revista info aviação 10ª edição maio 2011

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1 Maio de 2011 / Edição 10 / Maio 2011 www.infoaviacao.com MD 520 NOTAR Novos sensores espectrais para as aeronaves U-2 da USAF Embraer amplia sua área de atuação Aeroportos regionais requerem R$ 2,4 bi, diz associação Programa do motor alternativo F136 do JSF é oficialmente cancelado

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- Novos sensores espectrais para as aeronaves U-2 da USAF - Corte na Defesa faz Brasil suspender compra de helicópteros da Rússia - MD 520 Notar - Amada e odiada - Embraer amplia sua área de atuação - UMA PAIXÃO CHAMADA AVIAÇÃO - Aeroportos regionais requerem R$ 2,4 bi, diz associação - Russian Helicopters fecha acordo para promover helicópteros no Brasil - Programa do motor alternativo F136 do JSF é oficialmente cancelado

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Page 1: Revista Info Aviação 10ª Edição Maio 2011

1 Maio de 2011 /

Edição 10 / Maio 2011

www.infoaviacao.com

MD 520 NOTAR

Novos sensores espectrais para as aeronaves U-2 da

USAF

Embraer amplia sua área de atuação

Aeroportos regionais requerem R$ 2,4 bi, diz

associação

Programa do motor alternativo F136 do JSF é

oficialmente cancelado

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2 Maio de 2011 /

Page 3: Revista Info Aviação 10ª Edição Maio 2011

3 Maio de 2011 /

Morar no mundo e passar só de vez em quando em casa.

É estar longe dos problemas da Terra e sonhar alto

É conhecer novas culturas, lugares, e pessoas.

É acorda no sul e dormir no norte.

Voar sempre mais alto!...e sair da rotina!

É ter estado ontem em Santiago, hoje em Buenos Aires, amanhã em São Paulo, depois de amanhã em casa e

simplismente sentir saudades daquelas poltronas lotadas de gente, daquelas turbulências onde tudo para e os

olhares arregalados só focam os seus movimentos.

é sorrir pro passageiro na pior das turbulências.

É ter bom senso e passar confiança.

Ser equilibrado, serio e gentil ao mesmo tempo.

Ser médico, psicólogo, pai, neto, amigo, centro de informações.

É saber separa a razão do coração na hora de uma emergência.

E sorrir quando se tem vontade de chorar.

Poder chegar ao final de um vôo e receber de volta o sorriso de cada pessoa durante a despedida no

desembarque.

É deixar de lado de fora do avião as nossas particularidades.

É fazer tudo para agradar seu cliente e ao final ouvir que a sua empresa e uma merda mantendo um sorriso

doloroso no rosto.

É ter amor ao que se faz.

É não saber se volta pra casa ao final do dia.

É lidar com o perigo.

E ter um eterno amante: O CÉU

Transformar medo em tranqüilidade;

mostrar segurança ao desconhecido;

receber o estranho como um velho amigo;

fazer companhia ao solitário com palavras ou apenas atenção;

trocar tristezas por alegrias;

Irradiar sorrisos sem cobrar nada em troca;

trabalhar sentimentos sem mesmo ser psicóloga ou terapeuta;

Driblar a família, namorado, marido, filhos ou amigos para se ausentar em datas importantes;

é esperar que seja compreendido a cada imprevisto;

Afinal, assim é a aviação... Assim é a nossa profissão!

Hoje estamos aqui, mas muitos estão nos ares, trabalhando para alguém poder partir ou chegar ao seu destino.

Uma vida feita de muitas escalas, idas e vindas, faça chuva ou faça sol, calor ou frio. Seja feriado ou dias

normais, sempre haverá comissários voando pelo céu, sempre haverá histórias alegres ou tristes, sempre haverá

pequenos e grandes gestos, sempre haverá sorrisos em forma de gente.

Porque ser comissário é mais do que uma profissão: É um conjunto de sentimentos, conhecimentos e gestos.

Deus escolhe a dedo os tripulantes porque ele só permite que viva no céu, pertinho dele, pessoas especiais.

Resumindo ser Comissário de Vôo é um privilégio!

Se você tem um sonho nunca desista, pois fazer o que gosta e previlegio de poucos.

31 de Maio – Dia do Comissário(a) de Bordo

Page 4: Revista Info Aviação 10ª Edição Maio 2011

4 Maio de 2011 /

Levando sua empresa, cultura e as belezas da aviação para

todo o mundo

Anuncie:

Fone: (62) 8518-0817

[email protected]

www.infoaviacao.com

Page 5: Revista Info Aviação 10ª Edição Maio 2011

5 Maio de 2011 /

F-X2: Consórcio Rafale faz parceria com empresas mineiras

Avião Novo

Pg. 11 Lockheed Martin entrega o segundo

C-5M Super Galaxy de produção

para USAF

Pg. 16

Onde TAM, Gol e Azul vão parar

na briga por novos pontos de

venda?

Pg. 20

PRODUÇÃO DE HELICÓPTEROS

COLOCA BRASIL ENTRE

GIGANTES MUNDIAIS

Pg.24

Lineage 1000 recebe Certificação

de Tipo da Direção Geral de

Aviação Civil da Índia

Pg. 32

Programa do motor alternativo

F136 do JSF é oficialmente

cancelado

Pg. 38

Page 6: Revista Info Aviação 10ª Edição Maio 2011

6 Maio de 2011 /

Novos sensores espectrais para as aeronaves U-2

da USAF

Goodrich Corporation

recebeu um contrato do

Departamento de Defesa

dos EUA para entregar dois

modernizados Sensores de

Reconhecimento Eletro-Óptico

Senior Year (SYERS) para a U.S.

Air Force (USAF) para utilização

nas aeronaves de reconhecimento

U-2. Essas modernizações,

conhecidas como SYERS-2A,

ampliarão a funcionalidade dos U-

2 pela adição de uma capacidade

extra multi-espectral para a

plataforma, fornecendo

significativamente mais utilidade

na criação e leitura das imagens.

Os sensores multi-espectrais

capturam imagens em específicas

frequências pela espectro

eletromagnético. Essas imagens

podem ser utilizadas para análises

de ameaças no solo e em prédios,

pela detecção e mostrando as

mudanças não vistas

aparentemente pelo olho humano.

Os sensores serão instalados nas

aeronaves de Inteligência,

Vigilância e Reconhecimento

(ISR) U-2 operados pelo 9ª Ala de

Reconhecimento, e serão

fabricados pela Goodrich ISR

Systems localizada em

Chelmsford, Mass.

A

Page 7: Revista Info Aviação 10ª Edição Maio 2011

7 Maio de 2011 /

Corte na Defesa faz Brasil suspender compra de

helicópteros da Rússia

m dos principais contratos

do programa de

reaparelhamento das

Forças Armadas sofreu um corte

profundo: o ministro da Defesa,

Nelson Jobim, decidiu suspender o

processo de incorporação de novos

helicópteros russos Mi-35 à Força

Aérea Brasileira (FAB) – onde

foram rebatizados com o nome

AH-2 Sabre.

A reboque dos problemas

orçamentários e de assistência

técnica para as seis primeiras

unidades já entregues, Jobim

mandou contingenciar R$ 112

milhões do programa que deveriam

ser gastos ao longo deste ano.

Os 12 modelos Mi-35 que o Brasil

comprou da Rússia por cerca de

US$ 250 milhões foram

incorporados à frota da FAB em

abril de 2010. O lote final, de seis

unidades, deveria ser entregue até

o fim deste ano. O Comando do

Exército considerava a

possibilidade de adquirir ao menos

mais quatro desses ―tanques

voadores‖ para equipar a aviação

de força terrestre.

O Estado apurou no Ministério da

Defesa que Jobim tomou a decisão

de paralisar a incorporação dos

novos aparelhos aproveitando ―o

surgimento de argumentos

técnicos‖. Evitando entrar em

detalhes, um oficial do Comando

da Aeronáutica disse que ―não há

nenhum problema grave na

assistência técnica, mas existem

falhas em determinados

componentes dos aparelhos que

estão no País‖. Embora o

desempenho operacional seja

considerado bom, as primeiras

aeronaves apresentaram problemas

técnicos.

Um deles foi o do estabelecimento

de compatibilidade entre a

eletrônica de bordo, russa, e o

sistema de comunicações da FAB,

que segue padrões americanos.

Houve dificuldades na adaptação

da conexão às fontes externas de

energia. Mais recentemente,

pedidos de fornecimento de peças

e componentes não foram

atendidos de forma conveniente.

Os argumentos técnicos são vistos

como ―razões providenciais‖ para

segurar o orçamento da Defesa. O

ministério foi um dos mais

atingidos pelo corte total de R$ 50

bilhões que a presidente Dilma

Rousseff decretou no início do

governo. Dos R$ 15 bilhões

aprovados pelo Congresso, a

Defesa teve contingenciados, em

fevereiro, R$ 4 bilhões.

Só suspensão. Formalmente, o

governo brasileiro não rasgou o

contrato com a Rússia, apenas

suspendeu por todo o ano a

incorporação dos Mi-35 e o

respectivo desembolso. Além dos

12 helicópteros, cuja compra foi

formalizada em outubro de 2008, o

Brasil adquiriu um pacote de

armamentos e suprimentos para

manutenção por cinco anos. O

acordo foi assinado no Rio, pelo

então presidente Luiz Inácio Lula

da Silva e por seu colega russo

Dmitri Medvedev.

À época, a imprensa russa, a

começar pelo jornal Pravda,

avaliou que a importação das

aeronaves quebrava uma série de

―tabus‖. Trata-se dos primeiros

equipamentos militares pesados

comprados da Rússia pelo Brasil, e

também os primeiros helicópteros

da FAB desenhados

especificamente para situações de

combate – os que estavam em ação

na época eram modelos civis

adaptados. O ministro Jobim

participou da cerimônia de

―batismo‖ das aeronaves, na Base

Aérea de Porto Velho, em

Rondônia. Jobim disse ainda que

haveria transferência de tecnologia

em simuladores de voo.

U

Page 8: Revista Info Aviação 10ª Edição Maio 2011

8 Maio de 2011 /

F-X2: Consórcio Rafale faz parceria com empresas

mineiras

consórcio Rafale

International assinado dia

01/04/, durante seminário

na Federação das Indústrias de

Minas Gerais (Fiemg), quatro

acordos com empresas mineiras e

com a Universidade Federal de

Minas Gerais (UFMG) para

treinamento de pessoal e

desenvolvimento e transferência de

tecnologia aeronáutica. As

parcerias são parte da estratégia do

grupo francês de conquistar, com

apoio do empresariado, a

preferência do governo na

renovação da frota da Força Aérea

Brasileira (FAB).

O consórcio, formado pela

Dassault Aviation, Snecma e

Thales, disputa com a sueca Saab,

fabricante do Gripen NG, e com a

norte-americana Boeing, que

produz os caças FA-18 Hornet,

uma licitação avaliada em ao

menos US$ 4 bilhões para as

aquisições, que podem ultrapassar

100 aeronaves.

