revista interbuss - edição 62 - 18/09/2011

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SÃO RAPHAEL NA FRENTE Primeiro DD da Geração 7 do Estado de São Paulo é dela REVISTA INTERBUSS INTERBUSS REVISTA ANO 2 • Nº 62 18 de Setembro de 2011 VEM AÍ: GRANDES EMBATES Fãs de Mercedes-Benz, Scania e Volvo vão falar sobre seus chassis preferidos e argumentar o porque são os melhores. Não percam! A partir de outubro aqui na Revista InterBuss! SÃO RAPHAEL NA FRENTE

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Page 1: Revista InterBuss - Edição 62 - 18/09/2011

SÃO RAPHAEL NA FRENTEPrimeiro DD da Geração 7 do Estado de São Paulo é dela

REVISTAINTERBUSSINTERBUSSREVISTA

ANO 2 • Nº 62 18 de Setembro de 2011

VEM AÍ: GRANDES EMBATESFãs de Mercedes-Benz, Scania e Volvo vão falar sobre seuschassis preferidos e argumentar o porque são os melhores.Não percam! A partir de outubro aqui na Revista InterBuss!

SÃO RAPHAEL NA FRENTE

Page 2: Revista InterBuss - Edição 62 - 18/09/2011

A GALERIA DE IMAGENS DO PORTAL INTERBUSS

SOFRERÁ ALTERAÇÕESA InterBuss Galeria Premium está com as atualizações

interrompidas por tempo indeterminado pois sofrerá alterações em seu conteúdo e layout. Também está em estudo alguns novos

formatos para a mesma. Fiquem ligados!

Continue enviando suas fotospara a próxima atualização.Use os meios citados acima!

ENVIE SUAS FOTOS PELO SISTEMA AUTOMÁTICO NO SITE OU PARA O NOVO E-MAIL [email protected]

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NOVO PORTAL

InterBussVivencie!

Page 4: Revista InterBuss - Edição 62 - 18/09/2011

Estado de São Paulo recebe seu primeiro DD da Geração 7

B E M - V I N D O S À R E V I S T A I N T E R B U S SNESTA EDIÇÃO: 28 PÁGINAS

Pioneira foi a Viação São Raphael, que abriu suas portas à equipe da APBus Noroeste para apresentar o novo carro quedeverá entrar em circulação nos próximos dias 16

| Novos São Raphael

| A Semana Revista

GuadalajaraimplantacorredoresexclusivosMedida foi adotada para facilitar os deslocamentos durante a realização dos Jogos Pan-Americanos, que começa em outubro 09

| As Fotos da Semana

Confira as doze fotos da semana, publicadas no site Ônibus Brasile as novidades registradas pelo paranaense Matheus Novackina rodovia e que estarão no site Auto Ônibus. 24

| A Semana Revista

Tarifa de ônibus intermunicipal sobe no Estado de São PauloLinhas regidas pela Artesp sofreram reajuste de 8,88% na últimasemana 07

Page 5: Revista InterBuss - Edição 62 - 18/09/2011

ANO 2 • Nº 62 • DOMINGO,18 DE SETEMBRO DE 2011 • 1ª EDIÇÃO - 01h54 (2ª)

COLUNISTAS José Euvilásio Sales BezerraDuplicação da BR-116 23

COLUNISTAS Adamo BazaniA hipocrisia da Copa 26

A SEMANA REVISTAAs notícias da semana no setor de transportes 7

EDITORIALTransporte político 6

SEU MURALA seção especial do leitor 19

COLUNISTAS Marisa Vanessa N. CruzO Guia Mapograf 2012 22

AS FOTOS DA SEMANAAs fotos que foram destaque na semana 24

DIÁRIO DE BORDO Tiago de GrandeParque do Carmo 20

| Deu na Imprensa

Volvo lançacaminhão mais potente do mundo, com 750cv.Lançamento aconteceu na Europa e colocou a montadora sueca na liderança de potência decaminhões pesados 11

DEU NA IMPRENSAAs notícias da imprensa especializada 11

COLUNISTAS Luciano RoncolatoO filão descoberto pelas empresas 12

Obs: Excepcionalmente, a coluna de William Gimenes não épublicada nesta edição

NOVOS SÃO RAPHAELChega o primeiro DD G7 de São Paulo 16

| Circulando

Começa aduplicação darodovia RégisBittencoutO colunista José Euvilásio esteve no local para ver como está oandamento das obras 23

PÔSTERMarcopolo Paradiso G7 1800DD 14

Aislan Nascimento

Page 6: Revista InterBuss - Edição 62 - 18/09/2011

Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda.

DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFELuciano de Angelo Roncolato

JORNALISTA RESPONSÁVELAnderson Rogério Botan (MTB)

EQUIPE DE REPORTAGEMFelipe de Souza Pereira, Tiago de Grande, Luciano de Angelo Roncolato, Chailander de Souza Borges, Ander-son Rogério Botan, Guilherme Rafael

EQUIPE FIXA DE COLUNISTASMarisa Vanessa Norberto da Cruz, José Euvilásio Sales Bezerra, William Gimenes, Adamo Bazani, Thiago Bo-nome, Luciano de Angelo Roncolato e Fábio Takahashi Tanniguchi

REVISÃOAnderson Rogério Botan e Luciano de Angelo Ronco-lato

ARTE E DIAGRAMAÇÃOLuciano de Angelo Roncolato

AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃOAgradecemos à Marcopolo do Brasil pelo convite da viagem à Bogotá e a Felipe Pereira (MTb 61.169/SP) pelo editorial.

SOBRE A REVISTA INTERBUSSA Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo.Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor

de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países.

Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao fi-nal de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por es-crito, e enviado para o e-mail [email protected]. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autor-izada apenas após um pedido formal via e-mail. As ima-gens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da re-vista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

PARA ANUNCIAREnvie um e-mail para [email protected] ou ligue para (19) 9636.1087 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos!

PARA ASSINARPor enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibi-lizada livremente apenas pela internet, através do site www.portalinterbuss.com.br/revista. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem

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CONTATOA Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conver-sar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para [email protected] ou [email protected]. Procuramos atender a todos o mais rápido possível.

A EQUIPE INTERBUSSA equipe do Portal InterBuss existe há nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sem-pre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe.Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo den-tro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identifi-cada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passa-das ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (19) 9636.1087, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.

Campinas recebeu na última semana 20 veículos novos. Bom, na verdade, foram apenas 18. Pior, 17. Isso porque 1 já está ro-dando há um tempinho, e outro ainda não saiu da garagem por motivos desconhecidos. Des-ta conta, sobram 16. Destes 16, faltam ajustes finais para que possam, finalmente, entrar em circulação nas linhas da cidade. Ou seja, na prática, apenas 1 veículo serve a população de fato. A quem a prefeitura quer enganar? A população? A população que está descrente depois da mais arrastada crise política que Campinas vive - e ainda vive? Pior é um pre-feito recém-empossado, que mal conhece a cidade (se muito), entregar veículos que não foram comprados “na gestão dele” - como se isso fosse obrigação da prefeitura, é bom dizer. Mais grave é se sustentar em números, falando que a frota de Campinas é uma das mais novas, que são mais de mil veículos. Tudo bem. Mas se esses números

refletissem a qualidade do transporte, Campi-nas teria um sistema praticamente perfeito. Isso sem contar a (falta de) infraestrutura, tanto do viário quanto de terminais e esta-ções. É bem verdade que Campinas tem uma frota relativamente nova. Mas temos aí exemplos de carros que, mesmo com pouca idade, estão em condições regulares. Fora que algumas empresas trouxeram carros usa-dos para completar a frota. E não é dizer que elas são culpadas por não trazer carros novos. Mas, sim, por causa da falta de pulso da pre-feitura. Linhas que eram de cooperativas sen-do repassadas, com operações precárias nos primeiros dias. É uma situação emergencial, mas que acaba ficando, até por conivência. Exemplos não faltam. Assim como não faltam exemplos da incompetência dos “técnicos em transporte” da cidade. Fato: o Termnial Vila União, natu-ralmente mal localizado, e que sempre ope-rou com algumas linhas represadas, teve - e

O político transportecampineiro

A N O S S A O P I N I Ã O| Editorial perdoem o termo - “as pernas abertas” nos

últimos tempos. Quem é de Campinas vai en-tender. Começou com a linha 164, que fazia o itinerário Parque Tropical (mas que tinha ponto final na Vila União III, começa aí) até o Terminal Central. Este ano passou a ser Terminal Vila União / Terminal Central via Parque Tropical, passando por muitas ruas já operadas pelas linhas 150, 151 e 152. E o in-evitável aconteceu: a linha 151 foi extinta no começo da semana passada. Mas a extinção também teve outro motivo: sobra de carros. Tudo bem que a linha só operava com 1 veículo, mas antes “1 pássaro na mão do que 2 voando”. Motivo: a linha 190 (Jardim São Domingos / Corredor Central) passou a operar com veículos articu-lados. A empresa não tem número de articu-lados suficiente, e desfalcou outras linhas que operavam com esses veículos (a saber: 116, 118, 120 e 134), que receberam mais conven-cionais em troca. E cadê a prefeitura para obrigar o cumprimento do edital, que previa que as linhas 116 e 120 operassem só com articu-lados? Tá lá entregando ônibus que vão de-morar pra entrar em circulação. É essa Campinas que nos espera. In-felizmente. Deprimente.

