revista na mochila - ed. 21

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Tiragem auditada 13 mil exemplares R$ 5,00 NA MOCHILA AMIGOS INVISíVEIS | COQUELUCHE | ODEIO MATEMáTICA! ANO 4 – 2012 – Nº 21 Veja como ajudar seu filho a se dar bem nesta disciplina Amigos Invisíveis Quando a criança brinca com alguém que só existe pra ela ODEIO matemática! Férias D V E R T I D A S I Brincadeiras pra alegrar as crianças dentro de casa

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Férias Divertidas, Coqueluche, saúde dos dentes, amigos imaginários, odeio matemática e muito mais conteúdo da melhor qualidade, para quem tem filhos de 0 a 10 anos.

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Tiragem auditada13 mil exemplares

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Veja como ajudar seu filho a se dar bem nesta disciplina

AmigosInvisíveisQuando a criança brinca com alguém que só existe pra ela

ODEIOmatemática!

FériasD V ERTIDASI

Brincadeiras pra alegrar as crianças dentro de casa

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Editorial

4 | Na Mochila

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Na Mochila Vetor Comunicação

Conecte-se com

Síndrome dos 3 F´sJá ouviu falar nessa síndrome? É a famosa: “Frio,

Férias, Filhos”. Muitas famílias ficam aflitas quando chega essa época do ano, pois parece que todos os problemas acontecem juntos. Doenças do inverno, não ter o que fazer com as crianças e aguentar em casa toda a energia acumulada dos pequenos, que não estão nem aí para o clima. Eles querem mesmo é diversão.

Pensando nisso, preparamos todo o nosso con-teúdo para que vocês, pais, passem bem por este período do ano. A jornalista Marisa Sei, que adora escrever sobre saúde, entrevistou especialistas que explicam tudo sobre Coqueluche e Vitamina S (a tal da vitamina que toda criança precisa para criar as defesas do organismo).

Já a Rose Araújo, que é mãe de uma menina linda de 6 anos, a Luíza (o xodó aqui da editora), cuidou do conteúdo relacionado a comportamento. Se o seu filho tem problemas com Matemática, você vai ver que a disciplina não é um bicho-de-sete-cabeças. É preciso entendê-la, não tem jeito. Outro tema abordado por nossa jornalista é o Transtorno Opositor Desafiador (TOD), que muita gente não conhece e pode estar passando por isso.

Neste mês saiu também a primeira edição es-pecial da NA MOCHILA – a revista Espetáculos, que traz uma cobertura jornalística dos eventos de final de ano preparados pelas academias de

dança de Sorocaba e que são um verdadeiro show de talentos. A edição está sendo distribuída nas próprias escolas de ballet. Mas se quiser ver a versão online, acesse www.namochila.com/espetaculos. E aguarde, pois mais novidades vão pintar neste ano!

Lucy De Miguel

[email protected]

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Índice

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16Uma dose de vitamina SHigiene excessiva pode favorecer aparecimento de doenças

Alta resistênciaPasse o inverno livre das doenças típicas da estação

Meu amigo invisívelTer amizades imaginárias na infância não faz mal

Unidos contra a CoquelucheAdultos também devem se vacinar

Não é só agressividadeVocê conhece o Transtorno Opositor Desafiador?

Dente, dentinho, dentão...Dentistas respondem às principais dúvidas relacionadas à infância

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Odeio matemática!Ajude seu filho a se dar bem nesta disciplina

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Férias divertidasAproveite o recesso com as crianças sem sair de casa!

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Nossa CapaMaria Eduarda, 2 anos e 8 meses

Fotos: Marina ZanonRoupas: Loja Sonho Meu

Agradecimentos: Loja Mercatto

Curtinhas .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8Informações atualizadas sobre o universo infantil

Blogueiras .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55Mamães compartilham a experiência da maternidade

Moda.... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48Coleção Inverno 2012 pra deixar as crianças no maior estilo!

Planeta melhor .. . . . . . . . . . . . . 42Aprenda a fazer uma peteca com garrafa pet

Minimercado ... . . . . . . . . . . . . . . 58Novidades e lançamentos para o mundo dos pequenos

Bibliotekids .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57Livros para você e para as crianças

Álbum de família .. . . . . . . . . 60Fotos das crianças para guardar de recordação

Escolas .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64Relação dos colégios parceiros do Projeto NA MOCHILA

Sempre aquiA revista NA MOChiLA é uma

publicação bimestral, com distribuição dirigida, em parceria

com escolas particulares da cidade de Sorocaba, itu e região.

Tiragem de 13 mil exemplares auditada pela ASPR Auditores Independentes www.aspr.com.br. Certificado a disposição dos interessados.

Cecília 66Você também vai se apaixonar por ela

Ano 4 ‐ nº 21 - Junho 2012

diretoria executiva: Lucy De Miguel, Cassiano Ricardo Cantero

diretoria de Novos Projetos: Marcus Oliveira (15 7835-8560)

marcus@ editoravetor.com.br

Redação: Marisa Sei e Rose Araújo

editora de Arte: Josemara Nascimento

Fotos: Dani Bahu, Fernando Paiva e Marina Zanon (Efeito Fotografia)

Assistente de Produção: Carina Alves

Tratamento de imagens: Josemara Nascimento e Wilson Luiz

Monaco Jr.

departamento Comercial: Marcus Oliveira, Edilaine Strób

e Rosana Caruso

Relacionamento com escolas: Rosana Caruso

([email protected])

Jornalista responsável: Lucy De Miguel (MTB 24.662)

Impressão: IBEP Gráfica Vetor Comunicação e Editora

Rua Braz Laino, 305 - Jd. Emília Comercial: Av. Antonio Carlos

Comitre, 510 - sl. 113 Sorocaba - SP

Fone: (15) 3211-0999

Para anunciar: [email protected]

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Curtinhas

Aulas de música beneficiam bebêsMuito já se sabe sobre os benefícios da música

para a nossa saúde, mas agora descobriu-se que o treinamento musical ajuda os bebês a interagirem com o mundo. Segundo pesquisa realizada na Universidade McMaster, no Canadá, bebês de um ano e meio que participaram de aulas de música interagem mais com o ambiente, sorriem mais, se comunicam melhor e seus cérebros apresentam respostas mais sofisticadas para a música.

Para fazer o estudo, os pesquisadores dividiram os bebês em dois grupos: um que participou das aulas de música e outro que não. Antes da pesquisa, todos os bebês apresentavam

comunicação e desenvolvimento social seme-lhantes. Os resultados foram publicados nas revistas Science, Developmental e Annals of New York Academy of Science.

Uma outra pesquisa, realizada em Israel, indica que bebês prematuros que ouvem uma sonata de Mozart por dia têm menos necessidade de cuidados médicos. De acordo com os médi-cos da Universidade de Tel Aviv, as músicas do compositor do século 18 estão associadas a um ganho de peso mais rápido entre esses recém-nascidos, tornando os bebês mais fortes e menos propensos a necessitar de cuidados médicos.

Estresse na infância pode acelerar o envelhecimentoOs pais fazem de tudo para proteger a criança de traumas e violência, porém abusos e estresses

vivenciados na infância podem acelerar seu envelhecimento biológico, ou seja, as crianças podem parecer mais velhas do que já são, correndo o risco de morte prematura.

Neste estudo, desenvolvido na Universidade Duke (Estados Unidos), os pesquisadores observaram os telômeros do DNA, que ficam nas pontas dos cromossomos e diminuem com cada divisão de cé-lula. Assim, eles são um indicativo confiável do envelhecimento do corpo. A literatura médica mostra que pessoas com telômeros mais longos têm chances maiores de terem tido infâncias tranquilas.

Os pesquisadores acreditam que o estresse seja o causador do encurtamento dessas estruturas, já que a violência causa maiores níveis de inflamação no corpo. Esse aumento na inflamação seria então responsável pelo menor comprimento dos telômeros. O estudo ressalta a importância vital da redução da exposição à violência em crianças – tanto do bullying quanto do abuso familiar.

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Comer em casa é mais saudávelA correria da vida moderna faz com que cada vez mais famílias se alimentem fora de casa. Porém,

estudos comprovam que comer em casa, além de mais barato, também é mais saudável.Uma pesquisa feita pela Universidade do Estado de New Jersey, nos Estados Unidos, concluiu que

comer fora de casa está associado a escolhas alimentares pobres em nutrientes e ruins para a saúde. Os pesquisadores analisaram resultados de 68 relatórios científicos previamente publicados, consi-derando a associação entre refeições familiares e saúde das crianças. Entre os benefícios, as refeições feitas em casa proporcionam um aumento maior da ingestão de frutas, legumes, fibras e alimentos ricos em cálcio e vitaminas. Além disso, o índice de massa corporal (IMC) dessas crianças é menor do que o dos que se alimentam fora de casa, diminuindo as chances de obesidade.

Curtinhas

Mães que acordam com qualquer barulhinho do bebê e correm no quarto para acudi-lo, ou que estejam sofrendo de depressão podem prejudicar o descanso dos filhos, principal-mente se transferem a criança de cama durante a noite, para aliviar sua ansiedade.

Uma pesquisa realizada na Pennsylvania State University

e publicada no periódico Child Development comparou o com-portamento de mães saudáveis e deprimidas. As que sofriam da doença tinham chances maiores de acordar as crianças sem neces-sidade. “Problemas de sono fre-quentemente duram até depois do início da infância, e podem ter um efeito negativo em vários aspectos do desenvolvimento,

incluindo o funcionamento emocional, comportamental e acadêmico. Entender como a de-pressão materna e os problemas de sono se combinam e afetam o desenvolvimento da criança é importante para o desenvol-vimento de intervenções que ajudem a reduzir essas conse-quências negativas”, explica o pesquisador Douglas Teti.

Depressão das mamães pode atrapalhar sono dos filhos

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Curtinhas

Exercícios físicos na infância equilibram níveis de triglicérides

Um estudo realizado pela Universidade Estadual Paulista e publicado na Biblioteca Virtual da Fapesp mostra que iniciar atividade física apenas na fase adulta não previne a dislipidemia, doença que provoca alteração dos níveis de gordura no sangue – triglicé-rides, além de LDL (colesterol ruim) e HDL (o colesterol bom) – e atinge cerca de 16% da população brasileira.

