revista hvacr edição 02

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Publicação Edição 02 | Outubro 2014 HVAC-R foco em REFRIGERAÇÃO Um direito do consumidor (Parte II) EFICIÊNCIA ENERGÉTICA Prós e Contras do Horário de Verão EDUCAÇÃO Semana Tecnológica do Senai Artigo: Aplicação de Fluidos Alternativos em Sistema de Refrigeração Comercial AQUECIMENTO, VENTILAÇÃO, AR CONDICIONADO E REFRIGERAÇÃO + EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E SUSTENTABILIDADE REVISTA

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Page 1: Revista HVACR edição 02

Publicação

Edição 02 | Outubro 2014

HVAC-R focoem

REFRIGERAÇÃOUm direito do consumidor (Parte II)

EFICIÊNCIA ENERGÉTICAPrós e Contras do Horário de Verão

EDUCAÇÃOSemanaTecnológicado Senai

Artigo: Aplicação de Fluidos Alternativos em Sistema de Refrigeração Comercial

AQUECIMENTO, VENTILAÇÃO, AR CONDICIONADO E REFRIGERAÇÃO + EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E SUSTENTABILIDADE

REVISTA

Page 2: Revista HVACR edição 02
Page 3: Revista HVACR edição 02
Page 4: Revista HVACR edição 02

■ 4 - Revista HVAC-R em Foco

05 EDITORIAL

06 ECONOMIAIndústria de Transformação, Implicações de Desempenho de Rentabilidade

10 EFICIÊNCIA ENERGÉTICAEconomia, mas também qualidade de vida, apontam especialistas.

12 HVACR EM FOCO

16 GIRO DA ENGENHARIA

20 CAPA Refrigeração, um Direito do Consumidor – Parte II

Nesta segunda parte, a reportagem enfoca a utilização cada vez mais crescente das

tecnologias desse setor. E a tendência é que as coisas continuem assim.

28 ARTIGO

Aplicação de Fluidos Alternativos em Sistema de Refrigeração Comercial

Por Julian Massayoshi Ubukata, da Heatcraft do Brasil

32 GESTÃO DO RH

Competências profissionais essenciais no século XXI

34 EDUCAÇÃO

Cobertura Semana Tecnológica de Refrigeração e Climatização do Senai

“Por conta do aumento no uso de sistemas e

de aparelhos de ar-condicionado no país, mais

recentemente os picos de consumo de eletricidade

durante o verão começaram a ser registrados no início ou

meio da tarde, entre 14h e 16h (...). No passado,

esse pico era registrado entre 18h e 21h”.

“Segundo levantamento de competitividade do World Economic Forum

(WEF), o Brasil ocupa a 114ª posição entre 148 países

em termos de qualidade de infraestrutura, apesar de ser

classificado como o sétimo maior PIB mundial.”

“Os desdobramentos do aumento da população e as demandas da vida

moderna fizeram crescer significativamente o

número de supermercados, padarias, panificadoras com o conceito de conveniência,

restaurantes, bares, lojas de conveniência entre

outros estabelecimentos que necessitam de freezers,

expositores de bebidas, balcões comerciais e

diversos equipamentos de refrigeração.”

Índice

“HVAC-R é uma sigla para as palavras em inglês “heating, ventilation, air conditioning and refrigeration“, referindo-se às quatro funções principais “aquecimento, ventilação, ar condicionado e refrigeração”, intimamente relacionadas à tecnologia destinada

ao conforto ambiental interior em edifícios, veículos, processos industriais e ambientes controlados. Esta tecnologia passa a ser referida na forma escrita pelas siglas HVACR, HVAC/R, HVAC-R ou HVAC&R ou as correspondentes em português, que são

menos empregadas: AVACR, AVAC/R, AVAC-R ou AVAC&R.”

Page 5: Revista HVACR edição 02

Revista HVACR em Foco + Eficiência Energética

e Sustentabilidade

PublicaçãoDi Rienzo Comunicação & Eventos

Jornalista ResponsávelCristiane Di Rienzo

[email protected]

DiagramaçãoAndré Morganti

www.morganti.com.br

Impressão: Gráfica Leograf

Comercial55 11 3542-0203 / 07

AdministrativoDaniela Silva

[email protected]

Di Rienzo Comunicação & EventosRua Maestro Cardim, 377 cj15

Bela Vista - 01323-000São Paulo –SP

Tel: 55 11 3542-0202 / 03/ 07

Empresa Associada a Asbrav

Jornalista Responsável associada a Ashrae

É expressamente proibida a reprodução total ou parcial dos artigos desta publicação sem

autorização prévia.

