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Revista plataforma 3ª edição

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REVISTA PLATAFORMA

RJNEWS Informação Comércio e Serviços de Edição

de Jornais Ltda

CNPJ 04.536.054/0001-27

Av. Cristóvão Barcelos, 131 - Centro

(Praça São Pedro) - Rio das Ostras/RJ

Tiragem

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Circulação

Rio de Janeiro, Macaé, Rio das Ostras, Casimiro de

Abreu e Campos do Goytacazes

Diretor Geral

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Diretor Executivo

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e Comercial /

Rafaela Azevedo - DRT: JP 1336 RN

Gerente Financeira

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Editor

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Jornalista

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Estagiária

Laís Barcelos

Fotógrafo

Gilismar Correa / Samuel Rocha

Projeto Gráfico e Diagramação

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Revisor

Maurício Marques

Tradutor

William Santiago

Assessor de Logística

Alexandre Fausto

Atendimento Comercial

Aline Rodrigues, Leandra Soares, Michelle Neto e

Ronaldo Lima

Contatos

(22) 2020-0400

[email protected]

OO aquecimento do setor de petróleo e gás, com o aumento da produção e com a explo-ração do pré-sal, exige, tanto da iniciativa pri-vada quanto dos governos, investimentos em vários outros setores. Neste ano, a indústria naval, por exemplo, vai receber R$ 41 milhões em investimentos para novas tecnologias e equipamentos. Por causa disso, como em uma reação em cadeia, os profissionais desse setor buscam qualificação, já que esta indústria deve gerar até 2025, segundo números do Sinaval, 24 mil novos postos de trabalho.

Esta edição da Revista Plataforma descreve não só este cenário, mas retrata os inves-timentos dos setores portuários feitos no Estado do Rio de Janeiro, por meio de uma entrevista exclusiva com o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Julio Bueno. O veículo traz ainda matérias sobre as mu-danças na certificação no trabalho de acesso por cordas, mostra o tratamento de resíduos nas plataformas e revela as novas tecnologias de produtos voltados para o setor onshore e offshore. Como em todas as edições, abor-daremos ainda uma profissão de importância para o setor.

Não deixamos de fora as informações sobre as feiras Navalshore e OTC Brasil que vão atrair milhares de pessoas ao Rio de Janeiro nos próximos meses.

Boa leitura a todos!

.

Soldador em alta no mercado...................16

Entrevista: Júlio Bueno ....................................... 06

Consciência ambiental nas plataformas . 10

Navalshore estimula o setor com discussões técnicas ...................................................12

Novas regras para o trabalho em altura . 22

Investimentos em pesquisas científicas ...... 24

Petróleo em Foco .................................................. 25

Editorial

Estabilidade, rapidez e recuperação nas novas âncoras ............................................................. 28

Hidrojateamento sustentável ........................... 32

Petróleo e Gás Atualidades ............................... 35

Embarcações destinadas ao pré-sal .............. 36

À procura de melhorias para o setor .......... 38

Absorção de impacto no atracamento

marítimo ... 26

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Entrevista

Júlio Bueno

Júlio Bueno é engenheiro metalúrgico formado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e funcionário de carreira da Petrobras. Especializou-se em Engenharia de Inspeção. Foi diretor e presidente do Inmetro e presidente da Petrobras Distribuidora. Atualmente atua como secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do Rio de Janeiro.

Em entrevista exclusiva à Revista Plataforma, o se-cretário falou um pouco sobre a atual situação da indústria naval no país,

especialmente no estado do Rio de Janeiro. Ele destacou os investimentos e toda a reestruturação que foi feita para o setor há alguns anos e que estão surtindo efeito notório com a expansão dos estaleiros e do setor como um todo. Os novos portos do Estado, como o de Macaé e o polêmi-co Porto do Açu também foram temas abordados na entrevista. Além disso, os leilões do pré-sal e a atual e futura situação de exploração e produção offshore também foram discutidos.

Fotos: Divulgação

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PLATAFORMA: Como você avalia a situação naval do Estado e do país?

JÚLIO BUENO: A Indústria Naval passou por um período de recupe-ração nos últimos dez anos, baseada principalmente na política de conteúdo nacional, que incentivou a construção de petroleiros e plataformas, além de sondas de perfuração, mais recentemente. Por ser o berço da indústria na-val, com toda a história da cadeia concentrada aqui, e ainda pela proximida-de com as atividades petroleiras das bacias de Campos e agora de Santos, o Rio de Janeiro é diretamente influenciado por essa melhora na cadeia como um todo. Houve a recuperação de estaleiros, a atração de fornecedores e subfornecedores. Agora é a hora de olhar para a competitividade do setor. Muito me preocupa a reserva de mercado no Brasil. É preciso saber se as empresas sobrevivem sem essa reserva de mercado. Acho que a política de conteúdo nacional deveria ter um período pré-determinado para que todos se preparassem para serem competitivos em nível mundial.

PLATAFORMA: Quais as ações do governo para o setor naval?

JÚLIO BUENO: A principal ação do Governo do Estado hoje, por meio de nossa secretaria e de suas empresas vinculadas (AgeRio e Codin), é criar o ambiente favorável para a atração dos diversos elos da cadeia do setor de petróleo e gás natural para o Estado. Para isso, sem deixar outros segmen-tos de lado, estamos focados num programa específico voltado ao setor de subsea, que identificamos como potencial para a atração de negócios. São quase US$ 100 bilhões em encomendas até 2020 nessa categoria de equipa-mentos submarinos para as atividades de exploração de petróleo e gás natu-ral no Brasil. E o Rio de Janeiro tem a vocação natural para ser a sede dessas empresas, devido a sua proximidade física com a atividade, além da elevada qualificação da mão de obra e também por concentrar aqui as principais empresas do setor, o que facilita, tanto na interlocução, quanto na troca de experiências para desenvolvimento de inovação tecnológica. Vale lembrar a existência do Parque Tecnológico do Rio de Janeiro, que já é considerado o maior polo concentrador de atividades de inovação tecnológica voltada ao setor de petróleo e gás natural.

PLATAFORMA: Como está a situação dos portos do estado?

JÚLIO BUENO: Muito bem! As ativida-des portuárias no Estado estão em constante crescimento. Tivemos aumento no volume de importações, aumento de cargas embarcadas e, especificamente no porto do Rio, um enorme crescimento no embarque de equipamentos offshore, já ultrapassando Macaé nesse quesito, pela primeira vez na história. Temos também uma série de investimentos sendo feitos em ter-minais privados como o Porto do Açu, no Nor-te Fluminense, o Porto do Sudeste, da LLX, na região de Itaguaí, e ainda teremos o Terminal Ponta Negra. Com isso o Rio oferece um dife-rencial logístico na atratividade de investimen-tos. Além disso, é importante lembrar que o Porto do Rio é um dos maiores arrecadadores de ICMS do estado: R$ 1,67 bilhão em 2010, o terceiro maior porto gerador de ICMS do país. Até 2015, o Porto na região do Caju receberá muitos investimentos no âmbito da expansão de suas atividades. A ampliação do Terminal da Libra e da Multiterminais, da base de apoio offshore da Petrobras, das operações da Bri-clog pela Brasco e a reativação dos estaleiros Inhaúma (antigo Ishibras) e Caneco irão fazer do Porto do Rio o segundo porto nacional em volume de movimentação de contêineres, além de aumentar em 143% o volume movimentado no período de sete anos.

PLATAFORMA: Sobre o Porto de Macaé, você acha que o projeto vai ser concretizado em quanto tempo?

JÚLIO BUENO: Estamos atentos à mo-vimentação do projeto e otimistas com sua realização. Acompanhamos de longe o proces-

“Muito me preocupa a reserva

de mercado no Brasil. É

preciso saber se as empresas sobrevivem sem essa reserva de

mercado”

“...o Rio de Janeiro tem a vocação natural para ser a sede dessas

empresas, devido a sua proximidade

física com a atividade, além da elevada

qualificação da mão de obra e também por

concentrar aqui as principais empresas

do setor ...”

