revista info aviaÇÃo 12ª ediÇÃo julho / 2011

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1 Revista Info Aviação 12ª Edição Julho 2011 www.infoaviacao.com

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- Venda de jatos Harriers da RAF para os EUA é negada pelo Reino Unido -Fretar ou comprar: qual é a melhor alternativa para quem usa aeronaves executivas? -Biocombustíveis: nova fronteira para a aviação

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Page 1: REVISTA INFO AVIAÇÃO 12ª EDIÇÃO JULHO / 2011

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Revista Info Aviação 12ª Edição Julho 2011

www.infoaviacao.com

Page 2: REVISTA INFO AVIAÇÃO 12ª EDIÇÃO JULHO / 2011

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Ao Leitor....

NUNCA DESISTA DE SEUS SONHOS

Os sonhos são como vento, você os sente, mas não sabe de onde eles vieram e nem para onde vão. Eles

inspiram o poeta, animam o escritor, arrebatam o estudante, abrem a inteligência do cientista, dão

ousadia ao líder. Eles nascem como flores nos terrenos da inteligência e crescem nos vales secretos da

mente humana, um lugar que poucos exploram e compreendem[...]

[...]Nem sempre os sonhos são definidos e bem organizados no teatro da mente. Às vezes nascem como

pequenos traçados, simples esboços, idéias vagas que vão se desenhando e tomando forma ao longo da

vida. Todas as grandes mudanças na humanidade no campo social, político, emocional, científico,

tecnológico e espiritual surgiram por causa dos grandes sonhos.

Para ter grandes sonhos e produzir importantes mudanças na sociedade não é preciso ter características

genéticas superiores ou privilégios dos gênios.

Thomas Edison acreditava que as conquistas humanas compõem-se de 1 % de inspiração e 99% de

transpiração. O inventor da "luz exterior" teve uma luz interior. Acredito que seu princípio tem

fundamento, mas precisa de correção.

Creio que as conquistas dependem de 50% de inspiração, criatividade e sonhos, e 50% de disciplina,

trabalho árduo e determinação. São duas pernas que devem caminhar juntas. Uma depende da outra,

caso contrário nossos projetos tornam se miragens, nossas metas não se concretizam.

Quem quer atingir a excelência nos seus estudos, nas suas relações afetivas e na sua profissão precisa

libertar a criatividade para ser um sonhador e libertar a coragem para ser um empreendedor. Estes dois

pilares contribuem para formar o caráter de um líder[...]

Sonhar é preciso

Sem sonhos, as pedras do caminho se tornam montanhas, os pequenos problemas ficam insuperáveis, as

perdas são insuportáveis, as decepções se transformam em golpes fatais e os desafios se transformam em

fonte de medo[...]

[...]Precisamos perseguir nossos mais belos sonhos. Desistir é uma palavra que tem que ser eliminada do

dicionário de quem sonha e deseja conquistar, ainda que nem todas as metas sejam atingidas. Não se

esqueça de que você vai falhar 100% das vezes em que não tentar, vai perder 100% das vezes em que não

procurar, vai estacionar 100% das vezes em que não ousar caminhar.

Como disse o filósofo da música Raul Seixas: "Tenha fé em Deus, tenha fé na vida, tente outra vez..." Se

você sonhar, poderá sacudir o mundo, pelo menos o seu mundo...

Se você tiver de desistir de alguns sonhos, troque-os por outros. Pois a vida sem sonhos é um rio sem

nascente, uma praia sem ondas, uma manhã sem orvalho, uma flor sem perfume.

Sem sonhos, os ricos se deprimem, os famosos se entediam, os intelectuais se tornam estéreis, os livres se

tornam escravos, os fortes se tornam tímidos. Sem sonhos, a coragem se dissipa, a inventividade se

esgota, o sorriso vira um disfarce, a emoção envelhece[...]

NUNCA DESISTA DE SEUS SONHOS

AUTOR: AUGUSTO JORGE CURY

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3

USAF estuda modernizar

mais caças F-16

enquanto o F-35 não chega

Aviação militar

MMRCA: decisão não mudará relação EUA –

Índia................................................................ Pg.04

A operação de crédito para modernização de caças

AMX.............................................................. Pg.10

Embraer Defesa e Segurança seleciona sistema para

o KC-390.................................................... Pg.12

Venda de jatos Harriers da RAF para os EUA é

negada pelo Reino Unido............................. Pg.16

USAF estuda modernizar mais caças F-16 enquanto

o F-35 não chega........................................... Pg.21

Exército dos EUA celebra os 40 anos do Sistema

Guardrail....................................................... Pg.25

Aviação Executiva

Fretar ou comprar: qual é a melhor alternativa para

quem usa aeronaves executivas?................... Pg. 06

Titan Aviation recebe seu primeiro jato Phenom

100............................................................... Pg.24

Brasil

Alta do combustível derruba previsão de lucro do

transporte aéreo mundial.............................. Pg. 07

Biocombustíveis: nova fronteira para a aviação

...................................................................... Pg. 08

Cientistas brasileiros vão estudar microfísica das

nuvens............................................................. Pg.19

Mulheres no comando da aviação................... Pg.29

Aviação Comercial

Carteira de pedidos dos E-Jets alcança a marca de

1.000 aviões.................................................. Pg.18

Viagem aérea: do glamour à canseira............. Pg.22

Matéria Especial

Trimotor Ford................................................ Pg.30

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4

MMRCA: decisão não mudará relação EUA – Índia

rejeição da Índia ao

Lockheed Martin F-16IN

Super Viper e ao Boeing

F/A-18E/F Super Hornet, ambos

desqualificados do processo de

seleção do futuro caça indiano,

conhecido como MMRCA,

desapontou muita gente nos

Estados Unidos. Como havia uma

grande expectativa de que Nova

Délhi, aproveitaria a concorrência

para consolidar sua parceria

estratégica com Washington –

especialmente na sequência dos

esforços hercúleos americano para

consumar acordo de cooperação no

nuclear civil – a seleção de duas

plataformas europeias, o

Eurofighter e o Rafale, como os

finalistas levou muitos

observadores a concluir que a

Índia procura uma determinada

aeronave e não um

relacionamento.

Muitos analistas procuram explicar

a decisão da Índia como uma

expressão de preocupação com a

confiabilidade dos EUA como um

fornecedor de armas, ou

insatisfação com potenciais

transferências de tecnologias-

chave, ou até mesmo uma tentativa

de distanciamento dos Estados

Unidos. Em um novo artigo

recente, Ashley Carnegie J. Tellis

concluiu que essas explicações

estão incorretas, e descreve como a

Índia selecionou os dois aviões do

„short list‟ por motivos

inteiramente técnicos.

A concorrência de dois estágios

realizada pelo Ministério da

Defesa indiano impede que

aspectos políticos, estratégicos ou

financeiros intervenham de alguma

forma no processo. Embora esse

processo não altere os grandes

interesses de segurança nacional da

Índia em uma época de recursos

limitados e numerosas ameaças, a

decisão do país não representa um

revés estratégico para a cooperação

de defesa entre EUA e Índia no

longo prazo.

A

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5

Dassault negocia venda de caças Rafale com a Malásia

empresa aeroespacial

francesa Dassault Aviation

vai abrir rapidamente um

escritório em Kuala Lampur,

Malásia, sinalizando a sua intenção

de obter um contrato lucrativo com

a venda do caça Rafale para o

governo da Malásia.

O jornal Malay Mail informou que

a Dassault decidiu abrir o

escritório na Malásia “dentro de

um mês ou dois”, informando que

esse intenção da Dassault “era

fortemente” devido ao fato da

oferta de seu caça Rafale – que a

empresa, descreveu como o único

caça multi-missão para

desempenhar as diversas funções

de combate na Real Força Aérea

da Malásia (RMAF).

Fontes disseram ao The Malay

Mail que, embora o programa

MRCA da Malásia seja

relativamente pequeno, a imagem

do Rafale – que ainda precisa

vencer uma exportação – será

impulsionada caso a Malásia

escolha o caça para cumprir a

tarefa de combate no país.

O Dassault Rafale é um dos quatro

aviões que supostamente estão na

corrida para o contrato MRCA na

Malásia. Os outros são o norte

americano Boeing F/A-18E/F

Super Hornet, o europeu

Eurofighter Typhoon e o sueco

Saab JAS39 Gripen.

O chefe da RMAF Tan Sri Rodzali

Daud foi citado recentemente

dizendo que “a Força Aérea está

olhando para adquirir entre 12 e 18

caças ultra-modernos por

esquadrão, para substituir os

antigos caças MiG-29N Fulcrum a

partir de 2015. Idealmente, nós

queremos não operar mais do que

dois tipos de caças de combate

para facilitar a logística,

manutenção, etc. ”

A força aérea opera também 18

caças Sukhoi Su-30MKM

adquiridos em 1999. Além dos

Sukhois, a RMAF tem em serviço

oito caças norte americanos

Boeing F/A-18D no seu inventário.

A Hornet é a mais antiga variante

do Super Hornet.

Os analistas da Defesa destacaram

que, embora o Super Hornet tenha

sido cogitado como sendo o

candidato preferido da RMAF, a

ida da Dassault para a Malásia

indica que os franceses acreditam

que a competição seja feito de

forma transparente e competitiva.

Em dezembro passado, os diretores

da Dassault encontraram-se com o

primeiro-ministro Datuk Seri Najib

Razak em Putrajaya. Não há

detalhes do encontro, mas acredita-

se que, como resultado da reunião,

a Dassault tivesse decidido a

prosseguir ativamente no programa

MRCA.

O concurso para o programa só

deverá ser anunciado na Feira

Internacional de Langkawi

Marítima e Aeronáutica (Lima) em

dezembro deste ano. Todos os

quatro caças da competição para o

contrato MRCA devem

comparecer no evento.

Em 1993, a Dassault já havia

oferecido seus aviões de combate

mais recentes, em seguida, o

Mirage 2000-5, para RMAF que

tinha iniciado o seu programa de

modernização. O escritório de

representação da empresa francesa

em Kuala Lampur foi fechado

pouco depois de não ter

conseguido ser selecionado como

finalista para o programa. A

empresa também participou da

exposição de Lima em 1993.

