revista petrobras a17 n164 - 2011-01

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ANO 17 NO 164 janeiro 2011

produoPetrobras d incio ao processo de construo de oito plataformas todas rplicas de um s projeto que vo operar no pr-sal da Bacia de Santos a partir de 2014

em srie

Tcnicos trabalham na montagem da plataforma P-50 no Estaleiro Mau-Jurong, em Niteri (RJ): encomendas da Petrobras esto revitalizando a indstria naval do pas

arquiVo pessoal

rogrio reis

ENTREVISTA

CAPA

EDUCAO

Banco de imagens petroBras

RETRANCA

Com o mesmo vigor com que encara altas ondas mundo afora, o surfista Rico de Souza assume o papel de embaixador do surfe brasileiro, organizando o mais importante campeonato do esporte no pas, com patrocnio da Petrobras.

Comea em maro, no polo naval de Rio Grande (RS), a construo dos cascos de oito plataformas que vo operar no pr-sal da Bacia de Santos a partir de 2014. Feitas com base em um s projeto, as plataformas vo produzir, juntas, 1,2 milho de barris por dia.

A Petrobras fecha parceria com ANP, universidades e escolas tcnicas para a formao de mo de obra qualificada destinada a atuar no pr-sal: o Programa Petrobras de Recursos Humanos, que concede bolsas do ensino tcnico ps-graduao.

pg. GESTO

4

pg.

1022

pg.

18geraldo Falco

Compartilhar o conhecimento o principal objetivo do Projeto Mentor, j em curso nas reas de Explorao e Produo (E&P) e Abastecimento.

pg.diVulgao transpetro

QUALIFICAOUm jogo de perguntas e respostas vem mobilizando os empregados da Transpetro em busca de atualizao profissional: o Desafio PQGN.

pg.

24ismar ingBer

CULTURATodas as regies do pas tiveram projetos aprovados pelo Programa Petrobras Cultural 2010.

pg.

2832 Fique por Dentro 36 Mquina do Tempo

E mais...

6 Petrorama 7 Mural do Leitor

8 Fora de Trabalho 26 Gente

Revista Petrobras 164 ano 17 Janeiro de 2011 Av. Repblica do Chile, 65, sala 1.202 Rio de Janeiro RJ CEP: 20035-900 E-mail: [email protected] Gerente Executivo de Comunicao Institucional Wilson Santarosa Gerente de Relacionamento Gilberto Puig Gerente de Relacionamento com o Pblico Interno Luiz Otvio Dornellas Comit Editorial Ana Lusa Feij Abreu (Financeiro), Cludia Del Souza (E & P), Ablio Mendes Soares Filho (Transpetro), Maurcio Lopes Ferreira (RH), Elizete Vazquez (Servios Compartilhados), Dbora Luiza Coutinho do Nascimento (Abastecimento), Giana Grazziotin (SMES), Marcelo Siqueira Campos (Petrobras Distribuidora), Jos Carlos Cidade (Internacional), Georgia Valverde Leo (Jurdico), Wanderley Bezerra (Gs e Energia), Carmen Vilar Prudente (Engenharia) Editor Responsvel Alexandre Medeiros (Ofcio de Letras), Mtb 16.757 Editor de Fotografia Geraldo Falco Editoras Ndia Ferreira e Patrcia Alves Editora assistente Claudia Lima Produtor Executivo Albano Auri Diagramao e Infografia Azul Publicidade Colaboradores Celia Abend, Fernanda Pedrosa, Francisco Luiz Noel, Julia Viegas, Luciana Conti e Mrcia Leoni Copidesque Bella Stal

Bruno Veiga

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| REVISTA PETROBRAS | janeiro 2011

carioca Rico de Souza, 58 anos, um dos sm bolos do surfe nacional. Campeo brasileiro por seis vezes e ganhador de diversos prmios interna cionais, especialmente na categoria longboard, transformou seu nome em marca e aproveitou o status de lenda mun dial para liderar a batalha pela revitalizao do esporte no Brasil, recebendo o ttulo de embaixador do surfe. Criador da primeira escola para o esporte no pas, Rico responsvel pela promoo do Circuito Petrobras de Long board Classic, realizado com o apoio da empresa desde 2002. A 10a edio do campeonato ser realizada nos dias 29 e 30 de abril e 1o de maio, em Salvador, e 18, 19 e 20 de novembro, no Rio de Janeiro, e ter a participao de cerca de 100 atletas.

ENTREVISTA

O

2 3 4

Como empresrio bemsucedido do surfe, acha que o Brasil d valor ao esporte? Sim. Ns, brasileiros, temos conscincia do quan to importante a formao de dolos no esporte. Gustavo Kuerten e Ayrton Senna, por exemplo, desempenharam papis importantes no passado. Hoje, a natao e o vlei tm papel destacado devido ao alto desempenho dos atletas. Acho, inclusive, que estamos preparados para realizar eventos de grande porte como a Copa do Mundo e as Olimpadas. Nossos maiores desafios so as carncias no setor de infraestrutura, em especial nas reas de transportes e de servios. A prtica do surfe est crescendo no Brasil? Acho que est indo em boas direes. Tanto a Abrasp (Associao Brasileira de Surfistas Profis sionais) quanto a CBS (Confederao Brasilei ra de Surf), que cuida do surfe amador, esto desenvolvendo bons trabalhos e aprendendo a administrar cada vez melhor o esporte. Preci samos centrar esforos para aumentar a cota de patrocnios, vital para o esporte. Quando ser a prxima edio do Petrobras Longboard Classic? A primeira etapa ocorrer em Salvador entre os dias 29 de abril e 1o de maio. J a ltima etapa ser realizada entre os dias 18 e 20 de novembro na Praia da Macumba, no Rio de Janeiro. Sero aproximadamente 100 participantes das catego rias Profissional Masculina, Profissional Femi nina e Super Legends, categoria dedicada so mente aos pioneiros do esporte no Brasil, para fortalecer e resgatar a histria do surfe brasileiro. Atletas de nvel internacional, como Phil Rajzman, Danilo Rodrigo Mullinha, Carlos Bahia, Eduar do Bag, Roger Barros, Marcelo Freitas e Andr Luiz Deka, iniciaram suas carreiras neste circui to. O ano de 2007 ficou marcado como histrico no circuito mundial de longboard, pois entre os dez melhores surfistas do mundo, seis eram atletas brasileiros, incluindo Phil Rajzman, que foi cam peo mundial e teve sua carreira iniciada na Es cola de Surf Rico (pioneira no Brasil), junto com a criao do Circuito Petrobras Longboard Classic.

Rico se prepara para entrar no tubo na praia de Lance's Left, no arquiplago de Mentawai, paraso do surfe na Indonsia, em 2005

ENTREVISTA

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Qual a importncia de patrocnios como o da Petrobras no Campeonato Brasileiro de Surf? Eles so fundamentais para o desenvolvimento do surfe no Brasil. A Petrobras hoje a maior patrocinadora do surfe brasileiro, financiando trs modalidades: Longboard, Surfe Feminino e Surfe Profissional. Esse tipo de suporte faz com que nossos atletas tenham melhores condies de treinamento e mais visibilidade na mdia.

5 6

De que forma estar associado a uma empresa como a Petrobras, que tem forte preocupao ambiental, ajuda a manter essa saudvel rela o entre o surfista e a natureza? Sem sombra de dvida, o surfe um dos espor tes que mais interagem com a natureza. A re lao do surfista com o mar direta e essencial. Costumo dizer que somos sentinelas do mar. Aprendemos a preservar a natureza cuidando da praia, que a nossa casa. Por isso, acredito que, ao investir nessa atividade, a Petrobras aju da a manter uma relao saudvel entre o es porte e a populao, com preservao ambien tal e desenvolvimento sustentvel. Alm da questo ambiental, o esporte tam bm desempenha papel fundamental na for mao dos atletas. De que ma neiras o surfe pode ser utilizado em programas de responsa bilidade social? O surfe uma tima ferramenta de incluso social. um esporte que tem uma grande rela o com o meio ambiente e que traz educao, hbitos saudveis e novas culturas, sendo um timo exemplo na formao de atletas e das pes soas em geral. E pode ser utilizado de diversas formas. As escolas de surfe, por exemplo, ajudam a fomentar a base do esporte. Em 1982, formei a primeira escola de surfe do Brasil, no Arpoador (RJ), e hoje j existem mais de 300 escolas no pas. Por meio delas, podemos educar as pessoas e formar bons atletas de comunidades carentes. So escolas que atuam no s na formao de atle tas, mas tambm na construo da cidadania.

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Alm de Phil Rajzman, algum outro atleta conhecido frequentou a Escola de Surf? O carioca Andr Luiz, o Deka, morador da co munidade do Terreiro, no Recreio dos Bandei rantes, foi iniciado no surfe por mim h 17 anos, por meio do projeto social que desenvolvo na Escola de Surf Rico. Inicialmente, meu objeti vo era trazer pra ele uma oportunidade de vida melhor atravs do esporte, mas, aos poucos, ele mostrou talento e dedicao, ganhando ttulos importantes, como o Campeonato Brasileiro de Longboard Profissional de 2010 e o Campeonato SulAmericano de Longboard Profissional de 2009. O Deka foi o maior trofu que eu j con quistei em toda a minha vida. O esporte tem o poder de transformar meros cidados em gran des campees. Quais so os planos e sonhos do surfista Rico para 2011? Um deles criar uma organizao que apoie todas as escolas de surfe no Brasil. Dessa forma, teramos a mesma metodologia em todas essas escolas e alcanaramos resultados surpreenden tes na formao de atletas de regies carentes e de novos campees. Outro sonho criar um Museu do Surfe do Rio de Janeiro, juntamente com um espao social que valorize a cultura de praia, que to forte na vida do carioca. Tenho um acervo de 150 pranchas, camisetas de todos os eventos da Petrobras, fotografias e psteres que narram a histria do surfe bra sileiro e que tem sido exibido em exposies itinerantes.

