revista ribatejo invest / abril 2016

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Santarém acolheu Roadshow Portugal Global Internacionalização Canadá Candidaturas abertas à Internacionalização e Qualificação das PME Abril 2016 | N.º 7 Inauguração da Tagusgás Viver o Tejo Na rota do conhecimento Inte Francisco Oliveira “Só criando emprego podemos gerar riqueza e valorizar o nosso potencial agrícola e florestal” Leia esta edição com o QR Code

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De norte a sul do distrito não faltam histórias e exemplos de casos de sucesso na área do empreendedorismo e inovação, que comprovam a vitalidade do tecido económico do nosso distrito. A Inventive Materials e a Cruzimpex são dois destes exemplos que damos a conhecer este mês. Em destaque também a inauguração da nova sede da Tagusgás no Parque de Negócios do Cartaxo, ocasião aproveitada pela administração da empresa para anunciar novos investimentos para a região no valor de 1,5 milhão de euros. Damos também a palavra ao Presidente da Câmara Municipal de Coruche, Município com projetos em curso na área da reabilitação urbana e no apoio a jovens empreendedores. O novo Parque Empresarial do Sorraia, com 47 hectares, deverá estar pronto para acolher novas infraestruturas no final do ano.

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Santarém acolheu Roadshow Portugal Global

Internacionalização

Canadá

Candidaturas abertas à Internacionalização e Qualifi cação das PME

Abril 2016 | N.º 7

Inauguração da Tagusgás

Viver o Tejo

Na rota do

conhecimento

Inte

Francisco Oliveira “Só criando emprego podemos gerar riqueza e valorizar o nosso potencial agrícola e fl orestal” Leia esta edição

com o QR Code

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3www.nersant.pt ABRIL 2016

07

ÍNDICE

Abril 2016 | N.º 7

FICHA TÉCNICA

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38

Diretora:Maria Salomé Rafael

Conselho Redatorial:Cláudia MonteiroSandra [email protected]

Isento de registo na ERC ao abrigo do decreto regulamentar 8/99 de 9/6 artigo 12.º, n.º 1 a)

Publicidade:Maria João [email protected]

Propriedade:NERSANT, AE.Várzea de Mesiões - Apartado 1772354-909 Torres NovasTel.: 249 839 500 | Fax: 249 839 509 www.nersant.pt

Periodicidade:Mensal

Tiragem:250 exemplares

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DESENVOLVIMENTO REGIONAL 04 Breves

06 Notícias das Empresas

07 Empresas: Agromais

08 Empresas: Tagusgás

10 Poder local

14 Entrevista a Francisco Oliveira, Presidente da Câmara Municipal de Coruche

INFORMAÇÃO E APOIO 18 Portugal 2020

19 Qual a melhor forma de aceder ao seu e-mail?

20 O e-learning e a crescente importância para as empresas

VIVER O TEJO22 Na rota do conhecimento

INFORMAÇÃO E APOIO 24 Resolução Alternativa e Extrajudicial de Litígios de Consumo

26 Alteração ao regime de prestação obrigatória de garantia por administrador de acordo com o Código das Sociedades Comerciais

27 Reduza desperdícios e aumente a qualidade da sua empresa com o projeto RING

EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO28 Notícias

32 Empreendedorismo: Inventive Materials

INTERNACIONALIZAÇÃO34 Notícias

38 Negócios internacionais: Cruzimpex

40 Informação de mercado: Canadá

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4 www.nersant.ptABRIL 2016

DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Editorial

Ribatejo Invest

De norte a sul do distrito não faltam histórias e exemplos de casos de sucesso na área do empreendedorismo e inovação, que comprovam a vitalidade do tecido económico do nosso distrito. A Inventive Materials

e a Cruzimpex são dois destes exemplos que damos a conhecer este mês.Destacamos igualmente a inauguração da nova sede da Tagusgás no Parque de Negócios do Cartaxo, ocasião aproveitada pela administração da empresa para anunciar novos investimentos para a região no valor de 1,5 milhões de euros. Damos também a palavra ao Presidente da Câmara Municipal de Coruche, Município com projetos em curso na área da reabilitação urbana e no apoio a jovens empreendedores. O novo Parque Empresarial do Sorraia, com 47 hectares, deverá estar pronto para acolher novas infraestruturas no fi nal do ano. Apesar destes casos de sucesso que nos ajudam a manter algum otimismo, existem muitos obstáculos ao desenvolvimento económico, sem que se vislumbre alguma solução a curto e médio prazo. Com as difi culdades que se mantêm no acesso ao fi nanciamento bancário e com as empresas descapitalizadas, há projetos de investimento que fi cam por concretizar e empresas obrigadas a fechar portas. De acordo com o Banco de Portugal, as empresas, sobretudo as de pequena e média dimensão têm revelado um crescente aumento na procura de crédito ao longo dos últimos trimestres, mas a oferta de empréstimos por parte dos bancos continua a não corresponder. O crédito a empresas caiu 3,6% , comparativamente ao período homólogo no segmento empresas, e o rácio de malparado continuou a agravar-se até 16,2% em fevereiro. A revisão em baixa sobre as perspetivas de crescimento da economia mundial e da zona euro, onde Portugal tem os principais mercados de exportação, adensa as nossas preocupações. Aguardamos por isso, com muita expetativa, a rápida implementação de medidas de estímulo à economia e de apoio à recapitalização das empresas.

Maria Salomé Rafael

Presidente da Direção da NERSANT

ADEGA DO CARTAXO PREMIADA NA ALEMANHA E EM FRANÇA

A qualidade dos vinhos da Adega do Cartaxo foi novamente reconhecida, desta vez num dos maiores concursos de vinhos Alemães, o Mundus Vini, perante mais de 5000 vinhos provados de 149 regiões vinícolas diferentes do mundo, avaliados por um júri de 160 especialistas em vinho.Os vinhos “Coudel Mor Reserva 2014” e “Desalmado” conquistaram medalha de Ouro. Já o vinho “Bridão Reserva Tinto 2014”, “Bridão Touriga Nacional 2014”, “Bridão Trincadeira 2013” e o “Bridão Private Collection 2014” foram galardoados com Medalhas de Prata.Depois da Alemanha, os vinhos da Adega do Cartaxo conquistam agora renovado reconhecimento internacional em França, no VINALIES Internacionales, um dos mais prestigiados concursos mundiais.Os vinhos Bridão Reserva Tinto 2013 e Bridão Alicante Bouschet 2013 conquistaram medalha de ouro e os vinhos Bridão Trincadeira 2013 e Coudel Mor Clássico 2013 conquistaram medalha de prata. A qualidade dos vinhos da Adega foi reconhecida perante mais de 3.500 amostras de vinhos de todo o mundo e avaliados por um júri composto por 150 especialistas.

No âmbito da iniciativa “COMPETE 2020: ao lado de quem cria valor”, o Presidente do COMPETE2020, Rui Vinhas da Silva, visitou a Mendes Gonçalves, empresa da Golegã detentora da marca Paladin.O responsável pelo COMPETE 2020 foi acompanhado na sua visita pelo presidente da Mendes Gonçalves, Carlos Gonçalves, tendo tido oportunidade de verifi car as características inovadoras do novo centro logístico da empresa e degustado os temperos especialmente preparados pelo núcleo de Investigação, Desenvolvimento e Inovação da Paladin.Recorde-se que a Mendes Gonçalves iniciou em 2012 um ambicioso plano de internacionalização que, mais tarde, veio a ser apoiado pelo COMPETE. A internacionalização decorre a bom ritmo e está a permitir implantar a PALADIN de forma sustentada num conjunto vasto de mercados, que vão de África à Ásia, passando pelo Médio-Oriente.

COMPETE VISITOU A MENDES GONÇALVES

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Enquanto importador exclusivo da Foton em Portugal, a Vinomatos apresenta um novo modelo de trator da marca, com caraterísticas diferenciadoras e ótima relação qualidade/preço. Trata-se de um modelo de 35 cv de potência, com motor de 4 cilindros, tomada de força 6 estrias e direção assistida. O caudal da bomba hidráulica é de 35 l/min, possuindo ainda tanque de óleo hidráulico auxiliar e capacidade de elevação de 673 kg. A embraiagem é de duplo disco e a caixa de veloci-dades sincronizada (8F+8T). Este novo trator Foton 354 é uma boa solução para quem procura um trator entre os 25 e os 40 cv, no seguimento dos tratores 254 e 404 lançados pela Foton. A empresa situa-se em Caxarias, Ourém.

A empresa Olitrem organizou entre os dias 13 a 15 de abril a sua Convenção Anual de 2016. Este encontro, referiu a empresa, é destinado a todas a empresas que têm relações económicas, comerciais e industriais com a Olitrem e serve também como mostra dos mais recentes produtos, inovações e desenvolvimentos da linha de produção da indústria. Neste encontro, a empresa aproveitou a ocasião para lançar o seu catálogo 2016/17, bem como a nova imagem da marca Marecos.A Olitrem – Indústria de Refrigeração, S.A., de Tremez, é vocacionada para o projeto, produção, assistência e comercialização de equipamento de refrigeração e hotelaria em geral.

A Inc. Magazine - revista líder no segmento empresarial publicada nos Estados Unidos da América e dirigida a empresários, líderes e empreendedores - incluiu a tecnipec no 1456º lugar da prestigiada e ambicionada lista Inc. 5000 Europe, que classifi ca as 5000 empresas privadas europeias com maior percentagem de crescimento, em termos de receita global, num período de três anos.A Inc. 5000 Europe, equivalente à Inc. 5000 e similar à Inc. 500, ambas referentes a empresas sediadas nos Estados Unidos da América, é um prémio editorial que ao longo dos anos se tem tornado uma marca de sucesso empresarial para os selecionados, bem como uma celebração da inovação, um sublinhar de excelência, um destaque às apostas de empresas privadas em inúmeros setores de atividade, uma rede de líderes empresariais e uma efi caz plataforma para reforçar relações entre empresas.A empresa associada da NERSANT situa-se em Montalvo, Constância.

ENCONTRO APÍCOLA REALIZADO EM CORUCHE

O Observatório do Sobreiro e da Cortiça realizou nos dias 1 e 2 de abril o I Encontro Apícola. O primeiro dia do evento foi mais técnico, dedicado a diversas ações de formação sobre o Plano de Ação para a vigilância e controlo da vespa velutina em Portugal, realizado em parceria com a DGAV, FNAP, GTF, GNR, ICNF e INIAV. No dia 2 de abril, o encontro foi dirigido ao público em geral com um seminário sobre a importância da apicultura para a sustentabilidade do mundo rural, destacando todas as potencialidades dos produtos apícolas, aspetos legais desta área, apoios no âmbito do PDR2020 e demais matérias de interesse geral. Durante a tarde foi realizada uma visita ao apiário “A Apicultora”, inserido em Montado de Sobro, com provas de mel e experiência “Momentos como Apicultor” localizado na Escusa, freguesia do Couço.

COURO AZUL EQUIPA NOVOS AIRBUS DA TAP

As empresas portuguesas Couro Azul e Alma Design vão voar a bordo dos novos aviões A330 da Airbus, nas cadeiras desenvolvidas especialmente para a frota da TAP.As cadeiras da classe executiva dos novos aviões da TAP terão pormenores em pele, produzida na fábrica Couro Azul, empresa do grupo Carvalhos, em Gouxaria, Alcanena, considerada a Capital da indústria dos curtumes.Criada há 25 anos para ser fornecedor da indústria automóvel, depois de uma longa história na cadeia de produção de calçado e marroquinaria, a Couro Azul quer entrar

na indústria da aviação, onde já teve duas experiências.“Já não é a primeira vez que fornecemos esta indústria, mas é uma porta aberta”, disse aos jornalistas Nuno Carvalho, administrador da Couro Azul, na exposição de interiores de aviões, que decorreu em Hamburgo, na Alemanha, onde foi anunciado que a TAP será a primeira companhia a operar o avião A330neo da gigante francesa da aviação.Fundada em 1989, a Couro Azul S.A. é a mais moderna unidade industrial de curtumes em Portugal. Concretizando a estratégia de diversifi cação do

Grupo Carvalhos, a Couro Azul está essencialmente vocacionada para os setores automóvel e aeronáutico. Herdeira do know-how da anterior unidade industrial do Grupo Carvalhos - Curtumes do Lys - a Couro Azul foi especialmente concebida para a transformação de peles de bovino inteiras.Os novos aviões com os couros da Couro Azul vão começar a voar no fi nal de 2017.

TECNIPEC É UMA DAS 5000 EMPRESAS EUROPEIAS COM MAIOR PERCENTAGEM DE CRESCIMENTO

OLITREM ORGANIZA CONVENÇÃO ANUAL

VINOMATOS APRESENTA NOVO TRATOR FOTON 35 CV

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DESENVOLVIMENTO REGIONAL

O concelho de Alpiarça foi distinguido com dois Prémios Turismo do Ribatejo 2015 da Entidade Regional de Turismo do Alentejo / Ribatejo, numa cerimónia que decorreu no auditório da Casa das Artes, em Sines, no dia 13 de março. A cerimónia contou com a participação da Secretária de Estado do Turismo, dos responsáveis pelo Turismo de Portugal e da Entidade Regional, bem como de muitos autarcas e agentes turísticos.

O júri decidiu distinguir a Casa dos Patudos com o Prémio Melhor Projeto Público “pelo contributo para o desenvol-vimento turístico do Ribatejo” durante o ano de 2015. A recebê-lo, representando o Município de Alpiarça, estiveram o Pre-sidente da Câmara Municipal, Mário Fer-nando Pereira, o Vice-Presidente, Carlos Jorge Pereira, e o Conservador do Museu, Nuno Prates.

Na sua intervenção, o Presidente da Câmara agradeceu a todos os que con-

tribuíram para o Prémio recebido, com destaque para o Conservador do Museu e a sua equipa de funcionários do Municí-pio, realçando a importância da Casa dos Patudos – e do seu patrono, José Relvas – e do seu valioso acervo artístico e cultural, constituída como elemento central do desenvolvimento turístico do concelho e da região, referindo também o dinamismo e a constante disponibilidade do Presiden-te da Entidade Regional de Turismo do

Alentejo / Ribatejo para o trabalho articu-lado com as autarquias e agentes do setor, na promoção turística da região.

A Quinta da Lagoalva recebeu o Prémio Melhor Enoturismo, pela oferta turística associada à grande qualidade dos seus vinhos. É o merecido reconhecimento pelo trabalho desenvolvido por esta empresa agrícola, cujo resultado contribui para a dinamização turística e económica do concelho de Alpiarça.

Alpiarça recebe dois prémios Turismo Alentejo / Ribatejo 2015Casa Museu dos Patudos e Quinta da Lagoalva distinguidos

Quinta da Lagoalva abre loja de vinhos em Alpiarça

É junto à barragem dos Patudos que está agora implantada uma nova loja da Quinta da Lagoalva, iniciativa que contou com o apoio da Câma-ra Municipal de Alpiarça e da Casa Museu dos Patudos.

Para além da divulgação e da comercialização dos vinhos, azeites e outros produtos de grande qualida-de da Quinta da Lagoalva, esta Loja funcionará também como ponto de promoção da gastronomia, da doçaria e do turismo do concelho, na sequên-cia de um protocolo estabelecido com o Município.

Os interessados em saber mais, podem solicitar informações para o número 917 082 277.

Laboratórios Fernanda Galo são “Cliente Aplauso” do Millennium BCP

À semelhança do que aconteceu em 2015, os Laboratórios Fernanda Galo receberam a distinção Cliente Aplauso, atribuída pelo Millenium BCP.

Este programa premeia os clientes empresariais do Millennium BCP que se destacam pelo seu desempenho econó-mico e solidez fi nanceira. Para o banco, “estas empresas estão entre as melhores do seu segmento, sendo motivo de orgulho para os seus líderes mas, também para nós, que as temos como Clientes”. O pro-grama Cliente Aplauso permite o acesso a um conjunto de condições especiais e benefícios exclusivos.

O Fernanda Galo Laboratórios, fundada em 1958 por Fernanda Galo, é um avança-do e reconhecido conjunto de laboratórios, que primam pela qualidade e rigor das suas análises clínicas e ambientais e pela relação muito próxima que desde sem-pre cultivou num primeiro plano com as populações de Tomar, Ourém e Ferreira do Zêzere. Com o decorrer do tempo e levando a efeito a estratégia de expansão

da empresa, o laboratório alargou a sua presença para outros concelhos.

