revista portal dos condomínios - mar/abr

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Distribuição gratuita Ano 09 . Nº 101 Mar/Abr de 2013 O seu condomínio em revista PORTAL DOS CONDOMÍNIOS Daqui para frente o Portal dos Condomínios será QUANDO O SONHO VIRA PESADELO Conheça casos de pessoas que compraram imóveis na planta e se deram mal. E outras que utilizaram a tecnologia para resolverer a situação.

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Revista direcionada a condomínios, com distribuição via mala direta para 130 condomínios e loteamentos residenciais

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Page 1: Revista Portal dos Condomínios - mar/abr

Quando o so

Distribuição gratuitaAno 09 . Nº 101Mar/Abr de 2013

O seu condomínio em revistaPORTAL DOS CONDOMÍNIOS

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2 Portal dos Condomínios . Mar/Abr 2013

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3Portal dos Condomínios . Mar/Abr 2013

Quem é APÊ ZeRO 1?

Marcas estão sujeitas a mudanças e muita das

vezes no próprio nome, mas o DNA de uma empresa

nunca deve perder sua essência. Para esta publicação,

que iniciou sua trajetória em formato de jornal, pas-

sou para revista, se especializou em informações de

condomínios, honrou com seus compromissos co-

merciais e conquistou credibilidade, está na hora de

uma nova, grande e positiva mudança!

A necessidade de renovação bateu à porta. As

reportagens precisavam de uma nova visão e abor-

dagem. O design gráfico, também. E, por que não,

alterar o nome da revista para facilitar a assimilação?

No campo editorial, sabemos que, com a facili-

dade de acesso à informação, cada vez mais devemos

tratar o conteúdo de uma mídia com cuidado, rele-

vância e ineditismo. Por isso, desde que mudamos

para o formato revista, aprofundamos nas reporta-

gens sobre condomínios. Viramos referência no mer-

cado. Agora, o desafio é continuar carregando essa

responsabilidade e oferecer outras editorias dentro

da revista, para suprir uma necessidade grande que

encontramos: o público que não está interessado em

assuntos condominiais, mas preza por informação de

qualidade e instrutiva.

Redação: Rua das Pitangueiras, 652 - Jd. Pitangueiras

CEP.13206-716 - Jundiaí / - Tel: 4522-2142

[email protected]

A revista é um produto da io! comunica

CNPJ: 06.539.018/0001-42

www.iocomunica.com.br

Jornalista Responsável: Rodrigo Góes. MTB: 41.654

Designer Gráfico: Paloma Cremonesi

Arte Final: Paloma Cremonesi, Jonas Junqueira e

Camila Godoy

Web: Michel Silva

Reportagens: Vivian Lourenço MTB: 57471

Ilustração e Redes Sociais: Rafael Godoy

Planejamento: Júlia Hirano

Estagiário: Paulo Toledo

Tiragem: 10.500 exemplares.

Entrega: Mala direta e direto em caixa de correio,

mediante protocolo para moradores de condomínios

constantes em cadastro do Portal dos Condomínios.

Caso ainda não receba e queira o exemplar em seu

condomínio, ligue para 11. 4522-2142.

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade

do autor e não representam o pensamento a revista.

Site: www.condominioemrevista.com.br

Twitter: @pcondominios

Facebook: Portal dos Condominios

Blog: http://portaldoscondominios.wordpress.com

EXPEDIENTE

NA WEB

ASSOcIADO

Por este motivo, a partir da próxima edição

você receberá uma revista com muito mais edi-

torias. Serão reportagens de diversos temas e fi-

nalidades, aproximando o seu dia a dia da nossa

publicação. E convidando você a participar, seja na

edição impressa, seja na virtual.

A nova revista também vem para receber uma

injeção de ânimo com uma nova identidade visual.

O projeto gráfico será moderno, atraente e de fácil

assimilação. Separaremos os anúncios, ao máximo,

do conteúdo editorial, reservando mais espaço para

as mentes criativas da revista expor seu trabalho.

E a maior surpresa será a despedida do nome

Portal dos Condomínios. Ele ficará na história, muito

bonita e conquistada em 10 anos, deixando lugar para

a revista aPÊ Zero 1, que continuará sendo o seu con-

domínio em revista. Continuará sendo a melhor revista

dirigida e gratuita de Jundiaí e Região!

aPÊ Zero 1 indica energia na área de comunica-

ção. E vamos direcionar essa energia para oferecer o

melhor conteúdo editorial possível para você, mora-

dor de condomínio. Aguarde, são apenas 60 dias para

a próxima edição. Vem aí aPÊ Zero 1. Confira a nova

marca na página 24.

EDITORIAL ÍNDIcE

* Home Office

* Condomínio pode divulgar

inadimplente?

* Portal Debate: as dúvidas

do seu condomínio

* Capa: a compra do

imóvel na planta

* Novidade: Portal muda

o nome para APÊ ZERO 1

* Terrário

PARA ANUNCIAR11 4522.2142 | 4521.3670atendimento@ condominioemrevista.com.br

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4 Portal dos Condomínios . Mar/Abr 2013

Que tal trabalhar sem sair de casa?

Decoração & Design

Div

ulga

ção

Por Vivian Lourenço

Enfrentar trânsito pesado, congestionamento,

acordar horas mais cedo para não chegar atrasado

ao trabalho, procurar vaga para estacionar; tudo

isso desanima muita gente. Quem nunca acordou

e pensou em telefonar para o chefe falando que ia

trabalhar em casa? De pijama, sem passar estresse

para chegar ao escritório e com a internet, não fica

difícil ter em casa o mesmo ambiente do trabalho.

Por isso, muitos brasileiros optam por uma ten-

dência mundial, o Home Office, e estão adaptando

pequenos espaços dentro de casa para montar o

escritório. Trabalhar sem sair de casa faz os olhos de

muita gente brilhar, porém, é preciso seguir algumas

regras e não misturar vida pessoal e profissional.

Além de mais qualidade de vida, participar da

rotina familiar é o que mais pesa para quem opta

por esse estilo de trabalho. Uma pesquisa realiza-

da por uma consultoria internacional, com 24 mil

profissionais, de 90 países, mapeou os três maiores

obstáculos para quem trabalha em casa e no Bra-

sil. As maiores dificuldades são os filhos, falta de

concentração e exigência de atenção por parte da

família ou animais de estimação, o que acaba atra-

palhando, por exemplo, as ligações telefônicas.

Para quem pensa em adotar esse estilo de tra-

balho, a arquiteta Carol Abumrad explica que não

é necessário dispor de uma área muito grande. “O

Home Office pode ser montando em um cômodo

da residência, ou adequando o tamanho dos mó-

veis a um espaço disponível, que pode ser em um

canto da sala ou dormitório“.

O mais comum é montar o Home Office no

quarto, o que pode acabar sendo tentador, princi-

palmente para os cochilos ou a dispersão da aten-

ção. Para deixar o local com cara de escritório, Carol

recomenda alguns móveis básicos, como, no míni-

mo, uma bancada bem iluminada com espaço que

você possa escrever ou apoiar eletrônicos, como

notebook, impressora, telefone. Não se esqueça de

pensar também no conforto, o ideal é ter uma ca-

deira ergonômica.

Nada de dividir o espaço com outras pessoas,

como os filhos, por exemplo. É preciso deixar cla-

ro que ali é um local de trabalho e não de diver-

são. Você pode usar uma parede ou divisória para

delimitar a área. Agora se a pessoa não achou um

espaço definitivo para montar o Home Office, a so-

lução é colocar algumas prateleiras para guardar o

essencial e usar uma mesa dobrável, por exemplo.

Para decorar o escritório, Carol aconselha usar

cores claras. “É legal escolher um ambiente com

ventilação e iluminação de pre-

ferência naturais. Indispensável,

também, ter tons agradáveis aos

olhos e evite as cores fortes. O

ideal é mesclar e utilizar de uma

iluminação suave com os tons

claros”.

