar ofi cinas temáticas, articular com escolas e centros de saúde consultas a um preço baixo para famílias

carenciadas e ainda desenvolver e promo-ver materiais pedagógicos de promoção de estilos de vida saudáveis adaptados às várias faixas etárias.

“Conseguir afi rmar o meu negócio junto dos municípios e escolas tem sido o meu maior desafi o”, contou Célia Lopes, apro-veitando ainda para informar a Ribatejo Invest de que, neste momento, já está a trabalhar com o município do Sardoal. “O mais difícil foi entrar neste ramo. Penso que a seguir ao município do Sardoal, outros municípios irão procurar os meus serviços”, revelou, esperançosa.

Aplicável a todos estes pacotes está também o serviço de ação-formação, que passa pela organização de workshops e palestras de forma a alargar a educação a públicos externos bem como todas as atividades e ideias inovadoras. “Tenho realizado diversas palestras pela região. Para além disso, tenho um livro escri-

Célia Lopes é especialista em dietética e nutrição desde 1997. Desempenhou durante 14 anos a sua profi ssão na área de hemodiálise, quando a conjuntura lhe pregou uma partida, deixando-a desempregada por extinção do posto de trabalho. A decisão de criar uma empresa não foi tomada de imediato. A agora empresária reconhece que na altura, foi invadida pelo medo. No entanto, a ferramenta de apoio à criação de novas empresas da NERSANT – o Sítio do Empreendedor – foi fundamental para que acreditasse, fi nalmente, no seu projeto. A empresa NutriCuida nasceu no dia 09 de junho de 2014 e está a crescer de forma sustentável.

to e pretendo publicá-lo e nessa altura, este serviço será exponenciado”, contou a empresária.

Como não poderia deixar de ser, e para além da panóplia de serviços que já desempenha por toda a região, a Nutri-Cuida presta ainda serviços em diversas farmácias e consultórios da região.

“O meu negócio é inovador porque não existia na região. Em Portugal, não é habi-tual haver empresas de consultoria em nutrição, como no Brasil, por exemplo. Fui mesmo a primeira empresa da região a ser criada nesta área, o que suscitado a curiosidade de muitas pessoas”, congra-tulou-se Célia Lopes, que não tem tido mãos a medir com a NutriCuida.

EMPRESA TEM ESPAÇO PARA CRESCER“Se antes de ter a empresa eu já tra-

balhava imenso, pode dizer-se que hoje em dia o volume de trabalho se intensi-fi cou bastante!”, desabafou Célia Lopes, que tem recebido cada vez mais pedidos de informação por parte de empresas e entidades interessadas em conhecer os seus serviços. “Este é um tipo de negócio que consegue clientes através do «passa a palavra» e se tenho sido cada vez mais abordada, é sinal de que os meus clien-tes estão satisfeitos com o meu serviço”, referiu a empresária, que fez saber ainda que neste momento começa a ser difícil responder a tantos pedidos. “A NutriCuida tem crescido devagar mas com muita saúde! E é assim que prefi ro, crescer de forma sustentada. No entanto, como o meu tempo começa já a estar bastante preenchido, não terei outra hipótese senão a contratação de um colaborador”, contou Célia Lopes à Ribatejo Invest. E atrás da criação deste novo posto de trabalho, virá a criação do espaço físico da empresa. “Uma vez que a minha atividade é nas empresas e entidades com quem trabalho, a NutriCuida não dispõe de um escritó-rio”, fez saber. Cenário que irá mudar, com a contratação de um novo colabo-rador. “O espaço já existe e vai nascer no Sardoal”, revelou em primeira mão à Ribatejo Invest.

Conseguir afi rmar o meu negócio junto dos municípios e escolas tem sido o meu maior desafi o.”

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INTERNACIONALIZAÇÃO

Mas se pensa que a empresa se fi ca por aqui, engana-se. A Couro Azul nasceu em 1989 com o propósito de abordar

o mercado automóvel e tem sido realmen-te bem-sucedida na sua missão. “Neste momento, 26 anos após o início da nossa atividade, trabalhamos com a Volkswagen, a Skoda, a Seat, a Volvo e o seu parceiro chinês, a Gilly, a Opel, o Grupo PSA, que envolve a Peugeot e a Citroen, a Merce-des e a Smart e o Grupo Nissan-Renault. Mais recentemente iniciámos um projeto com a Daimler. Trabalhamos também por vezes com a Toyota e com a Mazda e ainda com algumas empresas locais chinesas pouco conhecidas na Europa”, enumerou Pedro Carvalho, Presidente do Conselho de Administração da Couro Azul.