Uma das parcerias foi firmada

entre a empresa IAS, da capital

mineira, e a Snecma, para

treinamento em manutenção de

motores de jatos. A IAS é uma das

empresas que participa do esforço

do governo mineiro de criar um

polo aeronáutico próximo ao

Aeroporto Internacional Tancredo

Neves, em Confins, na região

metropolitana de Belo Horizonte.

―Levaremos o pessoal da IAS para

a fábrica francesa e, depois,

técnicos da França virão ao Brasil

fazer o treinamento. Vamos passar

à IAS toda a manutenção dos

motores dos Rafales, caso eles

sejam escolhidos pelo Brasil‖,

disse Jean Marc Merialdo, diretor

da Dassault Aviation no Brasil.

Outra carta de intenção foi

assinada pela Dassault e a CSEM

Brasil, instituição privada sem fins

lucrativos especializada em micro

e nanotecnologia. A parceria com

os franceses terá o objetivo de

desenvolver microssistemas para

transmissão de dados e sensores

sem fio, entre outros, para as

aeronaves. Os dispositivos serão

feitos com base na tecnologia Low

Temperature Co-fired Ceramics

(LTCC), que usa cerâmica de alta

resistência nos sistemas.

―Esperamos contribuir com nossa

experiência no desenvolvimento de

soluções estratégicas‖, declarou o

diretor da CSEM, Tiago Alves.

Já a UFMG firmou parceria com a

Snecma e a Dassault para o

desenvolvimento de tecnologias

aeronáuticas, de motores e de

biocombustíveis para aviação,

além de intercâmbio de estudantes.

―Vale a apena investir em

relacionamento de longo prazo

com a universidade, que já tem

premissas de desenvolvimento

O

Page 9: Revista Info Aviação 10ª Edição Maio 2011

9 Maio de 2011 /

técnico aeronáutico de qualidade‖,

avaliou Merialdo, referindo-se às

pesquisas já desenvolvidas pela

instituição.

Os acordos de ontem se juntam a

outros 63, firmados pelo consórcio

com 40 empresas, para o

desenvolvimento de projetos e

capacitação de pessoal. Segundo o

representante do grupo francês, os

acordos foram feitos com a

perspectiva de que o Brasil opte

pela compra do Rafale, ―mas nada

impede que sejam mantidos

mesmo que o governo escolha

outro concorrente‖.

Em fevereiro, o ministro da

Defesa, Nelson Jobim, afirmou

que, mesmo com o corte de R$ 50

bilhões no orçamento da União, o

governo pode anunciar ainda neste

semestre qual será o fornecedor

das aeronaves. O ex-presidente

Luiz Inácio Lula da Silva já havia

declarado preferência pelos

franceses, enquanto a Aeronáutica

avaliou as aeronaves da Boeing

como melhor opção. ―Mudança de

governo não significa mudança de

posicionamento estratégico dos

concorrentes. Mudaram as pessoas

que vão avaliar as ofertas. As

vantagens que cada um oferece são

as mesmas‖, concluiu Merialdo.

Page 10: Revista Info Aviação 10ª Edição Maio 2011

10 Maio de 2011 /

Destaques do programa F-35 no primeiro

trimestre de 2011

s caças de testes Lockheed

Martin F-35 Lightning II

realizaram vários

progressos durante o primeiro

trimestre de 2011, com a

realização de 199 voos de teste de

um cronograma planejado de 142

voos. Além disso, o modelo F-35B

de decolagem curta / pouso

vertical (STOVL) registrou seis

vezes mais pousos verticais no

primeiro trimestre do que em todo

ano de 2010.

O programa de teste permaneceu à

frente do plano de testes, apesar da

suspensão dos voos das aeronaves

da frota durante a fase de testes

entre 4 e 15 dias durante o período

que foram investigadas as causas

de uma falha dupla num gerador de

energia durante um voo no dia 9 de

março.

Os seguintes números e destaques

fornecem um rápido resumo das

atividades de testes de voo no

primeiro trimestre:

- Modelo F-35A de decolagem e

pouso convencional (CTOL):

realizados 82 voos de testes contra

o planejado de 62 voos.

- Modelo F-35B STOVL:

realizados 101 voos contra um

plano de 62 voos.

- Modelo F-35C (embarcado em

porta-aviões): realizados 16 voos

de 18 previstos.

- Dois modelo de produção, AF-6

e AF-7, voaram pela primeira vez

em preparação para a entrega para

a U.S. Air Force este ano. As duas

aeronaves AF-6 e AF-7 voaram

sete vezes no primeiro trimestre.

- A variante STOVL realizou 61

pousos verticais (em comparação

com 10 pousos verticais em todo

ano de 2010). O BF-1 realizou o

primeiro toque e arremetida no

modo de pouso vertical no

trimestre.

- Desde o início de testes de voo

em dezembro de 2006 até 31 de

março de 2011, os caças F-35 já

voaram 753 vezes, incluindo os

voos dos modelo de produção.

A Lockheed Martin está

desenvolvendo o F-35 com os seus

principais parceiros industriais, a

Northrop Grumman e a BAE

Systems.

O

Page 11: Revista Info Aviação 10ª Edição Maio 2011

11 Maio de 2011 /

AVIÃO NOVO

Pratt & Whitney será principal fornecedor de motores para o A320neo

Airbus antecipou as

primeiras entregas do

modelo A320neo para

outubro de 2015 e selecionou a

canadense Pratt & Whitney como

fornecedora preferencial de

motores. O modelo de turbina

escolhido é o PW1100G.

Inicialmente, a aeronave entraria

em operação apenas do segundo

semestre de 2016.

A companhia aérea alemã

Lufthansa já decidiu que seus

exemplares da nova aeronave serão

equipados com as turbinas do

fabricante canadense. A família

modernizada e com melhor

desempenho deve incluir também

novas versões do A319 e A321. Os

alemães devem receber 25 do

A320neo e 5 do A321neo.

A companhia brasileira TAM já

anunciou a compra de aeronaves

do novo modelo, mas ainda não

anunciou quem será o seu

fornecedor de motores.

A

Page 12: Revista Info Aviação 10ª Edição Maio 2011

12 Maio de 2011 /

MD 520

Notar

MD 520 Notar é um

helicóptero monomotor de

pequeno porte para uso

esportivo e de passeio

impulsionado por uma turbina

Allison C20R, com capacidade

para 01 (um) piloto e mais 04

(quatro) passageiros, fabricado

pela MD Helicópters, de

propriedade da corporação RDM

holandesa.

Pode-se dizer que o helicóptero

compacto MD 520 Notar dispõe do

mais inteligente, avançado,

revolucionário e interessante

sistema anti-torque disponível no

mercado internacional de asas

rotativas, uma tecnologia exclusiva

chamada ―Notar – No Tail Rotor‖

criada, desenvolvida, refinada e

patenteada pelo extinto fabricante

norte-americano Mc Donnell

Douglas e, posteriormente,

comprada pela Boeing e licenciada

para a MD Helicópters holandesa.

Não há nada parecido no mercado:

O moderníssimo sistema anti-

torque ―Notar‖

surpreendentemente dispensa a

necessidade do conjunto de rotor

de cauda, presente na maioria dos

helicópteros, por um conjunto

formado por uma espécie de

ventilador ou ―blowler‖ embutido

no cone de cauda alargado e

adaptado para permitir a circulação

do ar comprimido até sua

extremidade, equipada com um

mecanismo regulador da saída de

ar, gerando assim o tal efeito anti-

torque, necessário para manter ou

auxiliar a manobrabilidade ou

estabilidade da aeronave.

Os elevados níveis de segurança e

o baixíssimo nível de ruído interno

e externo alcançados pelo MD 520

Notar se explicam justamente pela

ausência do rotor de cauda, que é

considerada uma peça crítica na

maioria dos helicópteros

disponíveis no mercado, seja para

uso civil ou militar.

As vendas do MD 520 Notar foram

iniciadas na década de 90 pela

divisão de helicópteros da então

gigante norte-americana Mc

Donnell Douglas , mas a falência

desse fabricante comprometeu por

alguns anos a continuidade do

projeto, até a sua patente

finalmente ser comprada pela MD

Helicópters.

NOTAR

NOTAR, um acrónimo em inglês

para sem rotor de cauda (no tail

rotor), é um processo de

estabilização para helicópteros

desenvolvido pela McDonnell

Douglas, no qual elimina a

utilização de rotores de cauda em

helicópteros, permitindo assim

uma operação mais segura e

silenciosa.

O NOTAR utiliza o efeito Coandă,

enviando o ar das hélices do rotor

principal para a junção da cauda

com a fuselagem principal. Um

ventilador está colocado na

O

Page 13: Revista Info Aviação 10ª Edição Maio 2011

13 Maio de 2011 /

fuselagem da secção

imediatamente a seguir à cauda

sendo operado pela transmissão do

rotor principal. O controlo da força

de rotação é afectado utilizando

esta baixa pressão e ar de alto

volume enviando através da cauda.

Existem actualmente três

helicópteros que utilizam a

tecnologia NOTAR, todos

produzidos pela McDonnell

Douglas:

MD 520N, uma NOTAR

variante da série MD500

Defender

MD 600N, uma versão

maior do MD 520N

MD 900 Explorer

MD 600N

MD 600 é um oito-lugar, luz,

helicóptero monomotor equipado

com Notar. MD-600 oferece

baixos custos operacionais e

desempenho aprimorado. É mais

silencioso, mais rápido, mais

seguro do que muitos outros

helicópteros de sua classe. MD-

600 está disponível tanto para

aplicações civis e militares. É

apropriado para a utilidade,

evacuação médica, transporte VIP,

a aplicação da lei, e passeios

aéreos. MD Helicopters MD-600N

é o modelo de produção atual.

MD-600 é alimentado por um

Rolls Royce único motor de

turbina Allison 250-C47M

avaliado em 530 shp.

A simplicidade mecânica de seis

pás do rotor principal sistema

oferece alta confiabilidade no

baixo custo de oportunidade. pás

do rotor principal são retidos por

um sistema exclusivo pack correia

que acomoda pás do rotor principal

flapping e franjas. As poucas peças

que resultam em maior

confiabilidade. O sistema de

retenção simples lâmina não tem

graxeiras. lâminas individuais são

facilmente substituídos.

O MD900 Explorer

O MD900 Explorer que leva

passageiros para voos de grande

espectacularidade acima dos Alpes

é um helicóptero americano de

última geração. Pilotado

normalmente por inúmeros

membros da direcção Breitling,

distingue-se nomeadamente pelo

seu sistema especial «anti-couple».

O habitual rotor de cauda, cujo

objectivo é impedir que o

helicóptero gire sobre ele próprio,

foi substituído por um perfil de

cauda especialmente estudado que

utiliza o fluxo do ar gerado pelo

rotor central para dirigir o

helicóptero na direcção correcta,

como uma asa.

