revista impacto aniversário cg 2014

60

Upload: indoor-brasil

Post on 05-Apr-2016

227 views

Category:

Documents


8 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

Page 1: Revista Impacto Aniversário CG 2014
Page 2: Revista Impacto Aniversário CG 2014
Page 3: Revista Impacto Aniversário CG 2014

03agosto de 2014

Fundação de Campo grande

No dia 4 de março de 1872, José Antônio Pereira formou uma comitiva composta de cinco pessoas,

seu filho Antônio Luiz, dois es-cravos e Luiz Pinto, que morava em Uberaba e tinha prática em viagens pelo sertão.

José Antônio Pereira ficou sa-bendo da Vacaria com vastas cam-pinas e saiu a procura de campos para criar e matas para lavoura, rumo ao sul de Mato Grosso.

Após três meses de cami-nhadas, no dia 21 de junho, José Antônio chegou à confluência de dois córregos, conhecidos mais tarde por “Prosa” e “Segredo”.

Construíram um rancho coberto de buriti, derrubaram uma pe-quena mata que existia entre os dois córregos, prepararam a terra para o plantio de milho e arroz, alguns meses depois, regressaram para Minas Gerais em busca de suas famílias.

Como não podiam deixar a pe-quena propriedade sozinha, em sua passagem por Camapuã, José Antônio fez um acordo com João

Nepomuceno, para que este cui-dasse de sua propriedade até seu retorno.

Passaram-se quase três anos, em meados de 1875 chegou por aqui Manoel Vieira de Souza (Ma-noel Olivério), com dois carros de bois, em companhia de seus filhos, sua mãe, de seus irmãos e alguns empregados. Nepomu-ceno, achando que José Antônio não mais voltaria, ofereceu a Manoel de Oliveira a pequena propriedade por trinta mil réis, na condição de que se José Antônio voltasse, Manoel Olivério, devol-veria a propriedade.

Em 14 de agosto do mesmo ano, chega José Antônio Pereira com uma numerosa caravana de onze carros de bois, carregados de vi-veres, mudas e sementes, um lote de gado de cria, etc, acompanhado de sua esposa, seus filhos, o genro, alguns sobrinhos e mais escravos amigos, num total de 62 pessoas.

Manoel Olivério, recebeu-o amistosamente, expôs as condi-ções de seu negócio com João Nepomuceno, prontificando-se a entregar a propriedade ao seu

legítimo dono. José Antônio dá por bem feita a transação e convida Manoel Olivério para trabalharem em comum acordo. Construíram novos ranchos às margens do cór-rego que fazia frente para a atual Rua 26 de agosto.

Origem do nome Campo Grande

A origem do nome da nossa ci-dade vem de uma promessa feita por José Antônio a Santo Antônio de Pádua, quando durante sua pas-sagem por Santana de Paranaíba, onde foi obrigado a interromper sua viagem em virtude da malária que estava acometendo a popu-lação, permanecendo por um bom tempo para debelar a epidemia, uma vez que era prático de far-mácia. Foi aí que prometeu à Santo Antônio de Pádua, construir uma igreja quando aqui chegasse, caso não perdesse nenhum dos seus.

Em 1876 e 1877, José Antônio cumpriu sua promessa construindo a capela e logo combinaram os ca-samentos do viúvo Manoel Olivério com Francisca de Jesus (filha de José Antônio), de Joaquim Antônio com Maria Helena e Antônio Luiz

Page 4: Revista Impacto Aniversário CG 2014

04agosto de 2014

com Anna Luiza; eles filhos do fundador; elas filhas de Manoel Olivério. Já no início de 1878, José Antônio vai até Nioaque e contrata o Padre Julião Urchia para cele-brar os primeiros casamentos e batizados.

Ainda em 1878, José Antônio volta pela última vez para sua terra natal, talvez para liquidar alguns negócios e trazer outros pa-rentes. Após seu regresso, preser-vando a área que havia delimitado para a sede do Arraial, determinou as posses das primeiras fazendas.

Novas caravanas foram che-gando, o entusiasmo dos primeiros habitantes contagiava a todos, pois diariamente chegavam mais pes-soas para aumentar as atividades da povoação.

Atendendo ao apelo dos habi-tantes, no início de 1889, chegou o mestre José Rodrigues Benfica que abriu a primeira escola em nossa terra.

O fundador Nasceu em 19 de março de

1825, na cidade de Barbacena (antigo arraial de Nossa Senhora da Piedade da Borda do Campo), filho de Manoel Antônio Pereira e Francisca de Jesus Pereira, portu-gueses que se transferiram para o Brasil. Já moço, muda-se para São João de Del Rei e se casa com a Jovem Maria Carolina de Oli-

veira. Tiveram oito filhos: Antônio Luiz, Joaquim Antônio, Francisca, Maria Carolina, Perciliana, Ana Constança, Maria Nazareth e Rita.

Desejando estabelecer-se defini-tivamente em lugar onde pudesse desenvolver suas atividades de pe-queno agricultor e pecuarista com sua família nascente, transfere-se em meados do século dezenove para o povoado de São Francisco da Chagas do Monte Alegre.

Com o fim da Guerra do Pa-raguai, com o retorno para o Brasil dos soldados oriundos da cidade de Monte Alegre, levaram notícias sobre os campos de Va-caria. A existência de extensas áreas de terra devolutas ao sul da Província de Mato Grosso atraiu interesse de José Antônio Pereira. Em 4 de março de 1872 empreendeu sua primeira viagem, vindo por fim a se estabelecer definitivamente.

Como prático de medicina, con-tribuiu para salvar vidas, não se limitava apenas na preparação e administração de unguentos, pomadas, xaropes, tinturas, chás e garrafadas, cuidava também dos que se feriam em acidentes, aos fraturados e era também benzedor.

Sua fama como parteiro era voz corrente, treinou uma velha escrava e passou a contar com sua ajuda, posteriormente ensinou sua

própria nora.A abordagem dos doentes não

era realizada com instrumentos de semiologia médica. Os meio diagnósticos eram apenas livre interrogatório combinado com olhos clínicos.

Da figura do fundador nos der-radeiros anos de sua vida, com barba branca e tez clara, olhos azuis e fortes, cabelos encane-cidos, emergia um ser que mes-clava autoridade e doçura. Todos os seus atos acabaram por consa-grar José Antonio Pereira, não só como fundador e líder, mas sobre-tudo, como a primeira pessoa a cuidar da saúde do povo nascente.

Foi um homem dedicado à fa-mília, organizado, justo e des-temido. Católico fervoroso, pos-suidor de um profundo senso humanista, afinado sentimento coletivista e, com seu carisma, um líder inconteste.

Em 11 de janeiro de 1900, morre José Antônio Pereira, sendo sepultado em cemitério que se localizava no bairro Amambaí, onde atualmente encontram-se construídos o Senai e a Casa da Indústria. Tempos depois seus ossos foram transferidos para o jazigo da família, no cemitério Santo Antônio, onde se acham depositados os restos mortais de seus filhos e netos.

Page 5: Revista Impacto Aniversário CG 2014

05agosto de 2014

Prefeitura inaugura quadra de vôlei, concha de bocha e pista de

malha de centro no Vovó Ziza

As atividades do Centro de Convi-vência do Idoso Vovó Ziza foram ampliadas com a inauguração da

concha de bocha, malha de centro e a quadra de voleibol. O evento fez parte do calendário comemorativo dos 115 anos de Campo Grande e contou com a presença do pre-feito Gilmar Olarte (PP) que estava acompanhado da primeira-dama Andréia Olarte.

A abertura oficial do evento teve a participação especial da orquestra Nova Aliança, sob a re-

gência do maestro Oséas Evange-lista e a apresentação da dança “La Comparticita”, com a senhora Ivone Franco.Durante o evento a Prefei-tura de Campo Grande prestou ho-menagem para a já falecida Maria Bezerra de Lima Santos pelos bons serviços prestados à comunidade do bairro Aero Rancho.

De acordo com o diretor do CCI Vovó Ziza, Valdir Gomes há muito tempo ele lutava para construir a quadra de vôlei e as pistas de bocha e malha de centro. “Esta quadra era nosso sonho, meu e das pessoas da 3º idade que frequentam este local e nós agradecemos ao

prefeito Gilmar Olarte por realizar esta obra que é importante para todos nós”, disse Valdir Gomes emo-cionado. “Estou muito feliz por participar deste evento e de saber que o CCI está nas boas mãos do Valdir Gomes. Valdir é muito pres-tativo, nos atende em todas as situações e nós fazemos de tudo para que ele faça um bom trabalho neste CCI e em todos os outros da

Capital”, frisou a primeira-dama Andréia Olarte.

O prefeito Gilmar Olarte fez uma apresentação musical especial a convite da orquestra Nova Aliança. O prefeito informou que além das inaugurações das pistas de bocha, malha de centro e da quadra de vôlei, a Prefeitura também provi-denciou a aquisição de motores para aquecer as piscinas. “O CCI está em boas mãos e nós vamos cuidar das pessoas da 3ª idade que são importantes para nossa socie-dade e prestaram um relevante trabalho para o desenvolvimento de nossa cidade. Elas merecem um local confortável para o lazer. Vamos continuar trabalhando e fazer a diferença para melhorar nossa Capital”, finalizou.

O evento contou com as pre-senças do vereador Chocalate, da secretária estadual da Assistência Social, Tânia Gari; da secretária municipal de Assistência Social, Janete Bellini, do ouvidor geral do município, Eduardo Haddad, do comandante da Guarda, Coronel Jonys Cabreira e do coordenador do SAMU, Eduardo Cury.

Page 6: Revista Impacto Aniversário CG 2014

06agosto de 2014

Pioneiros de Campo Grande

Primeira farmácia de Campo Grande

A primeira farmácia de Campo Grande foi instalada em 1887, por Joaquim Vieira de Almeida que trouxe em sua pequena venda, um espaço destinado aos medicamentos por ele preparados. A farmácia ficava na ant iga Rua Velha, que hoje leva o nome de 26 de Agosto.

Primeiro juiz e primeiro promotor

A c o m a r c a d e C a m p o Grande foi criada em 1910, sendo nomeado como seu primeiro juiz de direito o Dr. Arlindo de Andrade G omes e seu pr imeiro promotor público, o Dr. Tobias de Santana.

Primeiro prefeito de Campo GrandeC o m o J o s é A n t ô n i o P e r e i r a e s e u s acompanhantes decidi ram for mar um povoado próximo às margens do Córrego Prosa, a primeira Rua de Campo Grande foi hoje 26 de Agosto, porém, inicialmente chamada de Rua Velha.

Transporte coletivo em Campo GrandeOs primeiros ônibus eram Jardineiras que faziam linhas rurais, transportando proprietários de fazendas em deslocamento para a cidade. Em 1924, a prefeitura cria uma lei permitindo a contratação de serviço de transporte coletivo publico por ônibus por concorrência publica momento em que começaram a existir as miniempresas. Com isso os ônibus eram cada vez mais presentes nas ruas de Campo Grande, onde muitas linhas começaram a se tornar intermunicipais e interestaduais. Em 1937 é aprovada uma lei autorizada à concessão do serviço do transporte coletivo por Auto-ônibus (Urbano e Interurbano) que obrigava a criação da pessoal jurídica para oferecer o transporte publico. Não se tem registros do nome da primeira empresa que operou oficialmente como meio de transporte coletivo urbano e interurbano em Campo Grande.

O primeiro bispo de Campo Grande

Campo Grande foi proclamada d i o c e s e p e l a B u l a “ I n t e r Gravíssima”, do papa Pio XII, no dia 15 de junho de 1957. Seu território foi desmembrado da diocese de Corumbá e da então Prelazia de Registro do Araguaia. O então Padre Antônio Barbosa, foi nomeado o 1º bispo da nova diocese. Sua ordenação episcopal foi em 1º de Maio do mesmo ano, em São Paulo, e no dia 24 de maio tomou posse como bispo diocesano. Elevada a arquidiocese ele se tornou o primeiro arcebispo de Campo Grande. Faleceu dia 3 de maio de 1993, já como arcebispo emérito. Seu funeral foi na Catedral de Nossa Senhora da Abadia, onde está sepultado.

Page 7: Revista Impacto Aniversário CG 2014

07agosto de 2014

Pioneiros de Campo Grande

A primeira Rua de Campo Grande

Como José Antônio Pereira e seus acompanhantes decidiram formar um povoado próximo às margens do Córrego Prosa, a primeira Rua de Campo Grande foi hoje 26 de Agosto, porém, inicialmente chamada de Rua Velha.

Primeira Câmara Municipal de Campo

GrandeOs primeiros vereadores e suplentes da vila de Campo Grande foram eleitos em 2 de novembro de 1902, m a s s o m e n t e t o m a m posse em 23 de janeiro de 1905. Formaram a primeira L e g i s l a t u r a d a C â m a r a da hoje Capital de Mato Grosso do Sul os vereadores Jerônimo José de Sant’Anna, seu primeiro presidente; João Corrêa Leite, v ice -presidente, Manoel Ignácio de Souza, João Antunes da Silva e José Vieira Damas.

O primeiro centro comercial de Campo GrandeO Mercado Municipal Antônio Valente, mais conhecido como Mercadão, localizado entre as ruas 7 de Setembro e 15 de novembro, bem no coração da Capital, pode ser considerado o primeiro grande “supermercado” de Campo Grande. Com uma área de 2.051,70 m², ali estão distribuídos 114 bancas e 77 boxes. O prédio, inaugurado em 30 de agosto de 1958, teve sua origem numa feira livre que até os anos 50 ocupou uma grande área margeando os trilhos da Noroeste, entre a Avenida Afonso Pena e a Rua 7 de Setembro.

Primeira vereadora e primeira deputada de Campo GrandeOlívia Enciso, filiada à União Democrática Nacional (UDN) foi a primeira mulher a se eleger vereadora em Campo Grande. Elegeu-se em 1954, sendo a mais votada e exerceu o mandato de 1955 a 1959, quando se elegeu deputada estadual, também com a maior votação do estado de Mato Grosso, sendo a pioneira nos dois mandatos.

Primeira prefeita de Campo Grande

A professora Nelly Bacha fo i a p r i m e i ra m u l h e r a comandar o Poder Executivo Municipal campo-grandense. E la tomou posse em 15 d e m a r ç o d e 1 9 8 3 n a condição de presidente da Câmara Municipal e ficou no Executivo até a posse de Lúdio Martins Coelho, em 20 de maio de 1983.

Page 8: Revista Impacto Aniversário CG 2014

08agosto de 2014

A primeira rádio de Campo Grande

Na década de 30 sur-giam várias emis-soras de rádio que se tornariam famosas, dentre elas a Rádio Record de São Paulo; a Rádio Nacional Rio

de Janeiro de 1936 e a Rádio Tupi de São Paulo, todas de 1937. Antes, em 27 de junho de 1924 era fundada a RB-2, a Rádio Clube Paranaense. Já em 26 de agosto de 1939, surgiu a PRI-7, a Sociedade Rádio Difusora de Campo Grande AM-1240KHz. A Difusora colo-cava o antigo Mato Grosso na Era do Rádio: primeira do Estado e de Campo Grande de então, silenciosa, pequena, bucólica. A Difusora quebrou o si-lêncio reinante dando voz à cidade e seus moradores. Seu lançamento pre-senteou o Centro-Oeste, mostrando a pujança e iniciativa do empresariado campo-grandense. A inauguração da nossa Difusora aconteceu no dia do aniversário de Campo Grande em 26 de agosto, quando a cidade feste-java seus 40 anos de Emancipação político-administrativa. A Difusora mais do que a primeira rádio de toda a região Centro-Oeste é a quinta rádio mais antiga do Brasil.