O Rafale, que tem sido testado em

combate no Afeganistão e Líbia,

está em serviço com a Força Aérea

e Marinha da França. Está ainda

competindo na Índia, Emirados

Árabes Unidos e Brasil.

Recentemente, o Rafale e o caça

europeu Typhoon, foram

selecionados finalistas da

competição MMRCA para Força

Aérea da Índia.

A

Page 6: REVISTA INFO AVIAÇÃO 12ª EDIÇÃO JULHO / 2011

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Fretar ou comprar: qual é a melhor alternativa para

quem usa aeronaves executivas?

ma dúvida ronda a cabeça

de muitos executivos, até

quando vale a pena fretar

uma aeronave executiva? Quando

devo partir para a compra de uma

aeronave própria? A decisão não é

simples e deve levar em conta,

além dos custos diretos, outros

fatores como investir num ativo,

gerenciar a operação, etc.

De acordo com Cássio Polli,

diretor da Aerie Aviação

Executiva, "a análise comparativa

deve levar em conta

particularidades de uso, tipo de

operação, base/domicílio do

cliente, estudos financeiros e

contabeis", mas o fretamento é

mais recomendado para quem faz

uma baixa utilização, 10 a 15

horas/mês.

Para ilustrar, Polli dá três

exemplos. No primeiro, o

empresário tem demanda para uma

aeronave na categoria de Cessna

Citation CJ3, que leva 6

passageiros, tem alcançe pouco

acima de 3000 km e usa em média

10 horas por mês (+/- 7500 km).

"Se optar por um Taxi Aéreo

regular, recorrendo a uma empresa

idônea, irá pagar aproximadamente

R$ 16,00/km ou R$

120.000,00/mês", explica. Mas, se

o hipotético empresário, tiver sua

própria aeronave, financiada, com

parcela mensal de

aproximadamente R$

100.000,00/mês, somando-se os

demas custos fixos e variáveis de

R$ 60.000 o custo final mensal

será de R$ 160.000,00. Ou seja,

neste caso é melhor continuar

usando os serviços de táxi aéreo.

Já para uma utilização média de 15

horas por mês (algo em torno de

11.000 km) o custo com

fretamento seria de

aproximadamente R$ 175.000,00,

enquanto com seu próprio avião o

custo mensal seria de R$ 177.000

(custos variáveis mais R$ 100.000

de leasing para a compra da

aeronave). "Embora em termos de

custo absoluto seria como trocar

"seis por meia dúzia", como

dizemos popularmente, mas já

começa pesar na decisão a questão

de possuir um ativo, controlar a

operação, manutenção etc", afirma

Polli.

Por outro lado, quando se entra

numa utilização mensal acima de

20 horas/mês, já faz muito sentido

encarar a aquisição como melhor

opção a considerar. "Para um uso

mensal de 25 horas num CJ3 (algo

em torno de 18.500 km), o custo

com taxi aéreo seria de

aproximadamente R$ 296.000,00

enquanto com seu próprio avião o

custo mensal seria de R$

220.000,00 (sendo R$ 120.000 de

despesas variáveis mais os R$

100.000 de leasing)", disse Polli.

Seria uma economia de R$

76.000/mês ou R$ 913.000 por

ano, quando comparado com

fretamento.

Além da economia mensal,

segundo Polli, ao considerar

aquisição da sua própria aeronave,

o empresário estará investindo

num ativo para sua empresa, com

controle total sobre a operação,

tripulação e manutenção;

flexibilidade de horários e

destinos, isso sem falar na

segurança pessoal.

"Outro ponto que tem favorecido a

aquisição e pesado muito na

decisão de compra é o momento

vivido pela aviação executiva, com

preços das aeronaves em baixa,

ainda com reflexos da crise

mundial, a economia brasileira

aquecida, câmbio favorável (Real

valorizado) e facilidade de crédito

doméstico ou internacional."

U

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Alta do combustível derruba previsão de lucro do transporte

aéreo mundial

cenário de preço do barril

de petróleo em alta cortou

mais do que pela metade a

previsão de lucro líquido do

transporte aéreo mundial em 2011.

Em março, a Associação

Internacional do Transporte Aéreo

(Iata, na sigla em inglês) havia

projetado ganho de US$ 8,6

bilhões, mas ontem a quantia foi

revisada para US$ 4 bilhões. Na

comparação com o lucro de US$

18 bilhões de 2010, o maior da

história, o recuo é de 78%.

Como o faturamento da aviação

comercial este ano deverá ser de

US$ 598 bilhões, a margem de

rentabilidade da aviação comercial

mundial tem chances de se situar

em 0,7%.

"Terrorismo, guerras e revoluções.

Medo de pandemias, terremotos e

vulcões. Economias em queda e

escalada dos preços do

combustível. Durante a última

década, nós vimos de tudo. Tudo

menos lucros sustentáveis",

afirmou o presidente da Iata,

Giovani Bisignani, durante a

abertura da 67ª edição do encontro

anual da Iata, em Cingapura.

Bisignani, que presidiu a Iata por

volta de 10 anos, permanecerá no

cargo até o início de setembro,

quando assumirá em seu lugar o

ex-presidente da Qatar Airlines,

Tony Tyler.

A América Latina, de acordo com

a Iata, deverá ser a única região do

mundo a registrar três anos

consecutivos de lucro. Para este

ano, a entidade estima um ganho

de US$ 100 milhões, muito abaixo

dos US$ 900 milhões do ano

passado. A combinação de

modelos de negócios inovadores e

consolidação do mercado foram os

principais motivos para esse

desempenho.

"Na América Latina, um bom

número de empresas aéreas

desenvolveu marcas

supranacionais e vão entregar três

anos consecutivos de lucro. Os

governos separaram os negócios

do setor da política. Hoje, o

continente está conectado

globalmente", disse Bisignani.

A Iata revisou em 15% para cima o

preço médio do barril de petróleo,

para US$ 110. Em março, o valor

projetado era US$ 96. Para cada

US$ 1 de aumento no preço médio

do barril de petróleo, a entidade

calcula um adicional de US$ 1,6

bilhão nos custos do setor.

A conta de combustível do

transporte aéreo, que responde por

cerca de 30% dos gastos de uma

companhia, deverá saltar US$ 10

bilhões, para US$ 176 bilhões.

Cerca de 50% do consumo

previsto para este ano teve seu

preço protegido pelo mecanismo

de "hedge", com valores do ano

passado.

A região mais rentável do mundo,

segundo a Iata, deverá ser a Ásia-

Pacífico, com lucro de US$ 2,1

bilhões. No ano passado, contudo,

o ganho foi de US$ 10 bilhões.

Nos Estados Unidos, o lucro

estimado é de US$ 1,2 bilhão,

frente aos US$ 4,2 bilhões obtidos

em 2010. Entre as empresas aéreas

europeias, os ganhos recuarão de

US$ 1,8 bilhão para US$ 500

milhões na mesma base de

comparação.

As empresas aéreas do Oriente

Médio, por sua vez, terão lucro

líquido de US$ 100 milhões, diante

dos US$ 900 milhões do ano

passado. A África, conforme a

Iata, deverá ser a única região do

mundo a mostrar prejuízo, de US$

100 milhões.

O

Page 8: REVISTA INFO AVIAÇÃO 12ª EDIÇÃO JULHO / 2011

8

Biocombustíveis: nova fronteira para a aviação

onte alternativa de energia,

os combustíveis renováveis

aparecem como um aliado

do setor, que pretende reduzir à

metade suas emissões até 2050.

O mercado de combustíveis

renováveis vem crescendo e

despertando interesse de vários

setores. Dessa vez, quem entra na

onda verde é a aviação. Fonte

alternativa de energia, os

biocombustíveis aparecem como

um aliado do setor, que pretende

reduzir à metade suas emissões de

CO2 até 2050 e driblar os custos

crescentes com querosene de

aviação.

Hoje, pelo menos 40% dos custos

totais das empresas áreas têm

relação com a compra de energia.

“A crise financeira afetou os

custos com combustível e,

consequentemente, os preços das

passagens”, diz Charles E.

Schlumberger, especialista em

transporte aéreo do Banco

Mundial. Segundo Schlumberger,

que participou do Ethanol

Summit,evento do setor

sucroenergético, nesta terça (7) em

SP, o preço do petróleo aumentou

14% em um ano, resultando num

gasto extra de 58 bilhões de

dólares para as indústrias da

aviação.

Diante de uma pressão ambiental

crescente e da alta volatilidade dos

preços dos combustíveis derivados

do petróleo, as fontes alternativas

surgem como a opção mais viável

para o setor cumprir a meta de

redução, garantir o abastecimento

das aeronaves e ainda manter a

lucratividade do negócio. “A

redução de CO2 é muito

importante para a operação do

setor como um todo. Menos

F

Page 9: REVISTA INFO AVIAÇÃO 12ª EDIÇÃO JULHO / 2011

9

emissões significam menor uso de

petróleo e menos gastos”, resume o

especialista do Banco Mundial.

Obstáculos no horizonte

Há, entretanto, grandes desafios no

caminho rumo à uma aviação mais

sustentável. O principal, segundo

executivos das fabricantes Boeing

e Embraer, também presentes no

encontro, é o de desenvolver um

biocombustível capaz de se

adequar às tecnologias existentes

nas aeronaves de hoje –

majoritariamente movidas à

combustível fóssil. Para se ter uma

ideia, nem mesmo o etanol,

largamente utilizado pela frota

brasileira de veículos leves, possui

as características necessárias para

ser usado na aviação.

“Seria preciso mudar a estrutura

dos aviões devido à

incompatibilidade técnica da

fuselagem com o combustível da

cana”, explica Guilherme Freire,

diretor de Tecnologia e Estratégia

Ambiental da Embraer. Não basta

só ter um combustível que se

adapte ao motor. “Também

precisamos garantir reserva e para

isso é necessário um produto já

maturado, bem desenvolvido e

disponível em larga escala”,

ressalta Jim Kinder, engenheiro

sênior de combustíveis da Boeing.

Azul pode ter primeiro vôo

movido a biocombustível do país

Aos poucos, o Brasil procura

soluções para driblar esse desafio.