Este sistema patenteado baptizado

de NOTAR (NO TAil Rotor - sem

rotor de cauda) oferece múltiplas

vantagens, entre elas, maior

segurança (na carga e na descarga),

menos barulho e melhor

maleabilidade da máquina,

nomeadamente num contexto

militar, quando se trata por

exemplo de subir perto de árvores

ou de pousar num espaço limitado.

Primeiro helicóptero comercial

totalmente concebido com ajuda de

técnicas CAD em computador, o

MD900 Explorer dispõe de um

sistema de navegação

ultramoderno. Possui igualmente

um separador de partículas que

permite voar com poeira.

Page 14: Revista Info Aviação 10ª Edição Maio 2011

14 Maio de 2011 /

Amada e odiada

Ao investir em conforto e glamour, a Emirates passou a atrair passageiros e a ira de outras companhias aéreas

— que a acusam de competição desleal.

ada de lanche restrito a

uma barrinha de cereal,

copos de plástico e cobrar,

separadamente, pelo refrigerante.

O serviço da Emirates, empresa

aérea com sede em Dubai, é a

antítese do das companhias low

cost, que se tornaram uma

referência no mercado mundial de

aviação civil nas últimas duas

décadas. Na primeira classe de

seus 15 aviões A380, os maiores

do mundo, os passageiros têm

chuveiro, cabine individual e um

bar aberto para confraternização.

Quem viaja na classe executiva de

suas aeronaves tem direito de ir e

voltar do aeroporto numa limusine

— inclusive no Brasil. Os

passageiros da classe econômica

não desfrutam de tantos mimos,

mas comem com talher de metal e

bebem em copos de vidro. Criada

em 1985 como parte da estratégia

de Dubai de se tornar um grande

centro de negócios e turismo entre

o Ocidente e o Oriente, a Emirates

Airlines foi a única entre as dez

maiores companhias aéreas do

mundo a conseguir lucrar durante a

crise de 2009, quando os

resultados do setor entraram em

queda livre.

Na Europa, a Emirates conseguiu

ganhar mercado com uma

estratégia de interiorização.

Normalmente, os europeus só

conseguiam voar para fora de seus

países fazendo conexão na capital,

em aeroportos muitas vezes

lotados e onde as companhias

locais possuíam vantagens. A

Emirates passou a oferecer voos a

partir dos chamados aeroportos

secundários, como Manchester e

Newcastle, na Inglaterra, e

Hamburgo e Leverkussen, na

Alemanha. Além disso, nos voos

para a Ásia e a África, a empresa

começou a fazer uma parada no

luxuoso aeroporto de Dubai.

Com hospedagem e alimentação

gratuitas, ninguém reclamou. Foi

assim que a Emirates conseguiu

ser a empresa líder em voos

internacionais na Holanda e na

Itália e passou a ocupar a segunda

N

Page 15: Revista Info Aviação 10ª Edição Maio 2011

15 Maio de 2011 /

posição na França, na Alemanha e

na Inglaterra. Mais importante, é

líder mundial em número de

passageiros por milhas voa­das,

uma das estatísticas mais

relevantes na aviação civil. ―A

Emirates oferece, por preço

semelhante ou menor, um serviço

muito melhor que o da

concorrência. Companhias de todo

o mundo têm muito medo dela‖,

diz John Leahy, presidente da

fabricante francesa de aviões

Airbus.

Nos últimos dois anos, a Emirates

tem sido o alvo predileto de suas

concorrentes. Em 2010, a

consultoria americana Arthur D.

Little, contratada pela alemã

Lufthansa, publicou um relatório

no qual acusava a Emirates de ser

beneficiada pelo governo de

Dubai. Em setembro, o então

presidente da holandesa KLM

lançou dúvidas sobre a origem do

dinheiro que financiou a

encomenda de 90 aviões A380 da

Airbus. Toda essa artilharia fez a

Emirates quebrar o silêncio em

novembro passado.

Primeiro, seus executivos

negaram as acusações de

beneficiamento com argumentos

sólidos. Em seguida, partiram para

o ataque. Divulgaram o quanto

diversas companhias aéreas

receberam de ajuda de seus

respectivos países nos últimos 25

anos — 880 milhões de euros para

a Air France, 800 milhões de euros

para a Lufthansa, 11 bilhões de

dólares para a JAL —, seja em

forma de injeção de dinheiro, seja

em empréstimos subsidiados ou

em perdão de dívida.

As acusações da concorrência

fazem referência aos baixos custos

da Emirates e à sua relação com o

governo de Dubai. O presidente do

conselho de administração, o

xeque Ahmed bin Saeed al-

Maktoum, é presidente da Dnata

(empresa que administra o

aeroporto de Dubai) e da

Autoridade da Aviação Civil de

Dubai, órgão que controla a

indústria. Também é tio do xeque

Mohammed bin Rashid al-Mak-

toum, que acumula os cargos de

premiê e vice-presidente dos

Emirados Árabes e é emir de

Dubai.

O motivo da guerra total contra a

Emirates é um só: os analistas de

mercado são unânimes em apontar

a companhia como a mais

promissora do setor de aviação

civil. ―A Emirates tem um hub

bem no meio das rotas que mais

crescem — as que ligam China e

Índia às Américas. Além disso,

conta com bons executivos e uma

frota nova e eficiente‖, diz Vikran

Krishnan, analista do setor

aeroespacial da consultoria

americana Oliver Wyman. Sem

falar que mais da metade da

população mundial está num raio

de 8 horas de voo de Dubai e que a

Emirates não encontra dificuldade

para ampliar seu hub. Enquanto os

europeus buscam soluções para a

falta de espaço e leis ambientais, o

Terminal 3 do Aeroporto

Internacional de Dubai, cujo único

inquilino é a Emirates, vai

aumentar sua capacidade de 30

milhões para 43 milhões de

passageiros por ano.

Capitalismo de dubai

A inexistência de sindicatos e de

impostos de renda e serviços

permite que os custos da Emirates

com salários sejam 48% mais

baixos que a média europeia. As

taxas aeroportuárias em Dubai são,

em média, 25% menores que na

Europa. ―O governo de Dubai é

inteligente. Investe constantemente

para aumentar a eficiência de seu

aeroporto e cobra uma taxa baixa

para seu uso. Não lucra muito com

o aeroporto, mas atrai milhões em

negócios e turistas‖, diz Giovanni

Bisignani, presidente da

Associação Internacional do

Transporte Aéreo, mais conhecida

pela sigla Iata em inglês.

De fato, os críticos da Emirates

parecem errar o alvo. A companhia

talvez seja o melhor exemplo de

capitalismo moderno em Dubai. A

concorrência enfrenta exatamente

as mesmas condições de impostos

e taxas no país, e não existe

restrição — a não ser de espaço e

tempo — para a criação de rotas

pelas 110 empresas que operam no

emirado. ―Nada é mais próximo da

concorrência perfeita em Dubai do

que a indústria aeronáutica‖, diz

Jim Krane, autor do livro City of

Gold — Dubai and the Dream of

Capitalism (―Cidade de ouro —

Dubai e o sonho do capitalismo‖,

não publicado no Brasil). Muito

diferente das outras estatais da

cidade-estado, com monopólios em

setores como construção civil e

portos.

Page 16: Revista Info Aviação 10ª Edição Maio 2011

16 Maio de 2011 /

Lockheed Martin entrega o segundo C-5M Super Galaxy de

produção para USAF

Lockheed Martin

entregou a segunda

aeronave C-5M Super

Galaxy de produção para a U.S.

Air Force, numa cerimônia dia 11

de abril, junto com a tripulação na

Base Aérea de Dover, Delaware.

A quinta aeronave C-5M no geral

entregue para Força Aérea dos

EUA, essa aeronave agora passará

por uma restauração da pintura

interna na Base da Guarda Aérea

Nacional de Stewart, New York,

antes de partir para sua base

definitiva em Dover.

O Maj. Gen. James T. Rubeor,

comandante da 22ª Força Aérea, da

Reserva da Força Aérea, disse num

comunicado: ―Embora ainda seja

cedo, as realizações operacionais

do C-5M em tão curto espaço de

tempo são extraordinárias.

Obviamente, este é um enorme

investimento para a Força Aérea.

Com este quinto Super Galaxy, nós

estamos adicionando um novo

nível de capacidade para a equação

de como determinar como o

transporte aéreo estratégico é

utilizado em operações de

contingência no presente e no

futuro.‖

A Lockheed Martin possui um

contrato de modernização de um

total de 52 C-5s, consistindo de 49

modelos B, dois C e um A, através

do programa Reliability

Enhancement and Re-Engining

Program (RERP), o qual incorpora

mais de 70 mudanças e melhorias,

incluindo novos motores mais

silenciosos General Electric. Três

aeronaves de testes foram

entregues e voaram antes do

programa de modernização entrar

em produção total.

A

Page 17: Revista Info Aviação 10ª Edição Maio 2011

17 Maio de 2011 /

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18 Maio de 2011 /

Embraer amplia sua área de atuação

Embraer negocia com a China a possibilidade

de construir jatos executivos da família

Legacy no país. Esse seria um caminho para

evitar o fechamento da fábrica que a companhia

brasileira possui na cidade de Harbin em parceria com

a estatal Avic, que entregará as duas últimas

encomendas do avião regional ERJ-145 no fim de

abril. A expectativa da empresa e do governo

brasileiro é chegar a um acordo que possa ser

anunciado durante a visita da presidente Dilma

Rousseff à China.

O mercado de aviação executiva na China está

engatinhando, mas a previsão dos analistas é a de que

país comprará 470 jatos particulares nos próximos dez

anos. A China já tem o segundo maior número de

bilionários do mundo, atrás apenas dos Estados

Unidos, com poder de fogo suficiente para ter seus

próprios aviões executivos. A Embraer já vendeu três

Legacy e um Lineage para clientes chineses, o preço

das aeronaves é de US$ 30,5 milhões e US$ 50,5

milhões, respectivamente.

Continuar na China

O objetivo inicial da companhia brasileira era usar a

fábrica na China para produzir o E-190, avião com

capacidade para até 120 passageiros que passou a ser

mais demandado pelas companhias aéreas chinesas do

que o ERJ-145, de 50 lugares. Mas as negociações se

arrastam há meses, sem um sinal positivo do governo

chinês. Qualquer que seja o desfecho das conversas

sobre a produção de jatos executivos, a Embraer

continuará a operar na China.

Além dos aviões que são fabricados em Harbin, a

empresa brasileira exporta ao país asiático aeronaves

que saem de sua linha de montagem em São José dos

Campos. No ano passado, os embarques da Embraer

para a China somaram US$ 368,4 milhões, cifra

inferior apenas às vendas realizadas para os Estados

Unidos, de US$ 423,7 milhões.

