revista mochilão pocket

32

Upload: fernanda-carvalho

Post on 22-Mar-2016

223 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

Revista que fala sobre o turismo "mochileiro"

TRANSCRIPT

Page 1: Revista Mochilão Pocket
Page 2: Revista Mochilão Pocket

EDITORIALO início da nossa aventura

A Mochilão chega para facilitar a vida dos mochileiros e inspirar aqueles que tem vontade de viajar e explorar o mundo, mas

não sabem nem por onde começar. Ao longo da revista você encontrará

dicas econômicas, práticas e diversificadas de programas, hospedagens, transportes, atividades e restaurantes.

Além de sugestões de lugares e roteiros que talvez você não soubesse que são tão bacanas e oferecem tantas coisas para fazer e conhecer.

Como todo bom mochileiro, a revista compartilha histórias e depoimentos de viagens feitas pela nossa equipe e amigos viajantes, até os

perrengues e aprendizados.

Já que no meio de uma viagem nem sempre é possível usar a internet, Mochilão pode ser um bom companheiro na sua caminhada e um conselheiro nas horas incertas. E o melhor: cabe em qualquer mochila. É só virar as páginas e entrar em uma nova aventura!

Page 3: Revista Mochilão Pocket

EXPEDIENTE

Junho 2012

Edição e RedaçãoJoão Luis Chagas

RedaçãoBruno GarcesFernanda CarvalhoJade VieiraJoão Luis Chagas

Créditos das ImagensReprodução Internet.

Atendimento Comercial:Centro Universitário de Belo HorizonteRua Diamantina, 567, bairro Lagoinha, Belo Horizonte/MG31.110.-320Telefone: 31 3224-3009

Cartas:[email protected]

Projeto Gráfico:Ricardo PassosJade VieiraJoão Luís Chagas

Impressão:Futura Express

Tiragem:5 Exemplares

BússolaDepoimentoLíbano em 2 dias ...............4

Conheça a FBAJ .................7

Albergue do MêsConheça o mais novo Hostel de Tiradentes ....................8

Norte da InglaterraFuja da rotina em York, Durham e Newcastle .......11

Test DriveCanon x Nikon .................18

Belo HorizonteConheça os Encantos da capital mineira ................20

Copa2014Conheça Curtitiva, uma das 12 sedes da copa .............28

Page 4: Revista Mochilão Pocket

4

Visitamos rapidamente o Líbano em junho de 2008. Entrei no país pela fronteira

com a Síria. Fomos de carro, com um motorista sírio que deveria apanhar o guia libanês na fronteira, para dali seguirmos para Baalbeck.Como nosso motorista não falava uma palavra sequer em inglês (e estava com má vontade), ocorreu um desencontro na fronteira -

não encontramos nosso guia que estava lá esperando. Somente ao chegarmos em Baalbeck pudemos ligar para a agência de viagem para tentar localizá-lo. Enquanto procurávamos um caixa eletrônico, encontramos uma pequena praça, a um quarteirão da entrada das ruínas, onde comemos a legítima esfirra baalbekina. Nunca comi uma esfirra tão boa

Líbano em 2 diaspor Klaus Stehling

Depoimento

Page 5: Revista Mochilão Pocket

5

e tão marcante como aquela. Segundo o dono do restaurante, na verdade, um pequeno bar com algumas mesinhas, é uma receita típica daquela cidade. É imperdível. O mais engraçado é que o dono do restaurante falava muito mal o inglês, e sugeriu esse pedido para nós. O nome que usam lá não é nada parecido com “esfirra”, então fizemos esse pedido às cegas, sem saber o que viria. A surpresa foi ótima.Quando nosso guia chegou, fomos conhecer as ruínas. Muito interessante, gostei muito do templo de Baccos, e também de um grande muro de pedras maciças e inteiras, que possuem mais de 20 metros de comprimento. Descomunal.Terminada nossa visita, deixamos o guia na cidade de Zahle, e seguimos com o motorista para Beirute, num hotel que fica na parte muçulmana da cidade, na orla, na altura da baia das rochas, um dos cartões postais de Beirute. Depois de fazermos check-in no hotel, fomos andar pela orla. Não são praias como as nossas, é uma região de rochas. Não existem muitas praias públicas, as mais bonitas e atraentes, parecidas com as nossas, são privadas e exploradas - as pessoas têm que pagar para usufruir. Vimos

rapidamente uma praia pública que ficava mais adiante, mas não era bonita, a faixa de areia era estreita e escura.No dia seguinte, seguimos para Byblos, onde vimos ruínas de 8.000 anos, em meio a ruínas fenícias e também resquícios das cruzadas, tudo no mesmo local. Vimos o porto fenício. No comércio, quase todos os vendedores que conhecemos falavam português, bem ou mal. Era comum começarmos a conversa em português, passarmos para o inglês, voltarmos para o português.

