revista marista n.1

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Marista REVISTA 1ª edição Ano I Junho/2010 Segredos de um CAMPEÃO PÁGINAS 6 E 7 E 7 Numa entrevista exclusiva, o nadador Cesar Cielo fala sobre vitórias, desafios e perspectivas para o futuro Província Marista Brasil Centro-Norte

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Junho/2010

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MaristaMaristaMaristaR E V I S T A

1ª ediçãoAno IJunho/2010

Segredosde um

CAMPEÃO PÁGINAS 6 E 73PÁGINAS 6 E 73PÁGINAS 6 E 7

Numa entrevista exclusiva, o nadador Cesar Cielo fala sobre vitórias, desafios e perspectivas para o futuro

Província Marista Brasil Centro-Norte

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E D ITOR IAL

Revista Marista é uma publicação da UBEE-UNBEC (União Brasileira de Educação e Ensino - União Norte Brasileira de Educação e Cultura) QSD 11 - Lotes 5/7 - Ed. Eldorado - 4º andar - CEP 72020-110 - Tagua-tinga - DF - Fone: (61) 2102-2152 - www.marista.edu.br - Diretoria Geral - Diretor-presidente: Ir. Welling-ton Mousinho - Vice-presidente: Ir. José Wagner Cruz- Superintendentes: Ir. Humberto Gondim, Dilma Al-ves, Jairo Gonçalves - Gerentes: Cláudia Laureth, Jaqueline de Jesus, Dilermando Faria, Carlos Cavalcante, Marcelo Carvalho - Coordenadores: Amanda Leiria, Ir. Luís André Pereira - Assessoria Jurídica: Ivan de Rezende, Bernard Ribeiro - Revista Marista - Coordenação Editorial: Amanda Leiria (Coordenadora de Marketing) - Juliana Henriques (Analista de Marketing) - Marjoire Castilho (Analista de Marketing) - Execu-ção Editorial: Texto & Arte Jornalismo e Consultoria Empresarial - (31) 3024-0367 Jornalista Responsável: João Carlos Firpe Penna - Reg. Prof. MG 3362 JP - Edição: Eliara Santana - Reportagem: Eliara Santana, João Carlos Firpe Penna e Maria Alice Silveira - Projeto gráfico: Agnelo Pacheco - Editoração eletrônica, criação e arte: Li Ferreira - Fotos Cesar Cielo: Divulgação/COB - Fotos anúncio contracapa: Chico Go-mes - Fotos Haiti: Arquivo Pessoal Milton Steinman - Fotolito e impressão: Gravo Papers - Apuração: As informações para a produção do encarte central, específicas de cada escola, são geradas pela equipe designada pela direção de cada Unidade Marista. A produção editorial é feita pela equipe de redação.

EXPE D I E NTE

SU MÁRIO

É com alegria que celebro o lan-çamento da Revista Marista, um es-paço de divulgação das ações da Província Marista Brasil Centro-Norte, que falará aos Irmãos, pais, estudantes, educadores e amigos.

Esse é um projeto que está em consonância com a proposta do novo governo provincial para o triê-nio, de transparência e unidade da Comunidade Marista. Desa-fio que exige empenho e determinação, sob a égide da nossa Boa Mãe e de São Marcelino Champagnat. Nesta primeira edi-ção, aprenderemos com o campeão Cesar Cielo os segredos para se atingir a vitória. Na sua entrevista, o nadador mostra ser um exemplo de dedicação, comprometimento e perseve-rança. Uma inspiração.

Lembramos, também, do líder Nelson Mandela, que en-frentou inúmeros obstáculos para que o amor e a igualdade reinassem na África do Sul. Dedicamos a ele e à Copa 2010 a seção “Atualidades”, no ano em que comemoramos duas déca-das da libertação do líder africano.

Outro vitorioso é o médico Milton Steinman, profissional es-colhido para inaugurar o “Fique ligado – profissões”. Cirurgião-geral, ele deixou a comodidade do consultório e passou dez dias no Haiti, em auxílio às vítimas do terremoto. Essa sensibilidade é referência aos nossos educandos e educadores; deve certamen-te ampliar em nós Maristas a cultura da solidariedade.

A publicação traz ainda reflexão sobre temas contemporâ-neos importantes, como a Campanha da Fraternidade e a Eco-nomia Solidária. Aproveitamos para relembrar o Pré-Congres-so e o 1º Congresso Nacional da Pastoral Juvenil Marista, mo-mentos singulares de mobilização e protagonismo dos jovens a favor das causas sociais e da evangelização.

Os leitores poderão conhecer mais sobre a atuação do Ser-viço de Arte e Cultura (SEAC) nas Unidades e se atualizarem nas dicas de filmes e vídeos sobre os conteúdos abordados na nossa Revista. Desejo a todos uma excelente leitura!

A Casa é Sua .........................4

Copa do Mundo 2010 na África do Sul............................... 5

Entrevista Cesar Cielo........6

Fique ligado:além do consultório ...........8

Um desafiopara o mundo...........................9

Que irado!...............................10

Tá bombando!......................11

Conversando com os pais:obesidade infantil.......... 12

Educação em foco .............13

Solidariedade.....................14

Ação Pastoral.......................15

Notícias do Conselho....16

Irmãos em MissãoSilvânia...................................18

Pela Província....................19

Isto É Marista.......................20

Maristas de Champagnat ..................... 21

Programe-se .....................22

Apoio:

Ir. Wellington Mousinho de Medeiros Superior Provincial - Presidente da UBEE-UNBEC

Somos campeões

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Davi Ricardo Santos 6º ano do Ensino Fundamental Colégio Marista Mondubim Fortaleza-CE

Em 2016 será realizada aqui no Brasil, no estado do Rio de Janeiro, a primeira olimpíada na história do nosso país. Por isso, é nosso privilégio termos aqui, no nosso país, a Olimpíada de 2016.

Na olimpíada acontecerão as modalidades de vô-lei, futebol, ginástica rítmica, natação e outras. Nossos atletas já começaram a se preparar para as competi-ções. E quando chegar a hora do Brasil, a torcida vai à loucura, mas sempre respeitando os rivais.

Nos jogos, quando decidirão quem vai ser o cam-peão, todo mundo de dedos cruzados, torcendo para o Brasil ganhar. Caso perca, batam palmas, caso ga-nhe, gritem bem alto – O Brasil é campeão!

Não quero brigas, pois sei que existem times com muita rivalidade. Vamos ter jogos amistosos e torcer para que o Brasil ganhe a Olimpíada de 2016. Se não ganharmos, não podemos desistir, vamos continuar em busca da vitória, porque somos brasileiros com or-gulho e amor.

É de grande importância para nós brasileiros ter-mos vitória na nossa própria casa e podermos mostrar a dedicação de nossos atletas, que se preparam há tanto tempo.

Afinal, nós também somos potência em todas as categorias esportivas.

RIO 2016A CASA É SUA

Gabriel Leone Coutinho Miranda Frota 3ª série do Ensino MédioColégio Marista São José - TijucaRio de Janeiro - RJ

O Rio de Janeiro, sede dos jogos olímpicos, como toda grande cidade, apresenta problemas bastante pro-fundos, seja no que tange ao empobrecimento cultural, seja no aumento, a níveis insuportáveis, com relação à violência.

Nesse sentido, a Olimpíada de 2016 trará consigo a possibilidade de modificar tais estruturas, principalmente na área social.

Para a sociedade carioca, é motivo de orgulho rece-ber o evento. O Rio será a capital do esporte, tendo con-centração total das atenções globais sobre si. Além disso, haverá um aumento significativo na autoestima da popu-lação por causa desse novo “status”.

Outros prováveis e esperados benefícios gerados: o desenvolvimento econômico proveniente do forte fluxo turístico temporário e a consequente melhoria das infra-estruturas existentes ao redor de toda a cidade.Teremos a valorização de áreas perto de estádios e um maior inves-timento do governo, como um todo, nas áreas da saúde e educação, aprimorando o nível cultural da população. Além disso, os benefícios também podem incluir a am-pliação das estruturas básicas para que estejamos aptos a receber estrangeiros, por meio de processos como a desfavelização e o maior alcance de saneamento básico para as áreas menos favorecidas amenizando, assim, a péssima imagem dos “gringos” sobre esses aspectos e deixando claras nossas diversas qualidades.

