revista justica fiscal ano 7 nr 22 - jan 2015

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Ano 7/Número 22/janeiro 2015

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Revista Justiça Fiscal de Janeiro de 2015.

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Ano 7/Nmero 22/janeiro 2015

PEC 82

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Editorial

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Mais um grande Encontro da Carreira de PFN

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SINPROFAZ nas bases Sobrecarga de trabalho afligeProcuradores de Foz do Iguau

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Honorrios no Novo CPC Carreiras trabalham agora para quedispositivo seja mantido pela presidenta Dilma

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Movimento Pr-Honorrios obtm apoiodo vice-presidente Michel Temer

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Promoes Portaria Interministerial avana na soluo de umadas demandas prioritrias da Carreira

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Mesmo com o tema no centro dos acontecimentosnacionais, projetos sobre combate corrupo tramitamlentamente no Congresso Nacional

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PEC da Probidade Com grande adeso de parlamentares,expectativa de que a PEC n. 82/2007 seja aprovadanos primeiros meses da nova legislaturaSubsdio Depois de aprovada na Comisso Especial, PEC n.443/09 segue para votao no Plenrio da Cmara

Artigo JURIX 14 Direito e Tecnologia da Informao no cenriointernacional e o desafio da independncia tcnica: Liberdade deexpresso X Censura. Por Hugo Hoeschl

Janeiro 2015

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ExpedienteDiretoria do Sinprofaz Binio 2013/2015Presidente

Diretor de Assuntos Relativos aos Aposentados

Herclio Mendes de Camargo Neto

Jos Vilao da Silva

Diretor Secretrio

Diretor de Assuntos Parlamentares

Jos Ernane de Souza Brito

Marcos Antonio de Freitas Costa

Diretor Administrativo

Diretor de Comunicao Social

Achilles Linhares de Campos Frias

Valter Ventura Vasconcelos Neto

Diretor de Relaes Intersindicais

Diretora Suplente

Joo Paulo Cordeiro Cavalcanti

Chrissie Rodrigues Knabben Gameiro Vivancos

Diretor Cultural e de Eventos

Diretora Suplente

Amersson Teixeira de Carvalho

Helena Marques Junqueira

SINPROFAZ Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda NacionalSCN Quadra 06 Ed. Venncio 3000 Salas 403, 415 e 416 CEP 70716-900 Braslia-DFTelefax: (61) 3964 1218E-mails: [email protected] [email protected]

Revista Justia Fiscal Ano 7, n. 22, janeiro/2015ISSN 2317-3750Diretor de Redao: Herclio Mendes de Camargo NetoEditora e Jornalista Responsvel: Lcia Viana(RP 2715/DF)Reportagem: Paulo Passos (RP 2059/DF)Projeto Grfico: Fernanda Medeiros da Costa Tel.: (61) 8280-7272Fotos: Eurpedes Teixeira e arquivo SinprofazImpresso: Teixeira Grfica e Editora Tel.: (61) 3336-4040Tiragem: 10 mil exemplares

Os artigos assinados so de inteira responsabilidade de seus autores e no constituem necessariamente a linha editorial da revista.

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E ditorial

2015: Novos e

recorrentes desafios

N

esta edio da Revista Justia Fiscal (RJF) voc ter a cobertura da aprovao dos honorrios de sucumbncia no Novo Cdigo de Processo Civil pelo Congresso Nacional,aps ampla discusso na Cmara dos Deputados e no Senado Federal, com o registroda atuao do SINPROFAZ e a mobilizao dos Procuradores da Fazenda Nacional, que souberam trabalhar de forma coordenada e eficaz com as demais carreiras da Advocacia-Geralda Unio, por meio de suas entidades representativas.O apoio do vice-presidente da Repblica, Michel Temer, sano dos honorrios, confirmado em recente e produtiva audincia no Planalto, enche-nos de esperana e convico deque sero sancionados. Nesse sentido, a Ordem dos Advogados do Brasil, por intermdio dopresidente Marcus Vincius Furtado Colho, no nos tem faltado.Isso tudo em favor da Advocacia Pblica do Brasil, que obteve outra vitria expressiva coma aprovao, na Comisso Especial, da PEC n. 443, que reconhece a simetria constitucionalentre as Funes Essenciais Justia.A PEC n. 82, tambm aprovada durante esta gesto na Comisso Especial, caminha paraa vitria no Plenrio, a fim de materializar a isonomia entre as Funes Essenciais Justia quej se encontra insculpida na Constituio Federal. O SINPROFAZ continuar fortalecendo oMovimento Nacional pela Advocacia Pblica e trabalhando de forma harmnica e sincronizadacom as demais entidades da Advocacia Pblica do Brasil.As visitas da Diretoria e dos delegados sindicais do SINPROFAZ s projees da PGFN tambm so destaque nesta edio. O excesso de processos, as carncias estruturais, a falta dePFNs e de carreira de apoio esto documentados, novamente.Artigos e reportagens sobre a nossa Carreira complementam esta edio.2015 ser um ano de grandes desafios para a Carreira de Procurador da Fazenda Nacional, e o SINPROFAZ continuar liderando-a para atingir outros patamares remuneratrios e deestrutura, a exemplo da vitria da Carreira na questo das promoes, que ainda necessita deaprimoramentos, mas que beneficiar centenas de Colegas.O SINPROFAZ vem trabalhando na questo dos honorrios e das promoes h muito tempoe espera que a Carreira colha os frutos o quanto antes.Boa leitura!Herclio Mendes de Camargo NetoPresidente do SINPROFAZ

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Encontro Nacional dos PFNs

Colegas de todo o Brasil voltaram a reunir-se no encontro anual daCarreira de Procurador da Fazenda Nacional, desta feita realizadoem Florianpolis, SC, com o propsito de debater A estruturao daPGFN para a eficincia no combate sonegao e corrupo

O

s trabalhos do 14. EncontroNacional do SINPROFAZ tiveram incio na noite de 27de novembro, com a solenidade deabertura coordenada pelo presidenteda entidade, Herclio Camargo, eprestigiada por convidados comoo presidente da Comisso da Advocacia Pblica da OAB de SantaCatarina, Alexander Santana, queno evento representou o presidentedo Conselho Federal da Ordem;o presidente da ANPPREV, AntonioRodrigues; o diretor da UNAFE,Marcelino Rodrigues; a ex-diretora-geral da UNAFE Simone Ambrsio;e o delegado da ANAUNI em SantaCatarina, Luciano Cardoso Backer.Em seu discurso (foto dir.), opresidente do SINPROFAZ imprimiutom mais corporativo e poltico naabordagem dos principais pleitos

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Convidados de diversas entidades prestigiaram a abertura do Encontro

dos PFNs. Primeiro, ele convocou aCarreira a se posicionar e assumirposturas contundentes junto Administrao diante das dificuldadesenfrentadas nas unidades da PGFNBrasil afora. O SINPROFAZ somostodos ns. Cada PFN pode ser um

lder multiplicador das demandasreferentes estruturao da nossaCasa, salientou.Num segundo momento, o presidente Herclio Camargo relatou oestgio das negociaes na Cmarae no Senado de duas pautas priorit-

rias para a Carreira de PFN:a garantia de autonomia eprerrogativas AdvocaciaPblica e a confirmao doshonorrios de sucumbncia aos Advogados Pblicos Federais. Ele destacoua unidade das entidadesrepresentativas da Advocacia Pblica em prol dascarreiras.Aps as consideraes do presidente do SINPROFAZ, os presentesassistiram a uma breve palestra daPFN Fernanda Regina Villares (foto),lotada na DIAES da 3. Regio. AColega discorreu sobre o papel daProcuradoria da Fazenda Nacionalno combate corrupo e lavagem de dinheiro.

Fernanda comentou que, diantedos fatos noticiados pela imprensa em referncia OperaoProtocolo Fantasma, ocorrida dentro da PGFN evidente que osProcuradores da Fazenda podemcontribuir muito para o combate corrupo e lavagem de dinheiro. Nosso trabalho do dia a

dia revela fatos que tminterpretao no mbitocriminal.E completou: a atuao em conjunto com rgos criminais pode incrementar a recuperao decrditos com mecanismosque facilitam o bloqueiode valores no mbito daJustia criminal.Ainda na primeira noite doevento, as diretoras do SINPROFAZMaria Regina Dantas de Alcntarae Regina Hirose fizeram consideraes sobre as aes judiciais emcurso e os resultados da CampanhaNacional da Justia Fiscal QuantoCusta o Brasil pra Voc?, com nfaseno Sonegmetro.

Esse tema dominou as exposies e os debates na segunda noitedo Encontro (28 de novembro),sob a coordenao dos diretoresdo SINPROFAZ Achilles Frias e JooPaulo Cordeiro Cavalcanti. O primeiro (foto esq.) ressaltou a importncia do trabalho parlamentar queo Sindicato realiza cotidianamenteno Congresso Nacional. Hoje, osdeputados sabem quem somos.Eles fazem discursos em defesa da

Advocacia de Estado. Aquela Advocacia Constitucional, sria, quevisa ao controle da legalidade dosatos do gestor pblico. Achillescomentou ainda que a evoluo daAdvocacia Pblica Federal tende aacontecer; para isso, fundamentalmanter uma atuao coordenadano Executivo e no Legislativo.J o diretor Joo Paulo CordeiroCavalcanti (foto dir.) enfatizouque a parceria e integrao com

a OAB Federal e com as seccionaisnos Estados muito produtiva econtribui para a visibilidade daspautas das carreiras da AdvocaciaPblica. Segundo ele, os pleitosda Advocacia Pblica ganham reforo com o apoio institucional daOAB. Por isso, preciso ter cadavez mais insero nas comissesde Advocacia Pblica nas seccionais, assim como participao noConselho Federal da Ordem.

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Encontro Nacional dos PFNs

O consultor parlamentar e poltico do SINPROFAZ, Antnio Augustode Queiroz, falou sobre as perspectivas da agenda da Advocacia Pblicano Parlamento e no Executivo. Elealertou para o fato de que os anosde 2015 e 2016 sero de muitadificuldade e, consequentemente,de forte ajuste fiscal. Toninho doDiap, como conhecido em Braslia,revelou que, na Lei OramentariaAnual (LOA) de 2015, h apenas5,95% reservados para gasto comdespesa de pessoal, sendo que 5,1%desse montante sero destinados aoreajuste de servidores.Toninho relatou as principaisoportunidades e ameaas aos servidores pblicos, com nfase nas questes de interesse da Carreira de PFN.No grupo de oportunidades, citou aPEC n. 82/2007 (autonomia para aAdvocacia Pblica), o pagamento dehonorrios aos Advogados Pblicos(no mbito do Novo CPC), a PECn. 555/2006, que acaba com a

contribuio dos servidores inativos,e a PEC n. 271/2014, que equiparavrios auxlios pagos aos servidores(h distoro entre os poderes nosvalores desses benefcios, como auxlio-alimentao e auxlio-creche).

