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Revista Juntos! | Edição nº 7 | Abril/Maio/Junho - 2015 - Revista Trimestral da Editora do Brasil.

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PresidenteMaria Apparecida Cavalcante Costa

Vice-presidenteAurea Regina Cavalcante Costa

DIRETORIA

Diretora ExecutivaMaria Lucia Kerr Cavalcante Queiroz

DiretorVictor S. Musumeci

Diretor GeralVicente Avanso

Diretora EditorialCibele Mendes Curto dos Santos

Diretora AdministrativaEdneia Rodrigues O. Silveira

REDAÇÃO E MARKETING

Gerente de Marketing e Inteligência de MercadoClécio Oliveira

Redação e EdiçãoClécio Oliveira

ReportagemTânia Pescarini

Edição de Arte e IlustraçõesRodrigo Grola

Coordenador de ArteRodrigo Grola

Projeto GráficoRodrigo Grola

Supervisora de CPEMarta Dias Portero

Coordenadora de CPELeila P. Jungstedt

PALAVRA DA DIRETORIA > Vicente Avanso 3

NOVIDADES DA BRASIL > A aventura de Celeste 4

JUNTOS FAZEMOS A BRASIL > Foi um sucesso! 10

DISCUTINDO A EDUCAÇÃO > Escola Móvel: uma história de inclusão 16

VITRINE CULTURAL > Joan Miró – A força da matéria 25

DE OLHO NO MERCADO > Época de ajustes, época de cortes 26

ESTRATÉGIA BRASIL > Planejamento Estratégico 28

A BRASIL É FEITA DE GENTE > Investindo no talento comercial 30

TEMPOS DE ESCOLA 32

ABRIL, MAIO E JUNHO 2015

facebook.com/EditoraDoBrasil

twitter.com/EditoraDoBrasil

youtube.com/EditoraDoBrasil

Rua Conselheiro Nébias, 887São Paulo/SP – CEP 01203-001Fone: (11) 3226-0211 / Fax: (11) 3222-5583www.editoradobrasil.com.br

Este informativo é uma publicação da Editora do Brasil

S U M Á R I O

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Planejamento Estratégico. Por que é tão importante?

PALAVRA DA DIRETORIA > Vicente Avanso 3

NOVIDADES DA BRASIL > A aventura de Celeste 4

JUNTOS FAZEMOS A BRASIL > Foi um sucesso! 10

DISCUTINDO A EDUCAÇÃO > Escola Móvel: uma história de inclusão 16

VITRINE CULTURAL > Joan Miró – A força da matéria 25

DE OLHO NO MERCADO > Época de ajustes, época de cortes 26

ESTRATÉGIA BRASIL > Planejamento Estratégico 28

A BRASIL É FEITA DE GENTE > Investindo no talento comercial 30

TEMPOS DE ESCOLA 32

J á trabalhei em outros ramos de atividade em empresas de diversos tamanhos, nacio-nais ou multinacionais, e todas tinham seus Planos Estratégicos. Porém, com uma ­significativa­diferença:­havia­aquelas­que­tratavam­o­assunto­com­seriedade,­acom-panhamento­e­controle­e­outras­que­somente­elaboravam­seus­planos­por­ordem­da­

matriz ou, pior ainda, “apenas por fazer”.Sendo­assim,­costumo­diferenciar­aqueles­que­em­primeiro­lugar­se­dedicam­para­­elaborá‑lo­

e imediatamente colocá-lo em prática administrando seus planos estratégicos, seguindo seus prognósticos, em constante atualização com base nos pontos de acompanhamento, checagem de­ritmo,­análise­de­desvios,­medindo­a­aderência­ao­planejamento­original­daqueles­que­o­constituíram “apenas por fazer”.

Em minha opinião, essa segunda turma, de “torcedores do contra”, somente se remeterá ao­plano­quando­a­chefia­mandar­e­quiser­compará‑los­aos­seus­pares­de­outro­país­ou­filial.­­­Apenas nesse momento se recordarão de sua existência e aproveitarão para medir as diferen-ças­acumuladas­ao­longo­dos­anos­ou­ciclos­seguintes­apenas­para­provar­que­todo­o­esforço­não­era­tão­necessário­e­o­pior­ainda:­que­nunca­serviu­para­nada.

Todos­sabem­que­estamos­elaborando­nosso­planejamento­estratégico­com­a­contratação­da Lunica, uma consultoria especializada e dedicada para esse tipo de trabalho.

Vale­lembrar­que­todo­o­processo­só­foi­possível­após­a­EBSA­ter­elaborado­o­plano­edito-rial­de­longo­prazo,­definir­seu­posicionamento,­elaborar­uma­nova­comunicação­e­implantar­o orçamento anual.

Desde­o­início­de­2013,­quando­iniciamos­o­projeto­do­novo­posicionamento­de­marketing­em conjunto com a implantação do orçamento anual, percebi a seriedade e o compromisso de todos com os objetivos da companhia.

E­agora,­mais­uma­vez,­tenho­a­mais­absoluta­certeza­de­que­essa­importantíssima­ferramenta­que­nos­orientará­pelos­próximos­anos está sendo trabalhada com total seriedade, comprometimento e­efetiva­participação­de­todos­os­colaboradores­e­a­certeza­de­que,­felizmente,­nos­enquadramos­nas­empresas­que­se­servem­de­seus­planos para navegar em direção ao sucesso com consciência e foco.

Boa leitura!

Vicente AvansoDiretor-Geral

PA L A V R A D A D I R E T O R I A

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A aventura de CelesteCeleste é uma menina cheia de imaginação e bem levada. Ela gosta de inventar histórias, principalmente para ludibriar sua professora. Mas tudo muda de figura quando ela descobre que mentir não é o melhor caminho...

A personagem principal do livro A inven-ção de Celeste, da Editora do Brasil, será a mascote de uma ação pioneira da editora. Com o objetivo de esti-

mular a leitura entre os pequenos, o projeto prevê a combinação do mundo lúdico e imagi-nativo da criança com o prazer de ler: vamos nos apropriar dos elementos que povoam o universo infantil para conquistar as crianças e aproximá-las do hábito da leitura. Clécio de Oliveira, gerente de marketing da EBSA, comenta que hoje o livro físico, em papel, compete pela atenção da criança com outros estímulos, como

games, entretenimento eletrônico (como YouTube, Netflix),

jogos, brinquedos e televisão. “O livro exige da criança que ela pare e leia, exige dedicação exclusiva”, comenta Clécio. E esse tipo de con-centração prolongada – uma das habilidades importantes para o aprendizado – está menos direcionada à leitura que no passado.

