revista info aviação 15ª edição junho 2012

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1 | Info Aviação | Junho 2012 Revista Info Aviação 15ª Edição / Junho 2012 www.infoaviacao.com Empresas são obrigadas a informar atrasos nas passagens Controlador da Avianca ainda interessado em aeroportos Avião “ideal“ tem assento anti-chute e área para criança Casos de uso de raio laser relatados ao CENIPA aumentam

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- Gripen espera decisão brasileira sobre caças em breve; - Empresas são obrigadas a informar atrasos nas passagens; - Helibras monta primeira caixa de transmissão do EC725

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Page 1: Revista Info Aviação 15ª Edição  Junho 2012

1 | Info Aviação | Junho 2012

Revista Info Aviação 15ª Edição / Junho 2012

www.infoaviacao.com

Empresas são obrigadas a informar atrasos nas passagens

Controlador da Avianca ainda interessado em aeroportos

Avião “ideal“ tem assento anti-chute e área para criança

Casos de uso de raio laser relatados ao CENIPA aumentam

Page 2: Revista Info Aviação 15ª Edição  Junho 2012

2 | Info Aviação | Junho 2012

Empresas são obrigadas a informar atrasos nas

passagens Pg.04

Gripen espera decisão brasileira sobre caças em breve

. Pg.07

Casos de uso de raio laser relatados ao CENIPA

aumentam Pg.10

Pilotos sul-coreanos terão que avaliar o F-35 através

de voos em simuladores Pg.14

Helibras monta primeira caixa de transmissão do

EC725 Pg. 15

Força Aérea dos EUA pede que pilotos de F-22

deixem de usar parte do traje anti-G em voos de rotina

. Pg.22

ATR 42-600 é certificado pela EASA Pg.27

Embraer realiza o primeiro voo do protótipo do A-1M

. Pg.30

Controlador da Avianca ainda interessado em

aeroportos Pg.36

Avião “ideal“ tem assento anti-chute e área para

criança Pg.37

Conheça o incrível helicóptero com

18 motores que pode virar realidade

Pg. 25

Embraer e Avic vão construir jatos executivos na

China Pg.35

AviancaTaca: entrada na Star Alliance é marco

histórico Pg.42

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4 | Info Aviação | Junho 2012

Empresas são obrigadas a informar atrasos nas passagens

esde o dia 4 de junho,

todas as companhias

aéreas de transporte aéreo

regular de passageiros que operam

no Brasil passarão a divulgar os

percentuais de atrasos e

cancelamentos dos voos

domésticos e internacionais que

comercializam no momento da

venda da passagem.

A determinação consta da

Resolução nº. 218/2012, aprovada

pela diretoria da ANAC (Agência

Nacional de Aviação Civil) em

fevereiro deste ano e publicada no

Diário Oficial da União de 6 de

março de 2012. Pela norma, as

companhias aéreas são

responsáveis pela informação

sobre o voo mesmo quando forem

ofertados por parceiros comerciais,

por exemplo, agências de viagens.

O objetivo da resolução é

aumentar a transparência na

relação de consumo entre empresa

e passageiro, que passará a ter

mais informações sobre as

características do serviço ofertado

e poderá analisar o histórico dos

percentuais de atrasos e

cancelamentos do voo antes de

concluir a compra do bilhete.

A divulgação dos percentuais

ficará disponível ao comprador da

passagem aérea na fase inicial do

processo de venda, ou seja, após

seleção do itinerário e da data do

voo, e antes da conclusão da

compra. Cabe às empresas

apresentar esses percentuais, ainda

na oferta do serviço, em todos os

canais de comercialização

utilizados (internet, guichês de

atendimento, telefone, agentes de

viagens, entre outros). No caso de

oferta presencial ou por telefone,

as informações deverão ser

disponibilizadas mediante

solicitação.

Esses percentuais de atrasos e

cancelamentos dos voos

domésticos e internacionais são

apurados mensalmente pela ANAC

para cada etapa de voo,

independentemente dos motivos

que os ocasionaram, e também

estão disponíveis no site da

agência. São informados os

percentuais de atraso iguais ou

superiores a 30 minutos e iguais ou

superiores a 60 minutos.

Para acessar os percentuais de

atrasos e de cancelamentos dos

voos no disponibilizados no site da

agência.

O percentual de cancelamentos de

cada etapa de voo é calculado em

razão do total de etapas de voos

previstas no mês de referência,

enquanto o percentual de atrasos é

apurado em razão do total de

etapas realizadas, observando-se o

horário de chegada ao destino, já

desconsiderados os trechos

cancelados. Os percentuais

representarão um comportamento

histórico dos voos e, por isso, estão

sujeitos a variações nos meses

seguintes.

Quando não houver histórico de

percentuais de atrasos e

cancelamentos para um ou mais

trechos do voo ofertado, como é o

caso de voos novos, por exemplo,

devem ser apresentadas as

informações referentes à média da

empresa para cada etapa básica de

outros voos operados nos mesmos

aeroportos de origem e destino. Se

a média inexistir, essa informação

deve ser prestada ao consumidor.

D

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5 | Info Aviação | Junho 2012

5 companhias aéreas que sumiram das rotas nos últimos anos

Conheça a história de empresas que não decolam mais no Brasil, seja porque o negócio fracassou ou,

simplesmente, porque a operação foi vetada pela Anac

inda não é certo, mas a

fusão entre a Azul e Trip,

pode resultar no

desaparecimento de uma das duas

marcas no mercado de aviação

comercial no Brasil.

Nos últimos cinco anos, pelo

menos cinco companhias deixaram

de operar no país, seja porque o

negócio não deu certo ou porque a

Agência Nacional de Aviação

Civil (Anac), por alguma

irregularidade, suspendeu a

operação.

Veja, a seguir, a história de

empresas que não decolam mais no

Brasil, segundo último relatório da

Anac, atualizado em maio deste

ano:

Atlântico Transportes Aéreos

A Atlântico Transportes Aéreos

(ATA) iniciou sua operação em

meados de 2001, em Recife. Na

ocasião, a companhia contava com

apenas uma aeronave e no

primeiro ano transportou cerca de

2.000 pessoas.

Após um ano de operação, a

companhia optou por focar seus

esforços no transporte de cargas,

pois a rentabilidade era mais

garantida.

Por se tratar de uma empresa não-

regular, sem rotas fixas, a

companhia costumava fretar suas

aeronaves na alta temporada,

transportando pessoas de São

Paulo para alguns destinos no

Nordeste.

Atualmente a empresa está

paralisada e não realiza nenhum

tipo de voo.

Táxi Aéreo Fortaleza

A Táxi Aéreo Fortaleza (TAF) é

uma empresa aérea brasileira com

sede na cidade de Fortaleza, no

Ceará, e começou a operar no

mercado de aviação em meados da

década de 50, como companhia de

táxi aéreo.

Durante algum tempo, a empresa

prestou serviços ao governo do

estado de Ceará e outros órgão

públicos e chegou a ser pioneira no

serviço de carga aérea no

Nordeste.

Em meados da década de 90, a

TAF começou a atuar como

empresa regional de passageiros e

cargas, mas a baixa demanda fez

com que a companhia suspendesse

seus voos.

Brasil Rodo Aéreo

A Brasil Rodo Aéreo (BRA) foi

fundada em 1999 e durante mais

de seis anos atuou no mercado com

a oferta de voos fretados. Somente

em 2005, a companhia obteve

A

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6 | Info Aviação | Junho 2012

licença para realizar voos

regulares, adotando o conceito de

companhia aérea popular.

No intuito de aproveitar as

oportunidades do mercado, a BRA

chegou a voar para 34 cidades

diferentes do Brasil e chegou a

anunciar, em 2007, a compra de 40

jatos Embraer. No mesmo ano, no

entanto, suspendeu suas operações

e demitiu mais de 1.000

funcionários. A crise, segundo a

companhia, era temporária, mas

um ano depois a BRA ajuizou

pedido de recuperação judicial.

Após a suspensão dos voos, a

empresa OceanAir , atual Avianca,

chegou a assumir alguns voos e

aeronaves da companhia.

Atualmente, a companhia ainda

está em processo de recuperação e

opera apenas com voos fretados.

Porém, para a Anac, ela é

considerada inoperante.

Cruiser

A Cruiser nasceu em 1996, no

estado do Paraná, como empresa

de táxi aéreo e tinha como foco a

aviação regional.

Em 2001, a companhia passou a

operar alguns voos regulares para

cidades dos estados do Paraná e

Santa Catarina como empresa de

linhas aéreas.

Hoje em dia, no entanto, a empresa

está proibida de operar e, segundo

a Anac, seu status encontra-se

inoperante no mercado de aviação

civil.

Rico

A Rico foi fundada na década de

60 no estado de Rondônia e

contribuiu bastante para a

construção da Rodovia

Transamazônica, com o transporte

de trabalhadores e equipamentos

para a construção de estradas na

região.

Foi somente em 1996, que a Rico

foi homologada como empresa de

transporte aéreo regular e durante

muito tempo teve importante papel

no mercado de aviação civil da

região Norte do país.

Em junho de 2011, a Anac

cancelou a licença de operação da

companhia e atualmente ela

funciona apenas como empresa de

táxi áereo.

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7 | Info Aviação | Junho 2012

Gripen espera decisão brasileira sobre caças em breve

“Ficamos com a sensação de que é

o fim do jogo”, observa Eddy de

La Motte, vice-presidente de

marketing da Gripen International,

joint venture da Saab e da BAE

Systems que faz o marketing do

caça sueco para clientes de

exportação.

A Saab poderia entregar o primeiro

caça Gripen E/F (também chamado

de NG) quatro anos após a

adjudicação do contrato, mas ainda

não está claro se esse é o

cronograma que Brasília vai

insistir ou se vai se juntar ao

cronograma de desenvolvimento

suíço/sueco do Gripen E/F, que

prevê a entrega do primeiro caça

em 2018.

O primeiro protótipo do Gripen

E/F deve voar no próximo ano se

os governos da Suíça e da Suécia

concordarem no caminho de

desenvolvimento a seguir. O

esforço provavelmente vai exigir

também algum financiamento da

Saab.

Enquanto isso, o radar AESA

Selex Galileo Raven ES-05 deve

voar em breve no demonstrador

Gripen NG, durante o qual os

monitores do cockpit e o sensor

serão colocados em harmonia.

O governo sueco tem uma oferta

sobre a mesa para os compradores

potenciais de exportação para

acelerar a sua compra, se outro

país quiser o Gripen E/F, mas não

quer ser o comprador inicial. Essa

oferta continua sobre a mesa, diz

La Motte.

Uma vitória no Brasil poderia abrir

a porta a contratos do caça na

América do Sul, acrescenta

Frederik Gustafson, diretor

regional para as exportações do

Gripen nas Américas. “Há uma

enorme necessidade de novos

caças na região e as economias

estão crescendo”, disse a

repórteres nos bastidores do

Aerospace Forum Sweden 2012.

Há vários países que estão

procurando comprar nos próximos

cinco anos, acrescenta.

Mas essa não é a única região onde

o fabricante está trabalhando para

cumprir a sua meta de vender 300

caças durante a próxima década.

Na Tailândia, onde já vendeu 12

Gripens (seis entregues e seis

seguirão no próximo ano), espera-

se por ofertas adicionais. Malásia,

Filipinas, Indonésia e, “em alguns

anos”, Vietnã podem ser

oportunidades, diz de La Motte.