Page 9: Revista Impacto Aniversário CG 2014

09agosto de 2014

Hotel mais antigo da cidade ainda preserva hábitos e hospitalidade de 60 anos atrás

0909

Campo Grande hoje conta com uma enorme variedade de hotéis, porém nenhum deles faz parte da

história da cidade como o Hotel Gaspar que foi inaugurado no dia do aniversário da cidade em 26 de agosto de 1954. O hotel fica na Avenida Mato Grosso, esquina com a Rua Calógeras.

Tudo começou há 60 anos, Antonio Gaspar trabalhava na construção da ferrovia, quando veio a Campo Grande receber algumas dívidas, se encantou pela cidade e de-cidiu ficar por aqui. Primeiro Gaspar abriu um bar chamado “O Lusitano”, ponto de en-contro dos portugueses que aqui habitavam.

Mesmo com os tempos mo-dernos e prédios inovadores o hotel ainda preserva a his-tória do local mantendo a mesma fachada de quando foi inaugurado. Equipamentos que antes eram muitos úteis hoje servem de enfeites e de recordação onde a tecnologia passava distante.

Outro diferencial na época era o fato do hotel possuir

gerador de luz e elevador, o que trazia conforte e comodi-dade aos hospedes. A rodovia funcionava ao lado do hotel, onde hoje está instalada a lavanderia.

Personalidades Pessoas importantes não

faltam no currículo do hotel, que já hospedou pessoas ilustres como senadores, de-sembargadores, funcionários de empresas aéreas, Pedro Pedrossian, governador de Mato Grosso no período de 1966 a 1971, antes do Estado ser dividido.

Modernização Na década de 70 o hotel

passou por algumas reformas a fim de se modernizar. Mais um andar foi construído tota-lizando quatro andares. São 84 apartamentos, equipados com ar condicionado, ventilador, frigobar e telefone. O elevador ainda é o mesmo, mas o motor foi trocado para garantir a se-gurança dos hóspedes.

O Hotel Gaspar tem como principais características o bom atendimento, hospitali-dade e conforto. A maneira de tratar seus hospedes é um di-ferencial até hoje. Sempre com sorriso no rosto e prontos para

atender, é assim que trabalham os funcionários do Gaspar.

Se hospedar no Gaspar é viver um pouco do que Campo Grande foi em 1950. Os móveis dos quartos ainda são originais, assim como as máquinas da lavanderia, o armário da cozinha e as ca-deiras do hall de entrada. É tanta coisa antiga que parece outro tempo.

A esposa do Sr. Gaspar, Sra. Maria Gaspar, também era sempre vista transitando pelo hotel. Maria faleceu aos 85 anos.

Os clientes, muitos ainda são daquela época ou filhos de quem viveu o tempo de ouro do hotel. Cerca de 20 pessoas moram no Gaspar, hóspedes fixos, funcioná-rios públicos e médicos são a maioria.

Cravado na região central de Campo Grande, um pe-daço da história da cidade resiste ao tempo e à moderni-zação do mesmo jeito em que reinou durante décadas como símbolo de requinte e status. Mantém até equipamentos antigos intactos e prontos para atender os hóspedes de atualmente.

CKArlA MACHADo

Page 10: Revista Impacto Aniversário CG 2014

Primeira-dama atuante e comprometida com

Campo grande

seções03................... Fundação de Campo Grande05.............................................. Vovó Ziza06.................... Pioneiros de Campo Grande08....................................... Primeira Rádio09....................................... Primeiro Hotel12................................................ Editorial13................................ Orquestra Sinfônica15......................... Homem de Confiança16........... Desenvolvimento do Comércio18....................... Obras de Pavimentação19............................................... Especial24............ Projeto Geração dos Campeões29.......................................... Primeira TV30................................... A Lenda da Rádio

espaço do leitorespaço do leitor

32........................................ Programação 34....................................... Os Libaneses37............. Assinatura de Arrendamento38..................................... Os Paraguaios41............................. Câmara Municipal42................................... Os Portugueses46............................. Pontos Turísticos48........................................ Os Japoneses52..................................... Os Bolivianos56......................................... Os Gaúchos58................................. Andre Luiz Scaff60.......................................... Os Italianos63........................................ Noite Cultual64.................................. Comemorações66....................................... Semy Ferraz

Queremos saber sua opinião! Man-de-nos sugestões, críticas, elogios e

dicas de matérias. Anote o e-mail [email protected]. Assim você pode nos ajudar a fazer a Revista Impacto.

26

Inauguração do Memorial do Centenário da Imigração na Capital

63

10agosto de 2014

14

Uma cidade preparada para o futuro19

Ferrovia completa 100 anos de instalação em Campo Grande

Page 11: Revista Impacto Aniversário CG 2014

11agosto de 2014

Considerado marco da democracia, o Relógio da 14 instalado.

Instalado pela primeira vez em 1933 na rua 14 de Julho, o Relógio represen-tava o marco zero da ci-dade. Depois de demolido na década de 1970, uma réplica foi erguida nova-mente em 1999, dessa vez na Calógeras, através do movimento rotariano em comemoração aos 100 anos de emancipação política da Capital.

O Relógio tem um sig-nificado maior do que mostrar as horas, marca o símbolo da democracia. O local era um ponto de referência na Capital, onde aconteciam encon-tros, reuniões e comícios políticos. O aparelho pos-suía quatro faces, media cinco metros de altura.

Page 12: Revista Impacto Aniversário CG 2014

editorialexpediente

Edição Especial de Campo Grande www.impactoms.com.br

Publicação de I3 Editora e Comunicação LTDA ME

CNPJ 13.822.654/0001-42

Rua Jamil Félix Nagles, 589 - Parque dos Poderes

Campo Grande/MS

CEP 79036-110 - Fone: (67) 3026-6162

[email protected]

[email protected]

Diretor Eli SousaEditores

Jornalista Karla Machado - DRT 1196/MSJornalista Roberto Costa - DRT 174/MS

ColaboradoresJornalista Jota Menon - DRT 180/MS

Gerente AdministrativaLuzia Helena Fonseca Coutinho

Assessoria JurídicaWellington Coelho Souza Júnior

ColunistasFernando Soares, Rosildo Barcelos,Carlos Voges e Creginaldo Câmara

Diagramação e Arte FinalJulia Leite

Lino ToscanoRegião Norte

Luiz Nascimento (67) 9923-5128Região Vale do Invinhema

John Lenon

CirculaçãoHotéis, agências de viagens, aeroportos de Mato Grosso do Sul, órgãos públicos

daCapital, prefeituras, Câmaras

do Estado e Brasília

Assinatura:(67) 3043-0044 -3043-0055

Tiragem:10.000 exemplares

Revista impacto

A Revista Impacto não interferenas avaliações publicadas por

colaboradores. Opiniões emitidasem artigos assinados não refletem

necessariamente a opinião darevista, que pode ser contrária.

Campo Grande,menina moça de 115 anos!

Os dados históricos de Campo Grande relatam que em 4 de março de 1872 José Antônio Pe-reira chegou e se alojou em terras férteis localizadas ao longo da Serra de Maracaju. O local era abençoado: cheio de alimentos e completamente desabitado.

O ponto escolhido foi a con-fluência de dois córregos - mais tarde denominados Prosa e Se-gredo - onde hoje é o Horto Flo-restal. Três anos depois, mais precisamente no dia 14 de agosto de 1875, José Antônio Pereira retornou com sua família (es-posa e dezoito filhos), escravos e outros, num total de 62 pessoas, marcando, assim a fundação de uma pequena vila numa região banhada por 33 córregos.

Ainda em vida, José Antônio Pereira, o desbravador que fa-leceu em janeiro de 1900, viu o seu Arraial de Santo Antônio de Campo Grande se transformar em Município. Foi em 26 de agosto de 1899, data em que o governo estadual de Mato Grosso promulgou a resolução de eman-cipação da vila e a elevou à con-dição de município, ao mesmo tempo mudando o seu nome para Campo Grande, tendo como pri-meiro prefeito Francisco Mestre (até 1º/11/1904).

Hoje Campo Grande, sonhada pelo fundador e seus familiares, comemora 115 anos de emanci-pação na condição de uma das cidades mais belas, dinâmicas, progressistas e desenvolvidas de nosso País.

Com direito a Certidão de Nascimento, Campo Grande pode ser considerada - à exceção das capitais previamente projetadas – como uma das capitais mais

jovens do País, ou seja, apenas 139 anos desde que José An-tônio Pereira fincou os primeiros mourões de madeira para fazer o rancho que habitou com sua enorme prole.

A Campo Grande atual, de Avenidas largas e ipês floridos, dos 33 córregos que cortam o perímetro urbano, com seus arranha-céus, seus shoppings centers, com uma das maiores frotas de automóveis do país, um comércio latente e um parque industrial consolidado é motivo de orgulho para seu povo e suas autoridades.

Fincada em meio a Cerrado que corta a maior serra contínua do mundo – a Serra de Maracaju – Campo Grande desfruta do pri-vilégio de ser o verdadeiro portal do Pantanal sul-mato-grossense, ponto de parada obrigatória para quem deseja conhecer o maior Santuário Ecológico do mundo ou se deslocar até Bonito, por mais de 10 anos considerado o melhor destino turístico do mundo.

Com certeza, José Antônio Pereira, se vivo estivesse, teria muito orgulho de ver o padrão de desenvolvimento atingido pela “vilinha” que fundou às margens dos córregos onde, ele e seus amigos, batiam umas “prosas” e contavam “segredos” do cotidiano local, daí os nomes “Prosa” e “Segredo” para os cursos d’água que cortam o pe-rímetro central da Capital e formam o Rio Anhadui quando se juntam.

Parabéns Campo Grande pelos seus 115 anos de indepen-dência político-administrativa!

Eli SousaDiretor

12agosto de 2014

Page 13: Revista Impacto Aniversário CG 2014

13agosto de 2014

sinfônica de Campo grande encanta plateia em comemoração

aos 115 anos da cidade

A Orquestra Sinfônica Municipal de Campo Grande se apre-sentou no dia 14, em concerto com parti-cipação especial de

renomados músicos, com entrada gratuita no Teatro Glauce Rocha. O evento contou com participações especiais, como a flautista Myrian Dickinson, que é da Suíça e está re-alizando uma breve turnê pelo Brasil e do jovem violonista paulista Plínio Fernandes, recém-integrado à Royal Academy of Music de Londres, na Inglaterra. A apresentação integra a programação de aniversário de 115 anos de Campo Grande.

A noite contou ainda com a atu-ação do jovem maestro Matheus Coelho que estuda Regência na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Matheus, reconhecido talento campo-grandense, detentor de prêmios em música, tem em seu portfólio diversas experiências na América do Sul e Europa. Para en-cerrar a noite juntou-se à orquestra o coral infantil da Fundação Zahran que desenvolve suas atividades com o projeto aprovado pelo FMIC e o

Coral dos Alunos da Escola Municipal Iracema Maria Vivente.Instituída por Lei Municipal (4.403/2006), a Or-questra Municipal tem realizado in-tensa atividade em Mato Grosso do Sul em concertos nos principais municípios do Estado. Apresentou-se com renomados solistas brasileiros e dos EUA, Portugal, Itália, Coréia do Sul, Argentina, Suíça, Canadá, Para-guai, Bolívia e Uruguai. A Orquestra tem se destacado pela integração e valorização da música regional de Mato Grosso do Sul. Entre os exemplos estão a utilização de instru-mentos como a viola caipira e a viola de cocho nos concertos, alem de parcerias com importantes nomes da música popular sul-mato-grossense.

Tais incursões têm chamado a atenção de um novo público para a música de concerto e despertado elogios de grandes personalidades no meio artístico, como disse o sau-doso escritor Ariano Suassuna, que destacou a importância da Orquestra para a cultura musical brasileira. A Orquestra mantém um permanente programa de incentivo e aperfeiçoa-mento técnico para jovens músicos, absorvendo promissores talentos

da cidade por entender que deve fomentar de diversas maneiras o cenário musical erudito

A Oquestra tem como regente o maestro Eduardo Martinelli que formou-se em violão erudito pela Faculdade de Música de Santos em 1998, estudou paralelamente violon-celo, violino e regência de orquestra. Desde 2004 residindo em Campo Grande, vem realizando intensas ativi-dades no meio artístico popular e eru-dito, apresentando-se nos principais eventos de música de Mato Grosso do Sul. É maestro e diretor artístico da Orquestra Municipal e da Or-questra Jovem da Fundação Barbosa Rodrigues, maestro e coordenador pedagógico da Orquestra Viver Bem e da Orquestra Infantil Grupo Zahran.

Martinelli foi maestro da Or-questra Sinfônica do Projeto Guri - (Santos – SP). É Diretor artístico do Festival Encontro Com a Música Clássica em Campo Grande desde de 2007. Idealizador e Incentivador do Prêmio Campo Grande de Música de Concerto desde 2010. É diretor ar-tístico do Festival Cidade das Águas de Música Erudita em Três Lagoas (2011,2012 e 2013).

Page 14: Revista Impacto Aniversário CG 2014

14agosto de 2014

andréia olarte Primeira-dama atuante e comprometida com Campo grande

Nascida em Vo-t u p o r a n g a /SP, em 13 de fevereiro de 1972, Andréia Olarte é filha

de Oswaldo Zanelato e Laurinda Teixeira Nunes Dall Whitt. Casada com o prefeito de Campo Grande Gilmar Olarte, é mãe de Eloá e Higor.

Veio para Campo Grande em maio de 1998 quando deu início à carreira de empreendedora. Em 2000, inaugura a loja Casa da Es-teticista, que em pouco tempo se transforma em referência no seg-mento em todo Estado, abrindo revendas nas principais cidades do interior de MS. Apaixonou-se tanto pelo ramo que em 2007 formou-se em estética e cosmetologia pela faculdade Uniderp.

É musicista, regente de coral, vice-presidente e líder do movi-mento de mulheres da Igreja As-sembleia de Deus Nova Aliança do Brasil (ADNA do Brasil). Atu-almente, ocupa o cargo de pre-sidente do Fundo de Apoio à Co-munidade (FAC) e atua direta e incansavelmente junto ao prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte, desenvolvendo ações em todas as

frentes, sempre primando pelo bem estar da popu-lação da nossa Capital, visitando entidades filan-trópicas e unidades de atendimento socioassis-tencial (CRAS, CCIs) de forma a conhecer a meto-dologia de trabalho bem como suas necessidades. Além disso, entregou doa-ções ao Recanto São João Bosco e Ceinfs. No Dia das Mães, Andréia também visitou alguns bairros

periféricos da Capital entregando presentes em alusão à data.

A última delas, a Campanha do Agasalho “Quem Ama Aquece!”, foi um grande sucesso na Capital, arrecadando mais de 20 mil peças novas e beneficiando mais de 1,5 mil pessoas em aproximadamente 20 bairros periféricos da Capital.

“Havia algum tempo que não era feita essa campanha, e a necessi-dade das pessoas não espera, é pre-ciso agir pontualmente e de forma rápida. Eu gosto e faço questão de entregar pessoalmente as doações, pois além de ter esse contato e ver a felicidade deles, posso conhecer de perto suas necessidades”, afirma a primeira-dama, completando que todo o material novo arrecadado foi

recebido por meio de doações de empresários parceiros.

Agora o foco são as ações que serão desenvolvidas ao longo de mais de um mês, referentes ao aniversário de 115 anos do Campo Grande. “Temos atividades em todas as frentes da Prefeitura, esporte, cultura, saúde, assis-tência social, enfim, uma gama de eventos para agradar a todos os gostos, onde buscamos integrar a população com as ações do poder público de forma a incentivar a participação para oferecermos o melhor serviço”, pontua Andréia.