Ao contrário das histórias que a criança vivencia nos games e em desenhos animados ou séries, o livro exige que ela exercite a imagina-ção e crie por si mesma. Talvez por isso mesmo a escola ainda precise tanto do livro. A questão é que, com a abundância que hoje existe em produção de fantasias vivenciáveis, esse pro-cesso criativo pode perder espaço. Então como estimular a leitura em uma criança de sete, oito anos de idade? Uma vez que não podemos

negar a concorrência com outros estímulos, uma boa ideia pode ser apropriar-se deles.

Celeste, ao vivo e em cores. Muitas cores!

Tudo começa no ambiente eletrônico, com o uso da internet, para que os alunos tenham o primeiro contato com a carismática Celeste. Em sala de aula, o professor criará um ambiente que estimulará a imaginação dos alunos, com jogos e brincadeiras, gerando a expectativa para o tão esperado encontro “em pessoa”. Num

NOVIDADES DA BRASIL

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determinado momento pro-gramado, Celeste ganha vida e visita a escola para interagir com os alunos. Mas a fantasia não termina aí. A menina ainda vai continuar conversando com os pequenos em seu chat e eles a acompanharão em seu blog de viagens.

Para a concretização dessa jornada, o departamento de marketing, em par-ceria com o editorial de literatura, con-tratou os serviços de um estúdio especia-lizado, que desenvolveu uma fantasia sob medida, para que uma atriz profissional “encarne” a personagem. “Além disso, toda a personalidade, gesticulações, voz etc. foram concebidos e incor-porados de maneira a desper-tar a imaginação das crian-ças”, comenta Gilsandro Sales, coordenador do Editorial de Literatura e Paradidáticos.

Celeste viajará por todas as filiais da EBSA, visitando escolas selecionadas, regis-trando suas experiências por onde passa. A interação com os alunos e professores é o ponto alto da ação promocional, mas constitui ape-nas uma parte de um contexto em que o obje-tivo principal é despertar, desde cedo, o pra-zer da leitura.

O blog de viagem é outra ferramenta didá-tica que ganha destaque. As visitas às capitais Brasil afora vão render também relatos sobre elementos das culturas regionais. Celeste vai apresentar aos alunos folclore, dança e comi-das típicas de diferentes partes do país.

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Os canais de mídia social da Editora do

Brasil já reúnem mais de 50 mil seguidores; somente na segunda

semana de junho, mais de 2 mil pessoas

visitaram e curtiram a EBSA no Facebook.

Na mente e na mão do professorDesde o início do ano, a Editora do Brasil tem expandido seus canais de mídia digital; além de um novo site institucional, há o EducaBrasil, o site do PNLD e a Fan Page PNLD no Facebook. Todo o conteúdo está adaptado às plataformas móveis, garantindo a conveniência do educador

Comunicação é diálogo, é parte funda-mental da nossa vida, é um processo de aprendizado e um ato pedagógico. No século XXI, comunicar é, cada vez

mais, comunicar digitalmente. Pensando nisso, a Editora do Brasil reformulou seus canais de mídia digital, tornando-os mais amigáveis, adaptados a dispositivos móveis e facilitando sua navegação. A aposta é estreitar

a comunicação entre a editora e os profissio-nais de educação de todo o País. Esse movi-mento de aproximação com as escolas e pro-fessores tem início no final de 2014, com a reelaboração do site institucional.

Em 2015, veio o site do PNLD, formu-lado para atender também a questões e peculiaridades das escolas públicas e das redes de ensino. “Esse é um site com uma

NOVIDADES DA BRASIL

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Tanto o EducaBrasil quanto o novo site do PNLD abrem novos canais de comunicação com professores e escolas parceiras, trazem ferramentas interativas e apresentam um layout bonito e lúdico, assim como os livros da editora.

arquitetura da informação muito bem pen-sada”, comenta Vinícius Neves, analista de marketing digital e parte integrante do pro-cesso. Em apenas dois meses, o site do PNLD já marca 6.300 acessos mensais. Outra inicia-tiva de comunicação com os professores foram as matérias sobre práticas escolares, que têm gerado bastante repercussão.

A terceira etapa da reformulação e expansão dos canais de comunicação digital da Editora do Brasil consistiu na criação do site EducaBrasil e da página do EducaBrasil nas redes sociais. O site é multiplataforma, tem navegação leve

e intuitiva e apresenta o documentário Laços da Educação, um emocionante relato sobre a educação brasileira. O EducaBrasil comunica ainda as novas parcerias da Brasil, como a com o Instituto Crescer, e também oferece ferramen-tas concretas e viáveis para os principais desa-fios da educação brasileira. Os desafios propostos são dos mais relevantes: 1) diálogo entre ava-liações externas e internas; 2) educação inclu-siva; 3) gestão inovadora; 4) as neurociências e a educação; 5) criatividade, motivação e prá-ticas pedagógicas. O EducaBrasil já conta com mais de mil acessos mensais.

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EBSA no ar!Parceria da Editora do Brasil com a Rádio Bandeirantes promove discussões sobre educação

Paulo Galvão, apresentador do programa Bandeirantes Acontece.

Bandeirantes Acontecedomingo, às 21h30

Frequências:AM 840 kHzFM 90,9 MHz

Na internet:radiobandeirantes.band.uol.com.br

A Editora do Brasil acaba de fechar uma parceria com a Rádio Bandeirantes. A Brasil protagonizará o quadro “o professor dá o recado”, no pro-

grama Bandeirantes Acontece, que vai ao ar nas noites de domingo.

O jornalista e apresentador Paulo Galvão abordará assuntos ligados à educação em entrevistas estimulantes, com a participa-ção dos ouvintes. Os entrevistados incluirão pessoas ligadas à Editora do Brasil, sejam autores, colaboradores ou parceiros.

Desde sua estreia, no dia 7 de junho, Galvão tem promovido uma série de deba-tes relacionados às frentes de trabalho do EducaBrasil. Os parceiros do programa estão sendo entrevistados pelo apresentador, que ressalta o grande interesse e intensa parti-cipação do público.

Duas parceiras do EducaBrasil já pas-saram pelo Bandeirantes Acontece: a pro-fessora Luciana Allan, do Instituto Crescer, falando sobre o desafio de educar na era digital, e a socióloga Marta Gil, discutindo o desafio da inclusão de pessoas com defi-ciência na escola.

A autora Telma Guimarães também foi entrevistada e conversou sobre a polêmica em torno da obra Menina Não Entra, publicado pela Editora do Brasil, na Câmara Municipal de Guarulhos, SP. O debate contou ainda com a participação de Jane Felipe, doutora em Psicologia e docente na UFRGS, tratando do tema da educação sexual e identidade de gênero no contexto escolar.

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NOVIDADES DA BRASIL

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Elas preferem a BrasilMunicípio de Valparaíso de Goiás aposta na EBSA desde 2013

Desde 2013, o município de Valparaíso de Goiás investe na Educação Infantil adquirindo obras da Editora do Brasil como

ferramenta importante no desenvolvi-mento do ensino e aprendizagem.

