revista jurisprudencia tjsp

1522
REVISTA ELETRÔNICA DE JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO REVISTA OFICIAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO VOLUME 0 – ANO 1 NOVEMBRO E DEZEMBRO DE 2013 As íntegras aqui publicadas correspondem aos seus originais, obtidos junto aos órgãos responsáveis do Tribunal.

Upload: marco-filgueiras

Post on 27-Dec-2015

188 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

  • ISSN 0000-0000

    REVISTA ELETRNICA DE JURISPRUDNCIA DO

    TRIBUNAL DE JUSTIA DE SO PAULO

    REVISTA OFICIAL DO TRIBUNAL DE JUSTIA DO ESTADO DE SO PAULO

    VOLUME 0 ANO 1

    NOVEMBRO E DEZEMBRO DE 2013

    Repositrio autorizado pelo Supremo Tribunal de Federal,conforme Registro n. 000-00, de 00.00.0000

    Repositrio autorizado pelo Superior Tribunal de Justia,conforme Registro n. 00, de 00.00.0000

    As ntegras aqui publicadas correspondem aos seus originais, obtidos junto aos rgos responsveis do Tribunal.

  • APRESENTAO

    A Presidncia do Egrgio Tribunal de Justia do Estado de So Paulo tem a satisfao de apresentar a primeira edio da Revista Eletrnica de Jurisprudncia do Tribunal de Justia de So Paulo.

    A nova publicao vem substituir a tradicional Revista de Jurisprudncia do Tribunal de Justia Revista JTJ publicada em papel, cuja edio foi descontinuada a partir de outubro de 2012.

    Na esteira da modernizao tecnolgica tornou-se indispensvel a criao de uma nova revista, que contivesse rico contedo em jurisprudncia, doutrina e noticirio desta Egrgia Corte.

    Com circulao exclusiva no portal do Tribunal de Justia na internet poder ser livremente acessada, consultada e colecionada gratuitamente.

    Esta uma conquista alcanada graas ao empenho e dedicao da valorosa Comisso de Jurisprudncia desta Corte.

    primordial ressaltar que esta novel publicao o repositrio oficial da jurisprudncia do Tribunal de Justia de So Paulo, que juntamente com a antiga publicao em papel, permanece com a mesma qualidade editorial.

    So Paulo, dezembro de 2013

    IVAN RICARDO GARISIO SARTORI

    Presidente do Tribunal de Justia

  • COMISSO DE JURISPRUDNCIA

    PresidenteDesembargador WALTER DE ALMEIDA GUILHERME

    Desembargador ALBERTO GENTIL DE ALMEIDA PEDROSO NETODesembargador ARTUR CSAR BERETTA DA SILVEIRADesembargador ERICSON MARANHODesembargador GERALDO FRANCISCO PINHEIRO FRANCODesembargador ITAMAR GAINODesembargador RICARDO HENRY MARQUES DIP

  • SUMRIO

    Clique nas chamadas para ser remetido diretamente ao texto

    1- Doutrina 252- Jurisprudncia Cvel:

    3.1- Seo de Direito Privado a) Agravos de Instrumento 31b) Agravos Regimentais 236c) Apelaes 247d) Embargos de Declarao 614e) Embargos Infringentes 624f) Impugnaes ao Valor da Causa 627g) Mandados de Segurana 628h) Aes Rescisrias 6363.2- Seo de Direito Pblicoa) Agravos de Instrumento 685b) Apelaes 733c) Apelaes/Reexames Necessrios 855d) Aes Rescisrias 882e) Conflitos de Competncia 887

    3- Jurisprudncia Criminal:a) Agravos em Execuo Penal 894b) Apelaes 902c) Habeas Corpus 1137d) Mandados de Segurana 1164e) Recursos em Sentido Estrito 1168f) Revises Criminais 1194

    4- Jurisprudncia do rgo Especial: a) Aes Diretas de Inconstitucionalidade (Adins) 1212 b) Incidentes de Inconstitucionalidade 1292 c) Conflitos de Competncia 13075- Jurisprudncia da Cmara Especial: a) Agravos de Instrumento 1365 b) Agravos Regimentais 1374 c) Apelaes 1388 d) Conflitos de Competncia 1450 e) Conflitos de Jurisdio 1459 f) Excees de Suspeio 1462 g) Habeas Corpus 1480 h) Revises Criminais 14846- Jurisprudncia do Conselho Superior da Magistratura 14877- Noticirio 1503

  • TRIBUNAL DE JUSTIA DO ESTADO DE SO PAULO

    www.tjsp.jus.br

    Composta/Editada pela Equipe da SPr 3.1.2 - Servio de Publicaes e Divulgao da Secretaria da Presidncia do Tribunal de Justia

    Praa Dr. Joo Mendes Jr, s/n, Frum Joo Mendes Jr., 19 andarsala 1905, So Paulo-SP, 01501-900Telefone (11) 2171-6629, Fax (11) 2171-6602endereo eletrnico: [email protected]

    Revista Eletrnica de Jurisprudncia do Tribunal de Justia de So Paulo - Ano I, n. 0, nov./dez. 2013 - So Paulo: Tribunal de Justia do Estado, 2013.

    Bimestral.

    Repositrio Oficial da Jurisprudncia do Tribunal de Justia de So Paulo

    1. Direito - jurisprudncia 2. Tribunal de Justia - peridico. I. So Paulo (Esta-do). Tribunal de Justia.

    CDU 34(05)

  • TRIBUNAL DE JUSTIA

    CARGOS DE DIREO E DE CPULA

    PresidenteDesembargador IVAN Ricardo Garisio SARTORI

    Vice-PresidenteDesembargador Jos Gaspar GONZAGA FRANCESCHINI

    Corregedor-Geral da JustiaDesembargador Jos RENATO NALINI

    Presidente da Seo de Direito PrivadoDesembargador Antonio Jos SILVEIRA PAULILO

    Presidente da Seo de Direito PblicoDesembargador SAMUEL Alves de Melo JNIOR

    Presidente da Seo CriminalDesembargador Antonio Carlos TRISTO RIBEIRO

    DecanoDesembargador WALTER de Almeida GUILHERME

    RGO ESPECIALWALTER de Almeida GUILHERMEANTONIO CARLOS MALHEIROS

    Jos Gaspar GONZAGA FRANCESCHINIJos Carlos Gonalves XAVIER DE AQUINO

    Srgio Jacintho GUERRIERI REZENDEHamilton ELLIOT AKEL

    Regis de CASTILHO BARBOSAAntonio Luiz PIRES NETO

    ANTONIO VILENILSON Vilar FeitosaFernando Antonio FERREIRA RODRIGUES

    PRICLES de Toledo PIZA JniorGetlio EVARISTO DOS SANTOS Neto

    SAMUEL Alves de Melo JNIOR

    Carlos Eduardo CAUDURO PADINJos RENATO NALINI

    ROBERTO Nussinkis MAC CRACKENIVAN Ricardo Garisio SARTORILUS SOARES DE MELLO NetoPaulo Roberto GRAVA BRAZIL

    PAULO Dimas de Bellis MASCARETTILUS Antonio GANZERLA

    ITAMAR GAINOVANDERCI LVARES

    Jos Henrique ARANTES THEODOROAntonio Carlos TRISTO RIBEIRO

  • CONSELHO SUPERIOR DA MAGISTRATURAPresidente

    Desembargador IVAN Ricardo Garisio SARTORI

    Vice-PresidenteDesembargador Jos Gaspar GONZAGA FRANCESCHINI

    Corregedor-Geral da JustiaDesembargador Jos RENATO NALINI

    DecanoDesembargador WALTER de Almeida GUILHERME

    Presidente da Seo de Direito PrivadoDesembargador Antonio Jos SILVEIRA PAULILO

    Presidente da Seo de Direito PblicoDesembargador SAMUEL Alves de Melo JNIOR

    Presidente da Seo CriminalDesembargador Antonio Carlos TRISTO RIBEIRO

    CMARA ESPECIAL

    (sala 511 2 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador WALTER de Almeida GUILHERME

    Desembargador Jos Gaspar GONZAGA FRANCESCHINI***

    Desembargador Antonio Jos SILVEIRA PAULILO

    Desembargador SAMUEL Alves de Melo JNIOR

    Desembargador Antonio Carlos TRISTO RIBEIRO

    Desembargador Adalberto Jos Queiroz Tel les de CAMARGO ARANHA FILHO**

    Desembargador ROBERTO CARUSO COSTABILE E SOLIMENE**

    Desembargadora CLUDIA GRIECO TABOSA PESSOA**

    Desembargadora CLAUDIA LUCIA FONSECA FANUCCHI**

    Desembargador MARCELO COUTINHO GORDO**

  • COMPOSIO DE GRUPOS E CMARAS DE DIREITO PRIVADO

    1 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO TERA-FEIRA PJ 5 ANDAR (SALA 510)

    1 Cmara de Direito Privado (sala 510 3 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador Hamilton ELLIOT AKELDesembargador LUIZ ANTONIO DE GODOYDesembargador PAULO Eduardo RAZUK***Desembargador RUI CASCALDIDesembargadora CHRISTINE SANTINIDesembargador CLAUDIO LUIZ BUENO DE GODOY**Desembargador ALCIDES LEOPOLDO E SILVA JNIOR**

    2 Cmara de Direito Privado (sala 511 3 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador JOS CARLOS FERREIRA ALVESDesembargador Jos Roberto NEVES AMORIMDesembargador JOS JOAQUIM DOS SANTOS***Desembargador LVARO Augusto dos PASSOSDesembargador Luiz Beethoven GIFFONI FERREIRADesembargador FLVIO ABRAMOVICI**Desembargador GUILHERME SANTINI TEODORO*Desembargadora MRCIA TESSITORE*

    2 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUINTA-FEIRA PJ 5 ANDAR (SALA 509)

    3 Cmara de Direito Privado (sala 509 3 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador Carlos Eduardo DONEG MORANDINI***Desembargador Artur Cesar BERETTA DA SILVEIRADesembargador EGIDIO Jorge GIACOIADesembargador Dcio Tadeu VIVIANI NICOLAUDesembargador CARLOS ALBERTO DE SALLESDesembargador JOO PAZINE NETO**Desembargador ALEXANDRE AUGUSTO PINTO MOREIRA MARCONDES**

    4 Cmara de Direito Privado (sala 509 5 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador NIO Santarelli ZULIANIDesembargador Fernando Antonio MAIA DA CUNHA***Desembargador Carlos TEIXEIRA LEITE FilhoDesembargador FBIO de Oliveira QUADROSDesembargador NATAN ZELINSCHI DE ARRUDADesembargador CARLOS HENRIQUE MIGUEL TREVISAN**Desembargador MILTON PAULO DE CARVALHO FILHO**

    3 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA EQUINTA-FEIRA PJ 5 ANDAR (SALAS 510 E 511)

    5 Cmara de Direito Privado (sala 511 4 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador Antonio Carlos MATHIAS COLTRODesembargador ERICKSON GAVAZZA MARQUESDesembargador JOS LUIZ MNACO DA SILVADesembargador JAMES Alberto SIANODesembargador JOO FRANCISCO MOREIRA VIEGAS***Desembargador EDSON LUIZ DE QUEIROZ**Desembargador FABIO HENRIQUE PODEST**

    6 Cmara de Direito Privado (sala 510 5 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador VITO Jos GUGLIELMIDesembargador Jos Percival ALBANO NOGUEIRA JniorDesembargador PAULO ALCIDES Amaral SallesDesembargador FRANCISCO Eduardo LOUREIRODesembargador EDUARDO S PINTO SANDEVILLE***Desembargador MARCELO FORTES BARBOSA FILHO**Desembargadora ANA LUCIA ROMANHOLE MARTUCCI**

  • 4 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA PJ 5 ANDAR (SALA 510)

    7 Cmara de Direito Privado (sala 509 4 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador LUIZ ANTONIO SILVA COSTADesembargador MIGUEL ANGELO BRANDI JNIOR***Desembargador LUIS MARIO GALBETTIDesembargador Henrique NELSON CALANDRADesembargador CARLOS ALBERTO DE CAMPOS MENDES PEREIRA**Desembargador WALTER ROCHA BARONE**Desembargador RAMON MATEO JNIOR**Desembargador GUILHERME FERREIRA DA CRUZ*Desembargadora MRCIA CARDOSO*

    8 Cmara de Direito Privado (sala 510 4 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador LUIZ Antonio AMBRADesembargador Luiz Fernando SALLES ROSSI***Desembargador PEDRO DE ALCNTARA DA SILVA LEME FILHODesembargador Joo Batista SILVRIO DA SILVADesembargador Paulo Roberto GRAVA BRAZILDesembargador THEODURETO DE ALMEIDA CAMARGO NETO**Desembargador HLIO MARQUES DE FARIA**

