revista pixel tv
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Publicação digital especializado em televisãoTRANSCRIPT
Veronica Mars, um sonho que virou realidade
Ser ou não ser? Qual o perfil da industria audiovisual no Brasil?
Guto Aeraphe
O amor em How I Met Your Mother
Conheça Emily VanCamp
Dia Mundialda LutaContra o Câncer
A França em Les Revenants
Psi: O novo sucesso da HBO
MensagensAntenadosVitrinePixels
Ponto a PontoRory, a devoradora de livros de Gilmore Girls
Por que gostamos tanto de séries policiais?
Sabe o que é streaming? Conheça os mais variados catálogos
Capa
Seções Coluna
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20
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Entrevista
Telas
Perfil
Calendário
Pelo Mundo
Carimbo
TirinhasIn-DicasClique
EditorialSonhos
Já era tarde e fui dormir com uma missão: escrever o editorial
da Edição Zero da Revista Pixel TV. Sim, zero! Estamos falando
do ponta pé inicial de um sonho que uniu um monte de
gente bacana, e que agora está aqui, sendo lançada ao vento para
ser tragada pelas traças virtuais. Um sonho. O sonho é o ponto de
partida para grandes realizações, disse alguém mais esperto do que
eu, que pensou nisso e se apropriou de um conceito tão óbvio. O
sonho nunca é o fim, é sempre o ponto inicial. Fica fácil definir a
“Pixel”, como a chamamos por aqui, de sonho. Já que por definição
do tal Michaelis: pixel pi.xel (cs) sm (ingl) É a menor unidade ou ponto
de um monitor de vídeo cuja cor ou brilho podem ser controlados;
elemento de imagem. Não sei bem se o Aurélio disse o mesmo, mas
para nós, pixel é um sonho em ondas longas que ultrapassam as
esferas do espaço e tempo. O pixel é um ponto de partida, divertido
e sério, versátil e duradouro. Mas todo sonho só se realiza quando
vira realidade, e foi assim que chegamos aqui. Pixel virou uma revista
que traz como destaque em sua edição especial de lançamento uma
matéria sobre o filme da série Veronica Mars. Um filme feito para os
fãs. O sonho de fazer um filme da série veio depois do cancelamento
repentino da história, e por anos, a ideia ficou suspensa no ar, restrita
aos murmúrios de grupos e comunidades na internet. Até que
alguém ouviu esse sonho e com a ajuda de milhares de fãs, o tornou
realidade. Então, vamos brindar a isso, aos
sonhos e às grandes realizações, por que
como diria Carl Sandburg: “Nada acontece
que não tenha sido antes um sonho”. E não
acontece mesmo.
Maria Clara LimaEditora Executiva
RedaçãoAna Flávia Miranda
Gabriela PaganoMaísa França
Maria Clara LimaMariela Assmann
Paulinha Alves
Redação OnlineAmanda Pioli
Jéssica NakamuraLarissa Lofuto
Chefe de Redação e Direção de Pauta
Gabriela Pagano
EditorasGabriela Pagano
Maísa FrançaMaria Clara Lima
Editora OnlineMirele Ribeiro
MarketingMaísa França
RevisãoRaquel Perez
Capa e IlustraçõesMarcos da Mata
Projeto Gráfico e DiagramaçãoWellington Pereti
ArteRayssa Bevilaqua
Diretora ExecutivaMaria Clara Lima
Redaçã[email protected]
Revista Pixel TV edição #0 - abril de 2014. Essa publicação é distribuída
via web para você carregar onde quer que for. Seja no celular, no Ipad, na
telinha do computador. Para isso, basta acessar o nosso Issuu!
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Mensagens
Bem vindos à origem da
origem. Ao pixel da pixel.
Está no ar a primeira
edição da Revista Pixel TV.
Logo, esse cantinho colorido e
sossegado ainda não mostrou a
que veio. Mas ele será o nosso
espaço de interação. Queremos
ouvir vocês, saber suas
opiniões sobre nossas seções,
textos, posts e aventuras. E
apesar de não sermos um
divã, esperamos que vocês
desabafem também: abram o
coraçãozinho para a Revista
Pixel TV! Ficaremos felizes em
esclarecer dúvidas ou corrigir
eventuais erros ou equívocos. E
e aqui que nos encontraremos
para esse gostoso bate-papo
todos os meses.
E como fazer isso? Manda
uma mensagem por e-mail,
e garantimos que vamos ler
todas elas.
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CARIMBO
O novo drama da HBO Brasil acerta em criatividade e qualidade,
e transporta para as telas os fantasmas psicológico do cotidiano.
A história mostra a vida do Dr. Carlo Antonini (Emílio de Mello),
um “psi” em tempo integral, que é tragado pelos mistérios do ser,
pela cidade de São Paulo, e pelas pessoas que o cercam. Personagem
recorrente dos romances do psicanalista Contardo Calligaris, Dr.
Antonini é uma espécia de Dr. House brasileiro, e conquista a todos
com sua franqueza e paixão pela mente humana.
O primeiro episódio da série prova que as produções nacionais
da HBO tem a marca do canal. A excelência vai desde a fotografia
até a escolha do elenco, que traz nomes como Claudia Ohana, Raul
Barreto, Otávio Martins e Aida Leiner. Já a direção é assinada por
Marcus Baldini, o homem por trás das câmeras de Preamar e Bruna
Surfistinha, e responsável por trazer a tona uma sensibilidade incrível
para as cenas de Psi.
As locações também chamam bastante atenção. Não apenas
pelo fato da história se passar em São Paulo, não é isso. Mas sim
por você conseguir realmente se deslocar pela metrópole, como se o
cenário e a vida fossem parte de uma só peça. A cidade personagem
mais esquizofrênica do que um paciente do tal doutor.
Cada história é amarrada em um personagem central, uma
espécie de drama procedural psicológico, que tem como tema central
as loucuras do dia a dia. Tudo gira em torno de Carlo e como ele
lida com seu conhecimento, seja clínico ou variado. A interação com
os demais personagens é provocador. Uma ex-mulher que é muito
presente, enteados que são como filhos, uma amiga que mais podia
ser uma amante, e desconhecidos, que preenchem a vida de Antonini
mesmo sem ele querer. A dinâmica tem tudo para dar certo, e render
muitas temporadas no canal.
O episódio de estreia da série está disponível online no site da
HBO Brasil. Passa lá! hbomax.tv/psi/
Psi: De louco, todo mundo tem um pouco
Por Maria Clara Lima
Nota: 9,5
Ficha Técnica:
Título: Psi
Duração: 106
Gênero: Drama
Censura: 16
Direção: Marcus Baldini
Roteiro: Contardo
Calligaris e Thiago Dottori
Elenco: Emilio de Mello,
Aída Leiner, Igor Armucho,
Bianca Vedovato, Otávio
Martins, Victor Mendes,
Claudia Ohana, Camila
Leccioli.
Ano de produção: 2013
País de origem: Brasil
Imagens Divulgação
6 • PIXEL TV | Abril 2014
Pequenininhos, cabeçudos e com um olhar encantador. Você
com certeza já ouviu falar de um pop toy! Os bonequinhos
da Funko que encantam até os corações mais gelados e já
se tornaram itens obrigatórios nas prateleiras de quem gosta de
seriados ou coleciona coisas bacanas. É pensando nisso que a
empresa tem investido cada vez mais em coleções inspiradas em
seriados: The Walking Dead, Supernatural, Sons of Anarchy, Game
of Thrones e The Big Bang Theory são algumas das séries que já
tem uma coleção inteira para chamar de sua.
A maior delas é a de Game of Thrones, que além de já ter
mais de 20 pop toys, está em franca expansão. A Funko, inclusive,
observa a evolução dos personagens, e acaba fazendo mais de uma
versão deles. Tem o Tyrion com e sem a cicatriz, Daenerys com e sem
dragão, Jon Snow com o uniforme da Patrulha da Noite e uma outra
versão diferente. Até os White Walkers entraram na brincadeira –
assim como alguns personagens-zumbi de The Walking Dead.
É fácil se apaixonar pelos bonequinhos. Difícil é saciar esse
amor, já que aqui no Brasil ainda é complicado achar as figuras. Não
são muitas as lojas que comercializam o produto. Nas importadoras,
além dos poucos modelos, os preços são bem salgados. Enquanto
nos EUA se paga cerca de U$10 (em torno de R$ 25), aqui no Brasil
cada pop toy chega a custar R$ 60.
Mas se você se encantou com a versão pop toy do seu
personagem preferido e quer muito uma dessas fofuras, uma dica é
visitar as lojas virtuais ou sites gringos. Apesar do frete e impostos,
vale muito a pensa.
Pop toys: sempre cabe mais um
ANTENADOS
Por Mariela Assmann
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Uma caixinha de surpresas
Pensando na expansão da linha
dos colecionáveis de seriados, a
Funko está lançando os Mistery
Minis, bonequinhos ainda
menores, com cerca de 6 cm, e
que vem dentro de um envelope
lacrado. Ou seja: você só
descobre qual figura comprou
após abrir a embalagem. As
primeiras coleções Mistery Minis
chegam com 15 personagem
de Game of Thrones, 12
bonequinhos de The Walking
Dead (e 11 de The Big Bang
Theory. As figuras “surpresa”
serão vendidas ao preço médio
de U$7 cada. Logo, o espaço na
estante será pequeno demais
para tanta fofura.
ANTENADOS
Decorando com estilo Quem disse que um hobby precisa, necessariamente, ser
apenas um hobby? Para as gaúchas Dierli Santos e a Roberta
Reis, a paixão por seriados virou um negócio lucrativo. A
dupla de jornalistas resolveu levar o que viam na tela da TV
para a parede do apartamento que dividem Porto Alegre.
Como? Criando quadros temáticos dos programas favoritos
das duas. Foi assim que surgiu Minha Série na Parede, uma
lojinha virtual que está dando o que falar.