Os esforços também continuam

para ampliar o negócio de aluguel

de caças com a República Tcheca e

compras firmes na Bulgária,

Roménia, Croácia e Eslováquia. A

Gripen também espera convencer a

Dinamarca e a Holanda a sair do

programa de caças F-35A Joint

Strike Fighter ao qual elas estão

comprometidas.

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8 | Info Aviação | Junho 2012

Embraer renuncia à gama de aviões civis e ambiciona defesa

erceira maior fabricante

mundial, a Embraer estudou

durante dois anos um

projeto de aeronaves domésticas de

130 a 160 lugares (sua produção

atual para em 120 assentos), que

rivalizaria com os menores aviões

de corredor único da europeia

Airbus e da americana Boeing.

“Não temos planos para

desenvolver esta aeronave”,

declarou o presidente da divisão de

aviação comercial, Paulo Cesar

Silva, à imprensa em Paris.

“Fizemos alguns estudos de

mercado, conversamos com muitos

clientes… e não vemos

justificativa econômica para este

projeto”.

Airbus e Boeing já garantiram

grande parte do mercado ao lançar

suas versões remotorizadas das

aeronaves de corredor único A320

e 737, o Neo e o Max, e a

canadense Bombardier já tem tido

dificuldades para ganhar espaço

neste segmento com seu CSeries,

argumentou.

No entanto, “vamos remotorizar a

gama de E-Jets, a fim de manter a

nossa posição de liderança no

segmento de aeronaves de 70 a 120

assentos”, disse César Silva.

Os primeiros modelos batizados

G2, redesenhados e remotorizados

para consumir menos, devem

entrar em serviço em 2018,

segundo ele. Os novos reatores

serão escolhidos até ao final do

ano.

A Embraer oferece quatro modelos

de aeronaves domésticas (E170,

E175, E190 e E195). Ela entregou

823 em oito anos, e ainda tem 240

encomendadas.

A aviação comercial representa

65% das vendas da fabricante

brasileira e continuará a ser a

maior parte de sua atividade, à

frente da produção para empresas,

acrescentou Cesar Silva.

Divisão de Defesa – A Embraer

também criou uma divisão de

defesa em 2010, que representa 7%

do seu volume de negócios. Esta

percentagem deverá atingir 16%

em 2012, anunciou o chefe da

divisão de segurança e defesa, Luiz

Carlos Aguiar, que tem como meta

alcançar 25% até 2020.

A companhia já é conhecida por

seu turboélice de ataque leve e

treinamento avançado Super

Tucano. Com 182 exemplares

encomendados por uma dúzia de

países, venceu em 2011 uma

licitação da Força Aérea dos

Estados Unidos.

A Aeronáutica americana,

contudo, cancelou o contrato em

fevereiro, após os protestos da

concorrente americana infeliz

Hawker Beechcraft, mas abriu um

novo concurso, informou Carlos

Aguiar, que não quis comentar

sobre suas chances.

A Embraer também se lançou no

mercado de aeronaves de

transporte militar e propõe um

sucessor para o C-130 da

Lockheed Martin. O KC-390,

capaz de transportar uma carga de

23 toneladas, deve fazer seu

primeiro voo em 2014 e entrar em

serviço em 2016. A Embraer busca

de 16 a 18% de um mercado global

estimado em 700 aeronaves, um

total de 50 bilhões de dólares.

Suas ambições não param por aí. A

fabricante está envolvida em dois

projetos governamentais de grande

porte: o primeiro satélite de

comunicações fabricado no Brasil

e na implantação de um sistema de

vigilância das fronteiras.

Para obter uma quota do mercado

de satélites, avaliado em 400

milhões de dólares, a Embraer

criou uma sociedade com a

empresa de telecomunicações

Telebrás. O satélite que terá dupla

função, civil e militar, deve ser

lançado no final de 2015, disse

Carlos Aguiar.

O Brasil tem 17.000 quilômetros

de fronteiras. Seu monitoramento

exigirá comunicações por satélite,

radar, aeronaves não tripuladas,

sistemas de comando e veículos

blindados, um projeto estimado em

quatro bilhões de dólares em dez

anos.

T

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Casos de uso de raio laser relatados ao CENIPA aumentam

que para alguns é uma

brincadeira, apontar raios

laser para a cabine de

aeronaves é um risco para a

aviação: a luz intensa pode ofuscar

a visão dos pilotos e até contribuir

para que ocorram acidentes. Em

2012, o CENIPA (Centro de

Investigação e Prevenção de

Acidentes Aeronáuticos)

disponibilizou um formulário on-

line para registro de ocorrências e,

em apenas cinco meses, o número

de relatos dobrou em relação a

2011. Até o dia 4 de junho, 670

casos já foram registrados, contra

250 do ano anterior.

Os aeroportos com maior número

de ocorrências são os de Londrina

(55 casos), Vitória (44), Brasília

(42) e Campinas (41). Mas os

casos ocorrem em todas as regiões:

até agora, o único estado sem

casos é Sergipe.

"O que se vê hoje é a facilidade de

aquisição deste artefato. Por isso,

no Brasil, nos últimos três anos,

houve aumento do número de

relatos", afirma o major-aviador

Márcio Vieira de Mattos, da

Divisão de Aviação Civil do

CENIPA.

"A probabilidade de se derrubar

um avião com equipamento de

emissão de laser é baixa, mas não

pode ser descartada, uma vez que

nós temos na frota nacional

aeronaves que voam com apenas

um piloto. Quando atingido

diretamente nos olhos, o

comandante do avião pode ter

dificuldade de interpretar os

instrumentos, cegueira

momentânea e a formação de

imagens falsas, que numa situação

de decolagem ou pouso pode ser

crítica. Nós temos que trabalhar

em termos de prevenção", afirma o

oficial do CENIPA.

Os relatos de ocorrências com

laser não são recentes e tampouco

exclusividade nos céus brasileiros.

Há reportes de casos no Canadá,

Reino Unido, Espanha e Estados

Unidos. O primeiro caso relatado

ocorreu em Los Angeles, no ano

de 1993. O comandante de um

Boeing 737 foi atingido e obrigado

a passar o controle dos comandos

da aeronave para o co-piloto. Ele

ficou quatro minutos sem

conseguir interpretar os

instrumentos.

Além de perigoso, apontar laser

para aviões e helicópteros também

é crime. O artigo 261 do Código

Penal Brasileiro prevê sanções

para quem expor a perigo ou

praticar qualquer ato que possa

impedir ou dificultar navegação

aérea. Já existe, também, um

projeto de lei (PL 3151/12) para

punir quem usar de forma indevida

as canetas de raio laser.

O

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11 | Info Aviação | Junho 2012

Novo caça F-35 é muito caro para OTAN

s planos de reequipamento

da força aérea dos EUA e

dos seus principais aliados

da OTAN estão associados, antes

de mais, ao início da produção em

série do caça F-35, mas podem ser

postos em causa devido ao

constante aumento do seu custo.

Entretanto, os países de segunda

linha da OTAN serão obrigados a

continuar a usar equipamentos

usados de fabrição americana ou

soviética.

O grande problema do “candidato

ao posto” de caça principal das

forças aéreas da OTAN será a

escolha de duas qualidades entre

três. O F-35 foi pensado como um

caça moderno multifuncional a um

preço acessível. No entanto,

verificou-se muito rapidamente

que um caça moderno

multifuncional não pode ser

barato, enquanto que os aparelhos

multifuncionais que podem ser

considerados relativamente baratos

se aproximam fisicamente da

“reforma” ou estão se tornando

moralmente obsoletos.

A origem dos problemas do F-35

está em que se quis obter com esse

avião um “pau para toda a obra”

para todos, conjugando no mesmo

modelo as exigências

contraditórias dos diferentes tipos

de aviação. É óbvio que as

diferentes versões do F-35 têm

diferenças significativas, mas a

plataforma comum criou

dificuldades na adaptação do

aparelho às exigências concretas

dos diferentes ramos das forças

armadas. E o preço do caça

começou a crescer.

Como resultado, o projeto

encontra-se hoje num estado

intermédio muito perigoso. O

aumento dos preços dos caças

resulta na redução dos planos de

compra dos novos aparelhos e a

redução das encomendas ameaça

fazer, mais uma vez, disparar o

preço, como já aconteceu com o

irmão mais velho do F-35, o caça

F-22.

É esclarecedora a situação da FA

dos Países-Baixos, típica para

muitos parceiros mais pequenos

dos EUA na OTAN. O plano

inicial para a compra de F-35 para

a força aérea holandesa que era de

85 aparelhos reduziu-se para 60 e,

mais tarde, para 50. Hoje, a

Holanda planeia limitar-se à

aquisição de 42 aviões. A força

aérea italiana reduziu o plano de

compras de 131 para 90 caças F-

35. Os programas de fornecimento

de F-35 ao Canadá e à Austrália

estão suspensos. Não está claro

qual será a quantidade dos novos

aviões que a Grã-Bretanha, a

Turquia e assim como o Japão, que

não faz parte da OTAN, desejarão

adquirir.

Vale a pena recordar que muitos

países continuam a ter no ativo

aparelhos de fabrico soviético. Em

relação aos MiG-21 romenos já se

sabe: vão ser substituidos nos

próximos anos por F-16. Já os

MiG-29 polacos, eslovacos e

búlgaros têm todas as

probabilidades de continuar ao

serviço por mais 15-20 anos. Nesse

aspeto, é interessante a intenção da

Polónia, onde os MiG-29 estavam

condenados ao abate até 2010, mas

que hoje planeia-se manter até

2030 juntamente com os F-16. Até

lá, a idade material dos aparelhos

ultrapassará os 40 anos para os

MiG-29 de fabrico soviético e os

30 para os F-16 fabricados nos

anos de 1990.

Nos países do “terceiro mundo”,

todos os processos decorrem de

forma ainda mais evidente. O

número de Estados que se podem

dar ao luxo de adquirir aparelhos

de quinta geração, se excluirmos as

monarquias do petróleo e os

gigantes regionais do como a

Índia, tende para zero.

A grande massa dos compradores

de aviões de combate será

desviada, quer queiram ou não,

para o mercado do equipamento

aéreo usado, ou migrará para o

fabricante que fôr capaz de propôr

aparelhos novos, mas ao mesmo

tempo baratos. Hoje, o vendedor

praticamente exclusivo desse tipo

de equipamento é a China com os

clones do MiG-21 e o avião novo

criado com base nessa plataforma,

o FC-1. Talvez os construtores

aeronáuticos russos devessem

pensar na criação de uma

alternativa à oferta chinesa, de

modo a não limitar todas as

possibilidades de exportação

exclusivamente aos caças Sukhoi,

que de versão em versão entram na

categoria dos aviões altamente

tecnológicos, mas muito caros,

acessíveis a um número limitado

de compradores abastados.

O

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12 | Info Aviação | Junho 2012

Exército dos EUA entrega o primeiro helicóptero Kiowa

Warrior modernizado no programa ‘wartime replacement’

Exército dos EUA

entregou aos militares o

primeiro helicóptero OH-

58D Kiowa Warrior atualizado sob

o programa Wartime Replacement

Aircraft (WRA) numa cerimônia

de apresentação no Depósito do

Exército em Corpus Christi

(CCAD), no dia 07 de junho de

2012.