    5 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO TERA-FEIRA PJ 6 ANDAR (SALA 612)

    9 Cmara de Direito Privado (sala 622 3 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador ANTONIO VILENILSON Vilar FeitosaDesembargador Walter PIVA RODRIGUESDesembargador GALDINO TOLEDO JNIOR***Desembargador ALEXANDRE Alves LAZZARINIDesembargador MAURO CONTI MACHADODesembargadora LUCILA TOLEDO PEDROSO DE BARROS GEVERTZ**Desembargador JOS APARCIO COELHO PRADO NETO**Desembargadora MARIA SILVIA GOMES STERMAN*Desembargador JAYME MARTINS DE OLIVEIRA NETO*

    10 Cmara de Direito Privado (sala 612 3 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador JOO CARLOS SALETTI***Desembargador ELCIO TRUJILLODesembargador CSAR CIAMPOLINI NETODesembargador CARLOS ALBERTO GARBIDesembargador Jos ARALDO da Costa TELLESDesembargador LUIZ ANTONIO COELHO MENDES**Desembargador JOO BATISTA AMORIM DE VILHENA NUNES**Desembargador ROBERTO MAIA FILHO**Desembargadora MRCIA REGINA DALLA DA BARONE**

    6 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA PJ (SALA 622) QUINTA-FEIRA PJ (SALA 604)

    11 Cmara de Direito Privado (sala 604 5 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador GILBERTO PINTO DOS SANTOS***Desembargador GIL Ernesto Gomes COELHODesembargador WALTER Pinto da FONSECA FilhoDesembargador ALBERTO MARINO NETODesembargador RENATO RANGEL DESINANODesembargador RMOLO RUSSO JNIOR**Desembargadora CLARICE SALLES DE CARVALHO ROSA**

    12 Cmara de Direito Privado (sala 622 4 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador JOS REYNALDO Peixoto de SouzaDesembargador Luiz Antonio CERQUEIRA LEITEDesembargador JOS JACOB VALENTE***Desembargadora SANDRA MARIA GALHARDO ESTEVESDesembargador TASSO DUARTE DE MELLODesembargadora LIDIA MARIA ANDRADE CONCEIO**

  • 7 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA PJ (SALA 612)

    13 Cmara de Direito Privado (sala 621/623 4 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargadora ZLIA MARIA ANTUNES ALVESDesembargador Carlos Eduardo CAUDURO PADINDesembargadora ANA DE LOURDES Coutinho SilvaDesembargador HERALDO DE OLIVEIRA Silva***Desembargador FRANCISCO GIAQUINTO

    14 Cmara de Direito Privado (sala 612 4 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador Everaldo de MELO COLOMBIDesembargador Sebastio THIAGO DE SIQUEIRA***Desembargadora LIGIA Cristina de ARAJO BISOGNIDesembargador Jos CARDOSO NETODesembargador CARLOS Henrique ABRO

    8 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO TERA-FEIRA PJ (SALA 504)

    15 Cmara de Direito Privado (sala 509 3 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador Jos ARALDO da Costa TELLESDesembargador Manoel MATTOS FARIA***Desembargador EDISON VICENTINI BARROSODesembargador Antonio Mario de CASTRO FIGLIOLADesembargador ALEXANDRE AUGUSTO PINTO MOREIRA MARCONDES**Desembargador AIRTON PINHEIRO DE CASTRO*Desembargador RONNIE HERBERT BARROS SOARES*

    16 Cmara de Direito Privado (sala 504 3 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador Jos Roberto COUTINHO DE ARRUDADesembargador JOVINO DE SYLOS NetoDesembargador Jos Maria SIMES DE VERGUEIRODesembargador MIGUEL PETRONI NETO***Desembargador LUS FERNANDO Balieiro LODI

    9 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA PJ (SALA 509)

    17 Cmara de Direito Privado (sala 509 4 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador LUIZ Roberto SABBATODesembargador Teodozio de SOUZA LOPES***Desembargador IRINEU JORGE FAVADesembargador AFONSO CELSO NOGUEIRA BRAZDesembargador PAULO PASTORE FILHODesembargadora MONICA SALLES PENNA MACHADO**Desembargadora CLAUDIA SARMENTO MONTELEONE*

    18 Cmara de Direito Privado (sala 622 4 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador CARLOS ALBERTO LOPESDesembargador ROQUE Antonio MESQUITA de OliveiraDesembargador RUBENS CURYDesembargador WILLIAM MARINHO de Faria

  • 10 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO SEGUNDA-FEIRA PJ (SALA 510)

    19 Cmara de Direito Privado (sala 510 2 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador SEBASTIO Alves JUNQUEIRADesembargador RICARDO Jos NEGRO Nogueira***Desembargador JOO CAMILLO DE ALMEIDA PRADO COSTADesembargador MRIO CARLOS DE OLIVEIRADesembargador RICARDO PESSOA DE MELLO BELLI

    20 Cmara de Direito Privado (sala 509 2 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador LVARO TORRES JNIORDesembargador Luiz CORREIA LIMADesembargador LUIS CARLOS DE BARROSDesembargador Manoel Ricardo REBELLO PINHO***Desembargadora MARIA LUCIA RIBEIRO DE CASTRO PIZZOTTI MENDES**

    11 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO SEGUNDA-FEIRA PJ (SALA 622)

    21 Cmara de Direito Privado (sala 622 2 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador ADEMIR de Carvalho BENEDITODesembargador Antonio Jos SILVEIRA PAULILODesembargador ITAMAR GAINODesembargador VIRGLIO DE OLIVEIRA JNIORDesembargador Wellington MAIA DA ROCHA***Desembargador RMULO RUSSO JNIOR**Desembargador ALEXANDRE AUGUSTO PINTO MOREIRA MARCONDES**

    22 Cmara de Direito Privado (sala 510 5 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador Gasto Toledo de CAMPOS MELLO FilhoDesembargador Manuel MATHEUS FONTESDesembargador ROBERTO Nussinkis MAC CRACKENDesembargador THIERS FERNANDES LOBO***Desembargador SRGIO RUI DA FONSECADesembargador FBIO GUIDI TABOSA PESSOA**

    12 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA PJ (SALA 510)

    23 Cmara de Direito Privado (sala 510 4 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador Jos Benedito FRANCO DE GODOI***Desembargador JOS MARCOS MARRONEDesembargador PAULO ROBERTO DE SANTANADesembargador SERGIO SEIJI SHIMURADesembargador SEBASTIO FLVIO da Silva Filho

    24 Cmara de Direito Privado (sala 504 5 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador Luiz Augusto de SALLES VIEIRADesembargador CSAR MECCHI MORALES***Desembargador PLINIO NOVAES DE ANDRADE JNIORDesembargador ERSON Teodoro de OLIVEIRA

  • 13 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA PJ (SALA 621/623)

    25 Cmara de Direito Privado (sala 621/623 5 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador VANDERCI LVARESDesembargador Vicente Antonio MARCONDES DANGELODesembargador WALTER CSAR Incontri EXNERDesembargador HUGO CREPALDI NETO***Desembargador EDGARD Silva ROSADesembargadora DENISE ANDRA MARTINS RETAMERO**

    26 Cmara de Direito Privado (sala 604 4 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador Tarcsio Ferreira VIANNA COTRIMDesembargador Reinaldo FELIPE FERREIRA***Desembargador RENATO Sandreschi SARTORELLIDesembargador ANTONIO BENEDITO DO NASCIMENTODesembargador Mrcio Martins BONILHA FILHODesembargador JOS PAULO CAMARGO MAGANO*Desembargador MARIO CHIUVITE JNIOR*

    14 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO TERA-FEIRA PJ (SALA 621/623)

    27 Cmara de Direito Privado (sala 403 3 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador Paulo Miguel de CAMPOS PETRONIDesembargadora BERENICE MARCONDES CSARDesembargador GILBERTO GOMES DE MACEDO LEME***Desembargador ANTONIO CARLOS MORAIS PUCCIDesembargador CLAUDIO HAMILTON BARBOSA

    28 Cmara de Direito Privado (sala 621/623 3 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador CELSO Jos PIMENTELDesembargador JLIO dos Santos VIDAL JniorDesembargador CSAR LACERDADesembargador MANOEL JUSTINO BEZERRA FILHO***Desembargador DIMAS RUBENS FONSECADesembargador GILSON DELGADO MIRANDA**

    15 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA PJ (SALA 232/236)

    29 Cmara de Direito Privado (sala 232/236 4 feira 10:00 horas PJ)

    Desembargador Manoel de Queiroz PEREIRA CALASDesembargador Sebastio OSCAR FELTRINDesembargador FRANCISCO THOMAZ de Carvalho JniorDesembargador Otacilio FERRAZ FELISARDO***Desembargadora SILVIA ROCHADesembargadora HAMID CHARAF BDINE JNIOR**

    30 Cmara de Direito Privado (sala 218/220 4 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador ORLANDO PISTORESIDesembargador Jos Roberto LINO MACHADODesembargador CARLOS Alberto RUSSODesembargador MARCOS Antonio de Oliveira RAMOSDesembargador Alberto de Oliveira ANDRADE NETO***

  • 16 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO TERA-FEIRA PJ (SALA 510) QUINTA-FEIRA PJ (SALA 612)

    31 Cmara de Direito Privado (sala 510 3 feira 10:00 horas PJ)

    Desembargador FRANCISCO Antonio CASCONIDesembargador PAULO Celso AYROSA Monteiro de Andrade***Desembargador ANTONIO RIGOLINDesembargador Armando Srgio PRADO DE TOLEDODesembargador ADILSON DE ARAJODesembargador HAMID CHARAF BDINE JNIOR**

    32 Cmara de Direito Privado (sala 612 5 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador RUY COPPOLADesembargador KIOITSI CHICUTADesembargador Sidney Roberto ROCHA DE SOUZADesembargador FRANCISCO OCCHIUTO JNIORDesembargador Luis FERNANDO NISHI***

    17 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO SEGUNDA-FEIRA PJ 5 ANDAR (SALA 511)

    33 Cmara de Direito Privado (sala 511 2 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador EROS PICELI***Desembargador Carlos Alberto de S DUARTEDesembargador LUIZ EURICO Costa FerrariDesembargador CARLOS NUNES NetoDesembargador MRIO ANTONIO SILVEIRADesembargador HAMID CHARAF BDINE JNIOR**

    34 Cmara de Direito Privado (sala 510 2 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador Luiz Augusto GOMES VARJO***Desembargador NESTOR DUARTEDesembargadora ROSA MARIA Barreto Borriello DE ANDRADE NERYDesembargadora Maria CRISTINA ZUCCHIDesembargador Cludio Antonio SOARES LEVADADesembargador HLIO NOGUEIRA**

    18 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO SEGUNDA-FEIRA PJ (SALA 509)

    35 Cmara de Direito Privado (sala 509 2 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador JOS Joaquim Marcondes MALERBIDesembargador Jos Maria MENDES GOMESDesembargador ARTUR MARQUES da Silva Filho***Desembargador CLVIS CASTELODesembargador Fernando MELO BUENO Filho

    36 Cmara de Direito Privado (sala 601/602 5 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador Jos Lus PALMA BISSONDesembargador JAYME QUEIROZ Lopes FilhoDesembargador Jos Henrique ARANTES THEODORODesembargador PEDRO Luiz BACCARAT da Silva***Desembargador RENATO RANGEL DESINANODesembargador Joo Carlos S MOREIRA DE OLIVEIRADesembargadora MARIA DE LOURDES LOPEZ GIL CIMINO**Desembargador ALEXANDRE BUCCI*

  • 19 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA OUQUINTA-FEIRA PJ (SALAS 504 ou 511)

    37 Cmara de Direito Privado (sala 504 3 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador Antonio DIMAS Cruz CARNEIRODesembargador JOS TARCISO BERALDODesembargador ISRAEL GES DOS ANJOS***Desembargador SRGIO GOMESDesembargador PEDRO YUKIO KODAMA

    38 Cmara de Direito Privado (sala 511 4 feira 14:00 horas PJ)

    Desembargador SPENCER ALMEIDA FERREIRA***Desembargador FERNANDO LUIZ SASTRE REDONDODesembargador EDUARDO ALMEIDA PRADO ROCHA DE SIQUEIRADesembargador FLVIO Cunha da SILVADesembargador MAURY ngelo BOTTESINIDesembargador CESAR SANTOS PEIXOTO**