“Todo mundo que nos visitava elogiava os quadros,
Foi assim que surgiu a ideia de comercializar as telas”, revelou
Dierli. E com um pouco de imaginação e algumas pitadas
de dedicação, as “gurias” criaram um um Tumblr para
disponibilizar as imagens e servir de catálogo - hoje com mais
de 80 fotos - para os futuros compradores. A ideia caiu no gosto dos amigos e amigos-de-amigos e
amigos-de-amigos-de-amigos… agora, muita gente já divide o espaço branco de suas paredes com
séries como Friends, Breaking Bad, entre outros suscessos.
Está pensando em decorar sua casa com essas divertidas telas? São dois tamanhos à venda: o
médio, de 21X29 cm, que custa R$30, e o grande, que mede 29X42 cm e custa R$40. E você ainda
pode escolher o que combina mais com sua decoração: moldura preta ou branca.
A boa novidade é o catálago de imagens está sempre em expansão e Dierli e Roberta estão
sempre pensando em novas imagens para pendurar na parede. Já pensou em qual quadrinho você
quer encomendar? Não perca tempo, dá uma passada na loja virtual das “gurias” antenadas, e leve um
pouco de estilo seriador para dentro de casa.
Minha Série na Parede, minhaserienaparede.tumblr.com
Roteiristas
A Oficina de Escrita Criativa é um lugar onde sonhos viram… roteiros! E depois, séries de TV. Já pensou
transformar aquela ideia genial em algo totalmente real? Essa é a proposta da escola que tem um
programa de estudos para iniciantes baseado em exercícios práticos, leitura de roteiros, discussão de
projetos e exibição de dezenas de trechos de séries, sitcoms e webséries. A escola existe desde 2010 e
está localizada em Pinheiros, na capital paulista. O curso é ministrado pelo André Rodrigues, roteirista,
criador e showrunner de Que Talento!, primeira série inédita produzida no Brasil para o Disney Channel.
oficinadeescritacriativa.com.br
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8 • PIXEL TV | Abril 2014
Beber na fonte (e com estilo) Canecas são uma unanimidade, não? Não!? Serve para qualquer
tipo de ocasião. Serve como presente para o chefe, como chamego
para um amigo querido ou até mesmo como objeto de decoração.
Afinal de contas, a variedade delas é o mais apelativo. Que fã de
Friends não quer tomar aquele café em uma caneca do Central
Perk? Ou que tal beber um chá bem inglês em uma caneca com
a Tardis? Ou, ainda, ler Arthur Conan Doyle bebericando em uma
caneca de Sherlock?
Os preços desse objeto tão útil e necessário são bem variados, vai
de R$15 a R$ 30 (sem frete). Tem pra todos os bolsos e gostos.
geekmania.com.br
cultbazar.com.br
redhotmug.com
Um certo dia um alfaiate disse
para o rei que ele poderia fazer
a roupa mais bela e mais cara,
mas que só o mais inteligentes
poderiam vê-la. O rei, vaiodoso,
aceitou a proposta e acabou
peladão perante seus súditos.
A famosa história do Rei Nú
é bem diferente do Chico Rei
lá das Minas Gerais. Por lá,
ninguém precisa fingir que está
dentro da moda. Há seis anos
no mercado virtual, a empresa
de Juiz de Fora começou com a
vontade de inovar. “Criávamos
camisetas que tínhamos vontade
de vestir, mas que dificilmente
encontrávamos em lojas”, revela
Tiago Vieira, parte da equipe
do rei Chico . A marca trabalha
com temas, cores e formas que
dialogam com um público muito
mais amplo. Fãs de cultura
pop em geral, o seriados são
temas constantes nas estampas
do reinado. “Felizmente
nosso público também pensa
assim, fazendo com que esta
categoria figure entre os 3
temas mais vendidos na Chico
Rei!”, disse. Os fãs de seriados
podem encontrar modelos
bacanérrimos e super exclusivos,
com preços que variam entre
R$ 45,00 e R$ 66,00. Curtiu?
Passa no site da loja e entre na
moda do Rei! Tem para todos
os gostos.
Imagens Chico Rei/Divulgação
Imagens Red Hot Mug/Divulgação
A nova roupa do Rei
Abril 2014 | PIXEL TV • 9
CALENDÁRIO
O Grande C da Questão
Por Maísa Fança
8 de abril é Dia do Combate Contra o Câncer, dia de lembrar daqueles
que superaram a doença ou que deixaram como legado a sua história de luta pela vida. E como dizem que a arte imita a vida – ou vice-versa – o tema é retratado
a cada dia mais nos programas de TV
Imagens Divulgação Abril 2014 | PIXEL TV • 11
O vilão da história
pode atacar qualquer
um. Altos, magros,
rico e inteligentes. Ele mata
das mais diversas formas, e na
maioria das vezes, chega sem
ser notado. Não, não estamos
falando de um personagem de
ficção, esse malvado avassalador
é uma doença que segundo
um relatório da Organização
Mundial da Saúde (OMS), deve
tirar a vida de cerca de 13 milhões
até 2030. Apesar do medo que
ele causa, é importante lembrar
que a prevenção e o diagnóstico
avançado são uma arma
poderosa contra o câncer.
O estilo de vida atual,
repleto de consumos errôneos
e desenfreados, é o principal
responsável pelo surgimento
da doença. De 80% a 90%
dos casos diagnosticados estão
associados à fatores ambientais
e ao estilo de vida atual: abuso
de álcool e tabaco, dieta
inadequada e falta de atividades
físicas são uns dos principais
vilões e grandes responsáveis
pelo nível crescente da doença.
Roteiristas, produtores e
toda a equipe envolvida tentam
dar uma abordagem diferente
para cada tipo de diagnóstico
mostrando que, como na vida
real, os personagens nada
mais são do que humanos.
Geralmente, a aceitação do
diagnóstico é difícil e muito
turbulenta e isso faz com que as
reações à descoberta da doença
sejam as mais diversas possíveis.
Um exemplo disse é o
caso do Walter White (Brian
Cranston), da aclamada série
Breaking Bad, diagnosticado
com câncer de pulmão em um
estado avançado – curiosamente,
esse é o tipo de câncer que mais
mata no mundo. A doença
é o ponto de partida para o
desenvolvimento da trama, que
segue o protagonista professor
de química na produção e
venda de metanfetamina. O
lucro obtido com a venda da
droga era usado para pagar seu
tratamento e, também, garantir
que a família tivesse como se
sustentar por um tempo após a
sua morte. Sua vida ia de mal a
pior e o diagnóstico da doença
serviu como uma espécie de
recomeço para o personagem,
o obrigando a sair da inércia.
O diagnóstico de câncer
muda radicalmente a vida de
muitas pessoas, não só as com
a doença mas de todas ao seu
redor. A doença muitas vezes
é vista como um castigo mas,
para muitas, uma oportunidade
de dar valor ao que realmente
importa. Quando o caso é mais
delicado e o estágio avançado –
mas não só - a cura é, geralmente,
vista como uma segunda
chance, uma nova vida. É o que
aconteceu com Cathy (Laura
Personagens diagonisticados com a doença
Lynette (Desperate Housewives)
Samantha (Sex and the City)
Izzie (Grey’s Anatomy)
Kitty (Brothers & Sisters)
Naomi (Skins)
Wilson (House MD)
Kristina Braverman (Parenthood)
Michael Scofield (Prison Break)
Cece Rhodes (Gossip Girl)
Carol (Sessão de Terapia)
12 • PIXEL TV | Abril 2014
Linney), de The Big C. Assim
como em Breaking Bad, o ponto
de partida para a história de The
Big C é o diagnóstico de câncer
de pele em estágio avançado. A
série acompanha os estágios de
choque, aceitação e a renovação
da personagem, que até certo
ponto, não acreditava no
tratamento da doença. Quando
seus familiares descobrem sua
situação, a personagem começa
a experimentar um novo tipo
de sentimento: a esperança.
Esse que, talvez, seja um dos
únicos sentimento presente em
todos os diagnosticados com
a doença. Até mesmo aqueles
mais durões.
Se por um lado, a
doença muda a vida de muita
gente, por um outro há pessoas
que continuam tão ranzinzas
quanto antes. Um dos melhores
exemplos, nesse caso, é a
personagem Celia (Elizabeth
Perkins), de Weeds. Implicante
como só ela conseguia ser, dizem
que o diagnóstico da doença
veio para servir de lição para a
personagem. O único problema
é que, mesmo com a vitória
sobre a doença, a personagem
continuou pessimista e implicante
quanto antes.
Como todos estamos
propensos a desenvolver a
doença – sem pessimismo,
por favor – o melhor a fazer é
se prevenir.
Na vida real
Se o câncer é um dos grandes
vilões da humanidade, os
famosos – que nós tanto
idealizamos – também não
estão a salvos da doença.
Atores consagrados como Ian
McKellen (Vicious) e Michael
C. Hall (Dexter) venceram
o câncer de próstata e um
linfoma, respectivamente. Já o
ator Andy Whitfield (Spartacus)
foi vencido pela doença. Em
2010 foi diagnosticado com
um linfoma – tipo de câncer no
sistema linfático – e as gravações
de Spartacus foram suspensas.
Em 2011, dezoito meses após o
diagnóstico, o ator faleceu.
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PELO MUNDOIm
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s D
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lgaç
ão
Simon morreu no dia do
casamento com Adèle.
Camille é a primeira a
retornar para a família.
Você provavelmente já deve ter ouvido falar da série Les
Revenants. Uma produção francesa do Canal Plus, exibida
no Brasil pelo HBO Max, e que virou sensação no mundo
inteiro desde que foi lançada, em 2012. Motivo? A morte é a estrela
da história.
A trama se passa em uma aconchegante cidade no interior da
França e os cenários fazem com que o espectador seja transportado
para um estonteante cenário, que dita um tom de mistério para a
história. É nesse quase vilarejo que os mortos voltam à vida.
Les Revenants, que em português quer dizer “aqueles que
voltaram”, foi criada por Fabrice Gobert (Simon Werner Desapareceu),
e tem no elenco alguns nomes conhecidos do cinema e da televisão
francesa. Dentre eles, estão os jovens Pierre Perrier (American
Translation) e Clotilde Hesme (Canções de Amor), além dos veteranos
Anne Consigny (O Escafandro e a Borboleta) e Frédéric Pierrot (Jovem
e Bela).