Os pesquisadores entrevistaram 2.720 adul-tos a fim de saber se eles praticaram atividades físicas na infância (7 a 10 anos), adolescência (11 a 17 anos) e idade adulta, e se haviam recebido resultados de “colesterol alto”, “bai-xo colesterol bom” ou “alto colesterol ruim” no último exame de sangue. Com base nas respostas, constatou-se que a falta de exercícios na infância e na adolescência foi associada a um maior número de quadros de dislipidemia na idade adulta. Além disso, os pesquisadores notaram que os adultos vítimas da doença que não praticaram atividades esportivas na infância, mas que iniciaram exercícios de intensidade leve após o diagnóstico, não apresentaram melhoras na doença. 

Suco, néctar ou refresco?Uma alimentação saudável não

dispensa o consumo de frutas frescas e seus derivados, como: sucos e refrescos. Mas para hidra-tar-se com saúde é preciso en-tender a diferença entre os pro-dutos disponíveis nas prateleiras dos mercados. De acordo com a Nutróloga Liliane Oppermann, a principal distinção é a mistura química. “Os sucos concentrados

são feitos a partir de frutas fres-cas e maduras, livre de aromas e corantes, o que conserva os nutrientes. Já os refrescos, que são produzidos apenas com até 10% das frutas originais e misturados com corantes, pos-suem menores quantidades de vitaminas e sais minerais”, diz a nutróloga. O néctar da fruta utiliza até 20% da poupa, mas

pode concentrar conservantes segundo as legislações do Bra-sil e também conter corantes e açúcares. O consumidor deve ser informado sempre sobre a procedência dos produtos para escolher, com consciência, o que estará na mesa de casa. Para a nutróloga é importante que haja a obrigatoriedade de diferenciar as bebidas através de rótulos.

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Curtinhas

Quando se tem um bebê em casa, os cuida-dos com sua pele devem ser redobrados. Nos pequenos, ela é mais fina, tem menos cabelo e as glândulas sudoríparas são menos ativadas. Em um recém-nascido, por exemplo, a pele tem menos fibras elásticas e colágeno. Isso justifica porque na infância a penetração de substâncias tóxicas pela pele é muito maior. “É mais fácil os pequenos desenvolverem bolhas ou feridas ao serem expostos ao calor, irritantes químicos, traumatismos, além das doenças inflamatórias”, diz o dermatologista Fernando Passos de Frei-tas. Conheça os problemas mais comuns: 1. Dermatite seborréica: é um tipo de caspa

que, geralmente, surge de forma leve na cabeça no bebê. No entanto, pode evoluir e se espalhar para outras regiões do corpo. É muito comum e pode desaparecer ao longo dos meses.  2. Cútis marmorata: espécie de rendilhado que

surge na pele do bebê nos dias mais frios, devido a uma reação vasomotora. É considerada normal.3. icterícia fisiológica: mais popular, é iden-

tificada quando a pele do bebê fica em um tom amarelado; mas se não desaparece em alguns dias, um médico deve ser consultado. 4. Substância caseosa: uma camada que

recobre a pele, semelhante ao efeito do verniz. Não deve se removida, pois possui função bac-tericida e acaba se soltando naturalmente com a sequência de banhos.  

5. Lanugem: são pelos que alguns bebês têm no rosto, tronco e costas. Mas são eliminados de forma natural. 6. hiperpigmentação dos genitais: alguns

bebês podem apresentar um tom mais escuro nos órgãos genitais que desaparece com o tempo. 7. hiperplasia sebácea: são bolinhas que sur-

gem na região do nariz e somem em pouco tempo. 8. Dermatite das fraldas: ocorre devido à

ação irritativa da amônia da urina, associada às bactérias ou fungos presentes na região. Desa-parece totalmente, até sem tratamento, quando a criança para de usar fraldas.9. Dermatite de contato: como a criança tem

a pele mais delicada, é mais suscetível à alergia. Por isso, é melhor evitar talcos perfumados, hi-dratantes e sabonetes.  10. Pintas e manchas de nascença: o bebê

pode nascer com uma mancha vermelha na nuca, porém a lesão normalmente desaparece. Se a criança tiver alguma pinta de nascença escura deve ser avaliada por um especialista, para evitar evolução para outro tipo de lesão. 

Doenças de pele em bebês

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Uma dose devitamina S

A higiene excessiva pode favorecer o desenvolvimento de alergias e outras doenças inflamatórias. Que tal se sujar um pouco?

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Seu filho já tomou uma dose de vitami-na S hoje? Ela não é encontrada nas

frutas, nem nos legumes, mas é necessária para fortalecer a imunidade na infância. O “S”, na verdade, vem da palavra “sujeira”. Mas, calma aí: nenhuma criança precisa sair por aí se sujando. “Dizer que a sujeira favorece o sistema imunológico foi uma história inventada porque as mães, hoje, são muito influenciadas por propagandas de indústrias de limpeza, e de antibióticos, para manter o máximo de assepsia. Assim, os filhos acabam não tendo contato com o meio ambiente por medo de que adquiram alguma infecção”, explica o clínico geral Paulo Olzon Monteiro da Silva.

Ou seja, o cuidado excessivo com a hi-giene para que as crianças não fiquem doentes acaba sendo prejudicial. Essa ideia foi sugerida há mais de duas décadas com a Hipótese da Higiene, segundo a qual o contato com micróbios na infância pode evitar o desenvolvimento de doenças in-flamatórias como a asma, e alergias como a rinite. “Temos observado alguns estudos re-centes reforçando essa ideia. A justificativa

seria a de que o sistema imunológico teria dois ‘caminhos’ a tomar. O primeiro, via linfócitos TH1, caso a pessoa entre em contato com micro-organismos presentes em ambientes menos limpos. A outra via, TH2, seria tomada na ausência desses micro-organismos e resultaria na liberação de fatores relacionados à alergia”, informa a pediatra Eliane Cabello dos Santos. A especialista ressalta que, no entando, ain-da existem questões a serem esclarecidas, como identificar os micro-organismos considerados benéficos, quanto de “sujeira” seria necessária e a partir de que idade.

VAI bRInCAR, CRIAnçA!Videogame, computador, vida em

apartamentos: esses fatores contribuíram para que as crianças tivessem convivessem

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em cada 10 pessoas, 8 moram em ambientes urbanos. Sem contato com a natureza, o sistema

imunológico das crianças não se desenvolve como deveria

Atualmente, o número de pessoas com algum tipo de alergia nos Estados Unidos é duas vezes maior do que na década de 80. No Brasil,

estima-se que 30% da população seja alérgica

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Saúde

Nossas foNtesEliane Cabello dos Santos é pediatra em Bauru (SP)

Paulo Olzon Monteiro da Silva é clínico geral da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

menos com a natureza. Ou seja, não são os cuidados com a limpeza que prejudicam a imunidade, e sim a falta de contato com micróbios presentes na terra, nas plantas, nos animais. “Esse contato é importante para desenvolver o sistema imunológico, porque o organismo cria anticorpos ao ter contato com certos vírus e bactérias pre-sentes no meio ambiente. O recomendado é que os pequenos brinquem em parques, ou com bichos de estimação”, indica Paulo.

Portanto, deixar as crianças livres para se sujarem um pouquinho só faz bem à saúde. “Continuam sendo fundamentais os bons hábitos de higiene, como lavar as mãos, tomar banho diariamente, escovar os dentes, lavar os alimentos adequadamente. Por outro lado, por que deixar a criança de sapatos o dia todo dentro de casa? Ou desesperar-se porque o bebê levou a mão do chão à boca? Sem tanta neurose, mesmo que a teoria não se confirme, a vida será bem mais divertida!”, opina Eliane.

ImUnIDADE gARAnTIDAOs anticorpos adquiridos na infância

podem proteger o organismo até quando ficamos velhinhos. “É na infância que o sistema imunológico se desenvolve. É a fase do primeiro contato com as bactérias e os vírus, em que o organismo vai produzir células que vão defendê-lo para o resto da vida. Por exemplo: é fácil descobrir quando uma pessoa adulta, ou mesmo um idoso, teve sarampo na infância, porque o organismo tem os anticorpos específicos”, revela Paulo.

VITAmInA S» Função: desenvolver a imunidade na infância.» Como adquirir: contato com o meio

Pesquisas confirmamEm um estudo realizado nos Estados Unidos, 474 voluntários foram acompanhados pelos primeiros sete anos de vida. As 184 crianças que conviviam com dois ou mais bichos no cotidiano apresentaram metade das chances de ter quadros alérgicos do que o restante, que não foi exposto a animais em casa.Outra pesquisa, da Escola de Medicina da Universidade Harvard, também nos Estados Unidos, mostrou que camundongos criados em ambientes esterilizados tinham mais chances de desenvolver doenças inflamatórias do que os que viviam em ambientes normais, expostos a micróbios, e que tiveram o sistema de defesa desenvolvido adequadamente.

ambiente (plantas, bichos de estimação, terra).» Quanto é necessário: o bom senso deve prevalecer. A criança pode brincar na natureza à vontade, desde que os cuidados de higiene, como um bom banho, sejam mantidos.» A carência provoca: aumento das chan-ces de desenvolver alergias e doenças in-flamatórias, como a asma.

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resistênciaAlta

Tudo começa com uma dorzinha de garganta, febre, tosse, nariz

escorrendo... E os pais já sabem que boa coisa não vem durante os próximos dias. Nos casos mais graves, quando a criança apresenta dificuldade para respirar e falta de ar, a família já fica preparada para as possíveis idas ao pronto-socorro, fora as noites mal dormidas. Mas, com alguns cuidados básicos, é possível evitar todo esse pesadelo.

De acordo com o Departamento de Pe-diatria da Sociedade Paulista de Pneumo-logia e Tisiologia (SPPT), a permanência em ambientes fechados, cheios de gente ou com pouca circulação de ar é a principal razão para o contágio de diversas doenças respiratórias tão comuns nesta época do ano, podendo evoluir para pneumonia ou crises de asma em pacientes suscetíveis.

A recomendação é para que as pessoas, ainda que passem mais tempo dentro de casa, procurem deixar as janelas abertas para que os ambientes fiquem ventilados, evitando-se assim a propagação de vírus e

Com alguns cuidados, é possível passar o inverno livre das doenças típicas da estação

bactérias, principalmente nas crianças, que ainda estão com o sistema imunológico em formação. Os dois primeiros anos de vida são os mais críticos, mas os cuidados devem se estender até os cinco anos de idade, quando então a criança já produziu anticorpos contra essas doenças.

A pneumonia é, sem dúvida, a doença respiratória mais preocupante para os pais. Fique atento para sintomas de tosse, febre e dificuldade para respirar. Se perceber que a criança não se alimenta ou dorme corretamente, é imprescindível procurar ajuda médica para uma avaliação.

