revista noz

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Revista de Gastronomia e Cultura desenvolvida para a matéria de Programação Visual 3 na Universidade de Brasília (UnB)

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Page 1: Revista NOZ
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Julia Child

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A revista NOZ surgiu da da necessidade de aproximar mais pessoas da gastronomia. De que-brar a “timidez” que elas sentem ao aproximarem-se deste campo. Seus motivos para isso são diver-sos: não-sei-cozinhar, meu-briga-deiro-cria-bolinhas, minha-mãe--cozinha-bem-e-isso-me-intimida e etc.

Acontece que a gastronomia não aborda só o técnico, o “saber cozinhar”, mas a cultura, as expe-riências sociais. Ela une pessoas, cria situações, torna eventos mais prazerosos, evoca memórias (o bolo da sua avó, o melhor restau-rante daquela viagem e etc).

As pessoas não nascem sa-bendo cozinhar, mas já nascem gostando de comer. E se você tem o mínimo de interesse nesta área, pode arriscar na tentativa e erro na cozinha ou simplesmente des-

frutar do que a gastronomia pode oferecer sem necessariamente ter que lidar com panelas e tijelas: conheça restaurantes (dos mais diversos tipos), saiba apreciar um bom vinho (ou cerveja), entenda a música que acompanha melhor um determinado jantar e etc.

Queremos que aproveitem esta revista como um refeição: com a leveza da entrada, o sabor marcante do prato principal, o conforto da uma boa sobremesa e para finalizar, um cafezinho antes de ir embora!

você sabia que a palavra NOZ pode ser lida na vertical e horizontal?:

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Naiara Costa, a Nain, adora estampas deli-cadas, cardigãs, ouvir Wilco e sua comida predileta é bife ancho com purê de papas

A Ju Jobim é a garota mais multitasking que a NOZ co-nhece (designer, publicitária e presidente de empresa júnior). Ela ama sair com os amigos pra comer AQUELE sashimi de anchova negra maçaricada.

Fernanda Filgueiras é uma designer com o pé na cozinha (sua família toda tem cozinheiras de mão cheia). A comi-da que ela mais gos-ta é o crumble de maçã da sua mãe

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Page 9: Revista NOZ

Henrique é um fotógrafo mais que querido pela equipe NOZ. Encontra-se no mo-mento super envolvido pelo “Projeto Cão-guia de Cegos”. E sua comida preferida é churrasco.

Isabella Brandalise é uma designer que tem o po-der de multiplicar o tem-po. Está começando a se aventurar na cozinha fazendo cookies e mu-

Herick Ferreira sem-pre dá ótimas dicas de design. Por ele, come-ria todos os dias, um shakemaki de salmão

Érica Goulart, desig-ner de produto, adora conversar (e como), nunca pára de pensar em qual será o destino de sua próxima viagem e dá valor a um bom peixe à dorê

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Nada melhor que um belo prato para dar suporte àquele delicioso bolo de cenoura, ou um copo divertido para servir o creme de frutas para os amigos, não é? Bem, hoje é dia de ir às compras! NOZ selecionamos alguns utensílios básicos para você que está começando a se aventurar na cozinha e também alguns produtos para deixar mais prazerosos todos os momentos gastronômicos do seu dia! Vale agradar a si mesmo ou presentear! Quem sabe você ainda não é convidado para o almoço de estreia dos novos utensílios culinários dos seus amigos?

Page 13: Revista NOZ

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porta-frioslojas americanasR$ 12,90

mural de pinguim para geladeiraImaginariumR$ 59,90

cafeteira italiana

balança digital Plenna

CarrefourR$ 129,90

assadeiras antiaderentes4 peçasLojas AmericanasR$ 79,90

Page 14: Revista NOZ

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a melhor br us queta de to do s o s temp o s

Deliciosas e fáceis entradas perfeitas para um encontro com amigos com muita conversa e sem pressa para acabar

Você vai precisar de:

3 tomates maduros1 ramo de manjericãoPão italiano Azeite a gosto200g de parmesão cortado em lascas2 colheres de manteiga1 dente de alho

Modo de preparo

1. Corte os tomates em rodelas e reserve. 2. Corte o pão italiano em fatias com, aproxima-damente, um dedo espessura. Passe um pouco de manteiga em ambos os lados e leve ao forno por 15 min, à temperatura de 180ºC. 3. Corte o dente de alho ao meio e esfregue-o em ambos os lados de cada fatia de pão (ainda quen-tes).

Montagem

1. Em cada fatia de pão coloque nesta ordem: lar-cas de parmesão, uma rodela de tomate, folhas de manjericão e azeite à gosto.

Page 15: Revista NOZ

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esse foi o antes

e esse, o depois

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Sangria de manjericão

Você vai precisar de:

1/4 xícara de açúcar1/4 xícara de água4 ramos de manjericão1 limão, cortado em fatias de 2 cm1 laranja, cortada em fatias de 2 cm 1 garrafa de vinho branco seco, espa-nhol ou português, gelada90g de conhaque120g de suco fresco de laranja, coadoGeloÁgua com gás, gelada6 fatias finas de laranja, para enfeitar

Modo de preparo:

1. Em uma panela pequena, misture o açúcar e a água e leve a mistura ao fogo até ferver. Mexa até o açúcar dissolver. 2. Retire a panela do fogo e acrescente os raminhos de manjericão, as tiras de limão e as tiras de laranja. 3. Deixe essa calda ficar na temperatu-ra ambiente por 20 minutos, mexendo sempre para que o líquido para esfriar. Retire os raminhos de manjericão e as tiras de limão e laranja e descarte-os.4. Em uma jarra grande, misture a calda de manjericão com o vinho, o conha-que e suco de laranja.5. Despeje a sangria e o gelo nos 6 co-pos. 6. Para finalizar complete os copos com a água com gás e decore com a fatia fina de laranja.

misread - kings of convinienceromeo and juliet - the killersdark night - john frusciantelunatico - gotan projectquiet houses - fleet foxes

gatekeeper - feistsecret heart- feist tenderly - ella fitzgerald & louis armstrongi am in love - ella fitzgeraldmagra - lenine

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Robert Louis Stevenson

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KETCHUP

SANDUICHEO nome sanduíche vem do inglês John Mon-tagu, o lorde Sandwich (1718-1792). Virava noites jogando carteado. Numa delas pediu aos serviçais algo que fosse fácil de comer na mesa de jogo sem lambuzar as mãos.Serviram a ele um naco de carne entre dois pedaços de pão. Encantados, os parceiros passaram a pedir “um igual ao de Sandwi-ch”. O cara não fez nada, mas levou a fama.

MOSTARDAOs romanos misturavam a semente com o suco de uva não fermentado para fazer vinho.Daí, aliás, a origem da palavra, do latim mustum ardens (vinho que arde). Na Índia e na Dinamarca, as sementes eram jogadas ao redor da casa para afugentar maus espíritos. Os chineses as tinham como afrodisíaco.Já o molho como o conhecemos hoje saiu da cozinha dos franceses na Idade Média, que moíam as sementes de mostarda com sal, vinagre e pimenta.

No século 17, marinheiros holandeses im-portaram da China o Ketsiap, salmoura para peixes à base de soja, sal e vinagre. A mistura foi mudando até chegar ao molho temperado muito usado por ingleses e americanos (e brasileiros).Há variações no mercado, mas a receita mais comum leva tomate, sal, açúcar, pimenta e outros condimentos.

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MAIONESE

HAMBURGER BAURU

Em 1756, o duque de Richelieu foi enviado pelo rei Luis XVI para desalojar os ingleses no porto de Mahon. Proibido de usar fogo para não despertar a atenção do inimigo, o cozinheiro fez um molho frio com o que tinha: ovos, sal e azeite. Batizou de mahon-naise, referência à cidade. Afrancesada virou mayonnaise.

No fim do século 18, tribos nômades na Ásia picavam e temperavam carne bovina para que durasse mais. A receita pegou carona em navios alemães que faziam a rota do Báltico.No século seguinte, esse jeito de comer carne partiu de Hamburgo para a América, onde desembarcou como hamburg style steak.No Brasil, o maior responsável pela popula-rização do hambúrguer foi a rede Bob´s, que inaugurou sua primeira loja em 1952, no Rio.

Se o que você come pensando que é um Bauru tiver apenas presunto, queijo e tomate esqueça…O sanduíche original tem os seguintes ingre-dientes:Camadas generosas de rosbife caseiro, rode-las de tomate, pepino cortado bem fininho, mistura de quatro tipos de queijos derretidos no pão francês sem miolo.

Os astronautas não po-dem comer feijão an-tes das viagens, pois os gases podem danificar as roupas espaciais.

As maçãs são mais efi-cientes do que o café para manter as pesso-as acordadas.

Em média, os america-nos consomem 72.800 metros quadrados de pizza por dia (uma área de 270m x 270m).

Não vamos pagar para ver! Em cada edição noz traremos para você curiosidades e fatos inusitados sobre o universo gastronomico!

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1 - Malte 2 - Moagem do Malte

3 - Maceração 4 - Fervura do Mosto

5 - Decantação

Dentre os maltes, o de cevada é o mais frequente e larga-mente usado devido ao seu alto conteúdo de enzimas, mas ou-tros cereais maltados ou não maltados são igualmente usados, inclusive: trigo, arroz, milho, aveia e centeio.

O malte, que pode ser armazenado em silos ou sacarias, é moído em moinhos de rolos ou martelos para que o amido contido em seu interior fique ex-posto para ser trans-formado durante o processo.

O malte moído é misturado com água em temperaturas pré--estabelecidas para que se inicie a ação de enzimas, que que-brarão as cadeias de amido em cadeias menores de açúcares como glicose, maltose entre outros.

O mosto é fervido durante algum tem-po (60 a 90 minutos) para que substâncias não desejáveis se volatilizem, proteínas coagulem e o mosto seja esterilizado. Nesta etapa também é adicionado o lúpulo, responsável por dar o amargor e aroma ca-racterístico à cerveja.

O mosto fervido pas-sa por um processo de decantação onde as proteínas coagula-das no processo ante-rior são depositadas no fundo do equipa-mento, enquando o mosto límpido é reti-rado pela parte late-ral/superior.

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6 - Resfriamento 7 - Fermentação 8 - Filtração 9 - Envasamento 10 - Beber

O mosto é resfriado a temperaturas bai-xas (7 a 12 graus) dependendo do tipo de fermentação que vai sofrer e do tipo de levedura a ser utiliza-do. Após ser resfriado, a levedura (fermento) é inoculada e a mis-tura é colocada em um tanque para ser fermentada

Durante alguns dias os açúcares do mosto são consumidos pela levedura, e são trans-formados em álcool e CO2. Estes tanques possuem temperatura controlada para que a fermentação seja sempre homogênea. A fermentação pode ocorrer entre 8 e 15 graus aproximada-mente, levando de 2 a 20 dias.

A cerveja maturada é filtrada para que se torne límpida e brilhante, como a que conhecemos nos bares. Nesta fase é ainda adicionado mais CO2 e podem ser adicio-nados estabilizantes de espuma e coloidal além de anti-oxidan-te.

A cerveja, é acumu-lada em tanques que alimentam as linhas de envasamento. As linhas podem ser de latas, garrafas. Em todas elas a cer-veja é embalada com o máximo de cuidado para que não seja incorporado oxigênio dentro do frasco onde será acondicionada.

Beba!

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Entenda a relação existente entre a gastronomia e o

universo musical e aproveite as sugestões de músicas para

criar o ambiente perfeito

A relação entre comida e música tem uma longa história. Muitos dos grandes compositores eram

familiares, e alguns chegaram a contri-buir para o mundo das receitas. Comida e bebidas tem, frequentemente, inspi-

no processo criativo dos artistas. Todos dois, a comida e a bebida, além de in-

trabalhos musicais. As grandes óperas de Mozart, Rossini e Verdi estão reche-adas de referências culinárias e experi-ências gastronômicas.

Fora essa relação de inspiração, a comida também serviu, inúmeras ve-zes, como pagamento para os músicos. Quanto melhor o artista, melhor o ban-quete que iria receber. Em grande par-te das culturas mundiais, a música e a comida fazem parte do mesmo ritual, e

Levando tudo isso em considera-ção seria mais do que normal uma boa playlist para qualquer refeição. Não é à toa que o Seu Jorge acaba de lançar um disco entitulado “Músicas para chur-rasco”. Música é essencial. E a situação não é incomum: lá está você, preparan-do um jantar ou almoço para os amigos, sejam do trabalho ou do círculo íntimo,

agora? Que música você coloca?Bem, essa não é uma resposta fácil,

inclusive há inúmeras respostas, consi-derando o prato que será servido, o ho-rário da refeição, o local desse encontro

e o bom e velho gosto pessoal. Eu, par-ticularmente, faria um churrasco rega-do à samba, um jantar romântico com muito jazz, (abraço pro John Contrane! ). Mas isso é o que eu faria! E você? Para obter sucesso nessa tarefa é preciso muita cautela, assim como o preparar

lasanha congelada. Brincadeiras à par-te, o primeiro passo, depois de decidido o que será servido, é analisar.

Analise quem vai, se está chovendo, se está derretendo, etc. Coloque mú-sicas do seu gosto, coloque músicas antigas, que relembrem histórias, que todos saibam cantar. Coloque músicas engraçadas que rendam boas risadas e bastante descontração.

Depois de selecionadas as músicas, organize-as! As músicas ditam o tempo da festa. Existem músicas que abrem a pista de dança e música que fecham. No nosso caso não seria diferente. Não coloque músicas muito melancólicas na hora em que a comida será servida, não será agradável. Essa é uma carta para se ter na manga na hora que já se está de saco cheio, que você quer mais é expul-sar todos de sua casa.

planeja uma refeição agradável preste atenção no que irá tocar ao fundo tam-bém. E é por isso que NOZ iremos, em cada receita, criar uma ambientação e sugerir uma playlist adequada que irá compor, claro, com seu toque pessoal.

TURNTABLE KITCHENProjeto de artistas americanos que une gastronomia e música! Ao se inscrever você recebe em casa uma caixa com receitas e mixtapes exclusivas.

turntablekitchen.com

DRINKIFYEsse site combina uma bebida com o a música que você está ouvin-do! Eles tem drink até para o Fagner!

drinkify.org

Todas as vezes que você

que uma playlist está sendo sugerida!

por marina suassuna

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Entenda a relação existente entre a gastronomia e o

universo musical e aproveite as sugestões de músicas para

criar o ambiente perfeito

A relação entre comida e música tem uma longa história. Muitos dos grandes compositores eram

familiares, e alguns chegaram a contri-buir para o mundo das receitas. Comida e bebidas tem, frequentemente, inspi-

no processo criativo dos artistas. Todos dois, a comida e a bebida, além de in-

trabalhos musicais. As grandes óperas de Mozart, Rossini e Verdi estão reche-adas de referências culinárias e experi-ências gastronômicas.