No caminho para Byblos, passamos por Harissa, onde conhecemos a igreja de Nossa Senhora do Líbano. Fica no alto de uma colina, de onde descortina-se uma vista maravilhosa da orla e também das montanhas, com outras igrejas e conventos. Dá para entender porque o Líbano já foi conhecido como a Suíça do Oriente Médio.

À tarde voltamos para Beirute, e depois de visitarmos o museu, fomos para o hotel, ocasião em que teríamos o final da tarde livre. Saímos andar pelo bairro, explorando o lugar e tirando fotos. Depois de andarmos bastante, sempre nas imediações da orla, avistamos um farol muito

Depoimento

Page 6: Revista Mochilão Pocket

6

bonito, que tinha o por do sol no Mediterrâneo como pano de fundo. Como estávamos numa rua alta, que descia para a avenida beira-mar, foi instintivo: sacamos a máquina e tiramos uma foto desse cenário.

Imediatamente surgiu um militar, que nos abordou para saber o que havíamos fotografado. Foi quando percebemos que estávamos ao lado de uma área militar, cheia de câmeras de vigilância. O policial foi muito educado, mas explicou que teria que confiscar nossa máquina porque, por questões de segurança, não eram permitidas fotos no local. Explicamos a ele que éramos apenas turistas encantados com a belíssima vista do farol. Ele compreendeu, mas checou todas as nossas últimas fotos antes de devolver-nos a máquina, para certificar-se que não havia fotos da área militar ao lado.

No dia de nossa visita, um santo libanês foi canonizado. As ruas estavam enfeitadas com faixas, o lado cristão de Beirute estava em festa. O senhor à direita é Tanios, nosso guia.

Depois do incidente da foto do farol, voltamos lentamente para o

hotel, caminhando pela orla. Vimos dali um inesquecível pôr-do-sol.No dia seguinte fomos embora pelo aeroporto de Beirute, encerrando nossa viagem de 2 semanas por Jordânia, Síria e Líbano.

Page 7: Revista Mochilão Pocket

7

Os efervescentes anos 60 e 70 são marcos da história da humanidade devido às diversas mudanças, culturais, tecnológicas e comportamentais que tomaram conta do mundo. Mas nenhum movimento desse período é mais emblemático do que o Hippie.

E quando pensamos em Hippies logo vem à cabeça o rock, o amor livre, a integração com a natureza, a liberdade. Foi nesse contexto que a Federação Brasileira de Albergues da Juventude (FBAJ) foi criada, em 1971. Nessa época o alberguismo já era uma forma comum de hospedagem em países da Europa, principalmente na Alemanha, país onde foi criado o primeiro Hostel.

No principio os hostels eram uma forma de acomodação simples e confortável com preços baixos, mas essa concepção tem sido alterada com o passar dos anos. As modestas acomodações tem dado lugar a ambientes bem decorados e a oferta de serviços variados: desde lavanderia até aulas de pilates, passando por traslados e até mesmo serviços de agência de turismo.

Apesar da grande variedade de hostels que a rede Hostelling International tem à disposição de seus clientes (são mais de 4.000 espalhados por 90 países), os albergues devem seguir

um padrão de qualidade. Segundo o diretor desse quesito da FBAJ, Ramis Bedran, “um hostel ideal deve ter áreas de convivência, recepção bilíngüe, armários individuais, quartos separados por sexo ou para casal e família, bom café da manha e boas informações sobre os atrativos turísticos da região, além de ser um ambiente limpo e seguro”, explica.

O preço é um fator decisivo para os que escolhem se hospedar, mas a interação entre os hóspedes é uma característica que atrai muito, principalmente para quem esta viajando sozinho. Conhecer pessoas novas e de diferentes lugares é uma unanimidade entre mochileiros, e o ambiente encontrado nos hostels proporciona essa troca cultural. Quase todos os eles possuem uma área de convivência (geralmente um bar ou pub), nesses locais as pessoas se conhecem e trocam informações sobre suas viagens e sobre suas origens.