A

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19 Maio de 2011 /

Aviação regional

Segundo Guan, a empresa já vendeu 65 jatos E-190 para a China, dos

quais 38 foram entregues. Existem outros 44 aviões ERJ-145 voando no

país, aos quais se somarão os dois últimos que serão produzidos na

fábrica de Harbin até o fim de abril. ―Nosso produto é extremamente

competitivo e temos 70% do mercado de aviação regional na China‖,

observa Guan, se referindo ao segmento que abrange aeronaves de até

120 lugares.

No ano passado, a Embraer criou uma subsidiária na China para prestar

serviços de assistência técnica a seus clientes no país. Além disso, a

empresa assinou nos últimos meses contratos com quatro empresas de

leasing chinesas para financiar a venda de seus aviões no país. O mais

recente deles foi firmado no início do mês de abril com a Minsheng

Financial Leasing.

Avião militar

A Embraer informou que selecionou a sua subsidiária Eleb

Equipamentos Ltda. para o desenvolvimento e produção dos trens de

pouso do novo jato de transporte militar KC-390. Em nota, o presidente

da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar, disse que a

seleção foi resultado de uma minuciosa avaliação que considerou todos

os aspectos técnicos e comerciais do projeto, bem como a experiência

da empresa, a tecnologia utilizada e a gestão dos riscos de

desenvolvimento.

A Eleb é uma subsidiária integral da Embraer e conta com 28 anos de

experiência no projeto e manufatura de trens de pouso e componentes

hidráulicos para a indústria aeronáutica. A empresa participou do

desenvolvimento dos trens de pouso do caça subsônico AMX, jatos

comerciais das famílias ERJ 145 e dos jatos 170/190, jatos executivos

Phenom 100, Phenom 300, Legacy 600, Legacy 650 e Lineage 1000 e

também do turboélice de ataque leve e treinamento avançado Super

Tucano.

A origem da Eleb remonta à década de 1980, quando a Embraer criou a

EDE – Embraer Divisão Equipamentos para desenvolver conhecimento

associado à tecnologia de projeto e produção de sistemas de trem de

pouso e componentes hidráulicos para a indústria aeronáutica.

Em 1999, a EDE deu origem à Eleb – Embraer Liebherr Equipamentos

do Brasil S.A., uma joint venture entre a Embraer (60%) e a suíça

Liebherr Aerospace (40%). Em 2008, a Embraer adquiriu a totalidade

do capital da empresa, que passou a ser denominada Eleb Equipamentos

Ltda.

A empresa conta com cerca de

800 empregados e ocupa uma área

de 24 mil metros Quadrados em São José dos Campos. Com forte atuação

nos mercados norte-americano, europeu e asiático, a empresa tem receita

anual da ordem de US$ 100 milhões.

Page 20: Revista Info Aviação 10ª Edição Maio 2011

20 Maio de 2011 /

Onde TAM, Gol e Azul vão parar na briga por novos pontos de venda?

Lojas, metrô e rodoviária são apenas o começo; um dia, talvez seja possível comprar em bancos e

supermercados.

embrando aquela música,

toda companhia aérea tem

de ir aonde o passageiro

está. Nem que, para isso, seja

preciso oferecer passagens em

lojas, quiosques do metrô e

rodoviárias. Para cativar a famosa

classe C emergente, TAM, Gol e

Azul descobriram o óbvio: a maior

parte desses potenciais clientes

ainda passa longe dos meios

tradicionais de venda de

passagens.

―Para aproveitar a ascensão da

nova classe média, as empresas

precisam de mais capilaridade‖,

afirma Richard Lucht, diretor

nacional de pós graduação da

ESPM e professor colaborador do

ITA. E esta é a senha do que leva

TAM, Gol e Azul a freqüentar

ambientes inéditos.

Capilaridade, é bom lembrar, não

quer dizer necessariamente abrir

mais pontos de venda do tipo que a

empresa já possui. Muitas vezes, é

bem o contrário: significa criar

novos meios de vendas para

clientes que não utilizam os canais

tradicionais.

Olho no olho

Quando foi fundada, em 2001, a

Gol orgulhava-se, entre outras

coisas, de vender passagens aéreas

apenas pela internet. Para manter

seu modelo de baixo preço e baixo

custo, a empresa não oferecia

guichês físicos.

Desde então, a Gol rendeu-se à

evidência de que, para aumentar

sua base de clientes, era preciso

buscar novos canais de venda.

Afinal, poucas pessoas da

emergente classe C que pretendia

levar para seus aviões tinham o

hábito de fazer compras online –

muitos sequer têm computador

ainda.

Não por acaso, a Gol iniciou uma

empreitada para se aproximar

fisicamente desses passageiros em

potencial – abriu lojas em ruas de

comércio popular e, recentemente,

implantou quiosques em três

estações do metrô de São Paulo.

Atualmente, a classe C representa

47% dos passageiros da Gol.

Além das dificuldades de acessar

os meios tradicionais de venda, a

classe C também tem outros

hábitos de compras. Na prática,

trata-se de clientes mais

acostumados ao contato ―olho-no-

olho‖. ―Esses consumidores se

L

Page 21: Revista Info Aviação 10ª Edição Maio 2011

21 Maio de 2011 /

sentem mais seguros, se estiverem

interagindo com alguma coisa que

não seja apenas a internet‖, diz

Lucht.

Sem tapete vermelho

Nos anos 90 e início dos anos

2000, a TAM cresceu e construiu

sua fama baseada na qualidade de

atendimento. Ficaram famosos o

tapete vermelho e o piano de

caudas que os passageiros

encontravam nas salas de espera da

companhia. O lendário

Comandante Rolim, dono da

TAM, costumava receber os

clientes pessoalmente.

As tentativas de fazer a TAM

ganhar altitude, após a morte de

Rolim, envolveram frequentes

crises de identidade da companhia,

que ora reafirmava sua vocação

para um atendimento diferenciado,

ora tentava se popularizar.

A força da classe C, contudo,

parece ter colocado

definitivamente esses passageiros

no radar da TAM. Além da

parceria com a Casas Bahia, a

empresa testou vender passagens

no Centro de Tradições

Nordestinas, em São Paulo.

A TAM também permite que

passagens compradas na internet

sejam pagas em casas lotéricas,

mediante a apresentação do boleto

impresso. Para alcançar os

universitários, a empresa abriu um

quiosque na universidade paulista

Unip.

―A aviação é, cada vez mais, um

negócio de integração de canais.

Dentro disso, há uma parcela de

desenvolvimento de nicho e de

potencialização de cada um desses

canais‖, afirma Manoela Amaro

diretora de Marketing da TAM.

Pelas estradas da vida

O projeto da TAM culminou, no

final de março, com a parceria com

a companhia de ônibus Pássaro

Marron (sim, com ene no final). A

viação passou a vender passagens

da TAM nos guichês de

rodoviárias, e também a fazer a

venda casada de bilhetes aéreos e

rodoviários.

Manoela já avisou que a TAM não

vai parar por aí. ―Buscamos outras

empresas para aumentar as

parcerias‖, diz Amaro. A

associação com a Pássaro Marron

– que atende 50 cidades nos

estados de São Paulo e Minas -

também é um modo de a TAM

alfinetar as empresas de aviação

regional, como Azul e Trip,

segundo Lucht, da ESPM.

A Azul já vende passagens em

parceria com o Magazine Luiza

desde 2010 em três lojas da rede

no interior do estado. Além disso,

a aérea possui pontos de venda

físicos em três shoppings na cidade

de São Paulo e uma parceria com a

Yes Net, uma rede de lan houses

instalada em hipermercados. Há

planos de expansão nas duas

frentes. A idéia é terminar o ano

com seis lojas próprias. A Trip e a

Webjet não tem novas parcerias. A

Avianca não se manifestou até o

fechamento dessa matéria.

Cereais, sabonetes e passagens

Para Lucht, da ESPM, TAM, Gol e

Azul estão apenas arranhando o

potencial de vendas de canais

alternativos. O especialista vê

espaço para parcerias semelhantes

com casas loterias, postos de

correio e agências bancárias, por

exemplo. ―Todo e qualquer ponto

com internet é tem grande

potencial para vender passagem

aérea‖, diz.

Os supermercados também são um

filão ainda inexplorado, segundo

Marcelo D‘Emídio, chefe do

departamento de marketing da

graduação da ESPM. Um

empecilho, neste caso, seria o fato

de que algumas grandes redes de

hipermercados contam com

agências de viagens instaladas em

suas dependências.

A busca por novos pontos de

venda é uma tendência que

companhias aéreas de outros países

emergentes devem seguir, segundo

Respício do Espírito Santo.

―Acredito que essa iniciativa das

aéreas brasileiras deve ser repetida

em países como Índia, China e

México‖, diz. Talvez esteja

próximo o dia em que as passagens

aéreas vão entrar na lista de

compras do supermercado.

Page 22: Revista Info Aviação 10ª Edição Maio 2011

22 Maio de 2011 /

UMA PAIXÃO CHAMADA AVIAÇÃO

Page 23: Revista Info Aviação 10ª Edição Maio 2011

23 Maio de 2011 /

oar. Foi esse o sonho do ser humano, que foi

atingido, com o maior dos êxitos, a mais de

100 anos atrás, por ALBERTO SANTOS

DUMONT. Natural da antiga cidade de Palmira,

estado de Minas Gerais. De lá pra cá, o progresso da

aviação, vem crescendo num ritmo impressionante.

Antigamente, para se voar, era uma verdadeira

dificuldade. Hoje, com apenas um toque na tela, o

piloto consegue visualizar e monitorar tudo o que

envolve um vôo, seja qual for à duração e distância

do mesmo.

Sempre costumo dizer o seguinte para o pessoal que

querem encarar a aviação. Analisem dois lados. O

lado emoção, e o lado da razão. Pelo lado da emoção,

o que se pode dizer, é que com amor e dedicação,

tudo se consegue na vida, já pelo lado da razão, o

mercado está expansivo. Prova disso, nas principais

manchetes dos mais variados jornais e revistas,

mostram a falta de profissionais capacitados no

Brasil.

Voar é para todos, por mais que tenha pessoas que

não reflitam isso. Mas é a verdade, voar é para o

presidente, diretor, executivo, balconista, pipoqueiro,

e até mesmo o meu antigo caso, verdureiro. Vendia

verduras de folhas na rua, com uma carriola. Tendo

muito contato com o publico, sempre convido as

pessoas, há conhecer um pouco mais sobre o mundo

da aviação, tal qual dá para se perceber, que voar, é o

sonho de muita gente, inclusive pessoas de idade.

Muitos me perguntam se piloto ganha bem. Isso, por

mais que não pareça, é uma questão de difícil

resposta. Isso parte da ambição da pessoa. Tenho

amigos, que fazem à mesma coisa, voam o mesmo

numero de horas, e tem pagamentos diferentes. O que

deve fazer é uma negociação amigável para ambos os

lados. Vale lembrar que o candidato a piloto, deverá

primeiro, obter o CCF de 2º classe. Com o mesmo em

mãos, o aluno irá prestar a banca, tal a qual, é uma

avaliação final, da ANAC – Agencia Nacional de

Aviação Civil, onde o aspirante a piloto realizará

cinco provas, dentre elas...Conhecimentos técnicos de

avião. Teoria de vôo e aerodinâmica. Regulamento de

trafego aéreo. Meteorologia aeronáutica, e Navegação

aérea. O mesmo sendo aprovado, ele partirá para a

melhor parte, a pratica do PPA (piloto privado de

avião). Depois do PP, vem o PC, assim, com o PC

em mãos, o piloto poderá atuar na atividade. Cabendo

ao mesmo, realizar quais cursos deseja seguir, entre

eles agrícola, comercial, entre outros.