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so, o empreendimento é privado, e conta com a doação de um terreno da prefeitura em área bem localizada, próximo ao distrito industrial da Codin. Macaé merece ter um porto e acreditamos que ele deverá sair do papel e se viabilizar em breve. A empresa recentemente divulgou que aguarda licenciamento ambiental para este ano e pretende começar as obras no próximo ano, para começar a operar em 2017.

PLATAFORMA: Sobre o porto do Açu, você havia afirmado que o porto vai sair. Com que custos o porto vai se concretizar?

JÚLIO BUENO: O Porto do Açu certamente vai sair. Aliás, já está saindo. Na última semana de julho já tivemos o primeiro embarque de tubos flexíveis para a área do pré-sal, feito pela Technip, que está instalada no Açu. Também temos lá o minerioduto da Anglo American, que assim que começar a operar vai abrir espaço para pelo menos uma pelotizadora. O porto como um todo é um grande investimento que vai se concretizar no longo prazo. Talvez num prazo mais longo do que se estava imaginando, mas eu não tenho nenhuma dúvi-da sobre os benefícios que trará para a região. Na verdade, esses benefícios já estão vindo com a geração de empregos diretos e indiretos, melhora na renda local, maior qualifi-cação dos jovens para que eles se preparem para atender melhor a demanda que surgirá das empresas instaladas nos próximos anos na área do distrito industrial de São João da Barra, administrado pela Codin.

PLATAFORMA: Como você acha que o pré-sal favorece a indústria naval?

JÚLIO BUENO:Favorece enormemente. Primeiro porque coloca o Brasil no foco dos grandes investidores mundiais, sejam eles as petroleiras, ou seus fornecedores, além de subfornecedores. Com investimentos vindos a partir do desenvolvimento do pré-sal, há uma série de encadea-mentos socioeconômicos que refletem na geração de renda, criação de novos empregos e melhora na qualificação da mão de obra. A indústria naval é diretamente beneficiada numa primeira escala de encomendas, mas posteriormente passa a ser beneficiada indiretamente com a atração dos seus forne-cedores e subfornecedores diretos. Além disso, a expertise de atuar no pré-sal, que exige equipamentos cada vez mais

completos e altamente tecnológicos, capacita as empresas para uma maior competitividade em nível mundial.

PLATAFORMA: O Rio de Janeiro está passando por um processo recente de reativação da indústria naval. Como está sendo feita essa reativação e quais são os planos futuros?

JÚLIO BUENO: Passamos no momento pela consoli-dação dessas atividades. Os planos futuros são atrair investi-mentos dos subfornecedores, do segundo, terceiro e quarto elos da cadeia de petróleo. Além disso, como afirmei antes, é importante ter clareza quanto ao fim da reserva de mer-cado e garantir que a indústria naval nacional obtenha níveis competitivos para disputar encomendas também lá fora.

PLATAFORMA: Os estaleiros também estão recebendo investimento. Quais os números do setor?

JÚLIO BUENO: De acordo com o Sinaval, o Fundo de Marinha Mercante (FMM) colocou quase R$ 20 bilhões em recursos em instalação de estaleiros, modernização de instalações e construção de barcos de apoio, petroleiros e plataformas de 2001 para 2012 em todo o Brasil. Aqui no Rio, especificamente, a revitalização do Estaleiro Inhaúma – resultado de empenho do Governo do Estado do Rio – gerou três mil empregos diretos com as obras de construção de quatro plataformas da Petrobras destinadas ao pré-sal.

“As atividades portuárias no Estado estão em constante

crescimento. Tivemos aumento no volume de importações,

aumento de cargas embarcadas e especificamente

no porto do Rio ...”

“O Porto do Açu certamente vai sair. Aliás, já está saindo. Na última semana de julho já tivemos o primeiro embarque de tubos flexíveis para a área do pré-sal ...”

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Meio Ambiente

Tratamento correto do lixo produzido por navios e plataformas preserva o meio ambiente e reduz custos Gerenciar a produção de lixo produzido por navios e

plataformas não é tarefa fácil. A destinação dos resíduos é um tema amplamente discutido por ambientalistas de todo o mundo e nem sempre é feita de forma correta. Para gerir tais descartes e diminuir os impactos ambien-

teis há em vigência algumas leis nacionais e internacionais. Os navios cargueiros comumente descartam o lixo produzido ao

longo das viagens no mar. Os resíduos, se guardados e destinados corretamente em terra, poderiam servir até para produzir energia. Durante os anos 50 e no final dos anos 60, a comunidade internacional desenvolveu instituições e instrumentos legais para lidar com os volumes crescentes de resíduos despejados nas águas costeiras ou descarregados ao largo. Atualmente, existe uma série de instituições e instrumentos regionais, tanto dentro, como fora do sistema das Nações Unidas, para

Fotos: Diniz Junior/Portos e Mercados

Consciência ambiental nas plataformas

Falta de tratamento dos resíduos de navios e plataformas pode ocasionar danos ambientais

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Consciência ambiental nas plataformas

a proteção e preservação do ambiente marinho.A Marpol é uma Convenção Internacional para a Prevenção da

Poluição por Navios, que foi criada em 1973 e alterada pelo Protoco-lo de 1978. O nome é uma abreviação para “marine pollution”, uma das mais importantes convenções ambientais internacionais. Além desta, algumas resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambien-te (Conama) e a Lei 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos sólidos, regulamentam o descarte de lixo em território brasileiro.

O acondicionamento correto do lixo até o descarte é de responsabilidade das embarcações. Os resíduos, já segregados e devidamente embalados, são descarregados nos portos da região, onde são coletados por caminhões apropriados e licenciados para realizarem o transporte dos mesmos até o receptor, que se encarre-gará da destinação ou disposição final deles.

No mercado existem empresas especializadas em fazer o recolhimento desse material nos portos e dar a destinação adequada para os resíduos de acordo com a legislação vigente. De acordo com o gerente ambiental da Transforma Gerenciamento de Resíduos, Ricardo Medeiros, a empresa fica responsável pela coleta, transporte e armazenamento temporário desses resíduos.

Em algumas plataformas o processo de gerencia-mento de resíduo funciona da seguinte forma: primei-ro os materiais são separados nas unidades marítimas e, posteriormente, transportados por rebocadores até os portos. Uma empresa especializada faz a coleta e encaminha os resíduos até a base para a classificação, checagem e pesagem. Todo esse material é classificado em duas categorias. “Os materiais classe 1 são conta-minantes que prejudicam a saúde e ao meio ambiente, como solventes, tintas, graxa e óleo. Já os classe 2, são produtos não perigosos, como papel, resto de comida e sucatas”, explica o gerente ambiental.

Depois dessa etapa é emitido um Certificado de Destinação Final dos Resíduos, que encaminha cada tipo de material para o seu devido tratamento. Medeiros destaca que quando não é possível tratar os resíduos, eles são direcionados aos aterros industriais.

Os recicláveis, como papel, plástico, papelão, metais e vidros, são encaminhados para os processos de reciclagem. Materiais como papel higiênico, absor-ventes, papel toalha e guardanapos, devem ir para os aterros sanitários. Sólidos contaminados com óleo e/ou produtos químicos, vão para o co-processamento, onde são triturados, misturados e utilizados como fonte de energia e matéria prima pela indústria cimen-teira. “A água contaminada com óleo e/ou produto químico, passa pelo processo de tratamento físico/químico, que cuida da separação dos contaminantes da água, depurando-a”, explica Ricardo.

Já o óleo usado passa por um processo de duplo refino, que nada mais é do que um processo de refino do óleo lubrificante usado, recuperando suas propriedades originais. “Tirando os materiais que são encaminhados para o aterro, todos os outros são rea-proveitados de alguma forma. Isso é muito importante para a redução de custos e, principalmente para o meio ambiente”, ressalta o gerente ambiental.

Processo

Medeiros aponta como o principal problema, a falta de conscientização dos agentes geradores, principalmen-te pela falta de hábito e educação ambiental no momen-to da produção ou descarte do resíduo. Esse compor-tamento resulta muitas vezes na destinação inadequada dos resíduos.

Essa eliminação inadequada pode causar sérios danos ao meio ambiente, como poluição visual, do ar, do solo e dos mananciais de água; proliferação de vetores e transmissão de doenças infecto contagiosas, por meio de ratos e mosquitos; além da diminuição da vida útil dos aterros sanitários. Pesquisas comprovam que existem verdadeiras ilhas de lixo em alguns pontos dos oceanos compostas por descartes inadequados feitos clandestina-mente por navios de diversos países.