Fora essa relação de inspiração, a comida também serviu, inúmeras ve-zes, como pagamento para os músicos. Quanto melhor o artista, melhor o ban-quete que iria receber. Em grande par-te das culturas mundiais, a música e a comida fazem parte do mesmo ritual, e

Levando tudo isso em considera-ção seria mais do que normal uma boa playlist para qualquer refeição. Não é à toa que o Seu Jorge acaba de lançar um disco entitulado “Músicas para chur-rasco”. Música é essencial. E a situação não é incomum: lá está você, preparan-do um jantar ou almoço para os amigos, sejam do trabalho ou do círculo íntimo,

agora? Que música você coloca?Bem, essa não é uma resposta fácil,

inclusive há inúmeras respostas, consi-derando o prato que será servido, o ho-rário da refeição, o local desse encontro

e o bom e velho gosto pessoal. Eu, par-ticularmente, faria um churrasco rega-do à samba, um jantar romântico com muito jazz, (abraço pro John Contrane! ). Mas isso é o que eu faria! E você? Para obter sucesso nessa tarefa é preciso muita cautela, assim como o preparar

lasanha congelada. Brincadeiras à par-te, o primeiro passo, depois de decidido o que será servido, é analisar.

Analise quem vai, se está chovendo, se está derretendo, etc. Coloque mú-sicas do seu gosto, coloque músicas antigas, que relembrem histórias, que todos saibam cantar. Coloque músicas engraçadas que rendam boas risadas e bastante descontração.

Depois de selecionadas as músicas, organize-as! As músicas ditam o tempo da festa. Existem músicas que abrem a pista de dança e música que fecham. No nosso caso não seria diferente. Não coloque músicas muito melancólicas na hora em que a comida será servida, não será agradável. Essa é uma carta para se ter na manga na hora que já se está de saco cheio, que você quer mais é expul-sar todos de sua casa.

planeja uma refeição agradável preste atenção no que irá tocar ao fundo tam-bém. E é por isso que NOZ iremos, em cada receita, criar uma ambientação e sugerir uma playlist adequada que irá compor, claro, com seu toque pessoal.

TURNTABLE KITCHENProjeto de artistas americanos que une gastronomia e música! Ao se inscrever você recebe em casa uma caixa com receitas e mixtapes exclusivas.

turntablekitchen.com

DRINKIFYEsse site combina uma bebida com o a música que você está ouvin-do! Eles tem drink até para o Fagner!

drinkify.org

Todas as vezes que você

que uma playlist está sendo sugerida!

por marina suassuna

Page 24: Revista NOZ

Dicas, quantidade e itens necessários para montar uma mesa despretenciosa e agradável para um café da manhã preguiçoso que deve durar horas

cafeteira

cesta de palha c/ bolinhos

composê colorido c/ 2 pratos e 1 xícara de chá

garrafa colorida da cerveja de anteontem

leiteira

açucareiro

toalha estampada

por isadora tupinambá

Page 25: Revista NOZ

copo de vidro colorido

manteigueira

colher

cesta de pães

colher de sobremesa

jarra de suco

faca

garfo

guardanapo com ramo de folhas

bolo

cesta de frutas

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Na estação mais quente do ano, deve-se ingerir muito líquido e ter cuidado redobrado com o preparo e conservação dos alimentos

No verão, os cuidados com a alimentação devem ser redo-brados. Como nesse período

aumenta-se a transpiração para manter a temperatura corporal, perde-se mais água e sais, que precisam ser repostos adequadamente.

Segundo a nutricionista Cláudia Montianéle de Castro, é necessário in-gerir bastante líquido. “O melhor é op-tar por água, sucos de frutas naturais, água de coco e vitaminas. Além de hi-dratarem mais, fornecem vitaminas e minerais.” Para ela, os refrigerantes e as bebidas alcoólicas devem ser evitados.

Aconselha-se alimentação em pe-quenas quantidades e várias vezes ao dia com intervalo de três horas. Cláudia explica que o fracionamento da dieta é importante para o controle da fome, melhor digestão e aproveitamento dos alimentos.

jejum, o organismo começa a poupar energia e diminui a taxa de metabo-lismo basal. Se as refeições forem fra-cionadas, o organismo vai gastar mais energia para digerir os alimentos e a taxa metabólica basal não irá diminuir.

Alimentando-se de maneira fracionada, evita-se um longo tempo de secreção ácida no estômago, sem ter algum ali-mento para digerir.”

Preparo dos alimentosÉ importante também atentar para o preparo dos alimentos. As verduras de-vem ser bem lavadas com água corrente e depois deixadas de molho entre 15 e 20 minutos numa solução com hipo-clorito de sódio (ou água sanitária). Em seguida, é necessário lavar com água

-bém são válidos para os legumes, como beterraba, cenoura e batata. “É preciso lavá-los bem antes de descascá-los.”

A pia utilizada na lavagem requer uma boa higienização para que os re-síduos não contaminem outros ali-mentos. Cláudia diz que as tábuas para o preparo da carne não devem ser de materiais porosos como a madeira, pois permitem a penetração de microorga-nismos. “Deve-se escolher as de polie-tileno. Para limpá-las, o ideal é utilizar uma esponja grossa com amoníaco misturado com limão para remover

O melhor é optar por água, sucos de frutas naturais, água de coco e vitaminas. Além de hidratarem mais, fornecem

vitaminas e minerais.

por lara goulart

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Na estação mais quente do ano, deve-se ingerir muito líquido e ter cuidado redobrado com o preparo e conservação dos alimentos

No verão, os cuidados com a alimentação devem ser redo-brados. Como nesse período

aumenta-se a transpiração para manter a temperatura corporal, perde-se mais água e sais, que precisam ser repostos adequadamente.

Segundo a nutricionista Cláudia Montianéle de Castro, é necessário in-gerir bastante líquido. “O melhor é op-tar por água, sucos de frutas naturais, água de coco e vitaminas. Além de hi-dratarem mais, fornecem vitaminas e minerais.” Para ela, os refrigerantes e as bebidas alcoólicas devem ser evitados.

Aconselha-se alimentação em pe-quenas quantidades e várias vezes ao dia com intervalo de três horas. Cláudia explica que o fracionamento da dieta é importante para o controle da fome, melhor digestão e aproveitamento dos alimentos.

jejum, o organismo começa a poupar energia e diminui a taxa de metabo-lismo basal. Se as refeições forem fra-cionadas, o organismo vai gastar mais energia para digerir os alimentos e a taxa metabólica basal não irá diminuir.

Alimentando-se de maneira fracionada, evita-se um longo tempo de secreção ácida no estômago, sem ter algum ali-mento para digerir.”

Preparo dos alimentosÉ importante também atentar para o preparo dos alimentos. As verduras de-vem ser bem lavadas com água corrente e depois deixadas de molho entre 15 e 20 minutos numa solução com hipo-clorito de sódio (ou água sanitária). Em seguida, é necessário lavar com água

-bém são válidos para os legumes, como beterraba, cenoura e batata. “É preciso lavá-los bem antes de descascá-los.”

A pia utilizada na lavagem requer uma boa higienização para que os re-síduos não contaminem outros ali-mentos. Cláudia diz que as tábuas para o preparo da carne não devem ser de materiais porosos como a madeira, pois permitem a penetração de microorga-nismos. “Deve-se escolher as de polie-tileno. Para limpá-las, o ideal é utilizar uma esponja grossa com amoníaco misturado com limão para remover

O melhor é optar por água, sucos de frutas naturais, água de coco e vitaminas. Além de hidratarem mais, fornecem

vitaminas e minerais.

por lara goulart

Page 28: Revista NOZ

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compota · sobremesa · suco

suco · torta · molhos

comer a fruta · salada

comer a fruta · vitamina · salada

purê · petisco · acompanhamento

com açúcar · vitamina · salada

churrasco · torta · suco

água hidratante · comer polpa

compota

suco · molhos · torta · drinks

A nutricionista orienta não arma-zenar alimentos crus misturados com os cozidos. “Se conservados juntos, o resultado pode ser uma contaminação cruzada. Esse é pior tipo de contami-nação e é muito mais frequente do que imaginamos.”

RiscosO consumo de alimentos não indicados pode desencadear Doenças Transmiti-das por Alimentos (DTA). “Elas ocor-rem quando micróbios prejudiciais à saúde, parasitas ou substâncias tóxicas são transmitidas ao homem por meio do alimento.”

De acordo com Cláudia, os sintomas mais frequentes das DTA são diarreia, vômito, cólica, náusea e febre. “Para adultos sadios, a doença pode durar poucos dias. Já para as crianças, as grá-vidas, os idosos e as pessoas doentes, as consequências podem ser mais graves, levando inclusive à morte.”

Intoxicação AlimentarNo verão, são comuns os quadros de intoxicação alimentar e por isso alguns cuidados devem ser tomados. Como a temperatura é mais elevada nessa época do ano, os alimentos frios, que devem ser armazenados a uma tempe-

ratura de quatro a dez graus, perdem a temperatura rapidamente.

-cação alimentar normalmente aparece após a ingestão de alimentos ou bebi-das contaminadas por agentes patogê-nicos como bactérias, vírus ou parasi-tas. Os três tipos de contaminação mais comuns são pelas bactérias salmonela,

explica que a salmonela contamina as carnes antes mesmo do animal ser aba-tido. “O cozimento completo das carnes acaba completamente com as bactérias nocivas. Quando a carne não atinge a temperatura e tempo corretos de cozi-mento, existe a possibilidade da bacté-ria sobreviver, o que pode representar um risco ao ingeri-la.”

mãos, unhas, cabelos e pele do ma-nipulador de alimentos. Portanto, é preciso uma higiene rigorosa para que esse tipo de contaminação não ocorra. O clostridium está presente no ar, na poeira e no chão. É disseminado pelas moscas e sobrevive à fervura durante horas seguidas. “Em temperatura abai-xo de 20ºC ou acima de 60ºC, a bactéria se mantém inativa. Porém, entre esses dois limites ela se multiplica rapida-mente, contaminando o alimento.”

ABACATE

ABACAXI

COCO VERDE

FIGO

LIMÃO

LARANJA

MARACUJÁ

MELÃO AMARELO

MELANCIA

BATATA

Confira as frutas, legumes e verduras da estação, que nesta época estão melhores e mais fáceis de encontrar:

CEBOLA

QUIABO

TOMATE

ALFACE

REPOLHO ROXO

temperos · petisco

guarnição

molho · salada · rodelas

salada · sanduíche

salada · chucrute

Frutas, legumes e verduras devem ser primeiro lavados em água corrente

Deixá-los de molho em água sanitária por um período de

15 a 20 minutos

Enxaguá-los com água filtrada e deixar secar

Federico Fellini

Page 29: Revista NOZ

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compota · sobremesa · suco

suco · torta · molhos

comer a fruta · salada

comer a fruta · vitamina · salada

purê · petisco · acompanhamento

com açúcar · vitamina · salada

churrasco · torta · suco

água hidratante · comer polpa

compota

suco · molhos · torta · drinks

A nutricionista orienta não arma-zenar alimentos crus misturados com os cozidos. “Se conservados juntos, o resultado pode ser uma contaminação cruzada. Esse é pior tipo de contami-nação e é muito mais frequente do que imaginamos.”

RiscosO consumo de alimentos não indicados pode desencadear Doenças Transmiti-das por Alimentos (DTA). “Elas ocor-rem quando micróbios prejudiciais à saúde, parasitas ou substâncias tóxicas são transmitidas ao homem por meio do alimento.”

De acordo com Cláudia, os sintomas mais frequentes das DTA são diarreia, vômito, cólica, náusea e febre. “Para adultos sadios, a doença pode durar poucos dias. Já para as crianças, as grá-vidas, os idosos e as pessoas doentes, as consequências podem ser mais graves, levando inclusive à morte.”

Intoxicação AlimentarNo verão, são comuns os quadros de intoxicação alimentar e por isso alguns cuidados devem ser tomados. Como a temperatura é mais elevada nessa época do ano, os alimentos frios, que devem ser armazenados a uma tempe-

ratura de quatro a dez graus, perdem a temperatura rapidamente.

-cação alimentar normalmente aparece após a ingestão de alimentos ou bebi-das contaminadas por agentes patogê-nicos como bactérias, vírus ou parasi-tas. Os três tipos de contaminação mais comuns são pelas bactérias salmonela,

explica que a salmonela contamina as carnes antes mesmo do animal ser aba-tido. “O cozimento completo das carnes acaba completamente com as bactérias nocivas. Quando a carne não atinge a temperatura e tempo corretos de cozi-mento, existe a possibilidade da bacté-ria sobreviver, o que pode representar um risco ao ingeri-la.”

mãos, unhas, cabelos e pele do ma-nipulador de alimentos. Portanto, é preciso uma higiene rigorosa para que esse tipo de contaminação não ocorra. O clostridium está presente no ar, na poeira e no chão. É disseminado pelas moscas e sobrevive à fervura durante horas seguidas. “Em temperatura abai-xo de 20ºC ou acima de 60ºC, a bactéria se mantém inativa. Porém, entre esses dois limites ela se multiplica rapida-mente, contaminando o alimento.”

ABACATE

ABACAXI

COCO VERDE

FIGO

LIMÃO

LARANJA

MARACUJÁ

MELÃO AMARELO

MELANCIA

BATATA

Confira as frutas, legumes e verduras da estação, que nesta época estão melhores e mais fáceis de encontrar:

CEBOLA

QUIABO

TOMATE

ALFACE

REPOLHO ROXO

temperos · petisco

guarnição

molho · salada · rodelas

salada · sanduíche

salada · chucrute

Frutas, legumes e verduras devem ser primeiro lavados em água corrente

Deixá-los de molho em água sanitária por um período de

15 a 20 minutos

Enxaguá-los com água filtrada e deixar secar

Federico Fellini

Page 30: Revista NOZ

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Organizar uma reunião ou festa para os amigos é uma tarefa que pode parecer divertida e tranquila para algumas pessoas – mas que pode se tornar uma verdadeira dor de cabeça para os mais inexperientes. Para ajudar você a pular todas as longas (e eventualmente traumáticas) fases que constroem a experiência no planejamento de eventos, a NOZ reuniu algumas dicas e as organizou no guia “Como preparar a festa perfeita”. Talvez a palavra-chave mais im-portante no cenário do planejamento de uma festa seja

estratégia. Sem querer matar a espontaneidade e informa-lidade que reside em todas as reuniões entre amigos –e que geralmente ocorrem sem grandes transtornos – um mínimo de organização é necessário para que a sua festa seja um sucesso em todos os aspectos. Nesse ponto, é pos-sível aprender uma ou outra coisinha com o Sun Tzu (sim, um dos criadores do clássico A Arte da Guerra acaba de ser citado nessa revista).

Page 32: Revista NOZ

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É sensato estar atento ao clima ao organizar seu evento. Você pla-neja dar uma festa na varanda? Certifique-se que não vai chover. O tempo virou de vez e esquentou horrores? Que tal substituir o cho-colate quente por uma mousse de chocolate?

É adequado servir comidas que combinem com o clima e nesse aspecto, deve reinar o bom senso:

“O líder planeja no início, antes de começar a agir” e “o líder ava-lia os problemas e os previne.” São algumas pérolas da sabedoria oriental descritas no capítulo re-lativo a estratégia – justamente o primeiro desse épico tratado mili-tar. Nele, são apresentados alguns aspectos que devem ser analisa-dos antes de qualquer ação: cli-ma, terreno e disciplina.

não se recomenda servir pratos muito pesados à noite (churrasco, feijoada...), nem em descompasso com a temperatura ambiente. O ideal é oferecer pratos que com-plementem o clima – alimentos leves e refrescantes para dias de calor; reconfortantes e aquecidos pra os dias de frio. Não quer arris-car? Calma, existem combinações a prova de erro.

