revista portuária - 09 janeiro 2015

68
Foto:Amory Ross

Upload: editora-bittencourt

Post on 07-Apr-2016

226 views

Category:

Documents


2 download

DESCRIPTION

Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

TRANSCRIPT

Page 1: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

Foto:Amory Ross

Page 2: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015
Page 3: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015
Page 4: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

4 • Janeiro 2015 • Economia&Negócios

ÍNDICE

www.revistaportuaria.com.br

Duas vezes por semana, a Revista Portuária atualiza o blog da publica-ção, que tem sempre informações exclusivas sobre tudo o que acon-tece no mundo dos negócios no Brasil. O informativo jornalístico é en-caminhado duas vezes por semana para uma base de dados segura e criteriosamente construída ao longo de 15 anos de mercado, formada por mais de 90 mil empresas. Composto por notícias econômicas de interesse de empresários, políticos e clientes, o blog trata de todo e qualquer tema que envolva economia, especialmente aqueles voltados aos terminais portuários de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Para-ná. Se você souber de alguma novidade, tiver informações relevantes sobre temas econômicos e quiser contribuir com o trabalho da Revista Portuária, entre em contato com a reportagem no endereço eletrônico: [email protected]

Revista Portuária também está na web com informações exclusivas

8 38Itajaí supera Joinville e assume o posto de maior economia de Santa Catarina

Perspectivas econômicas

para 2015

12

IBGE mapeia a infraestrutura dos transportes no Brasil

Governo vai libera R$ 11 bilhões de investimentos em obras nos portos nos próximos cinco anos

58

Page 5: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

Economia&Negócios • Janeiro 2015 • 5

Editora BittencourtRua Anita Garibaldi, 425 | Centro | Itajaí Santa Catarina | CEP 88303-020 Fone: 47 3344.8600

DiretorCarlos Bittencourt [email protected]

Jornalista responsável: Anderson Silva DRT SC 2208 JPDepartamento de JornalismoRevista Portuária - Economia e NegóciosFone: 55 47 3344-8609http://www.revistaportuaria.com.br

Diagramação:Solange Alves [email protected]

Contato ComercialRosane Piardi - 47 8405.8776 [email protected]

Contato Comercial (agências)Junior Zaguini - 47 [email protected]

ImpressãoImpressul Indústria GráficaTiragem: 10 mil exemplares

Elogios, críticas ou sugestõ[email protected] assinar: Valor anual: R$ 240,00

A Revista Portuária não seresponsabiliza por conceitos emitidos nos artigos assinados, que são de inteira responsabilidade de seus autores.www.revistaportuaria.com.br twitter: @rportuaria

ANO 15 EDIÇÃO Nº 179JANEIRO 2015 EDITORIAL

Comercial para todo o Brasil

VIRTUAL BRAZIL Ltda+55 48 3233-2030 | +55 48 9961-5473

MAIL: [email protected]: [email protected]

A crise no mercado interno, aliada à baixa exportação, determinou o baixo desempenho econômico do

Brasil em 2014 e forneceu os elementos para que se entenda o resultado decepcio-nante no fechamento do ano. O panorama atual foi influenciado pelo menor espaço para estímulos fiscais, crescimento mais tímido do crédito, aumento nas taxas de juros, menos geração de empregos e in-flação alta. Fatores que, somados à rea-lização da Copa do Mundo e ao período eleitoral, contribuíram para que muitas atividades e decisões fossem adiadas, e os investimentos caíssem.

A forte desaceleração da economia brasileira no ano passado surpreendeu economistas e vem contaminando ainda mais as expectativas de crescimento para 2015. Mas a perspectiva de aumento ain-da maior dos preços administrados não evitará que o crescimento lento se traduza em menos inflação.

Ao contrário, a visão majoritária agora é de que a elevação nos preços não vai ceder até o fim de 2015. Esse cenário mais frágil, segundo analistas vai tornar a vida dos empresários e da população em geral ainda mais dura por causa das medi-das que o governo terá que implementar.

Economistas acreditam que 2015 será o ano do recomeço para o país voltar aos trilhos apenas a partir de 2016. Mas, para isso, o governo federal necessita rea-lizar ajustes, principalmente na condução da política econômica.

A reportagem especial da Revista Portuária – Economia & Negócios pro-

curou dirigentes de entidades representa-tivas de Santa Catarina e uma especialista em economia brasileira para saber quais são as perspectivas e as possíveis ações para amenizar os efeitos dessa provável crise econômica. Além disso, compilou previsões de entidades nacionais sobre o ano que se inicia.

Destaque também para Itajaí que é a cidade com o maior Produto Interno Bruto (PIB) total de Santa Catarina e o 29º lugar no ranking das maiores economias do país. A informação é do Instituto Bra-sileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou o Balanço Geral do PIB dos Municípios Brasileiros do ano de 2012. De acordo com os dados, o Produto Interno Bruto da cidade totalizou R$ 19,7 bilhões, superando Joinville, que até o balanço de 2011, liderava o ranking catarinense e no documento divulgado foi apresentada com um PIB de R$ R$ 18,2 bilhões - 31º lugar no índice nacional.

Santa Catarina tem ainda outras três cidades, além de Itajaí e Joinville, na lista dos 100 maiores PIB do Brasil em 2012: Florianópolis (na 48ª posição), Blumenau (em 60º) e Jaraguá do Sul (com o 93º lu-gar). Ainda de acordo com os números apresentados, na avaliação regional, Itajaí tem o terceiro maior PIB do Sul do Brasil, atrás apenas de Curitiba e Porto Alegre.

Além das reportagens acima citadas destaque para as tradicionais secções Por-tos do Brasil e Coluna Mercado, nas pági-nas seguintes da sua revista.

Bom início de ano e boa leitura!

Perspectivas econômicas para 2015

Page 6: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

6 • Janeiro 2015 • Economia&Negócios

Santa Catarina recebeu rating BBB- (BBB menos) Perspectiva Estável da Fitch Ratings e da Standard &

Poors, duas das mais importantes agên-cias internacionais de classificação finan-ceira. O rating é uma análise feita por agências financeiras sobre a capacidade de um órgão (país, Estado, município ou empresa) de saldar compromissos finan-ceiros. A avaliação atribuída a SC é con-siderada positiva, já que demonstra uma

perspectiva estável, situando-se na área grau de investimento.

“Num cenário difícil para os estados, mantemos a nota em escala global, uma demonstração ao mercado de que o Estado de Santa Catarina tem a capacidade de honrar integralmente

o pagamento de suas dívi-das”, avalia o secretário da

Fazenda Antonio Gavazzoni.O último relatório

quadrimestral de gestão

fiscal da Lei de

Responsabilidade Fiscal (LRF) mostra que Santa Catarina é um dos estados menos endividados do país. A dívida consolida-da líquida representava ao final de agos-to 39,09% da receita corrente líquida (RCL), quando o limite é 200%. Para se ter uma ideia, no Rio Grande do Sul o nível de endividamento era de 204,66%, no Paraná 50,77%, em São Paulo 130,12%, e no Rio de Janeiro 154%. No mesmo período, as operações de crédito de SC corresponderam a 4,80% da RCL. O limite é 16%.

RatingAs notas conferidas por agências

classificadoras de risco são instrumentos relevantes para os investidores porque se trata de uma opinião independente sobre risco de crédito da dívida. O rating foi contratado pelo governo no segundo semestre de 2012. A avaliação de risco é uma das condições para contratação de operações de crédito com organismos internacionais, o que habilita o Estado a receber financiamentos com taxas de juros muito mais atrativas que as prati-cadas no mercado. •

SC mantém nota conferida por duas das mais importantesagências internacionais de classificação financeira

“Num cenário difícil para os estados, mantemos a nota em escala global, uma demonstração ao mercado de que o Estado de Santa Catarina tem a capacidade de honrar integralmente o pagamento de suas dívidas”. Antonio Gavazzoni, secretário da Fazenda

Page 7: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

Economia&Negócios • Outubro 2014 • 7

Portonave

Page 8: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

8 • Janeiro 2015 • Economia&Negócios

Itajaí é a cidade com o maior Produto Interno Bruto (PIB) to-tal de Santa Catarina e o 29º lugar no ranking das maiores economias do país. A informação é do Instituto Brasileiro

de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou o Balanço Geral do PIB dos Municípios Brasileiros do ano de 2012. De acordo

com os dados, o Produto Interno Bruto da cidade totalizou R$ 19,7 bilhões, superando Joinville, que até o balanço de 2011, liderava o ranking catarinense e no documento divulgado foi apresentada com um PIB de R$ R$ 18,2 bilhões - 31º lugar no índice nacional.

Itajaí supera Joinville e assume o posto de maior economia de Santa Catarina

LEVANTAMENTO DO IBGE TAMBÉM APONTA A CIDADE

COMO A 29ª MAIOR ECONOMIA DO BRASIL

Page 9: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

Curitiba - Joinville - Blumenau - Navegantes - Itajaí - Balneário Camboriú - FlorianópolisEm Itajaí novo endereço: Avenida Coronel Marcos Konder, 789 - Centro - Itajaí - SC

Economia&Negócios • Janeiro 2015 • 9

PIB por município:

Além de Itajaí e Joinville, o Estado de Santa Catarina tem ainda outras três cidades na lista dos 100 maiores PIB do Brasil em 2012: Florianópolis (na 48ª posi-ção), Blumenau (em 60º) e Jaraguá do Sul (com o 93º lugar). Ainda de acordo com os números apresentados, na avaliação regio-nal, Itajaí tem o terceiro maior PIB do Sul do Brasil, atrás apenas de Curitiba e Porto Alegre.

Já em relação ao PIB Per Capita – quando o Produto Interno Bruto é dividido pelo número de habitantes da localidade, Itajaí apresenta média de R$ 104.635,28; valor que dá ao município o 27º lugar no ranking nacional e a segunda colocação no estado. No relatório do IBGE de 2011, a média salarial anual da cidade era de R$ 99.923,47. “O crescimento da renda per capita significa que o itajaiense está ga-nhando mais”, comemora o prefeito Jandir Bellini.

Para ele, a chegada de Itajaí ao pri-meiro lugar do PIB em Santa Catarina e entre os 30 maiores índices do país é resul-tado de importantes fatores: a localização geográfica estratégica da cidade no estado

e na Região Sul do Brasil; a infraestrutura que garante ligação do município com o mundo por mar, terra e ar (graças à proxi-midade do aeroporto da vizinha Navegan-tes) e à diversificação e ampliação do mix de empresas que se instalaram no municí-pio nos últimos anos.

Dados da Secretaria de Desenvol-vimento Econômico, Emprego e Renda, apontam que, em 2010, havia 1.956 em-presas formalmente abertas em Itajaí. Em 2013, este número subiu para 2.965. “São empresas das áreas de alimentos, constru-ção naval, prestação de serviços, além do forte crescimento na construção civil”, des-taca o Prefeito.

E a perspectiva é que estes números cresçam ainda mais, pois, como os dados oficiais do IBGE são referentes há dois anos, as empresas que se instalaram em Itajaí mais recentemente, ao entrarem em plena atividade, vão passar a contribuir para o aumento na movimentação econô-mica da cidade. “Uma economia forte, ao crescer, gera mais empregos, mais salário, é ganho para toda a comunidade”, finaliza Jandir Bellini. •

POSIÇÃO EM SC MUNICÍPIO VALOR POSIÇÃO NO PAÍS

1º ITAJAÍ 19,7 BI 29º

2º JOINVILLE 18,2 BI 31º

3º FLORIANÓPOLIS 12,6 BI 48º

4º BLUMENAU 10,9 BI 60º

5º JARAGUÁ DO SUL 6,6 BI 93º

Nelson Robledo

Page 10: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

Em ano de desaceleração, indústria catarinensefecha 2014 como líder na geração de emprego no país

10 • Janeiro 2015 • Economia&Negócios

O ano de 2014 foi marcado por ar-rocho monetário e baixa confiança de consumidores, com redução da

produção na indústria catarinense. Ainda assim, o setor produtivo do Estado regis-trou desempenho acima da média nacio-nal e liderou nacionalmente a geração de empregos. Estes foram alguns dos pontos destacados pelo presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Glauco José Côrte.

“Não foi um ano bom em produção e em vendas. Mas caímos menos que o Brasil. Lideramos na criação de vagas no Brasil, com o dobro do segundo coloca-do”, afirmou Côrte. De acordo com dados do Caged, até outubro foram abertos, em Santa Catarina, 26.791 postos de traba-lho, mais da metade dos 46.981 gerados no País. Em segundo lugar aparece Goiás, com 13.943 novas vagas.

Dados apresentados destacam a trajetória ascendente da taxa básica de juros da economia, a Selic, que passou de 7,25% a.a. em março de 2013, para 11,75% a.a. em dezem-bro de 2014. A inflação também esteve em alta no ano, com IPCA dos últimos 12 meses acumulando 6,55% em novembro, ainda acima do teto da meta do governo. Neste cenário, a confiança do industrial brasileiro, medida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), chegou em novembro ao nono mês seguido abaixo dos cinquenta pontos, o que indica pes-simismo com o ambiente econômico. Em Santa Catarina, as indústrias também foram impactadas com aumento de 22,4% na tarifa de energia, aplicado desde agosto. Para reverter este quadro, Côrte defende uma mudança de mentalidade no go-verno.