Hoje a FBAJ conta com 94 albergues nos principais destinos do Brasil e o número de associados já ultrapassou os 100.000. Para o ano de 2012 é esperado um crescimento acima dos 10%, ultrapassando cem hostels. Cerca de 10 HI Hostels já estão em fase de credenciamento. Até a copa de 2014 deverão ser mais de 140 albergues espalhados pelo país.

Conheça a FBAJ

Page 8: Revista Mochilão Pocket

8

Endereço: Av. Governador Israel Pinheiro, 72. Tiradentes/MG.

Fone:(32) 3355-2256Site: www.villalibertas.com.br

E-mail: [email protected]

Alberguedo Mês

Os Albergues da Juventude da Hostelling International no Brasil estão cada vez mais modernos e charmosos. O HI Vila Libertas, o novo Hostel em Tiradentes é um ótimo exemplo disso. Localizado junto a um centro cultural, oferece uma variedade de espaços de lazer para os alberguistas. Suas áreas de convivência são espaços diferenciados, muito aconchegantes, para que você se sinta em casa. Além disso, a maravilhosa vista para a Serra de São José e a ótima localização, a 300 metros da estação da Maria Fumaça, dá um charme especial para o Tiradentes Hostel Vila Libertas.Hostel.

HI Vila Libertas

Page 9: Revista Mochilão Pocket

9

O Hostel Tiradentes oferece dormitórios coleti vos e quartos duplos. Além de um

tí pico e farto café da manhã mineiro. Tudo em ambientes amplos e muito

confortáveis. Aproveite o albergue Hostelling Internati onal para desfrutar o melhor das cidades históricas de Minas

Gerais no Tiradentes

HI Vila Libertas

Page 10: Revista Mochilão Pocket

10

Estrada dos Mendes, 1601São Sebasti ão das Águas Claras

Macacos, Nova Lima/MG(31) 3547-7222

Page 11: Revista Mochilão Pocket

11

Arrisco-me a dizer que 90% dos Brasileiros que viajam à Inglaterra visitam apenas Londres, quase sempre em 3 ou 4 dias. Na verdade todos sabem o que ver em Londres: Big Ben, London Eye, Palácio de Buckingham e todos os outros manjados pontos turísticos.

Não estou desmerecendo a capital britânica, na verdade, é uma das minhas cidades preferidas, mas que tal fugir desse marasmo?

Vamos seguir rumo ao norte desse país que gosto tanto. Sugiro um roteiro curto de 3 ou 4 dias por uma região cheia de castelos medievais, cidades com mais de 2000 anos de idade e muita festa!

No roteiro estão presentes 3 cidades: York, Durham e Newcastle upon Tyne.

NORTE

Keep Calm: Esta não é mais uma matéria sobre Londres

Estrada dos Mendes, 1601São Sebasti ão das Águas Claras

Macacos, Nova Lima/MG(31) 3547-7222

DA

INGLATERRA

Page 12: Revista Mochilão Pocket

12

O roteiro é uma ótima sugestão para aqueles que não querem ir apenas a Londres. Usando Newcastle como base, é possível conhecer as outras duas cidades com curtas viagens de ônibus ou trem. Se quiser ir a Escócia, embarque na estação central e pouco mais de uma hora depois estará em Edimburgo. Amsterdam, Bruxelas, Barcelona, Paris, Roma , Praga, Dubai e vários outros destinos estão disponíveis desde o Aeroporto Internacional de Newcastle.

Como chegar:De Londres o trem é a melhor opção, custa em média £22 e a viagem dura aproximadamente 3 horas e meia. De outras cidades da Europa a melhor opção é o avião.

NEWCASTLE

Page 13: Revista Mochilão Pocket

13

Onde ficar:The Albatross (www.albatrossnewcastle.co.uk), hostel localizado bem no centro da cidade. As diárias começam em £16.50 (quarto com 12 camas sem café da manhã) e vão até £22.50 (quarto com duas camas sem café da manhã). Foi redecorado recentemente.

O que conhecer: As margens do rio Tyne e as pontes que passam sobre ele são o cartão postal da cidade. O museu de arte contemporânea, Baltic (entrada gratuita) e a modernosa casa de espetáculos Sage completam a paisagem. Caminhe pela Grey Street, Dean Street e Northumberland Street. Assista a um jogo do Newcastle United no St. James Park ou visite o estádio (As visitas são feitas com um guia e custam £10).

NEWCASTLE

Page 14: Revista Mochilão Pocket

14

Conheça o castelo (Castle Keeps) e vá até Tynemouth para comer Fish and Chips e caminhar na orla da praia. Aprenda mais sobre ciência no Centre for Life (entrada custa £10).

