revista jubileu de ouro parque dom bosco

Parque Dom Bosco50

AnosRevista Especial em comemoração aos 50 Anos do Parque Dom Bosco - Itajaí - SC - Brasil - Abril/2011

“O Parque Dom Bosco nasceu da iniciativa de oferecer um lugar para os jovens em situação de risco social. Não apenas um local de instrução religiosa, ou um espaço para esporte e recreação, mas principalmente

uma casa de formação humana, na qual o jovem poderia sentir-se acolhido, com harmonia, confiança, cordialidade e amor. Assim, a obra social salesiana teve início, em 25 de março de 1961.”

Jubileu de Ouro

Solidariedade

50

AN

OS

É gratificante poder escrever estas linhas aos caros leitores da revista em homenagem ao Parque Dom Bosco na ocasião em que celebra Jubileu de Ouro de presença significativa na vida da família Itajaiense e da região.

Sim, durante estes 50 anos o Parque Dom Bosco esteve voltado ao atendimento dos mais necessitados e foi importante e decisivo na formação, educação e evangelização de muitas pessoas, especialmente adolescentes e jovens.

Só se faz 50 anos com muito amor e com boas parcerias. Assim foi nossa trajetória. Desde 1961, com a chegada do irmão Salesiano Aquilino Minella que intuiu o surgimento de um grande trabalho social neste local, até hoje, o Parque sempre contou com significativos parceiros e amigos. Os salesianos de Dom Bosco que, no decurso de cinco décadas prestaram serviço no Parque, foram

constantemente apoiados por pessoas, instituições e pelo poder público, de forma que a ação educativa veio se desenvolvendo num crescente resultado e agregando qualidade.

É assim que se constitui o trabalho de promoção da vida: a identidade e o encontro da Instituição com os destinatários preferênciais – crianças, adolescentes e jovens, em particular os mais pobres economicamente – e a participação efetiva e valorosa de quem acredita no trabalho e colabora conjuntamente: amigos, parceiros, benfeitores e voluntários que foram e são marca forte em nossa Instituição.

Escrever e pensar 50 anos não é tarefa fácil. Faz-se necessário olhar para trás e ter para com todos os que nos antecederam, sobretudo os dirigentes, desde o Irmão Minella até o Pe. Sebastião Camargo e o Irmão Vandelino Tessaro, um forte sentimento de gratidão pelo pioneirismo, empenho e suor derramado para implantar e

consolidar esta importante obra. É necessário global planejamento e boa gestão para manter, atualizar e implementar novos programas a fim de adequar a Instituição às novas exigências da sociedade. E finalmente, projetar a Instituição para um futuro promissor e sustentável, visando crescimento e continuidade de referência no trabalho educativo, pastoral e profissionalizante.

Continuemos nossa missão em favor da juventude: todos, em Itajaí e região, têm a ganhar com um eficaz trabalho social. O jovem não deve ter medo de alimentar sonhos, e o Parque Dom Bosco com sua equipe de educadores, quer ajudar a realizar seu sonho!

Cinquentenário do Parque Dom Bosco

Página 3

Parque Dom Bosco50

Anos

REVISTA

Rua: Brusque, 1333 | Dom Bosco Itajaí | SC | (47) 3344.9100

Site Institucional: www.parquedombosco.org

Site de Notícias: www.dombosco,net

Rua Jorge Matos, 15 | Centro | Itajaí 47 3344.8600

DiretorCarlos Bittencourt

[email protected]

Diagramação:Solange Alves

[email protected]

Produzida por

P. Sandro PoffoDiretor

Diretor: P. Sandro Poffo, SDB

Jornalista Responsável: Carlota de Oliveira Medeiros

SC 02593 – JP

Colaboração: P. Décio Antônio Bona, SDB,

Aline Simas, Cláudio Lima Rhenns, Francielle Hilbert, Marcelo Augusto

Pereira Alves

Fotos: Arquivo Parque e Paróquia Dom Bosco, Colégio Salesiano Itajaí,

Inspetoria São Pio X

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Anos

João Bosco nasceu em 16 de agosto de 1815, no Piemonte, Itália, filho dos camponeses Margarida Occhiena

de Capriglio e Francisco Bosco. A família possuia uma pequena casa e um terreno, mas para manter os cinco membros, o pai de João Bosco também trabalhava para um vizinho, que era um proprietário de grandes posses. No entanto, o pai de João Bosco falecera aos trinta e três anos, quando João estava com tão somente dois anos de idade. No mesmo ano, João teve muitos problemas quanto à alimentação, devido à escassez de provimentos no povoado, além de restar apenas Margarida para sustentar a família.

Na casa havia ainda a sogra idosa, imobilizada pela paralisia; Antônio, de nove anos, advindo do primeiro casamento de Francisco que ficara viúvo e os dois filhos de Margarida: José, de quatro anos e João, de dois. Demonstrou ela, entretanto, firmeza de caráter naquelas circunstâncias, pois sendo camponesa e analfabeta, conseguiu meios para sustentar sua

família. A perseverança e a dedicação dos pais no sustento da família e na fé em Deus, influenciaram-no em sua formação moral. “Margarida achou em si mesma um equilíbrio instintivo que a levou a unir e a alternar a firmeza calma com a alegria que harmoniza. Dom Bosco, em seu estilo educativo, muito deverá à sua mãe.” Foi também com Margarida que João Bosco desenvolveu seus primeiros contatos com Deus. “Foi assim que João, ao lado da mãe, dos irmãos, dos vizinhos, aprendeu a ver uma outra pessoa: Deus.”

Aos quatro anos João começa a auxiliar a mãe nos afazeres, juntamente com os irmãos. Desde criança era assíduo leitor e admirador de espetáculos, que ele mesmo gostava de realizar, como equilibrismo e mágicas. Em 1826 fez a primeira comunhão na igreja de Castelnuovo, seguindo mais tarde, com muita dificuldade, os estudos até chegar à Teologia. Mas foi no dia 05 de junho de 1841 que João Bosco tornou-se “Dom Bosco”, ordenando-se sacerdote. Será

DOM BOSCOO mundo inteiro o há de conhecer!

Fotos: cançãonova.com

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Anos

com este nome, Dom Bosco (= Padre Bosco) que o mundo inteiro o há de conhecer.

Dessa forma, Dom Bosco organizou a Sociedade de São Francisco de Sales, no intuito educativo, permeado pelos moldes civis, apesar de, perante a Igreja ter a sua conotação religiosa. Esta, mais tarde teve a adesão de padres e seminaristas, onde, os então salesianos, começaram a se dedicar aos colégios e obras sociais para jovens. Após a separação entre Estado e Igreja, as escolas católicas se disseminaram por toda a região.

Dom Bosco, próximo a 1872, propôs a algumas jovens que exerciam atividades em uma oficina para meninas órfãs, supervisionada por um padre associado aos salesianos, a organização de uma congregação religiosa denominada ‘Filhas de Maria Auxiliadora’, tendo Maria Mazzarello como a primeira líder e superiora.

A Sociedade de São Francisco de Sales, entretanto, não foi facilmente aprovada pela Igreja Católica, que queria membros que fossem de acordo com os moldes tradicionais da Igreja. Desse modo, Dom Bosco fez a proposta de organizar a associação leiga dos Cooperadores Salesianos, aprovada pelo Papa Pio IX, formada por homens e mulheres leigos e que tinham o mesmo intuito da primeira sociedade, consistindo em auxiliar educativamente os jovens. A partir destas obras, Dom Bosco foi iniciando a criação de seu “sistema preventivo” que seria tão eficaz para a educação dos jovens.

Dom Bosco: padre italiano Giovanni Bosco.

Declarado santo no dia primeiro de abril de 1934.

SÃO JOÃO BOSCO é um dos Santos mais populares da

Igreja Católica e do mundo. Foi sua missão específica

a educação cristã da juventude; é o fundador da

Congregação Salesiana – Sociedade de São Francisco

de Sales. Em 1989 o papa proclama oficialmente Dom

Bosco “Pai e Mestre da juventude”.

Congregação Salesiana: fundada por São João

Bosco no dia 18 de dezembro de 1859, em Turim, na

Itália, cidade marcada por profundas mudanças sociais e

políticas, a fim de trabalhar com jovens sem família, sem

educação e trabalho e que muitas vezes praticavam atos

ilícitos, vivendo em situação de risco social.

Salesiano: Ser salesiano é ser “apaixonado pela

juventude” e pertencer à Sociedade de São Francisco

de Sales ou Congregação Salesiana, fundada por São

João Bosco e orientada principalmente para a educação

da juventude. O salesiano é, por conseguinte, um filho

espiritual de São João Bosco que dedica sua vida a tarefas

educativas, com uma preocupação particular pelos jovens

em situação de pobreza e de risco, de acordo com as

diretrizes e a prática do fundador: o Sistema Preventivo

de Dom Bosco.

São Francisco de Sales: O nome Salesiano vem

de São Francisco de Sales, Bispo de Genebra no século

XVII. Dom Bosco escolheu São Francisco como patrono da

sua primeira fundação devido à sua bondade, paciência

e intensa caridade pastoral, qualidades necessárias para

se trabalhar com a juventude. Em 1923, São Francisco

de Sales foi declarado também patrono da imprensa

católica.Div

ulga

ção

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Anos

Dom Bosco e seu 90 sucessor Padre Chávez

Valdocco - TurimCentro da Congregação em Turim - Itália

A Congregação Salesiana foi criada por Dom Bos-co oficialmente em 1859, em Turim, Itália, com o objetivo de dedicar-se à educação dos jovens,

principalmente os menos favorecidos. Atualmente, são mais de 15 mil salesianos, espalhados em 132 países dos cinco continentes, atuando nas diversas áreas educativas, sociais, culturais e religiosas. São escolas dos vários níveis de ensino, universidades, centros juvenis e oratórios, paróquias e missões, escolas profissionalizantes, centros de formação e de orientação vocacional e atividades de comunicação social como editoras, revistas, estações de rádio, TV e internet.

A direção geral da Congregação Salesiana está em Roma. É di-rigida pelo 9º Sucessor de Dom Bosco, o Padre Pascual Chávez Villanueva. Do ponto de vista administrativo, sua área de atu-ação está dividida em 8 regiões, com 91 inspetorias espalhadas em todo o mundo. No Brasil, são seis Inspetorias, sediadas em Ma-

CONGREGAÇÃO SALESIANAUma história de lutas, desafios e perseverança

naus, Campo Grande, Recife, Belo Horizonte, São Paulo e Porto Alegre. O Parque Dom Bosco de Itajaí encontra-se

na área da Inspetoria São Pio X, com sede em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

A Congregação Salesiana é responsável, no mundo, por mais de 4.000 escolas, 980 colégios, universidades e pensionatos, 320 obras de promoção social, 52 editoras, 24 rádios e 7 TVs.

A grande Família Salesiana, é formada hoje por 28 diferentes or-ganizações, ramos que nasceram no decorrer dos 150 anos de existên-cia da “Sociedade de São Francisco de Sales – Congregação Salesiana de Dom Bosco. Surgiram sob a inspiração do estilo e do carisma de Dom Bosco. As primeiras quatro originaram-se ainda vivo Dom Bosco: as Filhas de Maria Auxiliadora, os Salesianos Cooperadores, os Ex-alu-nos de Dom Bosco e a Associação de Maria Auxiliadora - ADMA.