“Não é suficiente termos um bom ministro da Fazenda, nós temos que ter um governo que, de fato, olhe a produção como um requisito indispensável para o crescimento do País, trabalhando pela melhoria da produtividade e da competitivi-dade do setor industrial”, defendeu Côrte.

ProduçãoA associação dos fabricantes de máquinas e equipa-

mentos, a Abimaq, estima queda de 15% no consumo des-tes produtos, normalmente associados ao investimento em produção. A redução da atividade também é apontada pela Anfavea, que contabiliza redução de 18% na fabricação de automóveis no ano. Em Santa Catarina, as indústrias de meta-lurgia e autopeças, tradicionais fornecedoras das montadoras de automóveis, frearam suas atividades em 10,6% e 3,7%, respectivamente. Por outro lado, os setores ligados à expor-tação conseguiram incrementar a atividade. Se destacaram as vendas de soja, com alta de 73%, principalmente para a China, de madeira (+46%), principalmente para os EUA, e de suínos (+37%), para os EUA e México, que sofreram com doença em suas criações, e para a Rússia, que direcionou suas compras para o Brasil após a crise diplomática com a Europa, causada pela questão da Ucrânia. Este desempenho leva ao aumento de 4% nos embarques realizados nos portos de San-ta Catarina até novembro, enquanto a exportação brasileira recua 6%. •

Setor produtivo de Santa Catarina registrou redução na produção, mas teve desempenho superior à média nacional do segmento

Elmar Meurer

Page 11: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

Economia&Negócios • Dezembro 2014 • 11

Page 12: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

12 • Janeiro 2015 • Economia&Negócios

A crise no mercado interno, aliada à baixa ex-portação, determinou o baixo desempenho econômico do Brasil em 2014 e forneceu

os elementos para que se entendesse o resultado decepcionante no fechamento do ano. O panorama atual foi influenciado pelo menor espaço para estímu-los fiscais, crescimento mais tímido do crédito, aumen-to nas taxas de juros, menos geração de empregos e inflação alta. Fatores que, somados à realização da Copa do Mundo e ao período eleitoral, contribuíram para que muitas atividades e decisões fossem adia-das, e os investimentos caíssem.

A forte desaceleração da economia brasileira no ano passado surpreendeu economistas e vem contami-nando ainda mais as expectativas de crescimento para 2015. Mas a perspectiva de aumento ainda maior dos preços administrados não evitará que o crescimento lento se traduza em menos inflação.

Ao contrário, a visão majoritária agora é de que a elevação nos preços não vai ceder até o fim de 2015. Esse cenário mais frágil, segundo analistas vai tornar a vida dos empresário e da população em geral ainda mais dura por causa das medidas que o governo terá que implementar.

Economistas acreditam que 2015 será o ano do recomeço para o país voltar aos trilhos apenas a partir de 2016. Mas, para isso, o governo federal necessita realizar ajustes, principalmente na condução da polí-tica econômica.

Diante deste panorama a reportagem da Revis-ta Portuária – Economia & Negócios procurou diri-gentes de entidades representativas de Santa Catarina e uma especialista em economia brasileira para saber quais são as perspectivas e as possíveis ações para amenizar os efeitos dessa provável crise econômica. Além disso, compilou previsões de entidades nacio-

DIRIGENTES DE ENTIDADES REPRESENTATIVAS DE SANTA CATARINA E UMA ESPECIALISTA EM ECONOMIA BRASILEIRA ABORDAM A SITUAÇÃO E AS

POSSÍVEIS AÇÕES PARA AMENIZAR OS EFEITOS DESSA PROVÁVEL CRISE

ESPECIALPerspectivas econ

Page 13: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

Economia&Negócios • Janeiro 2015 • 13

ômicas para 2015

nais sobre o ano que se inicia. Para o presidente da Federação das Associações Em-

presariais de Santa Catarina, Ernesto Reck, esse quadro de desaceleração do crescimento e alta da inflação não deve mu-dar neste ano. No entanto, espera por um ajuste fiscal mais rigoroso, um controle monetário maior e que o governo atue com mais transparência sobre suas contas.

“Entendemos que não será fácil de superar esse qua-dro, não é só o Brasil que vive situação similar, a Europa ainda não se recuperou da crise, o Japão, um dos maiores parceiros comerciais do Estado vive uma estagnação, a China

vem perdendo forças no cenário econômico, isso ainda pode contribuir para que 2015 não se reverta essa situação, mas acreditamos que se este ano fizermos o dever de casa, se ti-vermos uma boa conduta da nova equipe econômica, o Brasil poderá voltar a crescer a partir de 2016”, ressalta.

Sobre o futuro da economia brasileira e consequente-mente de Santa Catarina, Reck acredita que apesar do Estado se destacar economicamente no cenário nacional, uma hora este quadro pode mudar.

“Nós temos um dado que é calculado também pelo Banco Central que é o índice de atividade econômica. Se-

Page 14: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

14 • Janeiro 2015 • Economia&Negócios

gundo ele, Santa Catarina reflete um maior nível de atividade no Estado do que no Brasil, mas como sabe-mos, em economia as coisas funcio-nam amalgamadas, talvez possamos sim ter um maior crescimento do que o país apresenta, mas não no longo prazo. Para isso é necessário que o país se recupere. Boa parte da nos-sa produção é demandada pelos os outros estados brasileiros, e se não caminharmos no mesmo sentido uma hora sentiremos os efeitos ne-

gativos”, finaliza.O presidente da Fecomércio-

SC, Bruno Breithaupt, destaca que esse resultado negativo da economia nacional está associado a uma série de fatores, entre eles, a inflação per-sistente, que se mantém próxima do teto da meta, a desaceleração da ren-da real das famílias, a criação menor de postos de trabalho no país e a redução do aces-so ao crédito, muito devido aos elevados

Bruno Breithaupt – presidente da Fecomércio-SC

ESPECIAL

“Os dados são preocupantes, porém

acreditamos que o pior já passou e que o governo

apontou para um comprometimento

maior em melhorar a situação

econômica, apesar de que os efeitos só

começarão a ser vistos a partir do segundo semestre

de 2016”

juros pagos pelos consumidores e pelos em-presários. Somam-se a isso os já recorren-tes problemas de infraestrutura no país e a elevada carga tributária que incide sobre o setor.

“No comércio, a provável nova expan-são dos juros e a manutenção do cenário de baixo crescimento em 2015 tendem a travar a concessão de crédito e o aumento da renda das famílias, o que dificulta as vendas e faz com que provavelmente tenhamos um ano semelhante a 2014, com baixa expansão das vendas e crescimento reduzido do fatura-mento das empresas”, explica.

Segundo Breithaupt, o fundamental é criar estímulos para a iniciativa privada. Nesse aspecto, primeiro de tudo é a redução dos juros. O governo precisa controlar a in-flação através de um maior cuidado com a sua política fiscal, e não focar apenas na política monetária, isto é, na alta dos juros. Para isso, é necessária uma re-forma tributária que reduza

Caio Cezar/Fecomércio SC

Page 15: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015
Page 16: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

16 • Janeiro 2015 • Economia&Negócios

e simplifique os tributos. Desse modo, os investimentos podem ser ampliados com riscos menores, já que hoje se paga mui-to imposto, mas o retorno é pequeno.

“Os dados são preocupantes, po-rém acreditamos que o pior já passou e que o governo apontou para um compro-metimento maior em melhorar a situa-ção econômica, apesar de que os efeitos só começarão a ser vistos a partir do segundo semestre de 2016. Entretanto, sabemos que se pode fazer mais, princi-palmente no que diz respeito a reformas estruturais, a fim de que se promova um crescimento mais sustentável e duradou-ro nos próximos anos”, finaliza.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Glauco Côrte, também compar-tilha da opinião dos demais dirigentes. “Este ano teremos um primeiro semestre duro, mas a tendência é que, paulatina-mente, tenhamos um segundo semestre melhor, preparando o país para um novo ritmo de crescimento em 2016”, afirma.

Já Eclésio da Silva, presidente da Associação Empresarial de Itajaí (ACII), está pessimista em relação ao futuro da economia nacional. “O futuro da eco-nomia brasileira não é nada promissor. Os investimentos já foram reduzidos, a produção continua caindo, e a nossa balança comercial começa a apresentar números bastante desfavoráveis. O go-verno precisa retomar o incentivo para os investimentos externos, sem se es-quecer de aquecer o interno, largando esse protecionismo exacerbado que es-tamos vivendo do estado brasileiro. Essa postura tem que ser mudada e de forma

ESPECIAL

“Este ano teremos um primeiro semestre duro, mas a tendência é que, paulatinamente, tenhamos um segundo semestre melhor,

preparando o país para um novo ritmo de crescimento em 2016”

Glauco Côrte – presidente da Fiesc

Page 17: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

Economia&Negócios • Janeiro 2015 • 17

ESPECIAL

urgente”, salienta. Ele lembra que os dados apresen-

tados pelos institutos de pesquisas com informações de pessoas com expertise na área são desanimadores. “Se forem confirmados, não temos dúvidas que se-remos afetados, ou seja, o nosso Estado. As exportações de Santa Catarina já têm diminuído ao longo dos últimos anos, e o baixo crescimento do país como um todo, não nos ajudará em nada. Portanto o qua-dro é de extrema preocupação”, finaliza.

A professora do curso de adminis-tração da Univali, Janypher Marcela Iná-cio é especialista em economia e gestão das estratégias empresariais. Ela acredita que uma economia com baixo crescimen-to significa que a soma de tudo o que é produzido, também podemos chamar de atividade econômica, aumentou muito pouco em relação ao período anterior.

“É fato que, nos últimos tempos o governo vem buscando reduzir as de-sigualdades sociais via aumento dos subsídios, porém em um cenário onde a economia está desaquecida dificultando a obtenção das receitas até então obtidas, torna-se difícil a continuidade deste tipo de política”, explica.

No entanto, ela é otimista em re-lação a como a economia do Estado vai se comportar durante o ano de 2015. “Creio que falarmos em crise econômica em Santa Catarina é algo que não cabe, pelo menos não neste primeiro momento. O nosso Estado é privilegiado, pois possui um empresariado forte e diversificado. A heterogeneidade historicamente conquis-tada é algo que nos traz uma relativa tran-quilidade frente a outros estados, pois a economia catarinense possui diversas vias de crescimento”, afirma.

As ações serão coordenadas pelo ministro-chefe da Casa Civil, Aloí-sio Mercadante e terão como ponto de partida um documento da CNI com propostas em infraestrutura, desburocratização tributária, comércio exterior, compras governamentais e inovação.

Os temas estão em um documento elabo-rado pela CNI - que participará juntamente com representantes do Governo Fede-ral de todos os grupos – e contém 42 propostas divididas em infraestrutura (rodovias, ferrovias, portos, energia e mobilidade urbana); desburocratização tributária, comércio exterior, compras governamentais (nas áreas de saúde, educação e defesa) e inovação.

Após um ano de 2014 “difícil e duro”, durante o qual o setor industrial teve “desempenho frustrante”, a Con-federação Nacional da Indústria (CNI) prevê leve melhora dos indicadores econômicos em 2015. A expectativa da entidade é que o Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produ-zidas no país) cresça timidamente ao longo deste ano e que os juros conti-nuem em alta, freando o consumo e os investimentos.

Segundo o Informe Conjuntural Anual, estudo da CNI com previsões sobre a economia, o PIB deve crescer 1% em 2015, ou seja, metade dos 2% estimados pelo governo federal. No

ano passado, o crescimento não pas-saria de 0,3%, resultado que indica estagnação da economia.

A entidade calcula que os juros terminarão, em 2015, em torno de 12,5% e que a inflação encerrará o ano em 6,2%, quase o limite superior da meta fixada pelo governo de 6,5%.

Para o presidente da entidade, Robson Braga de Andrade, o desafio do país a partir de 2015 será restaurar os fundamentos macroeconômicos e aumentar a competitividade da indús-tria, tarefa considerada difícil, já que a confederação prevê que o consumo das famílias crescerá 0,7%. Esse au-mento contribuirá para que a atividade

Governo Federal prepara plano de ação para aumentar competitividade brasileira

CNI prevê pequeno crescimento para economia e indústria

Page 18: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

18 • Janeiro 2015 • Economia&Negócios

ESPECIAL

A Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) divulgou as projeções da enti-dade para a balança comercial de 2015. A expectativa é de que as exportações atinjam US$215,360 bilhões, uma queda de 4,3% em relação ao montante de US$225,033 bi-lhões de 2014. Para as importações, o resul-tado previsto é de US$207,220 bi, queda de 9,8% em relação aos US$229,615 bilhões do ano passado, com superávit de US$8,140 bi. O número reverte o déficit de US$4,582 bilhões estimado para fechar o ano.

Segundo o presidente da entidade, José Augusto de Castro, o resultado projeta-do para 2015 deve ser considerado um “su-perávit negativo”, pois é obtido pela forte queda das importações, e não pelo aumen-to das exportações. “A elevada insegurança e incerteza vigentes neste momento podem demandar novas projeções antes de julho, mês tradicional para realização da única re-visão anual da AEB”, afirmou.