    GRUPO DE CMARAS RESERVADAS DE DIREITO EMPRESARIAL

    1 Cmara Reservada de Direito Empresarial (sala 509 5 feira quinzenal 13:30 horas PJ)

    Desembargador Manoel de Queiroz PEREIRA CALASDesembargador NIO Santarelli ZULIANIDesembargador Fernando Antonio MAIA DA CUNHA***Desembargador Carlos TEIXEIRA LEITE FilhoDesembargador FRANCISCO Eduardo LOUREIRODesembargador MARCELO FORTES BARBOSA FILHO**Desembargador ALEXANDRE AUGUSTO PINTO MOREIRA MARCONDES**

    2 Cmara Reservada de Direito Empresarial (sala 510 2 feira quinzenal 13:30 horas PJ)

    Desembargador Jos ARALDO da Costa TELLESDesembargador JOS REYNALDO Peixoto de Souza***Desembargador RICARDO Jos NEGRO NogueiraDesembargador ROBERTO Nussinkis MAC CRACKENDesembargador LIGIA Cristina de ARAJO BISOGNIDesembargador TASSO DUARTE DE MELODesembargador FBIO GUIDI TABOSA PESSOA**

    CMARAS EXTRAORDINRIAS DE DIREITO PRIVADO(Resoluo n 608/2013)

    1 Cmara Extraordinria de Direito Privado

    Desembargador NIO Santarelli ZULIANIDesembargador Fernando Antonio MAIA DA CUNHADesembargador Artur Csar BERETTA DA SILVEIRADesembargador NATAN ZELINSCHI DE ARRUDADesembargadora MRCIA REGINA DALLA DA BARONE**

    2 Cmara Extraordinria de Direito Privado

    Desembargador Carlos Eduardo CAUDURO PADINDesembargador HERALDO DE OLIVEIRA SilvaDesembargador FRANCISCO GIAQUINTODesembargador JOS TARCISO BERALDODesembargador NELSON JORGE JNIOR**

    3 Cmara Extraordinria de Direito Privado

    Desembargador Fernando MELO BUENO FilhoDesembargador RUY COPPOLADesembargador KIOITSI CHICUTADesembargador Vicente Antonio MARCODES DANGELODesembargador HELIO NOGUEIRA**Desembargador TERCIO PIRES**

  • COMPOSIO DE GRUPOS E CMARAS DE DIREITO PBLICO

    1 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO TERA-FEIRA PJ (SALA 609)

    1 Cmara de Direito Pblico (sala 609 3 feira 9:30 horas PJ)Desembargador Regis de CASTILHO BARBOSADesembargador Jos RENATO NALINIDesembargador DANILO PANIZZA Filho***Desembargador Jos Carlos Gonalves XAVIER DE AQUINODesembargador LUS FRANCISCO AGUILAR CORTEZDesembargador VICENTE DE ABREU AMADEI**Desembargador LUS PAULO ALIENDE RIBEIRO**

    2 Cmara de Direito Pblico (sala 604 3 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador SAMUEL Alves de Melo JNIORDesembargador Henrique NELSON CALANDRADesembargadora VERA Lcia ANGRISANIDesembargador RENATO DELBIANCO***Desembargador JOS LUIZ GERMANODesembargadora LUCIANA Almeida Prado BRESCIANIDesembargador CLAUDIO AUGUSTO PEDRASSI**

    3 Cmara de Direito Pblico (sala 623 3 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador ANTONIO Carlos MALHEIROS***Desembargador Luiz Edmundo MARREY UINTDesembargador ARMANDO CAMARGO PEREIRADesembargador Raymundo AMORIM CANTURIADesembargador JOS LUIZ GAVIO DE ALMEIDADesembargador RONALDO ALVES DE ANDRADE**

    2 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO SEGUNDA-FEIRA PJ (SALAS 612 E 623)

    4 Cmara de Direito Pblico (sala 612 2 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador Fernando Antonio FERREIRA RODRIGUESDesembargador RICARDO Santos FEITOSADesembargador RUI STOCODesembargador OSVALDO MAGALHES Jnior***Desembargador PAULO BARCELLOS GATTIDesembargadora ANA LUZA LIARTE**Desembargador LUIS FERNANDO CAMARGO DE BARROS VIDAL**

    5 Cmara de Direito Pblico (sala 623 2 feira 10:00 horas PJ)

    Desembargador FERMINO MAGNANI FILHO***Desembargador FRANCISCO ANTONIO BIANCO NETODesembargador Jos Helton NOGUEIRA DIEFENTHLER JniorDesembargador LEONEL CARLOS DA COSTADesembargador MARCELO Martins BERTHEDesembargadora MARIA LAURA DE ASSIS MOURA TAVARES**

  • 3 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO SEGUNDA-FEIRA PJ (SALA 604/609)

    6 Cmara de Direito Pblico (sala 604 2 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador Getlio EVARISTO DOS SANTOS NetoDesembargador Decio LEME DE CAMPOS JniorDesembargador SIDNEY ROMANO dos Reis***Desembargador REINALDO MILUZZIDesembargadora MARIA OLVIA PINTO ESTEVES ALVESDesembargadora SILVIA Maria MEIRELLES Novaes de Andrade**

    7 Cmara de Direito Pblico (sala 609 2 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador Srgio Jacintho GUERRIERI REZENDEDesembargador MOACIR Andrade PERESDesembargador Sergio COIMBRA SCHMIDTDesembargador PAULO MAGALHES DA COSTA COELHO***Desembargador EDUARDO CORTEZ DE FREITAS GOUVADesembargador LUIZ SRGIO FERNANDES DE SOUZA**

    4 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO QUARTA-FEIRA PJ (SALA 609)

    8 Cmara de Direito Pblico (sala 609 4 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador JOO CARLOS GARCIADesembargador PAULO Dimas de Bellis MASCARETTIDesembargador RUBENS RIHL Pires Corra***Desembargador JOS JARBAS DE AGUIAR GOMESDesembargador Jos Gaspar GONZAGA FRANCESCHINIDesembargadora MARIA CRISTINA COTROFE BIASI**Desembargador JOS DA PONTE NETO*Desembargador MANOEL LUIZ RIBEIRO*

    9 Cmara de Direito Pblico (sala 604 4 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador DCIO de Moura NOTARANGELIDesembargador OSWALDO LUIZ PALUDesembargador JEFERSON MOREIRA DE CARVALHO***Desembargador JOO BATISTA MORATO REBOUAS DE CARVALHODesembargador CARLOS EDUARDO PACHIDesembargador JOS MARIA CMARA JNIOR**

    5 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO SEGUNDA-FEIRA PJ (SALA 511)

    10 Cmara de Direito Pblico (sala 601 2 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador URBANO RUIZDesembargador ANTONIO Carlos VILLENDesembargador ANTONIO CELSO AGUILAR CORTEZ***Desembargador Ricardo Cintra TORRES DE CARVALHODesembargadora TERESA Cristina Motta RAMOS MARQUES

    11 Cmara de Direito Pblico (sala 511 3 feira 10:00 horas PJ)

    Desembargador AROLDO Mendes VIOTTIDesembargador RICARDO Henry Marques DIPDesembargador Pedro Cauby PIRES DE ARAJODesembargador LUIS Antonio GANZERLADesembargador OSCILD DE LIMA JNIOR***

  • 6 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO QUARTA-FEIRA PJ (SALA 601)

    12 Cmara de Direito Pblico (sala 612 4 feira 13:00 horas PJ)

    Desembargador OSVALDO Jos de OLIVEIRADesembargador LUIZ BURZA NETODesembargador VENCIO Antnio de Paula SALLESDesembargador Jos Manoel RIBEIRO DE PAULA***Desembargador EDSON FERREIRA da SilvaDesembargadora MARIA ISABEL CAPONERO COGAN**

    13 Cmara de Direito Pblico (sala 601 4 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador Augusto Francisco Mota FERRAZ DE ARRUDADesembargador Jos Roberto PEIRETTI DE GODOY***Desembargador RICARDO Mair ANAFEDesembargador Dimas BORELLI THOMAZ JuniorDesembargador Jos Roberto de SOUZA MEIRELLES

    7 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO QUINTA-FEIRA PJ (SALA 622)

    14 Cmara de Direito Pblico (sala 623 5 feira 14:00 horas PJ)

    Desembargador GERALDO Euclides Araujo XAVIERDesembargador JOO ALBERTO PEZARINI***Desembargador OCTAVIO AUGUSTO MACHADO DE BARROS FILHODesembargador HENRIQUE HARRIS JNIORDesembargador JOS LUIZ GERMANODesembargador PAULO Srgio Brant de Carvalho GALIZIADesembargador CLUDIO ANTONIO MARQUES DA SILVA**Desembargadora KENARIK BOUJIKIAN FELIPPE**Desembargador MAURICIO FIORITO**Desembargador NUNCIO THEOPHILO NETO**Desembargador RODOLFO CSAR MILANO*Desembargadora SILVANA MALANDRINO MOLLO*

    15 Cmara de Direito Pblico (sala 622 5 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador Oswaldo ERBETTA FILHO***Desembargador Antonio Teixeira da SILVA RUSSODesembargador Srgio Godoy RODRIGUES DE AGUIARDesembargador EUTLIO Jos PORTO OliveiraDesembargador ARTHUR DEL GURCIO FilhoDesembargador ALUSIO SRGIO REZENDE SILVEIRA**Desembargador JOS HENRIQUE FORTES MUNIZ JNIOR**

    18 Cmara de Direito Pblico (sala 612 5 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador OSVALDO CAPRARO***Desembargador FRANCISCO OLAVO Guimares Peret FilhoDesembargador ROBERTO MARTINS DE SOUZADesembargadora Maria BEATRIZ Dantas BRAGADesembargador WANDERLEY JOS FEDERIGHIDesembargador SAMUEL FRANCISCO MOURO NETO**Desembargador JOS LUIZ DE CARVALHO*

  • 8 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO TERA-FEIRA PJ (SALA 601)

    16 Cmara de Direito Pblico (sala 601 3 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador LUIZ Alberto DE LORENZIDesembargador CYRO Ricardo Saltini BONILHA***Desembargador JOO NEGRINI FilhoDesembargador VALDECIR JOS DO NASCIMENTODesembargador LUIZ FELIPE NOGUEIRA JNIORDesembargador VALTER ALEXANDRE MENA**Desembargador ANTONIO TADEU OTTONI**Desembargadora FLORA MARIA NESI TOSSI SILVA**

    17 Cmara de Direito Pblico (sala 601 3 feira 10:00 horas PJ)

    Desembargador ANTONIO Jos Martins MOLITERNODesembargador RICARDO GRACCHODesembargador ALBERTO GENTIL de Almeida Pedroso NetoDesembargador ADELdrupes Blaque FERRAZ***Desembargador ALDEMAR Jos Ferreira da SILVADesembargador NELSON Paschoal BIAZZI Jnior**Desembargador JOS ROBERTO FURQUIM CABELLA**Desembargador AFONSO CELSO DA SILVA*

    GRUPO ESPECIAL DE CMARAS DE DIREITO AMBIENTAL

    1 Cmara Reservada ao Meio Ambiente (sala 604 5 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargadora ZLIA MARIA ANTUNES ALVESDesembargador Ricardo Cintra TORRES DE CARVALHODesembargador RUY ALBERTO LEME CAVALHEIRODesembargador JOO NEGRINI FILHO***Desembargador JOO FRANCISCO MOREIRA VIEGAS

    2 Cmara Reservada ao Meio Ambiente (sala 232/236 5 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador Jos Orestes de SOUZA NERYDesembargador PAULO Celso AYROSA Monteiro de Andrade***Desembargador VERA Lucia ANGRISANIDesembargador PAULO ALCIDES Amaral SallesDesembargador EUTLIO Jos PORTO Oliveira

    COMPOSIO DE GRUPOS E CMARAS DE DIREITO CRIMINAL

    1 GRUPO DE CMARAS CRIMINAIS SEGUNDA-FEIRA PJ (SALA 604)

    1 Cmara Criminal (sala 601/602 2 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador PRICLES de Toledo PIZA JniorDesembargador MRCIO Orlando BRTOLIDesembargador MARCO Antonio Rodrigues NAHUMDesembargador Luiz Antonio FIGUEIREDO GONALVESDesembargador Mrio DEVIENNE FERRAZ***

    2 Cmara Criminal (sala 604 2 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador Antonio Luiz PIRES NETODesembargador IVAN MARQUES da Si lvaDesembargador Antonio de ALMEIDA SAMPAIODesembargador FRANCISCO ORLANDO DE SOUZA***Desembargador ALEX TADEU MONTEIRO ZILENOVSKI

  • 2 GRUPO DE CMARAS CRIMINAIS TERA-FEIRA PJ (SALA 407/425)