No rol de ameaas, Antnio Queiroz destacou o PLP n. 327, sobredireito de greve; o PLP n.248, sobredispensa de servidor por insuficinciade desempenho; e o PLP 205, sobrea Lei Orgnica da AGU.

O ltimo palestrante da noitefoi Tadeu Alencar. Procurador daFazenda Nacional, ele j atuoucomo Procurador-Geral da FazendaNacional Adjunto e tambm comochefe da Casa Civil do governo dePernambuco, na gesto de EduardoCampos.Presena habitual nos Encontrosdo SINPROFAZ, Tadeu Alencarchamou ateno para o papel doSindicato em aes de valorizaoda Carreira. Ele declarou o quantoconsidera importante a Campanha Nacional da Justia Fiscal eo Sonegmetro como ferramentade mensurao da sonegao noBrasil, e tambm para dar visibilidade s atribuies da Carreirade PFN, especialmente no combate6

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sonegao e corrupo. Almdisso, em sua opinio, as aes daCampanha servem para aproximaro PFN da sociedade.O Procurador da Fazenda eagora deputado federal, que assumiu seu primeiro mandato parlamentar na Legislatura 2015-2019,comprometeu-se a ser uma vozativa na defesa das bandeiras daAdvocacia Pblica no CongressoNacional com vistas ao fortalecimento do Estado Brasileiro e dagesto pblica.Sobre o novo Congresso, caracterizado como o mais conservadordos ltimos tempos, Tadeu Alencarfrisou que, justamente por causadeste perfil, aumenta sua responsabilidade no encaminhamento dasdemandas da sociedade, escancaradas nas manifestaes de junhode 2013.

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Encontro Nacional dos PFNs

EncerramentoA mesa de trabalhos na ltimanoite do 14. Encontro Nacional dosProcuradores da Fazenda Nacional,em 29 de novembro, foi coordenada pela ento vice-presidente doSINPROFAZ, Liciane Tenrio Cavalcante, e iniciou com a palestrado presidente do Tribunal RegionalFederal da 4. Regio, Desembargador Federal Tadaaqui Hirose.Ele discorreu sobre as rotinas doTRF4, um tribunal que h 25 anosatua de forma inovadora como aliado na prtica de uma justia fiscalno Brasil. O TRF4, como lembrouo presidente Tadaaqui Hirose, omais interiorizado e informatizadodo Pas, assim como o mais produtivo, por registrar mdia de julgamento por desembargador superandoos quatro mil processos, conformedados do ano de 2013.O TRF4 tambm foi pioneirona adoo de juizados de varas,no mbito dos juizados especiais,com destaque para a criao daVara de Conciliao. Os xitos dasconciliaes serviram de base implantao de outros programasde conciliao na Justia Federal.Ainda no quesito conciliao, oDesembargador fez um pedido aosPFNs presentes: Vamos estudarjuntos um maior incremento dasprticas conciliatrias. Ele tambmdirigiu-se PGFN com mais umareivindicao: o acesso dos magistrados aos processos administrativosda Procuradoria. Segundo o Desembargador, o Tribunal j conta comessa facilidade em relao ao INSS.J nos encaminhamentos finaisde sua palestra, o DesembargadorTadaaqui Hirose comentou sobre aimportncia dos investimentos nacapacitao do servidor e tambmna estruturao dos rgos. Aexecuo fiscal, de fato, muitoespecializada. Por isso, no se podeprescindir dessa capacitao.A segunda palestra da noite foi8

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Desembargador FederalTadaaqui Hiroseproferida pelo advogado RicardoLodi Ribeiro (foto abaixo), que jpertenceu Carreira e presidiu oSINPROFAZ. Atualmente, Lodi presi-

de a Sociedade Brasileira de DireitoTributrio e coordena o Programa dePs-Graduao em Direito da UERJ.Pautado pelo tema o domnio doprivado sobre o pblico e o papelda Advocacia Pblica, Ricardo Lodiiniciou a palestra contextualizandoo momento de transio vivido nopas, inclusive na quadra jurdica.Ele comentou que a ideia de justiafiscal no deve ser debatida apenasa partir da interpretao do sistemaposto. Dessa forma, a sociedadeacaba reduzindo a discusso alta carga tributria, sendo que oreal problema a m distribuiodaquilo que arrecadado. Poucotributamos renda e patrimnio e hmuita tributao sobre o consumo eo assalariado.

O grande desafio colocado, segundo ele, recuperar o domnioda poltica sobre a economia. democratizar o debate das polticaspblicas que hoje so definidas pelomercado. E isso ocorre no somenteno Brasil, mas no mundo inteiro.E o que tudo isso tem a vercom a Advocacia Pblica? Em quemomento ns podemos interferirna definio dessa poltica pblica,representando o Estado Brasileiro?,questionou o palestrante.De acordo com Ricardo Lodi, odomnio do privado sobre o pblico ocorre especialmente em trsdimenses: na esfera legislativa,quando o legislador negligenciao interesse pblico na sua funorepresentativa; sob a alada do administrador, que atua ao arrepio dalei e praticamente ignora o controleda legalidade que deve ser exercido pelo Advogado Pblico; e umdomnio que tambm se configurapor meio do abuso de poder emdetrimento da cidadania.Para inverter esta lgica, parecemuito evidente o papel que poderiaser desempenhado por uma Advocacia Pblica valorizada e autnoma. por isso que, ressaltou Lodi,a PEC 82/2007 sim a PEC daProbidade. a PEC da legitimaodemocrtica da atuao do PoderPblico.

HomenagempstumaNa abertura dos trabalhos deencerramento do 14. EncontroNacional, o SINPROFAZ fezuma homenagem pstuma PFN aposentada Maria Lcia SMotta Amrico dos Reis, falecidano ltimo dia 21 de novembro.A Colega PFN foi a nica mulhera presidir o Sindicato, entre osanos de 1993 a 1995.

O consultor e Advogado doSINPROFAZ, Hugo Plutarco, tambm foi palestrante no encerramento do 14. Encontro, trazendouma tima notcia Carreira. Almde atualizar informaes sobre asaes mais relevantes de interessedos PFNs, Plutarco apresentou umaplicativo para permitir que osfiliados possam acompanhar osprocessos via celular.A ferramenta estar disponvelem breve a todos os filiados.

Instalado no hall de entrada doResort Costo do Santinho, o paineldo Sonegmetro apresentou aopblico os dados da sonegao noBrasil at aquela data e foi notciaem veculos de comunicao dacapital catarinense.O Portal Economia SC, por exemplo, noticiou que o valor computadopelo painel R$ 454 bilhes dejaneiro a novembro de 2014 superava em mais de duas vezes o PIB deSanta Catarina, que est calculadoem R$ 169 bilhes (IBGE/2011).O Portal ouviu do presidente doSINPROFAZ, Herclio Camargo, aavaliao de que as pessoas precisam entender que todo mundo perdecom a sonegao fiscal. Estamos

sempre falando sobre a alta cargatributria, mas tambm precisamosdiscutir o efetivo combate sonegao e um sistema de cobranamais justo para com os que ganhammenos, ressalta Camargo.A matria informou ainda que ainiciativa do painel da sonegaofiscal integra a campanha QuantoCusta o Brasil pra Voc?, realizadapelo Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional(SINPROFAZ).Outras agncias de notcias eblogs noticiaram o encontro deProcuradores da Fazenda de todoo pas, promovido com a finalidadede discutir estratgias de combate corrupo e lavagem de dinheiro.Janeiro 2015

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Atraes especiaisNem s de discusses, palestrase debates foi feito o 14. Encontrodos Procuradores da Fazenda Nacional. Uma diversificada agendaparalela foi organizada com o intuito de promover o congraamentoentre os participantes por meio dede atividades sociais, culturais eesportivas, em contraponto seriedade dos assuntos tratados emplenrio.A 2. Corrida de Praia dosPFNsteve dois percursos, de 4 kme 8 km. O diretor do SINPROFAZAchilles Frias, correndo em casa,foi o vencedor no percurso maislongo. Carlos Scheit, tambm deFlorianpolis, venceu no percursode 4 km.Marcelo Manguetti, doRio de Janeiro, venceu na categoria master. A nica representantedas mulheres na corrida, Mnica Vasconcelos, de So Paulo,completou o percurso de 4 kmem menos de 25 minutos. O diretor Achilles Frias afirmou queos objetivos da corrida vm sendoalcanados: a confraternizao eo incentivo ao esporte.Entre as atraes especiais,

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os Procuradores puderam aindaapreciar apresentaes e aulasde dana, uma trilha ecolgicano Morro das Aranhas, onde desfrutaram de uma vista espetacularda Ilha, e um show do consagradocantor e compositor carioca Paulinho Moska. O encerramento doevento ficou a cargo de NelsonViana e Banda. n

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Encontro Nacional dos PFNs

Estou h 14 anos na Carreira e participeide vrios encontros. Eles sempre foram muitoimportantes, com a mesma alegria, o mesmoempenho, a mesma vontade de reunir todomundo e pensar em prol da sociedade eda nossa Carreira. A sociedade deve ser aprimeira a ser informada, sempre... Estamostrabalhando com uma coisa nem sempresimptica, que a arrecadao tributria.Ento, acho muito importante as campanhasdo SINPROFAZ, muito bem elaboradas.Parabenizo o Sindicato pela iniciativa.Adriana Kehdi (PRFN 3. Regio)

Temos muita satisfao em receber os colegasaqui em Santa Catarina...Nesses encontros agente aproveita para se confraternizar, claro,mas ao mesmo tempo para discutir temas derelevncia, que nos atingem todos os dias,como os problemas estruturais da Procuradoriae as questes salariais, que preocupam atodos. uma oportunidade que temos de teresse contato com colegas do Brasil inteiro paraamadurecer esses temas.Jos Valter Toledo Filho (PFN/SC)

sempre motivo de muita honra para asassociaes do sistema Advocacia Pblica, nostrs nveis, seja federal, estadual ou municipal.Confesso que me impressionaram bastanteas palavras do presidente Herclio, de formamuito centrada, muito localizada, traduzindoos acontecimentos da Capital da Repblica.Todos ns estamos plenamente envolvidos pelamelhoria e aperfeioamento da AdvocaciaPblica.Antnio Rodrigues

