revista por exemplo #2
DESCRIPTION
A POR EXEMPLO é uma revista social da Editora MOL e do Grupo Pão de Açúcar, vendida na rede Extra. O valor de capa, descontados os impostos, é 100% doado às ONGs Parceiros da Educação e Todos Pela Educação, além de outros projetos educacionais. Cada edição inclui, gratuitamente a revista POR EXEMPLO Para Crianças.TRANSCRIPT
PROJETOS EMTODO O BRASIL
02 DEZ / JAN 2012
100% DO PREÇO DA REVISTA, APÓS OS IMPOSTOS, É DOADO
PARA PROJETOS QUE MELHORAM A EDUCAÇÃO NO BRASIL.R$ 2,50VOCÊ AJUDA:
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AGRADECIMENTOS: Como ensino / Sempre É Tempo Parque Ibirapuera (11) 5574-5045
Eu Contra O Mundo Escola de Voo Tribos do Ar
(www.tribosdoar.com.br). Instrutores de parapente especialistas em
voos com idosos e cadeirantes: Odilon Junior (DFLY) e Marcio Pinto
O Tempo de Cada Um Biblioteca Pública do Paraná
(www.pr.gov.br/bpp)
FOTO DE CAPA: Geovana Leonavicius, Ericka Friol e Maori de Oliva foram
fotografadas por Guilherme Gomes.
Tratamento de imagem Felipe Gressler.
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12FAÇA O QUEEU FAÇOQual é seu melhor momento do dia? Veja o que disseram pessoas de várias partes do país
EU CONTRA O MUNDOLaura tem 76 anos e sabe que a vida ainda tem muito a oferecer. Veja esta e outras quatro histórias de superação
QUEM VOCÊ PENSA QUE É?Guilherme Brandão, 25 anos, é administrador em São Paulo. O que você acha que ele faz na faixa de pedestres todo fi m de tarde?
É QUE SE APRENDEQue erros você já cometeu – e que lições já aprendeu – por ter falado demais? Veja oito causos curiosos
EM SEU LUGARA estudante Juliana passou uma noite como gari e viu como é dureza limpar o lixo dos outros
PROJETOS ESPECIAIS Nina Weingrill (coordenação), Beatriz Torres
e Valéria Hevia ATENDIMENTO EDITORIAL Thiago Yamabuchi
e Sheila Machado ATENDIMENTO AO LEITOR Elaine Duarte
RECURSOS HUMANOS Carolina Franco CAPTAÇÃO DE PATROCÍNIO Amanda Rahra ([email protected])
COLABORADORES Paula Desgualdo (edição de texto), Juliana
Mota (design), Felipe Gressler e Carolina Lopes (tratamento de
imagem), Júlio Yamamoto, Marina de Souza (revisão)
APOIO NA REDAÇÃO Amanda Miyuki, Ana Karla Rodrigues,
Jaqueline Moribe, Juliane Albuquerque, Luana Almeida, Mariana
Bolzani, Olivia Ferraz, Rita Loiola, Romy Aikawa e Tissiane Vicentin
EDITORA-CHEFE Roberta Faria EDITOR Dilson Branco
REPÓRTERES Karina Sérgio Gomes, Jaqueline Li, Jéssica
Martineli ESTAGIÁRIOS DE TEXTO Juliana Dias, Rafaela Carvalho
e Valéria Mendonça DIRETORA DE ARTE Claudia Inoue
EDITORES DE ARTE Fabio Otubo e Eduardo Bessa
ESTAGIÁRIO DE ARTE Anderson Borges COORDENAÇÃO DE PRODUÇÃO E IMAGEM Mica Toméo PRODUÇÃO E IMAGEM Marcia Dias ESTAGIÁRIA DE FOTOGRAFIA Carina Barros
A revista POR EXEMPLO - TODO MUNDO PODE APRENDER. TODO
MUNDO PODE ENSINAR, edição 02, ano 1, é publicada pela Editora
MOL Ltda. A revista é vendida nas lojas da Rede Extra nos estados
de Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,
Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro,
Rio Grande do Norte, São Paulo, Sergipe, Tocantins e no Distrito
Federal. O valor pago pelo preço de capa é, descontados os devidos
impostos, 100% doado a organizações não governamentais que
realizam projetos em prol da educação de qualidade no Brasil.
POR EXEMPLO - TODO MUNDO PODE APRENDER. TODO
MUNDO PODE ENSINAR é impressa em papel LWC 70g
FALE COM A GENTE:[email protected] | (11) 3024-2444
Rua Andrade Fernandes, 303, loft 3, São Paulo/SP - CEP 05449-050
www.revistaporexemplo.com.br
DISTRIBUIÇÃO:Rede Extra
IMPRESSÃO:Gráfi ca Plural
PATROCÍNIO:
DIRETORA EDITORIAL Roberta Faria
DIRETOR EXECUTIVO Rodrigo Pipponzi
DIRETORA DE CRIAÇÃO Claudia Inoue
REALIZAÇÃO: APOIO:
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PROBLEMA MEUTrês histórias de quem já percebeu que a educação no Brasil só vai melhorar quando todo mundo se engajar e der sua colaboração
COMO ENSINOTrês diferentes famílias contam como fazem para passar aos fi lhos o valor da amizade
50SEMPRE É TEMPOA primeira viagem de navio de Maria e Olímpio e outras quatro emocionantes histórias de quem adora viver novas experiências
Você é um exemplo? Tem uma história
para contar?Escreva para a gente.
Se for selecionado, você pode aparecer
na revista – até mesmo na capa!
Veja nossos contatos na página 7.
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É GOSTOSO E FAZ BEMMusse de repolho e mais duas receitas baratas, nutritivas e saborosas
APRENDA E ENSINEProvar novas frutas, mandar mensagens para o futuro, misturar sabores... Dez dicas divertidas para descobrir coisas novas todos os dias usando seus cinco sentidos
O TEMPO DE CADA UMQuatro jovens com 22 anos de idade mostram as diferentes facetas da tão falada geração Y
NÓS PODEMOSOs melhores Natais da vida, Vilmi e seus amigos passaram com moradores de rua. Veja como ações solidárias podem virar divertidas celebrações
AGRADEÇOA costureira Clecia aprendeu a fazer anéis de miçanga. E você: que lições já recebeu de um desconhecido?
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VIVEMOS CERCADOS de notícias sobre grandes feitos. Gente que, com muito esforço (e, às vezes, um tanto de sorte), conseguiu fazer milhões com um negócio, mostrar seu talento e fi car famoso, ser ouvido e tor-nar-se presidente, encontrar o amor e virar princesa. Essas histórias de vencedores são os contos de fadas dos nossos tempos: com elas, o mundo parece menos duro, as vontades fi cam mais possíveis, e a gen-te ganha esperança para, quem sabe um dia, chegar lá também.
Mas de tanto falar dessas conquistas fabulosas, às vezes nos es-quecemos de que nossos maiores feitos podem estar bem mais per-to. E não é porque não apareceram na TV que foram menos difíceis – ou menos importantes. São desafi os como completar os estudos, conseguir um bom emprego, cultivar amigos, criar os fi lhos com va-lores sólidos, quem sabe realizar uma vontade antiga, como apren-der a andar de bicicleta ou fazer uma viagem. Nossa vida de todos os dias tem muitas provas assim – e é cheia de vitórias também.
É verdade que esses feitos não rendem fi lmes. Só que, no fi m das contas, são eles que fazem a diferença – porque mudam a nossa vida e a daqueles a quem amamos. E é dentro dos nossos limites e possibi-lidades, dos nossos desejos e habilidades, que devemos contabilizar quantas conquistas já fi zemos. Não é difícil: basta pensar de onde você veio e onde está agora. O que sabia dez ou vinte anos atrás, e quanto aprendeu desde então. Quantas vontades já teve e quantas realizou. O que fez por você e o que fez por todos que ama. Aposto que vão faltar dedos para contar todas as suas vitórias.
Nesta edição, estamos cheios de histórias de conquistas. Mas, talvez, a maior diferença entre essas e as que você já ouviu antes é que não estamos falando apenas de vencedores, mas, sim, de luta-dores. Gente como eu e você, que se esforça todos os dias, nas meno-res e maiores coisas, para conseguir se realizar, para fazer mais, para ultrapassar limites, para ver o mundo melhorar. É inspirador. E espe-ro que ilumine o seu caminho também, seja qual for o seu desafi o.
Produzir esta revista também é um desafi o e tanto. Exige uma equipe enorme, que se desdobra para encontrar histórias emocio-nantes e depois transformá-las em textos e imagens irresistíveis. Ao mesmo tempo, outro time corre atrás de levar a POR EXEMPLO para todo o Brasil. Nosso desafi o, veja só, é conquistar você. Será que va-mos conseguir esse feito? Conte pra gente e nos ajude a chegar lá.
Um abraço e boa leitura!
Equipe da POR EXEMPLO
Uma vida de vitórias
1 UM PEDAÇO DA NOSSA REDAÇÃO: ANDERSON, FABIO,
JULIANA, DILSON E EDUARDO. 2 AS REPÓRTERES KARINA,
JÉSSICA E JAQUELINE. 3 ALÔ, TURMA DA PRODUÇÃO:
MARCIA, MICA E CARINA. 4 OS BASTIDORES DA FOTO
QUE ABRE A SEÇÃO “EU CONTRA O MUNDO”.
CARTA AO LEITOR6
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FALE COM A GENTE!O que você achou da revista? Conte para nós! Divida conosco os seus exemplos também.
MANDE UM E-MAIL: contato@ revistaporexemplo.com.br
LIGUE PARA A REDAÇÃO:(11) 3024-2444
VISITE O SITE:www.revistaporexemplo.com.br
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OU ESCREVA UMA CARTA PARA:Revista POR EXEMPLORua Andrade Fernandes, 303, sala 3São Paulo - SP CEP 05449-050
Eu nunca tinha lido uma revista inteira antes, muito menos escrito para uma. Mas é que gostei mesmo das matérias. Como a história da comunidade que mudou o próprio bairro (seção Nós Podemos) – já estou até pensando o que posso fazer aqui na minha rua. A revista me fez acreditar de novo no mundo. É como se eu tivesse voltado a viver!Ataide de Souza, de 53 anos, de São Paulo, por e-mail.
A POR EXEMPLO traz um brilho em comparação
CRIAR UMA NOVA REVISTA DÁ UM TRABALHÃO. DO MESMO
TAMANHO DESSE ESFORÇO É A ANSIEDADE PELA
REPERCUSSÃO: “SERÁ QUE AS PESSOAS VÃO GOSTAR?”.
POR ISSO FOI TÃO BOM RECEBER AS MENSAGENS ABAIXO!
POR EXEMPLO 7
Amei a revista! Comprei a primeira essa semana e não vou mais parar! As matérias são excelentes. Mas a que realmente ganhou meu coração foi a seção Problema Meu.Suiane Ivanov, no Facebook.
PROJETOS EMTODO O BRASIL
01 SET / OUT 2011
100% DO VALOR DE CAPA, APÓS OS IMPOSTOS, É DOADO PARA PROJETOS QUE MELHORAM A EDUCAÇÃO NO BRASIL.R$ 2,50
VOCÊ AJUDA:
REALIZAÇÃO:
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às publicações já existentes. Os canais de mídia no Brasil estão rodando no automático faz tempo, e, em meio a tantas notícias ruins, estamos necessitadíssimos de bons exemplos.Rodrigo Machado, por e-mail.
Nunca imaginei encontrar no supermercado uma revista com tanta qualidade!Galileo Giglio, por e-mail.
É uma verdadeira obra de arte! Claudio Vaz, por e-mail.
Hoje em dia é normal ver celebridades sendo prestigiadas por suas boas ações, mas saber o que as pessoas comuns estão fazendo por um mundo melhor é bem mais interessante.Flávio Henrique, por e-mail.
A excelência das matérias enche de orgulho o jornalismo brasileiro.Paulo César, por e-mail.
Foi a primeira revista que li de cabo a rabo na vida. Tem uma linguagem madura, realista. Achei legal cada
matéria ter dicas ajudando quem quer fazer uma boa ação e não sabe como.Claudia Pereira, por e-mail.
Achei maravilhosa a iniciativa de escrever sobre pessoas comuns que contribuem para uma sociedade melhor. Também quero aprender com bons exemplos e colocá-los em prática! Paulo Mendonça, 50 anos, por e-mail.
Comprei a revista e não me arrependi. Sou professora de escola pública
e acho que a educação e o exemplo podem, sim, mudar o mundo! Adriana Sampaio, por e-mail.
Após ler a matéria em que uma mãe fala sobre seu fi lho homossexual (seção Eu Contra O Mundo), pensei que os exemplos alheios nos ajudam a repensar valores.Sara Ferreira da Silva, por e-mail.
A POR EXEMPLO renovou minha esperança no mundo!Daniele Motta, 21 anos, por e-mail.
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CONTAS ABERTAS8
Novidadena gôndola
NAS ÚLTIMAS SEMANAS, quem entrou em uma das mais de 470 lojas do Extra espalhadas pelo Brasil teve uma surpresa. Ao passar pelo caixa, deparou com uma revista diferente. Na capa, a foto grande não é de nenhuma celebridade. O valor é bem mais baixo que o dos demais títulos – e ainda é doado para projetos educacionais. As chamadas anunciam histórias incríveis e ideias simples. E um selo indica que há, encartada, uma revista grátis para as crianças.