    3 Cmara Criminal (sala 407/425 3 feira 10:00 horas PJ)

    Desembargador GERALDO Luis WOHLERS Si lveiraDesembargador LUIZ ANTONIO CARDOSODesembargador LUIZ TOLOZA NETODesembargador RUY ALBERTO LEME CAVALHEIRO***Desembargador Jos AMADO DE FARIA Souza

    4 Cmara Criminal (sala 232/236 3 feira 10:00 horas PJ)

    Desembargador LUIS SOARES DE MELLO NetoDesembargador EUVALDO CHAIB Fi lho***Desembargador WILLIAN Roberto de CAMPOSDesembargador IVAN Ricardo Garisio SARTORIDesembargador EDSON Aparecido BRANDODesembargadora IVANA DAVID**

    3 GRUPO DE CMARAS CRIMINAIS QUINTA-FEIRA PJ (SALA 601/602)

    5 Cmara Criminal (sala 232/236 5 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador Jos DAMIO Pinheiro Machado COGANDesembargador Geraldo Francisco PINHEIRO FRANCO***Desembargador Antonio Carlos TRISTO RIBEIRODesembargador SRGIO Antonio RIBASDesembargador JUVENAL Jos DUARTE

    6 Cmara Criminal (sala 601/602 5 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador RICARDO Cardozo de Mello TUCUNDUVADesembargador ERICSON MARANHODesembargador ANTONIO CARLOS MACHADO DE ANDRADEDesembargador JOS RAUL GAVIO DE ALMEIDADesembargador MARCO ANTONIO Marques da Si lva***

    4 GRUPO DE CMARAS CRIMINAIS QUINTA-FEIRA PJ (SALA 218/220)

    7 Cmara Criminal (sala 218/220 5 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador Antonio FERNANDO MIRANDADesembargador FRANCISCO Jos Aguirre MENIN***Desembargador ROBERTO Mrio MORTARIDesembargador ROBERTO GRASSI NETODesembargador NELSON FONSECA JNIOR*

    8 Cmara Criminal (sala 202/204 5 feira 13:00 horas PJ)

    Desembargador MARCO ANTONIO Pinheiro Machado COGANDesembargador Ronaldo Srgio MOREIRA DA SILVA***Desembargador LOURI Geraldo BARBIERODesembargador CAMILO LLLIS dos Santos AlmeidaDesembargador IVO DE ALMEIDADesembargador LAURO MENS DE MELLO**

  • 5 GRUPO DE CMARAS CRIMINAIS QUINTA-FEIRA PJ (SALA 511)

    9 Cmara Criminal (sala 511 5 feira 10:00 horas PJ)

    Desembargador Alceu PENTEADO NAVARRO Desembargador Jos Orestes de SOUZA NERYDesembargador Antonio ROBERTO MIDOLLADesembargador Antonio SRGIO COELHO de OliveiraDesembargador OTVIO HENRIQUE de Sousa Lima***

    10 Cmara Criminal (sala 622 5 feira 10:00 horas PJ)

    Desembargador CARLOS Augusto Lorenzett i BUENODesembargador FBIO Monteiro GOUVADesembargador Waldir Sebastio de NUEVO CAMPOS JniorDesembargadora Maria de Lourdes RACHID VAZ DE ALMEIDA***Desembargador Francisco Jos GALVO BRUNO

    6 GRUPO DE CMARAS CRIMINAIS QUARTA-FEIRA PJ (SALA 504/506)

    11 Cmara Criminal (sala 504/506 4 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador GUILHERME Gonalves STRENGER***Desembargadora MARIA TEREZA DO AMARALDesembargador Ni lson XAVIER DE SOUZADesembargador ABEN-ATHAR de Paiva CoutinhoDesembargador Renato de SALLES ABREU Fi lho

    12 Cmara Criminal (sala 202/204 4 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador Carlos VICO MAASDesembargador JOO Luiz MORENGHIDesembargadora ANGLICA de Maria Mello DE ALMEIDADesembargador BRENO de Freitas GUIMARES Jnior***Desembargador PAULO Antonio ROSSI

    7 GRUPO DE CMARAS CRIMINAIS QUINTA-FEIRA PJ (SALA 403)

    13 Cmara Criminal (sala 403 5 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador Luiz Augusto SAN JUAN FRANADesembargador Roberto Galvo de FRANA CARVALHO Desembargador REN RICUPERO Desembargador Ni lo CARDOSO PERPTUO***Desembargador Luiz AUGUSTO DE SIQUEIRADesembargador LAERTE MARRONE DE CASTRO SAMPAIO*

    14 Cmara Criminal (sala 511 5 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador FERNANDO Antonio TORRES GARCIADesembargador HERMANN HERSCHANDERDesembargador WALTER DA SILVADesembargador MARCO ANTONIO DE LORENZIDesembargador MIGUEL MARQUES E SILVA***

  • 8 GRUPO DE CMARAS CRIMINAIS TERA-FEIRA PJ (SALA 218/220)

    15 Cmara Criminal (sala 609 5 feira 13:00 horas PJ)

    Desembargador WALTER DE ALMEIDA GUILHERMEDesembargador Fbio POAS LEITO***Desembargador JAIR MARTINSDesembargador Jos Antonio ENCINAS MANFRDesembargador Jos Antonio DE PAULA SANTOS NetoDesembargador NELSON FONSECA JNIOR*

    16 Cmara Criminal (sala 218/220 3 feira 13:00 horas PJ) Desembargador ALBERTO Vigas MARIZ DE OLIVEIRADesembargador Jos Ruy BORGES PEREIRADesembargador NEWTON DE OLIVEIRA NEVESDesembargador Otvio Augusto de ALMEIDA TOLEDODesembargador PEDRO LUIZ AGUIRRE MENIN***

    CMARAS CRIMINAIS EXTRAORDINRIAS(Resoluo n 590/2013)

    1 Cmara Criminal Extraordinria (sala 609 2 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador Waldir Sebastio de NUEVO CAMPOS Jnior***Desembargador HERMANN HERSCHANDERDesembargador GUILHERME DE SOUZA NUCCI**Desembargador AMABLE LOPEZ SOTO**Desembargador LUIS AUGUSTO DE SAMPAIO ARRUDA**

    2 Cmara Criminal Extraordinria (sala 232/236 6 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador CARLOS Augusto Lorenzett i BUENO***Desembargador Geraldo Francisco PINHEIRO FRANCODesembargador FERNANDO GERALDO SIMO**Desembargador AGUINALDO DE FREITAS FILHO**Desembargador EDUARDO CRESCENTI ABDALLA**

    3 Cmara Criminal Extraordinria (sala 232/236 5 feira 14:00 horas PJ)

    Desembargador Jos Orestes de SOUZA NERY***Desembargador OTVIO HENRIQUE de Sousa LimaDesembargador SILMAR FERNANDES**Desembargador CASSIANO RICARDO ZORZI ROCHA**Desembargador JULIO CAIO FARTO SALLES**

    4 Cmara Criminal Extraordinria (sala 218/220 5 feira 10:30 horas PJ)

    Desembargador EUVALDO CHAIB Fi lho***Desembargador Renato de SALLES ABREU Fi lhoDesembargador MAURCIO VALALA**Desembargador ALEXANDRE CARVALHO E SILVA DE ALMEIDA**Desembargador Csar Augusto ANDRADE DE CASTRO**

    ** * Pres iden te

    * * Ju iz de D i re i to Subs t i tu to em 2 Grau

    * Ju iz Aux i l i a r

    PJ Palcio da Justia (Praa da S s/n)

  • JUZES DE DIREITO SUBSTITUTOS DE SEGUNDO GRAU

    (em ordem de antiguidade)

    Nelson Paschoal Biazzi JuniorRoberto Caruso Costabile e SolimeneMaria Cristina Cotrofe BiasiLus Paulo Aliende RibeiroAna Luiza LiarteLuiz Antonio Coelho MendesMaria Laura de Assis Moura TavaresTheodureto de Almeida Camargo NetoGuilherme de Souza NucciFbio Guidi Tabosa PessoaValter Alexandre MenaCludia Grieco Tabosa PessoaFernando Geraldo SimoJoo Pazine NetoCarlos Henrique Miguel TrevisanLuiz Srgio Fernandes de SouzaHlio Marques de FariaNelson Jorge JniorRmolo Russo JniorMaria Lcia Ribeiro de Castro Pizzotti MendesFlvio AbramoviciVicente de Abreu AmadeiSilmar FernandesAdalberto Jos Queiroz Telles de Camargo Aranha FilhoAntonio Tadeu OttoniFlora Maria Nesi Tossi SilvaCludio Luiz Bueno de GodoyJos Roberto Furquim CabellaMilton Paulo de Carvalho FilhoCarlos Alberto de Campos Mendes PereiraSamuel Francisco Mouro NetoDenise Andra Martins RetameroCludio Augusto PedrassiEdson Luiz de QueirozRoberto Maia FilhoCassiano Ricardo Zorzi RochaRonaldo Alves de AndradeWalter Rocha BaroneAguinaldo de Freitas Filho

  • Marcelo Fortes Barbosa FilhoLucila Toledo Pedroso de BarrosKenarik Boujikian FelippeJoo Batista Amorim de Vilhena NunesAlcides Leopoldo e Silva JniorJos Maria Cmara JniorAmable Lopez SotoRamon Mateo JniorCarlos Vieira Von AdamekCludio Antonio Marques da SilvaMrcia Regina Dalla Da BaroneMaurcio ValalaHamid Charaf Bdine JniorJlio Caio Farto SallesMaurcio FioritoCludia Lcia Fonseca FanucchiCesar Santos PeixotoMaria Isabel Caponero CoganAlexandre Carvalho e Silva de AlmeidaMarcelo Coutinho GordoGilson Delgado MirandaFbio Henrique PodestLus Augusto de Sampaio ArrudaEduardo Crescenti AbdallaCsar Augusto Andrade de CastroAlexandre Augusto Pinto Moreira MarcondesAloisio Srgio Rezende SilveiraNuncio Theophilo NetoLuis Fernando Camargo de Barros VidalMonica Salles Penna MachadoLauro Mens de MelloAna Lucia Romanhole MartucciRicardo Cunha ChimentiJos Henrique Fortes Muniz JniorIvana DavidSilvia Maria Meirelles Novaes de AndradeLidia Maria Andrade ConceioMaria de Lourdes Lopez Gil CiminoHlio NogueiraTercio PiresJos Aparcio Coelho Prado NetoClarice Salles de Carvalho Rosa

  • e-JTJ - 00 25

    Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So PauloNovembro e Dezembro de 2013

    Doutrina

    Acesso ao S

    umrio

    DOUTRINA

    DEMOCRACIA, ELEIES E REFORMA POLTICA.

    WALTER DE ALMEIDA GUILHERME Desembargador Decano e

    Presidente da Comisso de Jurisprudncia do Tribunal de Justia

    O fenmeno eleitoral constitui o pice do regime democrtico. Disse-se mesmo configurar a eleio verdadeira festa cvica (embora, creio, o povo, de um modo geral, assim no considere), com os eleitores caminhando alegremente para as urnas para exercer o direito e cumprir a obrigao de votar.

    Bem se sabe que a democracia no se esgota no ato de escolha popular dos representantes, fazendo-se necessria a presena de outros tantos atributos para que se qualifique um regime como democrtico. H quem pense - e no se lhe nega razo - que o direito informao componente fundamental de uma srie de reflexes-chave para uma boa governana democrtica, como assinalam Vincent Defourny (doutor em comunicao e representante da UNESCO no Brasil), e Guilherme Canela, cientista poltico e coordenador de comunicao e informao da UNESCO no Brasil), em artigo publicado na Revista Eletrnica Conjur, lembrando que h 244 anos a Sucia apresentava ao mundo o primeiro marco legal de garantia de um direito a ter acesso s informaes produzidas pelo Estado e que, quase dois sculos depois, em 1948, as Naes Unidas reconheciam o direito informao no artigo 19 da Declarao Universal dos Direito Humanos. A sntese dos valores democrticos foi bem exposta pelo legislador constituinte brasileiro de 1988, ao descrever os fundamentos da Repblica Federativa do Brasil no art. 1, da Constituio Federal, avultando, a meu ver, o da dignidade da pessoa humana, por no fazer sentido que o Estado, criado pelo homem, afronte sua dignidade ou no estabelea normas legais que cobam o mtuo desrespeito.

    Mas o voto nas eleies como exerccio da soberania popular assume mesmo papel essencial para a caracterizao da democracia, esta como movimento de desconstituio da autocracia, ou seja, como regime que concebe o povo como protagonista e destinatrio.