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Rico de Souza, surfista

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Fotos: arquiVo pessoal

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O embaixador do surfe brasileiroA relao do surfista com o mar direta e essencial. Costumo dizer que somos sentinelas do mar

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| REVISTA PETROBRAS | janeiro 2011

MURAL DO LEITORBATE-BOLAPETRORAMAgeraldo Falco

ESTRELAS DA CASA

Em busca de oportunidadesA engenheira de produo Lucia na Mattar acompanha um dos Feeds (Front End Engineering and Design) do projeto de construo da planta de liquefao de gs natural embarcada (GNLE). Projeto indito no mundo, a unidade flutuante operar nos blocos do polo prsal da Bacia de Santos. Origem So Fidlis, RJ. o FEL1 (Front End Loading) do pro jeto de instalao de uma unidade de processamento e liquefao para os campos de gs do Peru. No final de 2009, foi convidada pela Gerncia de Projetos e Ativos de GNL, do G&E, a participar do acompa nhamento de um dos trs Feeds para construo de uma unidade de lique fao de gs natural embarcada, des tinada a viabilizar o transporte do gs que ser produzido no prsal. Essa unidade ser instalada perto das uni dades flutuantes de produo, esto cagem e escoamento (FPSOs) de leo e gs e receber at 14 milhes de me tros cbicos de gs associado por dia. Tempo de empresa Sete anos. Onde est hoje Consultora da InterTEC/EPD/IP ce dida Diretoria de G&E, est lotada em Paris, no escritrio da Technip, empresa contratada para desenvol vimento dos Feeds relativos uni dade de liquefao. Conselho pessoal Acredite sempre que capaz e faa sempre o que correto e o que gosta ria que fizessem por voc, mesmo que, num primeiro momento, isto lhe pa rea pessoalmente desvantajoso.Luciana estuda alternativas de transporte, processamento e liquefao de gs natural

A rvore da vidaNo terreno da Estao de Bombeamento de Atibaia, em So Paulo, uma bela rvore chama a ateno na paisagem rida. O cuidado com a planta de espcie desconhecida est garantido no contrato de compra do terreno, assinado pela famlia que era proprietria antes de a estao ser construda pela Implementao de Empreendimentos de Terminais da Engenharia. A preservao uma homenagem ao floricultor japons Hiroshi Ono, falecido h cinco anos. Sua paixo pela rvore foi respeitada pela mulher e pelos filhos, que cumpriram a vontade de Hiroshi ao garantir a sobrevivncia da planta mesmo depois de se desfazerem da propriedade. O projeto original de obras foi alterado, j que a estrada de acesso passaria sobre as razes da rvore hoje protegidas por uma conteno de terra, bem ao lado da Estao.

RETRANCA

Esquadra no marNo caminho sem volta de buscar petrleo em regies cada vez mais profundas do mar, a Petrobras acaba de dar um passo de gigante para o desenvolvimento das reservas do pr-sal. De uma s tacada, na maior encomenda do gnero j feita na histria da indstria petrolfera mundial, assinou os contratos para a construo de oito navios-plataforma baseados em um mesmo projeto, que vo operar, a partir de 2014, nos blocos exploratrios BMS-09 e BMS-11, na Bacia de Santos. A construo dos oito cascos das plataformas comea em maro, no Estaleiro Rio Grande, com contedo nacional mnimo de 70%. Do polo naval do municpio gacho de Rio Grande vo partir em srie as plataformas que daro sustentao produo em larga escala do pr-sal: a primeira ser a P-66, em 2014, e a ltima, a P-73, em 2017. Cada uma vai acrescentar 150.000 barris dirios produo da companhia, totalizando 1,2 milho de barris quando a encomenda for concluda. Os detalhes dessa odisseia nos mares esto em nossa matria de capa, que comea na pgina 10.

Mentor Meus pais, que foram sempre muito dedicados, incentivadores, e me ensi naram o valor do trabalho e a impor tncia da tica. Principais projetos Formada em Engenharia de Produ o pela Universidade Federal Flumi nense (UFF), com especializao em Engenharia Econmica e Financeira, Gesto de Projetos e mestrado em Engenharia de Produo, entrou pa ra a Petrobras em 2004, como enge nheira jnior. Aps o curso de formao, foi selecio nada pela rea Internacional, em 2005, para trabalhar na recmcria da Gerncia de Suporte Tcnico rea de Desenvolvimento de Neg cios de Gs e Energia Internacional, a InterTEC/GE, sendo a primeira in tegrante da equipe. Entre os projetos de maior destaque esto o Mariscal Sucre, junto com a PDVSA, a estatal venezuelana de pe trleo, para avaliar a oportunida de de construo de uma unidade de processamento e liquefao de gs natural na Venezuela; o projeto de construo de um terminal de rega seificao no Uruguai; e o Grupo de Trabalho de anlise de oportunida des de E&P e GNL no Sudeste da sia e na Oceania. Coordenou, em 2008, pela Inter TEC/EPD/IP (antiga InterTECGE),

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Sakae Tanio Ono, viva de Hiroshi Ono

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A Revista Petrobras est em permanente processo de aperfeioamento para ser, cada vez mais, uma publicao imprescindvel fora de trabalho. Para isso contamos com a sua colaborao. Sugestes, crticas, elogios tudo ser recebido com carinho por nossa equipe. Para participar fcil: por carta, Av. Repblica do Chile, 65, sala 1.202, Rio de Janeiro RJ 20035-900; por fax, (21) 2220-8761; ou por e-mail: [email protected]

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||REVISTA PETROBRAS | janeiro 2011 REVISTA PETROBRAS | janeiro 2011

arquiVo pessoal

Meu marido gostava muito de rvore, porque para ele significava vida. Quando comprou o terreno, h mais ou menos 20 anos, ela j existia. uma planta nativa e no sabemos qual a espcie. O terreno fica a 45 minutos de onde a gente morava. A inteno dele era construir uma casa e depois morar l, mas o sonho acabou no sendo realizado. Para ele, a rvore tinha um grande sentido, fazia parte da casa. Meu marido gostava tanto que me pediu para cuidar da rvore mesmo se a gente vendesse o stio.

Fotos: Banco de imagens petroBras

FORA DE TRABALHO

FORA DE TRABALHO

compartilhadasTRANSPETRO INOVA COM UM PROGRAMA DE ESTMULO CRIAO E ADOO DE SOLUES SUGERIDAS POR SUA FORA DE TRABALHO. AS MELHORES PROPOSTAS CONCORREM A PRMIOS azer algo como no era fei to antes. Esta definio do dicionrio a melhor para a palavra Inovar nome do progra ma de incentivo participao da fora de trabalho da Transpetro na criao de solues para os problemas do dia a dia. Ideias que melhorem o ambiente de trabalho, reduzam riscos, aperfeioem processos de qualidade ou gerem economia so cadastradas pelos autores num sistema informatiza do, acessvel aos cerca de 9.000 traba lhadores da empresa. Alm de serem reconhecidas, as melhores propos tas recebem garantia de implantao e concorrem a prmios em dinheiro. Os resultados so animadores. En tre janeiro e dezembro de 2010, 290 participantes cadastraram 321 pro jetos. Inovar no necessariamenteEquipe do Creduto, de Garulhos (SP), que criou o telefrico, tendo direita o gerente Mucio: experincia premiada

IDEIAS

F

inventar. s vezes, usar uma ideia existente em outra aplicao, inovar o processo. O mais importante dis seminar a cultura da inovao na companhia atravs da nossa fora de trabalho, define Sergio Machado, presidente da Transpetro. Para ele, fundamental valorizar o conhecimen to e a habilidade de cada um, que po dem ser potencializados no trabalho em equipe. A gente quer que todas as pessoas se sintam valorizadas: o martimo, o engenheiro, o auxiliar de escritrio, a auxiliar de limpeza. Todos podem ter uma ideia boa para melhorar algum processo da companhia, completa Isaas Quaresma Masetti, gerentege ral de Desenvolvimento e Inovao Tecnolgica da Transpetro (Gedit), responsvel pela gesto do programa.iVan storti

8

As cerimnias de premiao do Inovar so transmitidas por videoconferncia

O Inovar foi criado em 2004 com o apoio da presidncia, estimulou o desenvolvimento do programa. De l para c, o programa foi aperfeioado: cadastro informatizado, clareza nos critrios de premiao e divulgao ativa foram mudanas cruciais que per mitiram atingir a meta anual de parti cipao de 2% da fora de trabalho antes mesmo do trmino de 2010. At o momento, o Programa Ino var premiou 24 ideias de 40 traba lhadores, e tambm vem estimulan do o registro de patentes. Depois de analisadas previamente por um co mit multissetorial, as ideias cadas tradas so submetidas avaliao de tcnicos da companhia para verifica o da viabilidade ou no da sua im plantao. As propostas, aprovadas pelas avaliaes tcnicas e das poten ciais reas beneficiadas, ficam dispo nveis para consulta e so candidatas aos prmios. Os profissionais recebem a premia o do presidente da empresa, Sergio Machado, numa cerimnia transmi tida por videoconferncia e com am pla divulgao. Foi o caso de Leandro Soares da Veiga, engenheiro de Auto mao da Gerncia Tcnica e Opera cional da Diretoria de Gs Natural (DGN), premiado pelo projeto do Filtro Coalescedor para Pilotos das PCVs. A inovao foi utilizar um filtro de outro equipamento para a filtragem de leo lubrificante mistu

rado ao gs. Depois de quatro meses de experincia, o resultado foi a reten o eficiente das impurezas, que pro vocavam o mau funcionamento dos pilotos das vlvulas de controle de presso (PCVs) e falhas nos pontos de entrega de gs natural. O importante no apenas o prmio, mas o reconhecimento do tra balho, afirma Leandro. A inovao dever ser adotada inicialmente em 40 pontos de entrega, com investimen to de R$ 160 mil e economia anual de R$ 400 mil, e depois poder ser esten dida aos demais 103 pontos, aumen tado a confiabilidade da malha. No Centro Nacional de Reparo de Dutos da Petrobras (Creduto), em Guarulhos (SP), o prmio foi para uma soluo criada pela equipe for mada por Francisco Ferreira dos San tos, Samuel Martins da Silva, Daniel Jos dos Santos, Thiago Soares dos Santos e Benedito Romo: o Telef rico para Transporte de Equipamen tos e Materiais. O telefrico foi criado para ser utilizado em locais de difcil acesso, como rampas inclinadas, vales e cur sos dgua, e para reas remotas, como florestas. O trabalho foi premia do por diminuir a possibilidade de

O dispositivo para instalar braadeiras foi outra ideia inovadora dos tcnicos do Creduto

acidentes e agilizar os servios, j que reduz o nmero de pessoas en volvidas. A ideia foi inscrita no pro grama pelo gerente Mucio Eduardo Amarante Costa Pinto. A equipe de pessoas com muita experincia, que j passaram por vrias dificul dades em campo, afirma, ressaltando os resultados to importantes de uma soluo simples e com grande poten cial de expanso. A ideia ser adotada inicialmente em 18 locais no Brasil. Sempre procurando atrair profis sionais, os gestores promovem o Ino var Itinerante. So visitas aos termi

nais distantes, quando explicada a definio que a palavra inovao tem para a Transpetro, e a fora de traba lho incentivada a pensar em solu es para suas dificuldades operacio nais. A anlise mensal dos resultados, discriminada por regies, direciona as aes de incentivo da companhia. Os participantes recebero reconhe cimento na sua ficha profissional. Com foco na abrangncia do Pro grama Inovar, a proposta ampliar cada vez mais a interao com a fora de trabalho, transformando a ino vao em desafio pessoal.

| REVISTA PETROBRAS | janeiro 2011

Fred Baloni

iVan storti

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| REVISTA PETROBRAS | janeiro 2011

CAPA

UM S PROJETO, UM S DESTINO:O polo gacho de Rio Grande, onde foi construda a P-53 (na foto de 2008, em fase final de montagem), hoje uma referncia para a indstria naval do pas