Muita gente decidiu experimentar. Várias delas, sensibilizadas pela ação social. Como Paloma Peinado, de São Paulo, que nos man-dou esta mensagem pelo Facebook: “Comprei pelo ato da doação”. Mas, ao folhear as pági-nas, ela percebeu algo que não esperava: “Eu me surpreendi com o conteúdo! Está nota 10!”. Outra leitora, Elisabete Amorim, teve a mesma impressão: “Que iniciativa fantástica: além de ajudar a educação, traz excelentes matérias!”. Como elas, dezenas de outras pessoas fi zeram questão de escrever para nossa redação dizen-do como reagiram à novidade (veja na página 7).
UMA REVISTA SOCIAL, À VENDA NO SUPERMERCADO? SIM! MUITAS PESSOAS ACREDITARAM NA POR EXEMPLO – E SE SURPREENDERAM
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POR EXEMPLO 9
Esperamos que você também se surpreen-da. Se esta é a primeira POR EXEMPLO que você compra, obrigado por acreditar em nosso pro-jeto! Se já é nosso leitor fi el, fi camos ainda mais gratos. É assim, juntos, que podemos disseminar boas histórias e melhorar a educação no Brasil!
NOVOS PROJETOS BENEFICIADOS
Dos recursos arrecadados pela POR EXEM PLO, 40% são divididos entre as ONGs Parceiros da Educação e Todos pela Educação. Os 60% res-tantes serão destinados a outros projetos edu-cacionais, espalhados pelo país, que serão sele-cionados por meio de um edital. O regulamento completo será divulgado em breve. Confi ra, por enquanto, os parâmetros gerais:
> Cerca de sete projetos educacionais serão sele-cionados por uma banca, formada por profi ssio-nais do Instituto Grupo Pão de Açúcar, apoiador da POR EXEMPLO, e por especialistas em educa-ção. O edital fi cará disponível por dois meses.
> Os projetos selecionados serão essencialmen-te de caráter educacional, incluindo iniciativas focadas em crianças, jovens e adultos.
> Os projetos devem ser ligados a organiza ções sociais. Não serão aceitas iniciativas de pessoas físicas nem de entidades governamentais.
> O projeto deve benefi ciar a comunidade na qual a organização está inserida. É preciso haver pelo menos uma loja Extra no município.
> Cada organização poderá inscrever somen-te um projeto. A inscrição será feita exclusiva-mente pela internet, por meio de um site cujo endereço será divulgado em breve.
Se você conhece uma organização que de-senvolva um projeto que possa concorrer, informe-a! Ajude a POR EXEMPLO a apoiar boas iniciativas educacionais espalhadas pelo país!
Duas empresas patrocinam o projeto: Procter & Gamble e Kraft Foods. (Ainda há cotas disponíveis. Para saber mais, escreva para [email protected]).Como contrapartida, elas recebem páginas para anunciar na POR EXEMPLO. É uma publicidade inteligente, que vira apoio a uma grande causa.
1 PARA COMEÇAR
A POR EXEMPLO é elaborada pela Editora MOL, uma empresa que acredita que a gente só vai fazer diferença no mundo se realizar as coisas de um jeito diferente.
2 NASCE A REVISTA
Correalizadora do projeto, a rede Extra vende a revista em seus mais de 470 pontos de venda, entre hipermercados, supermercados e drogarias. As lojas estão presentes em 16 estados de todas as regiões do país, mais o Distrito Federal. É graças ao empenho dos milhares de funcionários da rede que a POR EXEMPLO pode chegar a tantos leitores.
3 ATÉ VOCÊ
O valor arrecadado com a venda da revista, descontados os impostos, é 100% doado às ONGs Parceiros da Educação e Todos pela Educação – além de outros projetos que em breve serão selecionados por meio de um edital (saiba mais na matéria ao lado).
4 FINAL FELIZ
CONFIRA QUEM SÃO OS PARCEIROS ENVOLVIDOS NO PROJETO E VEJA A IMPORTÂNCIA DE SUA PARTICIPAÇÃO
VEJA COMO FUNCIONA
RODRIGO DE SOUZA E ANA PAULA COSTA, FUNCIONÁRIOS DO EXTRA HIPER NO BAIRRO ITAIM BIBI, EM SÃO PAULO
INSTITUIÇÕES BENEFICIADAS:REALIZAÇÃO: APOIO: PATROCÍNIO:
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Ajuda a criar e manter
parcerias entre
empresas e escolas
150 escolas benefi ciadas desde 2005, nos estados de SP, RJ, GO, RS e CE
Hoje, mantém 80 parcerias, todas no estado de SP, benefi ciando
mais de 100 mil alunos
92% das escolas
parceiras do ciclo I (1ª a 5ª série) superaram a média do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb)
Luta pela AMPLIAÇÃO do acesso à escola e pela melhoria do ensino
Monitora indicadores, realiza campanhas de
mobilização, leva o tema da educação à mídia e articula a iniciativa privada, a sociedade civil e o poder público. Está sediado em São Paulo, mas trabalha pela educação em âmbito nacional
Foi articulador da aprovação da emenda constitucional que ampliou a faixa etária com vaga garantida na escola de 7 a 14 anos para 4 a 17 anos
“A Parceiros da Educação está conosco desde março de 2010. Nossa parceira é a empresária Ana Maria Diniz. Quando ela veio conhecer nossa instituição, falou com pessoas de todas as funções, buscando informações que ajudassem a aumentar a nossa produtividade. Para melhorar o aprendizado de português, criamos uma revista semestral, na qual os alunos podem escrever e fotografar. No último ano, os estudantes recebem um reforço com um cursinho intensivo que soluciona dúvidas e dá dicas de atualidades. E ainda contamos com aulas de inglês. A parceria nos fez recuperar o otimismo. Relembramos que somos uma escola que já formou ótimos economistas, professores, geógrafos e até ministros. Estamos no caminho para dar sequência a essa história.”
ONEIDA FIORITTI, 72 anos (42 deles dedicados à educação), diretora da Escola Estadual Ministro Costa Manso, em São Paulo
TODOS PELA EDUCAÇÃO
PARCEIROS DA EDUCAÇÃO(www.parceirosdaeducacao.org.br)(www.todospelaeducacao.org.br)
A EDUCAÇÃO NO BRASIL TEM MUITO A MELHORAR. VEJA ALGUNS NÚMEROS QUE AS ONGS APOIADAS PELA POR EXEMPLO LUTAM PARA TRANSFORMAR
DURA REALIDADE
Obrigado pelo apoio!CONHEÇA AS ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS
QUE VOCÊ AJUDA AO COMPRAR A POR EXEMPLO
53ª, ENTRE 65 PAÍSES,
É A POSIÇÃO BRASILEIRA
NO PRINCIPAL RANKING EDUCACIONAL DO MUNDO,ATRÁS DE TRINIDAD E TOBAGO
SÓ 1 EM CADA 10
BRASILEIROS ENTRE
25 E 34 ANOS TEM
ENSINO SUPERIOR
O VALOR QUE O BRASIL INVESTE POR ANO EM CADA
ALUNO DO ENSINO PÚBLICO
É 75% MENOR QUE O
DA MÉDIA INTERNACIONAL
FONTE: ORGANIZAÇÃO PARA COOPERAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO (OCDE)
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FAÇA O QUE EU FAÇO12
Qual é seu melhor
momento do dia?
TOMAR SOL É FUNDAMENTAL PARA PRODUZIR VITAMINA D,
QUE ATUA NA ABSORÇÃO DE
CÁLCIO E FÓSFORO
EM CICLOS DE 24 HORAS, REPETEM-SE AS
OBRIGAÇÕES, NECESSIDADES, PRAZERES E
CONQUISTAS QUE COMPÕEM NOSSA VIDA.
SE VOCÊ TIVESSE DE DESTACAR UM
INSTANTE QUE FIZESSE TODO O RESTO
VALER A PENA, QUAL SERIA?
”Acordar ao lado da minha companheira, com quem sou casado há quase 40 anos. O amanhecer, com sua luz e brisa leve, me anima a oferecer algo de bom às pessoas durante o dia de trabalho. A luz do sol me fortalece!”CARLOS AUGUSTO DE VASCONCELOS, 57 anos, cinegrafi sta do Recife.
TEXTO CAMILLA DEMARIO, HELSON FRANÇA, JÉSSICA
MARTINELI, JULIANA DIAS E PRISCILLA DANTAS
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É pouco antes de dormir, quando eu e minha esposa fi camos com nosso fi lho, Pedro, em nossa cama. É como se o mundo fosse só nosso. Antes, o Pedro costumava fi car agitado nessa hora do dia. Agora, é só tranquilidade. Estar juntos é nossa forma carinhosa de dizer “boa noite e até amanhã”.EDUARDO RIBEIRO, 35 anos, analista de sistemas do Rio de Janeiro.
3 DICAS PARA UM BOM SONO 1. Pratique exercícios regularmente – mas nunca nas 6 horas antes de ir para a cama. 2. Crie rituais para acostumar o corpo com a hora de dormir. Pode ser leitura, oração, meditação ou o que você achar melhor.3. Desligue a TV e quaisquer outras fontes de luz e som que possam distraí-lo.
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POR EXEMPLO 13
O CONVÍVIO COM
ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO MELHORA NOSSA
IMUNIDADE E REDUZ O
ESTRESSE2
“É quando estou com meus netos, Luca e Edu. Poder conviver diariamente com eles faz de mim um homem completo. Saber escutá-los, dar carinho e atenção me tornam uma pessoa com mais sabedoria, paciência e alegria de viver.”OTÁVIO COSTA, 61 anos, comerciante do Recife.
TROCA ENTRE GERAÇÕESSe você tem fi lhos ou netos, ensine uma brincadeira do seu tempo a eles, como rodar pião ou brincar de roda. Eles vão adorar passar aos amigos. E aprenda algo do tempo deles, como jogar videogame. Ou peça que lhe expliquem os criativos enredos dos desenhos animados. Além de divertido, vai ser estimulante para a sua imaginação!
ADOTE UM PELUDOQuer um bichinho? Informe-se no centro de zoonoses ou órgão equivalente na prefeitura de sua cidade. Ou procure na internet:
• www.adotacao.com.br• adotacao.blogspot.com• www.naturezaemforma.com/centrodeadocao
MASSA DE MANDIOCA PARA LASANHA
• 2 xícaras (chá) de mandioca crua ralada• 3/4 de xícara (chá) de óleo• 1 1/2 xícara (chá) de água• 1 xícara (chá) de farinha de trigo• sal a gostoBata tudo no liquidifi cador. Depois, despeje uma pequena porção da mistura numa frigideira bem quente, untada com óleo. Quando estiver soltando do fundo, vire-a. Assim, você terá várias massas em forma de disco, que poderá usar tanto para lasanha quanto para panquecas. 1
LEVE SEU FILHO AO ZOO!Confi ra quatro parques em diferentes regiões do Brasil:
• Fortaleza: (85) 3105-2001• Goiânia: (62) 3524-2390• Rio de Janeiro: (21) 3878-4200• São Paulo: (11) 5073-0811
”A melhor hora do meu dia é quando cozinho. Eu me esqueço de todos os problemas! Depois que minha mãe faleceu, mantive suas panelas e utensílios, que me fazem lembrar dela. A casa fi ca cheia de alegria quando preparo refeições para meus amigos e minha namorada. Já estou craque na lasanha!”NATHAN JOSÉ DOS SANTOS, 26 anos, estudante de São Paulo.
”Moro em Salvador há pouco tempo, e toda a minha família é de Goiânia. Desde que me mudei, valorizo cada momento que posso passar com as pessoas que amo. Nas férias, o melhor é voltar para minha cidade e matar a saudade do meu cachorro!”VIVIANE MARIANO,24 anos, estudante de Salvador.
“Meu sonho é ser biólogo. Então, o melhor momento do meu dia é quando estou estudando ciências. Ou então curtindo meus brinquedos – metade deles são bichos! Minha mãe diz que desde os 2 anos eu já queria seguir essa profi ssão. Tenho de me esforçar para chegar lá!”WILLIAM BRENO RAMOS, 9 anos, estudante de Salvador.3
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”Meu momento predileto é depois da aula e do almoço, quando pego a Maristela, minha boneca favorita, e vou brincar com as amigas que moram na minha rua. É verdade que eu também gosto de ir para a escola e nem acho chato fazer lição de casa, mas é nessa hora que eu fi co mais feliz.”VITÓRIA DOS SANTOS, 8 anos, estudante de Salvador.
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“Sou artesã. A melhor parte do dia é quando estou bordando, pintando, costurando. Depois, eu vendo os produtos numa feira de artesanato. Ficar no ócio é que não vou: o trabalho é importante para manter a mente ativa!”LUCIENE MARIA CRUZ, 57 anos, artesã de Cuiabá.
ESTUDAR SEMPREUniversidade não é coisa só para jovens. Há várias instituições com cursos específi cos para a terceira idade. Confi ra na página 28 a história de Laura Ferreira, de 76 anos, que viu sua vida mudar graças a essas aulas. E veja onde seguir seu exemplo.
FAÇA O QUE EU FAÇO
DOE BRINQUEDOS USADOSBonecas, carrinhos e jogos que seus fi lhos não usam mais podem fazer a alegria de outras crianças! Confi ra algumas instituições que aceitam doações:• ONG Sonhar Acordado, com unidades em Brasília, Campinas (SP), Curitiba, Fortaleza, Jundiaí (SP), Recife, Rio de Janeiro e São Paulo: www.sonharacordado.org.br
• Aldeias Infantis SOS, com unidades em AM, BA, MG, PB, PE, PR, RJ, RN, RS, SP e DF: www.aldeiasinfantis.org.br
“Adoro passar trotes na família!É o que faço quando alguém está chateado, precisando se alegrar. Sou boa em contar histórias e fazer vozes, mas eles sempre acabam percebendo quesou eu – e é aí que explodem em gargalhadas!”SUZANA CHAORI, 72 anos, aposentada de Salvador. 3
SEJA UM CONTADORJá pensou em fazer um curso de contação de histórias? O Sesc oferece ofi cinas gratuitas! Informe-se na unidade mais próxima da sua casa. Para descobrir onde ela fi ca, acesse www.sesc.com.br.