Em março, durante visita do

presidente Barack Obama, o país

firmou um acordo com os Estados

Unidos para desenvolver e

produzir biocombustível para o

transporte aéreo civil. Além da

fabricante brasileira Embraer,

participam do projeto a Azul

Linhas Aéreas,a empresa de

biotecnologia americana Amyris, e

a gigante americana do setor

elétrico, General Electric (GE). O

acordo prevê a produção em larga

escala de bioquerosene ainda nesta

década.

Juntas, as empresas vão trabalhar

no desenvolvimento de tecnologia

para produção de bioquerose a

partir da fermentação da sacarose

proveniente da ponta da planta de

cana de açúcar, da palha e de

outras fontes vegetais, como o

milho. O projeto prevê o voo

experimental de um jato E-Jet no

primeiro semestre de 2012.

Page 10: REVISTA INFO AVIAÇÃO 12ª EDIÇÃO JULHO / 2011

10

A operação de crédito para modernização de caças AMX

Plenário do Senado

aprovou no mês de Junho,

uma operação de crédito

externo no valor de 85 milhões de

euros, entre o Brasil e um

consórcio formado pelos bancos

BNP Paribas e Hapoalim, para

modernização de 43 aeronaves

AMX. Esses aviões de ataque, que

no Brasil se chamam A-1, equipam

a Força Aérea Brasileira como

resultado de um acordo assinado

em 27 de março de 1981 entre os

governos brasileiro e italiano, com

a participação da Embraer, que na

época era uma empresa estatal.

O primeiro protótipo voou em 15

de maio de 1984 e, durante o

quinto vôo, caiu, matando o piloto.

A produção em série foi iniciada

na metade de 1986, com os

primeiros exemplares entregues à

Força Aérea Italiana e à Força

Aérea Brasileira em 1989. Desde

então, cerca de 200 AMXs foram

construídos.

Em 1999, os esquadrões italianos

de AMX realizaram 252 missões

de combate sobre o Kosovo, como

parte da operação das Forças

Aliadas, sem nenhuma aeronave

perdida.

Como sócio minoritário no projeto,

o Brasil teve problemas na

assistência técnica e nos custos de

reparos desses aviões de combate,

mas adotou soluções tecnológicas

que agora dispensam a

dependência de fornecedores

externos.

As aeronaves modernizadas

receberão o nome de A-1M. Para

esse novo empreendimento, a

Força Aérea Brasileira recorreu ao

apoio da empresa israelense Elbit,

com sede em Haifa.

O empréstimo, aprovado pela CAE

na manhã desta terça-feira e levado

a Plenário em regime de urgência,

corresponde a 85% do valor do

projeto, de US$ 187,43 milhões. O

Tesouro Nacional vai desembolsar

US$ 20,46 milhões, referentes aos

restantes 15%.

O

Page 11: REVISTA INFO AVIAÇÃO 12ª EDIÇÃO JULHO / 2011

11

Page 12: REVISTA INFO AVIAÇÃO 12ª EDIÇÃO JULHO / 2011

12

Embraer Defesa e Segurança seleciona sistema para o

KC-390

Embraer Defesa e

Segurança selecionou a

Liebherr-Aerospace como

fornecedor dos sistemas de

controle ambiental e de pressão da

cabine da aeronave de transporte

militar KC-390.

“A Liebherr-Aerospace tem a

melhor solução para sistemas de

última geração para controle

ambiental e de pressão da cabine e

foi selecionada para proporcionar

maior eficiência operacional ao

KC-390 da Embraer”, disse

Eduardo Bonini Santos Pinto,

Vice-Presidente de Operações &

COO, Embraer Defesa e

Segurança. “Esta nova parceria na

área de defesa e segurança reforça

ainda mais o longo relacionamento

entre a Embraer e a Liebherr-

Aerospace.”

Os sistemas serão desenvolvidos e

fabricados pela Liebherr-

Aerospace Toulouse SAS, em

Toulouse, na França, centro

mundial de excelência da Liebherr

para sistemas de gerenciamento

ambiental e terá uma arquitetura de

controle integrada, com

componentes pneumáticos e

mecânicos leves, de alta

confiabilidade e excelente

desempenho.

“A escolha dos nossos sistemas de

controle ambiental e de pressão da

cabine pela Embraer

disponibilizará à tripulação e às

tropas o mais avançado sistema de

pressurização e condicionamento

de ar, proporcionando condições

otimizadas e robustez comprovada

sob quaisquer situações

operacionais da aeronave”, disse

Francis Niss, Presidente da

Liebherr-Aerospace &

Transportation SAS. “O programa

KC-390 contará com a larga

experiência adquirida ao longo de

décadas pela Liebherr-Aerospace

no projeto, produção e serviço para

sistemas de gerenciamento

ambiental para as aeronaves de

transporte militar mais exigentes

do mercado.”

A

Page 13: REVISTA INFO AVIAÇÃO 12ª EDIÇÃO JULHO / 2011

13

O início dos ensaios em vôo do

KC-390 com os novos sistemas de

controle ambiental e de pressão da

cabine está previsto para 2014 e a

aeronave deverá entrar em

operação no final de 2015.

A Liebherr-Aerospace é líder no

fornecimento de sistemas para a

indústria da aviação. A Liebherr-

Aerospace & Transportation SAS,

em Toulouse, na França, é uma das

nove empresas controladas pelo

Grupo Liebherr e coordena todas

as atividades nos setores de

sistemas aeroespaciais e de

transporte.

A Liebherr-Aerospace possui mais

de cinco décadas de experiência. A

gama de equipamentos de aviação

produzida pela Liebherr para os

setores civil e militar inclui

controle/atuação de vôo, trem de

pouso e sistemas de gerenciamento

ambiental. Tais produtos são

utilizados em aeronaves regionais

e de médio e grande portes, jatos

executivos, aviões de combate e de

transporte e treinamento militar, e

helicópteros civis e de combate.

A divisão de sistemas

aeroespaciais e de transporte da

Liebherr emprega quase 4 mil

pessoas. A empresa possui três

fábricas de produção de

equipamentos de aviação: em

Lindenberg (Alemanha), Toulouse

(França) e Guaratinguetá (Brasil).

Estas instalações oferecem

serviços para todo o mundo e

disponibilizam centros de serviços

ao cliente em Saline (Michigan,

EUA), Seattle (Washington, EUA),

Wichita (Kansas, EUA), Montreal

(Canadá) Hamburgo (Alemanha),

Moscou (Rússia), Dubai (Emirados

Árabes Unidos), Singapura e

Xangai (República Popular da

China). Uma nova linha de

produção está atualmente sendo

construída em Nizhny Novogorod

(Rússia).

Page 14: REVISTA INFO AVIAÇÃO 12ª EDIÇÃO JULHO / 2011

14

Boeing confirma que Índia assinou contrato para compra de

10 aeronaves C-17 Globemaster III

governo da Índia assinou

o contrato para compra das

10 aeronaves de transporte

militar Boeing C-17 Globemaster

III destinadas para a Força Aérea

da Índia. O acordo, divulgado

oficialmente hoje pela fabricante

Boeing, foi feito entre os governos

da Índia e dos EUA, e inclui a

opção da Índia para encomendar

mais seis aeronaves C-17. As

aeronaves serão adquiridas através

de uma venda no modo FMS

(Foreign Military Sales), exigido

para a maioria das exportações de

defesa feitas pelos EUA, e serão

entregues em 2013 e 2014.

A assinatura do contrato de

US$4,1 bilhões significa que a

Boeing agora possui 28 aeronaves

C-17 na carteira de pedidos, com a

produção garantida até a metade de

2014, com a Índia sendo a maior

operadora dentre os seis clientes

internacionais.

Fontes da Força Aérea da Índia

também revelaram que a Índia

estaria interessada em adquirir

mais aeronaves de transporte,

incluindo 6 adicionais turbohélices

Lockheed Martin C-130J Super

Hercules.

O

Page 15: REVISTA INFO AVIAÇÃO 12ª EDIÇÃO JULHO / 2011

15

VANTs: a nova tendência em aeronaves

uso de Veículos Aéreos

Não Tripulados (Vants)

vem crescendo, tanto em

operações militares quanto civis.

Conhecido em todo o mundo como

UAV (sigla para o nome em inglês

Unmanned Aerial Vehicle), o Vant

é um tipo de aeronave sem piloto

que pode voar autonomamente ou

ser remotamente controlada, em

ações de monitoramento,

reconhecimento e vigilância. Sua

principal vantagem é realizar ações

táticas de inteligência sem colocar

vidas humanas em risco.

Atualmente voam pelo mundo

milhares de veículos não tripulados

de diferentes dimensões; do

tamanho de um inseto até o porte

de um Boeing.

Embarcados com câmeras de alta

tecnologia e sistemas de

inteligência de última geração, os

Vants são capazes de gerar

imagens em alta definição a

altitudes bastante elevadas – voam

a até dez mil metros – tornando-se

invisíveis a olho nu. Por isso, eles

têm se tornado aliados importantes

em ações típicas de Estado como o

combate ao contrabando, ao tráfico

de drogas e de armas, ao

desmatamento e à pesca ilegais e o

policiamento de fronteiras. As

imagens geradas pelos Vants têm

ainda diversas aplicações como

mapeamento, localização de

pessoas e rotas perdidas,

levantamentos topográficos e

meteorológicos, detecção e

controle de queimadas, inspeção

de oleodutos e de linhas de

transmissão de energia.

Os Vants também fazem parte das

prioridades de defesa do Brasil. O

uso dessa tecnologia começou a

ser mais amplamente debatida no

país a partir das discussões para a

elaboração da Estratégia Nacional

de Defesa (END), anunciada pelo

ex-presidente Lula no final de

2008. O texto indica sua aplicação

entre as diretrizes da Força Aérea

Brasileira para vigilância – com

uso em monitoramento e controle

do território nacional – e combate;

assim como ara orientação

estratégica. Por isso, a END

recomenda a destinação de

recursos e a transferência

tecnológica para a fabricação de

Vants, entre outros equipamentos

de defesa.