Você pode começar mon-

tando uma bancada com altura

total entre 72 e 74

cm, do chão, com

cadeira ergonômi-

ca para proporcio-

nar uma postura

correta e pratelei-

ras que podem ser

em cima da ban-

cada, para guardar papéis e materiais de escritó-

rio. “Não se esqueça das instalações elétricas dos

equipamentos e a altura ideal dos mesmos”, explica

Carol.

Como geralmente as salas são maiores que os

dormitórios, Carol dá a dica de ter um Home Office

integrado com a sala. “Faça dele uma continuação

de sua sala. Use os mesmos acabamentos nos mó-

veis, tapete, pendente sobre a mesa, cortina etc.”,

assim será possível criar um ambiente profissional,

sem dispersão.

Depois de montar o espaço, é preciso ter cons-

ciência da rotina. Trabalhar em casa é tentador e

não fica difícil focar as atenções em qualquer ou-

tra coisa, que não o trabalho; principalmente para

quem tem filhos em casa, que demandam mais

atenção. Então nada de visitar a geladeira o tempo

todo, ou sair pra fazer compras de tarde, e com-

pensar as horas de trabalho depois.

A psicóloga Luciane Rossi Alves explica que,

para poder criar uma rotina em casa, é preciso que

a pessoa compreenda o sentido do trabalho. “Pois

somente criamos rotina a partir de algo que faz

parte de nossa vida e, principalmente, ter em men-

te que é preciso valorizar a sua atividade”, ressalta

Luciane.

Toda facilidade de trabalhar em casa, no entan-

to, não pode tirar o senso de responsabilidade da

pessoa. Ela precisa organizar a sua rotina mais do

que quando se deslocava até o ambiente de traba-

lho. “A casa oferece muito mais possibilidades de

não conseguir se adequar”

Luciane ressalta que começar a trabalhar em

casa não é das tarefas mais simples. “Muitas coisas

poderão atrapalhar na organização e no andamen-

to do processo como: não conseguir impor limites

nas pessoas da casa, principalmente nos filhos, nas

atividades cotidianas, nos afazeres, nas distrações

e principalmente se a pessoa não perceber que ela

que precisará se limitar e muitas vezes se cobrar”.

Por isso é tão importante definir uma rotina,

como se estivesse trabalhando fora de casa; delimi-

tar o tempo entre trabalho e questões domésticas,

é fundamental. “Caso a pessoa tente trabalhar e

ao mesmo tempo resolver problemas da casa, isto

pode atrapalhar. Os adeptos a mudanças vão ter

mais sucesso na nova empreitada”, revela a psicólo-

ga. Porém, se você tem dificuldade, fique tranquilo,

que, segundo Luciane, com um pouco de treino e

dedicação, é possível aderir a esse modelo de traba-

lho. “O erro mais comum destas pessoas é misturar

o profissional com o pessoal e se perder neste pro-

cesso”.

Mais do que reduzir o estresse e aumentar a

qualidade de vida, trabalhar em casa requer disci-

plina; a pressão do dia a dia continua a mesma e

as cobranças também. Por isso se organize, crie um

ambiente adequado e desfrute de todas as vanta-

gens que o Home Office possui.

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5Portal dos Condomínios . Mar/Abr 2013

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6 Portal dos Condomínios . Mar/Abr 2013

VIVER EM cONDOMÍNIO

O CONDOMÍNIO PODE DIVULGAR AS UNIDADES INADIMPLENTES?

Sempre vimos com muita cautela a questão da cobrança da contribuição condo-minial, considerando o modo como ela é re-alizada e especialmente quanto a divulgação da inadimplência ou aplicação de restrições de uso de áreas comuns por condôminos inadimplentes.

Nossa legislação é muito clara ao deter-minar que “na cobrança de débitos, o con-sumidor inadimplente não será exposto a ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça” (artigo 42 CDC).

Este mandamento trazido do Código de Defesa do Consumidor tem orientado mui-tas decisões com relação aos condomínios, embora não exista relação de consumo en-tre condômino e condomínio. O cuidado nos levou a sempre indicar que fosse divulgada apenas a quantidade de unidades inadim-plentes e o valor da inadimplência, pois qualquer outra forma que pudesse levar a identificação do inadimplente poderia lhe trazer uma exposição ilegal, surgindo assim o dever do condomínio em indenizar o ofen-dido.

Como sabemos, o condomínio funciona por um rateio de despesas, todos devem contribuir na justa medida para que tudo funcione em benefício coletivo. Quando al-guém deixa de contribuir surge o desequilí-brio e, aqueles que pagam, acabam pagan-do por aqueles que não contribuem, mas continuam desfrutando de tudo o quanto o condomínio oferece até que a situação se torna insustentável e demasiadamente one-rosa para aqueles que mantém suas contas em dia.

Sempre nos pareceu uma situação muito perversa esta de “carregar o inadimplente nas costas” e nem ao menos poder divul-gar aos demais “sócios” que pagam a conta quem é que está a onerar a situação. Mas a legislação acabou por beneficiar os maus e prejudicar os bons. É claro que existem inadimplentes que passam por momentos difíceis na vida que as vezes os conduz à beira da insolvência civil, mas estes sempre que se recuperam procuram saldar seus

débitos. Nossa preocupa-ção é com aquele vizinho que não paga o con-domínio e troca de carro todo ano, vive adquirindo novos eletrodomésticos e sempre tem umas cai-xinhas de “pizza delivery” no seu lixo.

O novo Código Civil de 2002 trouxe às claras as obrigações do síndico elencadas no artigo 1348 e dentre elas cita a obrigação de cobrar dos condômi-nos suas contribuições condomi-niais e também a de dar ciência à assembleia de quaisquer processos administrativos ou judiciais de inte-resse do condomínio.

Se o síndico não comunica a adoção de atitudes de combate à inadimplência ou não adota atitudes para cobrar importâncias devidas ao con-domínio, pode ser responsabilizado por sua omissão. Como poderia então o síndico cumprir sua missão de informar os demais condôminos sem cair no risco de expor o condomínio a ações de indenização por dano moral que agravariam ainda mais a situação financeira, sobrecarregando os a-dimplentes com o custeio de vultosas quan-tias?

Em consulta à doutrina e a jurisprudên-cia (que é o entendimento de nossos tribu-nais) pudemos encontrar alguns ensinamen-tos como o de Hamilton Quirino Câmara que diz:

“Não configura dano moral a mera indi-cação das unidades que se encontram em débito em um condomínio. Pelo contrário, o síndico tem o dever de prestar contas, sendo obrigado a sempre informar a relação das unidades devedoras. O que poderia em tese constituir dano moral seria a exibição do nome do devedor de forma destacada em quadros de avisos, vindo a comprovada-mente causar-lhe vexames e constrangimen-tos. Note-se que a obrigação do condômino é pagar sua cota-parte, e não usar a descul-

pa da divulgação para fugir à responsabili-dade, pois hoje existe uma verdadeira indús-tria de dano moral.” i

Ainda a reforçar tal assertiva o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo: “Não constitui abuso ou exposição ao ridículo a simples inclusão do nome do condômino no rol dos devedores, nos balancetes mensais, não justificando cobrança de indenização por danos morais. A revelação de devedores é obrigação e não existe prova de que o réu tenha obrado com intuito de submeter o condômino à situação vexatória. Aliás, de igual intensidade é o sentimento daquele que paga suas obrigações em dia, mas se vê obrigado a suportar no rateio da parte dos inadimplentes.” ii

Ou ainda mais: “A inclusão do condômi-no em débito na lista de inadimplentes con-figura mero exercício regular de direito, por-quanto visa à preservação dos interesses da coletividade condominial.” iii

Como pudemos notar, alguns julgadores admitem até a divulgação do nome do de-vedor, desde que esta divulgação não ultra-passe os limites da informação restrita aos demais condôminos e a estrita finalidade de noticiar acerca da realidade financeira do condomínio. Por outra sorte, encontramos

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7Portal dos Condomínios . Mar/Abr 2013

também decisões judiciais que condenam o condomínio em dano moral por divulgação do nome e não somente da unidade: “A pre-texto de obrigá-los a efetuar o pagamento dos débitos condominiais em atraso, o ape-lante expôs os autores, de forma absolu-tamente desnecessária, submetendo-os a vexame e afrontando sua honra subjetiva.” iv

Voltamos então ao dilema: como pode-ria o síndico cumprir sua missão de informar os demais condôminos sem cair no risco de expor o condomínio a ações de indenização por dano moral?