Para as exportações, a AEB trabalhou com um cenário que aponta oscilação da taxa cambial entre R$2,60 e R$2,90, com média de R$2,75. De acordo com Castro, apesar de essa taxa cambial proporcio-nar competitividade a alguns segmentos, será limitado seu impacto positivo sobre as exportações de manufaturados, pois o principal mercado de destino dos produtos brasileiros, a Argentina, enfrenta proble-mas, e outros mercados importantes, como América do Sul e África, poderão ter menor poder de importação, devido à queda nas

industrial cresça 1%, mas não cria-rá as condições sustentáveis de um crescimento maior, avalia a CNI.

“Nos últimos anos, observa-mos uma desaceleração da deman-da de consumo das famílias. Isso não é uma característica de 2014, mas demonstra que apenas a ala-vanca do consumo como mecanis-mo de recuperação do crescimento não é possível. O desafio é retomar o crescimento via investimento”, disse o gerente executivo de Po-líticas Econômicas da CNI, Flávio

Castelo Branco.De acordo com a CNI, para

retomar o crescimento econômico sustentável, é necessário restaurar os fundamentos macroeconômicos e aumentar a competitividade. Para a entidade, isso depende de um ajuste fiscal nas contas do governo que permita a geração de superá-vits consistentes e o controle da dívida pública, reequilibrando as contas externas e favorecendo a competitividade dos produtos bra-sileiros.

“Entendemos que não será fácil de superar esse quadro, mas acreditamos que se em 2015 fizermos o dever de casa , se tivermos uma boa conduta da nova equipe econômica, o Brasil poderá voltar a crescer a partir de 2016”

Ernesto Reck presidente da Facisc

AEB divulga projeções para a balança

comercial

Page 19: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

Economia&Negócios • Janeiro 2015 • 19

Rua Brusque, 337 - Itajaí - SC

ESPECIAL

cotações de suas commodities de exportação.“A estagnação e/ou queda nas exportações brasilei-

ras de manufaturados, desde 2008, segundo Castro, afas-tou o Brasil de importantes mercados, como EUA e Europa, transformando-o em “novo” exportador”. “Demanda tem-po para reconquistar esses mercados, que, atualmente, são ocupados por fornecedores de outros países. Mesmo com preço competitivo, a concretização de novas vendas externas poderá ocorrer somente após o fim dos contratos em vigor”, avalia.

A análise aponta também que a maior taxa cambial não ampliará o valor das exportações de commodities, po-rém, aumentará a rentabilidades em reais das empresas exportadoras; e que as exportações para Venezuela e Rús-sia, países que têm proporcionado superávits comerciais ao Brasil, poderão ter impactos negativos, devido a suas situações econômicas.

A entidade aponta ainda que, certamente, deverá haver redução no crescimento econômico, retração na de-manda interna e diminuição das importações, porém, sem quantificar a intensidade de seus impactos. “Não existem condições para esse tipo de análise”, diz Castro.

O cenário futuro é de que a alta na taxa cambial elevará custos de importação, assim como os índices de vendas internas sinalizam desaceleração. A perspectiva é de menor índice de geração de empregos, ou até mesmo de desemprego, e de um elevado nível de inadimplência das pessoas e, também, em menor escala, das empresas.

Após fixar em 1,2% o superávit primário para 2015, as medidas a serem anunciadas pela nova equipe econômica sinalizam elevação da taxa Selic, forte contin-genciamento de gastos, elevação de tributos, redução ou suspensão de repasses aos bancos públicos, alta da TJLP, adiamento ou corte de investimentos e alta da inflação, entre outros aspectos negativos para a economia.

Outro ponto que deve ser observado, e que com-põe a análise da AEB, é de que o atual quadro vivido pela Petrobras poderá provocar redução nas atividades econô-micas internas desempenhadas por outros segmentos em-presariais. Além disso, os últimos dados do PIB mostraram queda no consumo das famílias, e a previsão para 2015 é de um crescimento de apenas 0,5%.

ConclusõesAs cotações das principais commodities devem se

manter em queda em 2015, decorrente de expansão da oferta em nível superior à demanda internacional de pro-dutos, como soja, minério de ferro e petróleo. A queda nas cotações será amenizada por esperada elevação do quan-tum exportado, principalmente de petróleo bruto e óleos

Eclésio da Silva - presidente ACII

“Os investimentos já foram reduzidos, a produção continua caindo, e a nossa balança comercial começa a apresentar números bastante desfavoráveis. O governo precisa retomar o incentivo para os investimentos externos, sem se esquecer de aquecer o interno”

Page 20: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

20 • Janeiro 2015 • Economia&Negócios

ESPECIAL

“A estagnação e/ou queda nas exportações brasileiras de manufaturados, desde 2008, afastou o Brasil de importantes mercados, como EUA e Europa, transformando-o em “novo”

exportador”. “Demanda tempo para reconquistar esses mercados, que, atualmente, são ocupados por fornecedores de outros países."

combustíveis. “Apesar desse quadro adverso, as commodities manterão índice de participação superior a 60% na pauta de exportação”, prevê Castro.

O estudo da AEB prevê também que o minério de ferro continuará sendo o item de maior valor nominal de expor-tação, com US$ 21,3 bilhões, apesar da forte queda em sua cotação. Haverá queda também na corrente de comércio, que deve atingir US$422,580 bilhões, o menor valor nos últimos 5 anos, queda de 7% sobre os US$454,648 bilhões de 2014. Esse valor representa queda de 12,4% sobre o valor recor-de de US$482,286 bilhões alcançado em 2011. “O gerador de desenvolvimento econômico é a corrente de comércio, e não o superávit comercial, muito menos o déficit”, salienta Castro.

A conta-petróleo, que apresentou déficit de US$23,677 bilhões em 2013, também tem estimativa de queda, com re-dução para US$18,205 bilhões em 2014 e projetação de nova diminuição para US$10,745 bilhões em 2015.

Ainda segundo o levantamento, após o Brasil atingir participação de 1.41% nas exportações mundiais de 2011, a maior nos últimos 50 anos, sua participação chega a 1,21% em 2014 (similar a 2008) e a 1,14% em 2015 (similar a 2006). Em 2013, o Brasil ocupava a 22ª posição no ranking mundial de exportação, mas caiu para a 25ª em 2014 e permanecer nessa 25ª posição em 2015. As quedas de 4,3% nas expor-tações e de 9,7% nas importações deverão gerar contribuição positiva do comércio exterior para o PIB de 2015. A redução no valor das exportações em 2015 será a quinta consecutiva.

“Não obstante o superávit comercial projetado para 2015, o Brasil continua necessitando realizar urgentemente reformas estruturais nas áreas tributária e trabalhista, investir maciçamente e continuamente em infraestrutura para reduzir custos de logística e acelerar processos de desburocratização, condições indispensáveis para tornar os produtos exportados competitivos, sem ficar na dependência de taxa de câmbio”, conclui Castro. •

Page 21: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015
Page 22: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

Um estudo feito em 14 capitais brasi-leiras pela organização não governa-mental (ONG) Endeavor identificou

que a capital do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, reúne as melhores condições para novos empreendimentos com elevado grau de formação universitária, fluidez do trânsito e boa qualidade de vida, além de impostos baixos.

Trata-se do Índice de Cidades Empreendedoras 2014 (ICE) calculado com base em 55 indicadores extraídos de dados estatísticos oficiais agrupados em sete que-sitos: ambiente regulatório, infraestrutura, mercado, acesso a capital, inovação, capital humano e cultura.

O levantamento concentrou-se em ci-dades com regiões metropolitanas onde há pelo menos 1% de empresas de alto cresci-mento. As empresas foram escolhidas confor-me dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

A pesquisa apresentou os seguintes ín-

dices: Florianópolis recebeu ICE 7,53%, se-guida por São Paulo (7,46%) ,Vitória (7,16%), Curitiba (6,96%), Brasília (6,33%), Belo Hori-zonte (6,15%), Porto Alegre (5,94%), Goiânia (5,91%), Rio de Janeiro (5,86%), Manaus (5,33%), Belém (5,24%), Recife (4,83%), For-taleza (4,77%) e Salvador (4,53%).

“O grande objetivo do índice é criar um mecanismo para que a sociedade possa co-brar de cada prefeito, mudanças no ambiente que permitem efetivar os melhores negócios no Brasil”, explicou Juliano Seabra, diretor da ONG.

De acordo com o estudo, em todo o país menos de 1% das empresas é de alto crescimento, somando 35 mil empreendi-mentos onde são gerados metade dos novos postos de trabalho a cada ano. “Nosso sonho é que elas sejam 100 mil até 2030”, aponta o relatório.

Veja as notas do ranking da Endeavor, calculadas de 0 a 10, considerando os 49 in-dicadores nos sete itens avaliados:

NO TOPOFlorianópolis é a melhor capital do Brasilpara empreendedores, aponta pesquisa

O levantamento concentrou-se

em cidades com regiões

metropolitanas onde há pelo

menos 1% de empresas

de alto crescimento. As empresas foram

escolhidas conforme dados

do IBGE

22 • Janeiro 2015 • Economia&Negócios

Page 23: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

Ranking finalFlorianópolis – 7,53São Paulo – 7,46Vitória – 7,16Curitiba – 6,96Brasília – 6,33Belo Horizonte – 6,15Porto Alegre – 5,94Goiânia – 5,91Rio de Janeiro – 5,86Manaus – 5,33Belém – 5,24Recife – 4,83Fortaleza – 4,77Salvador – 4,53

Capital HumanoO quesito mais básico para empreender é

ter pessoas qualificadas. E nesse quesito Floria-nópolis e Vitória foram destaque na pesquisa. Em Florianópolis, seis em cada 10 cursos de graduação tem ensino de alta qualidade, de acordo com o Ministério da Educação.

1º - Florianópolis – 7,522º - Vitória – 7,473º - Porto Alegre – 6,91

Mercado e acesso a capitalOs empreendedores de São Paulo atraem

60% dos recursos dos fundos de investimento. Entre os itens que esse índice leva em conta es-tão o PIB do município e crescimento médio do PIB nos últimos três anos.

Mercado1º - São Paulo – 7,602º - Brasília – 7,553º - Manaus – 7,2510º - Florianópolis – 5,32

Acesso a capital1º - São Paulo – 8,542º - Belo Horizonte – 6,833º - Curitiba – 6,696º - Florianópolis – 5,94

Infraestrutura e Qualidade de vidaÉ nas capitais de médio

porte do Sul e em Vitória que os empreendimentos encontram a melhor base e a maior segu-rança para operar. Florianópolis apresenta os melhores níveis de mobilidade urbana. Na capital catarinense, apenas 27,55% da população passa mais de 30 mi-nutos no trânsito.

1º - Curitiba – 7,632º - Florianópolis – 7,553º - Vitória – 7,15

Ambiente regulatórioA burocracia ainda joga contra os empre-

endedores, mas há casos em que esse processo tem diminuído, facilitando a vida de quem quer empreender. Em Florianópolis muita coisa ainda tem que mudar nesse sentido. A cidade ficou na 6ª posição nesse índice.

1º - Goiânia – 7,642º - Belém – 7,413º - Vitória – 7,06º - Florianópolis – 6,48

InovaçãoNesse quesito, a capital cata-

rinense fica atrás de São Paulo, mas lidera em um ítem levado em conta para chegar à nota: a proporção de trabalhadores com mestrado e douto-rado. Apesar de ser de apenas 3,5%, São Paulo tem ainda menos, 2,3%.

1º - São Paulo – 7,882º - Florianópolis – 7,553º - Belém – 6,9

Cultura Apesar de ser destaque, é pre-

ciso trabalhar mais ainda a cultura empreendedora em Florianópolis. A cidade ficou na 8ª posição nesse que-sito que mostra o incentivo ao empre-endedorismo na família e a percepção sobre o empreendedorismo na mídia.

1º - Manaus – 8,212º - Belém – 7,193º - Goiânia – 7,188º - Florianópolis – 5,86

Florianópolis recebeu ICE 7,53%,

Economia&Negócios • Janeiro 2015 • 23

Page 24: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

24 • Janeiro 2015 • Economia&Negócios

Em razão disto, a COEM- Importação e Exportação, entendendo que o mercado brasileiro é carente na ofer-ta de pescados e considerando o aumento no consumo

desta proteína, apostou e começou a importar o Peixe Panga no início de 2014, mesmo sabendo das dificuldades que iria enfrentar no início por causa da campanha difamatória que o pescado foi alvo, desde que começou a ser importado, em 2009. Por ter um excelente custo-benefício (25% mais bara-to que outras espécies, como a Merluza) ao consumidor, o pescado teve uma forte aceitação do produto no mercado. Porém, o Panga começou a sofrer retaliações e a ser alvo de falsas atribuições com relação à sua origem, principalmente na internet, o que dificultou a sua consolidação no Brasil.