Em 2015, foram adquiridos 11.700 livros para atender aos 5.200 alunos da rede municipal de ensino.

No dia 10 de abril, a prefeita da cidade, Lucimar Conceição do Nascimento, junto à Secretária Municipal de Educação Ana Cláudia Malta Paulino e outras autori-dades do governo, reuniu a comunidade escolar do Centro Municipal de Educação Infantil Janete dos Santos Cardoso e todos os diretores escolares das instituições de ensino desse segmento para a entrega oficial dos kits. A solenidade contou com a fala das autoridades competentes e a entrega simbólica dos livros aos direto-res escolares presentes.

A aquisição desse recurso consolida o compromisso do corpo técnico da Secretaria de Educação com as propostas certas para um ensino de qualidade e transformador.

E, para concretizar esse propósito, o município abraçou as propostas da Coleção TIC-TAC – É tempo de Aprender, da Editora do Brasil, que tem como objetivo primordial “possibilitar o desenvolvimento da criança na escola, proporcionando novas formas de aprender, o que estabelece uma ponte direta e perfeita para o sucesso do processo de ensino, na Educação Infantil”, comenta Ana Cláudia Malta, Secretária Municipal de Educação de Valparaíso de Goiás.

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Diretoras das Escolas de Educação Infantil que receberam simbolicamente os livros durante a solenidade.

Ana Cláudia Malta Paulino, Secretária de Educação, Lizânia Arcelino Soares dos Santos, Coordenadora Central da Educação Infantil da Secretaria de Educação, Maria Elielma dos Santos, Diretora de Assuntos Técnicos Pedagógicos, Clarindo Moura, Secretário de Participação Cidadã e Maria de Fátima Alves de Sá, Diretora do Centro Municipal de Educação Infantil Pró-Saber.

Lucimar Conceição do Nascimento, prefeita do município de Valparaíso de Goiás, fala a todos os presentes durante a solenidade.

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JUNTOS FAZEMOS A BRASIL

FOI UM SUCESSO! COM GRANDE RECEPTIVIDADE,

REPRESENTANTES DA REDE PÚBLICA DE TODO

O PAÍS APOIARAM O EDUCABRASIL

JUNTOS FAZEMOS A BRASIL

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JUNTOS FAZEMOS A BRASIL

Foram 18 eventos em 10 esta-dos brasileiros, que conta-ram com a presença de mais de mil tomadores de decisão,

incluindo secretários de educação, diretores regionais, coordenadores pedagógicos, diretores de escolas, entre outros. No total, estima-se que os educadores presentes represen-tem mais de 12 mil alunos do Ensino Fundamental I da rede pública de ensino.

Os encontros tiveram um momento emocionante, com a apresentação do curta-metragem Laços da Educação, uma produção exclusiva da Editora do Brasil, que retrata um dia na educa-ção pública em quatro realidades bra-sileiras. Os convidados claramente se identificaram com o documentário e se emocionaram ao verem seu dia a dia representado de forma tão poé-tica, ainda que realista.

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Foi disponibilizada uma área no site do EducaBrasil (www.educa-brasil.com) para o preenchimento dos participantes dos eventos e potenciais parceiros que eventualmente tenham sido trabalhados fora dos eventos.O objetivo é que todas as escolas e secretarias que se manifestem participem do EducaBrasil (desde que estejam dentro do perfil inicialmente estabelecido). No entanto, o número de participantes por escola, diretoria, secretaria etc. será aprovado de acordo com os critérios a serem estabelecidos (na Fase 4).

Ao final do período de manifestação de interesse, faremos contato com as pessoas que não se manifestaram no site, a partir da lista de participantes de cada evento, garan-tindo que todos estejam cientes do processo. Em paralelo, as equipes comerciais também reforçarão a divulgação.Período: 22/06 a 30/06

JUNTOS FAZEMOS A BRASIL

As fases de implementação do EducaBrasil

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Enviaremos um comunicado a todos os que manifestaram interesse no programa, expli-cando que, em agosto, serão contatados/visitados, ocasião na qual receberão informa-ções sobre os critérios utili-zados para a determinação do número de vagas para cada escola, diretoria e secretaria.

As equipes deverão visitar/con-tatar os potenciais participan-tes do Programa, explicando os critérios adotados para a defi-nição de vagas. Nessa ocasião, o cadastro será efetivado. Período: 01/08 a 20/08

Com base no número de interessados, defi-niremos os critérios que determinarão o número de vagas por escola, diretoria e secretaria no programa. Temos uma limi-tação orçamentária que deve ser respei-tada, motivo pelo qual precisamos estabe-lecer uma métrica racional que viabilize o investimento.

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DISCUTINDO A EDUCAÇÃO

ESCOLA MÓVEL: UMA HISTÓRIA DE INCLUSÃOCOM A ESCOLA MÓVEL, O GRAACC OFERECE A CRIANÇAS E

ADOLESCENTES COM CÂNCER A OPORTUNIDADE DE

VIVENCIAR O QUE TODO JOVEM MERECE - APRENDER PARA

UM FUTURO MELHOR

DISCUTINDO A EDUCAÇÃO

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DISCUTINDO A EDUCAÇÃO

Amália Covic é coordenadora da Escola Móvel do Graacc. Amália é graduada em Física, com mestrado e doutorado em Educação, e professora da Unifesp

(Universidade Federal de São Paulo), onde leciona em um curso de especialização para professores que desejem ensinar as crianças desse hospital. “Independente do sentido de evolução dentro dos anos escolares, para esses alunos em trata-mento o importante é a vida do aqui e agora, e aprender faz parte da natureza humana. Nesse sentido, enquanto estudam, ou seja, realizam uma atividade de vida diá-ria da tradição das crianças e dos adolescentes, sen-tem-se pertencendo ao seu grupo social”, comenta ela.

A Escola Móvel para crianças pacientes onco-lógicas é uma iniciativa única e louvável dentro da educação inclusiva e signi-fica, para as crianças e suas famílias, olhar para frente e acreditar em um futuro. A iniciativa é reconhecida pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) e segue a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Leia a entrevista de Amália Covic e entenda o que é a Escola Móvel.

EB: Qual a proposta da Escola Móvel e como ela surgiu?