Por enquanto, os Vants no Brasil

só podem ser utilizados em áreas

menos habitadas, mediante

autorização do Controle de

Tráfego Aéreo, que exige alguns

dias. Isso porque o país ainda não

tem uma regulamentação que

permita seu uso em regiões

urbanas. No futuro, com novas

regras, eles poderão ser úteis em

diversas atividades, como

levantamento de áreas urbanas de

risco.

De qualquer maneira, já há Vants

voando em áreas de difícil acesso,

como na tríplice fronteira (Brasil,

Argentina e Paraguai), no sul do

país. Lá, a Polícia Federal opera

Vants israelenses adquiridos para o

combate ao tráfico e ao

contrabando. Eles são controlados

por satélite, capazes de decolar e

pousar automaticamente e têm

autonomia de voo de quase 40

horas.

A regulamentação do voo de

veículos não tripulados no país é

urgente, para que suas aplicações

sejam aproveitadas ao máximo.

Quando puderem voar em áreas

urbanas, os Vants serão certamente

uma importante ferramenta na

segurança pública, já que poderão

monitorar áreas perigosas, como

comunidades dominadas por

traficantes, e rastrear comboios,

entre tantas outras utilidades.

Esperemos que a regulamentação

definitiva de sua operação

aconteça rapidamente, a tempo de

que os Vants, que representam a

vanguarda da inovação tecnológica

no setor de aviação, possam ser

aliados também na segurança do

país nos grandes eventos

esportivos que o Brasil receberá,

como a Copa do Mundo e os Jogos

Olímpicos.

O

Page 16: REVISTA INFO AVIAÇÃO 12ª EDIÇÃO JULHO / 2011

16

Venda de jatos Harriers da RAF para os EUA é negada

pelo Reino Unido

reportada venda da frota

de caças Harrier GR9s do

Reino Unido para o U.S.

Marine Corps permanece não

confirmada pelo Ministério da

Defesa britânico. No dia 16 de

junho, The Daily Telegraph

informou que a frota de 40

aeronaves mantidas em condições

de voo haviam sido vendidas para

o USMC por £ 34 milhões para

serem transformadas em peças de

reposição, para que a vida útil da

frota de jatos AV-8B Harrier IIs

norte-americanos pudesse ser

prorrogada. Devido a atrasos com

o caça F-35, o USMC está tendo

que manter a sua frota de jatos

AV-8Bs em serviço por muito

mais tempo do que o inicialmente

previsto.

A RAF possui 66 aeronaves

Harries GR7/9s monopostos e

nove T12s de dois lugares

armazenados na Base da RAF de

Cottesmore, em Rutland, a qual

deixou de ser uma base ativa no

dia 31 de março. Um acordo para

as aeronaves Harriers deve ser

definido até o final de junho,

depois que o contrato de cuidados

e manutenção expirará.

Comentando sobre a história do

Daily Telegraph, um porta-voz do

MoD disse: “Tal como decidido na

revisão anual de defesa, os aviões

Harrier serão retirados de operação

seja qual for a maneira, desde que

fique com o menor custo possível

para o contribuinte do Reino

Unido, enquanto assegure o

apropriado uso futuro das

plataformas. Discussões sobre as

opções para a eliminação estão

atualmente sendo revistas. ”

O USMC (Corpo de Fuzileiros

Navais dos EUA) possui 131

aeronaves AV-8Bs (monoplace) e

17 jatos TAV-8Bs (biplaces) no

seu inventário e acredita-se que os

modelos T12s ex-RAF seriam os

mais valiosos para os norte-

americanos.

A

Page 17: REVISTA INFO AVIAÇÃO 12ª EDIÇÃO JULHO / 2011

17

Empresas japonesas negociam participação em projeto

da Airbus

rês empresas japonesas

negociam sua participação

em uma equipe

internacional que desenvolve um

motor para Airbus, que seria o

primeiro avião comercial fabricado

com fibra de carbono, informou

neste domingo o jornal “Nikkei”.

As empresas IHI, Mitsubishi

Heavy Industries e Kawasaki

Heavy Industries estão na última

fase de negociação para integrar a

equipe liderada pela fabricante

americana Pratt & Whitney e a

alemã MTU Aero Engines para o

desenvolvimento do motor do

novo modelo A320neo.

Segundo Nikkei, as empresas

americana e alemã já deram o sinal

verde aos materiais de fibra de

carbono desenvolvidos pelas

empresas japonesas que, em

contraposição aos tradicionais

motores de titânio, ao contrário dos

motores tradicionais de titânio,

traria rapidez e reduziria o

consumo de combustível em cerca

de 10%.

O modelo A320neo, com previsão

de lançamento no mercado a partir

de 2016, foi projetado para cobrir

rotas domésticas e voos

internacionais de curto percurso.

O consórcio europeu Airbus espera

receber pedidos de 4 mil unidades

nos próximos 15 anos, e estima

que as vendas do A320neo e os

serviços de manutenção de seus

motores movimentem mais de 1

trilhão de ienes (equivalente a 8,7

bilhões de euros), segundo o

“Nikkei”.

Cerca de 70% da produção

mundial de materiais de plástico de

fibra de carbono são controlados

por empresas japonesas, em um

mercado no qual se destaca a

Toray Industries.

O Governo japonês apoiou o

desenvolvimento deste tipo de

material, mais ligeiro e resistente e

aplicável a muitas indústrias

T

Page 18: REVISTA INFO AVIAÇÃO 12ª EDIÇÃO JULHO / 2011

18

Carteira de pedidos dos E-Jets alcança a marca de 1.000

aviões

Embraer alcançou um

marco importante na

aviação comercial após a

conclusão de vendas recentes que

fizeram o número de pedidos para

a família de E-Jets ultrapassar as

1.000 unidades. O feito foi

anunciado hoje em uma

conferência de imprensa no 49°

Paris Air Show, na França. A

família de aeronaves E-Jets é

composta por quatro modelos

(E170, E175, E190 e E195), com

capacidades para 70 a 120

assentos, e já registrou mais de

1.000 pedidos, bem como cerca de

750 opções de compra, de 60

empresas aéreas em 40 países.

Desde o início das operações

regulares da primeira aeronave,

com a LOT Polish Airlines, em

2004, mais de 750 E-Jets foram

entregues em todo o mundo.

“Esta é realmente uma grande

conquista, principalmente se

levarmos em consideração que a

marca de 1.000 aviões vendidos foi

atingida em apenas sete anos após

a primeira entrega em um

segmento que equivale a um terço

do mercado de aeronaves narrow-

body”, disse Paulo César de Souza

e Silva, Vice-Presidente Executivo

da Embraer para o Mercado de

Aviação Comercial. “Estamos

muito felizes em ver os nossos E-

Jets ajudando empresas aéreas

regionais, tradicionais e de baixo

custo a otimizar suas operações,

desenvolver novos mercados e

substituir jatos antigos com os

benefícios gerados por nossa nova

família de aeronaves de última

geração.”

A Embraer é a única fabricante que

desenvolveu uma família de quatro

aviões modernos especificamente

para o segmento de 70 a 120

assentos. Desde o lançamento

formal do programa, em 1999, os

E-Jets redefiniram o conceito

tradicional de aeronaves regionais

ao operarem em outros tipos de

mercados. Hoje, as aeronaves

voam com empresas aéreas

tradicionais, de baixo custo e

regionais. Os clientes de E-Jets

configuram suas aeronaves com

itens geralmente encontrados em

aviões maiores, tais como rádio via

satélite, sistemas de entretenimento

com transmissão ao vivo e cabines

de primeira classe.

A versatilidade da família de E-

Jets é comprovada pelas operações

dos clientes. As empresas aéreas

geralmente utilizam o EMBRAER

190 para rotas longas, algumas

com duração de vôo acima de 5

horas sobre a terra ou 4,5 horas

sobre a água. Tanto o E170 como o

E190 estão operando no Aeroporto

London City (LCY), um dos mais

exigentes na Europa. As empresas

de baixo custo preferem os E-Jets

pelo menor tempo em solo, que

maximiza a utilização e minimiza

os custos.

Os clientes de E-Jets estão em todo

o mundo, com 22 empresas aéreas

na Europa & CEI (Comunidade de

Estados Independentes), dez na

América Latina, dez na Ásia

Pacífico & China, dez no Oriente

Médio & África e oito na América

do Norte. A Embraer criou uma

rede global de suporte e serviços

ao cliente que inclui cinco centros

de distribuição de peças, 27

simuladores de vôo, oito cabines

de treinamento e 15 centros de

serviços de manutenção (MRO).

Paulo César de Souza e Silva

acrescentou: “Gostaria de estender

meus agradecimentos aos nossos

inúmeros parceiros, empregados,

comunidade financeira e,

obviamente, aos clientes que

acreditaram em nossa visão de

uma família de aviões totalmente

nova e na capacidade da Embraer

de cumprir com seus

compromissos. Todos ajudaram a

fazer do programa de E-Jets o

sucesso mundial que é atualmente.

Espero continuar trabalhando com

estas pessoas durante a venda das

próximas 1.000 aeronaves.”

A

Page 19: REVISTA INFO AVIAÇÃO 12ª EDIÇÃO JULHO / 2011

19

Cientistas brasileiros vão estudar microfísica das nuvens

O objetivo do Projeto Chuva é

conseguir prever fenômenos

climáticos extremos com maior

prazo de antecedência.

Prever fenômenos extremos no

Brasil - como as tempestades que

costumam castigar diversas áreas

no país durante o verão - com

maior prazo de antecedência ainda

é um desafio para os

meteorologistas.

Esta é a proposta de um grupo de

pesquisadores do Instituto

Nacional de Pesquisas Espaciais

(INPE).

Para isso, eles precisam entender a

estrutura interna das tempestades

que se originam dos principais

regimes de precipitação do país.

Batizada de "Projeto Chuva", a

iniciativa consiste em estudar a

microfísica das nuvens, isto é, os

processos físicos no interior delas,

para desenvolver um modelo

numérico capaz de rodar no

supercomputador Tupã, em

operação desde janeiro no Centro

de Previsão do Tempo e Estudos

Climáticos, em Cachoeira Paulista

(SP).