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Distância, grau de dificuldade para a locomoção, dimensões e segu-rança são os aspectos avaliados nesta etapa. O local onde a festaw será organizada é amplo? Há uma cozinha com geladeira e freezer disponíveis ou toda comida fica acessível no ambiente principal? A festa é ao ar livre? Conhecer essas limitações ajuda bastante na hora de definir a quantida-de ideal de convidados, o que e como será servida a comida. Se o ambiente é pequeno, há muitos convidados e os alimentos estão todos dispostos em uma só mesa,

Referente à eficiência e coerência organizacional, essa é uma virtude tática não tão simples de se desenvolver. Em seu contexto original é utilizada para descrever um siste-ma justo e imparcial de recompensas e punições para os soldados. Nesse caso, diz respeito à atenção que se deve dispensar ao bem-estar dos convidados. O ideal é que to-dos possam desfrutar de variedades e quantidades justas do que está sendo ofertado ao longo do evento. Se você contratou um garçon para te ajudar com essa tarefa, isso não será um problema. Mas se esse não for o caso, isso significa que você terá que supervisionar se ainda há be-bida nos copos dos convidados, se ainda há guardanapos limpos sobre a mesa enquanto sorri e se prepara para fazer uma saída estratégica para esquentar mais salgadinhos no forno.

Com um pouco de organização e um despertador (ou um amigo atento) você pode se programar para repor os comes e bebes de tempos em tempos – ou simplesmente dar liberdade pros convidados frequentarem a cozinha com certa autonomia.

isso pode fazer com que essa área fique sempre repleta de pessoas e prejudique a circulação de ar e de gente. Por outro lado, se o local é espaçoso e há poucos convidados, uma mesa só para os petiscos pode ajudar a criar um ambiente mais intimista.

Deve-se ter cuidado também com a disposição dos móveis. Co-locar mesas e cadeiras perto de portas e escadas (leia-se grande fluxo de pessoas) é armadilha na certa. Certifique-se que as bebi-das e comidas estão acessíveis a todos os convidados.

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A lista de convidados é um instrumento de or-ganização básico e somente com ele em mãos é possível identificar quantas pessoas serão recebidas e qual o perfil delas. Com essas in-formações claras, fica muito mais fácil prever quanta comida deverá ser preparada e que tipo de pratos serão servidos.

Existem algumas princípios que regem o cálculo das compras de festa. Fala-se em 1 litro de cerveja para cada convidado e 500ml para cada convidada, 50 gramas de bolo ou 6 docinhos para cada pessoa, 1 garrafa de vinho para cada grupo de quatro. Na prática, esses números variam de acordo com o perfil das pessoas e da festa. Se será servido um prato principal, por exemplo, as pessoas comerão

Saber identificar as suas forças e fraquezas é fundamental para organizar um bom evento – bem como conhecer seus limites. Traduzindo: não dê chances para o azar. Se você cozinha –e gosta de fazer isso – utilize seu dom a seu favor. Mime os convidados com algo que você preparou com todo carinho sem medo. Mas reflita se você realmente quer preparar uma refeição de três pratos para os seus amigos. Afinal de contas, cozinhar exige tempo e espa-ço – e se você não planeja passar as últimas 6h antes da festa começar na cozinha e ainda estar lavando as louças quando seus amigos começarem a chegar, você pode e deve contar com essa maravilha da modernidade chamada serviço de encomendas.

Cozinhar é um dom que nem todos pos-suem (ou têm interesse em desenvolver) e que graças aos céus não é essencial para organizar uma festa perfeita. Dito isso, não acredite tam-pouco que com uma pesquisa de 5 minutos no Google e um telefonema você está prestes a organizar o evento do ano. Não importa se você está prestes a encomendar comidas ou serviços – conhecer o trabalho de quem você vai contratar pode evitar muitos transtornos. Aqueles cupcakes decorados são lindos, e olha, tão super baratos no site. Ótimo, mas você já os provou? Você sabe se o cozinhei-ro é confiável, higiênico e cumpre prazos? Ter uma rede de contatos ajuda bastante – e estar atento a conveniências do seu próprio dia-a--dia também. Foi almoçar naquele restaurante peruano e adorou o ambiente? Que tal desco-brir quanto eles cobram pra alugar o espaço pra festas? Foi ao aniversário de uma amiga e adorou os docinhos? Não hesite em pergun-tar onde ela encomendou. A lista infalível de “colaboradores” é desenvolvida com o tempo – e com boa vontade e organização também, é claro.

menos salgadinhos; se não for servida bebida alcóolica, todo mundo beberá mais refrigeran-te. acho que vale a pena colocar esses dados mais específicos em forma de tabela – mais fácil pra ler) Em comemorações familiares, geralmente espera-se que haja docinhos su-ficientes para comer na hora e levar alguns

para casa; em reuniões informais com seus amigos abstêmios, uma garrafa de vinho pode ser muito e por aí vai. Também é de bom tom conhecer o paladar dos convidados. Afinal de contas, não é todo mundo que gosta de mini quiche de alho poró (e nem você vai continuar gostando se tiver que comer as 47 que sobra-ram nos dias seguintes à festa). Observar os hábitos das pessoas com quem você convive (e frequenta festas, é claro) é a melhor maneira de prever com certa eficiência o que e quanto encomendar para agradar – juntamente com os conselhos de quem tem certa experiência na área (as confeiteiras costumam dar palpites acertados no que diz respeito a quantidade de salgadinhos,por exemplo).

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Antes de sair fazendo encomen-das a torto e a direito é necessário averiguar se o frete está incluso no preço, se há espaço na sua geladeira para armazenar o que foi comprado e qual a margem de tempo segura para fazer um pedido. Se a festa será organi-zada num local com espaço li-mitado, por exemplo,é essencial organizá-lo para que a comida que ainda não foi consumida não vire um obstáculo para quem está circulando nele. Se o bolo enco-mendado precisa ficar refrigera-do, certifique-se que há espaço na geladeira. Se não há, arranje

Só tem espaço para cinco convi-dados sentarem à mesa da sala? Talvez seja interessante não servir uma refeição com entrada-prato principal-e-sobremesa se você convidou 20 pessoas e aquele seu sofá é um pouco apertado (e não muito estável). Boa parte das pessoas acha desagradável comer que comer com prato, garfo e faca de pé – ao passo que ninguém reclama muito de comer cachorro quente recostado na parede.

ou tente combinar a entrega na “hora do parabéns”.

Traduzindo: se você planeja fa-zer encomendas – não importa se de bolo,docinhos, salgados ou de tudo – é necessário refletir sobre quanta energia será dispensada neste esforço e na sua viabilida-de. Se só a cozinheira de confian-ça da sua mãe faz o bolo do jeito que você gosta e você tem que ir buscar o quitute na casa dela em pleno feriado chuvoso do outro lado da cidade de ônibus, seria interessante considerar outras al-ternativas.

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uma s alada cae s ar e sp e cial

Receitas ideais para um almoço de verão,leves e refrescantes!

Você vai precisar de:

Para o molho

1 xícara (chá) de creme de leite fresco 2 colheres (sopa) de maionese 2 colheres (sopa) de queijo parmesão ralado1 filé de aliche 1 colher de manteiga de amendoim1/2 xícara (chá) de azeite de oliva 1 dente de alho sem cascasuco de 1 limão

Para a salada

1 abacate1/2 maço de alface-americana1/2 maço de alface crespa 6 fatias de pão de fôrma sem casca2 colheres (sopa) de manteiga 500g de peito de frango150g de queijo parmesão ralado grossosal, açucar, pimenta do reino, laranja e cebola para tem-perar

Modo de preparo:

1. Lave bem as folhas de alface sob água corrente. Numa tigela com água e um pouco de vinagre, deixe as folhas de molho por 20 minutos. Em seguida, retire as folhas com cuidado.

2. Com uma faca, corte o pão em quadrados pequenos.3. Numa frigideira antiaderente, coloque a manteiga e leve ao fogo

médio para derreter. Acrescente os cubinhos de pão e deixe dourar, mexendo de vez em quando para não queimar. Retire do fogo, transfira os cubinhos para um prato e reserve.

4. Use a mesma fridideira para fazer biscoitos de queijo: jogue par-mesão, deixe dourar um dos lados, desgrude-o e vire.

5. No liquidificador, junte o creme de leite, a maionese, o parmesão ralado, o aliche, o azeite, o alho, o suco de limão e a manteiga de amen-doim. Bata por 2 minutos ou até obter um creme homogêneo. Reserve.

6. Corte o peito de frango em cubos pequenos e tempere-o a seu gosto com sal, pimenta, suco de laranja e cebola ralada. Em uma pane-la coloque 3 colheres de sopa de açucar com 1 de água para carameli-zar. Quando surgir o caramelo, jogue o frango e mexa até que todos os pedaços fiquem dourados.

7. Seque as folhas de alface com papel-toalha e rasgue em pedaços médios. Disponha as folhas numa saladeira, regue com o molho e sal-pique com os cubos de pão, com os pedaços de frango e quadradinhos de abacate. Sirva a seguir.

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dica de mestre: o abacate dá a salada um toque aconchegante de comida caseira

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quiche de calabre s a

A Massa

Você vai precisar de:

250 g cream craker moídos no processador ou manualmente 125 g de manteiga 1 ovo1 colher (sopa) de água

Modo de Preparo:

1. Misturar todos os ingredientes num recipiente fundo, até formar uma massa granulosa 2. Forrar o fundo e 1 cm das paredes de uma assadeira de fundo re-movível redonda de 22 cm de diâmetro. Reserve até o momento de acrescentar o recheio.

O Recheio

Você vai precisar de:

2 xícaras (chá) de creme de leite fresco 4 ovos 150 g de calabresa defumada em cubinhos100 g de queijo gruyère ralado grosso1 cebola em rodelassal e pimenta-do-reino a gosto

Modo de Preparo

1. Preaqueça o forno a 180°C (temperatura média). 2. Numa tigela, junte os ovos, o leite e o creme de leite e bata com um fouet (batedor de arame) até ficar homogêneo. 3. Tempere com sal e pimenta a gosto. 4. Numa panela, de preferência antiaderente, leve a calabresa e a ce-bola ao fogo médio por 3 minutos. 5. Retire do fogo, escorra a gordura e reserve. 6. Cubra a massa com o queijo gruyère, o bacon e o creme de ovos, separadamente, seguindo esta ordem. 7. Leve ao forno para assar por 30 minutos, ou até que a superfície fique dourada. 8. Retire do forno e sirva a seguir.

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quiche de calabre s a

gatekeeper - feistsecret heart- feist tenderly - ella fitzgerald & louis armstrongi am in love - ella fitzgeraldmagra - lenine misread - kings of convinienceromeo and juliet - the killersdark night - john frusciantelunatico - gotan projectquiet houses - fleet foxes

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qual picolé você vai querer?

Para provar ou indicar!

Sabor melãoMarca MelonaMercado ObaR$ 4,59

Para abusar da refrescância na rua!

Sabor uvaMarca Quatro LeitesCarrinho de picolé R$ 1,00

Fruto do cerrado!

Sabor BuritiMarca Nosso Sabor312 Asa NorteR$ 1,00

O consagrado!

Sabor CocoMarca KibonR$ 2,00

por lara goulart

fotos: Henrique Neto

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Recordar a infância!

Picolé FrutilliMarca KibonR$ 1,50

Energia para a caminhada!

Sabor AçaíMarca Quatro LeitesCarrinho de PicoléR$ 1,00

Manga no palito!

Sabor MangaMarca KibonR$ 1,75

Equilíbrio perfeito entre azedo e doce!

Sabor TangerinaMarca KibonR$ 1,75

O vermelho vibrante!

Sabor GroselhaMarca Quatro LeitesCarrinho de picoléR$ 1,00

Com pedaços!

Sabor AbacaxiMarca NestléR$ 1,80

O irresistível limão!Aproveite, mas cuidado com o sol, pode manchar a pele!

Sabor LimãoMarca KibonR$ 1,75

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Cozinhar, e cozinhar bem, parece um sonho para muitos. Mas um sonho distante e cheio de obstáculos: quantidades, macetes, timing… dá uma preguiça de bom na coisa, né? Pois se isso te impedia, não mais impedirá! NOZ te damos uma força e listamos dicas simples, mas que fazem toda a diferença na hora de começar nessa empreitada!

Os legumes e verduras devem ser lavados em água corrente e os grãos deixados de molho. Os alimentos só

-deira por até 30 minutos

muito tempo na tempera-tura ambiente, o sabor do prato pode sair alterado.

preparando os alimentos!

A cozinha e os utensílios também devem estar bem higienizados. Depois de limpar tudo, passe álcool do tipo 70% nas panelas e tábuas. Esse tipo de álcool mata as bactérias que o detergente não mata. Ele não evapora tão rápido

Algumas receitas deixam dúvidas sobre as medidas dos ingredientes, como por exemplo o tal do “sal a gosto”. A média é usar 15 gramas por quilo de alimento, mas o que funciona mesmo é o teste do

-trado. O ideal é começar com uma pequena porção e ir provando ao longo do preparo. Não coloque todo o sal de uma vez só. Sobre a medida da xícara, considere-a igual à do copo americano. E nada de economizar. Ambos devem estar cheios até a borda.

descomplicando as medidas

Algumas receitas mandam preaquecer o forno. Obe-deça. E faça isso também com a panela. Esquente-a antes do colocar o óleo ou a gordura. E lembre-se de que não se deve cobrir total-mente o fundo do utensílio.No caso de carnes, se você não esperar a panela aquecer, ela começa a soltar todo o líquido na panela.

O forno pré-aquecido sela a carne e forma uma crosta por fora, que mantém o suco concentrado e deixa o bife mais suculento.

Nada de cozinhar tudo em fogo alto porque isso “é mais rápido”. Os dois tipos de cozimento fazem toda a diferença.O fogo alto serve para legumes, mas para carnes não é indicado, pois extrai o sabor da peça.

fogo alto xfogo brando

preaquecendoo forno!

por rafaela lima

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Eu costumo achar que em Brasília os lugares são todos iguais, só mudam de nome. Me divirto procurando justamente lo-cais que fogem do comum, que tenham uma aura diferente. Soube que o BalcoNY 412 tinha inaugurado por acaso, lendo uma coluna de gastronomia e na outra semana fui conferir o local. A entrada me conquistou à primeira vista: uma porta misteriosa, rústica e, o melhor de tudo, estava fechada. Passar por aquela porta prometia uma experiência fora do comum em um contexto completamente novo.

O local aconchegante é para freqüentar com um grupo pequeno de amigos mais íntimos. Possuem mesas apertadas e iluminação fraca proposital, o balcão central onde são pre-parados drinks variados é a atração da casa, com 40 lugares disponíveis. A decoração é simples e tem seu charme, é um local funcional: aonde ir para beber, relaxar e ouvir clássi-cos no saxofone. Uma reprodução bacana dos bares nova--iorquinos.