“Na terça (12) fizemos o lança-mento do 1º Concurso Cultural de redação para os alunos do Instituto Mirim como forma de incentivá-los aos estudos, onde eles terão que escrever uma redação sobre a nossa cidade através do ponto de vista deles. No dia 1º de setembro, iremos premiar os três melhores textos. Também estamos elaborando a cam-panha a ser realizada para o Dia das Crianças e no Natal, entre outras mais pontuais. Não podemos ficar parados, a administração do prefeito Gilmar Olarte é marcada por muito trabalho e amor e é isso que estamos mostrando. Vamos fazer 4 anos em 2, sempre primando pelo bem estar da nossa população”, finaliza.

Page 15: Revista Impacto Aniversário CG 2014

15agosto de 2014

Homem de confiança de gilmar olarte,secretário Caco dinamiza máquina administrativa

Waltermir Alves de Brito, ou sim-plesmente Caco para os amigos,

é homem de confiança do prefeito Gilmar Olarte (PP), desde os tempos em que ele foi vereador por Campo Grande. Titular da Secretaria Mu-nicipal de Administração, Caco é apontado como braço direito da ad-ministração municipal. Na semana que antecedeu o aniversário de emancipação político-administrativa da Capital, Waltermir Alves de Brito recebeu o jornalista e radialista Eli Sousa, diretor da Revista Impacto e concedeu a seguinte entrevista abordando os cinco meses da admi-nistração Gilmar Olarte.

Impacto – Secretário, o que foi re-alizado pela Secretaria de Adminis-tração nesse espaço de cinco meses em que Gilmar Olarte está à frente do Poder Executivo Municipal?

Caco – Quando o prefeito Gilmar Olarte assumiu o cargo e nos deu a responsabilidade de responder pela parte administrativa da prefeitura com ações direcionadas às áreas de patrimônio, frota, recursos humanos, entre outras, nós começamos a tra-balhar a questão da organização da estrutura. Nós encontramos a frota sucatada, parada nas oficinas, pa-ralisando serviços da saúde, da edu-cação. Trabalhamos uma parceria com as oficinas para que os veículos do município voltassem a rodar e atendessem a todas as secretarias.

Esse foi um dos pontos cruciais do início de administração. Houve também a questão da estruturação das demais secretarias municipais que foram todas montadas com suas diretorias e coordenadorias departamentais para que cada uma das pastas pudesse andar com as próprias pernas.

Impacto – Em outras palavras, no início da administração nada funcionava?

Caco – Na verdade, a estrutura da administração municipal estava desmontada. Não havia diretores, coordenadores e nomeados. E o processo administrativo segue um rito. Quando você formaliza o início do processo existem as instâncias que você precisa respeitar. Grande parte dos projetos estava parado em função desse desmonte das es-truturas administrativas.

Impacto – E, hoje, como está a administração?

Caco – Hoje a máquina está an-dando. Todas as pastas estão orga-nizadas com suas diretorias, suas coordenadorias, seus chefes, todos a postos e trabalhando no ritmo do prefeito. O prefeito é muito acelerado, muito prático e isto ele transmite para todos os seus subordinados e a gente tem de seguir esse ritmo dele. O prefeito nos incumbiu também de organizar a questão administrativa do município e um dos pontos em que estamos atuando é no sentido de tornar a gestão mais ágil. Por isto, estamos reestruturando as pastas, os projetos, aprimorando a máquina administrativa. Começamos pela Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Habitação), porque é uma das pastas mais cobradas. Para se ter uma ideia todas as demandas da Câmara ou ao menos 70% das demandas apresentadas pelos vereadores são direcionadas à pasta. Então fizemos a reestrutu-ração dela para dar agilidade aos processos, sejam as grandes obras

do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), em parceria com o governo federal, sejam nas pequenas demandas apresentadas pelos ve-readores. Em síntese, a nossa pre-ocupação é reestrutura a máquina, a gestão administrativa de Campo Grande. Temos agora um grande projeto que é o “Governo Eletrônico” que vai dar facilidade ao atendi-mento do cidadão e que está sendo coordenado pela Semad (Secretaria Municipal de Administração), com o envolvimento de outras pastas. Trata-se de uma revolução que pretendemos instituir em Campo Grande, porque vamos colocar a tecnologia a serviço do cidadão. Vamos organizar a administração de tal forma que o cidadão tenha respostas rápidas. Quando o cidadão fizer uma pergunta à prefeitura, ele terá a resposta em tempo real, po-dendo acompanhar a sua demanda, sabendo o tempo que levará para que ela seja equacionada. Também os processos se tornarão mais rápido, porque quase tudo será digitalizado. Haverá a conexão entre as pastas também para garantir a integração população, servidor público e prefei-tura municipal, diminuindo custos da administração municipal.

Impacto – E o apoio dispensado pelo prefeito?

Caco – O apoio tem sido ótimo. Ele apenas exige resultados. Todos os secretários têm facilidade para trabalhar, mas o prefeito quer resul-tados. E nós estamos trabalhando para dar essa resposta a ele. O prefeito tem uma visão prática de resultados positivos para a popu-lação. Campo Grande está chegando próxima à condição de metrópole {condição que se obtém ao atingir um milhão de habitantes} e ela merece uma gestão de qualidade e moderna e hoje não se pode falar em administração moderna sem falar de integração, de tecnologia de in-formação.

Page 16: Revista Impacto Aniversário CG 2014

16agosto de 2014

O presidente da Fe c o m é r c i o MS (Fede-ração do Co-mércio de Bens, Serviços

e Turismo de Mato Grosso do Sul), Edison Ferreira de Araújo, conversou com a re-portagem do Grupo Impacto de Comunicação sobre o de-senvolvimento do comércio du-rante os 115 anos de Campo Grande.

Edison explica que o co-mércio na Capital, onde se concentra o maior numero de empresas no Estado de Mato Grosso do Sul, tem sido nos último anos a mola propulsora de geração de empregos e também de vendas.

“Campo Grande concentra hoje quase 47 mil empresas no setor de comércio em Mato Grosso do Sul, consequen-temente, do número total de empregos gerados no Estado e na Capital, 80% fica em Campo Grande. Hoje, o número de empregos na Capital chega a 160 mil no setor de comércio, serviço e também de turismo”, explica Edison.

O presidente falou também que a situação econômica do Estado tem sofrido uma queda, mas que Campo Grande tem fi-cado sempre acima da média nacional em vendas e geração de emprego.

Muitas empresas investi-doras estão se instalando em Campo Grande, como a Havan

e o Shopping Bosques dos Ipês, novos empreendimentos como os chamados “atacarejos”, que tem se estabelecido na Capital nos últimos 12 meses.

“Isso quer dizer que as empresas e os grandes in-vestidores têm acreditado no potencial da nossa cidade. Isso para a gente é muito bom, pois é dinheiro circu-lando na cidade, gerando mais empregos e também expecta-tivas maiores na área de tribu-tação do Estado e município”, afirma.

O setor, de acordo com Edison, que está dando um ibope maior para o município é o setor da Construção Civil. “Embora tenha dado uma es-tabilizada, ainda continua em

Presidente da Fecomércio fala sobre oPresidente da Fecomércio fala sobre oPresidente da Fecomércio fala sobre odesenvolvimento do desenvolvimento do desenvolvimento do comércio em Campo Grandecomércio em Campo Grandecomércio em Campo Grandecomércio em Campo Grandecomércio em Campo Grandecomércio em Campo Grande

Foto

Ju

liA

leit

e

KArlA MACHADo

Page 17: Revista Impacto Aniversário CG 2014

17agosto de 2014

Foto

Ju

liA

leit

e

patamares elevados se formos ver os nú-meros que são apresentados dentro do setor”.

Outro destaque do presidente é para o setor de alimentos que tem se destacado na Capital. “O acréscimo de 12% no mês pas-sado talvez tenha sido com o evento da Copa do Mundo. As pessoas consumiram mais e talvez esse número reflita esse aumento expressivo”.

Também um setor que teve um acréscimo muito grande, segundo Edison, é o da beleza, que são os setores de cosméticos, criação de institutos de beleza e cabeleireiros. “ É um setor que tem muito a crescer ainda. Não só na Capital como no Estado. Há uma margem muito grande de crescimento neste setor, pois os homens hoje em dia também estão tratando da sua vaidade”.

O turismo, principalmente da parte hote-leira, tem tido um acréscimo muito grande, pois muitos investimentos estão acontecendo em Campo Grande.

Para o presidente da Fecomércio, Campo Grande é uma cidade que cresce muito, não só em relação ao País, mas principalmente no Centro-Oeste é a Capital que mais tem crescido em termos de geração de emprego e investimentos.

“Campo Grande ainda é uma cidade que vive do comércio e serviço. Poucas indús-trias, em relação a outras capitais, estão na Capital. E a gente tem percebido que o setor público tem dado um “up” muito grande no setor de comércio e serviços”.

Questionado pela reportagem sobre o quanto de investimento o comércio traz para Campo Grande, Edison explica que 2/3 do PIB (Produto Interno Bruto) de Mato Gross do Sul advém do comércio e das empresas prestadoras de serviços, “ou seja, R$ 33 bi-lhões entram de investimento para Capital só do comércio”.

Para finalizar, o presidente da Fecomércio anunciou que o Sesc e Senac tem para Campo Grande um investimento da ordem de R$ 50 milhões.

“Temos duas obras já aprovadas com o alvará de construção para o Senac. Para o Sesc, são R$ 5 milhões que entram para al-gumas reformas que estão sendo realizadas nas unidades e a criação do Centro Cultural do Sesc. São investimentos que estamos fa-zendo na Capital para atender as demandas de qualificação de mão de obra”, finaliza o presidente.

Page 18: Revista Impacto Aniversário CG 2014

18agosto de 2014

O prefeito Gilmar Olarte (PP) as-sinou ordens de serviços, como parte das come-

morações do aniversário de 115 anos de Campo Grande, para execução de aproximada-mente 90 quilômetros de pavi-mentação, investimento de R$ 92,8 milhões, recursos de um financiamento da Caixa Eco-nômica Federal do PAC Qualifi-cação das Vias Urbanas. Nesta etapa serão beneficiados mais de 20 bairros, nas regiões do Alto São Francisco, Mata do Jacinto, Seminário, Atlântico Sul e Residencial Bellinate.

As primeiras ordens de ser-viços foram assinadas na es-quina das ruas Miguel Vieira Ferreira com Avenida Euler de Azevedo, abrangendo o Complexo Alto São Francisco.

O prefeito esteve na Avenida Tamandaré com a Rua São Faustino, referente ao Com-plexo Seminário (etapas A, B e C).

No Complexo Alto São Fran-cisco, que compreende bairros como o Parque dos Laran-jais, Jardim Alto Francisco e Jardim Paquetá, o investi-mento é de R$ 21.740.632.70. Nas três etapas do Complexo Seminário, as obras de dre-nagem e pavimentação vão custar R$ 20,4 milhões. Na etapa A, serão atendidos o Jardim Seminário II e o bairro Caetano (investimento de R$ 14,8 milhões); na B, a Vila São João Bosco (R$ 3.835.000,00) e na última etapa, a C, no Morada do Sossego (R$ 1,850 milhão).

O prefeito Gilmar Olarte já autorizou o início das obras

de pavimentação do Complexo Mata do Jacinto (etapas B, C e D) , em solenidade programada para a esquina das ruas Jamil Basmage com Ramão Sobral. O investimento previsto é de R$ 39,4 milhões, assim distri-buídos: na etapa B (região dos Novos Estados), serão apli-cados R$ 1,750 milhão; na C (Jardim Montevidéu), R$ 2,139 milhões e na última e maior etapa, a D, a pavimentação e drenagem vão custar R$ 35,5 milhões, abrangendo bairros como a Vila Nascente, Jardim Futurista e Copacabana.

Também já foi assinada a ordem de serviço do asfalto no Complexo Atlântico Sul no valor de R$ 8.351.316,45, sendo R$ 1.669.192,41 na etapa A, bairro Costa Verde; R$ 4 milhões na etapa B (Vila Ravena e Recanto Pantaneiro) e R$ 2,7 milhões na etapa D, bairros Vila Lidia e região adjacente à avenida Mascare-nhas de Moraes.

A pavimentação do Com-plexo Belinatte, onde a pre-visão é de investimento de R$ 3,2 milhões já foi iniciada.

Obras em andamentoDesde julho, também como

parte do PAC Qualificação de Vias Urbanas, estão em andamento cinco frentes de pavimentação nas regiões do Sírio Libanês; Portal do Pa-namá; Mata do Jacinto etapa A; Atlântico Sul etapa D e Vila do Polonês, onde foram inves-tidos aproximadamente R$ 22 milhões, com execução de 16 quilômetros de drenagem.

Gilmar Olarte anunciou mais R$ 92,8 milhões

em obras de pavimentação

Page 19: Revista Impacto Aniversário CG 2014

19agosto de 2014

Campo GrandeCampo GrandeCampo GrandeNos seus 115 anos, é uma cidade preparada para o futuro, avalia do chefe do Poder Executivo Municipal

Empossado na prefeitura de Campo Grande no dia 14 de março, com o objetivo de por fim a uma crise institucional sem precedentes na história do município que comemora 115 anos de emancipação no pró-ximo dia 26, Gilmar Olarte em pouco mais de cinco meses de administração já mostra a que veio. Nesta edição especial de aniversário da Cidade Morena, Eli Souza, jornalista e radialista entrevistou o prefeito que falou um pouco dos muitos avanços que se verificaram nesse período

de transição do regime de intole-rância e prepotência para o pe-ríodo do diálogo, entendimento e retomada do desenvolvimento. Confira.

Impacto – Prefeito Gilmar Olarte, no momento em que Campo Grande comemora 115 anos o senhor diria que o mu-nicípio está preparado para o futuro?

Gilmar Olarte – Campo Grande está encaminhada para o futuro e se prepara para ele com uma visão de crescimento. Prepara-se quando reconhece

que precisa debater os próximos 30 anos. Prepara-se quando dá ordem de serviço para o tér-mino do Porto Seco e do Porto Intermodal de Cargas para que possamos utilizar a Rota Bio-oceânica. Prepara-se quando seu povo entende que na guerra só encontramos a dor e não o progresso. Prepara-se quando há um entendimento de que os poderes devem desempenhar os seus papeis e se manterem sempre em harmonia e enten-dimento para o bem da coleti-vidade. Neste sentido Campo

Eli Sousa - Roberto Costa

Page 20: Revista Impacto Aniversário CG 2014

20agosto de 2014

Grande evolui, inova, trans-forma-se e nós estamos procu-rando fazer o encaminhamento para que haja essa consciência de harmonia, de progresso, cons-ciência de que a somatória de esforços é que vai fazer a gente ser grande, forte, pujante. As picuinhas pessoais, as politica-gens rasteiras, elas só trazem prejuízos e retrocesso para a cidade. Já estamos retomando o leme do nosso transatlântico chamado Campo Grande. Ele já pode vislumbrar águas mais tranquilas, navega em alto mar e tem em essência ser uma das cidades mais lindas do Brasil e do mundo, com a mistura perfeita entre o concreto e a Natureza. Tanto as aves, como as árvores e os gramados ver-dejantes criam o contraste que faz com que Campo Grande se desponte como a cidade princesa do Brasil.

Impacto – Falando um pouco desses meses de sua adminis-tração: o que já foi feito pela população depois do destrava-mento da máquina administra-tiva?