Para Medeiros, a criação de mecanismos e ferra-mentas que permitam a rastreabilidade dos resíduos pode facilitar o controle e a fiscalização pelos órgãos competentes.

Problemas ambientais

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Navalshore

Navalshore estimula o setor com discussões técnicas

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Diante do iminente crescimento da indústria naval, workshops e conferências se destacam na programação do evento

Feira reúne 350 expositores nacionais e internacionais e deve atrair mais de 17 mil visitantes

Fotos: Divulgação

A Navalshore - Marintec South America - Feira e Conferên-cia da Indústria Naval e Offshore 2013, maior feira reali-zada deste segmento na América Latina, reúne diversos profissionais das áreas de petróleo e gás, entre os dias 13 e 15 de agosto. O evento acontece em um momento

muito favorável para o setor, devido aos novos investimentos a serem feitos em tecnologia e equipamentos.

Com mais de 350 expositores nacionais e internacionais, são esperados aproximadamente 17 mil visitantes nos três dias de evento. Workshops técnicos e conferências fazem parte da programação, que tem como foco, projetistas, engenheiros e diretores dos mais importan-tes estaleiros e armadores do mundo.

A feira acontece em um momento em que a indústria naval está aquecida. Isso porque o setor naval brasileiro acaba de receber R$ 41 milhões em investimentos para novas tecnologias e equipamentos. Segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria de Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), os recursos, do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, visam aumentar o índice de nacionalização das embarcações produzidas no Brasil e a capacidade de geração de empregos.

Já na décima edição, a Navalshore conseguiu consolidar-se como o maior e principal espaço para debates e negócios dessa indústria da América Latina.

Temas atuais nas conferências

De acordo com o Sinaval, a demanda de eficiência para a in-dústria naval e offshore vem crescendo para atender ao aumento da atividade de exploração e prospecção de petróleo e gás. A construção de navios, por exemplo, é um dos segmentos mais solicitados e conta atualmente com 319 encomendas de diversos tipos de embarcações, como: porta-contêineres, embarcações de produtos, bunkers, gaseiros, barcaças e empurradores e rebo-cadores, plataformas, sondas de perfuração e navios de apoio offshore.

Este e outros temas relacionados com a atual situação da indústria naval e offshore são debatidos em conferências realiza-das em paralelo à 10ª edição da Navalshore. Um dos destaques é a palestra “O desafio de estabelecer indicadores de produtivi-dade para acompanhamento do desenvolvimento dos estaleiros brasileiros”, com a participação do professor do Programa de Engenharia Oceânica, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Floriano Pires. Ele destaca a importância de incluir metas de desempenho na política nacional de construção naval. “Para isso devemos superar problemas técnicos, relacionados com a definição e avaliação do desempenho, e políticos, associados à definição de metas e a sua inserção nos processos decisórios governamentais”.

Floriano entende que é de suma importância a criação de uma política integrada para o setor, que privilegie o fortaleci-mento dos polos existentes e evite a dispersão do investimento. “É importante também reforçar o desenvolvimento tecnológico e a formação de recursos humanos e de metas de desempenho para todo o sistema. Precisamos levar essa discussão a eventos qualificados e representativos, como a Navalshore para alavancar estes temas”, finaliza.

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Conhecimentos para qualificar mão de obra

Aumentar o nível de qualificação técnica é um dos principais desafios da indústria naval e offshore, além de ser fator determinante para o gerenciamento de novas demandas. Aten-tos, os profissionais estão em busca de programas de profissionalização com o objetivo de ocupar um dos mais de 24 mil novos postos de trabalho que devem ser gerados na indústria até 2015, segundo números do Sinaval.

Uma oportunidade prática de qualificação para quem vai concorrer a uma destas vagas são os workshops técnicos que acontecem durante a 10ª Navalshore que tratam dos temas: galvanização, soldagem e construção naval. Segundo o gerente do evento, promovido pela UBM Brazil, Renan Joel, os workshops foram elaborados com a intenção de oferecer solu-ções para as dificuldades que permeiam a qualificação de mão de obra.

Para o gerente de Desenvolvimento de Mercado do Instituto de Metais não Ferrosos (ICZ), William Marques, o objetivo, ao escolher estes temas, é promover o aprimoramen-to e contribuir para a formação profissional da indústria naval e offshore. “O primeiro workshop, relacionado a temática da galvanização por imersão a quente, oferece ao pro-fissional a prática e a eficiência de proteção contra a corrosão de ferro e aço. Apresentare-mos o processo realizado na indústria siderúrgica, suas aplicações e benefícios”.

Já no segundo encontro, ministrado pela Associação Brasileira de Soldagem (ABS), serão apresentadas soluções e desafios. O diretor executivo da ABS, Daniel Almeida, afirma que um dos segmentos que mais demanda mão de obra é a soldagem. “É muito importante o profissional conhecer os equipamentos e os consumíveis de soldagem que podem garantir a qualidade e a produtividade dos trabalhos”.

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Salário para os profissionais do Rio de Janeiro podem superar os R$ 7 mil

O soldador é um dos profissionais mais requisitados pelo mercado atualmente. A demanda na área parte de vários setores, princi-palmente do naval e do offshore.

Profissionais especializados em diversos tipos de materiais estão sendo disputados por empresas nacionais e internacionais e raramente ficam sem colocação no mercado.

Além de atuar na construção em si, o pro-fissional também pode atuar nos reparos em estaleiros e empresas especializadas. Em todos os casos, há demanda constante por soldadores nos mais diversos níveis e processos. Segundo o geren-te executivo do Sesi/Senai Macaé, Luiz Eduardo Campino, entre os cursos oferecidos, o de solda é um dos mais procurados. Ele informa que o profis-

sional pode se especializar em diversos tipos de materiais existentes e que o processo de formação inclui aulas teóricas e práticas, além de atividades em simuladores. “A procura por esses profissionais tem aumentado bastante e as pessoas estão se conscientizando da importância de fazer um curso de qualificação para entrar no mercado”.

Dentre os tipos de soldagens que um profissional pode se especializar existem: de tubulação, subaquática, Arco com Eletrodo Revestido (SMAW ou MMA), Arco de Plas-ma (PAW), por Resistência Elétrica (ERW), Arco Gasoso com Arame Contínuo (GMAW ou MIG/ MAG), Arco Submerso (SAW), Arco com Eletrodo de Alma Fundente (FCAW ou FCW) e a laser.

Campino afirma que os salários pagos a esses profis-sionais estão cada vez melhores, principalmente devido à escassez de mão de obra. “Um inspetor de solda, que é o cargo mais alto da profissão, chega a receber em torno de R$ 20 mil. Além disso, a possibilidade de não inserção no mercado de trabalho é muito pequena”. Um levantamen-to do Sistema Firjan, aponta que o salário de um soldador na capital do Estado pode chegar a R$ 7.260 mil. Em todo o Rio de Janeiro há uma média de 53.318 empregados no setor, com um salário médio de R$ 2.468,98.

Soldador em alta no mercado

Profissão

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Foto: Artphoto Studio

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$A soldagem subaquática molhada tem sua aplicação voltada

para o reparo de estruturas imersas da indústria naval, do setor de gás, das usinas hidrelétricas e, principalmente, no setor de extração de petróleo. Existem duas variações possíveis para sol-dagem subaquática: soldagem hiperbárica e soldagem molhada. A primeira é feita sem haver o contato com água, pois a região a ser soldada está envolvida por uma câmara hiperbárica, sendo que a pressão sobre o arco elétrico se iguala a pressão externa. Por sua vez, na segunda variação, há o contato direto entre o arco elétrico e o ambiente aquático.

Eletrodo Revestido é o processo de soldagem mais usado na soldagem subaquática molhada, por ser um processo de sol-dagem versátil, econômico e simples. Em soldagem subaquática pode-se utilizar os processos por fricção e arame tubular. Entre-tanto, estes dois últimos têm apresentado algumas dificuldades operacionais que dificultam sua utilização.