O comandante do CCAD, o

coronel Christopher B. Carlile,

entregou os livros de registro da

aeronave para o tenente-coronel

Paul A. Cravey, comandante de

esquadrão do Esquadrão de

Cavalaria Aérea de Fort Riley,

Kansas, durante a cerimônia no

Hangar 44.

O programa Wartime Replacement

Aircraft (WRA) é uma iniciativa

do Exército dos EUA para

substituir os helicópteros primários

de combate aéreo OH-58D Kiowa

Warriors.

O Exército dos EUA está

investindo agressivamente em

maneiras de sustentar a frota e está

visando a sua base industrial e na

inteira Empresa de Aviação para

apoiar as melhorias da frota em

andamento que segue para

obsolescência, melhorando a

confiabilidade, aumentando a

capacidade e colocando os OH-

58Ds de volta ao combate.

O Exército dos EUA tem aprovado

uma frota total de 368 OH-58D

Kiowa Warrior. Como a produção

do Kiowa terminou em 1999,

aumentar o número de OH-58Ds

para os militares é crucial num

momento em que o custo-eficácia

são fundamentais. O Exército dos

EUA reconhece as oportunidades

de redução de custos ao investir

em seus depósitos e suas parcerias.

O Programa WRA é um esforço

conjunto com o CCAD, o

Escritório do Projeto do

Helicóptero de Escolta Armada

(ASH), a Direção do Campo de

Manutenção de Aviação (AFMD),

e com a Bell Helicopter,

fornecendo ao Exército um modo

O

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13 | Info Aviação | Junho 2012

custo-efetivo e eficiente para

retornar a ativa os helicópteros

perdidos. Esta aeronave foi

finalizada 7 semanas antes do

previsto, e representa o primeiro

Kiowa Warrior a ser produzido

como parte dessa joint venture, e é

o primeiro a aumentar a frota do

Exército em mais de uma década.

“Este é um marco significativo

para o nosso Exército enquanto

nós entregamos o primeiro Kiowa

Warrior para repor a frota através

do Programa Wartime

Replacement Aircraft”, disse o

tenente-coronel Matt Hannah,

Gerente de Produtos para

helicópteros Kiowa Warrior. “Este

é o começo de um futuro brilhante

para nossos pilotos de escolta e de

aviação do Exército. Estou muito

orgulhoso desta equipe.”

Enquanto o desgaste da frota

continua a ser um problema sério,

com uma média de seis

helicópteros perdidos por ano, o

Kiowa Warrior já registrou mais

de 800.000 horas de combate entre

o Iraque e o Afeganistão, onde ele

enfrenta grandes altitudes, neve e

areia. Estas aeronaves de guerra

são salva-vidas ativas para as

tropas no solo. O Exército contará

com o OH-58D Kiowa Warrior

como o helicóptero aéreo primário

da cavalaria pelo menos até 2025.

O Exército está substituindo as

perdas sofridas durante a guerra

pela frota OH-58D, tendo diversas

cabines do modelo “A” e

atualizando essas com as

capacidades do modelo “D”. Isto é

feito através de um elemento do

programa WRA chamado de

programa de conversão “A2D”.

Esta substituição da cabine A2D

foi introduzido na Bell Helicopter,

em Amarillo, Texas, para a

conversão em dezembro de 2010, e

concluído em Dezembro de 2011.

A cabine foi então entregue ao

CCAD em janeiro de 2012, onde

completou as operações de

montagem final e testes de vôo na

CCAD.

O sucesso do processo do

programa WRA foi comprovado

com a revitalização de uma antiga

aeronave Kiowa Warrior, em

dezembro de 2011. Como não

aumentou a densidade da frota

Kiowa Warrior, a aeronave não foi

classificada como WRA, mas

voltou a operar e serviu como

projeto piloto para todas as futuras

aeronaves de produção WRA.

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14 | Info Aviação | Junho 2012

Pilotos sul-coreanos terão que avaliar o F-35 através de voos

em simuladores

m plano para realizar

testes de desempenho do

Lockheed Martin F-35

usando simuladores de vôo, não

um teste real com um piloto sul-

coreano, despertou controvérsia na

Coreia do Sul enquanto o país se

prepara para comprar uma frota

avançada de caças stealth.

Os caças F-15 Silent Eagle da

Boeing, o F-35 da Lockheed e o

Eurofighter da EADS estão

competindo para ganhar um

importante contrato avaliado em

mais de US$ 8,5 bilhões, para

vender 60 caças para a Coreia do

Sul, que vai escolher um

fornecedor em outubro.

Testes de desempenho na Coreia

do Sul serão realizados em junho

para o F-35, em agosto para o F-

15SE e em setembro para o

Eurofighter, de acordo com

funcionários da Administração do

Programa de Aquisição de Defesa

(DAPA), a agência estatal da

Coréia do Sul para aquisição de

armas, na quinta-feira.

Embora a Boeing e a EADS

concordarem em realizar testes de

desempenho através de vôos reais

com um piloto sul-coreano a

bordo, a Lockheed se recusou a

fazê-lo, dizendo que o avião

furtivo ao radar não está em

serviço e ainda está em

desenvolvimento.

O cronograma do voo de teste do

monoposto F-35 foi adiado,

levantando preocupações sobre o

aumento dos custos e que a

aeronave pode não estar disponível

até 2020.

“Como o F-35 está agora em

desenvolvimento, apenas os pilotos

do F-35 podem voar”, disse um

oficial da DAPA.

Em vez disso, a DAPA pediu a

Lockheed para realizar testes de

performance com simuladores e

um piloto sul coreano a bordo de

um diferente jato de combate

acompanhando o F-35, disse o

funcionário.

O plano, no entanto, tem levantado

questões sobre adequados testes de

desempenho.

O governo dos EUA é o principal

cliente e contribuinte financeiro

para o programa F-35 da

Lockheed, avaliado em quase US$

400 bilhões. Além disso, oito

países, incluindo Grã-Bretanha,

Canadá e Turquia, estão

participando do maior programa de

armas na história injetando

investimentos no desenvolvimento.

A Coréia do Sul comprou 60 caças

F-15 da Boeing desde 2002 nas

duas primeiras fases do programa

de modernização de caça, chamado

“FX”.

U

Page 15: Revista Info Aviação 15ª Edição  Junho 2012

15 | Info Aviação | Junho 2012

Helibras monta primeira caixa de transmissão do EC725

Processo incorpora mais uma atividade desenvolvida pela fábrica brasileira para grandes aeronaves

programa de capacitação

tecnológica da Helibras

para a produção de

helicópteros de grande porte

continua avançando. As equipes de

engenheiros e técnicos da

Eurocopter e da Helibras

realizaram a montagem e os testes

da primeira caixa de transmissão

dos helicópteros EC725 (militar) e

EC225 (civil/offshore) em Itajubá

(MG).

Este trabalho, desenvolvido sob a

supervisão da Eurocopter, é

também mais um passo importante

para a certificação e a

homologação da Oficina de

Conjuntos Dinâmicos da Helibras,

que será responsável pela

montagem, revisão e ensaios de

caixas de transmissão desses dois

tipos de aeronaves. Estas

atividades serão fundamentais para

o domínio tecnológico necessário à

construção dos helicópteros no

Brasil.

Além disso, foi utilizado, pela

primeira vez, o banco de testes

implantado em um novo e

exclusivo prédio para estes

treinamentos, qualificado também

em função do programa de

expansão.

Para o diretor de gestão global de

suprimentos da Helibras, Jean-

François Mandati, "este foi mais

um passo para a completa

capacitação tecnológica da

Helibras, que a cada dia adquire o

know-how necessário para a

produção de helicópteros de

grande porte e que comprova a

plena integração das equipes

técnicas francesas e brasileiras

responsáveis pelo projeto."

Além de ser uma importante

conquista para a produção dos

novos helicópteros EC725 e

EC225, a capacitação da Helibras

para intervenções nas caixas de

transmissão das aeronaves da

família Super Puma, abre novas

possibilidades de negócios na área

de manutenção, as quais, até agora,

precisavam ser realizadas na

França.

"Além dos ganhos diretos na

fabricação das aeronaves, há

também outras importantes

conquistas que beneficiam nossos

clientes, pois, realizando aqui as

grandes intervenções, os

helicópteros permanecem menos

tempo indisponíveis, retornando

rapidamente para a operação",

completa Mandati.

O

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16 | Info Aviação | Junho 2012

Programa de compensação (offset) do Gripen na República

Tcheca é um sucesso

SAAB divulgou o

relatório de desempenho

do Programa Tcheco de

Compensação Gripen, referente ao

ano de 2011. O documento já

aprovado pelo Ministro de Defesa

da República Tcheca, mostra que o

cumprimento do Programa de

Cooperação Industrial, que

acompanha o arrendamento de 14

aeronaves Gripen, gerou 25,6

bilhões de coroas tchecas para o

país.

“Temos o prazer de anunciar que,

antes do estabelecido pelo

cronograma, atingimos o valor

total estipulado para a

compensação prevista no

Programa Gripen. Um dos

destaques do programa foi a

aquisição pela Saab dos ativos da

E-COM, fabricante de simuladores

virtuais de treinamento. A SAAB

vê com otimismo a expansão de

seus negócios na República

Tcheca, agora com a produção de

simuladores”, disse Bengt Littke,

Diretor do Programa Gripen no

país.

Outros destaques do programa

em 2011:

100% do valor total da

obrigação de compensação

assumida perante a República

Tcheca, antes do previsto pelo

cronograma;

cumprimento total da

obrigação de compensação

indireta;

obrigação de compensação

direta, referente à área

aeroespacial e de defesa,

dentro do cronograma previsto

e pronta para seu cumprimento

total em 2014;

as transações de compensação

totalizaram 1,87 bilhões de

coroas tchecas;

49 transações de compensação

Gripen registradas até

dezembro de 2011.

“O Programa de Compensação

Gripen é um dos mais importantes

e bem sucedidos, realizados pelo

Ministério da Defesa. Em abril

deste ano, seus resultados foram

apresentados ao subcomitê

parlamentar para apreciação das

aquisições realizadas pelo

Ministério da Defesa, sendo muito

bem recebidos pelos parlamentares

e representantes do Ministério da

Indústria e Comércio”, informouo

Cel. Engenheiro Pavel Bulant,

Diretor da Divisão de Armamentos

no Ministério da Defesa da

República Tcheca.

A

Page 17: Revista Info Aviação 15ª Edição  Junho 2012

17 | Info Aviação | Junho 2012

O Programa Tcheco de

Compensação Gripen

A meta da Saab é gerar projetos de

compensação que contribuam para

o poderio econômico de seus

parceiros a longo prazo, tanto no

setor de defesa como no civil.

Segundo o contrato, o Programa

Tcheco de Compensação Gripen

deve gerar cooperação industrial,

em um valor equivalente a 130%

do valor do contrato de

arrendamento dos caças Gripen, ou

seja, 25,545 bilhões de coroas

tchecas.

O contrato determina uma

compensação direta, no valor

mínimo equivalente a 20% do total

do contrato (compensação direta

refere-se às transações realizadas

nas áreas de defesa, aeroespacial e

de segurança) e o prazo do

Programa de Compensação se

estende de de junho de 2004 a

dezembro de 2014.

Todos os aspectos do Programa de

Compensação são regidos pelo

Contrato relacionado com o

Programa de Cooperação

Industrial, um acerto bilateral

firmado entre a Gripen

International e o Ministério de

Defesa da República Tcheca.