AC: A Escola Móvel é um setor do Graacc, que é um hospital que possui uma equipe clí-nica, composta de enfermeiros e médicos e uma equipe multiprofissional. Essa equipe multipro-fissional é constituída por psicólogos, fonoaudi-ólogos, terapeutas ocupacionais, nutricionistas, fisioterapeutas, assistentes sociais e professo-res. Começamos (a Escola Móvel) no ano 2000. O professor Eduardo Kanemoto e eu viemos ao Graacc estudar o hospital e verificar qual seria a melhor opção para uma escola aqui dentro, em função da rotina das crianças aqui – elas fazem tratamento e, quando ficam internadas, é porque

há complexidade no tratamento. O normal é vir fazer o tratamento e voltar para casa, por conta principalmente da infecção hospitalar. Na onco-logia pediátrica essa modalidade de acompa-nhamento é chamada hospital dia. O problema de ficar muito tempo em internação é aumen-tar as chances de pegar uma bactéria multir-resistente. A brinquedoteca onde estamos, por exemplo, é higienizada uma vez por dia, com álcool (por conta desse problema). Mas quem vem para a brinquedoteca? A criança que não precisa ser internada, que está só esperando a

consulta; nós damos aula enquanto ela espera essa consulta. Há a ala de inter-nação do hospital. O pro-fessor também trabalha enquanto o aluno está no leito. Há a quimioterapia e o professor atende ao aluno enquato esse recebe qui-mioterapia. Assim, em fun-ção dessa diversidade de situações, chegamos à con-clusão de que o melhor para este hospital seria dar uma

aula por vez, uma aula para cada criança. As aulas são individuais, o professor vai onde a criança está e, por isso, chamamos Escola Móvel.

EB: Como é o preparo desse professores? AC: Eles são formados em especializações da

Unifesp. Ou seja, também fazemos o processo de formação. Temos dois cursos de formação; um de um ano, junto à equipe multiprofissio-nal, com 21 aulas por semana. São aulas teó-ricas e práticas. Temos outro curso na modali-dade residência de dois anos. Para aprender a dar aulas em um hospital é preciso dar aulas aqui dentro. Estar em um hospital significa estar em contato com os pais, estar em contato com as escolas dos alunos que são pacientes, com as crianças... É uma dinâmica completamente diferente de uma escola. E quando essas crian-ças e adolescentes voltam para suas escolas de origem, precisamos entrar em contato com essa

A Escola Móvel recebe esse nome porque as crianças têm aulas individuais. A equipe escolhe o melhor momento

para conciliar as aulas com o tratamento médico. Muitos pais e mães acompanham as aulas, o que também

fortalece o relacionamento entre professores e família.

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escola e prepará-la para o aluno que vai rece-ber. No ano passado atendemos 256 municípios diferentes do Brasil. Temos alunos em pratica-mente todos os estados brasileiros. Quarenta por cento são de fora do estado de São Paulo.

EB: Qual o tamanho da equipe escolar do Graacc?

AC: A equipe completa tem 19 professores. Hoje temos 16, pois fizemos o processo seletivo para a residência. Eram seis vagas e somente três passaram. Há uma seleção com nota mínima 7. A seleção exige que o professor saia da facul-dade com uma formação ampla, pois, quando ele entra aqui, aprende outros elementos. O professor de Física, por exemplo, tem que saber muito bem Física, várias formas de resolver uma questão, várias formas de explicar um mesmo fenômeno. Nunca de uma forma só, pois nunca sabemos como o aluno aprende. Um professor que vai alfabetizar tem que saber alfabetizar de várias formas. Depende de como a criança responde, não do que ele tenha como prefe-rência. Os alunos vêm de diferentes escolas e

a metodologia do espaço escolar anterior ao hospital deve ser respeitada.

EB: Qual a rotina de aula das crianças? AC: Há uma agenda aqui dentro. Se a criança

vai fazer quimioterapia, antes de tomar a qui-mioterapia, ela faz um exame. Enquanto o exame não fica pronto, no período de espera, ou ele é atendido pela psicóloga, ou tem aula ou é aten-dido pela dentista. Na hora do preparo do remé-dio, também há espera. Por vezes, a criança faz quimioterapia e hidratação por seis horas, nesse momento em que ele está na cadeira de quimioterapia, damos aula. Ou seja, o aluno faz parte do cotidiano hospitalar.

EB: Qual o relacionamento de vocês com as escolas?

AC: Entramos em contato com as escolas... A primeira coisa é avisar que o aluno vai fazer tra-tamento no Graacc. Telefonamos ou enviamos carta explicando que o paciente está fazendo tratamento. Enviamos, por ano, cerca de três relatórios. Fazemos uma avaliação de habilida-des e competências desenvolvidas nas aulas, descrevemos as habilidades e enviamos em

Em um dos exemplos em que a Escola Móvel se adapta ao tratamento e à rotina de cada criança do Graacc, professora dá aula a uma

criança enquanto ela recebe medicação.

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DISCUTINDO A EDUCAÇÃO

forma de relatório para as escolas de origem dos alunos-pacientes. Todo dia fazemos uma reunião, que é gravada. Nesse encontro o pro-fessor fala o que a criança aprendeu. É algo feito em conjunto. O currículo é construído em conjunto e diariamente. É um trabalho muito detalhado. Temos um banco de dados muito efi-ciente, que muito nos auxilia. Muita coisa deve ficar guardada. Para fazer o relatório enviado para as escolas, precisamos da aula do professor, da gravação da reunião, do prontuário eletrô-nico do médico e do prontuário da escola hos-pitalar. No início do ano, também mediamos a matrícula escolar, quando o paciente ao iniciar o tratamento, não estava matriculado.

EB: Como é esse processo de readaptação das crianças na escola?

AC: Por vezes não conseguimos falar com a escola antes de a criança voltar, e isso não é legal. A escola não está preparada para rece-ber esses alunos. Nós, professores do hospital, devemos fazer isso.

EB: Esse é um processo de inclusão ou não? A criança volta diferente...

AC: Volta diferente. Quando conseguimos falar com a escola, geralmente é um avanço grande. Pois há crianças que voltam (para a escola) com alguma sequela. A escola precisa saber disso, entender como lidar. Não é uma conversa fácil, mas também não é uma con-versa impossível.

EB: Como é esse processo de inclusão? AC: A inclusão é muito complexa, pois a escola

trabalha de uma forma muito padronizada. Para

As aulas, individuais, acontecem também em

outros lugares do hospital, como na brinquedoteca.

O espaço é amplo e bem equipado com livros e brinquedos.

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atender as especificidades de cada indivíduo, falta muito na formação dos professores. O pro-fessor perdeu muito de sua autonomia em sala de aula. A educação ainda trabalha muito com a ideia de normalidade. Ainda mais, quando muda o ano muda tudo nas escolas. A escola não tem memória. Isso é comum acontecer: a escola fecha o ano todo ajustado e quando muda o ano muda tudo. Você precisa começar o processo de contato novamente.

EB: Como é essa situação da criança que fica afastada e depois volta?

AC: Se eu fosse fazer um balanço, há mais coisas assertivas do que não. Há detalhes de não funcionalidade ligados às questões escolares pouco conhecidas. Para uma criança cega, por exemplo, a escola já tem recursos. O professor tem recursos para trabalhar com ela. Uma criança surda-muda também tem recursos. Já criança da oncologia... é muito rara. A oncologia é rara em crianças. É a espe-cialidade da especialidade na própria pedia-tria. Não pode ser diferente na educação, para o professor fica muito difícil. Há diferenciais...As mães se sentem muito confortáveis ao falar com o professor no hospital. Na realidade somos uma das equipes que mais tempo fica junto com a criança sozinha. Em uma aula se fica em torno de uma hora, quarenta minutos, em uma dedicação só para ela. A mãe se sente muito confortável.