» Cabeça: capacete e capuz/touca

» Olhos e face: óculos de segurança (partícula e lumi-nosidade), protetor facial, máscara para soldagem / elmo (radiação, partícula e calor);

» Audição: protetor auditivo / auricular

» Respiração: respirador purificador de ar (fumos, névoa e poeira)

» Tronco: avental (radiação não ionizante e partículas aquecidas)

» Membros superiores: luva de segurança (calor e radiação), manga e braçadeira

» Membros inferiores: bota de segurança e perneira.

De acordo com dados do Sistema Firjan, as indústrias do segmento de metalurgia e siderurgia fornecem bens para a maior parte dos setores produtivos, constituindo-se um termômetro do crescimento tanto econômico como do número de vagas para estes trabalhadores. O setor vem experimentando forte concorrência de materiais alterna-tivos, como plásticos, mas o aço, o alumínio e as demais ligas metálicas ainda são principais fontes de matéria prima para a indústria, especialmente as de bens de capital, que fabricam equipamentos. Para trabalhar nesse segmento o profissional tem que ter formação técnica. Nas atividades de produção de ligas metálicas, os técnicos de nível médio atuam nas operações industriais e em metalurgia.

No Rio de Janeiro, as atividades em torno da indústria naval, da metalurgia e siderurgia e da produção de máqui-nas e equipamentos são as mais significativas. O setor de Construção Naval fluminense absorve 90% das encomendas de novas embarcações.

Uma das especializações

EPIs: equipamentos indispensáveis a categoria

R$ 7.260 milé o valor que pode chegar a

receber um profissional no Estado

“A procura por esses profissio-nais tem aumentado bastante e as pessoas estão se conscienti-zando da importância de fazer um curso de qualificação para en-trar no mercado” Luiz Eduardo Campino - ge-rente executivo do Sesi e Senai Macaé

Termômetro para o crescimento

Quanto maior o número de especificações, mais valorizado é o profissional no mercado de trabalho

Foto: Samuel R

ocha

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Para o inspetor de solda Fábio Wanderley Ga-lhardi, o mercado está se aquecendo novamente de-vido aos novos contratos firmados, principalmente nas áreas navais e do pré-sal. Contudo, ele acredita que o número de profissionais que se qualificam na área de inspeção também tem aumentado conside-ravelmente e isso torna o mercado cada vez mais competitivo. “Trabalho como inspetor de solda há 17 anos. Quando me qualifiquei haviam em torno de 200 profissionais no Estado, hoje esse número passa de 4 mil”.

Para Galhardi a inserção no mercado não é uma tarefa fácil. “As empresas normalmente exigem experiência e quem se qualifica não costuma atender essa exigência. Isso dificulta a entrada do profissional no mercado de trabalho”. Ele ressalta ainda que o profissional da área tem que se manter sempre atualizado sobre as novidades de materiais e processos novos. Os diferentes tipos de qualifi-cação, como inspetor nível um, nível dois, líquido penetrante, partícula magnética, entre outros, são exigidos pelas empresas.

Quem está no mercado

O proprietário de um curso de soldas em Rio das Ostras, Almir Galvão, destaca o aumento da procura do curso por parte do público feminino. Segundo ele, essa procura tem sido cada vez maior e as mulheres estão sendo cada vez mais valorizadas pelas empresas. “Atualmente, há casos de empresas preferirem contratar uma mulher a um homem, pelo perfil de profissional”, afirma.

Galvão ressalta que o público feminino é mais cuidadoso com o acabamento, mantêm o local de trabalho mais limpo e são mais econômicas com o uso de material. “Temos várias mulheres que fazem o curso conosco e podemos ver a diferença na forma de trabalhar. Elas não muito mais cautelosas”.

Mulheres na profissão

Gerente executivo do Sesi/Senai Macaé, Luiz Eduardo Campino, revela que entre os cursos ofe-recidos pelas instituições, o de

solda é um dos mais procurados

Foto: Samuel R

ocha

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Certificação

Novas regras para o trabalho em alturaMudança afeta os setores de petróleo e gás, construção civil, energia, entre outros

Foto: Gilismar Correa

Os trabalhadores que utilizam a técnica de acesso por cordas, antes certificados pelo Irata - conjunto de normas e regras internacionais - agora precisam buscar a qualificação

de acordo com as determinações brasileiras por meio da Associação Brasileira de Ensaios não Des-trutivos e Inspeção (Abendi). A mudança determina-da pela NR 35, tornou a medida obrigatória a partir de julho desse ano e tem força de lei. Ela abrange desde aqueles que trabalham em plataformas e construção civil, até os que fazem manutenção de torres de energia elétrica.

Com a alteração, a certificação passa a ser fornecida por uma instituição credenciada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tec-nologia (Inmetro). Na Abendi, os níveis continuam sendo divididos em 1, 2 e 3. Na mudança, o último nível passa a exigir do profissional 48 horas de formação e não mais 40. A modificação inclui ainda a criação do Sistema Nacional de Qualificação, por meio do qual os profissionais são identificados com um número e cadastrados em um banco de dados. Dessa forma, a empresa que contrata os trabalha-dores poderá conferir se eles realmente possuem a certificação.

De acordo com o representante do Comitê de Acesso por Cordas, Agostinho da Mota, a NR 35, que acaba de sair de consulta pública, possui uma representatividade para todos que atuam nesta área no Brasil. “Com regras próprias, o país se iguala a outros que já legislam sobre estas atividade há anos. É normal cada um adotar a sua. Quan-do não tem, utiliza a de outro, por isso, o Brasil trabalhou por muito tempo com o Irata. O mais importante é saber que tudo isso é para cuidar da saúde de nossos profissionais”.

A certificação Abendi começou a ser oferecida no mercado em 2007, mas a passou a ser obriga-tória só no segundo semestre deste ano. No nível 1 os profissionais aprendem a realizar manobras e trabalhos operacionais; no nível 2 é ensinado aos estudantes a realização de resgates; já com o nível 3 é possível ser supervisor de todos os profissionais que trabalham com o acesso por cordas.

A Abendi é uma entidade técnico-científica funda-da em 1979, com a finalidade de difundir as ativida-des de Ensaios Não Destrutivos (END) e Inspeção,

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Por causa da mudança, alguns profissionais, que antes tinham o certificado Irata, estão voltando aos centros de treinamentos para buscar a certificação conforme as normas brasileiras. Os que conseguiram fizeram a migração apenas por meio de documentação junto a Abendi. O em-presário, de Rio das Ostras, Robson Cosme, por exemplo, possui uma equipe de 70 escaladores. Segundo ele, os primeiros profissionais, que tiveram que ir até um centro de treinamento certificado pelas normas brasileiras, foram, na época, até a Bahia.

A alpinista industrial Rogéria Paulino conseguiu a migra-ção em 2013. Há três anos na profissão, ela vê atualmente muitos colegas que não fizeram o mesmo a tempo e vão precisar se recertificarem por meio de aulas e treinamen-tos. “O mercado brasileiro está pedindo esta adequação e nós precisamos fazer”, ressalta.

A alteração, que começou a vigorar em 2012, provocou uma mudança também nos centros de treinamentos. No Brasil existem aproximadamente cinco escolas credenciadas pela Abendi que estão autorizadas a oferecer este curso. Assim, muitos profissionais preci-sam buscar a qualificação em outros estados.

Rio das Ostras, na Região dos Lagos, ganhou, em julho, o único centro de treinamento certificado do Estado. Segundo a proprietá-ria da Tech-Insp, Marilane Oliveira, por causa disso, o espaço virou uma referência, não só na região, como também no Brasil. Por ser um projeto recente, as instalações foram desenvolvidas de acordo com as normas estruturais do órgão regulador. “A demanda pelo serviço nesta região é muito grande. Já estamos pensando em abrir uma filial na cidade do Rio de Janeiro devido a esta procura”.

De acordo com o outro proprietário da Tech-Insp, Diego Gar-cia, a empresa de Rio das Ostras tem como objetivo atender não só as pessoas do Sudeste como também do Nordeste. Ele explica que a duração do curso é de 48 horas.