A legislação de compensação do

país é aplicada, de acordo com o

estipulado no Decreto No. 19/2010

do Ministério da Indústria e

Comércio e o MInistério da Defesa

tem o poder final de aprovar ou

rejeitar as transações de

compensação e seus valores, no

âmbito do programa.

O Ministério da Indústria e

Comércio atua como a entidade

administradora e avalista técnica

do Programa de Compensação,

juntamente com a Comissão

Interministerial de Compensação.

De acordo com as condições

contratuais, o Programa de

Compensação está sujeito a

auditorias independentes anuais.

A Gripen International também

mantém outros Programas de

Compensação bem-sucedidos

(Cooperação Industrial), na África

do Sul e na Hungria.

Page 18: Revista Info Aviação 15ª Edição  Junho 2012

18 | Info Aviação | Junho 2012

Boeing seleciona a Elbit para fornecer LPHUD para seus caças

Boeing selecionou a Elbit

Systems para fornecer um

LPHUD (Low-Profile

Head-Up Display), que fará parte

do sistema avançado do cockpit

dos caças da Boeing. A decisão

apresenta oportunidades adicionais

para a Elbit Systems para

desenvolver as capacidades de

aviônicos do avançado cockpit na

subsidiária brasileira da AEL

Sistemas.

"A seleção da Elbit pela Boeing

trará mais oportunidades de

trabalho de alta tecnologia para a

AEL e ajuda a expandir o

conhecimento e capacidades no

Centro Avançado de Tecnologia de

Excelência em Cockpit da AEL",

disse Susan Colegrove, diretor

regional de parcerias

internacionais estratégicas para a

Boeing Defense, Space & Security.

"Essas atividades ampliam a

participação da Boeing no Brasil

em geral, e nossa oferta de

participação da indústria na

concorrência no país do F-X2, em

particular", concluiu Colegrove.

A Boeing está oferecendo o seu

F/A-18E/F Super Hornet para a

concorrência de caças F-X2. A

seleção do LPHUD resulta de um

acordo anunciado em março para a

Elbit desenvolver um sistema de

exibição de grande área (Large

Area Display - LAD), que fará

parte do sistema avançado do

cockpit a ser oferecido em

aeronaves Boeing Super Hornets e

da família F-15, incluindo o Silent

Eagle.

"O anúncio (dia 14 de junho)

demonstra ainda mais a amplitude

e a profundidade de oportunidades

que a Boeing e seus fornecedores

estão criando com a indústria no

Brasil", disse Donna Hrinak,

presidente da Boeing Brasil.

"Através de colaborações

industriais como esta, a Boeing e

seus parceiros em conjunto estão

fazendo crescer os seus negócios,

inovando seus produtos e

expandindo suas capacidades",

completou Hrinak.

Além do software LAD e de

oportunidades de hardware, a AEL

agora vai participar da concepção,

desenvolvimento, produção e

suporte de componentes do

LPHUD. Boeing, Elbit e AEL

também estão colaborando em um

projeto de simulação conjunta

distribuída. O conhecimento e a

capacidade adquirida com essas

atividades apoiam os esforços da

Elbit e da AEL para estabelecer

um Centro Avançado de

Tecnologia de Excelência em

Cockpit no Brasil, que irá

posicionar à AEL expandir seu

alcance de mercado com o

avançada cabine de aviônicos para

outras plataformas de asa fixa,

assim como para helicópteros.

O LAD da Elbit é a peça central do

sistema avançado do cockpit da

Boeing, uma atualização comum

para as plataformas do F/A-18 e do

F-15. O LPHUD contará com um

tamanho e forma mais

simplificados, exigindo menos

espaço do que os projetos típicos

HUD e permitindo mais espaço

para o LAD de 11 polegadas em

relação ao de 19 polegadas (27,9 x

48,2 cm).

O Sistema Avançado de Cockpit

vai melhorar a forma como o

piloto interage com o avião e irá

permitir o crescimento para a

próxima geração de visualização,

melhorando a consciência

situacional e a eficácia crescente

da aeronave.

A

Page 19: Revista Info Aviação 15ª Edição  Junho 2012

19 | Info Aviação | Junho 2012

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20 | Info Aviação | Junho 2012

Último Rooivalk modernizado será entregue em agosto para

Força Aérea da África do Sul

último dos onze

modernizados helicópteros

de ataque Rooivalk serão

entregues à Força Aérea Sul-

Africana no final de agosto,

enquanto outros dois serão

entregues no final deste mês. A

Denel disse que mais recentemente

dois Rooivalks foram entregues à

Força Aérea Sul-Africano (SAAF),

elevando o total de helicópteros de

combate atualizados que podem

ser operacionalmente implantados

para oito.

Mike Kgobe, CEO da Denel

Aviation, disse que todas as

aeronaves entregues foram

atualizadas para o modelo básico

necessário para implantação,

conforme determinado pelo

Conselho de Ministros.

Kgobe disse que Denel Aviation

estava recebendo um excelente

feedback da SAAF, especialmente

vindo do 16° Esquadrão na Base

da Força Aérea de Bloemspruit,

onde o primeiro lote de

helicópteros já estava voando

continuamente por mais de um

ano.

A aeronave já foi implantada em

exercícios militares conjuntos

realizados pela Força de Defesa

Nacional da África do Sul

(SANDF) e provou seu valor no

papel de apoio ao combate, disse a

companhia num comunicado. No

dia 10 de maio, os Rooivalks

participaram da demonstração

bienal de capacidade aérea da

SAAF, que foi seguida pouco

depois pelo Exercício Savannah

Thunder, um exercício de busca e

salvamento em combate e de ajuda

humanitária. “O Rooivalk está

voando diariamente na base, e

tanto a Denel Aviation como a

O

Page 21: Revista Info Aviação 15ª Edição  Junho 2012

21 | Info Aviação | Junho 2012

SAAF estão muito satisfeitos com

seu desempenho”, disse Kgobe.

No desfile do Dia da Força Aérea

no início deste ano, o Chefe da

SAAF, o tenente-general Carlo

Gagiano disse que o Rooivalk “é

um sistema que não pode ser

descartado.” Se a Força Aérea for

chamada para realizar operações

de paz, o Rooivalk é “a primeira

aeronave que eu mandaria”, disse

ele.

“Este é um produto que o público

Sul Africano pode se orgulhar –

localmente concebido, produzido

localmente e já implantado com

sucesso pela Força Aérea”, disse

Kgobe.

Dewald Steyn, o gerente de projeto

do Rooivalk, na Denel Aviation,

disse que o desempenho da

aeronave está sendo estreitamente

monitorado e avaliado a partir de

um projeto e perspectiva de

desenvolvimento. De acordo com a

Denel, o helicóptero tem excedido

as expectativas e nenhuma

manutenção ou reparação

importante até agora foi exigida.

Como autoridade de concepção e

de fabricação do equipamento, a

Denel Aviation é responsável por

assegurar que o Rooivalk

permaneça totalmente operacional

em toda a sua vida útil. A empresa

continua com a modernização das

três aeronaves finais da frota de 11

Rooivalks. Ao mesmo tempo, o

design e o trabalho de

desenvolvimento já começou nas

versões atualizadas do helicóptero

– como parte do “programa de pós-

1F da companhia”.

O objetivo é adequar o Rooivalk

com longos tanques de

combustível e de longo alcance,

que aumentarão significativamente

a sua gama de operações,

permitindo que a SAAF possa

implantar o helicóptero em

distâncias mais longas, disse

Steyn.

Os primeiros seis helicópteros

Rooivalk Mk1F foram

cerimonialmente entregues a Força

Aérea no dia 1° de abril do ano

passado, depois de 130

modificações para cada aeronave.

Uma característica importante do

trabalho é a atualização do sistema

de mira no Rooivalk para uma

melhor confiabilidade.

O programa de atualização inclui a

remanufatura significativa de

certos componentes da montagem

da transmissão que foram

encontrados como estando fora da

especificação em algumas

aeronaves e causou problemas no

passado.

O problemático canhão de 20

milímetros F2 também foi

corrigido dos problemas de

superaquecimento e

confiabilidade. Embora o Rooivalk

esteja liberado para transportar os

mísseis guiados de precisão Denel

Dyamics Mokopa, a SAAF ainda

tem que comprar esses mísseis, e

no momento o helicóptero de

ataque está armado com um

canhão de 20mm montado em

torres no nariz e pods sob as asa

com lançadores de foguetes

guiados de 70mm Zeebrugge.

No entanto, a Rheinmetall Denel,

que fabrica os componentes para o

Mokopa, diz que ainda existem

alguns problemas de

desenvolvimento, e os mísseis

estão sendo trabalhados, mas que

está muito confiante de uma

encomenda, em algum momento

no futuro.

Embora os Rooivalks pudessem

voar antes dos upgrades, eles não

eram verdadeiramente

operacionais e não podiam ser

implantados, por exemplo, para

apoiar as operações de paz das

Nações Unidas.

O projeto Rooivalk iniciou a sua

fase de projeto em 1984, e teve seu

primeiro vôo em abril de 1990.

Uma dúzia foi fabricada para a

Força Aérea, mas um foi perdido

num acidente há vários anos.

Page 22: Revista Info Aviação 15ª Edição  Junho 2012

22 | Info Aviação | Junho 2012

Força Aérea dos EUA pede que pilotos de F-22 deixem de usar

parte do traje anti-G em voos de rotina

Força Aérea dos EUA tem

instruído os pilotos dos

caças F-22 Raptor para

parar de usar o colete do traje anti-

G durante os vôos de rotina

enquanto o serviço continua

investigando os incidentes de falta

de oxigênio que ocorrem nos caças

da Lockheed Martin.

“Os testes recentes identificaram

alguma vulnerabilidade e

problemas de confiabilidade na

parte superior do traje anti-G

usado pelos pilotos dos F-22″,

disse nessa quinta-feira o tenente-

coronel Edward Sholtis, porta-voz

do Comando de Combate Aéreo

(ACC), num comunicado. Ele

disse que a Força Aérea está

trabalhando para corrigir o

problema.

A Força Aérea vem tentando

descobrir por que os pilotos de F-

22 sofreram sintomas como o de

hipóxia, incluindo tonturas e

desorientação. Houve 11

incidentes inexplicáveis

??relacionados à falta de oxigênio

desde que o avião voltou a voar no

ano passado, após uma parada de

quatro meses por questões de

segurança.

“A peça de pressão superior não é

‘a’ causa dos incidentes

fisiológicos, e ainda temos outras

variáveis ??para trabalhar antes

que possamos determinar os

principais fatores e como eles

interagem para produzir o número

de incidentes inexplicáveis ??que

já vimos”, disse Sholtis.

A Força Aérea vem estudando se

os pilotos estão recebendo

oxigênio suficiente e se o ar que

respiram pode estar contaminado.

O colete de pressão é a parte

superior do “traje anti-G” usado

pelos pilotos de suportar altos

níveis de aceleração, ou forças

“G”.

“Malha apertada”

O Brigadeiro-General Daniel

Wyman, o cirurgião geral do

Comando de Combate Aéreo, disse

numa entrevista no dia 11 de junho

que os investigadores estão

analisando todos os trajes de

“suporte de vida” usados pelos

pilotos de F-22.