Mas como conseguiu uma pequena empresa de Alcanena, afi rmar-se numa indústria liderada por grandes empresas de curtumes? A resposta é simples: ino-vação e qualidade. “O setor automóvel é um negócio global e as empresas que nele pretendem entrar têm de ter capacida-de de responder a esse desafi o. A Couro Azul entendeu sempre, a inovação como um dos pilares do seu desenvolvimento e competitividade, seguindo-se a qualidade dos seus produtos. Foi a primeira empresa nacional a apostar no setor automóvel, tendo desde logo atribuído um carácter diferenciador aos seus produtos”, revelou Pedro Carvalho, que confere à criação de curtumes sem crómio, o início do suces-so da empresa no setor automóvel. “Na altura conseguimos responder ao desa-fi o da Volkswagen de criar um curtume sem impacte ambiental e fomos até mais além daquilo que nos era solicitado. Este é talvez o melhor exemplo da inovação que se faz na Couro Azul! Hoje em dia, toda a produção da empresa é feita sem crómio e sem metais pesados, gama à qual

Sabia que a empresa Couro Azul está neste momento a fornecer as peles para os assentos e tabliers da Porsche? Graças a uma estratégia de mercado assente na qualidade e inovação, a empresa de Alcanena exporta 90 por cento da sua produção para o setor automóvel e conseguiu até um contrato para o fornecimento de couro para a conhecida marca alemã de automóveis de luxo.

Empresa tem volume de exportação na ordem dos 90 por cento

Couro Azul fornece pele para… a Porsche

NOVOS PRODUTOS

Dando corpo à sua estratégia de inovação, estão neste momento a ser desen-volvidos novos produtos. Para o setor aeronáutico, estão a ser desenvolvidas e testadas peles que sejam, por uma lado, mais leves, e por outro, resistentes ao fogo, características que na aviação assumem especial importância. Para além disso, e tendo em conta o elevado número de desperdícios do couro, estão também a ser desenvolvidos esforços no sentido de valorizar este subproduto, que pode ser aproveitado para fertilizantes. Para além disso, os desperdícios do couro também podem servir para produzir aglomerado de couro, que pode ser utilizado, por exemplo, nos tacões dos sapatos.

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demos o nome de Oak Leather”, revelou o empresário, afi rmando que a empresa começou por curtir, essencialmente, couro para os volantes automóveis.

Tendo em conta que para garantir a aprovação e o arranque de um proje-to no setor automóvel são necessários alguns anos, foi só a partir de 1996 que a empresa começou a ter reconhecimento internacional. “Hoje, somos um dos mais reconhecidos fabricantes de couro para volantes”, fez saber Pedro Carvalho. A partir de 2012, e dando continuidade à sua estratégia de segmentação de mercados, a empresa iniciou o alargamento do seu core business para os assentos automóveis, “mercado que estava reservado a um feudo de cinco grandes multinacionais de cur-tumes no mundo”. O início da produção de peles para assentos e tabliers, há cerca de 1 ano e meio, para o Porsche Panamera e Porsche Macan, foi de facto um passo importante para a empresa se afirmar neste novo segmento de mercado.

Pedro Carvalho, afirmou ainda que, devido a esta nova direção, a empresa teve crescimentos acentuados nos últimos dois anos (2013,2014) na ordem dos 50 por cento ao ano. “Na Couro Azul temos uma preocupação constante com a diversifi ca-ção de segmentos. Durante muitos anos, o nosso core business dentro do setor auto-móvel, foi exclusivamente os volantes. Nos últimos anos conseguimos entrar no segmento dos bancos, o que representou naturalmente um crescimento importante para a empresa. Veja-se que , quando se fala do conjunto de bancos do interior de um carro, estamos a falar entre 5 e 8 m2 de pele, contra 0,5 m2 dos volantes. É uma escala completamente diferente”, contou o Presidente do Conselho de Administração do Couro Azul. No que respeita ao setor automóvel, a empresa produz quase tantas peles para bancos, como para volantes, 45 por cento da produção da empresa é para volantes, 40 por cento para bancos, e os restantes 15 por cento, é produção para IP e DP’s (tabliers e painéis de porta), foles do travão de mão e manípulo da caixa de velocidades. No total, a Couro Azul exporta mais de 90 por cento das suas peles.

Neste momento, revelou Pedro Carva-lho, a estratégia de internacionalização da empresa passa por “crescer na área dos bancos e consolidar a posição alcançada como fornecedor de peles para volan-tes”. Para tal, a empresa está novamen-te a diversifi car segmentos e mercados. “Relativamente a mercados, estamos nes-te momento a preparar uma estratégia de abordagem ao mercado americano,

sendo nosso objetivo conseguir negócio com os construtores deste país, a Ford, a GM e a Chrysler. Por outro lado, estamos também a preparar uma nova abordagem ao mercado chinês, onde já estamos a trabalhar. Aqui o desafi o é conseguirmos produtos competitivos para os constru-

tores domésticos chineses, uma vez que é um mercado enorme e com um cresci-mento importante”, fez saber o empre-sário. Em termos de segmentação, e se o setor automóvel detém 85 por cento da produção da Couro Azul, os restantes 15 por cento são produção para o setor dos autocarros, aeronáutico e ferroviário. “Queremos intensifi car o negócio para estes segmentos” , contou Pedro Carvalho, que referiu o fornecimento de couro para assentos da Companhia Aérea Polaca e o TGV espanhol, como alguns dos projetos mais marcantes nestas áreas.