Realmente, é o que diz o titulo. UMA PAIXÃO

CHAMADA AVIAÇÃO. O aviador fica horas e mais

horas em campos de aviação, curtindo pousos,

decolagens, voando por trabalho, ou mesmo por

hobby, tirando milhões de fotos para compartilhar nos

diversos meios de comunicação existente, com seus

―IRMÃOS DE ASAS‖. Por isso, a você futuro

comandante. Estude a fio. Estude mesmo, qualquer

duvida, o professor existe para tirar duvidas e lhe

auxiliar na caminhada. Mas não se esqueça jamais,

dos dizeres a seguir...

.....Tenha como meta principal na aviação,

CRESCER, mantenha o foco em cada coisa na vida.

Tenha primeiro, DEUS ( ou uma crença particular sua

), em segundo, VOCÊ, e em terceiro lugar. OS SEUS

PROPÓSITOS....fazendo assim, conseguirá atingir o

tal sonho de aviador.....

Tiago Balduino Ricci

V

Page 24: Revista Info Aviação 10ª Edição Maio 2011

24 Maio de 2011 /

PRODUÇÃO DE HELICÓPTEROS COLOCA BRASIL

ENTRE GIGANTES MUNDIAIS

ova geração de

helicópteros das Forças

Armadas

Em 2012, o Brasil começará a

produzir uma nova geração de

helicópteros militares e poderá ter

uma das quatro maiores empresas

mundiais do setor. De tecnologia

franco-alemã, os EC 725 serão

montados em Itajubá (MG), com

investimento total de R$ 420

milhões. As Forças Armadas

receberão 50 modelos até 2020, ao

custo de 1,8 bilhão de euros.

A produção brasileira do EC 725

será feita pela Helibras. A

fabricante de helicópteros – única

na América Latina – é controlada

pela multinacional franco-alemã

Eurocopter, que possui unidades

de negócios na França, Alemanha

e Espanha. A expectativa é de que

a fábrica brasileira produza tanto

quanto as empresas instaladas nos

países associados.

Como haverá transferência de

tecnologia, o grupo não quer que a

Helibras fique restrita à produção

militar e já foca em áreas como

segurança pública, petróleo e gás.

O próximo passo para atrair o

mercado será a construção de um

simulador de voos no Estado do

Rio de Janeiro. Atualmente, a

Helibras responde por 4% do

faturamento total da Eurocopter,

cuja receita anual é estimada em

170 milhões de euros.

As três primeiras aeronaves da

frota foram apresentadas na 8ª

edição da LAAD Defence &

Security, na capital carioca. A feira

de equipamentos de segurança e

defesa também reúne produtos

para o mercado governamental –

Polícia, Bombeiros e Forças

Armadas.

Os novos modelos pretender dar

agilidade no transporte de tropas

para operações militares e de busca

e resgate. ―Também serão usados

no controle da chamada

‗Amazônia azul‘, onde ficam

nossas reservas petrolíferas‖,

afirma o almirante Júlio Soares de

Moura Neto, comandante da

Marinha.

A produção nacional existe desde

1978, mas o Brasil só fabrica

helicópteros AS 550, conhecidos

como ―Esquilos‖. O modelo é

bastante utilizados pelas polícias

Civil, Militar e Corpo de

Bombeiros.

De acordo com especialistas, as

quatro maiores empresas mundiais

são a Eurocopter, Agusta (Itália),

Sikorsky (EUA) e Bell (EUA). A

parceria entre Helibras e

Eurocopter foi impulsionada em

2008, com a criação da Estratégia

Nacional de Defesa pelo governo

brasileiro. Atualmente, 11% do

valor agregado nos três modelos

EC 775 entregues às Forças

Armadas são nacionais. Significa

dizer que equivale ao percentual de

peças e componentes fabricados

pela indústria brasileira. Por

contrato, até 2020, o Brasil terá de

projetar e construir seu primeiro

modelo com 50% de ―valor

agregado‖ nacional.

―Esses helicópteros são os mesmos

usados pela Petrobras para levar

funcionários às plataformas de

petróleo. Porém o deles é um

modelo civil, EC225. As aeronaves

militares serão adaptadas‖, afirmou

Sérgio Roxo, gerente de vendas

militares da Helibras. ―Os do

Exército, por exemplo, receberão

duas metralhadoras laterais. Os da

Marinha vão carregar mísseis.

Todos terão um sistema de defesa

passiva, que detecta ataques

externos.‖

N

Page 25: Revista Info Aviação 10ª Edição Maio 2011

25 Maio de 2011 /

F-X2:

Rússia quer voltar ao jogo

pontada em 2002 e em

2004 como a provável

vencedora da disputa entre

empresas do setor aeronáutico para

venda de caças ao Brasil, a fábrica

russa Sukhoi tenta voltar ao jogo

em andamento com as outras três

concorrentes. A compra das

aeronaves pelo governo brasileiro

foi tema ontem da conversa entre a

presidente Dilma Rousseff e o

presidente da Rússia, Dmitri

Medvedev, logo depois da reunião

do Brics (Brasil, Rússia, Índia,

China e África do Sul). O russo

saiu animado da quase meia hora

de conversa, porque Dilma

respondeu que ―o assunto está em

aberto‖.

Medvedev puxou o assunto

perguntando à presidente brasileira

se ela havia recebido a carta que

ele enviara no último dia 4. O

russo oferecia os caças. Ela disse

que sim e comentou que ―nada

estava decidido a esse respeito‖.

Ministros presentes à reunião

entenderam que Dilma vai zerar a

corrida para a compra dos aviões,

mas o chanceler Antonio Patriota

comentou que ela acenou com

interesse em retomar o projeto do

Sukhoi, porém a conversa não foi

conclusiva. ―O tema da cooperação

militar, de defesa, também foi

levantado no encontro com o

primeiro-ministro da Índia. Eles

estão interessados em adquirir

caças de treinamento, além de uma

proposta de compra de nove aviões

tucanos da Embraer, que já está

sendo negociada há algum tempo‖,

afirmou Patriota.

A compra dos caças foi um dos

primeiros projetos que a presidente

Dilma tirou da bandeja de assuntos

urgentes e colocou sobre a mesa de

estudos para analisar melhor antes

de tomar uma decisão. Afinal, o

projeto F-X 2, da compra de 36

caças, envolve e uma série de

cláusulas que precisam de uma

negociação exaustiva, caso, por

exemplo, da transferência de

tecnologia.

Ao longo do segundo mandato do

presidente Lula, os caças Rafale

(França), Super Hornet (EUA) e o

Grippen (Suécia) travaram uma

disputa em que, a cada ano, um

estava mais acima que os outros

dois concorrentes. Primeiro, foi o

caça sueco, Grippen, apontado

como o favorito pelas autoridades

aeronáuticas. Depois, em setembro

de 2009, quando o presidente da

França, Nicolas Sarkozy, veio ao

Brasil, a bola da vez eram os

Rafale. Por último, apareceu o

Super Hornet, da Boeing, com um

intenso trabalho de propaganda.

Diante de tanto vaivém, o

presidente russo tenta agora pegar

a sua onda nesse projeto.

Se a presidente Dilma decidir

mesmo zerar o jogo, como pareceu

inclinada para alguns ministros, a

compra dos caças pode deixar de

ser uma mera decisão e produto

para fazer parte da geopolítica

nacional. E o fato de a Rússia

pertencer ao Brics, grupo ao qual o

governo deseja dar uma prioridade

em vários assuntos, pode acabar

representando uma vantagem. Mas

antes de avançar esse sinal, a

ordem é conversar com o setor de

Defesa. Afinal, se tem algo que a

presidente não gosta é avançar

num tema sem combinar com o

time. A questão dos caças é um

deles.

A

Page 26: Revista Info Aviação 10ª Edição Maio 2011

26 Maio de 2011 /

Japão lança oficialmente sua competição F-X

Japão oficialmente lançou

sua competição F-X para

novos caças através do

envio de uma requisição para

propostas (RfP) para três

potenciais competidores.

A Boeing e a Lockheed Martin vão

receber por parte do Governo dos

EUA a RfP do Japão para seus

caças F/A-18E/F Super Hornet e

F-35 Lightning II,

respectivamente.

Como representante do Reino

Unido, o consórcio Eurofighter

receberá a requisição do Japão

para o caça Typhoon.

Cada competidor deverá receber

em breve a cópia da solicitação.

O Japão emitiu a Requisição

apenas algumas semanas após o

país ter sido atingido pelo

terremoto, tsunami e crise nuclear,

deixando cerca de 26.000 pessoas

mortas e a segurança pública em

risco.

Os danos causados pelos desastres

naturais incluiram a perda total de

um esquadrão de 18 caças

Mitsubishi F-2B, com algumas

aeronaves sendo totalmente

arrastadas pelas águas da tsunami

que atingiu a Base Aérea de

Matsushima.

Enquanto isso, o Japão deu início a

desativação de sua frota de antigos

caças McDonnell Douglas F-4

Phantom IIs, os quais devem ser

substituídos pelos novos caças

adquiridos no programa F-X.

O Japão originalmente expressou

interesse em adquirir o caça

Lockheed Martin F-22A Raptor,

mas o Congresso dos EUA decidiu

proibir as exportações do caça de

superioridade aérea de quinta

geração.

Ao invés disso, o Japão lançou a

competição F-X enquanto prepara

investimentos para o

desenvolvimento do demonstrador

stealth ATD-X.

O

Page 27: Revista Info Aviação 10ª Edição Maio 2011

27 Maio de 2011 /

Page 28: Revista Info Aviação 10ª Edição Maio 2011

28 Maio de 2011 /

Aeroportos regionais requerem R$ 2,4 bi, diz associação

úmero foi apresentado

hoje pelo representante da

entidade, Anderson

Correia, durante o Seminário

Internacional de Concessão de

Aeroportos

Levantamento realizado pela

Associação Brasileira das

Empresas de Transporte Aéreo

Regional (Abetar) estima que serão

necessários investimentos de R$

2,4 bilhões entre 2011 e 2015 para

adequar um grupo de 174

aeroportos regionais para atender

ao crescimento da demanda nesses

terminais. O número foi

apresentado hoje pelo

representante da entidade,

Anderson Correia, durante o

Seminário Internacional de

Concessão de Aeroportos, que

acontece em São Paulo.