As opiniões e conceitos emitidos pelos entrevistados ou em

artigos assinados não são de responsabilidade da Revista

HVACR em Foco e não expressam, necessariamente, a opinião

da diretorias da Di Rienzo Comunicação & Eventos.

Eleições: democracia e exercício nobre da cidadania

Nas atuais eleições brasileiras, há quase 25 mil candidatos, se considerarmos todos os cargos em disputa: presidente e vice-presidente, governador e vice-governador, senador e suplente, deputado federal e deputado estadual. Desse total, 17.785 concorrerão para a câmara dos deputados e 7.018, para os legislativos estaduais. Nos últimos anos, tem crescido muito o número de candidatos. Há 32 partidos registrados no Tribunal Superior Eleitoral. Os eleitores são 142,8 milhões.

É muito menos custoso para o eleitor obter informações sobre os candidatos aos cargos executivos, por serem menos numerosos, do que para os cargos legislativos. As eleições parlamentares, sobretudo para a Câmara dos Deputados e Assembleias Legislativas, casas que, junto com o Senado, serão renovadas nas próximas eleições, reúnem, em cada estado da federação, várias centenas de candidatos, distribuídos em três dezenas de partidos. Essa pulverização de candidatos facultada pelo sistema proporcional de lista aberta, que valoriza muito mais a competição entre indivíduos que entre legendas partidárias, deixa o eleitor médio perdido em um universo amplo de opções. Muitos eleitores decidem o voto na última hora, assim como tem sido comum o eleitor se esquecer em quem votou.

Na democracia brasileira, o Executivo não se origina do Legislativo. Há duas eleições paralelas nos pleitos de todas as unidades federativas, uma para o executivo e outra para o legislativo. Desconsiderando os votos brancos e nulos, o eleitor que tem preferência por um determinado candidato ao executivo federal ou estadual, deveria votar, para os cargos legislativos, por uma questão de coerência programática, ou em candidatos da mesma legenda partidária do seu voto para presidente ou governador ou em candidatos coligados a essa candidatura. Em caso contrário, poderá haver um descolamento muito grande entre os votos em candidatos ao Executivo e os votos em candidatos ao Legislativo.

No caso do Congresso Nacional, esse desalinhamento tem sido uma realidade. Tem havido alto índice de fragmentação partidária no Senado e na Câmara dos Deputados. As bancadas dessas duas casas legislativas distribuem-se em um número muito grande de partidos. Devido a isso, o presidente da República eleito precisa fazer coalizões com um amplo leque de partidos. A ciência política chama isso de presidencialismo de coalizão. Apesar das dificuldades da atual coalizão governista, que ocorreu também com governos anteriores, várias medidas importantes foram aprovadas no Congresso nesse ano de 2014, como o Marco Civil da Internet, o Supersimples, o Plano Nacional de Educação. Por outro lado, há também temas importantes, como a reforma política, que continuam travados. Outros temas mal têm aparecido no debate, mas seria recomendável que aparecessem. O atendimento das demandas dos eleitores depende não só dos Executivos, mas também da composição do Legislativo, em Brasília e nos estados. O eleitor consciente está convocado não só a comparecer às urnas, mas a fazê-lo criteriosamente, procurando informar-se para, entre outras coisas, manter uma mínima coerência interna nas múltiplas escolhas que faz na máquina de votação, escolhendo candidatos para o Executivo e o Legislativo, na União e nos estados, que estabeleçam entre si uma relação de coerência político programática, o que requer que o eleitor identifique o partido/coligação de um e de outro. Por outro lado, mesmo havendo 32 partidos, há ainda quem prefira anular o voto ou votar em branco. Seja essa preferência uma boa escolha ou não, também é um direito democrático.

Boa Leitura,

EDITORIALEXPEDIENTE

Page 6: Revista HVACR edição 02

■ 6 - Revista HVAC-R em Foco

Indústria de Transformação, implicações do Desempenho da RentabilidadeEconomia

Oestudo, realizado pelo Departamento de Competitividade e Tecnologia (Decomtec) da Fiesp, tem por objetivo avaliar se a rentabilidade e a margem de lucro da indústria, de 2008 a

2012, afetaram os investimentos industriais.

DECOMTE

Os dados de Margem Líquida, Rentabilidade, dentre outros, utilizados neste relatório referem-se às empresas que apuraram o IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) com base no Lucro Real. As informações provêm de publicação da Receita Federal do Brasil1.