Ao perceber sintomas de gripe, deixe a criança descansar. Nada de ir à escola ou ao shopping, pois o contato com outras crianças ou em ambientes de grande circu-lação só pode agravar ainda mais o quadro infeccioso. Mesmo em casa, o contato entre

SInAl DE AlERTA

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resistênciaCuidados básicosHábitos simples podem evitar uma infecção por vírus ou bactérias. Veja como: 

Nos dias mais frios, a criança deve agasalhar-se bem e não tomar chuva. O choque térmico agride as vias aéreas e facilita as infecções.

A alimentação deve ser equilibrada. Mantenha horas regulares de sono e faça com que a criança pratique atividades físicas para melhorar a defesa do organismo.

Mantenha o ambiente sempre ventilado e, se possível, com uma temperatura agradável. Ofereça muito líquido às crianças, para hidratar e ajudar a manter normal a temperatura do corpo.

A criança deve lavar as mãos com frequência, para evitar a transmissão de agentes infecciosos.

Segundo recomendações da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia, as crianças devem ser vacinadas contra a gripe, de preferência, dois meses antes do inverno, para uma melhor reação do organismo e criação de anticorpos.

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Saúde

Nossas foNtesDepartamento de Pediatria da Sociedade Paulista de

Pneumologia e TisiologiaDr. Moises Chencinski, pediatra e homeopata

os familiares deve ser evitado, bem como compartilhar copos e talheres, que devem ser bem lavados após o uso.

Outra inimiga das crianças (e dos pais) é a tão temida otite, uma dor que judia dos pequenos. A doença é comum nesta época do ano porque não há tanta produção de muco e movimentação de cílios que estão no nariz e nas árvores respiratórias, o que dificulta as defesas mecânicas do nosso organismo.

 De acordo com o pediatra Dr. Moises Chencinski, o principal sintoma de otite, independentemente da idade e do tipo dela, é a dor, que pode ser intensa. A febre pode ser outro sintoma associado. Esses quadros de infecção podem ser agudos (que são infecciosas) ou crônicos. As mais comuns em crianças são a otite média e a otite externa (essa aparece, por exemplo, quando a criança faz natação sem o protetor auricular, ou vai para a praia, nas férias e mergulha muito no mar). 

O tratamento varia de acordo com o problema, mas os médicos costumam pres-crever antibióticos, anti-inflamatórios, analgésicos, antitérmicos e até homeopatia. Compressas quentes (e secas) também aju-dam a melhorar a dor. E o médico adverte as mães para que não pinguem nada no ouvido antes de consultar um especialista, pois isso pode atrapalhar no diagnóstico correto.

Cuidados gerais como boa alimentação (iniciando sempre pelo aleitamento ma-terno exclusivo até o 6º mês), hidratação,

uma boa higiene ambiental fazem parte das orientações de tratamento. Cuidados locais como uma boa higiene nasal e evitar colocar qualquer tipo de objeto dentro das orelhas podem ajudar.

DOR DE OUVIDO

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forçaRitmo,e agilidade

Informe Publicitário

de Nova Iorque no final da década de 1960, mas tornou-se fenômeno mundial nos anos de 1980.

Movimentos acrobáticosQuem gosta de Breaking sabe que tem que ter

fôlego para fazer os gestos bruscos e movimentos acrobáticos, já que a dança exige um bom con-dicionamento físico para fazer os movimentos ondulatórios do corpo, bem como a rotação do corpo apoiado apenas na cabeça ou nas costas. Outros passos conhecidos são os movimentos de pernas tipo moinho de vento ou o arrastamento dos pés. Nas aulas são aplicados exercícios técnicos, bem como sequências que preparam o aluno para que possa apresentar uma dança de qualidade em qualquer lugar do mundo.

Há ainda um caráter competitivo na dança. Nas áreas nova-iorquinas de South Bronx ou Harlem, por exemplo, grupos organizados de jovens juntavam-se na rua para competições de breakdance (fights), com o objetivo de “derrotar” o oponente sendo mais criativo e inovador nos movimentos de dança. Tudo isso “sem violência”, garante o professor Redlen, que indica a dança para crianças a partir dos 7 anos.

Uma dança surgida na periferia de Nova Ior-que e que leva este nome pelo fato de a

coreografia valorizar o “break” da música. Assim é o Breaking, ritmo preferido por crianças e ado-lescentes, principalmente os meninos, que fazem as aulas na Escola de Dança Spaço Alfa, com o professor Redlen Naason.

Dizem que esta dança foi inventada pelos porto-ri-quenhos, que expressavam sua insatisfação com a guerra do Vietnã e se inspiraram nos movimentos das artes marciais, principalmente do Kung Fu. O fato é que o Breakdance se espalhou entre as gangs

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Assim é o Breaking, coreografia preferida pelos meninos na Escola de Dança Spaço Alfa

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meu queridoamigo invisível

Criar amizades imaginárias na infância favorece o desenvolvimento social e intelectual. Os pais só precisam ficar atentos para que essa relação não atrapalhe a rotina da criança

Comportamento

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ra uma vez uma menina chamada Jennifer. Ela dava dicas de moda,

ouvia todos os segredos de Lidiana e estava ao seu lado a qualquer momento,

era só chamar seu nome. Porém, Jenifer só podia ser vista por Lidiana e nin-

guém mais, já que fazia parte da sua imaginação. “Ela tinha três ou quatro anos

quando criou essa amiga, se não me engano, por ter visto o desenho animado

Charlie e Lola”, conta o pai, o jornalista Márcio Torres.

A maioria dos pais já viu ou ainda vai ver uma cena semelhante. “Ter amigos

imaginários entre os três e os sete anos é muito comum. Existem pesquisas

que apontam que uma em cada três crianças tem uma amizade imaginária”,

afirma a psicóloga Vivian Cancellara.

PREPARAçãO PARA O REAlAssim como os adultos treinam em fren-

te ao espelho para falar em público, ou falam sozinhos antes de contar para alguém uma informação importante, as crianças simulam conversas e criam situações para se preparar. “Os amigos imaginários surgem para que elas possam treinar os diálogos que um dia serão reais, além de ser uma forma de desenvolver a criatividade, fantasia e imaginação”, explica Vivian.

Para uma criança, as situações a serem enfrentadas ainda são novidade e imagi-nar como lidarão com elas torna mais fácil encará-las. A criação também é capaz de estimular o aprendizado. “Tanto os amigos particulares quanto os mais coletivos, como Papai Noel e Coelho da Páscoa, ajudam no desenvolvimento mental. Pesquisas indicam que crianças que convivem com companhei-ros invisíveis desenvolvem antes suas capa-cidades psicológicas e lingüísticas e tendem a ser melhores alunos”, revela a psicóloga.

Uma amizade invisível também pode representar necessidade de companhia, o que é natural principalmente para filhos únicos. “Todo filho único sente ou sentirá em algum momento um pouco de solidão. A Lidiana não é uma menina fechada, tem

muitas amizades, mas mesmo assim criou uma amiguinha para se divertir, contar segredos e até extravasar. Acho válido, pois todos nós precisamos pôr para fora o que nos incomoda e nem sempre temos coragem”, opina Márcio.

PARTICIPAnDO DA bRInCADEIRAAcompanhar o mundo imaginário da

criança permite aos pais o conhecimento sobre suas necessidades, a aproximação e o estreitamento dos vínculos familiares. “É saudável perguntar sobre esse amigo invi-sível, fazer a criança contar sua história, e tentar entender o mundo dela a partir desse amigo, mas sem criar um interrogatório”, diz a psicóloga Cecília Zylberstajn.

Ficar de olho nessa amizade é impor-tante também para que os pais percebam se há algo de errado com a criança. “Um amigo imaginário pode surgir naturalmente ou quando há um evento mais difícil, uma ruptura na rotina, em que a criança tenta lidar com a situação usando a fantasia”, destaca Cecília. Caso a amizade criada seja fruto de um momento complicado, como a separação dos pais, dificuldade de adaptação na escola, entre outros, os pais devem ficar atentos, pois a criança

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pode precisar de mais atenção nessa fase. “Não precisa ser mo-tivo de grande preocupação, pois isso tende a passar. Só é preciso procurar ajuda profissional, do pediatra ou de um psicólogo, se a amizade imaginária interferir no comportamento da criança ou se persistir até a adolescência”, avisa Cecília.

ImAgInAçãO COm lImITESPara Cecília, criar amizades

na fantasia é uma brincadeira e faz parte do desenvolvimento na infância. Mas é preciso dar uma “liberdade vigiada”, ou seja, ob-servar sem interferir. “O problema é quando esses amigos imaginá-rios são substitutos dos reais e a relação faz a criança perder a possibilidade de manter diálogos com pessoas reais”, diz Vivian.

Pôr a culpa no amiguinho, usar o nome dele para fazer perguntas ou dar opiniões também é aceitá-vel, mas dentro dos limites. “Com isso, as crianças expressam seus sentimentos, sobre os quais talvez não conseguissem falar se não fos-se através da amizade imaginária. Entretanto, quando a atitude de culpar o amigo é frequente, é hora de procurar ajuda profissional e fazer o filho perceber que algumas atitudes e opiniões são emitidas por ele próprio”, ensina Vivian.

Comportamento

Muitas vezes, as crianças mantêm a relação

com uma amizade imaginária somente quando

estão sozinhas, longe de outras pessoas.

Por isso, os adultos nem chegam a saber da

existência desse amigo e, quando a criança

cresce, geralmente se esquece.

Os amigos imaginários tendem a desaparecer

após os sete anos, quando a criança começa

a criar mais vínculos sociais. “Por ser um

processo natural, se os pais ficam o tempo todo

interrogando o filho para saber sobre o amigo

invisível, pode ser que atrapalhe o processo de

desapego e esquecimento”, diz Vivian.

Esses amigos podem ser tanto pessoas com

a mesma idade quanto animais, objetos ou

mesmo formas abstratas, que só os pequenos

sabem o que é.

Muitos personagens de quadrinhos e desenhos

animados possuem amigos invisíveis. É o caso

de Calvin, criação de Bill Watterson, um menino

de seis anos que, em sua imaginação, dá vida

ao tigre de pelúcia Haroldo. No desenho Charlie

e Lola, inspiração para a nossa personagem

Lidiana, Lola também tem um amigo imaginário

chamado Soren Lorensen.

Você sabia?

