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1 Leviatª A CiŒncia Poltica na atualidade Leviatª A CiŒncia Poltica na atualidade Ediªo n o 01 - R$8,40

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Page 1: Revista Leviatã

1LeviatãACiência Política na atualidade

LeviatãACiência Política na atualidade

Edição no 01 - R$8,40

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2 LeviatãACiência Política na atualidade

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3LeviatãACiência Política na atualidade

A história se escreve baseada em grandesnomes que deixam seus legados como projeçõesvisionárias da sociedade. Legados estes queacompanham discussões em voga até os dias de hoje.

Dentro deste contexto dialético, os antagonis-mos são essenciais para que novas concepçõessurjam, sendo cada vez mais aplicáveis em nossarealidade. Esta publicação, de forma isonômica,procurará apresentar visões heterogêneas deconceitos diversificados.

Propomos aqui o estudo e prática das diversasorganizações e estruturas projetadas pelahumanidade, remetendo vocês, leitores, a reflexõesque serviriam para o aprimoramento de teoriasintelectuais e acadêmicas. Esta também será umaferramenta primordial para fomentar a discussão dasproblemáticas e mazelas políticas do mundo atual.

Caro leitor, você está convidado para estaaventura: Ideologias se enfrentando em busca de umasíntese, de uma superação.

Boa leitura!Da redação

Editor chefe: FernandoBoente

Jornalista responsável:Paulo Henrique

Pauta: Fernando Boente

Reportagem: Bárbara Sábio

Diagramação:

Fotografia: Bárbara Sábio

Edição e revisão: BárbaraSábio e Fernando Boente

Impressão: Gráfica Breda

Tiragem: 2.000

Comercial: 34 -3219 2407

Contato: 34 -3219 2407

Editorial

Expediente

LeviatãACiência Política na atualidade

INTERN

ET

Edição no 01 - R$8,40

LeviatãACiência Política na atualidade

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4 LeviatãACiência Política na atualidade

SumárioGRANDES NOMES

DEMOKRATÍA

PANORAMA

LeviatãACiência Política na atualidade

CONSCIENTIA

10 ELEIÇÕES

06 THOMAS HOBBES

14 ARTIGO

16 A CIÊNCIA POLÍTICA

20 ARTIGO

22 FORO DE SÃO PAULO

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5LeviatãACiência Política na atualidade

REVOLUÇÕES EM FOCO

LEX

26 A REVOLUÇÃO FRANCESA

30 FIDELIDADE PARTIDÁRIA

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6 LeviatãACiência Política na atualidade

GRANDES NOMES

INTERNET

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7LeviatãACiência Política na atualidade

Vida

Thomas Hobbesnasceu em cinco deabril de 1588, emWestport, que hojefaz parte da cidade deMalmesbury, na In-glaterra. Nascido noano da InvencívelArmada, maior bata-lha da GuerraAnglo-Espanhola, Hobbesteve sua infância,vivida nos tempos darainha Elizabeth I(1533-1603), marcapelomedo da invasãoespanhola ao seupaís.

Abandonado por seupai, clérigo anglicano,após uma briga na portada sua igreja, passou a

Thomas Hobbes:o homem é o lobo dohomemFamoso no exterior, mas detestado por muitos inimigos naInglaterra, Thomas Hobbes se transformou em um dosmaiores pensadores políticos, tendo seu pensamentoperdurando até a atualidade.

viver, juntamente comseus irmãos, com um bemsucedido fabricante de

luvas. Começando a estu-dar aos quatro anos deidade, Thomas se formouem 1608, pela Univer-sidade de Oxford, local

onde passou maior partedo tempo lendo livros deviagem e estudando cartas

e mapas.

Filósofo, cujaexistência e pensa-mento estão nitida-mente vinculados àmonarquia inglesa,foi influenciado deforma direta pelapolítica e pelas in-trigas da Corte. Sualigação política évisível em aconte-cimentos como o de1640, em que foiobrigado a deixar opaís fugindo dogoverno de Oliver

Cromwell.

Matemático, filósofoe cientista político,defendia a idéia segundo

�Tudo, portanto, queadvém de um tempo de

Guerra, onde cada homemé Inimigo de outro homem,igualmente advém dotempo em que os homensvivem sem outra segurançaalém do que sua própriaforça e sua própria astúciaconseguem provê-los.�(Leviatã, cap. XIII)

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8 LeviatãACiência Política na atualidade

a qual os homens sópodem viver em paz seconcordarem em sub-meter-se a um poderabsoluto e centralizado. Ocontemporâneo de Des-cartes acabou por vir afalecer em quatro dedezembro de 1679 emHardwick Hall, naInglaterra.

