revista id otaku #0 - parte 1

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Informação e diversão que só você pode entender BATE PAPO COM FÁBIO SHIN AUTOR DO MANGÁ ETERNAMENTE MICHAEL MAURÍCIO DE SOUSA FALA SOBRE OS QUADRINHOS NACIONAIS JAM PROJECT ENTREVISTA EXCLUSIVA COM A BANDA JAPONESA DOS ANIMÊ SONGS SAIBA O QUE É PRECISO PARA DESCUBRA COMO SE TRANSFORMAR NO KAITO, DE VOCALOID CRIAR UM MANGÁ DE SUCESSO MANGÁ PIRATES! E SPY PROJECT #01_NOVEMBRO 2011 ANO 1 Nº 00 NOVEMBRO 2011

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Número #0 da Revista ID OTAKU - As primeiras páginas

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Page 1: Revista ID OTAKU #0 - Parte 1

Informação e diversão que só você pode entender

Informação e diversão que só você pode entender

BATE PAPO COM FÁBIO SHIN AUTOR DO MANGÁ ETERNAMENTE MICHAEL

MAURíCIO DE SOUSA FALA SOBRE OS qUADRINHOS NACIONAIS

JAM PROJECTENTREVISTA EXCLUSIVA

COM A BANDA JAPONESA DOS ANIMê SONGS

SAIBA O qUE é PRECISO PARA

DESCUBRA COMO SE TRANSFORMAR NO KAITO, DE VOCALOID

CRIAR UM MANGÁDE SUCESSO MANGÁ

PIRATES! E SPY PROJECT

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2011

ano 1 nº 00novembro 2011

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Desde a década dos anos 60, animês e mangás invadem as telinhas e bancas conquistando cada vez mais jovens brasilei-ros. Mas com o passar do tempo, não foram apenas as anima-ções e publicações que ganharam um espaço próprio. Por exemplo, uma das maiores atrações nos eventos atualmente são as bandas e artistas asiáticos. Por isso, lançamos agora a edição zero da ID OTAKU, sua revista especializada sobre a cultura pop do outro lado do mundo. Tra-remos mensalmente novidades do Brasil e de fora sobre animês, mangás, doramas, games, K-POP e J-POP. Além de reportagens especiais e seções fixas para divertir e informar qualquer otaku.Não se esqueça de participar da revista também! Pode mandar suas dúvidas, sugestões, comentários e críticas para nosso e-mail. Queremos construir a melhor revista do gênero para você, leitor. Então, não se intimide! Esperamos as suas mensagens!

Um grande abraço, Carolina Garcia

Editora [email protected]

agora sim, uma revista para os otakus

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Essa é a edição número zero da revista ID OTAKU, um projeto experimental para finalização do curso de Jornalismo, na Universidade Metodista de São Bernardo do Campo. A publicação tem periodicidade mensal. - CDD 070.4

REITOR Marcio de Moraes

DIRETOR DA FACULDADE DE COMUNICAÇÃOPaulo Rogério Tarsitano.

COORDENADOR DO CURSO DE JORNALISMORodolfo Carlos Martino

COORDENADORA DE PROJETOS EXPERIMENTAISVerónica Patrícia Aravena Cortes

ORIENTADORA DO PROJETOMarli dos Santos

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃORebeca Simone EQUIPE DE REDAÇÃO E FOTOGRAFIACarolina Garcia, Edvaldo Junior, Kelly Giacon e Mariana Cardoso. REVISORAS: Izabel Barboza e Mercedes Crescitelli

ILUSTRAÇõES (CARICATURAS E TIRAS)JoO Duarte

IMPRESSÃOIBEP Gráfica

Conheça também nossa equipe de redação

Carolina Garcia (editora chefe e responsável pelas seções de animês e mangás) Quando pequena acordava às 7h para assistir Sailormoon na TV. Otaku reconhecida desde os 14 anos, tem uma leve preferência por shojos (mangás para meninas) e joseis (mangás para mulheres), mas não dispensa nenhum shonen (mangá para meninos).

edvaldo Junior (editor de Games) Eddie é a única pessoa que entende de jogos eletrônicos na revista, mas também tem uma paixão – não tão secreta – por algumas músicas coreanas. Se pedir com jeitinho, ele pode até cantar alguns versos para você.

Kelly Giacon (editora de Machi Point) Sua melhor amiga de infância é japonesa, por isso tem um amplo conhecimento sobre a cultura e algumas tradições nipônicas. Influenciada pelas outras editoras, se aventurou a ler alguns mangás e,depois de alguns dias, reclamou pela demora em emprestar a continuação.

mariana Cardoso (editora de Matsuri e Gamen) É apaixonadíssima por doramas, live-actions e músicas asiáticas e sempre tenta influenciar o resto da redação a assistir uma série ou ver um novo clip. Mas também ama mangás e animês, especialmente os de estilo shonen.

hiroki (mascote da revista) É o nosso querido youkai. Assistiu e leu tantos animês e mangás que ficou fascinado. Por um acaso do destino, se escondeu na nossa redação! Ele adora receber e responder as cartas dos leitores, Hiroki acha que as mensagens são apenas para ele. Não vamos desapontá-lo, certo?