1 Estudos Tributários. Dados Setoriais 2008/12. CETAD - Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros. Brasília: RFB, Agosto de 2014.

1. APRESENTAÇÃO

Relevância dos dados:

Dado o peso que as empresas do Lucro Real têm, seus indicadores podem ser utilizados como proxy do desempenho do setor.

Em 2012, as empresas que apuraram o IRPJ pelo Lucro Real responderam, na indústria de transformação, por:

• 88% do faturamento;

• 66% do número de funcionários;

• 79% da massa salarial;

• 88% da arrecadação de tributos federais;

• 98% das exportações e das importações.

Fonte: Estudos Tributários. Dados Setoriais 2008/12. CETAD - Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros. Brasília: RFB, Agosto de 2014

■ 6 - Revista HVAC-R em Foco

Page 7: Revista HVACR edição 02

Indústria de Transformação, implicações do Desempenho da RentabilidadeDECOMTEC

Conceito:

Retorno Sobre o Patrimônio Líquido (ROE)

• É calculado pela divisão entre o Lucro Líquido2 (LL) e o Patrimônio Líquido (PL);

• Exibe o retorno do capital próprio (PL) investido;• Patrimônio Líquido baseado em informações da DPJ;• “Os acionistas são os que mais se interessam em

acompanhar o desempenho desse indicador, uma vez que este se trata do retorno do investimento que foi feito, analisando se foi superior às outras alternativas ou se ultrapassou as taxas de rendimento do mercado financeiro”3

2. COMO FOI O RETORNO DOS INVESTIMENTOS NA INDÚSTRIA?De 2008 a 2012, o retorno acumulado da indústria foi de 47%, inferior ao do mercado financeiro. Por exemplo, a Renda Fixa gerou rendimentos de 62% no mesmo período. Em 2012, a rentabilidade da indústria foi inferior, inclusive, à rentabilidade de 2008, ano de início da crise financeira internacional na economia brasileira.

DECOMTEC

11

De 2008 a 2012, o retorno acumulado da indústria foi de 47%, inferior ao do mercado financeiro. Por exemplo, a Renda Fixa gerou rendimentos de 62% no mesmo período.Em 2012, a rentabilidade da indústria foi inferior, inclusive, à rentabilidade de 2008, ano de início da crise financeira internacional na economia brasileira.

2. Como foi o retorno dos investimentos naindústria?

As informações do ROE constantes neste relatório foram extraídas da DIPJ (Declaração de Informações Econômico-fiscais da Pessoa Jurídica) pela Receita Federal do Brasil. Sendo assim, os valores consideram informações de PL atualizadas.As informações do ROE constantes neste relatório foram extraídas

da DIPJ (Declaração de Informações Econômico-fiscais da Pessoa Jurídica) pela Receita Federal do Brasil. Sendo assim, os valores consideram informações de PL atualizadas.

2 Lucro Líquido já descontado dos tributos sobre a renda..3 WERNKE, Rodney. Gestão Financeira: Ênfase em Aplicações e Casos Nacionais/ Rodney Wernke. - Rio de Janeiro: Saraiva, 2008.

DECOMTEC

12

R$ 469milhões

R$ 624milhões

Retorno na Indústria

RetornoRenda Fixa47% 62%

InvestimentoR$ 1 bilhão

Fonte: RFB. ANBIMA. Elaboração DECOMTEC/FIESP.Valores nominais: não considera a inflação de 32%, segundo o IPCA.

Rentabilidade líquida acumulada entre 2008 e 2012

InvestimentoR$ 1 bilhão

• O desempenho da indústria brasileira, entre 2008 e 2012, sob o ponto de vista da Rentabilidade Patrimonial, não foi satisfatório;

• O investimento na indústria de transformação não superou a rentabilidade de aplicações financeiras mais conservadoras, como a Renda Fixa, Curto Prazo e Referenciado DI, cujos riscos são mais baixos;

• As aplicações financeiras geraram um alto retorno com baixo risco, contrastando com os investimentos na indústria, que deveriam gerar um retorno mais elevado por serem mais arriscados;

• Pelo desempenho da rentabilidade na indústria de transformação, conclui-se que ocorreu desestímulo aos investimentos no setor.