Por fim, e talvez como ponto principal, será o incenti-vo à prática de esportes, sendo essa cientificamente comprovada como essencial a uma vida saudável. Por-tanto, minha expectativa é boa.

Espero que esse seja um evento que só nos traga boas recordações e que deixe marcas benéficas. Mas, acima de tudo, só depende das ações brasileiras para deixar uma marca na história como uma das melhores olimpíadas já realizadas.

O Rio de Janeiro vai sediar a Olimpíada. A Revista Marista ouviu os estudantes para saber o que eles pensam a respeito...

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ATUAL I DADES

10 de junho de 2010. Milhões de espectadores, em todo o mun-do, estarão com os olhos voltados para o Orlando Stadium, em Joha-nesburgo, na África do Sul, onde estará ocorrendo a abertura oficial da Copa do Mundo 2010. O pri-meiro jogo, no dia 11, será entre África do Sul e México.

Os organizadores prometem uma festa de cores, ritmos e muita alegria. Afinal, é a primeira vez que o continente africano sedia um evento esportivo como a Copa do Mundo. Trinta e dois países, in-cluindo o país-sede, estarão dispu-tando os jogos.

Mas a realização da Copa do Mundo na África extrapola o fato esportivo e revela um outro contex-to. O evento contribui para direcio-nar os olhares do mundo para o continente africano – com sua plu-

Copa 2010: a África no coração do mundo

ralidade, sua riqueza cultural, a diversidade étnica, mas também com as dores e os dissabores causados pela pobreza, pelas guerras e pela exploração econô-mica. Coincidência também ou não, em 2010 são celebrados os 20 anos de um marco na história da África do Sul e também do mundo: o fim do apartheid e a li-bertação do líder negro Nelson Mandela.

Nelson Mandela e o fim do apartheid

No dia 11 de fevereiro de 1990, um senhor negro de cabe-los brancos deixava a prisão de Robben Island, na África. Cami-nhando pelas ruas, o líder Nelson Mandela era seguido e ovaciona-do por uma multidão exultante.

Começava ali a construção de uma nova história para a África do Sul. Em 2010, a realização da primeira Copa do Mundo no continente africano coincide com a celebração dos 20 anos de libertação de Mandela. Reco-nhecendo a importância desse momento, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, prestou uma ho-menagem ao líder negro.

Sobre a sua trajetória, Man-dela diz: “Quando saí da prisão, a minha missão era libertar tanto os oprimidos quanto os opresso-res. Fiz esse longo caminho para a liberdade. Tentei não vacilar; errei alguns passos ao longo do caminho. Mas descobri um se-gredo: depois de escalar uma grande montanha, percebemos que há muitas outras montanhas a serem escaladas”.

ralidade, sua riqueza cultural, a Começava ali a construção de

• A África do Sul construiu cinco novos es-tádios para receber a Copa do Mundo

• A bola oficial da Copa recebeu o sugestivo nome de Jabulani, que significa “trazendo alegria para todos”. Ela tem 11 cores dife-rentes, que representam a África do Sul

• O mascote oficial da Copa é o leopardo Zakumi. O nome vem dos termos “Za”, abreviação de África do Sul, e “Kumi”, que significa “dez” (o ano da Copa)

• Cidades-sede: Cidade do Cabo, Durban, Nelson Mandela Bay/Port Elizabeth, Man-gaung/Bloemfontein, Tshwane/Pretoria, Nelspruit, Polokwane, Rustemburgo e Johanesburgo

• A seleção brasileira vai ficar em Johanes-burgo (na primeira fase)

• Mostrando a preocupação com o meio ambiente, a nova ca-misa da Seleção Bra-sileira é ecologica-mente correta. Cor-tada a laser e sem costura, a camisa é feita de garrafas Pet recicladas. A camisa é mais justa, com a gola redonda e venti-lação lateral, e ficou 15% mais leve do que a usada na Copa de 2006.

Você sabia?

www.cbf.com.br

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satisfação minha. Se eu tiver de ir para os EUA e ficar cinco anos di-reto para buscar os meus limites, eu vou. Estou procurando esse topo mesmo. Quem sabe deixar um recorde mundial e, daí, pen-sar um pouco na minha carreira fora da água?

Escrever frases também me motiva. Sempre estão coladas em todas as paredes da casa. Servem para eu me manter motivado. Uma vez, uma menina me man-dou uma frase que dizia o seguin-te: “não desperdice as chances que você mesmo criou.” Essa foi para a parede. E encaixou direiti-nho, porque eu estava num mo-mento difícil nos Estados Unidos, com saudade, não sabia o que fa-zer. Mas pensei: “não passei por tudo isso para ficar desesperado e deixar uma coisinha mudar meu trajeto”. Toda hora que bate um aperto, isso me ajuda.

Estudar é algo importante pra você? E como concilia estudos e treinos? Eu acho que é possível con ciliar as duas coisas, como fazem mui-tos atletas da natação. Acho que é possível fazer as duas coisas bem. Há como levar ótimas notas e, ao mesmo tempo, treinar em alto nível. Claro que não adianta querer ser super-herói. É preciso escolher bem a grade, fazer as coisas com calma para que uma

Como o esporte surgiu na sua vida?

Quando eu era pequeno, a gente ia sempre para a praia nas férias. Meus pais queriam que eu me virasse no mar, para não te-rem de ficar o tempo todo de olho em mim, e me incentivaram a aprender a nadar. Comecei a na-dar com 8 anos. Tentei praticar judô antes, mas não tive sucesso. Na verdade, apanhei bastante!!! Como eu era bem maior que os garotos da minha idade, competia contra atletas de categorias supe-riores e perdia. Também joguei vôlei. Eu era bom, mas nadava melhor ainda, e continuei a nadar porque estava ganhando.

Qual é a receita para alcançar a vitória?

Saber que problemas inespe-rados vão surgir no meio do cami-nho, mas trabalhar para vencê-los. Insisto: muita dedicação, comprometimento com o traba-lho e uma boa dose de sorte. Também é preciso biotipo ade-quado, aptidão, bons treinadores, boa infraestrutura.

Qual é a sua fonte de motivação?

O que me motiva a treinar é provar que posso nadar bem. Eu não estou nadando para ganhar de ninguém ou para ficar rico na natação. Estou nadando por uma

coisa não atrapalhe a outra.Nos Estados Unidos, a uni-

versidade favorece a vida do atle-ta que quer seguir treinando en-quanto estuda. Os horários das aulas são flexíveis, a grade curri-cular é ajustável às necessidades do aluno-atleta. Isso facilita mui-to a tarefa de conciliar a natação e os estudos. É claro que a rotina de preparação não é exatamente igual. Depende do volume de cada treino. Mas, na rotina diária, eu treinava de manhã bem cedo, de madrugada ainda. Começava a nadar por volta das 5h30 ou 6 horas. A piscina ficava aberta até às 9 horas, mas quem tinha aula às 8 horas terminava o treino an-tes. À tarde, todos voltavam aos treinos às 16 horas. Assim, tínha-mos de escolher aulas que termi-nassem, no máximo, às 15h50. Eu tinha uma média de três ou quatro aulas por dia. Nos dias de treinos duplos eu me dedicava à natação por seis horas em mé-dia. Nos dias de treinos simples, eu me dedicava três horas em média.

Que recado você deixa para os jovens?

Se puder dar uma dica é: pra-tiquem esporte, ouçam os pais, porque esporte é disciplina, e a família é um alicerce. Indepen-dentemente de você che gar a ser um campeão olímpico ou não, muita coisa se aprende no cami-

Número um da natação no Brasil, Cesar Cielo conseguiu feitos inéditos e lançou o país no cenário mundial do esporte.Nesta entrevista exclusiva à Revista Marista, ele fala da carreira, de sonhos e da importância dos estudos. Confira.

PaixãopeloEsporte

Cesar CieloE NTREVISTA

Por Eliara Santana

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nho, e é muito importante. Acho que o esporte é uma boa coisa para melhorarmos o país, espero dar minha contribuição para que o número de praticantes do es-porte aumente.

E quanto aos planos para o futuro?

A médio prazo, meu objetivo maior é nadar bem nos Jogos de Londres/2012. E depois compe-tir nos Jogos do Rio, em 2016.