  • e-JTJ - 0026

    Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So PauloNovembro e Dezembro de 2013

    Dou

    trina

    Ace

    sso

    ao S

    umr

    io

    Embora seja inegvel que o nosso arcabouo legislativo eleitoral avanou bastante, desde as primeiras constituies e leis que trataram do tema, o Brasil de hoje j no o mesmo e reformas de carter poltico e eleitoral so desejveis, ou melhor, ansiadas. Reformas, tanto para fazer com que seja mais efetivo o princpio da soberania popular, traduzido na frmula do pargrafo nico do artigo 1 da Constituio da Repblica, que declara todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituio, quanto para tornar mais gil e eficaz o processo eleitoral.

    Mas ns, brasileiros, queremos um regime democrtico?

    Pesquisa realizada pela ONG chilena Corporacin Latinobarmetro revela que o ndice de apoio dos brasileiros democracia diminuiu nove pontos percentuais de 2010 para 2011. A queda do apoio democracia no Brasil (de 54% para 45%) mais acentuada do que a mdia da regio (Amrica Latina), que caiu de 61% para 58%, aps quatro anos de aumento. A reeleio mostrou estar em alta na regio, com altos ndices de aprovao, encabeados por Argentina (77%), Brasil (72%) e Uruguai (69%). Uruguai e Costa Rica lideram o ranking que indica os pases cujos habitantes mais se consideram democrticos. Neste, o Brasil est em 10 lugar, como tambm no quesito a respeito da populao que mais rechaa a ideia de um governo militar. Foram ouvidas 20.204 pessoas em 18 pases, das quais se indagava: Com qual das seguintes frases voc est mais de acordo?

    A democracia prefervel a qualquer outra forma de governo.

    Em algumas circunstncias, um governo autoritrio pode ser prefervel a um governo democrtico.

    Para mim, d no mesmo um regime democrtico e um autoritrio.

    Seria o caso de se dar razo a Plato, para quem a democracia um regime para sofistas e retricos, e tambm a Winston Churchill, a dizer que o pior dos regimes, salvo qualquer outro?

    Ecoa, ainda, no entanto, a exortao final de Abraham Lincoln, no clebre discurso de Gettysburg em 1863: Cumpre-nos, antes, a ns os vivos, dedicarmo-nos hoje obra inacabada at este ponto to insignemente adiantada pelos que aqui combateram. Antes, cumpre-nos a ns os presentes, dedicarmo-nos importante tarefa que temos pela frente - que estes mortos venerveis nos inspirem maior devoo causa pela qual deram a ltima medida transbordante de devoo - que todos ns aqui presentes solenemente admitamos que esses homens no morreram em vo, que esta Nao, com a graa de Deus, renasa na liberdade, e que o

  • e-JTJ - 00 27

    Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So PauloNovembro e Dezembro de 2013

    Doutrina

    Acesso ao S

    umrio

    governo do povo, pelo povo e para o povo jamais desaparea da face da terra..

    A democracia tem realmente defeitos genticos, como o de no oferecer proteo eficaz contra o discurso inverdico (a bem conhecida demagogia e a falsa ou irrealizvel promessa) e contra o uso de procedimentos democrticos (como as eleies) contra ela prpria.

    A crise da representatividade indubitvel, conspirando sobremodo contra o regime democrtico. H um cansao do povo relativamente a seus representantes, sobretudo os que compem o Poder Legislativo. Quem ainda assiste aos horrios polticos (tanto os partidrios quanto os eleitorais), ao fim de alguma exposio de ideias, tomado de um sentimento de descrena e do pouco desejo de votar em algum e muito menos de faz-lo em algum partido poltico (embora, paradoxalmente, no seja elevado o nmero de votos em branco ou nulos).

    Talvez, tenha razo Karl Popper, quando afirma que a democracia boa no porque represente a vontade do povo, mas porque o sistema que mais facilita a remoo de polticas equivocadas e permite mudar governos sem violncia. E lembrar com David Deutsch, em The Beginning of Infinity, que A essncia do processo decisrio democrtico no a escolha feita pelo sistema eleitoral, mas as ideias que se criam entre as eleies (...). Os eleitores no so uma fonte de sabedoria da qual as polticas corretas podem ser empiricamente derivadas. Eles esto tentando, e de forma falvel, explicar o mundo e, neste processo, melhor-lo..

    O professor Gaudncio Torquato, jornalista e titular da USP, em O Estado de So Paulo, edio de 06 de novembro de 2011, escreve que A democracia brasileira acaba sendo percebida pela populao como veculo que conduz a vcios, corrupo e manuteno de costumes execrveis.

    Seja como resultado das polticas adotadas, seja pelas idiossincrasias do sistema poltico e pela m qualidade de seus principais protagonistas, o fato que o Brasil se apresenta como um pas com pouca participao social autnoma e uma democracia poltica muito aprisionada aos ritos eleitorais (Marco Aurlio Nogueira, professor titular de Teoria Poltica e Diretor do Instituto de Polticas Pblicas e Relaes Internacionais da UNESP - artigo publicado no jornal O Estado de So Paulo, edio de 28 de abril de 2012).

    O sistema poltico funciona mal. Tem pouca eficincia e est aqum do que necessita a sociedade. No reflete seu dinamismo nem capaz de assimilar suas agendas. Tem pouca eficincia no processamento dos conflitos e das demandas sociais, est corrodo pelo baixo nvel e sobrecarrega as operaes governamentais (Marco Aurlio Nogueira, no citado artigo).

  • e-JTJ - 0028

    Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So PauloNovembro e Dezembro de 2013

    Dou

    trina

    Ace

    sso

    ao S

    umr

    io

    Mas ainda que a democracia tenha todas essas mazelas, no h outro que fale mais busca da felicidade do que o regime democrtico.

    A busca da felicidade, em rpida digresso, o movimento do ser humano mais consistente com a natureza de que ele dotado. Homens e mulheres existem para serem felizes. Indo alm de Descartes: penso, logo existo para ser feliz. intuitivo, embora, para adornar a afirmao com o peso de um clssico, deva-se citar Aristteles, na obra tica a Nicmaco, para quem a felicidade um bem supremo que a existncia humana deseja e persegue. de se trazer tona, de dois outros clssicos, estes do nosso tempo e brasileiros, para quem a felicidade como a pluma que o vento vai levando pelo ar. Voa to leve, mas tem a vida breve, precisa que haja vento sem parar. (Tom Jobim e Vinicius de Moraes). A felicidade deixou de ser um direito natural, a partir da Declarao do Estado da Virgnia de 16 de junho de 1776, considerada pelos positivistas o marco do nascimento dos direito humanos, ganhando seu reconhecimento justamente porque, como sintetiza Fbio Konder Comparato, a busca da felicidade repetida na Declarao de Independncia dos Estados Unidos (...), a razo de ser imediatamente aceitvel por todos os povos, em todas as pocas e civilizaes. uma razo universal, como a prpria natureza humana. (Conjur - PEC da felicidade positivao de direito reconhecido no resto do mundo - 2010, maio 30).

    Falar de democracia e eleio popular dizer do Direito Eleitoral. E no mais como uma especializao do Direito Constitucional, mas sim ramo autnomo do Direito Pblico, tal o conjunto de institutos e disposies legais, includos a as resolues do Tribunal Superior Eleitoral, que lhe peculiar na atualidade.

    Penso que, completando o art. 1 do Cdigo Eleitoral, pode-se afirmar constituir o direito eleitoral um conjunto de normas destinadas a regulamentar os direitos polticos dos cidados, alusivamente ao pargrafo nico do art. 1 e art. 14, da Constituio da Repblica, o processo eleitoral, includos os sistemas eleitorais, a constituio e funcionamento dos partidos polticos e a organizao e funcionamento da justia eleitoral.

    No Brasil, a Justia Eleitoral foi instituda pelo Cdigo Eleitoral de 1932 (uma das pregaes de Getlio Vargas, ao liderar a Revoluo de 1930) e constitucionalmente institucionalizada pela Constituio de 1934. Sua criao visou a substituir o ento sistema poltico de aferio dos poderes (feito pelos rgos legislativos) pelo sistema jurisdicional, em que se incluiriam todas as atribuies referentes ao direito poltico-eleitoral. o que se denomina de contencioso eleitoral.

    H quem se mostre divergente quanto convenincia de uma Justia Eleitoral. De fato, no so muitos os pases que deferem a um rgo

  • e-JTJ - 00 29

    Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So PauloNovembro e Dezembro de 2013

    Doutrina

    Acesso ao S

    umrio

    especializado do Poder Judicirio, como no Brasil, tudo aquilo que se refira ao fenmeno eleitoral, desde o alistamento dos eleitores at a diplomao dos eleitos. Sustentam alguns que entregar os atos de administrao da eleio ao Poder Judicirio no se faz condizente com sua intrnseca atribuio de exerccio da jurisdio, sendo mais lgico que a organizao e a realizao das eleies, como um todo, fato medularmente poltico, sejam cometidas a um rgo que se paute por critrios polticos, ficando competncia do Judicirio, isso sim, dirimir os conflitos jurdicos que dela derivem.

    Acredito, todavia, que, diante do nosso histrico de eleies e do prestgio de que desfruta a Justia Eleitoral entre ns, elimin-la no soluo satisfatria. Repens-la, em pontos especficos, sim. Em termos gerais, no se pode negar que a justia eleitoral trouxe condicionamentos benficos a hbitos polticos arraigados na mentalidade predominante.

    Exsurge como tema de Direito Eleitoral, a necessria reforma das nossas leis eleitorais bsicas, o Cdigo Eleitoral, a Lei Geral das Eleies, a Lei dos Partidos Polticos e a Lei de Inelegibilidades, no af de tornar mais efetivo o princpio da soberania popular, de acordo com o j citado pargrafo nico do artigo 1 da Constituio da Repblica.

    Mais, porm, do que alterar a legislao eleito-ral infraconstitucional, bem melhor seria proceder a uma au-tntica reforma poltica, abrangendo questes constitucionais.

    Criaram-se comisses no Senado Federal e na Cmara dos Deputados com o fito de oferecer sugestes para reformar tanto a Constituio quanto a legislao ordinria, vindo o Congresso Nacional a aprovar projeto de lei (PLS 441) que promoveu o que se chamou de minirreforma eleitoral. Segundo seu autor, o senador Romero Juc (PMDB-RR), o projeto tem por objetivo diminuir os custos das campanhas e garantir mais condies de igualdade na disputa eleitoral entre os candidatos.

    Ainda que o PLS 441/2013, que agora segue para a sano presidencial, tenha trazido algumas inovaes meritrias, pouco contribui para o aperfeioa-mento ou para a democratizao do debate eleitoral. No uma reforma que muda as estruturas do sistema eleitoral e do sistema poltico. Seu alcance limi-tado, levando o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) a declarar que o Con-gresso Nacional perdeu a oportunidade de fazer mudanas mais significativas.

    Pontos centrais, todavia, ficaram intocados, alguns a demandar emendas Constituio.

  • e-JTJ - 0030

    Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So PauloNovembro e Dezembro de 2013

    Dou

    trina

    Ace

    sso

    ao S

    umr

    io

    Assim, a adoo do voto facultativo, o financiamento das campanhas po-lticas (lembrando que, atualmente, so elas financiadas por dinheiro pblico e privado), a proibio de doaes de dinheiro pelas empresas s campanhas elei-torais (A Ordem dos Advogados do Brasil props, no Supremo Tribunal Fede-ral, ao direta de inconstitucionalidade contra o financiamento de campanhas por pessoas jurdicas, entendendo que essas doaes comprometem a higidez do processo democrtico, promove a desigualdade poltica e alimenta a corrupo).

    Tambm ficaram de fora do mbito de discusso da reforma no Congresso Nacional a alterao do sistema de eleio dos parlamentares (proporcional, com ou sem lista partidria distrital, este puro ou misto), a introduo de clusula de desempenho partidrio, o fim das coligaes nas eleies proporcionais, a proi-bio de reeleio, o tema referente suplncia de senador, a coincidncia das eleies, a representao proporcional dos estados na Cmara dos Deputados.

    Em suma, ficaremos mais uma vez espera de uma reforma po-ltica que induza o eleitor a acreditar e ter confiana na democracia.

    A est. No tenho um mundo prodigioso em minha cabea, ao contrrio de Kafka, em O foguista de Amerika, por isso, ao escrever, no me liberto e nem ao libert-lo fao-me em pedaos.

  • e-JTJ - 00 31

    Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So PauloNovembro e Dezembro de 2013

    Jurisprudncia - Direito P

    rivadoA

    cesso ao Sum

    rio

    SEO DE DIREITO PRIVADO

    Agravos de Instrumento

    ACRDO

    Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento n 0020992-31.2013.8.26.0000, da Comarca de So Paulo, em que agravante NOTRE DAME SEGURADORA S A, so agravados FABIANO MONEGAGLIA POLLONI, GIOVANNA POLLONI DE ORNELAS PEDREIRA e ORNELLA POLLONI (Voto n 18.866).