Adequação

Centro de treinamento

preservando a vida das pessoas e o meio ambiente. Isso, por meio de ações de qua-lificação e certificação de pessoas, norma-tização, treinamentos, pesquisas e projetos técnicos, eventos e publicações, voltadas à qualidade, aprimoramento tecnológico, saúde e segurança do trabalho e gestão empresarial. A associação atua em vários setores como o de petróleo e gás, nuclear, químico, siderúrgico, mineração, naval, automotivo, ferroviário, papel e celulose, eletroeletrônico e geração de energia.

Com a mudança, carga horária de formação Abendi Nível 3 passou de 40 para 48 horas

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para o desenvolvimento do uso de tubos e produtos tubulares com fins es-truturais, automobilísticos, de transportes e robótica. O centro de pesquisa do Rio atuará com o apoio do centro de pesquisa da Vallourec em Belo Horizonte (MG), que recentemente também foi expandido, e dos outros centros de pesquisa em todo o mundo. Os investimentos, no final de cinco anos, atingirão a soma de R$ 90 milhões somente no Brasil.

O vice-presidente de Tecnologia, Pesquisa e Desenvolvimento e Inovação (TRDI) do grupo Vallourec, Flavio de Azevedo, declarou a satisfação com o novo investimento. “Estamos contentes em estender ainda mais nossa colaboração de longo prazo com a Petrobras e apoiá-los com nossa melhor capacidade de inovação para enfrentar os inigualáveis desafios da exploração do pré-sal, assim como desafios futuros, como os das margens equatoriais, ainda inexploradas”.

Azevedo destacou ainda a importância do incentivo à pesquisa de novas tecnologias. “Essas novas fronteiras de exploração têm exigências severas quanto a tubos e conexões, que precisam ser capazes de suportar combina-ções únicas de restrições mecânicas, corrosivas e térmicas”.

Investimentos em pesquisas científicasNovos centros tecnológicos garantem desenvolvimento de estudos voltados para o pré-sal

O investimento em pesquisas cien-tíficas se mostra uma tendência entre as grandes empresas do ramo on e offshore. Novos centros tecnológicos e científi-

cos, focados nos estudos da área de petróleo e sustentabilidade, são a aposta de mais tecnolo-gias para o setor.

Prova disso é que o Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) recebeu um reforço com a inaugu-ração de um centro de pesquisa da Vallou-rec, empresa francesa que é líder mundial em soluções tubulares. As instalações estão localizadas ao lado do Centro de Pesquisas Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes) da Petrobras, estreitando a parceria mantida pelas duas empresas. Isso porque, a Vallourec renovou recentemente um contrato de cinco anos com a Petrobras, para o fornecimento de tubos sem costura de alta qualidade e cone-xões para poços de produção e exploração offshore, incluindo os campos de pré-sal.

O Parque Tecnológico da UFRJ completa dez anos em 2013 e está situado no campus da UFRJ, na Ilha da Cidade Universitária, em uma área de 350 mil metros quadrados. Os investi-mentos no empreendimento são da ordem de mais de R$ 1 bilhão, no período entre 2003 e 2014. No local, estão instalados centros de pesquisa de pelo menos 12 grandes empresas, seis laboratórios da COPPE e um total de 28 empresas, sendo 19 startups, localizadas na Incubadora COPPE/UFRJ, e nove pequenas e médias empresas, além de três mil pesquisado-res, que trabalharão nas empresas que estão sendo instaladas no parque.

Segundo a empresa, as atividades no Vallourec Competence Center Rio (VCC) devem começar em outubro e empregar cerca de 30 pessoas, incluindo profissionais com mestrado e doutorado. O centro terá como foco principal a realização de pesquisas sobre o pré-sal, além da criação de projetos voltados

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Ciência

O diretor-presidente do grupo, Philippe Crouzet, esteve no Brasil para inaugurar o Vallourec Competence Center Rio, no Parque Tecnológico da UFRJ, com anúncio de R$ 90 milhões de investimentos em pesquisa em cin-co anos no Brasil. Na ocasião, o francês Philippe Crouzet apresentou ainda a marca única para todas as empresas do grupo. A V&M do Brasil passa a se chamar Vallourec. A mudança no Brasil segue a estratégia mundial da empre-sa e já foi adotada nos Estados Unidos e na China. O mesmo deve ocorrer nos outros 18 países em que a siderúrgica francesa atua, até 2014.

A novidade implicará em adaptações nos materiais e processos, como na sinalização dos edifícios, uniformes, crachás e no uso da marca em qualquer material institucional, como catálogos e apresentações.

Nova marca

Novo investimento da Vallourec localizado no Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) terá entre os objetivos a realização de pesquisas sobre o pré-sal

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Petróleoem FocoPor Roger Vilela

Brasil terá submarino nuclear em 2025

O primeiro submarino da nova frota convencional brasileira entra em operação em 2017. Nos três anos seguintes, outros três estarão em atividade. Até 2025, o país espe-ra colocar em operação o primeiro submarino nuclear. O projeto é re-sultado de acordo f irmado ainda em dezembro de 2008 entre Brasil e França, garantindo a transferência de tecnologia e a formação de pro-f issionais brasileiros na construção de submarinos.

Escola Naval terá Aspirantes femininas a partir de 2014

Dentro do espírito de atualização e de aprimora-mento da administração do pessoal da Marinha, em 2014, será admitida a primeira turma de Aspi-rantes femininas no 1º ano da Escola Naval, no Corpo de Intendentes. Serão disponibilizadas 12 vagas específicas para candidatas com 18 anos completos e menos de 23 anos, e que conclu-íram o ensino médio. Durante o Curso de Intendência na Escola Naval, as Aspirantes estudarão as disciplinas relacionadas às áreas de administração, contabi-lidade geral e de custo, orçamento, finanças, abastecimento, logística, auditoria, entre outras.

Ao final do curso de quatro anos na Escola Naval, as Aspirantes se-rão declaradas Guardas--Marinha.

China assume liderança mundial em energia solar

O reinado da Alemanha, no que diz respeito a energia solar, chegou ao fim. A China garantiu sua posição como líder mundial no setor devido à insta-lação de 3 giga watts (GW) de utiliza-ção em escala da fonte energética. Em menos de um ano, o país construiu 40 novas usinas de energia solar com capa-cidade de produção de mais de 1 GW cada uma delas. A locomotiva ajudou a elevar o potencial global para 15 GW. Só entre dezembro de 2012 e julho de 2013, houve um aumento de 35% na produção de energia solar entre os 596 parques espalhados por todo o mundo.

Petrobras faz encomenda de US$ 1,6 bilhão à Subsea 7

A Petrobras encomendou três navios lançado-res de linha, conhecidos como PLSVs, para a Subsea 7, empresa norueguesa. A encomenda, no valor de US$ 1,6 bilhão, prevê a construção das embarca-ções e a administração do projeto, além de servi-ços de engenharia e a instalação de linhas de fluxo e outros equipamentos fornecidos pela Petrobras, informou a Subsea. Os contratos têm duração de cinco anos e a entrega dos três navios está prevista para ocorrer no período entre o terceiro trimestre de 2016 e o segundo de 2017.

GE lança tecnologia da aviação no pré-sal

A GE Distributed Power fornecerá quarto turbinas aeroderivadas LM2500+G4 para a Mitsui Ocean Development and Engineering Co. Ltda (Modec), especializada em engenharia, suprimen-to, construção e instalação de sistemas flutuantes de operação. Essas unidades fornecerão energia para embarcações de retirada do pré-sal na costa brasileira, inclusive para as operações críticas de processamento. Com peso reduzido, as turbinas - derivadas dos motores de aviação da GE - são movidas a gás natural e operam com combustível líquido como backup. Uma opção compacta para instalação em plataformas de operações offshore. A potência de produção de energia de cada tur-bina é de 34 MW, suficiente para abastecer uma cidade de 500 mil pessoas, como Sorocaba, no interior de São Paulo.

Novo secretário A cidade de Macaé, no litoral norte do estado do Rio de Janeiro, possui um novo secretário de Desenvolvimento Eco-

nômico e Tecnológico. O nome escolhido foi o do engenheiro químico Fernando Barbosa, que possui experiência na área de petróleo e gás dentro da Petrobras. Ele assume o cargo com vários projetos para atrair empresas para novas parcerias, principalmente na área de sustentabilidade. A indicação do secretário veio através da presidência da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP).