Leviatã

Sua principalobra, o Leviatã, pu-blicada 1651, expla-nou seus pontos devista sobre a naturezahumana e a neces-sidade de governos esociedades. Hobbesprocurou, com a obra,analisar a essência e anatureza do EstadoCivil, ao qual, emrazão de seu poderioe de sua força, comparouao monstro bíblico, Le-viatã.

No livro ele assertasobre a idéia do estado denatureza � jus naturale �que defende ser �aliberdade que cada ho-mem possui de usar seu

próprio poder, da maneiraque quiser, para apreservação de suaprópria natureza, ou seja,de sua vida� (Leviatã, cap.XIV, p. 78). Pelo trecho épossível entender a rela-

ção do estado de naturezacom o estado de guerra,onde impera uma cons-tante luta que tornaria oser humano um indivíduonão sociável.

�Para ele se as pes-soas vivessem no estadode natureza todos os insti-

tutos da vida em socie-dade, como a propriedade,o comércio e os contratossociais, estariam irreme-diavelmente compro-metidos, pois o homem éconsiderado mau por

natureza�, explicaLeonel CesarinoPessôa, doutor emDireito pela USP eprofessor da Facul-dade de Direito daUniversidade Novede Julho.

No entanto, deacordo com Hobbeshaveria uma forma deevitar o �canibalis-mo�: o contrato so-cial. Somente destaforma, o poder, aforça, a possibilidadede usar a violência,seriam transferidospara um Estadoabsoluto evitando queos poderes indivi-duais se enfrentem.

Este Estado surgiriadevido a um contratosocial e o controle de umsoberano com autorizaçãopara tomar decisões eatuar de maneira ilimi-tada, desde que com o fimde proteger o restante doshomens.

INTERNET

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9LeviatãACiência Política na atualidade

1640Elementos doDireito, Naturale Político

Circulou manus-crito em 1637, porém sófoi publicado em 1640.

1647Do Cidadão

Esta foi a segunda edição,

uma versão aumentadasobre a relação entre aIgreja e Estado.

1651Leviatã

Sua principal obra,cujo nome advém de umpersonagem bíblico.

1655A Respeito do

Cronologia - Algumas obras

Corpo

No livro reduziu afilosofia ao estudo doscorpos em movimento.

1658Do Homem

Tratava especifica-mente do movimentoenvolvido no conheci-mento e apetite humano.

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DEMOKRATÍA

INTERNET

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11LeviatãACiência Política na atualidade

Eleição:a representação do povoDita falha, a prática do sufrágio é preceito básico dassociedades consideradas democráticas.

Cronologia

As eleições cons-tituem uma prática antiga.A modalidade remete a umpassado remoto, a Anti-guidade.

No ano de 508 a.C.,em Atenas, Clístenes, umnobre cidadão ateniense,liderou uma revolta popularque culminou na reformageral da Constituição dacidade-estado. Foi propor-cionado aos cidadãosgregos (não eram assimconsiderados estrangeiros,escravos e mulheres),independentemente daclasse social, o direito devoto e de ocupação dos

mais diversos cargospúblicos. Este é consi-derado o marco inicial dademocracia.

Em 1789, a Revo-lução Francesa condicio-nou a criação das concep-ções atualmente adotadaspelo mundo da democracia.Os tratados políticos efilosóficos dos iluministasofereceram a base de todoo organismo social quepresenciamos e desenvol-vemos até os dias de hoje.Destes, Jean JacquesRousseau, em obras comoo �Contrato Social�, pro-curou solucionar a questãoda legitimidade do poderfundado no contrato social,

o qual designa que o povodetém uma soberaniainalienável, sendo assim,um argumento autênticopara a prática do sufrágiouniversal.

No Brasil, desde oséculo XIV, temos notíciada modalidade, ainda quecom diversas restriçõesinerentes à Colônia eposteriormente ao Império.Somente com a procla-mação da República, em1889, é que o Brasildesfrutou de novo modeloeletivo direto, mas aindacom impedimentos. Omodelo de eleição atual foiformulado durante a Cons-tituinte de 1988, delegando

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sufrágio universal e secretopara todos os cidadãosbrasileiros, o que, naverdade, trouxe polêmicapara acadêmicos e autori-dades do meio.

�O problema daseleições representativas, noBrasil, é a forma como elaestá ligada à democracia.Ao passo em que desfru-távamos de repúblicasliberais, sofremos doispequenos atrasos históricoscom as ditaduras repres-sivas (Era Vargas 1930 �1945; Regime Militar 1964� 1985). Estes anacolutoshistóricos acarretaram opéssimo desenvolvimentodos moldes eletivos,normalmente carregados devícios. A própria legislaçãoatual acaba por cometeratentados à democraciaprimária�, afirma o Ph. Dem Ciência Política pelaUniversidade de Chicago,José Antônio Cheibub.