EB: Como é a relação com a família? AC: É muito positiva nesse sentido. A mãe se

sente confortável, pois vive uma situação que já vivia antes: escola, trabalho, lição de casa, nota... A mãe geralmente tem no professor um parceiro. Trabalhamos muito junto às equipes, pois em conjunto conseguimos transitar pelos saberes das demais áreas.

EB: Qual a faixa etária das crianças? AC: Atendemos crianças de cinco anos para

cima. Não temos número de professores sufi-cientes para atender crianças com menos de cinco anos. Precisaríamos ter uma equipe maior. Atendemos jovens até 18 ou 19 anos, enquanto forem pacientes do hospital. O hospital é infan-tojuvenil. Entretanto, se o jovem já passou por tratamento aqui antes dos 19 anos e tem uma recidiva, por exemplo, aos 24 anos, ele pode vol-tar a ser atendido. Temos pacientes universitá-rios. Pessoas que estão há cinco anos sem câncer voltam uma vez por ano e passam por todos os

profissionais. Fazem todos os exames de novo e se con-sultam com todas as áreas: com o assistente social, a psicóloga e os professores. Este ano temos diversos alunos que vão prestar o Enem (14 no total). Ano passado foram oito. Há uma equipe de apoio, que vem ao hospital, designada pelo INEP. O exame é feito aqui, com todo o rigor com que é feito fora.

EB: Fale mais um pouco sobre o processo de readaptação de crianças que às vezes passam um ano ou dois fora da escola. É difícil para essa criança voltar à escola?

AC: No começo é principalmente pegar de novo o ritmo. Orientamos a escola de que essa criança tem um ritmo diferente (nessa fase ini-cial de volta). Depois que ela retoma o ritmo, segue tranquilamente. No entanto, por exem-plo, se um aluno fez um tratamento no sistema nervoso central, tratou um tumor na cabeça, ele pode viver uma situação diferenciada de apren-dizagem. A questão pode não ser que aquela criança está inadaptada à escola. A questão é que ela tem uma forma diferente de aprender. Tudo isso (particularidades) é passado ao pro-fessor. Não há resposta pronta, cada criança é uma criança.

Muitas crianças, ao se recuperarem de um tumor, voltam à escola com uma situação diferenciada de

aprendizagem. Essa forma diferente de aprender

pode ser um desafio para a escola e seus professores, mas a inclusão não tem

respostas prontas.

Juntos! • Abril-Maio-Junho de 2015 | 21

Page 24: Revista Juntos! - nº 7

DISCUTINDO A EDUCAÇÃO

O livro Menina não entra conta a história de um grupo de amigos que resolve formar um time de futebol e, para tanto, convidam vizinhos e parentes. Mesmo assim falta

um jogador. Começa o dilema: quem poderia ser o jogador? Surge a ideia de convidar uma menina, o que causa discórdia. Apesar disso, Fernanda passa a fazer parte do time e mostra seu talento, eviden-ciando que o preconceito não leva a vitória alguma, dentro ou fora de campo. “Brinquedo e brincadeira não têm gênero!”, explica a autora, Telma Guimarães, premiada pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) como Melhor Autora em Literatura Infantil.

Apesar de não tratar a questão de identidade de gênero, muito menos orientação sexual, a obra de Telma foi alvo de críticas na Câmara Municipal de Guarulhos, no Estado de São Paulo. Vereadores evangélicos e católicos acusam o prefeito Sebastião Almeida de querer implantar a ideologia de gênero nas escolas municipais que atendem crianças de até 11 anos. A discussão acalorada foi alvo de matérias da Folha de São Paulo e do jornal Bom Dia Brasil, da Rede Globo.

Sobre o fato, a autora comenta: “Minha opinião é que nem leram o livro, o que é uma pena! Esperava que vereadores eleitos que representam a população fossem leitores mais atentos. Esses, pelo menos, não são”, explica. “Abordei um tema que me incomoda: o preconceito. O que é considerado ‘normal’? Meninos no futebol, meninas brincando de casinha? Se essa discussão traz à baila cidadãos ainda preconceituosos, a literatura infantil está aí para ajudar a mudar isso.”

Para a doutora em Educação e especialista em Sexualidade e Gênero, Jane Felipe de Souza, a publi-cação da Editora do Brasil vem ao encontro de um princípio básico de uma sociedade democrática e pluralista, pois “é um direito da criança ser esclare-cida sobre qualquer assunto e a escola deve orientar seus alunos utilizando ferramentas, como os livros didáticos, que tragam essa questão para o mundo da criança”, afirma.

Apesar da inadequação das críticas ao livro, o tema da educação sexual nas escolas continua constituindo uma polêmica na sociedade brasileira. O esclarecimento quanto à questão de identidade

OBRA DA BRASIL

SUSCITA POLÊMICAEditora do Brasil promove debates

sobre o papel da formação da criança

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Page 25: Revista Juntos! - nº 7

de gênero – que por sinal é apenas parte do tema – é de fundamental importância, e a escola tem um papel importante, pois muitas vezes as famílias não estão devidamente preparadas para sua discussão.

Conversamos com Fernando Seffner, professor e pes-quisador da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atualmente, ele faz doutorado nos Estados

Unidos, onde estuda o espaço da família e o espaço da escola no ensino, debatendo intensamente o papel do espaço público na educação. Leitor apaixonado de Hannah Arendt, autora alemã que tenta compreender as loucuras do nazismo, Seffner defende o valor do espaço público na educação, além do respeito (e não somente a tolerância) às diferenças.

EB: Gostaria de esclarecer o contexto da entrevista: a Editora do Brasil teve um livro envolvido em uma polê-mica, chamado Menina não entra. O livro, entre outros, sofreu críticas de teor homofóbico, que dizem que aquilo era assunto da família que não cabia ao poder público empurrar para as crianças um pacote de livros contra o preconceito. Cabe um pouco falar sobre a diversidade sexual e equidade de gênero, se isso entra na escola ou se não entra...

FS: Gostaria de começar comentando… Essa discus-são do que é da família e o que é da escola é um tema que eu estudo e agora vejo como funciona nos Estados Unidos. Há uma argumentação recorrente, quando as coisas apertam, de que determinado assunto é para a família tratar. Então, retira-se esse tema da escola. Vou dizer isso de uma maneira um pouco dura: a escola é o ingresso definitivo da criança no espaço público. A escola pública arranca a criança da família e a joga no espaço público. A partir daí, parte da educação da criança vai ser feita sim pelo espaço público, além da família. Aqui, nos Estados Unidos, é possível mover um processo para educar a criança em casa, tirá-la da escola. Mas isso é concedido somente em alguns casos, de algumas tradi-ções religiosas, como os menonitas. No Brasil isso não existe. Ficou claro que a criança precisa ir à escola, por sua sociabilidade.