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32Dicas e conselhos para criar um mangá

Especialistas dão algumas dicas para você criar e publicar uma história

36Maurício de Sousa O artista fala sobre

mangás brasileiros para a ID OTAKU

24JAM Project: a voz dos animês songs

Conheça mais sobre a banda dos anime songs em uma entrevista exclusiva

40Street Fighter x Tekken e Mário

Kart 7 chegam ao Brasil Confira os principais lançamentos

50Cosplay Siga o passo

a passo para virar o Kaito, do game Vocaloid

16As vozes por trás das cenas

A importância nos animês e as mudanças até hoje

26Fenômeno K-Pop vira febre entre os brasileiros

Fenômeno K-Pop vira febre entre os brasileiros

42Moda: Brasil, Coreia e Japão

Um pouco da história e das tradições orientais que encantam o mundo

54Mangás: nos bastidores das editoras brasileiras

Como e o que acontece no processo de tradução e publicação dos mangás

60Mangás, animês e doramas:

inspiração contra o bullying Personagens fictícios podem ser exemplos contra as agressões

8Moshi Moshi Espaço para tirar dúvidas

e se comunicar com a ID OTAKU

10Fique Por Dentro Novidades mais

importantes do mês em filmes, games, animês e mangás

12 Espaço Animês e Mangás Apresentação do que

está sendo sucesso fora do país

20Frases As melhores falas

ditas pelos personagens nos últimos mangás lançados

30Happy Basudee Confira os

personagens que assopram a velinha este mês

46Bate Papo Fabio Shin conta

sobre a criação do mangá brasileiro Eternamente Michael

58Túnel do Tempo Clássicos nunca

saem de moda

62Gamen Descubra novos

doramas e live actions

66Tiras do Hiroki As aventuras do mascote

da revista, por JoO Duarte

22Alexandre Nagado J-Music - A música

japonesa vencendo barreiras

64Pedro Cirne Mangá e seus

mil e um gêneros

Edição nº 00Novembro/2011

rEPorTAGENS SEçõES

ColuNAS

CAPA

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Sua seção de cartas

Oi, pessoal da ID OTAKU! Gosto muito de assistir doramas e live actions. Foi por causa deles que aprendi bastante sobre o Japão e a Coreia. Espero ver muitas novidades! Aconselho todos verem, é muito bom! Fighting!!!Jéssica Nakano, 16 anos, São Paulo

oi, Jéssica! obrigado pela mensagem. Também curto doramas, mas não tanto quando a mari – editora da seção de Gamen e matsuri. nessa edição a série que ganhou uma resenha é uma das que a editora mais gostou. eu achei legal o futebol, mas as meninas gostam bastante desses romance, né? Se você ainda não viu, veja. vai adorar! Fighting! xD

E aí, pessoal! Reservamos esse espaço para vocês conversarem com a gente. Mandem sugestões, críticas e opiniões sobre o que publicamos na revista para o e-mail: [email protected] e visitem nosso blog www.revistaidotaku.wordpress.com. Podem mandar desenhos também! Até porque só a minha foto é estranho... Embora eu saiba que eu (Hiroki) mereça muito esse espaço pelo meu árduo esforço e trabalho na redação. =]

Blog muito interessante e organizado. Conteúdo original e com cores vibrantes. Não vejo a hora de comprar a primeira edição!Lucas Barcia, 17 anos, São Bernardo do Campo

Que legal, Lucas! Isso me deixa muito feliz, sabe? Porque não foi nada fácil aguentar a nossa editora-chefe durante a realização da revista... Principalmente quando ficava com fome. ela era até pior do que o Chouji (do naruto) com a última batata do pacote! J-U-r-o. mas eu e os outros editores fomos fortes até o final! Sabemos que ela só queria melhorar a revista. e a ideia é trazer cada vez mais um conteúdo diferente, original e de interesse geral para os otakus. espero por você na próxima edição!

Oi! Gostei bastante dos diferentes assuntos, mas prefiro animês e mangás. Desde pequena gosto de ler e assistir “Dragon Ball”. Mesmo não tendo novos episódios, eu ainda desenho os personagens sempre que posso. Desejo sucesso a revista ID OTAKU.Mariana Mine, 15 anos, São Paulo

“Dragon ball” é mesmo demais, mari. Um verdadeiro clássico! Foi o primeiro animê que assisti, sabia? Devo confessar que eu até chorei na primeira vez que o Goku morreu! mas só na primeira vez. Foi muita emoção. Coisa de fã, né? e valeu pelo desenho! você desenha como uma profissional! Já pensou em criar um mangá próprio? A reportagem de capa é exatamente para pessoas talentosas como você. espero que na próxima nos mande uma história, hein? vamos adorar publicar na revista!

Achei muito bom o conteúdo e as imagens. A forma que dividiram os assuntos está ótima. Espero que tragam muitas informações de games. Fernanda D.F., 18 anos, São Caetano do Sul

obrigada pela opinião, Fernanda. Ficamos felizes em te agradar. e passarei seu pedido ao eddie, o editor de games, para deixarmos cada vez melhor a seção. Continue nos acompanhando!