O que fazer: Se perca na vida noturna dessa cidade universitária.

São dezenas de opções para todos os gostos e bolsos. Recomendo os pubs The Forth (fica na Pink Lane, próximo à estação central), The Centurion (dentro da estação central), The Newcastle Arms, Crown Posada e The Bacchus.

Lugares mais agitados são: Digital (pra quem gosta de música eletrônica, sempre tem atrações de peso), Tiger Tiger, Floritas e O2 Academy, são casas de show cujo rock é o carro chefe.Durham

Como chegar: Saindo de Newcastle a viagem de trem dura entre 12 e 20 minutos e custa em média £7.

DURH

AM

Page 15: Revista Mochilão Pocket

15

Onde ficar: Caso opte por se hospedar nesta bela cidade medieval o local ideal é o YHA Durham City (www.yha.org.uk/hostel/durham) localizado no coração da cidade. Os preços variam de acordo com a época do ano.

O que conhecer: Castelo de Durham (entrada custa £5), Catedral de Durham (entrada gratuita, visitas guiadas disponíveis por £5), Universidade e biblioteca de Durham. A cidade preserva muito de sua arquitetura medieval, caminhe sem rumo pelas ruelas da cidade. Os amantes dos filmes de Harry Potter tem um motivo a mais para visitar o Castelo e a Catedral: ambos os prédios foram usados nas filmagens e serviram de inspiração para a criação do castelo de Hogwarts.

Page 16: Revista Mochilão Pocket

16

Como chegar: De trem à partir de Newcastle a viagem dura aproximadamente uma hora e vinte minutos e o bilhete custa aproximadamente £15.

Onde Ficar: Se decidir esticar a estada em York recomendo fortemente o The Fort Boutique Hostel, que fica bem no centro da cidade e 10 min a pé da estação central.

YORK

Page 17: Revista Mochilão Pocket

17

O que conhecer:York Minster é o nome da catedral. A beleza e o tamanho da igreja impressionam. A entrada para o cartão postal da cidade custa £9, se quiser subir na torre acrescente mais £5 no preço. Outro lugar indispensável em York é o National Railway Museum (entrada gratuita), o museu conta a história do transporte ferroviário e tem várias locomotivas e vagões em exposição.

O que fazer: Caminhe sobre as muralhas medievais que rodeiam a cidade e descubra a charmosa região de “The Chambles” com suas lojas, cafés e pubs.

Informações úteis

Passagens de trem podem ser compradas pelo site www.nationalrail.co.uk.

Passagens de ônibus podem ser compradas nos siteswww.uk.megabus.comwww.nationalexpress.com

Page 18: Revista Mochilão Pocket

18

Canon G12 x Nikon COOLPIX P7100Todo fotógrafo amador ou profissional quando vai viajar entra num dilema: qual equipamento levar? Entre câmeras, flashes, lentes, filtros e uma infini-dade de outros acessórios fica difícil levar apenas o essencial. Sem falar do tamanho e do peso dos equipamentos, que podem atrapalhar e incomodar muito em uma viagem. Mas existe uma categoria de câmeras que pode so-lucionar esses problemas, as compactas profissionais. Duas representantes desse segmento de câmeras são a Canon G12 e a Nikon COOLPIX P7100. Ambas produzem imagens de alta qualidade e atendem exigências de pro-fissionais e amadores.

Canon G12

Nikon CoolpixP7100

XTESTDRIVE

Page 19: Revista Mochilão Pocket

19

Ambas as câmeras são muito boas e adequadas para o que se propõem a fazer: disponibilizar funcionalidades e controles avançados em um corpo compacto. E isso fica evidente com os controles de ambas, que são muito parecidos com os das câmeras DSLR. Para mexer na exposição, no diafragma e no obturador, não é necessário acessar menus e apertar diversos botões, todos os comandos ficam ao alcance dos dedos. Outro ponto que evidencia esse parentesco com as DSLR é a presença de um modo 100% manual. Não existem grandes diferenças nas fotos geradas pelos modelos. Principal-mente por que usam sensores semelhantes. Além disso, o fato de ambas foto-grafarem em .raw, permite que correções sejam feitas nas fotos, sem que haja

perda na qualidade.