O personagens mortos-vivos aparecem ao longo de cada
episódio, que quase sempre é focado em um deles. Uma das histórias
mais comoventes é a de Simon, um rapaz que cometeu suicídio no
dia do casamento. Uma coisa é certa: o caminho de volta não é fácil
para ninguém, pois os entes queridos seguiram com a vida depois de
chorarem a morte daqueles que, presumidamente, se foram.
Difícil mesmo está o retorno do programa. Apesar de ainda
não haver uma data oficial, a segunda temporada deve estrear apenas
em 2015. É que filmagens, que deveriam ter começado em fevereiro
desse ano, foram adiadas para setembro por falta de roteiro.
Les Revenants ganhou o Emmy, em 2013, como melhor série
de drama. E a TV americana está de olhos bem abertos: o canal
A&E já anunciou uma versão própria do seriado francês e a ABC
desenvolveu uma produção com uma premissa bastante semelhante.
Resurrection, eles juram de pé juntos, não se trata de um remake…
Seriado francês conquista o mundo com temática existencialPor Gabriela Pagano
FRANÇA
Imagens Divulgação
Abril 2014 | PIXEL TV • 15
Ser ou não ser?
Por Gabriela Pagano
A indústria audiovisual no Brasil está em
plena expensão. Por causa da
Lei da TV Paga, o mercado
aqueceu, agora as produtoras
estão em busca de profissionais com
qualidade
É quase de um storytelling perfeito. Quando a Lei da TV
Paga foi aprovada – ela obriga que os canais por assinatura
dediquem 3h30 semanais de sua programação a conteúdos
nacionais –, profissionais do audiovisual comemoraram diante de
um iminente aquecimento de mercado. Afinal, as emissoras teriam
que investir em novas produções brasileiras para cumprir a cota
estabelecida. Mas, se a lei de fomento era a “mocinha” da história,
logo surgiu uma grande vilã: a falta de mão de obra qualificada.
É antiga a conversa de que brasileiro não tem experiência em
cinema ou televisão e de que falta maturidade às obras produzidas
aqui. Para Minom Pinho, sócio-diretora da Casa Redonda, organização
que busca entender e discutir as iniciativas culturais e as inovações
em rede no país, este é, sim, um fator a ser pensado. “A política
pública aponta os caminhos e fomenta, mas nós - mercado de TV,
sociedade civil, empresas e profissionais - também precisamos fazer
a nossa parte”, diz a pesquisadora, que vê nos cursos de formação
profissional um meio valioso rumo ao aperfeiçoamento.
Para quem deseja entrar na indústria, entretanto, a tarefa não
é simples. O mercado de cinema e TV é “fechado” no mundo inteiro
e networking ajuda a abrir portas. A boa notícia é que profissionais
com conhecimento, capacidade de inovação e articulação encontrarão
espaço mesmo em ambientes nem tão propícios.
Em contrapartida, o fato de as produções se centralizarem
em um polo (o eixo Rio-São Paulo) é tipicamente brasileiro. “Existe,
historicamente, uma concentração econômica e de know-how
nesta região”, avalia. “É importante ressaltar que a regulamentação
da Lei da TV Paga, bem como as novas linhas do Fundo Setorial do
Audiovisual, que amparam e auxiliam o atendimento aos critérios da
Lei, trazem oportunidades e regulamentações que tentam reverter
essa condição”, assegura Minom, que também colabora com a
formulação de políticas e debates nesta área.
Além disso, é necessário investir em cursos de formação e
empreendedorismo nas outras regiões. O surgimento de agências
de fomento estaduais, como a SPCine e a Riofilme - que possuem
atribuições parecidas com o que a Ancine (Agência Nacional do
Cinema) realiza em âmbitos nacionais - também contribuem com o
processo de democratização.
Já o barateamento de equipamentos de imagem e som e o
acesso à Internet impulsionam o mercado independente. Este é o
caso do Portas dos Fundos, que exibe na web um tipo de humor,
Abril 2014 | PIXEL TV • 17
que provavelmente, não teria espaço na TV aberta. Mas não importa
em que plataforma a série é veiculada, é preciso pensar em narrativas
e conteúdos próprios para ela. “Embora existam séries que sejam
veiculadas em várias janelas, cada janela tem suas especificidades,
seus limites orçamentários e seus públicos. Compreender estas
limitações e exigências pode ser a chave para a viabilização de um
projeto”, ensina. Se o produto audiovisual não consegue estabelecer
esse diálogo, então, não há tecnologia capaz de vencer as barreiras.
Arte versus mercado Quando o dinheiro fala mais alto que a criatividade é a obra
que acaba por perder valor. Isso porque tendemos a pensar de forma
cartesiana, como se tivéssemos que escolher entre o mercado ou a
criação. “Não se trata de ser isso ou aquilo. É isso e aquilo. É preciso
equilibrar estes dois universos e convergir os sentidos da nossa
criação com os sentidos do público e dos parceiros envolvidos”,
aponta Minom, enaltecendo o “pensar coletivo”.
Um exemplo disso é a série Larica Total, do Canal Brasil. “A
produção é barata, os roteiros são muito interessantes, atende ao
novo modelo de séries character driven, é genuinamente brasileira,
remetendo ao anti-herói tupiniquim - tal qual o Macunaíma de
Mário de Andrade -, é inteligente, divertida e soube encontrar seu
público”, reconhece a produtora.
Estereótipos regionais Ainda assim, qualidades narrativas, técnicas e estéticas
devem prevalecer sobre as intenções políticas. “Sou nordestina, não
sou branca, não sou rica e atuo junto a diversas causas sociais e
culturais. Mas acho arriscada a politização intencional dos conteúdos
audiovisuais”, conta.
Minom acredita que a melhor militância é produzir conteúdos
definitivos ao invés de simplesmente criticar. E ela recorre ao cinema,
citando as produções pernambucanas premiadas internacionalmente
Amarelo Manga, O Som ao Redor e Baixio das Bestas, para ilustrar.
“A melhor resposta é sempre a qualidade da obra. Isso cria valor.”
NetLabTV Minom Pinho é, também, diretora-executiva do concurso
NetlabTV, uma parceria entre a Casa Redonda e a NET Serviços, que
premiou vários roteiristas no final de 2013. Apesar de o concurso
18 • PIXEL TV | Abril 2014
dar oportunidade à gente estreante, o resultado foi criticado por
parte dos usuários, nas redes sociais, ao contemplar profissionais já
com alguma bagagem. “Não havia promessa de premiar iniciantes.
Alguns possuíam experiência profissional, outros, não”, explica.
“Tivemos, entre os vencedores, uma série de autores da Paraíba
e outra de autores do Pernambuco. As demais séries vencedoras
eram de autores do eixo Rio-São Paulo, mas atribuímos em parte
à concentração de cursos, universidades e mercados nesta região”.
Além disso, a comissão de organizadores do concurso já estuda
soluções para a próxima edição do NetLabTV.
Para quem planeja tentar, Minom aconselha que o aspirante
a roteirista não confie apenas em dom natural e talento. Criatividade
e improviso, sozinhos, não são capazes de sustentar argumentos
consistentes e, por isso, é imprescindível investir em formação
com qualidade e pesquisa. Ah... “um pouco de teimosia, bastante
determinação e ampla capacidade de diálogo” também são de
valia, admite a diretora do projeto.
Nas mãos de quem? O presidente da Associação de Roteiristas, Newton Cannito,
concorda que a profissão exige treinamento diário e diz que não
faltam roteiristas no mercado do Brasil. “O que faltam são produtores
dispostos a pagar os roteiristas”, garante.
Segundo Cannito – responsável por séries consagradas,
como 9mm: São Paulo, da Fox, e Cidade de Homens, da TV Globo
-, o problema está no modelo de produção brasileiro. Enquanto,
em Hollywood, o cargo de showrunner – o “todo poderoso” de
uma série, que toma as decisões finais – foi criado para dar poder
ao roteirista, na indústria nacional acontece o aposto. “Nos Estados
Unidos, é o roteirista que vira produtor. No Brasil é o contrário. É o
produtor ou diretor que tem uma ideia qualquer e acha que aquilo
segura o projeto. O resultado é pífio.”
Mas, de tanto cometer erros, na tentativa de escrever séries
eles mesmos, os produtores se verão obrigados a dar liberdade aos
roteiristas – quem Cannito prefere chamar de autores. “Então, o
mercado vai realmente abrir”, prevê ele, que ainda critica a prática de
se contratar estagiários precarizados, sedentos por oportunidades.
“Hoje, dá para viver porcamente como roteirista no Brasil. Pessoas
experientes estão cansando e desistindo. Mas o mercado é real e
tem grana”, conclui.
Sucesso internacional
Num momento da indústria
em que produções de fora dos
Estados Unidos e Inglaterra
conquistam público no mundo
inteiro – é o caso da francesa
Les Revenants e da escandinava
The Killing -, Newton Cannito
acredita que o Brasil também
tenha potencial para lançar
sucessos internacionais. Mas,
para isso, precisa inovar. “As
series que mais exportam são
inovadoras. O Brasil ainda fica
preso ao que acha que vai
dar certo, pois as TVs pensam
apenas no mercado interno.”
Para ele, a indústria nacional
ainda privilegia as produções
de comédia. Os outros
gêneros, como terror, sci-fi,
suspense, erótico, deveriam ser
mais explorados.
Laranjinha e Acerola eram os
protagonistas de Cidade dos
Homens
Paulo Tiefenthaler vive
um cozinheiro peculiar em Larica Total
Abril 2014 | PIXEL TV • 19
Muito tempo atrás, em
2007, a rede americana
The CW resolveu que seria
melhor encerrar a exibição da
história da jovem espiã. No dia 22
de maio daquele ano, Veronica
Mars estava oficialmente
cancelada, deixando fãs do
mundo todo desolados. Não foi
um fim qualquer, todos sentiam
que aqueles personagens ainda
tinham muito o que contar.
O final deixava em aberto um
infinito de possibilidades, o que
fez muita gente pedir para que
a série continuasse em um filme.