Gostei muito do blog, os assuntos atendem todos os públicos sendo eles de várias idades. Espero que a revista seja melhor ainda. Acho interessante trazerem, além das sinopses dos mangás, algumas páginas ou quadrinhos dos mangás. Esperando pelo primeiro volume. Sucesso! xDJosué F. Silva, 17 anos, São Caetano do Sul

Hey, Josué! Fico muito feliz que tantos assuntos tenham te agradado assim! e a sua ideia é muito boa, já está anotada. A Kelly fez uma matéria muito bacana sobre como funciona os bastidores das editoras de mangás no brasil, o que acha de dar uma conferida? e também pode aproveitar o brinde dessa edição com duas histórias nacionais muito legais em formato de mangá! estou ansioso para saber o que achou!

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As novidades do universo pop asiático você encontra aqui

Streaming é a nova apoSta da JBC

os fãs do anime “K-on!” podem se alegrar. Depois do animê, o mangá ganhou também um filme. Isso mesmo! A história das quatro estudantes do ensino médio que participam do clube de música está previsto para estrear nas telinhas do cinema no dia 3 de dezembro deste ano. A notícia é boa, mas está data é só para os japoneses e foi divulgado no site oficial do animê. A história irá ocorrer no período em que as personagens ainda estão no segundo ano, e irão para a tão sonhada viagem de formatura em Londres. Ansiosos? nós também.

Agora os fãs de animes poderão assistir do seu computador via streaming a vários títulos de desenhos do Japão. Isso porque a JbC em parceria com o site Crunchyroll disponibilizará o material para quem pagar uma mensalidade. embora não esteja disponível ainda o serviço de assinatura e nem os títulos que serão exibidos, essa iniciativa é inédita no brasil. Alguns sites fazem esse serviço, mas nada é oficial. Torcemos para que isso ocorra logo e que a mensalidade não seja cara.

‘K-on’ agora é filme

Apenas para as leitoras maiores de 18 anos, ok?! A mangaká Tomu ohmi é conhecida pelos mangás eróticos repletos de personagens adultas, também conhecidos como josei. Autora de famosas histórias sobrenaturais, como “midnight Secretary” (ilustração), onde apresenta a secretária Kaya em um romance com o chefe Kyouhei Touma, que na verdade é um vampiro. Agora dá a vez para as bruxas. em “majo no biyaku”, a protagonista é a jovem órfã Kaoruko, dona de uma pequena loja de ervas. Um belo dia, um homem misterioso vestido de negro entra em sua loja. o nome dele é Kaneme Hibiki e ele vai virar a vida da garota de cabeça para baixo. A série estreia na Petit Comics neste mês de novembro. vamos torcer para que também chegue logo ao brasil!

autora de ‘midnight SeCretary’ lança novo mangá

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A diva do pop japonês, Amuro namie, lança o single “Sit!Stay!Wait!Down! / Love Story” dia 7 de dezembro em duas versões: regular e limitada (acompanha DvD). o álbum terá três músicas, incluindo o hit Love Story, trilha sonora do dorama “Watashi ga renai Dekinai riyuu”. não perca!

Depois do sucesso do game “Final Fantasy Type-0”, agora os fãs podem apreciar o jogo em leitura. É isso mesmo. o autor Takatoshi Shiozawa lança a adaptação em mangá neste mês, dia 11.

Depois de mais de seis meses de promessa, a PlayArte lança o DvD mais esperado do ano. “Dragon ball KAI” estará disponível a partir de 16 de novembro. os fãs podem conferir os 17 primeiros episódios no box com quatro DvDs.

Live action de ‘Ranma ½’ estReia em dezembRoPara a programação especial de fim de ano, a emissora japonesa nTv (nippon Tv) preparou uma adaptação em live action de duas horas de duração sobre o clássico mangá “ranma ½” (publicado pela editora JbC no brasil), de rumiko Takashi. o filme terá como foco a personagem Akane Tendo, interpretada pela atriz Yui Aragaki (de “Digimon Data Squad” e “Koizora - Sky of Love”). na história, Soun Tendo está determinado a manter seu dojo, por isso decide que seu sucessor seja do sexo masculino, impedindo que sua filha Akane assuma as responsabilidades. ranma Saotome, filho de seu amigo Genma, é o indicado para suceder Soun, porém uma maldição transforma o rapaz em garota toda vez que ele entra em contato com água fria. Para prolongar a vida do dojo, será necessário retirar a maldição de ranma, não sem antes passar por dificuldades. o papel de ranma será dividido entre os atores Kento Kaku (de “Paradise Kiss” e “Tokyo Girl”) e natsuna Watanabe (de “Gantz” e “From me to You - Kimi ni Todoke”) na versão masculina e feminina, respectivamente.

dvds de dRagon baLL z Kai chegam ao bRasiL

amuRo namie Lança novo singLe em dezembRo

FinaL Fantasy em mangá é Lançado neste mês

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Sinopse: Quando criança, Sakura Mamiya, desapareceu por uma semana na região onde a avó morava, mas não tem muitas lembranças desse acontecimento. Desde então, ela consegue ver fantasmas. Ao entrar para o ensino médio, Sakura acha um aborrecimento esse dom. Mas é por causa deste dom que ela fica amiga do colega de classe, Rinne Rokudo, um shinigami que tem o trabalho de guiar os espíritos que ainda estão presos na Terra para o mundo espiritual. Ao longo da trama novos personagens surgem, aumentando o grupo de amigos, inimigos e triângulos amorosos entre Rinne e Sakura.Curiosidade: Em um ato inovador, a editora americana Viz Media, responsável pela publicação do mangá nos Estados Unidos, está liberando os capítulos traduzidos (em inglês) no site antes mesmo da impressão dos volumes da série. E o melhor: totalmente gratuito.