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a minha primeira vez num encontrocomo este. A Carreira precisa muito dessesencontros. Trabalhei em Manaus, uma regioextremamente isolada, e agora estou no Rio deJaneiro. E mesmo assim percebo que as pessoascontinuam no se encontrando como deveriam.Iara Silva Dias (PRFN 2. Regio)

uma satisfao muito grande participar demais uma edio do Encontro. Dos 14 que jocorreram, este o 12. de que participo. EsteEncontro acontece num momento especial, demudana de governo, apesar de a presidenteDilma continuar, mas um novo governo, coma perspectiva que acho positiva com relao PEC 82 visando ao fortalecimento da Carreirada Advocacia Pblica. Acho que um momentoimportante para a gente se reunir, se unir efortalecer as nossas reivindicaes. Buscamosservir bem a sociedade. A partir do momentoque temos uma Advocacia Pblica e umaProcuradoria fortalecidas, o cidado tambm sefortalece.Juscelino de Melo Ferreira (PRFN 5. Regio)

Tenho cinco anos na Carreira e este meuterceiro Encontro. um momento de grandeexpectativa, porque o momento em que aCarreira precisa realmente se unir, discutirprioridades, estarmos juntos para fortalecera nossa Carreira, fortalecer a AGU. extremamente importante podermos nosencontrar e trocar ideias com todos os colegasdo Brasil. Um momento importante em razoda mudana do Ministro da Fazenda e umaperspectiva de mudana do Advogado-Geral daUnio.Raquel Frota Fontenelle Souza(PRFN 1. Regio)

S INPROFAZ

nas bases

Celeridade da Justia Federal da 4. Regio, aliada ao adventodos processos eletrnicos, evidencia a necessidade de aumentourgente do quadro de Procuradores

R

epresentado pela delegadasindical no Paran VanessaSantana e pelos diretoresAmersson Carvalho e AchillesFrias, o SINPROFAZ visitou aProcuradoria-Seccional de Fozdo Iguau, em outubro do anopassado, para conversar com osColegas acerca da atuao doSindicato e do panorama polticoe institucional, e tambm ouviras colocaes dos PFNs lotadosnessa unidade.O problema da elevadssimacarga de trabalho que assoberbaa unidade foi um dos pontos destacados pelos Procuradores. Issose deve, afirmaram, celeridadeinconteste da Justia Federal da 4.Regio, na medida em que os processos retornam numa frequncia bemmaior. A situao se agravou com osprocessos eletrnicos, posto que noraro ocorre o retorno dos autos noprprio dia do peticionamento.Constatou-se que, embora aquesto da carreira de apoio sejao ponto mais delicado hoje para aPGFN, h evidente carncia de Pro-

curadores, uma vez que os Estudosde Lotao tm deixado a quasetotalidade das projees insatisfeitas, evidenciando a necessidade doincremento do quadro.

RemuneraoDe acordo com os Colegas quese reuniram com o Sindicato, osPFNs esto ficando em situao deinferioridade em relao aos auditores da Receita Federal e aos policiaisfederais, uma vez que o adicionalde fronteira previsto para estes nocontempla os Procuradores. Ouseja, o tratamento concedido pelo

governo aos PFNs tem sido inferior at mesmo aos cargos quetradicionalmente no percebiamremunerao superior nossa. Oadicional de fronteira contribuiriatambm para minorar o graveproblema da alta rotatividade dePFNs na unidade.Por fim, os Colegas destacaram a necessidade de teremporte de arma, considerando orisco de sua atuao, sobretudona cobrana da Dvida Ativa daUnio. Argumentam que se depararam, inclusive, com grande devedorligado ao Hezbollah.A Administrao precisa estaratenta para conferir proteo aosPFNs, ainda mais considerando aausncia de porte de arma, sendo queeste conferido aos demais agentespblicos (auditores fiscais e policiais).Em suma, o que se constatou naunidade de Foz do Iguau no nenhuma novidade: remuneraoinferior, prerrogativas tambm. ACarreira de Procurador da FazendaNacional tem ficado cada vez maispara trs. n

Diretoria e assessoria jurdica visitam Colegas do Rio de JaneiroNo encontro ocorrido no incio de dezembro, estiveram empauta as aes judiciais em cursopatrocinadas pelo Sindicato emprol da Carreira. Cerca de 35Procuradores da Fazenda Nacional atenderam ao convite doSindicato e participaram de profcua reunio com o presidente do

SINPROFAZ, Herclio Camargo,o diretor Achilles Frias e o Advogado Hugo Plutarco.Alm de atualizar os Colegassobre o andamento das aesjudiciais e esclarecer dvidas,os dirigentes do Sindicato comentaram sobre o momentopoltico e a viabilidade das

pautas da Advocacia Pblicaque tramitam no CongressoNacional.O SINPROFAZ agradece aliderana serena e resoluta dosColegas Jacqueline Carneiroe Srgio Carneiro, delegada esubdelegado sindical no Estadodo Rio de Janeiro.

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H onorarios

Terminou no dia 17 de dezembro o longo processo de apreciao doprojeto do Novo Cdigo de Processo Civil no Congresso Nacional,acompanhado de perto pelo SINPROFAZ

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epois de intensas mobilizaes no Senado, coordenadas pelo MovimentoPr-Honorrios, a Advocacia PblicaFederal encerrou o ano de 2014com importante vitria para asCarreiras: a aprovao do substitutivo ao PLS n. 166/2010 com amanuteno dos honorrios sucumbenciais aos Advogados Pblicos. Aaprovao da matria no Senadocoroou de xito o intenso trabalhodo Movimento Pr-Honorrios, queuniu as entidades representativasdas Carreiras da AGU em torno depauta prioritria para a AdvocaciaPblica Federal.Com mais de mil artigos, o textovai substituir o atual CPC, de 1973,exatamente 20 anos depois da reforma do Judicirio, que entre outrasmedidas criou rgos de controle damagistratura e do Ministrio Pblico

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e consagrou o princpio do direito razovel durao do processo.Desde ento j se apontava a necessidade de novos avanos, inclusivea reforma dos diferentes cdigos delei, o que motivou a formalizao depactos entre os Poderes Legislativo,Executivo e Judicirio.Em 2009, o senador Jos Sarney,ento presidente do Senado, tomoua iniciativa de constituir comissode juristas para elaborar o anteprojeto do novo CPC. Convertidoem projeto, o texto foi aprovado emPlenrio no ano seguinte e seguiupara reviso na Cmara. Na formado Projeto de Lei Substitutivo n.166/2010, a proposta retornou aoSenado em abril de 2014. A partirda, foi enquadrada como uma dasprioridades da pauta legislativa doano pelos lderes e o presidente daCasa.

Durante todo esse processo, eespecialmente ao longo dos ltimosdois anos, o SINPROFAZ e as demaisentidades representativas da Advocacia Pblica Federal concentraramesforos no Congresso Nacionalobjetivando convencer os parlamentares quanto importncia de seaprovar a previso de pagamentodos honorrios sucumbenciais aosAdvogados Pblicos.A Revista Justia Fiscal publicanas pginas seguintes uma galeriade fotos para homenagear todosos Colegas e parceiros que participaram da luta pelos honorrios noNovo CPC.Sano presidencialAt o fechamento desta edio,o PLS n. 166/2010 encontrava-se na Presidncia da Repblicaaguardando ser sancionado pelapresidenta Dilma Rousseff. A suaentrada em vigor ocorrer apsdecorrido um ano da data de publicao da lei.No dia 21 de janeiro, as entidadesque compem o Movimento Nacionalpela Advocacia Pblica reuniram-sena sede do SINPROFAZ (foto) paratraar estratgias com vistas a pavimentar o caminho da sano doshonorrios de sucumbncia no NovoCdigo de Processo Civil.A expectativa do Movimento de que a sano ocorra de formaserena, pois a questo federativa, consolidada e j foi debatida exausto pelo Congresso Nacional.

Como parte da estratgia paramanter a previso dos honorriossucumbenciais no Novo CPC nomomento em que for sancionado, osdirigentes do SINPROFAZ, ANAJUR,ANAPE, ANAUNI, ANPAF, ANPPREV,ANPM, APBC e UNAFE foram recebidos pelo vice-presidente da Repblica, Michel Temer, em audinciaocorrida no dia 28 de janeiro. Oencontro contou com a presenado presidente do Conselho Federalda OAB, Marcus Vinicius FurtadoCoelho, cujo apoio s causas daAdvocacia Pblica do Brasil temsido de fundamental importncia.O Movimento Pr-Honorriosentregou ao vice-presidente extenso documento com argumentao favorvel percepo doshonorrios pelos AdvogadosPblicos. De acordo com as entidades, a medida, entre outrascoisas, no configura novidadeno ordenamento jurdico brasileiro; respeita a isonomia e afederao; prestigia a valorosa

Fotos: Julia Maass

atuao da Advocacia-Geral daUnio nas funes de arrecadao para o Errio, de defesajudicial das polticas pblicas e depreveno corrupo; estimular a permanncia de AdvogadosPblicos nos quadros da AGU;e no compromete o esforo dereequilbrio fiscal do ano de 2015.Na avaliao do presidente do

SINPROFAZ, Herclio Camargo, aaudincia foi muito produtiva e ovice-presidente Michel Temer demonstrou compreender e dominaros assuntos da Advocacia Pblica doBrasil. Estamos no caminho certoe as aes em prol dos honorrioscontinuaro intensas at a sanopresidencial, assegurou o presidente do Sindicato. n

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C arreira

A Portaria Interministerial n. 501, publicada no Dirio Oficial daUnio em 16 de dezembro ltimo, dispe sobre o clculo das vagas aserem ofertadas nas promoes de PFNs

O

SINPROFAZ avalia quea edio desse ato normativo soluciona umademanda prioritria da Carreiraao viabilizar as promoes queestavam represadas em prejuzode centenas de Colegas da 2. eda 1. categorias. (Veja teor daPortaria ao lado.)A diretoria do Sindicato vinhaatuando de forma estratgicanessa questo. Em julho ltimo, foienviado ofcio ao Advogado-Geralda Unio e Procuradora-Geralda Fazenda Nacional denunciando o problema gravssimo doengessamento das promoes naCarreira de Procurador da Fazenda Nacional.No documento, o SINPROFAZapontou vrias medidas possveis enecessrias para estancar a sangriada evaso de PFNs em nossa Carreira. Alm disso, solicitou providncias urgentes sobre essa matria.Outra iniciativa do Sindicatoque merece registro foi a mobilizao da Carreira para que assinasse petio pblica eletrnicareferente promoo dos Procuradores da Fazenda Nacional. A

O MINISTRO DE ESTADO DA FAZENDA e o ADVOGADO-GERALDA UNIO, no uso da atribuio que lhes confere o art. 18-A da Lein. 11.457, de 16 de maro de 2007, resolvem:Art. 1. O clculo do nmero de vagas a serem ofertadas na Categoria Especial e na 1. Categoria, nos concursos de promoo dosMembros da Carreira de Procurador da Fazenda Nacional, corresponder ao somatrio do:I nmero de vacncias ocorridas na referida categoria, no perodoavaliativo, nos termos do art. 33 da Lei n. 8.112, de 11 de dezembrode 1990; eII total dos cargos ocupados na categoria anterior por perodoigual ou superior a cinco anos.Art. 2. As movimentaes de que trata o inciso II do art. 1. nogeram vacncia para o perodo avaliativo subsequente.Art. 3. O clculo de que trata o art. 1. ser observado a partir doprocessamento da promoo referente ao perodo avaliativo de 1. dejulho a 31 de dezembro de 2014.Art. 4. A presente Portaria ser objeto de avaliao conjunta peloGabinete do Advogado-Geral da Unio e pela Procuradoria-Geral daFazenda Nacional, anteriormente ao processamento das promoesrelativas ao perodo avaliativo de 1. de janeiro a 30 de junho.

petio alertava para o quadroque barrava a progresso funcional na Carreira.A edio da Portaria Interminis-

terial n. 501, enfim, configura-senum ato do governo em favor daCarreira que permitir a promoo de centenas de Colegas.