REVISTAINTERBUSS Expediente

Page 7: Revista InterBuss - Edição 62 - 18/09/2011

[email protected]

Rio deverá reduzir passagem de ônibus em Santa Tereza

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, afirmou neste sábado (17) que até terça-feira (20) deve definir uma redução na passagem dos ônibus que circu-lam por Santa Teresa, no Centro da cidade. “Ainda não está decidido o valor. Vai ser muito difícil chegar aos R$ 0,60 que o bonde cobrava, mas certamente va-mos reduzir bem o valor de R$ 2,50”, disse Paes, que comanda, neste sábado, a 3ª Re-união Geral do Secretariado de 2011, no Riocentro, na Zona Oeste. O transporte em Santa Teresa está prejudicado desde que os bondes que aten-diam o bairro pararam de circular, após um acidente que deixou seis mortos e mais de 50 feridos. “O preço da passagem de ônibus vai ficar entre R$ 2,50 e R$ 0,60, até a volta do bonde. Isso vai ajudar à popula-

Fala Bahia

Acidente

ção de Santa Teresa”, ressaltou o prefeito. “Eu devo bater o martelo na noite de terça-feira”, complementou. Paes explicou que o secretário mu-nicipal de Transportes, Alexandre Sansão, está em contato com a Rio Ônibus, desde

segunda-feira (12), para definir a redução do preço da passagem. “O procurador-geral de Justiça, Dr. Cláudio Lopes, me procurou essa semana fazendo essa solicitação para reduzir a pas-sagem”, disse Paes.

TRAGÉDIA • Acidente com bonde em má condição deixou vários mortos

A S E M A N A R E V I S T ADE 12 A 18 DE SETEMBRO DE 2011

REVISTAINTERBUSS • 18/09/11 07

Pedido de rebaixamento de tarifa foi feito peloprocurador-geral da Justiça após acidente com bonde

Tarifas intermunicipais de SP estão mais caras As tarifas dos ônibus das linhas in-termunicipais - exceto as que operam dentro de regiões metropolitanas - estão 8,88% mais caras a partir da 0h desta sexta-feira (16). A Agência Reguladora de Transportes Públicos Delegados do Estado de São Paulo (Artesp) afirma que esse é o primeiro reajuste auto-rizado em 18 meses e está abaixo da inflação. Segundo a Artesp, o cálculo do reajuste representa a recomposição de custos operacionais entre janeiro de 2010 e junho de 2011. O índice inflacionário do período, pelo IPCA, ficou em 10,01%. Segundo a Artesp, para obter mais informações sobre o novo preço das passagens é preciso entrar em con-tato diretamente com cada empresa de ônibus. Foram consideradas as variações de

diversos itens como os salários da categoria reajustados em cerca de 23% nos dois últimos dissídios da categoria e o custo de pneus que subiu até 29,95%. A Artesp afirma que mais de 446 veículos 0 km foram incluídos na frota em

2010. A Artesp regulamenta e fiscaliza a op-eração do sistema de transporte intermunicipal de passageiros em SP, exceto nas ligações de competência da EMTU nas regiões metropoli-tanas de S.Paulo, de Campinas e Bx. Santista.

Reajuste

[email protected]

Page 8: Revista InterBuss - Edição 62 - 18/09/2011

[email protected]

Anunciada ampliação da faixa exclusiva na Radial Leste

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A faixa exclusiva de ônibus da Radial Leste, em São Paulo, será amplia-da a partir do dia 22 deste mês, segundo a Secretaria Municipal de Transportes de São Paulo. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (15). A nova faixa será implantada à direita no trecho entre as ruas Wandenkolk e Pinhalzinho, no sentido bairro, e entre as ruas Carlos Silva e da Figueira, no sentido Centro. De acordo com a assessoria da sec-retaria, a fluidez do transporte coletivo na região deve melhorar 15% com a amplia-ção. O horário de funcionamento será entre 10h e 23h no sentido bairro, de se-gunda a sexta-feira. No sentido Centro, a faixa exclusiva operará 24 horas. Ainda segundo a secretaria, atual-mente a Radial Leste já possui 4,4 km de faixa exclusiva e 4 km de faixa preferen-cial nos dois sentidos. Com a ampliação, os ônibus terão um total de 11,4 km de faixas exclusivas nos dois sentidos.

Passagem de caminhões

Além da ampliação da faixa de ônibus, a restrição de caminhões também aumentará na Radial Leste, considerada Via Estrutural Restrita (VER), até a Ave-nida Aricanduva. Os caminhões passarão a obede-cer as seguintes regras: ficam proibidos de transitar de segunda a sexta-feira, das 5h às 21h, e aos sábados, das 10h às 14h - exceto nos feriados. Atualmente, os caminhões não podem circular das 5h às 10h e das 16h às 21h, no trecho que vai da Rua da Figueira até a Avenida Pires do Rio. A fiscalização será realizada pelos agentes de trânsito da Companhia de En-genharia de Tráfego (CET). Há ainda cinco radares fixos dota-dos de Leitura Automática de Placas (LAP) instalados ao longo da via. Serão instaladas 227 placas de sinalização de regulamen-tação ao longo da Radial Leste e de seus acessos. Os veículos de fretamento também terão seu trânsito restrito no mesmo trecho da via, que passará a fazer parte da Zona de Máxima Restrição de Fretamento, de se-gunda a sexta-feira, das 5h às 21h.

Goiânia investiráR$ 4 milhões na requalificação de motoristas

A S E M A N A R E V I S T AMudança

FAIXA EXCLUSIVA • Enquanto não sai o corredor, a prefeitura de São Paulo faz paliativos

[email protected]

18/09/11 • REVISTAINTERBUSS08

Investimento

A Rede Metropolitana de Trans-porte Coletivo (RMTC) vai investir R$ 4 milhões em cursos de requalificação para os motoristas do transporte coletivo de Goiânia, de acordo com o promotor de Justiça Érico de Pina Cabral. “Os cursos para melhorar a eficiência do transporte iniciam em outubro”, diz o promotor. Segundo o representante das em-presas de ônibus, o fator de acidente com culpabilidade do motorista, é em média 14 por um milhão de km rodados. A meta da RMTC é baixar para no máximo 10.

Fiscais A Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC), anunciou nesta quinta-feira (15), que vai completar o quadro de fiscais, com a convocação e treinamento dos concursados, até o final de 2011. Segundo o presidente da CMTC José Carlos Xavier, há um quadro previsto de 43 fiscais. “Estamos fazendo esforços para que esse quadro seja mantido”, afir-ma.

Mortes Em julho de 2011, dois aciden-tes fatais no embarque e desembarque de passageiros, levaram o Ministério Público Estadual a exigir melhorias no transporte coletivo de Goiânia. O garoto Gabriel Henrique Ferreira, de 7 anos, foi arrastado na plataforma do Terminal Vera Cruz, se-gundo testemunhas, por que o motorista abriu a porta antes de parar o ônibus. A criança morreu dias depois no hospital. Outro acidente tirou a vida da diarista Maria Zulmira, de 57 anos. Ela estava no terminal Garavelo, quando ia subir no ôni-bus se desequilibrou, caiu e acabou sendo atropelada.

A Rede Na Região Metropolitana de Goiânia o sistema de transporte é inte-grado, com um padrão só para todos os ônibus que atendem as cidades circunvi-zinhas às capital do Estado. O sistema Me-trobus complementa o transporte com um BRT e ônibus articulados e biarticulados.

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Jogos Pan-Americanos

meios de transporte com estes ônibus. Ao todo serão 80 ônibus que irão operar entre às 6h e às 23h. A passagem para os torcedores e turistas custará 6 pesos (menos de R$ 1).

Guadalajara implanta corredoresexclusivos coloridos para ônibus

O sistema é semelhante ao adotado há alguns anos em São Paulo e outras cidades brasileiras. A prefeitura quer, em um futuro próximo, promover a integração de outros

MAIS HORÁRIOS • São João opera a linha mas apenas de hora em hora

Divulgação

[email protected]

REVISTAINTERBUSS • 18/09/11 09

A organização dos Jogos Pan-Amer-icanos definiu as rotas que serão disponibi-lizadas para os torcedores, os dirigentes, os voluntários e os atletas circularem durante o evento. Os ônibus passarão por corredores pintados nas ruas da cidade com o logo do Pan. O serviço pretende agilizar a chegada a todos aos locais de competições. A nova me-dida só será adotada no começo do mês de outubro. Uma iniciativa que será adotada como teste durante o evento para os volun-tários e força-tarefa promete revolucionar o sistema de transporte público em Guadala-jara. Cada uma dessas pessoas poderá andar de graça em ônibus do Pan com cartões ele-trônicos de identificação. A ideia da secretaria municipal de Transporte Público é de no término do evento, caso o novo sistema funcione, que os cartões façam parte da vida de todos os cidadãos de Guadalajara. Braulio Fernandéz, coordenador de projetos especiais da Secretaria de Trans-porte, ressaltou ao jornal local El Informador que é a primeira vez na história de Jalisco que o transporte público, no caso dos ônibus, terá um equipamento de validar cartões.