Para garantir uma internacionalização bem-sucedida e o crescimento para os mercados em que está a apostar, a Couro Azul tem uma rede de agentes em diver-sos países que acompanha de perto todo o processo de venda das peles da Couro Azul. “Temos agentes, por exemplo, na Alemanha, Inglaterra, França, Suécia, China e Estados Unidos, bem como na Turquia, Roménia e África do Sul. Por questões culturais, é importante que essas pessoas sejam nativos desses países. É importante termos alguém que represente a nossa empresa e dê assistência técni-ca permanente aos mercados que fale a mesma língua”, referiu Pedro Carvalho, acrescentando ainda que “dificilmente venderíamos na Alemanha se não tivésse-mos um interlocutor alemão diariamente a acompanhar o nosso cliente. E se isto é verdade na Europa, ainda é mais ver-dade quando pretendemos vender fora da Europa”.

Questionado sobre o que ainda falta

OakLeatherOs produtos OakLeather constituem a gama ecológica do grupo Carvalhos.

São o resultado de anos de investigação e pesquisa, inicialmente orientadas para indústria automóvel. Atualmente a gama de produtos OakLeather inclui produtos para automóvel, calçado, marroquinaria e mobiliário.

Neste momento, a estratégia de internacionalização da Couro Azul é crescer na área dos bancos e consolidar a posição alcançada como fornecedor de pele para volantes.”

Pedro Carvalho, Presidente do Conselho de Administração da Couro Azul

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fazer à Couro Azul em termos de interna-cionalização, Pedro Carvalho é perentó-rio. “O negócio automóvel é um negócio global e embora os principais clientes continuem a manter os seus centros de decisão na Europa, a verdade é que hoje em dia estes mesmos clientes produzem automóveis em todo o mundo. A Merce-des, para ser competitiva, já não produz só na Alemanha… e a cadeia de forne-cedores têm de estar onde o construtor está. Para já, e uma vez que fornecemos ainda pequenos componentes, conse-guimos ter uma logística organizada de forma a enviar o produto da Europa. O cliente pode «obrigar-nos» a acompanhar a deslocalização para o país onde estão instalados”, contou o empresário, dei-xando escapar que a empresa está neste momento a equacionar “a possibilidade de investimento nalguns países. Quere-mos crescer”, concluiu Pedro Carvalho, que refere ainda que a Couro Azul vai iniciar em breve obras de ampliação da sua fábrica (8.000 m2), “ao fi m de três anos a aguardar parecer positivo das entidades competentes.”

O GRUPO CARVALHOSA Couro Azul está integrada no Grupo

Carvalhos, que detêm ainda a António Nunes de Carvalho, S.A., empresa fundada em 1939 e que se dedica a um setor mais tradicional da pele, nomeadamente na

aplicação de couro para calçado, mar-roquinaria e mobiliário. Também nesta empresa a inovação assume lugar de destaque. À boleia da gama Oak Leather criada para os automóveis, a empresa foca a sua atenção na criação de pro-dutos ecológicos e amigos do ambiente. Desta forma, mantendo as características esperadas do couro (maleabilidade, dura-bilidade e impermeabilidade) a empresa criou e tem apostado na linha Bio Natu-re, o que signifi ca que, no fi m de vida, os produtos com as peles desta gama,são também biodegradáveis. “Até agora, só se conseguia manter a característica de impermeabilidade, na pele para calça-do, utilizando produtos com impacte no ambiente. Na António Nunes de Carvalho, nós desenvolvemos uma linha de produtos que são simultaneamente ecológicos e impermeáveis”, revelou Pedro Carvalho, acrescentando que a empresa tem vindo também a apostar na área da “preservação da saúde, nomeadamente na criação de couros antialérgicos”.

Segundo Pedro Carvalho, as duas empresas terão este ano um volume de negócios na ordem dos 75 milhões de euros, esperando-se que dentro de dois anos, o mesmo atinja 100 milhões. Nos últimos dois anos, mais de 200 postos de trabalho foram criados no conjunto das duas empresas. No total o Grupo Carva-lhos emprega 530 trabalhadores.

HISTÓRIA

1939 Há vários séculos que Alcanena é a principal zona de curtumes de Portugal. António Nunes de Carvalho lançou a sua própria empresa de cur-tumes em 1939, aproveitando a expe-riência profi ssional adquirida duran-te duas décadas. A sua determinação e a necessidade de afi rmar o nome da empresa no mercado, levaram-no a considerar sempre a Inovação e a Qualidade como factores diferencia-dores face à concorrência.

1950 Na década de 50, numa época em que o vestuário de couro era um exclusivo de alguns, António Nunes de Carvalho desenvolveu um produto inovador, curtindo pele de ovino para vestuário. Este espírito de inovação permitiu aos seus clientes comer-cializarem novos produtos com as características únicas e inconfun-díveis do couro, ao alcance de um maior leque de consumidores.