Por tudo o quanto pudemos pesquisar e concluir, salvo melhor juízo, a maneira mais adequada seria a divulgação restrita ao bo-leto mensal citando apenas a unidade deve-dora, pois a natureza do débito condominial vincula a obrigação à unidade devedora. É o quê chamamos em direito de “propter rem”,

que podemos traduzir livremente como “próprio da coisa”, ou seja, quem é inadim-plente é a unidade e não a pessoa.

Explicando melhor: quando alguém vende uma unidade condominial o débito não acompanha a pessoa e sim permanece sobre a unidade nascendo assim para aquele que seja o possuidor da unidade no momento da, seja proprietário, locatário ou comodatário, obrigação de pagar, mesmo porque essas situações são transitórias, es-pecialmente pelo fato de que os contratos de locação se findam mais cedo ou mais tarde e os negócios de compra e venda tam-bém fazem com que proprietários se alter-nem na titularidade do bem.

Desta maneira, acreditamos que seja possível dar conhecimento à comunidade condominial esclarecendo aos condôminos adimplentes quais são as unidades inadim-

plentes, por qual período se encontram de-vedoras e qual o valor do débito, desde que se faça com parcimônia seguindo a cautela de preservar a identidade do devedor divul-gando apenas o número da unidade no bo-leto mensal.

* Carlos Eduardo Quadratti, advogado especializado em direito condominial e de vizinhança, jornalista articulista inscrito no MTB 0062156SP.

i Câmara, Hamilton Quirino. Condomínio Edilício - Manual Prático de Perguntas

e Respostas, 2ª edição revista e atualizada, editora Lúmen Juris, 2007, pág. 223.

ii Ap. c/ Rev. 1.165.120-00/8 32ª Câmara Rel. KIOITSI CHICUTA - J. 15.05.08.

iii Ap. nº 0014767-60.2010.8.26.0562, 26ª Câmara de Direito Privado, Rel. Des.

ANTÔNIO NASCIMENTO, j. em 30.11.2011.

iv APL 1708194920098260100 SP 0170819-49.2009.8.26.0100, Paulo Alcides,

06/10/2011, 6ª Câmara de Direito Privado, Publicação: 13/10/2011.

Envie sua sugestão de tema jurídico [email protected]

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8 Portal dos Condomínios . Mar/Abr 2013

PORTAL DEBATE

Edson Alexandre Gallera: Quando o inquilino

recebe uma multa, deve-se mandar algum comuni-

cado para o proprietário, para o mesmo ficar ciente

do que aconteceu ?

Portal Debate: Normalmente as multas se

referem à conduta do morador, mas como acabam

recaindo sobre a unidade condominial seria pru-

dente encaminhar cópia ao proprietário do imóvel,

pois este pode vir a ser compelido ao pagamento

desta no futuro. Ademais é interessante para o con-

domínio dar ciência ao locador sobre a conduta do

locatário, pois existem fatos que podem até mesmo

culminar com a rescisão do contrato de locação, seja

por parte do próprio locador ou por pedido do con-

domínio.

João Cláudio dos Anjos Rodrigues - Con-domínio Villaggio di Firenze: Pode-se protestar

um boleto em separado para cobrir despesas

aprovadas em assembleia para cobrir garagem

em vagas indeterminadas?

PD: O protesto do boleto de condomínio está

previsto na legislação paulista (Lei nº 13.160/2008)

e desde que siga os pressupostos legais poderá ser

efetivado.

Elisângela Massucati, Ed. Névio Borgonovi: Pretendemos fazer reforma em nosso condomínio,

a qual compreende serviços de pintura na parte

externa. Há um mês, chamei um engenheiro para

elaborar um laudo técnico para solicitarmos os orça-

mentos. Ao comunicar o vizinho do condomínio, o

mesmo informou que, para o engenheiro descer na

parede que faz divisa com a edificação dele, seria ne-

cessário a permissão dele com dia e hora marcados.

E a pintura ele disse que eu teria de justar um preço

contratualmente pelo fato de usar o espaço dele

também. Enfim, com isso, as minhas dúvidas são as

seguintes: Ele pode impedir que eu realize a obra de

pintura? Como faço para pintar a parede que faz di-

Dúvidas de moradores e síndicos expostas aqui, para você

visa com ele? Afinal, qualquer coisa como lavagem,

pintura, andaime ou cadeirinha, ficarão rente a edi-

ficação dele. Preciso pagar por utilizar esse espaço?

O que fazer para não ter dor de cabeça com esse

vizinho?

PD: Sobre esta questão podemos citar os en-

sinamentos do célebre ministro Cesar Peluso que

ao comentar o artigo 1313 do Código Civil aduz:

“Exige a lei que o ingresso se dê mediante prévio

aviso. Há comunicação, não consenso. Em termos

diversos, não se exige a anuência do vizinho onera-

do, mas apenas sua prévia ciência, para que possa

preparar-se e tomar as providências necessárias a

seu alcance para evitar eventuais danos. Tomem-se

como exemplo a remoção de veículo ou proteção

de móveis e utensílios que se encontrem na pro-

ximidade da divisa onde será feita a obra. A negativa

injustificada abre ao vizinho prejudicado o direito de

reclamar o acesso forçado judicialmente, não se ad-

mitindo, todavia, a autotutela ...”.

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9Portal dos Condomínios . Mar/Abr 2013

Page 10: Revista Portal dos Condomínios - mar/abr

10 Portal dos Condomínios . Mar/Abr 2013

capa

Por Vivian Lourenço

Todo mundo tem um sonho na vida. Sonhar

faz parte do cotidiano de todas as pessoas e é

através dele que refletimos nossos desejos e ambi-

ções; mesmo que elas sejam impossíveis de serem

realizadas. É aquela sensação de que você pode

fazer tudo; ou te dá várias ideias de como seguir

na busca para poder concretizá-los.

Desde muito tempo a humanidade sonha;

eles representam mensagens, projetos e incentivo

às lutas, tanto pessoais, quando da sociedade. De

tão importante, a psicanálise dedicou-se a estudar

os efeitos que eles possuem no ser humano.

Os vários personagens que aparecem nos so-

nhos revelam traços da personalidade de quem

sonha, como por exemplo, a forma como ele con-

duz sua vida. Quanto mais cultivamos o nosso ser

interior, mais os sonhos ganham realidade e signi-

ficado. Deixam de ser meras imagens noturnas e

passam para o plano da realidade.

Os sonhos são necessários para a manutenção

da saúde e do equilíbrio emocional. Pessoas que

são impedidas de sonhar manifestam instabili-

dade, dificuldade de concentração, ansiedade e

agressividade.

O psiquiatra suíço, Carl Jung, diz que os so-

nhos expressam um autorretrato espontâneo, em

forma simbólica, da real situação do inconsciente.

Evidenciam uma situação específica e imediata de

nossa vida.

Outro psiquiatra famoso, o inglês Sigmund

Freud, afirmou que todo o material que compõe

o sonho procede de nossas experiências, daquilo

que foi por nós vivenciado. Este material é recor-

dado no sonho, embora não seja imediatamente

reconhecido pelo sonhador como originário de

suas próprias experiências.

Os sonhos mudam conforme os séculos. Se

hoje compararmos nossos sonhos com os sonhos

das pessoas na época da ditadura, por exemplo,

poderemos ver que os sonhos comuns de toda a

sociedade eram direitos iguais para todos e o di-

reito do voto, muito diferente da nossa realidade.

Muitos homem e mulheres são considerados

heróis, por terem conseguido realizar seus sonhos.