Eu não cheguei até aqui por sorte ou por acaso. É muito tra-balho. Estou ciente do que está

vindo pela frente. Vou treinar cada vez mais, é isso o que eu sei fazer, buscando melhores tempos, mais medalhas, objeti-vos mais difíceis. E vou continu-ar na luta.

Não vou mudar o meu jeito de pensar, mudar o que eu sou pelo fato de eu ser hoje o me-lhor do mundo. Cheguei até aqui, conheço o caminho das pedras e vou usar essa experi-ência para continuar em cima.

Acho que o meu curso me ajudará quando eu deixar as competições, mas sempre den-

tro da natação, do que eu já faço. Minha formação me ajudará a administrar minhas coisas, meus negócios. Também queria domi-nar uma terceira língua, além de português e inglês. Não queria falar ‘portunhol’, mas, sim, espa-nhol, direito, com fluência.

Em 2009, Cielo bateu o recorde mundial dos 50m nado livre. Ele tam-bém foi eleito o melhor atleta da Co-munidade Ibero-Americana. Ago ra, após uma temporada nos EUA, o na-dador está de volta ao Brasil. Desde o início deste ano, ele está treinando no Clube de Regatas Flamengo.

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F IQU E L IGADO - PROF ISSÕES

Médico: além do consultório

Cirurgião-geral com grande experiência em atendimento de emergência (ele esteve presente no socorro às vítimas do Shopping Osasco Plaza, em Osasco-SP, e do desastre com o avião da TAM, em 2007), o médico Milton Steinman não tinha a exata noção do cená-rio de destruição e catástrofe que encontraria no Haiti ao aceitar o chamado do Hospital Albert Eins-tein, onde atua. O país mais po-bre das Américas foi devastado por um terremoto no dia 12 de janeiro, que resultou num saldo de mais de 200 mil mortos. Dei-xando de lado a comodidade do consultório, ele passou 10 dias no Haiti ajudando no atendimen-to às vítimas da tragédia. No rela-to a seguir, Milton revela para to-dos uma experiência profissional que extrapola o dia a dia corri-queiro do trabalho. Acompanhe.

O que motivou sua decisão de ir para o Haiti?

MS: Bem, eu já tinha certa ex-periência em atendimento em tragédias, aqui em São Paulo, e também atuei em Israel. Sou mé-dico do Hospital Albert Einstein, e coincidiu de o hospital pensar numa ajuda humanitária para o Haiti. Então, ligaram para mim e perguntaram se eu tinha interes-se em participar.

Depois do convite, ficou em dúvida quanto à resposta? Como foi a decisão?

MS: Dúvida em ajudar, eu não tive nenhuma. A dúvida foi mes-mo em relação ao modo de fazer isso com as vítimas do terremoto. Como podíamos montar uma equipe? O que fazer exatamente para ajudar? Mas não tive dúvida nenhuma em relação à necessida-de da minha ida (para o Haiti). No hospital, tentamos equacionar o que seria possível fazer diante de

uma situação muito adversa. Deci-dimos que seria melhor mandar, primeiramente, uma equipe pe-quena. E foi o que fizemos.

Qual foi o cenário que o senhor encontrou?

MS: O cenário era de guerra total. Muita destruição. O aero-porto estava fechado, não havia comunicação, as estradas estão bastante danificadas, prédios da-nificados, não há água. É um ce-nário de devastação completa.

A lição que fica dessa experiência...

MS: A primeira lição é que existem muitas pessoas dispostas a ajudar. Todos os dias chegam ao

Haiti dezenas e dezenas de volun-tários. E isso realmente motiva a gente, pois é um problema difícil, e essa soma motiva, faz diferença.

Outra lição é com relação à definição do que é ser voluntário. Quando você vai se voluntariar, é preciso se oferecer para qualquer necessidade que apareça. E talvez não é aquilo que você estava pro-posto a fazer inicialmente. Se você é médico, pode ter de atuar distri-buindo medicamentos, ou alimen-tos, oferecendo água, dando aten-ção a alguém. É claro que você pode dirigir sua atenção para uma área em que mais sabe atuar. Mas, num cenário de destruição com-pleta como o do Haiti, qualquer ajuda é bem-vinda.

Nas fotos, Milton Steinman no trabalho de atendimento às vítimas do terremoto no Haiti

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Desenvolvimento sustentável. Certamente, você já ouviu falar – bastante – sobre esse assunto. Afi-nal, ele tem ocupado uma boa par-te das atenções da mídia e das dis-cussões de governos pelo mundo afora. Mas, para além das inser-ções midiáticas e pontuais, o que esse conceito traz de tão impor-tante? Por que, afinal, ele ocupa tanto espaço em jornais, rádios, TVs, gabinetes governamentais, ONGs, comunidades?

Uma dica: o desenvolvimento sustentável tem impacto direto e contundente sobre a preservação da vida com qualidade na Terra.

Segundo a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desen-volvimento da ONU, desenvolvi-mento sustentável é aquele “ca-paz de suprir as necessidades da geração atual sem comprometer a capacidade de atender às ne-cessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não es-gota os recursos para o futuro”. A definição da Comissão propõe uma discussão sobre os meios para tornar harmônica a convi-vência entre o desenvolvimento econômico e a preservação do meio ambiente.

O tema representa uma no va maneira de considerar o desen-volvimento econômico ao le var em conta a preservação do meio ambiente. Ou seja, em rápidas pa-lavras: não é mais possível nem viável pensar em um desenvolvi-mento econômico que destrua e coloque em risco os recursos na-turais e a própria vida na Terra.

Um desafiopara o mundo

Economia limpa

Preste bastante atenção a esse termo, pois ele já está ocu-pando espaços entre o pensa-mento empresarial, na mídia e entre os governos. Em linhas ge-rais, trata-se da ideia de investir numa economia que não contri-bua para o aumento do aqueci-mento global, prevenindo os efei-tos desse transtorno para o pla-neta.

Consumismo em xeque

O relatório “Estado do Mundo 2010 – transformando culturas: do transformismo à sustentabili-dade” aponta para a necessidade de os seres humanos reverem seus hábitos de consumo. Segun-do o documento, que foi lançado pelo Worldwatch Institute, organi-zação americana dedicada a pes-quisar temas de desenvolvimento sustentável, o consumismo é “uma orientação cultural que leva as pessoas a encontrar sentido, felicidade e aceitação por aquilo que consomem”. Dessa forma, avalia o relatório, “pedir para as pessoas que vivem em culturas de consumo para reduzir seu consumo é equivalente a pedir que elas parem de respirar – po-dem fazer isso por um momento, mas depois, sufocadas, vão inspi-rar novamente”. O documento também afirma que, para haver prosperidade no futuro, “as so-ciedades humanas terão de mu-dar suas culturas para que a sus-

tentabilidade se transforme na norma, e o consumo excessivo, em tabu”. O documento traz da-dos bastante pertinentes para re-flexão: em 2006, as pessoas no mundo todo consumiram US$ 30,5 trilhões em bens e serviços, 28% a mais do que em 1996, dez anos antes. Os gastos com bens de consumo (eletrônicos, eletro-domésticos etc.) tendem a au-mentar de acordo com o aumen-to da renda. Somente em 2008, foram vendidos no mundo 68 mi-lhões de veículos, 85 milhões de refrigeradores, 297 milhões de computadores e 1,2 bilhão de te-lefones celulares. A ligação é bas-tante direta. Vejamos: para pro-duzir tantos bens e alimentar esse aumento exagerado do consumo, é preciso utilizar cada vez mais os recursos naturais. Um exemplo: entre 1950 e 2005, a produção de metais cresceu seis vezes, o consumo de petróleo subiu oito vezes e o de gás natural, 14 vezes. Hoje, um cidadão americano consome, em média, 88 quilos de recursos naturais. Outros da-dos do relatório apontam para a desigualdade no nível de consu-mo: em 2006, os 65 países com maior renda, que têm somente 16% da população mundial, fo-ram responsáveis por 78% dos gastos mundiais em bens e servi-ços. Isso corrobora a constatação de que, se os níveis de consumo no mundo continuarem a aumen-tar dessa forma, a sobrevivência no planeta ficará seriamente comprometida.