"Por conta do maior poder de

resolução espacial do Tupã, é

preciso parametrizar e descrever os

elementos com mais detalhes. Isso

implica medir o tamanho dos

hidrometeoros (partículas

encontradas nas nuvens), como as

gotas líquidas, o granizo, o graupel

(forma de granizo) e a neve, assim

como sua distribuição nos sistemas

climáticos", explica Luiz Augusto

Machado, coordenador do projeto.

Tomografia das nuvens

Esse processo de coleta e análise

de dados será realizado em sete

locais no país, representativos dos

principais regimes de precipitação

do Brasil. "Nosso objetivo é criar

um banco de dados dessas

estruturas microfísicas e verificar

se elas se ajustam a essa alta

resolução espacial, de até 1

quilômetro", contou.

Os experimentos tiveram início em

março de 2010 no Centro de

Lançamento de Alcântara (MA).

De lá, os pesquisadores partiram

para Fortaleza (CE), onde

construíram uma torre para abrigar

o radar móvel de dupla

polarização.

O equipamento, considerado um

dos mais modernos da área, está

agora instalado no topo do prédio

do Departamento de Meteorologia

da Universidade Federal do Pará,

em Belém.

Além de fornecer dados e medidas

sobre as estruturas das nuvens, o

radar, aliado a uma série de

equipamentos meteorológicos,

permitirá aos cientistas conhecer

os processos de precipitação

relacionados à microfísica das

nuvens, como a formação de

descargas elétricas, efeitos

radiativos e interação com

aerossóis.

Page 20: REVISTA INFO AVIAÇÃO 12ª EDIÇÃO JULHO / 2011

20

"A influência das gotas sobre o

clima tem diversas implicações,

desde processos radiativos às

mudanças climáticas", explicou

Machado.

Nesse processo definido como

tomografia dos sistemas, o foco da

pesquisa em Fortaleza foi a

precipitação costeira. São as

chamadas "nuvens quentes",

responsáveis por grande parte das

chuvas nos trópicos.

Em Belém, os pesquisadores

investigam as chuvas de linhas de

instabilidade, formadas por

grandes aglomerados de cúmulos-

nimbos e que, ao penetrar no

interior da Amazônia, provocam

chuvas intensas.

Novo satélite brasileiro

Em cada uma das localidades

pesquisadas, serão ministrados

cursos para meteorologistas sobre

a instrumentação utilizada.

"O sensoriamento remoto por

satélite e por radar, a microfísica e

a modelagem por computação são

áreas novas no setor. Por conta

disso, há no Brasil poucos

especialistas no assunto", disse

Machado.

Além do conhecimento sobre a

microfísica das nuvens, os dados

obtidos em cada sistema serão

aplicados no desenvolvimento de

algoritmos de um novo satélite

brasileiro.

Com o lançamento previsto para

2015, o satélite irá compor o

Programa Internacional de

Medidas de Precipitação (Global

Precipitation Measurement - GPM,

em inglês), liderado pelas agências

espaciais Nasa (Estados Unidos) e

Jaxa (Japão), para monitorar a

precipitação em todo o mundo em

áreas de 25 km2 a cada três horas.

Zona de convergência

No fim de 2011, será a vez do Vale

do Paraíba, no interior paulista,

onde predomina a zona de

convergência do Atlântico Sul e

são formadas as tempestades

locais.

Em seguida, o grupo estudará os

complexos convectivos de

mesoescala em Foz do Iguaçu.

Esse sistema é responsável pela

formação de grandes aglomerados

de nuvens, que representam 90%

da precipitação na região Sul do

Brasil.

Depois, os cientistas retornarão ao

Norte do país para estudar, em

Manaus, os diversos tipos de

regimes presentes na Amazônia,

entre os quais a convecção intensa

local e a convecção organizada. De

lá, o grupo seguirá para Brasília

para pesquisar as chuvas relativas

às penetrações de frentes frias,

organizadas na parte central do

Brasil.

Page 21: REVISTA INFO AVIAÇÃO 12ª EDIÇÃO JULHO / 2011

21

USAF estuda modernizar mais caças F-16 enquanto o F-

35 não chega

om a chegada atrasada do

F-35, a U.S. Air Force

(Força Aérea dos EUA)

provavelmente precisará

modernizar mais aeronaves de caça

F-16, que compõem metade da

frota de caça atualmente em

serviço. Richard Aboulafia,

analista do Teal Group, de Fairfax,

Virginia, disse que a USAF irá

analisar de perto as melhorias na

antena radar de varredura

eletronicamente ativa (AESA)

além do atual programa (V)9, mas

também a potência do motor atual

e melhorias de confiabilidade,

sistemas de guerra eletrônica, e

modificações no cockpit e, claro,

qualquer trabalho estrutural

necessário para fuselagens já

desgastadas. ”

A Lockheed Martin, que fabrica a

aeronave, tem algumas idéias a

respeito de que a USAF precisa

fazer para manter o Fighting

Falcon em operação até 2030.

O caça tem que ter sua vida

estrutural prolongada do padrão de

8.000 horas para entre 10.000 e

12.000 horas. Certas partes da

estrutura terão que ser

modificadas, disse Bill McHenry,

chefe de desenvolvimento do F-16

na Lockheed.

Atualmente, a Força Aérea está

avaliando a vida estrutural de seu

mais novos caças F-16 Block 40 e

50 F-16s, disse McHenry. As

aeronaves podem ser deixadas fora

da atualização das 8.000 horas,

porque eles foram utilizados em

condições de voo de configurações

relativamente benignas, disse ele.

Os mais antigos F-16 Block 25s e

30s foram operados em

configurações que não são

propícias para estender a vida útil

da fuselagem, por exemplo, no

transporte de cargas assimétricas.

McHenry disse que as melhorias

estruturais nos caças não devem

ser um problema. A chave para

manter a aeronave atualizada são

os aviônicos.

McHenry disse que os radares

AESA da Raytheon e Northrop

Grumman poderão participa de

uma competição para um contrato

que substituirá o radar existente.

Uma análise mais aprofundada está

sendo feita para adicionar a função

de Multi-Advanced Data-Link

(MADL) entre o F-35 e o F-16, o

que permitiria que a aeronave

pudesse ser interoperável com

caças de quinta geração stealth.

Essas atualizações devem ser

bastante simples por causa da

arquitetura do hardware do F-16,

disse McHenry. “Estamos muito

orgulhosos do fato que nós

podemos oferecer opções aos

nossos clientes”, disse ele.

C

Page 22: REVISTA INFO AVIAÇÃO 12ª EDIÇÃO JULHO / 2011

22

Viagem aérea: do glamour à canseira

ão bastasse a péssima

infraestrutura dos

aeroportos, companhias

têm mostrado despreparo para

atender à demanda crescente de

passageiros

O glamour e a comodidade que

caracterizavam o transporte aéreo

ficou definitivamente no passado.

Hoje viajar de avião virou

sinônimo de transtorno. Não

bastasse a péssima infraestrutura

dos aeroportos, as companhias

aéreas, que durante anos primavam

pela qualidade dos serviços, têm

revelado despreparo para atender à

demanda crescente de passageiros,

em torno de 20% ao ano.

Exemplo disso foi o aumento do

volume de multas aplicadas pela

Agência Nacional de Aviação

Civil (Anac), especialmente por

causa de problemas no

atendimento. Entre 2007 e 2010, o

valor arrecadado saltou 2.053%, de

R$ 808 mil para R$ 17,4 milhões.

No ano passado, cerca de 74% dos

autos de infração foram mantidos

após recurso das empresas - a

maioria com o valor original

proposto pela Anac.

Na prática, esse avanço é o reflexo

dos problemas dos cidadãos que

usam o transporte aéreo, como

atraso e cancelamento de voos,

bagagens desviadas (ou

danificadas), filas para check-in e

uma completa falta de

comunicação com os passageiros.

Muitos deles viajam pela primeira

vez de avião e só conhecem os

bons serviços das companhias de

ouvir falar.

O problema parece estar longe do

fim. Até porque o valor das multas

é muito pequeno diante do

faturamento bilionário das

empresas. Além disso, na maioria

das vezes, as companhias não

reconhecem a responsabilidade

pelos transtornos e culpam a falta

de estrutura dos aeroportos e dos

órgãos do governo (como a polícia

federal) pelos conflitos.

"Na medida em que há múltiplas

ineficiências, fica mais fácil

relaxar nos padrões de qualidade.

Afinal, pode-se dizer que o

problema é da infraestrutura",

afirmou um especialista que

prefere não se identificar.

Na avaliação do engenheiro

aeronáutico Jorge Medeiros,

professor de transporte aéreo e

aeroportos da Escola Politécnica

da Universidade de São Paulo, a

qualidade dos serviços está sendo

desprezada pelas empresas, que

não atendem espontaneamente os

direitos dos passageiros. "É preciso

espernear para conseguir alguma

coisa", diz ele, que já trabalhou em

grandes companhias aéreas.

Medeiros faz questão de lembrar

que a Varig já foi eleita a empresa

com o melhor serviço de bordo do

mundo. "Mas isso lá na década de

N

Page 23: REVISTA INFO AVIAÇÃO 12ª EDIÇÃO JULHO / 2011

23

60, quando as empresas tinham

motivação própria para melhorar

os seus serviços." Naquela época,

havia até menu à la carte,

diferenciado por destino. Mas não

é preciso tanto para satisfazer os

consumidores, que querem apenas

mais conforto e tranquilidade nas

suas viagens.

Para alguns especialistas, a

deterioração da qualidade dos

serviços já não pode mais ser

atribuída ao aumento da demanda,

que tem sido constante. Isso

porque, da mesma forma que as

companhias precisam se aparelhar

para comprar novos aviões, elas

também teriam de melhorar a

gestão do atendimento ao

consumidor.

A explicação estaria na fórmula

para reduzir custos e manter as

margens. Com tarifas baixas,

permite-se a entrada de novos

passageiros no sistema, mas a

qualidade dos serviços diminui.

Isso também decorre de outro

problema: embora haja

concorrência entre tarifas, não há

concorrência entre serviços. Todas

mantêm o mesmo padrão, bem

abaixo da média.