Segundo o especialista, o

levantamento completo, com a

necessidade de cada aeroporto,

será encaminhado pela associação

ao Ministério do Turismo. Correia

explica que esse conjunto é

composto, principalmente, de

aeroportos municipais e estaduais,

mas também conta com aeroportos

administrados pela Empresa

Brasileira de InfraEstrutura

Aeroportuária (Infraero), como

Vitória e Cuiabá, que não estão

contemplados no pacote de

investimentos previstos para

atender à Copa do Mundo de 2014.

Copa do Mundo

O especialista, que é doutor em

engenharia de transportes e ex-

superintendente da Agência

Nacional de Aviação Civil (Anac),

classificou como realista o estudo

divulgado ontem pelo Instituto de

Pesquisa Econômica Aplicada

(Ipea), que indicou que nove dos

13 aeroportos que receberão

investimentos para modernização e

aumento de capacidade, com vistas

à Copa do Mundo de 2014, não

ficarão prontos a tempo. "É muito

improvável que a Infraero consiga

cumprir o cronograma de

modernização e aumento da

capacidade dos aeroportos no

prazo previsto", afirmou,

destacando que essa é uma opinião

pessoal, e não da Abetar.

Segundo Correia, cumprir os

prazos seria difícil até mesmo para

a iniciativa privada. Ele estima que

a construção de um novo aeroporto

em São Paulo, como já foi

cogitado, levaria no mínimo 10

anos. "Os prazos da Infraero não

são realistas e o prognóstico para a

Copa é alarmante", afirmou.

O representante da Abetar acredita

que o governo deverá conseguir

cumprir apenas as obras

emergenciais e terá que ter um

plano B para atender ao aumento

da demanda previsto para a Copa

do Mundo. "Teremos que ter

horários alternativos de voo,

durante a madrugada, usar a

(Rodovia Presidente) Dutra para

deslocamento de pessoas durante o

evento e até mesmo pedir para que

os estrangeiros não venham para o

País", declarou.

Na opinião do especialista, faltou

planejamento. "Para o curto prazo

temos recursos, mas não teremos

agilidade", avaliou. Correia

lembrou ainda que os projetos de

ampliação dos aeroportos de

Guarulhos (em estudo há três

anos), Viracopos e Brasília ainda

não foram concluídos.

Questionado por jornalistas se

podemos esperar um caos aéreo

durante a Copa, Correia disse que

não, mas ressaltou que não haverá

condições ideais no que diz

respeito a serviços. Ele lembrou

que os terminais provisórios

poderão atender aos passageiros,

mas faltará infraestrutura para

atender as aeronaves. "É só um

quebra-galho, e de que adianta?",

indagou. Para o especialista, as

condições estarão longe do que o

Brasil está prometendo.

N

Page 29: Revista Info Aviação 10ª Edição Maio 2011

29 Maio de 2011 /

Revestimentos absorventes radar do JSF estão sendo aplicados

nos F-22 Raptors

s mais recentes caças F-22

Raptor que estão sendo

produzidos para a Força

Aérea dos EUA na fábrica da

Lockheed Martin em Marietta,

Georgia, receberam

melhoramentos nos revestimentos

absorventes radar derivados do

programa F-35 Joint Strike Fighter

também da fabricante.

―Alguns sistemas de revestimentos

[baixa visibilidade] e

preeenchimentos de lacunas que o

F-35 tinha em vantagem, foram

incorporados nos Raptor‖, disse

Jeff Babione, vice-presidente e

gerente geral do programa F-22 da

Lockheed Martin .

Os novos materiais não alteram a

seção transversal reta radar do F-

22, mas melhoram a durabilidade

desses revestimentos. O benefício

para a Força Aérea é uma carga de

manutenção reduzida, disse

Babione.

―O programa F-35 tinha alguns

materiais mais robustos que eram

mais duráveis, e fomos capazes de

transpor para o F-22″, disse ele.

―Assim, nosso sistema é melhor, e

o custo do ciclo de vida do F-22

fica reduzido.‖

Dan Goure, analista do Instituto

Lexington, em Arlington, Virgínia,

concordou que a adaptação do F-

22 com o revestimento do F-35 vai

salvar da USAF uma quantidade

significativa de tempo e dinheiro

quando se trata de manutenção.

―Ele não vai transformar o avião,

mas o que ele vai realmente fazer é

deixar muito mais barato de operar

a frota de F-22, que é

extremamente importante dado o

seu tamanho pequeno‖, disse ele.

Apesar da declaração da Lockheed

Martin de que os revestimentos

derivados do F-35 não vão alterar a

seção transversal reta radar do F-

22, Goure disse que suspeita que

os novos materiais devem

melhorar a sua assinatura já

impressionante dos Raptors.

―Eu ficaria muito surpreso se isso

não fosse uma melhoria nas

características stealth‖, disse ele.

A Lockheed Martin só teve de

fazer ajustes nos materiais do

material radar absrovente do F-35

a fim de adaptar a tecnologia para

o F-22. Embora os requisitos de

seção transversal radar para o

Raptor e o F-35 serem

ligeiramente diferentes,

fundamentalmente, a física e a

química dos revestimentos são os

mesmos, Babione disse.

Para a instalação no Raptor, o

revestimento do F-35

provavelmente precisava ser

modificado para lidar com a alta

velocidade supersônica de

cruzeiro, velocidades e altitudes

extremas em que o F-22 funciona

normalmente, disse Goure.

―É ao funcionar numa maior

altitude e normalmente em

velocidades mais rápidas, que

coloca diferentes tensões sobre o

material‖, disse ele.

O Raptor pode voar a velocidades

em torno de Mach 1,8 acima de

50.000 pés, sem pós-combustão.

No momento, o último lote 9 de

produção do F-22 só tem alguns

dos revestimentos furtivos

instalados. Outros materiais

furtivos melhorados ―ainda estão

em teste de qualificação final e vão

ser colocados nas aeronaves no

ano que vem‖, disse ele.

Assim que o teste estiver

completo, existem planos para

equipar toda a frota de F-22 com

os revestimentos.

O

Page 30: Revista Info Aviação 10ª Edição Maio 2011

30 Maio de 2011 /

Russian Helicopters fecha acordo para promover

helicópteros no Brasil

Russian Helicopters

anunciou dia (15/04), a

assinatura de um acordo de

cooperação com o grupo de

investimentos Qualy Group Brasil

para a promoção e possível

comercialização do helicóptero

Mi-34C1 no país.

O acordo, que pode levar à venda

de 150 Mi-34C1s no Brasil até

2023, foi anunciado durante a

LAAD, maior feira de defesa da

América Latina, que termina nesta

sexta no Rio de Janeiro.

―Os representantes da Qualy

acreditam que o novo helicóptero

leve Mi-34C1 pode se provar

interessante para companhias

comerciais e operadoras estatais,

incluindo aquelas que participarão

dos preparativos para a Copa do

Mundo da Fifa em 2014 e para os

Jogos Olímpicos de 2016 no

Brasil‖, disse a empresa russa em

comunicado divulgado em seu site.

―Além de um helicóptero

esportivo, o Mi-34C1 pode ser

usado para transporte corporativo e

privado, treinamento inicial de

voo, e observação e

monitoramento‖, acrescentou.

Sem revelar detalhes, a Russian

Helicopters informou ainda que

planeja, junto com o Qualy Group,

a criação de um centro de

manutenção, logística e

treinamento para a frota brasileira

de Mi-34C1s.

A companhia russa também

anunciou durante a LAAD acordos

com companhias brasileiras de táxi

aéreo para a criação de centros de

suporte para seus helicópteros Mi-

171A1 e Ka-32A11BC.

A

Page 31: Revista Info Aviação 10ª Edição Maio 2011

31 Maio de 2011 /

Família de E-Jets da Embraer avança pela Europa Central

Embraer tem a satisfação

de dar as boas vindas à

companhia aérea privada

austríaca People‘s Viennaline, a

mais nova cliente da família de E-

Jets. A empresa iniciou operações

com um EMBRAER 170 voando

do Aeroporto St. Gallen-

Altenrhein (ACH), na Suíça, para

o Aeroporto Internacional de

Viena (VIE), na Áustria. A

aeronave, originalmente entregue e

operada pela Finnair, não altera a

carteira de pedidos atual da

Embraer.

―A decisão da People‘s Viennaline

de iniciar as operações com o jato

EMBRAER 170 nos deixa muito

orgulhosos. Ela é nossa 18ª cliente

na Europa e a segunda companhia

aérea austríaca a escolher nossos

E-Jets‖, afirma Paulo César de

Souza e Silva, Vice-Presidente

Executivo da Embraer para o

Mercado de Aviação Comercial.

―Ao mesmo tempo em que os

passageiros aproveitarão o

conforto excepcional das

aeronaves, a companhia aérea se

beneficiará da economia e do

desempenho excepcionais dos

EMBRAER 170.‖

Como subsidiária da People‘s

Business Airport St. Gallen-

Altenrhein, a People‘s Viennaline

oferece três vôos diários nos dias

de semana, além de um vôo de ida

e retorno por dia no fim de

semana, nesta rota inicial.

Configurado com 76 assentos em

classe única, o jato EMBRAER

170 substitui uma aeronave

turboélice operada nesta rota.

―Com a implantação desta nova

companhia aérea, reforçamos

nosso comprometimento com este

aeroporto: fornecer aos passageiros

uma companhia aérea dedicada

com forte ênfase em serviços ao

consumidor, da reserva à chegada

ao destino‖, afirma Markus Kopf,

CEO da People‘s Business Airport

St. Gallen-Altenrhein e fundador

da People‘s Viennaline. ―O

EMBRAER 170 é uma aeronave

moderna totalmente adequada para

operar nesta rota e combina

excelente economia com um alto

nível de conforto. Este avião

também contribui para a imagem

de uma companhia aérea

inteligente e dinâmica.‖

A People‘s Viennaline também

fechou um contrato de serviço para

o programa de Pool de peças de

reposição da Embraer para prestar

suporte ao EMBRAER 170. O

programa oferece à People‘s

Viennaline rápido acesso a peças

de reposição nos centros de

serviços e de distribuição da

Embraer, eliminando a necessidade

de a companhia aérea investir em

um grande estoque de itens de

reposição. A manutenção da

aeronave será realizada pela Niki,

a segunda cliente de E-Jets da

Embraer na Áustria.

Sobre a People’s Viennaline

A People‘s Viennaline é uma

empresa austríaca recém-criada,

fundada pela People‘s Business

Airport para operar entre

Altenrhein e Vienna a partir do

final de março de 2011. Com sede

em Dornbirn, a empresa é

controlada pela Altenrhein

Luftfahrt GmbH, uma nova

subsidiária do Aeroporto

St.Gallen-Altenrhein. Mais

informações estão disponíveis em

www.peoples.ch.

A

Page 32: Revista Info Aviação 10ª Edição Maio 2011

32 Maio de 2011 /

Lineage 1000 recebe Certificação de Tipo da Direção Geral de

Aviação Civil da Índia

Embraer recebeu da

Direção Geral de Aviação

Civil da Índia (Directorate

General of Civil Aviation –

DGCA), a certificação de tipo

(Type Certification – TC) para o

jato executivo ultra-large Lineage

1000.