Sete anos depois, no dia
14 de março, Dora Micussi estava
sentada na poltrona vermelha do
AMC de Stony Brook, em Nova
York. Veronica Mars: O Filme ia
começar. “Cheguei ao cinema às
6:42 para o filme que começaria
às 7:05. Já estava com meu
ingresso em mãos, a espectativa
era grande”, disse a brasileira
meio novaiorquina, de 31 anos,
e fã de televisão.
Dora não é uma
marshmallow - como os fãs
da série são carinhosamente
A espiã, os marshmallows e uma história de amor
Por Maria Clara Lima
Como foi possível trazer a vida a Veronica Mars, e transformar a história em um exemplo de dedicação dos fãs e da equipe da série. Estivemos na estreia do filme e contamos como foi!
chamados - e, sim, uma curiosa
espectadora. Ela soube de
como o filme foi feito e resolveu
conferir de perto o que movia
tanta paixão. “Não sabia nada
sobre a série, então antes do ir
ao cinema, pesquisei um pouco
sobre a história”, contou.
O que levou Dorinha,
nossa agente infiltrada, ao
cinema fez muita gente ficar
boquiaberta ano passado. O
projeto colaborativo para o filme
de Veronica Mars ultrapassou
a marca de US$ 5 milhões
arrecadados em uma campanha
no site de financiamento coletivo
Kickstarter, ou “chute inicial”.
O pedido dos fãs havia sido
ouvido pelo criador da série Rob
Thomas, que se juntou com parte
do elenco, e tocou o projeto do
filme para frente. Com a ajuda
de parte do elenco, incluindo a
protagonista Kristen Bell e o ator
Jason Dohring, Rob fez um vídeo
para a internet e lançou um
desafio: se eles conseguissem
juntar 2 milhões de dólares, a
Warner Bros aceitaria produzir o
filme. E foi aí que a mágica dos
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marshmallows aconteceu, em
apenas dez horas de campanha,
o valor já ultrapassava a meta,
e no final de 30 dias, o projeto
batia o recorde de mais bem
sucedido pelo site. No total,
91.585 doadores colaboraram
para tornar o sonho do filme em
realidade.
Então a pipoca deu lugar
ao doce branco e pegajoso que os
fãs da série tanto gostam. “Pela
atitude relaxada das pessoas no
cinema, não me parecia que elas
eram realmente devotas da série
até o filme começar e Veronica
anunciar-se como marshmallow.
Foi uma comoção geral”, revelou.
No fim do filme, Dora
conta que houve palmas e alguns
gritos de felicidade, ao sair da sala
de cinema, ela notou que muita
gente permaneceu no local. Os
sorrisos eram visíveis enquanto
as pessoas comentavam sobre
o filme. O clima parecia ser de
satisfação pela maneira que o
filme honrou a série que a plateia
tanto gostava. Ela perguntou ao
casal que estava ao seu lado o
que eles tinham achado do filme
e a resposta foi única: “Two
thumbs up”, disse a jovem.
Em seu final de semana
de estreia nos Estados Unidos,
o filme arrecadou 2 milhões
de dólares, até o fim do mês o
montante havia chegado aos
3.2 milhões de dólares. Segundo
o site americano Buzzfeed, o
Como funciona o KickStarter?
Dizem por aí que para algo se concretizar, é preciso dar apenas um primeiro passo. Certo? E se esse
chute inicial é dinheiro, o Kickstarter parece ser uma boa solução. O site funciona como uma espécie
de “vaquinha online”, juntando patrocinadores, fãs, entusiastas e produtores em uma só lugar
Lançado em 2009, o Kickstarter é considerado um sucesso, e qualquer
pessoa pode se cadastrar no site e ter um projeto financiado. As regras
são simples: deve-se publicar os dados do projeto, estipular um valor
mínimo para o “chute inicial” e o prazo para as arrecadações.
Em troca do investimento, as pessoas que auxiliarem financeiramente o
projeto vão receber recompensas de acordo com o valor fornecido. Em
muitos casos, a gratificação é uma cópia do produto anunciado, por
exemplo. No caso de Veronica Mars, camisetas, DVDs e até encontro
com os atores da série foram colocados como “prêmios”.
Mas antes de sair por aí fazendo campanhas no KickStarter, o site dá a dica: elabore bem o projeto,
prove para todos que ele é importante e que as pessoas precisam fazer parte dele.
filme teria que atingir a marca
do 12 milhões de dólares para
se tornar lucrativo, e quem sabe,
conquistar a possibilidade de
uma continuação.
Para você que acha que
terminou por aqui, Rob Thomas
ainda cogita a possibilidade da
série ganhar um spin-off ou
de continuar em serviços de
streaming como a Netflix e a
Amazon. Em uma entrevista
ao site The Wrap, o criador da
série falou sobre a possibilidade
e mandou um recado: “Somos
baratos, então acho que
poderíamos fazer filmes como
esse a cada dois ou três anos”.
Alguém aí encara mais um
desafio?
Imagem Reprodução
Abril 2014 | PIXEL TV • 21
Logan Echols é um
personagem controverso.
De vilão a queridinho, ele
conquistou boa parte dos fãs
da série. O ator Jason Dohring,
interprete do “bad boy”,
conversou com a Revista Pixel
TV sobre o filme, seu papel e
ainda mandou um recadinho
para os fãs do Brasil.
Aquele que
amamos odiar
ENTREVISTA
Imagem Assessoria de Imprensa
22 • PIXEL TV | Abril 2014
Pixel TV - Você alguma vez sentiu como Veronica Mars fosse
um trabalho terminado?
>> Jason Dohring - Acho que eu estava esperando que não foi
completamente terminado. Era um papel tão divertido e eu sempre
gostei dos altos e baixos da minha personagem.
PTV - Qual foi a sua reação quando a campanha do Kickstarter
atingiu a meta? Foi muito rápido...
>> J.D. - Acho que todos nós estávamos completamente chocados!
Nós nunca pensamos que seríamos capaz de gerar esse tipo de
comoção, nem em um milhão de anos. Todo o elenco e eu estamos
verdadeiramente honrado por aquilo que os nossos fãs fizeram por
nós!
PTV - E o que te fez realmente querer estar no filme da série?
>> J.D. - Conseguir interpretar o Logan como um “ adulto “ era
algo que eu realmente estava ansioso para fazer!
PTV - E como foi a experiência?
>> J.D. - Eu gostava de interpretar o personagem! Foi provavelmente
um dos papéis mais divertidos que eu tive a oportunidade de
fazer, e compartilhar essa experiência com Rob e o resto do elenco
novamente foi um dos pontos altos da minha vida!
PTV - Na estréia do filme, você teve a oportunidade de
conhecer alguns dos fãs que apoiaram a campanha…
>> J.D. - Sim, foi incrível! Não esperávamos que as pessoas se
preocupassem tão profundamente para este “ showzinho “ que
filmamos em San Diego... e tê-los no filme com a gente foi incrível.
Os fãs fizeram este filme para nós. Estaremos sempre em dívida
para com eles!
PTV - Você tem sido a de “bad boy todo mundo adora odiar “ na
TV nos últimos anos. Você se considera como um garoto mal?
>> J.D. - É sempre mais divertido de fazer o “bad boy” e, claro , há
um pouco disso em mim! Eu tenho que dizer, no entanto, que foi
bom se concentrar na parte romântica da história também no filme,
especialmente - dois grandes momentos de um grande papel! Quero
continuar a interpretar estes personagens mais “envolvidos”... eles
dão mais liberdade para um ator.
PTV - Você está em The Squeeze, um filme
independente descrito como parte drama e
parte comédia, e também, muita jogatina.
Sabemos que você gosta de esportes…
>> J.D. - Meu personagem é um campeão de
golfe amador, e eu adoro de jogar golfe, então,
literalmente, agarrei a oportunidade! Tenho que
admitir que eu tentei dar uma fugidinha das
filmagens para jogar um pouco! O empresário
Steve Wynn teve a gentileza de nos deixar usar
um dos seus campos (The Wynn , em Las Vegas
), que nunca havia sido aberto a qualquer equipe
de filmagem antes.
O ator terminou a entrevista mandando um recado
para os fãs do Brasil. “Nós amamos vocês! Muito
obrigado por nos ajudar a tornar o nosso filme
uma realidade. E… Ronaldinho , Kaká , Pelé....
como é que vocês fazem isso? Estou ansioso pela
Copa do Mundo de 2014!”, disse.
Quem sabe não o veremos por aqui nos próximos
meses? Não custa sonhar.
Imagem Assessoria de Imprensa
PONTO A PONTO
Para ser uma garota
Gilmore é preciso ter
muita referência sobre a
cultura pop. Gostar de junkie
food e música dos anos 80
também faz parte do cenário.
Lorelai e Rory são um prato
cheio para quem curte aprender
- e muito - sobre tudo e nada.
Todo mundo que
acompanhou Gilmore Girls,
- série transmitida aqui no
Brasil entre 2000 e 2007 pela
Warner - deve lembrar bem do
gosto pela leitura, característica
marcante da protagonista Rory
O desafio de leitura da Rory Gilmore
CO
LUN
A
Por Paulinha Alves
Gilmore, uma devoradora de
contos, romances, biografias e
artigos de jornais. Ao longo do
seriado, muitos autores foram
citados e muitas obras foram
lidas pela a menina, que, mais
tarde, estudou em Yale - uma
universidade prestigiada dos
Estados Unidos - e se tornou
jornalista! (Uma ótima escolha
de profissão)
Fato é que depois
que terminou, a série deixou
muitos fãs, e uma dessas almas
caridosas conseguiu compilar
todos os livros que apareceram
Imagem Divulgação
nas sete temporadas de GG,
gerando, assim, uma lista
que virou o desafio literário,
conhecido por aí como The Rory
Gilmore Reading Challenge.
Tomada pelo espírito
Gilmore de leitura, comecei o
tal desafio há alguns meses,
e decidi vir aqui dividir com
vocês três dessas obras que
não apenas prometem histórias
incríveis, como também foram
muito importantes para a série.