Situao de assimetria persisteNo dia 12 de janeiro, a diretoria do SINPROFAZ enviouofcio Procuradora-Geral daFazenda Nacional alertando que,embora a edio da PortariaInterministerial n. 501 tenharepresentado grande avano28 Janeiro 2015

no sentido de desobstruir aspromoes na Carreira de PFN,persiste a inaceitvel situaode assimetria entre as Carreirasda AGU, uma vez que o nmerode vagas na Categoria Especialno se confunde com a salutar

sistemtica do gatilho, que foibem recebida pela Carreira.No documento, o SINPROFAZargumenta que a distoro anterior pode at ser ampliada:Enquanto a PGFN, apesarda revogao formal da Portaria

Interministerial MF/AGU n. 221,de 18 de maio de 2009, sofre a incidncia de nova regra a partir deum cenrio de distribuio igualitria dos cargos por categoria(800 em cada), os ProcuradoresFederais e Advogados da Uniopossuem atualmente quase a metade do seu respectivo quantitativode cargos na Categoria Especial,e sequer se tem notcia, no mbitoda PGFN, da questo da contagem dos transpostos que ocupamcargos na Categoria Especial, jsolucionada no mbito da PGFN.E a provisoriedade da PortariaMinisterial n. 501, prevista emseu artigo 4., agrava ainda maistodo esse cenrio, absolutamentedesolador para centenas de outros colegas que j contam comdezenas de outros motivos paravoltar aos estudos e passar emoutro concurso melhor, talvez atmesmo de Advogado da Unio ouProcurador Federal.A adoo imediata de todasas medidas ao alcance da Procuradora, com o objetivo deviabilizar o total esvaziamento da2. Categoria (no que se refereaos atuais PFNs, ou seja, apenas para regularizar a situaoatual, sanando a nova distoroque se avizinha), com a promoo de todos os seus atuaismembros para a 1. Categoria,no mais tardar, no concurso depromoo de 2015, reivindicada pelo SINPROFAZ no ofcio,assim como a divulgao de umestudo contendo as previses doquantitativo de vagas a seremoferecidas nos prximos concursos de promoo.Logo depois de encaminhar oofcio, o presidente Herclio Camargo conversou com a cpulada PGFN sobre a questo e osargumentos sindicais tiveram boareceptividade. n

Delegados sindicaisda Regio Sul mobilizadosA delgada do SINPROFAZno Rio Grande do Sul, Iolanda Guindani, reuniu-se comColegas de Novo Hamburgo eCanoas, no dia 29 de janeiro, afim de colher sugestes para areunio de delegados sindicaiscom a diretoria do Sindicato aser realizada em 26 de fevereiro.De acordo com o presidentedo SINPROFAZ, a atuao dosdelegados sindicais ser muito importante para colhermoso sentimento e as propostasde mobilizao da Carreira.Na pessoa da Colega IolandaGuindani, o Sindicato agradecea todos os Colegas que se mobilizam neste momento-chave.

Assdio moral poder serenquadrado como ato deimprobidade administrativa o que prev o PLS n. 121/09,de autoria do senador Incio Arruda (PCdoB-CE), aprovado emdeciso terminativa no SenadoFederal no dia 5 de novembroltimo, informa a Agncia Diap:Substitutivo elaborado pelo relator, senador Pedro Taques (PDT-MT),acrescenta Lei de Improbidade Administrativa (Lei n. 8.429/92) maisuma hiptese de conduta contrriaaos princpios do servio pblico.Deciso do Superior Tribunal deJustia (STJ) reconhecendo assdiomoral de um ex-prefeito contraservidora municipal como ato deimprobidade administrativa incentivou Taques a recomendar seu enquadramento na Lei n. 8.429/92.

O assdio moral uma prticaexecrvel, que deve ser extirpadadas relaes de subordinao empregatcia, ainda mais no serviopblico, onde o Estado o empregador e o bem comum semprea finalidade, sustentou Taques.A definio dada condutano projeto acabou sendo mantida no substitutivo: coao moralrealizada por autoridade pblica contra seu subordinado, pormeio de atos ou expresses queafetem sua dignidade ou imposio de condies de trabalhohumilhantes ou degradantes.O texto ser examinado pelaCmara dos Deputados sob o nmero de PL 8.178/14.Janeiro 2015

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P ara

Ler

Imunidade religiosanas atividades deradiodifusoEste o tema em discusso nolivro de autoria do Procuradorda Fazenda Jackson Urquiza daCosta e Silva, editado pela NossaLivraria Editora.Na obra, o autor apresentaanlise dos critrios doutrinriosinformadores da imunidadereligiosa e tambm da jurisprudncia do STF, firmada no RE325.822.O RE citado est em julgamento e provocou adiviso da Suprema Corte, o que talvez seja umreflexo da diviso verificada na doutrina ptria, compelos menos trs correntes formadas por grandesjuristas.Segundo o autor, a discusso sobre o alcance daimunidade religiosa ganha relevo nos dias atuais pelautilizao cada vez maior de atividades religiosas emprogramas de redes de rdio e televiso.

Coisa Julgada TributriaObra da Editora Juru temorigem na dissertao de mestrado do Procurador da Fazenda Nacional Anderson RicardoGomes. O ttulo completo dolivro : Coisa Julgada Tributria: cessao da eficcia e asrepercusses das decises doSTF luz do princpio da livreconcorrncia.Segundo o autor, a pesquisa tem por objetivo analisar as repercusses das decises doSupremo Tribunal Federal, em exame deconstitucionalidade jurdico-tributria, diantedas anteriores decises judiciais transitadas emjulgado, fundamentadas na mesma questode direito, mas decididas em sentido diversodo adotado pela Corte Constitucional comjulgamento de constitucionalidade, em decisodotada de eficcia vinculante.O livro pode ser adquirido pelo site da editora:www.jurua.com.br.

O Parcelamento de Inscries em Dvida Ativa da UnioEm livro da Editora Verbo Jurdico, a PFNMaria Cludia Taborda Masiero aborda oParcelamento de Inscries em Dvida Ativa daUnio Administrado pela Procuradoria-Geralda Fazenda Nacional.A obra resultado de uma pesquisasria e autntica que aborda, com umaviso crtica e opinativa, os mais relevantese polmicos aspectos dos parcelamentosexistentes na legislao nacional, fazendo, inclusive, uma incurso histrica em torno dotema. Vale destacar, alm disso, que o trabalhofaz um excelente registro da jurisprudncia e dou-

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trina a respeito dos pontos enfrentados.Da legislao existente poca do Imprio, passando, dentre outros parcelamentosespeciais, pelo REFIS, e finalizando com osparcelamentos previstos na Lei n. 12.865/13,a autora proporciona ao leitor um conhecimento sistemtico do parcelamento, esmiuando, luz do Princpio da Legalidade, osrequisitos e pressupostos para a sua concesso e manuteno.Maria Cludia Masiero conseguiu transpor para opapel toda a sua experincia e dedicao administrao da Dvida Ativa da Unio.

P olitica

No novidade para ningum que h um grandenmero de propostas sobre o tema tramitandonas duas Casas legislativas

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as que este nmero estprximo de 400, certamentepouca gente sabe. E se dissermos que alguns projetos estoh 15 anos aguardando parecernas comisses para seguirem tramitando? So nmeros levantadospor reportagem do jornal CorreioBraziliense em abril do ano passado. A j famosa morosidade doCongresso Nacional para aprovarleis de interesse da populao muito mais grave quando se falaem combate corrupo.As manifestaes populares dejunho de 2013 contra a corrupoderam a falsa impresso de queessa realidade mudaria. Deputadose senadores, pressionados pelasruas, comprometeram-se a votar umpacote de leis contra a corrupo.No entanto, pouco se fez. Exemplosda morosidade no faltam. de2004 o PL n. 3.760, que classifica como crime hediondo os atospraticados contra a administraopblica. O projeto passou por todasas comisses temticas e h mais deoito anosencontra-se na fila paravotao. A PEC n. 192, de 2007,est pronta para ser votada desdejunho de 2011. A proposta obriga oenvio semestral ao Conselho Nacional de Justia (CNJ), pelos juzes detodo o pas, de relatrios acerca doandamento de processos relativos aimprobidade administrativa.Outra proposta que trata domesmo tema improbidade admi-

nistrativa a PEC n. 422/2005,que determina a criao de varasespecializadas para julgar esse tipode crime. Aprovada em comisso,est pronta para ser votada desdeo ano de 2010.O presidente da Frente Parlamentar de Combate Corrupo,deputado Francisco Praciano, do PTdo Amazonas, o retrato da desesperana. Em entrevista ao CorreioBraziliense sobre o tema, Pracianoafirmou que, analisando o perfil daCasa, tem absoluta certeza de quea pauta combate corrupo nointeressa ao Congresso Nacional.De cada cinco deputados federais,um responde a processo na Justia., finalizou.