O Panga é cultivado há mais de mil anos no Rio Mekong, no Vietnã, um dos maiores rios do mundo, locali-zado no sudeste asiático. Há muitos anos, é exportado para diversas nações, entre elas os Estados Unidos, todos os paí-ses da Comunidade Europeia, Japão, Rússia, Austrália, entre outros. Só este fato bastaria para atestar sua qualidade e segurança para o consumidor. Ainda assim, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) do Brasil reali-zou uma série de análises nesta espécie, bem como missões aquele país para verificar a cadeia de produção do peixe, com o objetivo de confirmar a alta qualidade do produto, que foi aprovado sem restrições.

Vale citar que o Panga é criado em tanques com água totalmente tratada e alimentado somente com ração espe-cialmente produzida para esta finalidade, seguindo as nor-mas dos mercados mais exigentes, para onde é exportado.

Outra acusação é a de fraude envolvendo o Panga. No ano passado, sete empresas localizadas em Itajaí, Na-vegantes e Itapema foram alvo da Operação Poseidon, da Polícia Federal, de combate à venda de peixes de menor va-lor comercial no lugar de espécies mais caras. Entretanto, é importante entender que este fato não denigre a qualidade

PESCADO IMPORTADOApesar das polêmicas, empresa itajaiense

aposta na importação do Peixe Panga Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o brasileiro consome, por ano,

cerca de 7kg de peixe, sendo que a recomendação é de 12kg. Esse cenário pode ser atribuído, entre outros fatores, ao custo elevado do pescado no Brasil.

Filé de pangasius – importado do Vietnam

O Panga está presente nos principais e exigentes mercados mundiais. Europa, Japão e

Estados Unidos já consomem este pescado.

do Panga, pois a fraude era gerada aqui no Brasil por indústrias nacionais.

O Panga tem as características que o consumidor brasileiro sempre desejou em um peixe: tem textura fir-me, cor branca, sabor suave e sem espinhas. É muito versátil, permite vários tipos de preparos (grelhado, frito, assado e ensopado) e possui um ótimo custo-benefício, por conta das técnicas avançadas de criação e proces-samento utilizadas pelo Vietnã. Além disso, destaca-se a praticidade do peixe congelado, comercializado limpo e em filés.

A COEM, através de uma logística otimizada, distribui o Panga para grande parte do território brasi-leiro, sendo hoje os principais destinos, as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Neste ano de 2015 planeja atender também as regiões Norte e Nordeste.

Page 25: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

Economia&Negócios • Janeiro 2015 • 25

Ingredientes:

2kg de panga1 cebola branca2 cebolas roxas 1/2 talo de alho-poró cortado em rodelas finas2 colheres de sopa de salsinha picada1 colher de chá de pimenta-rosaOrégano a gostoSal a gostoAzeite extra-virgem a gosto2 limões cortados em rodelas finas (para decorar)Tomates cerejaazeitonas pretas

Modo de fazer:Em uma forma refratária, regue

um tanto de azeite e espalhe um pouco das cebolas e do alho-poró, fazendo uma "cama" para receber o peixe.

Coloque o peixe e finalize com o restante das cebolas e do alho-poró. Tempere com sal a gosto.

Coloque os demais ingredientes sobre o peixe (à excessão do tomate e do limão). Cubra com uma folha de papel alumínio e leve ao forno, em fogo alto (230ºC) por uns 10 minutos. Após esse período, abaixe o fogo, retire o papel alumíno, coloque os tomates e as azeito-nas, deixe secar um pouco da água que formou. Deixe assando por mais uns 5 a 10 minutos. Retire e finaliza com as rode-linhas de limão. Sirva imediatamente.

Filé de panga ao forno Com o objetivo de atender a demanda de um mundo dinâmico e glo-balizado, onde as relações comerciais com outros países propiciam o alavanque cultural entre nações, possibilitando a concretização de ne-

gócios internacionais, a Coem Importação e Exportação, fundada em 2009, tendo como finalidade, prestar assessoria e consultoria em importação e ex-portação, tornando-se referência na comercialização internacional.

Localizada em Itajaí/SC, que tem uma localização estratégica no Estado de Santa Catarina e nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, e próxima dos grandes portos (Itajaí, Navegantes, São Francisco do Sul e Imbituba) por onde fluem cargas de exportação e importação originarias de todas as partes do globo, e destinada a todo o território Brasileiro, a Coem tem o compromisso de atender seus clientes de uma forma ágil e eficaz, buscando desenvolver e melhorar os processos de comércio internacional, fidelizando fornecedores e clientes a nível mundial.

Além da experiência e do conhecimento em detalhes do processo de importação e exportação, a Coem Importação e Exportação agrega uma assessoria completa iniciada desde o primeiro contato do cliente com a equi-pe de negócios da empresa. Do planejamento da compra ao desenho da logística nacional e internacional, proporciona uma análise completa sobre os aspectos logísticos, permitindo a visibilidade prévia dos resultados de cada nova operação pelo cliente.

ASSESSORIA COMERCIAL VOLTADA AO TRADE BUSINESS • Contato e manutenção regular junto aos exportadores, devidamente

habilitados para o mercado de lista geral, União Europeia e lista específica, no segmento de cárneos perecíveis e não perecíveis (dry products).

• Prospecção diária com pessoal de campo ativo, buscando regularida-de de ofertas dentro do mercado sul-americano, almejando um maior leque de fornecedores aptos a produzirem produto ideal de nossos clientes, respeitando a qualidade e a cultura do país de destino.

• Cadeia logística completa voltada ao acompanhamento de produção in loco (se necessária), negociações de frete marítimo e aéreo junto às grandes companhias mundiais de transportes e equipe devidamente capacitada para check list detalhado do pós e pré-embarque via documentação emitida pelo produtor/SIF.

• Adequação de produtos voltados à exportação e importação.

A importadora do Panga

Contatos:Coem Importação e exportação Ltda

Rua: Leonel Pereira, 350 – Bairro São Judas - Itajaí SC/Brasil – CEP 88303-560

Email: [email protected] Telefone:55 (47) 3046-0293

www.coembrazil.com

Page 26: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015
Page 27: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015
Page 28: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

28 • Janeiro 2015 • Economia&Negócios

Os municípios portuários de Santa Catarina que poderão ser atingidos com a aprovação projeto de Lei aprovado na Assembleia Legislativa que prevê alteração nos cri-

térios para apuração do valor adicionado na determinação do Índice de Participação dos Municípios (IPM), que faz parte do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS), deverão agir juridicamente se o Governador Raimundo Colombo sancionar a Lei. O projeto, se virar Lei, deve beneficiar os municípios produtores de mercadorias, em detrimento das cidades por-tuárias.

O prefeito da cidade portuária de Itajaí, Jandir Bellini (PP), disse que a perda de receita com o valor agregado re-presentaria R$ R$ 350 milhões para um município que tem o maior movimento econômico de Santa Catarina, com PIB de 19,7 bilhões. “Entendo como inconstitucional a aprovação do projeto de lei, uma vez que não cabe à assembleia tratar des-

sa matéria, isso é assunto para o poder Executivo”, disse. O prefeito de Itajaí acredita que a decisão dos deputa-

dos foi mais política do que jurídica. “O que eles não avalia-ram é que essa mudança irá prejudicar não só os municípios portuários, mas todo o estado. “Itajaí, como outras cidades portuárias, também têm custos para fazer o serviço de expor-tação. Isso tem que ser levando em consideração”, salienta.

O prefeito de Itajaí disse que a procuradoria jurídica do município já está tomando providências para tentar reverter a decisão na justiça. “Nossa primeira atitude foi encaminhar um ofício ao governador pedindo que ele vete o projeto de lei”. Se o Governador assinar ou a Assembleia derrubar algum veto que ele tenha feito, outras medidas serão tomadas após a publicação da mudança no Diário Oficial, como protocolar um mandado de segurança pedindo a extinção do projeto de lei”. •

Projeto que altera retorno de ICMS em SCMunicípios portuários devem agir se governador sancionar a lei

Page 29: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

Economia&Negócios • Janeiro 2015 • 29

O presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt, e o coordenador de Desenvolvimento Regional da Fe-deração Catarinense dos Municípios, Emerson Sou-

to, representando o presidente da Fecam, Hugo Lembeck, lançaram, o final do ano passado, a cartilha elaborada por ambas entidades para orientação aos municípios quanto à regulamentação das feiras itinerantes. A cartilha está dis-ponível no site da Fecomércio SC e vai ser distribuída aos prefeitos e empresários do comércio catarinenses.

Fruto do convênio firmado há um ano entre a Feco-mércio SC e a Fecam, o documento foi construído a partir de uma pesquisa realizada pelas entidades em 73 cidades catarinenses com o objetivo de estimar as perdas financei-ras provocadas com as feiras itinerantes, que representam riscos não apenas aos municípios, mas, também, para o comércio local e para o consumidor.

Segundo a pesquisa, em 2013, deixaram de ser ar-recadados R$ 41 milhões de impostos em Santa Catarina com a realização das feiras itinerantes. A estimativa de re-dução na receita das empresas do comércio no Estado foi de quase R$ 700 milhões. Os municípios de pequeno porte perderam, em média, R$ 1 milhão em impostos, enquanto que nos municípios de grande porte, acima de 50 mil ha-bitantes, as perdas foram de R$ 2,5 milhões em 2013. Em

Santa Catarina, apenas as empresas que vendem artigos de vestuário e acessórios, a perda nas receitas foi de R$ 192,09 milhões, valor que representa 32,01% da diminui-ção total das empresas do comércio varejista.

"Essa cartilha vem coroar um esforço que nós esta-mos fazendo no sentido de fortalecer o empresariado do comércio de Santa Catarina que recolhe os seus impostos em detrimento dessas feiras que, além de não recolherem um centavo sequer de imposto, vendem produtos sem pro-cedência, muitas vezes oriundos de trabalho escravo, que em nada contribuem para o desenvolvimento de Santa Ca-tarina e do nosso país", disse Bruno Breithaupt.

De acordo com Emerson Souto, a cartilha é uma for-ma de melhorar as informações acerca das feiras itineran-tes aos municípios. "Muitas vezes, sobretudo nos peque-nos municípios, eles acreditam estar promovendo um bom negócio ao permitir a realização dessas feiras itinerantes, sem perceber que elas não trazem retorno algum, além da evasão de divisas. Vendem-se produtos de baixa qua-lidade, enganando a população. E a Fecam é parceira da Fecomércio nesse processo e busca levar aos municípios o conhecimento sobre as leis que podem regulamentar essas atividades e, também, o quanto se perde de receita com essas feiras", afirmou. •

Comércio formal de SC perdeu quase R$ 700 milhões com as feiras itinerantes

Page 30: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

30 • Janeiro 2015 • Economia&Negócios

Page 31: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

Economia&Negócios • Janeiro 2015 • 31

Page 32: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

32 • Janeiro 2015 • Economia&Negócios

Pesquisa inédita mostra a cadeia de reciclagemde embalagens em Santa Catarina

Um mapeamento inédito mostra como funciona a cadeia de reciclagem de embalagens em Santa Ca-tarina e os seus principais desafios. O levantamento,

realizado pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) e pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL/SC), foi apresentado no seminário "A indústria e os resíduos sólidos", promovido pela Federação, em Florianópolis. Para a pesquisa foram realizadas 87 entrevistas presenciais, em todas as regiões do Estado, com a participação de quatro elos da cadeia de reci-clagem: coleta, triagem, revenda e recuperação de materiais.

No caso da coleta seletiva, os principais desafios são a forma como é realizada, a periodicidade, o escoamento dos resíduos e a conscientização da população. Em relação aos centros de triagem, foram destacadas a falta de força de trabalho qualificada, informalidades por parte das empresas que atuam na atividade, como a falta de licença ambiental, por exemplo. No caso das empresas que revendem os ma-teriais recuperados, os desafios são a elevada tributação, baixa lucratividade e dificuldade de adequação às exigências legais. As indústrias de recuperação de materiais destacaram como obstáculos a bitributação e a manutenção e aquisição de máquinas. Clique aqui e veja a apresentação da pesquisa.

"É preciso olhar para o resíduo de uma forma diferen-te. É uma matéria-prima e tem toda uma cadeia por trás. Há pessoas para fazer a triagem e recuperação, por exemplo, para poder voltar ao consumidor como produto", afirmou a especialista do IEL/SC, Paloma Zimmer, que apresentou o trabalho.

A questão da reciclagem ganhou mais força com a ins-tituição, em 2010, da Política Nacional de Resíduos Sólidos, lei federal que regula o destino do lixo produzido no país. Um dos pontos que preocupam é a implantação da logística reversa, que é o retorno à cadeia produtiva dos materiais descartados.

"Poucas pessoas estão atentas ao problema. Mas não podemos tomar nenhuma ação se não soubermos onde

estamos. Conhecemos os primeiros resultados do estudo e já temos um bom encaminhamento", afirmou o presidente do Comitê Estratégico da Fiesc para Logística Reversa, Albano Schmidt. Ele destacou que diversas cidades brasileiras estão sediando a Semana do Lixo Zero, e o evento da Federação contribui com as discussões sobre o assunto.

O encontro foi mais uma ação do Plano de Sustenta-bilidade para a Competitividade da Indústria Catarinen-se, iniciativa da FIESC e suas entidades (Fiesc, Ciesc, Sesi, Senai e IEL). Lançado em 2012, reúne 63 ações concretas em áreas como resíduos sólidos, recursos hídricos, mudanças climáticas, eficiência energética, saneamento, entre outras.