Apesar das semelhanças existem algumas peque-nas diferenças entre elas que podem interferir na sua decisão de compra. A P7100 tem um ponto de ISO a mais que a G12, além de coman-

dos mais precisos e um zoom um pouco maior. A Canon em contrapartida gera fotos com menos ruí-do, tem um acabamento um pouco mais refinado e oferece tem um atendimento pós-venda melhor do que o da principal concorrente.Com dois equipamentos tão bons em mãos, fica di-fícil chegar a um veredito de qual é a melhor opção de compra. Bom mesmo é experimentar essas câ-meras e aí sim decidir qual modelo comprar e levar dentro da sua mochila.

Canon G12O modelo da Canon tem um sensor de 10 Megapixels, faz filmes em HD 720p, fotografa em .jpg e.raw (for-mato profissional), zoom ótico de 5x (28-140mm), lente com estabilizador (que evita pequenas tremidas), ISO até 3200, LCD articulado de 2.8”, flash embutido e conexões USB, HDMI e AV.

Nikon COOLPIX P7100O modelo da Nikon tem um sensor de 10 Megapixels, filma em HD 720p, fo-tografa em .jpg e .raw, zoom ótico de 7x (28-200mm), lente com estabiliza-dor, iso até 6400, LCD articulado de 3”, flash embutido e conexões hdmi, usb e av.

Page 20: Revista Mochilão Pocket

20

POR SUAS MINAS, ÉS

BELO HORIZONTE

Como o próprio nome sugere, Belo Horizonte guarda recantos bucólicos, praças e jardins conservados no meio do caos urbano. Capital de Minas Gerais, terceira maior região metropolitana do Brasil, se localiza na região Sudeste, em ponto geográfi co estratégico do país e das Américas, BH, como dizem os locais é cercada pelas montanhas da Serra do Curral, que servem de moldura natural e referência histórica.

POR SUAS MINAS, ÉS

Page 21: Revista Mochilão Pocket

21

Além das vantagens naturais e da facilidade de acesso aéreo e rodoviário, a capital mineira destaca-se pela beleza de seus conjuntos arquitetônicos, pela forte vocação do comércio e da prestação de serviços e ainda por uma rica produção artí sti ca e cultural. Por isso escolhemos a cidade modelo da área ambiental, a capital dos botecos, a primeira cidade planejada do país como desti no do nosso mochilão nacional. A proposta é fazer um roteiro que possa ser feito em até 10 dias por BH e redondezas, explorando ao máximo o que a região pode oferecer, pontos turísti cos, locais pouco visitados, a cultura local, diversão noturna, restaurantes, comida tí pica, tudo isso, gastando pouco.

Escolhemos o albergue Belo Horizonte Hostel que tem quartos coleti vos e privados. As diárias custam à parti r de R$35,00 com café-da-manhã. O albergue fi ca localizado no bairro Bonfi m, bem no centro da cidade, próximo à rodoviária, metrô e pontos de ônibus, o que facilitou muito nossa locomoção.

De cara fomos conhecer um dos postais mais famosos da capital, a Lagoa da Pampulha e seu complexo arquitetônico. A Igrejinha de

São Francisco, foi projetada por Niemeyer, construída com azulejos pintados por Porti nari e jardins de Burle Marx, é encantadora. A Casa do Baile, foi concebida para ser um restaurante com pista de dança (o que está muito na moda atualmente com o conceito de “dinning club”), servia principalmente às pessoas que estavam indo ou voltando do Cassino da Pampulha. Com a proibição do jogo no Brasil, o cassino se transformou no MAP (Museu de Arte da Pampulha) e a Casa do Baile fechou suas portas. Em 2002 o espaço foi totalmente reformado pelo próprio Niemeyer e agora funciona como o Centro de referência de Urbanismo, Arquitetura e Design.

Passeando pelos 18 quilômetros de extensão da Lagoa foi possível ver garças e capivaras. Ao fi m da caminhada, bebemos uma água de coco na barraquinha ao lado da Igreja São Francisco de Assis para repor as energias e parti mos para o

Page 22: Revista Mochilão Pocket

22

Museu de Mineralogia. O belíssimo Palácio da Liberdade também merece uma visita, mas o seu interior só pode ser visto aos domingos das 9h às 13h, quando acontecem as visitas guiadas.

De volta à pousada, tomamos um banho e nos preparamos para botecar, afi nal, segundo o jornal The New York Times, estamos na capital mundial dos bares e botecos. São mais de 12 mil estabelecimentos espalhados pela cidade, com opções para todos os gostos e bolsos. Esses “butecos” são tão importantes que existe até um dia dedicado a eles. Um concurso anual, o “Comida di Buteco” elege os bares que tem o melhor peti sco, a cerveja mais gelada, o melhor atendimento e o bar mais limpo.