O ASSU NTO É. . .M E IO AM BI E NTE

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Todos já estão antenados com a Copa do Mundo 2010. O evento mais esperado do ano será realiza-do, pela primeira vez, no continen-te africano. Este ano, a competição contará com a presença de 32 se-leções, e o primeiro jogo será entre

QU E I RADO!

Caça-palavras

as seleções da África do Sul e do México. Os times foram divididos em oito grupos, com quatro times em cada. O Brasil, que faz parte do grupo G, estreia contra a Coréia do Norte no dia 15/06, em Johanes-burgo.

Cinco novos estádios de fute-bol foram construídos, e outros cinco foram reformados em prepa-ração para a grande festa esportiva. A mascote oficial é o leopardo Zakumi, que tem o cabelo verde e 16 anos de idade.

CAÇA-PALAVRAS

RESP

OST

AS

Aqui você vai encontrar algumas dicas de sites muito legais! Eles trazem jogos, infor-mações, brincadeiras, temas para pesquisas e muitas novidades. Acesse e divirta-se!!

http://iguinho.ig.com.brÉ um site do Portal IG. Nele você en-

contra um grande número de atividades, como jogos e brincadeiras. Há também um espaço com assuntos para os pais e jogos exclusivos para a turminha bem pe-quena, que ainda não sabe ler e acessa os sites com o papai ou a mamãe.

www.monica.com.brO portal da turma mais animada e sim-

pática do Brasil sempre merece uma visiti-nha. A diversão é garantida, com jogos e brincadeiras para todas as idades. Além disso, você também pode ler histórias da turma e se divertir com as confusões que eles aprontam.

Pela web

Ele alimenta-se principalmente de insetos, frutas, la-gartos, ovos de aves e pequenos pássaros. É pequeno, sua cor predominante é o amarelo, vive em grupo e per-tence à ordem dos Primatas. A região da Mata Atlântica é o seu habitat natural. Este animalzinho, que vive em mé-dia 15 anos, está ameaçado de extinção por causa do trá-fico de animais e da destruição do seu habitat. Numa ten-tativa de preservação, sua espécie está sendo criada em cativeiro. Já sabe quem é????

DesafioVocê conhece este animalzinho? Pense bem, pesquise. E não olhe a resposta antes!! Boa sorte.

DESAFIO: Mico-leão-dourado

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TÁ BOM BAN DO

Twitter Marista

Desde abril de 2009, o Marista já faz parte da rede do microblog Twitter. Por meio dessa ferramenta, a Instituição tem divulgado infor-mações, notícias e fotos de forma rápida e muito ágil – já que o tamanho das mensagens não pode ser superior a 140 caracteres. Para o analista de Web da UBEE-UNBEC, Paulo San-dro Martins, o uso dessa ferramenta traz mui-tas vantagens para a Instituição. Por meio do Twitter, é possível fazer pesquisas sobre de-terminados temas e saber a opinião dos se-guidores sobre o assunto. “O Twitter é uma ferramenta democráti-ca. É muito prático porque você entra em contato direto com quem deu uma opinião. É também muito fácil atualizar, não requer muito investimento e está dando um retorno bastante positivo”, afirma Paulo. Para seguir o Marista no Twitter basta acessar a página inicial do Portal (www.marista.edu.br) ou pelo endereço www.twitter.com/sigaomarista

guidores sobre o assunto. “O Twitter é uma ferramenta democráti-

O livro na era digital

A integração entre vários tipos de mídia está mesmo em alta. An-thony Zuiker, criador da série ame-ricana “CSI: Crime Scene Investiga-tion”, lançou um novo tipo de pro-duto chamado, “romance digital”, em setembro de 2009. Ao invés de seguir os padrões da literatura, a obra “Level 16” traz uma narrativa contada por meio da combinação de texto, internet e vídeo. O leitor acompanha cerca de 20 páginas es-critas e, então, torna-se internauta. Ele acessa um site e, por meio de uma senha, vira espectador de uma “ciberponte”, um filme relacionado ao enredo, com duração de aproxi-madamente três minutos. A com-preensão não depende do curta, mas ele complementa o texto.

A interatividade, que também está tomando conta da televisão, é

destaque em “Level 16”, em que a história chega à pessoa e ela pode comentar a obra e também contri-buir com ela. Outra novidade trazi-da com o lançamento é a conexão com o audiovisual, que não existe em aparelhos como o Reader, da Sony Corp, e o Kindle, dispositivos eletrônicos que possibilitam a leitu-ra de obras literárias e outras.

O novo formato, de acordo com o idealizador do romance digital, não surge para substituir os livros, mas, sim, traz uma inovação que se-gue a tendência atual de conver-gência entre mídias, com um olhar para o futuro. Anthony Zuiker foi responsável pela montagem de um esboço de parte do livro, além de fazer o roteiro dos curtas e assumir sua direção. Duane Swierczynski escreveu o texto.

CAÇA-PALAVRAS

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Campanha da Fraternidade 2010

CONVE RSAN DO COM OS PA IS

Com o tema “Economia e Vida”, a Campanha da Fraterni-dade 2010, promovida pela Conferência Nacional dos Bis-pos do Brasil, tem como objeti-vo promover uma economia a serviço da vida, pautada no ide-al da cultura de paz. A CF pro-põe a superação do consumis-mo, “que faz com que o TER seja mais importante do que o SER”. Apesar de necessário para a ma-nutenção de uma vida digna, o dinheiro, como esclarece o tex-to-base da Campanha, não deve

ser visto como valor absoluto. A Campanha da Fraternidade, que é ecumênica, quer reunir as Igre-jas Cristãs na construção do bem comum, em prol de uma socie-dade mais justa e sem exclusão. Ela destaca ainda que a econo-mia, como ciência, deve ser orientada para promover o bem coletivo. A Campanha da Frater-nidade 2010 faz um convite a to-dos para a prática de uma econo-mia de solidariedade, de cuidado com a criação e valorização da vida como bem mais precioso.

Um alerta contra a obesidade infantilUma deliciosa bolachinha re-

cheada, aquele docinho depois do almoço, salgadinhos e refrigeran-tes parecem muito inofensivos. No entanto, esses alimentos são os prin cipais responsáveis por um dado alarmante: no Brasil, cerca de 15% das crianças estão obesas. Os dados, divulgados pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Me-tabologia (SBEM), revelam um au-mento de 240% no índice de obe-

sidade infantil nos últimos 20 anos no país. Segundo a Organização Mundial de Saúde, uma em cada 10 crianças em idade escolar está com excesso de peso. São núme-ros no mínimo inquietantes e que demandam drásticas mudanças nos hábitos alimentares desse pú-blico. E é nesse contexto que o pa-pel dos pais, mais uma vez, é fun-damental. Afinal, criar hábitos ali-mentares saudáveis é uma atitude

que deve começar desde cedo. Como salientam os especialistas, é preciso que os pais tenham clareza sobre o problema e sobre a impor-tância de uma alimentação real-mente balanceada para a qualida-de de vida. Em tempo: os pais pre-cisam ter a noção de que criança gordinha não é criança saudável.

Como ressalta a nutricionista Jocelem Salgado, da Universidade de São Paulo, “impor disciplina ali-mentar aos nossos filhos é uma missão que parece quase impossí-vel, mas tem que ser encarada como um desafio”. Segundo ela, “a melhor forma de combater a obe-sidade infantil e brigar contra a ba-lança é associar dieta balanceada, exercícios e paciência”.

Propaganda enganosa

É importante também que os pais fiquem bastante atentos à pu-blicidade de alimentos veiculada na TV. Via de regra, não há nenhum comercial ressaltando a importân-cia da ingestão de frutas, verduras e legumes. Além das propagandas diretas, há também as indiretas, e muito perigosas, que mostram os personagens favoritos da criança-da ingerindo sem parar guloseimas e alimentos altamente calóricos.