A experiência gastronômica é variada, deliciosos petiscos para acompanhar a bebida ou pratos mais rebuscados para

um ótimo jantar. Para um local cujo foco são as bebidas, o cardápio é surpreendentemente bem realizado e variado, com muita qualidade, passando por croquetes, saladas, san-duíches, carnes e panelinhas. Os carros-chefe da casa são os pratos com a carne louca preparada cuidadosamente por 9 horas no forno. Mas o ápice da experiência gastronômica é o Camembert cogumelos servido com torradinhas. A combinação do quei-jo pastoso com o molho bem temperado é inenarrável. As comidas geralmente vêm em porções pequenas e servem duas a três pessoas. O interessante nesse caso é pedir pratos variados para dividir com os amigos e assim poder provar as diferentes opções do menu.

Os preços são altos, mas acredito que segue o padrão dos estabelecimentos brasilienses mais requintados. Nada acompanha arrependimentos, a sensação ao deixar o local é sempre de um bom investimento. Depois que fui a primeira vez já voltei outras vezes com amigos diversos e o nível da experiência se manteve. É um lugar que indico sem titubear.

por Nain Costa

Piauípor Rafaela Lima

Descubra e compare bares e restaurantes da cidade que tem algo de especial a oferecer, seja

O Piauí é o clássico pé sujo na cabeça de todos os brasilien-

como pé sujo? Se for pelo lugar mais informal e pela cerveja barata, com certeza é pé sujo; se for pela diversidade de esti-los de pessoas, também. O Piauí une tudo isso.. É um ótimo lugar pra chamar os amigos e beber, sentado ou em pé. E é ótimo também pra ir sem planjejar muito e encontrar vários amigos e conhecidos.

Originalmente, o Piauí é uma distribuidora de bebidas. Mas esse não é mais o forte do lugar, principalmente porque os preços não compensam tanto em relação à supermerca-dos, por exemplo. Mas pra sentar e beber uma cerveja é uma ótima opção!

Lá é possível também comer uma variedade de churras-quinhos com acompanhamentos como vinagrete, batata, mandioca. Bem pé sujo (no bom sentido)! E posso dizer que muitos dos brasilienses preferem um lugar assim a um pé

libertador!

NY

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Eu costumo achar que em Brasília os lugares são todos iguais, só mudam de nome. Me divirto procurando justamente lo-cais que fogem do comum, que tenham uma aura diferente. Soube que o BalcoNY 412 tinha inaugurado por acaso, lendo uma coluna de gastronomia e na outra semana fui conferir o local. A entrada me conquistou à primeira vista: uma porta misteriosa, rústica e, o melhor de tudo, estava fechada. Passar por aquela porta prometia uma experiência fora do comum em um contexto completamente novo.

O local aconchegante é para freqüentar com um grupo pequeno de amigos mais íntimos. Possuem mesas apertadas e iluminação fraca proposital, o balcão central onde são pre-parados drinks variados é a atração da casa, com 40 lugares disponíveis. A decoração é simples e tem seu charme, é um local funcional: aonde ir para beber, relaxar e ouvir clássi-cos no saxofone. Uma reprodução bacana dos bares nova--iorquinos.

A experiência gastronômica é variada, deliciosos petiscos para acompanhar a bebida ou pratos mais rebuscados para

um ótimo jantar. Para um local cujo foco são as bebidas, o cardápio é surpreendentemente bem realizado e variado, com muita qualidade, passando por croquetes, saladas, san-duíches, carnes e panelinhas. Os carros-chefe da casa são os pratos com a carne louca preparada cuidadosamente por 9 horas no forno. Mas o ápice da experiência gastronômica é o Camembert cogumelos servido com torradinhas. A combinação do quei-jo pastoso com o molho bem temperado é inenarrável. As comidas geralmente vêm em porções pequenas e servem duas a três pessoas. O interessante nesse caso é pedir pratos variados para dividir com os amigos e assim poder provar as diferentes opções do menu.

Os preços são altos, mas acredito que segue o padrão dos estabelecimentos brasilienses mais requintados. Nada acompanha arrependimentos, a sensação ao deixar o local é sempre de um bom investimento. Depois que fui a primeira vez já voltei outras vezes com amigos diversos e o nível da experiência se manteve. É um lugar que indico sem titubear.

por Nain Costa

Piauípor Rafaela Lima

Descubra e compare bares e restaurantes da cidade que tem algo de especial a oferecer, seja

O Piauí é o clássico pé sujo na cabeça de todos os brasilien-

como pé sujo? Se for pelo lugar mais informal e pela cerveja barata, com certeza é pé sujo; se for pela diversidade de esti-los de pessoas, também. O Piauí une tudo isso.. É um ótimo lugar pra chamar os amigos e beber, sentado ou em pé. E é ótimo também pra ir sem planjejar muito e encontrar vários amigos e conhecidos.

Originalmente, o Piauí é uma distribuidora de bebidas. Mas esse não é mais o forte do lugar, principalmente porque os preços não compensam tanto em relação à supermerca-dos, por exemplo. Mas pra sentar e beber uma cerveja é uma ótima opção!

Lá é possível também comer uma variedade de churras-quinhos com acompanhamentos como vinagrete, batata, mandioca. Bem pé sujo (no bom sentido)! E posso dizer que muitos dos brasilienses preferem um lugar assim a um pé

libertador!

NY

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Ambiente hoje privilegiado, a cozinha já viveu mo-mentos negros em sua história em que não passava apenas de um local para serviços laborais. Pior que

isso, foi instrumento de dominação social ao colocar a mu-lher, seja na forma da escrava ou da mulher moderna, como única responsável pelo trabalho não agraciado pelo homem. Isso explica de forma simplista o porquê da cultura ocidental há muito tempo ter neste ambiente a visão laboril do traba-lho ingrato. Nos lares de baixa e média renda, os quais muitas vezes não possuíam condições de contar com o trabalho de um serviçal para tais tarefas, a mulher era sempre colocada como responsável pela cozinha, assim como de toda casa e do bem estar da família. Este tipo de pensamento perdurou por vários séculos, e apesar de ainda existente, se enfraquece cada vez mais com a atual posição da mulher e com mudan-ças gradativas de nossos valores culturais.

Durante muito tempo as tarefas da cozinha foram tidas como um desprazer para o que se esperava do dia a dia de um lar, apesar de boa parte da tarefa diária da casa ser con-centrada neste ambiente. Não bastasse também o status in-desejável que o ambiente passou a ter durante a escravatura, já que cozinha passou a ser lugar de escravos e serviçais, sob o mando da mulher da casa. Existiram depois ainda muitos preconceitos como a divisão de tarefas por gênero além da própria separação deste ambiente dos demais pela natureza da atividade.

Com o tempo porém, houveram mudanças gradativas que transformaram profundamente as relações entre as pessoas

panorama da cozinha contemporânea nos leva a olhar para trás e perceber a evolução desse ambiente com relação à his-tória de nossa sociedade.

Nesta matéria, vamos caminhar juntos por essa jornada e

revolução industrial até as mais recentes mudanças quanto à ascensão dos novos modelos familiares e do próprio indi-vidualismo. Esse percurso também é essencial para mostrar possíveis caminhos futuros e como nosso comportamento passou a moldar cada vez mais o ambiente que nos rodeia.

Entender a evolução da cozinha, pelos olhos da história ocidental, nos mostra quais os pontos mais importantes para que a concepção dos ambientes contemporâneos sejam entendidas e também nos ajuda a vislumbrar o que esperar no futuro Em um primeiro momento, a cozinha era

multifuncional, servindo como área de trabalho dos escravos e serviçais. Muito diferente da cozinha atual, apesar da importância nos lares, era vista como lugar de pouca higiene e de serviço trabalhoso.

No Brasil, até o século XIX a cozinha geralmente era vinculada ao exterior da casa. Isso é explicado em geral por uma herança da época de escravidão, em que a comida era feita fora de casa e depois le-vada a sala de jantar. Isso acontecia, além da co-mida ser preparada pelos escravos, devido a falta de higiene no ambiente da cozinha que em geral era cheia de fuligem do fogão a lenha, além de não possuir várias facilidades como água encanada e refrigeração. Não era incomum a cozinha também ser o local onde esses serviçais passavam o dia e depois dormiam e cuidavam da própria higiene, o que tornava o ambiente um espaço socialmente indesejado da casa, no qual visitas não eram per-mitidas e que funcionava como área à serviço das outras áreas da casa. No entanto a partir da cultura cafeeira este retrato começou a mudar, iniciando-se na região Sudes-te, área em que o movimento tinha maior força. O dinheiro do café impusionou a industrialização e permitiu que alguns avanços, já comuns nos Esta-dos Unidos e Europa, chegassem ao Brasil e faci-litassem o movimento de inserção da cozinha no ambiente interno dos lares. A chegada do fogão a gás, a mudança das panelas de barro para alu-minio e o advento da água encanada ajudaram a tornar a cozinha um ambiente mais limpo e con-fortável.

A cozinha da subsistência serviçal

por herick ferreira

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Page 49: Revista NOZ

Ambiente hoje privilegiado, a cozinha já viveu mo-mentos negros em sua história em que não passava apenas de um local para serviços laborais. Pior que

isso, foi instrumento de dominação social ao colocar a mu-lher, seja na forma da escrava ou da mulher moderna, como única responsável pelo trabalho não agraciado pelo homem. Isso explica de forma simplista o porquê da cultura ocidental há muito tempo ter neste ambiente a visão laboril do traba-lho ingrato. Nos lares de baixa e média renda, os quais muitas vezes não possuíam condições de contar com o trabalho de um serviçal para tais tarefas, a mulher era sempre colocada como responsável pela cozinha, assim como de toda casa e do bem estar da família. Este tipo de pensamento perdurou por vários séculos, e apesar de ainda existente, se enfraquece cada vez mais com a atual posição da mulher e com mudan-ças gradativas de nossos valores culturais.

Durante muito tempo as tarefas da cozinha foram tidas como um desprazer para o que se esperava do dia a dia de um lar, apesar de boa parte da tarefa diária da casa ser con-centrada neste ambiente. Não bastasse também o status in-desejável que o ambiente passou a ter durante a escravatura, já que cozinha passou a ser lugar de escravos e serviçais, sob o mando da mulher da casa. Existiram depois ainda muitos preconceitos como a divisão de tarefas por gênero além da própria separação deste ambiente dos demais pela natureza da atividade.

Com o tempo porém, houveram mudanças gradativas que transformaram profundamente as relações entre as pessoas

panorama da cozinha contemporânea nos leva a olhar para trás e perceber a evolução desse ambiente com relação à his-tória de nossa sociedade.

Nesta matéria, vamos caminhar juntos por essa jornada e

revolução industrial até as mais recentes mudanças quanto à ascensão dos novos modelos familiares e do próprio indi-vidualismo. Esse percurso também é essencial para mostrar possíveis caminhos futuros e como nosso comportamento passou a moldar cada vez mais o ambiente que nos rodeia.

Entender a evolução da cozinha, pelos olhos da história ocidental, nos mostra quais os pontos mais importantes para que a concepção dos ambientes contemporâneos sejam entendidas e também nos ajuda a vislumbrar o que esperar no futuro Em um primeiro momento, a cozinha era

multifuncional, servindo como área de trabalho dos escravos e serviçais. Muito diferente da cozinha atual, apesar da importância nos lares, era vista como lugar de pouca higiene e de serviço trabalhoso.

No Brasil, até o século XIX a cozinha geralmente era vinculada ao exterior da casa. Isso é explicado em geral por uma herança da época de escravidão, em que a comida era feita fora de casa e depois le-vada a sala de jantar. Isso acontecia, além da co-mida ser preparada pelos escravos, devido a falta de higiene no ambiente da cozinha que em geral era cheia de fuligem do fogão a lenha, além de não possuir várias facilidades como água encanada e refrigeração. Não era incomum a cozinha também ser o local onde esses serviçais passavam o dia e depois dormiam e cuidavam da própria higiene, o que tornava o ambiente um espaço socialmente indesejado da casa, no qual visitas não eram per-mitidas e que funcionava como área à serviço das outras áreas da casa. No entanto a partir da cultura cafeeira este retrato começou a mudar, iniciando-se na região Sudes-te, área em que o movimento tinha maior força. O dinheiro do café impusionou a industrialização e permitiu que alguns avanços, já comuns nos Esta-dos Unidos e Europa, chegassem ao Brasil e faci-litassem o movimento de inserção da cozinha no ambiente interno dos lares. A chegada do fogão a gás, a mudança das panelas de barro para alu-minio e o advento da água encanada ajudaram a tornar a cozinha um ambiente mais limpo e con-fortável.

A cozinha da subsistência serviçal

por herick ferreira

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Page 50: Revista NOZ

Futuro: Cozinha ou espaço de convivência?

A cozinha contemporânea

A mulher na cozinha moderna

obrigada a tomar conta da cozinha e dos afazeres de casa. Sem os serviçais e tendo a sua disposição os benefícios da eletrici-dade, a mulher começa a cozinhar de um modo diferente ao obedecer novas regras e costumes. Durante este período se fortalece a visão da cozinha funcionalista, visto mui-to mais como uma área de trabalho do que como um ambiente de vivência.

A otimização dos processos e do pre-paro do alimentos ganha cada vez mais importância e as evoluções tecnológicas colaboram cada vez mais para alimentar à industria machista. Esse ciclo no qual os ho-

O que determina a cozinha agora não é apenas a atividade mas sim as interações sociais que nela ocorrem. Mais valorizado que a própria alimentação é o momento em que pessoas estão juntas, se divertindo, conversando, interagindo. A cozinha não se delimita mais a um espaço da casa onde se preparam alimentos, mas se mistura com o ambiente e vai da sala de jantar à varan-da. Mais do que um local de alimentação, a cozinha se transformou em um espaço a ser experienciado, que busca mais as reali-zações sociais às meras necessidades da ali-mentação pela sobrevivência.

A cozinha como área de trabalho e a as-censão da mulher foram aos poucos dando lugar à novas ideias e concepções no que

tange a formação familiar, à distribuição do trabalho em casa e ao próprio valor dado a ele. Com a valorização do ato de cozinhar juntamente as mudanças tecnológicas e ar-quitetônicas ocorreram mudanças no com-portamento das pessoas.

Com o tempo a cozinha ganhou status e passou a ser área de lazer e convívio social. A arquitetura no entanto, sob o ponto de vista da classe média, demorou a mudar e somente a pouco começou a entender a ne-cessidade de atualização de seus projetos. A heterogeneidade de formações familia-res, não mais baseada somente na família nuclear e com a crescente necessidade de individualização, fez com que os padrões projetuais antes estabelecidos caíssem por

terra. Agora não se tem, como num passado recente, um mercado que valoriza a depen-dência de empregada enquanto manuten-ção necessária do resquício de senzala exis-tente nos projetos arquitetônicos do século passado.