Nova Bolsa de ResíduosNo seminário, a

Fiesc também lançou a nova Bolsa de Resíduos, que pode ser acessada no ende-reço www.brfiesc.com.br. A iniciativa tem a finalidade de identificar oportunidades de negócios para os resíduos. Por meio do portal, demandantes e ofertantes negociam entre si. Basta cadastrar-se gratuitamente. Com o novo formato, a ferramenta permite acesso por smartphones e tablets, oferece mais segurança, agilida-de nos acessos e no cadastramento, além de ter uma interface gráfica mais moderna. O Brfiesc foi lançado em 2004 e recebe cerca de 12,5 mil acessos por mês, tem 520 anúncios ativos, a participação de 24 Estados e conta com 1.521 empresas cadastradas.

Page 33: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

Economia&Negócios • Janeiro 2015 • 33

Fili

pe S

cotti

Especialista do IEL/SC, Paloma Zimmer, destacou os principais pontos do mapeamento

COLETA SELETIVA-Forma em que a coleta seletiva é realizada (separação).-Periodicidade coleta seletiva.-Escoamento dos resíduos (local para disposição).-Conscientização população.

CENTROS DE TRIAGEM-Força de trabalho (falta qualificação, informalidade).-Informalidade das empresas (Licença ambiental inexistente na maioria).-Local inapropriado para armazenamento.-Contaminação dos resíduos desde a coleta.

EMPRESAS DE REVENDA-Tributação (recolhimento sobre produtos já tributados na cadeia).-Descarte de rejeitos (custo adicional para a disposição final).-Baixa lucratividade.-Catadores informais (desvantagem concorrencial entre empresas formais e informais).-Carência de trabalhadores.-Dificuldade de adequação às exigências legais (ambiental)

INDÚSTRIAS DE RECUPERAÇÃO-Bitributação quando aplicado a logística Reversa. -Carência de resíduos selecionados. -Carência de trabalhadores (preconceito).-Dificuldade de adequação às exigências legais (ambiental)-Manutenção e aquisição de maquinário (empresas menores).

PRINCIPAIS DESAFIOS DA CADEIA

Page 34: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015
Page 35: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015
Page 36: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

36 • Janeiro 2015 • Economia&Negócios

Page 37: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

Economia&Negócios • Janeiro 2015 • 37

Page 38: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

38 • Janeiro 2015 • Economia&Negócios

RAIO XIBGE mapeia a infraestrutura

dos transportes no BrasilO TRABALHO PRETENDE CONTRIBUIR PARA A ANÁLISE E CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA GEOGRAFIA

DO PAÍS, A PARTIR DO ENTENDIMENTO DA LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES DE CARGAS E DE PESSOAS ENQUANTO DIMENSÕES ESTRUTURANTES DA REDE URBANA BRASILEIRA E DAS

CONEXÕES INTRARREGIONAIS QUE ARTICULAM O TERRITÓRIO NACIONAL

Page 39: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

Economia&Negócios • Janeiro 2015 • 39

A distribuição espacial da logística de transportes no território brasileiro revela uma predominância do mo-dal rodoviário, bem como sua concentração na região Centro-sul com destaque para o Estado de São Paulo.

Mesmo com distribuição desigual pelo território nacional, a malha rodoviária tem vascularização e densidade muito supe-riores às dos outros modais de transporte e só não predomina na região amazônica, onde o transporte por vias fluviais tem grande importância, devido à densa rede hidrográfica natural.

Por outro lado, a distribuição das ferrovias e hidrovias é bem reduzida e tem potencial muito pouco explorado, especial-mente em um país das dimensões do Brasil.

Esse é o cenário ilustrado pelo mapa mural “Logística dos Transportes no Brasil”, do Instituto Brasileiro de Geografia e Es-tatística (IBGE), apresentado na escala de 1:5.000.000 (1 cm = 50 km), que exibe as principais estruturas de transporte do país (rodovias, ferrovias, hidrovias etc.), bem como outros equipa-mentos associados à logística do transporte de cargas e pes-soas no Brasil, como armazéns, estações aduaneiras de interior (chamadas de “portos secos”), pontos de fronteira, aeródromos públicos e terminais hidroviários.

Além desta base da infraestrutura de transportes, são re-presentados no mapa a densidade da rede de transportes no Brasil, os principais eixos rodoviários estruturantes do território e os fluxos aéreos de carga no Brasil.

O mapa mural “Logística dos Transportes no Brasil” tem como principais fontes de dados o Banco de Informações e Ma-pas de Transportes do Plano Nacional de Logística dos Transpor-tes (BIT-PNLT) – Ministério dos Transportes, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), a Agência Nacional de Avia-ção Civil (ANAC), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a Infraero e a Receita Federal do Brasil.

O trabalho pretende contribuir para a análise e constru-ção de uma nova geografia do país, a partir do entendimento da logística dos transportes de cargas e de pessoas enquanto dimensões estruturantes da rede urbana brasileira e das cone-xões intrarregionais que articulam o território nacional.

Page 40: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

40 • Janeiro 2015 • Economia&Negócios

Nos últimos anos, com o crescimento eco-nômico e o aumento do mercado interno, o Brasil tem uma demanda cres-cente por melhorias nos sistemas de transportes no sentido de diminuir os custos logísticos e tornar a produção nacional mais competitiva no exterior, bem como mais acessí-veis ao mercado interno.

Nesse contexto, a atualização das infor-mações da distribuição espacial da logística de transporte, em escala nacional, constitui uma informação estratégica ao planejamento do presen-te e do futuro do território e da sociedade brasileira no mundo globalizado contemporâneo.

Algumas regiões se destacam pela alta densi-dade da rede de transpor-tes, como, por exemplo, a Grande São Paulo e as Regiões Metropolitanas do Rio de Janeiro, de Belo Horizonte e de Porto Ale-gre.

Também se desta-cam pela elevada aces-sibilidade as áreas entre Recife e João Pessoa, entre Brasília e Goiânia, o entorno de Salvador e de São Luís. Também é possível observar alguns “vazios logísticos” onde a rede de transporte é mais escassa, como o interior do Nordeste; a região do Pantanal, excetuando-se a área de influência da hidrovia do Paraguai; e o interior da floresta amazônica, à exceção do entorno das hidrovias Solimões-Amazonas e a do Madeira.

A distribuição espacial da logísti-ca de transportes no território brasileiro apresenta predominância de rodovias, concentradas principalmente no Cen-tro-Sul do país, em especial no estado de São Paulo.

Em 2009, segundo a Confede-

ração Nacional de Transportes (CNT), 61,1% de toda a carga transportada no Brasil usou o sistema modal rodoviário; 21,0% passaram por ferrovias, 14% pelas hidrovias e terminais portuários fluviais e marítimos e apenas 0,4% por via aérea.

Rodovias predominam no transporte de cargas

São Paulo e Rio de Janeiro concentram transporte aéreo de passageiros

A movimentação de cargas por via aérea, devido ao elevado custo, é mais usada para produtos com alto valor agre-gado ou com maior perecibilidade e que exigem maior rapidez e segurança no tras-lado.

No Brasil, esse modal é utilizado em poucos trajetos, com mais da metade do tráfego concentrado em apenas dez pares de ligações entre cidades, sendo que a

ligação São Paulo-Manaus abarcava mais de 20% do total de carga transportada em 2010.

São Paulo também concentra a maior parte do transporte aéreo de passageiros, com 26,9 milhões de passageiros em voos domésticos e 10,4 milhões em internacio-nais em 2010. O segundo lugar ficou com o Rio de Janeiro, com 14,5 milhões e 3,1 milhões, respectivamente.

RAIO X

Page 41: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015
Page 42: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

42 • Janeiro 2015 • Economia&Negócios

Os portos servem primariamente como vias de saída de commodities, principalmente de soja, minério de ferro, petróleo e seus derivados, que estão entre os principais produtos da exportação brasileira. Em relação à soja, des-tacam-se os portos de Itacoatiara (AM), Paranaguá (PR), Rio Grande (RS), Salvador (BA), Santarém (PA), São Francis-co do Sul (SC) e o Porto de Itaqui (MA).

Os combustíveis e derivados de petróleo se destacam em diversos terminais do Nordeste, especialmente Aratu – Candeias (BA), Itaqui (MA), Fortaleza (CE), Suape – Ipojuca (PE), Maceió (AL) e São Gonçalo do Amarante-Pecém (CE).

Os portos que mais movimentam minério de ferro são os terminais privados de Ponta da Madeira, da Vale S.A., em São Luís (MA) e de Tubarão, em Vitória (ES). O primeiro recebe principalmente a produção da Serra de Ca-

rajás, no Pará; o segundo está associado à produção do estado de Minas Gerais.

A maior quantidade de carga movimentada nos por-tos organizados do País está localizada no Porto de Santos (SP), devido à sua posição estratégica. Ele está em terceiro lugar no ranking que considera Portos Organizados e Ter-minais de Uso Privativo (liderado pelos Terminais Privados de Ponta da Madeira e Tubarão) e movimenta, em grande escala, carga geral armazenada e transportada em contê-iner.

Ele é o ponto de escoamento da produção com maior valor agregado que segue para outras regiões do País, bem como para exportação, além de ser local de desembarque mais próximo ao maior centro consumidor do país, onde se destaca a Grande São Paulo.

As estações aduaneiras de interior, também chamadas “portos secos”, são instaladas próximas às áreas de expressiva produção e consumo e contribuem para agilizar as operações de exportação e importação de mercadorias.

O Estado de São Paulo concentra a maioria des-tas estruturas, 28 das 62 de todo o Brasil, em cidades da Região Metropolitana e entorno. Em contraste, as regiões Nordeste e Norte têm duas estações cada, loca-lizadas em Recife e Salvador, Belém e Manaus.

A região Sul apresenta 11 cidades com portos secos e o Centro-Oeste, três. Apesar da extensa linha

de fronteira do Brasil com o Peru, a Bolívia e a Co-lômbia, é na fronteira com a Argentina, o Paraguai e o Uruguai – países que, junto ao Brasil, compõem o Mercosul desde sua criação – que as interações entre os países vizinhos são mais dinâmicas, havendo, por-tanto, maior ocorrência de postos da Receita Federal e de cidades-gêmeas.

Estas últimas constituem adensamentos popula-cionais transfronteiriços, onde os fluxos de mercadorias e pessoas podem ser maiores ou menores dependen-do, entre outros fatores, dos investimentos implemen-tados pelos Estados limítrofes.

Portos promovem exportação de soja, petróleo e derivados e minério de ferro

São Paulo concentra quase metade dos portos secos do país

RAIO X

Page 43: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

Economia&Negócios • Janeiro 2015 • 43

São Paulo é o único estado com uma infraestrutura de transportes na qual as cidades do interior estão co-nectadas à capital por uma vasta rede, incluindo rodovias duplicadas, ferro-vias e a hidrovia do Tietê.

Além disso, o Estado ainda com-porta o maior aeroporto (Guarulhos) e o porto com maior movimentação de carga (Santos) do País.

Também chama atenção a ex-tensão de rodovias pavimentadas não duplicadas no noroeste do Paraná, Rio de Janeiro, sul de Minas Gerais e Dis-trito Federal e seu entorno, bem como no litoral da Região Nordeste, entre o Rio Grande do Norte e Salvador (BA).

Esta distribuição evidencia a importância econômica dessas regiões, que demandam por maior acessibilidade e melhor infraestrutura de transporte.

Infraestrutura paulista de transportes conjuga ferrovias, rodovias e hidrovia

RAIO X

Page 44: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

44 • Janeiro 2015 • Economia&Negócios

As hidrovias, assim como as ferrovias, são predominantemente utilizadas para transporte de commodities, como grãos e minérios, insumos agrícolas, bem como petróleo e derivados, pro-dutos de baixo valor agregado e cuja produção e transporte em escala trazem competitividade.

A exceção é a região Norte, onde o trans-porte por pequenas embarcações de passageiros e cargas é de histórica importância. Além das hidrovias do Solimões/Amazonas e do Madeira, essa região depende muito de outros rios nave-gáveis para a circulação intrarregional.

Outras hidrovias de extrema importância para o país são as hidrovias do Tietê-Paraná e do Paraguai, que possuem importante papel na cir-culação de produtos agrícolas no estado de São Paulo e da Região Centro-Oeste.

RAIO X Região Norte é a que mais depende de hidrovias

Historicamente, a malha ferroviária acompanhou a expan-são da produção cafeeira até o oeste paulista do século 19 até o início do século 20. Porém, os principais eixos ferroviários da atualidade são usados para o transporte das commodities, principalmente minério de ferro e grãos provenientes da agroin-dústria.

Algumas das ferrovias mais importantes são: a Ferrovia Norte-Sul, que liga a região de Anápolis (GO) ao Porto de Itaqui, em São Luís (MA), transportando predominantemente soja e farelo de soja; a Estrada de Ferro Cara-jás, que liga a Serra dos Carajás ao Terminal Ponta da Madeira, em São Luís (MA), levando prin-cipalmente minério de ferro e manganês e a Estrada de Ferro Vitória-Minas, que carrega pre-dominantemente minério de ferro para o Porto de Tubarão.