A trajetória salesiana nesses 128 anos de Brasil foi construída com lutas, desafios e perseverança. Na chegada, em 14 de julho de 1883 , o Brasil passava por significativas mudanças de caráter social, po-lítico e religioso. A escravatura, o problema da transição da Monarquia para República, os novos rumos da instituição católica marcados pela ação dos bispos reformadores, colocando-se sob a dependência mais direta da autoridade da Santa Sé, eram fatos que preocupavam.

Os religiosos estrangeiros não eram bem aceitos por serem con-siderados aventureiros. Quando chegaram, os salesianos foram vistos

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Anos

Dom Bosco e mamãe Margarida

Envio dos primeiros missionários

como uma modalidade atualizada da instituição jesuítica. Os Salesianos de Dom Bosco destacavam-se por sua cordialidade e jovialidade. Desta-caram-se pela facilidade de comunicação com as pessoas.

O Imperador Pedro II não fez restrição à presença salesiana no Brasil. Pelo contrário, deu toda a proteção e grande foi o apoio da Prince-

sa Isabel. Entretanto, por determinação de Dom Bosco, mantiveram-se afastados de qualquer manifestação política. A proposta dos salesianos era transformar jovens, que viviam à margem da sociedade, em cidadãos úteis com ênfase ao ensino profis-sional e agrícola. Hoje os salesianos de Dom Bosco em número de 746, atuam no Brasil em 112 Obras, em todos os Estados.

No Estado de Santa Catarina, os salesianos iniciaram os trabalhos em 1916, assumindo efetivamente a paróquia de Ascurra/SC, que havia sido criada em 1913, para superar uma situação desagradável entre os imigrantes italianos e alemães.

Na época, o Estado tinha uma população aproximada de 700 mil habitantes, em sua maioria italianos, alemães e poloneses. A paz religiosa entre italianos e ale-mães era perturbada por grande rivalidade entre as duas culturas.

Porém, em 1914, o pároco de Ascurra, do clero diocesano, foi para a Itália e não mais voltou. Agravaram-se os atritos. O governador do Estado conversa a respeito com o real Cônsul Italiano de Florianópolis e pede ao governo italiano para os padres salesianos assumirem a paróquia de Ascurra e outras que fossem criadas nas redondezas. Alegava que eles seriam muito úteis, não somente para o progresso religioso, mas também econômico da região. Dom Joaquim Domingues de Oliveira, Bispo de Florianópolis, mostrou-se favorável, pois nutria grande simpa-tia para com os salesianos.

Em Santa Catarina, como acontecera no Rio Grande do Sul, somente 42 anos mais tarde surgem novas obras: em Itajaí (1956) e em Joinville (1961). Antes disso, porém já havia as presenças salesianas em Rio dos Cedros e Luís Alves, (a partir de 1918), Rio do Sul (a partir de 1926) e Massaranduba (a partir de 1947).

Hoje, em Santa Catarina os Salesianos em número de 26, marcam presença de Dom Bosco em 5 cidades: Ascurra, Rio do Sul, Massaranduba, Joinville, Itajaí. Nesta, estão duas Obras: o Colégio Salesiano Itajaí, com 4 salesianos e o jubilando Parque Dom Bosco, também com 4 salesianos.

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Anos

PADRE PEDRO BARONFazendo o melhor possível para servir!

Padre Pedro Baron nasceu na Itália, aos 26 de dezembro de 1913. Foram seus pais Giacomo Baron e Celestina Zacchini. A família Baron, profundamente cristã,

orientou vários de seus filhos para a vida religiosa e sacerdotal. Ainda hoje, entre seus descendentes, há dois salesianos na Itália. Concluídos os estudos secundários o jovem Pedro, cheio de vida veio para o Brasil, em 1931, atraído pelo ideal missionário. Fez o noviciado em Campinas e em janeiro de 1933 ingressou na Congregação Salesiana.

Realizou os estudos filosóficos em Lavrinhas/SP e fez o magistério trienal no Colégio Santa Rosa de Niterói. Em 1938 fez os estudos teológicos no Instituto Teológico Pio XI de São Paulo. Foi ordenado sacerdote em 8 de dezembro de 1941.

Atuou como sacerdote e educador em Vitória/ES, Campinas/SP e Piracicaba/SP, onde construiu o Colégio Dom Bosco. Em 1956, transferido para Itajaí, deu início à obra Salesiana da cidade, no antigo Ginásio Municipal. Em 1951, começou a construção do Colégio Salesiano Itajaí, forte marco na comunidade educativa e evangelizadora, para o desenvolvimento de Itajaí. Em pouco tempo sentiu, pela sua grande sensibilidade, o crescente clamor da presença de Dom Bosco também na periferia de Itajaí. Com a colaboração dos demais Salesianos, entre eles o recém chegado Irmão Aquilino Minella, em 1960 iniciou o serviço de assistência social com o “oratório festivo” ao “final da Rua Brusque”, atual Parque Dom Bosco.

Padre Baron, sacerdote, educador, líder, empreendedor, conselheiro, articulador social, apaixonado pela juventude, autêntico filho de Dom Bosco, deixou marcas registradas nos corações e na cidade, nos curtos 12 anos em que aqui viveu. Confirmação desta personalidade está documentada nas manifestações por ocasião de seu precoce falecimento, com 55 anos, em 1968. A cidade estremeceu! Depois se movimentou numa “verdadeira apoteose”, revelada pelos registros dos inúmeros discursos, pelos órgãos de imprensa,

pelas sessões a ele dedicadas na Câmara de Vereadores e na Assembleia Legislativa Estadual. Podemos ter uma ideia através da afirmação do P. Mário Quilicci, Inspetor, em sua Carta Comunicativa: “Não há lembrança de um sepultamento tão concorrido até hoje, em Itajaí...’’

O registro existencial da passagem do P. Baron em Itajaí está em 1º lugar, no caráter, na espiritualidade, no “modus vivendi” da comunidade itajaiense.

Continua materialmente vivo entre nós através do “Grupo Escoteiro P. Baron” que usufrui de suas bênçãos, desde sua fundação em 1978 e continua “sempre alerta”, fazendo o “melhor possível” para “servir”!

Outra materialização é a praça “P. Pedro Baron” no bairro Dom Bosco, que tem como sentinela, em bronze, o busto do P. Baron cujo olhar constante contempla e abençoa a Obra Social por ele sonhada para a juventude do Parque Dom Bosco.

P. Pedro Baron (1961 1968)

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Anos

Aquilino Minella nasceu em Brusque, Santa Catarina, no dia 16 de setembro de 1922, filho de Maria e João Minella. Foi batizado e Crismado em Brusque

pelo Padre Germano Brand e Dom Joaquim D. de Oliveira. Em 1946, na cidade de Pindamonhangaba em São Paulo, fez o Noviciado, professando em 31 de janeiro de 1947 como Irmão Salesiano.

Irmão Minella, como era conhecido, foi um dos fundadores do Parque Dom Bosco, Obra Social de Itajaí, onde morou por vinte e dois anos.

Residindo no Colégio Salesiano, iniciou seu trabalho no antigo Matadouro (açougue), hoje Bairro Nossa Senhora das Graças, em 25 de março de 1961. Trazia em sua bicicleta uma bola, dois jogos de camisas e um pacote de pirulitos para os

IRMÃO AQUILINO MINELLA“É um parque de diversões para a juventude...”

vencedores, os perdedores e a torcida..., não antes de uma solene “Ave-Maria”! Estava dado o “chute inicial” do que se tornaria o grande “jogo da juventude”.

No Matadouro, mais respeitado do que a polícia, era também o separador de brigas, o conselheiro e o juiz das pequenas causas: “O Seu Minella falou, está falado”!

O P. Pedro Baron, diretor do Colégio Salesiano, vendo que o “Oratório Festivo” crescia rapidamente, enviou o P. Zeno Schveizer para que, com o Irmão Minella, providenciassem a compra de mais terrenos e contratassem as máquinas para a terraplanagem. “Um novo loteamento?” perguntou alguém. Ao que o Seu Minella respondeu: “Não! É um parque de diversões para a juventude...” Surgiu o Parque Dom Bosco, com o primeiro galpão de madeira, que a partir de 1968 passou também a abrigar a residência para o Irmão Minella e P. Alvino Beber e irmãos de comunidade.

Na sua simplicidade encantava e convencia os doadores e benfeitores da Obra que, aos poucos foi contagiando toda a cidade.

De 1961 a 1982 o Seu Minella viu crescer e estruturar todo o complexo da Obra Salesiana Jubilar, iniciada com dez garotos correndo atrás de uma bola...

Nos últimos vinte anos o Irmão Minella trabalhou no Colégio Dom Bosco de Rio do Sul/SC, onde também dinamizou o “oratório” para a garotada. Entusiasta da Eucaristia e da devoção Mariana, trabalhou pelas vocações e era testemunho de salesianidade e alegria junto aos “aspirantes” à vida salesiana que ali se formavam, estimulando-os com maestria no oratório, na rica horta e pomar e na vivência salesiana.

Debilitado pela idade, hospitalizou-se em Rio do Sul, sempre fraternalmente assistido pelos aspirantes, parentes e salesianos. Como uma vela que muito iluminou, foi se apagando e faleceu com oitenta e sete anos, em 06 de junho de 2009, num sábado de Maria, conforme desejava.

- Obrigado Irmão Minella!

Irmão Aquilino Minella (1961-1983)

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Anos

O Instituto Lar da Juventude de Assistência e Educação, conhe-cido popularmente como Par-

que Dom Bosco, possui uma trajetória de 50 anos de trabalho social no município de Itajaí, litoral norte do estado de Santa Cata-rina. A presença dos salesianos no município teve início em 1956, quando o padre Pedro Baron e o clérigo Agenor dos Passos assu-miram a direção do Ginásio de Itajaí, que,

até então, era de uma Sociedade Anônima. A partir de então, o colégio passou a ser da Congregação Salesiana e foi constituído o Colégio Salesiano Itajaí integrante da Inspe-toria Salesiana do Sul do Brasil.

Em 1961, no bairro do Matadouro, em terreno parte concedido pelo governo do Estado, foi fundado o Oratório Festivo Salesiano, depois Parque da Juventude Dom Bosco. Desde o início, era desejo dos su-

Há 50 anos, o Parque Dom Bosco é espaço de formação humano-cristã e desenvolvimento social para crianças e jovens em Itajaí

TRABALHO SOCIAL

Parque da Juventude Dom Bosco - Carnaval de 1962

Escola Marcenaria -1987

Escola Gráfica -1987

Curso de costura industrial - 1992

Festa de Dom Bosco, inauguração do galpão

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Anos

periores que se abrisse um oratório festivo. Os salesianos se propunham começar duas obras: um colégio e uma obra social.