Brasil

Em 1985, com aEmenda Constitucional nº25, os brasileiros puderamdesfrutar de algumas re-formas ocorridas, como opluripartidarismo, devido

ao declínio iminente daDitadura Militar que ficouem vigência durante 11anos na nação. Quatro anosmais tarde, em 1989, osbrasileiros de 16 a 70 anospuderam pôr em prática osnovos regimentos do país.

A emenda alteravadispositivos da Consti-tuição Federal em queficavam restabelecidas (asprimeiras eleições diretaspor sufrágio da nação seconstituíram ainda naRepública Velha) eleiçõesdiretas e para presidente evice-presidente da Repú-blica, deputado federal eestadual, senador, vereador,prefeito e vice-prefeito,através do voto secreto dequatro em quatro anos.Aboliu-se a fidelidadepartidária e adotaram-sedois moldes eleitorais: omajoritário e o propor-cional.

Candidatos aoscargos executivos parti-cipam do sistema majori-tário, onde são vencedoresaqueles que obtiverem omaior número de votos. Nocaso do presidente daRepública, dos gover-nadores de estado e dosprefeitos de cidades com

mais de 200mil eleitores nocolégio, é preciso que oconcorrente obtenha 50%dos votosmais um, para queseja eleito no primeiroturno, considerando-se amaioria absoluta. Casocontrário, os dois can-didatos mais votadosdisputam o segundo turno.O sistema majoritário éusado também para aescolha dos senadores. Elestêm mandato de oito anosonde cada estado tem trêscadeiras. As eleições parasenador ocorrem, alter-nadamente, a cada quatroanos.

Na eleição propor-cional, são eleitos osvereadores e os deputados� estaduais e federais. Ototal de votos válidos édividido pelo número devagas em disputa. Oresultado é o quocienteeleitoral, ou o número devotos correspondentes acada cadeira. Ao dividir ototal de votos de um partidopelo quociente eleitoral,chega-se ao quocientepartidário, que é o númerode vagas que ele obteve. Osmais votados do partidoconquistam a vaga. Estesistema privilegia o partido

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em detrimento doscandidatos.

Informatização

Desde que a JustiçaEleitoral foi instituída, em1930, o Brasil primou pelabusca de soluções,eliminação de erros e defraudes eleitorais. A in-formatização do processoeleitoral brasileiro éconsiderada pioneira nomundo inteiro. A UrnaEletrônica surgiu de umprocesso longo, advindo daassociação do governo comempresas desenvolvedoras

de tecnologia, como a IBM(International BusinessMachines). Desde 1996,oficialmente, as eleiçõespassaram a contar comdiversos equipamentoseletrônicos responsáveispor coletar e apurar osvotos. Os equipamentosforam implementados deforma totalitária na naçãono ano de 2000.NoBrasil, qualquer cidadãopode se candidatar, desdeque atenda os seguintesrequisitos: tenha nacio-nalidade brasileira oucondição de portuguêsequiparado; esteja com

pleno exercício dos seusdireitos políticos; tenhaalistado no Exércitoregular; tenha domicílioeleitoral de, pelomenos, umano antes do pleito; sejafiliado a um partido políticoa, pelomenos, um ano antesda eleição; possua a idademínima requerida para ocargo até a data da posse(Presidente, Vice-presi-dente,Senador: 35 anos;Governador e Vice-Governador: 30 anos;Deputado Federal, Depu-tado Estadual, Prefeito eVice-Prefeito: 21 anos;Vereador: 18 anos).

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Casa legislativa do Brasil

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Cinco de outubro de2008. Uma nação inteiramobilizada em função deum objetivo único, porémgeneralizado. O que parauns é sinônimo de mudan-ça, para outros exala indig-nação e desprezo. Numa so-ciedade em que a política éretratada como traduçãodos significados mais des-prezíveis da palavracorrupção, a condição depoder ao optar por um re-presentante digno torna-sealgo meramente ilusório.

Durkheim, um dosprincipais estudiososda sociedade com um todoe dos indivíduos emsua consciência coletiva, o�pai� da sociologia, deno-minaria o episódio defato social. Desta forma,seria traduzido em um epi-sódio susceptível de exer-cer uma coerção exterior egeral, apresentando umaexistência própria, indepen-dente de manifestaçõesindividuais.