A onda de incêndios criminosos em Natal e Parnamirim continua. Até o momento, pelo menos sete veículos que realizam transporte coletivo foram alvo de bandidos que atearam fogo em ônibus e microônibus. Em dois casos já confir-mados, os criminosos agiam em duplas. O Seturn informa que são seis casos. De acordo com o diretor da Via-ção Conceição, Marcelo Passos, quatro ônibus da empresa Santa Maria foram alvo dos criminosos, sendo que duas ten-tativas ocorreram sem sucesso em Brasília Teimosa, enquanto um ônibus em Ponta Negra e outro em Cidade Verde foram in-cendiados. Ninguém se feriu.

Onda de incêndios a ônibus continua aassustar as cidades de Natal e Parnamirim

Violência

• Tribuna do [email protected]

No caso de Cidade Verde, o crime ocorreu no terminal de ônibus local. Dois bandidos em uma motocicleta Honda 350, de cor dourada, utilizaram um saco plásti-co com gasolina para incendiar o ônibus, depois de motorista, cobrador e dos pas-sageiros descerem. Logo após o crime, os bandidos fugiram. Os outros dois crimes confirma-dos ocorreram na zona Norte e zona Oeste de Natal. Um ônibus da empresa Gua-nabara foi incendiado próximo à antiga Shock Casa Show, na estrada da Redinha, enquanto um microônibus da Conceição foi parcialmente queimado em Felipe Ca-marão. Segundo o diretor da empresa, Marcelo Passos, dois criminosos, apa-

rentando aproximadamente 20 anos, en-traram no veículo com a gasolina em um recepiente plástico e mandaram todos os passageiros, além do motorista, descerem do microônibus. Depois, despejaram o combustível e incendiaram atearam fogo, pouco antes de fugirem a pé pelas ruas do bairro. O empresário Eduardo Flor, da assessoria técnica do Seturn, confirmou que um ônibus da empresa Reunidas foi incendiado no conjunto Alvorada, na Zona Norte de Natal, mas também informou que o total de veículos alvos dos bandidos era de seis. O sindicalista disse que não há informações confirmadas sobre assaltos dentro dos veículos.

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18/09/11 • REVISTAINTERBUSS10

A S E M A N A R E V I S T A

Ônibus precário transporta passageiros

Divulgação

No início da noite de quinta-feira, Policiais Rodoviários Federais de serviço no posto de Valença, Km 207 da BR 316 flagraram passageiros sendo transportados em condições contrárias ao estabelecido no Código de Trânsito Brasileiro - CTB. Os agentes da PRF pararam um ônibus/furgão, placa de Canindé/CE, fabri-cado em 1984, adaptado para o transporte de carga. A fiscalização da PRF verificou que estavam sendo transportadas neste veí-culo 15 pessoas no compartimento de car-ga. O veículo fazia a viagem Canin-dé (CE) – Santa Cruz dos Milagres (PI) – Canindé (CE). As 15 pessoas adultas estavam amontoadas num pequeno espa-ço de 4m², sem ventilação e em precárias condições de segurança. Alguns acomoda-dos em redes, outros em pé e em meio às próprias bagagens, o que não é permitido pelo CTB. O condutor possui carteira de mo-torista na categoria “C” que não autoriza o transporte de passageiros, somente carga. Depois de aplicadas as sanções administra-tivas a PRF conduziu o veículo e os pas-sageiros ao Terminal Rodoviário de Va-lença para que os responsáveis pela viagem providenciassem o embarque das pessoas em ônibus de linha regular.

Irregularidade

• 180 Graus [email protected]

PRECARIEDADE • Ônibus antigo transportava pessoas em redes penduradas por todo canto

Rio de Janeiro vai inaugurar seu 3º BRS com ônibus piso baixo

Novidades

• Blog do Sidney Rezende [email protected] A prefeitura do Rio de Janeiro vai implementar algumas novidades na circu-lação de coletivos no município. No pró-ximo dia 24 começa a funcionar o terceiro corredor exclusivo de ônibus da Zona Sul. O novo BRS passará pelas ruas Prudente de Moraes (Ipanema), General San Martin (Leblon) e Avenida Princesa Isabel (Copa-cabana). Além disso, cerca de 16 veículos da frota padronizada vão começar a circu-lar nos três bairros dos dias antes da im-plementação do corredor. Os novos ônibus terão piso baixo para facilitar embarque de cadeirantes, suspensão especial para que sacolejem menos e mecanismo que impede a abertura

da porta fora do ponto. Há uma expecta-tiva de que até dezembro haja 60 deles. Outra novidade é que os usuários dos co-letivos poderão comprar o Cartão de Bi-lhete Único Pré-Pago no caixa de agências bancárias cadastradas. O objetivo é eli-minar a burocracia, já que para adquirir o Bilhete Único tradicional é preciso antes que o usuário faça cadastro fornecendo da-dos como CPF. Esse modelo não exige cadastro e será vendido no Banco Itaú com valores de créditos pré-fixados: R$ 20, R$ 40 e R$ 60. O secretário municipal de Transportes Alexandre Sansão prevê que com o pré-pago, as viagens de ônibus com o Bilhete Único vão saltar de 350 mil por dia para meio milhão.

Ônibus derrama 200 litros de óleo no DF

Acidente

[email protected] O tanque de óleo de um ônibus da em-presa Rápido Brasília abriu e mais de 200 litros de óleo escorreram pelo asfalto. O incidente foi na manhã desta sexta-feira (16) no final da W3 Norte, no sentido Lago Norte/Asa Sul. O ônibus fazia a linha Sobradinho/Plano Piloto. O site G1 entrou em contato com a empresa Rápido Brasí-lia e aguarda retorno. O Corpo de Bombeiros foi chamado e trânsito de duas pistas da via foi inter-ditado. Os bombeiros jogaram areia sobre o óleo para evitar acidentes. De acordo com a Polícia Militar, o ônibus já foi retirado do local. A polícia pede para que os motoristas que trafegam pela via que redobrem a atenção, pois ainda há risco de derrapagem.

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REVISTAINTERBUSS • 18/09/11 11

Estivemos por três dias na capitalcolombiana para conhecer in loco aoperação de um dos sistemas detransporte mais eficientes da América Latina. Nesta edição, conheça todos os detalhes do BRT Transmilenio

Volvo lança caminhão de 750cv “Vigoroso”. Expressões não faltam para exaltar toda a força do novo caminhão Volvo FH16, com motor de 750cv e torque de 3550Nm, o mais potente do mundo. O novo modelo chega ao mercado europeu para atender a demanda e os requisitos do transporte de cargas extrapesadas com maior eficiência, tecnologia e menor con-sumo de combustível. “O Volvo FH16 750cv é um caminhão com desempenho absolutamente top de linha, associado a baixo consumo de combustível e emissões extremamente baixas”, afirma Staffan Jufors, presidente e CEO da Volvo Trucks. De acordo com a montadora, o propulsor do modelo tem como base a tec-nologia da empregada no motor a diesel de 16 litros e 700cv – com seis cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro e uni-dade de injetores. Mais potente, o consumo de combustível apresenta o mesmo desem-penho da versão com 700cv. O motor 750cv será disponibilizado em duas versões: sen-do uma Euro 5 e outra Enhanced Environ-mentally-friendly Vehicle (EEV). O FH16 recebe a caixa de câmbio I-Shift, padrão no novo FH16 750cv. O cli-ente poderá optar pela de combinação bruta de pesos de até 250 toneladas nos eixos traseiros. Seu propulsor entrega 750cv, com 2800Nm de torque já a 900 rpm pas-sando em seguida ao patamar de 3550Nm em 1.050rpm e se mantém nivelado até 1.400rpm. “Quanto mais força estiver dis-ponível a baixas rotações ao iniciar um

D E U N A I M P R E N S ARESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA

Transpo Online

• Do Site da Transpo [email protected]

Rosa, diretor-geral da Marcopolo S.A., Sergey Kogogin, diretor-geral da OJSC KAMAZ, e Yuri Eduardo Caio, diretor-geral da PoloAuto-Rus LLC. A feira é conhecida por ser a maior do setor de transportes da Rússia, Comunidade dos Estados Independentes (CEI) e Europa Oriental. De acordo com as companhias, o ob-jetivo é comercializar ônibus Marcopolo com chassis Kamaz Euro 4, atendendo às exigên-cias da Federação Russa e países da CEI para o transporte de passageiros. Os veículos serão montados na fábrica da OJSC Nefaz, sub-

Marcopolo fecha parceria com a russa KamazTranspo Online

• Do site da Transpo [email protected]

transporte pesado, menor o esforço do trem de força e mais eficiente é a utilização do combustível. Como resultado se obtém dirigibilidade excepcional,” explica Hay-der Wokil, gerente de produção da Volvo Trucks. “Para a maioria dos clientes do FH16, o foco está no transporte da maior

tonelagem no menor tempo possível, ou-tros transportam mercadorias de alto valor agregado ou são produtos perecíveis,” ex-plica Wokil. A Volvo iniciará a produção dos caminhões FH16 – nas versões 750cv, 700cv, 600cv e 540cv logo no começo de 2012.

