revista lounge abc n° 2

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EXCLUSIVA “Partidos políticos são encarados como negócios”, diz Marco Iten LOUNGE ABC Novembro 2011 - Ano 1 - N° 2 Concessionárias: abrir ou não aos domingos? Renato Grinberg ensina como ter sucesso na carreira Ganhe espaço em ambiente pequenos twitter: @loungeabc 4 e 5 9 12 6, 7 e 8

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Revista Lounge ABC: a maneira alternativa de ler - e entender - o Grande ABC (Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra)

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EXCLUSIVA“Partidos políticos são encarados como negócios”, diz Marco Iten

LOUNGEABC

Novembro 2011 - Ano 1 - N° 2

Concessionárias: abrir ou não aos domingos?

Renato Grinberg ensina como ter sucesso na carreira

Ganhe espaço em ambiente pequenos

twitter: @loungeabc

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Todos nós brasileiros acompanhamos recentemente o escân-dalo no Ministério do Esporte em Brasília. Pesando erros e acertos, é notório que a opinião pública torna-se cada vez mais intolerante com falcatruas e desvios de dinheiro público. Foi acertada e tardia a substituição do Ministro Orlando Silva (PCdoB), assim como o mesmo deverá acontecer com o Ministro do Trabalho, Carlos Lupi, devido a cobrança, até mesmo, dos correligionários do PDT.

Essa mudança no Ministério do Esporte teve impacto direto no ABC, em especial, em Santo André. Tendo aceitado o convite para assumir o Ministério dos Esportes, o então deputado fede-ral Aldo Rebelo (PCdoB), deixou a cadeira livre para o suplente, Vanderlei Siraque (PT), que assumiu o cargo nos primeiros dias de novembro. Santo André que, até então, não tinha representantes no Congresso Nacional, passa a ter um representante legítimo e isso estreita, ainda mais, a relação do município com o Planalto.

A Revista Lounge ABC tentou entrar em contato com Siraque, mas não obteve sucesso até o fechamento da edição. Porém, o que se viu logo nos primeiros dias de novembro pela cidade foi uma carta do deputado federal sobre Elisabete Tonobohn, sua es-posa, que é possível candidata à vereadora, ao invés de uma car-ta aberta se comprometendo ainda mais com a cidade e com a transparência que o momento exige.

Nos colocamos à disposição do deputado federal Vanderlei Si-raque para que possa expor seus projetos e falar sobre esta nova fase em Brasília. A Revista Lounge ABC está disposta a acompa-nhar o mandato para manter os leitores bem informados.

Por Sebastião Lira

Editorial

01............................Capa02............................Editorial03............................Artigo04 e 05...................Auto ABC06 a 08...................Linha de Frente09............................Cultura10.............................Viagem11..............................Sociais12...........................Variedades

Dança das cadeiras favorece o ABC

Diretor GeralSebastião de Oliveira Lira

Cel. (11) 7891-2863Nextel ID 55*9*56464

[email protected]

Jornalista ResponsávelGhretta Pasuld MTB 47189/SP

[email protected]

Departamento [email protected]

Criação/DiagramaçãoFábio P.

RevisãoGhretta Pasuld

Criação LogoDenise Guerschman

ImpressãoExpressão Santo André Gráfica e Editora Ltda.

www.graficaexpressao.com.br

Redação e CorrespondênciaRua Alfa, 234 – vila Mazzei

Santo André – SP CEP 09172-460Tel. (11) 4457-9496 /

[email protected]

www.revistaloungeabc.com.brCNPJ: 07.803.043/0001-54Tiragem: 5 mil Exemplares

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EXCLUSIVA“Partidos políticos são encarados como negócios”, diz Marco Iten

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Concessionárias: abrir ou não aos domingos?

Renato Grinberg ensina como ter sucesso na carreira

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Artigo

tante de sexos, vejo uma cumpli-cidade, um equilíbrio de compe-tências emocionais e racionais...que levam sempre a melhorias constantes...