    ACORDAM, em 6 Cmara de Direito Privado do Tribunal de Justia de So Paulo, proferir a seguinte deciso: Negaram provimento ao recurso. V. U., de conformidade com o voto do Relator, que integra este acrdo.

    O julgamento teve a participao dos Exmos. Desembargadores EDUARDO S PINTO SANDEVILLE (Presidente) e FRANCISCO LOUREIRO.

    So Paulo, 25 de julho de 2013.PERCIVAL NOGUEIRA, Relator

    Ementa: LIQUIDAO DE SENTENA CLCULO DO CREDOR DADOS EM PODER DA EXECUTADA PRESUNO DE CORREO DOS CLCULOS APRESENTADOS PELO CREDOR A sano processual para o descumprimento da ordem judicial que determina o fornecimento destes dados essenciais consiste na presuno de que os clculos elaborados pelo credor esto corretos Deciso mantida Agravo desprovido.

    VOTONotre Dame Seguradora S.A. interpe o presente agravo de instrumento,

    com pedido de atribuio de efeito suspensivo, contra as r. decises xerocopiadas s fls. 706 e 713, tiradas dos autos da Ao de Indenizao por Danos Materiais, deflagrada por Fabiano Monegaglia Polloni, Giovanna Polloni de Ornelas Pedreira e Ornella Polloni, no ponto que determinou Agravante, providncias de depsito da importncia complementar conforme o clculo do credor.

  • e-JTJ - 0032

    Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So PauloNovembro e Dezembro de 2013

    Juris

    prud

    nci

    a - D

    ireito

    Priv

    ado

    Ace

    sso

    ao S

    umr

    io

    As decises agravadas foram assim concebidas:Vistos. Anote-se a fase de execuo. Intime-se a r para que proceda ao depsito da diferena indicada pelo Banco do Brasil montante depositado nos autos (R$ 26.122,18) e a indicada pelos autores, s fls.640/648 (R$ 108.978,27), em 05 dias, sob pena de prosseguimento da execuo. Int..

    E ainda:Vistos. Fls.657/659: Deixo de conhecer dos embargos declaratrios, pois se trata de mero despacho ordinatrio, no havendo omisso, obscuridade ou contradio a ser sanada, utilizando a parte medida inadequada para a defesa de seus interesses. Int..

    Inconformada, recorre a Agravante, sustentando que o valor pretendido pelos Agravados (superior a cem mil reais), est divorciado dos termos previstos no ttulo judicial, cuja parte dispositiva foi clara ao estipular que o reembolso das despesas com honorrios mdicos, deve observar a previso do contrato de seguro sade.

    Pondera haver depositado o valor integral da condenao, qual seja R$ 24.628,41 (data base dezembro/2011), de modo a ser declarada satisfeita a execuo.

    Pede, ao final, o processamento do recurso na forma instrumental, ante o fundado e comprovado receio de dano grave ou de difcil reparao, bem como seja concedido o efeito suspensivo ao agravo, o qual, por certo, ser provido, declarando-se cumprida a condenao imposta Agravante ou, subsidiariamente, devido o valor de R$ 2.768,44 (dois mil setecentos e sessenta e oito reais e quarenta e quatro centavos) - fls. 18/19.

    Das decises recorridas s partes foram intimadas em 21 de janeiro de 2013 (fls. 714). O agravo foi interposto no dia 1 de fevereiro p.p. (vide chancela mecnica s fls. 02). Cpia das procuraes juntadas s fls. 67 e 180/182 e 15/18. O preparo foi recolhido s fls. 20/22.

    Os autos foram encaminhados ao eminente Desembargador Paulo Alcides que, despachando no perodo de frias deste Relator, indeferiu o efeito suspensivo (fls. 719). Sobrevieram razes de contraminuta (fls. 722/740).

    o relatrio.Versam os autos, originariamente, Ao de Indenizao por Danos

    Materiais, julgada parcialmente procedente, nos termos abaixo reproduzidos:(...) Isto posto e pelo mais que dos autos consta, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE a ao para condenar a R ao pagamento da quantia referente ao instrumentador cirrgico e a reembolsar a R os honorrios mdicos efetivamente comprovados e no pagos, conforme previso contratual. Condeno a r no pagamento das custas e despesas processuais

  • e-JTJ - 00 33

    Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So PauloNovembro e Dezembro de 2013

    Jurisprudncia - Direito P

    rivadoA

    cesso ao Sum

    rio

    e honorrios advocatcios que fixo em 10% do valor da causa (fls. 194).

    Interpostos Recursos de Apelao, a sentena restou confirmada, sobrevindo o trnsito em julgado do decisum (fls. 394).

    Iniciada a fase de liquidao de sentena, os Agravados peticionaram requisitando a intimao da empresa de Seguro Sade, para que esta apresentasse os clculos detalhados (fls. 398/400 e 407/408).

    De fato, embora os Agravados tenham trazido aos autos a descrio dos servios e valores cobrados a ttulo de honorrios mdicos, cada operadora utiliza sua frmula de clculo para o reembolso, no raro composta de inmeros elementos e varivel conforme o seguro escolhido.

    Os exequentes, reiteraram a manifestao no sentido de que os dados necessrios para a realizao dos clculos (tabela de honorrios mdicos), se achavam sob o controle da operadora de Seguro Sade (417/420).

    Nesse mesmo vrtice, confiram-se, ainda as manifestaes de fls. 430/432, 436/437, 452/453.

    Mais adiante, a Seguradora depositou a importncia de R$ 24.628,41 e ingressou com a impugnao que alude o art. 475-J, CPC, sem indicar qualquer especificidade do dbito, seja no tocante tabela de honorrios, seja o percentual a ser reembolsado (fls. 467/477).

    Persistindo a dificuldade na elaborao dos clculos, mesmo aps a manifestao da contadoria judicial (fls. 580), a Agravante foi intimada, em duas oportunidades distintas, a apresentar o clculo do valor devido considerando o total das despesas do autor (...) aplicando-se os limites do contrato (fls. 562), e ainda o que necessita a executada fazer simples: trazer uma planilha clara, por um lado, relacionando em uma coluna cada uma das despesas realizadas pelos autores, conforme relao de fls. 497/498 e documentos de fls. 458/466, que totalizam o valor de R$ 50.750,00, e de outro, em coluna paralela, indicar o percentual pago de cada uma das referidas despesas, conforme limites contratuais, que a parte afirma resultar naquele total de R$ 37.200,00. (fls. 680).

    Desrespeitado o dever de cooperao (vide fls. 637, aqui fls. 690), restou configurada a situao descrita no artigo 475-B, pargrafo 2, CPC, que assim dispe:

    Art. 475-B. Quando a determinao do valor da condenao depender apenas de clculo aritmtico, o credor requerer o cumprimento da sentena, na forma do art. 475-J desta Lei, instruindo o pedido com a memria discriminada e atualizada do clculo. 1 Quando a elaborao da memria do clculo depender de dados existentes em poder do devedor ou de terceiro, o juiz, a requerimento do credor, poder requisit-los, fixando prazo de at trinta dias para o

  • e-JTJ - 0034

    Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So PauloNovembro e Dezembro de 2013

    Juris

    prud

    nci

    a - D

    ireito

    Priv

    ado

    Ace

    sso

    ao S

    umr

    io

    cumprimento da diligncia. 2 Se os dados no forem, injustificadamente, apresentados pelo devedor, reputar-se-o corretos os clculos apresentados pelo credor, e, se no o forem pelo terceiro, configurar-se- a situao prevista no art. 362.Ora, tratando-se de dever dirigido executada, que tem por escopo

    garantir a efetiva tutela jurisdicional executiva, a sano processual para o descumprimento da ordem judicial, consiste na presuno de que os clculos elaborados pelo credor esto corretos.

    A propsito do tema:(...) Se os dados se acham sob o controle do devedor, o no cumprimento da ordem judicial redundar na sano de reputarem-se corretos os clculos apresentados pelo credor. Tal como se passa com a ao de prestao de contas, o executado perder o direito de impugnar o levantamento da parte contrria. (Humberto Theodoro Junior, Curso de Direito Processual Civil, Volume II, 34 ed., Forense, p. 90).

    E ainda:Se os dados no forem apresentados pelo executado com a apresentao de justificativa plausvel, sero reputados corretos pelo juiz os clculos apresentados pelo exequente. (...) A justificativa do executado com argumentos e provas convincentes essencial para que o juiz no aceite os clculos apresentados pelo exequente (Antnio Carlos Marcato, Cdigo de Processo Civil Interpretado, Ed. Atlas, 3 Edio Rev. e Atual., p. 1.558).

    Quando a elaborao da memria do clculo depender de dados existentes em poder do devedor ou de terceiro, o juiz, a requerimento do credor poder requisit-los, fixando prazo de at 30 (trinta) dias para o cumprimento da diligncia; se os dados no forem, injustificadamente, apresentados pelo devedor, reputar-se-o corretos os clculos apresentados pelo credor e a resistncia do terceiro ser considerada desobedincia, sem prejuzo da apreenso do documento se assim o credor o indicar (Luiz Fux, in Curso de Direito Processual Civil, 3 ed.; Forense, p. 1262).Com essas consideraes, meu voto nega provimento ao recurso.

    ACRDO

    Vistos, relatados e discutidos estes autos do Agravo de Instrumento

  • e-JTJ - 00 35

    Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So PauloNovembro e Dezembro de 2013

    Jurisprudncia - Direito P

    rivadoA

    cesso ao Sum

    rio

    n 0022278-44.2013.8.26.0000, da Comarca de So Paulo, em que agravante TINER CAMPO BELO EMPREENDIMENTOS IMOBILIRIOS RESIDENCIAIS SPE LTDA, agravado FERNANDO LUIZ BENTO PIRR. (Voto n: 0263)

    ACORDAM, em 3 Cmara de Direito Privado do Tribunal de Justia de So Paulo, proferir a seguinte deciso: Negaram provimento ao recurso. V. U., de conformidade com o voto do Relator, que integra este acrdo.

    O julgamento teve a participao dos Exmos. Desembargadores DONEG MORANDINI (Presidente) e BERETTA DA SILVEIRA.

    So Paulo, 2 de julho de 2013CARLOS ALBERTO DE SALLES, Relator

    Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO - Cautelar inominada - Contrato de promessa de compra e venda - Concedida liminar para suspenso da exigibilidade de parcelas mediante depsito em cauo do valor em aberto - Insurgncia em face da deciso que rejeitou a preliminar de inpcia da inicial, tendo ainda deferido a substituio da cauo em dinheiro por fiana bancria.Preliminar de intempestividade Inocorrncia - Embargos de declarao que interrompem o prazo para a interposio de agravo de instrumento, ainda que tenham sido rejeitados (art. 538, CPC).Inpcia da inicial Inocorrncia Desnecessidade de o valor da causa da cautelar corresponder ao benefcio econmico pretendido na ao principal Inaplicabilidade do art. 50, Lei 10.931/2004 Aplicao dos arts. 258, 259, 295, pargrafo nico, 801, CPC.Cauo para deferimento da liminar - Substituio de dinheiro por fiana bancria - Possibilidade - Escolha que cabe ao caucionante Interpretao do art. 50, 2, Lei 10.931/2004 luz do art. 827, CPC. Recurso a que se nega provimento.

    VOTOTrata-se de agravo de instrumento tirado contra deciso de fls. 356,

    integrada pela de fls. 425/427 que, em cautelar inominada, deferiu a substituio de cauo inicialmente prestada em dinheiro por fiana bancria, e afastou a

  • e-JTJ - 0036

    Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So PauloNovembro e Dezembro de 2013

    Juris

    prud

    nci

    a - D

    ireito

    Priv

    ado

    Ace

    sso

    ao S

    umr

    io

    preliminar de inpcia da petio inicial.Pleiteia o agravante a reforma do decisum alegando, em sntese, que

    ao que versa sobre alienao imobiliria deveria indicar precisamente o valor controvertido (art. 50, Lei 10.931/2004). Argumentou, outrossim, que somente seria cabvel cauo em dinheiro no caso (art. 50, 2, Lei 10.931/2004).

    No foi concedido o efeito suspensivo requerido, por v. deciso proferida pelo Exmo. Des. Jesus Lofrano, j aposentado (fls. 455).

    Apresentada contraminuta (fls. 458/492), encontram-se os autos em termos de julgamento.

    o relatrio.No merece prosperar o inconformismo, pelos fundamentos que seguem.Da tempestividade do recursoEm sua contraminuta, sustentou o agravado que o recurso seria

    intempestivo (fls. 472/475), uma vez que os embargos de declarao opostos em face da r. deciso agravada seriam na realidade mero pedido de reconsiderao no tendo, portanto, o condo de interromper o prazo para a interposio de recursos.