Divulgação

LÍDER • Caminhão agora é o mais potente do mercado

A intenção da parceria entre a Mar-copolo e a Kamaz, noticiada no mês passado, se concretizou através da criação de uma joint-venture que prevê a comercialização de ônibus cujos modelos das carrocerias serão proveni-entes da brasileira, enquanto os chassis serão fornecidos pela montadora russa. O acordo foi selado hoje, 13 de setembro, durante a abertura da Exposição COMTRANS, em Moscou, capital da Rússia. O contrato foi assinado por José Rubens de la

sidiária do Grupo OJSC Kamaz, na cidade de Neftekamsk, República do Bashkortostan. As atividades da joint venture serão iniciadas em 2012, com uma estimativa de comercialização de 250 unidades no primeiro ano. Entretanto, as expectativas para 2016 che-gam a 3.000 unidades anuais. O primeiro protótipo fruto do acordo está em exposição no estande da marca na feira russa. Trata-se de microônibus montado sobre chassi Kamaz Euro 4, com motor Cum-mins, transmissão ZF, eixos Daimler e sistema de freios Knorr-Bremse, entre outros.

Page 12: Revista InterBuss - Edição 62 - 18/09/2011

18/09/11 • REVISTAINTERBUSS12

O ouro descoberto pelas empresas noscolecionadores e os monólogos das redes sociais

Na semana passada postei em meu Twitter uma frase que repercutiu bastante nas redes sociais e gostaria de comentar um pouco mais sobre ela aqui neste espaço. Pos-tei que as empresas de ônibus encontraram nos colecionadores/busólogos uma opor-tunidade de publicidade barata e de grande repercussão. Algumas ações realizadas por di-versas empresas, grandes ou pequenas, têm repercutido bastante entre os coleciona-dores. A última delas foi a da Auto Viação Catarinense, conforme comentei na edição passada. Demorou mas as empresas estão vendo um grande potencial que pode muito bem as beneficiar com custo praticamente zero. Os colecionadores estão nas ruas, nas rodovias, nas portas das fábricas, nas garagens, nas rodoviárias, ou seja, em todos os cantos. Tendo a pintura do carro como a maior arma de publicidade das empresas, cada foto feita delas é uma enorme publici-

dade, obviamente gratuita. Os sites que publicam fotos de ôni-bus é o que faltava para que as empresas encontrassem o ouro nos colecionadores. A publicação massiva de fotos com mecanis-mos que facilitam e estimulam a busca de fotos e o óbvio aparecimento em mecanis-mos como Google e Yahoo! facilita muito a difusão da imagem da empresa. Em troca de tudo isso, o que o co-lecionador ganha em troca? A tal “bolha da fama”. Ele fica bem falado entre os próprios colecionadores (que não deixa de ser um grupo fechado) por alguns dias, e depois tudo passa. Para fazer parte dessa bolha, ele vai correr atrás de uma nova foto de uma nova empresa e fazer a sua publicação, isso quando não fica implorando visitas através de redes sociais. O curioso em cima disso tudo é que os colecionadores ainda não conseguiram descobrir seu próprio potencial, mesmo ten-do gastos (muitos, por sinal) e tendo pouco

retorno. Fiz uma estimativa de gastos de um colecionador em um final de semana e fi-cou mais ou menos assim: um gasto médio de R$ 5,00 de ônibus urbano (ida e volta), mais R$ 5,00 de alimentação. Levando em consideração que muitos adquirem câmeras em valores parcelados, em torno de R$ 100,00 por mês, dá uma média de 3,33 por dia. Contando com outros gastos possíveis, pode-se dizer que um colecionador que faz fotos em sua própria cidade gasta em média R$ 15,00 por dia. Se ele sai todas as semanas para fazer fotos na cidade, em um ano ele gastará cerca de R$ 780,00 Considerando uma média de 10 eventos e encontros por ano, alguns de cun-ho nacional e outros locais, coloquemos cer-ca de R$ 200,00 ida e volta pra uma viagem mais longa, tendo mais gastos com hospeda-gem (média de R$ 100,00) mais alimentação (média de R$ 30,00) e mais deslocamento pela cidade (média de R$ 20,00), fecha-se um valor de R$ 350,00. Para eventos locais

HOBBY & DIVERSÃO Luciano [email protected]

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Corredor da Avenida Caracas, que liga os eixos norte e sul do sistema Transmilenio. Exemplo

de eficiência em transporte coletivo rápido

o gasto deve girar em torno de R$ 100,00 já incluindo as passagens e custos adicio-nais. No final do ano, usando-se proporções, um colecionador terá gasto cerca de R$ 2.130,00. Particularmente considero esses valores como investimento, pois o retorno é quase nulo. Materialmente o retorno é zero. O que você conquista são novos amigos, no-vos relacionamentos interpessoais, conhece novos lugares, adquire experiência, aumenta seu acervo de fotos e de quebra ainda ganha uma fama relãmpago por ter sua foto como uma das mais visitadas em fotologs, sites, etc. Os colecionadores são pessoas muito dedicadas. Gastam dinheiro, tempo, faltam de aulas, do trabalho, tudo para fazer algumas fotos de ônibus. Foi aí que as em-presas enxergaram um enorme filão para que sua publicidade cresça sem que seja gasto um centavo sequer. Um exemplo disso foi o primeiro Paradiso G7 da linha de carros altos da fábrica da Marcopolo. Antes de sair o primeiro estava uma disputa muito grande entre diversas empresas para se saber qual seria o primeiro veículo a ser divulgado. Outras foram mais espertas e deram as di-cas para os colecionadores pegarem os car-ros ainda saindo da fábrica. Nisso, qualquer eventual cláusula contratual, acordo ou programação que tenha sido feita, caiu por terra. Colecionador não tem vínculos com nenhuma empresa, não depende de nenhuma delas e por isso tem total liberdade para faz-er fotos em qualquer local. Espertas foram as empresas que deram as dicas. Essas sim enxergaram pioneiramente o grande poten-cial dos colecionadores. Como já disse aqui várias vezes, os colecionadores ainda não caíram na real no potencial que têm em mãos. Se não houvesse tanta briga, tanta exaltação, tanta infâmia em alguns comentários, tanta hipocrisia, com certeza tudo seria muito mais fácil inclusive com empresas que restrigem ao máximo en-trada para visitas e fotos. E ainda quando as empresas abrem as portas, alguns insistem em um comportamento infantilizado e des-gastante perante à comunidade, transfor-mando tudo em um negócio do outro mundo. Mas creio que isso vai mudar com o tempo. A conscientização estão crescendo. Muito bom!

* * *

Conforme eu já previa, na semana passada houve um pequeno “chat” no Face-book entre duas pessoas citadas em minha coluna anterior, praticamente um monólogo, pois em algumas mensagens o mesmo que escrevia também comentada. Para variar, foi

um show de difamação, baixo nível e menti-ras, o que é típico do cidadão que está cale-jado de ser expulso de terminais rodoviários. Mas nem vou detalhar muito o assunto senão a pessoa que se ofendeu com as minhas pa-lavras ainda vai pensar que estou falando dela, assim como ela pensou quando falei das equipes e facções. Além de entender errado, ainda tomou as dores para si e faz “chat” com pessoas praticamente exclusas do hobby por mau comportamento. Não de-ixa de ser hilária a situação. Mas enfim, vou comentar uma afirmação feita por essa pessoa exclusa do hobby por ser altamente “queimada” em di-versas praças do país e que mora em uma cidade entre Louveira e Franco da Rocha. Essa pessoa disse nesse “chat” infame que eu estava entrando para administração do site Ônibus Brasil. Como já é de praxe dessa pessoa sem credibilidade nenhuma, é mais uma enorme mentira. Mais uma tentativa de ludibriar algumas pessoas principiantes no hobby que acreditam em tudo o que falam, assim como aconteceu com outras tentativas de desestabilização de meu trabalho, todas obviamente sem sucesso. Em nenhum momento fui admin-istrador nem fui cogitado para fazer parte do time do Ônibus Brasil. Há algum tempo estive em contato com o Tadeu Carnevalli para fecharmos um acordo para a divulgação da Revista InterBuss lá, e em contrapartida me ofereci para auxiliar em alguma coisa no site, nada mais que isso. A negociação não andou e o assunto acabou morrendo. Esse ci-dadão que adora inventar barbáries de diver-sas pessoas, mais uma vez falou o que não sabe. O ódio desse cidadão começou lá atrás, em 2007, quando o mesmo pediu di-retamente a mim para ser um colaborador do Portal InterBuss. Colocado em votação, apenas uma entre as seis presentes votou a favor. Já na época a justificativa era de que a pessoa era encrenqueira e que ia arrumar apenas dor de cabeça para o site. A partir daí, ele passou a inventar mentiras e fazer críticas cada vez mais descabidas ao site e a seus colaboradores. Mas o tempo passou e se encarregou de mostrar quem estava certo na história. Nesse tempo acumulamos muita credibilidade e respeito, enquanto essa pes-soa continua sendo rejeitada em simples rodoviárias, cospe na cara de colecionadores (como aconteceu em Curitiba) e já foi ex-pulso de diversos outros locais por arrumar confusão. E assim continua. O cidadão que teve um surto no Facebook e postou enormes comentários atacando veementemente a mim e ao meu site, e depois continuou fazendo algumas in-diretas super infames, no final de tudo ainda