Enquanto Wyman não forneceu

nenhuma dica sobre uma possível

falha no colete de pressão, ele

disse que os investigadores

descobriram que “o equipamento

de suporte de vida não stava

devidamente ajustado” para os

pilotos “e realmente pode ter

limitado a sua capacidade de

respirar.”

“Isso é como uma roupa apertada

que não permitiria totalmente que

eles expandissem o peito”, disse

ele. “Nós voltamos a campo, para

garantir que todos estavam

vestindo seus equipamentos de

forma adequada.”

A

Page 23: Revista Info Aviação 15ª Edição  Junho 2012

23 | Info Aviação | Junho 2012

Sholtis disse que a Força Aérea

está analisando os trajes de vôo

usados ?pelos pilotos de F-22, em

combinação com os coletes anti-

pressão.

Camadas de Equipamentos

“Os testes determinaram que a

peça de pressão superior aumenta a

dificuldade de respiração do piloto

em determinadas circunstâncias,”

disse Sholtis. “Também estamos

olhando para as camadas de outros

equipamentos dos tripulantes, que

podem estar contribuindo para essa

dificuldade.”

A Força Aérea não está pronta para

rotular o colete como uma causa

dos sintomas de hipóxia, pois os

funcionários ainda estão coletando

os dados, de acordo com um

funcionário do governo informado

sobre as últimas informações.

O serviço está à procura, em

particular, dos trajes de vôo,

usados ??em combinação com os

coletes à prova de pressão, com os

pilotos de F-22 na Base Comum de

Elmendorf-Richardson, no Alasca

e na Base Comum de Langley-

Eustis, na Virgínia, de acordo com

o oficial, que falou sobre condição

de anonimato porque a

investigação está sendo tratado em

sigilo.

O funcionário disse que os

investigadores suspeitam que as

combinações podem estar

restringindo a capacidade de um

piloto em expandir o peito e

respirar completamente.

Os pilotos baseados no Alasca

vestem um terno ártico de

sobrevivência destinado a protegê-

los após uma ejeção em terreno

frio. Aqueles com sede na Virginia

usam ternos anti-exposição como

proteção após uma ejeção sobre a

água fria. Embora semelhante a

uma roupa de mergulho, ele não se

encaixa tão firmemente.

Page 24: Revista Info Aviação 15ª Edição  Junho 2012

24 | Info Aviação | Junho 2012

Aéreas e aeroportos brasileiros pressionados pela crescente demanda

mbora os aeroportos e as

empresas aéreas brasileiras

tenham se beneficiado do

extraordinário aumento no volume

de passageiros, eles enfrentam

agora desafios em relação à sua

capacidade de administrar as taxas

de aumento do tráfego de forma

sustentável e econômica, segundo

relatório da Fitch Ratings

publicado hoje.

De 2007 a 2011, o número de

passageiros atendidos pelos

aeroportos brasileiros aumentou

aproximadamente 75%. A

velocidade deste aumento continua

superando a média dos pares

globais.

Em comparação a outras regiões

do mundo, o mercado interno

brasileiro é o quarto maior, em

termos de passageiros

transportados.

O aumento do número de empresas

aéreas, como reflexo da expansão

da economia brasileira, aliado à

ascensão da classe média, resultou

em fortes taxas de crescimento do

tráfego áereo, medidas pelo

volume de passageiros

transportados nos segmentos

doméstico e internacional, que

aumentaram cerca de 61% e 31%,

respectivamente, nos últimos três

anos.

Ações do governo – sobretudo as

medidas tributárias referentes à

redução do imposto de renda sobre

as obrigações relacionadas a

projetos e o uso das parcerias

público-privadas para construir

três novos terminais – devem

estimular o desenvolvimento do

setor, a fim de sustentar a

crescente demanda. Entretanto,

com a Copa do Mundo de 2014 e

as Olimpíadas de 2016, há pouca

margem para erro.

A Fitch acredita que a qualidade de

crédito das empresas do setor

aéreo brasileiro sofrerá

deterioração em 2012, movida pelo

desequilíbrio entre a geração de

receitas e os custos. As empresas

aéreas nacionais permanecem

impossibilitadas de melhorar

osyields e manter as margens,

devido ao aumento dos custos.

Os perfis de crédito da dívida da

infraestrutura aeroportuária

dependerão amplamente da

resiliência do volume de

passageiros, da diversidade das

transportadoras e da transparência

da estrutura regulatória.

E

Page 25: Revista Info Aviação 15ª Edição  Junho 2012

25 | Info Aviação | Junho 2012

Conheça o incrível helicóptero com 18 motores que pode virar realidade

helicóptero pessoal

funcionaria com nada

menos do que 18 motores.

Isso mesmo, você não leu errado!

A ideia da companhia é criar uma

aeronave com quase duas dezenas

de motores, todos com

funcionamento simples e

totalmente elétricos.

A ideia é construir uma máquina

fácil de ser controlada por

qualquer pessoa e praticamente à

prova de desastres, uma vez que se

um, dois ou até quatro motores

pararem de funcionar, você ainda

terá vários outros para sustentar o

aparelho.

O fato de ele ser elétrico também

baratearia muito o seu uso, uma

vez que meia hora de voo custaria

apenas 10 dólares, isso é claro,

segundo o seu fabricante. Os

motores seriam capazes de voar

por pelo menos 60 minutos,

atingindo velocidades de cerca de

100 quilômetros por hora.

Segundo informações do DVICE,

o desenvolvimento dos aparelhos

da linha Volocopter ainda deve

levar cerca de dois anos e eles

podem ser lançados em três

modelos diferentes: um mais

simples, com somente um assento,

outro, com um banco duplo para o

piloto e mais um passageiro e, por

fim, um terceiro, ainda sem nome e

com capacidade para carregar

cerca de 200 quilos. Os custos de

produção ou de venda não foram

revelados.

O

Page 26: Revista Info Aviação 15ª Edição  Junho 2012

26 | Info Aviação | Junho 2012

Page 27: Revista Info Aviação 15ª Edição  Junho 2012

27 | Info Aviação | Junho 2012

ATR 42-600 é certificado pela EASA

ATR anunciou dia 19 de

junho, que o ATR 42-600

foi certificado pela EASA

(Agência Europeia para a

Segurança da Aviação). Esta

certificação, recebida antes da

entrada da aeronave em serviço e

para os novos equipamentos do

avião, marca o fim de uma série de

testes em solo e voos de testes que

foram realizados no protótipo do

ATR 42-600. Isso demonstra a

disposição da ATR de continuar

investindo no segmento de

aeronaves com 50 lugares, um

nicho de mercado para o qual é o

único fabricante.

No âmbito da campanha de testes,

o ATR 42-600 se beneficiou de sua

semelhança com o ATR 72-600,

que foi certificado em maio de

2011. Quanto ao ATR 72-600,

todos os testes sobre o ATR 42-

600 foram utilizados para validar o

funcionamento correto dos novos

sistemas e equipamentos instalados

a bordo, especialmente o glass

cockpit, que possui um novo

conjunto de aviônicos com 5 telas

de LCD, novos sistemas de

comunicação, navegação,

monitoramento, gerenciamento de

voo (FMS), piloto automático,

alerta e gestão de multi-propósito

do computador (MPC, que integra

a manutenção de aeronaves e

funções de proteção, em

particular).

Desde o lançamento do programa

600 em outubro de 2007, a ATR já

recebeu pedidos para um total de

250 ATR 42-600 e ATR 72-600. A

entrada em serviço do novo ATR

42-600 está programada para o

próximo trimestre. O ATR 72-600

está em serviço desde agosto de

2011 e é atualmente operado por 7

companhias aéreas em todo o

mundo.

"Estamos muito satisfeitos em ver

que toda a família ATR 600" agora

está pronta para operar para nossos

clientes. Hoje, somos o único

fabricante de aviões com 50

lugares no mundo e estima-se que,

ao longo dos próximos vinte anos,

haverá um mercado potencial

considerável nesta categoria.

Portanto, devemos oferecer ao

mercado uma aeronave equipada

com a mais recente tecnologia e os

mais altos níveis de conforto",

disse Filippo Bagnato, CEO da

ATR.

A

Page 28: Revista Info Aviação 15ª Edição  Junho 2012

28 | Info Aviação | Junho 2012

F-X2: Consórcio RAFALE Internacional e AEL Sistemas

reafirmam parceria

AEL Sistemas e o

Consórcio RAFALE

International anunciam a

renovação da carta de intenção

assinada para cooperação

industrial no âmbito do projeto do

caça RAFALE que será produzido

no Brasil, caso seja o escolhido

dentro do programa F-X2,

promovido pelo Governo

Brasileiro.

A parceria, que existe desde 2009,

possibilitou que engenheiros e

profissionais das duas empresas

trabalhassem juntos para habilitar a

AEL Sistemas para a integração de

novas capacidades técnicas e de

novos equipamentos no caça

RAFALE. “A AEL Sistemas é um

dos mais importantes fornecedores

no Brasil para o segmento de

Defesa e estamos certos de que a

nossa parceria, já de alguns anos,

agrega ainda mais valor ao projeto

de produção brasileira dos caças

RAFALE”, afirma Jean-Marc

Merialdo, representante do

Consórcio RAFALE International

no Brasil.

Com a renovação do acordo, está

prevista uma possível ampliação

da participação da AEL Sistemas

no projeto RAFALE, estreitando

ainda mais os laços entre as

instituições e permitindo o acesso

a novas tecnologias. “Desenvolver

ainda mais essa relação de

cooperação com o Consórcio

RAFALE, em tecnologias

dedicadas não apenas à fabricação

de aeronaves, contribui para o

nosso projeto de crescimento”, diz

Eduardo Rodrigues da AEL

Sistemas.

O programa F-X2 prevê a

aquisição de 36 aeronaves de

combate pelo Governo Brasileiro.

O Consórcio RAFALE

International já possui mais de 70

cartas de intenção assinadas com

empresas e entidades brasileiras.

A

Page 29: Revista Info Aviação 15ª Edição  Junho 2012

29 | Info Aviação | Junho 2012

X³ da Eurocopter chega aos Estados Unidos para demonstrações

ransportado a bordo de um

avião de carga fretado, o X³

pousou no Texas no dia

(12/06), completando a travessia

do Atlântico partindo do Centro de

Ensaios em Voo de Istres, na

França. O helicóptero híbrido

ficará baseado em Grand Prairie,

Texas, sede da subsidiária da

Eurocopter nos EUA, a American

Eurocopter, em preparação para

sua turnê oficial, que terá início

amanhã, dia 20 de junho.

Durante a temporada americana, a

aeronave fará escala em cinco

localidades para apresentar sua

excepcional performance, obtida

pela combinação da plena

capacidade de voo estacionário de

um helicóptero com a velocidade

de cruzeiro, própria de um

turboélice. Além das

demonstrações aéreas realizadas

com a equipe de testes da

Eurocopter, o X³ estará disponível

para avaliações de voo por

integrantes das forças armadas

norte-americanas e também por

operadores civis.

Nos testes até agora realizados no

Centro de Ensaios em Voo de

Istres, no sul da França, o X³

superou sua meta original de

velocidade de 220 kts, atingindo

mais de 230 kts (430 km/h) em

voo nivelado, utilizando menos de

80% da potência disponível. Além

de confirmar as suas excelentes

qualidades de voo,

manobrabilidade, capacidades de

aceleração e desaceleração, a

aeronave híbrida alcançou

excepcional desempenho na subida

e descida, juntamente com níveis

de vibração muito baixos – e sem

recorrer a nenhum tipo de sistema

anti-vibração passivo ou ativo.