O próprio mercado de mon-tadoras, vem utilizando e aprovei-tando tais competências em bus-ca de melhorias de seus produtos, algumas inclusive, dão foco total a este diferencial, lembrando que hoje o mercado comprador femini-no já passa de 40% .

Percebendo isto , algumas montadoras como a Land Ro-ver, vindo ai com o belíssimo e desejado Evoque conceito premiado e tendo seu designer criado exclusivamente por uma ex-spice girl ( Victoria Beckham )..alguém tem duvida de que ele fará sucesso??

Agora também a Volvo, montando uma equipe formada so-mente por mulheres para o desenvolvimento de um carro con-ceito, conhecido como My Concept Car, onde espera-se que atenda muito bem as necessidades femininas, considerando

que delicadeza, zelo e perfeccionismo são ca-racterísticas próprias das mulheres.

Márcia Magni

por políticas públicas desse tipo exige estabelecer o sentido das mudanças, e se as pretendemos com um caráter verdadeiramente emancipatório. As desigualdades entre mulheres e homens devem ser combatidas em conjunto com as desigualdades sociais.

Promover a autonomia das mulheres em condição de pobre-za e miséria no Brasil requer uma presença forte do Estado bra-sileiro, por meio de duas ações concomitantes: a primeira é in-corporar a dimensão de gênero nos atuais programas e nos que já estão em curso; a segunda, garantir que as novas ações tragam em seu bojo, além do caráter universal da política pública, também as necessidades específicas e exclusivas das mulheres na busca de sua emanci-pação. Esta deve ser considerada em todas as suas dimensões, a começar pela dimensão econômica, primeiro passo para a ga-rantia de sua efetivação.

Por Angélica Fernandes

O Brasil nos últimos vem enfrentando com determinação os efeitos da pobreza. As iniciativas buscam ampliar a cidadania e garantir direitos para mulheres e homens.

A ação política das mulheres abriu caminho para que fossem repensados aspectos da própria organização do Estado, de modo a ampliar o debate sobre a necessidade de implementação de ações exclusivas para as mulheres. Tudo isto com objetivo de redimensionar as relações entre homens e mulheres e imprimir outro significado à cidadania das mulheres.

É necessário enfrentar a miséria, combatendo, ao mesmo tempo, as desigualdades de gênero. Aliás, o combate à pobreza e à miséria não será efetivo se não levar em conta a dimensão da desigualdade entre mulheres e homens.

O reconhecimento desse pressuposto é fundamental para que o Estado intervenha nas condições de desigualdade, que deve ser combatida por meio de estratégias que promovam a amplia-ção dos direitos das mulheres em termos econômicos, legais, de participação política e das relações pessoais.

Conhecer a realidade das brasileiras em condição de pobreza é fundamental e torna ainda mais nítida a importância das políti-cas públicas de enfrentamento às desigualdades de gênero. Pro-

Quando entrei neste mercado em 2001, percebi que poucas eram as liderança femininas ..inclusive no grupo que entrei era a única gerente feminina..alguma participação tímida no comercial, mas um setor masculino....com o tempo, fui percebendo que mui-tas iam fazendo diferenças....e marcando sua presença, conquis-tando seu espaço, mostrando seu diferencial...

Não estou falando de um modelo feminista, não estou falando de equilíbrio..sim equilíbrio que sempre aconselho em qualquer negocio, qualquer setor..

Desde o inicio de nossa humanidade, homem e mulher se complementam...se fundem, e hoje, 2011, uma década passada, percebo que muitas chegaram sim a este topo, são Gerentes , Diretoras....e conhecem muito bem o negocio, sim o negocio au tomotivo, e fazem uma bela carreira, cercada por seu dinamismo, sua perspicácia em fazer varias atividades ao mesmo tempo e sua intuição empreendedora.

Ate mesmo na área de Pós Vendas, área no meu início , ex-tremamente masculina, vista por muitos como “um mau neces-sário ‘ vejo ótimas gestoras conquistando e fazendo a diferença!! E hoje sendo ate em muitos casos, o carro chefe de algumas marcas...e extremamente rentável ...para surpresa, é a área que mais atuo hoje em desenvolvimento de processos e pessoas..sim foco em desenvolvimento de pessoas...