O Fernanda Galo Laboratórios aposta fortemente na inovação tecnológica e cien-tífi ca, nos mais avançados equipamentos, na qualifi cação e formação da sua equipa e na oferta diversifi cada de serviços de qualidade. O reconhecimento do prestígio do Fernanda Galo Laboratórios é com-provado pelos longos anos de experiência e pelo crescimento e evolução que tem alcançado, sendo acreditado pela Norma NP/EC IEC 17025 e tendo sido o primeiro laboratório em Portugal acreditado pela Norma NP/EC IEC 15189. Para além disso, possui diversos trabalhos científi cos de relevo publicados.

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No quadro da reorientação estra-tégica decorrente do Decreto-Lei n.º 82/2014, de 20 de maio, as atribuições do IAPMEI - Agência para a Competiti-vidade e Inovação, I. P., passaram a inte-grar as responsabilidades do Ministério da Economia na implementação do Regulamento (CE) n.º 1907/2006 (Regu-lamento REACH) e do Regulamento (CE) n.º 1272/2008 (Regulamento CLP), anteriormente atribuídas à DGAE - Dire-ção Geral das Atividades Económicas.

A transição destas atribuições foi operacionalizada no passado dia 1 de março, data a partir da qual esta Agên-cia é Autoridade Competente nacional para o REACH e CLP, competindo-lhe assegurar o cumprimento destes regu-lamentos no domínio da competitivida-de e da inovação, nos termos previstos nos Decreto-Lei n.º 293/2009, de 13 de outubro e n.º 220/2012, de 10 de outu-bro, relativos respetivamente ao Regu-lamento REACH e ao Regulamento CLP.

Assim compete designadamente ao IAPMEI a coordenação do Serviço Nacional de Assistência (HELPDESK), concebido para apoio aos diferentes operadores económicos e demais entidades interessadas sobre as suas responsabilidades e obrigações face aos Regulamentos REACH e CLP. Este serviço mantém-se disponível no endereço http://www.reachhelpdesk.pt/, onde deverão continuar a ser colo-cados pedidos de esclarecimento sobre estes regulamentos.

A Comissão Consultiva para o REA-CH (CCREACH), criada para efeitos de acompanhamento da aplicação do REACH e do CLP, é presidida pelo Pre-sidente da Direção do IAPMEI.

No sentido de agilizar a comunicação foi criada uma caixa de correio dedi-cada, com o endereço [email protected], que poderá utilizar nos seus contactos com o IAPMEI relacionados com os Regulamentos REACH e CL, noutros assuntos que não pedidos de esclarecimento.

IAPMEI é agora autoridade competente nacional para o REACH e CLP

Agromais promoveu 14º Encontro de AgricultoresA Agromais Plus realizou o 14.º Encontro

de Agricultores, que para além de pro-mover a divulgação das mais recentes novidades do setor, serviu para premiar o agricultor que mais se destacou em 2015 pela sua produção e envolvimento com a organização e o agricultor que mais par-ticipou nas ações do programa Restolho.

Este evento, onde estiveram reunidos mais de 300 agricultores, contou com a par-ticipação de algumas das mais ilustres fi gu-ras do setor e da região, como a Diretora Regional da Agricultura e Pescas da Região de Lisboa e Vale Tejo, Elizete Jardim, o Presidente da Câmara Municipal da Gole-gã, Rui Medinas e o Presidente da Câmara Municipal de Torres Novas, Pedro Ferreira.

A reunião contou com um conjunto de apresentações técnicas, das quais se desta-cam as realizadas pelos patrocinadores do evento – DEIBA, PIONNER e SAPEC – em que foi possível divulgar algumas das novi-dades e técnicas com maior impacto na cul-tura do milho. Foi igualmente apresentado o projeto MaisMilho, por Manuela Varela.

Mário Antunes, da Agrotejo, fez um pon-to de situação do PDR2020 e ainda apre-sentou algumas informações úteis para a próxima campanha. Seguidamente o Dire-tor Geral da Agromais, Jorge Durão Neves, perspetivou algumas difi culdades para a campanha de milho 2016, referindo a con-juntura económica e os stocks mundiais.

O Presidente da Agromais, Luís Vas-

concellos e Souza, pormenorizou o novo investimento da Plus Alqueva, a construção de infraestruturas para a comercialização de fatores de produção no Baixo Alentejo. Este investimento, aliado a todos os outros que já foram feitos, pretende expandir o modelo da organização para a região do Alqueva e desta forma prosseguir a estra-tégia de crescimento da Agromais.

Ainda no decorrer deste encontro, e como vem sendo tradição, foi atribuído o prémio Agricultor do Ano. Este prémio, relativo a 2015, que reconhece a capacidade empreendedora, o espírito inovador e a dedicação à atividade e à organização, foi atribuído ao agricultor José Luís Inverno, que se destacou sobretudo pela cultura de tomate, onde conseguiu uma produtividade superior a 105 toneladas por hectare. Um homem dedicado à agricultura há mais de 30 anos e, como referido pelo membro do júri, Jorge Neves, “(...) é reconhecido, como um dos dez maiores agricultores da Agro-mais e destaca-se pela extrema dedicação à atividade agrícola. Além de procurar novas formas de produzir, demonstra também, ter uma grande capacidade técnica”.

Foi também atribuído pela Agrotejo o prémio “Agricultor Solidário”, como forma de destacar o produtor com maior envolvi-mento no programa Restolho. A produtora distinguida foi Francisca Chaves Ramos, em representação da Sociedade Agrícola de São João de Brito, S.A..

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DESENVOLVIMENTO REGIONAL

A Ribatejo Invest esteve

presente na inauguração

da nova sede da Tagusgás -

Empresa de Gás do Vale do

Tejo, que está agora instalada

no Parque de Negócios do

Cartaxo. Na cerimónia, onde

foram avançados novos

investimentos pela empresa,

estiveram presentes os

Secretários de Estado da

Indústria, João Vasconcelos

e da Energia, Jorge Seguro

Sanches.

Na cerimónia de inauguração, José Eduardo Carvalho, Pre-sidente do Conselho de Admi-nistração da empresa, começou

por referir que a Tagusgás investiu cerca de 110 milhões de euros desde o início de atividade, em 1998, e transportou 105 milhões de metros cúbicos de gás natu-ral para 21 dos 36 concelhos onde tem a concessão, nos distritos de Santarém e Portalegre.

O empresário, que é também Presidente da AIP - Associação Industrial Portuguesa, avançou ainda que, nos próximos anos, a empresa vai distribuir mais de 20 mil milhões de metros cúbicos de gás, num investimento de cerca de quatro milhões de euros para ligar novos pontos de entre-ga. Para já, a empresa vai investir na expansão da rede de gás natural com des-

tino fi nal a servir três empresas da região: a Pegop, em Abrantes; a Silicália, também em Abrantes; e a Microlime em Ourém, um investimento que ronda 1,5 milhões de euros e mais 7 milhões de metros cúbicos de gás veiculado na rede.

Miguel Henriques, administrador da Tagusgás, discursou também na cerimónia de inauguração da nova sede da empresa. Referiu que a empresa conta atualmente com cerca de 35 mil clientes, sendo que apenas 185 clientes consomem mais de dez mil metros cúbicos por ano. Os concelhos de Santarém e Torres Novas correspon-dem a 60 por cento do consumo total. Atualmente, avançou ainda, dos 35 mil clientes da Tagusgás, o grande volume de gás vendido é para 10 grandes clientes, entre os quais se incluem empresas do setor da cerâmica, do papel, do agroali-

Tagusgás anuncia novos investimentos em dia de inauguração da nova sede

Page 9: Revista Ribatejo Invest / abril 2016

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Descerramento da placa de inauguração

mentar e da indústria automóvel.O Secretário de Estado da Energia, Jorge

Seguro Sanches, elogiou o novo edifício da Tagusgás pela sustentabilidade e efi ciência energética, fazendo desta empresa um exemplo regional e nacional. O Secretá-rio de Estado referiu os principais obje-tivos do Governo na eletricidade, gás e efi ciência energética, destacando o facto de os mesmos poderem contribuir para a competitividade empresarial: “É para nós muito importante que as empresas portuguesas sintam que o setor da ener-gia em Portugal está alinhado com elas nas suas preocupações e objetivos. Ou seja, possibilitar que a eletricidade e o gás sejam fatores de competitividade entre as empresas e não o contrário”.

Na cerimónia de inauguração da sede da Tagusgás, esteve ainda o Presidente da Câmara Municipal do Cartaxo, Pedro Ribeiro, que destacou as vantagens ofere-cidas pelo Parque de Negócios do Cartaxo às empresas, neste que foi um investi-mento municipal superior a 2,5 milhões de euros.

De referir que a nova sede da Tagus-gás é o primeiro edifício de escritórios com certifi cação BREEAM em Portugal (Building Research Establishment Envi-ronmental Assessment Method), méto-do de avaliação da sustentabilidade na construção mais amplamente utilizado na certifi cação ambiental de edifícios. Além dos materiais terem sido escolhidos de acordo com as normas mais sustentáveis em termos ambientais e energéticos, tam-bém os isolamentos térmicos, sombrea-mento de janelas, lâmpadas led de baixo consumo, ar condicionado e restantes equipamentos foram escolhidos com base nesta preocupação de sustentabilidade futura. O mesmo aconteceu para os sis-temas sanitários e de águas, assim como para a rega dos espaços verdes.

Anteriormente instalada na DET, em Santarém, a nova morada da empresa é agora no Parque de Negócios do Cartaxo, EN 114-2 – Lote 26 a 29, Apartado 191, 2070-046 Cartaxo. A Tagusgás é a primeira empresa instalada nesta infraestrutura.

A Tagusgás nasceu da iniciativa de um grupo de empresários, da NERSANT e de várias autarquias. .”

Comendador Rui Nabeiro e o Secretário de Estado da Indústria (ao centro)

Pátio interior

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DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Cinco milhões de euros para a 1.ª fase do plano de desenvolvimento urbano de Torres Novas

O município de Torres Novas vai receber cinco milhões de euros de fundos comunitá-rios para a concretização de obras e investi-mentos num valor global de 7,8 milhões de euros, inseridas na primeira fase do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano.

De acordo com o município, as obras, decorrentes de uma candidatura ao Portu-gal 2020, inserem-se “nas componentes da mobilidade urbana sustentável, regenera-ção urbana e ações de regeneração urbana associadas a comunidades desfavorecidas, sendo Torres Novas uma das 31 autarquias contempladas”.

Nesta primeira fase, os investimentos abrangidos são, entre outros, o Convento do Carmo (1,02 milhões de euros), ciclovias

e trajetos pedonais no centro histórico (903 mil euros), antiga central elétrica do Cal-deirão (440 mil euros), zona do Nogueiral (600 mil euros), “prédio Alvarenga” (300 mil euros), escadaria de acesso ao Castelo (156 mil euros), Terreiro de Santa Maria,

Rua António César Vasconcelos Correia e Largo do Salvador (272 mil euros), bairro da Calçada António Nunes (369 mil euros) e 500 mil euros destinados a fi nanciar, por via de instrumento fi nanceiro, o investi-mento de privados.

Município da Chamusca assinalou o Dia Mundial dos Direitos do Consumidor com sessão de esclarecimento

O Município da Chamusca realizou na Biblioteca Municipal Ruy Gomes da Silva, uma sessão de esclarecimento sob o tema “O Consumidor e a salvaguarda dos seus direitos e interesses” assinalando o dia Mundial dos Direitos do Consumidor.

A sessão de esclarecimento modera-da pela jurista da Câmara Municipal da Chamusca, Lúcia Abelha, foi dirigida ao público em geral e teve como oradores convidados, o Economista e Deputado da Assembleia da República, Hugo Costa e o Jurista e Responsável pelo Gabinete de Apoio ao Consumidor da Delegação Regional de Santarém da DECO, João Poseiro.

A origem da comemoração do Dia Mundial dos Direitos do Consumidor, os princípios norteadores, a Lei da Defesa do Consumidor, os direitos inerentes bem como a sua salvaguarda foram os temas abordados durante a sessão que teve uma participação ativa do público presente, com várias questões e dúvidas colocadas aos oradores.

Deste debate surgiram várias refl exões e conclusões, nomeadamente a identifi cação das áreas que atualmente manifestam mais reclamações por parte dos consu-midores: os serviços públicos essenciais (eletricidade, água e telecomunicações), o crédito ao consumo, os contratos à dis-tância (telefónicos) e os contratos fora

do estabelecimento comercial (reuniões organizadas, excursões, entre outros).

Para o Presidente da Câmara Municipal da Chamusca, Paulo Queimado, “numa sociedade de consumo onde há cada vez mais contratos feitos à distância, por telefone e online, e numa perspetiva de esclarecer os nossos munícipes enquanto consumidores, o município assinalou o dia aproveitando para alertar para a impor-tância crescente de se ser um cidadão esclarecido nesta temática”. O Presidente relembrou que o Gabinete de Apoio ao Munícipe tem atendimento mensal com o jurista da DECO, a funcionar no Centro de Empresas, onde são feitos esclarecimentos para os cuidados a ter na hora de fazer novos contratos, dando uma importante ajuda na resolução dos mais variados pro-blemas dos consumidores.

No fi nal da sessão foram apresentados os métodos legais de formalizar reclama-ções de forma a fazer valer os direitos que todos têm enquanto consumidores.

Câmara de Tomar aprova voto de louvor aos produtores de vinho do concelho

A Câmara Municipal de Tomar deli-berou por unanimidade aprovar um voto de louvor ao Solar dos Loendros, à Encosta do Sobral, à Herdade dos Tem-plários e à Adega Casal Martins, pelas distinções obtidas na 7.ª edição do Con-curso Vinhos Engarrafados do Tejo.

As distinções foram obtidas no decorrer da Gala de Vinhos do Tejo 2016, uma organização da Confraria Enófi la Nossa Senhora do Tejo, em parceria com a Comissão Vitivinícola Regional do Tejo, que decorreu no dia 5 de março, em Santarém. O executivo camarário destacou o facto de os pro-dutores de vinho tomarenses merece-rem “uma palavra de reconhecimento e estímulo pelo excelente trabalho que estão a desenvolver, dando importan-tes contributos para o desenvolvimen-to económico do concelho.”

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12 www.nersant.ptABRIL 2016

DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Tribunal de Contas viabiliza empreitada para conservação e manutenção de estradas do concelho de Santarém

O Município de Santarém foi notifi cado da decisão favorável do Tribunal de Contas relativamente ao contrato de empreitada para Conservação e Manutenção de Estradas do Concelho de Santarém.

A execução do contrato, cujo início está previsto de imediato, prevê a conservação de pavimentos; regularização e limpeza de ber-mas, valetas e passeios, manutenção e estabi-lização de taludes, obras de contenção, entre outras pequenas intervenções, num prazo de 3 anos, com um valor de 1.249.000,00€. Esta empreitada, que vai benefi ciar os acessos rodoviários em todo o concelho, vai promo-ver a melhoria da mobilidade e a segurança de todos os munícipes.

Festival das Grandes Rotas em Constância de 29 de abril a 1 de maio

Nos dias 29 e 30 de abril e 1 de maio, Constância recebe o Festival das Grandes Rotas, um evento que visa promover este território de excelência para a prática desportiva na natureza, agora potenciado pela Grande Rota do Zêzere – GRZ 33 e pela Grande Rota do Tejo – GR 12.

As duas Grandes Rotas, sendo per-cursos marcados no terreno funcio-nam como equipamentos com um potencial turístico enorme, já que cada vez são mais os praticantes de pedes-trianismo e cicloturismo que percor-rem os territórios onde existe este tipo de percursos, aliando o conhecimento dos valores patrimoniais à prática de exercício físico. Apresentam também um enorme potencial como marcas que podem ser exploradas por empre-sas privadas, conciliando as suas três vertentes (pedestre, BTT e canoa).

O concelho de Constância assume-se assim como um território fulcral para a dinamização da Grande Rota do Zêzere – GRZ 33 e da Grande Rota do Tejo – GR 12, já que pode funcionar como ponto de partida ou ponto de chegada em cada uma das rotas e também como ponto de ligação entre elas.