Outro ponto importante é que ela mos-tra claramente novos valores e posições, na qual o homem na cozinha se torna uma experiência comum e a divisão do trabalho pelo gênero diminui a medida em que se aumenta a integração dos ambientes resi-denciais. Fatores como a valorização da gas-tronomia aliado à ideia de um novo homem faz com que situações antes consideradas atípicas sejam cada vez mais comuns no co-tidiano das pessoas.

da casa e suas mulheres tinham o trabalho “facilitado” pelos aparatos comprados pe-los seus maridos, que ainda assim exigiam destas dedicação máxima no desempenho de suas funções. Acabava que ao facilitar al-gumas tarefas da casa, aumentava-se a exi-gência pela perfeição, tornando as mulheres meros elementos de incentivo ao consumo destes novos bens. Com a inserção da mu-lher no mercado de trabalho, as facilidades dos novos eletrodomésticos foram cada vez mais evidenciadas por meio de campanhas publicitárias da época. Com a desculpa de ajudá-la em suas tarefas diárias e poder au-mentar seu tempo dedicado ao trabalho e à

cuidar da casa deveria também trabalhar. O trabalho foi facilitado de fato, porém as

amarras culturais ainda não permitiam que a cozinha tivesse o papel que têm hoje, prin-cipalmente pela questão da mulher. Algo ainda era claro, a cozinha não passava de uma área da casa vista como o trabalho do lar, e essa visão não permitia a ela quebrar

Mas nesse contexto começa a surgir tam-bém outros movimentos, já que a evolução tecnológica, a inserção da mulher no mer-cado de trabalho e o modelo econômico ha-bitacional mostravam algumas mudanças, como o início da ajuda do homem no traba-lho de casa.

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Page 51: Revista NOZ

Futuro: Cozinha ou espaço de convivência?

A cozinha contemporânea

A mulher na cozinha moderna

obrigada a tomar conta da cozinha e dos afazeres de casa. Sem os serviçais e tendo a sua disposição os benefícios da eletrici-dade, a mulher começa a cozinhar de um modo diferente ao obedecer novas regras e costumes. Durante este período se fortalece a visão da cozinha funcionalista, visto mui-to mais como uma área de trabalho do que como um ambiente de vivência.

A otimização dos processos e do pre-paro do alimentos ganha cada vez mais importância e as evoluções tecnológicas colaboram cada vez mais para alimentar à industria machista. Esse ciclo no qual os ho-

O que determina a cozinha agora não é apenas a atividade mas sim as interações sociais que nela ocorrem. Mais valorizado que a própria alimentação é o momento em que pessoas estão juntas, se divertindo, conversando, interagindo. A cozinha não se delimita mais a um espaço da casa onde se preparam alimentos, mas se mistura com o ambiente e vai da sala de jantar à varan-da. Mais do que um local de alimentação, a cozinha se transformou em um espaço a ser experienciado, que busca mais as reali-zações sociais às meras necessidades da ali-mentação pela sobrevivência.

A cozinha como área de trabalho e a as-censão da mulher foram aos poucos dando lugar à novas ideias e concepções no que

tange a formação familiar, à distribuição do trabalho em casa e ao próprio valor dado a ele. Com a valorização do ato de cozinhar juntamente as mudanças tecnológicas e ar-quitetônicas ocorreram mudanças no com-portamento das pessoas.

Com o tempo a cozinha ganhou status e passou a ser área de lazer e convívio social. A arquitetura no entanto, sob o ponto de vista da classe média, demorou a mudar e somente a pouco começou a entender a ne-cessidade de atualização de seus projetos. A heterogeneidade de formações familia-res, não mais baseada somente na família nuclear e com a crescente necessidade de individualização, fez com que os padrões projetuais antes estabelecidos caíssem por

terra. Agora não se tem, como num passado recente, um mercado que valoriza a depen-dência de empregada enquanto manuten-ção necessária do resquício de senzala exis-tente nos projetos arquitetônicos do século passado.

Outro ponto importante é que ela mos-tra claramente novos valores e posições, na qual o homem na cozinha se torna uma experiência comum e a divisão do trabalho pelo gênero diminui a medida em que se aumenta a integração dos ambientes resi-denciais. Fatores como a valorização da gas-tronomia aliado à ideia de um novo homem faz com que situações antes consideradas atípicas sejam cada vez mais comuns no co-tidiano das pessoas.

da casa e suas mulheres tinham o trabalho “facilitado” pelos aparatos comprados pe-los seus maridos, que ainda assim exigiam destas dedicação máxima no desempenho de suas funções. Acabava que ao facilitar al-gumas tarefas da casa, aumentava-se a exi-gência pela perfeição, tornando as mulheres meros elementos de incentivo ao consumo destes novos bens. Com a inserção da mu-lher no mercado de trabalho, as facilidades dos novos eletrodomésticos foram cada vez mais evidenciadas por meio de campanhas publicitárias da época. Com a desculpa de ajudá-la em suas tarefas diárias e poder au-mentar seu tempo dedicado ao trabalho e à

cuidar da casa deveria também trabalhar. O trabalho foi facilitado de fato, porém as

amarras culturais ainda não permitiam que a cozinha tivesse o papel que têm hoje, prin-cipalmente pela questão da mulher. Algo ainda era claro, a cozinha não passava de uma área da casa vista como o trabalho do lar, e essa visão não permitia a ela quebrar

Mas nesse contexto começa a surgir tam-bém outros movimentos, já que a evolução tecnológica, a inserção da mulher no mer-cado de trabalho e o modelo econômico ha-bitacional mostravam algumas mudanças, como o início da ajuda do homem no traba-lho de casa.

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Quem nunca reparou no quanto as comidas tem

de Almodóvar? Na seção “pavê”, NOZ apresentamos

no campo cinematogr

por rafaela lima

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Sequências em que a comida está no centro dos aconte-

Tanto que servem até de inspiração para aulas de culi-nária, ideais para quem quer descobrir o sabor das obras de Almodóvar. A chef e pesquisadora gastronômica Eládia Martín Sanchez, que vive em São Paulo, é a responsável pelo primeiro curso do país que une a sétima arte espanhola e a gastronomia. “É uma maneira diferente de vivenciar tanto o cinema, quanto a gastronomia”, explica Eládia. “Em algu-mas receitas, nós seguimos inclusive o modo de preparo do

-dápio das aulas, receitas de Volver, A vereadora antropófoga,

Não é à toa que Eládia escolheu as cenas do diretor para guiar seu curso. Segundo o professor da Universidade Es-tadual de São Paulo (Unesp) João Eduardo Hidalgo, espe-cialista na obra do espanhol, a comida tem um papel im-portante não só na estética, mas também na narrativa de Almodóvar. “Para ele, comida é sempre sinônimo de prazer. Em nenhuma cena você verá alguém se sentindo culpado ou sofrendo com os excessos de alimento ou de bebida. Essa

torne algo muito importante”, explica.-

ca libertar-se. “Quando ele era criança, na década de 1950 e 1960, a população espanhola foi atingida por uma grave

na sua obra. O mundo gastronômico se torna símbolo da -

dor da Unesp. “Em Mulheres à beira de um ataque de nervos, a protagonista usa o gaspacho como ‘arma’ para resolver seus problemas. Em Volver a personagem principal só consegue se libertar da vida oprimida que leva quando abre um res-

Segundo os especialistas, a presença constante da ali-

cineasta tem pela família. “Ele chegou a utilizar a mãe como

preparada pela mãe e pelas irmãs é também um tributo a

elas prepararem esses pratos, tanto para ele consumir nos -

go, que durante sua tese de doutorado passou um ano na produtora El Deseo

se você não percebeu, essa é a Penélope Cruz

como Raimunda!

“Para ele, comida é sempre

sinônimo de prazer.

Em nenhuma cena você verá

alguém se sentindo culpado ou

sofrendo com os excessos de alimento ou de bebida. Essa característica

faz com que, em s s, a gastronomia se torne algo

muito importante”

Fita de Pedro Almodóvar que se passa entre a capital Madri e LaMancha, região do interior da Espanha onde o diretor nasceu, em 1949. Trata-se de uma obra bastante autoral, conduzida pelos in-defeff ctívíí eis personagens femininos de Almodóvar.rr Com pitadas desuspense, o drama é desencadeado por uma série de segredos defamília que vêm à tona com a mesma intensidade de cores que

se perguntar onde entra a comida nessa história. Sempre farta e suculenta, ela ganha a cena com frff equência pelas mãos de Rai-munda, papel da bela Penélope Cruz.

Bolos, pudins de leite, rosquinhas açucaradas e biscoitos aman-teigados, típicos daquele pesempre nos momentos em quou desfeitos. Assim, a comida

nagens não conseguem dissoPrimeiro, é possívíí el ver ape

tada por Penélope Cruz. Aos pe revelando os tomates e pimpedaços bem pequenos. A imras. À medida em que a imagsurgem: salsa, tomates, tempede foff calizar unicamente a mutas pessoas comendo justammanchego, uma frff itada de legmum nas cozinhas da Espanh

É bonito ver os trechos erestaurante mambembe, almcinema que está de passagemnhados de embutidos tradictradicionais tortilhas espanh

regionais, mas que ganham a

Jesus e Antonia para elaborarA sequência, que faff z parte

rístico de lá, como um hambú

mas muito interessante, de enespanhola”, co” mpleta.

VOLVER

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Sequências em que a comida está no centro dos aconte-

Tanto que servem até de inspiração para aulas de culi-nária, ideais para quem quer descobrir o sabor das obras de Almodóvar. A chef e pesquisadora gastronômica Eládia Martín Sanchez, que vive em São Paulo, é a responsável pelo primeiro curso do país que une a sétima arte espanhola e a gastronomia. “É uma maneira diferente de vivenciar tanto o cinema, quanto a gastronomia”, explica Eládia. “Em algu-mas receitas, nós seguimos inclusive o modo de preparo do

-dápio das aulas, receitas de Volver, A vereadora antropófoga,

Não é à toa que Eládia escolheu as cenas do diretor para guiar seu curso. Segundo o professor da Universidade Es-tadual de São Paulo (Unesp) João Eduardo Hidalgo, espe-cialista na obra do espanhol, a comida tem um papel im-portante não só na estética, mas também na narrativa de Almodóvar. “Para ele, comida é sempre sinônimo de prazer. Em nenhuma cena você verá alguém se sentindo culpado ou sofrendo com os excessos de alimento ou de bebida. Essa

torne algo muito importante”, explica.-

ca libertar-se. “Quando ele era criança, na década de 1950 e 1960, a população espanhola foi atingida por uma grave

na sua obra. O mundo gastronômico se torna símbolo da -

dor da Unesp. “Em Mulheres à beira de um ataque de nervos, a protagonista usa o gaspacho como ‘arma’ para resolver seus problemas. Em Volver a personagem principal só consegue se libertar da vida oprimida que leva quando abre um res-

Segundo os especialistas, a presença constante da ali-

cineasta tem pela família. “Ele chegou a utilizar a mãe como

preparada pela mãe e pelas irmãs é também um tributo a

elas prepararem esses pratos, tanto para ele consumir nos -

go, que durante sua tese de doutorado passou um ano na produtora El Deseo

se você não percebeu, essa é a Penélope Cruz

como Raimunda!

“Para ele, comida é sempre

sinônimo de prazer.

Em nenhuma cena você verá

alguém se sentindo culpado ou

sofrendo com os excessos de alimento ou de bebida. Essa característica

faz com que, em s s, a gastronomia se torne algo

muito importante”

Fita de Pedro Almodóvar que se passa entre a capital Madri e LaMancha, região do interior da Espanha onde o diretor nasceu, em 1949. Trata-se de uma obra bastante autoral, conduzida pelos in-defeff ctívíí eis personagens femininos de Almodóvar.rr Com pitadas desuspense, o drama é desencadeado por uma série de segredos defamília que vêm à tona com a mesma intensidade de cores que

se perguntar onde entra a comida nessa história. Sempre farta e suculenta, ela ganha a cena com frff equência pelas mãos de Rai-munda, papel da bela Penélope Cruz.

Bolos, pudins de leite, rosquinhas açucaradas e biscoitos aman-teigados, típicos daquele pesempre nos momentos em quou desfeitos. Assim, a comida

nagens não conseguem dissoPrimeiro, é possívíí el ver ape

tada por Penélope Cruz. Aos pe revelando os tomates e pimpedaços bem pequenos. A imras. À medida em que a imagsurgem: salsa, tomates, tempede foff calizar unicamente a mutas pessoas comendo justammanchego, uma frff itada de legmum nas cozinhas da Espanh

É bonito ver os trechos erestaurante mambembe, almcinema que está de passagemnhados de embutidos tradictradicionais tortilhas espanh

regionais, mas que ganham a

Jesus e Antonia para elaborarA sequência, que faff z parte

rístico de lá, como um hambú

mas muito interessante, de enespanhola”, co” mpleta.

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Pepa começa a enumerar os ingredientes: “Tomate, pepino, pimenta, cebola, um pouquinho de alh o...”. Enquanto fala pau-sadamente, todos a sua volta começam a desmaia r. Pepa continua. “Óleo, sal, vinagre, pão dormido e água. Basta misturar tudo muito bem.” A receita é de gaspacho, uma espécie de sopa fria típica da Espanha, que ela se rviu para todos que estão na sala de sua casa. Os desmaios são graças a um ingr ediente extra: tranquilizantes. Pepa, na verdade, é uma personagem interpr etada pela atriz Car-

de 1988 Mulheres à beira de um ataque de nervos , de Pedro Almodóvar.

• Má Educação (La Mala Educación, 2002 )• Fale com Ela (Hable con Ella, 2002 )• Tudo Sobre Minha Mãe (Todo sobre mi madre,1999)• Carne Trêmula (Carne trémula, 199 7)• A Flor do Meu Segredo (La Flor de mi secreto, 1995)• Kika (Kika, 1993)• De Salto Alto ( Tacones lejanos,1991)

• A Lei do Desejo (La Ley del deseo,1987)• Matador (Matador, 1986)• ¿Qué he hecho yo para me recer esto?!! (1984)• Maus Hábitos (Entre tinieblas, 1983)• Labirinto de Paixões (Laberinto de pasione s,1982)• Pepi, Luci, Bom y otras chicas del montón (Pepi, Luci, Bom y otras chicas del montón, 1980)

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Ernestine Ulmer

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Lembra na escola quando estudávamos que os portugueses faziam caravelas para irem às

“índias” comprar tapetes, tecidos, porcelana e especiarias? Esta cidade era Constantinopla,

que hoje é conhecida como Istambul. Essa cidade impressionante e cheia de contrastes

tem o islamismo como religião principal e consequentemente, o ritmo da cidade é regido

pelas tradições seguidas pelos mulçumanos

VIAJANDO na maionese em

por érica goulart

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O nono mês do calendário islâ-mico é o Ramadã, durante este período é obrigatório a quase

todos os mulçumanos a prática do je-jum e várias penitências. Ok, mas o que tem de interessante nisso? Assim que a lua nova é avistada no céu se festeja o Id

-duzindo: 3 dias de feriado e festa por to-dos os quatro cantos de Istambul, ban-quetes servidos ao ar-livre, shows por todas as partes, etc. É o carnaval deles.

E falando em banquete, sabe quais são as comidas que você vai encontrar pelas ruas quando estiver de visita em Istambul? Castanhas torradas, milho cozido, muitas frutas e sucos de frutas, coco ralado, pirulitos feitos na hora, wa-

gigantes recheados com creme de pistache e um espetáculo à parte que é o sorvete tradicional, o dondurma: é um puxa pra cá e um enrola pra lá, um malabarismo feito pelos sorteveiros na hora de servir o sorvete que chama a atenção de crianças, velhinhos e turis-tas japoneses.