A liderança feminina neste setor, esta ligada a competências : Cuidar ...cuidar de processos, de equipes, de detalhes.......e sen-do geradoras de grandes resultados...

Hoje, atuando neste setor, não vejo mais esta diferenças gri-

Combater a pobreza e melhorar a vida das mulheres

A Mulher e o mercado automotivo

LOUNGEABCtwitter: @loungeabc

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Os concessionários e distribuidores de veículos com base na capital decidiram pela inserção de cláusula na convenção coletiva da data-base, facultando o trabalho em

promoções de vendas em apenas dois domingos e nos feriados de cada mês. Não podendo opinar sobre a discussão, o presidente do sindicato, Octavio Vallejo, informou que o que se estabelece nas convenções do setor são cláusulas que regulamentam as relações de trabalho nestes dias. “É necessária a concordância do sindicato dos trabalhadores para que as medidas passem a fazer parte da convenção coletiva de trabalho”.

Entre os concessionários favoráveis ao fe-chamento das concessionárias aos domingos está o Grupo Sinal, composto por cinco lojas em todo o ABC, sendo a Fiat Sinal, Ford Mix, Honda Mix. “As vendas aos domingos caíram muito. Temos a impressão que a medida reduziria os custos e daria melhor qualidade de vida às nossas equipes de vendas. Como já acontece em outras Praças, o volume se diluiria durante a semana”, disse o

Abrir ou não abrir, eis a questão?

diretor comercial Marcos Penna.João Luis Álvares de Moura, diretor do Grupo

Savol, composto por quatro concessionárias na região, sendo Sorte e Shogun (ambas da Toyota-Lexus), Sol e Show (ambas da Kia), também acredita que as vendas totais não serão alteradas com o fechamento das revendas aos domingos, acelerando o ritmo aos sábados e também às segundas-feiras. “Chegamos a fazer uma enquete com nossos funcionários e eles anseiam por este repouso, acreditando que não haverá redução no volume de vendas”.

Por outro lado, existem aqueles que, assim como o gerente de operações da rede Nissan, Ari Kempenich, acreditam que ainda compensa a abertura das concessionárias aos domingos. “No caso do ABC, a abertura serve para mostrar aos clientes das novidades das marcas”. A assessoria de imprensa da Chery, que possui revenda em Santo André, informou, apenas, que “que a maioria tem optado por não abrir aos domingos”. Apesar disso, no site oficial consta abertura da mesma, das 9h às 18h.

Por Ghretta Pasuld

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34 concess. (1,62%)

34 concess. (1,62%)

14 concess.(0,66%)

09 concess. (0,43%)

09 concess. (0,43%)

Total de concessionarias cadastradas no Sincodiv-SP: 2.096

0 concess.

Total 100 concess. (4,77%)

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0 concess.

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Partidos políticos são encarados como negócios

2011 ainda não acabou, mas já “acabaram” com o ano. Isso sempre acontece

em período pré-eleitoral. Começam as especulações sobre os futuros candida-

tos, sobre aqueles que dis-putarão a reeleição e, prin-cipalmente, está declarada a guerra política-partidária.

Para esclarecer dúvidas dos eleitores do Grande

ABC e elucidar alguns pon-tos importantes sobre a

legislação eleitoral, a revis-ta Lounge ABC entrevistou, com exclusividade, o jorna-lista e consultor Marco Iten, que possui mais de 30 anos de experiência em marke-ting político e de governo.

O ABC sempre foi conhecido como reduto político da oposição desde o Arena e o MDB. A pola-rização pela oposição continua presente na conjuntura atual?