Artigo:o ilusório das eleições

O que o sociólogo ten-tou definir, analisando deforma superficial, foi o pa-pel exercido pela realidadecultural dentro do ambienteúnico do ser humano comoindivíduo. Levando à con-clusão de que tal teoria tor-na as manifestações unitá-rias uma ironia, pois a par-ticipação de umaminoria natentativa de �fraudar� umacontecimento cultural seriairrisória.

No entanto, muitosainda almejam resultadosem suas ações chegando a

buscar forças em gruposoposicionistas que se apro-veitam do espírito de revol-ta e da fome de mudançapara ganhar números emuma luta contraditória. Nocontexto, fica a dúvida: seé notória a impossibilida-de de uma mudança abrup-ta em fatos sociais, até queponto é possível acreditarna veracidade de movi-mentos coletivos abomi-nando-os?

por Bárbara Sábio

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CONSCIENTIA

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Política:a ciência do serConstituída tardiamente, a Ciência Política foi implantada,como disciplina, pela necessidade de entendimento dascomplexas relações entre povo e Estado.

Dilema

�O pior analfabetoé o analfabeto político.Ele não ouve, não fala,nem participa dos acon-tecimentos políticos. Elenão sabe que o custo davida, do preço do feijão,do peixe, da farinha, doaluguel, do sapato e doremédio dependem dasdecisões políticas�, jálamentava o dramaturgo epoeta alemão BertoltBrecht.

Fruto do amadure-cimento social, a CiênciaPolítica vem galgandoespaço entre os variados

meios acadêmicos, masainda encontra resistênciapor parte do legadotecnicista deixado pelasditaduras mundo afora.

�O estudo dapolítica na sociedade nãoé nenhuma novidade. Elecomeçou na GréciaAntiga, mas ficou restrito,por longos séculos,somente às elites edominantes. A inserçãodeste tipo de estudo sedeu com o desen-volvimento das demo-cracias, em que, além danecessidade de seentender a relaçõesestruturais do Estado, o

acesso facilitado à popu-lação fomentou o desen-volvimento da disciplina,afinal, o homem é um serpolítico. Mas ainda hámuito que melhorar�,elucidou o doutor emHis-tória Social e professor-adjunto da UniversidadeFederal de Uberlândia,Adalberto de Paula.

Princípio

Para Aristóteles,filósofo grego consi-derado o pai da CiênciaPolítica, a política seria oinstrumento fundamentalpara o estudo da pólis

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(modelo de cidade-Estado) e das suasestruturas, instituições,constituições e conduta.Aristóteles considerou apolítica a ciência majo-ritária do seu tempo,criando um método deobservação que permitiuuma sistematização eexplicação dos fenô-menos sociais. Todo oempenho deu-se nointuito de garantir umgoverno capaz de garantiro bem-estar da sociedade.

No século XVI, ohistoriador político eensaísta italiano, NicolauMaquiavel, funda o pen-samento político moder-no. Maquiavel defendia a

importância de umEstadounificado e da criação dasInstituições Estatais.Ainda neste século surgea primeira concepção desoberania, pelas obras dojurista francês, JeanBodin.

Somente no séculoXVIII, com o barãoMon-tesquieu, em pleno Ilumi-nismo, é que o estudo dapolítica toma corpodemocrático, com osurgimento das idéiasdescentralizadoras depoder. A idéia dos trêspoderes (Legislativo,Executivo e Judiciário)surge neste período.

A partir da segundametade do século XVIII,

a investigação dos fenô-menos políticos começa-ram a perder terreno e adar lugar a ciências comoa sociologia, o direito e aeconomia. No séculoXIX, Augusto Comte eKarl Marx trazem para aesfera política real todo oacervo teórico criado. É oressurgimento do estudopolítico.

No início do séculoXX, com o desenvolvi-mento da América e denovas estruturas políticase sociais, as faculdadesadotaram a CiênciaPolítica como disciplinaprimordial para a for-mação acadêmica, massomente após a Segunda

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Grande GuerraMundial éque o estudo políticoganha corpo, de fato, e setorna autônoma, princi-palmente por conta daconsolidação das estru-turas eleitorais e dabipolarização mundialentre capitalismo ecomunismo.

Brasil

A disciplina, noBrasil, foi implantadacom um déficit de tempoque prejudicou o ama-durecimento do assuntoem relação ao resto domundo. Institucionalizadaa relativamente poucotempo, a Ciência Políticafoi incluída no currículouniversitário na década de50 em algumas facul-

dades de Minas Gerais edo Rio de Janeiro.