Esta certificação complementa as

TC já concedidas à aeronave pela

Agência Nacional de Aviação

Civil (ANAC) e pela Agência

Européia para a Segurança da

Aviação (European Aviation

Safety Agency – EASA), em

dezembro de 2008, bem como pela

Agência da Aviação Federal dos

Estados Unidos (Federal Aviation

Administration – FAA), em janeiro

de 2009. Até o momento, nove

jatos Lineage 1000 estão em

operação em todo o mundo.

―Receber um certificado de tipo é

sempre uma ocasião importante e

estamos muito satisfeitos que o

jato tenha sido aprovado pelas

autoridades indianas‖, disse José

Eduardo Costas, Diretor de

Marketing e Vendas da Embraer

para a Ásia Pacífico – Aviação

Executiva, acrescentando que ―a

certificação da DGCA reforça

nosso compromisso com o

mercado e temos a felicidade de

oferecer aos nossos clientes

indianos atuais e futuros um

produto único, que fornece um

conceito de ‗casa longe de casa‘

sem comprometer a flexibilidade

operacional, a eficiência e

economia.‖

A certificação do Lineage 1000

pela DGCA da Índia é outra

conquista importante na história

relativamente curta do jato. Em

2010, o Lineage 1000 voou a

distância mais longa já percorrida

por um avião Embraer, indo sem

escalas de Mumbai a Londres –

7.435 km (4.015 milhas náuticas) –

em 9 horas e 15 minutos. Com um

alcance de até 8.334 km (4.500

milhas náuticas), o Lineage 1000

conecta os principais centros de

operações (hub) de Mumbai e

Nova Deli, na Índia, aos principais

portos da China (Xangai e Pequim)

e Emirados Árabes Unidos (Dubai)

– dois dos maiores parceiros

comerciais do país na região. A

aeronave também pode ligar

Mumbai e Nova Deli às principais

cidades da Europa, incluindo

Londres, Berlim, Paris e Roma.

A

Page 33: Revista Info Aviação 10ª Edição Maio 2011

33 Maio de 2011 /

Sempre à mão

Agora você também pode visualizar

o Info Aviação pelo celular.

Hoje em dia a maioria dos celulares permite acesso

à internet. O uso dessa ferramenta pode facilitar

muito a sua vida.

Acessando o Info Aviação pelo seu celular,

você visualiza o Portal como se estivesse

navegando pela internet em seu

computador, podendo acessar

de qualquer lugar que

estiver, e sempre

se manter

infomado.

Veja como é fácil:

1. Localize em seu celular o ícone referente

à navegação WEB ou WAP. Selecione

e aguarde o carregamento da página.

2. Localize a opção que permite ―digitar endereço‖

ou ―ir para URL‖.

3. Digite o endereço www.infoaviacao.com.

4. Espere carregar. Pronto, navegue no site pelo

celular como se estivesse no computador

Page 34: Revista Info Aviação 10ª Edição Maio 2011

34 Maio de 2011 /

Lockheed testa novo sensor de busca do JAGM num

Sabreliner

Lockheed Martin

recentemente testou seu

sensor de busca tri-modo

do Joint Air-to-Ground Missile

(JAGM) durante um teste de alta

velocidade instalado num jato

Sabreliner na área de testes de

Yuma Proving Ground, Arizona,

demonstrando a robustez do sensor

numa aeronave de asa fixa.

O teste de longo alcance e alta

velocidade do modo de busca

realizado com investimentos da

empresa e coletou dados que

validaram os alcances máximos

dos sensores nos modos de

imagens infravermelhas (I2R) e de

laser semi-ativo (SAL) em

velocidades de aproximadamente

400 kts em altitudes de 20.000 pés.

Durante os voos de testes numa

aeronave a jato Lockheed Martin

Sabreliner series 60, atuando como

uma aeronave suplente no

lançamento da JAGM e simulando

como sendo um JAGM em voo, de

forma simultânea coletando dados

de alvos urbanos e de veículos

localizados a longa distância. O

voo foi conduzido em altitudes e

velocidades que refletem os típicos

perfis de engajamentos onde o

JAGM será utilizado.

O JAGM é a mais nova geração de

mísseis guiados ar-solo que está

competindo como substituto para

os atuais mísseis HELLFIRE,

LONGBOW, Airborne TOW e

Maverick para as forças U.S.

Army, U.S. Navy e U.S. Marine

Corps. O míssil de nova geração

JAGM deve atender oito

capacidades críticas identificadas e

revalidar duas vezes o processo do

Sistema de Desenvolvimento e

Capacidade de Integração

Conjunta (JCIDS).

Dentre as plataformas de aviação

que utilizarão o míssil JAGM estão

incluidos os helicópteros de ataque

AH-64D Apache, os sistemas

aéreos não-tripulados MQ-1C

Gray Eagle e os helicópteros de

reconhecimento armado OH-58D

CASUP Kiowa Warrior do U.S.

Army; os helicópteros de ataque

AH-1Z Cobra do U.S. Marine

Corps; e os helicópteros de

reconhecimento armado MH-60R

Seahawk e os caças F/A-18E/F

Super Hornet da U.S. Navy. A

capacidade operacional inicial do

JAGM está prevista para acontecer

em 2016 em helicópteros AH-64D,

AH-1Z e nos caças F/A-18E/F, e

2017 para as outras plataformas.

A

Page 35: Revista Info Aviação 10ª Edição Maio 2011

35 Maio de 2011 /

Ações de aéreas podem ganhar com maior capital estrangeiro,

prevê Spinelli

Emenda pode apressar o aumento do capital estrangeiro de 20% para 49%; Gol seria a mais beneficiada

possibilidade de aumento

de 20% para 49% a

participação de capital

estrangeiro nas companhias aéreas

brasileiras pode beneficiar

fortemente as ações do setor aéreo

no Brasil, em especial os papéis da

Gol (GOLL4), avalia a equipe de

análise da Spinelli Corretora,

liderada pela analista-chefe Kelly

Trentin.

―Acreditamos que a probabilidade

de mudança da lei do setor no

curto prazo é um dos principais

potenciais de alta para as ações da

companhia‖, afirma Kelly.

Segundo ela, a frota seria ampliada

e a iniciativa privada se tornaria

parceira nos investimentos da

infraestrutura aeroportuária.

O aumento do percentual de

participação ficou mais próximo

com uma emenda, de autoria do

deputado Carlos Eduardo Cadoca

(PSC-PE), na MP 527/2001 que já

está no plenário para votação e que

cria a Secretaria de Aviação Civil.

―Apesar da elevação do teto da

participação permitida de capital

estrangeiros nas empresas

brasileiras do setor não trazer nada

de efetivo de imediato,

acreditamos que há grande chance

de haver entrada de sócios

estratégicos em companhias

nacionais‖, explica a analista.

A MP altera o artigo 181 do

Código Brasileiro de Aeronáutica,

estabelecendo que pelo menos

51% de capital com direito a voto

das aéreas estejam em mãos de

brasileiros. Hoje o porcentual é de

80%.

A ampliação do capital estrangeiro

é vista pelo governo como forma

de capitalizar as companhias

nacionais. Elas enfrentam uma

demanda crescente e precisam

ampliar a frota. Para Kelly Trentin,

essa mudança deve beneficiar

principalmente os papéis da

companhia aérea Gol.

A

Page 36: Revista Info Aviação 10ª Edição Maio 2011

36 Maio de 2011 /

USAF anuncia plano de substituição da frota de helicóperos UH-1N

Oficiais da Força Aérea dos EUA

anunciaram a sua estratégia no dia

25 de abril para recapitalizar a

frota de helicópteros HH-60 Pave

Hawk e substituir os 93

helicópteros UH-1N da USAF, os

quais são críticos para atender a

demanda de segurança de armas

nucleares, a continuidade das

operações do governo, e de busca e

salvamento de combate.

A secretaria e chefe de gabinete da

Força Aérea, têm direcionado o

serviço para prosseguir com uma

competição aberta no programa

Common Vertical Lift Support

Platform (CVLSP) e de

recapitalização da frota de

helicópteros HH-60.

Estes dois programas irão realizar

competições separadas com seus

respectivos documentos de

desenvolvimento de capacidade

aprovados pelo Conselho de

Supervisão Conjunto de

Exigências para atender aos

requisitos dos combatentes.

―A Força Aérea em última análise,

beneficia a concorrência e permite

que a indústria desempenhe

plenamente nestes programas de

aquisição‖, disse o major-general

D. Fullhart Randal, o diretor de

alcance global de capacidade dos

programas. ―Nós antecipamos que,

com base em pesquisa de mercado

e resposta da indústria às

solicitações de informações, que

um helicóptero derivado já está em

produção, e será capaz de atender

aos requisitos dos combatentes.‖

O programa CVLSP preenche as

lacunas identificadas de

capacidade, relativo a substituição

da atual frota de helicópteros UH-

1N Huey da USAF, na qual

funcionários do serviço notaram

deficiências na capacidade de

carga, velocidade, alcance,

resistência e sobrevivência, disse o

General Fullhart.

A frota será composta por 93

aeronaves espalhados entre o

Comando Global de Força de

Ataque Aéreo, a Força Aérea do

Distrito de Washington e outros

grandes comandos, acrescentou.

―Para o CVLSP estamos

antecipando um esboço planejado

do pedido para a metade do ano de

2011, quando vamos liberar a

proposta e emitir a RfP final

Page 37: Revista Info Aviação 10ª Edição Maio 2011

37 Maio de 2011 /

antecipada‖, disse o general

Fullhart. ―Nós estamos procedendo

em direção a uma capacidade

operacional inicial para ter uma

plataforma comum de transporte

vertical em 2015.‖

Sobre a recapitalização da frota de

helicópteros HH-60, as autoridades

disseram que é o programa da

USAF para substituir os 112

antigos helicópteros HH-60G Pave

Hawk. O HH-60G é usado

principalmente para realização de

busca e salvamento de combate,

mas também é utilizado para

evacuação aero-médica, segurança

interna, ajuda humanitária, ajuda

internacional, operações de

evacuação de não-combatentes e

com as forças de operações

especiais de apoio.

Líderes da Força Aérea

observaram que a frota atual está

fortemente destacada em

operações, onde com o andamento

da operação Liberdade Duradoura

voam o dobro da taxa de utilização

padrão e a disponibilidade das

aeronaves projetada para 2015

poderá ficar inferior a 50%.

O pedido antecipado da proposta

para a liberação de verba para este

programa será em 2012, disse o

general Fullart.

Enquanto um substituto a longo

prazo continua a ser crítico, o

General Fullhart aponta que 13

Pave Hawk foram perdidos em

combate, treinamento e missões de

resgate civil e 54 dos 99 aviões

restantes HH-60G atualmente

estão em processo de reparo para

corrigir grandes rachaduras

estruturais.