EB: E sobre a diversidade e a questão de gênero...FS: Esse tema da diversidade, gênero, o que muitas

pessoas falam que é educação sexual... pesquisas como Datafolha e Ibope mostram que a maioria das pessoas acha que esses temas devem ser tratados pela escola. Essa frase de que “a família é que tem que fazer isso” é

uma frase um pouco retórica, um pouco de efeito, por-que na verdade a todo momento surgem perguntas e situações e a criança começa a perguntar sobre isso. Ela (a criança) vai ver sugestões de homossexualidade nas ruas, na novela, na propaganda, e vai perguntar em casa, e a chance de ela ouvir “isso você deve perguntar na escola” é muito grande. A maioria das pessoas apoia, no Brasil, que esses temas sejam discutidos na escola.

Isso tem a ver com esse limite. A criança não vai encontrar na escola a mesma educação que encontra na família. Vou ser duro novamente: eu mesmo tenho filhos e o Ricardinho de casa, na escola vai ser só um número. Mas o Ricardinho e a Mariasinha, queridos em casa, na escola vão ser mais um, vão ser tratados como todos são tratados, como deve ser no espaço público. Esse é um aprendizado muito importante. Vai ser mais um. E as pessoas querem colonizar a escola, querem que a escola seja uma continuação da família (ou prati-que uma educação que seja a continuação da educação dada pela família). Mas um conjunto de regras que vale na família pode ser diferente na escola. O que a família explica de um jeito, a escola explica de outro, porque a escola é o espaço público. Há essa relação ambígua com a escola: as pessoas querem que a criança aprenda, se forme um cientista, aprenda a somar etc., mas cons-tantemente querem controlar o espaço da escola. Elas reclamam, como acontece nos Estados Unidos, que o filho vai para a escola e na classe há dois islâmicos, elas não querem que o filho conviva.

EB: E sobre o livro...FS: Quando vocês fazem um material sobre uma

menina que gosta de jogar futebol, como é Marta,

Confira a entrevista com Seffner realizada pela jornalista da EBSA, Tânia Pescarini:

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Page 26: Revista Juntos! - nº 7

Agora temos a totalidade da população negra no sistema escolar, gays,

lésbicas, há pessoas de outras etnias – o

Brasil cada vez mais é um lugar que recebe

imigrantes. Então olhar para o espaço

escolar como um espaço público de negociação

das diferenças é muito importante.

DISCUTINDO A EDUCAÇÃO

uma jogadora que foi eleita várias vezes a melhor do mundo, eu acho que seria uma ótima profissão para uma mulher, jogar futebol feminino... Quando vocês fazem um livro des-ses, estão simplesmente apoiando, contando que, no terreno da coisa pública, a menina pode sim gostar de futebol e jogar futebol. Pode ser que, numa determinada família ou numa determinada religião especí-fica, não se goste disso. A criança vai estar exposta a essas opiniões. A que ela vai escolher, lá na frente, depende de um jogo de fatores, mas não se pode proibir, querer que a escola não diga isso. Em relação às mulheres que jogam futebol, o Brasil vem produ-zindo, cada vez mais, grandes atletas. Eu ficaria feliz se tivesse uma filha que jogasse futebol e se distinguisse.

EB: Ainda sobre equidade de gênero e diversidade...

FS: Venho acompanhando um clima político conservador. De qual-quer maneira, essa discussão, sobre o respeito à diferença, é outra marca do

espaço público em todos os países do mundo. Então, quando se produz mate-rial para mostrar que no

espaço público – seja ele a escola, o posto de saúde, o

metrô – você vai encontrar pessoas que são diferentes e é preciso respei-tar essas diferenças… Você não pre-cisa achar que aquilo é bom, pode-se desenvolver um código de conduta em que dois homens juntos, ou duas mulheres juntas, não são um casal. Mas não se pode impedir as pessoas de fazer isso, pois não constitui um crime. Sou um leitor muito apaixo-nado da Hannah Arendt, ela vai dizer que as sociedades começam a não

aceitar as diferenças e depois pas-sam a eliminar as pessoas diferen-tes, como foi o nazismo. Eu não gosto dessas perseguições aos diferentes, pois apontam para uma não aceitação completa do outro e eu trabalho com a percepção de que todas as vidas são importantes. Infelizmente, as discussões de gênero estão ligadas a uma dificuldade de aceitação daquele diferente em gênero ou daquele dife-rente em sexualidade. Não podemos esquecer que o Brasil, desde a consti-tuição de 1988, teve um crescimento muito grande da inclusão de alu-nos no sistema escolar fundamen-tal, e agora no médio. Agora temos a totalidade da população negra no sistema escolar, gays, lésbicas, há pessoas de outras etnias – o Brasil cada vez mais é um lugar que recebe imigrantes. Então olhar para o espaço escolar como um espaço público de negociação das diferenças é muito importante.

EB: É difícil esse diálogo entre a família e a escola, não é?

FS: Vale a pena insistir… Acho legal insistir no ponto de que, quando a criança entra na escola, é o lugar (e o momento) dela se defrontar com a diversidade do mundo. A família tem que entender que, quando a criança entra na escola, ela começa a perdê-la um pouco para o mundo. Mas esse é o caminho normal e é, digamos, dese-jável. Ninguém cria filhos para viver toda a vida dentro da família. Claro que tenho vontade que meus filhos sigam meus valores religiosos e polí-ticos, pensem como eu. Mas atual-mente eles têm 23, 24 anos e vamos perdendo-os para o mundo. Eu acre-dito nessa escola, e ela não faz isso por hostilidade.

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Page 27: Revista Juntos! - nº 7

VITRINE CULTURAL

Local: Instituto Tomie Ohtake – Av. Faria Lima, 201 – entrada pela Rua Coropés – Pinheiros São Paulo-SP

Horário: de terça a domingo, das 11h às 20h

Ingressos: • R$10,00 • R$5,00 (meia-entrada)• Grátis às terças e até 10 anos

Período: de 24 de maio a 16 de agosto de 2015

O Instituto Tomie Ohtake, em parceria

com a Fundação Miró de Barcelona, traz ao Brasil uma

exposição dedicada ao artista catalão Joan Miró (1893-1983).

São 41 pinturas, 22 esculturas , 26 gravuras e 20 desenhos, além de três

outros objetos e diversas fotografias, que compõem a maior exposição dedicada

ao artista a já visitar o Brasil. A iniciativa recebe o nome Joan Miró – A força da matéria,

uma referência à trajetória artística de Miró, que sempre pesquisou e experimentou com a matéria.