Rin-Ne (Kyokai no Rinne)É o mais novo sucesso da prin-cesa dos mangás, Rumiko Takahashi, autora também de “Inuyasha” e “Ranma ½”. Só nas duas primeiras semanas de lan-çamento dos volumes 1 e 2 da série no Japão, foram vendidas mais de 100 mil cópias. O man-gá entrou na lista dos mais vendi-dos do país e continua nela. Mas não parou por aí, a versão em in-glês ficou na 8ª posição da lista de “Best Sellers em Mangás” do jornal americano The New York Times. A história tem tudo para viciar qualquer otaku: personali-dades fortes e intrigantes, muita comédia, triângulos amorosos e várias aventuras perigosas – da-quele tipo que se arrisca a vida.

maNgáS e aNimêS impeRdíveiSMesmo com aquelas dezenas de histórias maravilhosas nas bancas todo mês, ainda há muitos mangás e animês que não chegaram e também são pouco conhecidos pelos brasileiros. Por isso, nós separamos algumas séries viciantes para você caçar na internet; confira!

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Sinopse: Quando o irmão mais velho de Teru morreu, ela ficou com um celular com o e-mail de Daisy. Segundo o irmão de Teru, Daisy iria apoiar a garota quando ele não fosse mais capaz de fazer isso. Assim, Daisy se torna o pilar da estudante ao longo dos anos, sempre enviando mensagens de incentivo através do telefone. Uma tarde, Teru quebra acidentalmente uma janela da escola. Mas, como não tem dinheiro para pagar o conserto, começa a trabalhar para o jovem e rabugento zelador da escola, chamado Tasuku Kurosaki. Conforme o tempo passa, a garota fica confusa em relação aos novos sentimentos por aquele zelador desagradável, além de questionar a verdadeira identidade de Daisy. Será que Kurosaki poderia ser o amado Daisy de Teru?

Dengeki DaisyÉ um shojo [mangá para ga-rotas] escrito e desenhado por Kyousuke Motomi. O romance consegue conciliar um drama intenso com momentos engraça-díssimos. Mesmo que a história ainda esteja em andamento no Japão, já tem publicações nos Es-tados Unidos, Canadá, Taiwan e França. Além de ter ganhado o prêmio de melhor mangá shojo na About.com Manga Readers’ Choice Awards de 2011. É uma daquelas séries que dá um aper-to no coração, ao mesmo tempo que deixa aquela pulga atrás da orelha, e a leitora mal pode espe-rar para ler o próximo volume.

Teru tem uma relação indefinida entre o amor e a amizade com o zelador Kurosaki e se pergunta se ele pode ser Daisy

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Sinopse: Rikuo Nura é parte humano e um quarto youkai (demônio). Por isso, ele é capaz de se transformar em youkai apenas depois do por do sol. Quando o sol nasce, o garoto volta à forma humana. Ele mora em uma casa de estilo antigo japonês, cheia de espíritos e youkais que o serve, junto do avô, que também é um youkai e mestre do clã. No começo, Rikuo tenta escapar do destino de virar um youkai, apesar do desejo do avô de ter o neto como próximo mestre youkai do clã Nura. Mas logo o jovem chega a um acordo com o demônio que vive nele e decide ocupar o cargo do avô. Só que agora Rikuo terá que enfrentar múltiplas facções que têm o objetivo de impedir ou roubar a posição do garoto no clã. Assim, ele deve reunir amigos e aliados sob a própria bandeira, conhecida como “Fear”, e defender o cargo como líder do Clã Nura.

Nura: Rise of the Yokai Clan (Nurarihyon no Mago)Esse é um daqueles mangás em que o número de fãs aumenta conforme a história se desenvolve. Escrito e desenhado pelo desco-nhecido Hiroshi Shiibashi, ninguém esperava mais do que cenas de lutas e destruições entre os personagens em busca do poder. Mas o artista conseguiu conciliar toda a ação e adrenalina das lutas com o amadurecimento dos personagens ao longo da série. A história con-tinua sendo publicada pela revista Weekly Shonen Jump no Japão, mas a adaptação em animê já está na segunda temporada. O mangá ainda ficou em 1º lugar no Future Gold Cup, prêmio para o man-gá mais popular do Japão – segundo os leitores da Weekly Shonen Jump. Não tem como perder essa série!