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Segurança

Absorção de impacto no atracamento marítimo

Defensas pneumáticas evitam acidentes e garantem segurança para as embarcações

As defensas pneumáticas são um equipamento de fundamental importância para garantir a segu-rança de plataformas e embarcações. Sua utiliza-ção ajuda a manter estabilidade na aproximação entre navios e evitar que haja risco de contato

que possa resultar em um acidente. O equipamento é utilizado, extensivamente, para transferências navio a navio em mar aber-to, operações de duplo abarcamento e para embarcações com carga. Elas podem ser móveis, instaladas em portos, terminais e plataformas. Muitas delas são equipadas com redes de correntes e pneus que aumentam a proteção.

Utilizada há aproximadamente 40 anos, as defensas são de uso obrigatório de acordo com a regulamentação de navegação. O cálculo da quantidade necessária por embarcação é complexo e feito por uma equipe especializada. Para tal cálculo são levadas em consideração o peso, velocidade, deslocamento e o tipo de carga da embarcação. Elas protegem desde pequenos navios até

Tamanho e a quantidade de defensas utilizadas vai depender do navio e da carga que ele carrega

Fotos: Sérgio dos Anjos/Transpetro

modelos como o FPCO, o maior navio petroleiro do mundo. A falta de segurança no abarcamento de grandes embar-

cações, como os navios plataforma mais modernos, pode provocar graves acidentes. Problemas de aproximação sem segurança podem causar desde a interrupção das operações, até avarias, incêndios e naufrágio de navios com impactos ambientais importantes, dependendo da carga.

O diretor geral da FenderCare Brasil, Marcelo Araújo, explica a necessidade das defensas nas embarcações. A em-presa inglesa tem como carro chefe a venda, aluguel, reparo e manutenção desse tipo de equipamento. “A falta dele pode causar um acidente devido a proximidade e a instabilidade do mar. Dependendo da carga transportada esse acidente pode tomar grandes proporções”.

Araújo ressaltou que muitas vezes, navios modernos, que são operados por sistemas computadorizados, costumam dispensar o uso das defensas. Contudo, ele alega que esse equipamento deve ser colocado, já que o sistema pode falhar e causar um acidente. O diretor destaca ainda que a manu-tenção preventiva deve ser anual e, a cada três anos, deve ser feita uma manutenção completa para verificar a válvula de segurança, o índice de corrosão e outros detalhes das defensas. Alguns dos problemas levantados por ele são a falta de manutenção, a má utilização e a falta de treinamento, que se tornam as principais causas de acidente.

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Além das pneumáticas, existem outros tipos de defensas. Cada uma delas com suas especificidades. As do tipo cônica são as mais modernas existentes no mercado. Elas possuem mais energia de reação do que qualquer outro modelo existente. Por serem super--eficientes, são menores, mais leves e duram mais que a maioria das outras defensas.

As cilíndricas, por exemplo, foram desenvolvidas para proteção contra impacto e abalroamento em aplicações offshore em boias, monoboias, embarcações e em aplicações onshore em pieres, anco-radouros, instalações industriais, armazéns portuários e plataformas rodoviárias. Estas oferecem grandes facilidades em sua instalação.

Com um formato diferente, as defensas do tipo modular são compactas e sempre montadas com o painel frontal. Possuem grande flexibilidade de montagem e podem ser utilizadas sem sistemas de fixação por corrente.

Já as defensas tipo espuma podem ser implantadas junto aos paramentos de cais ou píeres, e também entre embarcações no processo mais conhecido como “ship-to-ship transfers”. As pressões geradas sobre o casco de embarcação são baixas, o que reduz danos às estruturas das embarcações. Elas são fornecidas em diversas di-mensões, o que proporciona o atendimento desde pequenas embar-cações a navios de grande porte. A estrutura externa deste tipo de defensa é totalmente revestida de poliuretano, material este compos-to de alta resistência contra efeitos de ozônio e raios ultravioletas.

Existem ainda as defensas do tipo arco, axial, rodas e para em-barcações utilizadas como rebocadoras.

Para cada situação, um tipo de defensa

A necessidade de uso das defensas pneumáticas é vista desde muito antes de sua existência. Antes da invenção da primeira boia, baleias eram usadas para fazer o serviço. Navios caçavam os animais e os utilizavam para amortecer o impacto na aproximação entre embarcações ou no atracamento no cais. Com o passar do tempo e o trabalho dos grupos de defesa dos animais, essa prática foi extinta e começaram a surgir as primeiras defensas.

No início elas eram apenas boias grandes para substituir as baleias. Com a modernização e os estudos feitos para a tecnologia, surgiram a malha de pneus e a válvula de segurança. Em um processo de abarcamento entre duas embarcações de grande porte, uma defensa pneumática chega a comprimir cerca de 60% de sua capacidade. A impressão é de que ela pode explodir, mas isso não acontece com facilidade, caso esteja em boas condições.

Como elas surgiram

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Tecnologia

Estabilidade, rapidez e recuperação nas novas âncoras

Fotos: Divulgação

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O sistema de ancoragem de na-vios e plataformas é complexo e exige cálculos e tecnologias. A utilização de tipos diferentes de âncoras varia conforme a

profundidade das águas e a área de atuação da embarcação. Com os notáveis avanços na área naval e offshore, o mercado de âncoras também tem se atualizado e oferece produtos cada vez mais adequados às diferentes necessi-dades do setor.

A ancoragem de um navio, ou plataforma é constituída de uma média de 8 a 12 âncoras e cabos e/ou correntes, atuando como molas que produzem esforços capazes de restaurar a posição da embarcação quando modificada pela ação das ondas, ventos e correntes.

Mais usada no mercado brasileiro, a âncora Stevpris MK6, é fabricada pela holandesa Vryhof e distribuída pela brasileira Brastech. Ao todo já foram vendidas mais de oito mil unidades do produto. A MK6 é a sexta geração do produto e a âncora mais usada na indús-tria offshore. A geometria dela fornece uma elevada relação peso/força. O formato da pata minimiza a perturbação do solo e sua ampla superfície disponibiliza uma força elevada que excede em 30% a capacidade de qualquer âncora da atualidade.

Inovações tecnológicas no sistema de ancoragem garantem melhorias para o setor naval e offshore

Âncora Stevpris MK6 é a mais utilizada no mercado brasileiro

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De acordo com o gerente comercial da Brastech, Jonas David Jesus, as vantagens de utilização desse tipo de âncora são grandes. “O equipa-mento é de fácil manuseio e instalação, além de ser recuperável, o que diminui custos”. Ele afirma ainda que o projeto se adapta à maioria dos racks de âncora.

Jonas explica que algumas das principais melhorias no modelo MK6 originam diretamente das necessidades dos operadores de perfuração, mas seu caráter genérico se adapta bem para sistemas de amarração permanentes, aplicações de dragagem e de constru-ções marítimas. As placas mais afastadas se prestam para a chegada correta no rolo de popa do AHV, enquanto a pata da âncora mais larga fornece estabilidade no fundo do mar, bem como durante a penetração. O ângulo da pata pode ser facilmente ajustado para três diferentes posições para atender às diferentes condições de solo.

Devido a sua versatilidade as âncoras Stevpis servem para uma vasta gama de aplicações de atracação. Embora a grande maioria sirva para as unidades flutuantes offshore, tais como perfuratriz, monoboias e FPSO’s, elas também são amplamente utilizadas para diversas embarca-ções de dragagem, guindastes e navios de lançamento de dutos. Atual-mente, um conjunto de âncoras Stevpis é empregado para a ancoragem de um aerogerador flutuante.

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Com novas tecnologias chegando constantemente ao mercado naval e offshore, alguns novos sistemas dispensam a utilização de âncoras, como é o caso de navios e plataforma com Posicionamento Dinâmico (DP).

Essas embarcações possuem um grupo de propulsores gerenciados por sistemas computadorizados, que possibilitam manter a posição estacionária em um determinado ponto próximo as unidades flutuantes de produção, armazenamento e descarregamento de petróleo (FPSOs), além de unidades flutuantes de armazenamento e descarregamento (FSOs). Nesses casos o uso de âncoras é dispensado, já que a estabili-dade é garantida pelo sistema DP.