CAPA

produzirOITO PLATAFORMAS, CONSTRUDAS A PARTIR DA MESMA CONCEPO PARA OPERAR NO PR-SAL DA BACIA DE SANTOS, PODERO ELEVAR A CAPACIDADE DE PRODUO DA PETROBRAS EM 1,2 MILHO DE BARRIS POR DIA

| REVISTA PETROBRAS | janeiro 2011

geraldo Falco

10

11

| REVISTA PETROBRAS | janeiro 2011

primeira, em 2014, ser a P66, seguida, em quatro anos, de mais sete pratica mente iguais, at a P73 uma por semestre, agregando a cada entrega a capacidade de 150.000 barris di rios produo da Petrobras. A cons truo das primeiras oito plataformas para as operaes em larga escala no prsal da Bacia de Santos entrou em contagem regressiva, na maior enco menda simultnea do gnero na his tria mundial do petrleo. Com o incio da fabricao a partir de mar o, os novos sistemas de produo estaro todos em operao em 2017 nos campos dos blocos exploratrios BMS09 e BMS11 do prsal da Ba cia de Santos, incluindo os campos de Lula, Cernambi, Guar e Carioca, acrescentando 1,2 milho de barris

A

por dia capacidade da companhia, correspondentes a mais da metade do volume produzido hoje no pas. A arrancada para a fabricao das unidades naviosplataformas do ti po FPSO, que produzem, armazenam e transferem leo e gs foi dada em novembro passado. No dia 11, a Pe trobras e as afiliadas brasileiras da in glesa BG Group, da portuguesa Galp Energia e da espanhola Repsol assi naram com a brasileira Engevix En genharia os contratos de construo dos oito cascos, no valor de US$ 3,46 bilhes. Na sequncia desse primei ro passo, a companhia j prepara a aquisio dos mdulos e equipamen tos que faro parte dos FPSOs, tra tados como srie por serem rplicas de um s projeto, que, alm do pe trleo, tero capacidade para proces

sar seis milhes de metros cbicos de gs por dia. Nova gerao Os FPSOs formam a primeira leva da nova gerao de plataformas da Pe trobras, concebidas de acordo com cri trios tcnicooperacionais que prio rizam a simplificao de projetos e a padronizao de equipamentos. A fa bricao seriada proporcionar mais rapidez aos trabalhos de construo, gerando ganhos de escala e consequen te reduo dos custos. A empreitada dos oito FPSOs tem importncia estra tgica para o cumprimento das metas fixadas para o Polo PrSal da Bacia de Santos pelo Plano de Negcios da companhia. As plataformas, que sero ancoradas em lminas dgua de at 2.100 metros, foram projetadas espe

cificamente para processar leo mais leve que o da Bacia de Campos. A opo pelo tipo FPSO vai permi tir Petrobras iniciar no menor tempo possvel as operaes em escala comer cial nas reservas gigantes do prsal da Bacia de Santos. Na escolha, foi de terminante a flexibilidade operacional desses sistemas de produo, graas possibilidade de armazenar o petr leo, depois transferido para navios tanques, que faro o transporte at o continente. Vamos antecipar a pro duo sem ter que esperar a instalao de infraestrutura de escoamento de leo, necessitando apenas da insta lao de infraestrutura para o gs, explica o coordenador de Desenvol vimento de Projeto do E&P PrSal, Leonardo Vieira Ferreira. Outro tipo de plataforma requisita

CAPA

CAPA

Um projeto, oito plataformas em sriePeso leve do casco: Capacidade de armazenamento:geraldo Falco

46.000 71.000

toneladas toneladas

sem os mdulos

1,67

milho de barris

com os mdulos

O navio-plataforma Cidade de So Vicente, que j opera no Campo de Lula, em breve ter a companhia de novas unidades do tipo FPSO na Bacia de Santos

25 anosde vida til Altura do casco:

Capacidade diria de produo (gs e petrleo):

31,5| REVISTA PETROBRAS | janeiro 2011

150.000 bpd de leo 6 milhes de metroscbicos de gsComprimento total do casco:

metros

Largura do casco:

54

metros

Calado mximo do casco:

306

metros

(em construo naval, chama-se boca)

23,2

metros

Acomodaes:

12

110 pessoas + 50 temporrias

13

| REVISTA PETROBRAS | janeiro 2011

(em construo naval, chama-se pontal)

ria oleoduto at o continente ou uni dade de estocagem interligada. Para a padronizao dos equipa mentos, a deciso de fabricar cascos novos projetados especialmente para a plataforma foi indispensvel, como alternativa converso de petroleiros, feita pela Petrobras na fabricao de outros FPSOs. A construo seriada de oito unidades viabilizou a utiliza o de cascos novos, pois a repeti o do projeto que vai gerar o grande ganho de escala, destaca o gerente geral de Instalaes e Processos de Pro duo do E&P, Ibsen Flores Lima. Para garantir a repetibilidade, a con verso exigiria que a Petrobras vascu lhasse o mercado mundial atrs de oito

cascos com o mesmo arranjo estrutu ral para encaixar em todos eles os mdulos da plataforma, que tam bm tero fabricao em srie. Outra vantagem da produo se riada so os ganhos na manuteno. Com diversas plataformas usando equipamentos iguais, vamos reduzir custos com sobressalentes, armaze namento de peas e treinamento de pessoas, adianta Ibsen. A empreita da das oito replicantes , por isso, um exemplo que a Petrobras pretende se guir em sua estratgia para as opera es no prsal. Sempre que houver demanda para vrias unidades e as caractersticas dos reservatrios per mitirem, poder ser considerada a

com diversas plataformas usando equipamentos iguais, vamos reduzir custos com sobressalentes, armazenamento de peas e treinamento de pessoas.ibsen Flores lima, gerente-geral de instalaes e processos de produo do e&p

CAPA

construo seriada, que traz ganhos para a Petrobras, para as empresas contratadas e os trabalhadores, afir ma o gerentegeral de Instalaes e Pro cessos de Produo. Fbrica de plataformas Com costado duplo, por medida de segurana ambiental, e contedo nacional previsto de no mnimo 70%, os oito cascos sero construdos no Estaleiro Rio Grande (ERG), no polo naval desse municpio gacho. Os car regamentos de ao aportam no local desde o incio de fevereiro para que as obras comecem em maro, a fim de que os dois primeiros cascos sejam entregues em 2013. Seis FPSOs sero ancorados nos campos de Lula e Cer nambi, no bloco BMS11 da Bacia de Santos, operado pela Petrobras, que participa com 65% no consrcio for

mado com BG (25%) e Galp (10%). As outras duas unidades vo produzir em Guar e Carioca, no bloco BMS9, onde a companhia tambm opera dora, com 45% na parceria com a BG (30%) e a Repsol (25%). Na maior encomenda de platafor mas da histria, o desafio lanado pela Petrobras acompanhado com aten o por outras grandes empresas do mercado global de leo e gs, a co mear pelas parceiras nos consrcios. Tendo como conceito bsico a repe tibilidade dos processos e equipamen tos, a Engenharia projetou um com plexo sistema de linha de montagem que envolver oito empresas contra tadas, sob o comando da recmcriada Gerncia de Implementao de Em preendimentos de Plataformas para o PrSal (Iepsa). A empreitada permiti r a construo seriada dos FPSOs

e render os esperados dividendos em escala, produtividade e tempo, este um quesito vital para a largada da pro duo comercial nas novas reservas. O fato de o nmero previsto de contratadas ser o mesmo de platafor mas no significa que cada empresa vai construir um FPSO, explica o ge rente da Iepsa, Mrcio Ferreira Alen car. A estratgia que cada empresa ir repetir o seu trabalho oito vezes, destaca, ilustrando com a construo de todos os cascos, que ocorrer ex clusivamente no ERG. Das outras fu turas contratadas, quatro fornecero os mdulos das plataformas e trs, includa uma das moduleiras, faro a montagem dos sistemas modulares nos cascos e a integrao entre eles, alm do quinto conjunto de mdulos. No caso dos moduleiros, a cada fabri cante caber construir oito conjuntos

CAPA

Os oito cascos das novas plataformas sero construdos no Estaleiro Rio Grande

geraldo Falco

o domnio sobre a converso de petroleiros permitiu a construo da p-50, que, em 2006, virou smbolo da conquista da autossuficincia brasileira em petrleo

Tecnologia em evoluo permanentecom os Fpsos do pr-sal, a petrobras atinge novo patamar na evoluo de suas plataformas. o incio da produo na Bacia de campos, em 1977, deu partida a essa escalada, com sucessivos ganhos em eficincia, custo e tempo de fabricao. o acervo tecnolgico que d reconhecimento internacional companhia pelas operaes em guas ultraprofundas foi construdo em pouco mais de quatro dcadas. em 1968, foi preciso importar uma plataforma fixa, tipo jaqueta, para ativar o primeiro campo offshore do pas, guaricema, em sergipe, a apenas 15 metros de profundidade dgua. simples, leves e fixas, outras pequenas plataformas compradas fora, no mar do norte, ampliaram a incipiente produo no mar. medida que as operaes avanavam para profundidades maiores, os modelos fixos deram lugar aos semissubmersveis e aos Fpsos. cada vez mais complexas e pesadas, as unidades foram subindo de preo e passaram a demandar mais tempo de fabricao, a ponto de se tornarem antieconmicas para certos campos, pois o retorno comercial no compensava os custos. o marco do incio da fabricao das grandes semissubmersveis da petrobras foi a p-18, que produz 100.000 barris dirios desde 1993 no campo de marlim, na Bacia de campos. construda em cingapura, seu projeto foi adquirido da empresa sueca gVa e adaptado pelo centro de pesquisas e desenvolvimento leopoldo amrico miguez de mello (cenpes). a aquisio incluiu a transferncia de tecnologia, vital para a companhia acumular conhecimento sobre a fabricao de potentes e modernos sistemas de produo martima. outro divisor de guas foi, para os campos de Barracuda e caratinga, a fabricao da p-43 e da p-48. Fpsos idnticos, com capacidade diria de 150.000 barris, foram entregues em 2003 e 2004, para que a petrobras chegasse marca de um milho de barris por dia. na p-48, pela primeira vez foi convertido um casco no pas, abrindo nova fronteira para a indstria naval nacional. o domnio da converso de petroleiros permitiu a construo da p-50, que, em 2006, virou smbolo da conquista da autossuficincia brasileira em petrleo. em todo esse processo de construo de plataformas, pudemos aprender, sofisticamos um pouco e agora entramos num caminho de retorno simplificao, buscando uma disciplina de controle de alteraes de um projeto para outro, salienta, na engenharia, o gerente da iepsa, mrcio Ferreira alencar.