“Após o grande sucesso dos testes

de voo realizados na Europa, a

turnê nos Estados Unidos permitirá

mostrar a maturidade da resposta

da Eurocopter para aplicações em

que o sucesso da missão depende

da curta duração do voo, com

velocidade máxima de cruzeiro a

um custo operacional acessível”,

disse Lutz Bertling, presidente da

Eurocopter. “É importante

demonstrar como estamos

aplicando a inovação para

satisfazer as necessidades do

mercado com soluções que estão

disponíveis hoje, e que oferecem

velocidades de cruzeiro 50%

maiores do que os helicópteros

padrão, com custos próximos,

permitindo aumentos significativos

na produtividade”.

O demonstrador X³ está equipado

com dois motores turboshaft que

impulsionam um sistema de rotor

principal de cinco pás e duas

hélices instaladas em asas fixas de

curta envergadura. Uma vasta

gama de utilizações está prevista

para esta configuração híbrida,

incluindo atividades de longa

distância, como de busca e

salvamento (SAR), missões da

guarda costeira, como patrulha de

fronteira, transporte de

passageiros, offshore, juntamente

com os serviços intermunicipais de

transporte. A aeronave também é

adequada para missões militares

em operações de forças especiais,

transporte de tropas, SAR de

combate e evacuação médica –

beneficiando a combinação de

altas velocidades de cruzeiro com

excelente desempenho de

decolagem e pouso vertical.

A Eurocopter avançou na

configuração híbrida, desde o

conceito até o primeiro voo, em

menos de três anos. Depois de

passar por testes em voo pela

primeira vez em setembro de 2010,

a proposta inicial de alcançar uma

velocidade de 180 kts evoluiu

rapidamente, durante um voo

nivelado poucas semanas depois.

Testes retomados em março de

2011, após uma atualização

planejada para integrar as caixas

definitivas para as operações a

plena potência, o X³ superou

facilmente sua meta original com

uma velocidade de cruzeiro

sustentada acima de 220 kts.

T

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30 | Info Aviação | Junho 2012

Embraer realiza o primeiro voo do protótipo do A-1M

Embraer realizou com

sucesso o primeiro voo do

protótipo do A-1M na sua

planta industrial em Gavião

Peixoto, no interior paulista,

durante cerimônia que contou com

a participação do Comandante da

Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro-

do-Ar Juniti Saito, e oficiais do

Alto Comando da Força Aérea

Brasileira (FAB). A campanha de

ensaios em voo da aeronave terá

início em breve. O programa A-

1M prevê a revitalização e a

modernização de 43 caças

subsônicos AMX da FAB. Dez

aeronaves já se encontram nas

instalações da Empresa e as

primeiras entregas estão previstas

para 2013.

A ocasião também marcou a

entrega do 99º e último turboélice

de ataque leve A-29 Super Tucano

para a FAB, assim como os dois

últimos caças F-5M do primeiro

lote modernizado. Por meio do

programa AL-X, a FAB tornou-se

o cliente de lançamento do Super

Tucano, em dezembro de 2003.

Atualmente, a aeronave é

empregada no treinamento

avançado de pilotos de caça e tem

atuação importante no Sistema de

Vigilância da Amazônia (Sivam).

O A-29 Super Tucano já foi

selecionado por dez clientes da

África, Américas e Ásia-Pacífico.

O programa F-5M abrange a

modernização e revitalização de 46

caças supersônicos. Cada aeronave

modernizada recebeu novos

sistemas de navegação,

armamentos, computadores e radar

multimodal. Esses equipamentos,

aliados ao reparo estrutural,

aumentam a capacidade

operacional destes caças por, pelo

menos, mais quinze anos. Em

dezembro de 2010, foi assinado

novo contrato para a modernização

de 11 aeronaves F-5 adicionais,

sendo que a modernização da

primeira aeronave terá início em

A

Page 31: Revista Info Aviação 15ª Edição  Junho 2012

31 | Info Aviação | Junho 2012

outubro de 2012. As primeiras

entregas deste segundo lote estão

previstas para 2013.

"Os A-1M estão recebendo

sistemas modernos similares aos

que já equipam os F-5M e A-29.

Todas as modernizações e

aquisições estão relacionadas com

os objetivos que fazem parte do

Planejamento Estratégico Militar

da Aeronáutica (PEMAER), um

posicionamento da FAB, estudado

para o médio e o longo prazo,

condicionados à Política Militar de

Defesa (PMD) e à Estratégia

Nacional de Defesa (END). Uma

premissa deste processo é a busca

de compensação comercial,

industrial e tecnológica com vistas

ao desenvolvimento de material de

defesa e ao fortalecimento da

indústria nacional", disse o

Comandante da Aeronáutica,

Tenente-Brigadeiro-do-Ar Juniti

Saito. "Sendo assim, nossos

equipamentos aproveitam da

similaridade entre os aviônicos

destas aeronaves, o que ajuda na

adaptação dos nossos pilotos e

representa uma padronização que

oferece inúmeras vantagens

operacionais, tais como o

aprimoramento da doutrina de

emprego da FAB e o melhor

rendimento das horas de voo. Essa

capacidade técnica da Embraer

para atender nossas necessidades

fortalece a Força Aérea e,

consequentemente, fortalece o

Brasil enquanto nos deixa prontos

para responder a alguma ameaça à

soberania do nosso espaço aéreo",

completou.

"Essas conquistas reforçam o

compromisso da Embraer Defesa e

Segurança como parceira

estratégica do Brasil e, em

especial, da Força Aérea

Brasileira, contribuindo para o seu

processo de reaparelhamento e

para a modernização de seus

recursos materiais", disse Luiz

Carlos Aguiar, presidente da

Embraer Defesa e Segurança. "O

Super Tucano continua nossa

tradição de desenvolver aeronaves

que atendam aos requisitos da

Força Aérea e, ao mesmo tempo,

sejam capazes de se tornar

sucessos comerciais no mercado

externo enquanto a modernização

do A-1 e do F-5 demonstram a

nossa capacidade de desenvolver

soluções integradas, em sistemas

complexos, para nossos clientes",

concluiu.

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32 | Info Aviação | Junho 2012

Nordic Aviation Capital encomenda 12 aeronaves Bombardier

CRJ1000 NextGen para arrendar a Garuda Indonesia

Bombardier Aerospace

anunciou que a Nordic

Aviation Capital A/S de

Billund, Dinamarca, assinou um

acordo firme para compra de 12

aeronaves CRJ1000 NextGen. A

Nordic aviation Capital confirmou

que as aeronaves serão arrendadas

para a Garuda Indonesia, cliente de

lançamento previamente anunciado

pela Bombardier para a aeronave

CRJ1000 NextGen na região da

Ásia-Pacífico. A Nordic Aviation

Capital é uma das maiores

arrendadoras de aviões regionais

do mundo, com uma carteira de

mais de 160 turboélices e aviões a

jato, atendendo a mais de 30

clientes em 20 países.

Com base no preço de lista das

aeronaves CRJ1000 NextGen, o

pedido firme está avaliado em

cerca de US$ 595 milhões.

“A encomenda da Nordic Aviation

Capital, bem como as recentes

operações realizadas por outras

empresas de leasing para fornecer

aeronaves NextGen CRJ1000 para

Air Nostrum da Espanha, ilustram

que essas aeronaves apresentam

um financiamento atraente e

oportunidades de leasing para

companhias aéreas e investidores”,

disse Mike Arcamone, Presidente

da Bombardier Commercial

Aircraft.

As 12 aeronaves CRJ1000

NextGen arrendadas para Garuda,

mais as seis adquiridas de um

pedido diretamente com a

Bombardier em fevereiro de 2012,

resultará numa frota de 18

aeronaves CRJ1000 NextGen.

Caso a companhia aérea também

converta as 18 opções colocadas

com a Bombardier, a sua frota de

aeronaves CRJ1000 NextGen

aumentaria para 36. Baseada no

Aeroporto Internacional de

Soekarno-Hatta, perto de Jacarta, a

Garuda Indonesia foi criada em

janeiro de 1949. A companhia

opera atualmente uma frota de 92

aeronaves comerciais, atendendo

31 voos domésticos e 19 destinos

internacionais.

“Embora seja um produto

relativamente novo, o Bombardier

CRJ1000 NextGen está

executando muito bem com seus

atuais operadores, oferecendo

excepcional confiabilidade e os

menores custos assento-milha no

seu segmento de mercado”, disse

Martin Moller, presidente da

Nordic Aviation Capital. “Temos,

portanto, o prazer de estar

adquirindo esses ativos de alta

qualidade e auxiliando a Garuda

Indonesia na realização de seu

plano de negócios.”

“A superior economia das

aeronaves CRJ1000 NextGen, a

excelente economia de

combustível e o excelente conforto

para os passageiros, de forma ideal

atendem nossa exigência para

aeronaves de 100 assentos, e a

aquisição destas 12 aeronaves

adicionais através da Nordic

Aviation Capital é parte integrante

de nossa expansão de rede dos

cinco centros regionais”, disse

Emirsyah Satar, Presidente e CEO

da Garuda Indonesia.

Incluindo a encomenda da Nordic

Aviation Capital, a Bombardier

registrou pedidos firmes para

1.729 aviões CRJ Series, com

1.665 entregues até 31 de março de

2012. Em todo o mundo, as

aeronaves CRJ Series estão em

serviço com mais de 60

companhias aéreas e mais de 30

clientes corporativos, que operam

as variantes da aeronave. As

aeronaves estão operando em mais

de 50 países e, em média, uma

aeronave CRJ decola a cada dez

segundos, em algum lugar no

mundo.

A

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33 | Info Aviação | Junho 2012

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34 | Info Aviação | Junho 2012

Fusão entre TAM e LAN tem até juras de amor

Ao contrário do clima um tanto azedo que paira sobre a troca de comando do Grupo Pão de Açúcar, a fusão

entre a TAM e LAN – que finalmente foi concluída dia 22/06 – é puro amor.

egundo comunicado enviado

aos funcionários, a

companhia brasileira teceu

elogios à parceira chilena e

declarou que as operações não se

sobrepõem, mas se

complementam.

“Poderíamos dizer que nascemos

uma para a outra. Com o tempo, os

benefícios dessa nova companhia

irão também se manifestar através

de novos empregos e

oportunidades de carreira”,

afirmou a TAM aos seus

funcionários, em texto assinado

por Maurício Amaro e Maria

Cláudia Amaro, filhos do fundador

da companhia, o comandante

Rolim Amaro.

A companhia brasileira aproveitou

também a oportunidade para

esclarecer que as decisões na

LATAM, holding que detém

participação nas duas companhias

aéreas, serão tomadas de comum

acordo pelos acionistas

controladores.

“O que garante a sustentabilidade

de uma companhia não é o

gigantismo, e sim a criação de

valor e a sua cultura corporativa.

Nós e a LAN somos um excelente

exemplo disso.”, afirmou o

comunicado.