Os doces turcos, que são mundial-mente famosos, podem ser encontra-dos em docerias centenárias, muitas delas especializadas no baklava (massa folhada encharcada de calda de mel e laranja). Embora tudo parece maravi-lhoso e você vai ter vontade de provar um de cada, praticamente todos tem o mesmo gosto e são bem caros. Outro doce muito tradicional é o lokum, uma espécie de goma bem doce. Lá também existem alguns locais que vendem do-ces bem caseiros e recém-fabricados com ingredientes comuns na região. Escolhi um que parecia um mousse ou creme de algo, mas era uma versão com mais especiarias do nosso velho conhe-cido arroz-doce! Hahaha! De qualquer forma também valeu a pena conhecer os doces menos famosos da região.

Lá você também descobre que o fa-moso Kebab não é um sanduíche feito de carne de cordeiro, e sim, qualquer prato feito com carne. A propósito, é impossível você não encontrar a cada 100m um espeto giratório cheio de car-

ne. Uma refeição rápida e barata é o sanduíche feito com carne fatiada desse espeto, pão (de baguete mesmo) e sala-da. Ah, e lá não se coloca molho picante no “tradicional Kebab turco”, como já vi em vários lugares da Europa e inclusive do Brasil! O que aparentou mais dife-rente de tudo foi o peixe mega-fresco, o balik ekmek: você escolhe o peixe e eles grelham na hora, colocam dentro de um pão com muito tomate, alface e cebola crua! Você ainda pode adicionar um tipo de vinagrete feito com pepino, repolho e cenoura. Vai encarar?

No verão eles adoram acompanhar o Kebab com o queridinho Ayran, uma coalhada rala e levemente salgada, que se toma beQW gelado e agitado até es-pumar. Preciso dizer que é ruim? E olha que tentei gostar 3 vezes! Então meu lado caridoso sempre doava um Ayran a alguém que aceitava na maior alegria, já que quase sempre esta bebida já esta-va incluída no preço do Kebab.

Não é somente Ayran que se bebe na Turquia, principalmente no verão s m ra o na p e rã

-ma de 40ºC. Em todo lugar onde se vá é fácil encontrar chás – geralmente de maçã e romã, servidos em uns copinhos lindos_ e café, que é feito com a borra. O Raki é uma bebida superalcoólica (45%) com um sabor bem agradável de anis, para beber se mistura água gelada. É considerada a bebida mais tradicional da Turquia.

Para terminar nosso tour gastronô-mico pelas ruas de Istambul, vamos para nossa parada obrigatória: o Bazar das Especiarias. O segundo maior bazar da cidade é também o principal centro de venda de especiarias, ali se pode en-contrar inúmeros tipos de especiarias como nigela, cardamomos, pimentas,

açafrão, cravo, canela, baunilha, curry e muitos outros. Mas também não só de especiarias vive o Bazar das Espe-ciarias, lá também se encontra muitas frutas-secas, a maioria damasco, mel ainda no favo, doces e até caviar!

Como toda megalópole mundial, é claro que em Istambul também se en-contra as maiores redes fast-food do mundo, assim como os restaurantes mais famosos. Porém, com tantas op-ções locais, comer é a forma mais fácil de se imergir naquela cultura, além de que os temperos que ali são utilizados são bem suaves e adequados a um sis-tema digestivo ocidental.

Podem experimentar sem medo e boa viagem!

BAKLAVAmassa folhada encharcada de calda de mel e laranja

LOKUMgoma doce

KEBABqualquer prato feito com carne

AYRANcoalhada rala e levemente salgada

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O nono mês do calendário islâ-mico é o Ramadã, durante este período é obrigatório a quase

todos os mulçumanos a prática do je-jum e várias penitências. Ok, mas o que tem de interessante nisso? Assim que a lua nova é avistada no céu se festeja o Id

-duzindo: 3 dias de feriado e festa por to-dos os quatro cantos de Istambul, ban-quetes servidos ao ar-livre, shows por todas as partes, etc. É o carnaval deles.

E falando em banquete, sabe quais são as comidas que você vai encontrar pelas ruas quando estiver de visita em Istambul? Castanhas torradas, milho cozido, muitas frutas e sucos de frutas, coco ralado, pirulitos feitos na hora, wa-

gigantes recheados com creme de pistache e um espetáculo à parte que é o sorvete tradicional, o dondurma: é um puxa pra cá e um enrola pra lá, um malabarismo feito pelos sorteveiros na hora de servir o sorvete que chama a atenção de crianças, velhinhos e turis-tas japoneses.

Os doces turcos, que são mundial-mente famosos, podem ser encontra-dos em docerias centenárias, muitas delas especializadas no baklava (massa folhada encharcada de calda de mel e laranja). Embora tudo parece maravi-lhoso e você vai ter vontade de provar um de cada, praticamente todos tem o mesmo gosto e são bem caros. Outro doce muito tradicional é o lokum, uma espécie de goma bem doce. Lá também existem alguns locais que vendem do-ces bem caseiros e recém-fabricados com ingredientes comuns na região. Escolhi um que parecia um mousse ou creme de algo, mas era uma versão com mais especiarias do nosso velho conhe-cido arroz-doce! Hahaha! De qualquer forma também valeu a pena conhecer os doces menos famosos da região.

Lá você também descobre que o fa-moso Kebab não é um sanduíche feito de carne de cordeiro, e sim, qualquer prato feito com carne. A propósito, é impossível você não encontrar a cada 100m um espeto giratório cheio de car-

ne. Uma refeição rápida e barata é o sanduíche feito com carne fatiada desse espeto, pão (de baguete mesmo) e sala-da. Ah, e lá não se coloca molho picante no “tradicional Kebab turco”, como já vi em vários lugares da Europa e inclusive do Brasil! O que aparentou mais dife-rente de tudo foi o peixe mega-fresco, o balik ekmek: você escolhe o peixe e eles grelham na hora, colocam dentro de um pão com muito tomate, alface e cebola crua! Você ainda pode adicionar um tipo de vinagrete feito com pepino, repolho e cenoura. Vai encarar?

No verão eles adoram acompanhar o Kebab com o queridinho Ayran, uma coalhada rala e levemente salgada, que se toma beQW gelado e agitado até es-pumar. Preciso dizer que é ruim? E olha que tentei gostar 3 vezes! Então meu lado caridoso sempre doava um Ayran a alguém que aceitava na maior alegria, já que quase sempre esta bebida já esta-va incluída no preço do Kebab.

Não é somente Ayran que se bebe na Turquia, principalmente no verão s m ra o na p e rã

-ma de 40ºC. Em todo lugar onde se vá é fácil encontrar chás – geralmente de maçã e romã, servidos em uns copinhos lindos_ e café, que é feito com a borra. O Raki é uma bebida superalcoólica (45%) com um sabor bem agradável de anis, para beber se mistura água gelada. É considerada a bebida mais tradicional da Turquia.

Para terminar nosso tour gastronô-mico pelas ruas de Istambul, vamos para nossa parada obrigatória: o Bazar das Especiarias. O segundo maior bazar da cidade é também o principal centro de venda de especiarias, ali se pode en-contrar inúmeros tipos de especiarias como nigela, cardamomos, pimentas,

açafrão, cravo, canela, baunilha, curry e muitos outros. Mas também não só de especiarias vive o Bazar das Espe-ciarias, lá também se encontra muitas frutas-secas, a maioria damasco, mel ainda no favo, doces e até caviar!

Como toda megalópole mundial, é claro que em Istambul também se en-contra as maiores redes fast-food do mundo, assim como os restaurantes mais famosos. Porém, com tantas op-ções locais, comer é a forma mais fácil de se imergir naquela cultura, além de que os temperos que ali são utilizados são bem suaves e adequados a um sis-tema digestivo ocidental.

Podem experimentar sem medo e boa viagem!

BAKLAVAmassa folhada encharcada de calda de mel e laranja

LOKUMgoma doce

KEBABqualquer prato feito com carne

AYRANcoalhada rala e levemente salgada

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mouss e de limão siciliano

Você vai precisar de:

2 xícaras (480ml) de creme de leite fresco½ xícara (100g) de açúcar refinado1 colher (sopa) de raspas de casca de limão siciliano¼ xícara (60ml) de suco de limão siciliano espremido na horachantilly, para servir

Modo de Preparo

1. Junte o creme de leite e o açúcar numa panela e leve ao fogo médio, mexendo para dissolver o açúcar. Deixe ferver e cozinhe por 3 minutos. 2. Retire do fogo, acrescente as raspas e suco de limão siciliano e misture. Deixe esfriar por 5 minutos.3. Despeje em quatro potinhos com capacidade para ¾ xícara (180ml) cada e leve à geladeira por 3-4 horas ou até firmar.4. Cubra os potinhos com o chantilly e sirva.

Geladas, com sorvete, com frutas... tudo que o que você precisa para não passar calor nesse verão

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a casca do limão deve ser raspa-da com suavida-de pois não pode atingir o “sumo”

da fruta

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Tor ta fácil e rápida de maçã

Você vai precisar de:

1 folha de massa folhada (de supermercado mesmo), cor-tada em 2 ou 3 tiras largas½ xícara (100g) de açúcar mascavouma pitada de sal4 maçãs inteiras, cortadas em fatias longitudinais, sem se-mente e com casca1 colher de sobremesa de essência de baunilha

Modo de Preparo

1. Preaqueça o forno a 180ºC.2. Disponha os retângulos de massa folhada em uma fôrma assadeira. 3. Adicione o açúcar,o sal e a essência às maçãs. Misture e deixe descansar por alguns minutos.4. Arrume as fatias de maçã sobre os retângulos de massa em uma linha reta, so-brepondo uma fatia a outra até5. Asse por 18-20 minutos, ou até a massa está inchado e marrom dourado.6. Retire da fôrma e coloque imediatamente em uma travessa. Sirva simples, com cobertura de caramelo, chantilly, ou sorvete.

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gatekeeper - feistsecret heart- feist tenderly - ella fitzgerald & louis armstrongi am in love - ella fitzgeraldmagra - lenine

misread - kings of convinienceromeo and juliet - the killersdark night - john frusciantelunatico - gotan projectquiet houses - fleet foxes

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A cozinha tradicional do sertão é tema do livro “Gastrono-mia Sertaneja – Receitas que contam histórias” (Melho-ramentos), da escritora Ana Rita Dantas Suassuna. No

livro foram compiladas as clássicas formas de fazer de pratos típicos da região.

Na publicação, Ana Rita retoma quitutes, muitos deles nunca registrados o modo de fazer no papel. “As receitas eram feitas no

-zou as receitas salgadas”. Algumas receitas doces, Ana explica, já

verde com pirão de farinha de roça, a farofa de jerimum. Além do bolo de pamonha, mugunzá com bucho e o bolo de mel de engenho ou de mel de rapadura.

Os sabores da cozinha sertanejaAna Rita revela um segredo da culinária do sertão: “ O sa-

bor da comida nordestina é fazer em fogo baixo”. E um tempero

todas as comidas salgadas. É usado para peixe, maxixe, quiabo”, enumera.

Busca no passadoAs receitas foram registradas exatamente como se faziam an-

de 1930 a 1950, antes da modernização chegar à cozinha. “São receitas variadas, de fácil elaboração. Usam ingredientes locais

como o próprio sertanejo. Estão apresentadas na forma como eram preparadas no âmbito familiar”, já explica no livro.

O livro ainda faz um retrato da cozinha sertaneja, dividida entre os períodos de fartura, depois da chuva, e de restrições, quando a seca arrasa as plantações. “Na mesa do sertanejo, quando há chuva e colheita, a comida se nivela por cima. Co-mem igual ricos e pobres”, diz a autora. “Na época prolongada de seca, na mesa dos pobres tudo se restringe”.

Cozinha com ingredientes simplesÉ possível perceber o quanto a criatividade faz parte da culi-

nária do sertão. Ana reforça que são ingredientes simples. “Não usam leite condensado, não tem chocolate, e vinho só há numa

foto: Edu Lopes

Aumente seu conhecimento sobre livros gastronômicos! Conheça a

publicação de

Ana Rita Dantas Suassuna

sopadeletrinhas

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A cozinha tradicional do sertão é tema do livro “Gastrono-mia Sertaneja – Receitas que contam histórias” (Melho-ramentos), da escritora Ana Rita Dantas Suassuna. No

livro foram compiladas as clássicas formas de fazer de pratos típicos da região.

Na publicação, Ana Rita retoma quitutes, muitos deles nunca registrados o modo de fazer no papel. “As receitas eram feitas no

-zou as receitas salgadas”. Algumas receitas doces, Ana explica, já

verde com pirão de farinha de roça, a farofa de jerimum. Além do bolo de pamonha, mugunzá com bucho e o bolo de mel de engenho ou de mel de rapadura.

Os sabores da cozinha sertanejaAna Rita revela um segredo da culinária do sertão: “ O sa-

bor da comida nordestina é fazer em fogo baixo”. E um tempero

todas as comidas salgadas. É usado para peixe, maxixe, quiabo”, enumera.

Busca no passadoAs receitas foram registradas exatamente como se faziam an-

de 1930 a 1950, antes da modernização chegar à cozinha. “São receitas variadas, de fácil elaboração. Usam ingredientes locais

como o próprio sertanejo. Estão apresentadas na forma como eram preparadas no âmbito familiar”, já explica no livro.

O livro ainda faz um retrato da cozinha sertaneja, dividida entre os períodos de fartura, depois da chuva, e de restrições, quando a seca arrasa as plantações. “Na mesa do sertanejo, quando há chuva e colheita, a comida se nivela por cima. Co-mem igual ricos e pobres”, diz a autora. “Na época prolongada de seca, na mesa dos pobres tudo se restringe”.

Cozinha com ingredientes simplesÉ possível perceber o quanto a criatividade faz parte da culi-

nária do sertão. Ana reforça que são ingredientes simples. “Não usam leite condensado, não tem chocolate, e vinho só há numa

foto: Edu Lopes

Aumente seu conhecimento sobre livros gastronômicos! Conheça a

publicação de

Ana Rita Dantas Suassuna

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mudançahábitoD

E

O americano Michael Pollan não é nutricionista nem cientista, mas como jornalista, tornou-se um nome no mundo inteiro quando o assunto é alimentação.

Em “Regras da comida - Um manual da sabedoria alimen-tar”, Pollan, professor de jornalismo da Universidade da Ca-lifórnia, em Berkeley, e um dos participantes do documentá-rio “Food Inc”, que alerta para a industrialização da agricultura nos Estados Unidos, lista 64 regras simples, fáceis de guardar, para as pessoas comerem de maneira saudável e feliz. Segun-do ele, comer nos dias de hoje virou uma coisa complicada demais – e desnecessariamente. Não é preciso consultar tan-tos especialistas em nutrição e dissecar todos os nutrientes dos alimentos para levar pratos gostosos e saudáveis à mesa.