Nossas foNtesCecília Zylberstajn é psicóloga psicodramatista em São Paulo

Vivian Cancellara é psicoterapeuta infantil e palestrante em Sorocaba

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Em família

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FériasSaiba como agitar as crianças na época do recesso

escolar, sem sair de casa e sem passar frio

divertidas

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Os dias de descanso são cada vez mais raros, até mesmo para as

crianças, que hoje têm uma agenda digna de executivo da bolsa de valores. Por isso, é preciso se programar para aproveitar ao máximo esse período delicioso e necessário: o recesso escolar.

Se está faltando criatividade e sobrando impaciência nos pequenos, que querem curtir pra valer esse momento, é hora de criar alternativas interessantes para tirar o melhor proveito dessa época do ano.

Em julho, surge a imprevisibilidade do tempo: frio, garoa, vento... muitas vezes, passeios externos são raros e o melhor a fazer é transformar sua casa no quartel general dos baixinhos.

“Os pais precisam canalizar a energia que provém da garotada para opções sa-dias e inteligentes de lazer”, destaca Tiago Aquino da Costa e Silva, o Professor Pa-çoca, presidente da Associação Brasileira de Recreadores (Abre).

Ele sugere as brincadeiras tradicionais como forma de lazer, que ajudam a de-senvolver a linguagem, o pensamento, a socialização, a iniciativa e a autoestima. “São atividades que levam a marca cultu-ral, pois o avô brincou, o pai aprendeu e ensinou ao filho”, ressalta Tiago.

Os programas em família também não devem ser esquecidos. Sempre que puder, invista nos passeios em parques, teatro, cinema, museus e shows. Eles são funda-mentais para aumentar o laço afetivo entre pais e filhos.

Tiago aproveita para listar algumas atividades deliciosas para fazer com os pequenos nessa e em outras épocas do ano.

DAnçA DAS CADEIRAS COOPERATIVASmATERIAIS:Cadeiras (o mesmo número de cadeiras

para o de jogadores), CD com músicas animadas e aparelho de som.

DESCRIçãO: Colocam-se as cadeiras em círculo, uma

de costas para a outra. Para iniciar o jogo, o recreador deverá colocar uma música bem animada e posicionar os jogadores de frente para suas cadeiras. Os participantes dançarão em volta das cadeiras. Quando a música parar de tocar, os jogadores deverão sentar nas cadeiras. Após essa primeira fase, tira-se uma cadeira, ou seja, teremos uma cadeira a menos do que o número de participantes. Na próxima rodada, os par-ticipantes terão de sentar, todos com uma cadeira a menos, e assim sucessivamente, até restarem três cadeiras e todo o grupo estiver sentado, uma pessoa no colo da outra. É uma atividade cooperativa e bem interessante para a participação lúdica dos adultos.

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Em família

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dá início ao pega-pega. Ao pegar alguém, os jogadores deverão mostrar os cartões de funções. A polícia ganha do ladrão, o ladrão ganha da vítima e a vítima ganha da polícia. O ganhador recebe o dinhei-ro do jogador perdedor. Após um tempo preestabelecido pelo recreador, deverá ser contado o dinheiro dos jogadores. Vence quem tiver mais dinheiro.

AO AmIgO COm CARInhOmATERIAIS:Papel e canetaDESCRIçãOCada participante recebe um pedaço

de papel e uma caneta ou um lápis. Cada pessoa escolhe outro integrante do grupo e escreve no pedaço de papel o nome da pessoa escolhida e uma tarefa a ser realizada por ela. Após o recolhimento dos papéis de todos os participantes, o animador fará o sorteio e avisará, nesse momento, que quem realizará a tarefa é a pessoa que escreveu.

QUAl é A múSICA?mATERIAIS: CD com músicas de vários ritmos.DESCRIçãO:O grupo de passageiros deverá ser

dividido em duas equipes. O recreador seleciona um CD com músicas de vários ritmos e, dado o início, deverá dar stop, e, após, alguém deverá continuar cantando a música. A cada acerto de música, a equipe ganha um ponto. É vencedora a equipe que acumular dez pontos primeiro.

bIngO hUmAnOmATERIAIS: Pedaços de papel sulfite e uma caneta

para cada jogador.

VOlEnçOlmATERIAIS:Lençóis e bolas de voleibolDESCRIçãO:O grupo será formado por quartetos

que deverão segurar, um em cada ponta, um lençol ou uma toalha. Os quartetos deverão brincar com a bola de voleibol, tentando mantê-la sobre o lençol, não a deixando cair no chão. Após essa etapa, os quartetos farão a interação uns com os outros e, assim, realizarão lançamentos e recepções das bolas. Criar estratégias e o trabalho em equipe são desafios propostos para essa atividade. A progressão do jogo poderá ser na realização de um jogo de voleibol tradicional com os lençóis.

PEgA-PEgA DInhEIRO DO lADRãOmATERIAIS:Dinheiro de papel e cartão com as fun-

ções (dois são policiais, três são ladrões e osdemais jogadores são vítimas). DESCRIçãO:Cada jogador recebe dez dinheiros de

papel e um cartão com a função. Inicial-mente, cada jogador deverá “guardar se-gredo” sobre a sua função. O recreador

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Em família

DESCRIçãO:Cada jogador receberá um pedaço de

papel em branco e desenhará uma tabela de jogo da velha (nove quadrantes). A cartela deverá ser preenchida com o nome mais o sobrenome (comida, de preferência) dos jogadores, como Marlene Salada. Ao sinal do recreador, os jogadores deverão se interagir e preencher a cartela com os nomes. Após o término, será iniciado o bingo. O recreador escolherá uma pessoa para iniciar o bingo, que escolherá um dos nomes que constam em sua cartela, pronunciando-o em voz alta. Por sua vez, este escolherá outra pessoa de sua cartela, e assim sucessivamente. O jogador que preencher primeiro a cartela é considerado o vencedor. Como variações, poderão ser utilizados para a composição do sobrenome países, cores ou figuras geométricas.

Nossas foNtesTiago Aquino da Costa e Silva, o Professor Paçoca,

presidente da Associação Brasileira de Recreadores (Abre) e Vice-presidente da ABRAPEFE (Associação Brasileira dos

Profissionais de Educação Física e Esportes)

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Todos contra a coqueluche

A vacinação em adultos é indispensável para prevenir a doença em bebês

Saúde

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Saúde

Aos dois meses de idade, os bebês precisam receber a primeira dose

da vacina tríplice bacteriana (DTP), que protege da coqueluche, além de difteria e tétano. A vacinação é gratuita e as crianças são o principal alvo das campanhas de imunização. Isso porque, até os seis me-ses de idade, o sistema imunológico está imaturo e a coqueluche pode provocar consequências graves, como convulsões, pneumonia, distúrbios neurológicos e até mesmo a morte.

Contudo, para proteger de vez os pe-quenos, adolescentes e adultos também precisam estar imunizados. Mas a falta de informação e de campanhas de vacinação destinadas a esses grupos faz com que apenas uma pequena parcela se vacine regularmente.

Estudos divulgados na publicação médica Pediatric Infectious Diseases mostram que mães, pais, irmãos e avós são as principais fontes de transmissão da doença aos recém-nascidos. “Vários países adotaram estratégias para prevenção da co-

queluche, como vacinar todos os adultos que têm contato com bebês principalmente abaixo dos dois meses de idade. Infelizmen-te, o Brasil não possui essas es-tratégias e nem disponibiliza a vacina gratuitamente”, informa a infectologista Melissa Palmiere, do Hospital Villa-Lobos.

mAS EnTãO, COmO SE ImUnIzAR?

Em clínicas privadas de imunização, a vacina cus-ta em média 150 reais. O

investimento vale a pena já que, vacinando os adultos, previne-se a doença também nas crianças. “A vacinação para adultos deve ser feita de 10 em 10 anos ou em períodos de surto. Por exemplo, se a pessoa sabe que já faz cinco anos que ela tomou a última vacina e está ocorrendo uma epidemia na região, o melhor é procurar um serviço de vacinação”, orienta Melissa.

QUE DOEnçA é ESSA?A coqueluche é causada pela bactéria

Bordetella pertussis e afeta o sistema respira-tório causando, nas duas primeiras semanas de contágio, sintomas semelhantes aos da gripe, como coriza, tosse e mal-estar. Por isso, a doença muitas vezes passa des-percebida em adultos. “As tosses intensas representam um estágio mais avançado e só nesse momento grande parte dos pacientes percebe que não portava apenas um resfriado”, acrescenta o clínico geral Renato Marandino, do Hospital São Vicen-te de Paulo, no Rio de Janeiro. A doença é conhecida como “tosse comprida” porque, após a chamada fase catarral, dos sintomas mais leves, permanece a tosse seca contínua, com guincho característico.

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Nossas foNtesMelissa Palmiere é infectologista do Hospital Villa-Lobos, em São Paulo (SP)

Renato Marandino é clínico geral do Hospital São Vicente de Paulo, no Rio de Janeiro (RJ)

TOTAlmEnTE SEgURASPor muito tempo, acreditou-se que al-

gumas vacinas, incluindo a contra a coque-luche, pudessem causar autismo e outras reações graves. Com medo das reações, alguns pais ainda deixam de levar os filhos aos postos de imunização.

Porém, uma avaliação completa de mais de mil estudos, realizada nos Estados Uni-dos e divulgada pelo Instituto de Medicina, mostrou que não há relação entre vacinas e autismo e os poucos e raros efeitos colaterais cessam em pouco tempo. “A vacina contra a coqueluche é uma das mais seguras do

Coqueluche em números Em 2011, foram confirmados 593 casos da doença no Brasil. Desses,

541 ocorreram em bebês menores de um ano e 15 crianças morreram, segundo dados do Sistema de Informações de Agravos de Notificação

(Sinan), órgão do Ministério da Saúde. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em todo o mundo

são 50 milhões de casos de coqueluche por ano. Na última década, a circulação da bactéria causadora da doença

aumentou cinco vezes na América Latina.

mercado e apenas 10% das pessoas apresen-tam alguma reação, como febre, dor local e vermelhidão. Ela só é contraindicada para quem tem alergia aos componentes ou tem a síndrome de Guillain-Barré (doença au-toimune que atinge os nervos periféricos)”, assegura Melissa.

Antes de chegar aos postos de saúde, as vacinas passam por testes de segurança e eficácia. Portanto, não há o que temer! Deixar de imunizar a criançada e se imu-nizar pode trazer prejuízos graves à saúde dos pequenos. A melhor saída é sempre a prevenção.

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não é sóagressividade!