Divisão

A divisão de responsabilidades

entre a família Amaro, da TAM e

os irmãos Cueto, da LAN, de

acordo com comunicado, será da

seguinte forma: Maurício Amaro

fica com a presidência do conselho

de administração da LATAM,

Enrique Cueto, como presidente-

executivo da LATAM, Maria

Cláudia Amaro, como presidente

do conselho da TAM, Ignacio

Cueto, presidente da LAN, e

Marco Antonio Bologna, continua

no cargo de presidente da TAM.

A fusão entre as TAM e LAN foi

anunciada em agosto de 2010. A

união das duas companhias deu

origem a uma das maiores

companhias aéreas do mundo.

Juntas, elas somam mais de 51.000

funcionários, voam para 150

destinos, em 22 países.

S

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35 | Info Aviação | Junho 2012

Embraer e Avic vão construir jatos executivos na China

O negócio já teve início com um pedido, pela chinesa ICBC Leasing, de 10 jatos Legacy 650

A Embraer e a Aviation Industry Corporation of China (Avic) assinaram um acordo para a fabricação, na

China, dos jatos executivos Legacy 600/650, de acordo com comunicado enviado ao mercado nesta quinta-

feira.

negócio já teve início com

um pedido, pela chinesa

ICBC Leasing, de 10 jatos

Legacy 650, sendo cinco pedidos

firmes e cinco opções.

Os termos do acordo entre as

companhias prevêem que seja

utilizada a infraestrutura, recursos

financeiros e mão-de-obra da joint

venture Harbin Embraer Aircraft

Industry (Heai), que iniciou

operações em 2002.

Segundo comunicado da Embraer,

as entregas estão programadas para

começar no final de 2013.

O ministro da Fazenda, Guido

Mantega, anunciou o negócio nesta

quinta-feira durante entrevista

coletiva da Rio+20. O acordo foi

assinado durante a visita ao Brasil

do Primeiro-Ministro da China,

Wen Jiabao, para a conferência,

que resultou, entre outros temas,

na assinatura de um acordo de

swap em moeda local .

"A concretização da cooperação

China-Brasil no campo da aviação

é produto dos esforços conjuntos

de líderes governamentais e da

indústria do setor nos dois países",

disse o presidente da Avic, Tan

Ruisong, em comunicado.

Segundo ele, a Avic aproveitará a

oportunidade para desenvolver

uma plataforma de fabricação de

jatos executivos que possa atender

à demanda dos mercados chinês e

mundial e ajudar a colocar o setor

de aviação executiva da China em

um "novo patamar".

A Embraer possui um escritório na

China desde 2000. Em 2010,

estabeleceu sua primeira

subsidiária integral no país, a

Embraer (China) Aircraft

Technical Services, que tem como

foco o suporte pós-vendas.

Com a encomenda da ICBC

Leasing, os pedidos firmes da

Embraer na China totalizam 159

jatos comerciais e executivos,

incluindo 20 pedidos firmes do

Legacy 650.

"A Embraer detém cerca de 78 por

cento do mercado de aviação

regional da China e está ganhando

força no segmento executivo, com

18 encomendas confirmadas de

jatos executivos em 2011. A

cooperação com a AVIC no

programa Legacy 600/650

consolida a presença da Embraer

no mercado de aviação executiva

da China", disse a companhia.

O

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36 | Info Aviação | Junho 2012

Controlador da Avianca ainda interessado em aeroportos

Para José Efromovich, presidente da Avianca Brasil, interessa participar da privatização dos aeroportos,

mas desde que seja dentro do conselho de administração

grupo Synergy, da família

Efromovich, dona da

Avianca Brasil e do grupo

Avianca-Taca, continua

interessado em participar de leilões

de aeroportos no Brasil, caso o

próximo edital permita que

empresas ligadas a companhias

aéreas detenham uma parcela mais

significativa nos consórcios.

No edital dos aeroportos de

Guarulhos, Campinas e Brasília,

cujo leilão foi realizado em

fevereiro, a participação de

empresas aéreas ou companhias

ligadas a elas estava limitada a 2%

do capital do consórcio vencedor.

"Nos interessa participar da

privatização dos aeroportos, mas

desde que possamos sentar no

conselho de administração. Não

somos investidores como fundos

de pensão ou de privaty equity.

Nosso negócio é gestão de

empresas", afirmou nesta quarta-

feira José Efromovich, presidente

da Avianca Brasil e sócio do grupo

Synergy. O grupo já atua no setor

de terminais aeroportuários na

Colômbia.

Sobre a privatização da portuguesa

TAP, o executivo disse que o

grupo ainda aguarda a divulgação

do edital para avaliar o negócio.

"Vamos avaliar o negócio. Mas

temos que primeiro esperar os

números serem divulgados para

podermos dimensionar o passivo

da empresa. Só aí poderemos ver

se o negócio faz sentido", afirmou

Efromovich.

Ele voltou a afirmar que espera

que a Avianca Brasil atinja este

ano seu primeiro lucro, mas disse

que isso depende do andamento de

custos sob os quais a companhia

não tem controle, como os

relacionados ao preço dos

combustíveis e de despesas

atreladas ao dólar. "Uma coisa é

termos feito contas quando o dólar

estava a R$ 1,80 e outra coisa é o

dólar estar valendo R$ 2", disse.

Efromovich não quis fazer

previsões de faturamento para este

ano, mas disse que o aumento deve

seguir o crescimento previsto para

o número de assentos por

quilômetro oferecidos, que deve

ser de cerca de 60%. Em 2011, a

Avianca Brasil faturou R$ 876

milhões, aproximadamente 50% a

mais do que no ano anterior.

O

Page 37: Revista Info Aviação 15ª Edição  Junho 2012

37 | Info Aviação | Junho 2012

Avião “ideal“ tem assento anti-chute e área para criança

vião panorâmico, com

poltronas massageadoras,

área de diversão para os

solteiros e tablets como brinde

foram algumas sugestões feitas por

um mil passageiros-sonhadores de

diversos países, inclusive Brasil,

que apontaram o que não poderia

faltar em um avião dos sonhos. A

pesquisa foi feita pela Skyscanner

(www.skyscanner.com.br) –

empresa multinacional de busca

on-line de passagens aéreas, hotéis

e locação de automóveis –, que

identificou os principais itens de

desejo, como dormitórios tipo

cápsula (20%), seção para crianças

com isolamento acústico (18%) e

assentos à prova de chutes de

crianças (8%).

“Excesso de ruídos e barulhos

dentro de um avião, podem

transformar a viagem em um

grande pesadelo”, assinala o

diretor geral da Skyscanner no

Brasil, Mateus Rocha. “Estes

números também justificam uma

pesquisa, feita recentemente, que

apontou os piores acompanhantes

para se sentar do lado. Criança e

bebê representam mais de 15%,

ocupando, juntos, o terceiro lugar”,

explica o executivo.

Como relaxar e se entreter nunca é

demais, 8% dos passageiros

sonham ter poltronas

massageadoras e 5% que iPads

fossem oferecidos, como brinde,

para serem usados durante o voo.

Os destaques para os pedidos mais

curiosos ficam por conta de aviões

com tetos e pisos transparentes (50

pessoas) e um espaço exclusivo

para que os solteiros dancem,

conversem e flertem durante a

viagem (4%).

Apesar de algumas companhias

aéreas disponibilizarem de alguns

benefícios na classe executiva ou

vips, os passageiros também

querem que serviços de cinema,

chuveiro e bar estejam disponíveis

para a classe econômica. “Mesmo

estes recursos sejam bastante

atraentes, não temos conhecimento

dos planos de qualquer companhia

aérea para incluí-los no momento”,

explica o executivo.

A

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38 | Info Aviação | Junho 2012

Avianca Brasil eleva investimentos em 8% até 2016

companhia aérea Avianca

Brasil anunciou que

elevou seu plano de

investimentos no país, de 2,7

bilhões para cerca de 2,9 bilhões

de reais até 2016, aumentando a

programação de crescimento de

sua frota este ano num momento

em que está sendo forçada a ceder

passageiros a rivais por causa do

alto nível de ocupação de seus

aviões.

O movimento vai contra

estratégias adotadas pelas líderes

TAM e Gol, que estão enxugando

a oferta de assentos para melhorar

a rentabilidade em meio a uma alta

nos custos com combustível e à

desaceleração da demanda

doméstica frente a anos anteriores.

A Avianca Brasil é controlada pelo

grupo brasileiro Synergy e ocupa a

quinta posição em participação de

mercado no país. A empresa

elevou de 5 para 8 o número de

aviões que pretende incorporar à

sua frota este ano.

A companhia havia feito um

pedido de 15 Airbus A318 em

2011 e o plano original previa

recebimento de 5 unidades este

ano e outras 5 em 2013, após

entrega de 5 no ano passado. Mas,

diante da taxa de ocupação média

de cerca de 80 por cento de seus

aviões, a empresa resolveu

adicionar mais 3 aviões à

programação deste ano, sendo 1

A319 e 2 A320.

Com isso, a frota da empresa, que

afirma oferecer o maior espaço

entre poltronas do mercado

brasileiro e refeições gratuitas em

voos, vai passar de 26 para 34

aviões em 2012, incluindo 14

Fokker MK28.

As três aeronaves adicionais fazem

parte de pedido de 24 aviões feito

pelo grupo Synergy no ano

passado e que têm entregas

previstas para até 2017, disse o

presidente da Avianca Brasil, José

Efromovich.

"No início deste ano ainda não

tínhamos certeza (sobre o

incremento nos planos de frota),

mas no meio do ano surgiu a

possibilidade de alocar esses

aviões para o Brasil", disse

Efromovich.

Além da Avianca Brasil, o grupo

Synergy detém o controle da aérea

latino-americana AviancaTaca,

que em 2011 fez pedido de 51

aeronaves junto à Airbus.

"Temos certeza hoje que estamos

tendo um 'spill' (excesso de

passageiros ante a oferta de

assentos) muito maior do que a

indústria. Isso é gente que gostaria

de voar com a gente, mas que não

está podendo", acrescentou o

Efromovich, citando que os voos

da empresa na ponte aérea Rio de

Janeiro-São Paulo estão operando

A

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39 | Info Aviação | Junho 2012

com uma taxa de ocupação média

de 90 por cento.

Os novos aviões vão reforçar a

atual malha da companhia aérea, o

que inclui oferta de voos para

Maceió, até agora única capital do

Nordeste não atendida pela

empresa, a partir de setembro.

"Pretendemos interligar com voos

diretos as cidades atendidas pela

empresa", disse o executivo.

Segundo Efromovich, o restante do

pedido de aviões da Synergy pode

ser guiado para o Brasil,

dependendo do crescimento da

Avianca Brasil.

Entre 2008, quando começou a

reestruturação da Avianca no

Brasil, e 2011, o faturamento da

empresa passou de 392 milhões

para 876 milhões de reais.

Efromovich evitou fazer projeção

para 2012, mas citou que a

empresa pretende transportar 5,2

milhões de passageiros este ano,

ante 3,3 milhões em 2011, um

crescimento de 57 por cento.

O executivo afirmou que a

Avianca Brasil, que vem

apresentando resultados negativos

desde 2008, tem "expectativa de

estar muito próxima do equilíbrio

financeiro", mas não citou quando

isso pode ocorrer.

PARCERIAS

Além do aumento na frota, a

Avianca Brasil anunciou parceria

com a empresa de locação de

veículos norte-americana Hertz

para concessão de descontos aos

passageiros da companhia aérea.

Efromovich afirmou que a parceria

com a Hertz é a "primeira de

muitas" que a empresa pretende

firmar.