O melhor torresmo também já foi usado como critério de avaliação. Por recomendação de funcionários do hostel, fomos para o Bar do Zezé. Fica em uma região mais afastada do centro, por isso o melhor jeito de se chegar é de taxi, ou carro.O bar simples, que funcionava também como mercearia, já ganhou 3 vezes o concurso, e fi cou entre os 5 primeiros em outras edições. A cerveja estava gelada e os peti scos deliciosos, mas o atendimento é o diferencial. É o próprio Zezé e sua família que atendem e comandam o lugar. Uma outra vantagem interessante é a possibilidade de pedir meias-porções, que são mais baratas, mas bem generosas. Além disso permite que você coma “ti ra-gostos” diferentes, ao invés de se sati sfazer com uma opção apenas.

Mineirão que fi ca ali do lado, infelizmente não pudemos entrar por causa das obras para a Copa 2014, mas com certeza é um lugar que não deve fi car de fora do roteiro. Voltamos à lagoa e procuramos um restaurante para almoçar, na orla há diversas opções interessantes, a nossa escolha foi o Churrasquinho do Manoel, onde comemos uma carne deliciosa e uma farofa feita na manteiga de garrafa que não se acha em qualquer lugar e, claro, uma cerveja estupidamente gelada.

Voltando ao centro, fomos conhecer o Parque Municipal Américo Renné Giannetti , mais conhecido como Parque Municipal. Dentro de uma área de 182 mil m², fi cam o Teatro Francisco Nunes, o Palácio das Artes (um dos mais importantes espaços culturais da cidade), o Mercado das Flores, um pequeno parque de diversões, além de 280 espécies de árvores centenárias e 50 espécies de pássaros. É um oásis bem no centro de Belo Horizonte!

Logo depois fomos a pé até à Praça da Liberdade, local que abrigava a sede do Governo Estadual e as suas secretarias. Os belíssimos casarões erguidos no século 19, passaram por recente reforma, e hoje abrigam museus e centros culturais. Recomendamos o Memorial Minas Gerais e o

Page 23: Revista Mochilão Pocket

23

Museu de Mineralogia. O belíssimo Palácio da Liberdade também merece uma visita, mas o seu interior só pode ser visto aos domingos das 9h às 13h, quando acontecem as visitas guiadas.

De volta à pousada, tomamos um banho e nos preparamos para botecar, afi nal, segundo o jornal The New York Times, estamos na capital mundial dos bares e botecos. São mais de 12 mil estabelecimentos espalhados pela cidade, com opções para todos os gostos e bolsos. Esses “butecos” são tão importantes que existe até um dia dedicado a eles. Um concurso anual, o “Comida di Buteco” elege os bares que tem o melhor peti sco, a cerveja mais gelada, o melhor atendimento e o bar mais limpo.

O melhor torresmo também já foi usado como critério de avaliação. Por recomendação de funcionários do hostel, fomos para o Bar do Zezé. Fica em uma região mais afastada do centro, por isso o melhor jeito de se chegar é de taxi, ou carro.O bar simples, que funcionava também como mercearia, já ganhou 3 vezes o concurso, e fi cou entre os 5 primeiros em outras edições. A cerveja estava gelada e os peti scos deliciosos, mas o atendimento é o diferencial. É o próprio Zezé e sua família que atendem e comandam o lugar. Uma outra vantagem interessante é a possibilidade de pedir meias-porções, que são mais baratas, mas bem generosas. Além disso permite que você coma “ti ra-gostos” diferentes, ao invés de se sati sfazer com uma opção apenas.

Page 24: Revista Mochilão Pocket

mesmo traços chineses. A forma como a luz chega dentro da igrejinha acaba por valorizar as pinturas, desenhos e paineis únicos que lá se encontram.

Voltamos ao centro de Sabará a pé, e sentamos na praça para tomar sorvete de jabuti caba, fruta tradicional da cidade, fomos conferir o artesanato local e comprar algumas lembrancinhas. Depois embarcamos de volta à capital, cansados, mas sati sfeitos depois tanto subir e descer os morros da cidade histórica.

De volta à pousada constatamos que o passeio foi bem econômico, portanto decidimos sair para uma noitada e fomos em busca de uma boate legal onde pudéssemos nos diverti r. Nosso desti no foi a Avenida do Contorno, número 2026, onde agitamos ao som eletrônico dos DJ’s da boate Deputamadre. A casa é pequena, mas bem dividida, possui guarda-volumes e é frequentada por uma galera bem alternati va. Gastamos cerca de R$50,00 cada um, incluindo o táxi da volta para casa.