Rikuo consegue se transformar em youkai apenas quando o sol se põe. Por isso, tem muitos inimigos youkais contra a existência dele

(à esq.) Rikuo transformado em youkai e na forma humana. O garoto luta para proteger a posição de chefe do clã Nura

Carolina Garcia

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A maioria dos desenhos animados tem aquele personagem destaque, não por ser o principal,

mas pelas falas marcantes, sejam elas engraçadas ou que dão ar-repios para quem assiste. Alguns

bordões ficam para sempre em nossas memórias, como “Ka-mehameha”, dos personagens de Dragan Ball, ou “Pikachu, eu es-colho você!”, de Ash Ketchum do anime Pokémon. E o trabalho do dublador é fundamental para que

leve até você a voz que pode ficar para sempre na sua memória.Quando você assiste a um desenho animado, novela ou filme estran-geiro não tem a noção de quem e como estão sendo dublados os personagens durante as cenas. O

AS vozeS por tráS dAS cenASAs mudanças na dublagem dos anos 30 até hoje

Atualmente, Mirian Fisher trabalha no estúdio cinevídeo, no rio de Janeiro. Quando ela está trabalho, não bebe nada gelado para não atrapalhar na voz. personagens como Botan, vaca e patamon foram os sucessos da dubladora

Um dublador pode fazer várias vozes no mesmo desenho. para isso, exige muito trabalho e dedicação

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dublador é um ator. Para exercer a função não é necessário o DRT, registro de ator profissional, mas é recomendado pelos profissionais da área. A boa memorização, in-terpretação e leitura constantes são requisitos fundamentais para quem deseja dublar.A dubladora Miriam Fisher, 47anos, é um exemplo de profis-sionalismo. Ela já realizou diver-sos trabalhos em animes, entre eles, Botan em “Yu Yu Hakusho”, Pandora em “Cavaleiros do Zodí-aco”, Tokomon, Patamon e An-gemon em “Digimon”. Além da Vaca, em a “Vaca e o Frango”. Mi-riam dá algumas dicas para quem deseja seguir a carreira.“Entrar num curso de dublagem, aprender a técnica, assistir mui-to desenho ou filme para sentir o trabalho, ter paciência e dedi-cação são ideais para conseguir

um bom futuro, e jamais perder a humildade. Não basta dublar com a garganta, e sim com o co-ração”, conclui Miriam.De acordo com o IBOPE, a im-portância da dublagem no Bra-sil é tão grande que, no primei-ro semestre deste ano, as cinco primeiras posições no ranking de audiência de TV paga foram ocupadas por canais dublados. Há um triste fato que ajuda no crescimento da dublagem no país. Infelizmente, 25% da po-pulação brasileira ainda sofre com o analfabetismo funcional, isso significa que 47 milhões e 500 mil pessoas, em média, sa-bem apenas ler e escrever o pró-prio nome ou palavras simples. E também, crianças e idosos que apresentam dificuldades em ler as pequenas legendas conse-guem entender melhor a cena ao

ouvir o idioma nacional. Assim, os dubladores facilitam a vida de muitas pessoas, explicando e en-sinando diferentes culturas.

Mudanças na dublagem brasileiraO primeiro filme dublado no Bra-sil foi “A Branca de Neve e os Sete Anões”, em 1937. “Nesse tempo, os atores gravavam todos juntos no estúdio e os trabalhos demora-vam até quatro vezes mais do que atualmente para sair ao público”, afirmou Afonso Amajones, que já dublou o Sanosuke, de “Samurai X”; Yamcha, de “Dragan Ball”; e o Fei Long, de “Street Fighet II”. Nascido em São Paulo, em 1965, Affonso acha que dos anos 30 até hoje, a dublagem nacio-nal evoluiu bastante. “A tecno-logia de captação e a linguagem melhoram demais”. Porém, ele

Affonso Amajones parece uma criança quando está no trabalho. O clima no estúdio é de muita harmonia e muita conversa para deixar o ambiente mais solto durante as dublagens. Seus personagens de trabalho favoritos são: Sanosuke, Fei Long e Yamcha

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destaca alguns pontos que consi-dera negativos. “Os diretores têm um prazo curto para entregar o trabalho e, além disso, existem pessoas no meio que se impor-tam apenas em ganhar dinhei-ro e não procuram qualidade”.

Conexão entre dublador e personagemNa dublagem, a relação entre o personagem e o dublador marca a carreira do profissional para sem-pre. É o caso de Noeli Santisban. Desde 1998, ela não faz nenhum tipo de trabalho, por conta de sua mudança para os Estados Unidos. Quando a dubladora visita sua ci-dade natal São Paulo, as pessoas a chamam de Olivia Palito devido ao trabalho realizado, no desenho “Popeye”, nos anos 90. “É muito legal tudo isso. Chego a esquecer meu próprio nome. Eu não pareço nada com a Olivia fi-sicamente, mas já me acostumei

com a situação. Quero voltar a morar no Brasil em breve para retomar meu trabalho como du-bladora”. Noeli também dublou Goku, de “Dragon Ball” e o Fly, de “Fly, o pequeno guerreiro”. To-dos esses trabalhos foram realiza-dos com o diretor Gilberto Barolli, que desde os anos 60 já dublou vários desenhos, entre eles Sailor Moon e Samurai Warriors.Com toda essa conexão que en-volve personagem-dublador, a dublagem realmente é uma arte. É um método de atuar com a voz. É o jeito de ser compreendido por todas as classes sociais e idades. É a maneira de preservar e cultivar nos-sa língua portuguesa. Pode aconte-cer de você não conhecer a voz de alguém da sua própria família, mas de um personagem que o acompa-nha há bastante tempo, mesmo sem saber quem está por trás, você saberia identificar na hora.