Algumas crianças muito hostis e rebeldes podem ter Transtorno Opositivo Desafiador, uma síndrome mental que exige atenção e cuidados redobrados

ComportamentoComportamento

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Birra, agressividade, comportamento desafiador... quem é pai ou mãe

certamente já presenciou algumas atitudes como essas por parte do filho. Elas fazem parte do desenvolvimento infantil e volta--e-meia se manifestam na relação familiar. No entanto, em alguns casos, elas passam do limite considerado aceitável e ganham outra roupagem, mais séria e compromete-dora, o denominado Transtorno Opositivo Desafiador (TOD).

Ainda pouco difundido, ele se carac-teriza por comportamentos hostis, muita agressividade e desobediência crônica. “Geralmente a criança age contrariamente àquilo que se pede ou espera dela”, explica a psicóloga Denise Lavínia Mazetto.

Os primeiros sintomas costumam surgir na idade pré-escolar ou na adolescência. Ainda não há uma definição clara para as causas dessa doença, mas os especialistas acreditam numa combinação de genética, ambiente familiar e até desequilíbrio de certas substâncias no organismo, como a serotonina.

lAUDO TéCnICODos primeiros sintomas até o diag-

nóstico de TOD leva-se, no mínimo, seis meses. Isso porque, para que o compor-tamento negativista e agressivo possa ser caracterizado como um distúrbio e não simples atitudes da idade é necessário uma frequência regular.

Isso na teoria, é claro! Na prática, muitas vezes leva-se anos para descobrir o que a criança tem. A empresária Lígia*, mãe de Renato*, 12 anos, sabe bem como é essa peregrinação em busca do diagnóstico. Até descobrir o que o filho tinha foram cinco anos de luta. “Foram anos perambulando

por psicólogas, neurologista, psiquiatra, pastor, pedagogas... até que, aos 9 anos, uma psicóloga, que só faz avaliação e não tratamento, fez o diagnóstico”, relembra.

Lígia conta que o menino sempre foi uma criança tachada de difícil, intempestiva, agressiva... “Em resumo: um problema! Ele ia bem até quando meu pai morreu e minhas duas irmãs casaram e tiveram seus filhos. Eu morava com minha família e acho que ele perdeu o eixo e eu não entendi nada. Ele foi ficando mais agressivo e começou a brigar na escolinha”, conta a empresária.

De acordo com a psicóloga Patricia Adnet, para que a criança seja diagnosticada com TOD, é necessário que ela apresente pelo menos quatro dos seguintes sintomas: » perda de paciência» discussão com adultos» desafio ou recusa em obedecer a regras ou solicitações feitas por adultos» fazer coisas que aborreçam as pessoas de propósito» responsabilizar outras pessoas por seus próprios erros ou mau comportamento» incomodar-se facilmente com os outros» ficar com raiva, ressentimento ou ser vingativa ou maldosa.

Ela explica como os pais podem dissociar o distúrbio de padrões normais de comporta-mento. “Se mesmo com a educação dos pais, da escola e dos que estão ao seu redor a criança mantiver os mesmos padrões de conduta, com uma frequência longa, é necessário que seja feita uma avaliação por parte de um profis-sional, como o psicólogo, para a compreensão do quadro e posteriores orientações.”

RóTUlOSLidar com essa situação em casa não é

nada fácil. Mesmo porque, antes de obter o

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diagnóstico da doença, os pais passam pelos mais variados julgamentos. “Não sabia o que fazer, como fazer e praticamente não encon-trei ninguém para ajudar com capacidade de verdade. Minha família defendia o ‘desce a cinta’, o pai dele achava ‘que o problema é que sou permissiva’ a escola ‘achava que ele era um problema e não podia perder outros alunos por causa dele’”, descreve Lígia.

Embora apresentando o TOD, Renato tem amigos e brinca como outras crianças da sua idade. “Os primos o adoram e todos os finais de semana tem criançada dormin-do em casa. Ele é amável, mas também há brigas, que ocorrem em qualquer reunião de crianças. Ele não é apegado ao material e é bagunceiro. Empresta tudo o que tem, dá para outra pessoa e é muito sensível à dor humana. Chora em comercial”, descreve a mãe.

TRATAmEnTOOs cuidados são intensos e exigem muito

da família. Geralmente, há uma associação de acompanhamento psiquiátrico, psicológi-co e, em alguns casos, é necessário o uso de medicamentos. Denise destaca que a linha de terapia mais indicada é a psicoterapia indi-vidual, na linha Cognitiva Comportamental.

“Ela concentra-se no reforço seletivo e elogios ao comportamento apropriado, ao mesmo tempo em que ignora e não reforça o comportamento inapropriado, entre ou-tros aspectos. É muito importante ainda, aconselhamento e treinamento direto para os pais, acerca da habilidade de manejo com a criança”, ressalta.

Para Lígia, a grande dificuldade é obter um bom tratamento para o filho. “Encontrar profissionais que entendessem o problema e que soubessem o que fazer foi muito difícil. Quando se acha um, é tão caro que quase impossibilita. Gastei uma rescisão de dez anos de empresa cobrindo os últimos dois anos de tratamento”, salienta a mãe.

Depois de idas e vindas a consultórios médicos, hoje Renato está sendo acompa-nhado por uma psiquiatra e tem um quadro estável. “A médica diagnosticou primeiro uma depressão forte e medicou por mais de dois anos. Agora está sendo retirado para entrada de outro medicamento. Há terapia uma vez por semana, mas o ideal seriam duas, porém, não tenho como pa-gar. O custo do tratamento dele hoje é de aproximadamente R$ 1.500 ao mês, fora escola, transporte, comida...”, diz Lígia.

Como os pais podem lidar com os filhos que apresentam TDO: Realizar esportes coletivos, para auxiliar na socialização e na formação

de conceitos como disciplina e respeito; Explicar claramente regras e instruções;

Propor acordos de forma assertiva; Elogiar atitudes positivas; Evitar punições físicas;

Retirar privilégios em casos de agressividade; Realizar momentos com toda a família, pois a integração familiar é

essencial para o manejo do transtorno

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ComportamentoComportamento

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Nossas foNtesDenise Lavínia Mazetto, especialista em

neuropsicologia e reabilitação neuropsicológica pelo Cepsic/Hospital das Clínicas de São Paulo

Patricia Adnet, psicóloga especializada em terapia cognitivo-comportamental

* os nomes foram trocados em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)

AmOR: SEmPRE FUnDAmEnTAl

Arcar com todas as despe-sas não é o mais difícil para mãe. Lidar com os altos e baixos do filho, sim! Mas, para isso, ela recorre ao mais puro e autêntico sentimento da mulher: o amor maternal. “Deixo-o deitar no meu colo e chorar quando acontece algo e não fico cobrando, ele se cobra. Ele passou a refletir mais e aprendi que não impor-ta quantas escolas digam que ele é um problema, quantas pessoas desejem que ele vire sei lá o que, não importa se o pai dele está longe e se outras crianças são boazinhas. O que importa é o meu filho. Ele é o ser que recebi para cuidar, educar e proteger sim... Não temos uma cura, temos uma estrada para percorrer, um tratamento para ajudá-lo a se entender com o mundo e a viver nele.”

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Planeta melhor

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PetecapetQue tal brincar de peteca e

fazer o seu próprio brinquedo com garrafa pet? A dica é

do Ricardo Girotto, autor da coleção Ecobrinquedos, da

Just Editora

Material necessário❯ Garrafa PET ❯ Pedaço de pano❯ Areia❯ Plástico de embalagem❯ Barbante ❯ Tesoura sem ponta

Recorte pequenas tiras de garrafa PET, conforme a foto acima.

Embrulhe uma pequena porção de areia em um pedaço de plástico.

Como fazer:

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Dica de leituraColeção Ecobrinquedos, da Just Editora

Encaixe as tiras de PET no saquinho com areia e embrulhe com o tecido.

Prenda tudo com um pedaço de barbante

e recorte as sobras de tecido.

Está pronto!

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Dente, Tudo o que você quer saber sobre a saúde bucal do seu filho, mas nunca conseguiu perguntar ao dentista

Saúde

dentinho, dentão...

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Quando o assunto é cuidados com os dentes de nossos filhos, sempre sur-

gem diversas dúvidas. Afinal, que pai ou mãe não morre de medo da cárie? Ou de ver seu filho usando aparelho? São situações que, em boa parte dos casos, podem ser evitadas. Consultamos duas especialistas para tirar dúvidas e auxiliar no quesito “dente são”.

É necessário que meu filho escove os dentes toda vez que come algo doce?salete Moura: Sim, pois as guloseimas contêm açúcar, que é o principal alimento das bactérias envolvidas na cárie. Mas essa estratégia não é a melhor. O mais racional é fazer um consumo inteligente desses alimentos. Isso quer dizer: ensinar a criança, desde pequena, que há momentos certos para eles serem consumidos, ou seja, como sobremesa após uma refeição. Por exemplo, é melhor comer três bombons em uma hora, do que três bombons divididos ao longo do dia. Aí, então, é mais fácil que ela se habitue a escovar os dentes após seu consumo.

É verdade que alimentos como suco de soja e achocolatados prontos para beber contêm muito flúor e que isso pode prejudicar os dentes das crianças?Maria Isabel Latuf: Sim. Pesquisas recentes revelaram que alguns tipos de achocolatados em caixinha, bolachas recheadas e sucos possuem flúor em sua composição, o que se deve provavelmente ao uso de água fluoretada no processo de industrialização. Sendo assim, o ideal é evitar o consumo excessivo desses alimentos e sempre

consultar o rótulo para verificar os componentes do produto. É importante esclarecer que o flúor não é prejudicial aos dentes das crianças, muito pelo contrário, ele é um forte aliado no fortalecimento da estrutura dentária, tornando o esmalte dental menos susceptível as ações dos microrganismos que causam as cáries. No entanto, a ingestão inadvertida, excessiva e a associação de várias fontes de ingestão de flúor durante a fase específica de formação dos dentes pode causar fluorose dentária (manchas em geral esbranquiçadas, podendo ser até acastanhadas nos casos mais severos).

Quando é necessário levar a criança ao dentista para arrancar os dentes de leite?Maria Isabel: Não existe idade exata para a remoção dos dentes de leite. Espera-se que a criança inicie a troca dos dentes de leite pelos permanentes por volta dos 6 a 7 anos de idade. No entanto, atualmente é possível observar que a idade para essa troca tem variado bastante de criança para criança, sendo comum observar umas trocando mais cedo e algumas mais tarde do que o esperado. Independentemente da idade cronológica, é importante que o odontopediatra acompanhe em que estágio de desenvolvimento da dentição essa criança se encontra, pois só assim será possível avaliar se essa troca está acontecendo na época mais apropriada. Quanto à realização da remoção ou não do dente de leite, o natural seria deixar que os dentinhos fiquem bem molinhos até caírem sozinhos.