Jonas acredita que a utilização dessa nova tecnologia não irá interferir no histórico da ancoragem. “Os navios DPs são bastante utilizados, mas, para a perfuração e outros tipos de funções ainda será necessário o sistema de âncoras. Não há a ameaça de acabar as âncoras. Além disso, a cada dia surgem novas tecnologias que suprem as necessidades do mercado”.

Falsa ameaça

Gerente comercial da Brastech, Jonas David Jesus, explica que a utilização das âncoras

continuará

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Operações marítimas em águas profundas relacionadas com a exploração e produção offsho-re estão se movendo rapidamente para profundidades cada vez maiores, pressionando o limite operacional dos equipamentos. Em unidades flutuantes o peso do sistema de amarração é um fator de limitação, a redução no peso é obtida utilizando-se diferentes configurações e materiais mais leves.

Uma das maneiras de conseguir redução de peso em uma configuração de amarração em águas muito profundas é a utilização de uma amarração “TautLeg”. Elas são muito mais curtas do que as convencionais, reduzindo dessa forma o peso. Na “TautLeg” os movimentos da unidade são absorvidos pela flexibilidade das linhas de amarração, normalmente em função do peso leve dos cabos de poliéster, de modo que uma redução maior de peso possa ser alcançada. Estas linhas chegam a um ângulo de 45 graus no fundo do mar, para isso, uma âncora vertical é neces-

sária. A VLA Stevmanta tem sido usada mundialmente na última década tanto em amarração de unidades semipermanentes, quanto unidades móveis.

Segundo Jonas, a VLA Stevmanta foi projetada para ser instalada da mesma for-ma que uma âncora de arrasto. Um sistema único e patenteado permite a mudança

de posicionamento da âncora do modo de instalação para o modo vertical. Isso resulta em um imediato aumento da capacidade de retenção de até 3,5 vezes a carga da insta-lação. “É a mais leve e a menor âncora para águas profundas disponível no mercado. Ela

se diferencia pela rapidez na instalação e pela recuperação do equipamento”, afirmou. Atualmente esse equipamento está sendo testado pela Petrobras para que possa ser

utilizado em navios para poços de pequena duração até o final do ano. “A estatal possui um sistema próprio de ancoramento através de torpedos, que são pesados, difíceis de instalar e se perdem no fundo do mar após a utilização. A substituição irá facilitar todo

o processo, já que a VLA necessita de apenas um barco para transporte e instalação e pode ser montada em apenas 12 horas. Além disso, após a utilização ela é removida e pode ser reutilizada inúmeras vezes”, destacou Jonas.

Águas profundas

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Tecnologia

Diretor comercial, Leonardo Rudolf, apresentou a tecnologia LizardJet na Brasil Offshore 2013

Hidrojateamento sustentável

Fotos: Gilismar Correa

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Além das tecnologias ecologicamente corretas, mercado oferece novidades high-tech para bombas

As tecnologias de hidrojateamento estão sempre se re-novando e agregando benefícios extras para suprir cada vez melhor as necessidades dos segmentos offshore e naval. Uma dessas inovações é a bomba de alta pressão Kamati K1014 que usa jateamento de água. O diferencial

dela é usar água salgada, preservando água potável. Junto às inovações mecânicas automatizadas está o LizardJet, que é uma unidade robótica de hidrojateamento, indicada para limpar superfícies em tanques, navios e quaisquer áreas de grande extensões com tinta ou corrosão.

Produzida na Alemanha e montada no Brasil, a bomba K1014 é utili-zada para corte e limpeza de superfícies e possui uma potência de 3.300 bar (55 mil psi). Com suas três pistolas de alta pressão usa água para remover qualquer tipo de substância, seja ela ferrugem, tinta ou outro elemento. Assim, prepara a superfície para receber a tinta. A bomba de alta pressão, quando utilizada para corte, pode perfurar uma chapa de ferro de até 300 milímetros. Com 500 kg, ela deve ser anexada a um motor, que pode ser a diesel, tornando a bomba móvel; ou elétrico, quando o equipamento pode ter a possibilidade de estar fixo.

O representante dessa nova ferramenta, Rony Santos, explica que a bomba funciona com jateamento de água salgada, sendo bem mais seguro e ecologicamente correto, do que a forma anterior de realizar o mesmo serviço, só que com jatos de areia. Segundo ele, essa maneira era perigosa para o profissional que realizava a tarefa, pois havia a pos-sibilidade de ocorrer vários ferimentos graves. “Esta bomba dispara 21 litros de água por segundo, mas sem riscos para o profissional que pode ficar a um metro de distância da área trabalhada e conseguir ótimos Bomba K1014 utiliza água salgada ao invés de água doce para

corte e limpeza de superfícies

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Tecnologia robótica para hidrojato

Esse equipamento chama a atenção de quem passa próximo pela sua forma de atu-ar. A LizardJet, que é uma unidade robótica de alto rendimento utilizado para prepara-ção de superfícies, remove a pintura ou retira cracas e mariscos do casco de navios. Ela funciona com o travamento magnético de imãs localizados nas três rodas, permitindo a sua ancoragem em qualquer tipo de chapa ferrosa, bem como em superfícies variadas ou irregulares, estejam elas na posição vertical ou de ponta cabeça.

Seu sistema de braço alternativo, e a construção leve e compacta permitem atingir áreas de difícil aceso. Junto a essa inovação, há os comandos de movimentação, que podem ser pneumáticos ou elétricos, com controles que chegam a 50 m, com ou sem fio, atingindo a pressão máxima de 3.000 bar (43.000 psi). Com avanço automático que atinge 6m/m na versão elétrica e 8 m/m na pneumática, o equipamento pode ser aplicado em tanques de armazenamento e esferas de gás.

De acordo com o diretor comercial da matriz da Lemasa em São Paulo, Leonardo Rudolf, o sistema de controle remoto permite que o técnico opere o equipamento do chão, não necessitando do alpinista industrial para esse tipo de serviço. “A velocidade que o LizardJet opera também é superior a da mão de obra humana. Ele pode fazer a até 50 m² por hora, contra apenas 7 m² por hora do operador. E a área de abrangência dos jatos pode chegar a até 1600 mm, o que também facilita o processo”.O diretor acrescenta que o dispositivo também pode ser usado a outros sistemas de jateamento abrasivo, desde que não ferroso, como granalha, alumina, sponjet.

Rudolf afirma que muitas empresas buscam menor custo e aumento na produti-vidade e que o melhor jeito de se conseguir isso é automatizando o sistema. ”Muitas empresas reconhecem o benefício do LizardJet e possuem três desses equipamentos”. Ele finaliza explicando que o equipamento é feito 80% no Brasil, sendo que o painel de comando e o sistema de hidrojateamento com bico de alto rendimento é de fabricação da Lemasa, o que facilita reparos e revisões.

resultados”. De acordo com ele, essa bomba de alta pressão é mais procurada por empresas ligadas à pintura industrial, empresas da indústria naval e também aquelas ligadas ao setor offshore e onshore.

O técnico comercial Paulo Prado conta que o grande diferen-cial dessa bomba é que ela utiliza água salgada. Isto é uma inovação no mercado. “A água doce é um recurso cada vez mais difícil de conseguir, e, por isso, tem um custo alto, ao contrário da água salgada, que por estar mais disponível, acaba diminuindo o custo. Assim, ela se torna uma alternativa mais susten-tável”. Paulo Prado explica que essa tecnologia de hidrojato com água salgada já existe há aproximadamen-te quatro anos na Europa, mas que no Brasil é uma novidade.

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PETRÓLEO E GÁS

ATUALIDADESPor Prof. Queiroga

ANP divulga minutas do edital e do contrato da 1ª Rodada do Pré-Sal

Uma excelente notíciaCurso de Perfilagem de Poços: Interpretação

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocom-bustíveis (ANP) divulgou as minutas do edital da 1ª Licitação do Pré-sal e do contrato de partilha de produção, com a área em oferta, as regras e procedimentos para participação e o cronograma preliminar.

De acordo com a minuta, a Petrobras será a operado-ra da área, com participação mínima de 30%. O consórcio poderá ter, no máximo, cinco empresas licitantes, podendo incluir a Petrobras.