Vulcão. O assistente técnico do

Procon-SP, Marcos Diegues, cita

como exemplo de despreparo das

empresas o episódio das cinzas do

vulcão chileno, que provocaram

nas últimas semanas atrasos e

cancelamentos de voos. "O

problema foi causado pela força da

natureza. Mas os transtornos que

surgiram desse fato mostraram que

as empresas não se importam com

os clientes. Estamos vendo

situações que se repetem

sistematicamente."

Na avaliação dele, o problema

poderia ser resolvido com um bom

canal de comunicação entre

empresas e consumidor. Em vez

disso, as companhias deixam os

passageiros sem informação nos

aeroportos por horas. "Qualquer

consumidor submetido a essas

situações fica fora do eixo", diz

Diegues, referindo-se aos conflitos

da semana passada no Aeroporto

de Guarulhos.

O advogado do Instituto Brasileiro

de Defesa do Consumidor (Idec),

Lucas Cabette Fabio, lembra que

há regras que precisam ser

obedecidas em caso de atrasos e

cancelamentos. Na primeira hora, a

empresa precisa oferecer

comunicação aos passageiros; na

segunda, alimentação; a partir da

quarta hora, ressarcimento do valor

da passagem ou cancelamento,

sem multa. Se o consumidor não

estiver no local de origem, a

empresa é obrigada a pagar

hospedagem.

Ao contrário das regras, tem sido

comum verificar consumidores

dormindo em cima de malas ou nas

cadeiras desconfortáveis dos

aeroportos. Por causa desses e de

outros problemas, o número de

manifestações no setor aéreo subiu

73,5% entre 2009 e 2010, para

39.577, segundo a Anac. A agência

destaca, porém, que o aumento

pode ser decorrente do lançamento

do sistema Fale Anac em 2008,

que teve ampla divulgação em

2009.

Para Marcos Diegues, do Procon-

SP, a chave para resolver o

problema está no fortalecimento da

regulamentação e na firmeza da

agência reguladora para punir os

desvios de conduta das empresas,

que prestam um serviço essencial

para a população. Hoje, avaliam

especialistas, há uma fragilidade

institucional muito grande no

setor. A fiscalização e regulação

ainda são frouxas.

Diegues destaca ainda que,

recentemente, o Procon-SP autuou

a TAM pela venda do "assento

conforto". Para sentar na primeira

fileira ou nas poltronas das saídas

de emergência, mais espaçosas, os

passageiros têm de pagar taxa

extra.

Em nota, a Gol destacou que em

todos os casos de atrasos ou

cancelamentos presta atendimento

necessário aos passageiros. Diz

ainda que tem colaboradores

qualificados nos aeroportos e lojas

para atender os clientes. A TAM

também foi procurada, mas não

pode responder porque os

executivos da companhia estavam

em evento externo.

Page 24: REVISTA INFO AVIAÇÃO 12ª EDIÇÃO JULHO / 2011

24

Titan Aviation recebe seu primeiro jato Phenom 100

Embraer entregou um jato

executivo Phenom 100

para a Titan Aviation, uma

empresa global provedora de

serviços especializados para

aviação, sediada nos Emirados

Árabes Unidos, em cerimônia

realizada na sede da Empresa em

São José dos Campos, Brasil.

Este é o primeiro Phenom 100 que

a Titan Aviation gerenciará e

operará para um cliente não

revelado na Índia, ampliando as

operações da empresa naquele

país. A entrega aumenta o número

de jatos executivos da Embraer

gerenciados e/ou operados pela

Titan para quatro aeronaves,

incluindo três Legacy 600. Outros

dois Phenom 100 devem se juntar

à frota da Titan no ano que vem.

“A Titan Aviation se tornou uma

grande amiga e parceira comercial

da Embraer e temos a confiança de

que o gerenciamento e a operação

desta aeronave estão em ótimas

mãos”, disse José Costas, Diretor

de Vendas e Marketing da

Embraer, Mercado Ásia Pacífico –

Aviação Executiva. “Esperamos

continuar fortalecendo nosso

relacionamento com a Titan

Aviation e estabelecer outras

parcerias mutuamente benéficas na

Índia e no resto do mundo.”

“A Titan Aviation trabalhou

estreitamente com a Embraer para

concluir a venda e a entrega deste

Phenom 100 para o nosso cliente,

cujas expectativas foram

plenamente atendidas. Temos a

satisfação de fazer negócio com a

Embraer”, disse Sajad Mohamed,

CEO da Titan Aviation.

Recentemente, a Titan Aviation

organizou o primeiro “Business

Aircraft Static Display Show”, em

Cochin, Índia, de 30 de abril a 1º

de maio. A Embraer participou do

evento com o jato Phenom 100 e

como resultado um cliente

potencial da Titan Aviation

assinou uma proposta para a

compra de um avião deste modelo.

“Esperamos trabalhar em conjunto

com a Embraer para concluir a

venda desta aeronave e elevar

nosso relacionamento a um novo

patamar”, acrescentou Sajad

Mohamed.

Até o momento, a Embraer já

recebeu mais de 30 pedidos de

compra do Phenom 100 de clientes

da Índia. O primeiro cliente

indiano recebeu seu avião em

novembro de 2010 e outros quatro

Phenom 100 foram entregues

posteriormente. A frota de jatos

executivos da Embraer na Índia

totaliza 15 unidades, desde a

entrega do primeiro Legacy 600,

em 2005. Este número inclui um

Lineage 1000, certificado pela

Direção Geral de Aviação Civil da

Índia (DGCA) em abril de 2011, e

nove Legacy 600 na Força Aérea

Indiana, Forças de Segurança de

Fronteira e corporações privadas,

além dos cinco Phenom 100.

A Embraer também indicou a

Indamer Pvt., Ltd., em Mumbai, e

a Airworks, em Nova Deli, como

centros autorizados de serviços

(EASC) para fornecer manutenção,

reparo e revisão aos operadores da

Índia. Estes centros contam com o

apoio de um representante técnico

local da Embraer, baseado em

Mumbai, além do Centro de

Atendimento ao Cliente,

disponível 24 horas na sede da

Empresa, em São José dos

Campos, Brasil, para fornecer

assistência aos jatos executivos da

Embraer em qualquer lugar do

mundo, em qualquer horário.

A Titan Aviation é uma provedora

de serviços de aviação

especializada na venda, operação,

fretamento e gerenciamento de

aeronaves, recursos humanos para

a aviação e serviços de consultoria

para o setor.

Constituída sobre fortes princípios

de dedicação, serviço, confiança e

valor, e contando com uma rede de

escritórios globais em Dubai,

Índia, União Européia, Japão,

Singapura e Estados Unidos, a

Titan Aviation está bem

posicionada para fornecer serviços

de aviação de altaqualidade e

ótimo custo-benefício para os

valiosos clientes.

A

Page 25: REVISTA INFO AVIAÇÃO 12ª EDIÇÃO JULHO / 2011

25

Exército dos EUA celebra os 40 anos do Sistema

Guardrail

xército dos EUA e

Northrop Grumman

Corporation comemoraram

recentemente o 40º aniversário do

Sistema Guardrail, um ativo

nacional tático significativo, que

tem fornecido capacidade de

vigilância contínua enquanto em

voo para enfrentar o desafio

constante da nação em segurança

devido a constantes mudanças de

ameaças. O aniversário de 40 anos

foi comemorado com uma série de

eventos realizados nos dias 14 e 16

de junho em Aberdeen Proving

Ground, Maryland.

A Northrop Grumman tem sido o

principal parceiro da indústria

militar com o Exército no Sistema

Guardrail desde o início do

programa em 1971. Hoje, o RC-

12X, a última atualização para a

frota Guardrail, está fornecendo a

capacidade inigualável de SIGINT

(Inteligência de Sinais) incluindo

geolocalização instantânea de

precisão e identificação de

ameaças para que a Brigada da

Equipe de Combate possa

localizar, corrigir, finalizar,

explorar, analisar e divulgar o

processo de comando de batalha.

O programa de Modernização

Guardrail RC-12X prolonga a vida

útil da aeronave até 2025 e

introduz novas cargas de sensores

para o sistema com uma maior

capacidade para detectar e explorar

ameaças emergentes e de rápida

evolução de guerra irregular e

convencionais. O programa

também contribui para a

sustentabilidade do RC-12X

através de comunalidade com

outras aeronaves, um novo cockpit

no conceito glass, upgrades

estruturais, e melhorias

significativas de equipamentos e

programas.

No início deste ano, a Northrop

Grumman, através de um contrato

de missão com o Exército dos

EUA, colocou em operação os dois

primeiros aviões atualizados para

oferecer apoio no cenário de

combate. As duas aeronaves

completaram recentemente os

ensaios finais de equipamentos

para seguir para implantação

operacional. Um número adicional

de 10 RC-12X será colocado em

operação no período 2011-2012.

E

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26

Gripen NG Demo testa nova geração de aviônicos

o dia 19 de maio, o Gripen

NG Demonstrator voou

com um novo pacote de

aviônicos pela primeira vez. Nesta

fase de testes de voo, depois de

quase 200 voos, um sistema de

arquitetura aberto do sistema de

aviônicos que separa os sistemas

críticos de voo com a

funcionalidade do sistema de

missão da aeronave foi integrado

na aeronave. Também foram

integrados novos computadores

táticos de missão, redes Ethernet e

novas telas Rockwell Collins.

“O que estamos fazendo agora

com a aviônica é um passo muito

maior do que alcançar a velocidade

supercruise com o Demo,” disse

Peter Nilsson, chefe da Saab no

setor de domínio do ar. Segundo o

relatório, após a conclusão dos

testes de aviônica ainda este ano, o

NG será equipado com o radar

Selex Galileo AESA ES-05 Raven.

“A próxima aeronave chegará em

outubro de 2013, e está sendo

construído a partir do zero como

um caça NG “, disse Nilsson. “Isso

trará um novo olhar para o Gripen,

com uma fuselagem maior, com

aumento da envergadura, e novas

entradas de ar do motor.

O sistema Gripen também

completou 160 mil horas de voo

durante a sua missão sobre a Líbia.

Desde o dia 2 de abril, oito caças

Gripen, com base na base aérea

Sigonella, na Sicília, estão voando

diariamente missões de

reconhecimento e de supremacia

aérea. Até agora mais de 300

missões de reconhecimento já

produziram mais de 80.000 fotos.