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Saúde

antibiótico pode manchar os dentes e enfraquecê-los?Maria Isabel: Os antibióticos não afetam em nada os dentes já formados. Já a tetraciclina pode, sim, causar manchas no elemento dentário quando ingerida durante a fase de formação desses dentes. No entanto, atualmente esse tipo de antibiótico é mais utilizado em crianças.

o que são alimentos cariogênicos?salete: São alimentos com capacidade de favorecer o crescimento das bactérias que estão envolvidas na etiologia da cárie dentária, pois servem de alimento para elas, sendo que o açúcar é o principal deles. Assim, cuide da saúde bucal de seu filho, controlando a ingestão de alimentos ricos em açúcar, preferencialmente os pegajosos, pois ficam muito tempo em contato com os dentes (ex: biscoitos recheados, balas moles, gomas, pirulitos, cereais açucarados, etc). Alimentos líquidos açucarados, como sucos de

fruta, leite, chá, vitaminas etc. são potencialmente perigosos, principalmente se forem consumidos lentamente ou durante o sono.

o dente permanente do meu filho quebrou. o que eu faço?salete: Procure imediatamente um cirurgião dentista para avaliar a extensão do problema e solucioná-lo o mais rápido possível. A demora no atendimento pode causar até a necrose ou “morte” do dente, sendo necessário um tratamento mais complexo e caro, com prejuízos até para o futuro do desenvolvimento da dentição da criança.

Meu filho range os dentes durante o sono? o que isso pode acarretar para a dentição dele?Maria Isabel: O mais recomendado é que, ao observarem qualquer sinal do bruxismo na criança, os pais procurem um odontopediatra para uma correta

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Nossas foNtesSalete Moura Bonifácio da Silva, professora

doutora responsável pela Área Departamental de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia de Bauru

da Universidade de São Paulo (FOB/USP) Maria Isabel Latuf é Ortodontista e

Odontopediatra de Sorocaba

avaliação e acompanhamento. Cada caso deve ser avaliado individualmente, pois o bruxismo pode ocorrer em determinadas fases do desenvolvimento da dentição e poderá ser temporário. Não existe uma causa única para o bruxismo, sua etiologia é multifatorial e complexa. No entanto, o fator preponderante é o psicológico. Situações como a troca de escola, a chegada de um irmãozinho ou a mudança para outra cidade podem proporcionar momentos de estresse e ansiedade.

Chupar chupeta ou o dedo pode comprometer a formação dos dentes?salete: Sim, mas não é uma regra para todas as crianças. Esses hábitos fazem parte de um instinto natural dos bebês, principalmente os que não mamam no peito. Porém, chupar o dedo ou a chupeta não fornece os movimentos ideais para o desenvolvimento da musculatura, da fala, da deglutição, da mastigação, nem dos ossos. Dependendo da frequência, intensidade e duração, normalmente não interferimos antes do 4 anos de idade. Mas, se após essa idade esses “vícios” persistirem, caberá ao profissional, conhecendo a criança e sua família, fazer um trabalho conjunto para buscar a melhor solução sem causar nenhum problema.

os dentes de leite da minha filha são muito separados. ela terá de usar aparelho no futuro para corrigir essa falha?Maria Isabel: Nem sempre as crianças que possuem espaço entre os dentes (diastemas) precisam usar aparelho para

sua correção. Vários fatores devem ser avaliados pelo odontopediatra antes da indicação do uso ou não de aparelhos.

a partir de qual idade é indicado usar fio dental?salete: O fio dental deve ser usado para higienizar o espaço entre os dentes. Portanto a partir do momento que a criança tiver dois dentes vizinhos muito juntos, impedindo que a escova dentária limpe entre eles, é necessário o uso do fio dental. Assim o uso do fio também está indicado para alguns bebês.

Como escolher a escova de dente correta?salete: Normalmente, as escovas de marcas tradicionais reconhecidas já indicam a idade para a qual ela está indicada. De qualquer maneira, a cabeça deve ter um tamanho compatível com o tamanho da boca de quem vai usá-la. Para uma criança, ela deve ser pequena, com as cerdas todas retas e extramacias. O cabo deve permitir a empunhadura pela criança e pelo adulto, para ajudá-la, até que ela tenha destreza manual para realizar a escovação sozinha. Ensine seu filho a usar somente a própria escova e a lavá-la bem em água corrente após o uso. Lembre-se: deixe a escova secar em lugar arejado e limpo, nunca a guardando úmida em local fechado.

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Eduardo veste camisa xadrez e calça jeans black Puramania Kids

Moda

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Felipe usa macacão Ano Zero em Plush

Bruno veste Conjunto Ano Zero com Blusa em Moletom e Calça em Cotelê

Aline arrasa num conjunto com Vestido Balonê em plush listrado e calça em Molicotton

Av. Moreira César, 59 Sorocaba – SP15 3211-7616

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Educação

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la é uma das disciplinas com pior fama entre os alunos (e pais de alunos também). Acusada de

ser difícil de compreender, complicada e sem aplicação no dia a dia, a matemática sempre foi o calcanhar de Aquiles da educação.

De onde vem o temor com relação a essa ciência? Para a professora Maria Lucia Azevedo, o que existe, na verdade, é preguiça de pensar. “Eu acredito que as pessoas possuem medo do que desconhecem. Por exemplo: quando um aluno entende uma equação de primeiro grau, ele passa a adorar resolver os exercícios, caso contrário ele odeia com ‘todas as forças’. Os alunos precisam entender o porquê de aprender aquela deter-minada matéria em matemática, onde poderá aplicar no seu dia a dia”, destaca.

Ela, que ministra diversas disciplinas na área de exatas em Escolas Técnicas Estaduais e colégios particulares, toca num ponto fundamental com relação ao aprendizado da matemática: a língua portuguesa. Sim, porque muitas vezes o x da questão está no enunciado. “A interpretação de texto é um grande problema. Verifiquei que, como

Por que algumas crianças têm tanta dificuldade para aprender essa disciplina, enquanto outras têm verdadeira paixão?

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vivemos em um mundo multimídia e altamente conectado, os livros e revistas ficaram um pouco esquecidos. Muitos alunos não leem com tanta frequência textos complexos, poesias, crônicas, reportagens científicas, políticas entre outros. Conclusão: falta a eles coerência para entender onde poderão aplicar as equações, bem como fórmulas.”

DE PAI PARA FIlhONão é raro encontrar pessoas que digam aos quatro

ventos o quanto odeiam matemática. E, quando essas pa-lavras soam dentro de casa, isso pode de alguma maneira influenciar os pequenos na aversão à disciplina. Maria Lúcia destaca que isso pode ser “hereditário”, sim. “Há pais que não aprenderam a gostar de matemática e falam para os filhos. A criança, tomando isso como exemplo, age da mesma forma. E, se não gosta, não consegue ficar quieta ou focar para aprender durante a aula. Ela ‘viaja’, manda

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Educação

Nossas foNtesMaria Lucia de Azevedo, professora de cursos

técnicos e Ensino Médio, mestranda em Inovações em Televisão Digital - Unesp Bauru

bilhete, cutuca o colega, mas resolver os exercícios, tirar dúvidas com o professor, prestar atenção nas explicações, é muito para ela”, frisa a professora.

Isso serve de alerta para qualquer outra matéria. Como os pais são espelhos para os pequenos, sempre é bom se “policiar” ao emitir opiniões.

Como nem tudo é regra três, na casa da jornalista Joelma Marino Rosa, a situação é diferente. Apesar de ela não apreciar a ciência dos números, a filha, Jackeline, de 9 anos, adora matemática. “Ela fica muito empolgada para resolver os problemas e gosta de desafios. Está tirando notas bem altas, a metodologia da escola é boa, leva a raciocionar”, diz a mãe. Entre as notas mais altas no boletim estão as dessa matéria. “Sempre tira de 9,5 a 10”, comemora a mãe orgulhosa.

InCEnTIVO E DIDáTICASem ter a mãe como espelho, como

Jackeline desenvolveu o gosto pela dis-ciplina? Joelma diz que isso é uma coisa bem pessoal da garota, que é bastante sis-temática e gosta de seguir à risca o que aprende com a professora. Mas, por trás desse gosto todo pela matéria, estão dois fatores importantíssimos: o incentivo dos pais e a didática dos professores.

“Eu sempre estimulo a Jackeline a es-tudar, a querer aprender. Acho isso im-portante! Quando não se tem incentivo, fica mais difícil gostar das matérias”, frisa a jornalista.

Maria Lúcia reitera a posição de Joelma. Para a professora, é preciso haver uma parceria entre pais e mestres no que diz respeito a despertar a vontade de aprender. “Os professores precisam se aproximar dos

Tabuada precisa ser decorada?Não, segundo a professora Maria Lúcia Azevedo. “Existe uma maneira de aprender sem ter que decorar: entendendo que 3x2=6 porque eu somo duas vezes o três, ou seja, 3+3=6. O aluno pode contar no dedo ou somar várias vezes. Não há vergonha nenhuma em contar no dedo para acertar um resultado de uma conta. Vergonha é tentar adivinhar um número e errar feio o resultado, sendo que poderia acertar se tentasse contar no dedo ou realizar continhas até obter a solução correta.”

alunos, verificar quais as dúvidas, explicar individualmente ou até mesmo em grupo. Utilizar de brincadeiras concretas e lúdicas para as crianças e para os adolescentes. Se perceber que falta base, se falta leitura, tem de dar sugestões.”

Já os pais, na opinião dela, devem esti-mular a leitura. “Mas não apenas a leitura do facebook, a leitura de um livro, de uma revista. Se eles não leem sozinhos, os pais devem ler primeiro a revista e comentar as reportagens interessantes, dizer que adorariam discutir sobre o assunto. Mas não pode ser imposto, tem que acontecer de um jeito natural. Se o aluno adquire o hábito de leitura, ele melhora não apenas em matemática, mas em todas as outras disciplinas.”

Educação

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Alimentação saudávelCada vez mais percebemos que melhor do que

comer bem é comer de uma forma saudável. Pensando nisso, este blog oferece diversas dicas que vão melhorar a qualidade de vida das pessoas, com alimentos que previnem doenças e teorias sobre os elementos essenciais ao nosso corpo como vitaminas e minerais. O bacana também é que além de dicas sobre alimentação, o blog ainda mostra os benefícios das atividades físicas e outros assuntos para uma saúde completa!

www.alimentacao-saudavel.com

No mundo das crianças Existe mundo melhor que o mundo das crianças?