OUVIR HISTÓRIAS
ESTIMULA A
IMAGINAÇÃO E AJUDA A
LIDAR COM
EMOÇÕES
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POLIGLOTA DE GRAÇANo site Livemocha, você pode aprender idiomas do mundo inteiro com a ajuda de falantes nativos. Voluntários dão dicas e revisam seus textos e gravações. E você também pode ensinar. De graça! Confi ra: www.livemocha.com
3 SITES COM DICAS DE MAQUIAGEMwww.truquesdemaquiagem.com.brwww.eumaquio.comwww.youtube.com/user/AndrezaGoulart
“É quando eu pinto as unhas das minhas amigas. Minha mãe é manicure e me ensinou. Hoje, eu tenho meu próprio kit!”ELISETE DE ALMEIDA, 11 anos, estudante de Salvador.
Eu consigo enxergar vários ótimos momentos na minha rotina. Pode ser quando acordo, ao lado do meu marido, e estico ao máximo a hora de sair da cama. Ou então ao tomar um banho revigorante para começar o dia. Também é um instante especial quando faço uma parada no meio da tarde, tomo um bom copo d’água e vejo o dia através da janela do escritório. Ou ainda o momento de chegar em casa e – literalmente – descer do salto!TAMARA MENEZES, 30 anos, jornalista do Rio de Janeiro.
“Depois de um dia de trabalho, nada melhor do que chegar em casa. É quando tenho tempo para tomar um banho relaxante, conversar com minha família, ler, telefonar para os amigos e comer sem pressa. Tudo isso sabendo que logo mais haverá uma cama quentinha me esperando!”FRANCISCO BARRETO, 57 anos, funcionário público do Recife.
“É quando os pais dos meus alunos de inglês me contam como eles estão usando a língua no dia a dia: cantando, decifrando placas, entendendo desenhos estrangeiros... Fico muito orgulhosa de ver o resultado do meu trabalho!” MARINA NEMES, 26 anos, professora de São Paulo.
E você, o que faz de bom?
Conte pra gente!Veja nossos contatos
na página 7.
FONTES: 1 LIVRO ALIMENTE-SE BEM (SESI-SP) | 2 DEPARTAMENTO DE
PSICOLOGIA EXPERIMENTAL DA USP | 3 NUTRICIONISTA LUIZA MATTAR
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“Tomar um bom café da manhã e ir caminhando até a banca de jornal onde trabalho, perto da minha casa. Enquanto vejo o sol nascer, renovo as energias para atender os clientes com o bom humor de sempre!” EDILSON FERREIRA, 32 anos, vendedor de São Paulo.
CAFÉ DA MANHÃ SAUDÁVEL
• Suco de laranja: rico em vitamina C e antioxidantes
• Sanduíche de pão integral, que tem fi bras, com queijo branco, que é fonte de cálcio, e peito de peru, que oferece proteínas sem ser gorduroso
• Cafezinho, que ajuda a aumentar a concentração 3
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XXXXXXXXXXXXXX16 É QUE SE APRENDE1616
O que você já aprendeu com um erro?
Conte para a gente!Veja nossos contatos
na página 7.
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POR EXEMPLO 17POR EXEMPLO 1717
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TEXTO CAMILLA DEMARIO, CAROLINA SALOMÃO, HELSON FRANÇA E RAFAELA CARVALHO FOTO DANIELA TOVIANSKY
Xi, escapuliu!FALAR MAIS DO QUE A BOCA PODE ACONTECER
COM QUALQUER UM. DEIXAR ESCAPAR UMA OPINIÃO,
UMA REVELAÇÃO, SEGREDOS QUE FICARIAM MUITO
MELHORES GUARDADOS. COMO REFLEXO, VEM O
CONSTRANGIMENTO. MAS TAMBÉM A CHANCE DE
APRENDER A SER MAIS CUIDADOSO COM AS PALAVRAS.
E VOCÊ, QUANDO FOI QUE ERROU POR FALAR DEMAIS?
Eu e minha melhor amiga tínhamos o costume de trocar presentes feitos por nós mesmas. Certa vez, eu passei vários dias criando uma camiseta com uma estampa da nossa banda favorita. Quando faltava um mês para o aniversário dela, eu disse: “Sua camiseta está fi cando pronta!”. Queria ter dito “presente”, mas acabei deixando escapar a surpresa que estava guardada por semanas! Para mim, segurar a ansiedade é um desafi o de autocontrole. CAROLINA ROSIGNOLI, 20 anos, São Paulo
Quando eu tinha 11 anos, achava fi lhos únicos egoístas e mandões. Ainda pequena, fui com meus pais visitar uma amiga deles que havia acabado de dar à luz. Falei que ela não deveria ter só uma criança, porque a menina se tornaria metida e irritante. Logo depois, uma moça me disse que, por um problema de fertilidade, ela só poderia ter um fi lho. E me advertiu de que eu não deveria julgar as pessoas daquela maneira. Envergonhada, nunca me esqueci daquelas palavras.KEILA LIMA, 25 anos, Ubá (MG)
Eu e minha ex-mulher trabalhávamos com eventos. Certo dia, uma cliente de seus 25 anos ligou marcando uma conversa. Ela chegou com um idoso. Minha esposa perguntou se era seu avô. “Não, é meu noivo”, ela respondeu! Pedi pra morrer. O senhor inventou uma desculpa e foi embora. Perdemos o contrato e aprendemos: nunca abra a boca antes de pensar!SHALOM AZEVEDO, 39 anos, Aracaju
Faz quatro anos que vi a mulher de um dos meus melhores amigos traí-lo. Desabafei com um camarada que tínhamos em comum e pedi segredo. Mas ele contou tudo ao amigo traído. E ele veio tirar satisfações comigo. Considerou até levar o caso à delegacia. A acusação não foi para a frente, mas bastou para me ensinar a não comentar a vida alheia. JOÃO GUIMARÃES, 59 anos, Tucano (BA)
Lembro de uma discussão que tive com meu namorado – na verdade, um monólogo, porque eu não o deixava falar... Ele fi cou tão irritado por não ter
espaço para argumentar que chegou a terminar comigo. Mas depois nos acertamos. E eu aprendi a importância de dar a palavra aos outros.MARINA BORGES, 19 anos, Rio de Janeiro
Passei a comentar bastante sobre o bom momento que estou vivendo nos negócios. Minha mulher confessou que se sentia incomodada com o jeito como eu me gabava. Parei para pensar que meus amigos também não deviam achar nada bom. E mudei a tempo de não perder nenhum deles.ETEVALDO PEREIRA, 58 anos, Cuiabá
Eu entrei em um projeto de voluntariado e convidei uma amiga. Ela topou só para não me magoar. Dias depois, confessou que estava infeliz, que iria sair. Estourei de raiva, dizendo que ela só pensava em si. Só depois percebi que a egoísta era eu mesma, por querer que ela vivesse um sonho meu. Mais tarde acabamos fazendo as pazes – e aprendemos que compreensão é tudo nessa vida. DÉBORA CAMARGO, 22 anos, Araraquara (SP)
Sou taxista e, um dia, levando um passageiro, passei por uma blitz. Então, comecei a falar sobre as atitudes da polícia que me revoltavam. Disse que eu não confi ava em nenhum policial, que eles só pensam em prender quem passar pela frente. “Mas nem todos são assim”, retrucou o passageiro. “Eu, por exemplo, ainda não te prendi.” Ele era da polícia! Foi uma bela saia justa. Hoje, quando o assunto é polêmico, eu penso duas vezes antes de ser enfático nas minhas opiniões. EDISON OLIVEIRA, 36 anos, São Paulo
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EM SEU LUGAR18
Eu, gari
É UMA LIÇÃO SIMPLES, ensinada desde a infância: não jogar lixo no chão. Muita gente, porém, esquece – mesmo quando as ruas viram rios, na época das chuvas, por causa dos bueiros entupidos.
Em São Paulo, por exemplo, são joga-das no chão, todo dia, 290 toneladas de lixo. Para limpar tudo isso, há um exército de 8.500 garis. Como Pedro Rodrigues Filho e João Marques, que, diariamente, varrem a rua Augusta, no centro da cidade. A dupla enche 20 sacos por dia. E eles ainda dizem que a Augusta não é das ruas mais sujas...
Apesar de realizarem um trabalho tão im por tante, os garis nem sempre são va-lorizados. Muitas vezes, aliás, é como se as
demais pessoas nem sequer os enxergas-sem. Essa teoria foi desenvolvida pelo psicó-logo Fernando Braga, autor do livro Homens Invisíveis (Editora Globo). Segundo ele, numa grande massa de pessoas, todo rosto tende a se tornar insignifi cante. Ainda mais quando a pessoa está de uniforme. Nesse caso, é vista como uma máquina cumprin-do uma função, e não como um ser huma-no. “Só vemos o outro se ele tiver algo que nos seja familiar”, diz o especialista.
Será verdade? Convidamos a estu-dante de publicidade Juliana Artillo, de 24 anos, de São Paulo, a passar uma noite como gari. Veja a seguir como foi a expe-riência, o que ela sentiu e o que aprendeu.
4 ENTRE A VASSOURAE A LIXEIRA
Os garis sempre trabalham em dupla: um varre e o outro carrega o cesto, recolhendo os montinhos. “Depois de meia hora usando aquela vassoura pesada, eu senti dores na nuca. Aí, troquei de função. Levar a lixeira é um pouco menos cansativo”, lembra Juliana.
3 UMA BOASURPRESA
“Quando eu via alguém jogar cigarro no chão, fi cava muito brava”, diz Juliana. Mas algumas pessoas a surpreenderam pelo respeito ao trabalho dos garis. Como este homem, que fez questão de jogar o copo plástico usado dentro do cesto.
1 RÉ CONFESSAFumante, Juliana
reconhece que, quando está com os amigos no bar, costuma lançar bitucas fora da lixeira: “Nunca pensei muito nisso. É como se o cigarro fosse desaparecer num passe de mágica”. Então a convidamos a ser gari por um dia justamente na rua Augusta, um dos locais em que ela costuma encontrar sua turma – e emporcalhar a calçada... Os garis Pedro Rodrigues Filho e João Marques a acompanharam. No começo, ela se sentiu tímida no traje laranja. Mas, quando viu que ninguém nem olhava para ela, fi cou mais à vontade.
2 POR ENTRE AS FRESTAS
Por ironia do destino, as bitucas foram justamente o tipo de lixo que Juliana achou mais difícil de ser varrido. “Elas se encaixam em todos os buraquinhos. Quando fi cam molhadas, pior ainda: grudam no chão. É preciso fazer muita força para tirá-las!”, percebeu.
A SUJEIRA DO CHÃO NÃO DESAPARECE NUM PASSE
DE MÁGICA. JULIANA TOPOU EMPUNHAR A VASSOURA
E SENTIR, NA PRÁTICA, A ÁRDUA MAGIA DA LIMPEZA
TEXTO KARINA SÉRGIO GOMES FOTOS MARCOS BIZZOTTO
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POR EXEMPLO 19
FAÇA A SUA PARTE
Além de não jogar
sujeira no chão, cabe
a todos nós reciclar
vidro, papel e metal.
Se na sua rua não
passa a coleta
seletiva, você pode
levar seu lixo limpo
às lojas do Extra.
Veja a mais próxima:
http://bit.ly/pWf3Rl
6 E FICOU A LIÇÃO...Após sentir como é trabalhar duro para
recolher o lixo dos outros e nem sequer ser notada, Juliana refl etiu sobre a maneira como ela própria se relaciona com os funcionários da limpeza: “Já costumo cumprimentar todos os dias as faxineiras da faculdade. Agora vou valorizar ainda mais o trabalho delas”. E as bitucas? Ela promete que vai ser mais cuidadosa. “Se precisar, vou guardar na bolsa para jogar fora depois. No chão, nunca mais!”
5 TESTE DE INVISIBILIDADEShelida Lopes, de 24 anos, conhece Juliana
há uma década. Mas não a reconheceu, mesmo quando Juliana varreu a calçada bem do seu lado. “Quem é essa gari com a cara da minha amiga?”, pensou, antes de entender o que estava acontecendo. “É assim mesmo: as pessoas só notam a gente quando precisam de uma informação”, comentou o gari João.
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Você pensa que eu
QUEM VOCÊ PENSA QUE É? 20
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POR EXEMPLO 21
GUILHERME BRANDÃO, 25 ANOS, É ADMINISTRADOR EM SÃO PAULO.
O QUE VOCÊ ACHA QUE ELE FAZ COM OS AMIGOS TODO FIM DE TARDE?
A) PRATICA LUTA LIVRE
B) ACELERA MOTOS POSSANTES
C) FAZ GRACINHAS NA FAIXA DE PEDESTRES
sou palhaço?TEXTO JAQUELINE LI
FOTOS GUILHERME GOMES
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VOCÊ TRABALHOU O DIA INTEIRO e me-rece o sossego do lar. Mas está preso no carro, em pleno horário de pico do trânsi-to, num importante cruzamento da mais congestionada cidade do país. Quando fi nalmente chega ao semáforo, ele fecha. Será mais um minuto e meio de eterni-dade. O que seria capaz de lhe arrancar uma risada num momento como esse? Que tal um homenzarrão de quase 2 me-tros de altura, vestido de bailarina, sal-titando pela faixa de pedestres? Se por um segundo você esquecer o estresse do
trânsito e esboçar um sorriso, o dia de Guilherme Brandão estará ganho.