A nutricionista Jocelem Salgado dá algumas dicas importantes para os pais:

1. No café da manhã, troque a manteiga por requeijão light, o presunto gordo pelo magro ou por peito de peru;

2. Prepare o lanche escolar do seu filho, caso a cantina da escola ainda não es-teja oferecendo alimentos nutritivos;

3. Se o seu filho não tem limites, marque um dia da semana para os excessos (guloseimas, refrigerantes, salgadinhos, etc);

4. Não ofereça recompensas em troca de prato vazio (dá ideia à criança de que comer não é bom);

5. Não ofereça sempre o mesmo tipo de comida. O cardápio deve ser variado, colorido;

6. À tarde, incentive a criança a deixar de lado as bolachas e os salgadinhos e explique a ela as vantagens da troca para frutas ou iogurtes;

7. Incentive o exercício físico e diminua as horas em frente à televisão;

8. Não ameace a criança que não quer comer com castigo. Isso aumenta sua repulsa à comida. Aja sem pressão e com calma.

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E DUCAÇÃO E M FOCO

Arte e cultura em cena na Província

Silêncio. Vai começar o espe-táculo. No palco, alunos-artistas preparam-se para mais uma apre-sentação que promete arrancar aplausos do público. Essa é uma rotina comum no dia a dia escolar dos estudantes Maristas da Pro-víncia Brasil Centro-Norte, que encontram na dança, na música, no teatro e nas artes visuais o pra-zer estético do fazer artístico. Es-ses elementos, em consonância com a proposta pedagógica Ma-rista de propiciar educação inte-gral às crianças e aos jovens, são incentivados e trabalhados pelo Serviço de Arte e Cultura (SEAC), núcleo responsável pelo desen-volvimento de todas as manifesta-ções relacionadas com a arte e a cultura nas Unidades Maristas. Para enriquecer ainda mais essa iniciativa, a Gerência Educacional elaborou e está colocando em prática uma proposta de reestru-turação do trabalho que já vinha sendo desenvolvido pelos SEACs em cada Unidade. O objetivo principal dessa iniciativa é resga-

NEaD traz novidades em 2010

tar o sentido da arte e da cultura na Educação Marista, traduzindo-as para o tempo que se chama hoje (contemporaneidade), bus-cando uma unidade na Província Brasil Centro-Norte.

O desenvolvimento da pro-posta de reestruturação está a cargo dos assessores de Arte e Cultura da Província, Ir. Eduardo Amorim e Cristina Tolentino. Se-gundo esclarecem, a proposta de atuação do SEAC tem como fun-damento a concepção de Ateliê. É um espaço de pesquisa, investi-gação, troca, autonomia, colabo-ração e criação em que os estu-dantes desenvolvem a capacida-de de articular reflexão e prática a partir de processos e projetos ar-tísticos em constante construção.

A equipe, coordenada pela gerente educacional Jaqueline de Jesus, propôs diversas estratégias para a reestruturação dos SEACs. Conheça algumas das iniciativas:

• Levantamento, por meio de um

questionário, da realidade de

arte e cultura em cada Unida-de; esse mapeamento vai ser-vir como subsídio fundamental para a implantação das ações em 2010;

• Visita da Assessoria de Arte e Cultura às Unidades Maristas, assessoria na implementação organizacional, filosófica e ar-tística dos SEACs, acompanha-mento do processo artístico-cultural desenvolvido nas Uni-dades (projetos, grupos artísti-cos, apresentações, eventos culturais);

• Formação Continuada das equi-pes dos SEACs (por videoconfe-rência e textos via web);

• Integração dos SEACs com o processo pedagógico das Uni-dades por meio de assessorias aos projetos pedagógicos, par-ticipação da coordenação em reuniões de coordenadores de área, conselho ampliado, con-tribuindo para os processos e projetos da Educação Marista;

• Realização de Encontros Regio-nais das equipes dos SEACs.

Dois novos cursos de Aprofundamento de Es-tudos estão sendo oferecidos, desde abril, para os estudantes do Ensino Fundamental II. A iniciativa está a cargo do Núcleo de Educação a Distância (NEaD), ligado à Gerência Educacional.

O curso de Produção de Textos, destinado a estudantes de todas as séries do Ensino Funda-mental II, teve início no dia 1º de abril. Com foco nos estudantes do 7º ano, o curso de História e Cultura Afrodescendente começou no dia 19 de abril. Os cursos de Aprofundamento de Estudos têm como principal objetivo contribuir para a ex-

celência acadêmica oferecendo condições, por meio do uso de ambientes virtuais de aprendiza-gem, para um maior conhecimento sobre assun-tos relevantes, além de colaborar com o incentivo ao hábito de estudo dos estudantes.

EducadoresO NEaD também prepara novidades para os

educadores Maristas. Em abril foram lançados dois novos cursos de especialização em parceria com a PUCPR: Especialização em Infâncias e Espe-cialização em Adolescências.

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SOL I DAR I E DADE

IMS contribui para o desenvolvimentodo comércio justo e solidário

Centro de Formação em Economia Solidária

Fruto de uma iniciativa do Movimento da Economia Solidária, o Centro de Formação em Economia Solidária tem o objetivo de promover formadores com relação ao tema. No Brasil, existem seis unidades: um Centro Nacional e cinco Centros Regionais, cuja meta é realizar cursos estaduais e ofici-nas locais. O Centro de Formação em Eco-nomia Solidária da Regional Sudeste, cuja sede é em Belo Horizonte-MG, é resultado

de uma parceria entre a UBEE (mantenedo-ra da Instituição Marista) e a Secretaria Na-cional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego (SENAES/MTE). O Centro deu início às suas atividades em maio de 2009, tendo realizado diversas ações de formação (como cursos, oficinas e seminários), contribuindo de maneira sig-nificativa na elaboração de políticas públi-cas para o campo da Economia Solidária.

Implantar um espaço de refe-rência, suporte, integração e forta-lecimento para a comercialização em Economia Solidária no Brasil. Esse é o objetivo principal do Pro-jeto Nacional de Comercialização Solidária que está sendo desenvol-vido pelo Instituto Marista de Soli-dariedade (IMS) a partir de uma parceria com a Secretaria Nacional de Economia Solidária do Ministé-rio do Trabalho e Emprego (SENA-ES/MTE) e o Fórum Brasileiro de Economia Solidária. Em funciona-mento desde 2009, a iniciativa tem uma abrangência nacional, estan-do presente com várias ações em diversos estados do Brasil. Como esclarece a coordenadora do Pro-jeto e analista do IMS, Shirlei Silva, entre as ações implementadas há o apoio às feiras de economia soli-dária – nas modalidades regional,

nacional e interna-cional – e a realiza-ção de pesquisas sobre a comerciali-zação solidária. Desde o início do Projeto, já foram re-alizadas mais de 70 feiras, em todos os níveis. Entre os ob-jetivos específicos da iniciativa, neste

momento, destaque para o levan-tamento de informações úteis à comercialização justa e solidária no Brasil, a promoção de ações que contribuam para a comerciali-zação direta e para a difusão da economia solidária e do comércio justo e solidário, o fortalecimento de redes e cadeias produtivas en-tre os diferentes atores da comer-cialização solidária no Brasil e a produção de informações e mate-rial pedagógico sobre o tema, com linguagem clara e acessível.

Shirlei esclareceu também que a realização das pesquisas vai pri-vilegiar o diálogo com as redes de economia solidária, que são várias no Brasil. “Estamos estudando as marcas para saber qual é o impac-to delas na comercialização. E também procuramos avaliar as es-tratégias usadas na comercializa-ção solidária”, afirma.

A coordenadora sintetiza o projeto como sendo um grande desafio: “a consolidação de uma comercialização solidária talvez seja, no momento, o maior desafio do projeto de economia solidária no Brasil. E nós entendemos que contribuir para a resolução desse problema, desse desafio, é ir em direção a assegurar os direitos hu-manos, econômicos e sociais,

como define a ONU: em conformi-dade com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, o ideal do ser humano livre, liberto do temor e da miséria, não pode ser realiza-do a menos que se criem condi-ções que permitam a cada um go-zar de seus direitos econômicos, sociais e culturais, assim como de seus direitos civis e políticos”.

Dessa forma, ela diz, compre-ende-se que todas as pessoas têm o direito de ter acesso a bens, ali-mentos e serviços seguros. E que, principalmente, seja garanti-do o direito à alimentação saudá-vel, de qualidade, com regulari-dade e sem veneno. “Co mo po-demos viabilizar esse acesso? Portanto, fortalecer uma Comer-cialização Solidária vai além de simplesmente assegurar a venda de produtos de maneira tradicio-nal, vai no sentido de transformar as relações econômicas, sociais e políticas, garantido a circulação de produtos e serviços saudá-veis, para que todas as pessoas – independentemente de sua classe social, etnia e raça, sexo ou religião –, possa ter garantido o acesso a uma alimentação e a produtos de qualidade, e preço justo. Garantindo, enfim, um di-reito de cidadania”, enfatiza.