Em resposta, os funcionários da

USAF têm implementado uma

solução a curto prazo, o programa

de substituição de perdas

operacionais, para manter a atual

capacidade CSAR.

A substituição de perdas

operacionais, disse o general

Fullhart, substitui as aeronaves

perdidas e aborda a necessidade

imediata para manter a

disponibilidade operacional do

antigos HH-60Gs.

Originalmente, as perdas não

foram substituídas, devido à

antecipação do CSAR-X, um

programa que foi cancelado, disse

ele.

Essa abordagem de longo e curto

prazo é a melhor maneira de

entregar os recursos necessários

para os combatentes, explicou o

general Fullhart.

Os programas do CVLSP e da

recapitalização dos HH-60 vão

ajudar a garantir que o serviço

mantenha as capacidades dos

combatentes em todo o espectro

das operações militares, atendendo

as exigências do alto comando da

USAF.

―Como na competição KC-X, a

capacidade dos ofertantes para

atender às necessidades de melhor

valor para os contribuintes será de

valor inestimável,‖ disse o General

Fullhart.

Page 38: Revista Info Aviação 10ª Edição Maio 2011

38 Maio de 2011 /

Programa do motor alternativo F136 do JSF é oficialmente cancelado

Departamento de Defesa

dos EUA notificou a

Equipe General

Electric/Rolls Royce e o

Congresso dos EUA que o contrato

do motor F136 foi terminado. No

dia 24 de março o subsecretário de

Defesa para Aquisição, Tecnologia

e Logística Ashton Carter dirigiu-

se ao escritório encarregado pelo

F-35 JSF para emissão de uma

ordem para parar os trabalhos

relativos ao contrato de

desenvolvimento do motor F136.

A ordem de encerramento elimina

um gasto diário de US$ 1 milhão

no projeto do motor, o qual o

Departamento de Defesa diz que é

―desnecessário e um desperdício‖.

Foi apenas uma questão de tempo

desde a alteração de uma emenda

feita em 2009 no Defense

Authorization Bill 2010 onde o

Senado dos EUA votou para retirar

US$ 438,9 milhões atribuídos ao

motor anternativo do caça F-35,

cancelando efetivamente o

trabalho feito pela equipe da

General Electric e Rolls-Royce no

sistema de propulsão F136.

A Casa Branca sempre disse que

considerava o motor alternativo

como ―supérfluo a exigência‖, e

que a opção do motor F135 da

Pratt & Whitney poderia atender às

necessidades de exigências futuras.

Os clientes europeus estão

preocupados com a limitação da

escolha do motor, particularmente

no Reino Unido, conforme o

secretário de Defesa, Dr. Liam Fox

informou a Casa Branca no ano

passado.

O

Page 39: Revista Info Aviação 10ª Edição Maio 2011

39 Maio de 2011 /

Forças Aéreas do Brasil e do Uruguai iniciam exercício

de defesa aérea na fronteira

omeçou dia (25/04), o

exercício Urubra, que

simula a entrada de

aeronaves irregulares em espaço

aéreo controlado (brasileiro e

uruguaio) e tem como objetivo

treinar procedimentos que

possibilitem uma maior eficácia no

combate aos tráfegos ilícitos

transnacionais entre os dois países.

O exercício já começou com uma

boa notícia. ―Mínima de 10º,

máxima de 23°, sem formações

meteorológicas significativas até o

final do Exercício‖. Essas foram as

palavras iniciais do meteorologista

durante a reunião inicial do

Exercício URUBRA I, que

acontece na cidade de Santa Maria

(RS) durante os dias 25 e 29 de

abril.

A Força Aérea Brasileira participa

com as aeronaves A-29 (Super

Tucano) e C-98 (Caravan) e a

Força Aérea Uruguaia está com os

A-37 (Dragonfly), PC-7 (Pilatus),

IA-58 (Pucará), C-206 (Cessna),

C-310 (Cessna) e B-58

(Beechcraft)

Com o objetivo de treinar

procedimentos que possibilitem

uma maior eficácia no combate aos

tráfegos ilícitos transnacionais, por

meio da coordenação operacional

entre os órgãos de defesa aérea do

Brasil e do Uruguai, voltados para

a vigilância e o controle do espaço

aéreo, estiveram presentes no

auditório da Base Aérea de Santa

Maria (BASM) o Brigadeiro

General de Aviação Antonio

Alarcon, Comandante do Comando

Aéreo de Operações da Força

Aérea do Uruguai, acompanhado

de 22 militares uruguaios, e o

Coronel Aviador José Eduardo

Ruppenthal, Comandante da

BASM para assistir as informações

iniciais sobre o Exercício e presidir

a abertura do Exercício URUBRA

I.

O Tenente Coronel Aviador

Avedis Roberto Balekian,

representando o Comandante do

Comando de Defesa Aeroespacial

Brasileiro (COMDABRA) e

Diretor do Exercício (DIREX)

URUBRA I, Major Brigadeiro do

Ar Marcelo Mário de Holanda

Coutinho, ministrou uma palestra

sobre os principais aspectos

operacionais que envolvem o

Exercício e ressaltou que o

principal objetivo é o de estreitar

relações, trocar experiências e

estabelecer procedimentos comuns

em prol do aumento da vigilância e

do controle do espaço aéreo na

Região, com segurança.

C

Page 40: Revista Info Aviação 10ª Edição Maio 2011

40 Maio de 2011 /

Mistel:

Arma criada na Alemanha. Era o conjunto de dois aviões, um pequeno e tripulado e

outro maior e não-tripulado, neste eles colocavam explosivos o transformando em

uma bomba voadora. Foi usada somente uma vez e com pouco resultado.

Page 41: Revista Info Aviação 10ª Edição Maio 2011

41 Maio de 2011 /

Mistel

Em matéria de lançar aeronaves abarrotadas de explosivos

contra alvos inimigos, o mais próximo que os alemães

chegaram dos Kamikazes japoneses foi com o Mistel. Sua

origem remete de volta à Primeira Guerra Mundial, e à

defesa dos céus britânicos. Em maio de 1916 um caça

Bristol Scout foi levado à altitude de 350 metros preso na

seção central de um hidroavião Porte Baby, com o fim de

testar a viabilidade de carregar um caça com alcance de

fogo até os Zeppelins alemães que bombardeavam

constantemente a Inglaterra.

Anos depois, em 1938, a Short Brothers fez voar seu

composto Short Mayo, cujo o componente carregador era

um grande hidroavião quadrimotor que levava no dorso

um outro hidroavião quadrimotor, menor, mas com carga

máxima que não podia ser levantada da água. Aumentou-

se, portanto, o alcance do avião carregado.

DESENVOLVIMENTO

Em julho de 1943 o conceito foi

ressuscitado, desta vez pelos

alemães, como uma aeronave para

propósitos militares. Começou-se

experimentando aeronaves leves

montadas acima de planadores. A

proposta era utilizar velhas

estruturas do bombardeiro Junkers

Ju 88, e convertê-las em mísseis

não-guiados com a instalação de

uma ogiva lotada com explosivos.

Seria então voada até o alcance do

alvo, controlada pelo piloto de um

caça monomotor montado numa

estrutura sobre a fuselagem central

do bombardeiro. O caça então

liberaria o Ju 88 e o guiaria até o

alvo selecionado. A primeira

conversão foi feita combinando-se

um Ju 88A-4 com um

Messerschmitt Bf 109F, se

provando suficientemente bem-

sucedida para que a Junkers fosse

contratada para converter 15

estruturas de Ju 88A-4 para o

padrão denominado ―Vater und

Sohn‖ (pai e filho) ou ―Mistel‖

("visco" em alemão). Recebeu

esse nome por evocar algo como

um parasita conectado ao

hospedeiro; o programa recebeu o

codinome "Beethoven".

Um lote inicial de treinadores foi

produzido, usando-se um

Messerschmitt Bf 109F-4 como

guia. O Ju 88 foi desprovido de

todo o equipamento não-essencial

mas manteve posições para dois

tripulantes na versão de

treinamento. Na versão

operacional, a parte do nariz podia

rapidamente substituída por uma

ogiva de 3.800 kg.

EM OPERAÇÃO

Os vôos operacionais tiveram

início em 25 de junho de 1944,

quando quatro navios Aliados

foram atacados durante a noite,

todos sendo atingidos, mas não

afundados. Encorajada pelos

resultados, a Luftwaffe

encomendou que mais 75 caças Ju

88G-1s fossem convertidos, dessa

fez utilizando-se um caça Focke-

Wulf Fw 190A-6 ou Fw 190F

como guia, no que seria conhecido

como o Mistel 2.

Infelizmente, a combinação com o

Ju 88G totalmente abastecido e

armado, mais o Fw 190, fazia o

bombardeiro ficar

consideravelmente sobrecarregado,

originando uma série de acidentes

durante as decolagens. Os planos

para um ataque noturno contra a

frota britânica em Scapa Flow por

60 Mistels, marcado para

dezembro de 1944, foram

cancelados por causa do tempo

ruim. As aeronaves não foram

capazes de deixar suas bases

dinamarquesas, talvez para a sorte

Page 42: Revista Info Aviação 10ª Edição Maio 2011

42 Maio de 2011 /

da própria Luftwaffe, já que o

Mistel só era capaz de uma

velocidade de 380 km/h. A

esquadrilha provavelmente teria

sido dizimada pelos caças noturnos

ingleses.

O próximo ataque seria contra as

fábricas de munição soviéticas,

que fora planejado para março de

1945. Um total de 125 Mistels

estavam então encomendados, dos

quais 100 foram requisitados para

essa operação. No entanto, o

ataque foi cancelado quando

grupos avançados do Exército

Vermelho ocuparam os aeroportos

que seriam usados. Alguns ataques

esporádicos foram realizados

contra pontes nos fronts leste e

oeste, mas os Mistel sofreram

pesadas baixas.

O desenvolvimento continuou,

entretanto, incluindo o uso dos

novos Ju 88G-10 e Ju 88H-4 na

linha de produção. Os Ju 88H-4

foram associados a Focke-Wulf

Fw 190A-8s e batizados Mistel 3B.

Já os Ju 88G-10 presos a caças Fw

190A-8 com tanques alares de

longo alcance, se tornaram o

Mistel 3C.

Um papel diferente foi entregue a

um Mistel 3B modificado, que

recebeu um Ju 88 reconhecedor de

longo alcance com três tripulantes.

Essa versão levava seu Fw 190 de

escolta, que seria lançado somente

numa emergência. Uma das

últimas combinações Mistel

experimentou um Focke-Wulf Ta

152H Langnasse com um Ju 88G-

7, e voou durante as últimas

semanas da guerra.

CONCLUSÃO

O total de produção do Mistel

ficou em cerca de 250 unidades.

As especificações detalhadas de

performance do Mistel não são

conhecidas, mas algumas

referências podem ser obtidas

analisando-se os tipos individuais e

as aeronaves utilizadas.

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43 Maio de 2011 /

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