Administrador de uma empresa de bufê de casamentos, ele sabe bem como é a rotina dos motoristas paulistanos. Para visitar clientes e fornecedores, Gui-lherme passa quatro horas por dia ao volante. E, já que prevenir esse sofri-mento é muitas vezes impossível, ele quis inventar um jeito de remediá-lo.
Foi ao ver um documentário sobre os Doutores da Alegria que a ideia começou a nascer. Guilherme fi cou encantado com
o trabalho dos palhaços que levam sorrisos a hospitais infantis e quis fazer algo pare-cido. Para tanto, precisaria de um registro profi ssional de ator. Então, lá foi ele se ins-crever num curso de teatro, arrastando dois grandes amigos: o vendedor Marcos Bordenalli, de 36 anos, e o atendente Thiago Velloso, de 24. Mais tarde, eles juntariam à trupe a irmã de Guilherme, Andréa, recep-cionista de 26 anos, e a tia, Mara, coordena-dora de pronto-socorro, de 34 anos.
Um dia, ao sair da aula, Guilherme pa-rou em um semáforo e viu uma criança
66 milhões é o número de carros no Brasil. Enfi leirados, eles poderiam dar 4 voltas na Terra
293 km é o recorde de congestionamento em São Paulo.
Mais do que a distância entre Maceió e Recife
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POR EXEMPLO 23POR EXEMPLO 23
POR QUE HÁ TANTO MAU HUMOR NO TRÂNSITO?O que me parece é que as pessoas estão no seu limite, como um copo cheio. E aí basta uma gotinha para transbordarem, explodirem. O que a gente precisa fazer é esvaziar esse copo.
E COMO FAZER ISSO?Estimulando a imaginação. Por causa do estresse do dia a dia, perdemos um pouco de nossa criança interior. Ninguém consegue entender que é ela que nos sustenta, até hoje. Quem sorri mais, quem é mais alegre: uma criança ou você? Traga de volta a sua criança e terá sua imaginação de volta.
É ESSE O PODER DO PALHAÇO?Sim. Ele pode falar e fazer coisas que pessoas de cara limpa não podem. Isso é maravilhoso. Primeiro, as pessoas levam na brincadeira, mas depois refl etem sobre aquilo que foi dito.
UM SORRISO SALVA UM DIA?Se um pensamento positivo já pode fazer isso, imagine um sorriso. Sorria para quem te olhou feio e você será capaz de transformar o estresse num sentimento bom.
QUANDO VOCÊ ESTÁ DIRIGINDO, O QUE FAZ PARA SE DESCONTRAIR?Coloco uma música bem alta e canto igual a um doido.
O QUE É MAIS RECOMPENSADOR NO TRABALHO DOS PSICÓLOGOS DO TRÂNSITO?Saber que conseguimos fazer uma pessoa rir. Ver que ela parou no sinal com a cara fechada e saiu gargalhando por nossa causa. Não tem dinheiro que pague isso.
O PODER DO PALHAÇOPARA GUILHERME BRANDÃO, A IMAGINAÇÃO É A CHAVE PARA DEIXAR QUALQUER PESSOA ALEGRE COMO UMA CRIANÇA. SAIBA MAIS NA ENTREVISTA A SEGUIR
MARA, GUILHERME E
ANDRÉA DIVERTINDO
OS MOTORISTAS. PARA
SABER MAIS, ACESSE
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DOTRANSITO.ORG
fazendo malabares em troca de moedas. “Percebi que nenhum motorista dava atenção ao menino. Aquela cena triste, cinza, me fez pensar que o trânsito pode-ria ter um pouco mais de cor”, diz. Foi as-sim, há pouco mais de um ano, que surgi-ram os Psicólogos do Trânsito.
De segunda a sexta-feira, das 19h30 às 21 horas, os cinco palhaços vão para o cruzamento da avenida Henrique Schaumann com a rua Teodoro Sampaio, na Zona Oeste de São Paulo. Quando o si-nal fecha, eles ocupam a faixa de pedestres
fazendo graça, dançando e levantando car-tazes com frases divertidas e inspiradoras.
Muitos perguntam o que eles ganham com isso. Varia: alguns motoristas abrem o vidro e fazem um sinal positivo. Outros respondem com buzinadas amistosas. Ôni bus piscam a luz alta. Ambulâncias fazem um sinal com a sirene. E a turma de Guilherme não quer nada mais. Só sa-ber que, pelo menos por alguns instan-tes, conseguiu transformar o nervosismo, a ansiedade e a amargura do trânsito em tranquilidade, descontração e alegria.
RELAXE VOCÊTAMBÉM!
Faça o possível
para evitar
congestionamentos:
saia mais cedo,
estude novas rotas,
fuja dos horários de
pico. E experimente
alternativas, como
usar bicicleta ou
transporte público.
Ofereça ou
embarque numa
carona. O trânsito fica
muito mais leve com
uma companhia. Tem
um colega que mora
perto? Proponha um
rodízio: um dia para
cada um dirigir.
Crie um
ambiente
agradável no carro.
Faça revisões para
consertar ruídos
irritantes e tenha um
repertório de boas
músicas. Áudios-
livros também podem
ser uma boa opção.
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EU CONTRA O MUNDO24
Além do próprio
corpo TEXTO JÉSSICA MARTINELI
NOSSO ORGANISMO TEM
LIMITES. MAS ELES PODEM
SER BEM MAIS AMPLOS
DO QUE A GENTE PENSA,
OU DO QUE NOS FAZEM CRER.
PARA DESCOBRIR, É PRECISO
CORAGEM E DETERMINAÇÃO.
E A RECOMPENSA PODE
SER A REALIZAÇÃO DOS
NOSSOS MAIORES SONHOS
TRÊS MESES APÓS PERDER PARTE DAS PERNAS, PAUÊ JÁ ESTAVA SURFANDO NOVAMENTE
NO TOPO DA MAIS ALTA MONTANHA, a mais de 8 mil metros de altitude, os pulmões ainda respiram por si só. Num mer-gulho que ultrapasse 100 metros de profundidade, é possí-vel suportar a pressão sem a ajuda de nenhum equipamen-to. Há quem sobreviva ao frio de -29 ºC e ao calor de 127 ºC – e quem caminhe, ileso, sobre brasas seis vezes mais quentes que isso. Ou ainda obstinados que se mantêm vivos mesmo após mais de uma semana sem comida nem bebida.
Esses dados podem dar margem a pelo menos dois pontos de vista. Um deles é que nosso corpo tem limites – quem busca por esses extremos em algum momento encontrará um desa-fi o impossível de ser vencido. Mas uma segunda interpreta-ção, mais otimista, nos mostra que, mesmo em condições mui-to difíceis, nosso organismo é capaz de feitos incríveis.
É tudo questão de adaptação. “Charles Darwin (cientista inglês criador da teoria da evolução) já dizia: não é o homem mais forte nem o mais inteligente que vence. E sim o que me-lhor se adapta”, afi rma Isabel Chateaubriand, coordenadora do Serviço de Reabilitação do Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo. Segundo a fi siatra, nosso corpo possui reservas que nos permi-tem ações surpreendentes. “Se você tira um rim, por exemplo, o outro está preparado para acumular essa função”, explica.
Além dos limites físicos, há os sociais. Dependendo da for-ma, do gênero e da idade do seu corpo, ele será visto de ma-neiras distintas por diferentes culturas. Será avaliado, muitas vezes de forma injusta, como capaz ou incapaz de realizar de-terminadas conquistas. “É natural do processo civilizatório impor limites a cada um de nós”, afi rma o sociólogo e psica-nalista Antônio Testa, professor da Universidade de Brasília.
Impostos pela natureza ou pela sociedade, os limites do corpo existem. Mas só são descobertos quando desafi ados. Foi isso que fi zeram os entrevistados que aparecem nesta maté-ria. E foi nessa busca que encontraram a felicidade.
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POR EXEMPLO 25
REERGUER-SEPAULO EDUARDO
AAGAARD, O PAUÊ,
29 ANOS, SANTOS (SP)
Apaixonado por esportes desde pequeno, Pauê, então com 18 anos, estava indo nadar. No caminho da academia havia uma linha de trem desativada. Acostumado a passar por ali, ele nem olhou para o lado. Pois naquele exato momento veio um trem, com o farol apagado. Atropelado, Pauê perdeu parte das duas pernas. Após dois meses de internação, ele não sabia se conseguiria nadar ou surfar de novo. Mas pôs esse objetivo na cabeça e daí tirou forças para se reerguer. Em três meses, já estava desafi ando as ondas sobre a prancha. Tornou-se o primeiro surfi sta biamputado de que se tem notícia. E, com a ajuda de próteses, começou a correr e a pedalar. Dois anos após o acidente, Pauê sagrou-se campeão mundial de triatlo (esporte que reúne natação, atletismo e ciclismo), entre para-atletas. Também não desistiu dos estudos, formando-se em fi sioterapia. Consciente de que é um exemplo para muita gente, já deu mais de 500 palestras. E um fi lme sobre sua trajetória será lançado em breve. “Esconder-se não é o melhor caminho. É preciso enfrentar e superar”, diz.
VENÇATAMBÉM
Se você quer ajudar
a desenvolver o
esporte paraolímpico
brasileiro, procure
pelo Centro Nacional
de Formação de
Profissionais do
Esporte Paraolímpico,
na Universidade
Federal de
Uberlândia, em Minas
Gerais. Para saber
mais, escreva para
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A FORÇA DA VOCAÇÃONATÁLIA GONÇALVES,
26 ANOS, BRASÍLIA
Aos 5 anos, Natália sentiu uma cãibra tão forte que não conseguia mais andar. Foi diagnosticada com mielite transversa, uma síndrome neurológica causada por infl amação na medula espinhal. Foram dois anos de fi sioterapia, quatro cirurgias, mas o dano era irreversível: ela nunca mais poderia caminhar. A bordo da cadeira de rodas, Natália aprendeu a jogar basquete, curtiu o Carnaval na Bahia, namorou. E não esqueceu o sonho que embalava desde a infância: tornar-se médica. Após passar no vestibular, teve de enfrentar mais uma provação: uma ferida que a impedia de fi car sentada por muito tempo. Durante dois anos, assistiu às aulas deitada sobre um colchão, tomando a mesa do professor emprestada. Nos laboratórios, ia de maca, com rodinhas, conduzida pelos amigos. Hoje, formada, Natália atende em dois hospitais – e ainda tem tempo para organizar os preparativos de seu casamento. “Muitas vezes, quem impõe o limite é o próprio defi ciente. Quando estamos bem resolvidos, tudo se torna mais fácil e possível.”
VENÇATAMBÉM
Um projeto de lei
sobre cotas para
deficientes em
instituições públicas
de ensino está em
análise no Senado.
Mas algumas
universidades já
adotam o sistema,
como as estaduais do
Rio de Janeiro, Goiás
e Minas Gerais.
Informe-se sobre o
assunto na instituição
de sua escolha.
NATÁLIA TEVE DE IR À AULA DE MACA. MAS NÃO DESISTIU DO SONHO DE SE TORNAR MÉDICA ©
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ÁS INDOMÁVELARIANE MONTEIRO BASTOS, 26 ANOS, MANAUS
Ainda criança, quando fazia parte dos Escoteiros do Ar, em São Vicente (SP), Ariane não tinha em quem espelhar o sonho de ser piloto militar. Foi apenas em 2003 que a Força Aérea Brasileira (FAB) passou a ter mulheres conduzindo aviões. E hoje Ariane se orgulha de fazer parte dessa histórica conquista feminina. Foram três tentativas até ela passar
na prova de ingresso para o Curso de Formação de Ofi ciais Aviadores, em Pirassununga (SP). As aulas são iguais para homens e mulheres – além de teoria, incluem manejo de armas e treinamento físico e duram quatro anos. Ariane se formou em 2009, aumentando o time das atuais 50 aviadoras militares do país. Membro do Esquadrão Arara, de Manaus, neste ano ela se tornou a
primeira brasileira a pilotar a aeronave C-105, que presta apoio à proteção militar da Amazônia e a projetos sociais voltados para comunidades de difícil acesso. “Quero ter as mesmas chances e responsabilidades que são oferecidas aos homens”, diz. “E desejo que outras mulheres, ao me verem, saibam que também é possível chegar onde estou.”
VENÇATAMBÉM
Mulheres entre 18
e 42 anos podem
ingressar na FAB.
Além das
especialidades
militares, como
aviadoras, elas
podem atuar como
médicas, enfermeiras,
jornalistas ou
psicólogas, entre
outras profissões.
Para saber mais,
acesse o site:
http://bit.ly/9gBxUj
ARIANE É A PRIMEIRA MULHER BRASILEIRA A PILOTAR ESTE AVIÃO, QUE ATUA NA DEFESA DA REGIÃO AMAZÔNICA
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VENÇATAMBÉM
Muitas universidades
do país oferecem
cursos voltados
especificamente
para a terceira idade,
como a USP, a
Unifesp e a Unesp,
em São Paulo; a
UFMG, em Minas
Gerais; e a Ufal, em
Alagoas. Informe-se
na instituição de
ensino superior mais
perto de você!