The Portable Dorothy Parker Dorothy Parker A obra original é de
1944, mas mais de 60 anos
depois a Penguim relançou o
livro (ainda sem tradução para
o português) que traz uma série
de poesias, histórias, contos e
ensaios de Dorothy Parker. Em
Gilmore Girls, o livro aparece
no nono episódio da primeira
temporada (Rory’s Dance),
quando logo após voltar do
primeiro baile de Rory, Dean,
seu primeiro amor na série,
descobre um livro na bolsa da
menina. O tal livro é claro The
Portable Dorothy Parker, que
começa a ser lido pelos dois até
eles adormecerem.
Howl and other poems Allen Ginsberg Logo que foi lançado,
o livro teve suas vendas
impedidas devido a suas ideias
revolucionárias, mas acabou
sendo liberado da censura e
virou um sucesso de crítica e
vendas. Ele é hoje considerado
um dos maiores representantes
do movimento beat, ao lado de
“On the Road”, de Jack Keroauc.
Na série, o livro ganha destaque
no quinto episódio da segunda
temporada (“Nick & Nora/Sid
& Nancy”), quando Luke e seu
sobrinho que acabou de chegar
na cidade, Jess, vão até a casa
das garotas Gilmore para jantar.
Lá, Jess vê Rory pela primeira
vez, e olhando sua estante de
livros, ele comenta sobre a obra
de Allen Ginsberg. No final do
episódio o livro volta a ganhar
destaque, mas não vou contar o
que acontece para não estragar
a surpresa.
Anna Karenina Liev Tolstói Um clássico da literatura
e do cinema – foram cinco
filmes sobre sua história, sendo
o mais recente de 2012! –
Anna Karenina fala sobre a
aristocracia russa Czarista, com
destaque para a personagem
que dá título ao livro e que trai
o marido, um rico funcionário
do governo. Ao longo das sete
temporadas da série, são várias
as referências a esse livro, mas
uma das mais importantes talvez
seja a do episódio vinte e dois
da terceira temporada (“Those
are strings, Pinocchio”). É nele
que acontece a formatura do
colégio de Rory, e nele também
que ela faz um dos discursos
mais bonitos e emocionantes já
vistos em séries. Nele são vários
os autores e obras citadas, e
Ana Karenina, é claro, não
poderia ficar de fora.
Para quem ficou curioso
com o The Rory Gilmore
Reading Challenge e quer
aderir ao desafio, confira a
lista de livros no site da Pixel
TV (www.revistapixel.com.br).
Uma boa leitura para vocês e
até a próxima!Imagem Divulgação
ENTREVISTA
Guto Aeraphe é aquele
tipo de pessoa que
sonha. Ajusta os sonhos
em possibilidades e faz da
fantasia algo real. Trabalhando
com audiovisual desde 1997, já
produziu diversos programas
para TV, documentários e
seriados. Mas foi na internet
que Guto encontrou o seu
lugar, produzindo webséries
vencedoras de prêmios
internacionais e reconhecidas
no mundo inteiro por sua
criatividade e qualidade. Mesmo
assim, o gênero ainda é pouco
conhecido no Brasil. Autor do
livro Webséries:
Criação e Desenvolvimento,
o diretor cinemtográfico fala
sobre os desafios desse tipo
de produção e do mercado,
que ainda assim, é bastante
promissor.
O Mestre da WebPor Maísa França
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26 • PIXEL TV | Abril 2014
Pixel TV - Como está o cenário para quem faz
webséries no Brasil? Podemos dizer que agora é a hora desse
tipo de conteúdo?
>> Guto Aeraphe - Sem dúvida o mercado está cada vez mais
interessado neste novo formato, que permite um custo de produção
menor, com elementos narrativos mais ousados, o que possibilita
um engajamento maior dos espectadores. Vivemos uma fase de
transição, onde ainda há muito espaço para experimentações
e o espectador brasileiro ainda está se acostumando a consumir
conteúdos que vêm diretamente da internet. Um dos sinais mais
evidentes é que praticamente todas as linhas de TV estão saindo de
fábrica com a possibilidade de se conectar à rede mundial. As Smart
TV, junto com o conceito de segunda tela, estão suprindo aquela
antiga promessa da TV digital, que é a interatividade e a diversidade
de conteúdo.
PTV - O Brasil já tem uma identidade neste tipo de produção
ou os grandes exemplos acabam sendo as séries estrangeiras?
>> G.A. - Este é um tema difícil e a minha opinião é polêmica. O
cinema brasileiro sempre tentou buscar esta “identidade”, o que,
na minha opinião, é como se tentasse reinventar a roda. Cinema é
uma linguagem universal. O que vai dar o tom local são as histórias
que contamos. Meus trabalhos têm uma forte influência estrangeira
e não vejo mal algum nisso. Tento fazer com que eles sejam
artisticamente interessantes e acessíveis a todos. Isso fica muito claro
em Heróis e ApocalipZe. O primeiro por levantar questões como
racismo, a ditadura Vargas e o imperialismo dos EUA em várias falas
dos personagens. No segundo, colocando em pauta o Pré-Sal e a
política externa brasileira.
PTV - Quais as principais dificuldades enfrentadas pelos
produtores no Brasil?
>> G.A. - Produzir audiovisual no Brasil é difícil, não importa o
suporte. Mas a internet sofre com preconceitos e ainda é vista pelo
mercado como algo menor - o que não é verdade. A questão é que
o formato de vídeos para internet não é reconhecido pela a Agência
Nacional do Cinema (Ancine), o que torna a prospecção através das
leis de incentivo um pouco mais complicada e a maioria das TVs
nos enxergam como “inimigos”, que podem tirar a todo momento
a audiência delas.
Abril 2014 | PIXEL TV • 27
PTV - House of Cards, produção original da Netflix se tornou
a primeira série distribuída pela internet a ser indicada ao
Emmy de Melhor Drama. A internet pode substituir a TV ou
elas serão, cada vez mais, um complemento?
>> G.A. - Há uma grande confusão com o significado da palavra
TV. Ela pode ser tanto o aparelho como a forma de transmissão de
conteúdo. Por outro lado, temos que entender que a internet é um
meio e não um fim. Acredito que o futuro é o da TV conectada em
qualquer lugar. Vamos utilizar os dados transmitidos online para
veicular nossas produções em qualquer tela, a qualquer momento.
PTV - No futuro, TV e Cinema serão a mesma coisa?
>> G.A. - Definitivamente, não. São experiências distintas e que vão
sobreviver à internet. O que está acontecendo é que as produções
estão cada vez mais específicas para cada meio. Os produtos feitos
para cinema estão cada vez mais se tornando um espetáculo de
efeitos especiais que só fazem sentido dentro de uma sala com
uma tela gigantesca e um som poderoso. Já na TV, as produções
passaram a ter uma linguagem e um cuidado maior devido à
melhoria da qualidade da imagem, mas ainda assim, é um espaço
que precisa brigar pela atenção de quem vê.
PTV - Suas produções são conhecidas e premiadas
internacionalmente mas pouco conhecidas no Brasil. Como
você explica essa diferença?
>> G.A. - Já meditei muito sobre isso... Na verdade, me deixa um
pouco frustrado. Mas acredito que é por uma mistura de três fatores:
tecnológico, cultural e econômico. Isso porque nossa internet ainda
é lenta e cara e nossas vias públicas não são seguras. Por outro lado,
há também a questão das temáticas em que trabalho. No Brasil
impera o humor, principalmente o sem limites, onde vale tudo para
arrancar algumas risadas descartáveis. Eu trabalho com temas de
ação, suspense e drama, que também é muito consumido aqui no
Brasil, mas somente aquele em que é falado em inglês. Ainda há
muito preconceito com o audiovisual de gênero feito no nosso país.
PTV - Quais são as dicas para quem quer entrar no mundo
das webséries?
>> G.A. - Basicamente, são dois pontos fundamentais: preocupação
com a qualidade técnica, já que pode-se assistir tanto em telas
28 • PIXEL TV | Abril 2014
grandes como pequenas, e preocupação com o conteúdo,
buscando narrativas que cativem o público – que é sempre o ponto
fundamental. O maior erro de quem produz audiovisual é fazer
algo sem pensar em quem vai assistir. Em uma visita a uma grande
emissora, vi uma vez um quadro que dizia: Em qualquer lugar do
mundo onde houver 30% de drama, 24% de traição, 45% de
suspense e 1% de felicidade, você faz uma vida detestável ou uma
novela adorável! Fica a dica!
HERÓIS
Eles morreram em combate
na Itália, há 65 anos, em uma
batalha desigual com as tropas
alemãs e, devido à grande
bravura, foram reverenciados
até pelos inimigos…
APOCALIPZE
O Brasil é alvo de um ataque
bioterrorista por causa
do Pré-sal, mas algo de
errado aconteceu! Agora os
sobrevivientes são caçados
por agentes paramilitares que
estão na cidade para terminar
o serviço. Mas a verdade é
que nem todos que ali estão
realmente mortos...
VALE A PENA DAR UM CLIQUE
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Abril 2014 | PIXEL TV • 29
Emily VanCamp
Por Ana Flávia Miranda
Saiba tudo sobre a loirinha multitalentosa que vem conquistando fãs no mundo todo
PERFIL
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30 • PIXEL TV | Abril 2014
Um sorriso doce e
um olhar marcante. A
atriz canadense Emily
VanCamp vem se destacando
em Hollywood por sua
versatilidade e talento precoce,
que já garantem 14 anos de
carreira. Agora, a protagonista
de Revenge está conquistando o
mundo no papel de Emily Thorne
- ou seria Amanda Clarke? - e
prometemos, ela também irá
conquistar você.
Natural de Pont Perry em
Ontário, Emily Irene VanCamp
nasceu em maio de 1986. A irmã
do meio de uma família com três
irmãs Molly, Kate e Alison, desde
novinha a loirinha demonstrava
aptidão para as artes. Assim
como a multifacetada Emily
Thorne, sua personagem no
seriado da TV americana ABC,
VanCamp fala fluentemente
francês e espanhol, além de
praticar balé, fotografia e
montaria.