Um grande exemplo isso é Santos Dumont, que

conseguiu construir o seu modelo de aeronave.

Mesmo sendo ridicularizado, ele continuou com a

cabeça erguida e mostrou a todos que seu sonho

não ia ficar apenas no papel. Imagine se ele tivesse

desistido ou não desse valor para o sonho; pro-

vavelmente hoje não poderíamos nos locomover

com tanta facilidade.

Por isso, de nada adianta sonhar se não colo-

car em prática. Imaginar como pode ser sua vida,

ou suas conquistas, nos próximos anos, ajuda você

a ter metas; com elas definidas, fica mais fácil ter

um plano de ação.

É claro que nem todos os sonhos se tornam

O que era sonhovirou um pesadelo

Page 11: Revista Portal dos Condomínios - mar/abr

11Portal dos Condomínios . Mar/Abr 2013

realidade. Por exemplo, quando somos crianças,

sonhamos em como vai ser a vida de adulto. E

nessa hora entram metas como ser astronauta,

rock star ou agente secreto, por exemplo.

Quando crescemos e chegamos à adolescên-

cia, os sonhos mudam e com eles, nova metas de

vida: sai de cena o astronauta e entra uma vaga

na universidade, ou a compra de um carro; uma

namorada ou simplesmente ganhar dinheiro.

Na fase adulta é que temos consciência de

quantos sonhos já tivemos: alguns foram deixa-

dos para trás por falta de tempo; outros porque

não acreditamos que podíamos concretizar e a

maioria porque preferimos seguir um caminho

mais seguro.

Atualmente nossos desejos ou sonhos são ba-

sicamente consumistas: conseguir um bom traba-

lho, comprar uma casa, um carro, viajar ou formar

uma família. Nada disso faz lembrar aqueles pri-

meiros sonhos da infância.

A expectativa de concretizar um sonho é o

que faz o ser humano ir além e encontrar um sig-

nificado para a vida. É o momento de construir as

metas para alcançar o objetivo, de ter a sensação

de dever cumprido e de superar obstáculos.

Se de um lado há os sonhos, por outro temos

o pesadelo. Aquele conjunto de imagens apavo-

rantes que fazem as crianças acordarem chorando

e os adultos suando frio. Só existe a sensação de

calma quando percebem que aquilo fazia parte do

inconsciente.

Os pesadelos mostram um conflito profundo.

A ansiedade é tão grande que a gente acaba não

aguentando e acha um jeito de fugir das imagens

que assustam: esse é o momento do despertar. E

quase como se o inconsciente dissesse “olhe, acor-

de para essa situação”.

Assim como os sonhos, os pesadelos também

mudam conforme a nossa idade. Primeiro são os

monstros, depois passam para a sensação de per-

der a família, ou levar um fora de alguém que gos-

ta. Mais tarde, mudam para aquela sensação de

não ser capaz de realizar os sonhos.

Mas o bom da maioria dos pesadelos é que

eles acabam quando acordamos. O problema é

que nem todos são assim, alguns passam para a

realidade e então começa a verdadeira batalha.

Isso geralmente acontece quando somos adul-

tos. Imagine ter o desejo de comprar uma casa

ou apartamento, guardar anos de dinheiro, fazer

todas as economias possíveis até ver a construção

quase erguida, depois de anos acompanhando ti-

jolo por tijolo.

Um verdadeiro sonho para muitos brasi-

leiros. Só que para outros, esse sonho virou

um verdadeiro pesadelo. Ninguém vai imagi-

nar comprar uma residência, confiar na cons-

trutora ou incorporadora e depois de anos de

espera não saber quando poderá ocupar a

casa, tudo porque a obra atrasou.

Imagine morar de favor, não ter onde guardar

os móveis e eletrodomésticos e pagar o aluguel

junto com as parcelas relativas à obra, que não es-

tavam previstas. Esses são apenas exemplos de al-

guns dos transtornos de quem sofre por “comprar,

mas não levar”, a casa própria.

Se você já teve calafrios só de imaginar que

isso pode acontecer com você, tente pensar na

sensação real de quem está vivendo a situação: de

ver o sonho virar um ver-

dadeiro pesadelo.

De acordo com a

Associação dos Mutuá-

rios de São Paulo e Adja-

cências, no ano pas-

sado, 70% das queixas

de compradores de imó-

veis contra construtoras

diziam respeito ao atraso na entrega da obra, sen-

do que 46% de quem reclamou, entrou na justiça.

Segundo a pesquisa, em 2012, foram registra-

das em São Paulo e adjacências 2.748 reclamações

de mutuários contra construtoras de imóveis resi-

denciais, um aumento de 25% em relação a 2011.

Com o boom imobiliário, a oferta do imóvel

na planta teve um considerável aumento. Juntan-

do isso ao maior poder aquisitivo das classes B e C

e o crescimento dos financiamentos habitacionais

são fatores que levaram a esta demanda.

Segundo estudo do Data Popular, quase 10

milhões de famílias pretendem comprar um imó-

vel dentro de 1 ano. Desse total, 47% delas são

da classe média. Além disso, o crédito imobiliário,

que elevou a concessão em 49% nos últimos 12

meses, também tem facilitado a compra da casa

própria.

Em Jundiaí o Procon registrou, em 2011, 194

casos de não cumprimento do contrato, mas se-

gundo o coordenador do órgão, Adilton Garcia,

não existe a possibilidade de identificação exata de

casos de atraso na entrega em nosso sistema. “Em

2012 foram 223 casos de não cumprimento do

contrato, da mesma forma”.

O site ReclameAQUI, que abre espaço para os

consumidores exporem suas reclamações, regis-

trou, em Jundiaí, uma queda no número de re-

clamações. Em 2011 foram 67 reclamações e no

ano passado, 52. Nesse ano o site já contabiliza

13 reclamações. Em São Paulo, há um aumento

nos registros, de 2.754 de 2011 para 2.944 recla-

mações em 2012. Só nesse começo de ano foram

588 registros.

De acordo com Adilton, no mês de janeiro

de 2013 foram totalizados 3.784 atendimentos

no Procon de Jundiaí, sendo que destes 56 são

relacionados a construtoras. “Sempre existem re-

clamações com relação ao não cumprimento do

contrato, no entanto, como pode perceber, o au-

no mês de janeiro de 2013 foram totalizados 3.784 atendimentos no Procon de Jundiaí, sendo que destes 56 são relacionados a construtoras

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12 Portal dos Condomínios . Mar/Abr 2013

mento do atendimento desses casos foi pequeno”,

ressalta o coordenador.

O atraso na entrega do imóvel não é o úni-

co responsável pelas queixas no Procon. “Existem

outras reclamações, mas a maioria delas são ape-

nas para tirar dúvidas com relação a cobrança de

taxas, entre outras”. Adilton revela que, ao todo,

foram 168 atendimentos desse tipo no ano de

2011, com um aumento de 279 no ano de 2012.

Em São Paulo, a Fundação Procon divulgou o

ranking das construtoras que mais geraram recla-

mações, de 1º de janeiro a 10 de maio de 2012.

adilton Garcia, coordenador do Procon de Jundiaí

Nesse período foram atendidas 3.017 queixas, pe-

didos de orientação e esclarecimento de dúvidas

sobre compra de imóveis.

O principal motivo pelo qual os consumidores

procuram o Procon-SP é pelo atraso na entrega de

imóveis. “As reclamações sobre atrasos na entrega

estão aumentando e preocupam. Tentamos nego-

ciar a solução do problema junto às construtoras,

mas se isso não for possível, as empresas são au-

tuadas pelo abuso”, explica o diretor executivo do

Procon-SP, Paulo Arthur Góes.

Apesar do número relativamente baixo de re-

clamações em Jundiaí, quem passa pelo problema

nem sempre busca o Procon para ajudar a solu-

cionar o caso. Muitos escolhem alternativas mais

fáceis, como as redes sociais para reclamar, ou

esperam para poder entrar com processo contra

a construtora ou incorporadora quando consegui-

rem finalmente habitar a residência.