Gilmar Olarte – Já conse-guimos realizar algumas obras. Mas, antes das obras é impor-

tante registrar que não tinha merenda escolar e agora tem. Não tinha uniformes para os alunos e agora tem. Não tinha fortalecimento da cultura local e agora tem. As orquestras, as bandas, os conjuntos, o teatro, a dança, o esporte, o lazer, todos estão em pleno vapor. Campo Grande não tinha suas contas pagas em dia, agora tem. Não devemos nada para ninguém. Está tudo em dia. Os prestadores de serviços, os fornecedores re-cebem em dia. Campo Grande estava com sua arrecadação em queda vertiginosa porque a meta histórica para crescer, que é de 17,99% tinha caído para 3%, um declínio de quase 15% de receita que deixou de entrar em 2013. Retomamos esse ritmo natural das coisas e estamos voltando também a crescer na arrecadação, o que propicia bens, serviços, saúde, educação e assistência social para a nossa população. A prefeitura caminha porque o que estava se perdendo no âmbito das obras do PAC (programa de obras do governo federal) voltou a ser direcio-nado para Campo Grande. Já conseguimos aportar mais de R$ 600 milhões que estão depo-

sitados na conta do município. São recursos do governo federal, sendo que obras no valor de R$ 311 milhões já estão sendo executadas em Campo Grande. Os demais recursos aguardam a passagem do processo eleitoral para que possamos fazer os procedimentos legais, licitató-rios para serem executados. São obras de asfalto, recapeamento, viaduto da coca-cola, corredor oeste de ônibus, Bandeirantes e Brilhante toda recapeada, si-nalizada. Ao todo, 63 bairros da Capital estão sendo asfaltados, além do avanço da rede de es-goto com investimentos de mais de R$ 600 milhões já disponí-veis para a Águas Guariroba (concessionária da Prefeitura). São recursos que possibilitarão um grande avanço nos serviços de esgotos da cidade. Até 2025 teremos 100% dos esgotos tra-tados. Hoje temos 75% dos es-gotos tratados, o que faz com que Campo Grande seja a única capital e, dentre as grandes ci-dades, uma das únicas com esse índice de tratamento de esgoto. Em síntese, 75% da população campo-grandense tem acesso ao esgoto, o que não é despesa, mas sim investimento. São tantas fa-cetas que nós temos que Campo Grande está no caminho certo. Em cinco meses e pouco de administração Campo Grande retomou o seu domínio.

Impacto – Na área de edu-cação, além dos uniformes e regularização da merenda, o que foi feito?

Gilmar Olarte – Nós estamos fazendo uma transformação na visão, e isto está começando a ser sentido quando a diretora me recebe na escola para a entrega dos uniformes e mostra que foi feita uma festa para ar-recadar dinheiro com o qual se comprou cortinas para as salas de aula, pintou as salas de aula e pintou a quadra de esporte. Isto nos enche de emoção e alegria porque mostra que não estamos

“A saúde é o grande calcanhar de Aquiles do Brasil. Mas nós a

tiramos do coma. ”

Page 21: Revista Impacto Aniversário CG 2014

21agosto de 2014

mudando apenas o governo, mas estamos mudando um conceito, um conceito de que a escola é para todos da cidade e tudo que fizermos pela coisa pública beneficiará toda a comunidade que será educada e formada, mesmo porque só se trans-forma um povo pela educação, como aconteceu no Chile. Com essa transformação nós vamos ter resultados dentro de casa, na segurança, na saúde. Uma sociedade educada previne as doenças porque adota uma pos-tura de alimentação, de higiene, de exercício físico. Uma postura que fará com que a pessoa fique menos acessível à doenças. Então, estamos focados nesse ideal de transformar pela edu-cação, começando pelas nossas bases, da visão dos professores, dos servidores, dos diretores e estamos evoluindo gradativa-mente nesse sentido.

Impacto – E na área da saúde, o que comentar?

Gilmar Olarte – A saúde é o grande calcanhar de Aquiles do Brasil. Mas nós a tiramos do coma. Eu cheguei no Coronel Antonino {posto 24 horas}, por volta das 15 horas e estava bem cheio. Mas eu pude confirmar que havia lá oito médicos clí-nicos gerais e cinco pediatras trabalhando. Isto não acontecia no passado quando tinha no máximo cinco ou seis médicos atendendo. Nós tínhamos 13. Fui ouvir as pessoas que estavam sentadas e descobri que 30% eram oriundas de cidades do in-terior do Estado que aportaram ali para buscar o socorro que não tinham em suas cidades e nós atendemos. Esse enten-dimento humano faz com que tenhamos convicção de que a cada dia vamos vencer novos de-safios para tentar avançar numa saúde que é nacionalmente comprometida. Não vamos de-sanimar. Vamos evoluir, inovar, transformar. O lançamento do Hospital Infantil Municipal,

com o arrendamento do Sírio-Libanês por parte da prefeitura já é uma realidade. O contrato já está assinado e até meados de agosto estaremos funcionando, atendendo as nossas crianças. Adquirimos praticamente 90% dos medicamentos que são ne-cessários na Farmácia-básica, contratamos um grupo de mé-dicos e estamos chamando mais.

Impacto – No total serão 513?Gilmar Olarte – Fala-se em

513, mas não temos disponibi-lidade econômica para tal. Con-tratamos enfermeiros e técnicos e, vamos conforme o cobertor que temos, tapando o frio.

Impacto – Na área da cultura, esporte e lazer, o que foi feito?

Gilmar Olarte – Avançou muito, muito, muito. O setor da cultura tem sido uma ale-gria para o prefeito. A Juliana Zorzo, o Clarindo e a equipe tem feito a diferença porque eles tem atuado de uma forma tão intensa e tão bem sucedida que tem hora que o prefeito fala “ufa!”, de tantas ações. A formação de músicos, de baila-rinas, de grupos de dança tem

feito a diferença, porque tira as crianças e os adolescentes das ruas e do ócio, fazendo com que tiremo-las dos marginais que querem seduzi-las com as drogas e outros males. Tem sido um braço fortíssimo do governo Olarte. A cultura, o esporte, com muitas modalidades, formando desde a base para termos cra-ques em nível nacional oriundos de Campo Grande, e onde eles estiverem vão levar o nome da nossa Cidade Morena, querida, amada e curtida por todos nós que aqui moramos.

Impacto – A programação da comemoração do aniversário de Campo Grande começou no dia 1º e prossegue até o dia 26. O que o levou a fazer uma festa assim tão extensa?

Gilmar Olarte – Para que se marque o que nós precisamos celebrar. A gente conquista as coisas e as vezes não dá valor. A gente precisa dar valor. Preci-samos valorizar e fazer festas. As conquistas pequenas, as con-quistas médias e povo envolvido. Envolver a população. Com a festa grande, com muitas ativi-

“Não vamos desanimar. Vamos evoluir, inovar, transformar.”

Page 22: Revista Impacto Aniversário CG 2014

dades a gente consegue estar em contato com todos os segmentos da sociedade, em todos os cantos e recantos da cidade, levando a mensagem dos115 anos de Campo Grande, de que a cidade voltou a sorrir e está feliz.

Impacto – E o entendimento entre os dois poderes o Execu-tivo e o Legislativo?

Gilmar Olarte – Um enten-dimento harmônico e respei-toso. Diverge-se quando tem de divergir, porém, respeitam-se profundamente. Temos ali na Câmara alguns amigos com quem a gente conversa, troca ideias e de quem a gente vê um interesse profundo de que o go-verno Olarte dê certo até para ficar bem claro que a Câmara estava certa quando propôs o “impeachment” de um prefeito ímprobo e deu posse a um pre-feito que tinha tudo para fazer a diferença, e o está fazendo.

Impacto – E hoje como estão as parcerias com os governos do Estado e da União Federal?

Gilmar Olarte – Muito boa. Agradeço ao governo federal pelos recursos liberados, em especial à presidenta Dilma e

ao Ministério das Cidades. Na primeira reunião que eu tive com o Ministro das Cidades, Gilberto Ogg, do meu partido, o PP, ele me garantiu que li-beraria todos os recursos que estivessem em condições de serem liberados e ele o fez. Hoje a gente computa mais de 600 milhões de reais na Caixa Econômica Federal liberados pelo Ministério das Cidades.

Impacto – E o governo do Estado?

Gilmar Olarte – O governo do Estado tem sido parceiro em algumas questões. Já liberou dois convênios junto ao Detran. Liberou uma ajuda logo no co-meço do governo para a aqui-sição de Medicamentos. Temos mantido conversações plenas até para o reajuste do ICMS, porque os repasses estão muito aquém do que deveria ser. Es-tamos com três pontos a menos do que deveria ser. Queremos evoluir para ter o repasse maior do ICMS para Campo Grande. Estamos buscando um entendi-mento político para isto. Temos no governo um grande parceiro. O governador André Puccinelli

(PMDB) é uma referência de gestão, competente, assim como o foi o grande Pedro Pedrossian, a quem quero render a minha homenagem.

Impacto – O senhor tem par-ticipado de reuniões na Asso-masul junto com prefeitos do interior. O que leva o prefeito da Capital a agir assim?

Gilmar Olarte – Entendo que uma mão lava a outra e que tudo o que se planta se colhe. Entendo que posso precisar dos colegas prefeitos e, no momento preciso, fazer parte desse grupo que se une – os 19 prefeitos – e buscar os direitos dos municípios im-pactados pelas obras na BR-163 junto à concessionária, a CCR, é mais que uma obrigação, é uma necessidade. Logo, não vejo nada de anormal em o prefeito da Capital estar em contato com os colegas do interior, indo visita-los, recebendo-os aqui na Ca-pital, que é ponto de referência. Recebo-os no meu gabinete, almoço com eles, declarando com meu gesto que eles têm em mim um grande parceiro. Estas ações redundarão positivamente quando eu precisar deles. E no

22agosto de 2014

Durante entrevista, Gilmar

Olarte mostra quadro com

fotos antigas de Campo Grande

Page 23: Revista Impacto Aniversário CG 2014

momento estou precisando deles para fazermos nossos embates do que é de interesse de Campo Grande, como o caso do Grande Anel Rodoviário, um viaduto ou uma super rotatória – não sei como vai ser feito tecnicamente – para acesso ao campus da Uniderp/Agrárias. Beneficiando aquela região de chácaras que não tem programação de be-nefícios no projeto inicial de duplicação da BR-163. Então são tantas necessidades que eu me vejo necessitando dos meus co-legas prefeitos do interior para formarmos um cordão de três dobras que não se quebra.

Impacto – Na área da indus-trialização e da sustentabili-dade, o que está sendo feito em Campo Grande?

Gilmar Olarte – Sustentabi-lidade, nós precisamos cuidar da área. Somos privilegiados. Temos 33 córregos em nossa Ca-pital. José Antônio Pereira veio visitar seu irmão em Camapuã na época e encontrou tanta água límpida e bonita nos córregos que resolveu ficar. Eram 33 cór-regos num campo grande, daí o nome Campo Grande. Nós preci-

samos cuidar disso. Nossa água não é ruim. Temos uma pequena parte regular e o restante de excelente qualidade. Mas que-remos que todos os nossos cór-regos tenham água de qualidade ótima, de nível máximo. Embaixo de nós está o Aquífero Guarani, que é um manancial fantástico, de água doce, cristalina. Preci-samos cuidar para que pessoas de fora não venham aportar aqui com segundas intenções. O tratamento de esgoto, a preser-vação ambiental, o refloresta-mento onde é preciso, estamos fazendo parceria com os produ-tores rurais que vão fazer com que tenhamos um modelo de preservação e sustentabilidade.

Impacto - E industrialização?Gilmar Olarte – Industria-

lização. O nosso sonho é forta-lecer os núcleos industriais e construir mais um distrito indus-trial muito forte e grande, que realmente insira Campo Grande na condição de uma cidade in-dustrial, também.

Impacto – Para encerrar, sua mensagem aos campo-grandenses.

Gilmar Olarte – A mensagem

é minha oração. Eu publiquei uma Oração e nela a gente pede a Deus que Ele receba a nossa gratidão por esta cidade maravilhosa em que vivemos e onde temos nossos amigos. Em segundo lugar, que o prefeito, os vereadores, os poderes Legisla-tivo e Executivo, os Tribunais, o Judiciário, ajam com justiça e serenidade. E só Deus pode dar isso para a gente. Que as instituições sejam harmônicas, proativas e sensíveis às neces-sidades da população. Nesta Oração por Campo Grande, eu rogo a Deus que os nossos so-nhos se concretizem, que as crianças tenham educação de qualidade, porque só se trans-forma a situação de um povo pela educação. Que os mais ve-lhos, de cabelos brancos sejam respeitados e honrados e que a nossa cidade viva esse tempo de desenvolvimento industrial, social e cultural. Uma qualidade de vida desfrutada e vivida por todos nós. E que Deus possa nos livrar do mal e fazer chover bênçãos sobre nós. Obrigado Deus pelos 115 anos de Campo Grande, a nossa cidade querida.

23agosto de 2014

“Nesta Oração por Campo

Grande, eu rogo a Deus que os

nossos sonhos se concretizem”

Page 24: Revista Impacto Aniversário CG 2014

24agosto de 2014

O reforço para o e s p o r te em Campo Grande, com o apoio às c a t e g o r i a s de base, teve início com a a s s i n a t u r a do termo de compromisso

do Projeto Gerações de Campeões, entre a Prefeitura de Campo Grande e entidades, como Sest/Senat, Rádio Clube, MACE, UCDB e UFMS. O prefeito Gilmar Olar te (PP), acompanhado do diretor-presidente da Fundação Muni-cipal de Espor te, José Eduardo (Ma-drugada) par ticipou da cerimônia que irá alavancar o espor te da categoria de base na Capital.

O diretor-presidente da Funesp, Madrugada, disse que o objetivo da administração municipal é invest ir na categoria de base e formar cam-peões na Capital e no Mato Grosso do Sul. “Para nós real izarmos este trabalho teríamos que assinar com os parceiros e seguir com os projetos. Hoje vivemos esta real idade e vamos for talecer estes doze centros de trei -namentos e em breve vamos ampliar para 20 polos e, dessa forma, dar opor tunidade para todos os atletas”.

Para o representante do Sest/

Senac, João Rezende Fi lho, que falou em nome das entidades parceiras, o investimento no espor te é impor tante para a juventude. “Este exemplo tenho na minha casa. Minha f i lha pratica espor te desde os sete anos. Hoje é uma prof issional que faz a diferença. Quero que os par ticipantes deste pro-jeto sigam este exemplo e façam um caminho vitorioso por muito tempo”.

De acordo com o vereador João Rocha o espor te deve ser planejado e a Fundação Municipal de Espor te está cer ta de apoiar este projeto Ge-ração de Campeões. “Quero que todos os par t icipantes deste projeto vivam a emoção, sem emoção a gente não vai a lugar nenhum”, aconselhou o vereador.

O prefeito Gi lmar Olar te disse que o diretor-presidente da Fundac, Madrugada, tem desenvolvido ações aqui em Campo Grande para garimpar campeões. “Cada atleta pode ser um vencedor, para isso tem que fazer di -ferente e treinar além do necessário. Quem treina um pouco mais tem con-dições de ser um vencedor”, este foi o conselho do prefeito aos atletas.

O evento contou com a presença da diretora da MACE, Reni Domingues, do representante do Sest/Senat, João Rezende Filho, de Fernando Dolsan, da UFMS e do ex-jogador Muller, em-baixador do esporte em Campo grande.

Prefeito assina termo com entidades para alavancar

Projeto Geração de Campeões

Page 25: Revista Impacto Aniversário CG 2014

25agosto de 2014

Page 26: Revista Impacto Aniversário CG 2014

26agosto de 2014

Neste ano é come-m o r a d o o cente-nário da i n s t a -lação da

Ferrovia em Campo Grande e o presidente da Afaped (Associação dos Ferroviários Aposentados e Pensionistas), Valdemir Vieira, contou para a reportagem do Grupo Im-pacto de Comunição a história da Ferrovia durante esses 100 anos.

Valdemir conta que a Ferrovia iniciou em Porto Esperança, na época em que o estado era o Mato Grosso. A cidade que hoje é muni-cípio de Corumbá era o local aonde chegava da Inglaterra e Escócia toda a matéria prima para construção da es-

trada, pois segundo o presi-dente, o Brasil não produzia material ferroviário.