A estreia de VanCamp
nas telinhas aconteceu ainda
criança. Aos 13 anos, a atriz já
esbanjava desenvoltura na série
Are You Afraidof the Dark?
exibida pelo canal Nickelodeon
de 2002 a 2006. Também atuou
como Amy Abbott na série de
dramática Everwood e participou
rapidamente da série Law &
Order: Special Victims Unit.
O ano de 2007, marca
a estreia da canadense, agora
nas telonas. Atuou no filme The
Ring Two. A namorada de Josh
Bowman ganhou o seu primeiro
papel na ABC. Escalada para
atuar em Brothers & Sisters, foi
a segunda parceria dela com o
produtor executivo Greg Berlanti,
que a dirigiu em Everwood.
Em 2010, VanCamp apareceu
em três episódios na quinta
temporada da série para encerrar
a história de sua personagem.
No longa Carriers, Emily assume
um dos papeis de protagonista,
ao lado de Chris Pine e Piper
Perabo, onde começa a ganhar
cada vez mais notoriedade.
VanCamp também participou
ativamente de produções como
de Hallmark Hall of Fame e
Beyond the Blackboard.
A estreia em Revenge
Aos 13 anos, a atriz já esbanjava desenvoltura na
série Are You Afraid of the Dark?
Abril 2014 | PIXEL TV • 31
acontece em 2011, na pele
da socialite Emily Thorne, que
busca incessantemente vingança
contra todos aqueles que
contribuíram para a condenação
injusta de seu pai David Clarke. O
sucesso da primeira temporada
foi tão grande que a série já
está na sua terceira temporada,
e com contrato renovado para a
quarto ano, para alívio e alegria
de todos os revengers. No Brasil,
a série exibida pela Rede Globo
tem alcançado altos índices de
audiência, arrematando cada
vez mais o público jovem.
Capa da revista canadense
ELLE de março, Emily VanCamp
revelou alguns detalhes da sua
vida pessoal e como tem se
tornado ícone de moda e beleza,
além de contar um pouquinho
sobre o seu relacionamento
com o ator Josh Bowsman, seu
parceiro em Revenge. “Estou no
meu momento mais confiante.
O meu namorado… É perfeito!
Ele não liga para grife e não
se importa quando estou sem
maquiagem… Ele sempre me
aceitou por tudo aquilo que eu
represento. Nós rimos muito,
pois estamos sempre na mesma
freqüência. É algo incrível”, conta
com o semblante apaixonado.
A atriz, adepta de
pilates, afirma que quando está
nos intervalos das gravações,
aproveita para comer e tirar uns
cochilos. Caseira, não dispensa a
companhia da família. “Quando
estou de férias, aproveito para
viajar, visitar a família. Adoro! É
quando consigo, finalmente, ter
tempo para mim. Sou só eu”,
conta ao risos.
Diferentemente do ar frio
e calculista de sua personagem
em Revenge, Emily VanCamp
esbanja simpatia e bom humor
por onde passa. A atriz se diverte
quando conta suas experiências
no hóquei e no momento em que
nadou com tubarões. A atriz que
completa 28 anos em maio é fã
assumida de The Walkind Dead
e The Bachelor, na qual assume
Nós rimos muito, pois estamos sempre na mesma
freqüência. É algo incrível
Imagem Divulgação
32 • PIXEL TV | Abril 2014
sua afeição por produções que
envolvam zumbis.
Eleita recentemente uma
das mulheres mais sexys do
mundo, estando em 61º lugar
pela revista Maxim, a atriz que
mede 1,73m se prepara para
colher os frutos de sua atuação
da seqüência do filme Capitão
América. Estrelado por Chris
Evans, Samuel L. Jackson e
Scarlett Johansson, Capitão
América 2 – O Soldado Invernal
tem estreia prevista no Brasil
para 11 de abril. VanCamp
teve a missão de interpretar
Sharon Carter “Agente 13”,
antigo interesse amoroso de
Steve Rogers (Capitão América)
e intitula como incrível a
oportunidade de contribuir com
a franquia. Sim, Emily, estamos
ansiosos pela produção!
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Lugares Improváveis
Dizem que ele está no ar. Prefiro pensar que ele está em qualquer lugar. O amor, seja como aconteça,
pode se esconder nas esquinas da vida
Fotografia Daniel Von Atzingen
Texto Maria Clara Lima
TELAS
Uma das esquinas mais charmosas de São Paulo abriga um misto de magia e simplicidade
Pessoas sempre apressadas não se preocupam em observar ao redor
Há 7 bilhões de pessoas na terra.
E mesmo assim a solidão ainda
assusta. Na cidade de São Paulo, o
montante de transeuntes é grande: dizem
que já é 11 milhões o montante somado.
E mesmo assim, não existe amor em SP. Se
o amor fosse uma equação matemática,
a vida seria uma eterna adição, mas a
conta não bate, diminui, subtrai. A busca
pelo amor torna-se, então, essencial
para o homem, mulher e adolescente
esperançoso, para o idoso nostálgico
ou para o adulto, que cansado de dar
desculpas, resolveu se apaixonar. Até que
um dia, você passa a prestar atenção aos
detalhes, às cores, ao sorriso, às esquinas
e seus habitantes. Numa dessas, quem
sabe você conhece alguém? Dizem que
o número de pessoas que escolhem ficar
sozinhas cresce, mas nunca confunda
amor com ausência da solidão. É preciso
amar a si, amar as pequenas coisas da
vida, para que um dia, as pequenas coisas
da vida sejam únicas, e te amem também.
Crédito do Ensaio: Daniel Von Atzingen
é fotografo freelancer, publicitário,
paulistano por opção e viajante de
coração. Ele fez um ensaio inspirado na
série How I Met Your Mother.
Abril 2014 | PIXEL TV • 37
O guarda-chuva amarelo chama atenção quando aberto, mas quase desaparece quando se fecha
A proteção de vidro exprime um sentimento comum aos que tem medo de se expor. É a tal insegurança, quem impede muita gente de encontrar alguém
Suspenso, alguém pode achar que é difícil de encontrar, e mesmo com um cenário propício, óbvio e “na cara”, o amor falha. Ou foge do nosso alcanse
Ou surge como esperança nos corações mais calejados. Como um sol fazendo reluzir até aquela nuvem mais cinza
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Até que ele aparece. Com todas aquelas cores confusas e sem sentido. Mas não se engane, por mais bonito que seja, um arco-iris só dura o suficiente para ser contemplado
IN-DICAS
Para ver: A Caça Quem acompanhou o Oscar, no início do mês, sabe que o filme
dinamarquês A Caça (The Hunt / Jagten) era um dos indicados
na categoria de Melhor Filme Estrangeiro. O longa metragem,
estrelado por Mads Mikkelsen, o Dr. Lecter da série Hannibal, não
foi premiado pela Academia, mas, em 2012, consagrou Mikkelsen,
no Festival de Cannes, como Melhor Ator. Na história, ele vive
Lucas, um professor infantil que é acusado de pedofilia pela
filha de um dos amigos mais próximos. Mesmo inocente, ele vê
a cidadezinha em que vive condená-lo brutalmente pelo crime.
O longa é dirigido por Thomas Vinterberg, um dos nomes mais
importantes do cinema escandinavo e é, também, um dos maiores
sucessos cinematográficos da Dinamarca nos últimos anos. No
Brasil, ele já está disponível em DVD e blu-ray.
Para ouvir: Lea Michele, LouderNão é de hoje que o talento musical de Lea Michele é conhecido e admirado
pela enorme base de fãs da série Glee, da Fox. No ano passado, esses mesmos
espectadores se comoveram com a dor da atriz ao perder o namorado, Corey
Monteith, de 32 anos, que também trabalhava com ela na série. Agora, Michele
lança o álbum Louder, que não só marca a estreia dela como cantora, como
ainda traz a música If You Say So, que seriam as últimas palavras de Corey para
ela. O álbum, com 11 faixas e lançado no último dia 4 de março, coincidiu com
outra boa notícia: Michele revelou a uma fã brasileira, em Los Angeles, que vem
ao Brasil em junho. O motivo da visita ainda é desconhecido...
Na Estante: Quem Sabe Um Dia, de Lauren Graham Nas sete temporadas em que a série Gilmore Girls (Tal Mãe, Tal Filha, no Brasil) ficou
no ar, Lauren Graham encantou espectadores do mundo inteiro como a moderna e
atrapalhada Lorelai, a matriarca Gilmore. Agora, a atriz americana promete inspirar
ainda mais com o livro Quem Sabe Um Dia. A obra, de 368 páginas, chegou ao Brasil
em fevereiro pela Editora Record e conta uma história bem parecida com a de Graham,
na vida real. Franny Banks é uma jovem que sonha em ser atriz famosa, mas, até lá,
precisa passar por todos os perrengues típicos de qualquer longa jornada. Apesar de
não se tratar de uma autobiografia, a atriz-escritora admite que ela e a personagem
tenham algumas coisas em comum e quer adaptar o livro para uma série de TV.
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Abril 2014 | PIXEL TV • 43
Paixão, emoção e
violência. A fórmula pouco
varia e parece sempre
dar certo. Com o cotidiano do
brasileiro como pano de fundo,
filmes como Tropa de Elite 1 e
2 e Cidade de Deus já levaram
grande público aos cinemas
nacionais e até fizeram
bonito em premiações
ao redor do planeta.
E, ao que parece,
agora é a vez dos
fãs do gênero serem
transportados para o
universo da televisão
- que, até então, era
t r ad i c i o na lm ente
dominado pela
comédia. É que, nos
últimos anos, as
séries policiais caíram
no gosto do povo
e ninguém ousa
discordar... Mãos ao alto! Mas é
para se render à nova tendência
da televisão brasileira.
Disponibilizadas tanto
na TV aberta como nos canais
fechados de televisão, as séries
policiais têm dado certo tanto
Por Ana Flávia Miranda
Polícia para quem precisa! Reflexões sobre o cotidiano e fatores psicológicos explicam o sucesso de séries policias no Brasil - e no mundo
no quesito audiência quanto em
sua repercussão. Emissoras como
a Rede Globo, Rede Record,
Band e SBT têm ou já tiveram
em sua grade de programação
alguma série do gênero. Na
Record, por exemplo, a franquia
americana de CSI, exibida desde
2001 pela emissora brasileira, foi
considerada um dos programas
de maior audiência do canal,
em 2011, e uma das mais
populares no país. Mas não são
só produções estrangeiras que
angariam os fanáticos por séries.