Olivia Palito é como chamam a Noeli Santisban em São Paulo. Ela está a procura de seu Popeye.

Que Noeli Santisban é uma guerreira ninguém dúvida. Trabalhar na dublagem fazendo Fly, o pequeno guerreiro, e Goku, de Dragan Ball, reforçam ainda mais a dedicação e displicina que a dubladora tinha em seus trabalhos

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Eu não gosto... de pessoas que mentem para si mesmas.Naruto Uzumaki - Naruto # 50

você achou outra frase emocionante, ou simplesmente muito engraçada? mande para nós! nosso e-mail é [email protected].

“Mesmo sem poder nos falar, estarei sempre com você, Chocola!”Pierre – Sugar Sugar Rune #6

“O inimigo do meu inimigo é meu aliado! É o suficiente para se cooperar numa luta, não acha?!”Lisa Yadomaru – Bleach #42

“Eu fiquei... cansada... Por isso, desta vez, eu quero me esforçar pra gostar de alguém que goste mesmo de mim.”Sawa Konishi - Rockin’ Heaven #7

“Na verdade... eu não queria deixá-la ir. Eu não queria que você continuasse a lutar.”Masaya Aoyama - Tokyo Mew Mew #6

Existem histórias e personagens que deixam uma marca própria na vida de milhares de otakus. Mês a mês acompanhamos novas aventuras, romances e tragédias. E, às vezes, uma simples frase enche os olhos de lágrimas de emoção, ou simplesmente de riso. Por isso a ID OTAKU selecionou algumas das melhores falas dos últimos lançamentos no Brasil.

Gente!!! Eu nunca ia imaginar que você é uma secadora ambulante!!!Lucy para Natsu - Fairy Tail #10

- Mokona só está atrapalhando! - Atrapalhar é o trabalho de Mokona!Maru e Mokona - XXX Holic #37

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Nos últimos anos, os fãs de cultura pop japonesa têm espalhado um ter-

mo que aos poucos vai ficando conhecido, assim foi com man-gá, animê e cosplay. É “J-Mu-sic”, a definição genérica para a música japonesa, especificamen-te a música jovem, englobando principalmente o pop, o rock e os temas de animes e afins.J-pop é o termo usado para ro-tular a música pop da Terra do Sol Nascente. A definição não representa um estilo de música (que inclui de hits dançantes eletrônicos a baladas acústicas) e somente indica a procedência.

O J-pop tem como subdivisão o J-rock, este também com seu subgênero Visual Rock, Visual Key ou ainda Visual Shock. São artistas que, no campo do rock mais pesado e visceral, trabalham o visual como algo tão importante quanto a música, com maquia-gens, roupas e cabelos exóticos e muita pose, caras e bocas.Já as anime songs, ou anisongs, são os temas de animes, incluindo também as produções tokusatsu (efeitos especiais) e até os games. Normalmente as músicas são adaptadas no processo de dubla-gem para cada país, mas a internet (especialmente o YouTube) foi

permitindo aos fãs poderem ver as aberturas originais. No Brasil, vários temas em japonês já foram mantidos, fazendo crianças de várias gerações cantarolarem mú-sicas de seus heróis sem entender uma palavra do que diziam. Sen-do assim, as anime songs são a por-ta de entrada de milhões de jovens para conhecer a J-Music.Na década de 1990, a finada re-vista General (Ed. ACME) certa vez publicou uma reportagem em sua derradeira edição 16 onde dizia que, num futuro próximo, “seu filho ainda vai ter o pôster de uma banda japonesa no quar-to”. Esse tempo já chegou.

Quer pesquisar nomes da J-music de várias épocas pra encontrar suas preferências? Anote, faça suas buscas e divirta-se:Scandal, Suga Shikao, AKB48, JAM Project, X Japan, Angela Aki, Chage and Aska, My Little Lover, Fumiya Fujii, B´z, Puffy AmiYumi, Yui, Do As Infinity, Namie Amuro, Mr. Children, SMAP, Anzenchitai, Seiko Matsuda, V6, Rica Matsumoto, Hironobu Kageyama...