A ADRENALINA DE VIVERLAURA FERREIRA, 76 ANOS, RIO DE JANEIRO
Parecia que a vida já tinha dado o que podia. Na mesma época em que se aposentou da carreira de nutricionista, Laura perdeu os pais e enfrentou um divórcio. Foi aí que ela conheceu a Universidade Aberta da Terceira Idade (Unati) e viu que ainda havia muito a ser feito. Fez cursos de línguas, contação de histórias e de técnicas para melhorar a memória. Sentir de novo
o gostinho de aprender coisas novas foi tão bom que ela decidiu cursar uma especialização em geriatria e gerontologia na Universidade do Estado do Rio de Janeiro – aos 73 anos! “As pessoas me perguntavam o que eu estava fazendo ali. Eu dizia que a terceira idade eu tirara de letra e estava me preparando para a quarta!” Quando percebeu, Laura estava apaixonada pela vida. E o caso
de amor passou a ocupar toda a sua agenda. Hoje, ela dá aulas de contação de histórias na Unati, participa de oito clubes de cinema, frequenta debates sobre assuntos diversos, como ciência e psicanálise e, recentemente, após fazer um curso, passou a investir um dinheirinho na bolsa de valores, via internet. “Viver só vale a pena quando a gente perde o medo!”
A EQUIPE DA POR
EXEMPLO PROPÔS
E LAURA TOPOU:
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VENÇATAMBÉM
O SUS oferece
reprodução humana
assistida no Hospital
Regional da Asa Sul,
em Brasília; no
Instituto Materno
de Pernambuco, no
Recife; no hospital
universitário da
Unifesp, em São
Paulo; e no Hospital
das Clínicas de
Ribeirão Preto (SP).
UMA NOVA VIDAKÁTIA LENERNEIER,
39 ANOS, E LUIZA
LENERNEIER NIELS,
3 MESES, CURITIBA
O sonho de Kátia e de seu marido, Roberto, de ter um fi lho foi bruscamente interrompido em 2009, quando ele descobriu que estava com câncer. O plano foi adiado para que o casal concentrasse forças no tratamento. Aconselhado pelos médicos, Roberto congelou seu sêmen, que poderia ser prejudicado pela quimioterapia. Inicialmente, o marido respondeu bem aos medicamentos. Mas, em fevereiro do ano passado, ele faleceu. Kátia decidiu levar adiante o desejo de ambos. Porém, ao entrar em contato com a clínica que guardara o sêmen, ouviu que não poderia usá-lo por não haver um documento assinado por Roberto permitindo a fertilização. A solução foi brigar na Justiça. Meses depois, ela conseguiu a permissão. Foram três tentativas, uma inseminação e duas fertilizações. Pessoas que fi cavam sabendo do caso pelos jornais chegaram a ligar dando apoio. “O tratamento foi difícil. Eu mesma aplicava as injeções de hormônio”, lembra. Mas valeu a pena. Fruto de tantas superações, Luiza nasceu em junho. Sadia e com a cara do pai.
KÁTIA TEVE DE BRIGAR NA JUSTIÇA PELO
DIREITO DE ENGRAVIDAR DO PRÓPRIO
MARIDO E TRAZER LUIZA À VIDA
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No bonde daeducação
TEXTO FERNANDA DE ALMEIDA ILUSTRAÇÃO CATARINA BESSELL
UM BOM ENSINO DEPENDE DE TODOS NÓS. CONHEÇA AS HISTÓRIAS DE PESSOAS
QUE ASSUMEM SUA PARCELA DE RESPONSABILIDADE E FAZEM QUESTÃO
DE COLABORAR COM A FORMAÇÃO DAS CRIANÇAS E JOVENS DO NOSSO PAÍS
PROBLEMA MEU30
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HÁ DEZ ANOS, O ENTREGADOR autôno-mo Evaldo Gomes de Moura, de 44 anos, deu uma carona a um grupo de estudan-tes do bairro onde mora, o Casa Amarela, que fi ca na Região Norte do Recife. Naná, como é conhecido, parou sua Kombi ao lado dos seis alunos que percorriam a pé o caminho de 2 quilômetros até a Escola Municipal Professor Nilo Pereira. Ofereceu-se para levá-los de automóvel, e eles aceitaram a gentileza. No dia se-guinte, 12 crianças foram de Kombi à es-cola. Depois, 20. Desde então, todos os dias, às 6h30 da manhã, uma turma de 20 estudantes espera por Naná no pon-to de ônibus. “O pessoal do bairro me in-centivou a continuar dando a carona, por-que isso animava os alunos a ir à escola, e o número de faltas caiu muito”, conta. “Hoje, quando algum menino falta sem motivo, o castigo é ir a pé no dia seguinte”.
A vontade de ajudar surgiu dentro de casa. É que sua esposa trabalha como motorista de transporte escolar. Por isso, a fi lha do casal, que agora já está com 20 anos, sempre pôde ir motorizada ao colé-gio. “Quando eu via as outras crianças an-dando, pensava que elas tinham o mesmo direito que a minha fi lha, daí veio a ideia”, explica Naná, que não se satisfez em ape-nas transportar a criançada.
Ele ainda se incomodava com o fato de que, depois da aula, a maioria fi cava à toa na rua. Então, decidiu construir uma bi-blioteca, inaugurada em abril deste ano. O aluguel do imóvel é pago com a ajuda de moradores do bairro e empresários. “Tudo o que está lá foi doado, desde os livros até os móveis”, revela o voluntário. Além do acervo, a biblioteca oferece aulas de refor-ço aos alunos e cursos gratuitos à comuni-dade de trabalhos manuais, como fuxico
73º é o lugar do Brasil no ranking do Índice
de Desenvolvimento
Humano, que avalia 196 países
em questões que incluem
a educação
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e crochê. São os próprios moradores que se disponibilizam a passar seus conheci-mentos adiante: ali, para ser professor, basta ter tempo e vontade de ensinar.
PAIS NOTA 10
“Um provérbio africano diz que é preciso uma aldeia inteira para educar uma crian-ça”, cita Anna Helena Altenfelder, superin-tendente do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), de São Paulo. Em outras palavras, quando se trata de educação, todo o apoio é necessário. Principalmente o dos pais.
Gardene Maria Carvalho, de 33 anos, secretária de um posto de saúde em Jardim do Mulato (PI), é exemplo de quem põe isso em prática. Ela faz questão de atu-ar na vida escolar dos fi lhos Alessandro, de 14 anos, e Gardiele, de 9. No ano passado,
ela sugeriu aos pais dos alunos do colégio em que a dupla estuda que ajudassem na organização do desfi le de 7 de setembro. No dia do evento, preparou uma surpresa aos colaboradores, que tiveram uma ala especial e ganharam camiseta customiza-da. “Eles se sentiram reconhecidos e moti-vados a continuar ajudando”, afi rma.
Segundo um estudo realizado em 2006 pelo Convênio Andrés Bello, um acordo in-tergovernamental fi rmado por 12 países das Américas, a atuação da família chega a ser responsável por 70% do sucesso escolar dos alunos. Para Anna Helena, toda a popu-lação civil tem um papel importante, que é o de contribuir nos debates sobre a quali-dade da educação – e aí entram pais, vizi-nhos e quem mais se interessar por cons-truir um país melhor. “Quando a comuni-dade se envolve, há uma possibilidade real
de melhorar a aprendizagem”, defende.Gardene tem percebido esse resultado.
Em julho, ela conseguiu reunir 25 pessoas, entre pais e funcionários, para pintar a es-cola antes do reinício das aulas. A Secretaria Municipal de Educação disponibilizou o di-nheiro para a compra de tinta. Como falta-va verba para a mão de obra, Gardene não pensou duas vezes antes de convocar o mu-tirão que garantiu paredes limpas e boni-tas para o segundo semestre. “Desde que os pais fi caram mais próximos à escola, a qualidade da educação e o rendimento das crianças aumentaram muito”, observa.
PÚBLICO POR OPÇÃO
Desde a 1ª série, os irmãos curitiba-nos Hannah, de 13 anos, Heldher, de 11, e Herick, de 9, estudam em escola pública. Diferentemente do que acontece com a
Temos a sétima maior taxa
de analfabetismo
da América Latina
Só 3 em cada 10
alunos do 5º ano
do Ensino Fundamental
têm aprendizado adequado
em português
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maioria dos colegas deles, seus pais têm condições de pagar colégio particular. Não o fazem por opção. Muito mais que econo-mizar, a ideia é valorizar o ensino público e colaborar para a sua melhora. “Os pais têm muita força dentro da escola e são capa-zes de mudar situações e estruturas. Por isso, a nossa participação é tão importan-te para a educação no país”, afi rma a mãe, a professora Emília Kumata, de 46 anos.
Alguns amigos da família e parentes veem a atitude com estranheza. Já os ir-mãos, com naturalidade. Os três são só elo-gios à Escola Municipal Desembargador Marçal Justen, por onde todos passaram – como o colégio só vai até o quinto ano, Hannah e Heldher, os mais velhos, já tive-ram de passar para outra instituição, tam-bém do Estado, mas Herick ainda está lá.
O motivo que faz com que os irmãos
tenham orgulho da escola onde foram al-fabetizados é o mesmo que confere pro-priedade para Emília justifi car sua opção pelo ensino público. Há sete anos, ela é a presidente do Conselho Escolar da Marçal Justen, o órgão que, entre outras funções, decide como investir os recursos vindos do governo. “Priorizamos sempre o bem-es-tar e o aprendizado das crianças”, diz.
Toda semana, Emília se reúne com a diretoria e faz questão de acompanhar de perto o desenvolvimento dos alunos. Tem dado certo: desde 2007, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do colégio vem melhorando. Em 2009, su-perou a meta, chegando a 7. Prova de que, como acredita Emília, uma boa educação depende de todos os que estão direta ou in-diretamente envolvidos com ela. Ou seja: em algum nível, diz respeito a todos nós.
TEM FILHO? VEJA COMO SE ENVOLVER
MAIS NA EDUCAÇÃO DELE
VOCÊ TAMBÉM PODE AJUDAR
CONHEÇA a nota do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) da escola em que ele estuda. Veja em http://sistemasideb.inep.gov.br. Essa avaliação foi criada em 2007, pelo governo, para medir a qualidade das escolas públicas
PARTICIPE das reuniões na escola e opine sobre as decisões. Converse com os professores sobre o rendimento do seu fi lho
ESTIMULE o hábito da leitura. Se possível, tenha revistas e livros em casa. Ou proponha um divertido passeionuma biblioteca pública
NÃO TEM FILHO? COLABORE MESMO ASSIM!
FREQUENTE consultas públicas sobre educação. Elas acontecem nas Câmaras de Vereadores ou Assembleias Legislativas e são abertas ao público
DOE livros ou equipamentos a escolas públicas. Informe-se na Secretaria de Educação de sua cidade ou estado
PARTICIPE DE ONGS voltadas para o tema, como as seguintes:parceirosdaeducacao.org.br, amigosdaescola.globo.com, todospelaeducacao.org.br e alfasol.org.br
70% do sucesso escolar
vem do envolvimento da família
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Em boa companhia
QUAL É O BEM MAIS NOBRE concedido à humanidade? Pense no que você possui de mais valioso, e não será di-fícil encontrar a resposta. Você pode ter pensado no seu grande amor ou no vínculo familiar mais estreito. Independentemente da escolha, se ela for a relação mais importante que você mantém com outra pessoa, certa-mente terá como fundamento a amizade.
“Somos seres essencialmente sociais, a espécie que mais precisa do outro para sobreviver“, afi rma a psicó-loga Mariana Paz, professora das faculdades Unime e Unijorge, de Salvador. “Começamos a existir quando o outro nos vê. A amizade é o reconhecimento de nós mesmos e das pessoas que nos cercam”, completa a as-sistente social Lucia Amaral, uma das criadoras da ONG Meditadores, de São Paulo, que promove uma ofi cina sobre a importância da amizade.
Se a amizade é o vínculo que serve de base para to-das as outras relações, fi ca fácil presumir o momento em que começamos a vivê-la e entendê-la. “O convívio entre pais e fi lhos é o ponto de partida para que a criança desen-volva relações de amizades saudáveis”, afi rma Mariana. Ou seja: o primeiro passo para ensinar uma criança a ser um bom amigo é ser um bom amigo para ela. “Na prática, isso signifi ca interessar-se pela vida do fi lho, perguntar sobre seu dia, rir junto, tentar entender o que se passa nos momentos tristes, contar as experiências que você viveu quando tinha a idade dele”, exemplifi ca a psicóloga.
Mas não é só isso. Os fi lhos também se espelham nas relações que os pais mantêm com as demais pessoas. Percebem o empenho que os adultos dedicam para ajudar seus amigos, o prazer que têm em estar junto, e daí vão tirando lições. “É assim com todo tipo de ensinamento”,
AMIGOS, AMIGOS – MAS NADA DE FAMÍLIA
À PARTE: VEJA COMO A CONTRIBUIÇÃO DOS
PAIS É FUNDAMENTAL PARA QUE OS FILHOS
FORMEM SAUDÁVEIS CÍRCULOS DE AMIZADE
TEXTO IVY FARIAS E DILSON BRANCO
ERICKA ADORA LEVAR A FILHA,
MAORI (À DIR.), E SUAS AMIGUINHAS
PARA PASSAR O DIA NA PRAIA
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afi rma Mariana. “Eles são passados com palavras e ações: não adianta nada os pais falarem para as crianças não gritar, por exemplo, se eles mesmos estão berrando. A palavra-chave é consistência”, completa a especialista.