Durante a licitação, a Petrobras só poderá participar de um consórcio. Já naqueles onde a Petrobras não estiver inclu-ída, pelo menos uma das empresas participantes deverá ser qualificada como licitante de Nível A.

O percentual mínimo de conteúdo local será de 37% para a fase de exploração, que terá duração de quatro anos. Na etapa de desenvolvimento, será de 55% para módulos com primeiro óleo até 2021, e de 59% para módulos com primei-ro óleo a partir de 2022.

O texto integral das minutas do edital e do contrato de partilha de produção pode ser baixado nos formatos word e pdf nos endereços: www.brasil-rounds.gov.br e www.anp.gov.br

A Tech-Insp Treinamentos e Serviços Ltda., empresa que atua há mais de quatro anos na indústria Óleo & Gás, inaugu-ra sede moderna em Rio das Ostras (Rua Elizete Cardoso, número 3, no bairro Jardim Campomar ). Este será o único Centro de Treinamento da Asso-ciação Brasileira de Ensaios não Destrutivos e Inspeção (Abendi) no Estado do Rio de Janeiro, para qualificação de profissionais em Acesso por Cordas.

Além de treinamento em Acesso por Cordas, a Tech-Insp tem em seu portfólio treinamen-tos em espaço confinado, res-gate em altura, NR-10, NR-34, NR-35, pintura Industrial, entre outros.

Contato:Tech-Insp Treina-mentos e Serviços Ltda. Telefo-nes: 22 2764-2979 / 22 2764-6172 / 22 7834-1753.

As empresas VICEL e QUEIROGA TREINAMEN-TOS CORPORATIVOS promovem em setembro um importante curso sobre interpretação de perfis de poços. Atualmente, os perfis são considerados a ferra-menta mais eficiente dentro do processo de exploração e produção de petróleo e gás, possuindo uma série de aplicações no segmento E&P.

O curso será ministra-do pelo geólogo sênior da PETROBRAS, Luiz Maurício Lima e será realizado aos sábados com turmas pela manhã e tarde. Os inte-ressados devem entrar em contato pelo e-mail: [email protected] para mais informações.

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Embarcações destinadas ao pré-sal

Empresa carioca fecha acordo para construção de embarcações de resgate para serem usadas em plataformas da Petrobras

NegóciosFotos: Divulgação

As embarcações modelo RIB 6.01 LRG SOLAS FAST JET serão construídas com mão de obra 100% nacional

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Com as novas concessões na área do Pré-sal, novas demandas por equipamento surgem a todo o momento. Dentro desse fomento no fechamento de negócios, a empresa carioca, Brastech, anunciou a celebração de importante

contrato com a Ecovix. O novo acordo garantirá a fabricação e fornecimento de oito embarcações de resgate pela Braste-ch, destinadas a trabalhar nas novas plataformas da Petrobras, responsáveis pela exploração de petróleo no pré-sal. A assi-natura do contrato aconteceu no final de junho e o serviço já está em execução.

Destinadas a atender aos FPSOs em construção: P-66, P67, P68, P69, P70, P71, P-72 e P-73 que serão operados

pela Petrobras, as embarcações de resgate foram moder-nizadas para atender a este contrato, em conformidade com as últimas regras e exigências publicadas pelo SOLAS.

As novas embarcações serão do modelo RIB 6.01 LRG SOLAS FAST JET, e serão construídas com mão

de obra empregada composta por 100% de brasileiros, com 70 a 80% de conteúdo nacional. O novo contrato

implicou diretamente no aumento do quadro funcional da empresa, em torno de 25%.

A Brastech é uma empresa com 100% de capital na-cional. Para o Diretor de Operações da Brastech, Roberto Chedid Filho, o acordo com a Ecovix confirma o crescimento

A Ecovix estima estar entre os grandes players do setor nos próximos anos. A empresa presta serviços de engenharia consultiva e geren-ciamento de obras nas áreas de infraestrutura, indústria naval e offshore e, em particular, cascos para plataformas de petróleo, conversão de embarcações, módulos de processo, integração, navios sonda, embarcações de apoio e embarca-ções de qualquer tipo ou natureza, além de ins-talações fixas para utilização nestes segmentos.

A ECOVIX

e reconhecimento da companhia no setor offshore e naval. “Esse novo contrato consolida a qualidade do nosso projeto de embarcações de resgate no cenário e padrão de aceitação internacional”, explica.

A Brastech é especializada na revitalização e manutenção de baleeiras, balsas e embarcações salva-vidas, de serviço e militares e na inspeção e reparo de risers de perfuração, juntas telescóspicas e flutuadores. A empresa possui matriz no Rio de Janeiro e uma Unidade de Serviços na Zona Especial de Negó-cios (ZEN), em Rio das Ostras.

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À procura de melhorias para o setor

A Offshore Technology Conference Brasil (OTC Brasil) 2013, só acontecerá em outubro, mas os preparativos para um dos eventos mais importantes do mundo relacionado ao desen-volvimento dos recursos offshore nas áreas

de perfuração, exploração, produção e proteção ambiental, já estão a todo vapor. A feira será no Rio de Janeiro, entre os dias 29 e 31 de outubro e é organizada pela OTC e pelo Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP). Conferên-cias e exposições terão foco na indústria brasileira de petróleo e gás offshore.

A OTC Brasil 2013 avaliará todos os aspectos do sistema de perfuração e poços offshore, estruturas flutuantes e produção submarina avançada, bem como, a cada vez mais complexa gestão de integridade usada para mantê-las em funcionamento.

A expectativa da organização é de que o público desta edição supere as 10 mil pessoas que participaram da OTC Brasil 2011. Entre os participantes da feira incluem engenhei-ros, técnicos, executivos, operadores, cientistas e gestores de todos os segmentos de exploração e produção da indústria. Até este mês, 230 estandes já estavam vendidos. A OTC Brasil também oferece oportunidade para os participantes, que podem interagir com os líderes da indústria que estarão presentes na exposição.

Para o presidente da OTC, Ed Stokes, este evento pro-porciona um ambiente onde o público pode formar novas relações comerciais para renovar as conexões e encontrar soluções que podem ser usadas para resolver os problemas que afetam o setor.

A cerimônia de abertura terá a presença da presidente da Petrobras, Graça Foster e da diretora geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Magda Chambriard. Esta será a palestrante e discutirá os detalhes da primeira rodada de licitações de áreas do pré-sal, um dos leilões mais esperados pelo setor.

Pesquisas de ponta e inovação na aplicação da nanotec-nologia estão se tornando cada vez mais comum em uma variedade de indústrias. A sessão técnica será dedicada ao uso de aplicações da nanotecnologia e nanomateriais em águas profundas do E&P arena.

Entre as demais sessões técnicas estão: aplicações de pro-cessamento submarino e os avanços tecnológicos em curso e qualificações e aplicações futuras; o atual ambiente regulatório de desenvolvimento de gás e petróleo de condução; carbo-natos do pré-sal com apresentação de diferentes abordagens utilizadas para a exploração do pré-sal, incluindo as diferentes tecnologias e modelos geológicos utilizados por empresas.

A sessão especial será dedicada aos desafios e regulação mais rigorosa associada com a perfuração de alta pressão/alta temperatura (HP / HT) de poços.

Mais de 250 trabalhos técnicos foram pré-selecionados e serão apresentados durante a conferência de três dias. Além disso, oito sessões de painéis e cinco almoços tópicos serão realizados. “Vamos sediar um grande número de empresas brasileiras este ano, bem como as empresas de outros países, incluindo os Estados Unidos, Canadá, China, França, Itália, Rei-no Unido, Alemanha, Noruega e Emirados Árabes Unidos”, destaca Stokes.

O presidente ressaltou ainda a importância do país na área offshore. “Trazer a OTC Brasil é um reflexo da impor-tância desta região. O Brasil está posicionado para exploração extensiva e desenvolvimento de recursos energéticos, que são cruciais para a capacidade da indústria em atender a crescente demanda global.”

Destaques da OTC

OTC Brasil 2013 acontecerá em outubro e contará com sessões técnicas para discutir problemas da área offshore

Foto: Divulgação

OTC Brasil

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