E quem vive esse pesadelo de “comprou, mas

não levou”, não esconde a frustração. É o caso da

futura moradora de um condomínio de Jundiaí,

que preferiu não ter o nome real revelado, então,

vamos identificá-la pelo pseudônimo de Jéssica.

Ela começou a busca por uma casa própria

no 2º semestre de 2012, escolhendo um imóvel

que já estivesse construído. Depois de pesquisar

muito, ela se decidiu por um apartamento de dois

quartos com suíte. “Em agosto de 2012 assinei o

contrato de compra e venda junto à imobiliária.

O prazo para averbação do Habite-se era de no-

vembro de 2012 e durante esse período eu deveria

aguardar para iniciar o processo de financiamento,

pois sem o Habite-se a Caixa Econômica Federal

(CEF) não financia imóveis prontos para morar”,

diz Jéssica.

E em novembro do ano passado que ela co-

meçou a ter problemas. Ela declara que foi infor-

mada que o empreendimento teria um reajuste

mensal e que ela deveria pagar diretamente à

construtora. “Em dois meses esperando o Habite-

-se o valor do rejuste já era de R$ 17.000”.

De acordo com Jéssica, no momento da as-

sinatura do contrato de compra e venda, esta

clausula não foi explicada, ao contrário, ela foi in-

formada de que após o pagamento das taxas de

corretagem e o sinal para construtora, ela não pa-

garia nenhum outro valor, além do financiamento.

“O sentimento era de enganação... e impotência!

Era sonho ou pesadelo?”.

Em novembro de 2012, Jéssica teve o crédito

aprovado junto à CEF e mais problemas aparece-

ram. “Desde então a cada follow up realizado com

a Consultoria a resposta era diferente. Se fa-

lássemos com duas pessoas diferentes no mesmo

dia, teríamos respostas distintas”.

Para piorar a situação da futura moradora, a

partir de setembro começou a ser cobrada a taxa

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13Portal dos Condomínios . Mar/Abr 2013

Page 14: Revista Portal dos Condomínios - mar/abr

14 Portal dos Condomínios . Mar/Abr 2013

capa

condominial “do apartamento que eu não estava

morando”. Passaram-se quatro meses, sem no-

tícias concretas e, quando ela acionou a constru-

tora, o direcionamento era procurar a Consultoria,

ou seja, sem apoio e notícias.

Morando em casa alugada e com a pressão

do locatário para liberar o imóvel, ela não sabe

como vai resolver a questão. “O prazo não foi

cumprido, continuo com a pressão do proprietário

para liberar o imóvel e, além disso, tenho gastos

extras. Para reservar a vaga do transporte escolar

no novo endereço estou pagando quatro presta-

dores de serviço, desde janeiro, sendo que tenho

apenas duas crianças! Tenho tido custos de con-

domínio, sem ter recebido o apartamento, custos

de aluguel e fora o estresse que essa situação está

nos causando”, desabafa.

Na segunda quinzena de fevereiro, Jéssica as-

sinou o contrato com a CEF, com todos os reajustes

impostos pela construtora. “Juros sobre juros, de

uma morosidade em um sistema que eu não tinha

controle. Enfim, até a presente data não recebi a

chave do imóvel e a construtora não retorna meus

contatos para agendar a liberação das chaves”.

Não é raro ver notícias de pessoas que adia-

ram outros sonhos para realizar o da casa própria:

há casos de casamentos cancelados, casais moran-

do de favor com parentes; tendo gastos adicionais

com aluguel e ainda pagando as parcelas do fi-

nanciamento, sem poder morar no imóvel.

É o caso, por exemplo, dos futuros moradores

de um condomínio na Zona Leste de São Paulo.

Eles esperam há três anos pelas chaves das casas.

Alguns deles já tiveram que morar com parentes,

pagar aluguel ou adiar a data do casamento en-

quanto aguardam um prazo final.

Nesse condomínio da capital, uma professora

já teve que adiar o casamento por duas vezes, já

que não sabe quando vai poder morar na própria

residência. Para agravar o problema, o prédio foi

invadido por sem-tetos.

Outro caso na capital também exemplifica esse

pesadelo. Depois de um ano de atraso na entrega das

chaves, os moradores ainda se depararam com pare-

des e teto com rachaduras e infiltrações.

A facilidade de se obter crédito faz com que

mais pessoas consigam realizar o sonho de poder

comprar a casa própria, mas o problema agora é

outro: se primeiro era a falta de crédito, agora é a

falta das chaves. Nos últimos anos, o número de

processos contra construtoras em São Paulo cres-

ceu mais do que o mercado imobiliário.

“Com o grande

aumento na venda de

imóveis nos últimos

anos, resultado da ele-

vação da renda e da

facilitação do crédito,

muitas construtoras

acabam lançando vá-

rios empreendimentos

simultâneos na ansieda-

de de ‘surfar a onda’ e

acabaram se complican-

do pelo caminho e cau-

sando muitos prejuízos

e dissabores aos con-

sumidores”, explica o

Vice-presidente adjunto

de Administração e Co-

mercialização Imobiliá-

ria da PROEMPI/SECOVI

Jundiaí e membro efeti-

vo da Comissão Estadual de Direito Urbanístico da

Ordem dos Advogados (OAB) de São Paulo, Carlos

Eduardo Quadratti.

Além de problemas internos, há os externos.

Não é raro encontrar consumidor reclamando de

irregularidades como o alagamento da área de

entrada do local, playground não finalizado e acú-

mulo de água no segundo subsolo na época de

chuvas, cimento saindo com a água e infiltração

na sauna.

Meu imóvel atrasou, e agora?E como proceder em casos como esses? O

Coordenador Procon Jundiaí, Adilton Garcia, ex-

plica que inicialmente é importante que o consu-

midor busque um contato junto ao fornecedor.

Porém, caso você, mesmo com uma proposta de

solução, não esteja satisfeito ou que não tenha re-

solvido, pode procurar o Procon para buscar solu-

cionar o problema ou dúvida.

Quem buscar o órgão para reclamar, precisa

estar atento aos documentos. “O usuário precisa

tem em mãos os documentos pessoais e o contra-

to. O consumidor pode ser

representado por outra pes-

soa, neste caso é necessário

uma procuração, bem como

cópia dos documentos pes-

soais e o contrato”.

De janeiro a maio do

ano passado foram 3.017

queixas em São Paulo. Em

Jundiaí tem havido proble-

mas de atraso com algumas

construtoras, mas as empre-

sas locais têm cumprido seus

prazos a contento.

Carlos Eduardo Qua-

dratti orienta que o ideal é

notificar via cartório a cons-

trutora para que proceda a

entrega do imóvel ou justi-

fique seu atraso, solicitando

na mesma notificação al-

guns direitos que o consumidor possa pleitear, tais

como:

Receber aluguéis mensais a 1% sobre o valor

do imóvel (atualizado), por cada mês de atraso;

Receber juros de mora a 1% sobre o valor do

imóvel (atualizado), por cada mês de atraso;

Receber multa de mora de 2% sobre o valor

do imóvel (incidência única);

Receber indenização por Danos Morais;

Congelamento do saldo devedor durante o

período de atraso, com restituição em dobro do

valor pago;

Anulação da cláusula de tolerância (180 dias);

Suspensão da cobrança (e restituição se for o

caso) de taxas condominiais e de IPTU antes do re-

“Muitos consumidores reclamam da cláusula dos contratos, que permitem que a construção atrase até 180 dias para a entrega. “a Fundação Procon entende que esta cláusula é abusiva, portanto, nula de pleno direito”.

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15Portal dos Condomínios . Mar/Abr 2013

Distribuição gratuitaAno 03 . Nº 13Mar/Abr de 2013

Comprar imóvel ou

continuar no aluguel?

Por Vivian Lourenço

Você provavelmente vai olhar para a pergunta

do título e responder que “é claro que é melhor

comprar”. A maior parte das pessoas vê o aluguel

como um desperdício de dinheiro, mas saiba que

ele pode ser vantajoso, dependendo da situação.