O escritor angolano, radicado em Portugal, Valter Hugo Mãe assina textos escritos sob encomenda para

a exposição. Ele aponta para o encontro entre as obras de Miró e João Cabral de Melo Neto. “O interessante é

perceber que a opção de Miró por uma linguagem mais despida o coloca verdadeiramente entre as sabedorias

populares, como se emanasse como uma natureza efetivamente primordial, estrutural, capaz de se ausentar do que a cultura mascarou para se encontrar no ponto de partida, como alguém que reinaugura a cultura para reinaugurar a expressão”, escreve Valter Hugo Mãe.

A exposição abarca as três principais fases da obra de Miró. Entre os anos 30 e 40, Miró começa sua pesquisa sobre a matéria na arte, em um período particularmente transgressor; já nos anos 50 e 60 o artista visual catalão segue com a experimentação com a matéria e imersão na escultura; enquanto na década de 70, Miró questiona o sentido na arte em suportes inusitados. A exposição fica em São Paulo até 16 de agosto e segue para Florianópolis,

onde se instala de 2 de setembro a 14 de novembro.

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Page 28: Revista Juntos! - nº 7

DE OLHO NO MERCADO

O Governo Federal anunciou, no final de maio, cortes importantes em seu orçamento. O objetivo é sanar as con-tas públicas, como meio de criar um

ambiente favorável para retomar um ciclo de cres-cimento estruturado da Economia. As opiniões divergem, mas uma coisa é certa: grande parte dos setores produtivos já está sendo afetada. E a Educação não fica de fora

Como em tantos negócios Brasil afora, de peque-nas empresas a grandes corporações transnacionais, o momento é de austeridade. Isso significa conten-ção de despesas e, acima de tudo, mais produtividade.

A História mostra que, em momentos de crise, temos oportunidade de rever os processos de trabalho e ganhar-mos mais eficiência, e é assim que a Editora do Brasil está encarando este momento de retração econômica. Buscar manei-ras criativas de fazermos o nosso trabalho e nos destacarmos cada vez mais frente à concorrência são apenas exemplos do que podemos fazer para garantir nosso bom desempenho, e com certeza aprenderemos lições valiosas para o futuro.

O momento é desafiador, mas temos a chance de mostrar mais uma vez que, juntos, fazemos a diferença!

Cortesno

OrçamentoReajuste

por ministério(em R$ Bilhões)

17,2

11,8

5,7

5,6

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1,8

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1,4

1,3

1,2

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Saúde

Educação

Tran

spor

tes

Defesa

Integração nacional

Ciência

Desenvolvimento agrário

Aviação civil

Justiça

Desenvolvimento social

Turismo

Fazenda

Outros

Cida

des

Agricultura

ÉPOCA DE AJUSTES,

ÉPOCA DE CORTES

O momento de incertezas exige um planejamento

eficiente e gestão de riscos

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Page 29: Revista Juntos! - nº 7

Cortesno

OrçamentoReajuste

por ministério(em R$ Bilhões)

17,2

11,8

5,7

5,6

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Saúde

Educação

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Defesa

Integração nacional

Ciência

Desenvolvimento agrário

Aviação civil

Justiça

Desenvolvimento social

Turismo

Fazenda

Outros

Cida

des

Agricultura Ministério das Cidades:

Corte de R$ 17,23 bilhões

De R$ 31,74 para 14,51 (54%)

Ministério da Saúde:

Corte R$ 11,77 bilhões

De R$ 103,27 para 91,5 (11,3%)

Ministério da Educação:

Corte R$ 9,42 bilhões

De R$ 48,81 para 39,38 (19,3%)

Alguns destaques do corte total

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Page 30: Revista Juntos! - nº 7

ESTRATÉGIA BRASIL

Num mundo em que o ritmo de mudanças na sociedade, na tecnologia, na econo-mia e na sociologia é muito intenso, tomar decisões estratégicas de negó-

cio não é tarefa das mais simples. Exige capaci-dade de entender os fenômenos de mudança, avaliar as oportunidades e riscos principais e fazer escolhas de forma consistente, reconhe-cendo as perdas e ganhos envolvidos.

Quem for capaz de fazer isso de modo mais acertado e aderente à realidade terá vantagens, estando à frente de seus concorrentes.

Se há líderes que argumentam que tomam suas decisões unicamente com base em sua intuição e experiência, quanto mais complexo e mutante for o ambiente do negócio, menos adequadas serão suas abordagens. Ao contrá-rio, serão necessárias abordagens estruturadas para a tomada de decisão estratégica, como as que são prescritas pelas técnicas de plane-jamento estratégico, tornando a tomada de decisão sobre o futuro do negócio mais lúcida.

Diferentemente de áreas com focos especí-ficos, como marketing, finanças, operações ou RH, os debates de planejamento estratégico tratam do negócio como um todo, procurando orientar o futuro geral do negócio. Para se ter

ideia de questões que costumam ser debatidas em processos de planejamento estratégico, eis alguns exemplos:

• O que devo priorizar no futuro: crescer ou ser

rentável? É possível ter os dois? Em que medida?

• Devo investir na tecnologia X?

• Que competências devo começar a desenvolver

hoje para ser mais competitivo daqui a 5 anos?

• Será adequado diversificar meu negócio e, além

de fazer o que já faço hoje, também incorpo-

rar o tipo de atividade que meus fornecedo-

res fazem?

• Devo internacionalizar meu negócio? Devo

ampliar a abrangência regional de minha

atuação?

Na prática, planejamento estratégico é um processo estruturado que procura tratar das questões centrais do negócio, procurando fazer escolhas/tomar decisões em relação a cada uma delas. Esse processo pode ser desenvolvido de diversos modos. A seguir, tem-se um exemplo de processo que materializa a execução desse tipo de processo, indo desde o diagnóstico estra-tégico do negócio até as principais decisões e respectivo plano de implementação:

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO: ENXERGAR MAIS LONGE PARA IR MAIS LONGE Definir objetivos de longo prazo e a forma como serão atingidos, fazendo escolhas, são desafios relevantes para as empresas. O Planejamento Estratégico é o instrumento que auxilia a lidar com esses desafios. Conheça um pouco desse instrumento, que também vem sendo aplicado atualmente na Editora do Brasil

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Page 31: Revista Juntos! - nº 7

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No momento atual, a Editora do Brasil vem desenvolvendo seu planejamento estratégico, com apoio da Lunica Consultoria (www.lunica.com.br) com vistas a orientar o negócio para daqui a 10 anos. A ideia é definir objetivos cla-ros para o futuro e tomar as melhores decisões

desde já, a partir do entendimento do contexto de negócio em que se encontra a editora e prin-cipais tendências e incertezas envolvidas, via-bilizando a perpetuação sadia do negócio e o enfrentamento das oportunidades e desafios competitivos.