O Parque Dom Bosco nasceu da iniciativa de oferecer um lugar para os jovens em situação de risco social. Não apenas um local de instrução re-ligiosa, ou um espaço para esporte e recreação, mas principalmente uma casa de formação humana, na qual o jovem poderia sentir-se acolhido, com harmonia, confiança, cordialidade e amor. Nesse espaço, os jovens apren-diam bons costumes, a valorizar a vida e um “ofício”, tornando-se, como diria São João Bosco, honestos cidadãos e bons cristãos. Sendo assim, a obra social salesiana, teve início em 25 de março de 1961.

No princípio, a atividade consis-

tia em uma recreação juvenil e pasto-ral popular com finalidade evangeliza-dora. Porém, já em 1963, foi funda-da a sociedade civil com o nome de Parque Dom Bosco, e deu-se início às ações de caráter social, como cursos de corte e costura, barbeiro, serviço de farmácia e ambulatório. Em 1974, o Parque Dom Bosco transformou-se em Instituto Lar da Juventude de As-sistência e Educação, ampliando suas ações.

O desenvolvimento do Parque contou desde o início com o auxílio constante do Salesiano Irmão Aquilino Minella, que dedicava seu tempo, aos sábados e domingos, para trabalhar com os meninos e meninas da co-munidade, em atividades de evange-lização e esporte com a dedicação e apoio do P. Antônio Possamai.

1961 - Primeiro time do Ginásio a jogar no Parque

1962 -Irmão Minella e crianças do Parque da Juventude Dom Bosco

1992 - Curso de cabeleireiro

1961

POSTO SANTA ROSABR 101, Km 116,8

Bairro Salseiros / Itajaí / SC

POSTO IRMÃOS DALÇOQUIORodovia Jorge Lacerda, Km 0Bairro Salseiros / Itajaí / SC

DIRETORES DO PARQUE DOM BOSCO

SALESIANOS QUE TRABALHARAM NO

PARQUE DOM BOSCO

P. Adolfo dos Anjos (1968-1972)P. Adriano Cemin (1986-1988)P. Alvino Beber (1966-1980)P. Antônio Deretti (1979-1979) (2001-2003)P. Cláudio Balestieri (1979-1979)P. Dante Domenico Cemin (1980-1990)P. Décio Antônio Bona (1991-1997) (2011-2011)P. Geraldo Pereira D’Ávila (1986-1988)P. Gilli Três (1966-1972)P. Heriberto José Schmitt (1992-1992)P. Heriberto Schmitt (1969-1972)P. Hermínio Tambosi (1991-1992)P. Italo Cemin (1966-1968)P. Ivo Petry (1989-1990)P. José Rodolpho Hess (2001-2006)P. Licério João Spezia (1986-1990)P. Lino Fistarol (1966-1970)P. Mansueto Trés (1969-1971)P. Mário Notari (1993-1998)P. Mário Sattler (1974-1985)P. Nelson Blogslawski (1987-1995)P. Nestor Junkes (1971-1972)P. Oswaldo Tironi (1980-1980)P. Otaciano Ribeiro de Souza (1972-1973)P. Pedro Baron (1966-1968)P. Sandro Poffo (2010...)P. Sebastião Alaertes Bueno de Camargo (2004-2009)P. Tarcisio Luis Brasil Martins (1975-1978)P. Theobaldo Heck (1971-1972)P. Valdir Andreatta (1980-1985)P. Valdir Andreatta (2011-2011)P. Zeno Schveizer (1966-1972)P. Angelo Dante BizP. José Edemar Rauber

L. Alessionir Soares de Mello (1994-1994)L. Aquilino Minella (1966-1983)L. Aroldo Martins Filho (1997-2000)L. Frederico Dalcanale (1999-2004)L. Pedro Melo (1987-1987)L. Vandelino Tessaro Sobrinho (2000-2000) (2009-2009)

S. Alcebíades VeginiS. Alcebíades Vegini (1966-1967)S. Aparício Pasqualini (1968-1968)S. Arnoldo Poltronieri (1970-1970)S. Décio Bona (1971-1971)S. Édio Rodolfo Pauli (1992-1993)S. Emiliano Stolf (1966-1966)S. Emir Ropelato (1970-1970)S. Ênio Bernardo SchmitzS. Ênio Bernardo Schmitz (1983-1984)S. Geremias Moretto (1971-1972)S. Giovani Vegini (1998-1998)S. Juracir Deretti (2003-2004)S. Mário Slomp (1974-1974)S. Osmar Bortolini (1972-1972)S. Raulino Bortolini (1967-1968)S. Sebastião Martins Morais (1981-1982)

2011P Sandro Poffo – DiretorP José Edemar Rauber - Pároco - Vice-Diretor e CooperadoresP Valdir Andreatta - Vigário ParoquialP Décio Antônio Bona - Pastoral Universitária da UNIVALI e Vigário Paroquial

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Anos

Página 12

P. Pedro Baron (1961-1968)

P. Alvino Beber (1968-1980)

P. Dante Domênico Cemin (1980-1990)

P. Licério João Spezia (1986-1990)

P. Hermínio Tambosi (1991)

P. Décio Bona (1991-1997)

Ir. Aroldo Martins (1997-2000)

P. José Rodolpho Hess (2001-2006)

P. Sebastião Alaertes Bueno de Camargo (2007 -2009)

P. Sandro Poffo (2010...)

GRUPO DE ESCOTEIRO PADRE BARON“O mundo não poderá ser o mesmo depois que passou um escoteiro por ele”. (Baden-Powell)

É um desafio para o escotismo, não será tão fácil, mas é possível e nobre. O mundo pode e deve ficar melhor!

Robert Baden-Powell, um general Inglês, filho de pastor luterano, se tivesse vivido com Dom Bosco, teria feito uma revolução maior ainda do que ambos fizeram ao processo educativo da juventude... Escotismo, Sistema Preventivo de Dom Bosco: métodos pedagógicos diversos, experiências originais diferentes, porém a meta e os protagonistas são os mesmo: a juventude e sua realização humano-cristã.

Inspirados nestes princípios, em 11 de fevereiro de 1978 o Padre salesiano Tarcísio Luís Brasil Martins, com alguns educadores leigos, fundaram o Grupo Escoteiro Padre Baron, na Paróquia e Parque Dom Bosco.

“Prometo pela minha hora, fazer o melhor possível para cumprir o meu dever para com Deus e a minha Pátria, ajudar o próximo em toda e qualquer ocasião e observar a Lei do Escoteiro”. É a promessa feita e assumida.

Estes princípios fundamentais e mais 10 artigos da Lei Escoteira norteiam toda a pedagogia e a dinâmica do Movimento Escoteiro.

Presente em quase todos os países, desde 1907, o

escotismo já acolheu mais de 270 milhões de jovens e, em durabilidade, hoje é a maior organização juvenil do mundo.

Em Itajaí, no momento, entre os quatro grupos atuantes, está o “Grupo Escoteiro Padre Baron”. Por muitos anos teve como sede o próprio Parque Dom Bosco. Depois, levantou acampamento e hoje tem sede própria no bairro da Ressacada, território da Paróquia São João Bosco.

Em 11 de fevereiro deste ano celebrou 33 anos de existência, com missa festiva e com a presença do grupo uniformizado, “palma escoteira” e canção da despedida... Sua “chefia” está disposta e animada para os quatro ramos: lobinhos, escoteiros, seniores e clã pioneiro. Com atividades apropriadas à idade evolutiva, aos sábados à tarde e com diversos acompanhamentos no decorrer do ano, o grupo P. Baron oferece uma rica experiência de vida associativa ao ar livre: organização, disciplina, liderança, ecologia, vivência em grupo, criatividade, valores, pioneirismo, espiritualidade, responsabilidade, artes diversas, jogos e muito mais...

É uma organização gratuita e sempre lembrada, pois: “Uma vez escoteiro, sempre escoteiro!” Parabéns Dom Bosco e Baden-Powell. Sempre alerta!

www.escoteiros.org.br

O Parque Dom Bosco recebeu em 2002 o Prêmio Bem Eficiente, outorgado anualmente para as 50 entidades beneficentes melhor administradas

do País. O Parque concorreu com mais de 351 entidades beneficentes e foi avaliado segundo 42 critérios, entre eles os resultados organizacionais, financeiros, operacional, trans-parência e impacto social. O Prêmio Bem Eficiente é ou-torgado pela Kanitz & Associados, empresa de consultoria

com 20 anos de experiência na avaliação das melhores empresas do país. Para mais infor-mações entre no site www.melhores.com.br

Em 2004, novamente a Obra Social tem seus trabalhos reconhecidos, e entre ou-tros 38 catarinenses o Parque Dom Bosco, foi homenageado com a outorga da Medalha Parceria Comunitária, na Assembleia Legis-lativa em Florianópolis. A condecoração é uma honraria a personalidades, empresas e instituições que prestam serviços comunitá-rios a Santa Catarina, em especial aos mais carentes.

No ano de 2005 a Instituição rece-beu o Prêmio Top Of Mind Brazil, conferido pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa de Opi-nião Pública – INBRAP, às instituições que

se destacaram durante o ano pela excelência nos serviços prestados à comunidade, e que contribuem para o desenvolvimento sócio-econômico do país, valorizando sobretudo a pessoa humana e os princípios éticos que de-vem reger a sociedade brasileira.

E, no dia 12 de dezembro de 2007, a Câmara de Vereadores de Itajaí promoveu a

Sessão Solene de outorga de Títulos e Honrarias para 11 pessoas que se destacaram no município e que contribuem para uma Itajaí melhor. O Irmão Aquilino Minella, um dos fundadores do Parque Dom Bosco, recebeu o Título de Cidadão Itajaiense, pelo reconhecimento de suas ações, méritos, esforço e dedicação na construção da cidade. Por

RECONHECIMENTO PÚBLICO

motivo de saúde, foi representado pelo diretor, P. Sebastião Ca-margo. A nomeação é destinada aos nascidos fora do município e que reconhecidamente tenham se destacado em benefício da comunidade.

Em 2009 na comemoração dos 48 anos da Instituição, a Câmara de Vereadores de Itajaí, através de uma Moção de Con-gratulações, promoveu uma homenagem ao trabalho da Obra Social em prol de pesso-as em situação de vulne-rabilidade social.

E em 2010, em-presas e entidades filan-trópicas de Itajaí, rece-beram na noite de 17 de dezembro, da Prefei-tura de Itajaí, a medalha “Itajaí 150 anos”, sendo que o Parque foi um dos homenageados pela ad-ministração pública por apoiar eventos e ações que celebraram o ani-versário de 150 anos de Itajaí. A cerimônia realiza-da na Praça Vidal Ramos contou com a presença das autoridades locais.

Diretor do Parque Dom Bosco P. José Rodolpho Hess recebe Medalha Parceria Comunitária do Presidente da Assembléia Legislativa de SC, Deputado Estadual,

Volnei Morastoni (PT) em 16 junho 2004.

O Vereador Laudelino Lamim (PMDB) homenageou o Parque através de uma Moção de Congratulações na Câmara de Vereadores de Itajaí.