Lei Anticorrupocompleta um anoMas no por falta de lei que opas tanto sofre com a corrupo.O fim de janeiro marcou um anoda entrada em vigor de uma das

mais importantes leis contra esseproblema j promulgadas no Brasil. A chamada Lei AnticorrupoEmpresarial, de n. 12.846/2013,regulamenta e disciplina a atividadeanticorrupo das empresas. umpasso importante, mas, observa-se,no de lei que o pas carece quando se fala em combater a corrupo.Segundo o ex-ministro do STJAyres Brito, a prpria ConstituioFederal j traz instrumentos legaiscom essa finalidade. A nossa Constituio normativamente a maisaparelhada do mundo no combate corrupo, a mais preocupadacom probidade administrativa,afirmou Agncia Cmara, citandoa possibilidade de os cidados proporem ao popular para defendera moralidade administrativa (art.5., inciso 73) e a possibilidade deinterveno federal nos Estados quedescumprirem os princpios republicanos, entre eles a prestao de contas na administrao (artigo 34). nJaneiro 2015

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A utonomia

da Advocacia Publica

Apesar de haver unidade em torno da matria, com apoiossuprapartidrios, pauta travada pela LDO impediu a votaoda proposta antes do recesso parlamentar

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SINPROFAZ inicia o ano de2015 com a expectativa dever finalmente aprovadano plenrio da Cmara dos Deputados a Proposta de Emenda Constituio que confere autonomiae prerrogativas Advocacia Pblicanas trs esferas federal, estadual emunicipal. Durante todo o ano quepassou, o Movimento Nacional pelaAdvocacia Pblica promoveu intensamobilizao no Congresso Nacionalem busca de apoios aprovao damatria, trabalho que contou como imprescindvel apoio dos PFNsnas bases.A proposta chegou a entrar naordem do dia do plenrio da Cma-

ra no incio de dezembro, porm avotao esbarrou em uma agendaparlamentar bloqueada pela Lei deDiretrizes Oramentrias. Contudo, esse percalo no diminuiu onimo dos dirigentes sindicais, quemantiveram o trabalho parlamentardurante o recesso legislativo, a fimde consolidar os apoios firmados nalegislatura passada.No h dvida de que j foi conquistada uma grande adeso PEC82/2007. Isso facilitar bastante aabordagem aos novos parlamentares da atual legislatura. Dessaforma, continua sendo fundamentala atuao do SINPROFAZ e demaisentidades da Advocacia Pblica

federal na Cmara dos Deputados,assim como o trabalho de convencimento que vem sendo feito pordirigentes e integrantes da Carreiranos Estados.Vale a pena relembrar que o projeto do novo CPC, com a inclusodos honorrios sucumbenciais aosAdvogados Pblicos, foi aprovadono plenrio da Cmara logo no incio de 2014. A histria pode, sim, serepetir em 2015, com o registro demais uma vitria para a AdvocaciaPblica do Brasil.Confira a seguir alguns momentos da luta pela aprovao daPEC 82/2007 nos ltimos mesesde 2014.

Planto na presidncia da Cmara para garantir a votao da PEC da Probidade32 Janeiro 2015

Alm dos representantes das entidades sindicais e associativas,mais de 300 Advogados Pblicos apoiaram a mobilizao

Deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) recebe dirigentes da Advocacia Pblica (12 de novembro)18 de novembro: SINPROFAZ edemais entidades da AdvocaciaPblica renem-se com older do governo, deputadoHenrique Fontana (PT-RS),para construo de acordo emtorno da votao da PEC daProbidade. Participam tambmdo encontro o vice-presidentedo Conselho Federal da OAB,Cludio Lamachia, o presidenteda Frente Parlamentar Mista emDefesa da Advocacia Pblica,deputado Fbio Trad (PMDBMS), e os deputados AlexCanziani (PTB-PR), vice-lderdo governo, e Joo Campos(PDSB-GO), vice-lderdo PSDB

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A utonomia

da Advocacia Publica

Presidente do SINPROFAZ, Herclio Camargo, e demais dirigentes da Advocacia Pblica estiveram com o ministroda SRI, Ricardo Berzoini, para discutir a PEC 82/2007. Tambm participou da audincia o deputado estadualAlexandre Csar (PT-MT). Mais uma ao do Movimento Nacional pela Advocacia Pblica com vistas a alcanarum slido consenso em torno da PEC 82

O dia 25 de novembro foi marcado por nova mobilizao do MNAP na Cmara Federal,conquistando a adeso de mais parlamentares de todos os partidos matria

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Na primeira semana dedezembro, o presidente doSINPROFAZ e outros dirigentesda Advocacia Pblica mantiveramas gestes na Cmara paraconsolidar apoios PEC daProbidade, imprescindvel parao fortalecimento do Estadobrasileiro e da gesto pblica

O deputado federal PauloHenry (PMDB-PE) recebeurepresentantes do SINPROFAZ,Unafe, Anauni e Anpaf, nodia 5 de dezembro. O Sindicatofoi representado na reuniopelo diretor Joo Paulo CordeiroCavalcanti. Os AdvogadosPblicos Federais detalharam aimportncia da PEC 82/2007para o Estado Brasileiro,especialmentevisando ao fortalecimentoda gesto pblica

Procuradores da Fazenda Nacional e outros Colegas Advogados Pblicos que atuam em Juiz de Fora, MG,tambm se mobilizaram pela aprovao da PEC 82/2007Janeiro 2015

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A utonomia

da Advocacia Publica

O diretor administrativo do SINPROFAZ,Achilles Frias, buscou o apoio deparlamentares do Estado de Santa Catarina,como os deputados reeleitos Jorginho Mello,do PR (fotos acima), Joo Rodrigues (PSD, fotoao lado) e Espiridio Amin (PP, fotos abaixo),acompanhado de Advogados da Unio,Procuradores Federais e de Procuradora doEstado. Diretores e delegados do SINPROFAZem outros Estados tambm se empenharamem obter o apoio de parlamentes PEC daProbidade. Cabe ainda destacar a iniciativade Colegas que se deslocaram de Manaus atBraslia, nos dias 25 e 26 de novembro, paraajudar na mobilizao. Para isso, utilizaramrecursos do fundo de reserva dos aprovadosno concurso mais recente da PGFN

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Em manifesto divulgado no ltimo dia 2 de dezembro, o Plenrio do Conselho Federal da OAB apresentou sociedade brasileira um Plano de Combate Corrupo contendo vrios pontos. Um deles refere-se valorizao da Advocacia Pblica, como instituiode Estado e no de governo, notadamente nas reasde assessoria e consultoria jurdicas, constituindo umimportantssimo e efetivo instrumento de controle preventivo de desvios e ilcitos das mais variadas naturezasno mbito da Administrao Pblica, conferindo-lheautonomia administrativa e financeira para o regularexerccio de suas funes.

Entre as propostas do Plano de Combate Corrupotambm merecem destaque: a regulamentao da Lein. 12.846, de 2013, denominada Lei Anticorrupo,que pune as empresas corruptoras; o fim do financiamento empresarial em candidatos e partidos polticos,bem como o estabelecimento de limites para contribuies de pessoas fsicas; a criminalizao do Caixa 2 decampanha eleitoral; a aplicao da Lei Complementar135, denominada Lei da Ficha Limpa, para todos oscargos pblicos; e a reduo drstica dos cargos de livrenomeao no servio pblico, priorizando os servidoresde carreira e concursados. n

Cordel: estrutura e carreiraspara uma nao mais forteDurante o Dia Nacional de Paralisao da AdvocaciaPblica, em novembro ltimo, o deputado Paulo RubemSantiago (PDT-PE) brindou a Carreira com um cordel emapoio ao pleito da autonomia. Em nome de todos osPFNs, o SINPROFAZ agradece publicamente a homenagem do deputado-estadista, um dos parlamentaresmais engajados com as pautas da Advocacia Pblicano Brasil.

O pas com qual eu sonhoAinda falta construirNo basta s eleioMuito mais ainda h por virUm estado democrticoOrganizado e capazTem estrutura e carreirasS assim ele satisfazQuando fraco refmDo crime da corrupoSe agacha para os poderososTorna impotente a naoPara isso temos respostaEst claro, tem que avanarA Advocacia PblicaEst aqui para conquistarT com a PEC 82, agorae no pra depoisVamos juntos aprovarO Congresso NacionalFunciona na presso o povo forte nas ruasQue faz de fato a nao.Paulo Rubem Santiago

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S ubsidio

SINPROFAZ continuar atuando para aprovar, no Plenrio daCmara, a proposta que aproxima a remunerao dos integrantesda Carreira dos ministros do STF

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um esforo deliberativo antesdo recesso parlamentar dofim de 2014, os integrantesda Comisso Especial da PEC n.443/09 aprovaram, no dia 10 dedezembro (fotos), o relatrio favorvel do deputado Mauro Benevides(PMDB-CE). O presidente da Comisso Especial, deputado Jos Mentor(PT-SP), cumpriu o que dissera aopresidente do SINPROFAZ, Herclio Camargo, uma semana antes,quando afianou que o colegiadovoltaria a se reunir antes do recessode fim de ano.De autoria do deputado Bonifcio de Andrada (PSDB-MG), a PECn. 443/09 estabelece que omaior subsdiodas Carreirasda Advocacia-Geral daUnio (AGU)e das Procuradorias dosEstados e doDistrito Federal equivalera 90,25% dosubsdio dosministros doSupremo Tribunal Federal(STF). Recentemente, a presidenta Dilma sancionou a lei que estabelece em deR$ 33,7 mil o valor do subsdio dosministros do STF em 2015.A aprovao do relatrio oresultado de um intenso trabalhojunto aos parlamentares, no sdo SINPROFAZ, mas tambm dasdemais entidades que representamas Carreiras da Advocacia Pblica.O trabalho, contudo, est longe38 Janeiro 2015

efetivamente ser promulgada peloCongresso Nacional.

de terminar. A PEC n. 443/09,aps a aprovao de seu relatrio, tem ainda um longo caminhoa percorrer at que possa surtirseus efeitos na prtica. Assim, aluta das entidades continuar, edever se intensificar, neste anode 2015, para que a proposta sejalevada votao no plenrio daCmara dos Deputados, aprovadae cumpra todos os trmites at

Teor da PECO subsdio do grau ou nvel mximo das carreiras da Advocacia-Geral da Unio, das Procuradoriasdos Estados e do Distrito Federalcorresponder a noventa inteiros evinte e cinco centsimos por centodo subsdio mensal fixado paraos Ministros do Supremo TribunalFederal, e os subsdios dos demaisintegrantes das respectivas categorias da estrutura da AdvocaciaPblica sero fixados em lei eescalonados, no podendo a diferena entre um e outro ser superiora dez por centro ou inferior a cincopor cento, nem exceder a noventainteiros e vinte e cinco centsimospor cento do subsdio mensal fixado para os Ministros do SupremoTribunal Federal, obedecido, emqualquer caso, o disposto nos artigos 37, XI, e 39, 4.. n