DE DENTRO PARA FORA
Criar um grupo próprio de amigos é um passo fundamental para que os fi lhos descubram sua individualidade. Portanto, ensinar sobre amiza-de tem tudo a ver com educar para a autonomia. No tempo certo, é importante deixar que o fi lho cumpra tarefas por si mesmo, como fazer o de-ver de casa, ir à padaria, preparar o próprio lan-che. “Ter autoconfi ança é muito importante nas relações de amizade”, afi rma Mariana.
Outra lição essencial é saber o limite da en-trega numa relação. Lucia Amaral lembra que um bom amigo é aquele que sabe ouvir, confor-tar, considerar os outros. Mas sempre respeitan-do os compromissos consigo mesmo. “A amiza-de se constrói a partir do respeito pelo outro. Mas também é preciso ter coragem para dizer ‘não’ quando sentimos que o comprometimen-to vai ultrapassar nossa condição”, diz.
Identifi car limites como esse e saber como apresentar aos fi lhos um sentimento tão valio-so como a amizade é um desafi o e tanto para to-dos os pais. Veja como as famílias a seguir lidam com esse tema e inspire-se a encontrar a me-lhor maneira de orientar seus pequenos sobre o mais nobre bem que já nos foi concedido.
DA INFÂNCIA PARA A VIDA TODAFoi logo cedo que a bióloga Ericka Friol, de 29 anos, de Itanhaém (SP), descobriu que os amigos eram a família que ela escolhera. Filha única, sem primos por perto, ela passou a infância e a adolescência cercada de vizinhos – com quem fala, pela internet, até hoje. Agora, ela procura passar a mesma lição para sua única fi lha, Maori, de 6 anos. “Mostro que ela tem de tratar os amigos, primos e vizinhos com o mesmo carinho, pois todos os seres humanos fazem parte da mesma família”, acredita. Um dos principais ensinamentos é não perder o contato com as pessoas queridas: “Ela tinha amiguinhos que se mudaram do nosso prédio. Então, sempre ligo para as mães e organizo um encontro”. Em geral, o programa é ir para a praia. A turma, que chega a 15 crianças, passa o dia se divertindo na areia. O maior desafi o para Ericka é liberar a fi lha para brincar longe da sua supervisão: “É difícil, mas acho importante. Desde os 4 anos, de vez em quando ela dorme na casa da melhor amiga, a Giovanna”. A ideia de Ericka é que, assim como ela, a fi lha crie laços na infância que durem para sempre. “Espero que cheguem juntos na adolescência e façam parte do mesmo grupo, porque assim um cuida do outro.”
FAÇA VOCÊTAMBÉM
Se você se sente
inseguro para deixar
seu filho dormir fora
de casa porque não
conhece a família
do coleguinha,
convide-os para um
almoço na sua casa.
As crianças vão
adorar – e você
também corre
o risco de fazer
grandes amigos!
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FAÇA VOCÊTAMBÉM
Nas primeiras vezes
em que seu filho for
receber amiguinhos
em casa, combine
com os outros pais a
hora de chegada e a
de saída deles. Assim,
você diminui a
ansiedade de seu
pequeno na espera
pelos colegas, e eles
podem se preparar
para a despedida.
DE PORTAS ABERTAS
Quando Diego e seus amigos formaram uma banda de pagode, três anos atrás, e precisaram de um lugar para ensaiar, a solução foi óbvia: “Pensamos logo na casa dos meus pais”, diz o pandeirista, de 22 anos. Companheiros de longa data, os músicos já frequentavam havia tempos o lar do motorista aposentado Zenildo d a Silva e da dona de casa Romilda, ambos de 50 anos, em Osasco (SP). Afi nal,
a casa sempre esteve aberta para os amigos dos fi lhos. “Aberta com aquele cuidado, né? A gente prefere que eles fi quem em casa com as boas companhias”, conta Zenildo. “É uma forma de conhecermos os amigos e aproveitarmos para dar conselhos”, completa a mãe. Com os fi lhos mais novos – Alexandre, de 18 anos, e Naiara, de 16 –, a estratégia é a mesma. “Os trabalhos em grupo da escola a gente
sempre faz na minha casa, porque meus pais são simpáticos com todos”, diz a menina. Hoje, a banda de Diego já se profi ssionalizou e ensaia em estúdios alugados. Mas, quando é preciso fazer uma reunião, correm para o antigo ponto de encontro. “Meus amigos sempre dizem que queriam ter pais como os meus. Eles são os únicos que vão nos nossos shows até hoje!”, orgulha-se o músico.
ZENILDO E ROMILDA DEIXAM
AS PORTAS DE CASA ABERTAS
PARA OS AMIGOS DOS FILHOS –
INCLUSIVE PARA A BANDA
DE PAGODE DO MAIS VELHO
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A AMIZADE SERVE DE TEMA PARA MUITOS LIVROS E FILMES.
CONFIRA ALGUMAS BOAS DICAS PARA CURTIR COM SEUS FILHOS
NAS PÁGINAS E TELAS
O Menino Marrom, de Ziraldo Ao contar a história de dois meninos de cores diferentes que crescem juntos, o livro mostra como a amizade supera o preconceito.
Conta Comigo (EUA, 1986)Filme clássico dos anos 1980, mostra quatro adolescentes vivendo uma aventura que se transforma numa jornada de autoconhecimento.
Super 8 (EUA, 2011)Um fi lme como os de antigamente, emocionante e divertido, sobre um grupo de amigos que amadurece junto durante férias inesquecíveis.
A DISTÂNCIA
As primeiras lições sobre amizade, Alice aprendeu bem cedo. Logo que ela fez o primeiro aniversário, sua família foi morar no exterior, onde seu pai, o administrador Carlos Sochaczewski, de 41 anos, faria um curso de um ano. Na primeira semana fora do país, eles conheceram numa fi la de padaria um casal de brasileiros que também tinha uma fi lha de 1 ano, Pietra. “A gente não se largou mais”, conta a mãe de Alice, a jornalista Mariana Bara, de 32 anos. As duas meninas também tomaram gosto uma pela outra. Mas, quando o curso de Carlos acabou, a família voltou para São Paulo. E aí Mariana decidiu agir para esse laço não se desfazer. “As crianças esquecem mais facilmente. A Alice não se lembraria da Pietra se fi casse muito tempo sem vê-la”, diz. Por isso, ela faz questão de relembrar a fi lha, hoje com 4 anos, dos momentos que viveu com a amiga, colando fotos no mural de casa e marcando conversas pela internet. As famílias já até viajaram juntas para que as pequenas matassem a saudade. “A amizade foi renovada!”, celebra a mãe.
FAÇA VOCÊTAMBÉM
Você pode ajudar
seu filho a fazer
amizades. Veja quais
apartamentos ou
casas da vizinhança
têm crianças da idade
dele. Converse com
os pais. Ponha-se
à disposição para
levá-lo lá para que
ele se apresente.
Ou receba o novo
amigo na sua casa.
MARIANA MARCA CONVERSAS PELA INTERNET PARA A FILHA, ALICE, NÃO ESQUECER DA AMIGA PIETRA
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Diversão solidária
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POR EXEMPLO 39
QUANDO SE MUDOU PARA São Paulo, na década de 1980, o administrador paraiba-no Vilmi Fernandes Bezerra, de 48 anos, não tinha com quem passar as festas de fi m de ano. “Era muito triste, eu chorava durante toda a noite de Natal”, lembra. Para afastar a melancolia, ele decidiu fes-tejar com outros solitários: os moradores de rua do centro da capital.
Começou distribuindo balas. No ano seguinte, comprou à prestação uma roupa de Papai Noel e saiu fantasiado, oferecen-do abraços. Depois disso, alguns amigos se interessaram pela iniciativa. Primeiro, doaram roupas e alimentos a ele para que presenteasse as pessoas. Depois, alguns se voluntariaram a ir junto.
Assim surgiu, há cerca de 15 anos, o grupo Mão Amiga, formado por pessoas que têm o maior prazer em passar o Natal longe de casa a fi m de levar carinho a quem não possui um lar. “Nossa presença é cobrada nas festas em família, mas te-nho muita satisfação em fi car com os mo-radores de rua”, conta a advogada Sandra Ruzza, de 54 anos, que já convenceu o ma-rido a acompanhá-la na ação. “Ele tem duas opções: ou vai comigo ou fi ca sozinho em casa”, revela, entre risos.
O número de colaboradores varia: a média é de 15, mas já chegou a 30. Todo dia 24 de dezembro, antes da meia-noite, eles se reúnem para fazer um lanche e uma ora-ção. Então, saem, um vestido de Papai Noel, e os demais com gorros vermelhos, para entregar os presentes. “No Natal, as pes-soas fazem caridade durante o dia, mas à meia-noite ninguém está lá, por isso esco-lhemos esse horário”, explica Vilmi.
NO NATAL, OU EM QUALQUER OUTRA
ÉPOCA DO ANO, FAZER O BEM A QUEM
PRECISA NÃO É NENHUM SACRIFÍCIO.
BEM PELO CONTRÁRIO: PODE SER
UMA ÓTIMA MANEIRA DE UNIR AMIGOS
E VIZINHOS EM FESTAS INESQUECÍVEIS
TEXTO DANIELA ALMEIDA E KARINA SÉRGIO GOMES
FOTO RENATO PIZZUTO
POR EXEMPLO 39
VILMI (À ESQUERDA) E UM GRUPO DE AMIGOS FAZEM QUESTÃO DE COMEMORAR AS NOITES DE NATAL COM MORADORES DE RUA DE SÃO PAULO
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NÓS PODEMOS4040
Cada morador de rua recebe uma ca-miseta nova, um par de meias, um suco e um pacote de biscoito. No último ano, fo-ram distribuídos 600 kits. A escolha dos presentes não é aleatória. “Na maioria das ações sociais, eles costumam ganhar rou-pas usadas, não novas; sapatos, mas não meias; comida, mas não bebida”, diz Vilmi. Quando o Mão Amiga aparece, é uma ale-gria só. “Muitos moradores já estão dormin-do, nem esperavam receber um abraço”, conta o administrador. “É sempre um Natal inesquecível, para eles e para a gente.”
O ANO INTEIRO
O período do Natal inspira em muita gen-te o desejo de oferecer apoio a quem preci-sa. Mas, para quem enfrenta difi culdades, a ajuda é bem recebida em qualquer época do ano. E pode ser viabilizada com a realiza-ção de divertidos eventos.
É assim na Santa Casa de Misericórdia de Maceió. Em 1973, as esposas dos onco-logistas do hospital estavam cansadas de ver os pacientes chegar todos os dias do in-terior do estado, com fome e debilitados,
para receber tratamento. Então, elas resol-veram fazer alguma coisa. Inauguraram na cidade uma célula da Rede Feminina de Combate ao Câncer (que desde 1946 atua em várias partes do país) e passaram a pro-mover festas para arrecadar recursos. Por causa de difi culdades fi nanceiras, porém, o trabalho foi interrompido. Mas em 2001 o grupo voltou e não parou mais. Hoje, to-dos os dias, são distribuídos 400 lanches aos pacientes. No cardápio, pão, biscoito, arroz-doce, chá, café, suco e mugunzá, um doce típico à base de milho.
Três anos depois da reativação, um empresário local presenteou o grupo com uma casa, que passou a servir de abrigo. As pessoas sem condições de ir à capital todos os dias para se tratar começaram a passar a semana na entidade. Nesse espaço, elas ganham comida e roupa lavada, e partici-pam de palestras, sessões com psicólogo e atividades recreativas. “Aqui, a gente não consegue nem lembrar que tem a doença. Esquecemos os problemas”, diz a funcio-nária pública Maria Emília de Barros, de 46 anos, portadora de câncer de mama.
FAÇA UM NATAL SOLIDÁRIOJUNTE OS AMIGOS E ORGANIZE UMA
DIVERTIDA CELEBRAÇÃO PARA ALEGRAR
O NATAL DE QUEM NÃO TEM FAMÍLIA OU
PASSA POR DIFICULDADES. VEJA COMO!
1 A QUEM AJUDAR?Escolha quem será benefi ciado. Pode
ser um asilo, um orfanato, um abrigo de moradores de rua, uma comunidade carente... Visite o local, fale da sua intenção e descubra do que as pessoas de lá precisam. Assim, você evita arrecadar comida para quem necessita, na verdade, de roupas, por exemplo.
ELES NÃO TÊM NATAL
O fi m de ano é a época em que as pessoas mais gastam:
Mas muita gente fi ca fora dessa festa:
FONTES: 1- SERASA EXPERIAN.
2- MINISTÉRIO DO
DESENVOLVIMENTO SOCIAL.
3- FUNDAÇÃO INSTITUTO
DE PESQUISAS ECONÔMICAS
(FIPE). 4- INSTITUTO DE
PESQUISA ECONÔMICA
APLICADA (IPEA).
* CONSIDERANDO APENAS
AS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS.
1 em cada 100 brasileiros vive nas ruas2
14 mil
é o número de sem-tetos em São Paulo, a maior cidade do país3
83 mil idosos moram nos
3.550 asilos do país4
crianças e adolescentes4 vivem em orfanatos*
19 mil
R$ 1,6
bilhão foi o que os brasileiros desembolsaram no Natal de 2010, considerando apenas as compras pela internet1
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POR EXEMPLO 41
Manter essa estrutura, é claro, custa dinheiro. Para sustentá-la, as 130 voluntá-rias organizam animados eventos benefi -centes. O primeiro foi um bingo com show de música. Deu certo. Em 2011, elas já fi ze-ram uma festa no Carnaval e outra na épo-ca de São João. Os custos das celebrações são cobertos com doações. E a renda é ob-tida com a venda dos convites. Cada festa arrecada, em média, 17 mil reais.