“Regras da comida” foi escrito para tornar tudo mais fácil: “em conjunto, estas regras constituem uma espécie de voz

o seu trabalho como o de um curador.O livro é dividido em três partes, e o autor recomenda que

não se deixe de adotar pelo menos uma regra de cada uma delas. A primeira foi feita para ajudar a pessoa a comer comi-da e fugir do que ele chama de “substâncias comestíveis com aparência de comida”. A segunda parte tem o título de “Prin-cipais vegetais”. A terceira, “Não em excesso”, fala principal-

Esta tem a meta de ajudar o leitor a criar hábitos simples para ter mais prazer comendo moderadamente.

Para se ter uma ideia de como Pollan vai encaminhar seu livro, basta compreender a regra número 1, “Coma comida”, uma defesa da comida verdadeira, e um ataque aos alimentos altamente industrializados, processados, com ingredientes derivados de milho e de soja e dezenas de aditivos químicos, que para ele nem deveriam ser chamados de comida. A regra 2, “Não coma nada que sua avó não reconheceria como co-mida”, é mais uma vez uma investida contra a modernidade dos produtos oferecidos nas prateleiras dos supermercados:

concebidas para nos fazer comprar e comer mais, pressio-nando nossos botões evolutivos - nossas preferências inatas por doces, gordura e sal”.

Outras regras dessa, muitas vezes autoexplicativas, são fra-ses impactantes - e fáceis de memorizar. “Fuja do supermer-cado sempre que puder”, “Só coma alimentos que acabarão apodrecendo”, “Evite alimentos que você vê anunciados na televisão” e “Compre nos corredores ao longo das paredes

-te crítica estão concentrados os alimentos processados e nas gôndolas ao longo das paredes estão os alimentos mais fres-

cos. Outras duas regras: “Não é comida se chegou pela janela do seu carro” e “Não é comida se tem o mesmo nome em todas as línguas. (Pense em Big Mac, Cheetos ou Pringles.)”

A parte dois do livro começa com uma pergunta que é imediatamente respondida nas linhas seguintes: “Que tipo de comida devo comer?”. “( Principalmente vegetais)”, explica Pollan entre parênteses. E a regra que abre o capítulo se repe-te como um mantra: “Coma principalmente vegetais, sobre-tudo folhas.” Nesta regra, Pollan não se atém a qual nutriente

energias, portanto, menos calóricos, e um número reduzido de calorias é uma defesa contra muitas doenças crônicas. “Trate a carne como um ingrediente extra ou um alimento para ocasiões especiais”, propondo com esta regra uma inver-são de proporções: “em vez de 226g de carne e 113g de verdu-ra, sirva 113g de carne e 226g de verduras”. Outra regra fácil de memorizar e tão simples de ser aprendida é um provérbio

quatro patas (vacas, porcos e outros mamíferos)”. O próximo conselho vale principalmente para as crianças: “Não coma cereais matinais que alterem a cor do leite”, devido à quan-

dica ótima de decorar: “Quanto mais branco o pão, mais de-pressa você vai para o caixão”. Outra que vale a pena ser me-morizada: “Coma todas as besteiras que quiser, desde que você mesmo as cozinhe”, e isso inclui doces, frituras, tortas. Fazer batata frita, por exemplo, dá um trabalhão, se você for comprar a batata, descascá-la, cortá-la e fritá-la, o que já vai fazer com que se pense algumas vezes antes de optar por ela.

Na terceira parte do livro, “Como devo comer?”, de novo a resposta rápida: “(Não em excesso)”. Para Pollan, talvez as

objetivo estimular uma relação mais saudável com o ali-mento, independentemente do que esteja comendo: “Como você come pode ter tanta relação com sua saúde (e seu peso) quanto o que você come.”

A regra 44 é “Pague mais, coma menos”, defendendo que os alimentos mais caros normalmente foram cultivados de forma mais cuidadosa. A regra 45 é “...Coma menos”, conse-lho eleito pelo próprio Pollan como o mais desagradável de todos. Mas o livro fecha da melhor maneira: “Quebre as re-gras de vez em quando”, simplesmente porque a obsessão por regras alimentares faz mal à sua felicidade e, provavelmente, à sua saúde.

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mudançahábitoD

E

O americano Michael Pollan não é nutricionista nem cientista, mas como jornalista, tornou-se um nome no mundo inteiro quando o assunto é alimentação.

Em “Regras da comida - Um manual da sabedoria alimen-tar”, Pollan, professor de jornalismo da Universidade da Ca-lifórnia, em Berkeley, e um dos participantes do documentá-rio “Food Inc”, que alerta para a industrialização da agricultura nos Estados Unidos, lista 64 regras simples, fáceis de guardar, para as pessoas comerem de maneira saudável e feliz. Segun-do ele, comer nos dias de hoje virou uma coisa complicada demais – e desnecessariamente. Não é preciso consultar tan-tos especialistas em nutrição e dissecar todos os nutrientes dos alimentos para levar pratos gostosos e saudáveis à mesa.

“Regras da comida” foi escrito para tornar tudo mais fácil: “em conjunto, estas regras constituem uma espécie de voz

o seu trabalho como o de um curador.O livro é dividido em três partes, e o autor recomenda que

não se deixe de adotar pelo menos uma regra de cada uma delas. A primeira foi feita para ajudar a pessoa a comer comi-da e fugir do que ele chama de “substâncias comestíveis com aparência de comida”. A segunda parte tem o título de “Prin-cipais vegetais”. A terceira, “Não em excesso”, fala principal-

Esta tem a meta de ajudar o leitor a criar hábitos simples para ter mais prazer comendo moderadamente.

Para se ter uma ideia de como Pollan vai encaminhar seu livro, basta compreender a regra número 1, “Coma comida”, uma defesa da comida verdadeira, e um ataque aos alimentos altamente industrializados, processados, com ingredientes derivados de milho e de soja e dezenas de aditivos químicos, que para ele nem deveriam ser chamados de comida. A regra 2, “Não coma nada que sua avó não reconheceria como co-mida”, é mais uma vez uma investida contra a modernidade dos produtos oferecidos nas prateleiras dos supermercados:

concebidas para nos fazer comprar e comer mais, pressio-nando nossos botões evolutivos - nossas preferências inatas por doces, gordura e sal”.

Outras regras dessa, muitas vezes autoexplicativas, são fra-ses impactantes - e fáceis de memorizar. “Fuja do supermer-cado sempre que puder”, “Só coma alimentos que acabarão apodrecendo”, “Evite alimentos que você vê anunciados na televisão” e “Compre nos corredores ao longo das paredes

-te crítica estão concentrados os alimentos processados e nas gôndolas ao longo das paredes estão os alimentos mais fres-

cos. Outras duas regras: “Não é comida se chegou pela janela do seu carro” e “Não é comida se tem o mesmo nome em todas as línguas. (Pense em Big Mac, Cheetos ou Pringles.)”

A parte dois do livro começa com uma pergunta que é imediatamente respondida nas linhas seguintes: “Que tipo de comida devo comer?”. “( Principalmente vegetais)”, explica Pollan entre parênteses. E a regra que abre o capítulo se repe-te como um mantra: “Coma principalmente vegetais, sobre-tudo folhas.” Nesta regra, Pollan não se atém a qual nutriente

energias, portanto, menos calóricos, e um número reduzido de calorias é uma defesa contra muitas doenças crônicas. “Trate a carne como um ingrediente extra ou um alimento para ocasiões especiais”, propondo com esta regra uma inver-são de proporções: “em vez de 226g de carne e 113g de verdu-ra, sirva 113g de carne e 226g de verduras”. Outra regra fácil de memorizar e tão simples de ser aprendida é um provérbio

quatro patas (vacas, porcos e outros mamíferos)”. O próximo conselho vale principalmente para as crianças: “Não coma cereais matinais que alterem a cor do leite”, devido à quan-

dica ótima de decorar: “Quanto mais branco o pão, mais de-pressa você vai para o caixão”. Outra que vale a pena ser me-morizada: “Coma todas as besteiras que quiser, desde que você mesmo as cozinhe”, e isso inclui doces, frituras, tortas. Fazer batata frita, por exemplo, dá um trabalhão, se você for comprar a batata, descascá-la, cortá-la e fritá-la, o que já vai fazer com que se pense algumas vezes antes de optar por ela.

Na terceira parte do livro, “Como devo comer?”, de novo a resposta rápida: “(Não em excesso)”. Para Pollan, talvez as

objetivo estimular uma relação mais saudável com o ali-mento, independentemente do que esteja comendo: “Como você come pode ter tanta relação com sua saúde (e seu peso) quanto o que você come.”

A regra 44 é “Pague mais, coma menos”, defendendo que os alimentos mais caros normalmente foram cultivados de forma mais cuidadosa. A regra 45 é “...Coma menos”, conse-lho eleito pelo próprio Pollan como o mais desagradável de todos. Mas o livro fecha da melhor maneira: “Quebre as re-gras de vez em quando”, simplesmente porque a obsessão por regras alimentares faz mal à sua felicidade e, provavelmente, à sua saúde.

Page 72: Revista NOZ

A seção “incrementando o simples” foi criada com o intuito oferecer a possibilidade de cozinhar pratos rápidos, fáceis e saborosos. Nesta edição veremos dicas de pratos à base de massas, , quem nunca se deparou, faminto, com uma dispensa que só tinha macarrão instantâneo?

01 pacote de miojo sabor carne50g de linguiça calabresa defumada, cortada e frita01 tomate, picado50g de queijo mussarela, cortado em cubos50g de salame, cortado em tiras03 azeitonas pretas, cortadas em rodelas01 colher (café) de oréganoQueijo parmesão ralado a gosto

Você vai precisar de:

1 pacote de miojo sabor tomate xícara (chá) de polpa de tomate

1 colher (sopa) de azeite1 dente de alho frito100g de mussarela

Queijo parmesão a gosto

Miojo Italianinho

Miojo a Pizzaiolo

Modo de preparo

Prepare o miojo sabor carne conforme as ins-truções da embalagem e acrescente a linguiça calabresa, o tomate, o queijo mussarela, o sa-lame, as azeitonas e o orégano. Misture todos os ingredientes e desligue o fogo. Polvilhe queijo parmesão ralado e sirva em seguida.

Modo de preparo

Em uma panela coloque o azeite e o alho e re-fogue. Em seguida, coloque a polpa de tomate e a deixe ferver por 5 minutos. Acrescente o sachê de tempero do miojo e misture bem. Em uma panela à parte cozinhe o miojo conforme as instruções da embalagem, acrescente o mo-lho que foi preparado, cubra com a mussarela e com o tomate, polvilhe o orégano e tampe a panela até o queijo derreter.

Você vai precisar de:

350g de salsicha cortada em rodelas250g de espaguete (nº 7 ou nº8)2 colheres (sopa) de manteigaMeio litro de caldo de carne (2 tabletes de cal-do de carne dissolvidos em meio litro de água)Folhas de manjericão a gosto, sal a gosto

Varal de Salsicha

Miojo Vegetariano

Modo de preparo

Numa superfície coloque 3 rodelas de salsichas uma sobre a outra. Pegue 1 fio de espaguete e espete as 3 rodelas de salsicha unindo-as. Pe-gue outro fio e espete novamente as rodelas. Repita este procedimento até ter espetado 6 fios de espaguete nas 3 rodelas de salsicha. Depois de espetar, puxe as rodelas para o meio dos fios de espaguete e reserve. Continue este procedimento até terminar com as salsichas e com os espaguetes.

Você vai pracisar de:

1 pacote de miojo sabor legumes1 xícara (chá) de brócolis cozidos e temperados

. (chá) de queijo branco em cubos1 colher (sobremesa) de alho grelhado1 colher (sopa) de tomate, picado1 colher (café) de azeite

Modo de preparo

Prepare o miojo sabor legumes, conforme as instruções da embalagem. Simultâneamente cozinhe os brócolis por 5 minutos uma panela de vapor e passe o alho cortado em fatias em uma frigideira.Depois de pronto, retire o excesso de caldo do macarrão, acrescente os outros ingredientes e sirva em seguida. Se preferir, pode acrescentar parmesão ralado na hora.

Na panela (com água fervendo) coloque os va-rais de salsicha e cozinhe por 8 a 10 minutos (ou conforme o fabricante da massa). Acres-cente o molho de sua preferência (branco, tomate, cebola) e sirva com bastante queijo parmesão.

Você sabia que não é neces-sário colocar óleo ou azeite na água que vai ferver o

macarrão? Você pode sim-plesmente colocar manteiga ou azeite depois, na traves-sa que for servir a massa

O azeite normal deve ser usado para frituras ou

alimentos que irão ao fogo, já o azeite extravirgem

deve ser usado somente em processos que não sofram cozimento, pois perde muitas

propriedades originais

por isadora tupinambá

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Page 73: Revista NOZ

A seção “incrementando o simples” foi criada com o intuito oferecer a possibilidade de cozinhar pratos rápidos, fáceis e saborosos. Nesta edição veremos dicas de pratos à base de massas, , quem nunca se deparou, faminto, com uma dispensa que só tinha macarrão instantâneo?

01 pacote de miojo sabor carne50g de linguiça calabresa defumada, cortada e frita01 tomate, picado50g de queijo mussarela, cortado em cubos50g de salame, cortado em tiras03 azeitonas pretas, cortadas em rodelas01 colher (café) de oréganoQueijo parmesão ralado a gosto

Você vai precisar de:

1 pacote de miojo sabor tomate xícara (chá) de polpa de tomate

1 colher (sopa) de azeite1 dente de alho frito100g de mussarela

Queijo parmesão a gosto

Miojo Italianinho

Miojo a Pizzaiolo

Modo de preparo

Prepare o miojo sabor carne conforme as ins-truções da embalagem e acrescente a linguiça calabresa, o tomate, o queijo mussarela, o sa-lame, as azeitonas e o orégano. Misture todos os ingredientes e desligue o fogo. Polvilhe queijo parmesão ralado e sirva em seguida.

Modo de preparo

Em uma panela coloque o azeite e o alho e re-fogue. Em seguida, coloque a polpa de tomate e a deixe ferver por 5 minutos. Acrescente o sachê de tempero do miojo e misture bem. Em uma panela à parte cozinhe o miojo conforme as instruções da embalagem, acrescente o mo-lho que foi preparado, cubra com a mussarela e com o tomate, polvilhe o orégano e tampe a panela até o queijo derreter.

Você vai precisar de:

350g de salsicha cortada em rodelas250g de espaguete (nº 7 ou nº8)2 colheres (sopa) de manteigaMeio litro de caldo de carne (2 tabletes de cal-do de carne dissolvidos em meio litro de água)Folhas de manjericão a gosto, sal a gosto

Varal de Salsicha

Miojo Vegetariano

Modo de preparo

Numa superfície coloque 3 rodelas de salsichas uma sobre a outra. Pegue 1 fio de espaguete e espete as 3 rodelas de salsicha unindo-as. Pe-gue outro fio e espete novamente as rodelas. Repita este procedimento até ter espetado 6 fios de espaguete nas 3 rodelas de salsicha. Depois de espetar, puxe as rodelas para o meio dos fios de espaguete e reserve. Continue este procedimento até terminar com as salsichas e com os espaguetes.