teve a capacidade de dizer que é “da paz”. Na nossa sociedade está cada vez mais co-mum isso: fala-se, faz-se, insulta-se, depois fala que é “da paz”. Quando certos trabalhos acabam sendo passados batidos pela grande comunidade e enche apenas os olhos de pou-cas pessoas, é assim que alguns agem mes-mo, não sei porque, mas acontece. Não vou comentar a situação em que foi-se comentado um caso, mas vou pr-ovar aqui com fatos que o puxa-saquismo é a arma dos invejosos contra a realidade. Ou seja, puxa-se o saco de algumas pessoas tentando depreciar outras. Mas vejam o que a realidade nos mostra. Em 2009 fiz um levantamento no número médio de visitas nas galerias de im-agens dos sites Portal InterBuss, Railbuss e Vale SPBus, os três em mais evidência na época, com atualizações semanais. O núme-ro de visitas, em semanas que ocorriam as atualizações, eram muito parecidos. Geral-mente na semana em que o Railbuss atual-izava, ele ficava em primeiro, seguido do Portal InterBuss e do ValeSPBus, ou vice-versa, dependendo do conteúdo, mas a dife-rença era muito pequena. Houve semanas lideradas pelo Vale e pelo Portal, quando aconteciam a apresentação de novidades. Agora, o cidadão que surta dizer que um dos três sites era o “maior” em depreciação dos demais é no mínimo uma atitude amadora e irresponsável de um simples colecionador qualquer, sem credibilidade nenhuma. O Railbuss, site criado por Paulo Sérgio, o Speed, oriundo do antigo site Speed’s Home Page, foi uma grande refer-ência no hobby por muitos anos. Ainda con-tinua sendo na verdade, mais entre os col-ecionadores antigos e sérios. Trouxe grandes novidades do setor, produziu grandes maté-rias e até hoje é muito respeitado pela sua seriedade e organização. Poucos não con-hecem o site ou falam mal dele, geralmente os colecionadores mais novos ou os que têm birra por não conseguirem fazer algo à altura e ficaram no campo dos fotologs. Não é? Aproveitando o gancho, na época do auge dos três sites, criou-se entre os col-ecionadores um fato não verdadeiro, de que os sites eram inimigos, concorrentes, etc, o que nunca foi verdade. Os componentes dos três sites sempre se deram muito bem, conversavam entre si e até compartilhavam fotos. Esses fatos criados por colecionadores criam problemas até hoje, como pode se ver em alguns comentários espalhados pela in-ternet. E podem esperar: após esta coluna, dentro de mais alguns dias mais um espetá-culo no Facebook, com um chat de “primei-ra linha:” o que entende errado com o sem credibilidade e mentiroso.

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N O V O S S Ã O R A P H A E L

Esta semana surgiu uma novidade que deu o que falar, trata-se da entrega do primeiro Paradiso DD Geração 7 do estado de São Paulo e para o espanto de algumas pes-soas o carro é de São José do Rio Preto, mais precisamente da Viação São Raphael, fato este que surpreendeu ainda mais por se tratar de uma empresa não muito grande. A equipe da APBus Noroeste foi falar com o Dr. Márcio Brgona diretor da Viação São Raphael que nos contou sobre a grande novidade do estado.

APBus Noroeste / Revista Interbuss: Pra começar nós gostaríamos que o senhor con-tasse um pouco da história da empresa.Márcio: A empresa ano que vem comemora os 40 anos de existência e a empresa foi sem-pre pautada em trazer o que há de mais mo-derno no mercado em termos de ônibus. Tanto que há mais de 20 anos, quando não se falava em ônibus com ar condicionado, ela foi pio-neira em trazer aqui pra região ônibus com ar condicionado, poltronas semi-leito. Depois foi inovadora em trazer ônibus com poltronas leito e por último foi a precursora em trazer ônibus com leito cama. Então isso deixa bem caraterizado o perfil da Viação São Raphael, que é um perfil de inovação. O que não pode-ria ser diferente com a vinda do primeiro DD G7 do estado de São Paulo, ou seja do estado mais rico da federação, a São Raphael saiu na frente de todas as empresas trazendo o primei-ro ônibus DD do estado.

APBus Noroeste / Revista Interbuss: O se-nhor falou que a empresa esta prestes a com-pletar 40 anos, teremos alguma comemoração especial pra essa data da empresa?Márcio: A comemoração já é a própria renova-ção da frota, a comemoração é a renovação da frota pra prestigiar os nosso clientes. Eu acho que a melhor comemoração que nós podería-mos fazer é renovar a frota.

APBus Noroeste / Revista Interbuss: O se-nhor pode falar mais sobre o 10100?Márcio: O 10100 é um ônibus de última ge-ração, é um ônibus que eu digo que não é a-

penas um ônibus novo ele é o novo ônibus né, porque ele é totalmente novo ele é totalmente diferente de tudo que já existiu no mercado até então. Ele não é só um ônibus com uma car-roceria nova, com um retrovisor novo, uma lanterna nova, ele é um ônibus que você olha e tudo nele é novo. O banheiro é novo, as pol-tronas são novas, as portas são novas, a escada é um novo projeto, então o ônibus é inteirinho novo. E é isso que a gente defende é um ôni-bus inteirinho novo. E o 10100 não fugindo da característica da São Raphael é um ônibus inteirinho semi-leito com poltronas em couro, que outras empresas não encaroçariam, mas como a gente prestigia o conforto e a sofisti-cação e ele também tem uma inovação que é muito forte, voltada para o turismo. Ele tem uma sala de estar no piso inferior, uma sala que comporta 8 pessoas devidamente sentadas, um monitor em led’s direcionado pra essa sala de estar. Então a pessoa pode fazer uma viagem de turismo e assistir um filme sentada nessa sala de estar.

APBus Noroeste / Revista Interbuss: Os últimos carros adquiridos pela empresa eram todos com chassis Volvo, existe algum motivo em especial para o 10100 ter chassis Mer-cedes-Benz?Márcio: Não, é questão de mercado nós com-pramos um Mercedes pra fazer um compara-tivo com o nosso Volvo, tanto que o nosso próximo ônibus G7 que já esta iniciando a produção vai ser com chassis Volvo. É justa-mente um pra comparar com o outro a questão de consumo de combustível, desgaste de pneus.

APBus Noroeste / Revista Interbuss: Qual a previsão para a chegada do outro carro?Márcio: A previsão é novembro.

APBus Noroeste / Revista Interbuss: Vamos falar um pouco sobre o serviço VIP Class onde a empresa se destaca bastante. Como surgiu esse ideia?Márcio: Essa idéia veio em meados dos anos 1990, há quase 20 anos atrás, quando a empre-sa deu um salto comparado aos concorrentes, em trazer ônibus com ar condicionado, poltro-nas melhores, maior espaçamento e ai surgiu a

O MAIS MODERNO, NA SÃO RAPHAEL

Paradiso G7 1800DD

• Aislan Nascimento / APBus [email protected]

ideia dessa linha VIP, trazendo esse diferencial de poltronas, de conforto aliado a uma sala de embarque privativa e o serviço de bordo.

APBus Noroeste / Revista Interbuss: Re-centemente a empresa renovou a frota com vários carros rodoviários e suburbanos. O senhor pode falar mais sobre essa renovação, sobre investimento?Márcio: Foi no entorno de R$ 8 milhões.

APBus Noroeste / Revista Interbuss: Em 2010 a empresa recebeu o premio de empresa solidária. Quais os investimentos que a empre-sa tem feito na área social?Márcio: A empresa sempre se preocupo não só na questão social, mas também ambiental, tan-to que recebemos esse prêmio do município. Fizemos campanha do agasalho e novamente fomos premiados, então a gente tem toda essa preocupação, em dentro da nossa possi-bilidade, contribuir com a melhoria social da nossa comunidade.

APBus Noroeste / Revista Interbuss: De um

O primeiro DD da Geração 7 de São Paulo é de S. J. do Rio Preto

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RENOVAÇÃO • Dr. Márcio Brgona, diretor da Viação São Raphael: investimento em renovação de frota foi em torno de R$ 8 milhões

modo geral eu queria que o senhor fizesse uma avaliação de como esta sendo 2011 pra empre-sa e quais as expectativas pro futuro.Márcio: Olha, 2011 é um ano de muitas con-quistas por outro lado um ano de muitas inova-ções e trabalho. Nós aqui da direção temos hora pra chegar, mas não temos hora pra sair, ontem por exemplo sai daqui 22h30 virei 14 horas trabalhando, tudo pra deixa a São Raphael no patamar que ela sempre esteve que é uma líder. Líder não em tamanho, porque nós não esta-mos preocupados com a quantidade de ônibus, nós estamos preocupados com a qualidade dos ônibus esse é o nosso foco. Qualidade e bom atendimento a nossos clientes esse sempre foi o foco da São Raphael e nós não mudamos isso, não estamos preocupados em ser uma empresa com grande quantidade de ônibus, mas sim ser a empresa que tem os melhores ônibus. Alem disso em outubro começa a bi-lhetagem eletrônica das linhas suburbanas, já fizemos anuncio no site, estamos no processo de implantação pra trazer um melhor conforto para os usuários, mais rapidez no embarque, alem da renovação de mais de 60% da frota

suburbana. Hoje 60% da frota suburbana roda com ônibus 2011, com elevadores e o melhor conforto possível.

APBus Noroeste / Revista Interbuss: Já que o senhor falou da bilhetagem eletrônica ex-plica pra gente como vai funcionar esse novo sistema.Márcio: É um sistema já usual de outras empre-sas do ramo, inclusive em outros países, anos passado eu mesmo estive no Chile, verifiquei isso em Santiago, verifiquei isso em empresas urbanas de São Paulo capital. Então já é uma prática no segmento urbano ou metropolitano como alguns dizem. O usuário habitual vai ser cadastrado ele vai receber um cartão magné-tico inteiramente gratuito na 1ª via, onde ele vai abastecer o cartão com o valor que ele en-tender e, esse cartão vai permitir o ingresso dele no ônibus e a partir do momento em que ele descer em uma determinada cidade, o ôni-bus vai ser monitorado por GPS, o leitor do cartão vai identificar o município em que ele esta e vai fazer o débito no valor da tarifa cor-respondente.