MI: Atualmente não há qual-quer reduto político baseado na ideologia ou convicção política específica. Foi-se o tempo que poderíamos afirmar que San-tos era uma cidade “vermelha” como se afirmava nas décadas de 40, 50 e 60 do século passado. O que há, hoje, é trabalho político resultando em massa de votos. O ABC paulista teve um históri-co sindical, mas isso não resulta, necessariamente, em votos ao PT. Veja o caso de Santo André. Com a eleição do prefeito Aidan (PTB), assim como a necessidade de uma hiperinflação de custos de campanha para a eleição de Marinho, em São Bernardo do Campo, sem o que os tucanos teriam vencido. Nada resiste ao trabalho e qualquer grupo políti-co, se e quando bem articulado, pode ter viabilidade eleitoral. O que se verifica no cenário político do grande ABC é a cooptação de lideranças (e também de falsas

lideranças) e essa ação apenas se sustenta por determinados períodos. O desgaste comum de práticas de cooptação é uma questão de tempo e nela não se observa ideologia ou pregação oposicionista: é da natureza hu-mana e, infelizmente, verifica-se com forte apelo, hoje, na prática política.

Algumas candidaturas no ABC deixaram partidos órfãos, como o caso do Brandão (PSDB) em Santo André. Como os parti-dos podem evitar grandes estra-gos por conta disso? Falta arti-culação política ou inserção de novos nomes?

MI: Infelizmente, os partidos políticos são encarados como ne-gócios. Assim, aquele dirigente que acaba por assumir um deter-minado partido político, qualquer que seja, faz dele um “business” e, para manter o controle sobre sua gestão, impede que ele seja uma agremiação aberta, com en-dereço certo, com reuniões mar-cadas, com incentivo à partici-pação popular. Ou seja, para não perder o controle do negócio, ele

“fecha” as portas e torna a agre-miação uma estrutura virtual, quando muito. É só procurar, em qualquer cidade brasileira, onde estão os partidos políticos. Não estão em listas telefônicas, não tem sede, não se reúnem, não programam cursos, palestras ou eventos. Sendo fechados não recebem novos adeptos, novas ideias, novas lideranças, nem permitem o debate. Os partidos não filiam nem desejam novos filiados, pois estes poderiam ser riscos ao comando dos atuais dirigentes. Isso acontece com todos os partidos. A fórmula cor-reta e aberta é abrir o partido po-lítico, buscar lideranças, formar quadros, permitir o arejamento e a inserção de segmentos com graus diferentes de organização e de força na sociedade. Um pro-jeto político vitorioso contempla duas operações matemáticas: a soma e a multiplicação de ideias, de pessoas, de energias, de re-presentatividades diversas.

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Fundo de campanha: Elas ge-ram milhões. Como deveria ser o financiamento numa era que pre-ga pela transparência?

MI: Enquanto a sociedade bra-sileira virar as costas para o que acontece com o Congresso Na-cional, com o processo político, as leis eleitorais serão elaboradas pelo que há de pior na política bra-sileira: os 30 ou 40 parlamentares, senadores e deputados que re-gem o processo ao arrepio da opi-nião pública. A cada dia de omis-são, a sociedade dá aval para que eles operem a legislação sob a for-

ma e o manto da impunidade, das regras que lhe são interessantes. A defesa da Lista Fechada e do Financiamento Público de Cam-panhas Políticas, defendidas pelo PT, por parte do PMDB e pelo PR, principalmente, enfim, pelo que há de mais nocivo no Congresso é a tentativa de usurpar com o que resta de participação popu-lar no cenário eleitoral e mais um assalto aos cofres públicos, sob o comando de parlamentares com histórico nada republicados, que mais aparecem nas páginas poli-

ciais do que nas páginas políticas dos jornais.

Antigamente os pilares de sustentação dos governos pas-savam por três vertentes: Mídia, Empreiteiras e Transporte. Conti-nua sendo assim ou existem ou-tros interesses em pauta?