“Com isso começou a cons-trução e a outra ponta saiu do estado de São Paulo, na cidade de Bauru, mas mesmo nossa região sendo pantaneira, o trecho mais difícil foi o da região de São Paulo. E quando chegou aqui em Campo Grande a gente tava com a nossa obra adian-tada”, conta o presidente.

Na época, em maio de 1914, Campo Grande tinha 1.800 habitantes e de acordo com o Valdemir, foi uma grande festa quando chegou a Maria Fumaça, locomotiva que os ferroviários traziam o material para a construção da estrada.

Em outubro, ainda no ano de 1914, os trabalha-

dores conseguiram concluir o trecho ligando Porto Es-perança até Bauru. “Foi co-memorado com vinho e chur-rasco essa construção. Após cinco anos Campo Grande já estava com 30 mil habi-tantes. Foi um desenvol-vimento muito importante para todas as regiões”, conta Valdemir.

A construção da estrada de ferro enfrentou muitas di-ficuldades, como moléstias, índios insatisfeitos (pela in-vasão de suas terras), nu-merosos cursos de água com até 10 metros, a distância dos materiais de construção da estrada que vinham de Bauru e de Santos, a tra-vessia do Pantanal de Porto Esperança e os períodos de enchentes que paralisavam por completo as construções

Ferrovia completa 100 anos de instalação em Campo Grande;

Conheça um pouco da história dos ferroviários

Karla Machado - Lino Toscano

Arqu

ivo

ArCA

Page 27: Revista Impacto Aniversário CG 2014

27agosto de 2014

e as comunicações durantes meses a fio. O presidente da Afaped lembra da construção da ponte Eurico Gaspar Dutra. “Ela foi uma ponte onde os operários faziam as construções e de repente se desequilibravam e caíam no rio Paraguai, onde morriam devorados por piranhas. Outra decepção foi o episódio que envolveu o processo de privatização, onde tivemos um acidente aqui em Campo Grande no dia 29 março de 1926, quando alguns vagões se desprenderam matando 7 pessoas e ferindo mais de 30. No dia 5 de maio do mesmo ano a ferrovia havia sido vendida, ou seja, logo após a privatização aconteceu essa tragédia”.

A ferrovia foi toda cons-

truída com a ajuda do go-verno federal. Valdemir conta que Dom Pedro II era um incentivador da ferrovia, mas quem fazia a obra era a iniciativa privada. “Então nós terminamos 22 mil qui-lômetros de malha ferro-viária do País, mas já es-távamos transportando em torno de 70% das cargas e quem ganhava era a inicia-tiva privada. Com isso, o governo federal criou a Rede Ferroviária Federal no dia 30 de setembro de 1957”.

Valdemir lembra que a primeira partida de futebol jogada no Brasil foi entre a Colônia Ferroviária. “Por isso a cultura do futebol na ferrovia foi muito impor-tante. A gente tinha as Olim-píadas Ferroviárias, entre

outras atividades”.Sobre o centenário da fer-

rovia, Valdemir afirma que é uma aproximação dos fer-roviários com a população. “Hoje, de cada cinco pessoas que você fala pelo menos um é ferroviário e quando retiraram os trilhos aqui em Campo Grande foi uma tristeza muito grande para quem trabalhou em toda essa construção”.

A Estrada de Ferro foi de enorme importância para os campo-grandenses, en-tretanto, hoje, a Estrada de Ferro Noroeste do Brasil perdeu sua popularidade, pois a construção de novas rodovias, a velocidade e o conforto do transporte ro-doviário tiraram o prestígio dos trens.

Arqu

ivo

ArCA

Page 28: Revista Impacto Aniversário CG 2014

28agosto de 2014

Valdemir Vieira, presidente da Afaped (Associação dos Ferroviários Aposentados e Pensionistas)

Exposição do centenário da instalação da Ferrovia em Campo Grande 1914 - 2014

Foto

s PA

ulo

CesA

r Fe

itosA

Page 29: Revista Impacto Aniversário CG 2014

29agosto de 2014

TV MorenaPrimeira TV implantada na Capital completa

49 anos de existência

A história do tele-jornalismo de Mato Grosso do Sul comple-tará 49 anos. A primeira emis-sora de tele-

visão do estado surge 15 anos depois

da fundação da primeira estação brasileira, a TV Tupi de São Paulo. Desde a criação da TV Morena, em 1965, muita coisa mudou. O Estado foi dividido, a população aumentou, a fronteira agrícola se expandiu pela região centro-oeste, foram criados novos municípios e ocorreu um aumento no número de jornais, rádios e emissoras de televisão. O telejornalismo se caracterizou como o produto televisivo de maior periodicidade, alcance e audiência.

Em 1965 o Grupo Zahran inaugu-

rava a primeira emissora em Mato Grosso, TV Morena, no canal 6. A novidade foi considerada um pre-sente para a população, entrando no ar em pleno natal. Atualmente atinge a Capital e interior, tanto de Mato Grosso, quanto de Mato Grosso do Sul.

Localizada em Campo Grande, a TV Morena nasceu da visão empreendedora do fundador Eduardo Elias Zahran. No dia 25 de dezembro de 1965, dia de Natal, Eduardo Elias Zahran i n a u g u r a v a a emissora e Campo Grande se tornou a se-gunda cidade no Brasil a ter uma geradora de imagens - a primeira foi a cidade de Bauru

(SP). Teve como pri-meira diretora Antonieta

Ries Coelho, que posteriormente re-alizou o trabalho de implantação da TV Centro América em Cuiabá.

No início eram transmitidos pro-gramas da Rede Record (musicais, humorísticos, etc.), também novelas da TV Excelsior e alguns pro-gramas da TV Tupi. O primeiro telejornal local foi ao ar dois dias depois da inauguração, tendo como apresentador Joaquim Leite Neto.

O primeiro escritório da TV Morena localizava-se na Rua 14 de Julho, ao lado do escritório da

Copagaz e o seu primeiro estúdio era improvisado no segundo andar da atual sede, na Avenida Zahran. Lá foi gravado o primeiro programa de auditório da historia da emissora, com o nome de Calouros na Chimbica.

A TV Morena foi a precursora e deu o primeiro passo para a criação da Rede Matogrossense de Tele-visão, que hoje conta com 9 emis-soras (4 em Mato Grosso do Sul e 5 em Mato Grosso). Atualmente produz e exibe programas jorna-lísticos (Bom Dia MS, MSTV em duas edições, MS Rural, Morena Esporte e Globo Esporte MS) e de entretenimento (Atualidades e Meu Mato Grosso do Sul) em sua programação local.

No dia 3 de janeiro de 1976, a programação da TV Morena muda. Começa a apresentar uma edição telejornalística às 12 horas, era o Jornal do Meio-Dia. O Jornal Nacional começa a ser transmitido ao vivo, via Embratel às 18h45. No lugar do Notícias do Dia entrou o Jornal de Verdade, que passa a ser apresentado às 20h50. Em janeiro de 1983, dentro de uma nova estru-turação da Globo, começam a ser veiculados em cada Estado, os te-lejornais regionais que antecedem a novela ou o Jornal Nacional.

Em Campo Grande, a TV Morena inicia a veiculação do MS TV 1ª edição e 2ª edição. Nessa fase, o te-lejornalismo da TV Morena passa a contar com jornalistas de outros Estados e implanta definitivamente o modelo e o padrão determinado pela Globo. Atualmente, a emissora apresenta diariamente três tele-jornais: O Bom Dia MS às 7h; o MS TV 1ª edição às 10h50 e o MS TV 2ª edição às 17h50.

Localizada em Campo Grande, a TV Morena nasceu da visão empreendedora

(SP). Teve como pri-meira diretora Antonieta

Page 30: Revista Impacto Aniversário CG 2014

30agosto de 2014

Wilson de aquino, há 40 anos animando os lares de Campo grande

Natural de Ma-racaju, mas m o r a n d o em Campo Grande desde os seis anos e seis meses de

idade, Wilson de Aquino Souza, ou simplesmente Wilson de Aquino, é o decano do rádio sul-mato-gros-sense na ativa. Casado há 32 anos

com Dona Luci, com quem criou dois filhos, Wilson de Aquino é uma verdadeira lenda no rádio. Atual-mente na Rádio Difusora Pantanal, ele está prestes a completar 40 anos ininterruptos no ar. Nesta edição especial de aniversário, a Revista Impacto entrevista esse “monstro sagrado do rádio” que conta um pouquinho de sua trajetória de sucesso. Confira.

Impacto – Wilson de Aquino de Souza há quantos anos você atua no rádio campo-gran-dense?Wilson de Aquino – Olha Eli, estou completando 40 anos no rádio de Campo Grande. Destes 40 anos, 34 foram vividos na Rádio Educação Rural e os últimos seis anos aqui na Rádio Difusora Pantanal.

Impacto – A Rádio Di-fusora Pantanal que foi a primeira emissora de Campo Grande e logo também faz parte da his-tória do rádio sul-mato-grossense? Wilson de Aquino – Realmente. No dia em que Campo Grande co-memorar 115 anos de emancipação – dia 26 de

agosto – a Rádio Difusora Pantanal estará comemorando 75 anos de comunicação. É a rádio pioneira aqui de Campo Grande.

Impacto – Wilson, você ao longo desses 40 anos de rádio fez de tudo um pouco, o que se relaciona à radiofonia, como locação, plantão esportivo?Wilson de Aquino – Olha, Eli, eu fiz de tudo, mesmo. Eu me lembro como se fosse hoje o dia em que fui admitido pelo saudoso Dr. Ailton Guerra. Nestes 40 anos de tudo eu fiz um pouquinho. Fui técnico de som substituindo amigos. Nesta área fiquei um ano. Aí fiz locução, apresentação, jornalismo, inte-grei a equipe esportiva, fazendo o plantão, enfim, minha vida dentro da Educação Rural foi muito di-nâmica, o que me engrandeceu bastante. Por isto, lembro-me com muita saudade os anos vividos na-quela emissora.

Impacto – Você também foi árbitro de futebol, sendo que hoje está aposentado? Wilson de Aquino – Eu fui, durante 18 anos, árbitro da Federação de Futebol do Mato Grosso do Sul. Mas, quando você atinge a data-limite de 45 anos você é obrigado a solicitar o seu afastamento compul-sório do quadro de árbitros. Isto é que a Lei da Arbitragem de Futebol no Brasil determina. Porém, nem

Eli Sousa

Fotos Julia Leite

Page 31: Revista Impacto Aniversário CG 2014

por isto deixei de atuar. Até hoje ainda colaboro com a equipe do Re-zende Futebol Clube que, quando promove jogos de craques vete-ranos, eu sou sempre contratado para arbitrar estes espetáculos.

Impacto – Você também é aposen-tado como comunicador. Por que continua fazendo rádio?Wilson de Aquino – Parece brin-cadeira Eli, mas ainda não estou aposentado. Ainda não (e segue a conhecida gargalhada de Wilson de Aquino). Eu nem pensei em aposentadoria. Tenho tudo para me aposentar. Tenho tudo certinho, a papelada, mas eu me vejo ainda em condições de não aposentadoria, mas, chegando o momento certo vamos pendurar as chuteiras. Por enquanto eu quero continuar vi-vendo a rádio com intensidade. A rádio é a menina dos meus olhos, como dizia minha saudosa mãe Durvalina. A Rádio Educação Rural foi essa menina especial dos meus olhos, como é hoje a Difusora Pan-tanal, onde me sinto muito bem.

Impacto – Você é da época do Zé do Brejo, do Juca Ganso (Carlos Achu-carro), Ramão Achucarro. Conta um pouquinho dessa convivência com esses ícones do nosso rádio.Wilson de Aquino – Esse time viveu a época de ouro do rádio. Principalmente na Rádio Educação Rural que foi líder de audiência aqui em Campo Grande. Tivemos, assim, companheiros saudosos como Zé do Brejo que fazia festa na Rua 14 de Julho andando de bicicleta, em sentido contrário; o Juca Ganso, um verdadeiro artista, um homem que não tinha estudo, mas falava seis ou sete idiomas. Foi muito in-teressante a participação do Juca dentro do rádio, principalmente na Educação Rural. Também o Ramão Achucarro, que fez muito sucesso na nossa coirmã Rádio Cultura, onde fez muito sucesso com o seu “Entardecer no Sertão”. São nomes que marcaram o rádio em Campo Grande.

Impacto – Com a perda de espaço para as FMs, as rádios de frequência AM se transformarão em FMs nos próximos meses. Como você vê essa transformação?Wilson de Aquino – É uma mi-gração que estamos aguardando com muita expectativa, mesmo porque o pessoal, não só o da velha guarda, mas também os jovens optam pelas FMs, pela qualidade do som. Mas, não podemos deixar de citar que há ainda muitos tradi-cionalistas que preferem acompa-nhar a programação das rádios de frequência AM. São avós, pais, mães que acompanham o rádio AM e aí a Rádio Difusora Pantanal é uma prova concreta com sua destacada audiência. E, para a nossa alegria, muito brevemente estaremos ope-rando em FM com um som mais límpido e gostoso de se ouvir.

Impacto – Quando criadas, as FMs eram consideradas rádios de elite e não tocavam músicas sertanejas, por exemplo, que eram conside-radas bregas. Hoje, a FM pode ser considerada uma AM melhorada, com melhor qualidade de som?Wilson de Aquino – Sim. É uma AM bem melhorada, que o povo acostumou a ouvir.

Impacto – O que ou a quem você, o pioneiro do rádio sul-mato-gros-sense gostaria de agradecer nesses 40 anos de profissão?Wilson de Aquino – Primeiro, queria agradecer a você, Eli, que conviveu comigo durante muitos anos da Rádio Educação Rural. Um grande par-ceiro, um grande c o m u n i c a d o r. Pena que você esteja afastado aqui de Campo Grande mas, você está to-cando sua vida lá na sua FM Diamante, o seu

Jornal Impacto, com a sua Revista Impacto, fazendo grande sucesso em nosso Estado. Quero agradecer também à Rádio Educação Rural, nas pessoas dos saudosos Padre Ângelo e Dr. Ailton Guerra, pela oportunidade que me deram desde 1967, confiando na minha pessoa, confiando no meu trabalho. Agra-decer à Diocese de Campo Grande, agradecer aos meus pais, aos meus amigos e aos grandes anunciantes que permanecem comigo até hoje. E quero agradecer à Fiel Torcida do Wilson de Aquino, que nos honra com sua audiência, com a sua ami-zade nesse longo percurso de 40 anos falando, sorrindo, brincando com a nossa população. A todos os campo-grandenses o nosso ca-rinho, o nosso respeito e a nossa gratidão. Por fim, meu especial abraço à cidade de Campo Grande, pelo seu aniversário, já que tenho título de Cidadão Campo-gran-dense outorgado a mim pelo amigo Athayde Nery, à época vereador por Campo Grande. Eu sou nascido em Maracaju, vim para cá com seis anos de idade e me considero realmente um cidadão campo-grandense com muito orgulho.

31agosto de 2014

Page 32: Revista Impacto Aniversário CG 2014

32agosto de 2014

Capital terá mais de um mês de atos em comemoração ao aniversário da cidade

Esporte & Festas e Eventos

A prefeitura de Campo Grande, ao lado das se-cretarias muni-cipais, preparou mais de um mês

de atos e ações em comemoração ao aniversário da cidade, que foi aberta no dia primeiro de agosto e segue até setembro. O campo-grandense pode esperar uma programação comemorativa diversificada, com atos já tradi-cionais e novidades que abran-geram eventos em vários pontos da cidade. A partir do dia 1º de agosto Campo Grande começou a celebrar seu aniversário de 115 anos com muita cultura, esporte, lazer, importantes inaugurações e importantes atos para o futuro da Cidade Morena.