APBus Noroeste / Revista Interbuss: Como a empresa esta se preparando pros desafios do mercado?Márcio: A empresa esta se preparando renovando frota, melhorando o atendimento, focando em treinamento aos nossos fun-cionários, então o nosso maior foco é exata-mente esse a qualidade. Após a gravação da entrevista no escritório o Dr. Márcio nos levou até o patio da empresa onde se encontrava o novo carro da empresa e, com grande simpa-tia posou para nossas lentes ao lado do carro recém adquirido, até nos deu algumas dicas para fotografar o veículo.

Encerradas as gravações e a sessão de fotos o diretor da empresa nos contou que em novembro chegará o próximo G7 DD da empresa de prefixo 10000, que segundo ele virá com o novo modelo de poltronas leito desenvolvidas pela Marcopolo, poltronas es-tas que só estarão homologadas para os carros fabricados a partir de outubro. O vídeo desta e de outras reportagens você acompanha em nosso blog: http://apbusnoroeste.blogspot.com

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N O V O S S Ã O R A P H A E L

O NOVO G7 1800DD DASÃO RAPHAEL EM FOTOS

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S E U M U R A LFOTOS, EVENTOS, OPINIÃO E CARTAS

Em São José do Rio Preto

EQUIPE APBUS NOROESTEPresente na chegada do novo Marcopolo Paradiso G7 1800DD MBB O-500RSD da Viação São Raphael, na Sala Vip da empresa, Aislan Nascimento e Lucas Filipe da Silva de Paula.

Pesquisa da Semana

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7,1% • Não

92,9% • Sim

Tratamentos diferentes?

ESTA FOTO FOI APAGADA ESTA FOTO NÃO FOI APAGADATodos os lugares têm regras a serem cumpridas, porém há um sério problema quando várias pessoas tomam conta de um negócio e não há um padrão sendo seguido. As fotos acima é de Guilherme Rafael, de Campinas/SP. A foto do Viação Cometa foi apagada de um site com ajustificativa de que pode “denegrir a imagem da empresa”. A do Serra Azul continua no ar. Será que a diferença de tratamento é pela empresa?

EM OUTUBROVem aí o Embate de Chassis, e você poderá dar a sua opinião aqui neste espaço. Fiquem ligados e aguardem maisinformações!

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Situado na Zona Leste da capital, entre os bairros de Itaquera e São Mateus está o Parque do Carmo, com seus 1.500.000 me-tros quadrados, é o maior parque urbano da cidade de São Paulo, e a maior e mais con-hecida área de lazer da zona leste paulistana, o parque possui uma grande área de Mata Atlântica, além de variada Fauna e Flora, que está dentro de uma das APA’s (Áreas de Pro-teção Ambiental) espalhadas pela cidade. A fauna do parque é muito rica de-vido as ótimas condições para abrigo, alimen-tação e reprodução das espécies, na área do parque são encontrados: Mergulhões, Pica-Pau, Andorinhas, Sabiás, além de mamíferos como: Gambás, Preguiças e várias espécies de Macacos. A Flora tem características de Mata Ciliar, Capoeiras, Eucaliptais e Brejos, carac-terísticas representativas de Mata Atlântica, e ocorre principalmente nas encostas e locais de difícil acesso. Gramados e campos pos-suem espécies nativas e exóticas. O Parque apresenta ainda um cafezal, um pomar e um bosque de cerejeiras. Bosque que conta com 2.300 árvores do tipo.É a segunda maior área fora do Japão com cerejeiras, árvore-símbolo do país oriental. Apenas Washington, DC nos Estados Unidos, possui mais cerejeiras que São Paulo. As maiores atrações do Parque são o Museu do Meio Ambiente, e o Planetário do Carmo. E o parque possui uma boa infra estrutura para o visitante, com quiosques, churrasqueiras, campos de futebol, ciclovia,

playgrounds, pista de Cooper e aparelhos de ginástica, além de sanitários espalhados pela área do parque e estacionamento. O Parque foi construído nas terras da Antiga Fazenda Caaguaçú, e a história da região tem muito a contar sobre o desenvolvi-mento da própria zona leste e da cidade de São Paulo como um todo.

Um pouco de História Os primeiros ocupantes desta região foram três tribos indígenas, Itaquerús que originou o nome do bairro de Itaquera, Guaianás que originou o nome do bairro de Guaianases e Caaguaçús. Com o decorrer do tempo vieram para esta região uma Ordem Católica chamada de Ordem Terceira do Car-mo Fluminense, que todos conheciam como Ordem dos Carmelitas. Eles tinham o intuito de catequizar os índios que aqui habitavam, e mostrar alguns de seus costumes, este choque cultural não aceito pelos índios teve o resul-tado de fuga destes para terras mais distantes. Então, a Ordem Carmelita usufruiu bastante destas terras transformando-a em “Fazenda Caaguaçu” (para os índios este nome signifi-cava Mata Grande) no ano de 1722. (Caagua-çu era uma das tribos que habitaram esta região e mais recente o antigo nome da ave-nida principal do Carmo que hoje se chama Av. Afonso Sampaio e Souza). A exploração agrícola e a criação de gado foram as principais atividades de-senvolvidas na fazenda. Grande parte da área foi devastada para o plantio. A substituição da mata original pelos produtos agrícolas, modificou o ecossistema da região, destru-indo o habitat dos animais. . Em 1919 a fa-

zenda foi vendida para a Companhia Pastoril e Agrícola, de propriedade do Coronel Ben-to Pires, que deu continuidade a criação de gado e principalmente o plantio de café, que tinha sua produção facilmente escoada pelo aproveitamento da ferrovia que passava perto de sua fazenda, e que foi trazida até estas ter-ras pelo engenheiro Artur Alvim. Na década de 20, Bento Pires começa o que seria o primeiro processo de loteamento das terras da fazenda. Parte destas terras hoje são os bairros de Vila Carmosina e Cidade Líder, e o que restou destas terras pas-sou a se chamar “Fazenda do Carmo”. Nesta mesma época inicia-se a colonização japone-sa, incentivada pelo coronel Bento Pires. Seu interesse era a formação de pequenas proprie-dades produtivas e que tivessem mão de obra especializada para fomentar o desenvolvim-ento agrícola da localidade. Já na década de 40, houve no Brasil a revolução industrial, o que fez o café perder o valor, assim sendo, o Coronel Bento Pires resolveu vender parte de suas terras para um engenheiro de construção civil da CBPO (Companhia Brasileira de Projetos e Obras), o Sr. Oscar Americano de Caldas Filho; este por sua vez loteou e vendeu parte desta pro-priedade. Na época existiu até um slogan que dizia “Venham morar no Morumbi da Zona Leste”, pois os lotes eram grandes, justa-mente no intuito de atrair pessoas da classe

D I Á R I O D E B O R D O

1,5 milhão de m² de lazer na Zona Leste de São Paulo

Parque do Carmo

• Tiago de [email protected]

GRANDE ÁREA DE LAZER • O Parque do Carmo está na Zona Leste de São Paulo e tem mais de 1,5 milhão de metros quadrados de área

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DICAS DE VIAGEM • TURISMO NACIONAL • GASTRONOMIA • TRECHOS E ROTAS

média e alta e assim, valorizar mais ainda o restante de suas terras. Essas terras loteadas fazem parte atualmente do Jardim Nossa Se-nhora do Carmo, que em alguns pontos é co-nhecido como Morumbizinho. Oscar Americano também plantou algumas espécies de eucaliptos e pinheiro (pinnus) para fazer experiências no uso de-stas madeiras para confecção de dormentes, mas que as pesquisas mostraram que não eram propícias para este fim. Ele transformou o restante das terras em área de lazer parti-cular para passar os finais de semana com a família, e começou a fazer algumas mudan-ças nestas terras. Reformou e aumentou o tamanho do Casarão (hoje o CEA CARMO), onde ficou sendo a sede da fazenda e sua casa principal, ao lado direito da casa existe até hoje uma figueira, que na época tinha a valor de dar status para o ocupante daquela construção, e para mostrar que ali vivia o dono da fazenda; construi também uma casa ao lado da principal, que era usada pelos em-pregados da fazenda; fez a casa das crianças e babás (hoje sede da GCM), fez também a piscina da fazenda (hoje local de recepção de escolas e instituições para trabalhos no CEA CARMO), e construi a casa dos hóspedes (hoje sede da Administração do Parque) e um prédio redondo, que era um espaço de lazer e jogos, e aproveitando a geografia da fazenda, represou o córrego principal e fez uma bar-

ragem, onde construiu um lago artificial que ele usava para práticas de esportes náuticos nos finais de semana. Hoje este lago é uma das principais atração do parque, com diversas espécies de peixes, cisnes, marrecos, gansos, aves mi-gratórias e uma imensa diversidade de vida. Oscar Americano faleceu em 1974 e anos de-pois, sem muitos interesses por esta fazenda, seus herdeiros resolveram vendê-la. Uma parte ficou com a Prefeitura e outra (a maior) ficou com a COHAB. A Prefeitura fez algumas benfeito-rias nesta fazenda, aproveitando muitos equi-pamentos da época da fazenda, e construiu banheiros, playground, churrasqueiras, e áreas de descanso. O Parque do Carmo, foi inaugurado em 19 de setembro de 1976, e conta hoje com uma área de pouco mais de 1,5 milhão de metros quadrados, tornando-se o maior parque urbano da cidade de São Paulo. Cuidado com os macacos que podem roubar sua comida. Além do parque contamos com uma imensa área verde ao redor dele, que é a Área de Proteção Ambiental (APA DO CAR-MO) que foi conquistada com muita luta pela comunidade do entorno, e que hoje possui 9 milhões de metros quadrados incluindo o parque neste montante. Dentro da APA, além do Parque do Carmo temos, o SESC, a Usina de Compostagem de São Mateus (hoje desati-vada, e que no seu lugar estará funcionando a

Central de triagem de São Mateus), o terreno do antigo Aterro Sanitário, e infelizmente al-gumas áreas invadidas (Gleba do Pêssego), mas que ainda conta com uma imensa floresta de Mata Atlântica preservada através da lei de criação da APA.