MI: Governos e parlamentos estão sustentados por grandes corporações. A Constituinte foi um marco na mobilização da so-ciedade civil para garantir força política e a inserção de garantias e de representação política para entidades, associações, profis-

sões, corporações e, também, as garantias individuais. Ocorre que de lá para cá a sociedade e essas instituições da sociedade civil perderam força e mobiliza-ção, mas os bancos, as grandes corporações e toda estrutura que movimenta grandes somas de re-cursos financeiros mantêm suas ações em razão de seus interesses por obras, recursos e projetos. A incapacidade na gestão pública – ou o interesse em configurar inca-paz a estrutura pública – fez com que importantes áreas de serviços

ganhassem força e recursos cada vez mais volumosos em gover-no, como as diferentes áreas de serviços: saúde, medicamentos, alimentação, merenda, vigilância e segurança, informática, locação de veículos, projetos, consultoria, geoprocessamento, certificação, dentre outros. Há, ainda, essa febre brasileira das Ongs – Orga-nizações não-Governamentais, muitas delas criadas e operadas por políticos ou representantes destes, entidades criadas apenas para o recebimento de polpudas verbas públicas destinadas a ser-viços e ações nem sempre realiza-dos e quase nunca fiscalizados.

Quais as diferenças entre go-verno político e governo econô-mico?

MI: Os agentes políticos são – ou se dizem – capazes de gerir a área política, mas quase sempre são péssimos gestores financei-ros e econômicos. Assim, vivemos um “boom” de geração de ges-tores públicos, de gestores finan-ceiros e o país criou muita tecno-logia e muitas boas experiências na gestão pública, onde o Estado de São Paulo é a vitrine nacio-nal. Veja que temos as melhores estradas do país, sob a égide da privatização; uma malha de estra-das vicinais para o escoamento da produção e para a valorização dos patrimônios rurais; temos o Pou-patempo; o Banco do Povo; uma rede hospitalar pública de nível in-ternacional; o Acessa São Paulo, de informatização e oferecimento de Internet gratuita; o Programa Nota Fiscal Paulista; enfim, mui-tas boas ações públicas de Ges-tão, resultado de capital humano de qualidade gerando programas sociais e de governo, de gestão

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econômica, financeira e orça-mentária da melhor qualidade. Por outro lado, os agentes polí-ticos não acompanharam essa qualificação de seus quadros técnicos e vemos que as gestões municipais são, em geral, pobres em qualidade, em realizações, em novos programas. E o mais impressionante é que os prefeitos nunca viveram um período tão

propício a boas realizações: arre-cadação municipal nunca esteve tão “apetitosa”, o quadro inflacio-nário esteve controlado até o ano passado; investimentos e finan-ciamentos internos e externos nunca foram tão fáceis de serem viabilizados, gerando um ambien-te tão propício e que, dificilmente veremos nos próximos 20 ou 30 anos. Ou seja, os atuais gestores perderam o bonde da história e é certo de que quem pagará essa conta da omissão, da falta de vi-são e do descompasso dos atuais

dirigentes políticos será toda a so-ciedade.

Para fugir do “pão e circo”, como o eleitor pode se preparar para escolher os seus candida-tos?

MI: A fórmula é participar. É exigir. É votar diferente. Qualquer mobilização popular faz com que projetos e intenções nocivas se-

jam engavetados pelo meio político. Podemos verificar muitos casos em que a mínima exposição na Imprensa, assim como pequenas manifestações nas Redes Sociais foram suficientes para impe-dir o prosseguimento de medidas, leis ou iniciati-vas nocivas à sociedade. O que há, infelizmente, é uma grande omissão da maioria da população. E a relação é surpreenden-te: somos 200 milhões de brasileiros e apenas 30 ou 40 parlamentares promovendo ou criando barbaridades, praticas de impunidade, malversa-ção do dinheiro público. Além desses articulado-res, temos “os 300 picare-tas com anel de doutor”,

como já dizia a música, que não tem o poder de articulação, mas se beneficiam da segunda onda da gravidade do poder e são co-optados pelo poder de momento. É possível que 330 ou 340 parla-mentares ditem os destinos do país, façam do dinheiro público o seu quintal? Algo está errado na sociedade brasileira.

Temos um ex-presidente que mora no ABC, com peso político internacional. É correto afirmar que seu apoio a qualquer candi-

dato resultaria na vitória? Por que?