No sábado pela manhã, resolvemos conhecer uma cidade vizinha de nome Sabará. Linhas de ônibus intermunicipais que passam pelo centro levam até a histórica cidade em 40 min (se o trânsito esti ver bom). As passagens custam entre R$2,95 e R$3,50. Lá conhecemos o Museu do Ouro, a inacabada Igreja Nossa Senhora do Rosário, conhecida como Igreja de Pedra, a Prefeitura Municipal, a Casa Azul, o Teatro Municipal e outros casarões do centro de Sabará. Almoçamos no Restaurante do Jaceré, na Rua das Laranjeiras, onde são servidos pratos feitos com uma comida caseira tí pica, deliciosa, de R$6,50 ou R$8,00. Eu resolvi experimentar o mineiríssimo frango com orapronobis, um vegetal verde, amargo e tradicional, muito gostoso.

Dizem que o nome surgiu porque as pessoas colhiam essa planta no quintal de um padre que ti nha o hábito de rezar “ora pro nobis”, que signifi ca “rogai por nós” em lati m. João optou por pedir a boa e velha feijoada com couve.

Ali mesmo nos informamos sobre como chegar à Igreja do Ó. Chegando na igrejinha nos surpreendemos por ela ser tão pequena e de aparencia simples, mas esconder tamanha riqueza em seu interior. Ela é considerada uma das criações mais requintadas da arte barroca, em seu interior é possível encontrar até

Page 25: Revista Mochilão Pocket

mesmo traços chineses. A forma como a luz chega dentro da igrejinha acaba por valorizar as pinturas, desenhos e paineis únicos que lá se encontram.

Voltamos ao centro de Sabará a pé, e sentamos na praça para tomar sorvete de jabuti caba, fruta tradicional da cidade, fomos conferir o artesanato local e comprar algumas lembrancinhas. Depois embarcamos de volta à capital, cansados, mas sati sfeitos depois tanto subir e descer os morros da cidade histórica.

De volta à pousada constatamos que o passeio foi bem econômico, portanto decidimos sair para uma noitada e fomos em busca de uma boate legal onde pudéssemos nos diverti r. Nosso desti no foi a Avenida do Contorno, número 2026, onde agitamos ao som eletrônico dos DJ’s da boate Deputamadre. A casa é pequena, mas bem dividida, possui guarda-volumes e é frequentada por uma galera bem alternati va. Gastamos cerca de R$50,00 cada um, incluindo o táxi da volta para casa.

25

Page 26: Revista Mochilão Pocket

26

Page 27: Revista Mochilão Pocket

27

Page 28: Revista Mochilão Pocket

28

Curiti ba é uma das 12 cidade-sede escolhidas pela FIFA para receber jogos da Copa do Mundo de Futebol de 2014. A metrópole é considerada, entre as capitais brasileiras, um modelo em matéria de mobilidade urbana e organização. O estádio que receberá os jogos da copa será a Arena da Baixada, um dos mais modernos do país, terá sua capacidade ampliada de 28 mil para 42 mil lugares. O estádio receberá apenas quatro jogos, todos pela primeira fase da copa do mundo. Se o mochileiro quiser estender sua estadia pela cidade, opções não irão faltar.

A capital do Paraná é ti da como exemplo em transporte público de qualidade no Brasil e na America Lati na. O sistema de BRT (Bus Rapid System), em que os ônibus circulam por corredores, já opera na cidade desde o fi m da década de 70, e já é copiado pelas outras cidades sedes. Ou seja, andar por Curiti ba, não é difí cil.

Com mais de vinte opções de pontos turísti cos, o cartão postal de Curiti ba, é o Jardim Botânico. Criado à imagem dos jardins franceses estende seu tapete de fl ores logo na sua entrada. Um dos pontos mais visitados é o museu botânico,uma estufa de estrutura metálica, que abriga diversos ti pos de espécies

botânicas, oferecendo espaços para exposições, uma biblioteca e um auditório. Ela fi ca aberta de terça a domingo, das 6h às 19h.

A Ópera de Arame é outro lugar que você não pode deixar de visitar. Um projeto arrojado construído todo em estrutura tubular e vidro se mistura entre lagos, vegetação tí pica e cascatas. Criando um lugar singular para shows e espetáculos. Durante a copa, shows não vão faltar, e o lugar vai oferecer uma bela imagem da arquitetura e vegetação do Brasil e de Curiti ba.