1960 A segunda geração da famí-lia envolve-se no negócio durante a década de 60, e um produto inovador é posto à disposição dos clientes pela primeira vez em Portugal: pele de caprino para calçado de senhora.Ainda durante os anos sessenta a família Carvalhos adquire participa-ção numa empresa especializada em curtume de bovino, a Fábrica de Cur-tumes do Lyz, diversifi cando a oferta de produtos aos seus clientes.

1980 Nos anos 80, o Grupo Carvalhos investe numa nova fábrica - Couro Azul - construída de raiz para a pro-dução de peles de bovinos destina-das a calçado, mobiliário e ao setor automóvel.

Hoje, a terceira geração da família Carvalhos gere as duas unidades industriais - António Nunes de Car-valho, S. A. e Couro Azul, S. A. - ofere-cendo aos seus clientes uma resposta única de Qualidade e de novas solu-ções, aproveitando o saber ímpar de gerações a trabalhar uma matéria tão nobre como o couro. É esta conjuga-ção de experiência e novas tecnolo-gias que tornou o Grupo Carvalhos a mais inovadora instituição do setor de curtumes em Portugal.

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Só no primeiro semestre, a NER-SANT prevê promover a realização de cinco ações de internacionaliza-ção, na sua maioria com mercados

nunca antes explorados pela associação empresarial. O plano de internacionaliza-ção é posto em prática logo em janeiro, com a receção de uma delegação do Gana, entre os dias 27 e 29. Em fevereiro, de 21 a 28, a associação empresarial realiza uma missão empresarial à Colômbia e ao Chile, e em março, a NERSANT viaja para o Gana (de 27 a 31). De 23 a 30 de abril a NERSANT volta a apostar na realização do Encontro de Negó-cios de Moçambique (Beira e Quelimane) e em junho, a NERSANT realiza missão empresarial e mostra de produtos da região no Canadá. Para o segundo semestre de 2016, a NERSANT tem já agendado a rea-lização do NERSANT Business – Encontro Internacional de Negócios do Ribatejo, que reuniu, na sua última edição, 17 delegações estrangeiras, possibilitando a realização de negócios entre empresas da região e empresas de todo o mundo.

Para além destas ações concretas, a NERSANT irá desenvolver várias outras atividades de apoio à exportação e inter-nacionalização das empresas da região. Destaca-se a criação de uma rede inter-nacional de networking e de contactos de agentes relevantes para identifi cação

e disponibilização de oportunidades de negócio (criação e dinamização do conceito do Embaixador Honorário do Ribatejo em vários mercados), bem como a criação do “Clube dos Negócios em Português”, pla-taforma eletrónica que tem como obje-tivo potenciar e facilitar a realização de negócios entre empresas do Ribatejo e as empresas da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) ou de empre-sários lusodescendentes. Esta plataforma pretende ainda disponibilizar aos seus

utilizadores um conjunto de produtos e serviços que facilitem a procura de clien-tes, fornecedores ou parceiros (de uma forma rápida e segura e que promova a realização de negócios com um menor risco para os mesmos).

Para mais informações ou pré-inscrição nas ações, os interessados devem contactar o Departamento de Apoio Técnico, Ino-vação e Competitividade da NERSANT, através dos contactos [email protected] ou 249 839 500.

Apoio à exportação em 2016A NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém vai continuar a apostar no apoio à exportação das empresas do Ribatejo. Entre as várias ofertas do seu plano de internacionalização para 2016, contam-se missões empresariais a mercados nunca abordados pela associação empresarial, como o Gana, a Colômbia e Chile e ainda o Canadá

INTERNACIONALIZAÇÃO

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A empresa Filstone – Comércio de Rochas S.A., situada em Fátima, vai participar na feira Xiamenefair, que decorre na China entre os dias 06 e 09 de março do próximo ano. Esta já não será a primeira vez que a Filstone participa neste certame. Nos últimos três anos (2013, 2014 e 2015), a empresa tem participado no certame, sendo que a última edição da feira, decorrida em março deste ano, a Xiamenefair contou com mais de 2000 expositores de 54 países.

O mercado chinês tem sido de facto uma aposta desta empresa, que já tem uma unidade fabril a funcionar na China. Em 2012, a Filstone deu início ao projeto de construção da fábrica da Kingstar em Dafeng (Shanghai), tendo a mesma iniciado atividade em 2014. Esta aposta na China tem como objetivo unir a capacidade extrativa em Portugal com a capacidade de transformação da China, criando as melhores soluções para os parceiros da empresa e aproximar a mesma dos seus clientes.

Filstone reforça aposta na China

AICEP abre delegação em Timor-LesteMiguel Frasquilho iniciou dia 25 de

novembro, uma visita a Timor-Leste com o objetivo de reforçar as relações económi-cas entre os dois países. Por esta ocasião o Presidente da AICEP inaugurou a delegação da Agência em Díli e marcou presença nas comemorações dos 500 anos da chegada dos portugueses a Timor.