3. AS MARGENS DA INDÚSTRIA FORAM SATISFATÓRIAS?• A Margem Líquida expressa o percentual do lucro

líquido4 em relação ao faturamento;• É o que sobra ao empresário/acionista;• Pode ser entendido também como a porcentagem de

lucro líquido para cada unidade de receita auferida;• É um dos fatores que interferem nas decisões de

investimentos;• É por meio da margem que se contabilizam os

recursos disponíveis para novos investimentos;• Margens baixas frustram investimentos e derrubam

expectativas futuras.

4 Após a dedução de todas as despesas e do imposto de renda.

Page 8: Revista HVACR edição 02

■ 8 - Revista HVAC-R em Foco

Economia

• A margem líquida de 2,6% do ano de 2012 é praticamente três vezes menor do que a de 2010;

• É o pior desempenho na série, sendo inferior à margem de 2008;

• A margem líquida apresenta queda desde 2009, reduzindo o lucro líquido por unidade de receita, o que reduz disponibilidade de recursos para novos investimentos, além de influir negativamente nas expectativas dos empresários

Fonte: Receita Federal do Brasil.

DECOMTEC

17

As margens da indústria foram satisfatórias?

• A margem líquida de 2,6% do ano de 2012 é praticamente três vezes menor do que a de 2010

• É o pior desempenho na série, sendo inferior à margem de 2008.• A margem líquida apresenta queda desde 2009, reduzindo o lucro líquido por unidade de

receita, o que reduz disponibilidade de recursos para novos investimentos, além de influir negativamente nas expectativas dos empresários

Fonte: Receita Federal do Brasil. Elaboração DECOMTEC/FIESPMargem Líquida: Lucro Líquido / Receita Líquida de Vendas

2,7

7,7 7,5

4,22,6

2008 2009 2010 2011 2012

Em % RLV

Margem Líquida da Indústria de Transformação 2008-2012

DECOMTEC

20

6,36%

6,50%

6,31%

6,19%

5,97%

2008 2009 2010 2011 2012

Investimentos* da Indústria de Transformação sobre a receita líquida de vendas (RLV) – Brasil – 2008-2012

As quedas da rentabilidade e da margem de lucroforam acompanhadas pela redução relativa dosinvestimentos em relação à RLV.

Fonte: Pesquisa Industrial Anual (IBGE). Elaboração DECOMTEC/FIESP* Investimentos líquidos provenientes da soma entre as aquisições e melhorias, deduzindo-se as baixas.

Desembolsos do BNDES à Indústria de Transformação

DECOMTEC

22

39%

44%46%

29% 29% 28%

2008 2009 2010 2011 2012 2013

Os desembolsos do BNDES à Indústria caíram emrelação ao total de desembolsos do banco . . .

Fonte: BNDES. Elaboração DECOMTEC/FIESP.

Desembolsos do BNDES à Indústria de Transformação em relação ao total de desembolsos aos setores (%)

DECOMTEC

23

2,23%

3,98%

4,41%

2,05% 2,15%

2008 2009 2010 2011 2012

Fonte: BNDES. Pesquisa Industrial Anual (IBGE) Elaboração DECOMTEC/FIESP.

. . . e estão em queda em relação à Receita Líquidade Vendas da Indústria de Transformação . . .

Relação entre os desembolsos do BNDES para a Indústria e a RLV (%)

DECOMTEC

24

R$ 47,1

R$ 76,2

R$ 92,2

R$ 45,1R$ 48,6

R$ 54,0

2008 2009 2010 2011 2012 2013

... e também estão menores em valores reais.

Fonte: BNDES. IPCA (IBGE). Elaboração DECOMTEC/FIESP.

Valores dos desembolsos do BNDES à Indústria de Transformação em valores de 2013

R$ bilhões (IPCA 2013)

■ 8 - Revista HVAC-R em Foco

Page 9: Revista HVACR edição 02

Investimento Direto Estrangeiro (IDE) destinados a empreendimentos na Indústria de Transformação

DECOMTEC

26

31,5%

42,5%40,5%

38,6%36,7%

30,8%

2008 2009 2010 2011 2012 2013Fonte: Banco Central do Brasil. Elaboração: DECOMTEC/FIESP.

Desde 2009 há retração nos investimentos estrangeiros destinado à indústria de transformação

O IDE destinado a investimento na indústria de transformação representava 42,5% do total de IDE em 2009, mas recuou para 30,8% em 2013.