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“Hoje, a maneira de abordar o tema vocação está muito mais aberta, incluindo os leigos”. A afirmação do Ir. Vítor Pravato re-flete bem a concepção da Escola Vocacional, iniciativa que começa a ser implantada na Província. “Agora, os grupos vocacionais têm a responsabilidade de ajudar os jovens a desenvolverem sua vocação independentemente do caminho que vão seguir”, enfatiza Ir. Vítor.

Direcionado às pessoas que atuam no acompanhamento voca-cional dos jovens, o trabalho foi estruturado em dois módulos. O primeiro, em janeiro, contou com a participação de 19 pessoas e abordou duas temáticas: Teologia

da Vocação e Itinerário Vocacio-nal. No primeiro dia de debates, um assunto que mobilizou bas-tante os participantes: “juventude e vocação”, conduzido pelo Ir. Joilson, que tem grande experiên-cia no trabalho junto à Pastoral da Juventude.

Na discussão sobre Itinerário Vocacional, o professor José Lis-boa Moreira de Oliveira trabalhou o tema a partir do itinerário dos discípulos de Emaús. “Ser voca-cionado hoje é fazer um caminho com Jesus da forma como eu me sinto feliz e coerente com a minha vida”, destaca Ir. Vítor. O segundo módulo será realizado em julho e abordará Planejamento Vocacio-nal e Antropologia da Vocação.

Um chamadoà vocação

Com os “corações conecta-dos”, centenas de jovens do Brasil Marista reuniram-se no Colégio Santa Maria, em Curitiba, entre os dias 25 e 29 de janeiro, para parti-ciparem do 1º Congresso Nacio-nal da Pastoral Juvenil Marista. O evento, uma iniciativa da União Marista do Brasil, celebrou as inú-meras conquistas da PJM ao longo de cinco anos de atuação e ressal-tou a importância da mística da Pastoral Juvenil, capaz de conectar os seus integrantes em todo o Brasil. O encontro foi um momen-to singular para que os jovens, com base no tema “Corações co-nectados”, compartilhassem dúvi-das, vivências e ideias a partir de suas experiências singulares nas comunidades em que estão inse-ridos. “O encontro com o outro nos possibilita inúmeras experiên-cias, na qual quero destacar a do transcendente. Dentro dos vários cenários de encontro na Bíblia, desejo resgatar os discípulos de Emaús, que fizeram uma profunda experiência mística por meio da Sagrada Escritura e pela fração do pão. O Pré-Congresso e o Con-

gresso Nacional da PJM fize-ram nosso coração arder, as-sim como sentiram os discípu-los. A diversidade cultural, a espiritualidade e a partilha de vida das Juventudes conectaram nossos corações, para juntos so-nharmos um mundo mais justo e igualitário. Ao contemplar o rosto de Deus nos jovens, senti a confir-mação de que vale a pena ser um apóstolo desta causa”, destacou Ir. Luís André, coordenador de Evan-gelização e Pastoral. Várias ativida-des marcaram o Congresso. Nas oficinas temáticas, os assuntos Ecologia, Comunidade Eclesial, Vocação, Solidariedade e Protago-nismo Político e Social foram am-plamente debatidos, com propos-tas de ação formuladas pelos pró-prios jovens. Houve também um momento pa ra a reflexão sobre a trajetória da PJM, abordando seus avanços e discutindo as perspecti-vas. Dois painéis envolveram os participantes em discussões sobre temas muito pertinentes para os jovens. No primeiro, Ir. Wagner Cruz, Vice-Provincial da Província Marista Brasil Centro-Norte, abor-

dou questões relativas à política, ao ativismo social, ao trabalho na Igreja e à vocação para a vida reli-giosa. O segundo painel, que foi coordenado pelo Ir. Adriano Brollo, mostrou relatos de experi-ência de integrantes do movimen-to hip-hop e da Pastoral Juvenil Estudantil, ambos em nível nacio-nal. Os participantes do Congres-so da PJM também con ver saram “virtualmente” com Ir. Emili Turú, Superior-geral do Instituto Maris-ta. A participação no Congresso demandou uma intensa prepara-ção dos “pjoteiros” da Província Marista Brasil Centro-Norte. Em janeiro, eles participaram do Pré-Congresso da PJM no Recanto Marista (Remar), em Ribeirão das Neves-MG. Foi um momento sig-nificativo de integração e reflexão.

Participantes do 1º módulo da Escola Vocacional reunidos no mês de janeiro

AÇÃO PASTORAL

Em sintonia com o protagonismo juvenil

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Paraibano de João Pessoa, Ir. Wellington Mousinho de Medei-ros é o novo Superior Provincial da Província Marista Brasil Centro-Norte. Ele estará à frente da Pro-víncia por um mandato de três anos, sucedendo Ir. Claudino Fal-chetto. O anúncio da nomeação foi feito pelo Conselho-Geral do Instituto Marista no dia 24 de julho de 2009.

Ir. Wellington é licenciado em Teologia, História e Pedagogia (Ad-ministração Escolar), com Especia-lização em Teologia da Vida Reli-giosa no Instituto Lumen Vitae, em Bruxelas, e em Teologia da Educa-

Irmão Wellington Mousinho de Medeiros:

Superior Provincial

NOTÍC IAS DO CONSE LHO

ção pelo Instituto Teológico e Pas-toral da América Latina, do CE-LAM e Universidade Javeriana, Bogotá-Colômbia. Sobre a sua tra-jetória Marista, ele relata: “sou an-tigo aluno do Colégio Marista Pio X. Fiz o juvenato em 1963, postu-lantado em 1964, noviciado em 1965 e escolasticado em 1966/1967. Emiti os votos perpé-tuos em 1970, e de estabilidade em 1984”. O Superior Provincial tem uma grande atuação na Insti-tuição Marista, tendo trabalhado nas casas de formação Maristas, na coordenação do Juvenato e do escolasticado e na direção de vá-

rios Colégios. Ele atuou também na Associação de Educação Católica do Brasil co mo vice-presidente.

Na então Província MaristaBrasil Norte, Ir. Wellington foi Con-selheiro Pro vincial e responsável pela coordenação da Pastoral Edu-cativa. Na atual Província Marista Brasil Centro-Norte, ele exerceu as funções de Conselheiro Provincial, Vice-presidente das Mantenedoras (UBEE-UNBEC) e Diretor-executivo responsável pelas Gerências de Marketing e Educação. Atualmente, Ir. Wellington também desempe-nha a função de Presidente da UBEE-UNBEC.

Realizado na Fazenda São José das Paineiras, em Mendes-RJ, no período de 7 a 14 de dezembro, o III Capítulo Provincial propôs uma reflexão sobre as ações desenvol-vidas na Província e a participa-ção dos Irmãos no governo que se iniciava. Na oportunidade, Ir. Wellington Mousinho de Medei-ros destacou pontos relevantes do encontro, que reuniu Irmãos e Leigos convidados. Acompanhe.

“Agradeço a cada um de vo-

cês o tempo que vivemos juntos em Mendes, a presença, o bom espírito, a colaboração e a quali-dade da participação. Deus seja louvado. Confesso que o calor humano, a flexibilidade e o apoio que recebi de cada um foram su-ficientes para retirar de dentro de mim algum temor diante da gran-de responsabilidade que recebi

de Deus, através da mediação da nossa comunidade provincial. Obrigado, muito obrigado.

As presenças do Ir. Emili Turú, na qualidade de Superior-geral, “como sucessor do Fundador” (C 130), e do Ir. Antonio Carlos Ra-malho, Conselheiro-geral, foram marcantes e significativas. Sem dúvida, uma dádiva de Deus para a nossa Província.

O III Capítulo Provincial foi verdadeiramente ‘uma Assem-bleia representativa de toda a Província e exprimiu a participa-ção e o compromisso de todos os Irmãos em seu governo’ (C 151).