Malha ferroviária serve principalmente ao transporte de commodities

Page 45: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

Rua Manoel Vieira Garção, 10 – Sala 204 - Esq. Dr. José Bonifácio MalburgCep: 88301-425 – Centro- Itajaí – SC – Edifício PHD

Economia&Negócios • Janeiro 2015 • 45

Armazéns acompanham concentração

da produção agropecuária

A concentração de armazéns de grãos nas re-giões Sul e Centro-Oeste e no estado de São Paulo reflete a produção agropecuária nessas áreas.

Nota-se que, na Região Sul (exceto pelo noro-este paranaense) e nos estados de São Paulo e Minas

Gerais, de produção mais consolidada, os armazéns se caracterizam por menor capacidade, enquanto que na Região Centro-Oeste, área de expansão da fronteira agrícola moderna, onde o principal produto é a soja, eles são maiores. •

Page 46: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

46 • Janeiro 2015 • Economia&Negócios

mercadomercadocoluna coluna

O valor do IPVA 2015 deve ficar em média 3,4% menor para os proprietários de veículos em Santa Catarina. A base de cálculo do imposto é o valor de mercado

do veículo aferido pela FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) ao Estado. Em 2014, o valor do IPVA também ficou em média 3,8% menor em comparação com o ano an-terior.

A previsão da Secretaria de Estado da Fazenda é ar-recadar R$ 1,46 bilhão com o imposto. Desse total, 50% se-rão repassados no ato do recolhimento ao município onde o veículo estiver emplacado. Em Santa Catarina, as alíquotas do imposto variam entre 1% e 2%, dependendo do modelo do veículo. É a alíquota mais baixa entre os estados do Sul (PR 2.5% e RS 3%) e São Paulo (4%). A receita do imposto não é exclusiva para obras viárias.

Atualmente, o Estado conta com uma fro-ta de aproximadamente 4,3 milhões de veículos. O total de veículos tributados é de 2,9 milhões. Os demais têm isenção. O IPVA mais caro é do I/Porsche 918 Spyder, ano de fabricação 2014, no valor de R$ 68.215,40. O mais barato é de uma moto Agrale RXT 16.5, ano de fabricação 1985, no valor de R$ 1,43.

Pagamento As datas de pagamento permanecem as

mesmas. O proprietário do veículo pode qui-tar em cota única ou em três parcelas mensais consecutivas, sem desconto. Os vencimentos do IPVA dependem do final da placa do veículo,

mas os contribuintes podem antecipar o pagamento a qual-quer momento (veja calendário).

O IPVA pode ser recolhido no Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, Santander, Caixa Econômica Federal, Sistema Bancoob/Sicoob, HSBC e Cecred. A quitação é um dos requisitos para licenciar o veículo. O não pagamento também implica em No-tificação Fiscal, com multa de 50% do valor devido, mais juros SELIC ao mês ou fração.

Para saber qual o valor do IPVA do seu carro, acesse a tabela disponível na página da Secretaria da Fazenda. •

Proprietários de veículos licenciados emSanta Catarina vão pagar menos IPVA em 2015

FINAL DE PLACA COTA ÚNICA PARCELAMENTO-COTAS

1ª 2ª 3ª

1 Último dia do mês de janeiro 10.01 10.02 10.03

2 Último dia do mês de fevereiro 10.02 10.03 10.04

3 Último dia do mês de março 10.03 10.04 10.05

4 Último dia do mês de abril 10.04 10.05 10.06

5 Último dia do mês de maio 10.05 10.06 10.07

6 Último dia do mês de junho 10.06 10.07 10.08

7 Último dia do mês de julho 10.07 10.08 10.09

8 Último dia do mês de agosto 10.08 10.09 10.10

9 Último dia do mês de setembro 10.09 10.10 10.11

0 Último dia do mês de outubro 10.10 10.11 10.12

CALENDÁRIO DE PAGAMENTO

Page 47: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

Economia&Negócios • Janeiro 2015 • 47

mercadomercadocoluna coluna

O ano de 2014 acabou e a Federação das Empresas de Transporte de Cargas e Logísticas do Estado de Santa Catarina - Fetrancesc e o Sindicato das

Empresas de Veículos de Cargas de Itajaí – Seveículos, continuam aguardando uma posição da Câmara de Ve-readores de Itajaí e da prefeitura do município sobre a doação de um terreno para a construção de um Centro de Referência do Sest /Senat, na cidade.

No começo do mês de novembro foi realizada, na sede do Seveículos, uma reunião entre empresários do setor, representante da Fetransesc, Sest Senat e o presi-dente da Câmara de Vereadores de Itajaí, Osvaldo Gern, que se comprometeu em fazer um levantamento da situ-ação e dar uma posição ao setor, mas até agora nenhuma informação foi repassada.

O prazo dado pelo presidente da Federação para resolver este impasse da falta de terreno está se esgo-tando. Com isso, Itajaí corre o risco de perder o centro para outras cidades entre elas Navegantes. A cidade vi-zinha já demostra interesse em ceder um terreno para a construção da unidade da categoria C. Depois de pronta, a estrutura terá capacidade para atender por mês cerca de 30 mil pessoas nas áreas de odontologia, psicologia, fisioterapia, além de treinamento e qualificação para mo-

Continua o impasse para a construção de um centro do Sest Senat em Itajaí

toristas.Os atendimentos são para os colaboradores de empresas

cadastrados no Sest Senat e também familiares. O que represen-ta 70% dos atendimentos, os outros 30% são de moradores. O investimento vai ajudar a amenizar as filas que se formam no sistema único de Saúde – SUS, já que este público vai contar com o serviço no Sest Senat. O investimento na construção do prédio é de R$ 15 milhões de reais, que serão custeados com recursos próprios do Sest Senat. •

Page 48: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

mercadomercadocoluna coluna

A preservação da natureza no lugar que eles escolheram para ter um sítio para morar ou passar finais de semana foi o motivo principal que levou um grupo de pessoas da

região a criar a Associação Amigos do Bugio, na localidade do Rio do Meio, em Itajaí.

O próprio nome da Associação já foi inspirado numa es-pécie de macaco (Bugio) que é muito comum naquela localida-de. Cada proprietário de um sítio nessa região que é membro

48 • Janeiro 2015 • Economia&Negócios

da Associação assumiu o compromisso de preservar a natureza em sua propriedade como também impedir que pessoas estranhas ajam de forma predatória em relação à fauna e flora.

A Diretoria está assim constituída: Luiz Augusto Cugnier Junior – Presidente; Marcos Vinicius Aragão – Vice – Presidente; Arno Clarete Lapa - Secretário; José Agenor Aragão - Presidente do Conselho Consultivo. •

Page 49: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

Aceitamos reservas para eventos corporativos, confraternizações ou reuniões de empresas ou particulares.

Page 50: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

50 • Janeiro 2015 • Economia&Negócios

mercadomercadocoluna coluna

Foram entregues as duas primeiras unidades de mó-dulos de geração de energia construídos em Itajaí. Os módulos 15 e 16 vão compor a plataforma 66 e

foram erguidos pelo Consórcio MGT, formado pelas em-presas DM Construtora e TKK Engenharia, instalado na Teporti, no bairro Cordeiros. Esta é uma das seis bases da Petrobras e seus parceiros no Brasil para o desenvolvimen-to da exploração do pré-sal.

Depois de um ano e meio de soldagem, restaura-ção, pintura, colocação de calha e outros serviços que envolveram a construção destes dois módulos, a próxima unidade, o módulo M5, deve começar a ser construído em fevereiro de 2015. Ao todo, serão produzidos em Itajaí 18 módulos de geração de energia com prazo de término em três anos. “Até 2017 teremos muito trabalho. Hoje pode-mos estar orgulhosos, pois nesse projeto tem um pedaço da gente”, destacou o diretor da MGT, Ronaldo Ferraz.

Mais de 1.800 de empregos diretos foram criados no estaleiro em Itajaí desde a chegada do Consórcio MGT. A cidade foi escolhida como uma das bases da Petrobras por estar em um ponto estratégico e próximo ao mar. Para o prefeito Jandir Bellini, ter uma unidade da Petrobras

fortifica ainda mais a economia itajaiense. “O resultado é mais geração de empregos e a elevação no nome da cidade que hoje já está entre as 30 melhores do país”, enalteceu.

Ao final da cerimônia, junto aos funcionários, au-toridades e representantes, uma taça foi quebrada para simbolizar a comemoração do trabalho realizado.

FPSO ReplicantesA Petrobras vai construir oito plataformas flutuantes

de produção e armazenamento e transferência, denomina-das FPSO Replicantes, que vão ser instaladas em Santos/SP a uma profundidade de 2.200 metros. Itajaí foi uma das cidades escolhidas entre os seis estaleiros espalhados no Brasil para construir 18 módulos. As plataformas são compostas por cascos, módulos de geração de energia e integração. Cada plataforma flutuante tem capacidade de produzir 150.000 barris de petróleo e 6.000m³ de gás. A Petrobras dividiu o projeto em cinco pacotes, e o consórcio MGT é responsável por dois pacotes: o 2 - de gás combus-tível e desidratação e o pacote 5 - de geração de energia com escopo com dois turbos de 25mega watts. •

Estaleiro entrega os dois primeiros módulospara exploração do pré-sal construídos em Itajaí

Nelson Robledo

Page 51: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

Economia&Negócios • Janeiro 2015 • 51

Matriz:

(49) 3566.6775 ou (49) 3566.7828 Rua José Formighieri, nº 417

Bairro Alvorada - Videira/SC

Filial:

(47) 3342-5391 Av. João Sacavem, nº 571, sala 507

Ed. Atlantis Trade Center Centro

Navegantes/SC www.advocaciavieceli.com.br | www.facebook.com/advocacia.vieceli

“Especializada no Transporte Rodoviário de Cargas”

Dr. Cassio Vieceli [email protected]

Assessoria de imprensa

[email protected]

Os motivos, de acordo com o advogado especialista nesta área Cassio Vieceli, são muitos e passam pri-meiramente pelo valor do combustível, que hoje re-

presenta 50% do faturamento do caminhão. Em seguida vem o seguro, os impostos, o salário, a depreciação, a burocracia, o excesso de regras, os gastos administrativos. Com isso, vai o alerta: “o consumidor deve pagar mais por isso. Se você levar em conta o aumento da inflação e o aumento dos com-bustíveis, por exemplo, automaticamente reflete no preço fi-nal e no mercado em geral”, comenta o advogado.

Essa preocupação é percebida no levantamento feito pela CNT (Confederação Nacional do Transporte), entre os dias 07 a 24 de outubro de 2014. Foram realizadas 445 en-trevistas e destas, 289 foram com empresas de transporte de cargas. Somente 25,8% dos empresários esperam aumento na receita bruta e 29,4%, aumento no número de viagens ainda em 2014 no Brasil. Em março, esses índices eram 43,2% e 39,3%. Também reduziu a perspectiva de aumento de contrata-ções formais, de 33,3% para 18,2% e 72,8% não pretendem adquirir mais veículos, embarcações ou material rodante.

Ao transportador cabe a luta para mudanças de alguns pontos im-postos a eles. Segundo o especialista, a solução seria ter apoio político para rever algumas regras. “Podemos citar a base ruralista, que é forte e busca conquistar vitórias para o setor há muitos anos. E isso seria ideal para o transporte também”, lembrou Vieceli .

O Sindicato das Empresas de Veículos de Carga de Itajaí - Seveícu-

los, que representa a categoria em Itajaí e região, também se mostra preocupado com o trabalho no próximo ano. De acordo com o presidente de entidade, o empresário Emilio Dalçoquio Neto, “o setor de transporte precisa de mais atenção. Preci-samos levar em conta que quase tudo o que chega as nossas residências, passa pelo transporte. E esta área não possui o reconhecimento que merece. E podemos citar problemas des-de infraestrutura nas rodovias, quanto no montante de regras impostas”. Além disso, o setor teme também o desemprego, que tende a aumentar com esses problemas, por isso, a cate-goria orienta os trabalhadores a ter prudência e assegurar o emprego. O sindicato pretende manter e reforçar as parcerias que mantém até hoje, para auxiliar os transportadores, como faz com a Advocacia Viecelli, Sest Senat e outras. •

Empresários do setor do transporte de cargas fazem projeção pessimista para 2015

Page 52: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

52 • Janeiro 2015 • Economia&Negócios

mercadomercadocoluna coluna

A equipe da Azimut Yachts do Brasil – filial do Gru-po italiano Azimut-Benetti – iniciou a produção do maior modelo já fabricado na sua unidade brasi-

leira. Trata-se da nova AZIMUT 83, uma embarcação de 83 pés – 25,2 metros de comprimento. O modelo traz toda estrutura, design e padrão da italiana Azimut 80 e agrega elementos tropicais especialmente ao cliente brasileiro.