P. Jose Rodolpho Hess na Entrega do VI Prêmio Bem Eficiente em São Paulo.

Sessão Solene de outorga de Títulos e Honrarias na CVI. O Irmão Aquilino Minella, um dos fundadores do Parque Dom Bosco, recebeu o Título de

Cidadão Itajaiense, representado pelo P. Sebastião Camargo.

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O Parque DOM BOSCO e seus gesto-res, os Padres Salesianos, são o exemplo vivo de que não se deve desistir do ser humano NUNCA, por mais perdido que esteja, por mais resistente que seja, vale a pena todo o esforço, primeiro, para evitar a perda do rumo, segundo para reeguer e aprumar aquele que caiu ou se desvirtuou. Escola e trabalho prático - COM AMOR, é a grande solução e é isso que o Parque representa. Fé no futuro, solidarieda-de, seriedade, responsabilidade - é assim que

se educa e se conduz um povo. Parabéns àqueles que construíram e que constroem a cada dia essa obra que engrandece e enobrece Itajaí.

Luiz Carlos PissettiPresidente da Câmara

Os ideais que nortearam a vida e a filo-sofia de Dom Bosco representam a mola pro-pulsora na inclusão social de crianças, jovens e adolescentes que anseiam por um futuro digno e uma sociedade mais humanitária.

O trabalho realizado pelo Parque Dom Bosco representa a prova de que juntos e solidários, certamente estamos construindo uma proposta para um país mais justo, com mais credibilidade e respeito e acima de tudo despertando nas pessoas o amor ao trabalho e o respeito à cidadania.

Maria Izabel Pinheiro SandriPresidente ACII

A Seara reconhece o Parque Dom Bos-co como uma instituição que contribui com a cidade de Itajaí, desenvolvendo jovens para obter conhecimento técnico-profissional, possibilitando a formação de atitudes e va-lores positivos, e orientando na formação de futuros cidadãos. O Grupo Marfrig através da Seara apoia e realiza ações sociais em parce-ria com o Parque Dom Bosco e o parabeniza pelos 50 anos de existência em Itajaí, uma instituição referência no trabalho social com crianças e jovens.

Almir Peruck – Diretor Recursos Humanos – Seara Alimentos

O Parque Dom Bosco nasceu de uma proposta educativa clara e que foi se desenvolvendo dentro do espírito de família, de presença amorosa e de respeito ao educan-

do, empenhando-se em formar bons cristãos e honestos cidadãos. O estilo salesiano de viver e servir modificou a cidade: agora os padres não apenas ajudam na evangelização, mas também ofere-cem um projeto de vida para os jovens. Completar 50 anos é comprometer-se com o amanhã, é relembrar a história, é projetar o futuro. O passado não deve ser esquecido, mas lembrado, mar-cado e estudado. Para que as gerações futuras possam, de modo seguro, saber como tudo começou. Para que a geração atual pla-neje um futuro ainda melhor e mais abrangente e para que um dia não seja mais necessário existir uma obra social para atender os excluídos, mas sim apenas uma escola profissional para atender os iguais. Que essas histórias de amor, serviço e doação aos jovens não se interrompam, que apenas tenha fim a exclusão.

HO

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No começo do Parque Dom Bosco, enfrentamos muitas dificuldades. Começamos embaixo de um barraco. Uma trazia o fogão, outra as louças. Buscávamos água de balde do outro lado da estrada. Mas, trabalhávamos com alegria e garra porque sabíamos que, no futuro, o Parque iria ser um

deslanche para Itajaí e, apesar das dificuldades enfrentadas, nunca faltou o principal: a comida para as crianças. Eu ajudo o Parque Dom Bosco porque ele mora no meu coração. Isso daqui faz parte da minha família, da minha vida. Aqui tudo é muito bem organizado. É uma alegria para o povo itajaiense ter uma Obra como esta. O Par-que não é meu, não é de ninguém. É de Itajaí.

Hiltrudes Fantini Pereira – matriarca da Rede Comper

de Supermercados

Neste cinquentenário do Parque Dom Bosco, podemos constatar que considerável parcela de nossa população com mais carên-cia econômica e social teve na Entidade um grande apoio. Dela irradiaram iniciativas não só de auxílio material e de encaminhamentos em áreas profissionais, mas também ações en-gajadas de equipes de voluntariado, que sob o comando da ação salesiana, tantos e bons serviços prestaram à nossa comunidade. O Parque Dom Bosco sempre foi o grande braço social do Colégio Salesiano, e os alunos e ex- alunos salesianos e familia-res sempre compreenderam este incansável trabalho.

É oportuno enaltecermos o trabalho desenvolvido no Parque Dom Bosco, em favor do desenvolvimento social de milhares de famílias, do apoio escolar e profissional a tantos jovens, que inegavelmente ajudaram a dar a Itajaí melhorias no seu perfil comunitário.

Prof. Mário Cesar dos Santos - Reitor da UNIVALI Ex-Aluno do Colégio Salesiano (1963/1966)

Há cinquenta anos, o Parque Dom Bos-co é um exemplo de instituição que coloca o ser humano em primeiro lugar, ao atender crianças, adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade social. A educação com valores morais e os cursos profissionalizan-tes são fundamentais para inclusão social, assim como as práticas esportivas e de lazer fazem parte da formação de uma vida saudá-vel e de integração na sociedade.

Volnei MorastoniDeputado Estadual

Tenho um carinho especial pelo Parque Dom Bosco, pois estive presente pessoalmente à missa de sua fundação, em 1961, como aluno da quarta série ginasial do então Ginásio Salesia-no Itajaí. Creio que a principal contribuição do Parque Dom Bosco, nos moldes dos Oratório Festivos criados por Dom Bosco, é dar atendi-mento à juventude de Itajaí que necessita de oportunidades de promoção pessoal e social. Deve-se registrar que o Parque Dom Bosco foi a primeira iniciativa na cidade de atendimento sistemático à juventude no campo da formação profissional, da melhoria educacional, do atendimento à saúde, ao esporte e ao lazer. Sem des-cuidar, é claro, do atendimento religioso, como em toda obra salesiana. Honra, pois, àqueles que o fundaram, em especial ao saudoso Padre Pe-dro Baron, e minha homenagem àqueles que hoje o dirigem, na pessoa do Padre Sandro Poffo e sua equipe.

Prof. Edison d´ÁvilaSecretário Municipal de Educação

Desde que a comunidade salesiana chegou a Itajaí, muitos foram os avanços no combate à exclusão social. Ao longo destes 50 anos, a educação de crianças e jovens da nossa cidade tornou-se referência no Estado. Os projetos e programas de intervenção so-cial, os cursos e os serviços são ações que consolidam a imagem do Parque Dom Bosco como uma das melhores e mais eficientes entidades assistenciais catarinenses. Sua im-portância manifesta-se no prestígio e respeito que a instituição tem dentro da comunidade, no resgate social de toda a família e, claro, nos números mensais de atendimentos, que alcançam cerca de um mil crianças, jovens e adoles-centes. Neste momento quero lembrar o esforço dos amigos salesianos, funcionários, voluntários e doadores que colaboraram e continuam co-laborando com o crescimento de um ambiente que oferece futuro para as crianças e os jovens e tranqüilidade para os pais. Parabéns à toda a sociedade pelo Jubileu de Ouro do nosso Parque.

Jandir BelliniPrefeito de Itajaí

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Giovani Félix teve no Parque Dom Bosco, o primeiro em-prego. Durante o curso de Marcenaria na própria Insti-tuição, em 1988, foi convidado a atuar como auxiliar de

instrutor. “Meu primeiro salário me marcou muito. Eu tinha 16 anos. Foi todo em notinha de um cruzeiro. Um bolo de dinheiro”. Ele tem 38 anos, trabalha na Instituição há 23 e coordena os cursos profissionalizantes diurnos, que atendem jovens com idade entre 15 a 18 anos. Fez a primeira comunhão na Paróquia Dom Bosco, e foi bem acolhido na Instituição, apesar de ter medo da ‘galera do Matador’. “Naquela época, eles mandavam aqui mesmo. Eram bem folgados. A gente não podia nem levantar a cabeça que apanhava”. Com o passar do tempo, as coisas foram mudando. “Aquela galera que mandava aqui e tinha mais ou menos a minha idade, hoje me respeita como o “Giovani do Parque” Dom Bosco. Hoje sou pro-fessor dos filhos deles”.

Para Giovani, o Parque é eficiente e busca constantemente o profissionalismo, melhorando a realidade dos jovens que atende, principalmente em relação ao seu encaminhamento para o merca-do de trabalho. “Isso é muito importante. Na época em que entrei, não era assim. Antes, o Parque Dom Bosco acolhia, mas não con-seguia inserir facilmente o jovem no mercado. Hoje, essa realidade é diferente”. Ele atribui essa mudança ao respeito adquirido pela Instituição ao longo dos anos e ao apoio dos empresários e do poder público municipal. “O Parque faz um trabalho transparente e os salesianos têm nome na cidade, até porque muitos itajaienses passaram por aqui. E eu sou um deles”.

O coordenador explica que a Instituição não se preocupa apenas em preparar um profissional técnico, mas uma pessoa com-pleta. “Não queremos criar o homem-máquina. Mas um cidadão responsável, com ética, que seja amigo, olhe para os lados e tenha sensibilidade”. Diz que, enquanto o Parque cresce, os profissionais crescem junto. Giovani não gosta de ser chamado de coordenador por considerar-se um educador. “Aprendi muito com o Irmão Aroldo Martins. Essa questão de ver as coisas antes que aconteçam. O garoto subiu na trave. Ele vai cair. Você não deixa subir. É simples. Numa

sala de jogos com os alu-nos, não dê as costas para eles. Fique numa posição

Educação é tarefa do coração

que dê para ver a todos. Hoje tem educador que acha que isso é bobagem. Mas, não é”.

Giovani é um dos poucos educadores com total liberdade entre os alunos e até com as famílias. Isso ocorre porque ele se faz presente na vida deles. “Eu dou abertura. Sempre pergunto: ‘E aí, como está o pai? A mãe está boazinha? Tudo certinho lá em casa?’ Um certo dia, depois de cumpri-mentar o garoto umas 100 vezes, ele se abre. ‘Bom, já que perguntaste pela minha família, vou dizer. Não está tudo bem, não’. Pronto”, conta Giovani. A partir daí, ele ganha a confiança dele e tem a liberdade de conversar sobre qualquer assunto.

Trabalho e dedicaçãoOutra pessoa que está há anos no Parque é a atual coordenadora

pedagógica Maria dos Passos Ferreira da Costa. Ela coordena as atividades com crianças de 7 a 10 anos no Programa de Educação Complementar e adolescentes de 11 a anos no Programa de Oficinas Alternativas. Maria tem 41 anos e atua no Parque há 24. Natural de Itajaí, há 15 anos mora em Ilhota, mas não pensa em sair da Instituição para trabalhar num local mais próximo de sua casa. “Quem fica muito tempo no Parque tem amor pelo trabalho. Já tive oportunidade de sair daqui e não saí porque gosto do que faço. Gosto do meu trabalho. Penso que meus colegas, que estão aqui há 20 anos ou mais, também gostam de estar aqui e gostam do que fazem. Criaram vínculo com a entidade, com os alunos e com a comunidade”.