E leicao

SINPROFAZ 2015

DISPOSIES GERAIS1. Este ato tem por objetivo regulamentar as eleiespara a diretoria do SINPROFAZ, cujo processo eleitoralser aberto pela prxima Assembleia Geral Ordinria(artigo 61, I, do Estatuto).2. Os representantes de chapa e os candidatos poderoapresentar Junta de Julgamento dvidas, sugestes eimpugnaes, no decorrer do processo eleitoral, as quaissero objeto de resposta, no prazo mximo de cinco diasteis, a contar da respectiva protocolizao perante aquelergo ou do envio de mensagem eletrnica AO ENDEREOELETRNICO DOS MEMBROS DA JUNTA: [email protected],[email protected], [email protected]. A competncia para disciplinar o processo eleitoralcompreende o poder de fixar prazos no previstos noEstatuto, bem como o de resolver e regulamentar todosos casos omissos que se verifiquem quanto matria.DO REGISTRO DAS CHAPAS4. Podero se candidatar aos cargos todos os filiadosquites com suas obrigaes sindicais e no pleno gozo deseus direitos civis e sindicais, e com pelo menos um anode filiao ao SINPROFAZ.4.1. No se aplica o disposto no caput, in-fine (pelomenos um ano de filiao), aos que ingressarem naCarreira a menos de 1 (um) ano das eleies;4.2. A reeleio para o mesmo cargo no perodosubsequente permitida por apenas uma vez.4.3. O filiado que vier a ser destitudo de qualquercargo em rgo do SINPROFAZ ficar inelegvel pordois anos.5. Nenhuma chapa concorrente Diretoria do Sindicato poder habilitar-se sem que dela constem candidatos domiciliados em pelo menos 3 (trs) Unidades daFederao.6. O registro das chapas concorrentes aos cargos dadiretoria dever ser feito at o ultimo dia til do ms deabril perante a Junta de Julgamento.6.1. O requerimento de registro de chapa deve serapresentado Secretaria do SINPROFAZ, por protocolo, e por mensagem eletrnica para o endereo dosmembros da JUNTA (item 02), contendo a assinaturados 15 (quinze) integrantes, alm das seguintes informaes: a) nome completo dos candidatos; b) SIAPE;c) rgo de lotao na PGFN; d) respectivo cargo pretendido ou a condio de suplente (art. 19, do Estatutodo SINPROFAZ).6.2. facultado o registro da chapa por meio eletrnico, com mensagem enviada ao endereo dos membrosda JUNTA (item 02), at o dia 30/04/2015, condicionando-se a validade do pedido de registro entrega do

requerimento, em meio fsico a ser protocolado junto Secretaria do SINPROFAZ, at o dia 07/05/2015.7. Nos primeiros cinco dias teis do ms de maio, aJunta de Julgamento far divulgar aos filiados as chapasconcorrentes aos cargos da Diretoria, exclusivamente pormeio eletrnico.8. Em data a ser divulgada pela Junta de Julgamento,ser realizado sorteio da ordem das chapas inscritas nacdula de votao, podendo as chapas enviar representantes para acompanhamento do sorteio.DAS ELEIES9. Todos os membros da Diretoria sero eleitos pelovoto direto dos filiados, iniciando-se os respectivos mandatos no dia 1 de Julho.10. O exerccio de cargos no SINPROFAZ incompatvel com o exerccio de cargo em comisso na Administrao Pblica.11. Os membros da Diretoria sero eleitos pelo votosecreto dos filiados, sendo vedado o voto por procurao.12. Cada chapa poder indicar um representantepara acompanhar os trabalhos da Junta de Julgamentoe um fiscal para cada urna.13. Haver urna receptora em todas as unidades ondehouver mais de 5 (cinco) filiados.13.1. Nas unidades com at 5 (cinco) filiados o votopoder ser realizado perante a urna ou por correspondncia.13.2. O voto poder ser exercido pelo filiado emqualquer unidade com urna receptora, mesmo que alino esteja lotado, mediante identificao, comprovaoda qualidade de filiado e assinatura na lista de votao.13.3. No caso de dvidas acerca da qualidade defiliado do votante, poder ser consultada a lista respectivano site do SINPROFAZ.13.4. Nas unidades onde houver at cinco filiados,a votao se dar exclusivamente por correspondncia,devendo as cdulas ser enviadas Sede do SINPROFAZ,na forma do item 15 e subitens.13.5. A cdula de votao, rubricada pelos membrosda Junta de Julgamento, ser enviada, com o mnimode dez dias de antecedncia do pleito, ao endereo dosfiliados cadastrados perante o Sinprofaz.13.6. Para atender ao disposto no item 13.2, sero enviadas a cada unidade, de forma proporcional ao nmerode filiados votantes, algumas cdulas sobressalentes.13.7. Na hiptese de as cdulas sobressalentes mencionadas no item 13.6 no serem suficientes para atendera quantidade de sindicalizados que se apresentarempara a votao, a Comisso Local deve autorizar o voto,atendendo-se os seguintes requisitos:

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SINPROFAZ 2015

I A cdula deve ser a do modelo adotado para opleito e deve ser obtida junto Secretaria do SINPROFAZ,pelo e-mail [email protected], que pode sercontatada pelo telefone (61) 3964.1218;II A cdula nova (sem a rubrica dos membros daJunta de Julgamento) deve ser fornecida, no momento davotao, individualmente e exclusivamente na hipteseexcepcional de o votante no possuir cdula rubricadapelos integrantes da Junta e no mais restar cdulassobressalentes rubricadas pela Junta;III A cdula nova deve conter, em seu verso, assinatura dos membros da Comisso Local;IV O voto por meio de cdula nova deve ser registrado na ata da votao, devendo a Comisso Local informar, especificamente, a quantidade de votos realizadoscom cdulas novas;V A aceitao do voto, por meio de cdula nova, condicionada s providncias do item 13.2 (identificao,comprovao da qualidade de filiado e assinatura nalista de votao), exigindo-se, ainda, a apresentao dedocumento com foto do sindicalizado que votar nestascondies.13.8. No sero aceitas cdulas novas nos votos porcorrespondncia, que se daro, exclusivamente, pelouso das cdulas rubricadas pelos integrantes da Juntade Julgamento e de acordo com as regras dos itens 15e seguintes.14. Nas unidades onde houver urna receptora poderser nomeada pela Junta de Julgamento uma ComissoLocal, encarregada da realizao do pleito e da apuraodo respectivo resultado.14.1. A Comisso Local ser composta pelo DelegadoSindical e por mais dois filiados indicados, cada um, poruma das chapas concorrentes.14.2. Na hiptese de no existir Delegado Sindical naunidade e/ou no houver indicao por parte das chapas,a Comisso Local ser composta, a ttulo de auxlio, peloChefe da Unidade e seu Substituto imediato ou, em ltimocaso por quaisquer filiados indicados pelo SINPROFAZ.14.3. O filiado candidato no presente pleito no poder participar da Comisso Local.14.4. Ser encaminhada Comisso Local ou, nasua ausncia, ao Chefe da Unidade onde houver urnareceptora, cpia do presente edital, um modelo de atade apurao dos votos, lista de filiados naquela unidade e algumas cdulas sobressalentes, para atender aodisposto no item 13.2.14.5. A comisso Local lavrar ata da eleio e dorespectivo resultado, enviando-a, juntamente com ascdulas e a lista de votao, em envelope lacrado eassinado, Junta de Julgamento, at o segundo dia tilposterior eleio.14.6. A Comisso Local dever, uma vez apurados osvotos, encaminhar o resultado para a Lista do SINPROFAZe para o e-mail de todos os membros da Junta de Julga-

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mento adiante transcritos: [email protected] , [email protected] , [email protected] , at ofinal do dia do pleito.15. Nas unidades em que houver at cinco filiados,a votao se dar exclusivamente por correspondncia,devendo as cdulas ser enviadas Sede do SINPROFAZ,sob a responsabilidade da Junta de Julgamento.15.1. O voto por correspondncia, nos termos do itemanterior e do item 13.1, dever ser feito em dois envelopes: um externo, com a identificao e assinatura dofiliado; um interno, sem identificao, contendo a cdula.15.2. facultado o envio, em conjunto, de votos porcorrespondncia, desde que observadas as regras ositens anteriores.15.3. O voto por correspondncia dever ser postado nos Correios, aos cuidados da Junta de Julgamentoe endereado ao SINPROFAZ, at o dia do pleito, sobpena de invalidao.15.4. O filiado que votar por correspondncia deverencaminhar uma mensagem para os membros da Juntade Julgamento, nos endereos eletrnicos indicados noitem 14.6, informando essa situao, at o dia do pleito.16. Recebidos as atas das eleies, envaidas pelasComisses Locais, e os votos enviados por correspondncia, a Junta de Julgamento promover a abertura dosenvelopes, em data previamente divulgada, podendo aschapas concorrentes enviar representantes para acompanhar a apurao.16.1. Aps a apurao dos votos, o Presidente daJunta de Julgamento proclamar o resultado da eleioe, lavrada a respectivas ata, em caminhar cpia damesma aos Delegados Sindicais, dando-se cincia atodos os filiados por meio eletrnico.17. Ser eleita a chapa que obtiver o maior nmerode votos.17.1. Em caso de empate, ser realizado segundoturno entre as chapas mais votadas, no prazo de quarentae cinco dias, devendo a respectiva data ser comunicadaaos filiados com antecedncia mnima de dez dias.18. As chapas concorrentes prestaro contas dosgastos da campanha Junta de Julgamento at quinze(15) dias aps a proclamao do resultado da eleio.Braslia, 12 de dezembro de 2014.Manolo Aurlio Bedin KellerTitular - [email protected] da Junta de JulgamentoRodrigo de Andrade Maranho FernandesTitular - [email protected] da Junta de JulgamentoOsvaldo Antnio de LimaTitular - [email protected] da Junta de Julgamento

C ampanha

Nacional da Justica Fiscal

Um dos finalistas na categoria Instituies, o Sindicato recebeucertificado pelo terceiro lugar na premiao, em que disputou com aferramenta Sonegmetro

A

solenidade de premiao ocorreu no ltimodia 18 de novembro,com a presena do presidente do SINPROFAZ, HerclioCamargo, e do ex-presidenteAllan Titonelli. O prmio uma parceria da Febrafite(entidade nacional que representa os auditores fiscaisestaduais) com a Escola deAdministrao Fazendria(Esaf) e visa a promover a discusso sobre a importncia socialdos tributos e o acompanhamentodos gastos pblicos do Brasil.