�A disciplina está emprocesso de proliferaçãoe consolidação no país(Brasil). Como ciênciareconhecida, valorizada eessencial, a CiênciaPolítica só se constituiuapós a queda da DitaduraMilitar. Com o surgimen-to de diversos cursos quenecessitam da disciplinadentro da grade cur-ricular, o estudo dapolítica, e dos seusmétodos, está sendodifundida de maneiraexemplar. O que é ótimopara uma nação sadia edemocrática�, afirmou odoutor e pesquisadorpolítico João BatistaDomingues.

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20 LeviatãACiência Política na atualidade

Vivemos em umperíodo marcado pormudanças excessivamenterápidas e profundas nossistemas, tecnologias,produção e assimilação dainformação e na comuni-cação. Porém a educaçãoescolar não tem acompa-nhado a velocidade dessemomento e passa por umasituação crítica na qual aformação que as criançase jovens recebem provémmuito mais de outrosmeios do que da própriaescola.

Esse é um período decrise, porém não podemosesquecer que a crise trazem si a idéia de cresci-mento, o momento ade-quado para que o novopossa acontecer. A educa-ção tem o dever de reverseus fundamentos, con-templando a nova situaçãodo mundo, onde tudo tem

a ver com tudo, e todos têma ver com todos, com issocontribuindo para aformação do ser humanointegral. Deve cumprir afunção social de desenvol-vimento pleno da cons-ciência e suas variadasdimensões, quanto à pro-dução do conhecimento: aracional, a sensorial, aafetiva, a intuitiva e atranscendental. É tempo derespeitar o diferente,acolher o diverso, pensarde forma séria no futuro enas próximas gerações,participar na construção deum mundo onde a exis-tência de uma vida nãoinviabilize as possibi-lidades de novas vidas.

A escola, além da dis-seminação dos saberestradicionais, deve buscarcriar nos educandos umaconsciência baseada naética, na diversidade, na

concepção de desenvolvi-mento sustentável e nacontinuidade da civiliza-ção, mediante uma posturaaberta ao novo, procu-rando um novo estilo deser, pensar e exercervalores. Devemos noslembrar que as informa-ções a que têm acessonossos jovens vêm aosborbotões, de todos oslados, e são uma enxurradade novos saberes agrega-dos àqueles aplicados emsala de aula. É, então,função primária da escolafazer com que esses novossaberes se aglutinem deforma saudável, propician-do uma atmosfera ondeeles não se percam ou nãose deturpem de formaprejudicial.

É inevitável repensara forma, a estrutura e,especialmente, o currículodas escolas. A introdução

Artigo:Ciência Política na educação- formando cidadãos domundo

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21LeviatãACiência Política na atualidade

de novas disciplinas éindispensável, e, nessesentido, devemos contem-plar aquelas que propicia-rão condições para queessa consciência e essesnovos saberes sejamtrabalhados.

A Ciência Política,sob todos os aspectos, con-templa essa expectativa,tendo em vista seusprincipais campos deanálise, como os estudossobre o poder, as elites,soberania, sociedade civile participação, represen-tação política. Os termos

Estado, nação, governo,políticas públicas, polí-ticas sociais, cidadania,corporativismo, questãoambiental, sustentabi-lidade, tão difundidospelos canais de comuni-cação, devem fazer sentidopara as crianças e jovensque vão herdar o mundo etêm o dramático dever detorná-lo habitável para sipróprios e para seuspróprios herdeiros.

Esse pode ser umpequeno passo na forma-ção de seres humanosabertos, livres, que sabem

por que se informam,fazem porque sabem, têmporque fazem. Pessoas queparticipam da comunidadeem que estão inseridosconvivem harmoniosa-mente com a diferença, e,sobretudo, exercem aplenitude da vida de modopacífico e feliz.

por Déborah MeloFerreira � Engª Civil e

Professora deMatemática e

Informática para asséries fundamentais.

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22 LeviatãACiência Política na atualidade

PANORAMA

Foto:RicardoStuckert

Presidente Lula, acompanhadodo ministro Luiz Dulci,participa de ato político emcelebração aos quinze anos doForo de São Paulo.

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23LeviatãACiência Política na atualidade

Foro de São Paulo:a força esquerdista daAmérica LatinaEncontro reúne partidos esquerdistas enacionalista bi-anualmente

Pouco se ouve falardo Foro de São Paulo -nome genérico dado àreunião bienal de partidose organizações de es-querdas daAmérica Latina- dentro de toda a grandemídia nacional.

Mas o encontro �realizado em lugaresdistintos a cada edição �ganha espaço em dis-cussões e análises devariados veículos damídia alternativa comorevista segmentadas dainternet, fóruns políticose sites de relacio-namentos.