Estão reunidas as condições para o Festival das Grandes Rotas, no qual o Município de Constância, em conjunto com alguns agentes económicos locais pretendem promover a Grande Rota do

Zêzere e o Caminho do Tejo no território concelhio, através de várias atividades nas áreas do turismo, lazer, desporto, cultura e ciência.

Para informações sobre o programa e reserva do passaporte, devem os interes-sados consultar o site do município de Constância www.cm-constancia.pt, ou contactar o Posto de Turismo através do endereço de e-mail [email protected] ou do telefone 240 730 052.

Vila de Rei abre Concurso Público para obras em estradas do concelho

O Município de Vila de Rei vai levar a cabo a abertura de dois concursos públicos para a benefi ciação de estradas no conce-lho: “Reabilitação da estrada de ligação entre Lagoa e Vilar do Ruivo, com ligação a Monte Novo” e a “Benefi ciação da estrada entre Macieira e Vilar”.

Segundo a informação do município, “as obras na estrada entre Lagoa e Vilar do Ruivo apresentam um preço base de 66 mil euros, com um prazo de execução de três meses, enquanto que a benefi ciação da rodovia Macieira – Vilar tem um preço base de 65.900 mil euros, com um prazo de execução de dois meses”.

“Os interessados devem submeter as suas propostas para qualquer um dos concursos através da plataforma dis-ponível em www.acingov.pt, até vinte dias a partir da publicação em Diário da República”, acrescenta a informação.

Ricardo Aires, Presidente da autarquia vilarregense, adianta que “as obras de rea-bilitação destas duas estradas vêm permitir uma maior segurança dos seus utiliza-dores, beneficiando duas vias bastante utilizadas, por exemplo, no acesso às zonas balneares de Macieira e Fernandaires”.

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Gostava que começasse por nos apre-sentar o concelho de Coruche…

Coruche é conhecido por ser a capital mundial da cortiça. Esta imagem que se conseguiu criar representa por um lado o nosso setor da fl oresta e da produção da cortiça, mas também aquilo que tem a ver com a atividade industrial que, no nosso concelho, está agregada ao setor primário na produção fl orestal e ao regadio.

O nosso concelho é uma grande extensão de território, muito assente na ruralidade. Temos um aglomerado populacional muito disperso, o que para a autarquia signifi ca um maior investimento em infraestrutu-ras. Temos uma dimensão de 1114 km2, somos o 10.º maior concelho de Portugal e, para além deste riquíssimo património rural, temos um património natural que nos caracteriza e que não foi afetado pela bolha imobiliária, escapando à pressão da construção civil. Para além disso, temos equipamentos, ao nível do parque escolar, parque habitacional, parques desportivos, que nos permite competir com qualquer capital de distrito ou cidade média. Temos um património que nos distingue e com grande potencial para o concelho e para o desenvolvimento económico das empresas locais.

Francisco Oliveira, Presidente da Câmara Municipal de Coruche

“Só criando emprego podemos gerar riqueza e valorizar o nosso potencial agrícola e fl orestal”A Ribatejo Invest esteve à conversa com o Presidente da Câmara Municipal de Coruche, Francisco Oliveira, e fi cou a saber a estratégia do executivo para atrair investimento empresarial para o concelho. Uma das iniciativas previstas é a abertura do Parque Empresarial do Sorraia já no fi nal de 2016.

Podemos considerar que a localização geográfi ca de Coruche é uma vantagem competitiva?

Eu diria que é o melhor de dois mundos. Por um lado, estamos a 40 minutos de Lis-boa e a uma distância de 80 quilómetros, o que faz com estejamos sufi cientemente longe dos constrangimentos dos grandes centros urbanos, mas simultaneamente perto para podermos usufruir de tudo aquilo a que a cidade nos proporciona ao nível cultural. Esta nossa centralidade, em termos regionais, é-nos muito favorável no que se refere às áreas de localização industrial ou à procura de empresas. Isto porque estamos muito próximo das vias de comunicação rodoviárias, permitindo uma rápida ligação a Espanha, ao Alentejo, ao Norte, o que faz com que as empresas nos procurem. Esta proximidade à capital é um

eixo fundamental para continuar a fazer de Coruche não só um lugar para visitar, mas também para residir e investir.

Como é que a autarquia procura gerir esta dualidade, a proximidade a Lisboa mas administrativamente ligada ao Alentejo?

Também temos essa vantagem e essa mais-valia que queremos também aprovei-tar numa missão de estratégia política que queremos desenvolver e que tem a ver com o parque empresarial do Sorraia. Somos um concelho de baixa densidade e, por isso, existem benefícios ou incrementos para as empresas que se queiram instalar nestes territórios. Temos algumas empresas que já nos procuraram, algumas delas já nos compraram lotes para fazer a sua sede social em Coruche e depois apresentarem os seus projetos no Alentejo 2020. Esta

Temos um património que nos distingue e com grande potencial para o concelho e para o nosso desenvolvimento económico das empresas locais.”

ENTREVISTA

Francisco Oliveira, Presidente da Câmara Municipal de Coruche

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oferta que nós disponibilizamos tem o apoio dos fundos comunitários e benefi cia da visão do ordenamento do nosso país, de forma a capacitar o interior, tornando-o mais atrativo. Somos um concelho com uma faixa etária muito envelhecida, esta-mos a perder população tal como muitos outros concelhos, o emprego maioritaria-mente não é especializado, o que fez com que tivéssemos de inverter essa tendência. A forma que encontrámos para o fazer foi criar condições para o alojamento de empresas no nosso concelho, usando esta centralidade que o concelho tem, criando benefícios fi scais para quem investe em Coruche, nomeadamente, através da redu-zida taxa de Derrama que fi xamos. Defen-demos que só criando emprego, podemos gerar riqueza e valorizar o nosso potencial agrícola e fl orestal.

Qual o setor económico dominante em Coruche?

Economicamente o nosso concelho depende do setor primário e secundário. O setor primário está muito agregado ao setor fl orestal e às arrozeiras que estão localizadas no concelho e a outras empre-sas que se relacionam indiretamente com estas. A partir do momento em que, por via do esgotamento de lotes na atual Zona Industrial adquirimos um terreno com 47 hectares para implantar um novo Parque Empresarial tivemos uma recetividade muito boa.

O que nos pode dizer sobre o novo Par-que Empresarial?

Nós contamos ter as infraestruturas dis-

poníveis no fi nal do ano para podermos começar a aceitar candidaturas. Posso dizer que já temos muitos investidores que procuram Coruche e que fi zeram can-didaturas voluntárias de empresas que se querem instalar no nosso concelho. Fica-mos muito satisfeitos por ter conseguido dar esta projeção a este território, uma vez que este Parque Empresarial pretende fundamentalmente localizar empresas do setor agroalimentar e agroindustrial.

Que tipo de empresas é que já mostra-ram esse interesse?

No setor primário para além das tra-dicionais culturas de regadio, de arroz, tomate e milho há muitas empresas na área da horticultura que têm aqui a sua produção e que querem construir aqui a sua área de frio, numa lógica de redução de custos, aproximando as áreas de trans-formação às áreas de produção. São mui-tas as empresas locais que nos procuram porque querem ampliar a sua atividade empresarial, passando elas próprias a fazer a transformação dos produtos, como o embalamento para a grande distribuição, incorporando essas mais-valias. Muitas dessas empresas, por exemplo, exportam alfaces para Alemanha e Espanha, mas exportam o produto em bruto, são depois embaladas nesses países e vêm novamente para Portugal para serem vendidas nos hipermercados. E o que se pretende é que esse processo seja feito diretamente aqui e o produto seja vendido já como produ-to final com vantagens no transporte e com a valorização e aproveitamento dos subprodutos.

Foi notícia o caso da IKI MOBILE, uma empresa de telemóveis que se pretende instalar em Coruche…

Sim, não era o que estava inicialmen-te projetado, mas a Câmara não podia ser insensível a um investimento de 12,5 milhões de euros e à criação direta de 200 postos de trabalho. A empresa IKI Mobile pretende instalar aqui a sua sede social e já negociamos dois lotes de terreno para que a empresa possa apresentar a candi-datura ao Portugal 2020. Estes 200 postos de trabalho que, eventualmente, serão criados, não serão apenas para Coruche, serão para a região, porque estamos a falar de empregos na área das novas tecnologias, para pessoas com formação especializada. A concretizar-se e a materializar-se este projeto, outras empresas que são presta-doras de serviços poderão vir a localizar-se nesta área empresarial.

E em que ponto está a concretização destes projetos empresariais?

A questão que nos prende e que nos

A proximidade à capital é um eixo fundamental para continuar a fazer de Coruche não só um lugar para visitar, mas também para residir e investir.”

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trava, a nós e às empresas é o Portugal 2020. Algumas das empresas já apresen-taram os seus projetos e ainda não têm os projetos aprovados de forma a poderem iniciar esses investimentos. Estamos todos muito expectantes face ao que tem sido anunciado pelo Governo para que esta questão possa ser, rapidamente, desblo-queada de uma vez por todas, de forma a que as empresas e os municípios possam aceder aos fundos comunitários e realizar investimento. Acredito que logo que isso aconteça as empresas terão outro impulso para iniciar a sua atividade económica e investir.

E que outros projetos de apoio ao desen-volvimento empresarial é que estão a ser desenvolvidos pela Câmara Municipal?

Vamos criar muito em breve uma incu-badora de empresas, o Coruche Empreen-de, que é um ninho de empresas virado para o setor primário, muito direcionado para a ligação ao setor empresarial. Quem quiser criar a sua própria empresa poderá estar neste “ninho” cerca de dois anos e meio e depois deste período, e consoante o desenvolvimento do negócio poderá avan-çar para a zona industrial ou, então, tem a oportunidade de perceber que o negócio não teve o sucesso desejado e avançar para uma nova oportunidade.

E onde vai ser instalado este ninho de empresas?

Este ninho de empresas vai funcionar num edifício do INIAV, com quem já esta-belecemos um protocolo, será uma startup muito direcionada para o setor primário e também para algumas áreas de investiga-ção. Numa segunda fase, contamos criar outros polos dirigidos fundamentalmente ao empreendedorismo jovem.

Na sua perspetiva, o desenvolvimento

empresarial permitirá resolver muitos dos problemas do município.

Sim, resolvendo o problema principal que é a empregabilidade, ao mesmo tem-po que resolvemos um problema social e ajudamos as famílias a obterem rendi-mentos para as suas necessidades, resol-vemos o problema da perda de população e tornamo-nos atrativos do ponto de vista residencial. Resolve-nos também o proble-ma do comércio tradicional, das pequenas indústrias e ofi cinas que dependem muito da atividade industrial e, inclusivamente, a revitalização do parque habitacional e empresas de construção civil e mercado de imobiliário.

E Coruche tem os recursos humanos qualifi cados necessários para responder à procura das empresas?

Sim, e nós sabemos que um dos proble-mas deste e de muitos outros concelhos é o desemprego jovem. A Câmara atribui 36 bolsas de estudo, no valor de 200 euros mensais, durante 10 meses, o que é um importante investimento no potencial dos nossos jovens e na aposta na sua quali-ficação, mas temos a esperança de que criando emprego, depois destes jovens concluírem a sua formação académica, possam regressar e trabalhar em Coruche ou pelo menos ter essa oportunidade.

Pretendemos que este Parque Empresa-rial possa ser a âncora ou a alavanca para a mobilização de todas as outras atividades e de outras prestadoras de serviços mas tam-bém como impulso para criar novas dinâ-micas que favoreçam o emprego jovem.

Recentemente uma grande empresa do concelho entrou em lay-off. Como é que a

Vamos criar muito em breve uma incubadora de empresas, o Coruche Empreende, que é um ninho de empresas virado para o setor primário, muito direcionado para a ligação ao setor empresarial.”

Câmara vê essa situação?Relativamente à DAI, naturalmente que

acompanhamos o caso com muita preocu-pação mas também com alguma expetativa relativamente ao futuro. Esperamos que em 2017 a DAI possa voltar a funcionar a partir da beterraba, como foi na sua ori-gem, produto que tem uma rentabilidade muito maior. Aquilo que me foi dito é que, em termos agrícolas, já há equipas técnicas no terreno a dar acompanhamento aos agricultores, para que a beterraba que é produzida em solos portugueses, pro-veniente da zona de Alqueva e do Norte, venha para DAI. Para isso, a fábrica tem de ser reconvertida, o que terá de acontecer ainda em 2016, para que em 2017 possa reiniciar a sua atividade. É fundamental para Coruche que a DAI mantenha a sua atividade e acredito que a DAI vai voltar em força em 2017, mantendo os atuais traba-lhadores mas também criando condições, inclusivamente, para oferecer trabalho sazonal muito importante para esta região.

ENTREVISTA

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Quais as áreas estratégicas onde a autarquia pretende investir nos próxi-mos anos?

Uma das nossas prioridades tem sido a requalifi cação do parque escolar no pré e primeiro ciclo em todas as freguesias. A fi xação de população depende, também, em muito da qua-lidade do parque escolar e Coruche está muito bem qualifi cado a esse nível. Uma das nossas apostas para os próxi-mos anos passa pela regeneração urbana e pela requalifi cação do espaço público. Temos um centro histórico classifi cado, mas com um edifi cado muito envelheci-do. Os proprietários não têm conseguido reabilitar esses imóveis e a Câmara fez uma candidatura ao PEDU, que visa a requalifi cação do espaço público e onde incluiu os privados que foram identifi cados neste projeto, de forma a que eles possam fazer a sua candidatura e recorrer a este instrumento fi nanceiro para a recuperação dos seus imóveis.

O que nos pode adiantar sobre o projeto de requalifi cação urbana?

No centro histórico a autarquia pretende reabilitar praticamente todas as ruas e pra-cetas, são ruas muito estreitas com passeios exíguos, queremos melhorar as condições de acessibilidade e mobilidade para todos. Pretendemos também criar áreas de cir-culação pedonais, melhorar a mobilidade, incentivando a utilização da bicicleta em detrimento do carro criando parques para bicicletas. Ao nível dos programas sociais, queremos intervir também na requalifi -cação da habitação social no concelho.

Temos algumas habitações, principalmente no Couço, que têm muitas lacunas, e que-remos fazer alguma intervenção melho-rando, por exemplo, a efi ciência energética e a comodidade envolvente das praças e das ruas associadas a estas áreas sociais. Queremos criar áreas de entretenimento e lazer, tornando estas áreas mais atrativas. É importante ter um espaço de atividades culturais, sociais, de apoio à mobilidade e às comunidades desfavorecidas.

E em que ponto está a candidatura que a Câmara apresentou para este efeito?

O PEDU de Coruche já foi validado tec-nicamente, já tivemos uma reunião de concertação na CCDR onde foram defi -nidas as verbas em cada uma das áreas. Segundo a CCDR em Maio vão sair os pri-meiros avisos. Sofremos um corte no valor que candidatámos mas é compreensível porque, sendo a verba limitada, há que ser dividida por todos. O que me preocu-pa é saber que há intervenções que não são apoiadas. Por exemplo, no edifício da Câmara Municipal, é possível intervir na fachada e no telhado, mas no interior do edifício, adaptando-o às necessidades de hoje, melhorando a sua efi ciência energéti-ca, isso já não é comparticipado. Também no espaço público, o apoio que existe é apenas para a planimetria, ou seja, para as intervenções ao nível dos pavimentos. Se, por baixo desse pavimento estiverem tubos de fi brocimento, tubos de ferro, ou uma manilha partida isso não interessa nada. Isto é um disparate, porque se partiu do princípio que todos os municípios já tínham níveis de infraestruturação muito elevados, o que não é verdade. Naturalmen-te, que as equipas técnicas que validam os programas não são responsáveis por

esta lacuna, uma vez que as negociações decorreram entre Bruxelas e o anterior governo.

Coruche tem também um grande potencial turístico. O que é que este concelho tem para oferecer aos turistas?