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Construção das Principais

Decisões

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DiagnósticoInterno e Externo

Identificação deDesafios Estratégicos

Construção do Planode Implementação

Definição de Objetivos com Longo Prazo

Marcos Avó, MscDiretor da Lunica ConsultoriaMarcos Avó é Administrador de Empresas pela FEA/USP e Mestre pela FGV. Especialista em decisões estratégicas, sua experiência inclui o atendimento a clientes de diversos temas e setores, que o permite discutir cenários de negócios em diferentes áreas.

Ricardo Altmann, MscDiretor da Lunica ConsultoriaEngenheiro de Produção e Mestre pela Escola Politécnica da USP, Ricardo Altmann atua como consultor de empresas desde 2001, com experiência concentrada em projetos de apoio à tomada de decisões estratégicas, estratégia de negócios, avaliação de projetos e construção de cenários/entendimento do ambiente competitivo e da cadeia de valor.

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Page 32: Revista Juntos! - nº 7

A BRASIL É FEITA DE GENTE

No final de abril, um ciclo de trei-namentos para o PNLD 2016 foi promovido, envolvendo as equi-pes comercias da EBSA em todo

o Brasil. Com nova dinâmica, os encontros de capacitação ganharam um formato de game, e colocaram as equipes em situa-ções de simulação da realidade encontrada nas escolas, secretarias, diretorias regio-nais de ensino etc.

A Consultoria Educacional, sob coor-denação de Elaine Leick, inovou ao criar um material de estudo dinâmico, privile-giando informações de produto com foco em argumentos de vendas.

Apontando os pontos fortes e fracos das obras inscritas da EBSA em compara-ção com os principais concorrentes, o book de treinamento possibilita um trabalho mais assertivo no momento da divulgação, antecipando questionamentos e mantendo

o foco nos pontos mais importantes para a escolha dos educadores.

Além do treinamento com foco em produtos, foram compartilhadas e dis-cutidas as estratégias para o programa, o material de inteligência de vendas para as respectivas áreas de divulgação e o lança-mento do EducaBrasil, a consultoria edu-cacional da Editora do Brasil.

A nova dinâmica de treinamento teve

a supervisão de Cintia Abrate, gerente de Gestão de Pessoas da EBSA, que comenta: “O objetivo foi atingido. Em cada localidade, foram dois dias muito ricos em conteúdo e ação. As atividades desenvolvidas, tanto em grupo como individualmente, trouxe-ram oportunidades que estimularam os divulgadores, e respectivas lideranças, a participar intensamente contribuindo para esclarecer dúvidas e trocar experiên-cias do dia a dia vivido por cada um”.

INVESTINDO NO TALENTO COMERCIAL O treinamento de produto para o PNLD 2016 ganhou cara nova e uma dinâmica próxima da realidade comercial

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Page 34: Revista Juntos! - nº 7

TEMPOS DE ESCOLA

Tempos de escolaA cada edição, a revista Juntos apresenta o perfil de dois de seus colaboradores contando suas memórias do período escolar. Uma retrospectiva dos fatos mais marcantes e das melhores experiências na infância e juventude da equipe da Brasil.

Eduardo Niwa, gerente de operações da Editora do Brasil e engenheiro, é neto de imigrantes japoneses. Eduardo nasceu na capital paulista no bairro da Saúde. Foi em uma escola esta-dual (E.E.P.S.G Almirante Barroso) de São Judas, bairro vizinho, que deu início à sua trajetória escolar. “Eu era um aluno muito tímido”, conta sobre a época da escola que frequentou entre a 1ª e 4ª séries (atual 5º ano). Gostava de música e Matemática. “Me lembro da professora do 1º ano tocando piano e nos fazendo cantar. Ela se chamava Neuza”, diz.

Do antigo ginásio até o fim do colegial, Eduardo cursou o colégio particular Jabaquara. “No início sofri o impacto da diferença do nível de ensino”, lembra ele. Foi lá que consolidou sua vocação e interesse pelas ciências exatas por influência de talentosos professores que tor-navam a aula uma grande viagem de aprendizado diver-tida, desenvolveu suas habilidades esportivas e onde cons-truiu amizades que duram até hoje. “Os professores de Química e Matemática no colegial me marcaram, eram muito brincalhões e seu método de ensino mexia com o interesse dos alunos”, conta.

Apesar de se interessar principalmente pelas disci-plinas de exatas, como Física, Química e Matemática, Eduardo também guarda boas lembranças do profes-sor de História, matéria que não apreciava tanto, mas a forma como a aula era ministrada despertava seu inte-resse. “Lembro do professor de História fazendo embaixa-dinhas com o giz e contando curiosidades sobre grandes personagens da história brasileira e que não estavam na literatura, o que interessava aos alunos”, diz. Ele recorda ainda os passeios com os amigos às sextas-feiras, após as semanas árduas de provas na escola. “Íamos juntos ao shopping para relaxar”, lembra.

Edneia Silveira, diretora administrativa da Editora do Brasil, nasceu em Garça, interior de São Paulo, em uma família grande: além dela, do pai e da mãe, são 6 irmãs e 3 irmãos. A família se mudou para a Zona Leste da capital paulista quando Edneia tinha apenas 9 meses de idade, e, assim, ela cres-ceu e estudou na Penha. “Quando ingressei na escola, nosso grupo escolar era de madeira. Depois, todos os grupos escolares da região foram reuni-dos em uma única escola de alvenaria: a Escola Municipal Luiz Washington Vitta”, afirma Edneia.

“O que mais me marcou nessa época foi a professora Maria Teresa Alarcon: sua competência, seu carinho e a acolhida que ela dava para as crianças. Ela não fazia papel de mãe, era rígida, cobrava conhecimento, mas com carinho, uma fraterna educadora”, se recorda. Eram outros tempos: segundo Edneia, com poucos recursos a professora tinha bastante criatividade em como cobrar as coisas e, apesar da rigidez e das cobranças, a educação não envolvia ameaças. As cobranças aconteciam também em casa. “Meu pai não aceitava nota inferior a oito”, ela relembra. Mas isso nunca foi um problema, pois Edneia desde criança adorava estu-dar, hábito que mantém até hoje. “Na minha área, parar de estudar é impossível. Temos que estar em constante atua-lização. Quase todo mês há mudanças em impostos, tribu-tação”, conta ela que é graduada em Ciências Contábeis e possui pós-graduação em Direito Tributário pela FAAP.

Edneia sempre gostou de matérias de exatas: Matemática foi sua preferida desde os primeiros anos do antigo primário. Ela cursou Ensino Médio Técnico de quatro anos em Contabilidade na ETEC Prof. Camargo Aranha (antiga Escola Comercial Prof. Camargo Aranha). “Foi uma época de desbravar novos horizontes. Os pro-fessores, com vivência em empresas, nos passavam muito de suas experiências profissionais. Já comecei a trabalhar no 1º ano do Técnico”, conta ela.

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Page 35: Revista Juntos! - nº 7

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