Os dias de hoje Todos esses bairros da região cresceram e possuem uma ótima infra-es-trutura, bons exemplos são os bairros de Vila Carmosina, Cidade Líder, Artur Alvim, e Jardim Nossa Senhora do Carmo (o “Mo-rumbizinho”), e o parque é o recanto verde da Zona Leste, destino de muitas famílias da região no final de semana (eu mesmo no meu tempo de infância freqüentava sempre), é uma ótima opção para quem quer descansar, curtir um pouco de verde e calmaria sem sair de São Paulo, ou reunir a família num bom churrasco, jogar um futebol, se divertir com as palhaçadas dos macacos, com cuidado para eles não roubarem a sua comida! Como todos os parques municipais de São Paulo, o Parque do Carmo funciona todos os dias, das 6 da manhã as 18 horas, vale a pena conhecer!

Como chegar Apesar do parque ser numa região afastada do centro da cidade, o acesso é fácil, está a aproximadamente 3 kms da estação Corinthians-Itaquera do Metrô e com opções também de linhas diretas de ônibus para o centro (No caso o Terminal Parque Dom Pe-dro II), seguem algumas opções: Para quem vem de Metrô: Descer na estação Corinthians-Itaquera e de lá utilizar as seguintes linhas:3789/10 – Cidade Tiradentes3743/10 – São Mateus2522/10 – Jardim Santo Antônio x Shopping Aricanduva (no sentido Shopping)Para quem vem do centro de Ônibus:3539/10 – Cidade Tiradentes via Hospital Santa Marcelina3406/10 – Cohab Presidente Juscelino3405/10 – Jardim Soares Para quem vem de carro: O acesso para a entrada principal do parque, é na Ave-nida Afonso de Sampaio e Souza, para se chegar lá o melhor caminho é pela Avenida Aricanduva até a altura do numero 13.000, de lá pegar a Afonso de Sampaio e Souza, há uma portaria secundária na Avenida Os-valdo Pucci, para se chegar lá, o acesso é pela Avenida Jacu-Pessego, até a rotatória da Ave-nida Adriano Bertozzi (do lado do Carrefour Pêssego), entrar na Adriano Bertozzi e ao fi-nal dela na Rua John Speers e mais a frente na Avenida Osvaldo Pucci.

GRANDE ÁREA DE LAZER • O Parque do Carmo está na Zona Leste de São Paulo e tem mais de 1,5 milhão de metros quadrados de área

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Sobre “O GuiaMapograf” edição 2012

Todos os anos eu costumo comprar um exemplar anual de “O Guia Mapograf”, religiosamente desde 1997, acompanhando também as evoluções em cada edição. Em julho deste ano chegou às ban-cas o “Guia Mapograf” edição 2012. Ao comprar aquele novo exemplar, reparei que a gramatura das folhas, nas divisões Pes-quisa de Endereços, Itinerários de Ônibus e o próprio mapa estava menor que a ed-ição 2011, principalmente nos mapas. E o que mostrava sua qualidade era a grama-tura grossa nos mapas, e agora traz uma gramatura média aproximando-se para fina, aproximando-se de papel jornal. Nessas últimas edições, a seção “Itinerários de Ônibus” precisa de uma modificação urgente. Olhando página por página, vi que ainda não está trazendo to-dos os itinerários de ônibus municipais de São Paulo. O motivo, segundo a editora, é que “circulam apenas em horários reduzi-dos e apresentam pequenas variações entre seus itinerários complementares e linhas bases”. Mas atualmente, com a criação de novos terminais, troncalizações e secciona-mentos, o que está acontecendo não é ver-dade. O que se vê é que muitas linhas /41 funcionam das 4 até às 24 horas e até aos sábados e domingos. Por exemplo, a linha 5129/41, modificado quando foi inaugu-rado o corredor EMTU Diadema-Brooklin. Essa linha existe cerca de 50 anos e em 1978, o número passou a chamar-se 546M – e ficou 32 anos com o mesmo número. E depois vem a SpTrans para mudar o número da linha para 5129/41. Conseqüên-cia: na edição 2012 não vem mais a linha na descrição de itinerários. Foi como se, naquele guia de ruas, a linha deixasse de existir e era como se não existisse mais a linha Jardim Miriam-Santo Amaro. E seria interessante mostrar tam-bém as linhas radiais ou troncais que também tem códigos /31 ou /51, como a linha 3539, e também as linhas 5121/41 (Term. Santo Amaro/Metrô Santa Cecília), 2175/31 (Jd. Guançã-Praça da Sé) e outros, que não vem à minha mente, que têm circu-lação inclusive em períodos de vale, sába-dos, domingos e feriados. Por enquanto, o meio mais con-fiável para consulta de itinerários de ôni-bus ainda é o site da SpTrans (que é atu-alizado todos os dias as linhas de ônibus) e o Google Maps (que é confiável para trazer os ônibus exatos que leva da ori-

gem ao destino). Para nós, entusiastas, as linhas constadas no Guia servem para “fins históricos” de pesquisa, por exemplo, ver as linhas que circulavam naquele tempo, e também consultar as linhas intermunicipais EMTU, para ver suas linhas novas.

Preços Em 1997, ano que eu comecei a comprar religiosamente esse guia de ruas, o preço estava afixado como “Tabela com o Vendedor”. Já no ano seguinte, custava 38 reais. Em 1999 subiu para R$ 45. Em 2000, volta a ser R$ 39,90 por causa da concor-rência (leia-se Cartoplam e Quatro Rodas). Comparando com o de 2012, que custa R$ 39,99, de 14 anos pra cá o preço ainda é praticamente o mesmo, e reparei que antes de 1999 a qualidade desse guia de ruas era infinitamente superior aos atuais. E também, ter um guia de ruas em casa na época era um luxo, e lembro-me que era difícil juntar dinheiro para comprá-lo, pois se atualizar o índice IGP-M de 1998 pra cá,

VIAGENS & MEMÓRIA Marisa Vanessa N. [email protected]

o livro deveria custar em torno de 120 reais. E por volta de 2005, os descen-dentes de Oswaldo Nascimento venderam a editora Mapograf à editora OnLine, que faz o “Guia Cartoplam”, o que é percebido na publicação de “O Guia Mapograf” de 2006, mas o estranho é que não encontrei nada na Internet a respeito da venda. É comum ver motoristas de automóveis com um guia de ruas no porta-malas, mesmo com mais de 10 anos de uso. Hoje uma parte dos motor-istas de automóveis substituíram o guia de ruas pelo GPS eletrônico, mas existem suas vantagens e desvantagens. E por último, as tradições neste guia é, desde 1979, trazer o mesmo número de páginas no mapa, e outra característica marcante é que os mapas trazem sempre com bordas azuis. E também passamos uma geração inteira sabendo que a Praça da Sé fica sempre nas páginas 151 e 152 – sempre com os mesmos números, e com as mes-mas páginas, o que é bom para usuários do Guia.