“Muitas vezes, passamos o dia baten-do de porta em porta para pedir doações ou vender convites”, conta a presidente do grupo, Josie Falcão, de 61 anos. A apreensão é sempre grande, porque elas nunca sa-bem se o dinheiro será sufi ciente para pa-gar os custos. Mas Josie garante que vale a pena. “É sofrido, mas recompensador. A gente se sente bem fazendo o bem.”
FESTA NO BAIRRO
As difi culdades também não são sufi -cientes para impedir a realização de um dos maiores e mais tradicionais eventos benefi centes da capital paulista. A Festa de Nossa Senhora da Achiropita acontece
desde 1926, sempre no mês de agosto, no bairro da Bela Vista, no centro da cidade.
No início, era um hábito dos imigran-tes italianos, vindos da região da Calábria. Para celebrar a santa, as famílias faziam e vendiam entre si os pratos típicos da terra natal. O dinheiro arrecadado era destina-do às obras sociais da igreja do bairro, que ainda estava sendo construída.
Na década de 1970, a festa já havia crescido tanto que foi preciso levá-la para fora do pátio da igreja. Hoje, ocupa três ruas do bairro. Os visitantes circulam en-tre as 30 barracas de brincadeiras e de comidas preparadas pelas mammas ita-lianas – e ainda há shows numa cantina, cujos ingressos são vendidos com até um ano de antecedência. Ao todo, mais de 800 voluntários se mobilizam para que tudo ocorra da maneira planejada.
A maior parte do material usado na festa é obtida com doações. Inclusive o vi-nho e os ingredientes das receitas, como farinha, ovos, azeite, tomate e azeito-nas, que são oferecidos por empresas. Os organizadores não divulgam quanto
arrecadam, mas a média de frequentado-res é de 20 mil a 30 mil pessoas por noite. E a festa se estende por um mês.
Os recursos recolhidos mantêm todos os projetos sociais da paróquia. As ações amparam 1.200 pessoas, entre os morado-res de rua do bairro, as crianças e os ado-lescentes que frequentam o centro edu-cacional e profi ssionalizante e os adultos que vão às aulas de alfabetização ou que estão se recuperando do vício do álcool.
A funcionária pública Mônica Conte, de 48 anos, é a imagem do espírito comu-nitário e histórico da festa. Seu bisavô doou parte do terreno da família para que a igreja fosse construída. O pai e a mãe se conheceram na festa. Hoje, seus fi lhos, de 22 e 24 anos, trabalham fazendo a mas-sa da famosa fogazza italiana. Mônica, por sua vez, ajuda nos preparativos pra-ticamente desde que nasceu. “A coisa mais valiosa que temos são nossos paren-tes. E essa comunidade, para mim, é exata-mente isso: uma grande família”, afi rma. “O trabalho é difícil, cansativo. Mas, espi-ritualmente, a gente fi ca muito feliz.”
2 COMO ARRECADAR?Há várias maneiras de arrecadar recursos.
Você pode vender os convites para a festa, colocar um cofrinho no trabalho ou na escola, bater de porta em porta, pedir doações aos comerciantes do bairro... Outra ideia é juntar roupas e outros itens usados e fazer um bazar, destinando a renda para a celebração.
3 FESTA DE NATALSe possível, realize o evento na própria
noite de Natal, ou no almoço do dia 25. É nessa hora que as pessoas se sentem mais sozinhas. Faça uma boa decoração, coloque uma música animada, leve comida gostosa. E não se esqueça de que, tão importante quanto os presentes, é distribuir sinceros abraços!
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Musse de repolho?SIM, POR QUE NÃO? ESSA
É UMA DAS RECEITAS
NUTRITIVAS, SABOROSAS
E ECONÔMICAS QUE VOCÊ
PODE APRENDER NO
PROJETO COZINHA BRASIL
“SE ATÉ O MACACO JOGA fora a casca da banana, por que a gente vai comer?”. Esta foi somente uma das inúmeras piadas que a nutricionista Tereza Watanabe, de 54 anos, ouviu quando deu início ao programa Alimente-se Bem com R$ 1,00, do Serviço Social da Indústria (Sesi) de São Paulo, no ano de 1998. “A ideia era que, com esse valor, a pessoa pre-parasse o café da manhã, o almoço e o jantar com qualidade”, explica a diretora da divisão de nutri-ção e responsabilidade social do Sesi-SP.
Para tanto, um dos segredos é aproveitar todas as partes dos alimentos, evitando o desperdício – prática rara em um mundo que joga no lixo um ter-ço de toda a comida que produz. Com a casca da ba-nana, por exemplo, Tereza e sua equipe inventaram um jeito criativo de fazer um delicioso bolo.
Desde então, 1.100 receitas já foram desenvolvi-das dentro do projeto, que em 2004 foi implantado em todo o país e passou a se chamar Cozinha Brasil. O valor do cardápio diário aumentou para 2 reais, mas a preocupação de unir qualidade nutricional, sabor e economia continua a mesma. Os cursos são gratuitos e abertos ao público – você pode se infor-mar na unidade do Sesi mais próxima da sua casa.
Quer se surpreender e economizar também? Confi ra três receitas criadas pela equipe de Tereza que combinam com a ceia de Natal. E bom apetite!
TEXTO RACHEL TÔRRES
É GOSTOSO E FAZ BEM42
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MUSSE BICOLORRENDIMENTO 15 porções (235 kcal/porção)
INGREDIENTES• 3 xícaras (chá) de abacaxi sem casca picado*• 2 xícaras (chá) de repolho-branco picado• 2 1/2 xícaras (chá) de repolho-roxo picado• 1 xícara (chá) de uvas sem sementes picadas• 1 1/2 xícara (chá) de açúcar• 2 1/2 xícaras (chá) de água• 1 limão• 2 envelopes de gelatina sem sabor• 2 caixinhas de creme de leite• 1 lata de leite condensado
PREPAROBata no liquidifi cador o repolho-branco, uma xícara de abacaxi, 3/4 de xícara de açúcar, uma xícara de água e meio limão. Leve ao fogo até engrossar e reserve. Repita a operação com o repolho--roxo. Dissolva cada pacote de gelatina conforme as instruções da embalagem. Ferva rapidamente o restante do abacaxi, escorra e reserve. Bata no liquidifi cador a geleia do repolho-branco, uma caixa de creme de leite, meia lata de leite condensado e uma gelatina dissolvida. Misture o abacaxi aferventado e reserve. Repita a operação com o repolho-roxo, misturando as uvas. Em uma taça, alterne camadas das duas misturas.*Lave bem a casca do abacaxi e ferva-a para fazer um delicioso chá!
PREPAROLave cascas e talos, pique-os e reserve. Refogue a cebola e o alho. Junte as cascas e os talos e, se preciso, 1/2 xícara de água. Refogue até fi carem macios. Dissolva a farinha de trigo no leite e na água e junte ao refogado. Cozinhe, mexendo, até desprender do fundo da panela. Desligue o fogo e misture o arroz cozido. Modele bolinhas, passe pela farinha de rosca e frite em óleo quente.
BOLINHO DE VEGETAISRENDIMENTO 8 porções (270 kcal/porção)
INGREDIENTES• 3 xícaras (chá) de cascas de chuchu, cenoura e berinjela• 1/2 xícara (chá) de talos de agrião e salsa• 1/2 xícara (chá) de cebola ralada• 1 dente de alho• 4 colheres (sopa) de farinha de trigo• 1/2 xícara (chá) de leite• 1/2 xícara (chá) de água• 1 xícara (chá) de arroz cozido• 1/2 xícara (chá) de farinha de rosca
PREPAROCozinhe o pernil com dois dentes de alho, o suco de limão, sal e pimenta na panela de pressão, com uma colher de óleo. Desfi e-o e reserve. Doure a cebola e um dente de alho. Adicione a abóbora, a batata e o agrião e cozinhe até fi car macio. Junte o pernil, a salsa e o sal. Mexa bem. Dissolva o amido de milho no leite, leve ao fogo e mexa até engrossar. Fora do fogo, misture as gemas. Junte esse creme ao pernil. Misture as claras. Asse em forno médio.
SUFLÊ DE PERNIL COM ABÓBORARENDIMENTO 6 porções (210 kcal/porção)
INGREDIENTES• 360 g de pernil• 3 dentes de alho• suco de 1 limão• sal e pimenta a gosto• 1/2 xícara (chá) de cebola ralada• 2 xícaras (chá) de abóbora seca com casca ralada• 1 xícara (chá) de batata com casca• 1/2 xícara (chá) de talos de agrião picados• 1 colher (sopa) de talo de salsa picado• 1/2 xícara (chá) de amido de milho• 3 xícaras (chá) de leite• 3 gemas e 3 claras em neve
TEREZA WATANABE, CRIADORA DO PROJETO
QUE JÁ AJUDOU 1 MILHÃO DE PESSOAS A SE
ALIMENTAR MELHOR
POR EXEMPLO 43
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BARBARA BRUNCA ESTUDANTE DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO (SP), NASCIDA EM 14/8/1989“Moro com meu marido e meu fi lho, de 2 anos. Ser mãe é minha maior conquista. Agora que aprendi o que é o amor materno, eu me aproximei muito dos meus pais. Estudo moda, mas por enquanto não tenho como começar um estágio. O sonho de construir minha carreira fi cou em segundo plano. Mas tudo bem: sou nova e tenho tempo.”
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ALEX SAMUEL SANTOS
ESTUDANTE DE SÃO PAULO, NASCIDO EM 15/5/1989“Já estudei design gráfi co, design de móveis e, agora, faço faculdade de design de games. Para mim, mudar o foco é agregar conhecimento e me manter atualizado. Moro com minha mãe e faço estágio numa empresa de TV. Mas meu sonho é abrir uma loja de artigos de design. Quem sabe, eu me torne o que eu achava que seria aos 22 anos: um adulto completo.”
Meus
O TEMPO DE CADA UM44
HÁ ALGUMAS DÉCADAS, as pers-pectivas para quem entrava na vida adulta eram claras: começar uma carreira e uma família. Hoje, um jo-vem de 22 anos tem mais liberdade para traçar seus caminhos, com um vasto leque de destinos profi ssio-nais diante dos olhos e pouca pres-sa para defi nir seu futuro. “Como seus pais viveram em um período de ditadura e recessão econômica, tentaram a todo custo dar aos fi -lhos a vida mais livre que não tive-ram”, diz a psicóloga Tânia Casado, coordenadora do Programa de Orientação de Carreiras (Procar) da Universidade de São Paulo.
Formada por quem nasceu en-tre 1978 e 1990, a chamada Geração Y é inquieta e está em busca cons-tante por realização pessoal. O que se refl ete no mercado de trabalho: o período médio que uma pessoa fi ca em um emprego caiu de 30 para cinco anos nas últimas décadas.
As possibilidades são tantas que esse pessoal acabou por tomar ru-mos bem diferentes. Conheça a se-guir quatro vidas distintas de gente que possui os mesmos 22 anos.
NASCIDOS NO MESMO
ANO, ESSES JOVENS
MOSTRAM TODA A
DIVERSIDADE DA TÃO
FALADA GERAÇÃO Y
TEXTO SOLANGE MEDEIROS
E RAFAELA CARVALHO
SE VOCÊ TEM 22...Aos 5 anos, acompanhou sem entender muito bem a comoção nacional pela morte do piloto de Fórmula 1 Ayrton Senna. Para saber mais sobre a trajetória do ídolo, veja o documentário Senna, lançado em 2010.
O ano em que você nasceu foi marcado por um dos fatos históricos mais importantes das últimas décadas: a queda do Muro de Berlim, que simboliza o fi m da Guerra Fria. Veja uma reportagem da época em http://bit.ly/dDwS4
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FERNANDA MAGLIOCCOBIBLIOTECÁRIA DE CURITIBA,
NASCIDA EM 15/2/1989
”Há dois meses me formei em biblioteconomia e mudei da casa dos meus pais, em Santo André (SP), para Curitiba. Estou fazendo pós-graduação e consegui um emprego. Assim, consigo pagar o aluguel e mobiliar o apartamento onde moro sozinha. Fico um pouco insegura por ter de me sustentar, mas essa sensação de liberdade e de ter uma vida inteira pela frente não tem preço!”
JOSÉ TORRES COURA NETO POLÍTICO EM JOÃO PESSOA, NASCIDO EM 8/8/1989“Desde os 16 anos, eu participo de projetos sociais. Coordenei um grupo que oferecia aulas de reforço em escolas públicas, fi z campanhas de doações para creches... Assim, acabei convidado para ser um dos líderes do projeto da juventude de um partido político. Fui candidato a deputado estadual, mas não me elegi. Dentro ou fora da política, o que eu quero é poder ajudar as pessoas.”
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POR EXEMPLO 45
COM A SUA IDADENa adolescência, talvez tenha aderido ao estilo “emo”, deixando uma franja comprida sobre os olhos maquiados, vestindo roupas escuras, usando piercings e ouvindo bandas como Simple Plan, Fresno e NX Zero.
Absorveu grandes revoluções tecnológicas, como a popularização dos computadores, da internet e dos celulares. E ainda é novo o bastante para viver as incríveis transformações que o futuro promete!
Se você nasceu em 1989, tem a mesma idade do Extra. A marca surgiu naquele ano na capital de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, substituindo e modernizando a antiga rede de hipermercados Jumbo.