A compra do imóvel, mesmo que financia-

do, representa uma grande conquista para boa

parte da população. O problema é que você pre-

cisa de um empréstimo para poder adquirir a casa

própria, e é por isso que muitos acreditam que é

melhor “gastar dinheiro” em um imóvel seu do

que pagar o aluguel.

De acordo com o economista Almir Godoy,

as facilidades de crédito que o comprador tem

atualmente são atrativas. Observando o cenário

atual com a queda dos juros nos últimos anos e

o reajuste do aluguel com base no IGP-M, que en-

carece o valor do aluguel ano a ano, financiar um

imóvel ficou mais fácil para uma grande parcela

da população.

O superintendente Regional do Banco do Bra-

sil, Sávio Eduardo capellari, explica que existem

dois tipos de financiamentos. “Temos os tradicio-

nais com base no Sistema Financeiro de Habita-

ção (SFH) ou Sistema Financeiro Imobiliário (SFI),

sendo o SFH o mais procurado”.

São essas as opções que fazem com que

o consumir não pense em duas vezes na hora

de sair do aluguel. “com estas possibilidades

a chance de se conseguir uma prestação

equivalente ou até mesmo menor do que o

aluguel que está sendo pago é muito grande.

Além disso, você estará pagando por algo

O economista explica que o aluguel tem se

destacado em Jundiaí-SP por causa da procura

das empresas em acomodar profissionais de

outras localidades. Isso acontece por causa da

dificuldade de oferta de mão de obra especia-

lizada na região.

Para quem ficou em dúvidas, e não sabe se

a saída é o financiamento ou o aluguel, Sávio

explica que há saídas para todos os bolsos. “O

Banco do Brasil dispõe de taxas de juros especi-

ais, dentro das várias linhas de crédito no âmbito

do SFI e SFH, com ou sem a utilização do FGTS. O

programa Minha casa Minha Vida, por exemplo,

é para famílias com renda de até R$ 3.275, com

subsídio de até R$ 25.000”.

Para quem ainda não sabe o que fazer, Almir

aconselha: “quem estiver no aluguel e está com

planos, num futuro próximo, de comprar um

imóvel, deve começar a procurar as instituições

financeiras para saber as condições do financia-

mento; o que cabe no bolso e até quanto pode

conseguir de recurso para depois procurar um

imóvel que se enquadre nas condições. As opor-

tunidades são muitas e vão continuar, basta pro-

curar”.

As condições nunca foram tão favoráveis ao

financiamento de um imóvel, tanto pelas taxas de

juros, quanto a prazos e possibilidade de valori-

zação do imóvel. “Podemos observar os diversos

lançamentos imobiliários, reflexo dessa situação.

Qualquer pessoa pode buscar o imóvel adequado

às suas aspirações”, ressalta Sávio.

que é seu; que você pode investir de acordo

com a sua vontade”, explica Almir.

O financiamento é uma

ótima opção para quem quer

comprar um imóvel, mas não

tem o valor total disponível

ou opta por não utilizar a

quantia naquele momento.

“Além disso, o valor da par-

cela trabalha para a forma-

ção do patrimônio, ao invés

de ser apenas despesa de

aluguel. Já quem é dono de

um imóvel, e quer morar em

um lugar maior ou em outra

localização, pode utilizar esse

recurso para pagar a diferença entre as moradi-

as”, ressalta Sávio.

Apesar de todos os atrativos, nem sempre o

financiamento é o melhor recurso a ser usado,

como explica o economista. “Há algumas consi-

derações para obter o financiamento, além da

renda, o tempo de serviço é um fator preponde-

rante. Neste caso, você pode continuar no alu-

guel até que tenha a renda e o tempo mínimo

necessário no serviço para obtenção do emprés-

timo”.

Além da parte financeira, você precisa ver

como está a sua vida pessoal. caso ainda esteja

solteiro, mas com planos de casamentos e filhos

e não sabe como sua vida vai estar nos próximos

10, 20 anos, é melhor esperar.

Não seria vantagem entrar no

financiamento de um aparta-

mento, sendo que, mais tarde,

você precisará de um maior.

Nesse caso, vale a pena pro-

curar um imóvel para alugar.

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16 Portal dos Condomínios . Mar/Abr 2013

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20 Portal dos Condomínios . Mar/Abr 2013

cebimento das chaves.

“Caso a construtora não cumpra nenhuma

das solicitações, é recomendável procurar o Pro-

con e, se mesmo assim a situação não for resolvi-

da ainda, resta contratar um advogado e ingressar

em juízo”, explica Quadratti.

Muitos consumidores reclamam da cláusula

dos contratos, que permitem que a construção

atrase até 180 dias para a entrega. “A Fundação

Procon entende que esta cláusula é abusiva, por-

tanto, nula de pleno direito”, diz.

Quadratti explica que o contrato de financia-

mento e aquisição do imóvel geralmente é um

contrato de adesão, ou seja, o consumidor é hi-

possuficiente para negociar as cláusulas devendo

aceitar, ou seja, aderir a um contrato padrão que

geralmente incluirá a tolerância de 180 dias. “En-

tendemos que o consumidor lesado pelo atraso na

entrega da obra pode alegar a abusividade desta

cláusula com fundamento

no artigo 51 do Código de

Defesa do Consumidor”.

O coordenador do Pro-

con revela ter sucesso com

as reclamações que atende

no órgão. “Temos conse-

guido solucionar inúmeros

casos, assim, é importante

que o consumidor que se

sentir prejudicado que ve-

nha ao Procon registrar a

sua reclamação”.

Para quem entra com

processo, Quadratti explica

que sempre é possível soli-

citar uma liminar para casos

de urgência e de pagamen-

to de uma locação de imóvel igual ou semelhante

ao que deveria ter sido entregue, mas o processo

em si vai depender muito das condições de traba-

lho da vara judicial onde ele for distribuído; algu-

mas são mais ágeis e outras mais lentas, em média

o processo pode durar em torno de cinco anos.

Atualmente, Adilton revela um caso que está

sendo atendido pelo Procon de Jundiaí. “Pelas

informações dos consumidores, a empresa não

cumpriu o contrato com os adquirentes do imóvel

sem informar o motivo. Pelas informações colhidas

pelos usuários, o motivo é que a fornecedora não

obteve a licença da Cetesb para construção”.

Para tentar proteger o comprador, a Comissão

de Desenvolvimento Urbano aprovou uma propos-

ta que estabelece multa em caso de atrasos maio-

res que seis meses na entrega de imóvel. A pro-

posta está no Projeto de Lei 178/11, que altera a

Lei do Condomínio (Lei 4.591/64).

Com essa alteração, se a construtora demorar

mais de seis meses, da entrega das chaves, para fi-

nalizar o imóvel, ele deverá pagar multa de 1% do

valor já pago, mais 0,5% para cada mês de atraso.

Essa proposta ainda tem que ser aprovada comis-

sões de Defesa do Consumidor e de Constituição e

Justiça e de Cidadania.

no meio de tanto pesadelo, tem o final feliz

Ter que ver o sonho adiado e, além disso, ter mui-

ta dor de cabeça e gasto extra podem fazer com que

muitos não enxerguem a luz no fim do túnel. Quando

as coisas não vão bem, fica difícil acreditar que um dia

elas tenham solução; com tantas notícias de compra-

dores com problema para morar no que é seu, a espe-

rança vai diminuindo.

Mas existe a tal luz. Assim como há casos de

quem ainda luta para obter as chaves da própria

casa, há quem hoje comemore ter ganhado essa

árdua batalha. Com muito sacrifício e colocando

a boca no trombone,

eles conseguiram as

chaves do apartamen-

to e enfim o direito de

morar no que é deles.

É o caso do pu-

blicitário Douglas de

Lima Silva, 29 anos.

Ele conta que, assim

como muitos brasilei-

ros, o sonho da casa

própria veio junto com

outro sonho, o do ca-

samento. “Minha noi-

va, Talitha Souza, e eu

programamos nosso

casamento para o fi-

nal de 2012, quando

faríamos 10 anos juntos. Desde que noivamos já

começamos a programar a compra de um aparta-

mento”.