    No entanto, a jurisprudncia do E. Superior Tribunal de Justia, cuja orientao vem sendo acolhida por esta C. Cmara, fixou entendimento de que a oposio de embargos de declarao somente no interrompe o prazo para a interposio de outros recursos caso os primeiros venham a no ser conhecidos por intempestividade o que no corresponde hiptese dos autos. Nesse sentido:

    EMBARGOS DE DECLARAO. ALEGADA VIOLAO DO ARTIGO 535 DO CPC. CONTRADIO EXTERNA. IMPOSSIBILIDADE.

    () 3. A oposio dos embargos de declarao interrompe o prazo para interposio de outros recursos (art. 538 do CPC), salvo nos casos em que estes no so conhecidos por intempestividade, o que no o caso dos autos.4. Inexiste interesse de recorrer por parte da Unio, pois o acrdo embargado decidiu nos termos em que pretendido no recurso especial: a incidncia do imposto de renda sobre os juros de mora quando essa tributao ocorrer sobre importncia principal.5. Embargos de declarao rejeitados (EDcl no AgRg nos EDcl no AgRg no REsp 1234337/RS, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em21/05/2013, DJe 28/05/2013 sem destaque no original).

    AGRAVO. AO DE INDENIZAO SECURITRIA. Deciso que no conheceu do segundo recurso de embargos declaratrios, determinando a certificao do trnsito em julgado da sentena.

  • e-JTJ - 00 37

    Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So PauloNovembro e Dezembro de 2013

    Jurisprudncia - Direito P

    rivadoA

    cesso ao Sum

    rio

    Inconformismo. Acolhimento. Embargos declaratrios que interrompem o prazo para interposio de outros recursos, independentemente de seu conhecimento. Exegese do art. 538 do CPC. Precedentes. Deciso reformada. Recurso provido (TJSP, 3 Cmara de Direito Privado, agravo de instrumento n 0256198-59.2012.8.26.0000, rel. des. Viviani Nicolau, j. 26.2.2013 sem destaque no original).

    Superada a preliminar, passa-se ao exame do mrito do recurso.Da inaplicabilidade do art. 50, Lei n 10.931/2004 a cautelares.A agravante pretende a reforma da r. deciso agravada ao fundamento de

    que a petio inicial seria inepta, por no ter observado a disposio do art. 50 da Lei n 10.931/2004 (Nas aes judiciais que tenham por objeto obrigao decorrente de emprstimo, financiamento ou alienao imobilirios, o autor dever discriminar na petio inicial, dentre as obrigaes contratuais, aquelas que pretende controverter, quantificando o valor incontroverso, sob pena de inpcia).

    Entretanto, a ao de origem cautelar, em que no se discute propriamente alienao imobiliria, como sustenta a agravante, mas se busca apenas assegurar efetividade de futura ao revisional de contrato. A respeito, pertinente a lio de Kazuo Watanabe:

    () na tutela cautelar, segundo a doutrina dominante, h apenas a concesso de medidas colaterais que, diante da situao objetiva de perigo, procuram preservar as provas ou a assegurar a frutuosidade do provimento da ao principal. No dotado, assim, de carter satisfativo, a menos que se aceite, como o fazemos, a existncia de direito substancial de cautela, que satisfeito pelo provimento concessivo da tutela cautelar. (Tutela antecipatria e tutela especfica das obrigaes de fazer e no fazer arts. - 273 e 461, CPC. Obtido em www.rtoline.com.br, p. 11 do arquivo eletrnico. Publicao original: Revista de Direito do Consumidor, 19:1996 - sem destaque no original).Portanto, revela-se descabida a afirmao de que deveria ser aplicado o

    art. 50 da Lei n 10.931/2004 ao caso, uma vez que a discusso a respeito do valor controvertido ser profunda e exaurientemente desenvolvida apenas na ao principal, que se destinar reviso do contrato inicialmente entabulado pelas partes.

    Assim sendo, no h que se falar em inpcia da petio inicial, uma vez que aplicvel ao caso o disposto no art. 295, pargrafo nico, do Cdigo de Processo Civil.

    Para que no restem dvidas, esclarece-se que o E. Superior Tribunal de Justia e esta C. Cmara tm decidido pela desnecessidade de o valor da causa nas cautelares corresponder ao proveito econmico que se espera da ao

  • e-JTJ - 0038

    Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So PauloNovembro e Dezembro de 2013

    Juris

    prud

    nci

    a - D

    ireito

    Priv

    ado

    Ace

    sso

    ao S

    umr

    io

    principal (arts. 258, 259 e 801, CPC). Nesse sentido:Processual civil. Licitao. Ao cautelar. Valor da causa. Correspondncia com o valor da ao principal: desnecessidade. Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento (AgRg no AREsp 200.684/MG, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA TURMA, julgado em 28/08/2012, DJe 04/09/2012 sem destaque no original).AGRAVO PROTESTO CONTRA ALIENAO E BENS. Deciso que determinou a correo do valor da causa para adequ-lo ao proveito econmico pretendido. Inconformismo. Acolhimento. Ao principal e cautelar que veiculam pretenses diversas. Desnecessidade do valor da causa da cautelar refletir o valor do bem jurdico da principal. Precedentes. Deciso reformada. Recurso provido (TJSP, 3 Cmara de Direito Privado, agravo de instrumento n 0024524-13.2013.8.26.0000, rel. des. Viviani Nicolau, j. 5.3.2013 sem destaque no original).Da compatibilidade entre as disposies do art. 50, 2, Lei 10.931/2004

    e art. 827, CPCA agravante pleiteia ainda a reforma da r. deciso agravada ao fundamento

    de que o art. 50, 2, da Lei n 10.931/2004 estabeleceria que o nico tipo de cauo possvel nas aes de alienao imobiliria seria o depsito em dinheiro (A exigibilidade do valor controvertido poder ser suspensa mediante depsito do montante correspondente, no tempo e modo contratados).

    Entretanto, tampouco merece reparo a r. deciso agravada nesse ponto. que o dispositivo invocado pela agravante deve ser interpretado a partir de enfoques teleolgico e sistemtico, no literalmente como se pretende no recurso.

    Evidencia-se, desse modo, que a lei disse menos do que poderia, uma vez que o objetivo da norma guarnecer o incorporador que se veja no polo passivo de demanda contra o risco de inviabilidade do negcio, caso, durante o curso do processo, seja concedida liminar autorizando o adquirente a deixar de arcar com as parcelas do preo.

    Se assim , ento evidentemente que se deve permitir a aplicao do art. 827 do Cdigo de Processo Civil ao caso, pois referido escopo tambm alcanado pela garantia consubstanciada na fiana bancria. Nesse sentido:

    AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO CIVIL. EXECUO DE TTULO EXTRAJUDICIAL. OFERECIMENTO DE CAUO SUBSTITUTIVA. ADEQUAO E SUFICINCIA DE CARTA DE FIANA. NECESSIDADE DE REEXAME DE FATOS E PROVAS. INVIABILIDADE. SMULA 07/STJ. ART. 587 DO CPC. EXECUO TORNADA DEFINITIVA. INEXIGIBILIDADE DE

  • e-JTJ - 00 39

    Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So PauloNovembro e Dezembro de 2013

    Jurisprudncia - Direito P

    rivadoA

    cesso ao Sum

    rio

    CAUO. EXCESSO DE EXECUO. FUNDAMENTO INATACADO. SMULA 283/STF.

    1. A agravante no trouxe argumentos novos capazes de infirmar os fundamentos que aliceraram a deciso agravada, razo que enseja a negativa de provimento ao agravo regimental.2. Se o Tribunal estadual asseverou a adequao e suficincia da carta de fiana apresentada, sendo idnea para servir de cauo substitutiva, a inverso do julgado, no ponto, encontra bice na Smula 07 do STJ. () (AgRg no Ag 1243624/SP, Rel. Ministro VASCO DELLA GIUSTINA (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/RS), TERCEIRA TURMA, julgado em 14/09/2010, DJe 20/09/2010 sem destaque no original).Por fim, eventual insuficincia da garantia prestada luz da matria

    discutida na ao revisional no comporta apreciao nessa sede.Pelo exposto, nega-se provimento ao recurso.

    ACRDO

    Vistos, relatados e discutidos estes autos do Agravo de Instrumento n 0023658-05.2013.8.26.0000, da Comarca de Santa Branca, em que so agravantes ANTONIO CARLOS TEIXEIRA DE ANDRADE (ESPLIO) e TERESINHA VILELLA DE ANDRADE (INVENTARIANTE), agravado FAZENDA DO ESTADO DE SO PAULO. (Voto n 4264).

    ACORDAM, em 8 Cmara de Direito Privado do Tribunal de Justia de So Paulo, proferir a seguinte deciso: Deram provimento em parte ao recurso. V. U., de conformidade com o voto do Relator, que integra este acrdo.

    O julgamento teve a participao dos Exmos. Desembargadores SALLES ROSSI (Presidente sem voto), SILVRIO DA SILVA E THEODURETO CAMARGO.

    So Paulo, 31 de julho de 2013PEDRO DE ALCNTARA DA SILVA LEME FILHO, Relator

    Ementa: Arrolamento. Imposto de transmisso causa mortis. Deciso que determinou o recolhimento do imposto devido e indicado pelo Fisco. Formalidade burocrtica descabida. Hiptese em que, com a oportuna e necessria interveno da Fazenda, a conferncia da exatido do recolhimento do tributo

  • e-JTJ - 0040

    Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So PauloNovembro e Dezembro de 2013

    Juris

    prud

    nci

    a - D

    ireito

    Priv

    ado

    Ace

    sso

    ao S

    umr

    io

    haveria de ser adequadamente promovida no mbito administrativo, sem embaraar o andamento do processo. Arts. 1.034 e 1.031, 2, do CPC. Deciso reformada. Agravo parcialmente provido.

    VOTOAgravo de instrumento interposto contra deciso (fls. 14) que, nos autos

    de arrolamento, determinou o cumprimento do recolhimento da diferena do imposto causa mortis.

    As razes do agravo aduzem que a determinao do cumprimento da Portaria CAT 15/03, na qual os interessados tero que recolher a diferena referente complementao do imposto causa mortis, antes mesmo de ser decidida a questo na esfera administrativa, causar enormes prejuzos. Afirmam que o presente caso se trata de arrolamento, onde em estrita conformidade com os ditames contidos no art. 1034 do Cdigo de Processo Civil, preceitua que no arrolamento no sero conhecidas ou apreciadas as questes relativas ao lanamento, ao pagamento ou quitao de taxas judicirias e de tributos.

    Recurso processado com atribuio de efeito suspensivo (fls. 69) e respondido (fls. 75/89).

    o relatrio.O agravante afirma que o ITCMD foi recolhido em estrita conformidade

    com o determinado no CTN , ou seja, de acordo com o valor venal atribudo para o Imposto Territorial Rural ITR, para o exerccio de 2011, ano do bito do inventariante. Afirma que o fisco pretende eleger o valor trs vezes maior que o valor venal, e, portanto, inteiramente equivocada a deciso.

    O inconformismo convence, em parte.Pela interpretao harmnica do art. 1.034 c/c o art. 1.031, 2, do

    CPC, normas da legislao federal, que, no campo processual, obviamente tm prevalncia sobre a legislao estadual, a questo tributria no deve embaraar a mais rpida ultimao dos arrolamentos, claro que sem omitir a oportunidade de a Fazenda Estadual, nos prprios autos, manifestar-se expressamente a respeito.

    O que no se pode conceber a paralisao do processo, a fim de que seja, a pretexto de observncia de normas estaduais de interesse do Fisco, previamente instaurado um procedimento administrativo de cunho burocrtico e formalista, que s viria a travar o andamento e o trmino do arrolamento, que a lei processual quis mais gil e clere.

    No se deve olvidar que eventuais direitos de crdito tributrio do Fisco Estadual continuaro resguardados e podero ser apurados, reclamados e satisfeitos na via administrativa (art. 1.034, 2, do C.P.C.), sem prejuzo do

  • e-JTJ - 00 41

    Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So PauloNovembro e Dezembro de 2013

    Jurisprudncia - Direito P

    rivadoA

    cesso ao Sum

    rio

    normal encerramento do arrolamento.O Colendo Superior Tribunal de Justia, no aresto supramencionado

    (R.T. 739/209), deixou assentado, em acrdo relatado pelo eminente Ministro SLVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA, merecer prestgio, mesmo na vigncia da Lei n 9.280/96, que alterou o art. 1.031, CPC, a jurisprudncia desse Tribunal no sentido de no se admitir, no arrolamento, questionamentos acerca do pagamento de tributos relativos transmisso.