O executivo comentou que a

Avianca Brasil manterá por pelo

menos mais um ano o programa de

fidelidade "Amigo" da companhia,

apesar da AviancaTaca anunciar na

quinta-feira o ingresso na aliança

internacional Star Alliance.

"A infraestrutura de TI (tecnologia

da informação) no Brasil ainda não

está pronta. Isso exige muito

investimento e tempo para

implementar", disse Efromovich.

Ele acrescentou que a empresa, por

ser independente da AviancaTaca,

não "tem obrigatoriedade" de se

juntar à Star Alliance se optar por

seguir uma aliança internacional.

Atualmente o programa Amigo

tem 1,3 milhão de membros e a

expectativa da empresa é chegar

aos 2 milhões até o fim do ano.

Efromovich afirmou ainda que a

companhia irá avaliar os números

da aérea portuguesa TAP quando o

governo de Lisboa definir o

calendário de privatização da

empresa.

"Quando ela apresentar os

números, nós vamos ver (os dados)

como qualquer grupo que participa

do mercado de aviação comercial

olharia (...) Não somos maior

pretendente e nem estamos loucos

para comprar alguma empresa",

disse o executivo.

Page 40: Revista Info Aviação 15ª Edição  Junho 2012

40 | Info Aviação | Junho 2012

Querosene verde pode reduzir emissões

ma redução de até 82% na

emissão de gases com a

substituição do querosene

proveniente do petróleo pelo

processado a partir da cana de

açúcar é o principal benefício

apontado pelo estudo "O

bioquerosene de aviação

proveniente do açúcar da cana -

pegada de carbono e padrões de

sustentabilidade" apresentado

durante o seminário sobre

biocombustíveis para aviação

realizado na segunda-feira, no

Forte de Copacabana.

O trabalho feito pelo Instituto de

Estudos do Comércio e

Negociações Internacionais (Icone)

foi financiado pelo Banco

Interamericano de

Desenvolvimento (BID), pela

Boeing e Embraer e serviu de base

para o debate.

Hoje, segundo dados do Air

Transport Action Group (Atag),

em todo o mundo o setor de

aviação gera cerca de 56,6 milhões

de empregos, com um impacto

econômico direto e indireto, na

casa dos U$ 2,2 trilhões. São

34.756 cidades atendidas, com

3.846 aeroportos com voos

comerciais e 1.568 empresas

aéreas comerciais, que

transportaram em 2011 mais de 2,8

bilhão de passageiros, ou 51% dos

deslocamentos turísticos.

As emissões de CO2 pelo setor de

aviação em 2011 foram estimadas

em 676 milhões de toneladas,

cerca de 2% do total de 34 bilhões

de toneladas emitidas no mundo.

Para chegar a esse total, as

empresas de aviação consumiram

271 bilhões de litros de

combustíveis.

André Nassar, diretor geral do

Icone, explicou que a pegada de

carbono do biocombustível foi

estudada desde o plantio da cana

até a entrega do produto às

empresas de aviação nos

aeroportos, e comparada à

realidade atual do querosene de

origem fóssil. Para tanto, foram

utilizados parâmetros de processo

desenvolvidos pela Amyris, uma

empresa que atua com biologia

sintética, com projeção de cenário

para o ano de 2022.

Entre as conclusões está a de que o

biocombustível apresenta riscos

que devem ser considerados antes

de ser adotado como uma opção

competitiva, segundo Nassar. Um

deles é a instabilidade da produção

agrícola. Ele lembra que a cana é

uma cultura de seis anos e no caso

de algum problema de clima ou

queda de investimentos, o impacto

é grande. "Se, por exemplo, houver

perda de 15% da produção, a

recuperação só ocorre em três

anos." Por isso, adverte, serão

necessários contratos bem

amarrados, para evitar oscilações

como ocorrem hoje nos mercados

de açúcar e álcool: "A cultura do

setor terá que mudar."

U

Page 41: Revista Info Aviação 15ª Edição  Junho 2012

41 | Info Aviação | Junho 2012

Do ponto de vista da indústria, o

principal desafio apontado é o da

certificação de seus terceirizados.

Outros problemas são a legislação

brasileira, como, por exemplo, em

relação ao código florestal e

questões como segurança e saúde

no trabalho. "São temas de difícil

atendimento no Brasil, mas as

empresas da cadeia produtiva estão

se esforçando para se adequar,

embora, hoje, se tentarmos

certificar em 100% das exigências

de cada padrão, nenhuma empresa

será contemplada", afirma Nassar.

É justamente nesse aspecto que

está uma das preocupações

levantadas pelo representante do

WWF Brasil nas áreas de

agricultura e meio ambiente,

Edegar de Oliveira Rosa. Ele apoia

o projeto como alternativa para

redução de emissões, mas

apresenta condicionantes à adoção

do biocombustível derivado da

cana. "Temos que ter segurança de

que impactos diretos resultantes do

manejo do solo, de agroquímicos,

do uso da água e da correta

destinação dos resíduos sejam

contemplados. Também devemos

estar atentos à questão social, que

envolve o direito de uso da terra

por populações tradicionais e

indígenas, além de estrito controle

sobre questões trabalhistas",

afirma ele.

Rosa sugere ainda que uma

possível expansão do plantio de

cana, para atender à demanda da

aviação, aproveite áreas de

pastagens hoje degradadas, que

chegam a 30% do total: "Não

podemos converter sistemas

naturais para produzir

biocombustíveis. Queremos que

seja assumido um compromisso de

desmatamento líquido zero até

2020", afirmou. Outra preocupação

foi a de que seja assegurado por

meio de políticas públicas que o

plantio da cana não concorra com a

produção de alimentos.

Adalberto Febeliano, diretor de

relações institucionais da Azul

Linhas Aéreas, é otimista quanto à

possibilidade de utilização

comercial do biocombustível em

poucos anos, mas aponta os custos

como um desafio e reivindica uma

política tributária mais favorável

junto aos governos federal e

estaduais. "Hoje temos o

combustível de aviação mais caro

do mundo. Tenho consciência de

que ninguém optará pelo voo mais

caro porque o combustível é

sustentável."

Arnaldo Vieira de Carvalho,

especialista sênior da divisão de

energia do BID, diz o

biocombustível terá especificações

técnicas da ASTM (órgão de

normalização) únicas para todo o

mundo e não ficará sujeito a

políticas de subsídios como ocorre

com os demais combustíveis.

Além deste fator que considera

positivo, aponta o interesse das

empresas em utilizar o

biocombustível sob o ponto de

vista ambiental. "As empresas

aéreas têm um compromisso que o

consumidor individual não tem na

hora de abastecer seu carro."

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42 | Info Aviação | Junho 2012

AviancaTaca: entrada na Star Alliance é marco histórico

urante solenidade oficial

de ingresso da

AviancaTaca na Star

Alliance, o presidente da empresa

aérea, Fabio Villegas, afirmou que

a entrada na StarAlliance

representa um marco na história da

companhia. "Nos preparamos e nos

capacitamos para cumprir as

exigências deste processo.

Optamos por uma aliança que nos

capacita a ir mais longe e levar

nossos passageiros a diversos

destinos mundiais". Segundo ele, a

aprovação por parte dos membros

foi uma vitória. "Depois de dois

anos de trabalho neste processo,

hoje anunciamos com orgulho e

satisfação o ingresso na Star

Alliance."

Segundo ele, a partir de agora os

passageiros da AviancaTaca

poderão fazer voos compartilhados

em 28 companhias que operam

21.500 voos diários em 123 países.

"Tudo isso nos leva a brindar aos

nossos clientes com uma nova

etapa de desenvolvimento e

realização por parte da nossa

empresa. Queremos realizar

sonhos e concretizar expectativas

dos passageiros. O ingresso da

nossa empresa tem um significado

importante para os passageiros de

outras companhias que terão mais

opções na America Latina.

"Através da nossa frota com 150

aviões colocamos a disposição

mais de 100 destinos. Temos hoje

mais de 17 mil colaboradores e

mais de 4 milhões de clientes

fidelizados", afirmou.

O presidente da aliança, Mark

Shwab, destacou em seu discurso

que a entrada da AviancaTaca na

aliança, bem como a da Copa

Ailrlines amplia as ofertas para a

America Latina. "Com o ingresso

da 27ª empresa em nosso grupo

estamos fortalecendo este mercado

que tem importância estratégica

fundamental".

Logo em seguida, Stefan Lauer,

membro do conselho da Lufthansa,

empresa que articulou a entrada da

Avianca/Taca entregou uma

maquete de um avião A340 a

Estuardo Ortiz, presidente

executivo de AviancaTaca. O CEO

da AviancaTaca, Fabio Villegas,

agradeceu o apoio a todas as

empresas que apoiaram o processo

de integresso na Star Alliance.

"Certamente muito nos orgulha

participar deste grupo e essa

decisão é um marco histórico para

nossa organização".

A solenidade foi encerrada com a

apresentação de duas aeronaves da

AviancaTaca pintadas com as

cores da Star Alliance e a

tradicional foto com os 28

membros representantes da Star

Alliance e posteriormente com os

funcionários e diretores da

AviancaTaca.

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43 | Info Aviação | Junho 2012

PF apreende 7 aviões estrangeiros usados irregularmente no País

ete aeronaves foram

apreendidas na manhã do dia

20 de junho de 2012 na

Operação Pouso Forçado,

deflagrada pela Polícia Federal e

Receita Federal, com a

colaboração da Agência Nacional

de Aviação Civil (Anac). Os

aviões particulares com prefixo

estrangeiro estavam sendo

utilizados irregularmente no País

mediante falsa declaração de

entrada temporária. Ao todo, foram

expedidos 12 mandados de busca e

apreensão.

De acordo com a legislação

brasileira, aviões particulares

produzidos no exterior e

pertencentes a empresas com sede

internacional podem entrar no País

temporariamente, caso venham

conduzindo os seus diretores. Se

forem utilizados regularmente no

Brasil, devem ser importados por

seus usuários, com o recolhimento

de impostos federais e estaduais.

Após a análise da movimentação

dos aviões e das listas de

passageiros transportados, foram

constatados indícios de que eram,

de fato, utilizados por pessoas

físicas e jurídicas estabelecidas em

território nacional. Elas entravam e

saíam repetidas vezes do Brasil

apenas para renovar os termos de

admissão temporária, válidos por

até 60 dias. Segundo levantamento,

o valor dos tributos federais e

estaduais não recolhidos pelas

aeronaves investigadas é estimado

em R$ 192 milhões.

Em fevereiro, foi instaurado um

inquérito policial em Campinas,

que tramita pela 9ª Vara Federal,

em razão da suspeita da entrada

fraudulenta de aeronaves no País

por meio do Aeroporto de

Viracopos. Ao longo das

investigações, foram identificadas

outros aviões, que se serviam do

Aeroporto de Guarulhos, sobre os

quais também havia indícios de

fraude. Assim, foi necessário outro

procedimento, iniciado em maio,

junto à 1ª Vara da Justiça Federal

de Guarulhos.

Os responsáveis serão indiciados,

na medida de suas participações,

pelos crimes de descaminho e

falsidade ideológica, com penas

que, somadas, podem atingir nove

anos de prisão. Pode haver ainda a

perda das aeronaves. A operação,

ainda em andamento, conta com 50

policiais federais e 25 auditores

fiscais da Receita Federal.

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