A abertura da delegação da AICEP contou também com a presença do Ministro do Comércio, Indústria e Ambiente de Timor-Leste, Constâncio da Conceição Pinto e com o Embaixador de Portugal em Timor-Leste, Manuel Gonçalves de Jesus.

O Presidente da AICEP, Miguel Fras-quilho afi rmou que “este é um momento importante para a Agência de Investimento e Comércio Externo de Portugal. Mas, mais ainda, espero, um momento que marcará o reforço das relações económicas entre Portugal e Timor-Leste. E que representa-rá, seguramente, uma situação de ganhos mútuos para os dois países.”

Miguel Frasquilho disse que “a abertura

de uma delegação da AICEP em Timor-Les-te é um movimento de apoio às empresas portuguesas com projetos neste país, bem como de apoio à economia de Timor-Leste”.

A Agência organizou também em Díli um seminário que teve como objetivo o reforço das relações económicas entre Timor-Leste e Portugal e que contou com a presença do Ministro de Estado, Coordenador dos Assun-tos Económicos e Ministro da Agricultura e Pescas de Timor-Leste, Estanislau da Silva.

A Agência Especializada do Investimento de Timor-Leste e a AICEP comprometeram-se a apoiar, promover e facilitar a coopera-ção entre as respetivas comunidades empre-sariais, nomeadamente, identifi cando áreas específi cas de cooperação e promovendo a troca de informações entre si e entre a comunidade empresarial dos respetivos países.

Nos dias 27 e 28 de novembro, o Pre-sidente da AICEP esteve em Oe-cusi nas comemorações dos 500 anos da chegada dos portugueses ao território timorense.

Adarq desenvolveuprojeto de arquitetura para hotel em Angola

O atelier de arquitetura Adarq desenvolveu o projeto de um hotel a construir em Angola. A proposta contempla não só a arquitetura geral, como também a arquitetura e design de interiores, bem como o desenho exclusivo de mobiliário. A construção está prevista para o primeiro semes-tre de 2016.

Falar da adarq é falar de um atelier multidisciplinar, onde a arquitetura desempenha um papel preponderante nesta sua atividade, desenvolvendo projetos para clientes privados e para o setor público nacional e interna-cional.

O gabinete de arquitectura situa-se no Entroncamento e os seus contactos são 249 728 480 e [email protected].

Sempre a pensar na necessidade de cres-cimento da sua empresa, o Banco Santan-der Totta lançou o Portal Santander Trade, um portal de informação online, dirigido às empresas que querem internacionali-zar a sua atividade. Trata-se de uma pla-taforma inovadora no sistema financei-ro, onde as empresas podem encontrar, num único espaço, toda a informação e ferramentas necessárias para expan-dir o seu negócio para outros mercados.

Através deste portal, as empresas inte-ressadas em internacionalizar-se, têm à disposição ferramentas de análise de mer-cado, de análise de divisas e de controlo de expedições internacionais. Para além disso, as empresas podem encontrar através deste site, parceiros comerciais em todo o mundo.

O novo portal, de nome Santander Trade, é exclusivo para clientes netban-co do Santander Totta. Pode ser con-sultado em www.santandertrade.com.

Portal Santander Trade apoia internacionalização das empresas

INTERNACIONALIZAÇÃO

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China e Rússia são destinos da Mocapor S.A. em 2016

Também a empresa Mocapor S.A., vai estar na XIAMEN STONE FAIR 2016, que se realiza de 06 a 09 de março, no Xiamen International Conference and Exhibition Center, na China. A internacionalização é de facto uma aposta da empresa. Para além da presença na China, a empresa calendarizou já a sua participação na feira MOSBUILD 2016, que se realiza de 05 a 08 de abril, na ExpoCenter em Moscovo, na Rússia.

A Mocapor S.A. é uma das muitas empresas no setor da pedra situada em Pé da Pedreira, Alcanede. No presente ano de 2015, a empresa investiu na cria-ção de um departamento de marketing que conferiu uma nova linguagem de comunicação gráfica e verbal à empre-sa, renovando de forma transversal toda a imagem corporativa da empresa.

A feira profi ssional de embalagem, rotulagem - Packaging, EMPACK Madrid que se realizou nos dias 18 e 19 de novembro, na instalações de IFEMA-Pabellón 8, contou com a presença da Digidelta no stand D49.

Nesta feira, orientada para a indús-tria de caixas e embalagens fl exíveis, a empresa de Torres Novas promoveu os seus produtos perante inúmeros visitan-tes e expositores de todo o mundo.

A Digidelta é um fabricante e integra-dor de sistemas com soluções de alto valor acrescentado para os mercados de Impressão Digital, Exibição, Etique-tagem e Comunicação Visual.

Fundada em 1986 por Rui Leitão, a empresa conta atualmente com mais de 80 colaboradores, que com formação e experiência permitem que a empresa mantenha o estatuto de PME líder desde a sua atribuição em 2008.