Temos condições de excelên-cia para oferecer a quem nos visita e isto permite-nos aqui criar um cluster de turismo de

natureza. Estamos a falar, tam-bém, do turismo de aventura, do

turismo de visitação às grandes her-dades, à rota da cegonha que já existe,

mas também à rota do vinho, à rota do sobreiro e da cortiça, que pretendemos

criar. Hoje em dia já é muito comum ver-mos pessoas que vêm da cidade passar o fi m de semana ou apenas um dia a Coru-che. Vêm à pesca, vêm fazer canoagem, andar de balão, fazer caminhadas pelos trilhos, fazer BTT, fazer Todo-o-Terreno, etc. Falta-nos aqui um operador turístico que congregue e que faça a gestão deste potencial que nós temos, que o consiga vender, promovê-lo e torná-lo mais atra-tivo para que as pessoas possam vir em grande escala, justificando assim mais investimento na oferta de alojamento no concelho e na região.

Está então recetivo a apoiar investimen-tos na área da hotelaria?

Nós fazemos muita promoção de Coru-che através de uma plataforma que é o Coruche Inspira e recentemente lançámos a app do Município de Coruche. A Lezíria é uma região única, os concelhos tem oferta turística diversifi cada e a própria Entidade de Turismo do Alentejo e do Ribatejo tem feito um esforço para tor-nar cada vez mais o Ribatejo uma marca forte no turismo nacional. Coruche tem consciência do potencial endógeno e de património local existente mas temos aqui esta lacuna, que é a escassez de alo-jamento, que nos impede de fazer isto de uma forma mais continuada. Fica aqui o repto a algum empresário que queira investir: a Câmara está disponível para colaborar com empresários da hotelaria para encontrar um local, ceder um ter-reno, encontrar uma área que tenha essa capacidade para construir um pequeno hotel ou uma área de alojamento que per-mita receber grupos de pessoas durante todo o ano, valorizando o concelho e a região que tem esse potencial e oferta diversifi cada nos vários concelhos que integram a Lezíria.

Resolvendo o problema principal que é a empregabilidade, ao mesmo tempo que resolvemos um problema social e ajudamos as famílias a obterem rendimentos para as suas necessidades, resolvemos o problema da perda de população e tornamo-nos atrativos do ponto de vista residencial.”

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Candidaturas abertas à tipologia Internacionalização e Qualifi cação das PME

INFORMAÇÃO E APOIO

MAIS INFORMAÇÕES:Departamento de Apoio Técnico, Inovação e CompetitividadeE-mail: [email protected].: 249 839 500

Já reabriram as candidaturas à tipologia Internacionalização e Qualifi cação das PME.

Estão disponíveis para consulta os avisos • a estes dois sistemas de incentivo bem como os referenciais de análise de mérito do projeto:Aviso N.º 03/SI/2016 - Sistema de Incen-• tivos “Qualifi cação das PME”;Aviso N.º 04/SI/2016 - Sistema de Incenti-• vos “Internacionalização das PME”.

As candidaturas encontram-se abertas até dia 13 de maio de 2016 (19 horas).

No âmbito do Sistema de Incentivo à Qualificação e Internacionalização das PME são elegíveis no eixo de Internacio-nalização das PME despesas inerentes ao conhecimento, prospeção e presença em mercados internacionais (deslocações, aluguer de stand para presença em feiras, etc.), presença na web, com reforço das empresas na economia digital, lançamen-tos de catálogos virtuais, desenvolvimen-to e promoção internacional de marcas, marketing internacional, novos métodos de organização nas práticas comerciais ou relações externas e certifi cações específi cas para os mercados externos.

Já a tipologia na área da Qualificação das PME, visa a inovação organizacional e

gestão, a economia digital e TIC, a utilização de ferramentas sofi sticadas de marketing inbound e outbound. A implementação e

certifi cação de sistemas de gestão da qua-lidade ou outros, a Ecoinovação (incluindo a Efi ciência Energética) e a propriedade industrial, são outros dos investimentos passíveis de apoio neste eixo de investi-mento.

O investimento mínimo a apresentar por projeto é de 25.000€, sendo o valor máximo de 500.000€ (projetos individuais).

A taxa de incentivo é de 45% das despesas elegíveis - não reembolsável (excepto para o POR Lisboa que é de 40%). No caso das despesas com formação a taxa de apoio varia entre 60% (médias empresas) e 70% (micro e pequenas empresas). Para o POR Lisboa aplica-se a taxa máxima de 50%.

De referir ainda que se valoriza nestes avisos a contratação de recursos humanos qualifi cados a afetar ao projeto (nível 6 ou superior), com competências na área da Internacionalização e Inovação. A contrata-ção de quadros técnicos a afetar ao projeto está suscetível da aplicação do limite de 1.850 euros para salário base mensal.

No caso do SI Internacionalização das PME reter ainda os seguintes limites defi nidos no aviso de apresentação de candidaturas:

Despesas para as ações de prospeção, • captação de novos clientes e de promoção, considera-se elegível a contratação de serviços relacionados com alojamento e deslocação com os seguintes limites para cada ação:a) Na Europa (UE) - limite de 1.500€;b) Fora da Europa (UE) - limite de 3.000€.

Despesas para a participação em feiras e • exposições no exterior, considera-se ele-gível a contratação de serviços relaciona-dos com alojamento e deslocação com os seguintes limites por feira/exposição:a) Na Europa (UE) - deslocação 700€ e

alojamento 250€/n.º dias feira+2 dias;b) Fora da Europa (UE) - deslocação 1.600€

e alojamento 250€/n.º dias feira+2 dias.

Os interessados deverão apresentar candida-turas através de formulário eletrónico, sen-do necessário o registo no Balcão 2020, em https://www.portugal2020.pt/Balcao2020.idp/RequestLoginAndPassword.aspx

SISTEMA DE INCENTIVO TIPOLOGIAS DE PROJETOS EXEMPLOS DE DESPESAS ELEGÍVEIS FINANCIAMENTO

Internacionalização PME

Prospeção de novos mercados, desenvolvimento e promoção internacional de marcas, marketing internacional, implementação de novos métodos de organização nas práticas comerciais e relações externas ou implementação de certifi cações específi cas para os mercados externos.

Despesas de deslocação a mercados externos; aluguer de stand para participação em feiras no exterior; despesas com marketing internacional, prospeção e captação de novos clientes, contratação de pessoal.

45% Não reembolsável (exceto POR

Lisboa - 40%)

Qualifi cação PME

Inovação Organizacional, reorganização interna, implementação de novas formas de comercialização e comunicação (ex. economia digital, ferramentas sofi sticadas de marketing), implementação de sistemas de gestão da qualidade ou outro (s); investimentos em propriedade industrial; ecoinovação, distribuição e logística, transferência de conhecimento ou formação profi ssional.

Despesas relacionadas com a certifi cação de sistemas e/ou produtos, testes e ensaios em laboratórios acreditados; registos de marcas e patentes; desenvolvimento de aplicações, compra de software, contratação de pessoal.

45% Não reembolsável (exceto POR

Lisboa - 40%)

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WEBMAIL No Webmail, tal como o nome

indica, acedemos ao e-mail através de uma interface web (normalmente disponibilizada pelo fornecedor do serviço de e-mail).

À primeira vista pode até parecer uma solução extremamente vantajo-sa, pois desde que tenhamos acesso à internet podemos enviar e receber e-mails. Tem também a vantagem de ser simples e fácil de usar, pois não necessita de nenhuma confi guração da parte do utilizador. Além disso dis-põe ainda de todas as funcionalidades que geralmente necessitamos.

Mas curiosamente a principal vanta-gem do Webmail acaba por ser também a sua grande desvantagem, pois para que possamos aceder aos nossos e-mails em todo o lado, estes têm de fi car alojados no servidor de e-mail. Sendo assim fi camos limitados ao tamanho disponível na conta de e-mail, tamanho este que por vezes não é sufi ciente para as nossas necessidades.

Em resumo, o Webmail pode ser uma boa solução quando não existe uma gran-de quantidade de e-mails a guardar ou caso o tamanho das contas de e-mail seja suficiente para guardar os e-mails que necessitamos.

CLIENTE DE E-MAILOutra forma de acedermos ao e-mail

é através de programas especializados para o envio e receção de e-mails, aos quais chamamos Clientes de Email. Entre estes programas destacam-se o Microsoft Outlook, Windows Live Mail, Thunderbird e Zimbra.

O conceito passa por dispor de um pro-grama onde possamos enviar e receber e-mails. Sendo necessária confi guração da nossa conta de e-mail nestes programas, para que assim possamos aceder ao nosso e-mail nos dispositivos em que tenhamos a nossa conta de e-mail confi gurada.

Embora à primeira vista possa até pare-cer uma solução limitada, uma vez que

Qual a melhor forma de aceder ao seu e-mail?Nos tempos de hoje o e-mail é algo essencial no dia a dia das empresas, isso é algo que todos sabemos. Mas será que estamos a tirar o melhor partido da forma como acedemos aos nossos e-mails? Existem duas grandes formas de acedermos aos nossos e-mails, por Webmail ou através de um Cliente de E-mail.

fi camos dependentes dos dispositivos onde temos a nossa conta de e-mail confi gura-da, os Clientes de E-mail são uma solução mais versátil que o Webmail. O facto de possuirmos a liberdade de poder escolher como é confi gurada a nossa conta de e-mail e permite-nos escolher qual a confi guração que melhor se adapta às nossas necessi-dades no que diz respeito à receção de e-mails. Dito isto, existem principalmente dois tipos de confi guração para a receção de e-mails: POP3 e IMAP.

Com o POP3, os e-mails recebidos são descarregados do servidor de e-mail para o dispositivo onde estamos a aceder (compu-tador, Tablet, Smartphone, etc.), deixando assim ocupar espaço no servidor de e-mail (algo útil para contas de email com pouco espaço de armazenamento). Esta confi -guração é geralmente utilizada em casos onde é necessário armazenar uma grande quantidade de e-mails, pois não fi camos limitados ao espaço da conta.

Por outro lado com o IMAP, os e-mails não são transferidos do servidor mas sim sincronizados, ou seja todos os e-mails que temos armazenados no servidor de e-mail irão também aparecer no Cliente de E-mail instalado. Esta confi guração é útil quando pretendemos ter uma solução intermédia

que nos permita aceder ao e-mail tanto através de um Cliente de E-mail como

através do Webmail. Sendo que com o IMAP, tal como no Webmail, fi camos limitados ao espaço da conta de e-mail no servidor, pois é lá que os e-mails continuam armazenados.

WEBMAIL OU CLIENTE DE E-MAIL? POR QUE NÃO AMBOS?

É verdade que a utilização de um Cliente de E-mail não nos impede de utilizar o

Webmail, podendo até ser uma mais valia, sendo que devemos ter em atenção a forma como a conta de e-mail foi confi gurada no Cliente de E-mail.

Caso tenha sido confi gurada por POP3, quando acedermos ao Webmail não ire-mos visualizar todos os e-mails que temos armazenados no Cliente de E-mail. Apenas iremos visualizar os e-mails que ainda este-jam guardados no servidor de e-mail.

Por outro lado, caso tenha sido confi gu-rada por IMAP, poderemos utilizar tanto o Webmail como o Cliente de E-mail, pois ambos mostram as mensagens que estão no servidor de e-mail.

CONCLUSÃOTanto o Webmail como os programas de

e-mail são boas soluções para acedermos ao nosso e-mail. Mas qual a melhor? Bem, isso vai depender de caso para caso.

Caso tenhamos de armazenar grandes quantidades de e-mails, talvez a melhor a solução seja confi gurar um programa de e-mail confi gurado por POP3.

Caso necessitemos da liberdade de ace-der ao e-mail em qualquer dispositivo, então o Webmail e/ou um programa de e-mail configurado por SMTP sejam a melhor solução.

Tal como já foi dito anteriormente a melhor solução pode depender de caso para caso, por isso devemos sempre anali-sar qual ou quais das soluções disponíveis se adapta melhor ao que necessitamos.

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INFORMAÇÃO E APOIO

Esta realidade vem colocar às empresas e às organizações enor-mes desafi os. Como organizar a formação de modo a responder às

necessidades permanentes de aprendiza-gem e como conciliar essa necessidade com as exigências de produtividade da empresa?

Se conjugarmos a necessidade de apren-der continuamente, com as soluções que as novas tecnologias nos oferecem, poderemos potenciar o ensino à distância ou e-learning.

O e-learning não traz apenas benefícios para os estudantes e instituições de ensi-no. As empresas também podem utilizar esta metodologia de ensino/formação. Ao pensar no conceito de e-learning, muitas pessoas imaginam que essa metodologia só traz benefícios para formandos, professores e instituições de ensino. No entanto, e de acordo com o estudo da E-learning Market Trends & Forecast 2014-2016 Report, lança-do em março de 2014 pela empresa norte-americana Docebo, o e-learning é também muito útil para as empresas.

Segundo este estudo, os negócios que utilizam o e-learning são mais duradouros e possuem uma força de trabalho mais produtiva. Isto porque a estratégia de usar o ensino/formação online pode atualizar os funcionários sobre as últimas tendências nas suas respetivas áreas - conhecimento positivo para as suas carreiras e a própria empresa.

Além disso, o e-learning também pode ser uma for-ma de investir nas pessoas que já estão a trabalhar na empresa, sem que haja necessidade de recorrer a mais mão-de-obra no mercado. Esse aspeto é positivo tanto para o colabo-rador, que se sente bem a trabalhar num ambiente que incentiva o cresci-mento profi ssional, e para a empresa que, com inves-timentos reduzidos, mantém bons resultados.

Utilizar o e-learning no mercado de

O e-learning e a crescente importância para as empresasAprender, desaprender e reaprender. Estas são as competências-chave para as organizações, as instituições ou para as pessoas que reconhecem no capital intelectual a principal ferramenta para a sua competitividade e para o sucesso.

trabalho também é interessante porque impede que o negócio fi que para trás no que respeita às últimas tendências, promo-vendo, assim, a renovação de estratégias e processos.

O QUE É O E-LEARNING?Basicamente o modelo de formação

é o mesmo, quer se trate de formação tradicional (presencial) quer se trate de formação à distância. O que muda são os suportes físicos de apoio ao formando, a forma como os conteúdos são transferidos e a maior individualização do processo de aprendizagem.

Assim, o e-learning é uma modalidade de ensino e aprendizagem à distância que possibilita a auto-aprendizagem, utilizando recursos didáticos organizados, apresen-tados em diferentes suportes tecnológicos de informação, utilizados isoladamente ou combinados, com recurso à internet.

Ocorre através de plataformas técni-cas que permitem o acesso e a gestão dos conteúdos formativos. Estas plataformas

designam-se por Learning Management System (LMS) das quais são exemplo o Moodle, entre muitas outras. A maior parte destas funciona a partir de um browser, permitindo aceder à formação a partir de diferentes computadores, tablets ou smartphones.

Os cursos de formação online têm, nor-malmente, uma estrutura modular, que permite a necessária adaptabilidade e fl e-xibilidade da aprendizagem. A conceção dos conteúdos e os recursos tecnológicos escolhidos obedecem a uma metodologia pedagógica específi ca. Em particular, a utilização de áudio, de vídeo e de ferramen-tas de interatividade, é crucial para criar envolvência e permitir uma experiência de aprendizagem ativa.

Em muitos casos, a participação síncro-na ou assíncrona de um tutor é benéfi ca para o processo de ensino e aprendizagem, que assim se torna muito personalizado.

COMO FUNCIONA?Como já foi referido, o modelo de forma-

ção é o mesmo, quer se trate de formação presencial quer se trate de formação à distância. O que muda são os suportes físicos de apoio ao formando e a forma

como os conteúdos são transferidos para assimilação:

• Na formação tradicional, temos o formador como instrumento dinamizador do estudo dos conteúdos programáticos e respetiva

transferência, o espaço físico da sala de estudo e respetivos suportes,

quadro, canetas, quadro interativo;

• Na formação à distância, temos a plataforma de e-le-

arning como interface físico entre o formando e a entidade

formadora, com ou sem formado-res/tutores dinamizadores da formação;

Na formação mista - blearning, há ses-•

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sões presenciais e à distância, depen-dendo de diversos fatores, como área de formação, público-alvo, adequação e especifi cidade dos conteúdos, etc.