Acervo Febrafite

Para o presidente da Febrafite, Roberto Kupski, o prmio de extremaimportncia para difundir o ensino

Aberje tambm premioucampanha do SonegmetroEm 30 de outubro ltimo, oSINPROFAZ recebeu o prmioda Aberje (Associao Brasileirade Comunicao Empresarial)pelo sucesso da campanha doSonegmetro.O case do Sindicato venceua etapa regional, competindocom campanhas de Minas Gerais e de todo o Centro-Oeste.Na apresentao do dia 30,em So Paulo, o case do SINPROFAZ entrou na disputanacional, concorrendo com marcas nacionais como Vale,Coelba, AVG Brasil e Federao das Indstrias do Estadodo Paran, em premiao ocorrida no dia 27 de novembro.A estratgia de comunicao integrada da Campanha permitiu maior aproximao da Carreira de PFNcom os diversos pblicos da sociedade brasileira. Comas diversas aes por todo o pas e por meio das redessociais, questes relacionadas educao fiscal, justiafiscal, reforma tributria e combate sonegao cadavez mais apresentam os Procuradores da Fazenda comoprotagonistas, ressaltando a relevncia social do trabalhodesses profissionais e, consequentemente, a necessidadede reestruturao da Carreira.

sobre tributos no pas, alm deconscientizar os cidados para ofato de que pagar impostos no uma punio, mas um investimento social: O prmio se consolidanesta terceira edio. Sem dvida, um estmulo conscincia tributria. Precisamos acabar comessa ojeriza de pagar impostos,pois o Estado no existe sem tributo, disse Kupski, na aberturada solenidade.Em 2013, a Campanha Nacional da Justia Fiscal tambm foicertificada em virtude do aplicativoNa Real.

Impostos devem serdiscriminados em nota fiscalEst valendo desde o dia 1. de janeiro a obrigaoprevista na Lei n. 12.741, de 2012, que deveria terentrado em vigor em junho de 2013, porm foi adiadaa pedido do setor empresarial.Sero penalizados os estabelecimentos comerciaisque no discriminarem na nota fiscal ou em local visvelos impostos que incidem sobre o preo dos produtos eservios comercializados. O consumidor final deve ter ainformao dos tributos em termos percentuais ou emvalores aproximados. Alm disso, a nota deve informara carga tributria incidente por ente tributante, ou seja,federal, estadual e municipal.Entre os impostos que devem constar esto o Imposto sobre Circulao de Mercadorias e Servios (ICMS),Imposto sobre Servios (ISS), o Imposto sobre ProdutoIndustrializado (IPI) e a Contribuio para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).A regulamentao facultativa para os microempreendedores individuais. As microempresas e empresas depequeno porte podem informar apenas a alquota em queesto enquadradas no Simples Nacional. Empresas de portemdio e grande tm a obrigao de detalhar os impostosem valores absolutos ou percentuais, por entes tributantes.(Com informaes da Agncia Brasil)

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A rtigo

Direito e Tecnologia da Informao no cenrio internacionale o desafio da independncia tcnica: Liberdadede Expresso X Censura

Hugo Hoeschl

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ecebi com muita satisfaoo convite para relatar anossa participao no JURIX14 e apresentar este texto naRevista Justia Fiscal, um dosmais independentes e qualificadosveculos tcnicos em termos deinformao jurdica do Brasil nomomento.O eventoO JURIX 2014 a 27th International Conference on Legal Knowledge and Information Systems(27. Conferncia Internacionalem Conhecimento Jurdico e Sistemas de Informao).Seu objetivo reunir anualmente os principais pesquisadores internacionais da reade informtica e direito, o quevem acontecendo h 27 anos.Sua principal caracterstica a

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Auditorium Maximum, local onde foram realizadas as atividades

interatividade multidisciplinar,a fim de que pesquisadores dereas diferentes possam realizar

intercmbio de experincias econcluses tcnico-cientficasentre si.

A edio de 2014 foi sediadana cidade de Cracvia, Polnia, econtou com a presena de aproximadamente 150 Doutores ePhDs na rea. Tradicionalmente,o JURIX escolhe locais que contmperfil histrico paradigmtico,com a finalidade de maximizar opotencial das reunies, e Cracviacumpriu corretamente esse papel.Assim foi em 2004, por exemplo,na universidade de Edimburgo, naqual Charles Darwin pesquisou elecionou, e agora em Cracvia,bero das pesquisas de Coprnico,que aconteceram na JagiellonianUniversity (uma das mais antigasdo mundo, fundada em 1364),mesmo local da conferncia JURIX.CracviaO local no poderia ser maisadequado. A cidade tem importantes landmarks histricos. Almda teoria do Sistema Solar (Coprnico), tambm a cidade deKarol Wojtyla (Papa Joo PauloII), e tambm o polo industrialmais prximo do campo de Auschwitz. Essas referncias impactamconstantemente no cotidiano dacidade, e acabam por influenciar opensamento e a produo culturale intelectual.Coprnico (que alm de astrnomo tambm era jurista), balanou as estruturas do pensamentohumano ento vigente ao afirmarque o planeta Terra no era ocentro do universo, apresentandoa teoria sobre o movimento orbitale o sistema solar (e em especialo seu fundamento matemtico).Muitos pesquisadores contemporneos apontam as trs maioresdescobertas da histria cientficacomo sendo de Coprnico, Darwine Freud.Por outro lado, Joo Paulo II,chamado de Papa dos Papas daera moderna, empenhou esforos

Sala de sesses, Coprnico ao fundo

profundos no convvio ecumnicoe na queda da cortina de ferro.Poucas vezes um Papa foi acampo com atuao poltica tointensa.

Jagiellonian University

Esttua de Joo Paulo IIno Castelo Wawel

Esttua de Coprnico na entradada Universidade, com a merecidahomenagem

De fato, caminhando pelas ruasde Cracvia, possvel entenderas suas motivaes, pois nenhumtipo de convico poltica, pormais nobre que seja (como o Socialismo o ) justifica um monumento ignorncia do tamanhoda cortina de ferro. Ali estava umJaneiro 2015

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povo que, aps intensos conflitos e disputas territoriais, se viumutilado pela I Guerra, invadidopela loucura do nazismo e depoisdominado pelos horrores do stalinismo.Em paralelo a tudo isso, surge aimagem da controversa figura deOscar Schindler (do filme A listade Schindler, filmado em Cracvia), que arriscou a vida parasalvar prisioneiros dos campos deconcentrao.

ciganos, portadores de deficincia,minorias e aqueles que contestavamo regime). Tudo por l est praticamente intacto hoje.

Crematrios

Parte interna do campode extermnio

Fbrica de Oscar SchindlerAs sombras do campo de Auschwitz esto por todos os cantos,silenciosamente, tanto do perodonazista quanto stalinista.

Entrada do campo de Auschwitz

A visita ao local transborda informaes que no circulam na mdiade massa. No nazismo, Auschwitzera a matriz dos campos de extermnio, nos quais os diferentese contrrios eram segregadose eliminados (em especial judeus,44 Janeiro 2015

Os arames das cercas sequeresto enferrujados, e os barraces de madeira so originais. possvel entrar nas cmarasde gs e nos fornos crematrios(de arrepiar), uma visita quemodifica a vida de qualquer pessoa. Veja, por exemplo, que osguardas iam dormir geralmentebbados, e, no raro, tentavamapagar as luzes com tiros depistola, para no precisar sairda cama. O resto voc podeimaginar por conta prpria. Noperodo stalinista os fornos e crematrios foram desativados, maso campo continuou a ser utilizadocontra prisioneiros de guerra econtrrios ao regime, ainda commuitas barbries, embora menosconhecidas nesse perodo.Na volta da visita, as pessoasexplicam a razo pela qual ocampo se mantm aberto para visitao (sempre lotado, e ningumfala uma palavra, um silncioabsoluto): Aqueles que no conhecem o seu passado esto fadadosa repeti-lo. Uma frase gravada emum dos painis.

De fato, um grande alerta parao perigo das hegemonias, asquais, no raro, perdem a perspectiva de racionalidade histricadiante do deslumbramento dopoder momentneo.

Homenagem s vtimas

Modelo de participao no JURIXH alguns anos temos umtrabalho de pesquisa, eventualmente associado Universidade,o qual tem por objetivo estudara aplicao de novas tecnologias na rea jurdica, mais especificamente na aplicao deinteligncia artificial, engenhariasemntica e ontologias comoinstrumento de otimizao darepresentao do conhecimentoe na posterior busca, reconhecimento e recuperao de textos econceitos. Esse trabalho feitoem acumulao de jornada,geralmente aproveitando frias,feriados, fins de semana, como

foi o caso do JURIX (frias), noqual, apesar das fortes dores nacoluna, valeu o sacrifcio paraparticipar. Um dia quem sabetenhamos dentro do oficialismouma preocupao maior com oaproveitamento tcnico e independente desse tipo de atividade pelas estruturas formais, aocontrrio da estigmatizao quese promove atualmente, em quesomente os trabalhos alinhados gozam de reconhecimentomeritrio, cabendo aos demaisos rigores da lei.

Trabalho 1: Engenharia Semnticae Ontologias JurdicasA nossa pesquisa, intituladaUsing crowsourcing games techniques and similarity metrics toimprove legal ontologies expansion, foi avaliada pelo comitcientfico do JURIX e selecionadapara publicao nos procee-

dings e apresentao in loco.A pesquisa trata da forma deidentificao de conceitos dentro deconjuntos de ideias, na linha do quehoje est sendo chamado de websemntica, ou web 3.0, e, emboraoriginalmente pensada para textosde cunho jurdico, pode ser aplicadaem qualquer corpus textual.

Preparando para as apresentaes,junto com as Doutoras Tnia Buenoe Karina Roggia, coautoras dotrabalho sobre ontologias

Em nossa participao foramapresentados dois trabalhos: Engenharia Semntica e MatemticaAnti-Fraudes.

Reflexes finais; ao fundo,Coprnico

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Trabalho 2: Aplicao da Lei(matemtica) de NewcombBenford nas eleies brasileirasLevamos na bagagem umacoleo de dados sobre a eleiobrasileira de 2014, ainda emformato preliminar, para estudoscomparativos com a eleio internacional via telefone celular queorganizamos anteriormente (1 e2). Como o prazo de avaliao dostrabalhos do Jurix se encerrou antes da realizao da eleio, noera possvel a submisso integraldo trabalho para a edio 2014.Ocorre que l chegando, e tomando contato com esses trs importantes landmarks (Coprnico,Wojtyla e Auschwitz), acabamosdecidindo por tabular e formataros dados em regime emergencial,para apresentar como um collocated work in progress.

Foto com o trabalhosobre as eleies

Resumindo o assunto, a Lei deNewcomb Benford LNB (umalei matemtica, e no jurdica) foiobtida por observao reiterada,e seu corolrio indica que existeuma proporcionalidade entre osnmeros que aparecem em umasrie histrica.