A festa iniciou com o lança-mento do calendário com todos os

eventos na Esplanada Ferroviária e seguiu logo após com o primeiro presente: a inauguração do Ceinf (Centro de Educação Infantil) do bairro Vida Nova 3. Este foi o primeiro de três Ceinfs a serem inaugurados neste mês festivo na Capital. Aconteceu também no Parque Jacques da Luz, o 1º Baile da Integração da Melhor Idade, evento que festejou o público da terceira idade e todos que aju-daram a construir a cidade neste século, que são hoje a base de muitas famílias.

O calendário de eventos visa contemplar todos os setores so-ciais da Capital, como traba-lhadores, crianças, jovens, estu-dantes, mulheres e população em geral, segmentos na área cultural, esportiva, de lazer, da educação, saúde e assistência social, bem como o turismo, o trabalho e

uma das mais importantes para todo cidadão, que é a infraestru-tura em obras. As opções para celebrar os 115 anos de Campo Grande também apontam investi-mentos para o futuro e melhorias na vida de quem aqui vive.

Durante este mês de Agosto, teremos o lançamento de obras, como a entrega do recapeamento da Avenida Guaicurus, duas sedes administrativas da Guarda muni-cipal e a sede da Secretaria Muni-cipal de Políticas para Mulheres, trazendo benefícios imediatos para a população. Também a as-sinatura de importantes ordens de serviço para pavimentação as-faltica, construção de UBS (Uni-dades Básicas de Saúde), Ceinfs e quadras esportivas, completam o quadro comemorativo e repre-sentam importantes conquistas para a cidade.

Nesse período de ce-lebração, o campo-grandense também poderá prestigiar e

participar do Seminário de Edu-cação Infantil, da Caminhada pela Paz e do Desfile Cívico na parte sócio-educativa. No esporte, dos Jogos Escolares e dos Jogos Abertos da Capital, como parte cultural festiva a população terá o show do dia de aniversário, além de um concerto da Orquestra

Sinfônica, Noite da Seresta Espe-cial, os festivais do Dança Campo Grande, especial de Balé, o Mu-sical Crianceiras, o Sarau Cul-tural e a 1ª Feira de Antiguidades da Capital.

O tradicional show musical popular em homenagem ao ani-versário acontecerá no dia 24 de agosto, domingo, com apresen-tação da dupla Henrique e Diego e seus convidados, no Parque das Nações Indígenas.

Page 33: Revista Impacto Aniversário CG 2014

Especial no setor EconômicoEsportivo – Assistência Social

Dia do aniversário

Eventos inéditos

Este momento festivo também trará atividades voltadas para o setor de empreendedorismo e desenvolvimento econômico,

com o Café Tecnológico e, na área do tra-balho, com a inauguração da nova sede do Credigente.

Para a área do desporto acontece o lança-mento do Programa Geração de Campeões, que pretende formar futuros esportistas de alto desempenho. Na assistência social está prevista a inauguração do “Centro Dia de Referência para Pessoas com Deficiência em Situação de Dependência”.

Fazendo jus ao compromisso de promover uma administração mais humanizada e cada vez mais próxima das necessidades de pessoas especiais da Capital, a área de Assistência Social contará com a inaugu-ração do “CRAS” contra a droga, através do “Centro Dia de Referência para Pessoas com Deficiência e em Situação de Dependência”.

No dia 26 de Agosto, o dia da fundação do muni-cípio, acontece a tradi-

cional Corrida do Facho, a partir das 7 horas e o Desfile Cívico Militar, às 8 horas. A tarde, às 14 horas, está programada a Marcha para Jesus e um show musical com o cantor Thales Roberto en-cerram as atividades no feriado.

Este ano marca o início de novos eventos de comemorações e ações

que serão realizados na Capital, como a primeira edição da Festa do Futuro, um grande evento festivo voltado para as crianças, com apresentações culturais in-fantis, interação sustentável e digital, pautado nos pilares da

família e educação.O Circuito 115 anos será mais

um ato inédito, que levará vi-vências culturais, recreativas, esportivas, educacionais e ações sociais para as sete regiões da Capital, com palestras e serviços promovidos pelas secretarias municipais e parceiros.

“Esse conjunto de ações co-

memorativas foi pensado espe-cialmente para a celebração do campo-grandense, com eventos populares, que contemplam toda a cidade, do centro aos bairros. Atos que relembram a riqueza histórica de Campo Grande e apontam um futuro ainda mais próspero”, resume o prefeito Gilmar Olarte.

33agosto de 2014

Page 34: Revista Impacto Aniversário CG 2014

34agosto de 2014

34agosto de 2014

Eid Toufic Anbar, presidente da

Associação Cultural Monte Líbano de Mato

Grosso do Sul

os Libaneses

Foto

Julia

Lei

te

Page 35: Revista Impacto Aniversário CG 2014

35agosto de 2014

“desde a emancipação da Capital os libaneses fizeram parte”, conta

eid toufic anbar, presidente da associação Cultural Monte Líbano de

Ms por 15 anos

o engenheiro civil e libanês de nascença, eid toufic anbar, presidente da a s s o c i a ç ã o Cultural Monte Líbano de Mato

grosso do sul por 15 anos, contou para a reportagem do grupo Im-pacto de Comunicação a história que os libaneses construíram em Campo grande.

eid começa falando que já no ano de 1904 tem registro em car-tório de Campo grande de casa-mento entre libaneses, ou seja, desde a emancipação da Capital os libaneses fizeram parte.

“então, desde a emancipação da cidade eles estão presentes aqui e ajudaram também na construção da ponte da ferrovia na estrada Noroeste”.

o presidente afirma que os liba-neses tiveram uma presença muito forte na construção da cidade. “o primeiro prédio de maior porte de Campo grande foi construído por libaneses, que hoje é a galeria

são José. a primeira telefonia fixa foram os libaneses que trouxeram. o primeiro hospital particular também veio dos libaneses. outro exemplo é a tV Morena que são de descendentes de libaneses. então nós estamos presentes na enge-nharia, na medicina, na política, em todos os aspectos os libaneses tiveram participação muito forte”, afirma.

Questionado como eid vê a im-portância da sua cultura para o de-senvolvimento de Campo grande, o presidente garante que os li-baneses tiveram uma influência muito grande na cultura sul-mato-grossense.

“Um exemplo é a culinária. a comida libanesa é bem divulgada e apreciada pela população, como o quibe, a esfirra, o tabule e várias outras especialidades. estamos presentes também no comércio, como profissionais liberais, enfim, os libaneses estão presentes em Campo grande”.

o Líbano possui 17 religiões que, segundo eid, convivem pacifica-mente. o presidente afirma que o

costume, os trajes dos libaneses vem de uma grande influência da europa. Questionado pela repor-tagem sobre quantos libaneses existem hoje em Campo grande, toufic afirma que passa de 6% da população. “em torno de 50 ou 60 mil habitantes entre libaneses e descendentes”.

a associação Cultural Monte Líbano de Mato grosso do sul não tem fins lucrativos e possui hoje 18 pessoas que trabalham no local. “É uma associação completa. Re-conhecida pela prefeitura, tem registro em cartório. Nós repre-sentamos a comunidade libanesa quando tem alguma comemoração da independência do Líbano, quando tem o desfile do aniver-sário de Campo grande”, conta.

antes de finalizar a entrevista, eid aproveita a oportunidade para falar que é uma honra e satisfação para os libaneses morarem em Campo grande, por ser uma cidade muito receptiva. “eu sou brasileiro não porque nasci no Brasil, mas por opção. estou em Campo grande há 40 anos”, agradece.

Karla Machado

Foto

Div

ulga

ção

Page 36: Revista Impacto Aniversário CG 2014

36agosto de 2014

tabuleIngredientes Como fazer

Tabule é um prato libanês de salada, freqüentemente degustado como um aperitivo.

4 unidade(s) de tomate picado(s)1 xícara(s) (chá) de trigo para kibequanto baste de Água1 unidade(s) de cebola picada(s)1/2 xícara(s) (chá) de salsinha picada(s)1/4 xícara(s) (chá) de cebolinha verde picada(s)1/4 xícara(s) (chá) de hortelã picada(s)quanto baste de alface lisaquanto baste de suco de limãoquanto baste de salquanto baste de azeitequanto baste de pimenta-do-reino branca

Deixe o trigo de molho por 20 mi-nutos. Retire da água e esprema bem. Misture a cebola, a cebolinha, a salsinha,a hortelã e o tomate. Prepare à parte o tempero com limão, sal e azeite. Acrescente à salada e sirva numa travessa rasa, sobre as folhas de alface. Decore com folhas frescas de hortelã.

Page 37: Revista Impacto Aniversário CG 2014

37agosto de 2014

Na assinatura de arrendamento,prefeito fala de parcerias para encarar desafios da saúde

O prefeito de Campo Grande Gilmar Olarte (PP), no pro-nunciamento

que fez durante o ato de assi-natura do contrato de arrenda-mento das antigas instalações do Hospital Sírio Libanês, onde funcionará o Centro Municipal Pediátrico, mostrou-se cons-ciente das dificuldades e desa-fios a serem superados para transformar a nova unidade em uma referência no atendimento à criança.

“Não vamos construir este projeto de forma isolada. Preci-samos da parceria do Governo do Estado, do Ministério da Saúde e vamos atuar em con-junto com as demais instituições hospitalares, ao SUS (Sistema único de Saúde) para procurar a demanda de atendimento que é

crescente”, destacou o prefeito.Segundo Olarte, nas con-

versas que manteve com o Mi-nistério da Saúde, obteve a ga-rantia de que em 2014 haverá ampliação do teto financeiro de Campo Grande, o que vai ajudar na manutenção do centro de atendimento.

Na avaliação do prefeito, além de garantir atenção diferenciada à criança, a estrutura que está sendo arrendada, com mais 100 leitos, centros de tratamento in-tensivo, três centros cirúrgicos, de forma pontual pode ajudar a resolver problemas emergen-ciais, como a falta de leitos hos-pitalares. “Por conta desta situ-ação, nossas Unidades de Pronto Atendimento estão lotadas de pacientes em estado grave, a espera de vaga nos hospitais”, alertou Gilmar Olarte.

Segundo o secretário muni-

cipal de Saúde, Jamal Salém, além de oferecer consultas, com possibilidade de perma-necer sob observação por até 12 horas, inalação, pequenas suturas, exames de análises clí-nicas (urina, sangue e fezes), raio-x e tomografia, as três salas cirúrgicas do Centro Municipal Pediátrico serão usadas para pôr fim a fila de espera de ci-rurgias eletivas. Há pelo menos 400 crianças aguardando pelo agendamento destas cirurgias que são relativamente simples, não exigindo nem internação.

O ato de assinatura de ar-rendamento teve a participação do presidente da Câmara Mu-nicipal, Mário Cesar (PMDB), secretários municipais, além do prefeito e do empresário Mafuci Kadri, proprietário do Grupo Hospital El Kadri, que também discursou no evento.

Page 38: Revista Impacto Aniversário CG 2014

38agosto de 2014

os Paraguaios

O presidente da Colônia Paraguaia, Silvio

Cantero e a diretora social da Colônia,

Luciene Bicudo

Foto

Julia

Lei

te

Page 39: Revista Impacto Aniversário CG 2014

“Cultura paraguaia é muito forte em Mato grosso do sul”, segundo a

diretora social da Colônia Paraguaia de Campo grande

o p r e s i d e n t e da Colônia P a r a g u a i a , silvio Cantero, contou para a r e p o r t a g e m do grupo Im-pacto de Co-m u n i c a ç ã o

um pouco da história e da cultura dos paraguaios em Campo grande. Cantero conta que os primeiros pa-raguaios que chegaram na Capital eram jogadores de futebol, serra-lheiros, marceneiros e celeiros.

“Chegando a Campo grande cada um foi se erradicando para suas áreas. Muitos foram tra-balhar também em fazendas na construção de cercas, pois os paraguaios se destacavam muito nessa área”, conta.

silvio conta que os paraguaios escolheram Campo grande para morar, pois além de ser vizinho, não houve interferência nenhuma por parte do governo federal de barra-los na entrada. “Porto Murtinho recebeu também muitos descen-dentes devido a fábrica da Mate

Laranjeira que contratou muitos paraguaios para fabricar a erva mate. os três municípios que rece-beram muitos paraguaios também foram Ponta Porã, Bela Vista e Porto Murtinho”.

a Colônia Paraguaia completou 40 anos de existência em Campo grande. o salão recebe o nome de um vereador e radialista para-guaio, Ramão achucarro que foi quem pediu a criação do espaço da colônia. “Quando se fala em chur-rasco dançante aqui na Capital logo se fala na Colônia Paraguaia. Pessoas dizem que aqui é o melhor local para se fazer esse churrasco dançante”.

Na Colônia Paraguaia, foi mon-tada uma gruta para a santa que os paraguaios são devotos, a Nossa senhora de Caacope, onde todo dia 8 de dezembro tem uma festa no local para comemorar o seu dia.

Cantero acrescentou ainda, que a nível municipal, 40% da popu-lação são descendentes e a nível estadual existem hoje de 300 a 400 mil paraguaios e descendentes.

a diretora social da Colônia, Lu-

ciene Bicudo, afirma que a cultura paraguaia é muito forte em Mato grosso do sul. “a influência é muito forte, como as polcas paraguaias, a guarânia, a nossa culinária com a sopa paraguaia, a chipa e o famoso tereré“.

Luciene conta que dentro da Colônia existe o “Ponto de Cultura”, que tem o objetivo de levar, tanto para os paraguaios, quanto a seus descendentes e simpatizantes, a cultura e os costumes do povo paraguaio.

“oferecemos cursos por meio do Ponto de Cultura para a comu-nidade. Hoje nós oferecemos aulas de arpa, violão, dança folclórica, dança regional, línguas guarani e espanhol”, conta.

Para finalizar, Luciene Bicudo afirma que os paraguaios trou-xeram muitas coisas boas para os sul-mato-grossenses. “a cultura paraguaia no estado e em Campo grande é muito presente, já está no sangue de uma grande parte da população. Não tem como medir e nem falar da importância dos paraguaios para nós”.

Karla Machado

39agosto de 2014 Fo

to A

rqui

vo C

olôn

ia P

arag

uaia

Page 40: Revista Impacto Aniversário CG 2014

40agosto de 2014

sopa ParaguaiaIngredientes Como fazerSopa paraguaia é um bolo de milho salgado muito consumido no Paraguai e Mato Grosso do Sul.

80 gr de cebola em rodelas30 gr de manteiga250 ml de leite fervente100 gr de fubá60 gr de queijo-de-minas2 unidade(s) de gema de ovo2 unidade(s) de clara de ovo em neve10 gr de fermento químico em pó

Salteie a cebola na manteiga até amolecer. Junte o leite quente e misture bem. Hidrate o fubá com um pouco de leite frio ou água e adicione ao leite mexendo bem até obter um angu mole. Retire do fogo, adicione o queijo, as gemas mexendo bem e tempere. Adicione delicadamente às claras em neve. Aqueça ao forno a 200ºC. Coloque a massa em uma assadeira untada e leve ao forno até durar (cerca de 40 minutos). Deixe esfriar uns 5 minutos antes de desinformar.

Foto

Arq

uivo

Col

ônia

Par

agua

ia

Page 41: Revista Impacto Aniversário CG 2014

41agosto de 2014Fo

to A

rqui

vo C

olôn

ia P

arag

uaia

Após um ano e meio como presidente da Câmara Muni-cipal de Campo Grande, o ve-

reador Mario Cesar fez um balanço positivo do mandato e das ações realizadas até o momento pelos parlamentares da Casa de Leis. Para ele, ouve uma aproximação muito grande entre os vereadores e a população, o que resultou num trabalho mais eficiente.