Desde muito tempo que o Brasil
investe em ação nos estúdios
nacionais. Quem nunca viu
ou ouviu falar de A Justiceira,
série estrelada por Malu Mader
em 1997?
Na última década,
tivemos vários outros programas
com essa temática, só para
citar alguns: A Lei e o Crime, da
Record; Na Forma da Lei e Força
Tarefa, ambas da TV Globo,
além de 9MM: São Paulo, da
Fox. Em janeiro desse ano, a
Globo estreou A Teia, uma série
policial centrada no cotidiano
Imagem Divulgação
44 • PIXEL TV | Abril 2014
do delegado Jorge Macedo
(João Miguel) e sua tentativa
de capturar o criminoso sedutor
vivido por Paulo Vilhena. O
programa, bastante antecipado
pela emissora carioca,
surpreendeu já no episódio
piloto, quando apresentou uma
produção complexa, envolvendo
desde perseguições eletrizantes
de carro e até o uso de
helicópteros.
Mas por que as séries
policiais caíram no gosto do
povo nos últimos tempos?
A explicação parece bem
mais psicológica do que uma
simples questão de gosto. Para
o coordenador de Rádio e TV
da Fundação Armando Alvares
Penteado (FAAP), Vagner
Anselmo Matrone, as séries
policiais fazem sucesso por
vários motivos. “A identificação
do público com a violência nas
ruas que influi no cotidiano de
cada um é um dos fatores do
aumento de público quando
se fala no gênero policial. Não
podemos mais evitar olhar para
a violência”, analisa. “Outro
fator é a necessidade que o
ser humano tem de saber que
existe alguém em pior situação
do que ele. Por essa razão
os programas policiais da TV
dão audiência. Nos sentimos
confortáveis em saber que
não fomos a vítima daquele
sequestro ou de um roubo
explorado pela mídia”, afirma.
Então se você já sentiu
vontade de dar um soco em
alguém ou cometer alguma
espécie de crime… Ou até
mesmo ser um herói e prender
alguns bandidos, isso pode ser
mais normal do que parece.
Segundo Matrone, outro
contexto benéfico para os
amantes dos seriados policiais
é o tal fator videogame.
“Assistindo às séries policiais,
podemos extravasar os próprios
sentimentos reprimidos pela
nossa conduta social. Através da
série policial punimos o bandido
e nos sentimos vingados das
armadilhas do nosso dia a dia,
além de extravasarmos a nossa
própria violência”, ressalta. Isso
é o que muita gente faz quando
joga videogames.
O especialista enfatiza
que, apesar do gênero vir
agradando, o espectador é
exigente com aquilo que assiste.
Por isso mesmo, o professor
se mostra confiante quanto as
produções nacionais. “O público
gosta de bons trabalhos com
boa direção, boa montagem,
bons roteiros e sobre tudo boa
atuação. Temos tudo para nos
tornarmos um grande polo
produtor de séries de todos os
gêneros”, salienta.
Já o escritor e crítico
de cinema, Matheus Ferraz,
argumenta que a perspectiva
nas produções é positiva quando
o contexto apresentado é
acertado. “Deve-se pensar que
projetos diferentes requerem
produções diferentes. Em
muitos casos, uma série ou filme
pode se beneficiar com pouco
dinheiro ou atores amadores.
Uma série policial precisa mais
de investigação do que de ação
e isso requer mais talento do que
dinheiro”, diz.
Ferraz destaca o papel
das produtoras brasileiras
na missão de conceber um
produto de qualidade e critica
os estereótipos sobre o país.
“Atualmente, o nível artístico das
séries estrangeiras - e não apenas
americanas - supera, e muito, o
do cinema pipoca. Os roteiristas
são mais comprometidos, e há
uma vontade maior de criar
tramas inteligentes, ao invés de
apenas jogar explosões e diálogos
‘espertos’.”, observa, para, logo
em seguida, fazer uma crítica.
“O maior problema da indústria
do entretenimento brasileira é
querer refletir demais a realidade
do país, seja a nível de denúncia,
seja para fazer um cartão postal
para os estrangeiros. Isso acaba
prejudicando os roteiros”, finaliza.
Será que a “polícia”
realmente pega por aqui? A
Pixel TV quer saber: o genêro
policial virou febre no Brasil?
Acesse o site da revista e
responda a enquete.
revistapixel.com.br/o-genero-policial-virou-febre-no-brasil
Abril 2014 | PIXEL TV • 45
Sarcástico, elegante,
simpático e divertido.
Assim poderia ser descrito
Mark Gatiss. Mas apenas esses
quatro adjetivos não fazem jus
ao britânico, que mostrou o
porquê de ser considerado uma
das maiores mentes da televisão
da Inglaterra - e do mundo.
Gatiss veio ao Brasil para
participar do RioContentMarket,
em março. E aproveitando a
deixa, a Livraria Cultura e a BBC
Worldwide promoveram dois
encontros de fãs com Mark, um
no Rio de Janeiro
e outro em São
Paulo. O público
e n s a n d e c i d o
dava mostras
claras - e bem
audíveis - do
sucesso que
os seriados
britânicos tem
feito por aqui. E
foi na pauliceia
desvairada que
c o n v e r s a m o s
com o roteirista,
ator e produtor.
Conexão BrasilMark Gatiss, co-criador de Sherlock, visitou o Brasil para contar suas experiências como roteirista, ator e produtor de séries
TECLA SAP
De fã de Doctor Who à
roteirista da série. Uma jornada
percorrida graças ao grande
poder criativo do britânico. Ele
começou publicando histórias
que corrigiam os problemas
de roteiro da série original, o
que que acabou acarretando
no cancelamento de Doctor
Who, lá em 1989. A estratégia
funcionou tão bem, que Gatiss
está no time de roteiristas dessa
nova fase do seriado britânico
desde a primeira temporada. A
recompensa? Receber o retorno
dos fãs no mundo inteiro.
Gatiss confessou que seu
processo criativo é baseado em
três coisas: história, imaginação e
ciência. Além de muita pesquisa,
é claro! “Não costumo conduzir
as histórias para atender aos fãs”,
disse. Mesmo assim, ele agrada
a muitos. Uma de suas marcas
registradas é abordar grandes
eventos da historia britânica em
seus roteiros. Segundo ele, essa
predileção surgiu justamente
com a serie, ainda na era clássica.
Os episódios que Gatiss mais
gostava de assistir, ainda quando
criança, acabaram por inspirar
os que ele escreve. Seu favorito?
The Crimson Horror, passado na
Era Vitoriana.
A historia e a cultura da
Inglaterra também estão muito
presentes também em Sherlock.
Segundo Mark, o fato da série
se basear na obra de Arthur
Conan Doyle, o maior escritor
britânico de todos os tempos,
torna o processo de roteirização
um pouco diferente: tem que
se preservar o legado. E sua
mente entra, assim, na jornada
de adaptar um clássico para
os tempos modernos, sendo
fiel a essência da trama e dos
personagens sem deixar de
dar seu toque pessoal para a
coisa toda.
E desse processo
intrigante nascem episódios
como A Scandal in Belgravia,
o favorito do showrunner, e
o responsável por colocar fim
em uma espera dos fãs que já
durava quase um ano e meio. E
cá entre nos, quantos roteiristas
conseguem criar um fandom tão
leal e paciente?
Imagem Divulgação
46 • PIXEL TV | Abril 2014
Dancin’ Days está de volta
para embalar, não só as
noites de sábado, mas o
coração dos mais nostálgicos e
daqueles que têm curiosidade
de ver um dos maiores sucessos
da TV nos anos de 1970, em
plena era da discoteca. A partir
de 7 de abril, o VIVA passará
a exibir a novela de segunda a
sábado, à meia-noite.
A trama de Gilberto
Braga, exibida em 1978 na TV
Globo, traz atuações memoráveis
como as de Sônia Braga, Joana
Fomm, Antônio Fagundes,
Reginaldo Faria, entre outros.
Gloria Pires e Lauro Corona,
que contracenam como o jovem
casal Marisa e Beto, também
são destaques no folhetim que
marcou época. Daniel Filho,
Gonzaga Blota, Dennis Carvalho,
Marcos Paulo e José Carlos Pieri
assinam a direção.
A rivalidade entre as
irmãs Júlia Matos (Sônia Braga)
e Yolanda Pratini (Joana Fomm)
é o grande argumento da trama.
Acusada pelo atropelamento e
morte de um guarda-noturno,
‘Dancin’ Days’ estreia em abril no VIVA
Júlia é condenada a vinte e dois
anos de prisão. A protagonista
cumpre metade da pena e, ao
conquistar liberdade condicional,
vai em busca da reconciliação
com sua filha, Marisa, criada
por Yolanda. A socialite sempre
mimou a adolescente, que
herdou o temperamento rebelde
da mãe. Com receio de perder
a sobrinha, a vilã faz tudo para
dificultar a aproximação das
duas. Mas a ex-presidiária dribla
as armações e torna-se amiga da
menina usando outra identidade.
Decidida a mudar de vida, Júlia
se casa com Ubirajara (Ary
Fontoura), um homem rico
e apaixonado por ela. Mas o
grande amor de sua vida é
Cacá (Antônio Fagundes), um
diplomata insatisfeito com a
profissão. A reviravolta na história
acontece quando a protagonista
retorna ao Brasil, depois uma
viagem à Europa, totalmente
mudada. Ela se transforma em
uma mulher elegante e moderna,
despertando a inveja de sua irmã.
E é num dos principais
cenários da novela que Júlia
reaparece e vira o centro das
atenções: a “Frenetic Dancin’
Days”. Gilberto Braga se inspirou
na discoteca do compositor,
produtor e escritor Nelson
Motta, e levou o estabelecimento
para sua trama. As roupas e
acessórios adotados por Júlia
e frequentadoras da casa de
eventos lançaram modismos,
como as meias de lurex coloridas,
que eram usadas com sandálias
de salto alto fino. O visual
consagrou a trama e era o ícone
da geração dos anos 70.