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andr Valentim

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Mar de inovaes na UO-Riomuitas das inovaes tecnolgicas adotadas no projeto das primeiras plataformas para o pr-sal foram testadas e aprovadas pela unidade de operaes de e&p do rio de Janeiro (uo-rio), nos ltimos 10 anos, na Bacia de campos. especializada na produo em guas ultraprofundas, a unidade responde por mais de um milho de barris dirios metade da oferta nacional da petrobras , produzidos nos grandes campos de roncador, albacora leste, marlim leste e sul, Frade, Barracuda e caratinga, situados entre 95 e 128 quilmetros da costa dos municpios fluminenses de maca e campos dos goytacazes. Eficincia operacional a uo-rio, criada em novembro de 2000, responde por 15 plataformas 12 de produo e trs de armazenamento e escoamento , ancoradas em lminas d'gua que variam de 800 metros, em Barracuda, a 1.800 metros, em roncador. cinco grandes sistemas de produo so destaque, cada um com capacidade para produzir 180.000 barris por dia p-50, em albacora leste, p-51, em marlim sul, p-52 e p-54, em roncador, e p-53, em marlim leste. mais trs esto a caminho p-56 (100.000 barris dirios), com operao prevista para este ano em marlim sul, p-55 e p-62 (180.000 barris cada), para 2012 e 2013, em roncador. a exemplo das oito plataformas encomendadas para o pr-sal, os novos sistemas de produo da uo-rio atendem aos critrios de simplificao e padronizao adotados pela petrobras desde meados da dcada passada. a p-56, semissubmersvel, tem o mesmo projeto da p-51 e, por isso, tempo de fabricao 25% menor. na p-55, do mesmo tipo, as medidas de simplificao resultaram na diminuio de 4.000 toneladas de ao, 360 equipamentos e 2.000 vlvulas. economia semelhante respectivamente, 3.700 toneladas mais leve, 200 equipamentos e 3.700 vlvulas a menos foi adotada na p-62, do tipo Fpso. na poca da criao da uo-rio, nenhuma de suas plataformas existia. as primeiras foram p-38, p-40, p-43 e p-48, construdas enquanto a unidade estudava o desenvolvimento de seus campos, que cobrem 2.744 quilmetros quadrados. uma a uma, a entrada das plataformas em operao alimentou uma escalada de conquistas em guas ultraprofundas. a uo-rio nasceu com o desafio de inovar para produzir, em perodo curto, um milho de barris dirios de petrleo. o patamar foi atingido em maio de 2009, com altos ndices de eficincia operacional.CAPA CAPA

FPSO FRADE

P-52 P-62 (2013) FPSO BRASIL

FPSO CIDADE DE MACA P-54 Campos dos Goytacazes P-55 (2012)

RONCADOR

P-50 Lagoa Feia PRA-1 So Tom

ALBACORA LESTEQuissam Carapebus

Estao de Cabinas

MARLIM LESTEP-53

Maca

BARRACUDAP-43 P-38 FPSO CIDAD E DE NITERI FPSO MLS P-48 P-40 P-56 (2011)

CARATINGA

uo-rio

Bacia de Camposidnticos, aprimorando cada vez mais seu processo de produo. Queremos fazer uma fbrica de FPSOs, que vai entregar plataformas de seis em seis meses, sintetiza Mr cio Ferreira Alencar. A misso da Iepsa uma das maiores j encaradas pela Engenharia. Da contratao da enco menda dos FPSOs entrega nos pra zos, passando pelo planejamento e controle do trabalho das contrata das, a Iepsa adotou trs princpios bsicos da indstria moderna: gesto integrada, viso de fbrica e foco no produto final. No s fazer a mes ma coisa oito vezes, mas repetir cada vez melhor, destaca o gerente. Alm dos desafios tcnicos da construo das plataformas, duas caractersticas do modelo seriado de fabricao exi gem ateno especial da Iepsa: a in terface simultnea com vrias con tratadas, a que se junta a ateno aos parceiros BG, Galp e Repsol, e a disperso geogrfica do processo de construo dos FPSOs. Do estaleiro em Rio Grande, cada casco ser des pachado para outro local da costa bra sileira, onde sero feitas a montagem e a integrao dos mdulos, que tam bm chegaro de outros lugares, re metidos por seus fabricantes. Impacto na economia A fabricao dos cascos vai abrir 5.000 postos de trabalho no ERG e garantir outros 15.000 empregos de forma indireta. Na fase de montagem e integrao dos mdulos das plata formas, mais 4.500 mil trabalhado

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MARLIM SUL

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res sero empregados pelas contra tadas e 11.000 vagas sero abertas indiretamente. Para o mercado de trabalho em setores como metalur gia, fabricao de equipamentos, for necimento de materiais e prestao de servios de apoio, a fbrica de FP SOs tem a vantagem de assegurar a manuteno da mo de obra contra tada. Quando os trabalhadores de uma especialidade estiverem acaban do o trabalho em um casco, j ser ho ra de comear outro. Vamos conseguir manter a mobilizao de todas as ca tegorias e funes durante anos, ob serva Mrcio Ferreira Alencar. Nos estudos para a aquisio dos equipamentos das plataformas, como guindastes, turbogeradores, compres sores, permutadores de calor, sistema

de tocha e remoo de gs carbnico, a Petrobras incentiva ao mximo a in dstria instalada no Brasil. O tama nho da encomenda nos d poder de barganha para forar o contedo na cional, salienta o gerente da Iepsa, acrescentando que o custo total dos oito FPSOs supera US$ 10 bilhes. Fornecedores internacionais dos gran des equipamentos comeam a bus car e a certificar subfornecedores bra sileiros. Fabricantes estrangeiros de porte vm adquirindo reas no pas e se associando a empresas brasi leiras para disputar os contratos de construo dos mdulos, montagem e integrao. O propsito da Petrobras susten tar um resultado de nacionalizao que v alm da entrega das oito pri

meiras plataformas do prsal. Que remos estimular uma nacionalizao crescente, mas realista, com preos competitivos no mercado interna cional, para que sobreviva nossa en comenda e seja perenizada, afirma Mrcio Ferreira Alencar. A base ins talada dessa indstria, ele prev, po der, depois, produzir para petro leiras de outros pases, alm de forne cer para outros projetos da Petrobras. Os fornecedores estrangeiros de pe as e componentes tambm vm se movi mentando em busca de parceiros no Bra sil, como forma de garantir o fluxo de suprimento fbrica de FPSOs.

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rogrio reis

EDUCAO

NA ERA DO PR-SAL, A PETROBRAS ESTABELECE PARCERIA COM A ANP, UNIVERSIDADES E ESCOLAS TCNICAS A FIM DE ESTIMULAR A FORMAO DE PROFISSIONAIS PARA A INDSTRIA DE PETRLEO E GS

A preparao de novos profissionais fundamental para a superao dos desafios no desenvolvimento das reservas do pr-sal

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mercado brasileiro de ener gia passa por uma verdadeira revoluo, impulsionada pela descoberta da camada prsal. Esse crescimento, cada vez mais acelerado, exige tambm maior oferta de mo de obra especializada. Por outro lado, h uma grande quantidade de jovens em busca de emprego e dispostos a aprender. Com foco nesse cenrio, a rea de Recursos Humanos da Petro bras lanou em 2010, em parceria com a Agncia Nacional do Petrleo, Gs Natural e Biocombustveis (ANP), o Programa Petrobras de Formao de Recursos Humanos.

O

um projeto importantssimo para a cadeia de valor do segmento onde a companhia atua, bem como para as instituies de ensino que con templam cursos relevantes para a in dstria de energia, diz o gerente exe cutivo de Recursos Humanos, Diego Hernandes. O Brasil cresce a taxas elevadas, e os investimentos da Petro bras previstos em seu Plano de Neg cios, com a exigncia de contedo na cional mnimo, impulsionam a econo mia brasileira e a gerao de emprego e renda. O Programa Petrobras de Formao de Recursos Humanos se junta ao esforo do pas para forma

o de mo de obra qualificada a fim de sustentar o ritmo do crescimento da indstria nacional. O programa possibilita a capaci tao de estudantes na rea de petr leo, gs e biocombustveis em todo o territrio nacional por meio de bol sasauxlio. So contemplados desde estudantes do ensino tcnico de nvel mdio at doutorandos. O programa tambm proporciona s instituies parceiras a aquisio de equipamentos e programas de computador, assina tura de peridicos, melhorias na in fraestrutura e participao em even tos cientficos e acadmicos.

Em janeiro de 2010, foram assi nados convnios com duas institui es de ensino tcnico de nvel mdio o Instituto Federal Fluminense (IFF) e o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) e uma de nvel su perior a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Em outu bro, outros 30 convnios foram fir mados com 18 universidades e trs escolas tcnicas. Somados todos os contratos assinados at agora, sero repassados, no perodo de 2010 a 2016, cerca de R$ 77 milhes. Segundo Maria Oliveira, gerente de Desenvolvimento de Recursos Hu

manos da Universidade Petrobras, a previso conceder bolsas de estu do a 841 alunos do ensino superior e a 6.184 do nvel tcnico. J fo ram disponibilizadas 1.605 bolsas e 5.277 novas bolsas j esto previstas para serem concedidas at 2016, relata a gerente. Estimamos que grande parte dos contemplados v atuar no setor de petrleo e gs ou desenvolver uma carreira acadmica voltada para reas de conhecimento importantes para a Petrobras, explica o coordenador do programa, Rodrigo Horta. A Pe trobras obter o seu retorno na me

dida em que houver disponibilidade de profissionais qualificados para aten der a cadeia produtiva do setor. Os princpios para a escolha dos alunos contemplados so de inteira responsabilidade das entidades conve niadas. Muitas delas utilizam critrios socioeconmicos. As instituies de ensino devem obedecer ao Plano de Trabalho que faz parte do convnio a ser seguido. E o pagamento mensal dos benefcios depende de autorizao expressa da Petrobras e da ANP, bem como a compra de mquinas, equipa mentos e melhorias em infraestrutura. Alm disso, a cada seis meses as insti

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Fotos: Banco de imagens petroBras

EDUCAO RETRANCA

EDUCAO

Ferramenta contra a evaso escolaro auxlio financeiro proporcionado pelas bolsas de estudo tem como objetivo reduzir a taxa de evaso escolar, estimular as carreiras tcnicas e de engenharia e permitir que estudantes tenham sua ateno voltada para uma das cadeias produtivas com maior potencial de gerao de emprego no pas. este um dos pontos mais importantes do programa petrobras de Formao de recursos Humanos. Vamos conseguir alcanar escolas e universidades em regies carentes do Brasil, onde a maioria dos estudantes tem dificuldades financeiras para concluir seus cursos, salienta diego Hernandes. o perodo de concesso das bolsas varia conforme o nvel escolar, e os bolsistas no podem ter vnculos empregatcios nem estar receben do qualquer outro tipo de bolsa. no doutorado, por exemplo, pode chegar a 36 meses. o programa tambm traz grandes benefcios para as instituies de ensino. os investimentos em infraestrutura viabilizam que as escolas e universidades tenham os recursos fsicos necessrios. estes recursos so vitais para o aumento da qualidade da formao profissional, destaca o gerente executivo.