“Ampliamos as sessões comunitárias nos bairros e criamos a Câmara Ativa com campanha educativas. Agra-deço ao trabalho de todos, pois os números que alcançamos até esta data só foram possí-veis pelo esforço de cada um”, explica Mario Cesar. Foram 33 sessões nos bairros no período.

A Câmara ainda inovou no primeiro semestre de 2014, realizando audiências públicas com cada uma das sete regiões urbanas da cidade e com os

dois Distritos, reunindo secre-tários e vereadores para dis-cutir o planejamento de ações para cada comunidade.

Ao todo foram realizadas nove edições, nas regiões do Anhanduizinho, Imbirussu, Lagoa, Bandeira, Prosa, Se-gredo e Centro, além dos Distritos de Rochedinho e Anhanduí, nas quais foram colhidas 531 reivindicações de melhorias diretamente da po-pulação.

“Os vereadores mostram

que participam ativamente do desenvolvimento da Capital. São projetos de lei, emendas e indicações que impactam em todas as regiões, trazendo melhorias em todas as áreas, como saúde, educação e segu-rança, por exemplo. Acredito que o papel do parlamentar para melhorar os serviços da cidade é fundamental, desde que seja harmônico mas ao mesmo tempo independente”, finaliza o presidente da Casa de Leis.

Para Mario Cesar, vereadores participam ativamente no

desenvolvimento da CapitalAssessoria do Vereador

Izai

as M

edei

ros

Page 42: Revista Impacto Aniversário CG 2014

42agosto de 2014

os Portugueses

Esmeraldo Alves do Nascimento, diretor

cultural e responsável pela Associação Luso

Brasileira

Foto

Julia

Lei

te

Page 43: Revista Impacto Aniversário CG 2014

43agosto de 2014

Cultura portuguesa se destaca na culinária e dança em Campo grande, afirma responsável pela associação

Luso Brasileira

O diretor cul-tural e res-p o n s á v e l pela As-s o c i a ç ã o Luso Bra-

sileira no Clube Estoril de Campo Grande há 14 anos, Esmeraldo Alves do Nasci-mento, concedeu entrevista para o Grupo Impacto de Co-municação e contou como foi a chegada dos portugueses na Capital.

Esmeraldo conta que os primeiros portugueses che-garam em Campo Grande no ano de 1909 para ajudar na construção da ferrovia. “Eles vieram acompanhando a fer-rovia. Passaram por São Paulo, Bauru e, quando chegaram na Capital, procuraram se estabelecer e por aqui per-maneceram”, conta.

O diretor cultural afirmou que hoje o número de por-tugueses em Campo Grande não é muito alto, mas que existem ainda dois mil des-cendentes e portugueses mo-rando na Capital.

Devido a miscigenação entre portugueses e brasi-leiros, a cultura portuguesa foi esquecida um pouco pelos campo-grandenses, mas a culinária e dança são as que mais se destacam ainda na Capital, frisou Esmeraldo.

“Nós procuramos manter ainda a culinária com a sar-dinha, o bacalhau e a dança com os ritmos “chula”e “vira” que são os mais conhecidos que vem da região norte”.

Esmeraldo diz ainda que a Colônia Portuguesa procura se apresentar sempre onde são chamados como, nas es-

colas e faculdades, para levar a cultura portuguesa para as pessoas que por algum mo-tivo ainda não conhecem. “Queremos mostrar para todos quais são ainda nossos sentidos, nosso trabalhos, a convivência. Estamos sempre a procura de manter viva essa tradição”, afirma.

Grupo Folclórico Tra-dições Portuguesas de Campo Grande

O grupo foi criado com o intuito de manter as tradições e os costumes da Colônia Por-tuguesa em Campo Grande. A companhia representa o folclore minhoto que é o ritmo mais forte de Portugal.

O Rancho Folclórico Tradições Portuguesas de Campo Grande é o único e mais autêntico do estado de Mato Grosso do Sul. O grupo existe desde 1950.

Karla Machado

Foto

div

ulga

ção

Page 44: Revista Impacto Aniversário CG 2014

44agosto de 2014 Fo

to A

rqui

vo A

ssoc

iaçã

o Lu

so

Bras

ileira

de

Cam

po G

rand

e/M

S

Bacalhau à PortuguesaIngredientes Como fazer

O bacalhau é um ingrediente muito tradicional na culinária Portuguesa.

1 kg de bacalhau ling demolhado(s)1 litro(s) de leite4 unidade(s) de batata cozida(s) em rodela(s)2 unidade(s) de cebola em rodelas2 dente(s) de alho picado(s)1 xícara(s) (chá) de azeitequanto baste de azeitona preta sem caroçoquanto baste de brócolis cozido(s)1 litro(s) de Água

Após dessalgar o bacalhau deixe-o de molho por 6 horas no leite.Retire-o do leite. Aqueça o leite até ferver.Desligue o fogo e mergulhe o bacalhau por 20 minutos. Aqueça 1 litro de água.Coloque o azeite.co-zinhe as batatas e a cebola por 20 minutos. Retire o bacalhau do leite e lave levemente.Coloque junto com as batatas e as cebolas cozinhe por 5 minutos. Sirva com brócolis cozidos,ovos cozidos e alho.

Page 45: Revista Impacto Aniversário CG 2014

45agosto de 2014

Em sua terce i ra r e u n i ã o do ano o Codecon (Conselho M u n i -cipal de

Desenvolvimento Econômico) aprovou a concessão de incen-tivos fiscais para nove empre-endimentos na área industrial e comercial que projetam in-vestimento de R$ 162,3 mi-lhões com previsão de geração de 685 empregos diretos. As empresas foram beneficiadas com isenção do ISSQN (Im-posto Sobre Serviço de Qual-quer Natureza) da construção e desconto de 50% do IPTU por cinco anos (as que têm área própria) ou 30% por três anos (onde a Prefeitura doou a área).

Entre os projetos contem-plados estão o da Rivercom Construção e Participações que planeja construir um shopping outlett às margens do ma-croanel rodoviário, na saída para Aquidauana. O empre-endimento está orçado em R$ 40 milhões, com 17 mil metros quadrados de área construída; com geração de 30 empregos

diretos. A empresa recebeu isenção do ISSQN da cons-trução e desconto de 50% do IPTU por cinco anos.

O setor comercial teve dois projetos aprovados. A Rede de Lojas C&A foi contemplada com isenção de ISSQN da cons-trução e desconto do IPTU por cinco anos, para a construção de uma filial no centro da ci-dade (Rua Cândido Mariano, em frente do Pátio Avenida) com 4.744 metros quadrados de área. O investimento pre-visto é de R$ 16,3 milhões, com estimativa de gerar 100 empregos. A Rede de Lojas Ave-nida vai construir seu centro de distribuição no polo em-presarial das Moreninhas. A Prefeitura vai doar um terreno de 70 mil metros quadrados; onde está projetada a cons-trução de instalações com 55 mil metros quadrados. O in-vestimento previsto é de R$ 55 milhões, com previsão de gerar 200 novos empregos. A empresa também não pagará o ISSQN da construção, mas terá 30% de desconto do IPTU por três anos.

Uma indústria estabelecida em Naviraí, a Erva Mate Cam-panário, vai se instalar em

Campo Grande para fabricar biscoitos, bolachas e snaks. Vai implantar uma unidade industrial no Polo Empresa-rial Nelson Benedito Netto com 2.500 metros quadrados. Terá isenção do ISSQN da construção e desconto de 30% do IPTU por três anos, além de um terreno de 10 mil metros quadrados.

Também será instalada no Polo Oeste uma indústria (a Hdpan Indústria e Comércio de Máquinas Agrícolas Ltda.) que vai fabricar máquinas e equi-pamentos para a agricultura e pecuária, peças e acessórios. O investimento previsto é de R$ 6 milhões, com geração de 50 empregos diretos. O Codecon aprovou a doação de uma área de 10 mil metros quadrados, isenção do ISSQN e desconto de 30% do IPTU por três anos.

O Grupo Locatelli pretende investir R$ 4 milhões na cons-trução de uma distribuidora de combustíveis no Polo Em-presarial Oeste. Vai receber da Prefeitura uma área de 10 mil metros quadrados, limpeza do terreno, além dos incentivos fiscais (isenção do ISSQN da construção e desconto de 30% do IPTU).

empresas planejam

investir R$ 103 milhões e gerar 685

empregos na Capital

Assessoria

Page 46: Revista Impacto Aniversário CG 2014

46agosto de 2014

Pontos turísticos

Museu Jose Antonio Pereira Feira Central Casa do Artesão

Monumento Carro de BoiMorada dos BaisObelisco

Relógio Praça das Araras Museu de Arte Contemporânea

Page 47: Revista Impacto Aniversário CG 2014

47agosto de 2014

Pontos turísticos

Casa do Artesão Comércio Central Popular (Camelódromo)

Memorial da Cultura Indígena

Parque Estadual do ProsaMercado MunicipalMonumento Carro de Boi

Museu de Arte Contemporânea Parque das Nações Indígenas Praça Ary Coelho

Page 48: Revista Impacto Aniversário CG 2014

48agosto de 2014

os Japoneses

Page 49: Revista Impacto Aniversário CG 2014

49agosto de 2014

Um resumo histórico da imigração Japonesa

No início da i m i g r a ç ã o , os japoneses vieram com o objetivo de

trabalhar nas lavouras de café. Já nos anos 70 muitas empresas japonesas en-traram no Brasil. De acordo com a história, nos anos 80 e 90 houve uma estag-nação nas relações eco-nômicas.

Em 2004 veio ao Brasil o primeiro ministro do Japão, Junichiro Koizume. No ano seguinte, em 2005, foi a vez do presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitar o Japão.

Neste ano, Lula fez uma reconstrução do novo rela-cionamento da economia Japão-Brasil, pois empresas japonesas estavam saindo do Brasil, mas desde 2005

retornaram o investimento. De acordo com a his-

tória, nos anos 80 ocorreu o movimento chamado “Dekassegui” estimulado pela crise no Brasil, onde muito brasileiros imigraram para o exterior. Neste ano, mais de 300 mil brasileiros moravam no Japão.

Dados do ano de 2008 indicavam a existência de 294 empresas japonesas instaladas no Brasil, nos mais diversos setores, como siderurgia, automóveis, ele-troeletrônicos, indústria de celulose, energia, alimen-tação, etanol, bioenergia, TV digital e a tecnologia da informação.

Durante esses 100 anos, Brasil e o Japão mantém um bom relacionamento econômico e de amizade.

O desenvolvimento eco-nômico

No dia 26 de agosto de 1899 foi fundada a cidade de Campo Grande. Já no dia 28 de abril de 1908 parte do Japão o navio “Kasato-Maru” com destino ao Brasil. No dia 18 de junho do mesmo ano, o navio com 781 japoneses chega em Santos (SP), data a qual é considerada o dia da imi-gração japonesa no Brasil.

O navio trouxe 105 famí-lias, correspondendo aos primeiros 781 imigrantes, dos quais 335 originários de Okinawa, ilha ao sul do arquipélago japonês, re-presentando quase 43% do contingente dos primeiros imigrantes. Desses, 26 fa-mílias vieram para Mato Grosso do Sul, atraídos por

Karla Machado

Foto

div

ulga

ção

Page 50: Revista Impacto Aniversário CG 2014

50agosto de 2014

suas terras férteis, pouco exploradas e seu clima agradável.

Em 1909 um grupo de 75 imigrantes, a maioria natural de Okinawa, partiu de Santos em um cargueiro fretado pela construção da ferrovia e vieram pelo estuário do Rio da Prata até Porto Esperança nas bases da obra da ferrovia, na época o Estado era Mato Grosso. Outros ainda vieram do Peru.

Encaminharam-se, por tanto, a Campo Grande no ano de 1909, afim de trabalharem na construção da Estrada de Ferro Noro-

este, pois a remuneração era muito mais atraente do que ganhavam pelo trabalho nas fazendas.

A história relata também que houve chegada de imigrantes de Okinawa, que inicialmente foram do Japão para o Peru. Estes se fixaram definitivamente em Campo Grande.

Em 1914 as duas frentes que t rabalhavam na construção da ferrovia, uma que saíra de Bauru em 1905 e outra que saíra de Porto Esperança em 1908 se encontraram em Campo Grande, con-forme previsto.

Era a chegada do trem, símbolo da modernidade para o então Mato Grosso e o início de suas operações naqueles distantes sertões.

A capital do Estado con-centra a segunda maior co-lônia de japoneses oriundos da ilha de Okinawa e mis-tura influências de diversas etnias. Pouco a pouco a cultura trazida pelos imi-grantes foi se difundindo e adaptando, criando raízes locais que permanecem até hoje, como é o caso do Sobá, alimento típico japonês comercializado na Feira Central, um prato tí-pico campo-grandense.

Foto

Arq

uivo

ARC

A

Page 51: Revista Impacto Aniversário CG 2014

51agosto de 2014

sobáIngredientes

Como fazer

O sobá é um prato oriental que virou mania em Campo Grande. Tradicionalmente servido nas comemorações do ano novo japonês

Pacote de macarrão de sobá ou udon (500 gr)8 ovos (para fazer a omelete)1 maço de cebolinha600 gr de carne ( lombo/contra file/filé mignon) cortado em tiras bem finas temperado somente com molho de soja. (usar alho no tempero altera o sabor do sobá)2 gengibre grande descascado (150 gr)

Macarrão Cozinhe o macarrão em água fervente 3 a 4 mi-nutos (ponto é ao dente) reserve Carne Frite a carne com pouco óleo ou azeite (senão o caldo fica gorduroso) reserveCebolinha Lavar, deixe escorrer a água totalmente e depois seque com papel toalha (isto é para retirar a baba

da cebolinha, escolha sempre as mais fininhas e novinha) Depois disto é só cortar. Reserve Omelete Bata os ovos com sal a gosto e prepare como se estivesse fazendo panqueca, não tem erro, só que é com ovo. Gengibre Bater no liquidificador com 50 ml de água ( até ficar com a aparência de ralado) Caldo 2 litros de água fervente. 200ml de molho de soja, 1 gengibre descascado inteiro, talo da cebolinha que sobrou(parte branquinha) (se quiser pode colocar, Ajinomoto, isto vai de gosto)o tempero vai a gosto, aqui no restaurante eu uso somente temperos naturais, para que o caldo não fique com gosto de artificial. Deixe ferver por 40 min e nesse tempo acrescente mais água (mais ou menos 1 litro e meio) caso reduza muito. Montagem Faça igual a da foto , O macarrão fica na parte de baixo, essa divisão de cima é o omelete, cebolinha e a carne e na tigela preta esta o gengibre ralado batido no liquidificador com um pouco de água. Rende aproximadamente 8 sobá grandes

Page 52: Revista Impacto Aniversário CG 2014

52agosto de 2014

os Bolivianos

52

Foto

Arq

uivo

Ingr

a Li

dia

Flor

es P

adilh

a

Page 53: Revista Impacto Aniversário CG 2014

53agosto de 2014

“Praça Bolívia” proporciona “Praça Bolívia” proporciona “Praça Bolívia” proporciona atividades culturais todo mêsatividades culturais todo mêsatividades culturais todo mês

Criada em agosto de 2005 com projeto de lei proposto pela então vereadora Maria Emília Sulzer e com apoio do cônsul da Bolívia no Mato Grosso do Sul na época re-presentado por Antonio Mariaca, a “Praça Bolívia” iniciou desde então as atividades culturais que acontecem todo segundo domingo de cada mês.

Esta iniciativa nasceu com o grupo Masis Brasil e a Dione Zurita que faz as saltenhas (comida típica da Bolívia), propondo um

encontro e integração das culturas latino americana.Desde então vários artistas ligados ao teatro, música, dança, artes visuais e artesanato participam

gratuitamente deste encontro mensal que proporciona às famílias campo-grandenses uma manhã de lazer e cultura com muita descontração.