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APRENDA E ENSINE46
Eu sinto muitoÉ USANDO NOSSOS CINCO SENTIDOS – TATO, VISÃO, AUDIÇÃO, PALADAR E OLFATO – QUE RECONHECEMOS O MUNDO. MAS AINDA HÁ MUITO QUE EXPLORAR POR AÍ. EXPERIMENTE DEZ EXERCÍCIOS PARA DESCOBRIR NOVIDADES AO SEU REDOR E APRENDER, COM AS SUAS SENSAÇÕES, COISAS NOVAS TODOS OS DIAS
TEXTO ROBERTA FARIA ILUSTRAÇÃO MARCELLA TAMAYO
1 Prove uma fruta que você nunca te-
nha experimentado. É bem provável
que nas gôndolas do mercado, em uma rua
ou em um quintal na sua vizinhança exis-
ta um sabor que você nunca sentiu. Mas
certifi que-se de que o fruto é comestível,
e lave-o bem antes de morder!
2 Você conhece bem a sua voz? Ela cos-
tuma parecer bem diferente quando
a ouvimos gravada. Experimente: no celu-
lar ou computador, grave uma mensagem
para você mesmo. Ouça agora. E daqui a
um, dez, 30 anos. Grave a voz dos seus fi -
lhos também: mais tarde, você vai gostar
de relembrar como elas soavam.
3 Ao acordar, antes de sair da cama, tire
cinco minutos para se espreguiçar.
Flexione e estique seus músculos e arti-
culações, tentando sentir cada pedacinho
do corpo – inclusive aqueles que você nem
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POR EXEMPLO 47
lembrava que existiam. Comece pelos de-
dos dos pés e vá subindo sem pressa, me-
xendo-se como a sua intuição mandar.
4 Nenhum sentido tem um poder tão
grande de trazer memórias à tona
quanto o olfato. Quer ver? Liste os chei-
ros que contam a sua história e procu-
re senti-los de novo. O aroma de alho fri-
to que lembra a cozinha da sua mãe, o de
protetor solar que traz de volta as férias
na praia, o de roupa seca no varal que faz
recordar calorosos dias de sol...
5 Veja as coisas pequenas. Acompa-
nhe o caminho de uma trupe de for-
migas, observe o miolo de uma fl or, apro-
xime os olhos nas roupas para ver como a
trama do tecido se alinha, tente enxergar
os menores detalhes da superfície da sua
pele. Há belezas e surpresas que só de per-
to somos capazes de enxergar.
6 Veja as coisas grandes. Ao cami-
nhar na rua, olhe para o alto: há be-
los prédios sobre as lojas, árvores cheias
de frutas e fl ores, nuvens formando dese-
nhos. Vá aos pontos mais altos da sua cida-
de para enxergá-la de cima e observar o ho-
rizonte. A imensidão faz com que a gente se
sinta pequeno – e isso pode ser bom!
7 Faça uma sobremesa com um in-
grediente que costuma ser usado
em salgados – que tal uma musse de re-
polho? (A receita está na página 42!) Vale
testar também um sabor doce em um pra-
to de sal – espalhar um pouco de mel sobre
a carne de porco ou frango, por exemplo,
deixa o assado mais corado e saboroso.
8 Tome banho com os olhos fecha-
dos. Veja com as mãos e reconheça
seu corpo sem precisar enxergá-lo. Pres-
te atenção na temperatura e na pressão da
água, na textura da pele, da espuma, do sa-
bonete. Fase dois: arrume-se sem se olhar
no espelho e passe o dia ignorando o pró-
prio refl exo. Você consegue?
9 A maior parte do gosto que sentimos
nos alimentos se deve, na verdade,
ao olfato. Quando provar um prato, ten-
te adivinhar o que há nele apenas pe-
los aromas que consegue sentir. Será que
nesse molho tem coentro ou manjerona?
Canela ou cravo? Dê seu palpite e, depois,
tire a prova com quem cozinhou.
10 Apague a luz, sente-se quieto
e apenas ouça. A vida é cheia de
sons, que só escutamos com muita aten-
ção. O tique-taque do relógio, os passari-
nhos na rua, a água nos canos, a sua res-
piração... Fase dois: ouça o som das coisas.
Encoste o ouvido na terra, em uma árvore,
na parede – o que você consegue ouvir?
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AGRADEÇO48
Professorespor acaso
VOCÊ VAI COMPRAR um refrigerante na máqui-na e, sem saber como funciona, segue os passos de quem estava na frente. No ônibus, ouve um truque infalível para o molho de tomate e de-pois tenta fazer em casa. Ou simplesmente vê uma gentileza na rua e tem um estalo sobre a importância de ajudar os outros.
A gente espera que os ensinamentos venham das pessoas mais próximas, que sabem das nos-sas necessidades. Mas os desconhecidos também têm coisas preciosas a ensinar. Seu distancia-mento permite que nos surpreendam com infor-mações de que nem sabíamos que precisávamos.
Essas lições podem se resumir a soluções práticas, como um atalho no trânsito, uma téc-nica no trabalho... Ou levar a grandes transfor-mações de vida. As histórias a seguir são de pes-soas que passaram por isso na prática. E agora, mesmo sem conhecer você, elas fazem questão de compartilhar suas descobertas. Confi ra!
OLHE À SUA VOLTA. PESSOAS QUE VOCÊ
NUNCA VIU ANTES OU COM QUEM JAMAIS
FALOU PODEM TER ALGO VALIOSO A ENSINAR.
BASTA MANTER OUVIDOS E OLHOS ATENTOS.
PENSE BEM E VOCÊ VAI DESCOBRIR: O QUE
VOCÊ JÁ APRENDEU COM UM DESCONHECIDO?
TEXTO CAMILLA DEMARIO, HELSON FRANÇA,
JAQUELINE LI, PAULA DESGUALDO E PRISCILLA DANTAS
FOTO TIAGO LIMA
CLECIA APRENDEU A FAZER ANÉIS DE MIÇANGA OBSERVANDO UMA VENDEDORA ATRAVÉS DA VITRINE
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POR EXEMPLO 49
Sou costureira e, na época de Carnaval, faço customização de abadás. Um dia fui comprar adereços e observei, pela vitrine, que a vendedora estava fazendo anéis com miçangas. Prestei bastante atenção e fui correndo para casa descobrir se eu tinha de fato aprendido. Não é que deu certo? Claro que voltei para agradecer a lição!CLECIA SACRAMENTO, 36 anos, Salvador
Numa de minhas andanças pelo pantanal de Mato Grosso, fazendo trilha com a família, deparei com um velho pantaneiro que sabia imitar os sons de um bem-te-vi como ninguém. Muito gentil, ele me ensinou a técnica. Todas as manhãs, sempre que possível, procuro me comunicar com os passarinhos que aparecem aqui no quintal de casa. E nessas horas eu sempre me recordo do velho pantaneiro. GILSON GOMES BARBOSA, 44 anos, Cuiabá
Fui ao centro da cidade de moto, mas ainda não tinha muita prática. Quando parei para estacionar, o câmbio travou. Um rapaz que estava passando percebeu a situação e me explicou como fazer: empurrar para a frente e logo trazer de volta. Deu certo. Agradeci e passei o aprendizado adiante quando vi que outras pessoas também não sabiam.ALAN ROGER, 20 anos, Santa Bárbara d’Oeste (SP)
Uma moradora de rua aqui da cidade ocupa sempre a mesma pracinha, com seu fi gurino e cenografi a que chamam atenção. Ela arruma com cuidado milhares de coisas que recolheu ao longo do tempo.
Um dia, vi um fotógrafo tentar registrá-la, mas ela não deixou. A cena me fez pensar sobre o valor da privacidade.EVA DUARTE, 40 anos, Recife
Estava dirigindo para o trabalho, atrasado, quando vi que o motorista da frente era um colega de empresa com quem eu nunca havia falado. Percebi que ele iria fazer um trajeto diferente e decidi segui-lo. Acabei descobrindo um caminho mais rápido. Depois desse episódio, fi z questão de conhecê-lo. Hoje somos amigos. XAVIER DOS SANTOS, 32 anos, Salvador
Certa vez, de madrugada, estava dando carona para uma amiga e pensei em fazer uma conversão proibida. Perguntei: “Será que eu entro aqui?”. Rapidamente, ela me respondeu que sempre costumava levar em conta uma frase de seu tio: “Nunca perdi nada por fazer a coisa certa”. Desisti da manobra. Desde então, há dois anos, sempre que vou fazer algo que não é 100% indicado, lembro do ensinamento desse homem que eu nunca cheguei a conhecer.CAROLINA RODRIGUES, 30 anos, Curitiba
Enfrentei a fi la do caixa do cartório e, só quando chegou minha vez, descobri que não aceitavam cartão. E eu estava sem dinheiro. Aí, o cara que estava atrás de mim esticou o braço e pagou minha conta. Fiquei assustada, mas logo percebi que ele só queria ajudar. Quando eu lhe perguntei como poderia retribuir, ele disse: “Passe adiante, pague a alguém que precisar”. Uns dois
meses depois, eu estava no ônibus e uma moça não tinha dinheiro. Paguei a passagem dela e lhe falei o mesmo: “passe adiante”. GISELA BLANCO NARLOCH, 27 anos, São Paulo
Teve um dia em que eu fui com minha mãe e meu irmão mais velho brincar em uma praça que fi ca perto da praia. Lá, o pai de uma criança que eu não conhecia estava ensinando a ela como fazer uma pipa. Eu perguntei a minha mãe se a gente podia aprender também. Ela primeiro conversou com ele e depois disse que não tinha problema. Prestamos bastante atenção. Hoje, sou eu que ensino para meus amigos!LUIZ ANTONIO SILVA, 9 anos, Salvador
Estava caminhando, distraído pela paisagem, quando um molequinho parou na minha frente: “Tio, o senhor sabe para que lado fi ca o metrô?”. Vi que ele tinha nas mãos dinheiro trocado. Como o garoto era muito novo, condenei no mesmo momento seus pais. Como alguém pode deixar uma criança daquele tamanho andar sozinha por aí? Enquanto eu me perdia em pensamentos, ele disse: “Tá gastando meu tempo! Se não sabe, vai embora!”, e correu até a esquina. Lá, acabou encontrando o que procurava: o pipoqueiro que fi ca em frente ao metrô. Comprou dois sacos e acenou para a mãe, que o cuidava da janela de um prédio próximo. Além de aprender como as aparências enganam, adotei um novo bordão: “Se não sabe, vai embora!”.DANIEL TERRA, 33 anos, Rio de Janeiro
A quem você gostaria de
agradecer por ter-lhe ensinado algo importante?
Conte para a gente!
Veja nossos contatos
na página 7.
Agradeco.indd 49Agradeco.indd 49 11/22/11 12:24 PM11/22/11 12:24 PM
SEMPRE É TEMPO50
Nunca dantes...ABRAÇAR O DESCONHECIDO E NAVEGAR POR NOVOS MARES É PRECISO.
QUAL FOI A ÚLTIMA VEZ EM QUE VOCÊ FEZ ALGO PELA PRIMEIRA VEZ?
Há duas semanas, levei meus fi lhos na festa de aniversário de 8 anos de um amigo deles. Quando fui chamá-los para ir embora, eles estavam brincando na cama elástica. Ao me ver, eles me convidaram para ir junto. Resolvi me jogar e foi delicioso! Até então eu nunca havia experimentado um pula-pula, por mais que tivesse muita curiosidade. Dividir esse momento com eles foi muito legal. ROSANA SIQUEIRA, 53 anos, Cuiabá
Meu irmão me ligou e disse: “Amanhã eu e um pessoal vamos subir a Pedra da Gávea. Você topa?” Aceitei. Eu achava que era uma trilha simples, pensei até em levar minha fi lha. Só quando cheguei lá percebi onde eu tinha me metido. Foram quatro horas de subida pesada. Em alguns trechos, só passei com a ajuda da galera. Mas cheguei lá. E a emoção de atingir um dos pontos mais altos da cidade foi indescritível!TAISSA DE ARAUJO, 35 anos, Rio de Janeiro
A última vez em que eu fi z algo pela primeira vez foi na praia de Serrambi, pertinho do Recife. Experimentei uma iguaria que já foi muito popular, mas que hoje em dia é bem difícil de encontrar e muita gente acha nojenta: um belo prato de formiga tanajura com farofa, frita na manteiga. É uma delícia! Tem um gostinho de amendoim torrado, é bem crocante – e ainda dizem que é afrodisíaco!HENRIQUE FERREIRA, 24 anos, Recife
Escuto rock desde criança. Mas foi há dois anos, quando ganhei um CD da banda AC/DC, que eu passei a gostar ainda mais. Meu pai sabia desde o começo do ano que eles viriam ao Brasil, mas manteve segredo para me surpreender. Quando ele me disse que havia comprado ingressos para a gente, fi quei muito empolgado. Meu primeiro show de rock, vendo meus ídolos tão de perto, foi inesquecível!LUCA VALENTINI, 13 anos, Rio de Janeiro
Neste ano, completamos 50 anos de casados, e nossos fi lhos nos presentearam com um cruzeiro pelo litoral do país. Foi a primeira vez que viajamos de navio, algo com que sempre sonhamos. Eles planejaram tudo, até uma cerimônia para renovarmos nossos votos.Parecíamos um casal de noivos mais uma vez. Dissemos sim um ao outro diante da família e de amigos – o Olímpio tremia de tanta emoção!MARIA AZEVEDO, 70 anos, e OLÍMPIO, 74, São Paulo
Conte sua última estreia para a gente!
Veja nossos contatos
na página 7.
TEXTO HELSON FRANÇA, PRISCILLA DANTAS, RAFAELA CARVALHO E VALÉRIA MENDONÇA FOTO RODRIGO BRAGA
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