Nos meados de 2011, começou a visita pelos

empreendimentos: a ideia era unir um que cabe-

ria no bolso do casal, aliado a conforto e gosto

pessoal. “No Feirão da Casa Própria, do início de

2012, gostamos de um empreendimento que já

estava pronto, restando poucas unidades, e que

estava dentro do nosso orçamento”.

Depois de todo o trâmite com a construtora,

o contrato foi assinado em abril do ano passado

e a promessa era de entrega das chaves dentro

de 3 a 4 meses. “Passaram-se os 4 meses e nada

das chaves. A desculpa da administradora para a

demora era que haviam vencidos as matrículas de

individualização dos apartamentos e que a cons-

trutora não tinha conseguido reavê-las no cartório

de imóveis. Nos deram mais um mês de prazo”.

E como no caso de Jéssica, eles também co-

meçaram a ser cobrados pelo condomínio. “Em

agosto recebemos um boleto para pagar o condo-

mínio e logo apareceu uma notificação da admi-

nistradora, que o de junho estava atrasado e que

os nomes iriam para o SPC”.

A partir desse momento que Douglas e Talitha

perceberam que teriam problemas. “Entramos em

contato com o escritório que administra os contra-

tos da construtora, mas nunca conseguimos nada

com eles”.

Ao invés de procurar o Procon ou um advoga-

do, Douglas encontrou outra saída para tentar so-

lucionar o seu problema. “Fizemos um post no site

ReclameAQUI e compartilhamos em nossos perfis

no Facebook e Twitter e pedimos a ajuda dos ami-

gos para compartilhar”, explica.

Mas nem a repercussão negativa nas redes so-

ciais sensibilizou a construtora ou a administrado-

ra. “Mesmo com as reclamações as coisas estavam

morosas e eles alegavam que suas ações estavam

amparadas legalmente pelo contrato assinado.

Então passamos (principalmente a Talitha) a pos-

tar reclamações em toda e qualquer postagem

da Fanpage da construtora no Facebook que tem

aproximadamente 7.500 likes”.

A partir dessa ação é que eles revelam que

começaram, enfim, a serem ouvidos. “Quando os

gestores das mídias sociais identificaram a propa-

ganda negativa que fazíamos, eles entravam em

contato com a administração da construtora e re-

solviam nossos problemas”. E fazer barulho virtual

deu resultado.

Depois de muita briga nos SAC’s e nas redes

sociais, no final de outubro, saíram as matrículas

dos apartamentos. Finalmente eles puderam dar

continuidade no processo e assinar com a Caixa.

“Pegamos as chaves em dezembro, 4 meses de

atraso na entrega de um apartamento pronto”.

Já os condomínios atrasados foram assumi-

dos pela construtora, depois da briga nas redes

sociais, já que a entrega das chaves foi apenas

no final do mês de dezembro, poucos dias antes

do Natal.

A dica que Douglas e Talitha passam para

quem vive o mesmo problema é: Não fique ca-

lado! “Com certeza existem muito mais pessoas

com o mesmo problema. Quando passamos a

postar as mensagens negativas, se multiplicavam

outras mensagens do mesmo teor de pessoas des-

contentes. Quando não postávamos, ninguém re-

clamava. Por isso os gestores resolviam, pois eram

somente reclamações nos posts. Com certeza en-

tramos para as estatísticas negativas da marca”.

Certamente ver o sonho virar pesadelo não

deve ser agradável. Mas fazer uma empresa cum-

prir o contrato é direito de todo o consumidor.

Seja por meio de reclamações nas redes sociais,

procurando o Procon ou um advogado, é preciso

agir; e quanto antes as pessoas se mobilizarem e

reclamarem, mais cedo podem ver os seus proble-

mas resolvidos e dormirem tranquilas.

“Temos conseguido solucionar inúmeros casos, assim, é importante que o consumidor que se sentir prejudicado venha ao Procon registrar a sua reclamação” diz adilton Garcia, coordenador do Procon de Jundiaí

capa

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21Portal dos Condomínios . Mar/Abr 2013

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22 Portal dos Condomínios . Mar/Abr 2013

Por Rodrigo GóesContar uma estória é um desafio, porque crescemos

acostumados a ouví-las. A missão desta reportagem é, em apenas duas páginas, trazer a tona o que foi e será a revista Portal dos Condomínios.

Em maio de 2003 nascia o jornal Portal dos Condo-mínios, uma publicação tímida, pequena e focada em ape-nas quatro condomínios. Desde aquela época, o conteúdo editorial era tratado com relevância, e respeito ao leitor, mantendo uma linha imparcial.

Em pouco tempo, meses se passaram, o jornal ganhou incentivo de moradores, síndicos e leitores de outros condo-mínios, que solicitaram a ampliação da entrega. Saímos dos iniciais 600 exemplares para duas mil unidades.

Esse apoio fortaleceu a equipe Portal na época, pois uma publicação gratuita, ainda amadora, ganhava o que mais se busca: a credibilidade. E honramos. Crescemos, chega-mos a 150 condomínios na cidade de Jundiaí, ainda como jornal mensal, mas percebemos uma lacuna que transforma-ria a publicação em referência comercial e editorial na região.

Em maio de 2010, quando chegamos a sete anos de vida, apostamos. E acertamos. Transformamos o jornal em revista. Diminuímos, inicialmente, a tiragem, mas personali-zamos. Aprofundamos o conteúdo editorial, com linguagem diferenciada, sempre preservando a imparcialidade.

A primeira edição da revista Portal dos Condomínios

saiu no final de maio com apenas 16 páginas, mas todos os leitores a recebiam com um plástico protetor e etiquetas com seus dados. Evitamos assim, qualquer perda de material no caminho entre distribuidora-portaria-residência, e demos uma garantia maior aos anunciantes.

A revista passou a dedicar mais espaço, pesquisa e fon-tes para suas reportagens. Nos três anos que se passaram, mergulhamos na vida condominial. Publicamos uma lista de atividades que o morador, síndico, zelador, conselheiro, porteiro deve ter na ponta da língua, alertamos sobre diversos problemas técnicos que qualquer edificação possa passar, montamos passo a passo para os melhores métodos de convivência entre vizinhos e inovamos.

inovamos porque em março/abril de 2011 saímos da teoria e, no especial de capa sobre acessibilidade, imprimi-mos uma edição em braille, algo nunca visto na região de Jundiaí. Uma edição posterior, foi a vez de surpreender no-vamente.

Em 21 de maio do mesmo ano a revista promoveu o primeiro Portal Debate, um evento diferenciado e dinâmi-co. Com três palestras curtas, os presentes podiam interagir com os palestrantes ao invés de se tornarem apenas meros ouvintes. O sucesso foi tanto que, após um ano, uma nova edição foi realizada e contou ainda com uma minifeira para promover serviços e produtos direcionados aos condomínios.

Hoje a revista já é distribuída em pouco mais de 130 condomínios e loteamentos residenciais de Jundiaí, tem 10.500 exemplares e precisa renovar. Por este motivo, con-vidamos você a conhecer uma nova revista na região de Jundiaí. Continua...

Nossa história

Novidades

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23Portal dos Condomínios . Mar/Abr 2013

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note esse nome: apê Zero 1. Daqui para frente o Portal dos Condomínios será Apê Zero 1.Após uma pesquisa e meses de planejamento, resolvemos fazer uma grande e sig-

nificativa mudança na publicação, que passa a se chamar Apê Zero 1.Outra grande mudança é em seu conteúdo editorial, com reportagens mais próxi-

mas da realidade do dia a dia de nossos leitores.A revista também cresceu. A partir da próxima edição, lançaremos exemplares

com, no mínimo, 48 páginas. E um projeto editorial impecável. Confira as novidades:

CaPaInvestigação constante da vida condominial. Queremos facilitar sua vida, sem ser chato como

uma reunião de condomínio.