VANTAGENS E DESVANTAGENS DA FORMAÇÃO À DISTÂNCIA

São muitas as vantagens da formação online, das quais destacamos:

Flexibilidade na aprendizagem - os con-• teúdos formativos estão disponíveis em permanência e, portanto, passíveis de acesso no horário mais conveniente para o formando. Para muitos, é a melhor forma de integração num ambiente de formação;

Economia de tempo - o formando não • tem de interromper as suas atividades e não precisa de despender tempo em “viagens”, podendo otimizar a sua gestão de tempo e, eventualmente, propor-se a um desenvolvimento pessoal que, de outra forma, poderia não ocorrer;

Aprendizagem personalizada - a profun-• didade dos conteúdos pode ser alargada consoante os objetivos e as necessida-des dos formandos. Também o ritmo do curso pode ser controlado pelo for-mando, que é assim responsável pelo seu processo de aprendizagem: decisão dos conteúdos a estudar, profundidade com que os pretende assimilar e ritmo a que o deseja fazer;

Outras vantagens existem, tais como a • rápida atualização dos conteúdos, a pos-sibilidade de aceder a formação indepen-dentemente do local onde se encontre, custos menores quando comparados à formação convencional, possibilidade de formação de um grande número de

pessoas ao mesmo tempo e diversifi ca-ção da oferta de cursos.

Como é natural, existem também des-vantagens:

Não proporciona uma relação formando/• formador igual à de uma sala de formação - a inexistência de interação presencial entre formandos e entre formandos e for-madores, difi culta a socialização e a cria-ção de vínculos relacionais, o que pode provocar uma sensação de isolamento;

Maior responsabilidade colocada sobre o • formando – o formando tem de ser mais autónomo e disciplinado na forma como acompanha os conteúdos, o que pode ser uma desvantagem para as pessoas que não têm bons hábitos de estudo e de auto-disciplina.

Reduz confi ança - neste tipo de estra-• tégias educativas ainda há algum sen-timento de desconfi ança por parte de educadores, formandos, responsáveis de instituições e até alguns grupos-alvo mais conservadores e resistentes à inovação.

Não gere as reações imprevistas e ime-• diatas - do lado de lá do ecrã ninguém percebe uma expressão de dúvida nem a felicidade porque se conseguiu resolver um exercício.

Os formandos têm de dominar as ferra-• mentas das novas tecnologias disponíveis - como é o caso dos newsgroups, chats, fóruns interativos para a comunicação e envio de fi cheiros multimédia.

TENDÊNCIASO mundo dos negócios e das empre-

sas é suportado, cada vez mais, por uma economia baseada no conhecimento. As

tendências económicas e tecnológicas fi ze-ram evoluir as organizações, nos últimos quarenta anos, de um cenário de negócio centrado na produção para um cenário de negócio focalizado nos serviços.

A nova economia distingue, claramente, o valor organizacional centrado no capital intelectual. No atual contexto da globali-zação e evolução tecnológica, quatro anos de formação superior é apenas o início de quarenta anos de aprendizagem contínua, pelo que, a ideia de formação ao longo da vida afi gura-se cada vez mais como um ver-dadeiro imperativo. Além disso, o sucesso dos negócios depende, cada vez mais, de desempenhos excecionais por parte dos colaboradores das organizações, reque-rendo uma formação de elevada qualidade. Há, por isso, cada vez mais tendências a impulsionar e a promover a implementa-ção de soluções de e-learning.

O E-LEARNING E O FUTURODevido ao progresso das tecnologias

está a assistir-se à convergência de dois paradigmas: ensino presencial e ensino à distância, quer pelas realizações mistas que têm sido experimentadas, quer pelas vantagens que as novas tecnologias têm proporcionado ao nível da qualidade dos produtos formativos. A convergência des-tas duas abordagens implicará a progres-siva alteração do papel dos professores/formadores. Estes passarão a ser não só detentores de conhecimentos mas também e principalmente mediadores entre os estu-dantes/formandos e a informação prove-niente de diversas fontes. Esta tendência tem sido reconhecida e acompanhada pelo International Council for Open and Distance Education (www.icde.org).

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VIVER O TEJOVIVER O TEJO

Aprender no Ribatejo

Na rota do conhecimento

Esta rota destina-se a todos aqueles que apreciam o denominado “Turismo Científi co”. Este programa de dois dias é abrangente, pois inclui a visita a um Centro de Ciência Viva, um Centro Integrado de Educação em Ciências, um Ecomuseu e por último, um Centro de Interpretação. Todos eles possuem um ponto comum: são equipamentos de ciência que

convidam os seus visitantes (de todas as idades) a participar em diversas atividades e exposições interativas. São casas de ciência dinâmicas que representam a moderna museologia, estimulando a curiosidade científi ca e o desejo de aprender mais.Esta rota dirige-se sobretudo aos mais novos, embora seja igualmente procurado por outro público mais abrangente.

Informações e reservas www.viverotejo.pt

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Dia 1Manhã

Centro Ciência Viva de Constância (Parque Temático de Astronomia)Integrado na rede de Centros Ciência Viva, este centro constitui um convite à participação em atividades baseadas em Astronomia. Outras áreas científi cas, que envolvem observações de acontecimentos quotidianos, integram este conjunto.

Com parte considerável dos equipamentos ins-talados ao ar livre, num ambiente de intensa arborização, o convívio com a ciência neste Centro proporciona, simultaneamente, um pleno contacto com a natureza. Possui um Observatório Astronómico e um Planetário.

Almoço: Constância

D. José Pinhão•

Vila Nova da BarquinhaRestaurante Ribeirinho •

Tarde

Centro Integrado de Educação em Ciências (Vila Nova da Barquinha)É o mais recente centro de divulgação da ciên-cia em Portugal. Atração ideal para todas as idades, o CIEC visa promover o gosto e inte-resse pela Ciência e pela aprendizagem em ciências desde os primeiros anos. Este espaço está organizado em cinco áreas temáticas com módulos interativos contextualizados na história e cultura local – “Embarca com a Ciência”, “Explorando o Castelo”, “Explorando a Barquinha”, “Explorando o Tejo” e “Explo-rando o Voo”, através dos quais os visitantes podem explorar conteúdos e fenómenos cien-tífi cos e tecnológicos.

JantarVila Nova da Barquinha

Restaurante Almourol (Tancos)•

Alojamento: Vila Nova da Barquinha

Casa do Patriarca (Atalaia)• Quinta do Ribeiro Tanquinhos (Tancos)•

Dia 2Manhã

Ecomuseu Salinas de Rio MaiorAs Salinas de Rio Maior situam-se a cerca de 3 km do centro da cidade e encaixam-se num vale no sopé da Serra dos Candeeiros, em pleno Parque Natural das Serras de Aire e Candeei-ros. Classificadas como Imóvel de Interesse Público, estas salinas são as únicas de interior existentes em Portugal e as únicas que ainda se encontram em exploração na Europa. A água, cerca de sete vezes mais salgada do que a água do mar, provém de um poço, após passar por uma jazida de sal-gema.

Dirija-se ao Posto de Turismo das Salinas para obter mais informações. Reserve aqui o seu restaurante e visitas guiadas. Existem inúmeras atividades para os mais pequenos: “O Tesouro das Salinas”, “Ser Salineiro”, “Jogos de Sal”, “Esculturas de Sal” e “À Descoberta das Salinas”.Se pretender descer e almoçar em Samora Correia, aconselhamos o Restaurante A Torre.

TardeCentro de Interpretação EVOA (Samora Correia)Localizado no coração da maior e mais impor-tante zona húmida de Portugal, o estuário do Tejo, o EVOA - Espaço de Visitação e Obser-vação de Aves – permite que os visitantes conheçam e desfrutem do património único, existente entre a lezíria e o estuário do Tejo.De modo a garantir a tranquilidade das aves e a maximizar a experiência e conforto na visitação, estão disponíveis três observatórios nas mar-gens das lagoas, diversos pontos de observação camufl ados e um Centro de Interpretação.

O Centro de Interpretação, para além de acolher os visitantes, convida-os a conhecerem a exposi-ção permanente - EVOA, onde o mundo encontra o Tejo - e a participarem em diversas atividades complementares à observação de aves. Esta visita pode ser complementada com uma ida à charneca, onde entre sobreiros os visitantes podem observar as aves que vivem no montado, ou optar por fazer uma prova de vinhos, um passeio a cavalo ou por passar uma noite nos bungalows da Companhia das Lezírias.

Gastronomia - A não perderA Gastronomia em Rio Maior é tipicamente mediterrânica. A infl uência dos alentejanos, que demandaram Rio Maior, em busca de trabalho na agricultura ou nas minas, está bem presente. O azeite, o pão e o vinho são obrigatórios. A broa de milho também está sempre presente, em pratos como as migas ou o mangusto. A Lapardana é um dos pratos regionais mais típi-cos. Temperam-se pão e batatas cozidas, com azeite e alho, e acompanha-se com bacalhau assado ou carne de porco frita.

Em relação às principais sobremesas riomaio-renses, destaca-se o Pão-de-Ló de Rio Maior. Mas há outros doces que merecem referência. É o caso dos Leões de Rio Maior (espécie de queijadinhas).

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INFORMAÇÃO E APOIO

A Lei n.º 144/2015 de 08 de setem-bro é aplicável aos procedimen-tos de resolução extrajudicial de litígios nacionais e trans-

fronteiriços promovidos por uma enti-dade de resolução alternativa de litígios, quando os mesmos sejam iniciados por um consumidor contra um fornecedor de bens ou prestador de serviços e respei-tem a obrigações contratuais resultantes de contratos de compra e venda ou de prestações de serviços, celebrados entre fornecedor de bens ou prestador de ser-viços estabelecidos e consumidores resi-dentes em portugal e na União Europeia.

No entanto, excluem-se do seu âmbito de aplicação os serviços de interesse geral sem contrapartida económica, designada-mente os prestados pelo Estado ou em seu nome, sem contrapartida remuneratória; os serviços de saúde prestados aos doentes por profissionais do setor para avaliar, manter ou reabilitar o seu estado de saúde, incluindo a prescrição, a dispensa e forne-cimento de medicamentos e dispositivos médicos; os prestadores públicos de ensino complementar ou superior; os litígios de fornecedores de bens ou prestadores de serviços contra consumidores e os proce-dimentos apresentados por consumidores junto dos serviços de reclamações ou de natureza equiparada dos fornecedores de bens ou prestadores de serviços ou autoridades reguladoras setorialmente competentes, geridos pelos próprios.

Sem prejuízo dos deveres a que os forne-cedores de bens e prestadores de serviços estabelecidos em território nacional se encontrem vinculados, devem informar os consumidores relativamente:

1 – As entidades de RAL a que se encon-trem vinculados por adesão ou imposição legal decorrente de arbitragem necessária e o sítio eletrónico de internet das mes-mas; e/ou,

2 – As entidades de RAL disponíveis e o sítio eletrónico de internet das mesmas. A informação aludida deve ser prestada pelos fornecedores de bens ou prestadores de serviços de forma clara, compreensível e facilmente acessível:

no sítio eletónico da internet, caso exis-−ta;

nos contratos de compra e venda e ou −prestação de serviços entre o fornecedor de bens ou prestador de serviços e o con-sumidor quando efetuados por escrito ou constituam contratos de adesão;

em suporte duradouro (ex: faturas e −vendas a dinheiro).

O incumprimento do dever de informa-ção pode dar origem a contraordenação punível com coima variável entre 500,00 € e 5.000,00 €, tratando-se de pessoa singu-lar e, 5.000,00 € e 25.000,00 €, tratando-se de pessoa coletiva.

A fi scalização do cumprimento do dever de informação, a instrução, as decisões e a aplicação de coimas e sanções acessórias decorrentes de processos de contraorde-nação são da competência da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica e dos organismos e/ou autoridades seto-rialmente competentes.

Nesse sentido, a supra mencionada Lei, criou uma rede de arbitragem de consu-

Resolução alternativa e extrajudicial de litígios de consumoCom a entrada em vigor em 23 de setembro de 2015 da Lei n.º 144/2015 de 08 de setembro foi concedido aos fornecedores de bens ou prestadores de serviços e aos centros de arbitragem um prazo de adaptação de seis meses (até 23 de março de 2016), para a respetiva implementação das obrigações que aquela estabelece.

Paulo Pita SoaresAdvogado

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mo que visa assegurar a coordenação, utilização de sistemas comuns e a har-monização dos procedimentos seguidos nas atividades de informação, mediação, conciliação e arbitragem de litígios de consumo, promovendo o funcionamento integrado dos centros de arbitragem de confl itos de consumo e a recolha de toda a informação estatística relativa ao seu funcionamento.

Compete à Direção Geral do Consumi-dor a monotorização de funcionamento de rede de arbitragem e a avaliação, inscri-ção e divulgação de listas obrigatórias de entidades RAL. As entidades RAL estabe-lecidas em território nacional, autorizadas e inseridas na lista da Direção Geral do Consumidor devem facultar informação acerca do nome, contactos, endereços dos sítios eletrónicos na internet, as taxas que cobram, as línguas em que as reclamações podem ser apresentadas e a tramitação dos procedimentos RAL, os tipos, setores e categorias de litígios, natureza da deci-são e motivos de recusa de tratamento de litígios.

Estão tambem obrigadas a manter um sítio eletrónico na internet atualizado de acesso fácil e que possibilite a apresen-tação online de reclamações e documen-tação, a facultar informações às partes através de suporte duradouro, permitir a apresentação de reclamações por meios convencionais, a aderir a plataforma ele-tónica de resolução de confl itos criada

pelo regulamento (UE) n.º 524/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho de 21 de maio de 2013.

As entidades RAL, a Direção Geral do Consumidor e o Centro europeu do Con-sumidor estão obrigados a um dever de informação geral que passa pela divulga-ção nos seus sítios eletrónicos na internet através de uma ligação ao sítio eletrónico da Comissão Europeia e, sempre que pos-sível em suporte duradouro, as listas de entidades RAL elaboradas pela Comissão Europeia; incumbindo à Direção Geral do Consumidor a promoção da divulga-ção da lista de entidades RAL nos sítios eletrónicos na internet das associações

de consumidores e dos fornecedores de bens ou prestadores de serviços, no portal do cidadão e, em quaisquer outros meios idónios.

Em jeito de conclusão, podemos dizer que a Lei n.º 144/2015 de 08 de setembro veio dar forma a um sistema de harmo-nização de resolução de confl itos de con-sumo, quer nacionais, quer transfrontei-riços, através da criação de uma rede de arbitragem e constitição de entidades de RAL dentro de determinados parâme-tros e requisitos, consolidando o dever de informação dos consumidores de forma a incrementar o acesso a resolução extra-judicial de litígios.

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INFORMAÇÃO E APOIO

No final de 2015 e através da publicação da Lei 148/2015, foram introduzidas alterações signifi cativas nos critérios de

obrigatoriedade de caucionamento das responsabilidades.

A partir deste momento, e de acordo com a alteração promovida pelo art.º 7.º da Lei 148/2015, passam a fi car obriga-dos à prestação de caução por valor de € 250.000,00, as sociedades que durante dois anos consecutivos ultrapassem dois dos seguintes limites:

a) Total do balanço - € 20 000 000,00;b) Total das vendas líquidas e outros

proveitos - € 40 000 000,00;c) Número de trabalhadores emprega-

dos em média durante o exercício - 250;

Considerando que os limites acima indi-cados foram reduzidos de forma muito signifi cativa em a) e b), estimamos que

Alteração ao regime de prestação obrigatória de garantia por administrador de acordo com o Código das Sociedades ComerciaisO Código das Sociedades Comerciais prevê, no seu Artigo 396.º a obrigatoriedade de prestação de caução por parte dos Administradores das Sociedades que cumpram os critérios defi nidos no artigo 413.º do mesmo código.

tal possa ter um impacto significativo no universo de empresas que passam a ficar obrigadas ao cumprimento desta obrigação.

A prestação de caução pode, contudo, ser substituída por apólice de seguro no cumprimento daquela obrigação legal com vantagens claras, destacando:

Custo geralmente mais reduzido pelo facto de sendo uma apólice de Respon-sabilidade Civil estar apenas sujeito a 9% de imposto de selo sobre o prémio e não 0,50% sobre o capital garantido;

Não utilização de plafonds e linhas de crédito bancárias para este efeito, libertan-do as mesmas para a atividade produtiva da empresa;

Inexistência de contra-garantias para subscrição do seguro, contrariamente a caução ou garantia bancária;

Garantia dos custos de defesa;Proteção do património pessoal do titu-

lar do órgão de administração ou fi scaliza-ção da sociedade, não o comprometendo com a prestação de garantias pessoais e assumindo o valor das indemnizações legalmente imputáveis;

Atentos a esta realidade, a NERSANT SEGUROS disponibiliza condições parti-cularmente vantajosas para a subscrição destas cauções, convidando todos os asso-ciados a consultar os nossos serviços.