Em 1990, a convitedo Partido dos Traba-lhadores (PT), 48 partidospolíticos, e algumasorganizações sociais daAmérica Latina e do Ca-

ribe, foram convidados aparticipar de um encontroa ser realizado na cidadede São Paulo, Brasil. Oobjetivo inicial visavaintegrar, em um grande

bloco, as organizaçõespolíticas com bases so-cialistas e discutir a novaconjuntura internacionalque se instalara após aqueda doMuro de Berlim.

Para o professor e

mestre em CiênciasPolíticas pela Univer-sidade Estadual deCampinas, Aldo DuránGil, o surgimento dacúpula latino americanafoi uma resposta aofortalecimento do po-derio norte-americano,ao qual se supõe umimperialismo.

�A união em blocorepresentava a orga-nização de uma estruturaforte o suficiente e capazde enfrentar o impe-rialismo estadunidense.Mas através da própriademocracia, os partidosconsolidados dentro doForo de São Paulo foramchegando ao poder emsuas nações, o que levou aadoção de novos dis-cursos, com características

�Inquebrávelvontade de luta para

conquistar adefinitiva libertaçãode nossos povos epelo socialismo�(cartilha de

Declaração Final)

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24 LeviatãACiência Política na atualidade

sociais-democratas, nosdocumentos e cartilhasoficiais gerados dentre dopróprio encontro. Mas oobscurantismo que per-meia envolto ao encontro,se deve ao próprio descasoda mídia em cobrir estacúpula, que é um mo-vimento comum aos olhospolíticos�, complementaDurán.

O último encontro,realizado emMontevidéu,Uruguai, nos mês de maiodeste ano, marcou o 14ºencontro do Foro de SãoPaulo e reafirmou, em sua

cartilha de DeclaraçãoFinal, a �inquebrávelvontade de luta paraconquistar a definitivalibertação de nossos povose pelo socialismo�. Oencontro abordou entreoutros: a ameaça dasguerras preventivas, osurgimentos de novosatores e potências nocenário mundial, a novarealidade política daAmérica Latina, as amea-ças ambientais e a ameaçade recessão mundial pro-vocadas pela crise norte-americana.

Para o estudante deCiências Sociais, GustavoSolis, o que mais evi-dencia a polêmica de talencontro é a falta deinteresse em deixar clara adevida intenção do mo-vimento aos olhos dapopulação.

�É sabido que acúpula é encabeçada porgrandes Partidos da Amé-rica Latina. Com a falta deinformação aprofundadasobre o encontro, oalarmismo toma conta e ainternet é a melhor ma-neira de expressar as

Bancada do Foro de São Paulo em Montevidéu, Uruguai

INTERNET

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25LeviatãACiência Política na atualidade

diversas preocupaçõesrecorrentes a este assunto.E com razão. Pelo que meconsta, todos os docu-mentos oficiais divulgadoscarregam uma grandecarga de ideologia ana-crônica e maniqueísta,logo depois sendo suavi-zados por preocupaçõesrelevantes a todo o restodo planeta como, porexemplo, o meio ambien-te. O estigma só serádesfeito quando as reaisintenções se manifes-tarem� justifica o univer-sitário.

O presidente Luís Inácio Lula da Silva conversa com FidelCastro no Palácio da Revolução, em Havana.

Foto:AntonioMilena

Países participantes:* Argentina* Barbados* Brasil* Bolívia* Cuba* Chile* Colômbia* Costa Rica* Dominica* República Dominicana* El Salvador* Guatemala* Guiana* México* Nicarágua* Paraguai* Peru* Porto Rico* Uruguai* Venezuela

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REVOLUÇÕES EM FOCO

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Revolução Francesa:liberdade, igualdade efraternidadeO lema, de autoria de Jean-Nicolas Pache, se tornou abandeira da Revolução Francesa, o símbolo da luta pelaabolição da servidão e dos direitos feudais.

Situação econômicacrítica. Consolidação dopoder econômico daburguesia. A RevoluçãoFrancesa ocorreu emmeados no final do séculoXVIII com a decadência doregime feudal e apreparação da Françarumo ao capitalismoindustrial.

Com uma iden-tidade própria, arevolução foi influen-ciada pelos ideais doIluminismo e da Inde-pendência Ameri-cana, tendo comoobjetivo a tomada dopoder pela burguesia, coma ajuda dos camponeses eartesões. A tentativa desuperação das instituiçõesfeudais teve início apósuma série de aconte-cimentos que deixaram a

França em situação derisco.