Nesses vários anos de trabalho e dedicação, Maria teve alegrias e frustrações. “A minha decepção é a gente ter formado algum aluno, que fi-cou aqui por 10 ou 15 anos, mas está no presídio ou no mundo das drogas. Gratidão e agradecimento a gente não espera. A gente quer que se dêem bem lá fora, vê-los empregados, inseridos no mercado de trabalho. Porém, uma das nossas maiores alegrias é retornarem com seus filhos para o Par-que, porque acreditam no nosso trabalho. Temos muitos casos assim.”

Maria não foi aluna, mas compartilha da opinião dos colegas de que o Parque está num processo gradativo de mudança e crescimento. “Nosso trabalho alavancou de uma forma maravilhosa. Hoje temos a possibilidade de atender um número bem maior de alunos jovens, com muita variedade de cursos. Tudo isso devido a grandes parcerias que vêm contribuindo para que o nosso trabalho seja cada vez mais eficaz. E isso se reverte em beneficio para a comunidade de Itajaí, principalmente, para o bairro Nossa Senhora das Graças”. Ela lembra também que, há 20 anos, as famílias não eram tão ligadas ao Parque como hoje. “Temos um contato maior com essas famílias. No corpo a corpo mesmo. Ou seja, o Parque vai até a família e a família tem a possibilidade vir até o Parque”.

“Quem fica muito tempo

no Parque tem amor pelo trabalho.”

“Não queremos criar

o homem-máquina. Mas um cidadão responsável,

com ética, que seja amigo, olhe para os lados e tenha sensibilidade”.

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O Parque Dom Bosco, embora receba crianças, adolescentes e jovens de vários bairros do município, tem como principal público frequen-tador a comunidade do bairro Nossa Senhora das Graças, antigo

Matadouro, que tem a Instituição como um referencial de credibilidade nas ações sócioeducativas que possui e oferece à comunidade.

A realidade na região é de um grande número de jovens marginalizados, muitos expostos à criminalidade. A Instituição visa minimizar tal situação ofe-recendo atividades no contraturno escolar a crianças, adolescentes, jovens e adultos, com atividades complementares em cursos e oficinas.

Oferece ainda cursos de qualificação profissional e de geração de renda para toda a comunidade. Pode, desta maneira, modificar a realidade das famí-lias atendidas. É importante frisar que todas as ações realizadas no Parque Dom Bosco estão regulamentadas pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), Constituição Federal de 1988 e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e sua metodologia de trabalho está embasada no Sistema Preventivo de Dom Bosco.

Concepções e práticasO Parque Dom Bosco possui sede própria com ampla estrutura física, in-

cluindo uma chácara, trinta salas de aula, laboratórios de informática, auditório, cozinha com refeitório, panificação, unidade de saúde, ginásio de esportes, qua-dra coberta, sala de jogos, uma oficina mecânica, uma gráfica e uma Igreja Paro-quial dedicada a São João Bosco, entre outros recursos. Todos estão voltados ao atendimento das necessidades da comunidade. Os recursos financeiros para o sustento de todas as atividades provêm de doações e convênios, seja com o Município de Itajaí através da Secretaria Municipal de Educação, seja através da sociedade, que contribui espontaneamente com a obra social. Outras formas de arrecadação de recursos são os eventos promocionais e, principalmente, os diversos projetos apoiados pela Inspetoria Salesiana de Porto Alegre e por empresas e instituições nacionais e internacionais, além de colaboradores ami-gos da obra Dom Bosco.

Programas oferecidosO Parque Dom Bosco atende atualmente, em seus diversos programas

educacionais, mais de mil alunos diariamente. O público principal é composto por crianças, adolescentes e jovens com idades entre 6 e 24 anos e as ativi-dades desenvolvidas buscam de forma concreta proporcionar uma formação integral, visando a cidadania do indivíduo.

A Educação Complementar, executada por meio de oficinas de cunho artístico, intelectual e espiritual, é capaz de proporcionar às crianças de 6 a 10

Qualificação profissional e formação humana

Dança

Informática

Artesanato

Elétrica residencial e industrial

Manhã - Tarde - Noite

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anos um crescimento de sua área cognitiva, preparando-as para atuar em qual-quer campo da vida. Para os jovens na faixa de 11 a 14 anos, é oferecida uma continuação dos estudos, com o Programa Oficinas Alternativas.

Para os jovens entre 15 e 18 anos, há os programas Qualificação Pro-fissional e Geração de Renda e Oportunidade de Trabalho, que estimulam o crescimento profissional do indivíduo e fornecem subsídios para o ingresso no mundo do trabalho. Além do Programa Jovem Aprendiz que trata da inclusão social dos jovens com idade entre 14 e 24 anos, em situação de vulnerabilidade socioeconômica. O programa tem como objetivo formar e capacitar o público alvo para o mercado de trabalho, no intuito da construção da cidadania e da elevação da auto-estima dos mesmos. Em 2011, o Curso de Logística também integra esse programa. Além do curso de Eletromecânica que atende alunos com idade entre 18 e 22 anos no período noturno.

Os programas de Qualificação Profissional e Geração de Renda e Opor-tunidade de Trabalho noturno são realizados com jovens e adultos com mais de 18 anos e incluem cursos de eletricista residencial e industrial, panificação, manutenção de microcomputadores e costura industrial, de forma que os edu-candos possam desenvolver negócios próprios, auxiliando na renda de todos os membros do grupo familiar. O curso de costura industrial também é oferecido para alunos com idade acima de 16 anos no período vespertino.

Os atendidos realizam três refeições diárias e recebem atendimento mé-dico-odontológico em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde. No seu ano jubilar, o Parque Dom Bosco, juntamente com a equipe de 51 educadores e colaboradores, conta com a presença dos salesianos: Pe. Sandro Poffo, Diretor, Pe. José Rauber, Pároco, Pe. Valdir Andreata e Pe. Décio Bona.

Assim, o Parque Dom Bosco, criado como oratório festivo em 1961, para congregar jovens carentes, orienta sua trajetória, desde os primeiros anos, pelo lema salesiano: “Ser casa que acolhe, paróquia que evangeliza, escola que en-caminha para a vida e pátio para se encontrarem como amigos e viverem com alegria”.

Logística PortuáriaEm fevereiro de 2011 o Parque Dom Bosco inovou mais uma vez. A

Obra Social iniciou o Curso de Aprendizagem em Logística Portuária. As ativida-des ocorrem no contraturno escolar e beneficiam 80 jovens com idade entre 16 e 22 anos. O Coordenador da aprendizagem, Davi da Costa, explica que essa é uma parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego da Regional de Blume-nau. “Essa oportunidade foi oferecida ao Parque Dom Bosco para que a nossa instituição faça o treinamento desses jovens e posteriormente encaminhe para as vagas disponíveis no complexo portuário de Itajaí e Navegantes com intuito de inserir os jovens dentro da logística dos Portos da nossa região”, declara.

Davi esclarece ainda que o curso intensivo tem duração de 4 meses, perí-odo em que os Jovens Aprendizes terão oportunidade para desenvolverem os conhecimentos nas áreas em que o curso é ministrado. “No final do semestre inicia o processo de encaminhamento para as empresas oportunizando ao jovens uma vaga de emprego com carteira assinada e com todos os benefícios trabalhistas”, enfatiza.

Costura Artesanal

Artes Manuais

Logística Portuária

Apoio Escolar

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Ex-alunos homenageiam Parque Dom Bosco

O Parque Dom Bosco tornou-se sinônimo de edu-cação, evangelização e profissionalização e os ex-alunos são presenças dignas e atuantes no campo

da cultura, do trabalho, da educação, das artes, da religião e da política. Também nesta cidade os salesianos conquistaram os itajaienses e dessa forma, como nas demais regiões do mundo, Dom Bosco tornou-se “pai, mestre e amigo da juventude”.

O Parque Dom Bosco não se satisfaz com a educação em sala de aula, mas com a convivência e a interação social entre os alunos. A Instituição orienta sua trajetória, desde os primeiros anos, pelo lema salesiano: “Ser casa que acolhe,

paróquia que evangeliza, escola que encaminha para a vida e pátio para se encontrarem como amigos e viverem com alegria”.

Nesses 50 anos, grandes foram as mudanças e transfor-mações e muitas e sucessivas foram as gerações que a Institui-ção acolheu. Ao pesquisar a história da presença educativa sa-lesiana na cidade, depara-se com os incontáveis personagens que passaram por aqui. Muitos são ex-alunos e colaboradores que, com coragem e entusiasmo, trabalharam de forma soli-dária em proveito das classes populares e dos jovens menos favorecidos.

QUAL A INFLUÊNCIA QUE O PARQUE TEVE NA SUA VIDA?

Márcio Aguiar, de 37 anos foi aluno da marcenaria em 1988 e trabalhou no Parque Dom Bosco durante 12 anos. “A marcenaria foi meu primeiro curso profissionalizante, embora não tenha exercido a profissão, a formação profissional, humana e cristã fez toda a diferença na minha vida profissional. Na época em que fiz o curso, as condições financeiras eram péssimas e o adolescente e o jovem não eram prioridade. A Instituição também atendia um número menor de alunos”. Dez anos mais tarde em 1998, Márcio retornou à Instituição para fazer parte da equipe de colaboradores na função de instrutor Gráfico. “Mais uma vez o Parque abriu as portas para mim através de um curso com um Salesiano da Itália, Ir. Lino Coden, onde me formei professor da Gráfica”. Márcio além de professor de Gráfica foi também coordenador dos cursos profissionalizantes, gerente da Gráfica por 5 anos. “Penso que a Instituição deve cada vez mais investir em cursos profissionalizantes acom-panhados de formação humana e cristã. Afinal de contas temos que nos preocupar não somente com o mundo que estamos deixando para nossos filhos, mas também com os filhos que estamos formando para o mundo”. Para este ex-aluno, é importante continuar com o ensinamento teórico, prático e, principalmente, com a formação humana e cristã. “O conjunto, quando bem aplicado, fun-ciona muito bem. A teoria sem a prática não é assimilada. A prática sem a teoria cai no esquecimento e, ambas sem formação, fariam do Parque uma escola qualquer”.

Márcio trabalha atualmente na Kasburgraf Gráfica e Editora Ltda em Blumenau

“O Parque teve dois momentos em minha vida: primeiro, nos idos anos 60, criança de 9 aos 12 anos. Frequentava o Parque como “aluno” e recebia do “Seu Minella” as lições dos bons costumes, da importância da fraternidade, da educação e da fé. Há dez anos atrás, volto a encontrar o Parque agora na condição de poder colaborar na manutenção da Obra. E aí revendo o belo e duro trabalho que continua sendo feito, aquelas lições se renovam. Parabéns a todos que participam dessa grande obra social.”