    Em esclarecedor voto vogal, o nclito Ministro RUY ROSADO DE AGUIAR, acrescentou a propsito da alterao havida com o pargrafo 2 introduzido no art. 1.031: essa interpretao literal, contudo, no se afeioa ao sistema de controle judicial e simplificao dos instrumentos processuais, a recomendar que todas as questes concernentes ao arrolamento sejam resolvidas pelo juiz, e, preferentemente, no prprio processo instaurado, salvo matria de alta indagao. Por isso, quero ressaltar que caber ao juiz do arrolamento apreciar eventual negativa da Fazenda quanto comprovao do pagamento dos tributos decorrentes da partilha, e decidir sobre a expedio ou no dos atos respectivos. E isso significa que o juiz, para esse fim, dever apreciar a questo fiscal e decidir sobre ela, pois essa deciso sobre a expedio do formal ser sempre judicial, ainda que haja manifestao contrria da Fazenda. por isso que a interpretao do art. 1.034 do CPC deve ser feita, a partir de agora, penso eu, com essa restrio.

    Em hiptese anloga, j decidiu esta Cmara, em acrdo subscrito pelo eminente Des. SALLES ROSSI (Agravo de Instrumento n 990.10.111410-0, Santos, j. 30.06.2010, v.u.), cujos fundamentos, por pertinentes, so integralmente adotados:

    de clareza meridiana que no escapa a obrigao do pagamento e lanamento dos tributos decorrente da transmisso da propriedade dos bens, pelo motivo do falecimento do autor da herana.

    Todavia, a discusso acerca de seu teor, indubitavelmente, extrapola o limite objetivo da causa em ao de arrolamento, de rito sumrio, que deve ter curso muito mais clere que o inventrio, de rito ordinrio, segundo expe o artigo 1.034 do Cdigo de Processo Civil, a saber:

    ... Art. 1.034. No arrolamento, no sero conhecidas ou apreciadas questes relativas ao lanamento, ao pagamento ou quitao de taxas judicirias e de tributos incidentes sobre a transmisso da propriedade dos bens do esplio. (Redao dada pela Lei n 7.019, de 31.8.1982)

    1 A taxa judiciria, se devida, ser calculada com base no valor atribudo pelos herdeiros, cabendo ao fisco, se apurar em processo administrativo valor diverso do estimado, exigir a eventual diferena pelos meios adequados ao lanamento de crditos tributrios em geral. (Includo

  • e-JTJ - 0042

    Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So PauloNovembro e Dezembro de 2013

    Juris

    prud

    nci

    a - D

    ireito

    Priv

    ado

    Ace

    sso

    ao S

    umr

    io

    pela Lei n 7.019, de 31.8.1982). 2 O imposto de transmisso ser objeto de lanamento administrativo,

    conforme dispuser a legislao tributria, no ficando as autoridades fazendrias adstritas aos valores dos bens do esplio atribudos pelos herdeiros. (Includo pela Lei n 7.019, de 31.8.1982)... (original no grifado) A interpretao sistemtica e teleolgica da norma propende ao entendimento de que o chamamento da autoridade fazendria consiste apenas a tomar conhecimento dos dados franqueados pelo contribuinte e, no caso de haver desiderato impugnativo deve proceder busca do reconhecimento de sua pretenso, pela via administrativa ou judicial apropriada, em outra relao jurdica processual.

    Outrossim, o meio pelo qual o contribuinte apresenta as informaes tributrias faculdade atribuda exclusivamente ao seu crivo, seja a forma tradicional de se dirigir pessoal e fisicamente ao rgo competente, seja a nova modalidade virtual junto ao Posto Fiscal Eletrnico (www.pfe.fazenda.sp.gov.br), atravs da digitalizao dos elementos probatrios documentais.

    Destarte, qualquer interveno na liberdade da vontade da parte mostra-se arbitrria e ilegal, uma vez que o prprio regulamento da matria autoriza a escolha seletiva da declarao tributria, como reza a disposio da Portaria CAT-5, de 22 de janeiro de 2.007:

    ... Artigo 1 - Antes da lavratura de escritura pblica, nas hipteses previstas nos artigos 982 e 1.124-A do Cdigo de Processo Civil, na redao dada pela Lei federal 11.441, de 4 de janeiro de 2007, devem ser apresentados no Posto Fiscal da rea da localizao do tabelio eleito para a realizao de tal ato pelo interessado:

    I - na hiptese de transmisso causa mortis:a) a declarao do ITCMD, com o valor atribudo aos bens ou direitos

    objetos da transmisso;b) o demonstrativo do ITCMD;c) o comprovante de recolhimento do ITCMD - causa mortis por

    meio da Guia de Arrecadao Estadual - GAREITCMD;d) os documentos relacionados no Anexo VIII da Portaria CAT-15, de 6

    de fevereiro de 2003, quando aplicveis;e) os Anexos I a V da Portaria CAT-15, de 6 de fevereiro de 2003,

    quando aplicveis se houver;f) a minuta da escritura pblica do ato em questo, se houver;II-...a)... 1 - Podem ser emitidos eletronicamente, mediante programa

    disponvel no Posto Fiscal Eletrnico, no endereo eletrnico http://pfe.

  • e-JTJ - 00 43

    Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So PauloNovembro e Dezembro de 2013

    Jurisprudncia - Direito P

    rivadoA

    cesso ao Sum

    rio

    fazenda.sp.gov.br, os documentos mencionados nas alneas a, b e c do inciso I e na alnea c do inciso II.

    2 - Poder ser dispensada a apresentao dos documentos a seguir relacionados, constantes da Portaria CAT-15, de 6 de fevereiro de 2003, desde que o representante legal se responsabilize pela exatido da Declarao do ITCMD declarando, conforme modelo constante no Anexo nico, que a Declarao do ITCMD tenha sido efetuada na forma da lei com base em documentos idneos, capazes de comprovar a sua veracidade:

    3-... 4 - para verificao do Posto Fiscal da rea da localizao do

    tabelio eleito, o interessado poder acessar a pgina eletrnica http://www.fazenda.sp.gov.br/regionais, informando o Municpio e, se for o caso, o CEP do endereo do tabelio.

    5 - Tratando-se de tabelio de outra Unidade federada, o Posto Fiscal o PFC 11 S, situado na Avenida Rangel Pestana, 300, 1 andar, Centro, So Paulo - CEP 01017-911, admitindo-se, nesse caso, que a entrega dos documentos e declaraes seja efetuada via postal, por conta e risco do interessado...

    Em suma, assiste inventariante o direito de prestar o lanamento que se sujeitar homologao, pelo modo que lhe convm e Fazenda Estadual postular as retificaes que reputar necessrias em outra esfera.

    Por essas razes, merece parcial reforma a deciso, para o fim de ser intimada a Fazenda Estadual, sem paralizao do andamento do feito, que deve ter regular prosseguimento.

    Ante o exposto, pelo meu voto, d-se parcial provimento ao recurso.

    ACRDO

    Vistos, relatados e discutidos estes autos do Agravo de Instrumento n 0045143-61.2013.8.26.0000, da Comarca de So Paulo, em que agravante T. L. M. P., so agravados L. A. L. P. (MENOR) e A. L. A. P.

    ACORDAM, em 5 Cmara de Direito Privado do Tribunal de Justia de So Paulo, proferir a seguinte deciso: Deram provimento ao recurso. V. U., de conformidade com o voto do Relator, que integra este acrdo.

    O julgamento teve a participao dos Exmos. Desembargadores MOREIRA VIEGAS (Presidente sem voto), ERICKSON GAVAZZA MARQUES E J.L. MNACO DA SILVA.

    So Paulo, 3 de julho de 2013

  • e-JTJ - 0044

    Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So PauloNovembro e Dezembro de 2013

    Juris

    prud

    nci

    a - D

    ireito

    Priv

    ado

    Ace

    sso

    ao S

    umr

    io

    A.C.MATHIAS COLTRO RELATOR

    Ementa: Agravo de instrumento Fixao de alimentos provisrios quantum estabelecido, em sede de antecipao de tutela recursal, que se mostra adequado, por ora demais questes que devem ser objeto de apreciao em primeiro grau - agravo provido, ratificada a tutela antecipada.

    VOTOCuida-se de agravo de instrumento contra r. deciso de primeiro grau

    que, em ao de oferta de alimentos, fixou os provisrios em R$ 100.000,00, atualizados anualmente pelo IGP-M, alm dos salrios dos funcionrios, despesas escolares e atividades extracurriculares da menor, plano de sade da genitora e filha, alm de terapias e gastos extras de sade de ambas.

    Pretende o agravante a reforma do decisum, argumentando ser excessivo o encargo alimentar, reduzindo-se para os valores declinados no item 41 da inicial do agravo ou, subsidiariamente, para outra quantia a ser arbitrada por esta Cmara.

    Foi deferida antecipao de tutela recursal, reduzindo-se o pensionamento para R$ 60.000,00, levando-se em conta que o alimentante arcar diretamente com o pagamento direto das despesas relativas moradia, estudo e outras.

    Foram apresentadas as contrarrazes (fls. 1416/1440), onde se postulou a reconsiderao da deciso que deferiu a antecipao de tutela, bem como foram prestadas informaes pelo e. juzo (fls. 1442/1444).

    Nesta instncia, emitiu a digna Procuradoria Geral de Justia parecer pelo desprovimento (fls. 336/337).

    o relatrio.Pese o alinhavado pelo egrgio juzo, tem-se que o agravo comporta

    acolhimento, restando prejudicado o pedido de reconsiderao formulado pelas agravadas.

    Como sabido, os alimentos devem ser fixados em estrita obedincia ao trinmio necessidade/possibilidade/razoabilidade, principalmente quando se trata, como no caso, de provimento cautelar objetivando tal estipulao.

    Ademais e para o fim de que se cuida, o quantum fixado em sede de antecipao de tutela recursal, ao menos por ora, atende a tal critrio, conforme o que at agora existe nos autos.

    Conquanto o elevadssimo padro de vida das partes, vale ressaltar que no mdica a quantia fixada, nesta instncia, a ttulo de provisrios, tendo

  • e-JTJ - 00 45

    Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So PauloNovembro e Dezembro de 2013

    Jurisprudncia - Direito P

    rivadoA

    cesso ao Sum

    rio

    em vista que as despesas de moradia (IPTU e taxas condominiais), despesas com funcionrios, mensalidades escolares da menor e gastos extracurriculares, custeio do plano de sade da genitora e filha e outras despesas extraordinrias com terapias e viagens, sero arcadas diretamente pelo alimentante.

    o quanto basta, neste passo, ao que se decide, principalmente porque eventuais e outras consideraes podem alcanar o prprio mrito da questo, a ser apreciado ulteriormente e consoante elementos outros que forem produzidos no processo.

    Essas as razes pelas quais se entende ser possvel acolher o agravo interposto, manifestando-se aqui o quanto se tem como necessrio e suficiente soluo da causa, dentro da moldura em que apresentada e segundo o espectro da lide e legislao incidente na espcie, sem ensejo a disposio diversa e conducente a outra concluso, inclusive no tocante a eventual pr-questionamento de questo federal, anotando-se, por fim, haver-se decidido a matria consoante o que a turma julgadora teve como preciso a tanto, na formao de sua convico, sem ensejo a que se afirme sobre eventual desconsiderao ao que quer que seja, no mbito do debate travado entre os litigantes.

    Ante o exposto, d-se provimento ao agravo, ratificada a antecipao de tutela.

    ACRDO

    Vistos, relatados e discutidos estes autos do Agravo de Instrumento n 0051393-13.2013.8.26.0000, da Comarca de So Paulo, em que agravante D. J. B., so agravados L. A. S. (REPRESENTANDO MENOR(ES)), B. S. B. (ASSISTIDO(A) POR SUA ME) e A. S.G B. (REPRESENTADO(A) POR SUA ME). (Voto n 18801)

    ACORDAM, em 4 Cmara de Direito Privado do Tribunal de Justia de So Paulo, proferir a seguinte deciso: Negaram provimento ao recurso. V. U., de conformidade com o voto do Relator, que integra este acrdo.

    O julgamento teve a participao dos Exmo. Desembargadores MAIA DA CUNHA (Presidente sem voto), FBIO QUADROS E NATAN ZELINSCHI DE ARRUDA.

    So Paulo, 25 de julho de 2013.TEIXEIRA LEITE, Relator

    Ementa: EXECUO. ATO ATENTATRIO DIGNIDADE DA JUSTIA. MULTA. Art. 600, I CPC. Ocorrncia. Agravante que, ao se e