Imagem Divulgação
Abril 2014 | PIXEL TV • 47
Por Paulinha Alves
Plugue-se: A TV está sempre com você
Fundada em 1997 nos EUA, a Netflix está
disponível em mais de 40 países ao redor do mundo
e, segundo seu site oficial, conta atualmente com
mais de 44 milhões de membros. No Brasil, a
empresa chegou em 05 de setembro de 2011
trazendo um serviço de streaming de séries, filmes,
documentários, programas de TV, etc pelo preço de
R$14,99/mensal (hoje o valor é de R$16,99/mensal),
com o primeiro mês gratuito. Além do computador, o
serviço também pode ser visto em alguns videogames
(PS3, Wii U, Wii e Xbox 360), smartphones e tablets
(Android, IOS, Windows Phone e Ipad), aparelhos
de blu-ray (LG, Panasonic, Philips, Samsung e Sony),
HDTVs (LG, Panasonic, Philips, Samsung, Sharp e
Sony) e decodificadores de sinal (Apple Tv e WD
TV Live). Ele ainda traz opções para controle dos
pais sobre conteúdos vistos pelos filhos, além da
configuração da qualidade de reprodução dos vídeos
e reprodução de legendas. O catálogo impressiona
pela quantidade e, recentemente, lançamentos vem
chegando à lista de reproduções do Netflix. Um de
seus maiores diferenciais, no entanto, fica por conta
das produções criadas pela própria empresa, como as
séries “Orange is the new black”, “House of Cards”
e o documentário “The Square” - primeira produção
exclusiva do Netflix a ser indicada a um Oscar.
O Crackle nasceu no começo de 2007 na
Califórnia, e quem está por trás do serviço é a Sony
Pictures Entertainment, o que, logicamente, reduz
o catálogo do site a filmes apenas da empresa.
No entanto, seu maior diferencial em relação a
qualquer outro serviço aqui listados é que o Crackle
é totalmente de graça para qualquer pessoa, não
precisando nem de cadastro no site. Se você optar
por ele, no entanto, o site oferece alguns diferenciais
como compartilhamento dos links dos filmes em
redes sociais e organização dos vídeos que você
deseja assistir em uma lista. O site ainda oferece
filmes dublados e legendados, mas o catálogo não
é muito extenso e os filmes e séries contam com
algumas propagandas ao longo de sua exibição.
Além de funcionar como uma locadora
online de DVDs e Blu-rays, sem multas, sem prazo de
devolução e com mais de 35 mil títulos disponíveis, o
Nemovies oferece também serviço de streaming com
um catálogo de mais de 5 mil filmes - que podem ser
assistidos em várias plataformas como computador,
smart TV (LG, Samsung, Sony) tablet e smartphones
(Android e IOS). Ele foi um dos primeiros sites
brasileiros a disponibilizar esse serviço de streaming,
mas esse catálogo, no entanto, não costuma trazer
títulos muito recentes. Sua assinatura é também a
mais cara de todas: a partir de R$18,90 ao mês.
Restrito aos assinantes de todos os canais da
rede Telecine (sim, é preciso ser assinante dos seis
canais: Telecine Premium, Telecine Pipoca, Telecine
Action, Telecine Fun, Telecine Touch e Telecine Cult),
o serviço de streaming é de graça e reúne o acervo
online dos filmes que estão na programação do canal.
O catálogo tem mais de 1.500 filmes e é dividido
em gêneros, atores e diretores, lançamentos, filmes
cultuados e categorias especiais como “Vencedores
do Oscar”. O Telecine Play pode ser assistido pelo
desktop, notebook, Ipad, Iphone e Ipod Touch, além
de tablets e smartphones do sistema Android.
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Tele
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Cra
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48 • PIXEL TV | Abril 2014
Já faz um tempo que os serviços de streaming de filmes e séries vem fazendo sucesso, especialmente lá fora.
Aqui, apesar da prática nem ser assim tão recente, a impressão que se tem é que finalmente o brasileiro vem
cultivando o hábito de ver vídeos online, em serviços pagos ou gratuitos. A evolução tecnológica desse tipo de
serviço permite que você assista filmes e séries em alta definição onde quer que você esteja, basta conectar-se a
internet e você terá acesso a uma vasta programação.
A Pixel TV listou oito desses serviços que mais têm feito sucesso no país e pelo mundo a fora.
Assim como o Telecine Play, o HBO GO é
restrito apenas aos assinantes do seu canal, porém
só tem acesso aqueles com “determinados pacotes
HBO e dependendo da disponibilidade da sua
operadora. Podem existir outras restrições”, diz o
site. Ele conta com mais de 1.500 títulos do acervo da
HBO, entre filmes, séries, documentários, especiais
e programação infantil e adulta. Assim como em
outros serviços de streaming, ele disponibiliza um
sistema de “lista de interesses”, mas só pode ser
assistido através do computador, Ipad ou Iphone.
Além dos serviços aqui citados, ainda vale lembrar
do Vivo Play, que apesar de não ter nenhum vínculo
com a operadora, - podendo assim ser assinado por
qualquer pessoa - custa R$15,90 ao mês e possui
alguns filmes cobrados à parte; e o Claro Vídeo, que
também não depende de vínculo com a Claro, mas
além dos R$13,00 mensais também possui alguns
filmes cobrados à parte.
Se você é um NET, ou assinante da CTBC
que tenha ao menos um canal Globosat no plano,
vai gostar bastante do Muu. O serviço prioriza o
conteúdo nacional, e se você gosta de esportes,
programas de variedade, séries e culinária, o Muu
é um prato cheio. Ele disponibiliza programas dos
canais GNT, Multishow, Combate, SporTV, entre
outros. A maioria dos programas estão em alta
definição, mas o serviço ainda peca um pouco pela
interface, já que não permite ao usuário um controle
maior: como fazer listas do que quer ver, ou proibir
a exibição de conteúdo adulto para as crianças.
O Sundaytv é um locadora completa, loja e
serviço de streaming. O que transforma a plataforma
em um verdadeiro paraíso de comodidade. Sem sair
de casa, ou até na rua, o assinante terá um catálogo
razoável de filmes, séries, documentários e shows.
Os preços dos aluguéis estão em torno de R$ 6,90,
um preço acessível. Para quem curte a programação
adulta, o serviço tem uma área chamada Nightclub,
que permite alugar títulos para maiores de 18 anos.
O ponto fraco do Sunday TV ainda é a qualidade
do streaming, em épocas de Smart Tvs fica difícil
ter esse tipo de serviço em uma tela de mais de 30
polegadas se a qualidade não é no mínimo muito
boa. Além de travar um pouco, pode ocorrer falta
de sincronia em uma conexão de 10 Mbps, a mais
popular entre os usuários.
O Itunes talvez seja um dos mais antigos
catálogos de música, filmes e séries da intetnet. A
loja virtual da Apple vende e aluga filmes desde os
tempos que as pessoas realmente iam em locadoras,
e que ser sócio da Blockbuster era quase necessário.
O conteúdo do ITunes é bem atualizado, sendo
uma boa opção para aqueles que querem ter
acesso primeiro aos títulos que acabaram de ser
lançados. O conteúdo conta com versões em SD
(480p) e em alta definição (720p e 1 080p). Além
de computador, notebook e outros dispositivos,
o serviço roda perfeitamente em aplicativos da
Apple para iMacs, iPhones ou iPads. Os preços são
acessíveis. Uma música, por exemplo, custa cerca de
R$ 2, já a assinatura do Itunes Match (Serviço de
compartilhamento de dados) está saindo por US$
24,90 por ano (cerca de R$ 50).
HBO
GO
Muu
Sund
ay T
VItu
nes
Abril 2014 | PIXEL TV • 49
Produtos indispensáveis para quem gosta de TVA Vitrine da Pixel escolheu seis produtos que vão cair super bem na sua prateleira.
VITRINE
1 Capas estilosasLiaShop
R$ 79,90*
liashop.com.br
4 Game of Thrones (3ª Temporada)
Warner Home Video
R$ 149,00*
livrariasaraiva.com.br
2 Estilo 8 bitEvo
R$ 39,78*
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5 Quem manda em The Walking Dead?
Alliance Games
R$ 90,00*
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3 Dexter Final CutDoubleday
R$ 35,79*
livrariacultura.com.br
6 Cabe na sua mãoRunning Press
R$ 24,00*
livrariacultura.com.br
*Os preços podem variar
50 • PIXEL TV | Abril 2014
TRAÇADOS
PIXELS
“Tomando café como uma garota Gilmore”Gabi Guimarães - Curitiba/PR - Fã de Gilmore Girls
Anteriormente em...
Mande sua foto para seção Pixels!
Nome:
Local:
Legenda:
CLIQUE
Control C + Control V A atriz Lucélia Santos chamou a atenção
na web, em março, após ser ser flagrada
andando de ônibus na capital carioca. Os
vários comentários - alguns em tom de espanto,
outros apoiando a decisão da atriz em usar
o transporte público da cidade - casou uma
certa irritação em Lucélia. Afinal, não é mais
sustentável pegar um ônibus do que andar
de carro por aí? Isso não deveria causar tanta
euforia, certo? A verdade é que a foto de Lucélia
rodou a internet e fez com que mais artistas
reproduzissem a postura da atriz e passassem
a circular por aí de busão! Bom exemplo é para
ser copiado!
Gente como a gente Pegando carona na onda de bons exemplos. As celebridades gringas mostram que a moda do
transporte público já é antiga, e deveria ser encarada apenas como hábito. O Tumblr “Celebridades
no Metrô” captura a simplicidade do dia a dia dos artistas mais badalados do cinema e da TV.
Nele, é possível ver cliques super espontâneos de celebridades como Sarah Jessica Parker (Sex and the
City), Katherine McPhee (Smash) e Olivia Wilde (House), entre muitas, muitas outras. Já pensou um dia
sentar ao lado do seu ídolo? Prepare-se e tenha sempre uma câmera em mãos!
Imagem Reprodução/Instagram
Imag
em R
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du
ção
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mb
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52 • PIXEL TV | Abril 2014