Entre os dias 16 e 20 de novembro, o AgroCluster Ribatejo recebeu a visita de um importador romeno, que teve como objetivo de negócio conhecer os produtos alimentares portugueses.

Dando continuidade ao apoio à inter-nacionalização das empresas agroindus-triais da região, o AgroCluster organizou a receção de um importador romeno. A empresa - Darinne Distribution - embo-ra importe produtos alimentares e não alimentares, esteve em Portugal com o objetivo de conhecer e fazer negócio na área alimentar, procurando, essencial-mente, azeites (aromatizados e em spray), patês de azeitona, sal, conservas (de peixe, vegetais e fruta) e ainda mel, tendo sido visitadas diversas empresas durante a receção empresarial.

De acordo com Anelore Sipridon, Exe-cutive Manager da Darinne Distribution, a apreciação da missão empresarial a Portu-gal foi bastante positiva, tendo a importa-dora fi cado bastante agradada não só com a qualidade dos produtos portugueses, mas também com a organização das empresas portuguesas e dedicação e afeto com que foi recebida por parte dos empresários.

Após o regresso da empresária à Romé-nia, o AgroCluster foi contactado pela

AgroCluster Ribatejo recebeu importadorProdutos alimentares portugueses rumo à Roménia

Darinne Distribution, que se mostrou bastante interessada em incluir no seu portfólio alguns dos produtos portugueses analisados na visita. Neste momento, a importadora já está em contacto com uma das empresas visitadas para realização da 1.ª encomenda.

A Darinne Distribution é uma empresa especializada na importação e distribuição de produtos alimentares e não alimentares, vendendo para diversos clientes, alguns deles bem conhecidos tais como Metro Cash&Carry, Selgros Cash&Carry, Carre-four, Kaufl and, Cora, Billa, Profi e a Mega Image (Delhaize group). Está sediada em Bucareste, possuindo um armazém moder-

no, personalizado e equipado de acordo com os requisitos da UE, uma área de cer-ca de 2.000 m2, com uma capacidade de armazenamento de cerca de 1.500 paletes.

Esta foi uma das muitas ações de inter-nacionalização levadas a cabo pelo Agro-Cluster Ribatejo, que tem já previstas receções de importadores da Bélgica e da Alemanha, e para as quais já está a receber pré-inscrições de empresas. Para além das missões inversas, encontra-se ainda prevista a realização de mostras promo-cionais de produtos nos mercados belga e alemão. Os interessados podem contactar o AgroCluster Ribatejo através dos contactos 249 839 500 ou [email protected].

Digidelta marcou presença na Empack Madrid 2015

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INTERNACIONALIZAÇÃO

Todas as ilhas são de origem vul-cânica, predominando, nas ilhas orientais, vestígios sedimenta-res. O relevo é bastante aciden-

tado nas ilhas de Santo Antão, São Nicolau, Santiago, Fogo e Brava com altitudes que ultrapassam os 1.000 metros em algumas ilhas, atingindo mesmo os 2.829 metros na Ilha do Fogo. Nas ilhas orientais, Sal, Boavista e Maio, predominam formas de relevo planas e pequenas elevações, enquanto que São Vicente e Santa Luzia têm uma morfologia intermédia.

A ECONOMIAA persistência da conjuntura económica

desfavorável em muitos dos principais par-ceiros de Cabo Verde tem vindo a marcar a evolução macroeconómica do país. Os impactes mais relevantes incluem, como esperado, menores montantes de donati-vos, de investimento direto do exterior e de remessas de emigrantes.

Este ambiente externo adverso tem sido complementado com uma redução da procura interna, nomeadamente pri-vada (consumo e investimento), refl etindo a diminuição do rendimento disponível das famílias e a evolução em baixa das expectativas dos agentes económicos.

A legislação cabo-verdiana é não dis-criminatória concedendo ao investidor estrangeiro o mesmo tratamento que ao nacional. Consagra a liberdade de estabe-lecimento em todos os setores de atividade não vedando, salvo disposição constitu-cional em contrário, nenhum setor à ini-ciativa privada. A exploração do domínio público poderá ocorrer em regime de con-cessão ou outro que não envolva a trans-missão da propriedade dos bens a explorar.

Os indicadores económicos são está-veis contribuindo para isso a existência do Acordo de Cooperação Cambial com Portugal que fi xa a taxa de câmbio entre o Euro e o Escudo Cabo-verdiano numa relação de 1 Euro para 110,265 ECV.

A situação geográfi ca, considerada estra-tégica, no Atlântico médio, equidistante da América Norte e do Sul de África, a meio caminho entre América do Sul e Europa Central e servido por carreiras marítimas e aéreas regulares coloca Cabo Verde na rotas de acesso aos principais mercados internacionais.

Por outro lado, os acordos de comércio de que Cabo Verde é signatário permitem-lhe condições de acesso preferencial aos mercados da União Europeia (Acordo de Cotonou), da CEDEAO (Tratado da CEDE-AO), EUA (Acordos SGP e AGOA) e Canadá (Nova Iniciativa para África).