MI: Não creio numa varinha mágica. Seu apoio a este ou aque-le candidato, na região ou não, pode ser neutralizado ou nem mesmo ter efeito dependendo da força, da mobilização e da organi-zação de uma campanha eleitoral bem feita. Apesar do apoio Lula não elegeu Marta Suplicy em São Paulo, Mercadante ao governo, Siraque em Santo André entre outros. A primeira questão a ser respondida é saber se a oposição acredita na vitória e se está atu-ando para esse fim. Em seguida, saber se há espaço para o plane-jamento eficiente de uma cam-panha eleitoral. Por fim, como já citado, nada resiste ao trabalho.

As redes sociais caíram na gra-ça dos brasileiros. Somos maioria no Orkut e estamos próximos a al-cançar a mesma marca no Face-book. A Internet continuará sendo território livre nas campanhas? Como normatizar e fiscalizar?

MI: O meu livro sobre o tema, “Internet para eleições e manda-tos”, retrata ações possíveis e ne-cessárias para a inclusão das fer-ramentas no processo eleitoral. Sua pergunta é muito pertinente, pois a Internet será território mais aberto para a campanha eleitoral por sua característica ágil, direta e de mínima capacidade de fisca-lização. Isso pode ser bom e pode ser péssimo, a depender do grau de profissionalismo que a campa-nha terá. Nas campanhas políti-cas que estamos planejamento e instalando, em todo o país, o peso da Internet e das Redes Sociais aumentou de forma exponencial da última eleição municipal para hoje.

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Atitudes poderosAs para o sucesso na carreira

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Com o mundo corporativo cada vez mais competitivo não basta ter as infor-mações certas e as competências dese-jadas. É preciso ter as atitudes que o façam realmente vencer. Hoje, vivemos em uma verdadeira selva corporativa, na qual todos os dias o profissional pre-cisa lutar muito para crescer na carreira. Renato Grinberg explica em A Estraté-gia do Olho de Tigre como desenvolver atitudes poderosas para o sucesso na carreira e nos negócios independente da formação acadêmica ou da experi-ência profissional.

Podemos comparar o dia a dia do ambiente de negócios com o de uma selva. No mundo animal, tanto pre-dadores quanto presas estão sempre criando estratégias para se manterem vivos. Nas empresas os funcionários es-tão sempre tentando ser promovidos, ganhar um aumento salarial, provar porque são melhores que seus colegas, ter uma oportunidade de mostrar seu talento. “A postura de predador requer bom senso e ética. Mostre que está ali para buscar o seu espaço”, explicou o autor.

A obra vai ajudar o leitor a desenvol-ver seu potencial e saber mais como: conhecer suas fortalezas e fraquezas; transformar seus sonhos em objetivos; ser dedicado e resiliente; ser criativo ao resolver problemas; aproveitar as opor-tunidades; turbinar seu networking e cuidar do seu posicionamento. “Manter o network é o grande desafio. É preciso dedicar-se a isso, como se fosse parte do trabalho diário. Você é quem decide: meia hora diariamente ou duas horas semanais”, completou Grinberg.

Por Ghretta Pasuld

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Localizada a 70 km da Capi-tal paulista, a cidade de Atibaia, conhecida como a “terra das flo-res e do morango” é uma ótima opção de passeio para o final de semana, um feriado prolongado ou, até mesmo, para um bate-volta. Os números impressio-nam: a cidade chega a receber 7 mil visitantes por semana fora de temporada (nos meses de março, abril e agosto) e cerca de 15 mil visitantes por semana em julho, sendo que, em setembro, na época da Festa das Flores e do Morango, recebe, aproxima-damente, 120 mil visitantes.

A Pedra Grande é símbolo do esporte de aventura, com ram-pa de decolagem natural para

flores, morangos e aventura!

a prática de voo livre, a cerca de 1.450 metros acima do nível do mar. “Ela proporciona trilhas em meio à área preservada para enduros e mountain bike. Os vi-sitantes têm a disposição pistas de motocross, passeios de qua-driciclo, jipe, circuitos de arvo-rismo. Além disso, o teleférico proporciona um percurso de 550 metros, com vista para a Pedra Grande, o Lago do Major e o Bal-neário”, disse o secretário de Tu-rismo, Fábio Aguiar.