Marisa V

anessa N. Cruz

GUIAS • As capas dos guias Mapograf de 2011 e o de 2012, que já está nas bancas

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José Euvilásio Sales Bezerra

PRONTA • Nova pista da BR116, entre os km 337 e 338 concluída

A duplicação da Rodovia Régis Bittencourt Uma etapa da duplicação da Rodo-via Regis Bittencourt (a BR116) foi concluí-da. Toda a obra de duplicação entre os km 336 e 337, no distrito de Barnabés, em Juqui-tiba/SP, inclusive as obras que dão acesso ao distrito, como o retorno por baixo da rodovia e o acesso pela à via principal do distrito. Nesse trecho, também foi feito o calçamento às margens da rodovia, con-strução de um ponto de ônibus e uma pas-sarela, na altura do km 336,8, para que as pes-soas atravessem com segurança para o outro lado. Inclusive, a construtora colocou o ponto de ônibus do sentido Curitiba justamente na saída da passarela, de modo a incentivar as pessoas a fazerem uso dela. No entanto, mui-tas pessoas ainda atravessam a rodovia pelo solo, arriscando sua vida e o bom tráfego da região. Isso ocorre principalmente no km 337, em frente ao principal acesso ao distrito de Barnabés. A nova etapa – A nova fase agora é a duplicação do trecho entre os km 337, ainda em Juquitiba, e o km 343, já próximo à Serra do Cafezal. O primeiro quilômetro dessa etapa já se encontra parcialmente concluído. A em-presa Leão Engenharia, contratada da conces-sionária da Rodovia, a Autopista Regis Bit-tencourt, já concluiu uma nova pista do km 337 ao km 338. Essa pista está ao lado da at-ual pista do sentido São Paulo da rodovia. Ela tem três faixas e é bastante ampla. O passo seguinte é a construção de uma pista nova ao lado da pista do sentido Curitiba da via. Essa pista nova está sendo construída a partir do km 338. Ou seja, irão aproveitar os leitos ex-istentes dos dois lados da rodovia, conforme o caso, até a conclusão da duplicação, no km 343. No km 343, começa a Serra do Cafezal, que termina no km 363. Este trecho ainda depende de licenciamento ambiental. E, no pé da serra, entre o km 363 e o km 367, estão sendo executadas obras de duplicação, o que inclui uma ponte sobre o Rio São Lou-rencinho. Trânsito – Com as obras, o trânsito está mais lento nessa região. Nesse trecho, o sentido São Paulo possui duas faixas e o sentido Curitiba uma. Como foi necessária a utilização da faixa do sentido Curitiba para as obras, foi necessário reverter uma faixa do sentido São Paulo para manter a descida nos dois sentidos. Com os cones, os motoristas andam mais devagar, evitando ultrapassagens e a ocorrência de acidentes. Devido às ob-ras, muitas das poucas áreas de escape foram destruídas, o que dificulta o acesso de veícu-los de resgate à região. Há também constante

CIRCULANDO José Euvilásio Sales [email protected]

passagem de funcionários da obra pela via. É bom ver que essa obra está andan-do. Torçamos para que logo seja concedido o licenciamento ambiental do trecho entre os km 343 e 363. Essa obra é essencial para a melhoria da qualidade de vida dos muitos profissionais do transporte que sobem e des-cem a serra todos os dias. Só quem já ficou preso nos congestionamentos dos acidentes ocorridos na Serra sabe o quanto é difícil a vida por lá. ASTERISCOS

* Aquele trecho da BR é um lugar interes-

sante para se flagrar o que de novo está che-gando às empresas do país, vindas da Marco-polo, Comil e NeoBus. No dia da visita, só vi carros novos da NeoBus. Entre eles, novos G7 para a Rápido Luxo Campinas e Gardênia e um Ideale para a Rápido Luxo Campinas.

* Também naquele trecho, está uma garagem da viação Realeza, que presta serviços em Juquitiba. A garagem dela fica às margens da rodovia. Desta vez, havia alguns veículos ex-Paraná por lá. Não se sabe se entrarão em circulação ou se serão desmontados para ce-derem suas peças a outros veículos antigos da empresa.

OBRAS • Busscar Elegance, da Itapemirim, em meio ao trânsito do trecho ainda em obras

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TIAGO DE GRANDEMarcopolo Viale MBB O-500U • Saens Peña

A S F O T O S D A S E M A N AÔnibus Brasil • www.onibusbrasil.com

18/09/11 • REVISTAINTERBUSS24

RAFAEL SILVAMarcopolo Torino 1999 Volvo B10M • Azul

GABRIEL PETERSEN GOMESCaio Apache Vip II MBB OF-1418 • Penha Rio

MATEUS BARBOSAMarcopolo Paradiso G7 1200 Volvo B9R • Petitto

FRANZ HECHERMarcopolo Viale MBB O-500M • Redentor GUSTAVO DE ALBUQUERQUE BAYDE

Marcopolo Viale MBB O-500MA • VB Transportes

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SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOS PUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA

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MATHEUS NOVACKINeobus Mega BRS Scania K230 • Translitorânea

SÉRGIO AUGUSTO BRAGA CANUTOComil Versátile MBB OF-1722 • Sandra

LUIZ CARLOS DE SANTANABusscar Urbanuss Volvo B10M • São Judas Tadeu

ROBERTO MARINHOMascarello Gran Micro Volksbus 9.150 • Lacosta

Auto Ônibus / Matheus Novacki • www.autoonibus.com

TADEU CARNEVALLIBusscar Jum Buss 360 Volvo B10M • Expresso Nordeste

MATHEUS NOVACKIMarcopolo Paradiso G7 1800DD • Advance Transatur

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18/09/11 • REVISTAINTERBUSS26

Investimentos em Guadalajara para os Jogos Pan-Ameicanos não serão altos e atenderão demanda o evento. Sistema de cartões eletrônicos deve servir de legado para a cidade mexicana

A Hipocrisia da Copa

Ao abrir os jornais ou sites de notí-cia ou especializados e ver a quantidade de dinheiro que o Brasil deve utilizar em mobili-dade urbana com projetos mais voltados para a Copa do Mundo que para o cidadão, é de as-sustar e revoltar pelo volume de recursos que deve ser investido e também pela busca de ganho de imagem em modais e obras que vão custar muito mais caro que diversas soluções já conhecidas, que atendem ao mesmo núme-ro de pessoas, porém que dão menos notorie-dade, Ibope. São R$ 12,1 bilhões investidos nas cidades-sede da Copa. Boa parte destas intervenções nos transportes pode virar legado para população. Outras, mesmo sendo caras, como alguns monotrilhos e VLTs, terão menos serventia depois de cada seleção mundial seguir seu rumo. Será que para transportar torcedores para a Copa precisa mesmo de tanto dinheiro. Guardadas as devidas proporções, mas com o mesmo objetivo, Guadalajara, no México, para sediar os jogos Pan-America-nos adotou uma medida simples, que deixa a cidade bonita e que vai consumir poucos re-cursos pois será apenas mesmo para atender à demanda do evento esportivo. A solução todos conhecem: o ôni-bus. Mas com um detalhe. Foram estudadas as rotas que serão mais usadas pelos torce-dores, delegações, imprensa e demais en-volvidos nos jogos e nas vias mais largas já têm sido pintadas faixas coloridas, com o símbolo dos jogos Pan-Americanos, por onde devem circular exclusivamente os ônibus. A medida será adotada agora no iní-cio de outubro. Com cartões eletrônicos de identi-ficação, a título de testes, voluntários e in-tegrantes da força-tarefa de organização do evento, vão se deslocar gratuitamente pelas faixas.

INVESTIMENTO SEM HIPOCRISIA A medida de Guadalajara tem uma diferença em relação a algumas obras brasileiras voltadas para a Copa. Ela não é hipócrita. A ação de Guadalajara não é para a mobilidade urbana de toda a população. É declaradamente pontual para os jogos Pan-Americanos, em compensação não vai gastar demasiados recursos como no Brasil. No Brasil, em nome do deslocamen-to da população, têm sido elaborados projetos

que visam mesmo a Copa e são caros demais. Não seria mais justo gastar menos o que é só para a Copa, uma demanda muito limitada frente ao dia a dia das necessidades dos municípios, e aí sim, investir pesado em meios de transportes e projetos sérios em itinerários que realmente são usados pelos ci-dadãos? Afinal, qual a utilidade de um monotrilho, por exemplo, que sai de um aero-porto e para num estádio? Tanta utilidade que, no caso do Monotrilho que sairia do Aeroporto de Congonhas e iria até o estádio do Morumbi, ele caiu para segundo plano de-pois de a Fifa ter rejeitado o estádio de São Paulo. De duas, uma: Ou os investimen-tos são pensados só para a Copa e como o Morumbi não será mais sede de jogos, o monotrilho perde importância ou então, de fato, haveria outras ligações com muito mais necessidade que a desta obra que vai consum-ir, pelo menos R$ 3 bilhões. O monotrilho é caro frente ao benefício e número de passage-iros que ele vai atender se comparado com um corredor de ônibus moderno e rápido, como os BRTs (Bus Rapid Transit), ou com um metrô de verdade. Para os torcedores e visitantes dos jogos de Guadalajara, a passagem de ônibus, por bilhete eletrônico custará 6 pesos (menos de R$ 1). A LÓGICA É SIMPLES: TRANS-PORTE DE IMPLANTAÇÃO E OPERA-

ÇÃO BARATAS, TARIFAS BAIXAS TAM-BÉM. Os ônibus para os torcedores vão operar das 06 h às 23 h. E mesmo sendo uma ação não hipócrita só para o evento esportivo, ainda sim pode deixar um legado para a mobilidade de verdade dos cidadãos. Em Guadalajara não há bilhetagem eletrônica, como São Paulo. Se o sistema der certo, este tipo de cobrança deve ser oficial-izado nos ônibus e depois integrado com out-ros sistemas de transportes. É um exemplo, guardadas as pro-porções de novo, de uma cidade que vai abri-gar um evento esportivo e não vai precisar esbanjar dinheiro e mostra claramente o que é gasto para torcedor e gasto para passageiro diário. É claro que as dimensões das ci-dades brasileiras são maiores assim como a demanda e ninguém está defendendo que se pinte faixas de ônibus nas cidades todas. Elas precisam de transportes públicos eficientes e economicamente responsáveis na relação custo-benefício, como corredores verda-deiros de ônibus e Metrô. Mas seria interessante que as cidades deixassem de ser menos hipócritas e separas-sem o que é investimento para o torcedor ou para a demanda do dia a dia e priorizar os al-tos recursos para a maioria. Uma questão de respeito, lógica e democracia.

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