J-MuSIC – A MúSICA JAPoNeSA VeNCeNDo BARReIRAS

DICA

Alexandre Nagado tem 40 anos, é ilustrador, redator e quadrinhista. http://nagado.blogspot.com

Suga Shikao e Scandal

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24 #01_novembro 2011

Sua conexão com a música oriental

T odo otaku tem pelo me-nos uma anime song favorita e, às vezes, sabe

cantar mesmo sem saber ja-ponês. De origem japonesa, as trilhas de desenhos con-quistaram seu próprio espaço e percebendo isso Eizo Saka-moto (ex-membro), Hironobu Kageyama e Ichiro Mizuki (ex-membro) se juntaram com Rica Matsumoto (ex-membro) e Masaaki Endoh para criar o mais famoso grupo de anison-gs (termo para anime songs) do mundo, o “JAM Project”.“Naquela época (2000), músicas de anime eram apenas para anún-cios. Tínhamos medo de que se não parássemos essa situação, as canções, como parte da cultura japonesa, teriam desaparecido. Então criamos ‘JAM Project’

JAM PROJECTA voz dos animes songs

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para salvar os anime songs”, con-tou Kageyama, líder da banda.Todos os integrantes já tinham as vozes gravadas em temas dos desenhos japoneses, até em tokusatsus (filmes de efeitos es-peciais) e games, e juntos trans-formaram o mundo das músicas de animações.Para Endoh as referências das canções de animes são muito importantes para os japoneses desde a infância, e principal-mente para o sucesso do dese-nho. “Uma canção de anime é composta com todos torcendo para que a animação dê certo. O Japão é o país líder em ani-mações e muitos japoneses assis-tem e ouvem as músicas desde crianças. Posso definir músicas de anime como sendo as primei-ras verdadeiramente canções em

nossas vidas. Em certo sentido, elas são como músicas da alma japonesa”, declarou.Há 11 anos na estrada, e com al-gumas mudanças na formação, o grupo já se apresentou em diver-sos países, entre eles EUA, Brasil e China. Apesar da diferença do idioma, os fãs da banda compa-recem em peso aos shows. “Se é tão difícil se comunicar com idiomas diferentes, não tem pro-blema porque podemos nos co-municar através da música”, fa-lou Endoh. Ele também revela que a maioria dos fãs de animes e de músicas de anime acabam estudando japonês. “Sou grato por eles entenderem facilmente o idioma japonês”, completa.No ano de 2004, Kageyama, En-doh e Masami Okui (desde 2003 no grupo) estiveram no Brasil

Welcome to the Bible, honki no Yellow, toki no kane wo narasu’n da, Stand up boys and stand up girl, mayowazu ni Just row and row and row! Hey!** letra de SAMURAI SOUL

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durante o Anime Friends (even-to que ocorre em julho, na cida-de de São Paulo) e conheceram Ricardo Cruz – na época o bra-sileiro cantava em uma banda que fazia covers de anisongs. No ano seguinte, o garoto foi con-vidado a participar da seleção para achar um novo integrante para o “JAM Project” e ele aca-bou ganhando a vaga.Nesses cinco anos como mem-bro do grupo, apesar de não se apresentar em todos os shows, Ricardo gravou três músicas (GONG, STORMBRINGER e Shugojin-The guardian) e segun-do Kageyama “uma das canções de Ricardo vai se tornar a nova música do “JAM Project” no fu-turo próximo.” Vamos aguardar!

Músicas preferidasHiroshi Kitadani entrou no gru-po a convite de Kageyama, com a aprovação dos outros integran-tes, em 2002, por causa das mú-sicas cantadas no anime “One Piece”, animação preferida do cantor. “É muito excitante e a história real me impressiona.

É definitivamente o melhor anime”, disse.Com mais de 40 pro-duções, entre álbuns, singles e especiais, “JAM Project” tem dezenas de temas lançados, cada um com um significado especial. Kitadani até comentou que entre as que criou todas são as preferi-das, ele não consegue escolher apenas uma. Já Okui, apesar de achar difícil escolher uma, diz que “Negai” (single NOAH, de 2011), música composta para o fi-nal de “2nd Super Robot Wars Z - Destruction Chapter” (NOAH - single NOAH, de 2011) é a fa-vorita do momento, mas ressalva: “Os sentimentos mudam dia-riamente. Ah! E também gosto muito de “SAMURAI SOUL (álbum MAXIMIZER ~Decade of Evolution, de 2010). ”

O BrasilApesar da longa distância, o Bra-sil é muito querido por todos os integrantes, em boa parte pela presença de Cruz. “(Ele) fez a distância entre nós e o Brasil menor”, afirmou Kageyama.

Mas para Yoshiki Fukuyama (integrante desde 2003), o país tem um significado maior, pois o show que fez aqui em 2005 é considerado o mais importante que fez com o “JAM Project”. “Foi o primeiro trabalho da mi-nha vida”. Fukuyama contou sobre a experiência nas terras tupiniquins: “Me senti muito confortável no Brasil e com os fãs brasileiros, admiro o bom conhecimento que eles têm do Japão e eles são inacreditavel-mente alegres”. Futuras apresentações não estão descartadas, apesar de não haver shows programados no país, mas todos os membros falaram do de-sejo de voltar e Kageyama deixou um recado para os organizadores do Anime Friends: “Ouvi dizer que no próximo ano será o 10º aniversário. Se for possível, es-pero me apresentar com o JAM Project”. Estamos na torcida!