Mais informações:NERSANT Seguros, S.A.Telef.: 249 839 [email protected]

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O projeto em causa é o RING - Ribatejo Inovação Na Gestão, projeto conjunto submetido e dinamizado pela NERSANT,

que conta com o apoio do COMPETE2020 no financiamento a 50% não reembol-sável.

Uma das áreas de atuação deste projeto é a otimização dos processos das empre-sas através da aplicação de metodologias e ferramentas Lean. Mas afi nal o que são estas ferramentas e de que forma podem ser úteis para as empresas? Lean Manu-facturing é, pois, uma fi losofi a de gestão focada na redução do diferentes tipos de desperdícios (produção excessiva e exces-so de stocks, tempo de espera, transporte, inventário, movimento e defeitos). Elimi-nando estes desperdícios nas empresas, a qualidade melhora e o tempo e custo de produção diminuem. As ferramentas lean incluem processos contínuos de análise, produção e elementos/processos à prova de falhas.

No caso específi co do RING, para além da aplicação de inovadoras ferramentas lean, o projeto tem apoio a fundo perdido para a implementação ou atualização da Norma ISO 9001 (Sistema de Gestão da Qualidade) ou da FSSC22000 (Sistema de Gestão de Segurança Alimentar), cul-minando o projeto com a certifi cação da empresa.

E como vai este projeto funcionar nas empresas? Fácil. Em primeiro lugar, basta que as empresas contactem a NERSANT demonstrando o seu interesse no mesmo. Posteriormente e uma vez formalizada a adesão da empresa ao projeto, é importan-te realizar numa fase inicial, uma audito-ria de diagnóstico à empresa participante, cujo relatório lhe permitirá perceber os modelos, ações, métodos e ferramentas lean a implementar. Se a empresa ain-

da não for certificada, será concebido e implementado o sistema de gestão de interesse. Para aqueles que já são certifi -cados pelo sistema de gestão da qualidade, o RING também permite apoio a fundo perdido para a adaptação da empresa à versão 2015 da Norma ISO 9001. Aplicadas as ferramentas lean e implementado o sistema de gestão, é hora de sensibilizar e formar os trabalhadores, seguindo-se a realização de autoria interna e auditoria de concessão da certificação. Durante todo este processo, a empresa benefi cia de consultoria e apoio técnico da NERSANT para a implementação do RING, que, uma vez concluído, permitirá à empresa fi car livre de desperdícios e muito melhor capa-citada para uma produção de qualidade e com o menor custo possível.

Mas se as empresas pensam que o projeto RING é só para aqueles que

pretendem eliminar os desperdícios da empresa, enganam-se. Esta é apenas uma das opções de participação no projeto, que tem ainda outra área de participação possível, direcionada à área da Inovação, nomeadamente através da geração de ideias inovadoras, modernização e melho-ramento dos processos, desenvolvimento de novos produtos e / ou serviços, sendo também possível a Certifi cação do Sistema de Gestão da Investigação, Desenvolvi-mento e Inovação (IDI) - NP 4457:2007. As empresas que pretendam aderir a este projeto apenas podem participar numa das duas áreas previstas no projeto: Oti-mização de Processos (Lean), ou Inovação Organizacional. Quem o pretenda fazer, poderá contactar o Departamento de Apoio Técnico, Inovação e Competitivi-dade da NERSANT através dos contactos [email protected] ou 249 839 500.

Projeto dinamizado pela NERSANT é fi nanciado a 50%

Reduza desperdícios e aumente a qualidade da sua empresa com o projeto RING

A NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém, está a dinamizar um projeto fi nanciado que permite “limpar” as empresas de processos desnecessários e desperdícios, o que se traduz num produto de maior qualidade e com menores custos de produção.

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EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO

A iniciativa que distingue os projetos nacionais mais inovadores na área da sus-tentabilidade em Portugal, Green Project Awards, abriu as candidaturas para a sua 9.ª edição. Através desta iniciativa, organi-zada pela Agência Portuguesa do Ambiente, Quercus e GCI, as empresas, organizações não-governamentais, associações, coope-rativas, estabelecimentos de ensino e de investigação, administração pública e local, assim como cidadãos em nome individual podem candidatar os seus projetos a um vasto leque de temas ligados à área do ambiente e da sustentabilidade. As candi-daturas serão depois verifi cadas pela EY no que se refere ao cumprimento dos critérios de elegibilidade exigidos pelo regulamento.

O Green Project Awards que conta com o apoio da Adene, Águas de Portugal, APED, Caixa Geral de Depósitos, Conti-nente, Grupo Jerónimo Martins, Lipor, REN, Sociedade Ponto Verde, e Veolia, vai lançar na sua 9.ª edição o Prémio Especial Cooperação Internacional de Negócios. Esta distinção visa reconhecer e distinguir parcerias constituídas por, pelo menos, uma empresa privada de Portugal e outra organização do setor privado, público, não-governamental de um país em vias de desenvolvimento ou com economia em transição, e que contribuam signifi cativa-mente para a transferência ou partilha de conhecimentos ou tecnologia, proteção ou melhoria ambiental, melhoria na dispo-nibilização do produto ou serviço, desen-volvimento da comunidade (excluindo projetos de caridade) e melhoria das con-dições de trabalho ou outros aspetos rele-

vantes para o desenvolvimento sustentável.“Acreditamos que o GPA é já uma refe-

rência nacional no que respeita à susten-tabilidade e lançamos mais uma edição expetantes para verifi car que projetos e iniciativas se estão a realizar em Portu-gal”, explica Nuno Lacasta, Presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), entidade co-organizadora do Green Project Awards. Na edição de 2016, as empresas poderão candidatar os seus projetos nas categorias Agricultura, Mar e Turismo, Information Technology, Produto ou Ser-viço, Iniciativa de Mobilização, Cidades Sustentáveis, Consumo Sustentável e Ges-tão Efi ciente de Recursos. As candidatu-ras ao Green Project Awards deverão ser entregues, exclusivamente, em formato digital, através do envio do formulário de inscrição, disponível no link http://gpa.pt/candidaturas/como-participar/.

A edição deste ano do Green Project

Awards tem prevista ainda a instituição do Prémio Inovação Social Green Project Awards – Sociedade Ponto Verde destinado ao reconhecimento dos melhores projetos, produtos, serviços ou iniciativas que con-tribuam para o desenvolvimento e fortale-cimento da sociedade civil, apresentando soluções criativas e sustentáveis para fazer face às necessidades e desafi os societais (tais como: melhorias de condições de tra-balho, saúde e educação, criação de empre-go, geração de rendimentos, combate à exclusão social, ações de empoderamento e de enriquecimento cultural, entre outros) em linha com os objetivos do milénio.

A 9.ª edição traz ainda a realização de um Ciclo de Conferências onde serão debatidos temas ligados ao Consumo Sus-tentável, Ciência e Emprego Verde e Mobi-lidade Sustentável por personalidades de referência neste setor. As inscrições estão abertas até 31 de maio.

Sugal ganha prémio internacional “Empreendedor do ano”A EY lançou o desafi o de encontrar

o melhor empreendedor do ano em Portugal. O vencedor foi anunciado dia 07 de abril, numa gala realizada no Meo Arena e irá agora representar Portugal na fi nal mundial no Mónaco. A empresa ribatejana Sugal foi uma das empresas distinguidas.

A Europa tornou-se pequena para a ambição da Sugal, empresa detentora da marca Guloso, pelo que João Ortigão Costa levou o negócio de família para a América do Sul, tendo neste momento duas fábricas no Chile. Foi este o moti-vo que levou a EY a atribuir à empresa ribatejana o prémio internacional empre-endedor do ano.

Mas houve mais galardoados na gala no Meo Arena. A Tekever venceu o prémio ino-vação graças aos drones e tecnologia aero-espacial, alguns sucessos da equipa lide-rada por Pedro Sinoga e Ricardo Mendes.

No entanto, foi a Vision Box a grande vencedora do prémio. A agora “empresa empreendedora do ano 2016”, vai assim representar Portugal no EY World Entre-

preneur of the Year, num evento que irá juntar os 50 premiados dos países onde decorre o concurso. A fi nal mun-dial será realizada em Monte Carlo, no Mónaco.

O júri da edição deste ano foi presi-dido por Miguel Cruz, presidente do IAPMEI. Fizeram ainda parte do júri

Francisco Veloso, diretor da Católica-Lisbon School of Business and Econo-mics, João Talone, fundador da Magnum Capital, Manuel Alfredo de Mello, Presi-dente da Nutrinveste, enquanto vencedor da última edição do prémio, Ana Pinho, Presidente da Administração da Funda-ção de Serralves, e José João Guilherme, Administrador do Novo Banco.

Tem um projeto inovador na área da sustentabilidade?

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EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO

Jovens empresários investem 6,4 milhões de euros na criação de novo Centro Logístico em Benavente

Foi inaugurada no dia 07 de abril, em Benavente, a nova sede da empresa Ser-viroad, uma jovem empresa que nasceu há 4 anos com o objetivo de apoiar o pro-cesso de exportação dos seus clientes, sobretudo para os mercados africanos. O investimento ronda os 6,4 milhões de euros.

Na cerimónia de inauguração esteve presente o Secretário de Estado Adjunto e do Comércio, Paulo Alexandre Ferrei-ra, o Presidente da Câmara Municipal de Benavente, Carlos Pinto Coutinho, os empresários Bruno Santos e Cláudia Vieira, entre outros convidados.

A empresa é constituída por estes dois jovens empresários que há 24 anos foram tentar a sua sorte em Angola e consegui-ram sediar lá algumas empresas na área dos transportes. Regressaram há 4 anos à sua terra com o “know-how”, com os contactos necessários e a ideia presente em fundar a Serviroad, uma empresa que tem como atividade principal os trans-portes e a logística. A empresa começou a funcionar com três trabalhadores e neste momento tem 60 funcionários.

Segundo um dos sócios, Bruno Santos, Benavente foi uma localização muito bem escolhida. “Estamos muito bem instala-dos. Comprámos o terreno, demolimos a antiga fábrica e construímos este edifício de raiz. Na realidade, o total de inves-timento foi de 6,4 milhões de euros. A nossa atividade principal é a exporta-ção de bens alimentares da Europa para

Angola, sobretudo produtos portugue-ses, até pela facilidade de os vender por lá, pelos rótulos e pela língua que nos é comum. Neste momento já estamos a tentar outros mercados”, disse.

O Presidente da Câmara Municipal, Carlos Pinto Coutinho, afi rmou que este é um investimento importante para o con-celho, devido à criação de postos de traba-lho que o investimento acarreta. “Trata-se de um bom exemplo, um investimento de sucesso que já criou 60 postos de tra-balhos, mas creio que representa algo muito positivo tratando-se de dois jovens empresários que em tempos saíram do país à procura de novas oportunidades e soluções e que hoje regressam à sua terra para poderem continuar as suas vidas. É

um bom projeto, são bons empresários, e têm certamente bons trabalhadores, empenhados e dedicados, porque não há bons empresários nem bons projetos se não tivermos bons trabalhadores”, disse o autarca.

O Secretário de Estado do Comércio, Paulo Alexandre Ferreira, felicitou a empresa pelo bom sucesso, e mencionou que já existem mecanismos que visam col-matar alguns problemas nas transações fi nanceiras com Angola e que o Governo está a olhar para esses mecanismos e a tentar melhorá-los. Lembrou ainda que foi lançada uma linha de dívida de apoio às pequenas e médias empresas, que se materializa em cerca de 7 mil milhões de euros.

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Quando o plástico sai direta-mente das petroquímicas, é necessário adicionar-lhe deter-minados aditivos, de forma

que o plástico obtenha as características necessárias para o uso que se lhe pretende dar. Existem diversos tipos de aditivos, como os anti-chamas, os anti-estáticos, os modifi cadores de impacto, os anti-UV, os estabilizantes, os anti-oxidantes, os absorvedores de UV, isto só para mencio-nar alguns exemplos. É precisamente no desenvolvimento de soluções e preparados para o plástico que a Inventive Materials (IM) trabalha. Tiago Filipe, engenheiro, fundador e diretor-geral da IM explica que o trabalho que ali se desenvolve é em tudo semelhante à preparação de um “Sunquik”: “Nós fazemos um preparado, já com tudo adicionado nas quantidades certas, como se fosse uma receita e o nosso cliente só tem de juntar água. Imagine que quer fazer uma cadeira vermelha, para um jardim, e que deve resistir à luz solar, porque o plástico degrada-se com o tempo. Nós fazemos um concentrado com o tom de vermelho pretendido e juntamos um aditivo que permite a essa cadeira aguentar mais 5, 10, 15 anos a exposição solar.”

Quando necessário, a Inventive Mate-rials pesquisa e desenvolve soluções téc-nicas para problemas específi cos que são apresentados pelos clientes ou quando

estes pretendem melhorar a performan-ce do produto. “Ainda há pouco tempo tivemos um cliente que tinha um pro-blema: ele produzia umas garrafas mas as tampas das garrafas não conseguiam sair da máquina, fi cavam encravadas na máquina de injeção. Isto tinha um custo muito elevado para o cliente, então nós desenvolvemos uma solução para acabar com a eletricidade estática, de forma a que as peças saíssem rapidamente, ou seja, criámos uma solução para ajudar a desmoldar a peça”, conta Tiago Filipe.

Para conseguir dar resposta às necessi-dades dos clientes, a empresa investiu num pequeno laboratório e numa máquina de ensaios, onde aperfeiçoa e testa todos os produtos. É produzida uma pequena amos-tra e só depois de esta ser aprovada pelo cliente é que se passa à fase de produção. A lista de clientes da Inventive Materials é constituída por empresas que utilizam o plástico nas suas atividades de produção ou por empresas que operam diretamen-te na transformação do plástico, como as indústrias de componentes elétricos e eletrónicos, indústrias de brinquedos, fi bras e têxteis, aplicações domésticas, construção civil, agricultura, indústria automóvel, embalagens, entre outras.

EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO

Surgiu oportunidade de resolver um problema da incorporação de borrachas nos polímeros, de borracha-pneu em fi m de vida. Desenvolvi uma solução técnica que permitiu essa incorporação.”

Inventive Materials

As mil e uma cores do plásticoO que têm em comum uma cadeira de jardim, uma escova de dentes, uma garrafa de água ou o tablier de um carro? A resposta é fácil: o plástico. Imaginar a vida atual sem o recurso a esta matéria-prima é quase impossível. Mas desde que o plástico sai das petroquímicas até tomar a forma e a cor do produto fi nal, há um longo caminho a percorrer. A Inventive Materials participa nesse processo de transformação.

Tiago Filipe, engenheiro, fundador e diretor-geral da Inventive Materials

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Vamos fechar a faturação de 2015 nos 2,4 milhões de euros e as perspetivas de futuro são boas.”

CANDIDATURA AO QRENTiago Filipe é o diretor-geral e fundador

da empresa, que conta ainda com outros dois sócios estrangeiros. A Inventive Mate-rials tem ainda a participação de capital espanhol, através da empresa GalloPlast, com que estabeleceu uma joint-venture, e que juntou ao seu portfólio todos os produtos da IM.

Foi em 2012, e depois de um contra-tempo profi ssional, que este engenheiro decidiu avançar para a criação da sua própria empresa.

“Surgiu oportunidade de resolver um problema da incorporação de borrachas nos polímeros, de borracha-pneu em fi m de vida. Desenvolvi uma solução técni-ca que permitiu essa incorporação”. Foi então que o sucesso alcançado o motivou a candidatar o projeto da empresa ao QREN, de forma a obter fi nanciamento para a implementação desta startup, no valor de 1 milhão e 300 mil euros. Entretanto, já detinha vários anos de experiência profi s-sional nesta área e vários contactos, o que facilitou o desenvolvimento do projeto.