A Guerra dos SeteAnos, perdas na produçãoagrícola, a assinatura de umtratado de comércio entre aFrança e a Inglaterra, além

de outros fatos aumentarama insatisfação perante asoberania do rei Luís XVI,culminando em uma sériede acontecimentos. Algunshistoriadores dividem aRevolução Francesa em

quatro períodos: aAssembléia Constituinte, aAssembléia Legislativa, aConvenção e o Diretório.

O período da As-sembléia Constituinte teriasido marcado pelas pri-

meiras ações dosrevolucionários apóso Terceiro Estado terse proclamado As-sembléia Nacional e,não muito tempodepois, AssembléiaNacional Consti-tuinte. Ainda nesteperíodo começam osmotins em Paris queacabaram culminan-

do na tomada da prisão daBastilha, símbolo doabsolutismo monárquico,em 14 de julho de 1789.

Dois anos depois, em1791, foi instituída primeiraconstituição da França que

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aboliu os privilégiosfeudais implantando umamonarquia constitucionalna qual foi criada a efetivaseparação entre os poderesLegislativo, Executivo eJudiciário e o rei perdeuseus poderes absolutos.Com a promulgação daConstituição os EstadosAbsolutistas vizinhos entreeles a Áustria e a Prússiaviram o ato como umperigopara seus domínios,começando uma guerra naqual a França acabou so-frendo algumas derrotas.

Com as eleições emoutubro do mesmo ano,

começa um novo períodono qual a burguesia passoua representar maior partedas cadeiras daAssembléiaLegislativa. Neste momen-to os jacobinos, partidomarcado pelos pensa-mentos políticos e sociaisrepublicanos extremamenteradicais, entram em ascen-são.

O período da Con-venção começou em 1792,com a eleição da Conven-ção Nacional. Durante esteperíodo, que segue até os94, o rei perdeu seu posto,a Assembléia Legislativafoi dissolvida e a revolução

entrou em uma fase radical.Outro partido ainda tevegrande destaque na revo-lução foi o dos girondinosque desejavam consolidaras conquistas burguesas,estancar a revolução e aindaevitar a radicalização.

Em 21 de janeiro de1793, Luís XVI e suaesposa, Maria Antonieta,foram guilhotinados naPraça da Revolução. Édecretada uma economia deguerra, com o racionamentodas mercadorias e o com-bate aos especuladores. Emseguida Robespierre as-sume o Comitê e inicia-se

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Divisão da sociedadefrancesa:

Primeiro Estado - clero

Segundo Estado -nobreza

Terceiro Estado -trabalhadores urbanos,camponeses e a pequenaburguesia

o Grande Terror.Como fim do período

daConvenção, começa umafase conservadora, marcadapelo retorno da altaburguesia ao poder e peloaumento do prestígio doExército apoiado nas vi-tórias obtidas nas Cam-panhas externas: o Dire-tório. Fase que foi assimnomeada devido à apro-vação da nova constituiçãoque entregou o PoderExecutivo ao Diretório.

O ano de 1799 põe fimà revolução com a aboliçãodo Diretório e a instauraçãodo Consulado por Napo-leão Bonaparte. Começamais uma parte da históriafrancesa com o Golpe deEstado de 18 de Brumário:a ditadura napoleônica.

�A Revolução Fran-cesa foi um dos eventos, emseu decorrer, mais impor-tantes para a humanidade.Houve uma ruptura compadrões sociais vigentes

naquele momento. Conse-qüentemente criou-se, apartir das ideologiasIluministas, o princípiopolítico democrático que asociedade desfruta atual-mente. Foi praticamente aremodelação da sociedadee de sua relação com oEstado� concluiu oprofessor doutor de históriada Universidade deUberlândia, WenceslauGonçalves Neto.

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LEX

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Partidos:fidelidade só até quandoconvémFonte de fortalecimento das instituições,a fidelidade partidária tem sido foco daspolêmicas legislativas no Brasil.

No dia 1º de janeiro de2008, entrou em vigor umalei aprovada pelo plenárioda Câmera Federal e pelaComissão de Constituição eJustiça (CCJ) do Senado emagosto de 2007 que prevê ainelegibilidade, por quatroanos, de políticos que sedesligarem do partido peloqual foram eleitos. Namesma época, outra lei, queprevia a cassação domandato de políticos quecometessem a troca departido durante o pleito,sem justa causa, foi votada

e amplamente divulgada,mas acabou arquivada pelamaioria dos congressistas.