Com uma taxa de desemprego na ordem dos 9% (2013), uma população marcada-mente jovem, formação académica de bom nível, apetência pelas tecnologias, e uma especial capacidade e aptidão para a aprendizagem os Recursos Humanos de Cabo Verde, sua principal riqueza, garan-tem ao investidor elevada disponibilidade e índices de Formação e Produtividade equiparáveis aos alcançados em econo-mias desenvolvidas.

A par de um interessante pacote legisla-tivo de incentivo ao investimento externo Cabo Verde dispõe de um conjunto de infraestruturas de apoio que permitem o acesso fácil a fatores sensíveis de pro-dução:

Um Parque Industrial infraestrutura-• do (Mindelo-São Vicente) e uma Zona Industrial (Praia-Santiago) com lotes disponíveis, por aquisição a particu-lares;

Quatro aeroportos internacionais • (Espargos/Sal, Praia/Santiago, Rabil/Boavista, exclusivamente dedicado a voos “charter” turísticos, e São Pedro/São Vicente), 4 aeroportos regionais;

Três portos internacionais (Santiago, • São Vicente e Sal) ;

Transportes aéreos e marítimos, nacio-• nais e internacionais, regulares;

Meios e tecnologias de comunicação e • de informação efi cientes e competitivos, com ligação a redes de telefonia fi xa, móvel, internet e dados;

Cabo VerdeCabo Verde é um arquipélago situado em pleno Oceano Atlântico, a cerca de 450 Km a Oeste do Senegal, na costa ocidental africana, entre os 14º 48’ 00’’ N e 17º 12’ 15’’ 20’N de longitude e os 22º 39’ 20’’W e 25º 20’ 00’’ W de latitude. Composto por 10 ilhas principais, um comprimento de costa de aproximadamente 2.000 Km e uma superfí cie de 4.033 Km2, Cabo Verde exerce a sua soberania, e explora economicamente, considerando a sua Zona Económica Exclusiva (ZEE), uma área de 734.265 Km2. A diferença horária para Portugal é de menos uma hora no Inverno e menos duas horas no Verão.

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Serviços de abastecimento de Água • e Energia de elevada qualidade para padrões continentais.

A moldura legal existente e a prática corrente do sistema cabo-verdiano garan-te, com ressalvas, que nenhum setor de atividade económica é vedado à iniciativa privada garantindo aos investidores um tratamento não discriminatório, justo e equitativo resultando em segurança e proteção dos bens e direitos inerentes ao investimento externo. Os seguintes princípios são pilares fundamentais das garantias institucionais oferecidas e granjeadoras da confi ança necessária à concretização dos investimentos:

Não limitação ou condicionamento ao direito de estabelecimento por critérios baseados na nacionalidade dos inves-tidores ou dos gestores das respetivas empresas;

Proibição de adoção de medidas de natureza política, jurídica ou adminis-

Serviços de Saneamento, incluindo • a Recolha e Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos;

Serviços de Comunicações por via pos-• tal que constituam Serviço Público de Correios.

SETORES ESTRATÉGICOSOs setores que apresentam oportunida-

des mais para as exportações portuguesas são aqueles em que as necessidade de Cabo Verde melhor encaixam os seguin-tes:

Máquinas e AparelhosNeste setor os produtos que apresentam

melhores oportunidades são os ligados à construção e os que possam dar apoio ao setor da hotelaria, como por exemplo, geradores.

Produtos agrícolas e alimentaresAqui as principais oportunidades são

as relacionadas com os produtos frescos, como frutas, legumes (frescos e conge-lados), lacticínios, conservas e óleos ali-mentares.

Indústrias Químicas e ConexasNeste setor as principais oportunidades

estão nos produtos de higiene e limpeza e medicamentos.

Vestuário e CalçadoOs produtos de vestuário e calçado cons-

tituem uma boa oportunidade de exporta-ção já que Portugal tem perfi l exportador neste setor e Cabo Verde importa uma grande maioria do que consome ao nível deste tipo de produtos.

Plástico e BorrachaAs oportunidades mais relevantes neste

setor são os pneumáticos de borracha e os materiais com aplicação na área da construção.

trativa que difi cultem as atividades eco-nómicas de qualquer natureza efetuadas por investidores estrangeiros, incluindo a entrada de pessoal técnico e de enquadra-mento de origem não cabo-verdiana;

Proibição de concessão, em matéria fiscal, de tratamento menos favorável aos investidores estrangeiro face aos nacionais.

Ressalve-se, no entanto, que apenas mediante contrato de concessão tempo-rária se pode efetivar o estabelecimento de privados em setores como:

Exercício de Autoridade Pública;•

Ordem, Segurança ou Saúde Pública;•

Comércio de Armas e Munições;•

Utilização ou exploração de bens de • domínio público não renováveis;

Exploração de Portos ou Aeroportos;•

Distribuição de Água para uso público;•

Transporte e Distribuição de Energia • Elétrica para consumo público;

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INTERNACIONALIZAÇÃO

Bens e Serviços para a HotelariaDevido às características do tecido

económico do país existe uma grande apetência para os bens e serviços ligados com este setor.