Em 2014 iniciou-se a instalação desta empresa em Benavente e em setembro iniciou-se a laboração. “Em abril de 2015 montámos uma segunda linha e, desde

aí temos vindo a crescer. Vamos fechar a faturação de 2015 nos 2,4 milhões de euros e as perspetivas de futuro são boas”, revela. Para isso, há um “trabalho cons-tante de prospeção de novos clientes e mercados, pois só assim é que cresce”, diz.

Hoje, cerca de 75% da produção da IM é para exportação, principalmente para os mercados de França, Espanha, Holanda e Alemanha. A empresa conta atualmente com 12 colaboradores, duas delas engenheiras. A expetativa é de, até ao fi nal do ano, recrutar mais 5 ou 6 cola-boradores.

Este empreendedor reconhece que foi necessário sair da sua zona de conforto para concretizar alguns projetos que já tinha na cabeça. Ainda assim, esclarece que demorou cerca de um ano e meio a preparar o projeto. Questionado sobre o conselho que daria a todos os novos empreendedores, Tiago Filipe respon-de que é fundamental existir um bom

planeamento. “Há que ter duas coisas bem defi nidas: o negócio e os clientes. É fundamental definir o que vai fazer e a quem vai vender e ter possibilidade de rapidamente efetuar uma transação comercial. Se falarmos de uma empresa industrial, deve pensar muito bem que máquina vai comprar, que produto vai produzir, porque não se pode mudar tudo a meio do processo.” E dá o próprio exemplo: “No nosso caso as máquinas só servem para uma coisa, e custaram 1,3 milhões de euros”. A margem de erro é, por isso, mínima. E para que não houves-se erro, este empresário revela que fez várias viagens à Alemanha para observar e tomar a decisão fi nal sobre as máquinas a comprar.

Para além disso, é ainda necessário muita paciência e espírito de sacrifício. E exemplifi ca: “No nosso caso, a ligação à EDP demorou praticamente 1 ano. Não é fácil o caminho”, revelou.

A escolha de Benavente para a localiza-ção desta empresa não foi arbitrária, como explicou à Ribatejo Invest o administrador da Inventive Materials: Benavente tem a particularidade de estar muito bem locali-zada, de ter boas acessibilidades, de estar próxima do porto de Sines, de Setúbal, de Lisboa, e da Marinha Grande, zona de referência dos plásticos em Portugal. Não menos importante, Benavente estava inserido no âmbito de atuação do Progra-ma Operacional do Alentejo, com todas as vantagens inerentes no que respeita à candidatura apresentada ao QREN.

Para o futuro as expetativas são de crescimento e de uma aposta crescente na inovação. “Queremos fazer uma maior incorporação de tecnologia, queremos criar mais-valias para o produto e para esta região”.

Em 2015, a Inventive Materials participou no Projeto Ribacertifi ca, com a NERSANT, tendo obtido a certifi cação de Qualidade, atra-vés da norma ISO 9001-2008, em dezembro.

A Inventive Materials dedica-se à conce-ção e produção de materiais para melhorar as propriedades dos plásticos. Com pouco mais de um ano e meio de existência, a empresa faturou no seu primeiro ano de atividade cerca de 2,4 milhões de euros e as perspetivas são de crescimento.

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A NERSANT e o Município de Santarém acolheram no dia 06 de abril o Roadshow Portugal Global, iniciativa da AICEP que este ano tem como tema Cooperação e Coopetição - chave para a competitividade nos Mercados Externos. Santarém foi a segunda cidade a receber o evento, que no Ribatejo se focou essencialmente no setor agroindustrial.

Na sessão de abertura, a Presidente da Direção da NERSANT, Salomé Rafael, discursou perante os 130 participantes no evento. Sendo o tema do Roadshow a competitividade nos mercados exter-nos, a dirigente associativa falou sobre a “vocação exportadora das empresas da região”, tendo referido que “em 2014, as exportações de bens e serviços na região do Ribatejo para o mercado externo cres-ceram 5,6% face a 2013, enquanto a nível nacional esse aumento foi de apenas 1,7%. As exportações representaram em 2014, 27,6% do total do volume de negócios destas empresas.” Este crescimento, con-tinuou Maria Salomé Rafael, tem sido possível graças “ao grande empenhamen-to das empresas do Ribatejo na interna-cionalização”, sem esquecer o esforço, aposta e estratégia da NERSANT para apoiar os projetos de internacionalização e exportação das empresas.

Também o Presidente da Câmara Muni-cipal de Santarém, Ricardo Gonçalves fez intervenção na sessão de abertura, não perdendo a oportunidade para salientar a aposta que toda a região está a fazer no setor agroindustrial, recordando par-ticularmente o projeto para o Centro de Competências para a Agricultura e a Agroindústria.

O Presidente da AICEP, Miguel Fras-quilho, elogiou o crescimento das exportações na região de Santarém, que ascenderam a 1,4 mil milhões de euros em 2015, valor superior ao de 2014 mas

que se fi ca por uma pequena cota de 3% em termos do total nacional. Alertou ainda as empresas para a necessidade de cooperação nos processos de expor-tação e lançou as intervenções técnicas seguintes, ao referir a Holanda como um mercado com potencial para as empresas portuguesas.

Seguiram-se as apresentações de Walther Ploos van Amstel, especialista holandês em logística, que falou sobre “Lessons learned from dutch retail logis-tics: Fast, fresh, in full and forecastable”, destacando a necessidade de mais cola-boração no planeamento e partilha de dados e de recursos na cadeia logística, do Diretor da AICEP na Holanda, Miguel Porfírio, que apresentou as oportuni-dades de crescimento que o mercado holandês oferece no setor agroalimen-tar português, e do Presidente da FIPA - Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares, Jorge Manuel Henri-ques, que abordou os “Fatores de Com-

petitividade do setor agroalimentar.”Realizou-se ainda da parte da manhã

um painel de debate constituído por entidades relevantes do setor agroali-mentar – entre elas o AgroCluster Riba-tejo, representado pelo seu Presidente, Carlos Lopes de Sousa – que discutiu a importância das infraestruturas logísticas no sucesso da internacionalização das empresas do setor.

Da parte da tarde, realizou-se no CIES - Startup Santarém, o seminário temático “Construção da Marca nos Agroalimen-tares”, fator crítico para o sucesso no mercado global, bem como as reuniões bilaterais com o Diretor da AICEP na Holanda e reuniões de networking com as empresas participantes.

Esta foi a segunda edição do Roadshow Portugal Global e a primeira vez que o evento passou por Santarém. A iniciati-va já passou por Setúbal e vai ainda ter sessões em Viana do Castelo, Guimarães, Aveiro e Leiria.

INTERNACIONALIZAÇÃO

Santarém acolheu Roadshow Portugal Global

O Presidente da AICEP, Miguel Frasquilho, com Ricardo Gonçalves e Maria Salomé Rafael

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Governo quer renovar AICEP para reforçar rede de apoio às empresasO Governo pretende renovar a Agência

para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), segundo as Gran-des Opções do Plano (GOP), numa ver-são enviada ao Conselho Económico e Social (CES). A internacionalização e o investimento direto estrangeiro (IDE) são duas apostas do Executivo de Antó-nio Costa.

No âmbito da internacionalização, o Executivo prevê “renovar a entidade res-ponsável pela promoção do investimento e do comércio externo de Portugal com o objetivo de reforçar a rede externa e interna de apoio às empresas, integrando recursos humanos com maior experiên-cia internacional que possam funcionar como verdadeiros agentes de suporte comercial das PME portuguesas”.

Além disso, pretende assegurar que os apoios comunitários às PME, no que respeita às exportações e expansão internacional, incluem, “dentro de cer-tas condições, projetos de colaboração com grandes empresas”, envolvendo as pequenas e médias empresas.

“Agilizar os mecanismos de seguros de crédito e prefi nanciamento das exporta-ções, fomentando a sua concessão com base na existência comprovada de enco-mendas” e “promover maior mobilização de recursos humanos e de competências na área da internacionalização, envol-vendo a revisão e reforço da aposta no INOV-Contacto, o lançamento de progra-mas de inserção de jovens quadros nas empresas exportadoras são algumas das prioridades do Executivo.

O Governo pretende ainda avaliar condições para uma tributação “mais favorável de custos e investimentos com promoção internacional”, promover a captação de empreendedores estrangei-ros, articular políticas de inovação com as de exportação e internacionalização, bem como “tornar replicáveis e expor-táveis as soluções de equipamentos e software desenvolvidas, constituindo um novo eixo de especialização e um facilitador para a internacionalização para países com carências nos recursos humanos”.

Pretende ainda criar uma linha de apoio à internacionalização de proje-tos em curso, estimular a cooperação e concentração entre PME, promover “a correta implementação de uma marca Portugal e sua promoção e divulgação junto dos produtores e consumidores” e ainda “acompanhar em permanência as empresas multinacionais instaladas em Portugal de forma a conseguir res-ponder rapidamente às suas necessida-des e desenvolvimento de estratégias concertadas para garantir um aumento da incorporação de valor acrescentado nacional”.

Outra das medidas é contratualizar objetivos de desenvolvimento local (proporção de compras nacionais) com empresas instaladas em Portugal, desenvolver iniciativas de substituição de importações “onde haja mais vulne-rabilidade externa e melhores condições potenciais de competitividade, nomea-damente no setor alimentar, apoiando

o desenvolvimento da produção nacio-nal”, bem como apoiar iniciativas que favoreçam a utilização alternativa dos transportes públicos ou equipamentos de uso partilhado.

O Governo “dará particular atenção à internacionalização de `startups`, do turismo, da indústria da defesa, do ensino superior, do conhecimento, da saúde, dos setores agrícola e fl oresta, da economia do mar, da cultura e das artes, da língua e da literatura”, lê-se no documento.

Relativamente à atração de IDE, o Exe-cutivo quer “desenhar e pôr em prática um plano específi co” estruturante para o efeito que “potencie recursos humanos qualifi cados e resultados de projetos de I&D, que valorizem” a posição geoeco-nómica de Portugal, tal como apostar na valorização do território e lançar campanhas específicas de divulgação das potencialidades de acolhimento de investimento estrangeiro.

O Governo pretende ainda dinami-zar “os conhecimentos e a influência da rede da diáspora nos seus países de acolhimento para promover a captação de investimento estrangeiro”.

Aproveitar o potencial da diáspora portuguesa para o investimento, empre-endedorismo e a internacionalização são apostas do Governo, que pretende “fomentar o investimento de emigran-tes e lusodescendentes em Portugal em setores prioritários (turismo, comércio e indústria e cultura), mas no setor social e da saúde”.

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INTERNACIONALIZAÇÃO

A Henriques & Henriques, SA acaba de renovar o seu website apresentando-se com uma imagem renovada, mais moderna e apelativa, reunindo de forma integrada informação detalhada sobre a empresa e os seus produtos.

Esta nova plataforma é uma clara apos-ta da Henriques & Henriques em dina-mizar a sua presença no mundo digital e procurar novos mercados, visando, em particular, o aumento das suas exporta-ções estando o seu novo website dispo-nível em 9 idiomas: Português, Inglês, Francês, Alemão, Espanhol, Russo, Árabe, Hindi e Chinês.

Neste site, pode fi car a conhecer melhor a atividade da Henriques & Henriques, os produtos que fabrica e comercializa, bem como fi car a par das últimas notícias. Esta nova plataforma disponibiliza ainda uma área reservada para os seus clientes acederem a informação e documentação

exclusivas. O novo portal pode ser visitado em: http://www.heh.pt/pt-pt.

A empresa Henriques & Henriques, S.A. existe desde 1980, pertence ao grupo Henriques SGPS. A empresa conta com

linhas de produção de elevada tecnologia e de recursos humanos altamente qualifi -cados, permitindo dar uma resposta efi caz e profi ssional aos nossos compromissos. Fica situada em Vilões, Ourém.

exclusivas O novo portal pode ser visitado linhas de produção de elevada tecnologia

Henriques & Henriques alcança selo ASME…A Henriques & Henriques, S.A., especializada

no fabrico e comercialização de reservatórios metálicos, destinados ao armazenamento de combustíveis líquidos, de GPL e ar comprimido, assim como de reservatórios hidropneumáticos e fi ltros para tratamento de águas, acaba de alcançar a certifi cação ASME, que lhe permite agora colocar os seus produtos nos Estados Unidos da América.

Esta certificação, contou João Henriques, administrador da empresa, à Ribatejo Invest, prende-se com a estratégia de internacionali-zação e diversifi cação que a empresa tem vin-

do a levar a cabo desde 1999. “Em Portugal só existem seis ou sete empresas com este tipo de certifi cação”, revelou orgulhoso João Henriques. A American Society of Mechanical Engineers, explicou o empresário, para além de publicar normas técnicas para a construção de caldeiras e reservatórios de pressão, também certifi ca fabricantes de todo o mundo. Esta certifi cação atesta a capacidade do fabricante de construir caldeiras e/ou reservatórios de pressão de acordo com as normas americanas, e sem ela, os produ-tos da Henriques & Henriques, não poderão ser vendidos nos Estados Unidos da América.

…e tem novo portal em 9 línguas diferentes

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RibatejoInveste de abril

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No dia 31 de março decorreu, em San-tarém, uma reunião de trabalho entre a AICEP Portugal Global, a AICEP Global Parques, e responsáveis políticos e téc-nicos dos 11 concelhos da Lezíria do Tejo (Almeirim, Alpiarça, Azambuja, Benavente, Cartaxo, Chamusca, Coruche, Golegã, Rio Maior, Salvaterra de Magos, Santarém) promovida pela CIMLT.

O encontro teve como objetivo apresentar o protótipo da nova versão do Global Find e sensibilizar os municípios para a partilha e atualização da informação sobre locali-zações empresariais na plataforma, que coloca à disposição de investidores de todo

o mundo, informação sobre localizações empresariais em Portugal Continental.

Atualmente, o Global Find já disponibi-liza informação sobre os municípios desta região. Contudo, a nova versão implicará uma recolha de informação mais completa, onde os municípios podem indicar as suas particularidades, sendo imprescindível a sua colaboração nesta ação.

O Global Find é um motor de busca de localizações empresariais, em Portugal, dis-poníveis para projetos predominantemente industriais. Trata-se de uma ferramenta web, assente numa plataforma de Sistemas de Informação Geográfi ca (SIG) que, por

meio de análise multi-critério, permite ao investidor localizar áreas disponíveis para a criação de unidades de negócio em Por-tugal, e obter relatórios sobre as mesmas. Paralelamente, a AICEP Portugal Global abordou a temática do seu papel no apoio à internacionalização e nas vantagens compe-titivas de Portugal para a captação de IDE.

A reunião de trabalho contou com a presença do Administrador Executivo da AICEP Global Parques, Paulo Mateus Cala-do que deu início aos trabalhos com uma apresentação sobre o Global Find e o seu papel na promoção das diversas regiões de Portugal.

AICEP Global Parques apresentou motor de busca de localizações empresariais aos municípios da CIMLT

INTERNACIONALIZAÇÃO

Programa Ativar Portugal aposta na internacionalização das startups

A nova edição do Ativar Portugal, o pro-grama que a Microsoft Portugal criou em 2014, voltou a reunir todo o ecossistema empreendedor nacional – onde se encon-traram as principais incubadoras, acele-radores, investidores, mentores, clientes e potenciais entidades de apoio à promoção nacional e internacional – e revelou os projetos de startups portuguesas de maior potencial e as suas inovações.

Dedicado à internacionalização, o even-to teve lugar dia 6 de abril, na Microsoft Portugal e contou com a participação de João Vasconcelos, Secretário de Estado da Indústria, Alexandre Barbosa, CEO da Faber Ventures, Paulo Pereira da Silva, CEO da Renova, e João Couto, Diretor Geral da Microsoft. Compareceram tam-bém líderes de alguns dos casos de refe-rência desta nova geração de empresas, como Rui Bento, da Uber, André Cardote, da Veniam Works, e Miguel Santo Ama-

ro, da Uniplaces. A iniciativa terminou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

O dia decorreu ainda com uma ronda de encontros que funcionaram segundo uma dinâmica de “Business Speed Dating”, com o objetivo de reunir as várias partes deste ecossistema e potenciar possíveis parcerias que alavanquem o crescimento mútuo.

Além do acesso ao conjunto de par-ceiros, mentores e à rede de clientes da Microsoft, as startups suportadas pelo Ativar Portugal benefi ciam gratuitamente de software, ferramentas e serviços Cloud da Microsoft, graças ao programa BizS-park, que desde 2008 já apoiou cerca de 1300 startups em Portugal. Têm também à sua disposição a sala BizSpark, na sede da Microsoft para uso exclusivo e gratuito.