“A Azimut 80 é um modelo internacional lançado em Cannes no ano passado que conquistou as mais im-portantes premiações do setor náutico mundial. Nosso objetivo é fabricar a mesma embarcação no Brasil e adi-cionar características que, comprovadamente, atendem nossos clientes nacionais, como é o caso de um amplo espaço gourmet na plataforma de popa com uma chur-

rasqueira adicional e área externa para lazer e refeições”, explica o diretor comercial da Azimut do Brasil Francesco Caputo.

Instalado no Brasil em 2010, o estaleiro da Azimut Yachts ocupa uma área de 16 mil m² na cidade de Itajaí (SC), e vem obtendo sucesso cada vez mais expressivo com novidades ao mercado náutico ano a ano. Encer-rou a temporada náutica (set/2013 a set/2014) com um acréscimo em vendas de 70% e um aumento na produ-ção de mais de 80% no que se refere à dimensão dos iates. Atualmente a fábrica conta com produção de iates de luxo de 42, 43, 48, 60, 70 e, agora, de 83 pés. Conta com “Services Desk” instalados nas principais marinas do país – Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo - além do Team 360 voltados ao pós-vendas. •

Estaleiro em Itajaí vem obtendo sucesso cada vez mais expressivo com novidades ao mercado náutico ano a ano.

NÁUTICAAzimut Yachts inicia as operações do

maior iate já fabricado na unidade brasileira

Page 53: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

Acordo assinado entre a Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina (Sebrae-

SC) implementará o Programa de Apoio à Competitividade das Micro e Pequenas Empresas (MPEs) catarinenses. A co-operação prevê a integração das atividades das instituições, com ênfase na internacionalização do segmento, por meio da inserção no comércio internacional e da atração de investi-mentos nacionais e internacionais. A assinatura foi realizada durante reunião de diretoria e conselhos da Fiesc.

O presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, destacou que, em Santa Catarina, “ao lado das grandes e médias compa-nhias, existem empresas de pequeno porte que têm produtos excelentes, de alta qualidade e competitivos em preços, mas que têm dificuldades para acessar o mercado internacional”. Ele citou o exemplo alemão que foca as micros, pequenas e médias empresas como fator de crescimento e aumento das exportações. “O acordo vai permitir o trabalho conjunto, es-pecialmente na capacitação a se inserirem no mercado inter-nacional”, disse.

“A parceria vai ao encontro da expectativa do cidadão

e do empresário catarinense”, afirmou o diretor superinten-dente do Sebrae/SC, Carlos Guilherme Zigelli. “O Sebrae tem experiência exitosa na melhoria da gestão e do ambiente interno das empresas. A Fiesc tem experiência extraordiná-ria na busca de novos mercados, sobretudo, internacionais. Juntando as duas entidades, podemos melhorar o acesso ao mercado pelas empresas de menor porte. Isso é fundamental para que as empresas possam prosperar”, acrescentou. “Te-mos expectativa de que essa ação resulte, efetivamente, na melhoria da qualidade das micro e pequenas empresas de Santa Catarina”, disse, ressaltando que 99% das empresas do Estado são de pequeno porte, que podem aproveitar a experiência internacional das grandes corporações.

A Fiesc e o Sebrae-SC pretendem articular ações sobre os principais fatores que influenciam a competitividade, in-centivando o acesso ao desenvolvimento técnico e tecnológi-co às indústrias catarinenses, além de cooperar na construção de estudos e projetos de interesse de ambas as instituições. Outra estratégia será a de garantir o apoio institucional às demandas identificadas no Programa de Desenvolvimento In-dustrial Catarinense (PDIC 2022). •

Economia&Negócios • Janeiro 2015 • 53

Fernando Willadino

Zigelli, do Sebrae, e

Côrte, da Fiesc, assinam acordo de cooperação

Micro e pequenas empresas de Santa Catarinaterão apoio para ganhar competitividade

mercadomercadocoluna coluna

Cooperação entre FIESC e Sebrae-SC prevê ações integradas, que fortalecerão internacionalização do segmento

Page 54: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

54 • Janeiro 2015 • Economia&Negócios

mercadomercadocoluna coluna

Durante reunião de diretoria e conselhos da Federa-ção das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), o pre-sidente da CMO - Construção e Montagem Offshore

S.A., José Pedro Mota, apresentou o projeto do novo esta-leiro de plataformas petrolíferas que a empresa pretende construir em São Francisco do Sul.

Com investimentos previstos de R$ 650 milhões, o estaleiro tem sua construção prevista para 18 meses, como início previsto para o primeiro semestre de 2015, 90 dias após a obtenção das licenças. Quando em pleno funciona-mento, o empreendimento deverá gerar 2,5 mil empregos diretos e 1,5 mil indiretos. Mota destacou que o estaleiro priorizará a aquisição de insumos e componentes de in-dústrias de Santa Catarina, bem como a contratação de profissionais na cidade e da região. •

Marcello Alessandro Petrelli assumiu o cargo de novo presidente da Intersindical Patronal. Pe-trelli também é o atual presidente do Sindicato

dos Despachantes Aduaneiros do Estado de Santa Cata-rina (Sindaesc). Na vice-presidência, quem assumiu foi Maurício Cesar Pereira, ex-presidente.

A posse da nova diretoria da Intersindical Patronal

de Itajaí, gestão 2015/2016, aconteceu na noite do dia 13 de dezembro, no Iate Clube Cabeçudas e contou com a presença de colaboradores da entidade e seus fami-liares.

A Intersindical Patronal de Itajaí completou em 2014, 20 anos de trabalho prestado no município e re-gião. Atualmente conta com 16 sindicatos patronais. •

Divulgação/Fiesc

Projeto de novo estaleiro em Santa Catarina é apresentado na Fiesc

Fotos: Marcelo Sokal

Intersindical Patronal de Itajaí tem novo presidente

Page 55: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

Economia&Negócios • Janeiro 2015 • 55

mercadomercadocoluna coluna

A Secretaria de Estado da Fazenda, por meio do Grupo de Trabalho En-comendas, reteve 968 mercadorias distribuídas em 79 encomendas durante a operação Correios Natal Legal. A ação, que fiscaliza as merca-

dorias compradas via internet, contou com o trabalho de 22 auditores fiscais nos centros de triagem dos Correios nas cidades de Florianópolis, Blumenau e Chapecó.

Entre as principais mercadorias retidas estão celulares, impressoras, equipamentos fotográficos, bebidas, roupas e joias. Foram fiscalizadas 561 en-comendas. O GT Encomendas estima que só em joias o valor de objetos retidos alcance a cifra de R$ 100 mil. A irregularidade mais comum é a falta de nota fiscal. Os destinatários das mercadorias retidas serão intimados a regularizar a situação num prazo de 30 dias. A multa é de 100% sobre o valor do imposto.

Com o crescimento do comércio eletrônico, a fiscalização da Fazenda Estadual vem apertando o cerco nas mercadorias que passam pelos Correios. Nos 10 primeiros meses de 2014, foram inspecionadas 100 mil encomendas e emitidos mais de 80 mil documentos de arrecadação de receita estadual (DAREs) para pagamento de impostos sonegados. Por mês são abertas cerca de 1000 encomendas. •

Operação Correios Natal Legal retém 968mercadorias com irregularidades fiscais

SEF/Divulgação

Page 56: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

56 • Janeiro 2015 • Economia&Negócios

mercadomercadocoluna coluna

Divulgação

Secretário da Amfri é eleito presidente doColegiado de Executivos de Santa Catarina

O Colegiado de Secretários Executivos das Associa-ções de Municípios de Santa Catarina realizou a eleição e posse da nova diretoria do Colegiado.

O Executivo da Associação dos Municípios da Região da Foz do Rio Itajaí - Amfri, Célio José Bernardino, foi eleito como presidente do grupo.

A escolha do novo presidente se deu pelo crité-rio definido pelo colegiado - tempo de atuação junto às entidades municipalistas. Célio está à frente da secreta-ria executiva da Amfri há 26 anos, ou seja, segue desde 1988 coordenando as ações e funcionamento geral da entidade. Assim, por unanimidade foi escolhido como presidente do colegiado para o período de 2015 e 2016.

Odivar Clóvis Biscaro, presidente do colegiado em 2013/2014 e executivo da Associação dos Municípios do Alto Vale do Rio do Peixe - Amarp deixou o cargo, dizendo que foi um privilégio presidir o colegiado e de-sejou sucesso à nova diretoria. Em seguida, o secretá-rio executivo da Amfri agradeceu a todos. “Obrigada a todos os executivos das associações de Santa Catarina pela confiança depositada em mim para coordenar este importante colegiado”.

Completando a nova formação da diretoria, José Rafael Corrêa (Ammvi) foi nomeado como vice-presiden-

te, Juliana Pereira H. Demarchi (Amvali) primeira secretá-ria, e Hélio Daniel Costa (Amplanorte) segundo secretá-rio. A extensa pauta do encontro teve entre seus temas à organização do 17º Ciclo de Estudos do TCE e uma apre-sentação da Movimentação Econômica dos municípios. Além disso, a abertura da reunião contou com a presen-ça da presidente da Amfri e prefeita de Bombinhas, Ana Paula da Silva. •

Nova diretoria do Colegiado: Presidente: Célio José Bernardino – Amfri (Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí) Vice-presidente: José Rafael Corrêa – Ammvi) (Associação dos Mun. do Médio Vale do Itajaí) 1ª Secretária: Juliana Pereira H. Demarchi – Amvali (Associação dos Mun. do Vale do Itapocu) 2º Secretário: Hélio Daniel Costa – Amplanorte (Associação dos Mun. do Planalto Norte Catarinense)

Célio José Bernardino - Amfri, Juliana P. Demarchi - Amvali, Hélio Daniel Costa - Amplanorte e José

Rafael Corrêa - Ammvi

Page 57: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015
Page 58: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

58 • Janeiro 2015 • Economia&Negócios

Brasilportos do

Sem conseguir liberar licitações de antigos terminais por-tuários públicos, o governo vai começar aprovar novos investimentos nos terminais com contratos após 1993,

que podem alcançar R$ 11 bilhões em obras nos próximos cinco anos.

A promessa foi feita pelo ministro de Portos, Cesar Borges, após mais uma vez o governo ver frustrada a possi-bilidade de iniciar as concorrências para conhecer novos ad-ministradores de cerca de 150 terminais portuários antigos que precisam ser relicitados para que sejam investidos outros R$ 10 bilhões.

O TCU (Tribunal de Contas da União) analisa há mais de 14 meses se permite ou não o governo licitar esses terminais antigos no modelo que o governo propõe. Na última terça-feira, a decisão foi adiada pela quinta vez somente nesse se-mestre.

Os terminais que terão autorização para fazer novos investimentos são os que foram licitados após 1993, pela an-tiga lei de portos. Os contratos permitem expressamente a renovação por uma vez.

Para o governo, a situação desses terminais é diferente da dos terminais antigos que vão ser relicitados (a maioria tem contrato antes de 1993) porque não é possível renová-los em troca de investimentos, algo que os atuais concessionários dos terminais antigos contestam. A disputa entre o governo e os concessionários antigos é um dos motivos de atraso nas concorrências.

A ideia do governo é antecipar a renovação do contra-

tos dos terminais licitados após 1993 (os vencimentos ocorre-riam até a próxima década) em troca dos concessionários am-pliarem a capacidade dos terminais. Os pedidos já passaram por análise técnica dos órgãos de controle e agora precisam apenas da permissão da Secretaria de Portos.

AntecipaçãoSegundo a Secretaria de Portos, já foram feitos 25 pe-

didos de renovação antecipada. No porto de Santos (SP), por exemplo, o terminal da Santos Brasil, um dos maiores termi-nais públicos de contêineres, promete fazer R$ 1,2 bilhão em obras pela renovação por mais 25 anos de seu contrato.

Com as obras, o terminal teria a capacidade de receber navios de maior porte o que aumentaria sua capacidade. Ou-tra empresa que pediu renovação antecipada foi CSN que pre-vê investimentos de R$ 2,4 bilhões no Porto de Itaguaí (RJ).

O governo também conseguiu homologar junto à Ma-rinha um calado maior para o Porto de Santos, ficando em no mínimo 13 metros (estava em 12,6 metros até semana passa-da). Com isso, os navios podem sair com mais carga do porto o que melhora a qualidade do transporte marítimo.

O problema é que o investimento na melhoria dos por-tos está chegando tarde. O transporte de contêineres está em queda no país, deixando os principais terminais, princi-palmente em Santos, com alto nível de ociosidade. A queda nos contêineres está associada à redução do crescimento do país, principalmente do comércio exterior, desde o início de 2014. •

Governo vai liberar R$ 11 bilhões de investimentosem obras nos portos nos próximos cinco anos

Page 59: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

Brasilportos do

Economia&Negócios • Janeiro 2015 • 59

O diretor-geral da Antaq, Mário Povia, reuniu-se com usuários dos portos, na sede da Agência, em Brasí-lia, para discutir uma agenda positiva para o setor.

A reunião é a terceira da agenda e dá continuidade à uma série de entendimentos que foram iniciados em julho, no Rio de Janeiro (RJ).