Na onda da inovaopara o professor e coordenador do programa de recursos Humanos para o setor de petrleo, gs natural e Biocombustveis na universidade tecnolgica Federal do paran (utFpr), Flvio neves Junior, a iniciativa da petrobras tem uma importncia estratgica. cria-se um ambiente social e de apoio na universidade, onde as energias esto voltadas para o setor no qual a empresa atua, explica. para o professor, esse esforo da petrobras favorece o conhecimento mais aprofundado da companhia, que dissemina na comunidade o interesse pelo setor. em muitos casos, as universidades j tm grande interao com a empresa por causa de projetos de pesquisa e desenvolvimento. o envolvimento dos bolsistas nesses projetos permite uma formao consistente e continuada, integrada com a pesquisa e o desenvolvimento cada vez mais slido. e conclui: surge um ciclo virtuoso de formao, pesquisa e desenvolvimento, com forte vnculo empresarial e com temas atuais e estratgicos. este ciclo permite que o meio universitrio participe dessa onda de inovao.

Furg

Fotos: unesp

Nesses pou-

EDUCAO

cos meses como bolsista do programa, a principal mudana que percebi no meu trabalho foi a garantia de viabilizao do projeto que estou desenvolvendo. Agora posso ter certeza de que terei recursos para desenvolver plenamente minha proposta de pesquisa. Tambm vale destacar o prestgio de estar vinculado Petrobras, uma vez que reconheo que carrego o nome desta empresa em meu trabalho. Flvio Henrique Rodrigues, engenheiro ambiental, mestrando em Geocincias e Meio Ambiente na Universidade Estadual

Alunos do programa participaram de um encontro promovido pela ANP em 2010

tuies devero prestar contas dos re cursos utilizados. Um desafio citado por Rodrigo Horta o fato de as instituies se rem obrigadas a se ajustar ao pa dro de exigncia e de transparncia da Petrobras. Somos muito rigorosos com a prestao de contas e as aprovaes na utilizao dos recursos, afirma. Participao Especial Os recursos para o programa de senvolvido pelo RH por meio da Uni versidade Petrobras tm origem na Participao Especial, como obriga o contratual da clusula Investi mento em Pesquisa e Desenvolvimen to (P&D) existente nos contratos de concesso estabelecidos entre a ANP e os concessionrios (Resoluo ANP no 33/55). A clusula determina que as empresas que tm um contrato de concesso invistam em P&D at 1% da receita bruta da produo dos cam pos onde devida a Participao Es pecial. Pelo menos metade desse valor deve ser referente a despesas reali zadas em projetos ou programas em universidades e institutos de pesqui sa e desenvolvimento previamente credenciados pela ANP.

O programa tem ligao direta com outras duas iniciativas da rea de Servios da companhia que utilizam recursos da Participao Especial: as chamadas Redes Temticas, sob res ponsabilidade do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Amri co Miguez de Mello (Cenpes), e o Pro grama de Mobilizao da Indstria Nacional de Petrleo e Gs Natural (Prominp), ao do governo federal iniciada em 2003, sob responsabilida de da Engenharia. Modelo de relacionamento Maria Oliveira explica como o processo de estruturao dos conv nios: H uma equipe multidisciplinar responsvel por executar desde a ne gociao inicial com as entidades, para a elaborao de um plano de trabalho, at a anlise da prestao de contas do uso dos recursos. feito contato di reto com a cpula acadmicoadmi nistrativa da instituio de ensino, com a qual so discutidas as necessi dades das reas de Negcio e traados os Planos de Trabalho. Estes definem as quantidades e os tipos de bolsas de estudo que sero destinadas institui o, alm de prever como sero utili zados os recursos.

O modelo de relacionamento do Programa Petrobras de Formao de Recursos Humanos foi concebido pre vendo a atuao de agentes internos e externos companhia. As reas de Negcio definem os temas de interesse da empresa. Ao RH cabe a gesto do programa e a busca pelas melhores instituies do pas que tenham cursos sobre esses temas. O Cenpes fica res ponsvel pela administrao da rubri ca de investimentos em pesquisa e de

senvolvimento. Os institutos federais de educao e as universidades so os executores do programa. As insti tuies de cincia e tecnologia par ceiras da Petrobras, a cadeia de for necedores da companhia e o setor de petrleo, gs, energia e biocombus tveis so os receptores dos trabalha dores formados e qualificados.Veja mais http://www.unesp.brFurg

Paulista (Unesp) Minha experin-

cia est sendo excelente. Como pretendo seguir a carreira no setor de petrleo e gs, ser bolsista do programa de enorme relevncia para meu currculo. muito importante a viabilizao dessas bolsas por parte da Petrobras, j que serve como incentivo para os alunos e para as universidades, dando condies para a formao de mo de obra de qualidade. Felipe Ferreira Gorla, aluno do curso de graduao em Geologia do Petrleo da Unesp uma oportuni-

dade para poucos, e por isso me orgulho e me dedico para desenvolver um bom projeto na rea em Trabalhar em um projeto na rea do petrleo uma experincia desafiadora por ser um assunto pouco estudado nas matrias de graduao. Letcia Cornachini Bronzoni, aluna do curso de graduao em Geologia do Petrleo da Unesp| REVISTA PETROBRAS | janeiro 2011

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que tenho interesse.

Valores das bolsas nvel tcnico graduao mestrado doutorado i doutorado ii coordenao pesquisador visitante

r$ 350,00 r$ 450,00 r$ 1.248,60 r$ 1.840,50 r$ 2.278,20 r$ 1.254,00 at r$ 5.200,00

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Bolsistas reunidos no IV Congresso Brasileiro de Oceanografia

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INTEGRAO ENTREPROJETO MENTOR PROMOVE A TROCA DE ExPERINCIAS ENTRE EMPREGADOS NA COMPANHIA, VISANDO AO COMPARTILHAMENTO DO CONHECIMENTO O COMPARTILHAMENTO DO CONHECIMENTO

as geraesuma poca em que as pes soas so multifuncionais e diferentes geraes convi vem no ambiente de trabalho, com partilhar experincias, valores, cultu ra e, principalmente, conhecimento tornase um desafio para todas as reas da Petrobras. E foi com o ob jetivo de acelerar o compartilha mento do conhecimento Petrobras, ou seja, competncias tcnicas, cul tura, valores, experincias e rede de relacionamento entre as geraes Petrobras que a rea de Recursos Humanos (RH) iniciou, no final de

com as atividades desempenhadas, o grau de experincia e a maturidade profissional necessria para o proces so de mentoria. A rea de Recursos Humanos acompanhar o andamento do proje to, fazendo os ajustes necessrios em conjunto com as reas para garantir o alinhamento aos objetivos estratgicos de RH: promover o conhecimento necessrio s estratgias da empresa e ter empregados identificados com os valores Petrobras. O comparti lhamento do conhecimento permite uma troca riqussima, mesclando as ideias e questionamentos dos que es to chegando com a experincia de quem trouxe a Petrobras para o pata mar em que estamos. A integrao deve ocorrer em toda a companhia, mas o foco do projeto para as reas com conhecimentos crticos, afirma o gerente de Recursos Gerenciais, Re ginaldo Lutaif, que definir o alinha mento corporativo em conjunto com os RHs de cada rea. Reginaldo comenta os primeiros eventos de capacitao dos mento res. Eles demonstraram comprome timento com a iniciativa. Vamos agora repassar as lies aprendidas para as prximas turmas e acompanhar o processo de mentoria, ressalta, acres centando que o RH Corporativo j es trutura outras aes visando Ges to do Conhecimento.

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setembro passado, a implantao do Projeto Mentor, que, alm de contri buir para a reteno do conhecimento, oferece a oportunidade de desenvol vimento pessoal e profissional. A iniciativa essencial e priori tria porque, durante um perodo de dez anos, foram realizadas ape nas admisses pontuais na compa nhia. Com isso, formouse um vale no perfil dos empregados em relao distribuio por tempo de compa nhia e que praticamente os separa em dois grupos: cerca de 50% com at dez anos e 47% com mais de 20 anos

de servio. O projeto consiste no com partilhamento do conhecimento de forma estruturada entre os emprega dos mais experientes, referncias em suas reas de atuao, denominados mentores, e os profissionais que tra balham na companhia h menos tem po, os mentorados. At o momento foram identifica dos 48 mentores das reas de Explora o e Produo (E&P) e Abastecimen to, com a formao de duas turmas de capacitao, tornandoos aptos a ini ciar o processo de mentoria. Mentor e mentorado so indicados de acordo

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mauricio Hoansan tan, engenheiro de processamento da gerncia de otimizao de processos da refinaria de capuava (recap)

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grande a satisfao de podermos participar desse projeto mentor. bom saber que o nosso trabalho e a experincia profissional so reconhecidos e sero aproveitados para a formao das futuras geraes dentro do sistema petrobras.

H 26 anos na Petrobras, o enge nheiro de petrleo Hlio Chagas Lei to, 49 anos, da UORNCE, come mora a oportunidade de fazer um planejamento de longo prazo e com a garantia de mais tempo para ser dedi cado transferncia do conhecimento. muito importante o comprometi mento gerencial que est sendo dado ao projeto, pois s assim a realizao poder ocorrer conforme o planejado. Outra vantagem a discusso adicio nal que haver sobre misso, valores e redes de relacionamento, comenta. Ele pretende transmitir a experincia que adquiriu na execuo de inmeros Estudos de Reservatrios com Simula o Numrica, sobretudo dicas e su gestes para contornar a etapa mais demorada do processo, que o ajuste de histrico. Outro que celebra o projeto o engenheiro de petrleo Luis Amri co Silva de Lima, 36 anos, tambm da UORNCE. O projeto represen ta uma ferramenta vital para a con tinuidade da excelncia tcnica que a Petrobras apresenta no cenrio mundial, enfatiza. Lima diz que pe riodicamente j procurava os profis sionais mais experientes em busca de uma opinio tcnica sobre as ativi dades que desempenha. Para ele, o mais valioso conhecer quem so os melhores na sua rea de atuao. Quando tenho dvida, recebo um norte para encontrar a soluo. As dicas contribuem para dar mais ve locidade e qualidade s atividades do meu dia a dia, conclui. Na rea de Abastecimento, o pro jeto tambm vem sendo muito bem recebido. grande a satisfao de podermos participar desse Projeto Mentor. bom saber que o nosso tra balho e a experincia profissional so reconhecidos e sero aproveitados para a formao das futuras geraes dentro do Sistema Petrobras, diz Mau ricio Hoansan Tan, engenheiro de processamento da Gerncia de Oti mizao de Processos da Refinaria de Capuava (Recap).