Projetos complemen-tares de leis que visavamestabilizar, em harmoniacom a constituição, oenorme problema causadopela infidelidade partidária,em que os interessesparticulares sobrepunhamos interesses públicos,apareceram na histórialegislativa brasileira deforma tímida e desco-nhecida para a maioria dapopulação. Em 1995, criou-

se a primeira proposta porum legislador, com o intuitode resolver o problema que,segundo especialistaspolíticos, era vista comouma �enorme feridadegradante da democracia�.(Ver box pág. 33)

Segundo o desem-bargador do Tribunal deJustiça do Estado de Minase cientista político, JoséNapumoceno da Silva,autor de diversas obrassobre o âmbito partidário, ainfidelidade partidáriarepresenta, na ótica do

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povo, a negação dospreceitos pelo qual ocandidato foi eleito, vistoque o partido é que forneceas bases ideológicas efilosóficas na esfera dopluralismo político.

�Quando um homempúblico, que se valeu detoda a estrutura partidáriapara chegar ao pleito, largaseu partido de origem,pressupõem-se imedia-tamente duas possibi-lidades: mudança brusca decompartilhamento ideo-lógico ou busca de van-tagens particulares. Aprimeira fere o caráterconstitucional, visto que, a

fatia da população que oelegeu, o fez por es-treitamento com seuspensamentos e valores. Amudança significa rompi-mento com este pensa-mento, portanto, rompi-mento com os seuseleitores. O segundodemonstra improbidade efalta de ética�, afirmaNapumoceno.

No mês de julho de2008, outra proposta,referente também à questãoda fidelidade partidária,visava criar brecha na leique acabara de entrar emvigor. A CCJ da Câmaraaprovou um projeto de lei

complementar do deputadoFlávio Dino (PC do B-MA)que flexibiliza a regra defidelidade. A partir da novaproposta, um ano e 30 diasantes de cada eleição, navéspera do prazo limitepara filiações partidáriascom vista ao lançamento decandidaturas, os políticosteriam um mês para mudarde partido sem correr orisco de perder o mandato.

Na opinião de LuisCarlos de Souza, médico eex-vereador de Uberlândia,todas as medidas adotadasaté hoje para a deter-minação da fidelidadepartidária foram apenas

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artifícios para jogospolíticos. �Nunca houveconsenso geral entre oslegisladores. A luta contraa infidelidade não é umaluta verdadeira. Essaslegislações, infelizmente,são esquemas adotados

pelos partidos para quesejam privilegiados no finalda história. A sociedadeprecisa exercer uma pressãomaior neste aspecto, pois afidelidade partidária re-presenta a forma como serágovernada cada instância

Sobre este tema, há várias propostas em tramitação e das mais diversas; desdeproposições que proíbem a mudança de partido em um determinado período,até outras que determinam a perda do mandato para todos os cargos e emtodos os níveis. Veja abaixo alguns projetos que tentaram legislar sobre afidelidade partidária:

da nação�, lamenta odoutor.

Resta-nos esperar odesfecho de mais umaepopéia da nossa extensa econfusa legislação brasi-leira.

Projeto Autor Posição doParlamentar

PEC. 041/96

PEC. 050/96

PEC. 137/95

Sen. José Serra

Sen. Pedro Simon

Dep. Hélio Rosas

Torna INELEGÍVEIS durante 2anos os que se desfiliaremvoluntariamente do partido político.Exceção: fusão ou incorporação dopartido ou para participar, comocriador, de um novo partido

Propõe perda de mandato paradeputado ou senador que sedesfiliar do partido pelo qual seelegeu.Dá um prazo para mudança departido, antes do dispositivo entrarem vigor.

Propõe perda de mandato parasenadores, deputados federais,deputados estaduais, deputadosdistritais e vereadores que se

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PEC. 090/95

PEC. 060/95

PEC. 051/95

PEC. 042/95

PEC. 085/95

Dep. PauloGouveia

Dep. Sílvio Torres

Dep. MuriloPinheiro

Dep. Rita Camata

Dep. Adylson Motta

opuserem aos princípiosfundamentais do estatuto partidário,por atitude ou pelo voto, ou deixaremo partido pelo qual se elegeram,salvo se para constituir novo partidocomo fundador.

Propõe perda de mandato para dep.federal, senador, dep. estadual,vereador, presidente e vice,governador e vice ou prefeito e viceque deixar o partido pelo qual foieleito, salvo se para fundar novopartido desde que tenha cumpridometade do seu mandato.

Propõe perda de mandato odeputado ou senador que se filiar apartido distinto daquele pelo qual foieleito.

Propõe perda de mandato paradeputado ou senador que mudar departido antes de completar pelomenos a metade do seu mandato.

Propõe perda de mandato paradeputado ou senador quevoluntariamente se desfiliar dopartido pelo qual foi eleito.

Propõe perda de mandato paradeputado ou senador que se filiar apartido diverso daquele pelo qual foieleito

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