Aroldo Martins, 54 anos, 27 anos de trabalho na empresa Seara Alimentos onde atuou como advogado e depois como de Diretor de Recursos Humanos

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Sou extremamente grato pela passagem do Parque Dom Bosco em minha vida, pois no período de janeiro de 2007 tive início com um curso oferecido de Auxiliar Administrativo com ênfase em informática, e através deste curso obtive muita experiência com atividades exer-cidas de ética, etiqueta profissional, oratória e demais palestras muito importantes para meu crescimento. Após um ano de curso entrei no projeto “menor aprendiz” que hoje é Jovem Aprendiz e pude ingressar no mercado de tra-balho, pois tínhamos no curso, como meta, pôr em prática tudo o que aprendemos. Logo após, foram surgindo várias vagas em mercados, empresas de pequeno e grande porte. Eu consegui ingressar na empresa Seara Alimentos onde fiquei como aprendiz um ano e meio no Centro de Operações de Recursos Humanos (CORH) e posterior-mente fui efetivado no cargo de auxiliar administrativo no setor de faturamento. Fiquei neste cargo um ano e hoje fui promovido para a controladoria no setor de Estoque onde eu e mais um colaborador controlamos toda a filial exportadora e armazéns terceiros da Seara Alimentos. Sendo assim, novamente agradeço a todos os colaboradores do Parque Dom Bosco que fizeram parte do meu crescimento profissional e pessoal.

Luiz Gustavo Linhares Gásperi, natural de Itajaí, 20 anos.

O Parque foi a base para minha vida profissional de realizações e conquistas. Fui aluno da obra social durante dois anos. Fiz o curso de mecânica de automóveis e há 20 anos trabalho na empresa Itavel Itajaí Veículos nessa profissão. Que a Instituição mantenha o aprendizado para os jovens, inovando cada vez mais no conhecimento de novas profissões.

Silvano Fagundes, natural de

Itajaí, 36 anos.

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O PÃO NOSSO DE CADA DIA

O Parque Dom Bosco serve refeições diárias para todos os alunos. Todos os dias, em média, distri-buem 1.200 pães e 24 litros de leite. “Isso é para o

lanche de um dia”, conta Ilza Winter Mafra, de 58 anos, que trabalha no Parque há 15 anos, sendo oito anos no refeitório da Obra. Ela explica que, no preparo do almoço, gastam-se cerca de 15 quilos de arroz, 12 de macarrão, oito de feijão e 50 de carnes, fígado ou frango, todos os dias. A verdura corresponde a uns 10 quilos.

Além do feijão com arroz, que servem todos os dias, há uma variação de pratos. Tendo assim polenta, macarrão, batata, aipim e risoto. Há diversos tipos de saladas e da so-bremesa, que variam de acordo com os produtos que a casa disponibiliza: laranja, banana, gelatina ou pudim. “As crianças adoram banana. São 340 que almoçam todos os dias. Além dos 40 funcionários”, conta Ilza. No verão, o café é substi-tuído por suco ou achocolatado e quando consumidos, são utilizados em média de 28 quilos de achocolatado e 10 de suco. Para dar conta desse trabalho, desde o preparo dos alimentos até a limpeza de louças e utensílios, atuam na co-zinha, uma cozinheira e duas auxiliares, além dela mesma. “Começamos a trabalhar às oito horas, e o primeiro lanche é servido às 8h15min juntamente com os colaboradores da

Instituição.”O almoço começa a ser servido às 11h30min, com

oração de agradecimento e segue até às 13h, em turmas al-ternadas. “Não dá para seguir à risca o cardápio, porque ga-nhamos muita coisa que precisa ser preparada, senão estraga. Às vezes, é dia de repolho, mas, se ganhamos tomate, por exemplo, trocamos, porque o tomate não dá para guardar muitos dias”, conta Ilza.

A criatividade também está presente no preparo dos alimentos para agradar a garotada. “As crianças não gostam de cenoura, então, a gente mistura com repolho e elas co-mem”. A responsável pela cozinha esclarece que um dos lan-ches preferidos é o de sexta-feira: cachorro-quente. “Toda semana tem cachorro-quente bem quentinho, feito na hora, nos dois horários de lanche, de manhã e à tarde. As crianças realmente adoram”.

Dona Ilza informa que a alimentação do Parque mudou muito nos últimos anos. No passado, a instituição frequente-mente recebia doação de comida vencida e selecionava os produtos. Hoje, os alimentos vêm dos mercados, parcerias e projetos e são todos em data de validade. “A alimentação que as crianças recebem aqui, a maioria delas não têm em casa”, afirma.

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Os trabalhos de For-mação Continuada dos Educadores do

Parque são desenvolvidos men-salmente. Este método de for-mação teve início no dia 15 de abril de 2005 e, de acordo com a coordenadora Pedagógica Maria dos Passos Ferreira da Costa, os educadores envolvidos tiveram um notável crescimento pedagó-gico após o início deste trabalho. “Eu considero esse trabalho muito significativo, desde a integração do grupo, a flexibilidade dos profissio-nais e, principalmente, as dinâmi-

cas e os temas trabalhados. Sem dúvida, é uma ótima oportunidade que temos para o crescimento profissional”. Conforme P. Décio Bona, o copo para transbordar tem que estar abastecido, com-pleto. “Ninguém dá o que não tem! Com a alta velocidade da transformação social, das mudan-ças de costumes, das novas tecno-logias de comunicação, o educador salesiano não pode ficar estático. O Sistema preventivo tem que estar com Dom Bosco e com os tempos, para ser resposta hoje, à realidade juvenil”.

EDUCADORES: ETERNOS APRENDIZES

2006 - II Semana Pedagógica do SESC

2006 - Capacitação de professores da Univali sobre a Cartilha da Cidadania

2011 - Semana de Formação Continuada

2010 - 13º Congresso sobre o Sistema Preventivo de Dom Bosco em Santa Rosa RS

2006 - Programa Unicidade da UNIVALI promove o Curso de Lideranças para o Terceiro Setor no Parque Dom Bosco

2007 - Profissionais de Direito, Assistência Social e Psicologia debateram sobre o ECA

2008 - Ética nos relacionamentos é tema de Formação Continuada

2009 - Filosofia Salesiana foi o tema de estudo da Formação Continuada

2005 - Formação Continuada com a Pedagoga Margarida Emmerich d

e Borba da Univali

2006 - Educadores do Parque Dom Bosco participaram do Simpósio de Educação Salesiana realizado no Colégio Salesiano

2006 - Profissionais do Parque participam da capacitação para Educadores Sociais do Programa Klabin Jovem de Futuro 2008 - Projeto extensão caderno cidadania

2010 - Sistema Preventivo e Direitos Humanos foram alguns dos temas abordados na Formação Continuada

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A presença do esporte e da fé é tão for-te na história do Parque Dom Bosco que a própria Instituição teve início

com um jogo de futebol e uma oração. Numa tarde de domingo, o irmão Aquilino Minela chegou até o local, onde hoje se encontra a Obra Social. “Eu comecei esta obra com um grupinho de jovens, que trabalhava junto a uma fábrica de balas de banana, do Alcides Pereira, e nós encontramos um lugarzinho, com uma pastagenzinha, com uma bola e um jogo de ca-misas; rezamos a Ave Maria e, depois, iniciamos o jogo”, contou o Irmão Minella numa entre-vista em 2005.

A miséria do povo naquela localidade chamou a atenção dos salesianos. “Contei des-se encontro para o Padre Pedro Baron, Diretor do Colégio Salesiano Itajaí, e, logo em seguida, ele mandou o administrador do colégio para ver o lugar”. Padre Baron viu que o encontro foi bom para as crianças, e mandou buscar má-quinas para começar a terraplanagem do ter-reno.

Atualmente, o programa de esportes do Parque Dom Bosco atende alunos entre 6 e 24 anos, de segunda a sexta-feira, das 8h da ma-nhã às 17h. Uma profissional é responsável por essa área que visa desenvolver hábitos e atitu-des, convívio, espírito desportivo, formação de personalidade e aperfeiçoamento das qualida-des físicas, psíquicas, morais, sociais e religiosas. “Correi, pulai e jogai à vontade. Basta não fazer o mal”, dizia Dom Bosco a seus jovens.

ESPORTE, LAZER E FÉ MARCAM A HISTÓRIA

DO PARQUE DOM BOSCO

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TÊNIS COMUNITÁRIO

O Projeto Tênis Comunitário é desenvolvido no Par-que Dom Bosco desde 2010 em parceria com a Unimed Litoral e a Fundação Municipal de Esporte

e Lazer através da Lei de Incentivo ao Esporte. De acordo com o Superintendente da FMEL, Álvaro Simão Provesi o mu-nicípio deixa de arrecadar esse imposto para apoiar iniciativas ligadas ao esporte. “A fundação apóia diversos projetos como esse e com certeza, daqui sairão vários atletas”, declara.

Com aulas semanais, o projeto foi desenvolvido volun-tariamente no Parque entre os anos de 2004 e 2009, pelo professor e tenista, Osvaldo Cipriano, o Badeco. “O que essas crianças precisam e merecem é de oportunidade e o esporte é fundamental para isso”, enfatiza Badeco.

Esta atividade já atendeu mais 500 educandos, com ida-de entre 7 e 14 anos, da Obra Social e a partir de 2010 o projeto conta também com o educador Everton de Brito, o Tom. O aluno Guilherme Cardoso, de 13 anos, diz que o tênis exige preparo físico. “Na primeira vez que joguei no outro dia não aguentava de dor na coluna, mas a vontade de jogar falou mais alto”, comenta Guilherme.

Simone Ambrózio, da Responsabilidade Social da Uni-med, afirma que o compromisso da cooperativa com o es-porte visa melhorar a auto-estima das crianças com o comple-

mento educativo e social. “A Unimed Litoral acredita muito num projeto como esse por tudo de produtivo que ele traz na questão sócio-educativa e pela oportunidade das crianças saí-rem das suas casas para terem atividades esportivas”, afirma.

O Médico cooperado da Unimed, Doutor Edson Sch-neider, ressalta a importância do compromisso social com projetos como o desenvolvido na casa salesiana. “É um tra-balho sem precedentes e de extrema importância social, que precisa de mais reconhecimento, o que passa também por incentivo financeiro”, enfatiza Edson.

As atividades do projeto consistem no desenvolvimento da prática do tênis entre crianças de baixa renda, com o obje-tivo social de promover ações de cidadania visando contribuir para a formação pessoal através do envolvimento com uma modalidade esportiva. As aulas são ministradas na quadra de tênis da Obra Social para 100 alunos.

Simone afirma que o Parque é uma Instituição de cre-dibilidade, transparência e que auxilia muito no acompanha-mento e monitoramento do projeto. “Nós só temos que agra-decer pelos trabalhos que o Parque realiza. Está todo mundo de parabéns. Já tivemos atletas adolescentes que chegaram a disputar campeonatos estaduais e isso é muito gratificante”, enfatiza.