Os atrativos histórico-religio-sos também chamam a aten-ção. A Igreja Matriz possui obras de Benedito Calixto e a Igreja

do Rosário abriga um Museu de Arte Sacra. O Museu Municipal revela histórias do período Brasil Colônia e grande parte da histó-ria de Atibaia, no Centro Histó-rico. O Santuário Schoenstatt, centro de oração e peregrina-ção, é considerado um local sa-grado e visitado por milhares de pessoas que vão orar na capela que é uma cópia fiel a de Nossa Senhora de Shoenstatt na Ale-manha.

Por Ghretta Pasuld

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Foco nas MulheresAs inscrições para o I Prêmio Mulher Em-

preendedora de Santo André terminam em 30 de novembro. Promovido pelo Núcleo de Mulheres Empreendedoras da Associação Comercial e Industrial de Santo André (Aci-sa), a premiação é voltada para mulheres com mais de 18 anos e proprietárias de mi-cro e pequenas empresas que estejam esta-belecidas formalmente há, no mínimo, um ano. “Para se tornar uma empreendedora de sucesso é preciso reunir imaginação, de-terminação, habilidade de organizar, liderar pessoas e conhecer processos”, disse a vice-presidente da Acisa, Selma Cobra.

Paulo Wodewotzky apresenta o Cruze na Viamar em S.Bernardo

Festa dos BrinquedosA edição 2011 do Projeto Brú

Ação Social já tem data marca-da. A tradicional Festa dos Brin-quedos será realizada em 7 de novembro, a partir das 20 horas, na Pizzaria Vero Verde (locali-zada na rua das Bandeiras, 16 – Bairro Jardim), em Santo André. O ingresso para o evento é um brinquedo novo. Desta vez, toda arrecadação será doada para a APAE Santo André, Casa do Jar-dim e para a brinquedoteca do Hospital Mário Covas. “Já bene-ficiamos mais de 20 entidades. A expectativa é que consigamos arrecadar 2 mil brinquedos nes-te ano”, explicou a empresária Esaly Brú.

Destaque EmpresarialA 2ª edição do NEI International Industrial Conference & Show, evento

promovido por NEI Meetings, premiou empresas que conseguiram se man-ter como Top Five por 20 anos consecutivos na mesma categoria de produto. Das 29 empresas que conquistaram esse marco histórico, três são do ABC: Willy Instrumentos de Medição e Controle, Apema Equipamentos Industriais e Tecnoplástico Belfano. A cerimônia, realizada no Centro de Convenções Frei Caneca, no final do mês passado, contou com a presença do renomado con-ferencista, Richard Morley, considerado o pai do Programer Logic Computer.

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Ganhe espaço em ambientes pequenos

As casas e os apartamentos estão cada vez menores. O aproveitamento de espaços, por menores que sejam, são uma tendência cada vez maior. Qualquer cantinho ocioso pode ganhar uma nova função. O vão sob a escada é um bom exemplo disso. As arquitetas Elaine Delegredo e Luciana Correa, de Santo André, mostram que, com um pouco de criatividade, a área pode ser bem aproveitada.

“Antigamente era comum fechar todo o blo-co da escada, o que dá ao espaço um ar pesado.

Hoje costumamos deixar os degraus aparentes, algumas vezes vazados, o que amplia visualmente o espaço. Quando é possível, dispomos de vasos de plantas, criando um jardim interno, ou, ainda, ocupa-se o espaço com mobiliário e até mesmo o lavabo”, explicou Elaine Delegredo.

Se estiver perto da área íntima da residên-cia, podemos projetar pequenas bibliotecas ou até mesmo um home office. “Além de estantes, você pode adquirir objetos de decoração como vasos, esculturas, jardins, aparadores e até um bar pode ficar interessante”, completou Luciana Correia. Pensando no “bolso”, uma alternativa econômica para aproveitar o espaço sem comprometer o or-çamento seria ter um aparador fazendo vezes de bar ou peças de apoio para guardar objetos, como baús e prateleiras.

Decor ArquiteturArua Manaus, 193 – Santo André – SP

(11) 4427-9782www.decorarquitetura.com.br

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J. Vilhora