Portal Debate

Nosso espaço aberto para dúvidas sobre condomínio. Você pergunta e a revista responde

com o apoio de uma equipe de especialistas.

imóveisFacilitar o entendimento da burocracia do mercado imobiliário. Essa é nossa missão para te

atender em todas as edições.

CrônicaDr. Simão, um cronista ímpar da vida condominial, continua com suas estórias, que ele jura

serem baseadas em casos verídicos.

novas editorias

Mundo PetAlém de consultar especialistas, montaremos um passo a passo para você criar objetos para

seu animal de estimação. Para completar, dicas de produtos que são novidades do mercado.

DecoraçãoRevitalizamos a editoria e daremos dicas para você ter objetos de decoração próprios. Nós

montaremos e você pode ganhar! Decoradores e arquitetos também terão espaço.

Multiplicador

Você faz história? Conte para a gente. Queremos saber quem está fazendo a diferença em

Jundiaí.

3º setorConheça os casos mais interessantes de diversas entidades assistenciais da cidade.

PolíticaVamos acompanhar o trabalho das pessoas que adotaram um vereador em Jundiaí para fis-

calizar seu trabalho na Câmara.

Prata da Casa

Reviva a verdadeira história de Jundiaí em um material fotográfico valioso!

Cara/CoroaProfissionais defenderão opiniões opostos de temas comuns.

CriançasNossa proposta é tirar seu filho de frente do computador e do vídeo-game. Como? Aguarde.

Marido de aluguel

Vamos facilitar sua vida, com as coisinhas pequenas do dia a dia.

Novidades

história continua

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28 Portal dos Condomínios . Mar/Abr 2013

BEM-ESTAR

Jardim dentro de um potinhoPor Vivian LourençoChegar em casa e ver uma flor, ou um vasi-

nho de planta, sempre transmite aquela sensa-ção de aconchego. Eles são capazes de alegrar qualquer ambiente, mas, nem todo mundo tem a paciência – e o tempo – suficientes para dar atenção aos vasos e pequenos jardins. Muita gente desiste de alegrar a residência com plan-tas, porque alega não ter espaço; outros dizem que não sabem a melhor espécie para plantar, já alguns simplesmente não conseguem se lembrar de regá-las.

Entretanto, todo mundo pode ter um jar-dim, em qualquer espaço que seja, e sem ficar com dor na consciência porque matou a plan-tinha de sede. Você pode fazer esse jardim dentro de um pote de vidro, uma lâmpada ou um aquário e colocar em cima da sua mesa de trabalho, por exemplo. Tudo vai depender do espaço que você tiver. Os terrários são “minijar-dins” de vidro que decoram qualquer cantinho da casa.

Esse é um dos tipos de jardim mais encan-tadores e que ganharam vários adeptos nos úl-timos anos, justamente pela sua facilidade. Você pode usar qualquer pote de vidro ou acrílico; o importante é que ele seja transparente, já que isso vai ser essencial para a estética do jardim.

De acordo com a paisagista e docente do Senac Jundiaí, Ivelise Oliveira, as plantas mais usadas nesse jardim são da família das sucu-lentas e os cactos. Para plantar, é possível usar

qualquer tipo de vidro. “Pode fazer em copos, taças, aquários ou qualquer recipiente de vidro transparente. Já vi miniterrários montados em bolhas de lustre”, explica Ivelise.

Para não errar no tamanho da planta com o pote, a dica da paisagista é simples: vasos pe-quenos, plantinhas menores; vasos maiores, po-dem mesclar plantinhas de diversos tamanhos. “As suculentas são uma variedade de plantas que podem ter diversos tamanhos, com formato de folhas, cores e texturas diferentes”.

Cuidar desse pequeno jardim também é simples. Você vai precisar colocar uma colher de sobremesa de água para cada plantinha, uma vez por semana. “A manutenção é feita apenas retirando-se as folhinhas mortas e secas e efe-tuando regas somente gotejando água“.

Quer mais facilidade do que isso? Marque na agenda ou na porta da geladeira um dia da semana só para colocar um pouco de água den-tro do potinho e pronto; você terá um jardim inteiro na sua mesa. E lembre-se também de re-plantar suas plantinhas a cada seis meses, pois como tem pouca terra, ela perde mais facilmen-te as propriedades. Assim você também apro-veita para higienizar o vidro. “Caso esteja com bolor, ou perceba o apodrecimento das plantas, pode indicar que você está colocando água de-mais”.

Agora que você já sabe tudo sobre os cuida-dos, está na hora de montar o seu próprio terrá-rio. A paisagista explica que você vai precisar de

um recipiente de vidro, terra vegetal, areia e hú-mus; mas nada de exagerar, são apenas algumas colheradas de cada um. Misture tudo e preen-cha 1/3 do recipiente de vidro.

Com muito capricho e paciência, faça o terrário quando tiver com tempo e bem calmo. Com uma colherzinha, plante a mudinha de su-culenta – ou de cacto, escondendo toda raiz na terra.

Faça isso com todas as mudinhas (depen-dendo do tamanho do recipiente podem caber uma ou duas ou até mais plantinhas). “Termine com pedrinhas de aquário (prefiro as brancas ou naturais). Depois, faça a primeira rega, delicada-mente”, conta. Nunca encharque a terra, já que isso pode matar seu jardim.

Ivelise explica que essa é uma ótima ideia para quem não tem muito espaço. “São alta-mente decorativos e uma opção para quem não quer gastar muito, ou quem não sabe cuidar de plantas e se esquece de regá-las”. Além disso, são excelentes para enfeitar mesa do escritório. Outra opção é deixar os vasinhos na varanda, que dão um charme especial.

Não se preocupe, pois os terrários supor-tam o sol direto. O único cuidado que você precisa ter é acompanhar a umidade, já que fora de casa, a terra fica mais seca. De forma simples, prática e delicada você pode enfeitar até o menor canto da sua casa, ou encher de vida a sua mesa de trabalho. Ideias é o que não faltam.

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Morar em con-domínio, muitas vezes não é en-contrar sossego. Lembro-me bem

de um amigo que morava em uma chá-

cara na estrada de Itatiba, que tinha como vizinhos dois

tipos muito antagônicos.De um lado morava um alemão de adorava música

clássica, silêncio e meditação. Do outro, um pagodeiro, que todo final de semana promovia rodas de samba, movidas a muita feijoada e churrasco.

Esse dois não podiam se ver: era ódio mortal e, por várias vezes, a polícia visitou a casa do pagodeiro para por fim ao barulho que já adentrava a madrugada.

Pois bem, o destino é cruel e certa manhã na porta do condomínio esperando o fretado para São Paulo, a filha do alemão conheceu o filho do pagodeiro. Sabendo das desavenças de seus pais, começaram a namorar escondido, até que a menina engravidou.

Para o pagodeiro, foi motivo de orgulho, samba,

churrasco e muita feijoada. Enquanto para o alemão, motivo de raiva e ódio. Sentiu–se traído pela própria filha e ameaçou até colocá-la para fora de casa.

Do outro lado, a cada visita era um presente novo, uma lembrancinha ou uma peça para o enxoval do nenê.

O tempo passou rápido e os nove meses voaram juntos. O alemão não se conformava, enquanto o pagodeiro festejava a cada dia a chegada do neto.

O grande dia chegou e as famílias correram para a maternidade. O pagodeiro, já comprou um pagãozinho do Timão e foi com ele que tirou a primeira foto.

O alemão meio constrangido, foi chegando com cara de quem não quer nada, mas quando viu a carinha do neto e a mistura das raças não conteve a emoção e começou a chorar.

Hoje no condomínio, com um portão no meio da cerca ligando as duas propriedades, não dá para saber quem é mais coruja: o alemão que continua a ouvir seus clássicos ou o pagodeiro que já ensinou o neto a tocar cuíca.

Por Dr. José Miguel Simão Advogado e cronista

cRÔNIcA

Alemão, Pagodeiroe Pagodeiro Jr.

Ilustração: Rafael Godoy

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