GESTO RETRANCA

RETRANCA GESTOtHelma Vidales

UM PRMIODESAFIO PQGN MOBILIzA EQUIPES DA TRANSPETRO EM TODO O PAS NUM JOGO DE PERGUNTAS E RESPOSTAS QUE TEM O OBJETIVO DE AFERIR O CONHECIMENTO DOS EMPREGADOS

qualidadeIntegrantes da equipe vencedora, da Malha Nordeste Meridional, posam com o trofu

por meio da tecnologia, pessoas de diferentes localidades podem exercitar, em conjunto, o conhecimento adquirido. uma brincadeira interessante, til e ligada qualificao na rea de gs natural.| REVISTA PETROBRAS | janeiro 2011

ma forma divertida de aferir o conhecimento e de estimu lar os empregados prprios da Transpetro a se dedicarem aos cursos do Programa de Qualificao Profis sional em Transporte de Gs Natural (PQGN). Assim pode ser definido o Desafio PQGN, um jogo de pergun tas com respostas de mltipla esco lha, disputado via videoconferncia por equipes representantes das malhas de todo o Brasil Nordeste Seten

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trional (NES), Norte (NO), Nordeste Meridional (NEM), Esprito Santo (ES) e SudesteSul (SES). Respons vel pela equipe vencedora, Francisco Lemos, gerente da Malha NEM, re vela o segredo da conquista do tro fu PQGN, com 87% da pontuao: A estratgia foi o estudo. Os empre gados se prepararam, se dedicaram e se esforaram. O Desafio PQGN foi idealizado por Marcelo Renn, diretor de Gs

Com 87% de acerto na pontuao geral, equipe da Malha NEM festeja o 1o lugar

marcelo renn, diretor de gs natural da transpetro

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Francisco Lemos, da Malha Nordeste Meridional ( esquerda), recebe o trofu PQGN de Marcelo RennFotos: diVulgao transpetro

Natural da Transpetro, e operacio nalizado pela engenheira Lu ciane Gonalves Thomaz. De acordo com Rosangela Mo raes Cezar, coordenadora do PQGN, o jogo tem duas etapas, cada uma delas com trs perguntas com respostas de mltipla escolha, elabora das pelos instrutores do pro grama. As perguntas sobre os temas tratados no treinamento so feitas por meio de video

conferncia. Cada malha escolhe dois representantes para responder s questes, mas outros colegas que fi zeram treinamento tambm podem participar, torcendo e contribuindo com informaes. As respostas so dadas por meio do Sametime, ferra menta de comunicao instantnea do Sistema Petrobras. Presente durante toda a ativida de, Marcelo Renn destaca a mobi lidade do formato escolhido para a realizao do jogo: Por meio da tec

nologia, pessoas de diferentes locali dades podem exercitar, em conjunto, o conhecimento adquirido. uma brincadeira interessante, til e ligada qualificao na rea de Gs Natural. Com alegria, vamos garantir a quali dade do nosso trabalho. O gerente da malha vencedora ressalta a constante preocupao da Petrobras e da Transpetro com o trei namento dos empregados: No h nada pior do que ocorrer um aciden te, com perdas materiais e pessoais, e depois se descobrir que a causa foi o despreparo do pessoal. O Programa de Qualificao Profissional em Trans porte de Gs Natural foi iniciado em 2010, com o objetivo de capacitar e qualificar a mo de obra para a rea, que vem crescendo muito, e garantir a confiabilidade mxima dos proces sos e instalaes, utilizando tecno logia de forma apropriada para dis seminar e massificar o conhecimento em grande escala e curto espao de tempo. Cerca de 65% da fora de trabalho de nossa equipe formada por novos empregados, que entraram na companhia a partir de 2007, in forma a coordenadora do programa. Todos os instrutores do PQGN so empregados da Transpetro e da Petrobras com experincia operacio nal. O mais valioso foi que o PQGN trouxe as aulas tericas para o local de trabalho, com a Internet, e as aulas prticas para o nosso prprio campo operacional, elogia Francisco Lemos. Para Vicente Campitelli, gerente de Logstica de Gs Natural da Trans petro, o esforo para a qualificao da fora de trabalho tem trazido bons resultados. O objetivo do primeiro mdulo do PQGN nivelar e apro fundar os conhecimentos tcnicos nas atividades de gs natural, incluindo a manuteno, a integridade e a se gurana. A meta original, que era a formao de 240 empregados no ni velamento at agosto de 2010, foi su perada, e 301 pessoas concluram todas as 23 disciplinas do primeiro mdulo, comemora.

QUALIFICAO

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QUALIFICAO

GENTE

Bruno Cabral Goes, tcnico de manuteno da P-12, mostrou ter uma vontade de ferro ao se preparar para as provas do Ironman em 2009. Ele venceu vrios obstculos, como uma bursite e escoriaes escoriaes e luxaes decorrentes de um grave acidente de bicicleta, para estar entre os 1.649 competidores da prova realizada em maio, em Florianpolis, na qual os atletas tinham que cumprir um circuito de 3,8 quilmetros de natao, 180 de ciclismo e 42 de corrida. A preparao comeou em 2004, quando Bruno leu uma matria sobre a competio mundial de triatlon, no Hava. Fiquei impressionado com as distncias da prova e fascinado pela possibilidade de me deslocar 226 quilmetros em uma nica competio, lembra Bruno. Logo em seguida, comeou a treinar e, com a superviso de um tcnico, fez um planejamento de longo prazo para participar de seu primeiro Ironman Brasil, em 2009, e do internacional, em 2010. Em 2009, terminou as provas com o tempo de 9 horas, 31 minutos e 13 segundos. Mas no ano passado, treinando pouco para um triatleta, desistiu de participar da prova internacional e voltou a Florianpolis, cumprindo o circuito brasileiro em 9 horas e 40 minutos. Novamente dedicado aos treinos, que no so interrompidos nem mesmo nos dias de embarque na P-12, Bruno j faz planos para este ano. Ele se prepara para correr em novembro o Ironman Cozumel, no Mxico, e tentar uma classificao para participar, em outubro de 2012, do Ironman internacional, no Hava. Nesse intervalo, queBruno esbanja energia nas provas de ro fazer ainda um Meio Ironman, em corrida e ciclismo (foto ao lado) e vem Caioba, e, em maio de 2012, o Ironman intensificando os treinos para competir no Hava Brasil, explica Bruno.

Rodrigo exibe o prmio conquistado em 2010 por seu vdeo O matuto antenado

rstico Comdia 027 dessem vida conversa de um matuto consciente do poder da cidadania com um homem da cidade, diz ele. O esforo valeu o prmio, que foi doado Transparncia Capixaba. Conhea o trabalho do grupo em www. transparenciacapixaba.org.br/jovem.

Trabalho em equipe no marCintia Guido nasceu em So Paulo, longe do mar, mas quando se mudou da capital para Santos, a fim de assumir o cargo de tcnica de Administrao e Controle na Gerncia de Recursos Humanos da Refinaria Presidente Bernardes Cubato (RPBC), descobriu sua vocao aqutica e comeou a praticar canoa havaiana. O esporte a conquistou de imediato, e sua dedicao lhe garantiu lugar na primeira equipe feminina da modalidade formada na regio. OsFotos: arquiVo pessoal

Os segredos do casamentoUm casamento de 22 anos, dois filhos e muita reflexo sobre a arte da convivncia so as credenciais que Getulio Manoel, tcnico qumico da Refinaria Gabriel Passos (Regap), apresenta s vsperas do lanamento do livro Cinco questes para o casamento, previsto para maro. Quando algum me diz que vai casar, pergunto sempre se j se fez as cinco perguntas fundamentais para tomar tal deciso. Resolvi escrever este livro para propor uma reflexo sobre estas questes. Quis tocar nos tpicos que vo fazer o casamento dar errado, e no escrever um livro de receitas para fazer o casamento ser duradouro, alerta, sem revelar quais so as cinco perguntas. Se Getulio sabe ou no as respostas, cabe aos seus leitores decidir. Mas fato que ele sabe compartilhar a vida, seja com a esposa ou com os amigos e colegas de empresa. O livro, uma produo independente, um exemplo da unio de esforos. A obra, sua primeira experincia editorial, ilustrada por Thiago Geraldo da Silva, no estilo mang, e revisado por Mrcio Csar Pereira dos Santos, ambos tcnicos da Regap. Getulio, que antes s publicara poemas em edies coletivas, j faz planos para novos livros, alm de dar continuidade ao seu vis musical: ele saxofonista, compositor e arranjador.

arquiVo pessoal

treinos eram um prazer e levaram Cintia a conhecer paisagens belssimas e entrar em contato com a natureza. Durante os treinos, amos beirando o litoral e parando em vrias praias para descansar. Eram momentos em que ficvamos em silncio, refletindo e contemplando a natureza, conta. A equipe se desfez por indisponibilidade de algumas atletas, mas Cintia no abandonou o esporte e buscou novos parceiros para a atividade. Quando remamos, trabalha... e a determinao como segredos do esporte

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Cintia (segunda da esquerda para a direita) destaca o trabalho em equipe...

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Casado h 22 anos, Getulio escreveu um livro sobre os desafios da vida a dois

arquiVo pessoal

mos em equipe. Cada um tem uma funo, que influencia diretamente o desempenho do grupo. J existe o interesse de empresas em proporcionar essa atividade a seus funcionrios, justamente por ela despertar o esprito de trabalho em equipe, a liderana e a superao de desafios, explica, lembrando que, alm de tudo, o esporte favorece novos laos de amizade.

transparncia capixaBa

Haja flego!

Voluntrio pela ticaApaixonado por poltica, Rodrigo Marcovich Rossoni, tcnico de manuteno da P-34, encontrou em 2008, na ONG Transparncia Capixaba, uma razo para dedicar parte de seu tempo defesa da tica na gesto pblica. Como me identifiquei com o trabalho da Transparncia Capixaba, que achei srio e realmente voltado para o fortalecimento da democracia e para o interesse pblico, resolvi ser um voluntrio e contribuir financeiramente para sua manuteno, conta. Empolgado, sugeriu que a ONG criasse um ncleo jovem, e ganhou como misso coordenar o grupo que desenvolve aes para combater a corrupo e promover a tica. Uma delas foi premiada, em dezembro de 2010, pela Controladoria Geral da Unio, enchendo Rodrigo e seus colegas de orgulho. Ficamos em terceiro lugar na categoria curta-metragem, com um vdeo de um minuto que trata da importncia do controle social aps o voto. Estive em Braslia para receber o prmio, durante a cerimnia que marcou o Dia Mundial de Combate Corrupo, conta. O vdeo O matuto antenado tem argumento e roteiro de Rodrigo e foi realizado na filosofia de voluntariado que mantm a ONG. Consegui que uma produtora fizesse o vdeo e que dois atores do grupo humo-