Em 2009 nasceu o grupo de danças folclóricas bolivianas T’ikay, e a partir de então se tornaram os responsáveis pela programação das atividades.

Foto

div

ulga

ção

Page 54: Revista Impacto Aniversário CG 2014

545454agosto de 2014

salteñaIngredientes Como fazer

É um tipo de pastel assado originário da Bolívia, onde se consome principalmente pela manhã, sendo vendida e consumida em praças e ruas.

Massa:500g de farinha de trigo160g de manteiga20g de açúcar5g de sal10g de colorau240ml de água morna

Recheio:200g de peito de frango cozido temperado e desfiadoCaldo do cozimento do frango100g de cebola picada150g de batata picada em cubinhos50g de açúcar75g de azeite100g de ervilhas50g de salsinha5g de orégano80g de uvas passas100g de azeitonas pequenas10g de colorauSal e temperos a gosto

Massa:Em uma panela, derreta a manteiga junto com o colorau e deixe amornar. A seguir, adicione parte da farinha, misture bem e deixe descansar por 1 hora. Após este des-canso, adicione o sal, o açúcar, a água e o restante da farinha, fazendo uma massa bem firme e lisa. Corte as bolinhas de 20 a 30 gamas cada, embole-as, unte-as com manteiga e coloque-as nas assadeiras. Cubra-as com um plástico e espere o des-canso de 1 hora. Abra a massa, corte e recheie. Pincele com ovo e leve para assar.

Recheio:Numa panela, aqueça o azeite e adicione o colorau, as cebolas e deixe fritar. A seguir junte o açúcar, o caldo de frango e o res-tante dos Ingredientes, exceto o peito de frango desfiado e as azeitonas que serão acrescentados separadamente em cada saltenha. Levar ao forno a 300gradosC-572F por 10 a 12 minutos.

Page 55: Revista Impacto Aniversário CG 2014

Ao conceder entrevista para o jornalista Eli Souza na Rádio FM Diamante a suplente

de vereadora e presidente da Fundac (Fundação de Cultura de Campo Grande), Juliana Zorzo disse como foi sua iniciação na política realçando que “a mulher brasileira amadureceu, adquiriu experiência, tem competência e está preparada para ocupar qualquer cargo na política”.

Mesmo sendo formada em Di-reito, porém trabalhando há 11 anos no Grupo Dallas, disse que surgiu a oportunidade de ser candidata à deputada estadual em 2010 pelo PSC (Partido So-cial Cristão), mesmo sem saber se gostava de política ou não, Juliana admitiu que “foi amor à primeira vista”.

Dois anos depois o Partido Social Cristão tinha nela um potencial político capaz de con-quistar uma das 29 cadeiras na Câmara Municipal. Represen-tando a juventude conquistou nas urnas 2.882 votos (0,67% o total apurado) ficando na condição de primeira suplente. Em abril de 2013 assumiu o lugar do vere-ador Herculano Borges indicado pelo governador André Puccinelli (PMDB) para o cargo de secre-tário de Estado da Juventude.

Assim que o prefeito Gilmar

Olarte (PP) assumiu a Prefeitura de Campo Grande, Juliana foi convidada para ocupar o cargo de diretora-presidente da Fundação de Cultura. “Sinto-me muito feliz e muito honrada por fazer parte da equipe de trabalho do prefeito Olarte”, declarou.

Arraiá - Assim que assumiu a Fundac, Juliana buscou parceria para elaborar a programação da tradicional junina – Arraiá de Santo Antônio. O evento cul-minou com a gravação do DDV ao vivo da dupla Jads e Jadson com a participação dos irmãos Victor & Léo e Michel Teló.

“Foram quatro dias inesquecí-veis. No primeiro dia mais de 60 mil pessoas marcaram presença. Ao todo, mais de 200 mil pessoas ocuparam todos os espaços da Praça do Papa, local escolhido para a realização da festa ju-nina organizada pela municipa-lidade”, destacou emocionada, mencionado que “os grandes be-neficiários da festa foram as 44 entidades carentes com barracas vendendo comidas, bebidas e artesanatos”.

26 de agosto – A presidente da Fundação Municipal de Cultura confirmou para o dia 26 a apre-sentação do cantor Thalles Ro-berto e no dia 24 no Parque das Nações Indígenas a gravação ao vivo do CD e DVD de Henrique

e Diego.Juliana Zorzo explicou que o

objetivo da Fundação de Cultura não é a promoção de eventos. “Eles (os eventos) são uma con-sequência das datas festivas como Dia de Santo Antonio e Aniversário de Campo Grande”, justificou a diretora-presidente da Fundac, acrescentando que as oficinas encabeçam as ações da entidade, anunciando que 50 pontos estão sendo definidos para a realização das oficinas de orquestra (violão, baixo, bateria, flauta e saxofone), dança e teatro.

Jovem na política - Ao co-mentar sobre a participação da juventude, especialmente da mu-lher na política, Juliana Zorzo entende que “a população anseia por uma nova era na gestão pú-blica, na política”, conclamando “o jovem a se interessar cada vez mais na política”, explicando que “os mais antigos, não que eles não sejam importantes, é que chegou a vez do jovem dar uma nova cara para a política na Ca-pital, no Estado e no país”.

O movimento que fez o país parar para pensar sobre a reali-zação de mais investimentos na saúde, na segurança pública, na educação, no transporte de qua-lidade e obras de infraestrutura, segundo ela, retrata muitíssimo bem que o povo não está satis-feito com o modelo de gestão que aí está. “Só vai haver mudança a partir da atitude da população”, acentuou a suplente de verea-dora e presidente da Fundac.

“Eu fico muito feliz ao per-ceber que a juventude acordou e que está se empenhando. Não adianta nada sair propagando pelos quatro cantos do país que ‘nenhum político presta’. A omissão de ajudar a colocar no poder pessoas que usam o cargo em benefício próprio” comentou Juliana, defendendo a inclusão da política na grade curri-cular, lembrando que “toda e qualquer crítica construtiva é muito bem vinda”.

55agosto de 2014

Ao conceder entrevista Ao conceder entrevista Apara o jornalista Eli Apara o jornalista Eli A Olarte (PP) assumiu a Prefeitura de Campo Grande, Juliana foi

Aniversário de Campo Grande”, justificou a diretora-presidente da Fundac, acrescentando que as oficinas encabeçam as ações da entidade, anunciando que 50 pontos estão sendo definidos para a realização das oficinas de orquestra (violão, baixo, bateria, flauta e saxofone), dança e teatro.

mentar sobre a participação da juventude, especialmente da mu-lher na política, Juliana Zorzo entende que “a população anseia Ao conceder entrevista Ao conceder entrevista A Olarte (PP) assumiu a Prefeitura

“A mulher está preparada para ocupar qualquer

cargo na política”

Page 56: Revista Impacto Aniversário CG 2014

56agosto de 2014

os gaúchosos gaúchosos gaúchos

A Revista Impacto conversou com o Presidente da C o n f e d e r a ç ã o Brasileira da Tra-

dição Gaúcha (CBTG), João Er-melino de Mello, com sua filha e jornalista Aline Kraemer de Mello Kohl e seu marido e em-presário, Moacir Kohl Filho, que relataram para a reportagem a história e a cultura dos Gaú-chos em Campo Grande.

Em uma pesquisa feita por Aline, a jornalista constatou que os gaúchos, mineiros, pau-listas e os cuiabanos vieram para o sul de Mato Grosso em busca de terras. No final do Fo

to A

rqui

vo C

BTG

Karla Machado

Page 57: Revista Impacto Aniversário CG 2014

57agosto de 2014

“Jamais esqueceremos a boa “Jamais esqueceremos a boa “Jamais esqueceremos a boa acolhida e receptividade dos acolhida e receptividade dos acolhida e receptividade dos

habitantes campo-grandenses”, habitantes campo-grandenses”, habitantes campo-grandenses”, afirma gaúcho afirma gaúcho afirma gaúcho

século XIX, o povoamento do sul de MT foi concretizado com o aparecimento de novos núcleos urbanos, originados, principalmente, da exploração e exportação da erva-mate.

No caso dos gaúchos, a corrente migratória significativa para Mato Grosso aconteceu a partir de 1893. O foco desta corrente foram as regiões de campos limpos que estavam desocupados. Os campos eram semelhantes aos do Rio Grande do Sul e os sulinos ficaram sabendo destes locais por meio dos ex-combatentes da Guerra do Paraguai e por aqueles que aqui residiam. A maioria dos rio-grandenses eram fugitivos, em decorrência da Revolução Federalista (1893 - 1895), ocorrida no Rio Grande do Sul.

Outros fatores, como a procura de melhores condições econômicas e por não haver grandes pro-priedades na terra de origem, motivaram o deslocamento. O deslocamento era feito a pé, a cavalo ou em carretas puxadas por bois.

CulturaA filha de gaúcho, Aline Kraemer explicou que em um Centro de Tradições Gaúchas (CTG) são de-

senvolvidas várias atividades no decorrer do ano, abrangendo as modalidades artísticas e culturais, esportivas e campeiras, com o objetivo de proporcionar aos integrantes do CTG o culto ao tradicio-nalismo gaúcho, transmitindo a cultura do Rio Grande do Sul e proporcionando a integração com a cultura do Mato Grosso do Sul.

“Acredito que os costumes que mais fazem parte do dia-a-dia de nossa família são as danças do Folclore Gaúcho, o chimarrão, a música, a poesia e o famoso churrasco”, conta.

Para o presidente da CBTG, João Ermelino de Mello, a importância do Gaúcho (ou sulistas) no desenvolvimento de Campo Grande, como diz o nome da cidade, é “grande”.

“É preciso lembrar na década de 70, quando chegamos aqui, nos dois lados da BR-163 eram cer-rados baixo e campos com pastagens degradadas. Este cenário hoje mudou totalmente, pois são grandes áreas de plantio da soja, milho e pastagens recuperadas, também nas regiões mais arenosas notamos grandes florestas de eucalipto, a maioria destas culturas rurais estão nas mãos de sulistas (catarinenses, paranaenses e gaúchos)”, lembra.

O gaúcho explica ainda que depois das áreas plantadas apareceram outras frentes do agronegócio, como grandes indústrias de implementos, de madeiras, de refrigerações, além do comércio de grãos, de alimentos, de couro, nas áreas de transportes e construtoras.

“Temos também os profissionais liberais, professores, padres, mecânicos, médicos, dentistas, engenheiros, arquitetos, agrônomos, advogados e tantos outros sulistas nestas profissões liberais. Na política tivemos o primeiro governador (Harry Amorim Costa), vice-governador (Moacir Kohl), deputados estaduais e vereadores que representam nossa cultura”, conta.

A cultura gaúcha em Campo Grande possui dois CTG`s (CTG Farroupilha e CTG Tropeiros da Que-rência), além do Centro de Pesquisas Folclóricas “Mar de Xaraés”. “Não temos um percentual exato de habitantes sulistas em Campo Grande, mas arrisco dizer que somos em torno de 25% da população, jamais esqueceremos a boa acolhida e receptividade dos habitantes campo-grandenses que logo nos irmanamos”, finaliza o presidente do CBTG, João Ermelino de Mello.

Foto

div

ulga

ção

Page 58: Revista Impacto Aniversário CG 2014

58agosto de 2014

arroz Carreteiro Ingredientes Como fazer

O arroz carreteiro nasceu da necessidade e faz parte da história do Rio Grande do Sul.

350 g de arroz300 g de charque1 cebola grande cortada em cubos5 dentes de alho4 colheres (sopa) de óleoPimenta a gosto

Pegue a carne de charque e corte em cubos e ferva por quinze minutos. Em se-guida, escorra e lave-o com água fria.

Ponha todos os ingredientes, inclusive o arroz, em uma panela de ferro, acrescen-tando meio litro de água. Leve ao fogo por 15 minutos.

Caso deseje, acrescente pimentão e tomate cortados e, no final, salpique com cheiro verde.

Foto

Alin

e Kr

aem

er

Page 59: Revista Impacto Aniversário CG 2014

59agosto de 2014

Com satisfação que como Secre-tário de Planeja-mento, Finanças e Controle (SE-PLANFIC), da

Prefeitura Municipal de Campo Grande – MS, nesses sete meses de execução orçamentária do exer-cício de 2014, tivemos fatores ex-temporâneos que mudaram subs-tancialmente o rumo da política e, muito especialmente, a retomada da busca de uma nova forma de administrar a cidade.

A partir da posse do então vice-prefeito Gilmar Olarte, rumos novos na forma de administrar voltou a ser instalado no Paço Mu-nicipal, objetivando a retomada do crescimento com o término de obras paralisadas e a perfeita ma-nutenção da cidade, com suas ruas limpas e denotando um contenta-mento a partir da busca da me-lhoria no atendimento da saúde; o fornecimento dos uniformes, quites escolares e merenda es-colar para nossas crianças que freqüentam às Escolas de Ensino Fundamental e dos Centros de Educação Infantil (CEINF).

Outro ponto que não pode-ríamos deixar de ressaltarfoi a busca no sentido de enfatizar e garantir a plena Execução Or-çamentária, corrigindo todos os erros e equívocos praticados

pela administração passada na formatação e aprovação do PPA 2014-2017 e da LeiOrçamentária para o exercício de 2014. Um tra-balho árduo a equipe de técnicos da SEPLANFIC teve que buscar para essa correção, de maneira rápida para que pudéssemos no menor tempo possível permitir que os contratos que estavam in-terrompidos não tivessem solução de descontinuidade, o que, sem dúvida alguma já estava gerando insatisfação, como vinha sendo o caso dos contratos de transporte escolar, cujas empresas vinham trabalhando sem contrato reno-vado, mas que para não prejudicar as nossas crianças vinham eles mantendo o aludido transporte, chegando a ficar três meses sem receberem. Como esse, outros casos, nessa mesma situação, foram constatados, dificultando a operacionalização em curto es-paço de tempo.

Na área social os convênios com as diversas instituições que efe-tuavam trabalhos com a criança carente, o idoso, ou mesmo as cre-ches infantis que complementam o trabalho dos nossos CEINF estavam paralisados, requerendo uma grande quantidade de con-tratos e convênios que em curto espaço de tempo tendo sido ne-cessário elaborar, autorizar e efe-tuar os respectivos pagamentos,

enfatizamos na maior brevidade possível.

No que tange as despesas,demonstramos o avanço na realização do orçamento, tendo em vista que as mesmas foram realizadas a maior em 20,11%. Somente o item investimentos que no seu todo teve um cres-cimento menor, face, muito es-pecialmente, a necessidade das discussões desses contratos, na parte do reajustamento dos preços praticados, como também, as res-pectivas renegociações dos con-vênios e operações de crédito que estavam paralisados no Governo Federal pela sua não execução no exercício de 2013. Além do que a um fator de grande peso encontra-se em vigor em 2014, estamos em um ano eleitoral, ou seja, ocorrendo impedimentos le-gais para as respectivas liberações financeiras. Somente retornando ao fluxo normal após as eleições.

Que a execução Orçamentária em 2014, até julho,já havia reali-zado72,51% do orçamento global para esse exercício; por outro lado, para o mesmo período de 2013 a administração anterior somente conseguiu executar 64,52% do orçamento, ou seja, comparativa-mente falando, a gestão do Pre-feito Gilmar Olarte, até julho de 2014, já realizou 12,38% a maior do seu orçamento.

aNÁLIse eCoNÔMICo FINaNCeIRa dos PRIMeIRos sete Meses do eXeRCÍCIo de 2014

Page 60: Revista Impacto Aniversário CG 2014

60agosto de 2014

os Italianosos Italianosos Italianos

Papa Maurizio Vito, o presidente do Centro de Cultura Italiana e

da Câmara de Comércio Ítalobrasileira de MS

Foto

Julia

Lei

te

60

Foto

Julia

Lei

te