O museu Oscar Niemayer é outra parada obrigatória. Sempre com exposições internacionais, o museu se tornou referência no Brasil. A arquitetura do museu já impressiona de cara. Com um olho gigante na entrada e mais 17 mil metros quadrados, o museu foi arquitetado pelo famoso Oscar Niemayer. Toda a programação do MON pode ser vista no site http://www.museuoscarniemeyer.org.br.

Todos esse lugares famosos de Curiti ba, podem ser vistos, mesmo que pequenos, no mirante da Torre Telefônica, com 110 metros de altura. É possível avistar toda capital paranaense lá do alto e fazer óti mas fotos.

ESPECIAL COPA

CURITIBA

Page 29: Revista Mochilão Pocket

28

Curiti ba é uma das 12 cidade-sede escolhidas pela FIFA para receber jogos da Copa do Mundo de Futebol de 2014. A metrópole é considerada, entre as capitais brasileiras, um modelo em matéria de mobilidade urbana e organização. O estádio que receberá os jogos da copa será a Arena da Baixada, um dos mais modernos do país, terá sua capacidade ampliada de 28 mil para 42 mil lugares. O estádio receberá apenas quatro jogos, todos pela primeira fase da copa do mundo. Se o mochileiro quiser estender sua estadia pela cidade, opções não irão faltar.

A capital do Paraná é ti da como exemplo em transporte público de qualidade no Brasil e na America Lati na. O sistema de BRT (Bus Rapid System), em que os ônibus circulam por corredores, já opera na cidade desde o fi m da década de 70, e já é copiado pelas outras cidades sedes. Ou seja, andar por Curiti ba, não é difí cil.

Com mais de vinte opções de pontos turísti cos, o cartão postal de Curiti ba, é o Jardim Botânico. Criado à imagem dos jardins franceses estende seu tapete de fl ores logo na sua entrada. Um dos pontos mais visitados é o museu botânico,uma estufa de estrutura metálica, que abriga diversos ti pos de espécies

botânicas, oferecendo espaços para exposições, uma biblioteca e um auditório. Ela fi ca aberta de terça a domingo, das 6h às 19h.

A Ópera de Arame é outro lugar que você não pode deixar de visitar. Um projeto arrojado construído todo em estrutura tubular e vidro se mistura entre lagos, vegetação tí pica e cascatas. Criando um lugar singular para shows e espetáculos. Durante a copa, shows não vão faltar, e o lugar vai oferecer uma bela imagem da arquitetura e vegetação do Brasil e de Curiti ba.

O museu Oscar Niemayer é outra parada obrigatória. Sempre com exposições internacionais, o museu se tornou referência no Brasil. A arquitetura do museu já impressiona de cara. Com um olho gigante na entrada e mais 17 mil metros quadrados, o museu foi arquitetado pelo famoso Oscar Niemayer. Toda a programação do MON pode ser vista no site http://www.museuoscarniemeyer.org.br.

Todos esse lugares famosos de Curiti ba, podem ser vistos, mesmo que pequenos, no mirante da Torre Telefônica, com 110 metros de altura. É possível avistar toda capital paranaense lá do alto e fazer óti mas fotos.

29

Page 30: Revista Mochilão Pocket

30

Na gastronomia, Curitiba, tem diversas opções. O Recanto Gaúcho, tem uma grande variedade de carnes com um ótimo custo-benefício. Quem não quiser carne vermelha, pode optar pela La casa di Frango, o preço é muito bom. Os dois ficam na Avenida Presidente Kennedy.Mas se falarmos de Curitiba, e não falarmos do Batel, é como falar do Rio de Janeiro sem falar de Copacabana. Um dos bairros mais movimentados e comentados de Curitiba, o Batel possui um leque de opções de restaurantes, hotéis, shoppings e boates. Nesse meio se destacam Casa di Bell e o Babilônia Gastronomia & Cia (funciona 24 horas, todos dias), bons lugares para tomar um chopp e conhecer gente nova. Os albergues mais acessíveis e confortáveis são o Roma Hostel e o Curitiba Eco Hostel. Os dois ficam no centro, e fazem parte da Hostelling International. Linhas de ônibus passam na porta dos albergues.

Alguns lugares para visitarem Curitiba Rua das FloresParque BariguiMuseu do AutomóvelBairro Santa FelicidadeSetor Histórico

CURITIBA

Page 31: Revista Mochilão Pocket

31

Page 32: Revista Mochilão Pocket

32

Botas MacbootCalçando bem a sua aventura