CULTURA

DIvERSIDADEregional e tnicaanorama da riqueza da cul tura brasileira, os resultados da edio 2010 do Programa Petrobras Cultural tm uma caracte rstica que est presente em todas as edies: a diversidade regional e t nica. Essa , inclusive, uma das ra zes de ser do PPC, que selecio nou este ano vrios projetos voltados para culturas indgenas e comuni dades quilombolas remanescentes, destaca Eliane Costa, gerente de Pa trocnio Cultural, da Comunicao Institucional. Outra caracterstica do PPC a desconcentrao regional. Para des centralizar a distribuio e democra tizar o acesso verba do patrocnio da Petrobras, so realizadas selees pblicas, abertas sociedade, anun ciadas nacionalmente, com inscries pelo site da companhia. Na distribuio entre as regies, 77% dos resultados estavam concen trados na Regio Sudeste em 2003. Depois de sete edies, temos 58% do resultado no Sudeste e o restante distribudo entre as demais regies: 6% na Regio Norte, 18% no Nordes te, 5% no CentroOeste e 13% na Regio Sul, graas aos bons projetos enviados por essas regies, que esto cada vez mais bem representadas, comemora Eliane. O resultado da segunda fase do PPC, anunciado em dezembro, abran geu 16 reas, dentro das trs linhas de SEGUNDA FASE DA SELEO PBLICA DO PROGRAMA PETROBRAS CULTURAL (PPC) 2010 CONTEMPLA 149 PROJETOS DE 18 ESTADOS DO PAS

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atuao do programa. Foram destina dos R$ 52,9 milhes para patrocnio. Na edio 2010, trs reas tive ram cronogramas diferenciados (fes tivais de msica, festivais de cinema e difuso de longametragem em sa las de cinema), tendo suas selees pblicas concludas no incio do ano. Dos 3.446 projetos inscritos, 2.037 so do Rio de Janeiro e de So Pau lo, e 1.678 dos demais estados. Nesta stima edio, foram con templados 149 projetos nos segmen tos de artes cnicas, audiovisual, m sica, educao para as artes, li teratura, cultura digital e preserva o e memria. Entre os projetos selecionados, 34 so do Rio de Janeiro, 46 de So Pau lo, 12 de Minas Gerais, 11 da Bahia, 11 do Rio Grande do Sul, oito de Pernam buco, cinco do Cear, quatro de San ta Catarina, quatro do Distrito Federal, quatro da Paraba, dois do Paran e dois do Mato Grosso. Amap, Par, Tocantins, Maranho, Rio Grande do Norte e Mato Grosso do Sul tive ram um projeto selecionado cada. Os incentivos incluram desde ini ciativas de pesquisa artstica at pro jetos de distribuio de bens culturais. O patrocnio contemplou projetos de apoio a museus, arquivos e bibliote cas; educao para as artes; manuten o de grupos e companhias de tea tro, dana, circo e trupes circenses; produo de filmes de longa e curta

Distribuio regional dos resultados13% 6% 18% 5%

Felipe goiFman

58%

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R$ 52,9 milhesde patrocnio

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Jos luiz pederneiras

geraldo Falco

agncia petroBras de notcias

metragem em 35 milmetros e digitais; cultura digital; literatura; apoio ma nuteno de websites culturais; grava o de CDs, turns de shows e concer tos e gravao e circulao de msica com disponibilizao na Internet. Maior patrocinadora de cultura A Petrobras j destinou R$ 311 milhes s selees pblicas do PPC desde a primeira edio, em 2003. Cerca de 1.300 projetos receberam patrocnio por meio do programa, que teve mais de 26.000 projetos ins critos nas sete edies, avaliados por 356 especialistas integrantes das co misses de seleo. A comisso de seleo do PPC, que este ano contou com 98 especia listas, formada por grupos de pro fissionais que atuam diretamente nos setores da cultura contemplados pelo programa, incluindo diretores, pes quisadores, jornalistas, crticos, cu radores, acadmicos e editores, entre outros. Essas comisses so renova das a cada ano, e sua composio bus ca incluir a maior diversidade poss vel de perfis para o julgamento dos projetos, selecionados por seus m ritos qualitativos. A poltica de patrocnios da Pe trobras est estruturada em progra mas contnuos, que definem as es tratgias e as prioridades de atuao da empresa nas reas cultural, social

e ambiental. O Programa Petrobras Cultural lana a cada ano novas se lees pblicas de projetos para diver sas reas, com divulgao nacional. Desde a dcada de 1980, quando deu incio s aes de patrocnio cul tural, a Petrobras j investiu na cultu ra brasileira R$ 1,5 bilho, dos quais R$ 500 milhes correspondem a re cursos prprios da companhia, sem incentivo fiscal. Prolas do PPC 2010 Na rea de Msica, tiveram desta que o projeto de gravao do CD VillaLobos, Vozes do Brasil obra coral profana, do Rio de Janeiro, parte da composio para coro a ca pela, muito pouco divulgada, grava da por um dos melhores conjuntos corais do pas, o Calope, sob a di reo do maestro Julio Moretzsohn. O projeto Samba de Nicinha, Ra zes de Santo Amaro, de gravao para disponibilizao gratuita pela Internet, utiliza o audiovisual para difuso da memria do sambachula ou samba de roda, estilo musical tra dicional do Recncavo Baiano, reco nhecido como Patrimnio Imaterial do Brasil pelo Iphan e Patrimnio Imaterial Mundial pela Unesco. Na parte de turns de shows e con certos de msica brasileira, desta

Bagaceira de Teatro, de Fortaleza, com o projeto de intercmbio de quatro grupos teatrais do interior cearense, seguido de montagem do espetculo, e o projeto De Iluso a Crculos Que No Se Fecham um processo de consolidao, de Reci fe, de formao de jovens educado res e artistas circenses da Escola Per nambucana de Circo. O projeto Antonio Nbrega Cia. de Dana, de So Paulo, d conti nuidade pesquisa do msico, ator e danarino pernambucano Ant nio Nbrega, com a produo de um novo espetculo de dana, ha bilitando jovens bailarinos a uma linguagem de dana organizada a partir de matrizes corporais oriun das do vasto imaginrio brasileiro, presente em inmeras manifestaes populares. Na categoria de Websites, destaque para o Centro Multimdia Fora do Eixo, de Mato Grosso, de intercm bio de tecnologias aplicadas ca deia produtiva da cultura, formado por coletivos autnomos articula dos em rede de alcance nacional, utilizando novas ferramentas ba seadas em softwares livres. De Porto Alegre, a digitalizao e organizao do Acervo da vida e

da obra de Teixeirinha cantor gacho com 72 discos gravados, compositor de mais de 1.200 le tras, radialista, cineasta de 12 lon gasmetragens formando um banco de dados que ser disponibilizado na sede da Fundao Vitor Mateus Teixeira Teixeirinha e no websi te da instituio. Organizao e disponibilizao do Arquivo documental da arquiteta Lina Bo Bardi, de So Paulo, par te de um programa mais amplo de reestruturao da Casa de Vidro Instituto Lina Bo e Pietro Maria Bardi, que abriga as colees e os arquivos da arquiteta, fundamen tais para a histria da arquitetura moderna e dos museus no Brasil. Na categoria Documentrio, o lon gametragem digital de Daniela Broi tman, Marcelo Yuka no caminho das setas, de So Paulo, mostra a transformao na vida do exbate rista e fundador da banda O Rappa, vtima da violncia no Rio de Janei ro, e sua luta pela justia social.

Eliane Costa destaca a desconcentrao regional como uma das bases do Programa Petrobras Cultural

que para Rotas Musicais Mveis Coloniais de Acaju, de Braslia, uma das principais bandas alternativas do pas. Tambm do Distrito Federal, Arri go Barnab atravs do Brasil, sele cionado pela importncia da obra de um dos nomes mais expressivos da msica experimental brasileira, o compositor e cantor Arrigo Barna b, paraense radicado em So Pau lo, que far apresentaes do seu repertrio de vanguarda em sete ci dades de quatro regies brasileiras.

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Na categoria de Artes Cnicas, Ma nuteno de Grupos e Companhias de Teatro, Dana e Circo, o Grupo

Saiba mais para ver a lista completa dos projetos selecionados, acesse www.hotsitespetrobras.com.br/ppc

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Criador de uma obra original e pou co difundida, o compositor baiano Elomar Figueira Mello prope um trabalho de temtica popular em formato de pera antiga. A srie de concertos Galope Estradeiro 2009 II Galope Estradeiro fo caliza o cenrio regional baiano em uma turn pelo interior dos es tados da Bahia, do Cear e de Mi nas Gerais.

ismar ingBer

FIQUE POR DENTROBOA LEITURAO Guia Criativo do Via jante Independente (Editora Trilhos e Montanhas), organizado por Zizo Asnis, como um caderno de dicas do seu melhor amigo. Dois livros Europa e Amri ca do Sul renem preciosas informaes para pessoas que gostam de desbravar a cidade que escolheu para passar as frias. Os livros no tra zem informaes detalhadas sobre museus e obras de arte, mas ofere cem muitas dicas para ajudar o leitor a escolher um roteiro e conhecer as cidades. Contexto histrico, datas festivas, comidas tpicas, compras, hospedagem, transporte pblico, museus e baladas fazem parte da coletnea de informaes. Maria Augusta Seixas, Comunicao Empresarial do Jurdico

Petrobras a terceira entre as maiores empresas de energia do mundoCom um valor de mercado estimado em US$ 228,9 bilhes (em dezembro de 2010), a Petrobras avanou mais uma posio e passou do quarto para o terceiro lugar no ranking PFC Energy 50, divulgado em 24 de janeiro. A companhia ficou frente da Shell e da Chevron, quarta e quinta colocadas, e atrs apenas da lder ExxonMobil e da PetroChina, que ficou com o segundo posto. A consul to ria PFC Energy destacou a constante ascenso da Petrobras, que passou de 27o lugar na primeira edio do ranking, em 1999, para a terceira colocao em pouco mais de uma dcada. Segundo a consultoria, o valor de mercado da companhia, que era de US$ 13,5 bilhes em 1999, cresceu a uma taxa composta de 27% ao ano. A PFC Energy atua junto a empresas e governos em todo o mundo h mais de 20 anos. Ela publica anualmente o ranking das 50 maiores companhias de energia com aes em Bolsa e tem como principal critrio o desempenho no mercado de capitais.O ranking est disponvel no site www.pfcenergy.com/pfc50.aspx

Lanada a plataforma de servio Cidade de Arraial do CaboBatizada em homenagem a uma das cidades da costa fluminense na rea de abrangncia da Petrobras na Bacia de Campos, a Unidade de Manuteno e Segurana (UMS) Cidade de Arraial do Cabo foi lanada oficialmente ao mar em 11 de janeiro, na Baa de Guanabara. Considerada um estaleiro mvel, ela uma plataforma de servio e ser utilizada para a revitalizao das unidades martimas da Bacia de Campos. A UMS possui um sistema de posicionamento dinmico que permite mobilidade simultnea com a unidade qual estiver atracada, podendo, dessa forma, ligar-se a qualquer tipo de plataforma, fixa ou flutuante. A unidade de servio, que iniciar suas atividades pela plataforma Cherne 1, tem oficinas mecnicas e eltricas, reas de pintura e caldeiraria, alm de alojamento para 350 profissionais. A nova UMS d continuidade ao esforo iniciado pela companhia em 2006, quando foi lanada a plataforma de servio Cidade de Armao dos Bzios, para ampliar a estrutura de apoio logstico s unidades de produo offshore.

geraldo Falco

ENERGTICASSerra do Mar A Petrobras firmou parceria, em 11 de janeiro, com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente de So Paulo para colaborao na gesto de reas no Parque Estadual da Serra do Mar (PESM). A empresa vai investir R$ 25,7 milhes, e, entre outras aes, a parceria prev a criao do Plano de Manejo do Parque. A durao do convnio de 1.800 dias.