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Quando essa proporcionalidade quebrada, significa umapossvel inconsistncia nos dados,ou fraude. Na rea financeira ede lavagem de dinheiro, ela bastante utilizada pela Justia naEuropa e nos EUA, com alto nvelde eficincia.Alguns anos atrs, formulamosuma metodologia chamada Definio de um modelo conceitual dereferncia para o Laboratrio deproduo de informaes da estratgia nacional de combate lavagem de dinheiro e recuperaode ativos, em um projeto do MCTaproveitado pelo Ministrio daJustia, que o oficialismo recebeupraticamente de presente, quasesem remunerao ou ressarcimento de custos, considerando que oobjetivo era demonstrar o potencial de aplicao de ferramentastecnolgicas em investigao defraudes e resgate patrimonial. Essemodelo conceitual, e a consequente criao de vrios laboratrios decombate lavagem de dinheiro,rendeu muitos e muitos milhesao Estado brasileiro, na forma dedescoberta de fraudes e resgatede bens, alm de informaes e aconstruo de uma retrica investigativa e punitiva que promoveuagentes pblicos e polticos. Muitagente faturou em cima disso.Um dos elementos constantesdesse modelo conceitual o usode leis matemticas para sugerir aocorrncia de fraudes, como bemapontado por Carlos Osi (3): "Umapessoa desonesta tentando inventar nmeros que paream naturaisdificilmente consegue emular alei: a tendncia ou distribuir osdgitos ao acaso (o que gera umafrequncia uniforme de cerca de11,1% para todos, de 1 a 9) ouexagerar no uso do 9, para evitarmecanismos de deteco de fraude que s so ativados quando

um determinado valor redondo atingido: assim, em vez de seroubar R$ 2 milhes, roubam-seduas parcelas de R$ 999.999,99."Muito bem, como diz o ditado,Pau que bate em Chico, bate emFrancisco, e justo e correto queuma metodologia que funcionapara a afirmao do Estado tambm sirva para testar a legitimidadedos seus procedimentos. Assim opensamento cientfico. Resolvemos,ento, pesquisar a aplicao da LNBem extratos dos nmeros eleitoraisdo Brasil, e as concluses so alarmantes. Inicialmente, necessriodestacar que na eleio de 2010 foifeito o mesmo procedimento por umprofessor da UFSCar, e o resultadofoi normal. Olhando o grfico quesegue, voc pode perceber que existem duas linhas (azul e vermelha) equando esto coincidentes, significaque a frequncia est dentro danormalidade:

Ocorre que, ao se aplicar a LNBaos universos numricos da eleiode 2014, surgiram grficos comuma forte disparidade entre ascurvas com os dados reais (azul) ea curva da LNB (ideal, vermelha).Alguns exemplos esto nos grficosa seguir, de alguns Estados brasileiros (sem identificao geogrfica):

Os dados das amostragens de2014 denotam inconsistncias degrosso calibre. Grficos tortuosose soluantes como esses, se fossemaplicados em reas de investigaode fraude contbil e lavagem dedinheiro, certamente desencadeariam um processo intenso de verificao dos respectivos universosnumricos. Os dados agora estolanados para a comunidade acadmica internacional, a qual, lentamente e de modo independente, vaiconstruir anlises e estudos sobreo tema, com finalidade cientfica esem ardores de cunho poltico oudesejos de busca ou perpetuaode poder.

Explicando o trabalho sobreas eleies ao Prof. Dr. KevinAshley, Pittsburgh, ex-presidenteda Associao Internacional deInteligncia Artificial e Direito

Explicando o trabalho sobre aseleies ao Prof. Dr. GiovaniSartor, Bologna, que trabalhou naOperao Mos Limpas, na Itlia

Concluses e observaes:Liberdade de Expresso XCensuraO convvio com a comunidadecientfica internacional traz algumas lies importantes. Gradatividade. Naturalidade. Desapego.Equidistncia. Independncia.Diversidade de opinies. O riocorre naturalmente, e as concluses vo aparecendo, independentemente dos interessados deplanto.Traz-nos importantes alertaspara a modelagem dos contornosda sociedade brasileira, da comunidade jurdica e, em especial, daAdvocacia Pblica. A questo dorespeito s opinies contrrias,consagrada atravs da autonomiatcnica, em especial em parecerese manifestaes, uma pedrafundamental, verdadeira clusulaptrea. No por outra razo estconsagrada em Smulas da Advocacia (OAB) e em dispositivoslegais.Precisamos estar de olhos bemabertos. O Brasil j foi vtima dacensura em muitas oportunidades. Alguns ao menos admitemabertamente que a estavam praticando, mas outros, enrustidos,

e de modo covarde, rasteiro,sorrateiro, se escondem atrs defiscalizao de procedimentospara, com outras palavras, fazernascer a censura e tentar silenciar os pensamentos divergentes.Sempre com a desculpa dos procedimentos. verdadeiramentereducionista e primrio, quaseinfantil, o estratagema de camuflar a censura como auditagem.Ora, sabemos todos da tremendafragilidade estrutural, humana,informacional e sistmica atualmente vigentes, e quaisquer pessoas das quais sejam cobradas,enfaticamente, rotinas e procedimentos em funo de opiniesemitidas, estaro sendo vtimasde nefasto e indevido assdio.No por outra razo, oSINPROFAZ , corajosamente,vem denunciando, por meiodas vrias representaes ecomunicaes j encaminhadasa rgos competentes, o perigosofio da navalha dessa falta deestrutura colocada disposiodaqueles que esto na linha defrente das atividades de ponta.A perversidade dessa lgica gigantesca, e existem aquelesque parecem se deliciar com isso,pois o sistema oficial no provtodos os meios necessrios parao exerccio das atribuies legaise constitucionais, mas, em sentidocontrrio, est a postos paraverificar, sempre com estruturamaior do que aquela que oferece,criando essa eterna mquina deservilismo, onde reinam o medo,o comodismo, a covardia e afalta de atitude, e que no futurovai acabar gerando coisas como,por exemplo, o peticionamentopor nmeros (situao X,petio 21, situao Y, petionmero 37), o que significa amorte do pensamento jurdico, ea prtica irrestrita do adesismoJaneiro 2015

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s teses chapa-branca. Morrea Advocacia de Estado para quetriunfe a Advocacia dos Donosdo Poder. O resultado est a:Mensales e Petroles. Aquelesque estudaram direito para sesubmeter a isso, que faam bomproveito.E aqueles que pensarem diferente vo sofrer o peso da mode ferro dos sistemas unificadores e verificatrios, de preferncia contando com o apoio deeventuais golfinhos adestrados emacacos de auditrio que adoram o discurso vazio da perseguio atomista com fins alienatrios(4), provavelmente por ser a nicaperspectiva de realizao intelectual que lhes resta em termos deiderio.Isso no pode ser aceito pacificamente, e no se pode ficaresperando, de modo cordato,para ver quem vai ser a prximavitima, e sob qual justificativa deocasio. Desta forma, muitoimportante que o SINPROFAZ

passe a cogitar a possibilidadeda criao de ncleos de defesadas garantias profissionais, aexemplo do que j est fazendo a OAB (em nvel nacional eestadual), com as Comisses deDefesa de Prerrogativas.Felizmente,os exemplos histricos so muitos e abrangentes,pois ainda hoje estamos vendocriminosos de guerra serem capturados e punidos, muitos e muitosanos depois das barbaridades quepraticaram. Aqueles que glorificam o papel do capacho queadora abanar a cauda para ospoderosos, que fiquem tranquilos,pois seu lugar est reservado nobanco dos rus do mais poderosode todos os julgamentos: o daHistria. somente uma questode tempo at que as pessoas einstituies recobrem a plenaconscincia, como aconteceu nocaso dos srdidos nazistas. E osomissos? Como disse Maquiavel(5), aos omissos resta a perda dadignidade.

Auschwitz, o lugar ideal paranos lembrar a importncia docombate ao totalitarismo, ressaltando o expressivo alerta contidono Parecer AGU/GV 01/2007: Empocas anteriores, aqui e alhures, oprocedimento que aqui se impugna resultou no macartismo e noServio Nacional de Informaes[SNI], cujo poderio se construiuaos poucos, encorajando, de degrau em degrau, procedimentosque tiveram sua expresso maior emais monstruosa na denominadaGeheim State Polizei, cujas letrasiniciais formam a sigla temvel[GESTAPO], que uma advertncia permanente... em benefcio dalegalidade e da democracia. nHugo Csar Hoeschl Procuradorda Fazenda Nacional e foi Promotor deJustia. Presidiu o Centro de Informticae Automao de Santa Catarina (Ciasc)e a Associao Brasileira de Empresasde Processamento de Dados (Abep). especialista em Informtica Jurdica,Mestre em Filosofia do Direito, Doutor emInteligncia Aplicada e Ps-Doutor emGoverno Eletrnico

Referncias:(1) Brasileiros realizam primeira eleio digital.http://tecnologia.terra.com.br/brasileiros-realizam-1-eleicao-por-celulares-com-urna-digital,d359887dc5aea310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html(2) Sistema permite consultas pelo telefone celular.http://www.wirelessmundi.inf.br/noticias-geral/456-aplicacao-permite-consultas-publicas-e-votacoes-pelo-celular(3) "Eleicao, corrupo, matemtica""...por exemplo, se uma contagem de votos mesmo o resultado de muitas pessoas indo livremente s urnas, ou se as apuraes foramcozinhadas pela canetada de um zeloso fiscal partidrio."http://blogs.estadao.com.br/carlos-orsi/2010/02/12/eleicao-corrupcao-matematica/(4) Atomizar colocar gradativamente vrias pessoas sob a chancela da suspeita e da acusao, em especial aquelas que representamalgum tipo de risco para o stablishment, como processo coordenado de isolamento e quebra do sentimento de coletividade. Sobreisso, Neal and Collas (2000: 114): While social isolation is typically experienced as a form of personal stress, its sources are deeplyembedded in the social organization of the modern world. With increased isolation and atomization, much of our daily interactions arewith those who are strangers to us and with whom we lack any ongoing social relationships. Ankony & Kelly, Alienation: "A conditionin social relationships reflected by a low degree of integration or common values and a high degree of distance or isolation betweenindividuals, or between an individual and a group of people in a community or work environment."(5) Trecho de O Prncipe: Antoco invadiu a Grcia a chamado dos etlios para expulsar os romanos. Enviou embaixadores aosaqueus, amigos dos romanos, para concit-los a ficarem neutros, enquanto os romanos os persuadiam a tomar armas ao seu lado.Esta matria veio deliberao do congresso dos aqueus, onde o legado de Antoco os induzia neutralidade; a isto, o representanteromano respondeu: Quod autem isti dicunt non interponendi vos bello, nihil magis alienum rebus vestris est; sine gratia, sine dignitate,praemium victoris eritis [sem gratido nem dignidade, o omisso ser o prmio do vencedor]... Os prncipes irresolutos, para fugir aosperigos presentes, seguem na maioria das vezes o caminho da neutralidade e, geralmente, caem em runa.

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