Durante a reunião, foram discutidos diversos temas de interesse do setor, como o incentivo ao fortalecimento e associativismo entre usuários em todos os portos, confor-me determina a Lei de Concessões; publicidade nos websi-tes de terminais arrendados, companhias docas e Antaq da discriminação de serviços, tarifas e preços máximos; e re-visão da Resolução Antaq nº 2.389, que estabelece os pa-râmetros a serem observados na prestação de serviços de movimentação e armazenagem de contêineres e volumes em instalações de uso público nos portos organizados.

Povia, que presidiu a reunião, destacou a importân-

Antaq reúne-se com representantes dos usuários dos portos

cia da agenda para uma maior harmonia entre usuários e pres-tadores de serviços nos portos. “O porto existe para escoar a carga e a nossa função é assegurar que o usuário possa escoar sua carga a um preço justo. Do lado do armador e do terminal portuário, nossa função também é cuidar para que eles tenham boas condições de infraestrutura, e, assim, possam comparti-lhar essa redução de custos gerada pela maior eficiência com o usuários”, observou. •

Page 60: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

Brasilportos do

60 • Janeiro 2015 • Economia&Negócios

O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) atingiu a execução de R$ 1,066 trilhão até 31 de dezembro de 2014, o que representa 96,5% do

orçamento previsto para o período 2011/2014. A decla-ração foi feita pela ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog), Miriam Belchior, durante a abertura da apresentação do 11º relatório do Programa de Acelera-ção do Crescimento (PAC2), em Brasília. O ministro-chefe da Secretaria de Portos, César Borges, esteve presente na apresentação.

As ações concluídas atingiram R$ 796,4 bilhões em obras dos seis eixos do PAC 2, 99,7% do total previsto até o final de 2014. Segundo a ministra do Mpog, as ações do PAC ajudaram o governo federal a minimizar efeitos da cri-se mundial. “Com o PAC o Brasil conseguiu diminuir as ta-

xas de desemprego e reaquecer o mercado financeiro. Além disso, os empreendimentos remodelaram os novos centros urbanos, com a grandes projetos de logística de transportes que estão reduzindo os gargalos e por consequência dimi-nuindo os custos e aumentando a competitividade”, disse,

No setor portuário, o PAC 2 concluiu 30 empreen-dimentos, como a ampliação do Cais Comercial do Porto de Vitória, construção dos Terminais de Passageiros de Natal e Recife e dragagens de aprofundamento nos portos de Imbituba (SC), Santos (SP), Natal (RN), Fortaleza (CE), São Francisco do Sul (SC), Itajaí (SC), Rio de Janeiro (RJ) e Suape (PE). Segundo a ministra Mirian Belchior, além dos 30 empreendimentos executados, que compreendem obras de acessos, dragagens, ampliação de cais, existem ainda18 obras em andamento nos portos. •

Divulgação/SEP

O ministro-chefe da Secretaria de Portos, César Borges, esteve presente na apresentação do 11º relatório do programa

PAC 2Programa de Aceleração do Crescimento concluiu 30 obras em Portos

Santa Catarina foi contemplada com dragagens de aprofundamento nos portos de Imbituba, São Francisco do Sul e Itajaí

Page 61: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

Brasilportos do

Economia&Negócios • Janeiro 2015 • 61

O Porto do Rio Grande realizou a 3ª Blitz Am-biental no ambiente portuário. A abordagem ao público-alvo, caminhoneiros que circulam

pela área portuária, foi coordenada pela equipe do Programa de Educação Ambiental do Porto (ProEA). Em todo o complexo portuário, foram abordados aproximadamente 450 caminhoneiros.

O objetivo é promover a conscientização dos caminhoneiros sobre a importância da saúde do ho-mem, como em relação à segurança do trabalho, e ainda com o cuidado com o meio ambiente. O traba-lho foi realizado em conjunto com a Prefeitura do Rio Grande, através da Secretaria da Saúde e da Secre-taria de Mobilidade Urbana e Acessibilidade, e com o Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental

(Nema). Nesta edição, a Blitz contou com o apoio das

empresas Refinaria Riograndense, Transpetro, Granel Química/Braskem, Termasa/Tergrasa, Yara, Ecovix, Tecon, Sagres e F.Andreis, que também realizaram a Blitz em suas áreas de recepção aos caminhoneiros através de suas equipes e a participação de integran-tes do ProEA. A atividade integrou a programação do Novembro Azul na cidade do Rio Grande.

O caminhoneiro Ricardo Toscan, de Flores da Cunha (RS), considerou importante a atividade da Blitz Ambiental. "Achei legal. É bom porque não é sempre que temos essa oportunidade. De repente a pessoa está com problema de saúde e não sabe", afirmou. •

Porto do Rio Grande realiza 3ª Blitz Ambiental

Divulgação

Page 62: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

62 • Janeiro 2015 • Economia&Negócios

Brasilportos do

O Porto Itapoá é uma das empresas catarinenses re-conhecida pela Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc), com o Certificado de Respon-

sabilidade Social do Estado.A certificação é baseada na Lei 12.918, de 2004, que

institui o Certificado de Responsabilidade Social de Santa Ca-tarina, tendo por finalidade reconhecer e destacar as empresas privadas e entidades com fins não econômicos que tenham a responsabilidade socioambiental incluída em suas políticas de gestão, visando à promoção do bem-estar da sociedade e a preservação ambiental.

Ao todo, 83 organizações foram certificadas, sendo 48 entidades e 35 empresas privadas. Os certificados foram en-tregues em uma Sessão Especial da Assembleia, realizada no último mês de dezembro.

Com um considerável investimento na área social e de preservação ambiental, o Porto Itapoá, com este reconheci-mento, reforça o seu compromisso como empresa socialmen-te responsável, principalmente porque desenvolve a maior

parte de seus projetos no relacionamento com a comunidade, disseminando para outras regiões ideias e ações que fazem do local onde vivemos e trabalhamos um ambiente cada vez melhor e mais saudável para todos.

O presidente do Porto Itapoá, Patrício Junior, comemo-rou mais este reconhecimento para o terminal, que em 2014 já foi agraciado com outras grandes conquistas, todas com o mesmo propósito de contribuir para o desenvolvimento da sociedade.

“Estamos em uma cidade pequena, onde o Porto Ita-poá, por ser a maior empresa do município, tem a preocupação constante em ser um dos protagonistas do desenvolvimento sustentável da cidade e da região. Para isso, entendemos que é fundamental estarmos junto com as pessoas, conhecer sua cultura e suas necessidades, fazer parcerias e trabalhar em prol de uma sociedade mais justa e correta. Quando vemos que este trabalho é compartilhado por outras organizações, percebemos que temos grandes possibilidades de mudar o mundo para melhor.” •

Divulgação/Alesc

A analista de sustentabilidade, Patricia Dall’Onder, representou o terminal na premiação.

Porto Itapoá recebe certificado de Responsabilidade Social da Alesc

Page 63: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015
Page 64: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

64 • Janeiro 2015 • Economia&Negócios

Brasilportos do

Os primeiros 16 funcionários a aderir ao Plano de Desli-gamento Incentivado (PDI) realizado pela Administra-ção dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) já se

desligaram da empresa em dezembro. O processo integra os trâmites de instalação da nova empresa pública, que passou a gerir os portos paranaenses.

Entre outras ações, como a mudança da natureza jurídi-ca da Appa, a nova empresa prevê a modernização do quadro funcional da Appa. A última lei que tratou da natureza jurídica da Appa é de 1971. A desatualização trouxe diversos proble-mas, entre esses as inúmeras ações trabalhistas.

É que os funcionários da Appa, todos celetistas, esta-vam em desacordo com a lei, que determinava que fossem estatutários. Fora isso, as mudanças legais que retiraram os portos da operação, fizeram com que centenas de trabalhado-res ficassem em desvio de função. O resultado disso: em 20 anos, foram 11 mil ações, que oneraram os caixas da Appa em R$ 1,3 bilhão. Ainda existem outros R$ 500 milhões em ações a serem pagos por novas demandas na justiça, para os próximos cinco anos.

Para tentar reverter este processo, foi oferecido aos cerca de 600 funcionários da empresa um PDI. Até o início

de dezembro de 2015, 320 funcionários decidiram aderir ao plano e irão se desligar da empresa. O PDI tem prazo de dois anos para ser executado e limite de R$ 80 milhões a serem pagos em indenizações.

O próximo passo será a realização do desenho do novo quadro funcional da empresa. “Optaram por se desligar da empresa pessoas que contribuíram muito para o desenvol-vimento dos portos paranaenses, mas que decidiram seguir outros rumos. O capital humano é o bem mais precioso de qualquer empresa e estamos tratando com o devido respeito e cuidado todo este processo”, afirmou o diretor-presidente da Appa, Luiz Henrique Dividino.

MudançasA empresa pública que gere os portos do Paraná come-

çou a funcionar em setembro do ano passado. Ela é dirigida por dois órgãos: conselho administrativo e diretoria execu-tiva. Formam o conselho administrativo três membros indi-cados pelo Governo do Estado, um membro representando os trabalhadores portuários e um representando a classe dos empresários. Cada cadeira conta com um membro titular e um suplente.

Portos paranaenses iniciam reformulação do quadro funcional

Arquivo Appa

Page 65: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

Economia&Negócios • Janeiro 2015 • 65

Brasilportos do

O corpo diretor irá submeter ao Conselho Administra-tivo e à Secretaria de Infraestrutura e Logística um plano de cargos e salários. Este plano será elaborado por uma empresa contratada, que irá montar o novo quadro funcional. Além disso, será traçado o perfil profissiográfico de cada função na empresa.

O antigo quadro funcional entrará em extinção e dei-xará de existir em poucos anos (nenhuma função será reo-cupada). Os trabalhadores poderão optar por um Plano de Desligamento Incentivado (PDI), por permanecer onde estão ou, caso haja adequação jurídica, migrarem para o novo qua-

dro. Novas contratações (via concurso público) só serão feitas dentro do novo quadro funcional.

“Teremos uma empresa mais enxuta, porém, com pro-fissionais de outras áreas, que hoje não compõem nosso qua-dro funcional como engenheiros ambientais, oceanógrafos e advogados”, explicou Dividino.

Cargos em comissão continuarão a existir na empresa pública, mas obedecendo às três situações previstas consti-tucionalmente: direção, chefia e assessoramento. Cargos de perfil técnico (como engenheiros e advogados) não poderão ser comissionados. •

Arquivo Appa

Page 66: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015

Brasilportos do

66 • Janeiro 2015 • Economia&Negócios

O melhor porto para trabalhar no país, de acordo com a edição 2014 do Great Place To Work (GPTW), é de Santa Catarina. O Terminal Portuário de Navegantes

atingiu nota suficiente para ser ranqueado no seleto grupo das melhores empresas para se trabalhar. Em Santa Catarina, somente 25 empresas constam na lista.

O GPTW tem como missão construir uma sociedade melhor, ajudando empresas a transformar seu ambiente de trabalho. Por meio de questionários distribuídos entre os fun-cionários com mais de três meses de trabalho nas empresas analisadas, são avaliados: credibilidade; respeito; imparciali-dade; orgulho; camaradagem. Os colaboradores são convida-dos a participar do questionário e a empresa respondente não tem acesso ao resultado até a divulgação pelo GPTW.

Em operação há sete anos, a Portonave conquistou esse posto por sua capacidade de fazer os colaboradores, como são chamados os funcionários, acreditarem que o Terminal é um projeto de todos e, mais do que isso, que trabalha para fomentar o crescimento e desenvolvimento da região. A em-presa se esforça para que o ambiente de trabalho seja agradá-vel, de crescimento profissional e pessoal e estimula as boas ações.

A Portonave trouxe para a região de Navegantes uma nova mentalidade de fazer negócios, já bastante conhecida em outros países e nas grandes cidades brasileiras, mas ainda pouco aplicada em empresas de municípios menores: o triple

bottom line, que baliza as ações das empresas com foco nas áreas social, ambiental e econômica.

“Somos navegantinos. Investimos aqui, acreditamos nas pessoas daqui e temos convicção de que o sucesso da Portonave só é completo com o desenvolvimento socioeconô-mico de Navegantes. Para isso, além da geração de emprego e renda, também desenvolvemos projetos sociais que buscam melhorar a qualidade de vida de toda a comunidade”, sus-tenta Osmari de Castilho Ribas, diretor-superintendente ad-ministrativo.

EngajamentoO fato de ser uma empresa nova ajuda na manutenção

do sentimento de pertencimento. Muitos colaboradores viram o primeiro navio atracar no Terminal, em outubro de 2007. E a empresa faz questão de reconhecer a dedicação e o compro-metimento dos funcionários. “Todo ano, no mês de outubro, os colaboradores que completam cinco anos de casa têm o trabalho reconhecido. Este ano o coquetel de comemoração teve 144 homenageados”, enfatiza Castilho.

“As pessoas saem daqui no fim do dia com a certeza de que seu trabalho tem um sentido especial, que elas são importantes para essa estrutura enorme. Temos tecnologia e bons equipamentos, mas se não tivéssemos excelentes pro-fissionais de nada isto adiantaria”, complementa o diretor-superintendente operacional, Renê Duarte. •

Divulgação/Portonave

Portonave é o único terminal portuário na lista das melhores empresas para se trabalhar no Brasil

Page 67: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015
Page 68: Revista Portuária - 09 Janeiro 2015