Mariana Cardoso

Atuamente o “JAM Project” é formado por Hironobu Kageyama, Masaaki Endoh, Masami Okui, Hiroshi Kitadani, Yoshiki Fukuyama e Ricardo Cruz (integrante semi-regular) e tem mais de 100 músicas gravadas

Veja algumas músicas da banda: “SKILL” (do game “Super Robot Wars Alpha 2”)“GONG” (do game “Super Robot Wars Alpha 3”)

“VICTORY” (do game “Super Robot Wars”)“SAMURAI SOUL” (do anime “Gintama”)

“Believe in My Existence” (do anime “CardFight!! Vangard”)

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V ocê não vai estranhar se no próximo Rock in Rio se apresentar alguma banda pop

coreana, ou melhor, de K-Pop, como é conhecido mun-dialmente. Direto da Coreia do Sul, o estilo musical pode envolver os gêneros pop, bla-ck music, eletrônico, ou rock e as bandas fazem coreogra-fias criativas e não param en-quanto houver barulho. Uma agitação contagiante que faz o público vibrar. O sarangingayo.com.br é o pri-meiro site especializado em K-Pop no Brasil. Criado em 2008, possui mais de dois mil acessos diários. Lá são encontradas novidades sobre artistas, como SHINee, Super Ju-

nior, BEAST, 2AM, Girls’ Gene-ration e MBLAQ, além de lança-mentos de cd’s e informações so-bre eventos voltados para o gênero.O site também está conectado às redes sociais, como facebook, twitter, orkut e outras mídias di-gitais. Além do sarangingayo, há outros fóruns para debate em sites fora do Brasil, onde fãs conversam sobre seus grupos favoritos.Jennifer Hee Cho é descenden-te de família coreana e colabora no site sarangingayo desde 2010. Mesmo respondendo perguntas dos fãs diariamente e entrevistan-do músicos para atualizar as infor-mações, ela não crê que seja uma das responsáveis pelo crescimento do K-Pop no Brasil. “Eu até posso colaborar com a divulgação, que

é a proposta do nosso site, mas os culpados pela evolução de tudo isso são os próprios artistas que fa-zem um ótimo trabalho, e os fãs que dão um apoio enorme”.

Banda coreana MBLAQ no BrasilUma das provas do crescimento do K-Pop no país foi o evento que ocorreu dia 7 de setembro deste ano, no clube Homs, em São Paulo. O K-Pop Cover Dan-ce, festival de seis horas com apresentações de grupos covers, contou com a presença dos inte-grantes do MBLAQ (banda co-reana sucesso de vendas no con-tinente asiático) como jurados.Mais de três mil jovens do lado de fora e apenas 600 felizardos

FenôMeno k-pop VirA FeBre entre os BrAsiLeirosSó de janeiro até outubro de 2011, o número de acessos no principal site de música pop coreana no Brasil triplicou

thunder, Mir, G.o, seungho e Lee Joon são os integrantes

do MBLAQ, grupo coreano em ascensão no Brasil

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conseguiram assistir aos shows. O MBLAQ teve a difícil missão de escolher o melhor grupo en-tre as apresentações e, além do troféu, o prêmio foi passar algu-mas horas com eles cantando e trocando experiências no Par-que da Luz, na capital paulista. A banda cover campeã foi a Shi-buya Rock Stars.A vocalista do grupo ganhador, Bruna de Fiamoncini, achou a experiência incrível. “Foi um momento único na vida dos seis integrantes. Não pensávamos que eles fossem ser tão humil-des, além de engraçados. Todas as pessoas que fazem parte do MBLAQ, tanto produção como os próprios cantores, nos trata-ram muito bem”. E completou emocionada: “Vou guardar para sempre na minha memória”.

Tudo junto e misturadoNão existe idade para o K-Pop. Garotos e garotas aprendem a gostar e compartilhar seja pes-soalmente ou pela internet. É o caso de Sabrina Kim, 15 anos,

que escuta todos os dias músicas do gênero e explica por que faz tão bem a ela. “Os cantores são bonitos e charmosos, as canções são belas e me fazem relaxar. E também existe a mistura da agitação com o romantismo. É tudo perfeito”, disse.Mesmo sendo de origem corea-na, a maioria das bandas de K-Pop faz show no Japão. Bruno Hideki, 17 anos, é descendente de japonês e passou a gostar do estilo musical desde 2007. “As pessoas do Japão gostam muito de dançar e lá a gente não en-contra bandas que dão tanta energia”, esclareceu.A música pop coreana apresenta um ritmo viciante e divertido. As melodias são fáceis e as letras atraentes, até mesmo para as pes-soas que não conhecem a língua. Além disso, os artistas são muito animados. É a vez do leitor da ID OTAKU acessar o site saran-gingayo.com.br e conferir o que acontece no universo K-Pop. não deixe de mandar sua

opinião no nosso e-mail: [email protected].

Fenômeno k-pop vira Febre enTre os brasileiros

Edvaldo Junior

a vocalista bruna é a única mulher da “shibuya rock stars”.

a banda, em média, tem um show por mês

Hideki (à dir.) gosta de k-pop por causa da dança e a batida da música, além

de aprender coreano

as fãs ficaram mais de dez horas na fila para entrar no

show do mblaQ, em são paulo

sabrina só fala português na escola. Quando está em casa,

escuta música e conversa com os pais em coreano

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