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Anos

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:: MEMÓRIA ::

27-01-1963 - Festa de Dom Bosco

Frente do Parque da Juventude Dom Bosco1963 - Primeira comunhão no

Parque Dom Bosco

Início do Parque 27-01-1963 - Festa de Dom Bosco

1968 - Oratório Festivo

1962

Parque da Juventude Dom Bosco Carnaval 1962

1975 - Trabalhos de aprendizagem de marcenaria

1976 - Enxovais das mães gestantes1961

Multidão na inauguração

15.08.1961 – Inauguração do Parque da Juventude Dom Bosco – Missa no Matadouro

Igreja Nossa Senhora das Graças

03.03.1968 - Instituída a Paróquia de São João Bosco nomeado por Dom Afonso Niehues Arcebispo Metropolitano de Florianópolis

03.03.1968 - Instituída a Paróquia São João Bosco, com sede no Parque Dom Bosco -

Pároco, P. Alvino Beber, assinando na presença do P. Virgílio Fistarol, entre outros.

Aniversário do Padre Mário Notari - 19931979 - Desfile 07 de setembro

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Anos

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1969 - Foguete para acender a fogueira - Irmão Aquilino Minella e Honorato Sandri

Padre Ivo Poffo -1994Padre Décio Bona - Retiro, Casa da Armação -1995 Piscina do Parque - 1987

Festa Junina - 19951963 - Inauguração do

monumento a Dom Bosco

1984 - Lagoa do Minella Construção do Ginásio do Parque - 1980

Irmão Minella Chácara 1992

Troféu Fucabem - 1980

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Anos

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Festa de Natal - 1984

:: MEMÓRIA ::

Festa Junina - 1979

2000 – Inauguração dos laboratórios de informática e panificação – Rotary Club Itajaí Porta do Vale

1994 – 7º Congresso sobre o Sistema Preventivo de Dom Bosco - O ECA e a educação salesiana

30.10.1983 - Primeira missa celebrada na nova Igreja Matriz de São João Bosco que

ainda estava em construção

XII Congresso Inspetorial da Associação dos Salesianos Cooperadores em Itajaí

2009 - Visita do Irmão Cláudio Marangio Ecônomo da Congregação Salesiana

01.11.2006 - Último jantar dançante organizado pelo grupo de Senhoras Voluntárias

31.03.2006 - Inauguração da quadra coberta

01.09.2004 - O Parque recebeu a visita do P. Pascual Chávez Villanueva, nono

Sucessor de Dom Bosco

2007 - Congresso Inspetorial da Articulação da Juventude Salesiana (AJS)

02.04.2005 – Jantar Troféu Amigos do Parque Dom Bosco - primeira edição

2009 - Visita da Urna de Dom Bosco em novembro

Padre Natale Vitali, Conselheiro do Cone Sul e representante do P. Pascual Chávez Villanueva, Reitor-Mor, esteve oficialmente no Parque entre os dias 5 e 8 de setembro de 2010.

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Anos

1. Abílio Ramos2. Adalberto Werner e Hermínia Werner3. Aldri Dist de Gên.s Alimentícios - Antônio M. Sandri4. Alvin Sandri e Aurora Maria Sandri5. Catarina Rodrigues Pereira6. CFC Itajaí Ltda – Tadeu Pereira Raimundo7. Clínica São Lucas – Jeny Coelho de S. Liberato8. Colégio Salesiano – Padre Lino Fistarol9. Danilo Campestrini e Zenaide Campestrini10. Diácono Antônio Scaburri e Ignese Sandri Scaburri11. Distribuidora Muller – Odemar Muller12. Edio de Oliveira13. Erica Polli14. Frigorífico Riosulense – Maria D. Pamplona Rizzi15. Frigovale – Ari Beline16. Hermano Marinho Pereira e Ivete Pereira17. Hermelinda Moser (in memoriam)18. Hiltrudes Fantini Pereira19. Honorata Poffo20. Honorato Sandri e Dorvalina Sandri21. Humberto Aristides Silva e Lenir Vequi Silva22. Irmão Aquilino Minella23. Irmão Aroldo Martins Filho24. Itavel – Júlio César Emmendörfer

25. Jeanine Pereira Malburg26. José Sandri e Miranda Sandri27. Libório Costa e Maria José Vieira da Costa28. Marsud – Jorge Cárdenas29. Osmar de Souza30. Padre Décio Antônio Bona31. Prefeitura Municipal de Itajaí – Volnei José Morastoni32. Promenac – Sérgio Werner33. Receita Federal – Jackson Aluir Corbari34. Rede Brasil Esperança de Telecomunicações – José Carlos Francelino35. Reinaldo França36. Rotary Club Porta do Vale37. Seára Alimentos – Aroldo Manoel Vieira38. Sibara – Orácio Figueiredo39. Tamoyo – Luiz Sandri40. Universidade do Vale do Itajaí – José Roberto Provesi41. Viação Praiana – Marco Aurélio Serára Jr.42. Vitalmar Com Ind de Pescados – Dario Luiz Vitaly43. Volare’s Band – Walter Riedel e Olandina Maria Zilbert44. Yvonne Lucy Kormann Rebello

Homenageados “Troféu amigos do Parque Dom Bosco” - 1ª Edição 2005

Troféu Amigos do Parque Dom Bosco 2ª Edição - Jubileu de Ouro - 2011

1. Antônio Carlos Konder Reis 2. Associação Empresarial de Itajaí (ACII)3. Associação Lions Itajaí4. Beatriz Rossetto Custódio (in memoriam) 5. Câmara de Vereadores de Itajaí (CVI)6. Célio Amadeu da Silva 7. César Ramos 8. Charles Augusto Victorino 9. Cídio Sandri 10. Dom Antônio Possamai 11. Editora Bittencourt12. Edson D´Ávila 13. Eliane Wippel Bonomini 14. Francisco Vicente Michnoski 15. Giovani Félix16. Grupo Marfrig/Seara Alimentos 17. Itajaionline18. Jandir Bellini - Prefeito Municipal19. Ludovico Rogge 20. Luis Vicentim 21. Luzia Aparecida Severino 22. Maria Bernadete Pereira23. Maria dos Passos Ferreira da Costa 24. Maxxi Atacado25. Michel Köenen 26. Nair Kalkmann

27. Osmar Rogge 28. Osvaldo Cipriano 29. P. Alvino Beber – Diretor (1966-1968)30. P. Dante Domenico Cemin - Diretor (1980-1990)31. P. Hermínio Tambosi - Diretor (1991 e 1992)32. P. José Rodolpho Hess – Diretor (2001-2006)33. P. Licério João Spezia – Diretor (1986-1990) (in memorian) 34. P. Mário Notari - Administrador (1963)35. P. Sandro Poffo - Diretor (2010...)36. P. Sebastião Alaertes Bueno de Camargo – Diretor (2007 -2009)37. Paulo Bauer 38. Polícia Federal39. Receita Federal40. Rede Comper de Supermercados41. Revista Sopa de Siri 42. Sandra Regina dos Santos 43. Senhoras Voluntárias do Parque Dom Bosco44. Sidney Russi 45. Solange de Souza 46. Sueli Rodrigues Peluzi 47. Unimed Litoral 48. Universidade do Vale do Itajaí49. Valmor Silva 50. Volnei José Morastoni - Deputado Estadual

Homenagem Especial: Inspetoria São Pio X

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Anos

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O Programa Jovem Aprendiz desenvolvido no Parque Dom Bosco, desde 2007, tem como prioridade atender àqueles que fazem parte do bairro Nossa

Senhora das Graças, próximo à Instituição, cuja área encontra-se entre as mapeadas por miséria e exclusão, onde as desigual-dades sociais ficam evidentes

Dom Bosco, em suas instituições sociais, preconizava re-tirar os meninos das ruas e propiciar-lhes uma formação digna, transformando-os em cidadãos, tal como se constitui, na atua-lidade, o projeto do Programa Jovem Aprendiz. Nortearam a implementação do projeto alguns dados fornecidos pela Coor-denadoria Municipal da Juventude de Itajaí.

Por meio desta perspectiva, o Parque Dom Bosco focou suas atividades nos jovens mais necessitados de amparo, seja este social, econômico ou emocional.

Dentre outros, o programa tem também como objetivo formar e capacitar seu público alvo para o mercado de traba-lho, no intuito da construção da cidadania e da elevação da au-to-estima dos mesmos, pois a juventude atualmente é a maior vítima e o maior agente dos crescentes níveis de violência.

O programa fornece ao aprendiz a oportunidade de mo-dificar sua realidade, conquistando o primeiro emprego e auxi-liando na renda familiar.

O jovem é visto, então, como um indivíduo de direitos que deve também atuar ativamente na sociedade na qual está inserido, e numa perspectiva de aprendizagem em que ele pas-sa a ser o centro da ação e sujeito de sua história.

Neste programa inclui-se a formação em Aprendizagem em Serviços Administrativos, Logística Portuária, Eletromecâ-

nica e Elétrica Predial e Industrial, no qual realiza educação continuada tendo em vista o desenvolvimento de habilidades básicas. Assim, objetiva-se capacitar o aprendiz para refletir e interpretar a realidade com autonomia, comunicando-se bem, e aprimorando sua prática e demais competências frente à área profissional do curso.

Os aprendizes também aprendem conceitos de livre iniciativa, mercado, comercialização e produção. Afinal, há na região muitas empresas, além do porto, que exigem tais conhe-cimentos que se fazem presentes nesta aprendizagem empre-endedora. Depois da teoria, os jovens também têm a oportu-nidade de aprendizado prático, realizados nas empresas, onde assumem uma postura versátil, desenvolvem a capacidade de decisão e aumentam suas responsabilidades e sua experiência.

Para fazer parte do Programa são necessárias a realização de uma prova teórica de conhecimentos gerais, entrevista indi-vidual e visitas residenciais para verificar a situação socioeconô-mica do jovem candidato à vaga.

Enfim, o Programa Jovem Aprendiz propõe-se investir na formação escolar simultaneamente com as práticas de traba-lho, vindo ao encontro da missão da Instituição. Desta forma visa qualificar, encaminhar e acompanhar esses jovens para o trabalho, através de um contrato firmado entre o Parque Dom Bosco e as empresas. No momento, são 214 jovens inseridos em 33 empresas de Itajaí e região.

Programa Jovem Aprendiz

Aprendizagem em Serviços Administrativos Jovens aprendizes na primeira formatura do programa em 23 de outubro de 2008

Alunos do curso de mecânica com o instrutor

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Anos

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Com a presença de Camila Carvalho, responsável pelo treinamento comercial da divisão ISVOR Fiat, iniciou em Itajaí no dia 14 de março de 2010 o curso gratuito de

Eletromecânica Automotiva. O curso que será desenvolvido no Parque Dom Bosco, terá 1.200h/aula e faz parte do Programa de Capacitação Profissional no Setor Automotivo, o “TechPro 2” da Fiat. Participarão das atividades, que ocorrem no período noturno, 20 jovens com idade entre 18 e 22 anos. Esta parceria é assumida pelo Parque Dom Bosco como ampliação do eficiente e longo tra-balho de profissionalização mecânica que, há 31 anos vinha sendo desenvolvido pela Auto Mecânica Vicentin.

Camila explica que o Tech Pro2 é um projeto social da Fiat Itália juntamente com a Fiat do Brasil visando a transferência de tecnologia, informações, documentos, materiais técnicos, instru-mentos, ferramentas e equipamentos para a didática e a formação de profissionais qualificados em mecânica de automóvel através dos Centros de Formação Profissional Salesianos. “O projeto de colaboração entre Salesianos e Fiat, em nível internacional, teve início na Itália e está presente na Espanha, Polônia, Marrocos e Ar-gentina. Iniciou no Brasil em 2008 em Três Lagoas e em 2011 em Belém. Hoje, também está sendo implantado aqui em Itajaí.”