Você vai pracisar de:

1 pacote de miojo sabor legumes1 xícara (chá) de brócolis cozidos e temperados

. (chá) de queijo branco em cubos1 colher (sobremesa) de alho grelhado1 colher (sopa) de tomate, picado1 colher (café) de azeite

Modo de preparo

Prepare o miojo sabor legumes, conforme as instruções da embalagem. Simultâneamente cozinhe os brócolis por 5 minutos uma panela de vapor e passe o alho cortado em fatias em uma frigideira.Depois de pronto, retire o excesso de caldo do macarrão, acrescente os outros ingredientes e sirva em seguida. Se preferir, pode acrescentar parmesão ralado na hora.

Na panela (com água fervendo) coloque os va-rais de salsicha e cozinhe por 8 a 10 minutos (ou conforme o fabricante da massa). Acres-cente o molho de sua preferência (branco, tomate, cebola) e sirva com bastante queijo parmesão.

Você sabia que não é neces-sário colocar óleo ou azeite na água que vai ferver o

macarrão? Você pode sim-plesmente colocar manteiga ou azeite depois, na traves-sa que for servir a massa

O azeite normal deve ser usado para frituras ou

alimentos que irão ao fogo, já o azeite extravirgem

deve ser usado somente em processos que não sofram cozimento, pois perde muitas

propriedades originais

por isadora tupinambá

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Page 74: Revista NOZ

Ler e comer, para mim, sempre foram atividades complementares. Para mim elas estão ligadas, são coisas que a gente faz ao mesmo tempo. Tudo co-meça, claro, na minha infância, o que me permite praticar meu esporte favorito: culpar meus pais.

Acontece que meu velho e saudoso pai era desses caras: ele lia enquanto comia. E comia enquanto lia. Sentadão ali, a bordo de seus bigo-des (o velho usou bigodes durante a sua melhor fase como pai. Pensando melhor, foi depois que ele tirou o bigode que a vaca veio do brejo. Nem pergunte), ele devorava jornais inteiros, livros de

her doctor, comecei a escrever para fazer papai e -

tes, vitaminas de banana, bolos com manteiga aviação, bifes suculentos e, quando a minha mãe pegava no pé, saladas. Com apenas dois braços e duas mãos, o velho destrinchava frangos, leva-va colheradas de sopa até a boca, virava páginas, fazia anotações às margens dos livros e corrigia

E tudo isso quase sem babar no guardanapo ou pano de prato, que amarrava no pescoço sem um pingo de vergonha.

Eu achava aquilo sensacional. Como meu pai, eu adorava ler. E amava comer. Porque não fazer tudo junto, meu Deus do Céu.

A dura realidade da vida me mostrou que ja-mais chegarei aos pés de papai, sou incapaz de ler e tomar sopa ao mesmo tempo. Sim, amigos, a verdade é triste. Também não sou a mais hábil criatura da terra no quesito leitura + sanduíche. O recheio do sanduba acaba sempre no meu peito.

O velho tinha um dom. O dom errado, mas ain-da assim, um dom.

por fal azevedo

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Page 75: Revista NOZ

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Ler e comer, para mim, sempre foram atividades complementares. Para mim elas estão ligadas, são coisas que a gente faz ao mesmo tempo. Tudo co-meça, claro, na minha infância, o que me permite praticar meu esporte favorito: culpar meus pais.

Acontece que meu velho e saudoso pai era desses caras: ele lia enquanto comia. E comia enquanto lia. Sentadão ali, a bordo de seus bigo-des (o velho usou bigodes durante a sua melhor fase como pai. Pensando melhor, foi depois que ele tirou o bigode que a vaca veio do brejo. Nem pergunte), ele devorava jornais inteiros, livros de

her doctor, comecei a escrever para fazer papai e -

tes, vitaminas de banana, bolos com manteiga aviação, bifes suculentos e, quando a minha mãe pegava no pé, saladas. Com apenas dois braços e duas mãos, o velho destrinchava frangos, leva-va colheradas de sopa até a boca, virava páginas, fazia anotações às margens dos livros e corrigia

E tudo isso quase sem babar no guardanapo ou pano de prato, que amarrava no pescoço sem um pingo de vergonha.

Eu achava aquilo sensacional. Como meu pai, eu adorava ler. E amava comer. Porque não fazer tudo junto, meu Deus do Céu.

A dura realidade da vida me mostrou que ja-mais chegarei aos pés de papai, sou incapaz de ler e tomar sopa ao mesmo tempo. Sim, amigos, a verdade é triste. Também não sou a mais hábil criatura da terra no quesito leitura + sanduíche. O recheio do sanduba acaba sempre no meu peito.

O velho tinha um dom. O dom errado, mas ain-da assim, um dom.

por fal azevedo

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BRUSQUETAS

SALADA CAESAR

SANGRIA DE MANJERICÃO

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INGREDIENTES :

INGREDIENTES :

INGREDIENTES :

MODO DE PREPARO :

MODO DE PREPARO :

MODO DE PREPARO :

3 tomates maduros1 ramo de manjericãoPão italianoAzeite a gosto200g de parmesão cortado em lascas2 colheres de manteiga1 dente de alho

1/4 xícara de açúcar1/4 xícara de água4 ramos de manjericão1 limão, cortado em fatias 1 laranja, cortada em fatias1 garrafa de vinho branco seco90g de conhaque120g de suco fresco de laranjaGeloÁgua com gás, gelada

MOLHO

1 xícara (chá) de creme de leite

2 colheres (sopa) de maionese

2 colheres (sopa) de queijo parme-

são

1 colher de manteiga de amendoim

1/2 xícara (chá) de azeite de oliva

1 dente de alho sem casca

suco de 1 limão

SALADA

1 abacate

1/2 maço de alface-americana

1/2 maço de alface crespa

6 fatias de pão de fôrma

2 colheres (sopa) de manteiga

500g de peito de frango

150g de queijo parmesão ralado

grosso

sal, açúcar, pimenta do reino,

laranja e cebola para temperar

1. Lave as folhas de alface. Numa tigela com água e vinagre, deixe as folhas de molho por 20 minutos. 2. Corte o pão em quadrados. 3. Numa frigideira,

para um prato e reserve. 4. Use a mesma fridideira para fazer biscoitos de queijo: jogue parmesão, deixe dourar um dos lados, desgrude-o e vire. 5. No

um creme homogêneo. Reserve. 6. Corte o frango em cubos e tempere-o a seu gosto com sal, pimenta, suco de laranja e cebola ralada. Em uma panela

dourados. 7. Seque as folhas de alface e rasgue em pedaços. Disponha as folhas numa saladeira, regue com o molho e salpique com os cubos de pão, com os pedaços de frango e quadradinhos de abacate.

1. Corte os tomates em rodelas e reserve.

2. Corte o pão italiano em fatias. Passe um pouco de manteiga em ambos os lados e leve ao forno por 15 min, à temperatura de 180ºC.

3. Corte o dente de alho ao meio e esfregue-o em ambos os lados de cada fatia de pão (ainda quentes).

1. Msture o açúcar e a água e leve a mistura ao fogo até ferver. Mexa até dissolver.

2. Retire a panela do fogo e acrescente o e manjericão, as tiras de limão e as tiras de laranja.

que o líquido esfrie. Retire o manjericão e as tiras de limão e laranja e descarte-os.

4. Em uma jarra grande, misture a calda de manjericão com o vinho, o conhaquee suco de laranja.

5. Despeje a sangria e o gelo nos 6 copos.

QUICHE

MOUSSE DE LIMÃO

TORTA DE MAÇÃ

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INGREDIENTES :

INGREDIENTES :

INGREDIENTES :

MODO DE PREPARO :

MODO DE PREPARO :

MODO DE PREPARO :

3 tomates maduros1 ramo de manjericãoPão italianoAzeite a gosto200g de parmesão cortado em lascas2 colheres de manteiga1 dente de alho

1/4 xícara de açúcar1/4 xícara de água4 ramos de manjericão1 limão, cortado em fatias 1 laranja, cortada em fatias1 garrafa de vinho branco seco90g de conhaque120g de suco fresco de laranjaGeloÁgua com gás, gelada

MOLHO

1 xícara (chá) de creme de leite

2 colheres (sopa) de maionese

2 colheres (sopa) de queijo parme-

são

1 colher de manteiga de amendoim

1/2 xícara (chá) de azeite de oliva

1 dente de alho sem casca

suco de 1 limão

SALADA

1 abacate

1/2 maço de alface-americana

1/2 maço de alface crespa

6 fatias de pão de fôrma

2 colheres (sopa) de manteiga

500g de peito de frango

150g de queijo parmesão ralado

grosso

sal, açúcar, pimenta do reino,

laranja e cebola para temperar

1. Lave as folhas de alface. Numa tigela com água e vinagre, deixe as folhas de molho por 20 minutos. 2. Corte o pão em quadrados. 3. Numa frigideira,

para um prato e reserve. 4. Use a mesma fridideira para fazer biscoitos de queijo: jogue parmesão, deixe dourar um dos lados, desgrude-o e vire. 5. No

um creme homogêneo. Reserve. 6. Corte o frango em cubos e tempere-o a seu gosto com sal, pimenta, suco de laranja e cebola ralada. Em uma panela

dourados. 7. Seque as folhas de alface e rasgue em pedaços. Disponha as folhas numa saladeira, regue com o molho e salpique com os cubos de pão, com os pedaços de frango e quadradinhos de abacate.

1. Corte os tomates em rodelas e reserve.

2. Corte o pão italiano em fatias. Passe um pouco de manteiga em ambos os lados e leve ao forno por 15 min, à temperatura de 180ºC.

3. Corte o dente de alho ao meio e esfregue-o em ambos os lados de cada fatia de pão (ainda quentes).

1. Msture o açúcar e a água e leve a mistura ao fogo até ferver. Mexa até dissolver.

2. Retire a panela do fogo e acrescente o e manjericão, as tiras de limão e as tiras de laranja.

que o líquido esfrie. Retire o manjericão e as tiras de limão e laranja e descarte-os.

4. Em uma jarra grande, misture a calda de manjericão com o vinho, o conhaquee suco de laranja.

5. Despeje a sangria e o gelo nos 6 copos.

QUICHE

MOUSSE DE LIMÃO

TORTA DE MAÇÃ

Page 84: Revista NOZ

INGREDIENTES :

INGREDIENTES :

INGREDIENTES :

MODO DE PREPARO :

MODO DE PREPARO :

MODO DE PREPARO :

2 xícaras (480ml) de creme de leite

1 colher (sopa) de raspas de casca de limão siciliano

xícara (60ml) de suco de limão sici-liano espremido na horachantilly

1 folha de massa folhada (de supermer-cado mesmo), cortadaem 2 ou 3 tiras largas

xícara (100g) de açúcar mascavouma pitada de sal4 maçãs inteiras, cortadas em fatias longitudinais, sem sementee com casca1 colher de sobremesa de essência de baunilha

MASSA250g cream craker moídos125g de manteiga1 ovo1 colher (sopa) de águaRECHEIO2 xícaras (chá) de creme de leite fresco4 ovos150 g de calabresa defumada100 g de queijo gruyère ralado grosso1 cebola em rodelassal e pimenta-do-reino a gosto

1. Junte o creme de leite e o açúcar numa panela e leve ao fogo médio, mexendo para dissolver o açúcar. Deixe ferver e cozinhe por 3 minutos.

2. Retire do fogo, acrescente as raspas e suco de limão siciliano e misture. Deixe esfriar por 5 minutos.

3. Despeje em quatro potinhos com capacidade par xícara (180ml) cada e leve à gela-

4. Cubra os potinhos com o chantilly e sirva.

1. Preaqueça o forno a 180ºC.

2. Disponha os retângulos de massa folhada em uma fôrma assadeira.

3. Adicione o açúcar,o sal e a essência às maçãs. Misture e deixe descansar.

4. Arrume as fatias de maçã sobre os retângulos de massa em uma linha reta, sobrepondouma fatia a outra.

5. Asse por 18-20 minutos, ou até a massa está inchado e marrom dourado.

6. Retire da fôrma e coloque imediatamente em uma travessa. Sirva simples, comcobertura de caramelo, chantilly, ou sorvete.

MASSA:1. Misturar todos os ingredientes num recipiente fundo, até formar uma massa. 2. Forrar o fundo e 1 cm das paredes de uma assadeira de fundo removível

redonda de 22 cm de diâmetro. Reserve até o momento de acrescentar o recheio.

RECHEIO1. Preaqueça o forno a 180°C .2. Junte os ovos, o leite e o creme de leite

3. Tempere com sal e pimenta.4. Numa panela, leve a calabresa e a cebola ao fogo médio por 3 minutos.

5. Retire do fogo.6. Cubra a massa com o queijo gruyère, o bacon e o creme de ovos.7. Leve ao forno para assar por 30

dourada.8. Retire do forno e sirva a seguir.

Page 85: Revista NOZ

INGREDIENTES :

INGREDIENTES :

INGREDIENTES :

MODO DE PREPARO :

MODO DE PREPARO :

MODO DE PREPARO :

2 xícaras (480ml) de creme de leite

1 colher (sopa) de raspas de casca de limão siciliano

xícara (60ml) de suco de limão sici-liano espremido na horachantilly

1 folha de massa folhada (de supermer-cado mesmo), cortadaem 2 ou 3 tiras largas

xícara (100g) de açúcar mascavouma pitada de sal4 maçãs inteiras, cortadas em fatias longitudinais, sem sementee com casca1 colher de sobremesa de essência de baunilha

MASSA250g cream craker moídos125g de manteiga1 ovo1 colher (sopa) de águaRECHEIO2 xícaras (chá) de creme de leite fresco4 ovos150 g de calabresa defumada100 g de queijo gruyère ralado grosso1 cebola em rodelassal e pimenta-do-reino a gosto

1. Junte o creme de leite e o açúcar numa panela e leve ao fogo médio, mexendo para dissolver o açúcar. Deixe ferver e cozinhe por 3 minutos.

2. Retire do fogo, acrescente as raspas e suco de limão siciliano e misture. Deixe esfriar por 5 minutos.

3. Despeje em quatro potinhos com capacidade par xícara (180ml) cada e leve à gela-

4. Cubra os potinhos com o chantilly e sirva.

1. Preaqueça o forno a 180ºC.

2. Disponha os retângulos de massa folhada em uma fôrma assadeira.

3. Adicione o açúcar,o sal e a essência às maçãs. Misture e deixe descansar.

4. Arrume as fatias de maçã sobre os retângulos de massa em uma linha reta, sobrepondouma fatia a outra.

5. Asse por 18-20 minutos, ou até a massa está inchado e marrom dourado.

6. Retire da fôrma e coloque imediatamente em uma travessa. Sirva simples, comcobertura de caramelo, chantilly, ou sorvete.

MASSA:1. Misturar todos os ingredientes num recipiente fundo, até formar uma massa. 2. Forrar o fundo e 1 cm das paredes de uma assadeira de fundo removível

redonda de 22 cm de diâmetro. Reserve até o momento de acrescentar o recheio.

RECHEIO1. Preaqueça o forno a 180°C .2. Junte os ovos, o leite e o creme de leite

3. Tempere com sal e pimenta.4. Numa panela, leve a calabresa e a cebola ao fogo médio por 3 minutos.

5. Retire do fogo.6. Cubra a massa com o queijo gruyère, o bacon e o creme de ovos.7. Leve ao forno para assar por 30

dourada.8. Retire do forno e sirva a seguir.

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