A eleição do Conselho Provin-cial foi outro momento importan-tíssimo. A Boa Mãe, como Primei-ra Superiora, com certeza condu-ziu o processo de forma maternal, conforme o Carisma Ma rista e o Reino de Deus. Agradeço o “sim”

de cada Conselheiro Provincial. A Assembleia Provincial, co-

mo ‘reunião aberta a todos os Ir-mãos, para favorecer contatos entre si e entre as comunidades e suscitar o interesse de todos pelo exame dos assuntos importantes que dizem respeito à Província’ (C 632; C 633,1; cf. C 150.1.5), foi de uma riqueza incomensurável. Senti o empenho e a dedicação de todos. Parabéns!

O retiro espiritual foi uma ‘ocasião de revitalizar o espírito de nossa consagração’ (C 73). ‘Em nossa vida e em nossa histó-ria, vivemos a experiência do amor e da fidelidade de Deus, e da proteção maternal de Maria. A vitalidade do Instituto nasce des-sa experiência e se manifesta por nossa fidelidade pessoal, pela fe-cundidade apostólica, pelo des-pertar das vocações’ (C 163)”.

Revivendo Mendes

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O novo Conselho da Pro-víncia Marista Brasil Centro-Norte foi eleito durante o III Capítulo Provincial (ver maté-ria na página 16).

O Conselho Provincial é “um grupo de Irmãos que, com o Irmão Provincial, for-ma, na Província, o organismo de reflexão, consulta e deci-são. Ajuda o Irmão Provincial no governo, na animação es-

NOTÍC IAS DO CONSE LHO

Com Jesus e Maria

piritual e apostólica dos Ir-mãos e na administração dos bens” (C 148).

A escolha dos novos con-selheiros priorizou os seguin-tes aspectos: • Vida centrada em Jesus Cris-

to e com Maria no coração;• Amor pelo Instituto Marista,

por sua missão e seu patri-mônio;

• Ser reflexivo e interessado em

aprofundar-se nas questões;• Preocupação com os desa-

fios da Província e interesse pelo futuro do Brasil Marista;

• Ser aberto às diferenças e ao diálogo e com bom rela-cionamento;

• Justiça, maturidade, ética, transparência e amor ao tra-balho;

• Visão de conjunto da Provín-cia, do mundo e do mercado.

Irmão Adalberto Batista Amaral - Diretor-conselheiro

Em 2009, ele completou 25 anos de Vida Religiosa. Durante três anos, atuou na área de Vida Consagrada e Laicato da União Marista do Brasil. Segundo ele, “os Irmãos precisam se sentir um só, vivenciar a unificação das Províncias, que se deu em 2003. Precisamos estar afinados com a comunicação interna e externa”.

CONHEÇA OS NOVOS CONSELHEIROS

Irmão Renato Augusto da Silva - Diretor-conselheiro e Assessor de Animação Vocacional

Ao retornar do segundo ano de noviciado, na Bolívia, ele não hesitou em adiar a pós-graduação em Psicologia no Canadá para assumir a nova tarefa. “Às vezes, temos de deixar nossos projetos pessoais para participar de projetos maiores da fraternidade e da comunidade provincial, que na vida religiosa vêm em primeiro plano”. O Irmão é psicólogo e atuava na formação inicial dos Irmãos Maristas em Vila Velha-ES.

Irmão José Wagner Rodrigues da CruzVice-superior Provincial e Vice-presidente da UBEE-UNBEC

Ex-superintendente das mantenedoras, Ir. Wagner já atuou como Secretário-executi-vo da União Marista do Brasil e, hoje, é Diretor-secretário da Umbrasil. Foi também Diretor do Colégio Marista de Palmas-TO. O Irmão objetiva levar a sua vivência como executivo para a construção do novo futuro da Província, com espaço para o protago-nismo, tendo visão sistêmica e multicultural para a Província como um todo.

Irmão Ataíde José de Lima - Diretor-secretário

Acolher os leigos e dialogar com eles de forma plena está entre as propostas do Ir-mão. Trabalha desde 1993 na formação e orientação vocacional de jovens. Além disso, foi diretor do Colégio Marista de Goiânia-GO e tem experiência na participação em Capítulos. “Os conselheiros poderão contribuir para a nova gestão da Província sendo unidos, vivenciando e testemunhando a fraternidade e sendo assertivos”.

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I RMÃOS E M M ISSÃO

A Comunidade Marista de Silvânia é uma resposta solidária ao Ano Internacional da Criança, 1979. Exatamente em 02/01/80, após negociações com a Arqui-diocese de Goiânia, foi instalada a 1ª comunidade, formada pelos Irmãos Ciriaco Falqueto, Joaquim Guerra, Marino e Tomás de Aquino.

São três décadas de serviço pres tado às crianças e aos ado-lescentes em situação de risco e vulnerabilidade social ou com di-reitos violados nessa região que compõe os Municípios da Linha de Ferro Goiana.

Por aqui passaram diversos Irmãos estagiários e noviços. Desses, dois Irmãos (Marino e Ari) faleceram prestando servi-ços. A comunidade religiosa sempre dividiu com o Aprendi-zado Marista o mesmo espaço; até pouco tempo, o mesmo pão.

Neste ano de 2010, parti-lham a vida em Silvânia os Ir-

Uma lição de fraternidade em Silvânia

mãos Joel, Eugênio, Jair, Claudi-no, Delano (noviço) e Davi. Nos-so principal compromisso é es-tar no meio dos(as) meninos (as), além de fazer parte do nos-so trabalho algumas aulas, re-creios e a gestão da Unidade So-cial. Na cidade e região marca-mos presença nos Conselhos Municipais, na Pastoral Paro-quial, acompanhando Crisma, comunidades rurais, Pastoral da Juventude etc., sem contar a pre-sença na Rádio Rio Vermelho, as movimentações culturais e as lu-tas sociais.

O Irmão Eugênio é nosso de-cano. Com 86 anos, ministra au-las de caligrafia e acompanha programas de TV. Irmão Jair, com 83 anos, praticamente encerrou suas atividades, cuida da saúde. Irmão Joel, aos 77 anos, acompa-nha os recreios dos alunos e ocu-pa-se do computador. Ir. Claudi-no, aos 72 anos, acompanha re-creios, escreve arquivos da Pro-

víncia e mantém o “burro amar rado na sombra”, isto é, está de ano sabático e tem dado pre-sença nas comunidades eclesiais rurais. Ir. Delano faz estágio de noviciado e acompanha a pasto-ral da obra. Eu, Ir. Davi, tenho por missão “pôr o povo para traba-lhar”. A certeza que temos é de que somos privilegiados, afinal, temos a oportunidade de diaria-mente estar com os pequenos, prediletos de Jesus e filhos do coração de São Marcelino Champagnat. Em nosso dia a dia, respondemos aos anseios do 21º Capítulo Geral – “ver o mun-do através dos olhos das crian-ças pobres” e “Com Maria, irmos depressa para uma nova terra” – quando assumimos a realidade dos convênios com órgãos pú-blicos e temos que partilhar, prestar contas de nosso trabalho também aos parceiros, e não mais vivermos somente dentro do nosso mundo Marista.

Ir. Davi Nardi

À esquerda, os Irmãos da comunidade com o Superior-geral do Instituto, Ir. Emili Turú (ao centro); na foto acima, uma vista geral do Aprendizado Marista Padre Lancísio

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PE LA PROVÍNC IA

Unidades Maristas em festa

Colégio Marista de Natal – 80 anosDiretor: Ir. José Nilton DouradoNatal - Rio Grande do Norte

Colégio Marista Dom Silvério – 60 anosDiretor: Roberto GameiroBelo Horizonte - Minas Gerais

Colégio Marista São Luís – 100 anosDiretor: Ir. José Artur de Câmara CardosoRecife - Pernambuco

Colégio Marista Pio XII – 50 anosDiretor: Ir. Manoel SoaresSurubim - Pernambuco

Casa da Acolhida Marista de Vila Velha – 10 anosDiretora: Tânia Amélia Guimarães de AssisVila Vellha - Espírito Santo

Casa da Acolhida Marista do Rio de Janeiro – 25 anosDiretor: Ir. Iranilson Lima Rio de Janeiro - Rio de Janeiro

Colégio Marista de Maceió – 105 anosDiretor: Ir. Inácio Ferreira DantasMacéio - Alagoas

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A biblioteca Mabel Veloso, do Colégio Marista Patamares, é um lugar dedicado ao incenti-vo à leitura. Em funcionamento desde 2003, o espaço é dividi-do em dois ambientes: um é destinado à Educação Infantil e o outro, ao Ensino Fundamental (I e II) e Médio.