Construção e Materiais de ConstruçãoTal como já vimos anteriormente exis-

tem neste momento vários projetos rela-cionados com este setor que apresentam oportunidades de negócio para as empre-sas portuguesas.

Eixos de DesenvolvimentoUma grande parte dos projetos previs-

tos para são para o setor do Turismo. As ilhas destino destes investimentos são o Sal, para onde se prevê a construção do que se pode considerar “mega-projetos” imobiliário-turísticos, mas também San-tiago, São Vicente e Boavista atraem as atenções dos investidores internacionais para a construção de complexos hoteleiros e aldeamentos de apartamentos e moradias de luxo para uma clientela selecionada.

Naturalmente ao “timing” deste súbito aumento de interesse dos investidores não será alheia a facilidade de acesso permitida pela construção de 3 novos aeroportos internacionais, Praia (ilha de Santiago), Rabil (ilha da Boavista) e São Pedro (ilha de São Vicente) verifi cando-se a partir daí vagas sucessivas de missões empresariais de reconhecimento deste mercado. Na ilha do Sal, que despertou o arquipélago para o turismo e deu o mote para o atual fenó-meno imobiliário, prevêem-se milhares de unidades de alojamento ao longo dos cerca de 10 km que unem Santa Maria à zona a norte da Murdeira. De acordo com as estimativas a ilha de São Vicente, segundo maior centro populacional de Cabo Ver-de e entendido como o polo cultural do arquipélago (literatura, cinema, teatro, artes plásticas, etc…), deverá receber nos próximos investimentos na ordem dos 3,6 mil milhões de euros, sobretudo no setor do Turismo, prevendo-se que a execução dos projetos previstos para a ilha de São Vicente implique um investimento de 460

milhões de por ano. A oferta cultural e a qualidade de vida da capital da ilha, a cida-de do Mindelo, são os principais atributos para atração de uma clientela exigente a quem se dirige o padrão elevado dos empreendimentos que irão surgir.

A infraestruturação económica é um dos pilares de desenvolvimento do país e, apesar de já muito se ter feito ao longo dos últimos anos, seja na construção dos novos aeroportos, seja na rede de estra-das, ainda muito projetos se encontram por concretizar. Impulsionado pela sua vocação turística, que vem captando importantes investimentos hoteleiros de diversas origens, e pela forte necessidade de infraestruturação do País, e aprovei-tando o crédito internacional, Cabo Verde vem criando condições tanto de apoio às necessidades sociais (estradas, portos, aeroportos, escolas, hospitais, água e ele-tricidade, saneamento básico) como de atração do investimento turístico, indus-trial e comercial. Em consequência o setor da Construção é, atualmente, um dos mais dinâmicos em Cabo Verde.

De resto, a estratégia de crescimento e redução da pobreza adotada pelo Governo da República de Cabo Verde considera a infraestruturação económica um dos seus pilares fundamentais na construção da competitividade da sua economia.Com

efeito, as infraestruturas são essenciais à estruturação do território, infl uenciam a distribuição da população e o desenvol-vimento dos aglomerados populacionais e asseguram a mobilidade de pessoas e bens, facilitam o comércio e asseguram o acesso a equipamento e serviços sociais e administrativos. Neste contexto irão ser desenvolvidos projetos nas seguintes áreas:

Infraestruturas rodoviárias – Apesar dos inúmeros projetos concretizados nos últimos anos, este continuará a ser um setor com inúmeros projetos.

Infraestruturas portuárias e aeropor-tuárias – Os investimentos realizados nos últimos anos irão ter continuidade.

Para além dos importantes investimen-tos realizados ao abrigo do programa de infraestruturação económica, há também que referir, pela importância de que se reveste para o setor da construção, o programa “Casa para Todos”, o qual visa aumentar a construção de habitação social e facilitar o crédito à habitação. Com o pro-grama “Casa para Todos”, cujas primeiras casas foram entregues em 2011, o Governo pretende instituir:

uma dinâmica contínua e sustentada de • construção de habitação orientada para o défi ce nacional, centrada nas necessi-dades de salubridade e conforto básico da família média;

promover um regime fi scal e de fi nan-• ciamento sustentáveis para a Política Nacional de Habitação, aberto a partici-pação de diversos parceiros (municípios, ONGs, empresas, Banca);

e garantir o acesso ao crédito à habitação • (através de fundos de garantia e políticas de bonifi cação focalizadas) às famílias de baixa e média, aos jovens e às famílias emergentes.

O programa prevê a construção de apro-ximadamente 8.500 casas, sobretudo T2 e T3, com sala, casa de banho, cozinha e estendal, em zonas infraestruturadas com acesso a eletricidade e água.

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