Por gostar tanto desse mundo, a autora deste blog resolveu fazer um especialmente para este universo, com brinquedos super legais e que podem ser feitos em casa, moldes de máscaras, dobraduras e uma infinidade de coisas divertidas e que despertam a imaginação da criançada. O blog tem um monte de sugestões que podem ser úteis tanto para os papais quanto para professores!

www.nomundodascriancas.blogspot.com.br

Blog da alergiaEste blog, sem fins lucrativos, foi criado pela

equipe médica da Clínica de Alergia da Policlínica Geral do Rio de Janeiro e tem como objetivo a informação, divulgação e o esclarecimento de dúvidas relativas a temas médicos sobre alergia. Nele, os pais podem tirar dúvidas através do chat (ou por email) ou, simplesmente, conhecer mais sobre este assunto.

www.blogdalergia.blogspot.com.br

blogueiras

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Blogueiras

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Se você tem um blog ou site voltado para pais e/ou filhos e quer compartilhar com outras pessoas, envie um email para [email protected]

Participe da seção Blogueiras!

De peito aberto Mais do que falar sobre a importância de ama-

mentar, este blog dá dicas para fazer com que esse lindo gesto de amor e cumplicidade entre mãe filho seja mais fácil. Através dele, as mamães recebem apoio (principalmente as que estão com dificuldade para amamentar), tiram dúvidas e aprendem umas com as outras. Afinal, ninguém nasce sabendo! www.amamentacaoexclusiva.blogspot.com.br

Test Drive Mami Não dá apenas pra “testar” como é ser mãe, mas

dá pra testar muitas outras coisas! Este site oferece um monte de dicas sobre o universo infantil, tudo para auxiliar as “novas” e as “velhas” mamães no dia a dia. O bacana é que além de posts pra lá de interessantes sobre saúde, comportamento e educação, o site ainda testa passeios, progra-mação cultural, dicas de compras, realiza sorteio de brindes e muito mais.

www.testdrivemami.com

Vizinhos de úteroEste blog é da autora Jemima Pompeu e é total-

mente dedicado aos gêmeos adultos e familiares, agregando, de forma simples e objetiva, algumas de suas descobertas do mundo dos gêmeos encontradas em dois anos de pesquisa. O blog fez (e faz) tanto sucesso que a autora decidiu escrever um livro com o mesmo título, com os posts de março de 2010 a março de 2012.

www.vizinhosdeutero.com.br

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Xii! Meu corpo está crescendo!Planeta infantil

Sol é uma garota muito especial e observadora, mas às vezes, não entende muito bem sobre a passagem do tempo e, para ajudá-la, decide olhar um álbum de foto para se ver em várias idades e tamanhos. Observando seus amigos, começa a per-ceber que ninguém é igual a ninguém: um é magrinho, outro gordinho, um é bem alto, outro bem baixo e assim por diante. Este livro mostra de uma forma simples e divertida a difícil fase de crescimento, além de ensinar a respeitar as diferenças e o melhor: a conviver com elas!

Preço sugerido: R$ 24,90 – Para crianças de 5 a 7 anos

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Tem tupi na oca e em quase tudo o que se tocaAutêntica

Este livro é todo escrito em versos, com métrica e rima e mistura o português e o tupi-guarani, revelando muitas palavras usadas no dia-a-dia de origem indígena e que aguça a curiosidade da criançada. Além de palavras conhecidas, uma variedade de novas palavras é apresentada ao leitor, em forma de trava línguas e versos simples. As ilustrações coloridas e alegres de animais, índios e flores transportam os pequenos ao mundo dos primeiros habitantes do nosso país.

Preço sugerido: R$ 27,00 – Para crianças a partir de 8 anos

Hunf! Quero, quero... porque quero!Planeta infantil

Este livro conta a história de Carla, uma garotinha como outra qualquer, só que quando seu desejo não é atendido, ela vira uma fera! Grita, chora, esperneia e faz todo mundo morrer de vergonha com suas birras. Mas, num belo dia, tudo mudou assim que ela provou do seu próprio veneno! Uma história pra lá de divertida, cheia de ilustrações coloridas e que vai ensinar as crianças a serem mais pacientes e a respeitar o próximo. Ótima opção de leitura para pais e professores!

Preço sugerido: R$ 24,90

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Minimercado

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Comer, comer...A inserção de frutas e legumes na alimentação é

uma das fases mais importantes para o crescimento e evolução dos bebês. Pensando nisso, a loja Sonho Meu, que fica em Sorocaba (15 3418 6040 - www.boutiquesonhomeu.com.br) oferece o “Alimentador de frutas e legumes” da Munchkin, que auxilia o bebê a descobrir o sabor dos alimentos de uma maneira segura, diminuindo o risco de asfixia, uma vez que impede que pedaços grandes sejam engolidos. Re-comendado a partir dos 6 meses. Preço sugerido: R$ 24,90

Nova estação, novos looks!Nada de preguiça neste frio, as meninas querem

mesmo é se exercitar! A Grazie Ballet, que fica em Sorocaba (Rua da Penha, 1135 – Centro – 15 3211 4288) preparou lindos looks para as baila-rinas se aquecerem neste inverno. São casacos transpassados de helanca, polainas de lã, saias em tule e collants de vários modelos e cores, tudo para as dançarinas arrasarem em todas as estações do ano!

Recordação em grande estilo As fotos não precisam ser guardadas apenas

no computador, mas também em álbuns pra lá de charmosos e cheios de estilo, que vão realçar ainda mais todo encanto e beleza desses momentos marcantes. A Contos e Pontos, que fica em Sorocaba (Mercadão Campolim - Boxes 127 e 128 – 15 3327 0389) oferece uma grande variedade de álbuns: infantil, mamães, 15 anos, casamento, chá de bebê, cozinha e lingerie, assinaturas e o que mais sua imaginação desejar! Todos possuem apliques diferenciados e mensagens criativas. Ótima opção de presente! - Meu álbum de fotos: R$ 43,90 - Álbum da Mamãe: R$ 76,90

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Delícia, delícia...Os doces, principalmente os chocolates, além de deliciosos são uma ótima opção para presentear,

ainda mais se forem personalizados e finos. A Nha Doce Boutique, que fica em Sorocaba (Rua Humberto Notari, 334 – Jd. Gonçalves - 15 3033 1116) oferece uma grande variedade de chocolates, cupcakes e lembrancinhas personalizadas (comestíveis) para todas as ocasiões, além de cestas que podem ser montadas ao gosto do cliente. O mais legal é que tudo é feito lá e pode ser combinado tanto na embalagem, quanto nos formatos, desde os brigadeiros da festa até as lembrancinhas.

Massas artesanaisSe o seu filho adora macarrão, uma boa opção

são as massas Nonno Franciulli (Rua Gustavo Teixeira, 225, Mangal – 15 3231- 6160 – Sorocaba), que traz receitas artesanais do Sul da Itália. Entre as opções frescas, há lasanha, rondelli, canelone, conchiglia e sofiateli, além do tagliarine (seca). Há ainda pães italianos fresquinhos e antepas-tos. Abre de terça a sábado, das 9h às 19h e aos domingos, das 9h às 14h.

Velas exclusivasTodo o luxo e glamour das famosas velas

americanas Voluspa, conhecidas no mundo inteiro pelas fragrâncias e embalagens inovadoras, você encontra exclusivamente na loja Mercatto, que fica no Mercadão Campolim (Boxes 98 e 99 – 15 3019 2970). Essas velas são ideais para presentes re-quintados. Divididas em sete linhas, são 52 fragrâncias que inspiram até mesmo personalidades famosas.

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Álbum de família

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Estas páginas são dedicadas às meninas e meninos que são o motivo principal desta revista.

Para ver sua criança aqui, envie uma foto com o nome completo e idade para o e-mail

[email protected]

Lívia Gonsales Vital, 8 meses

Nicolas de Sousa Longo, 2 anos

Pedro Luiz Mariano, 9 anos

Manuela Matias dos Santos, 2 meses

Antonio Henrique Mendonça, 6 anos

Julia Ferraz Rey, 9 meses

Gustavo Messias Barbosa, 3 anos

Manoella Nunes da Silva, 10 anos

Rafaella Nunes da Silva, 8 anos

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Cauã Florentino Rufino, 2 anos

Igor, 4 anos e Mariana Cristina de Souza, 2 anos

Isadora Moreno Zucoli Ramos e Samara Júlia Pereira Soler, 10 anos

Melissa Jimenes Coelho, 3 ano

Bárbara Fernandes de Oliveira, 5 meses

Rafael, 7 anos e Gabriel de Luccas Molinari, 9 anos

Laura C. Chini, 5 anos

Matheus de Pontes Costa, 4 anos

Nicolle Rodrigues Benavides, 3 anos

Arthur Henrique Teberges de Souza, 6 anos

Yasmin Moraes Américo, 8 anos

Marina Moltocaro Andreoli, 2 anos

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Álbum de família

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Nathália Gandolfe Crivelli, 1 ano

Gabrieli Jardim Pontes Furlan, 5 anos

Miguel Augusto, 11 anos e Milena de Lima Guedes, 9 anos

Lucas Carvalho Rosa, 1 ano

Luísa Carvalho Rosa, 5 anos

Nicolly e Nayara Renda de Almeida, 1 ano

Manoela Raszl Gagliardi, 6 anos

Kaique Melo, 2 anos

Elizabeth dos Santos, 1 ano

Maria Clara Amato de Campos, 3 anos

Arthur Henrique Freitas de Oliveira, 1 ano

Gustavo Gabriel Galan De Meneses, 8 anos

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Isabela Lambiazzi Soares, 6 anos

Ana Luisa Soares Paulino, 3 anos

Nicolas Perry, 11 meses

Igor Ribeiro Castro, 3 anos

Ana Carolina Gardenal, 3 meses

Leonardo Rossi, 2 anos

João Guilherme, 8 anos e Elisa, 5 anos

Gabriel Rodrigues Ramos, 4 anos

Maria Giovanna Alvarenga Rabelo, 7 anos Julio César, 6 meses

Melissa Marchi dos Santos, 6 anosRafael Ernesto, 4 anos

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Distribuição

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Escolas parceiras doColégio Aconchego dos Anjos Rua Antonio Brunetti, 59 | V. Hortência Rua Antonio R. Sanches, 30 | Jd. IpêSorocaba - SP | Fone: (15) 3227-2667