Totalmente informatizado, o acervo é composto por 10.410

BibliotecaMabel VellosoColégio Marista Patamares - Salvador/BA

títulos e 15.585 exemplares. São diversos tipos de documentos, como obras cien tíficas e literá-rias, livros, periódicos, dicioná-rios, enciclopédias e ma pas. O espaço oferece aos educandos empréstimos domiciliares, apoio a pesquisas, consulta local, visita orientada, reserva de materiais e atividades culturais.

O nome Mabel Velloso foi es-

I STO É MAR ISTA

colhido em homenagem à es -critora baiana, grande dama da literatura infanto-juvenil, que re-alizou vários trabalhos voluntá-rios no antigo Lar Marista, onde hoje se localiza o Colégio.

A equipe de trabalho é com-posta por uma bibliotecária e três auxiliares. O horário de aten-dimento é de segunda a sexta-feira, das 7 às 19h.

A biblioteca é um importante espaço de aprendizado e integração

Para desenvolver importantes trabalhos nos Colégios e na comunidade em geral, a Província Marista Brasil Centro-Norte conta com a estrutura dos Teatros Maristas, localiza-dos em Unidades Educacionais nas cidades de Goiânia-GO, Varginha-MG, Colatina-ES, Vila Velha-ES, Rio de Janeiro-RJ, Maceió-AL, João Pessoa-PB e Belo Horizonte-MG.

Nos Colégios, esses núcleos são utilizados para desen-volver as várias linguagens da arte. Para as comunidades, os teatros proporcionam diversas apresentações culturais. Eles geralmente funcionam de quinta a domingo, onde são reali-zados espetáculos teatrais, musicais, de danças e formatu-ras. Logo após os espetáculos são realizadas pesquisas com o público sobre as apresentações e o que pode ser melho-rado, procurando sempre garantir a qualidade dos eventos. Os teatros também são palco para a realização de eventos culturais des tinados às crianças e aos jovens que estudam nas Unidades Sociais.

Teatro Marista: espaço para a cultura

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Maria do Amparo Monteiro de Melo Seibel

MARISTAS DE CHAM PAG NAT

Diretora da Casa da Acolhida Marista de Olho D’água, Maria do Amparo afirma sentir-se privilegia-da em trabalhar na Instituição Ma-rista. Assistente social, Amparo atuou, em toda a sua vida profis-sional, na área da infância e da adolescência. Durante os oito anos em que viveu no Rio de Janei-ro, ela desenvolveu diversos pro-jetos em comunidades da cidade. De volta a São Luís, participou de vários projetos na defesa de crian-ças e adolescentes.

Desde que assumiu o traba-lho na Casa, Amparo tem atuado na divulgação do projeto, partici-pando de fóruns e redes e bus-

(Diretora da Casa da Acolhida Marista de Olho d’Água – São Luís-MA)

cando parcerias. E o resultado não podia ser melhor: “a disposi-ção que nós trouxemos e a pro-posta do Marista acabaram se ‘casando’ com os meus sonhos, os meus desejos e com aquilo que eu acredito ser uma proposta concreta de atendimento à infân-cia e à adolescência”, afirma, em-polgada.

Atualmente, a Casa da Acolhi-da Marista de Olho D’Água aten-de cerca de 100 crianças e ado-lescentes, com um programa de atendimento diferenciado e reco-nhecido em São Luís. Para Ampa-ro, essa tem sido uma oportuni-dade única de concretização de

sonhos: “ter uma ação sistemati-zada como a gente tem hoje, vis-lumbrar concretamente a mudan-ça de vida dos meninos, isso tudo a gente deve ao apoio que o Ma-rista nos possibilita”. Segundo ela, a Instituição investe na formação e capacitação dos profissionais, realizando um trabalho de quali-dade: “foi um privilégio conhecer a Instituição, perceber que tanta gente nesse país afora, pelo mun-do afora, está com os mesmos sonhos, os mesmos objetivos. A Instituição acredita no que a gen-te faz, no potencial da meninada, e isso alimenta muito o nosso dia a dia no trabalho”.

Dione Lima(Assistente Contábil da Gerênciade Controladoria e Finanças da

UBEE-UNBEC)

“Eu me sinto muito bem em trabalhar no Marista”, afirma Dio-ne Lima, técnico em contabilida-de e estudante do curso de Ad-ministração. Ele começou seu trabalho na Instituição em junho de 2006 como auxiliar de patri-mônio, trabalhando no inventá-rio da Província. Logo após, Dio-ne mudou de função para o car-

go de auxiliar de prestação de contas, onde trabalhou por seis meses. Atualmente, Dione traba-lha no Recebimento Integrado da Gerência de Controladoria e Fi-nanças da Instituição Marista.

Para o analista, a Instituição Marista acreditou em seu poten-cial e lhe deu oportunidade de mostrar o seu trabalho, tornan-

do-o um profissional mais expe-riente. Segundo ele, ver de per-to as Unidades Sociais e os pro-jetos de inclusão social o trans-formou em uma pessoa melhor: “o grande diferencial de ser Ma-rista é saber que todos os esfor-ços não são voltados para o inte-resse capitalista mas, sim, para o amor ao próximo”.

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Diversão e arteDiversão e arte

O futuro do cinema, certamente, é a tecno-logia 3D. Hoje, com equipamentos sofistica-dos como home theaters e aparelhos de televisão de LCD, ficou mais difícil atrair as pessoas para o cinema. No entanto, a grande novidade (as imagens em três dimensões) convenceu os espectadores a saírem de casa e, até mesmo, pagar mais caro para assistir aos filmes sob uma perspectiva diferente. A nova sensação dá a impressão de que o público está dentro da história, vivendo junto com os personagens as mais emocionantes aventuras.

Inicialmente, os primeiros filmes em três dimensões foram lançados em Nova York, no Teatro Astor, em 1915. Anos mais tarde, com os avanços tecnológicos, os óculos de lentes coloridas, uma azul e a outra verme-lha, geraram pequenas produções de 3D, nas décadas de 50 e 80. Hoje, na era digital, os novos óculos especiais ressurgiram de forma inovadora e prometem grandes atrações. Em 2010, os filmes 3D de maior sucesso de bilheteria foram: “Avatar”, “Tá chovendo Hambúrguer”, “Como treinar o seu Dragão” e “Alice no País da Maravilhas”.

Cinema 3D

PROG RAM E-SE

O livro mostra a história da humanidade por meio de 1001 acontecimentos que foram causados tanto pelo homem quanto pela natureza, desde o big-bang até a eleição do primeiro presidente negro dos EUA. O livro foi organizado pelo historiador Peter Furtado e escrito por uma equipe de historiadores, cientistas e jornalistas. É uma ótima opção para quem quer conhecer e entender o mundo em que vivemos.

1001 Dias que Abalaram o MundoORGAN IZAÇÃO PETE R FU RTADO - E D ITORA SEXTANTE

1001 Dias que Abalaram o MundoORGAN IZAÇÃO PETE R FU RTADO - E D ITORA SEXTANTE

MAR I E SE LL I E R - E D ITORA C IA. DAS LETR I N HAS

A África, meu pequeno Chaka...

Vovô Dembo é um africano muito alto e sábio. É ele quem conta para o seu neto, o pequeno Chaka, a história da África. Com muita sensibilidade, o vovô relata sua infância pobre numa família de quatorze irmãos. Fala também sobre os espíritos que se escondem nas selvas e sobre a chegada da chuva, fazendo um retrato sobre a sua história e a do continente mais antigo do planeta. O livro mostra a tradição africana do contador de histórias, persona-gem importante dessa rica cultura.

dimensões) convenceu os espectadores a saírem de casa e, até mesmo, pagar mais caro para assistir aos filmes sob uma caro para assistir aos filmes sob uma perspectiva diferente. A nova sensação dá a impressão de que o público está dentro da história, vivendo junto com os personagens as mais emocionantes aventuras.

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ExistE EspErança ondEmuitos EnxErgam o Fim.

Para reconstruir histórias de vida é preciso mais que a nossa compaixão. Faça sua doação às crianças e jovens do Haiti e participe desse movimento de esperança.

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Maristas pelo HaitiFaça agora toda diferença no futuro.

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