Outra componente importante é o acesso mais fácil a fi nanciamento, quer direta-mente junto de empresas de capital de risco e Business Angels, quer através do Programa MAIS/Portugal 2020.

“O setor tecnológico é uma das grandes oportunidades para Portugal se tornar relevante. E as startups são uma excelente oportunidade para colocar Portugal em destaque positivamente, num contexto de uma economia global, e desta forma sermos mais competitivos e acelerarmos o nosso desenvolvimento económico”, disse João Couto, Diretor Geral da Micro-soft Portugal.

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INTERNACIONALIZAÇÃO

É com enorme paixão que Armando da Cruz fala dos 28 anos passados na Holanda, país que embora não o tenha visto nascer, o acolheu e

formou a partir dos 7 anos de idade. Desde tenra idade que Armando demonstrou grande dinamismo, chegando a classifi car-se a si próprio como “um grande aventurei-ro”. A determinação em obter as chuteiras que tanto queria, levaram-no a procurar emprego aos 14 anos, tendo iniciado a sua vida profi ssional a distribuir jornais às 5 da manhã, seguindo depois para a escola. Encontrou posteriormente, um trabalho para o sábado, num talho, e desde logo soube que era aquilo que queria fazer para o resto da vida. “Nunca tinha visto um talho assim. Era enorme, tinha tudo tão bem apresentado. E o talhante, cuja brancura da bata o fazia parecer antes um médico”, lembrou Armando da Cruz.

Desde esta altura, tudo aconteceu muito depressa. “Como era um bom falante, fui convidado posteriormente pelo patrão desse mesmo talho, a fazer atendimento ao público. Gostei tanto que deixei o liceu, que já frequentava na altura. Paralelamente com o atendimento no talho, fui para uma escola especializada somente para o setor

Cruzimpex é intermediária do negócio mundial da carneArmando da Cruz nasceu em Estremoz, mas passou grande parte da sua vida na Holanda, para onde os seus pais emigraram quando ainda era criança. O agora empresário estava longe de imaginar que um emprego ao sábado num talho local, com apenas 14 anos, seria o ponto de partida para uma carreira de sucesso, que o levou, já em Portugal, à criação da Cruzimpex, em Abrantes.

das carnes e lá aprendi tudo relacionado com este negócio” contou Armando da Cruz, que revelou ainda que aos 19 anos já era chefe desse mesmo estabelecimento, tendo a seu cargo 14 empregados. Aos 21 anos, já casado, Armando da Cruz dá azo ao seu espírito empreendedor e licencia-se em Marketing Management ao mesmo tempo que gere o talho. O trabalho de Armando da Cruz “dá nas vistas” e rapidamente é convidado pelo Ministério da Agricultura e Economia holandês para elaborar um catálogo para o setor das carnes, e, pos-teriormente, para servir de intérprete a uma receção empresarial portuguesa em diversos matadouros holandeses.

E foi neste evento que Armando da Cruz se volta a destacar. “Os membros da comi-tiva portuguesa nem sabiam o que esta-vam a ver. Nunca tinha visto uma pinga

de sangue! Sabendo da presença de dois importantes empresários na Alemanha de visita ao setor das carnes, tomei a ini-ciativa de entrar em contacto com eles para que os mesmos se pudessem juntar à delegação portuguesa”, referiu Armando da Cruz, explicando posteriormente que foi o empenho e a consequente visibilidade junto do setor, que o levaram ao cargo de account manager e posteriormente, diretor de exportação, de uma grande empresa da área, a convite da mesma. Depois de três anos nesta fi rma, onde aliás continuou a colaborar na área da exportação, Armando da Cruz, apenas com 29 anos, aceita um convite irrecusável: ser Diretor Geral do maior matadouro de vitela da Europa, com cerca de 250 colaboradores.

E a Cruzimpex? - Podem perguntar os caros leitores da Ribatejo Invest. “Os meus fi lhos nasceram na Holanda, sendo que um deles teve problemas de saúde com bronquite asmática. A verdade é que fui aconselhado por um médico especialista a vir para o meu país, por causa do clima”, justifi cou Armando da Cruz.

Apaixonado confesso pelo setor da carne, Armando da Cruz não conseguiu

A Cruzimpex apresenta-se como referência na área da comercialização de carne bovina e suíno, borrego, cabrito, aves e caça, fresco e congelado, com exceção de charcutaria. É agora representante da segunda maior fi rma de especiarias do mundo. .”

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Armando da Cruz

A Cruzimpex tem no total 8 colaboradores: 5 no escritório de Abrantes e 3 em Espanha.”

encarar o regresso ao seu país sem estar envolvido nesta área. Fazendo uso da sua experiência no setor na área da exportação, decide abrir uma empresa de trading em Abrantes, local escolhido estrategicamente devido à sua localização central. Nasce assim em 1993 a Cruzimpex - Importação / Exportação Lda., empresa que opera atra-vés do fornecimento de vários serviços a nível mundial, envolvidos no processo de comercialização de todos os tipos de carne fresca ou congelada, e que está situada em Abrantes.

Há 23 anos no mercado, a Cruzimpex é já uma referência no setor das carnes, fazendo transações um pouco por todo o mundo. Destaca-se pelo seu conhecimento no corte das carnes para a área de grande distribuição, retalho e indústria transfor-madora complementado com um conheci-mento ímpar do canal HORECA o que faz com que a Cruzimpex seja provavelmente uma das melhores prestadoras de serviços na área internacional das carnes.

“Através do escritório de Abrantes, negoceio, por exemplo, toneladas de car-ne bovina do Brasil para a Rússia. Isto só acontece devido à credibilidade que tenho no ramo”, fez saber o empresário, que afi r-mou ainda que a Cruzimpex intermedeia o negócio da compra e venda de carne em todo o mundo. “É difícil especifi car todos os países porque trabalhamos com praticamente todo o mundo!” Desde 1999 a Cruzimpex possui também escritório aberto em Madrid, Espanha.

Quanto aos números, e para o leitor vis-lumbrar melhor a dimensão do negócio da Cruzimpex, o escritório de Abrantes negoceia semanalmente 400 mil quilos de

carne, enquanto o de Espanha faz 250 mil quilos. A importação tem ainda a maior fatia do negócio. “Atualmente a importação é 70% do nosso negócio e a exportação 30, mas esta é uma tendência que estamos a tentar reverter. Já no fi nal deste ano, pre-vemos exportar 40% e importar 60%”, fez saber Armando da Cruz, que justifi cou os baixos valores de exportação com o pouco know-how português relativamente à pro-dução de carne para os mercados externos.

Para os próximos anos, o objetivo da Cruzimpex é expandir o seu negócio, o que já está a acontecer, e avançou em primei-ra mão à Ribatejo Invest que acaba de se tornar representante da segunda maior empresa do mundo de especiarias. “É um complemento ao nosso negócio que pode ser interessante”, fez saber Armando da Cruz, que revelou ainda que para fazer face ao crescimento da fi rma, está já neste momento a contratar “pelo menos duas pessoas com excelentes conhecimentos ao nível do inglês”. Para além disso, a abertura como grossista “sem fazer con-corrência aos seus clientes”, está também a ser ponderada, contou.

Questionado quanto às perspetivas de crescimento neste setor, Armando da Cruz

não tem qualquer dúvida. “O setor vai con-tinuar a crescer. Antes da crise os portu-gueses consumiam 19% do rendimento em produtos alimentares. Ainda assim, depois da crise, ainda gastamos 16,4% do nosso rendimento na alimentação. Nenhum dos países da Comunidade Europeia atinge estes valores, o que é claramente uma oportunidade para o meu negócio”, disse o empresário, que revelou ainda que só em Portugal a empresa cresceu, em 2015, “34% só com carne de vitela em comparação com o ano anterior. Em Espanha, 28%”, exemplifi cou.

Para além disso, como trading, a Cru-zimpex é o elo de ligação entre o fornece-dor e o cliente cuja função não se limita à venda. A logística é também em parte organizada pela Cruzimpex tal como o acompanhamento pós-venda. “Todas as empresas desta área terão naturalmen-te diretores de exportação. Mas como conseguiriam fazer negócio com tantos países simultaneamente? Seria difícil ou só como uma equipa bastante completa. A Cruzimpex trata de tudo e, na hora dos recebimentos, é também quem se preocu-pa”, contou Armando da Cruz. Quem não precisa de uma empresa assim?

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INTERNACIONALIZAÇÃO

O PAÍS

Este país é banhado pelos Oceanos Glacial Ártico a norte, Pacífi co a oeste e Atlântico a este, posicionando-se também entre os 41 e os 83 graus de latitude a norte do equador e entre 53 e 126 graus a este do meridiano de Greenwich. Faz fron-teira terrestre apenas e só com os EUA, sendo a sul com os Estados continentais e a noroeste, com o Alasca.

Com uma densidade populacional das mais baixas a nível mundial, 3,5 habitantes/km2, o Canadá é o 38.º país mais populo-so do mundo, com quase 36 milhões de habitantes, 3,5 vezes mais que Portugal e o equivalente a 11% da população euro-peia. Ainda assim, a população canadiana tem crescido nos últimos anos devido ao aumento de imigrantes – o Canadá tem a maior taxa de imigração per capita do mun-do. Cerca de metade da população deste país tem menos de 40 anos, apesar de a mesma população estar a atravessar uma situação

semelhante à dos países desenvolvidos, isto é, o envelhecimento da população adulta, com mais reformados e menos habitantes pertencentes à população ativa.

O Canadá é uma Monarquia constitu-cional e democrata, sendo Otava a capital e Toronto a cidade com maior população. O Canadá é um Estado Federal do conti-nente norte-americano e deriva de antigas colónias britânicas e francesas.

Sendo atualmente uma democracia par-lamentar e uma monarquia constitucional, este país é uma das maiores potências mundiais e bastante desenvolvido social-mente. Possuindo também uma economia bastante avançada, em que os seus cida-dãos desfrutam de um poder de compra acima da média mundial, este país surge como um mercado a ter em atenção.

Este país é constituído por 10 províncias e três territórios:

- Territórios (mais a norte): Nunavut, Territórios do Noroeste e Yukon;

- Províncias (a sul): Alberta, Colúm-bia Britânica, Ilha do Príncipe Eduar-do, Manitoba, Nova Brunswick, Nova

Escócia, Ontário, Québec, Saska-tchewan e Terra Nova e

Labrador.A população canadiana

está na sua maioria con-centrada nas provín-

cias. Em Ontário,

onde se situa a capital, Otava, e a cidade mais populosa, Toronto, residem quase 14 milhões de pessoas (39% da população total). Juntamente com o território do Québec, estes representam mais de 60% da população canadiana. A densidade popula-cional neste país é muito reduzida, devido à extensão do território. Porém, é na Ilha do Príncipe Eduardo que se pode verifi car a maior densidade (26 habitantes por km2), seguida da Nova Escócia e Ontário.

Nos territórios do norte a população é muito reduzida. Nunavut é o maior territó-rio do Canadá, mas também o menos popu-loso. Aliás, nestes territórios, a densidade populacional é de cerca de 3 habitantes por 100km2 o que demonstra claramente a pouca ocupação destes territórios.

COMUNIDADES PORTUGUESASA comunidade portuguesa que reside

atualmente no Canadá é de 600 mil por-tugueses, segundo os dados ofi ciais. No entanto, dados recolhidos junto de fontes não ofi ciais apontam para que estejam a viver no país 1 milhão de portugueses. A comunidade Portuguesa é a 6.ª maior do Canadá.

A comunidade divide-se em:– Emigrantes do Continente (concentra-

dos na região de Ontário, na sua maioria na cidade de Toronto);

– Emigrantes das Ilhas – Açores (con-centrados na região do Quebéc, na cidade de Montreal).

p p çpaís tem menos de 40 anos, apesarde a mesma população estar a atravessar uma situação

- Territórios (mais a norte): NunavuTerritórios do Noroeste e Yukon;

- Províncias (a sul): Alberta, Colúmbia Britânica, Ilha do Príncipe Eduado, Manitoba, Nova Brunswick, Nov

Escócia, Ontário, Québec, Sasktchewan e Terra Nova

Labrador.A população canadian

está na sua maioria concentrada nas provín

cias. Em Ontári

O Canadá é a 2.ª maior nação do mundo, em território, com quase 10 milhões de km2, pouco maior que os Estados Unidos da América.

Corresponde a pouco mais de metade do território da Rússia, o maior país do mundo, e a 109 vezes o território português (92 mil km2).

Canadáuma das maiores

potências mundiais

Informação de Mercado

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INTERNACIONALIZAÇÃO

As duas cidades têm também pontos em comum, o melhor restaurante do Canadá e da cidade de Montreal é português (Ferrei-ra Café) bem como o melhor restaurante de Toronto também é português (Chiado).

Outro ponto em comum refere-se ao Ministro das Finanças das duas regiões, Ontário e Quebec: ambos são portugueses. No entanto, existem algumas diferenças entre as duas cidades. Em Toronto fala-se inglês e em Montreal, francês.

REGIÃO DE ONTÁRIO - TORONTO

O centro económico do Canadá está • concentrado em Toronto;

É um mercado de 12 milhões de con-• sumidores;

A uma distância de duas horas o mer-• cado aumenta para 120 milhões de con-sumidores;

Toronto é cidade norte americana com • maior desenvolvimento imobiliário;

O maior sindicato norte americano, o da • construção, é gerido por portugueses;

Em muitas obras da cidade a língua • ofi cial é o português;

O pelouro da urbanização está entregue • a uma portuguesa;

50% da população de Toronto não nas-• ceu no Canadá;

Oportunidades do Mercado;•

canadianas serão eliminadas de ime-diato, sendo que num prazo de 3, 5 e 7 anos atingir-se-á os 100%.

OPORTUNIDADES DO MERCADO - CONSTRUÇÃO

O desenvolvimento imobiliário atual • está num ponto considerado crítico devido a falta de mão-de-obra;

A construção necessita urgentemente • de empresas/pessoas a quem possam subcontratar serviços;

Devido a falta de recursos os processos • de visto de trabalho, na área da cons-trução, são céleres;

A tipologia de obra com maior procura • é para edifícios de habitação e escri-tórios.

OPORTUNIDADES DO MERCADO – AGROALIMENTAR

Existem vários canais de distribuição • especializados em produtos portugueses;

45% dos produtos portugueses são pro-• curados por cidadãos de outras nacio-nalidades;

Não existe distinção nas grandes super-• fícies dos produtos portugueses.

O mercado da saudade continua a ter • um forte impacto nas exportações por-tuguesas;

Qualidade reconhecida dos produtos • portugueses;

Poder de compra da população, salário • médio é de 80.000 CAD/ano. (cerca de 54.200,00€);

Setores com maior potencial de inves-• timento / retorno são o da Construção e Indústria;

Entrada em vigor do Canadá – EU Com-• prehensive Economic and Trade Agre-ement (CETA) terá lugar a aplicação de um desmantelamento tarifário no comércio entre as partes que facilita-rá o acesso por parte das mercadorias comunitárias ao mercado canadiano. Assim, 98,2% das tarifas alfandegárias

Analisadas as potencialidades, e dando azo à sua estratégia de diversifi cação de mercados no que a apoios a internacionalização diz respeito, a NERSANT está a organizar, pela primeira vez, uma missão empresarial ao Canadá, que decorrerá entre os dias 18 a 22 de setembro. Reuniões empresariais previamente agendadas de acordo com os objetivos das empresas participantes, bem como encontros institucionais que poderão abrir portas às empresas levadas pela NERSANT, fazem parte do plano de atividades previstas para esta missão empresarial. Para além destes agendamentos está ainda prevista a realização de um mostra de produtos/serviços das empresas participantes. De referir que esta missão está incluída num projeto mais amplo de apoio à internacionalização das PME, pelo que as empresas poderão benefi ciar de apoio a fundo perdido se participarem na mesma.

Mais informações: Departamento de Apoio Técnico, Inovação e Competitividade 249 839 500 * [email protected] www.nersant.pt

MISSÃO EMPRESARIAL + MOSTRA AO MERCADO DO CANADÁ EM SETEMBRO

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