[email protected]

Colégio VictóriaAv. Pereira da Silva, 226Santa Rosália | Sorocaba - SP

Fone: (15) 3231-8455 | www.colegiovictoria.com.br

Colégio SorocabaR. Atanázio Soares 3.700 Sorocaba | Fone: (15) 3302-2690 www.colegiosorocaba.com.br

Colégio AlphaR. Santa Cruz, 229 | Centro Sorocaba - SP | Fone: (15) 3211-8047www.alphaeduca.com.br

Escola Magnus Junior Rua Evaristo da Veiga, 574 Sorocaba - SP | Fone: (15) 3222-1353www.escolamagnus.com.br

Escola Beija-FlorR. José Marchi, 693 | Jardim Pagliato | Sorocaba - SP

Fone: (15) 3339-9310 | www.beijaflorsorocaba.com.br

Nova EscolaRua Tocantins, 659 | Vila JardiniSorocaba - SP | Fone: (15) 3202-6253www.novaescolasorocaba.com.br

Escola CatatauRua Capitão Grandino, 243Sorocaba - SP | Fone: (15) 3211-6086www.escolainfantilcatatau.com.br

Colégio MaricelRua Pedro José Senger, 132Vl. Augusta | Sorocaba-SP

Fone: (15) 3227-6606 | [email protected]

Escola CompassoRua Profa. Ossis S. Mendes,

485 | Sorocaba - SP | Fone: (15) 3231-8500www.escolacompasso.com.br

Colégio Ápice Av. General Osório, 432/448 Sorocaba - SP | Fone: (15) 3231-4312www.colegioapice.com.br

Colégio MontessoR. Catulo da Paixão Cearense, 97Vila Jardini | Sorocaba - SP Fone: (15) 3222-9929www.escolamontesso.com.br

Dó Ré MiR. Curupaiti, 454 | Vila Jardini Sorocaba - SP | Fone: (15) 3221-8283www.escoladoremisorocaba.com.br

Colégio iguatemiRua Limeira, 265 | Jd. Iguatemi Sorocaba - SP | Fone: (15) 3228-3822www.colegioiguatemi.com.br

Colégio EducareRua Comed. Hermelino Matarazzo, 1421 | Vila Sta. Rita | Sorocaba - SP Fone: (15) [email protected]

Colégio RenascerRua Comendador Vicente do Amaral, 802

Central Parque | Sorocaba - SP | Fone: (15) 3202-5656 www.colegiorenascer.com.br

SalesianoR. Gustavo Teixeira, 411 | Mangal Sorocaba - SP | Fone: (15) 3229-3600www.salesianosorocaba.com.br

Colégio São GabrielRua Epaminondas Neves, 463Jd. Astro | Sorocaba - SP

Fone: (15) 3237-5762 | www.colegiosaogabriel.com.brColégio GalileuRua Jerônimo da Veiga, 83 Jd. Ana Maria | Sorocaba - SP

Fone: (15) 3411-0267 | www.colegiogalileu.com.brColégio SerR. Mario Campestrini, 100Campolim | Sorocaba – SPFone: (15) 2101-0101www.colegioser.com.br

Sorocaba

Colégio Ágape SorocabaRua Pedro José Senger, 223 | Vila HaroSorocaba - SP | Fone: (15) 3237-1772

www.colegioagapesorocaba.com.br

Colégio Parque das ÁguasAv. Dr. Arthur Bernardes, 745Jd. Maria do Carmo

Sorocaba - SP | Fone: (15) 3234-1279www.colegioparquedasaguas.com.br

Centro Educacional FuturaRua Benedito de O. Lousada, 526 Pq. São Bento | Sorocaba - SP

Fone: (15) 3223-4371 | [email protected]

Escola Cantinho Bom Av. Dr. Pereira da rocha, 158Vila Hortência | Sorocaba - SPFone: (15) [email protected]

Colégio AtivoAv. São Paulo, 1536

Árvore Grande | Sorocaba - SP | Fone: (15) 3031-4111www.colegioativo.com.br

Colégio Dialético l Pé de MolequeRua Gustavo Magalhães, 386Jd. Faculdade | Sorocaba - SPFone: (15) 3211-8687

www.pedemolequesorocaba.site.com.br

Escola Centopéia’sRua Oswaldo Martins, 73 Jd. Refúgio

Rua João Wagner Wey, 802 | Elton Ville | Sorocaba - SPFones: (15) 3321-5263 / 3321-2751www.escolacentopeias.com.br

Espaço CriançaRua Con. Januário Barbosa, 366Jd. Vergueiro | Sorocaba - SPFone: (15) 3234-4689www.portalespacocrianca.com.br

Colégio Dom AguirreAv. General Osório, 2012Trujillo | Sorocaba – SP

Fone: (15) 2101-2000www.domaguirre.com.br

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Projeto nA mOChIlA

A revista NA MOCHILA é subsidiada pelas escolas aqui relacionadas e distribuída gratuitamente para os pais dos alunos do Ensino Infantil e Fundamental I.

Colégio UirapuruAvenida Prof. Arthur Fonseca, 633Jd. Panorama | Sorocaba - SPFone: (15) 2102-6600www.colegiouirapuru.com.br

Colégio Magna Vida Rua Daniel Vieira Rodrigues, 115Araçoiaba da Serra - SP Fone: (15) 3281-3834 [email protected]

Santa EscolásticaAv. Manoel Vieira, 306Araçoiaba da Serra - SPFone: (15) [email protected]

Anglo BoituvaEnsino Fundamental e MédioTravessa Nüssli, 20 | Boituva - SPFone: (15) 3263-2136www.angloboituva.com.br

Escola Cata-Vento / Anglo Rua Alfredo Carlos Madeira, 37Cerquilho - SP | Fone: (15) 3384-1375www.escolacatavento.com.br

Colégio Peres GuimarãesRua São Benedito, 594V.N.S. Aparecida

Boituva - SP | Fone: (15) 3363-4523www.colegioperesguimaraes.com.br

Colégio Terra Mater Rua Ângelo Ribeiro, 700Boituva - SP | Fone: (15) 3263-1174www.colegioterramater.com.br

Turma do PincelitoR. Santa Rita, 1.391 | Itu - SPFone: (11) 4013-3907www.escolapincelito.com.br

Escola Nova GeraçãoR. do Patrocínio, 526 | Itu - SPFone: (11) 4025-8161www.novageracaoitu.com.br

Escola Viver e AprenderR. Siqueira Campos, 203 | Jd. São PauloSorocaba - SP | Fone: (15) 3222-5851www.escolavivereaprender.com.br

Colégio Objetivo - S. Roque R. Tiradentes, 550 | São Roque - SPFone: (11) 4784-9777www.objetivosaoroque.com.br

Escola Viking Rua Itajubá, 147 – Trujillo Sorocaba - SP | Fone: (15) 3231-4307www.escolaviking.com.br [email protected]

Escola Aquarela R. Antonio dos S. Santinhos, 115São Roque - SP | Fone: (11) [email protected]

Colégio Objetivo PiedadeRua Benjamin Constant, 81 | CentroPiedade - SP | Fone: (15) 3244-1322www.objetivopiedade.com.br

Colégio Dimensão Unid. I – Av. Carmen Galan Burgos, 121 | Unid. II – Rua Paula Ney, 277Votorantim - SP Fone: (15) 3243-2200

Colégio Dom Bosco de ibiúnaRua Cel.Salvador Rolim de Freitas, 290 | Ibiúna - SP Fone: (15) [email protected]

Escola Cooperativa de ibiúnaRua Dr.Gabriel Monteiro da Silva, 390/408 | Ibiúna - SPFone: (15) 3241-1021www.coopibiuna.com.br

Rede São JoséPça. Dr. José Sacramento e Silva, 43 | Porto Feliz - SP

Fone: (15) 3261-9460 | www.saojosepf.g12.br

Escola Sagrada FamíliaAv. Dom Pedro II, 804 | Salto - SPFone: (11) 4028-9616www.esf.g12.br

Araçoiaba da Serra

Sorocaba

Votorantim

Salto

Porto Feliz

Itu

boituva

Cerquilho

Ibiúna

São Roque

Piedade

Colégio Objetivo ibiúnaRua Raimundo Santiago, 110Centro | Ibiúna – SPFone: (15) 3241-2327www.objetivoibiuna.com.br

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Cecília

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Não sei nem por que a gente tem que dormir. Há tantas brin-cadeiras, passeios, festinhas pra gente ir que se eu pudesse nem dormia… Aliás, essa é uma eterna “briga”com mamãe e papai. É só me dizerem que é hora de descansar que eu tento arrumar forças pra continuar com a brincadeira. Afinal já estou bem crescidi-nha, com 3 anos e 4 meses, e deveria poder escolher o quê e quando fazer, sempre!

Na maior parte do dia sou eu quem decido e uma das minhas brincadeiras prediletas é fazer meus bichinhos de pelúcia e bonecas conversarem. Na maior parte das vezes peço pra minha mãe brincar junto comigo, mas também brinco sozinha com eles. Mamãe gosta de todos até do sapo, mas uma vez, perto da praia, quando viu um sapinho pequenininho gritou “Credo!”.

Não entendo esses adultos. Outro bicho que minha mãe não pega é minhoca. Papai sim, entra no galinheiro comigo e procura as minhocas para que eu dê às galinhas da vovó. Galinhas são muito rápidas quando se trata de comida e comem até da minha mão se eu demorar pra jogar. Gosto de alimentá-las, jogo milho, verduras, pão. Elas comem de tudo e quando bobeiam perto de mim, pego uma no colo.

Outra coisa que adoro são caixas, de todos os tamanhos. Brinco de dar presentes, de carrinho, construo cabanas para os meus bichinhos de mentira… E, quando crescer, vou ganhar um cachorrinho de verdade todo branquinho, sem pintinhas, e vou colocá-lo na caixa também.

Estou brincando bastante também no computador, mas essa é outra história.

Na próxima edição conto mais,

A cada edição de Na Mochila você pode acompanhar minhas conquistas, experiências, enfim tudo que aprendi nesses três anos...

Se quiser acompanhar mais sobre o meu dia a dia, veja o blog feito pelo meu pai, que é designer: http://blogdacecilia.wordpress.com/

Luciane Murae é jornalista e mãe de Cecília. Foi convidada para registrar nessa coluna o crescimento dessa garotinha.

Beijinhos da Cecília

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