A nova UMS prestar servios na Bacia de Campos, a comear por Cherne 1

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Anderson Paulo da Silveira, SMS da Regional Sudeste dos Servios Compartilhados

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Apresentao da Petrobras: biodiesel e etanol atraram o interesse do pblico

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Fotos: agncia petroBras de notcias

vencedor do Prmio Pulit zer, o livro O Petrleo Uma Histria Mundial de Conquistas, Poder e Dinhei ro ( tora Paz e Terra) tra(Edi a a abrangente histria do combustvel mais importante do mundo. Colocando-o no centro das decises fundamentais do sculo XX, o especialista Daniel Yergin, referncia internacional no assunto, mostra de que maneira o petrleo influenciou guerras, provocou transformaes tecnolgicas e gerou as maiores riquezas do planeta. Nesta edio revista, ampliada e ilustrada, povoada de nomes como Churchill, Hitler, Stalin e Saddam Hussein, o leitor brasileiro poder encontrar tambm um eplogo com informaes essenciais sobre o contexto brasileiro e o pr-sal.

Fotos: diVulgao

Projetos de biocombustveis so destaque na Campus Party 2011Realizada em janeiro, em So Paulo, a Campus Party 2011 abriu espao para que a Petrobras mostrasse aos participantes alguns de seus principais projetos no segmento de energias renovveis. No dia 18 de janeiro, ao falar sobre a relao entre energia e sustentabilidade, o gerente de Gesto Tecnolgica da subsidiria Petrobras Biocombustvel, Norberto Noschang, citou projetos como o desenvolvimento da produo de biodiesel a partir de microalgas e o etanol de segunda gerao, produzido com o bagao da cana-de-acar. A companhia tambm apresentou outras iniciativas, como o desenvolvimento de pesquisas com o objetivo de au men tar o aproveitamento das oleaginosas para a produo de biodiesel e os desafios para viabilizar a produo de biocombustvel para aviao. Criada na Espanha em 1997, a Campus Party se transformou no maior evento mundial que integra tecnologia, contedo digital e entretenimento em rede. Os participantes se mudam com seus computadores, malas e barracas para uma arena, onde se conectam a uma rede superveloz e convivem em oficinas, palestras, competies e atividades de lazer. Em sua quarta edio no Brasil, a Campus Party se consolidou como ponto de encontro fsico das redes sociais da Internet, proporcionando aos visitantes a troca livre de contedos.

Futebol e cidadania no clube mais antigo do pasUtilizar o futebol como ferramenta para minimizar os problemas de excluso social de crianas e adolescentes de baixa renda da cidade de Rio Grande (RS) o foco do projeto Escola de Formao Sport Club Rio Grande Formando Atletas e Cidados. Desenvolvido pela Fundao Sociocultural e Esportiva do Rio Grande (Funserg), o projeto recebeu em 20 de janeiro o apoio da Petrobras, por meio do qual o nmero de beneficiados ser ampliado de 200 para 480, com escolinha de futebol em diferentes categorias, organizadas em turno inverso ao da escola. Tambm esto previstas obras de melhoria na sede do Sport Club Rio Grande (reconhecido como o clube de futebol mais antigo do Brasil), confeco de novos uniformes e programas de formao de atletas. Alm do foco no futebol, o projeto prev o resgate e a difuso das potencialidades da regio sul do estado gacho, divulgando o turismo, a cultura e a histria do clube, bem como sua cidade de origem.

Sejam bem-vindos! O embaixador britnico no Brasil, Alan Charlton, e a cnsul-geral no Rio de Janeiro, Paula Walsh, foram recebidos pelo presidente da Petrobras, Jos Sergio Gabrielli de Azevedo, em visita sede da empresa, no dia 17 de janeiro. No encontro, o embaixador des tacou o sucesso das parce rias exis tentes entre empresas brasileiras e britnicas e convidou a Petrobras a participar de eventos para fomentar as relaes comerciais entre os dois pases.

Obras na Refap A Petrobras assinou, em 12 de janeiro, contrato para a construo da nova Unidade de Hidrotratamento de Diesel (HDT II) e da nova Unidade de Gerao de Hidrognio (UGH II), na Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas (RS). A HDT II ter capacidade para tratar 6.000 metros cbicos por dia de diesel com baixo teor de enxofre (10 ppm). H expectativa de gerao de 3.000 postos de trabalho no pico das obras.

Fotos: agncia petroBras de notcias

FIQUE POR DENTRO

P-57 contribui para recorde de produo de petrleo no pasA entrada em operao da plataforma P-57, no Campo de Jubarte, na poro capixaba da Bacia de Campos, aliada ao Teste de Longa Durao (TLD) de Guar, na Bacia de Santos, e ligao de novos poos nos campos de Cachalote/Baleia-Franca e Barracuda/ Caratinga, ambos na Bacia de Campos, foi determinante para mais um recorde de produo da Petrobras. Em dezembro passado, a produo mdia de petrleo da companhia no pas atingiu o volume de 2.121.584 barris por dia, ultrapassando em 89.000 barris o recorde anterior, de 2.032.260 barris por dia, alcanado em abril de 2010. Esse volume ficou 6,8% acima da produo de dezembro de 2009. A produo total petrleo e gs da Petrobras no Brasil, em barris de leo equivalente por dia (boed), chegou a 2.491.087 barris em dezembro, registrando, alm de recorde mensal, um aumento de 7,9% sobre o volume produzido em dezembro de 2009. A produo de gs natural dos campos nacionais em dezembro apresentou um aumento de 15% em relao ao mesmo ms de 2009, chegando a 58,746 milhes de metros cbicos. A produo de petrleo em 2010 tambm foi recorde anual, registrando a mdia de 2.004.172 barris dirios.

ENERGTICASCombustveis em alta Em dezembro ltimo, a Petrobras bateu recordes histricos de venda de gasolina e querosene de aviao (QAv). O volume de gasolina comercializado foi de 1.966.000 metros cbicos, superando em 50.000 metros cbicos o recorde anterior, de maro de 2010. J as vendas de QAv em dezembro totalizaram 585.450 metros cbicos, com um aumento de 4,9% em relao ao recorde anterior, registrado em julho de 2010.

Frum Mundial O presidente Jos Sergio Gabrielli de Azevedo e o diretor financeiro e de Relaes com Investidores, Almir Barbassa, representaram a Petrobras no Frum Econmico Mundial, realizado de 26 a 30 de janeiro em Davos, na Sua. O evento reuniu lderes empresariais e governamentais, acadmicos e representantes da so ciedade civil de todo o mundo.

Petrobras celebra em Tiradentes marco de 500 filmes patrocinadosA Mostra de Cinema de Tiradentes (MG), que conta com patrocnio da Petrobras desde 2001, foi o palco da celebrao de um marco da cultura brasileira: na abertura, em 21 de janeiro, um desfile de criaes do estilista Ronaldo Fraga homenageou os mais de 500 longas-metragens patrocinados pela empresa. Foram 26 modelos inspirados no macaco dos frentistas de postos de ga| REVISTA PETROBRAS | janeiro 2011

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O Festival de Tiradentes celebrou o apoio da Petrobras ao cinema nacional

solina, que serviram de suporte para a projeo de cenas de alguns dos filmes patrocinados pela Petrobras, como Cidade de Deus, Carandiru, Cazuza, O homem que copiava e Carlota Joaquina. A gerente de Patrocnios da Comunicao Institucional, Eliane Costa, compareceu ao evento. A Petrobras est presente no s na produo de cinema; trabalha tambm difuso, circulao, formao e reflexo. Dentro da produo, temos mais de 500 longas, que um nmero muito expressivo. Alm disso, o momento em que a Petrobras estabeleceu essa parceria com o cinema foi muito importante, pois marcou a retomada da produo nacional, contou Eliane. A parceria comeou em 1994, com Carlota Joaquina.

SOS Guanabara Foi realizado em 17 de janeiro, no Rio, o seminrio SOS Guanabara, com patrocnio da Petrobras, para debater projetos e aes de despoluio da Baa de Guanabara, no Rio. O gerente de Articulao e Contingncia da Regio Sudeste da Petrobras, Ronaldo Torres, falou sobre o Programa de Revitalizao, Urbanizao e Recuperao Ambiental do Canal do Fundo e seu entorno.

Fotos: agncia petroBras de notcias

MQUINA DO TEMPO

Oscar da indstria do petrleoBruno Veiga Banco de imagens petroBras

Premiada trs vezes por sua excelncia em tecnologia offshore, a Petrobras uma das lderes mundiais em explorao e produo em guas profundas e ultraprofundas. No incio dos anos 1990, poca em que se operava em lmina dgua de 384 metros, a companhia se destacou como a maior produtora em guas profundas do mundo, com 65% da rea de seus blocos exploratrios offshore em lmina dgua de mais de 400 metros. A conquista levou ao primeiro OTC Distinguished Achievement Award for Organizations (prmio de distino a empresas) , o mais importante da indstria mundial do petrleo, concedido pela organizao internacional Offshore Technology Conference (OTC), em 1992, pelo pioneirismo da companhia na implementao de novas tecnologias de produo em guas profundas no Campo de Marlim, na Bacia de Campos, e por sua notvel contribuio para o avano da indstria de petrleo offshore mundial (foto menor). O segundo OTC Distinguished Achievement Award for Organizations foi dado Petrobras em 2001, pela excelncia no do-

mnio da tecnologia de explorao e produo de petrleo em guas profundas no Campo de Roncador, na Bacia de Campos, que levou quebra do recorde mundial de produo em guas profundas, chegando a 1.877 metros de profundidade. Em 2007, o engenheiro Marcos Assayag, na poca gerente-geral de Engenharia Bsica do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), recebeu o reconhecimento mximo individual da instituio, o prmio OTC Distinguished Achievement Award for Individuals, pela importncia do trabalho que realizou durante 13 anos como coordenador do Procap principal celeiro das inovaes tecnolgicas em guas profundas do mundo (foto maior). Evento internacional mais importante do setor de leo e gs, a Conferncia de Tecnologia Offshore realizada na cidade de Houston (Texas, EUA) desde 1968. Anualmente, durante quatro dias do ms de maio, a OTC apresenta as mais novas tecnologias do mundo em explorao e produo de petrleo em alto-mar. Na edio de 2010, a OTC recebeu 70.000 pessoas do mundo inteiro. Este ano, a conferncia ser realizada de 2 a 5 de maio.