A representante da Fiat enfatizou ainda que o projeto tam-bém está em implantação na China e na Índia. “O objetivo desse projeto é favorecer a inserção dos jovens no mundo do trabalho e fornecer à rede de servidores mão de obra qualificada”, declara.

Para o Diretor do Parque, P. Sandro Poffo, os alunos devem ter determinação para concluir o curso que tem duração de dois anos. “Na nossa vida a gente paga um preço por toda opção que faz. Permanecer nesse curso é uma escolha de cada um. Porém, aqueles que perseverarem com certeza aprenderão uma profissão que será o seu ganha-pão no futuro. Alguns saberão fazer des-sa oportunidade um passaporte para o sucesso profissional e de

vida. Essa é a primeira turma e estamos todos aprendendo. Sejam críticos e inteligentes. Vocês são merece-dores dessa oportu-nidade.”

No Brasil, a parceria entre a Fiat Group Automobiles da Itália, por meio da Fiat Automóveis, foi firmada com a CISBRASIL, que é a Conferência das Inspetorias dos Sa-

Fiat da Itália firma parceriacom Parque Dom Bosco

lesianos de Dom Bosco do Brasil. A Cisbrasil é a conferência das seis inspetorias SDB que tem como finalidade coordenar, orientar, defender e assistir as inspetorias e suas obras sociais, entre as quais está o Parque Dom Bosco.

Em Itajaí, as negociações iniciaram em 2008 e em maio de 2010 a Instituição recebeu a visita do engenheiro Paolo Pons, da Fiat italiana, sendo que em junho as profissioniais, Sara Durand e Bruna Mamprim, da Fiat Group Automobiles da Itália, também visitaram o Parque.

Na ocasião, Bruna enfatizou que o interesse da Fiat nessa parceira com os Salesianos deve-se ao carisma e a formação hu-mana que é uma das principais características dessa congregação. “A Fiat busca além de formar mão de obra qualificada, oferecer ao mercado de trabalho profissionais treinados e capacitados com produtos da Fiat, com uma boa base de cidadania. Visto que já foi comprovado que a maior carência do mercado não é apenas de técnicos, mas, principalmente, de cidadãos éticos e comprometi-dos com a função para a qual são designados”, enfatiza.

Bruna também deixou claro que o apoio das concessionárias locais será decisivo para o sucesso da implementação do projeto e continuação do mesmo. Bruna sugeriu também que os Salesianos do Brasil entrem em contato com os Salesianos da Itália, onde o projeto já foi implantado para troca de experiências. Segundo Bruna, o projeto com os alunos é dividido em três fases, Recruta-mento, Desenvolvimento profissional e Inclusão no mercado de trabalho.

Ela esclarece ainda que o projeto Tech Pro2 foi criado pelo grupo Fiat com o objetivo de fortalecer as escolas dos Salesia-nos na formação de técnicos qualificados na área automotiva para suprir a demanda de mão de obra no setor e contribuir para o desenvolvimento técnico e a formação humana dos jovens par-ticipantes.

Alunos do curso de mecânica com o instrutor

Primeira turma do Curso de Eletromecânica Automotiva da Fiat na aula inaugural no dia 14 de março de 2011

A Seara Alimentos, Grupo Marfrig, é parceira do Parque Dom Bosco desde fevereiro de 2005, quando

a empresa deu início a doações mensais de alimentos, contribuindo na alimentação dos educandos da Obra Social. Com o estreita-mento deste vínculo, no segundo semestre do mesmo ano, a empresa abraçou mais dois projetos: Geração de Renda e Uniformes. Em 2006 as iniciativas foram renovadas e em 2007 além da renovação dos projetos anteriores, mais três entraram para a lista: Brinquedoteca, Recreação e Música. E no ano de 2008 todos os projetos aprovados anteriormente foram

O objetivo principal desse projeto, que iniciou no Parque Dom Bosco em maio de 2004, e tem à frente os profissionais, Tadeu Pereira Raimundo e Antonio Japiassu Neto, é desenvolver o espírito de

solidariedade, conceituar cidadania e sua importância e criar, no aluno, senso de responsabilidade, evitando, assim, práticas ilegais. “Acreditamos que, para resolver um dos grandes problemas do nosso país, o trânsito, a única solução é a educação de base. Somos sabedores de que o Parque Dom Bosco trabalha na educação preventiva e, por isso, achamos que é o local ideal para ajudar a reverter as estatísticas, que são assustadoras”.

O curso de noções básicas de educação para o trânsito tem aulas mi-nistradas por profissionais do Centro de Formação de Condutores de Ita-jaí e as matérias trabalhadas envolvem cidadania, meio ambiente, legislação no seu uso diário, sinalização viária, entre outros temas. A coordenadora peda-gógica, Maria dos Passos acredita que esse trabalho é essencial para a cons-cientização dos alunos. “Tenho certeza que ao longo destes anos o Projeto Auto Parque desenvolvido por nossos parceiros, tem sido de fundamental importância no que diz respeito à educação no trânsito de nossas crianças”.

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Anos

Seara e Parque Dom Bosco, uma parceria de sucesso

Projeto Auto Parque

Formatura Projeto Auto Parque - 2005

10 de dezembro de 2008 - Formatura Projeto Auto Parque26 de novembro de 2009 - Formatura do Projeto Auto Parque

novamente renovados, sendo que a partir desta data, o de Panificação também passa a contar com o apoio da empresa. Nos anos de 2009 e 2010 os projetos de alimentação, panificação e uniformes foram aprovados novamente e, além disso, a empresa também in-vestiu em recuperação de ambientes e aquisição de equipamentos somando neste período um investimento superior a trezentos mil reais.

Formatura Projeto Paz e Segurança Pública - 2010

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Anos

Desde 2010 a Petrobrás patrocina os cursos de Manutenção de Microcomputadores e Panifica-ção do Parque Dom Bosco através do repasse de aproximadamente 50 mil reais para desenvolver o projeto “amor: aprender a mudar organizando e reinventado”, beneficiando jovens e adultos com idade superior a 18 anos nos cursos de Panificação e Manutenção de Micro. No mesmo ano, a estatal firmou convênio com o Parque no valor aproxi-mado de duzentos e noventa mil reais para de-senvolver o Programa Petrobrás Jovem Aprendiz. “A Petrobrás, seja na Amazônia ou no sul do país, entende que é preciso inserir a comunidade nas suas atividades. Parceria como esta com o Parque Dom Bosco, viabiliza essa possibilidade”, declarou o senhor José Luiz Marcusso, Gerente Geral da Uni-dade de Negócios de Exploração e Produção da Bacia de Santos. A secretária Municipal da Criança, do Adolescente e da Juventude, Rogéria Santos de Gregório, afirma que a Petrobras sempre foi uma grande parceira do município de Itajaí. “Tenho a

certeza de que esses projetos irão crescer e po-deremos ver muito mais adolescentes envolvidos. Para nós é uma grande honra ser parceira nesse trabalho”, enfatiza.

O Diretor do Parque P. Sandro Poffo, explica que os projetos contribuem para o desenvolvimen-to pessoal e profissional dos jovens promovendo a inclusão social, a partir da promoção do desenvol-vimento humano e o resgate da cidadania. “É uma honra ser a mediação entre uma empresa que tem um projeto social sig-nificativo como a Pe-trobrás. É um grande reconhecimento ter essa parceria para proporcionar um projeto de vida a es-tes jovens, que são a esperança de hoje e a resposta para o ama-nhã”.

Petrobrás é parceira da Instituição

José Luiz Marcusso, Gerente Geral da Unidade de Negócios de Exploração e

Produção da Bacia de Santos

Parque Dom Bosco50

Anos

Olhando para as belezas naturais da cidade de Itajaí, SC, vêm-nos à memória os hinos de louvor descritos na Sagrada Escritura, sobretudo na literatura sapien-

cial. Contudo, a maior riqueza desta cidade situada na foz do rio Itajaí-açú é o seu povo hospitaleiro e alegre, que vive valores humanos marcantes.

Na cidade de Itajaí a Obra de Dom Bosco iniciou com o Colégio Salesiano. A partir de 1961, os salesianos que residiam e trabalhavam no Colégio decidiram criar a Obra do Oratório no bairro Matadouro para o atendimento das crianças, dos ado-lescentes e dos jovens mais pobres. O assim chamado Parque Dom Bosco iniciou com a mesma simplicidade do Oratório de Valdocco, em Turim. Aos poucos, foi se complexificando para responder às necessidades locais. Seu reconhecimento públi-co, pela população e pelas autoridades constituídas, deve-se à significatividade no campo da educação e da evangelização.

Celebrar o cinquentenário da Obra do Parque Dom Bos-co, além de olhar para a história com alegria e vibrar com as conquistas até o momento presente, é também projetá-la para um futuro desejável. Esta projeção precisa ser clara, abrangente, desafiadora e compartilhada por toda a Comunidade Educati-vo-Pastoral. Isto permitirá à Obra dar um salto de qualidade em termos de significatividade no território onde está inserida.

Ancorada em valores sólidos, a Obra do Parque Dom Bosco quer continuar acolhendo, educando e evangelizando

preferencialmente adolescentes e jovens em situação de vulnerabili-dade social. Vivenciando o Sistema Preventivo de São João Bosco, al-meja ser referência no trabalho so-cial, voltada para o protagonismo e a cidadania.

O Instituto Lar da Juventude de Assistência e Educação não poderia cumprir sua missão se não contasse com o auxílio de tantas pessoas e instituições solidárias e sensíveis à promo-ção humana, que deram e continuam dando sua colaboração para a sustentabilidade. Nossa gratidão e nosso reconhecimen-to a todos(as) os(as) colaboradores(as).

Parabenizamos a Obra Salesiana do Parque no cin-quentenário da fundação. Agradecemos aos salesianos e educadores(as) que aqui trabalharam e a todas as pessoas que construíram os cinquenta anos que estamos celebrando. Aqui foram educadas gerações da cidade e dos municípios vizinhos e que estão espalhadas pelo país e pelo mundo.

Dom Bosco esteve, está e continuará presente no Parque enquanto a Comunidade Educativo-Pastoral, de forma planeja-da, buscar cumprir a sua missão. Olhemos para o futuro com esperança e confiemos esta Obra salesiana à Maria Auxiliado-ra.

P. Orestes Carlinhos FistarolInspetor Salesiano - BPA

DOM BOSCO NO PARQUE“Quão amáveis são todas as tuas obras!” (Eclo 42, 22)

Educadores e

Colaboradores

PDB 2011

Turmas da

Tarde

Turmas da

Manhã

Instituto Lar da Juventude de Assistência e Educação – Parque Dom BoscoRua: Brusque, 1.333 – Dom Bosco (47) 3344-9100 - 88302-001 Itajaí – SC – Brasil

www.parquedombosco.org - [email protected]

revista jubileu de ouro parque dom bosco

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