N

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27

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28

Cockpit Esterline conectado no Hawker Beechcraft AT-6

Esterline CMC

Electronics tem melhorado

seu modular e integrado

Cockpit 4000 para a aeronave de

reconhecimento e ataque leve

(LAAR) Hawker Beechcraft AT-6.

O conjunto de aviônicos integrados

Cockpit 4000 da CMC fornece

uma solução de treinamento militar

avançado aos pilotos. O Cockpit

CMC 4000 inclui um Computador

de Aviônica Integrada (IAC), um

Heads-Up Display (HUD), Up

Front Control Panel (UFCP) e

displays multifuncionais (DMF).

As melhorias feitas pela CMC para

o AT-6 incluem um avançado

Wide Area Augmentation System

(WAAS) com capacidade de

Desempenho de Aproximação

GPS Vertical pelo Localizer

(LPV). O Global Positioning

System Landing System (GPS) da

IntegriFlight CMC ™ está

certificado para operações de

aproximação GPS LPV. A adição

de capacidade de aproximação

completamente integrado do LPV

para o AT-6 permite que a

aeronave possa operar na ausência

de tradicionais auxílios de

aproximação no solo em

aeródromos remotos. A Solução de

LPV da CMC fornece uma

interface limpa e simples que se

comporta exatamente como um

ILS, mas com o desempenho

excepcional e disponibilidade do

WAAS.

Além disso, o UFCP da CMC

fornece ao AT-6 a mesma

integração de sistemas utilizado

nos sistemas de missão Lockheed

Martin instalado nas aeronaves A-

10C, oferecendo um complexo

sensor de comunicação de

combate, de armas e capacidades

necessárias para a missão LAAR.

Ele também reduz a carga de

trabalho do piloto e aumenta a

eficácia da missão.

A

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29

Mulheres no comando da aviação.

Cada dia que passa fica mais visível que a

mulher tomará conta das cabines dos aviões

particulares e de grandes jatos comerciais. É um

orgulho para toda essa nossa nação, ver essas

mulheres alcançando posições tão almejadas por

muitos homens. Costumo sempre comentar com

amigos, que em um grupo de mulher, e um

grupo de homens, existem duas diferenças

básicas. No grupo de mulheres, elas discutem

sempre algo produtivo. Tais como segurança de

vôo e Cia ltda. Já no grupo de amigos, ocorre

uma discussão nada aproveitável, um discute

com o outro quem voa mais baixo. Se um passa a

10 metros do chão, o outro passa a 8... o outro

realiza uma passagem a 1 e por ai segue-se até o

pior acontecer.

É como diz uma comunidade do Orkut, tal qual

sou dono da mesma, e convido todos e todas a

participarem. Aviadoras é quem dominam.

Realmente a “mulherada” irá tomar conta da

aviação. Para se ter uma idéia. Historicamente a

aviação era um espaço reservado aos homens. Já

para a mulher, o apreender a voar, significava

competição e mudança de paradigmas. Esta era

uma constatação que se fazia desde o início da

conquista do ar. Voar significava penetrar num

mundo reservado aos homens. Agora vemos que

as coisas mudaram.

Em meados do século XX, para as mulheres voar

como profissão e assim competir com os homens

era desafiador. Para que as mulheres realizem o

sonho de voar existem fatores estruturais que

devem ser considerados, tais como, o ambiente

familiar, a escola, o meio social.

O mercado de trabalho na aviação civil não é

mais exclusivo dos homens, já que a participação

feminina vem aumentando ao longo dos anos.

Mesmo assim, elas representam apenas 0,8% do

total de licenças válidas.

Para as mulheres, foram emitidas 793 licenças

para pilotos, das quais 163 habilitações estão

válidas, ou foram renovadas de acordo com a

regulamentação. Entre as profissionais com

licenças válidas, foram habilitados 51 pilotos

privados de avião, 65 pilotos comerciais e 15 de

linha aérea. De helicópteros, a Anac (Agência

Nacional de Aviação Civil) emitiu licenças para

seis pilotos privados, 20 pilotos comerciais e seis

de linhas áreas.

Além de ser bonito ver a mulher voar, mais lindo

ainda é ver o lado mulher da comandante.

Simpatia, simplicidade, líder de uma turma que

necessite dela o tempo todo. Todo passageiro que

ao descer a escada de um avião apreciando o

sorriso de uma comandante, fica feliz pela

felicidade e o sorriso especial da comandante.

Faz com muitos voltem ao vôo somente pela

presença daquela pessoa contagiante que

encanta a todos com suas personalidades. A

todas as mulheres, receba o meu beijo, o meu

carinho, e o meu eterno respeito para com vocês.

Continue sempre a diante. São de pessoas assim,

como vocês, que o nosso Brasil precisa para

acionar, taxiar, decolar e aproar rumo a novos

horizontes, levando em consideração a segurança

de vôo e o bem estar do passageiro. Felicidades.

Tiago Balduino Ricci

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Novas regras agilizam operações de Voo VFR e da Aviação

Geral

ntraram em vigor, no dia 28

de junho, as novas normas

relativas às operações das

aeronaves que voam nas chamadas

"Regiões de Informação de Voo" -

(FIR) Flight Information Region -

de Brasília e Curitiba, que

beneficiarão, principalmente, as

aeronaves sob "Regras de Voo

Visual" - (VFR) Visual Flight

Rules, como o termo é conhecido

pela nomenclatura internacional.

A medida também afeta as demais

aeronaves que operam em altitudes

mais baixas, incorporando uma

série de importantes benefícios aos

usuários, ao flexibilizar a margem

de utilização de níveis de voo e

prover mais autonomia aos pilotos.

Os novos NOTAM (documento, de

caráter imediato, que divulga

orientações às operações de voo),

publicados pelo Departamento de

Controle do Espaço Aéreo

(DECEA), dizem respeito apenas

às Regiões de Informação de Voo

de Brasília (FIR-BR) e Curitiba

(FIR-CW).

Segundo eles, as aeronaves que

voam VFR poderão operar até

14.500 pés (FL 145 / 4419 metros).

Outro ponto a salientar é que os

voos por instrumento (IFR -

Instrument Flight Rules), poderão

ser executados em todo o Espaço

Aéreo Inferior, observando-se as

regras de segurança pertinentes.

A publicação dos referidos

NOTAM é parte de um pacote de

soluções, a curto e longo prazo, no

qual também reside o "Plano de

Ação de Reestruturação do Espaço

Aéreo Brasileiro e Evolução do

Serviço de Informação de Voo".

Em desenvolvimento pelo

DECEA, o plano visa reestruturar

a arquitetura do Espaço Aéreo

nacional.

Uma vez em curso, essa

reformulação proporcionará

melhor aproveitamento do Espaço

Aéreo, permitindo mais

flexibilidade aos usuários. A

manutenção dos níveis de

segurança será garantida através da

adoção de conceitos empregados

nos principais países do cenário

mundial e referendado pela

Organização de Aviação Civil

Internacional (OACI), além de

recursos tecnológicos de ponta.

E

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31

Trimotor Ford

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32

Trimotor Ford (também

chamada de "Tri-Motor", e

apelidado de "The Tin

Goose") foi um americano de três

motores de avião de transporte que

foi produzido pela primeira vez em

1925 pelas empresas de Henry

Ford e que continuaram a ser

produzidos até 07 de junho , 1933.

Ao longo de seu tempo na

produção, um total de 199

Trimotors Ford foram produzidos.

Embora tenha sido projetado para

a aviação civil no mercado, esta

aeronave foi também utilizada por

unidades militares, e foi vendido

em todo o mundo.

A história do Trimotor

Ford começou com

William Stout Bushnell ,

um engenheiro

aeronáutico que tinha

anteriormente desenhado

várias aeronaves

utilizando princípios

semelhantes aos do

professor Hugo Junkers ,

o designer de avião notou

alemão.

No início dos anos 1920

Henry Ford , junto com

um grupo de 19

investidores, incluindo

seu filho Edsel , investiu

na Companhia Stout

Metal Airplane . Em

1925, a Ford comprou Stout e seus

projetos de aeronaves. O design

Stout monomotor foi transformado

em um design multi-motor do

Stout 3-AT com três Curtiss-

Wright ar resfriado motores

radiais. Depois de um protótipo foi

construído e testado em vôo com

resultados pobres, um incêndio

suspeito causando a destruição

completa de todos os projetos

anteriores, o "4-AT" e "5-AT"

surgiu.

Que o Trimotor Ford usou uma

construção toda em metal não era

um conceito revolucionário, mas

certamente mais avançada do que

as técnicas de construção padrão

em 1920.

A aeronave se assemelhava ao

Fokker F. VII Trimotor, mas ao

contrário do Fokker, o Ford era

todo de metal, permitindo à Ford

afirmam que foi "o mais seguro

avião ao redor." A sua fuselagem e

as asas foram construídos de liga

de alumínio que foi corrugado para

maior força, apesar de o arrastar

reduzido o seu desempenho global.

Esta se tornou uma espécie de

marca registrada para o Trimotor.

Embora tenha sido projetado

principalmente para uso de

passageiros, o Trimotor poderia ser

facilmente adaptado para

transportar carga, pois seus

assentos na fuselagem pode ser

removido. Para aumentar a

capacidade de carga, uma

característica incomum era o

fornecimento de "drop-down"

porões de carga abaixo do limite

inferior seções de asa interna do 5-

AT versão.

Um 4-AT com Wright J-4 200

motores hp foi construído para o

Exército dos EUA Air Corps como

o C-3, e sete com Wright R-790-3

(235 hp), como C-3AS. Os últimos

foram atualizados para Wright R-

975-1 (J6-9) radiais com 300 cv e

redesignated C-9. Cinco 5-ATs

foram construídas como C-4 ou C-

4As.

O original (produção comercial) 4-

AT tinha três motores refrigerados

a ar Wright radial. Ele carregava

uma tripulação de três: um piloto,

um co-piloto, e uma aeromoça,

assim como oito ou nove

passageiros . Quanto mais tarde 5-

AT tinha mais potente Pratt &

Whitney motores. Todas as

modelos tinham alumínio corpo de

metal corrugado folhas e asas. No

entanto, ao contrário de muitos

aviões da época, estendendo-se

através da Segunda Guerra

Mundial , suas superfícies de

controle de vôo ( ailerons ,

elevadores e leme ) não foram

cobertas de tecido, mas sim, eles

também eram feitos de metal

corrugado. Como era comum para

a época, seu leme e os elevadores

eram controladas por fios que

estavam amarrados ao longo da

superfície externa da aeronave. Da

mesma forma, indicadores do

motor foram montados

O

Page 33: REVISTA INFO AVIAÇÃO 12ª EDIÇÃO JULHO / 2011

33

externamente, sobre os motores,

para ser lido pelo piloto enquanto

olha através do pára-brisa do

avião. Outro anacronismo foi o uso

da mão-operada "Brake Johnny."

Como os carros Ford e tratores,

essas aeronaves Ford foram bem

desenhados, relativamente barata e

confiável (para a época). A

combinação de estrutura metálica e

sistemas simples levaram à sua

reputação de robustez. Serviço

rudimentar poderia ser realizado

"no campo", com tripulação de

terra capaz de trabalhar em

motores de utilização de andaimes

e plataformas. A fim de voar em

sites de outra forma, inacessíveis,

o Trimotor Ford poderia ser

equipado com esquis ou

flutuadores.

O rápido desenvolvimento de

aeronaves neste momento (o

vastamente superior Douglas DC-2

foi concebido em 1932),

juntamente com a morte de seu

piloto pessoal de Harry J. Brooks

em um vôo de teste, levou a um

interesse perder Henry Ford na

aviação. Enquanto a Ford não fazer

um lucro em seu negócio de

aeronaves, a reputação de Henry

Ford emprestou credibilidade à

aviação infantil e companhia aérea

indústrias e Ford ajudou a

introduzir muitos aspectos da

infra-estrutura da aviação

moderna, incluindo pavimentadas

pistas , terminais de passageiros,

hangares , aéreo e de rádio de

navegação .

No final de 1920, a Divisão de

Aeronaves de Ford era tida como o

"maior fabricante de aviões

comerciais do mundo." Ao lado do

Trimotor Ford, um avião de

transporte regional novo

monoposto, o Flivver Ford ou

"Sky Flivver" tinha sido projetado

e levado em forma de protótipo,

mas nunca entrou em produção em

série. O Trimotor não era para ser

última empresa da Ford na

produção de aeronaves. Durante a

Segunda Guerra Mundial, a maior

usina de fabricação de aviões no

mundo foi construído no Willow

Run , Michigan planta, onde a

Ford produziu milhares de B-24

Liberator bombardeiros sob

licença da Aircraft consolidado .

O impacto da Trimotor Ford na

aviação comercial foi imediata,

como o projeto representou um

"salto quântico sobre aviões

outro." Dentro de alguns meses de

sua introdução, Transcontinental

Air Transport foi criado para

proporcionar uma operação de

costa a costa , capitalizando sobre

a capacidade do Trimotor para

fornecer confiança e para a época,

o serviço de passageiros

confortável. Embora anunciado

como um serviço transcontinental,

a companhia aérea teve que confiar

em ligações ferroviárias com um

luxo de trem Pullman , que seria

baseada em Nova York sendo a

primeira parte da viagem.

Passageiros, em seguida, com um

rendezvoued Trimotor em Port

Columbus, Ohio, que se inicia uma

hop em todo o continente termina

na Waynoka, Oklahoma, onde

outro trem levaria os passageiros

para Clovis, no Novo México,

onde a jornada final iria começar,

mais uma vez em um Trimotor,

para acabar no Grand

Central Terminal, em

Glendale Air, a poucos

quilômetros a nordeste

de Los Angeles.

A viagem "cansativa"

só estaria disponível

por um ano antes

Transcontinental foi

incorporada uma

combinam com a

Western Air Service.

Trimotors Ford

também foram

utilizados

extensivamente por

Pan American Airlines

, ampliando o serviço

da América do Norte

em Central e América

do Sul durante o

mesmo período. O

apogeu para o

Page 34: REVISTA INFO AVIAÇÃO 12ª EDIÇÃO JULHO / 2011

34

transporte da Ford foi

relativamente breve, durando

apenas até 1933, quando aviões

mais modernos começaram a

aparecer. Ao invés de desaparecer

completamente, o Trimotors

ganhou uma reputação invejável

para maior durabilidade com

anúncios Ford, em 1929,

proclamando: "Nenhum plano

Ford ainda gasta em serviço." Em

primeiro lugar ser relegado para as

companhias aéreas de segunda e

terceira linha, o Trimotors

continuou a voar em 1960, com

numerosos exemplos de ser

convertido em carga transporta

para retardar ainda mais a sua

carreira e quando começou a

Segunda Guerra Mundial, as

versões comerciais foram logo

modificado para aplicações

militares.

Alguns dos vôos significativos

feitos pela Ford Trimotor neste

período aumentou grandemente a

reputação do tipo de resistência e

confiabilidade. Um exemplo é o da

Ford 4-AT Trimotor número de

série 10, construído em 1927. Ele

voou nos Estados Unidos e México

sob o registro número C-1077, e

durante vários anos no Canadá sob

o registro G-CARC. Tinha muitas

realizações notáveis, que foi

pilotado por Charles Lindbergh e

Amelia Earhart , entre muitos

outros. Ele fez o primeiro vôo

comercial do Estados Unidos para

a Cidade do México , eo primeiro

vôo comercial ao longo dos

Montanhas Rochosas canadenses .

Após lesão no desembarque em

1936, foi aterrada e permaneceu

durante décadas em Carcross,

Yukon . Em 1956, os destroços

foram recuperados e preservados, e

em meados de 1980 Greg Herrick

assumiu C-1077 e começou a

restaurá-lo. A partir de 2006, C-

1077 está na condição de voar de

novo, restaurado à sua aparência

dezembro 1927.

Fazer manchetes se tornou uma

marca Trimotor. Em 27 de

novembro e 28 de 1929, o

comandante Richard E. Byrd

(navegador), chefe piloto Bernt

Balchen , e dois outros tripulantes,

o co-piloto e do fotógrafo, fez o

primeiro vôo acima do Pólo Sul

Geográfico em um Ford Trimotor

que Byrd nomeado o Floyd

Bennett . Esta foi uma das três

aeronaves tomadas nesta

expedição polar, com os outros

dois sendo chamado The Stars and

Stripes e The Virginian,

substituindo o Fokker Trimotors

Byrd usado anteriormente.

Franklin Roosevelt também voou a

bordo de um Ford Trimotor em

1932 durante sua campanha

presidencial em um dos primeiros

usos de uma aeronave em uma

eleição, substituindo o tradicional

"apito stop" viagens de trem.

As capacidades de longo alcance

do Trimotor Ford eram explorados

em uma busca para os panfletos

perdidas da Levanevsky

Sigizmund Flight Trans-Polar, em

1937. Stunt filme flyer Jimmie

Mattern voou um especialmente

modificado Lockheed Electra junto

com flyer filme do companheiro,

pilotando um Lincoln Garland

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35

Trimotor despojado doados pelo

presidente da Companhia de

Petróleo Superior. Com 1.800

litros de AVGAS e 450 litros de

óleo na cabine modificado, o

Trimotor tinha a intenção de agir

como um "tanque" para a

expedição. O Electra foi capaz de

transferir combustível no ar a

partir do Trimotor, através de uma

mangueira expulso porta do 4-AT.

Com o teste de reabastecimento

aéreo primeiro sucesso, a dupla de

pilotos partiram para Fairbanks, do

primeiro desembarque Burwash,

Alaska em 15 de agosto de 1937,

mas o Trimotor ficou sem

combustível e caiu no mau tempo

no dia seguinte. O Trimotor foi

abandonado na tundra.

Um dos usos principais da

Trimotor depois de seus dias de

passageiros que transportam

tornou-se numeradas devido a mais

de aeronaves modernas, como o

DC-3, foi o transporte de cargas

pesadas para as operações de

mineração em selvas e montanhas.

Nesse papel o Trimotor foi

empregado por décadas.

Em 1942, durante a Batalha de

Bataan , um Trimotor foi usado em

evacuações da ilha. A aeronave iria

transportar 24 pessoas cerca de

500 quilômetros por viagem, duas

vezes por dia. A aeronave acabou

por ser metralhado e destruído por

aviões japoneses.

Nos anos do pós-guerra, o

Trimotors Ford continuou em

serviço limitado com pequenas, as

transportadoras aéreas regionais.

Um dos mais famosos foi o Scenic

Airways Ford Trimotor N414H

que foi usado durante 65 anos

como um avião de turismo

sobrevoando o Grand Canyon.

Caracteristicamente, a aeronave

ainda está em uso a partir de 2010,

principalmente para o trabalho de

promoção e cinema.

Características gerais

Crew: 3 (1 Aeromoça)

Capacidade: dez passageiros

Custo: $ 42.000 em 1933

Comprimento: 50 pés 3 (15,32 m)

Envergadura : 77 ft 10 in (23,72 m)

Altura: 12 ft 8 em (3,86 m)

Área da asa: 835 ft ² (77,6 m²)

Peso vazio : £ 7.840 (3,560 kg)

Peso carregado: £ 10.130 (4,590 kg)

Peso máximo de decolagem : 13.500 lb (6,120 kg

Capacidade de combustível: 230 normalmente

EUA galões (886 litros )

Consumo de combustível: cerca de 45 galões por

hora (173 litros por hora))

Powerplant: 3 × Pratt & Whitney Wasp C 9

cilindros motores radiais , 420 hp (313 kW) cada

Execução

Velocidade máxima : 150 mph (241 km / h, 130

kts)

Velocidade de cruzeiro : 90 mph (145 km / h, 78

kts)

Velocidade de estol : 64 mph (103 km / h, 56 kts)

Faixa : 550 milhas (885 km, 478 nm)

Teto de serviço : 18.500 pés (5.640 m)

Taxa de subida : ft / min (m / s)

Wing loading : £ 16,17 / ft ² (78,87 kg / m²)

Potência / massa : 10.71 lb / hp (6,52 kg / kW)

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Revista Info Aviação 12ª Edição Julho / 2011

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