Participação dos fluxos de IDE destinado à Indústria de Transformação no total dos fluxos destinados ao Brasil

DECOMTEC

27

13,0

4,6

16,3

10,3

6,5

10,0

17,4

13,6 14,7

32,0 31,4

23,9

14,0 13,5

21,3

26,8

22,2

15,2

2008 2009 2010 2011 2012 2013Agropecuária e Extrativa Serviços* Indústria

Fonte: Banco Central do Brasil. Elaboração: DECOMTEC/FIESP.* Inclui Construção e Serviços de Utilidades Públicas.

Além da perda de participação no IDE, os valores em dólares também caíram.

• Em valores, os investimentos diretos estrangeiros (IDE) destinados a investimentos na indústria de transformação estão em queda desde 2011.

• Em 2013, o total de IDE destinado à Indústria de transformação foi de US$ 15,2 bi, muito próximo dos anos de 2008/09, quando havia os efeitos da crise financeira internacional.

Investimento Direto Estrangeiro US$ bilhões

Considerações Finais

• O desempenho da indústria brasileira, entre 2008 e 2012, sob o ponto de vista da Rentabilidade Patrimonial, não foi satisfatório.

• O retorno do investimento na indústria de transformação não superou a rentabilidade de aplicações financeiras mais conservadoras, como a Renda Fixa.

• A margem líquida de lucros caiu, refletindo em menos recursos para reinvestimentos.

• Ocorreu a queda dos investimentos na indústria em relação às receitas líquidas de vendas nos últimos anos.

• O Investimento Direto Estrangeiro no setor industrial diminuiu.

• Os desembolsos do BNDES à indústria de transformação também caíram nos últimos anos.

• ↓ Rentabilidade e redução de recursos = desestímulo ao reinvestimento na indústria

José Ricardo Roriz CoelhoVice Presidente da FIESP, Diretor Titular do Departamento de Competitividade e Tecnologia - DECOMTEC DECOMTEC Departamento de Competitividade e Tecnologia

Page 10: Revista HVACR edição 02

■ 10 - Revista HVAC-R em Foco

Horário de verão sinaliza economia e ganho de qualidade de vida

Com o início do Horário de Verão, o adiantamen-to dos horários dos relógios alcançam as regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Distrito Federal. Esta atual edição se estenderá por 126 dias, ter-

minando no dia 22 de fevereiro de 2015, quando os reló-gios devem retornar ao horário normal.

O Horário de Verão está incorporado à cultura das re-giões e o brasileiro já se acostumou com essa medida. No Brasil, a medida foi instituída pela primeira vez em 1931, reeditada por mais dois anos, ficando sem utiliza-ção até o ano de 1949. A partir daí, mais quatro edições foram lançadas. Na década de 60, vigorou por cinco anos subsequentes – de 1963 a 1968. A sociedade brasileira passou a conviver rotineiramente com o horário especial a partir de 1985.

A adoção do horário especial atende a necessidade conjuntural de oferta de energia elétrica, contribuindo para a otimização da capacidade de fornecimento do sis-tema, e também equivale a uma boa oportunidade para

investir na melhoria da qualidade de vida. O tempo maior de luz natural propicia mais tempo para atividades físicas ao ar livre e lazer.

O objetivo principal da medida, no entanto, é a re-dução da demanda máxima do Sistema Interligado Nacional no período de ponta, que se estende, nor-malmente, das 18 às 21 horas. É nesse momento que o sistema atinge o seu pico de carga, ou seja: todos aumentam o consumo de energia ao mesmo tempo. Entram em funcionamento o serviço de iluminação pú-blica nas cidades, são acionados luminosos comerciais e aumenta o consumo de energia elétrica nas residên-cias, pela maior utilização de chuveiros e aparelhos como ar condicionado.

Com o Horário de Verão, há um deslocamento nos ho-rários em que o consumidor faz uso da energia elétrica, pela mudança de hábitos da população e pela entrada tardia da Iluminação Pública no sistema.

Eficiência Energética

A atual edição do Horário de Verão se estenderá por 126 dias, encerrando-se em 22 de fevereiro do próximo ano. Marco Antonio Villela de Abreu, diretor de

Operações da Distribuição da CPFL Energia, explica no artigo publicado no site do SindiEnergia que é estimada uma redução de 0,51% no consumo de energia elétrica

nas nove distribuidoras que fazem parte do Grupo.

ESTADOS COM HORÁRIO DE VERÃO

Distrito Federal . . . . . . . . . . . . . . . . . . .DFEspírito Santo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ESGoiás . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . GOMato Grosso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .MTMato Grosso do Sul . . . . . . . . . . . . . . MSMinas Gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . MGParaná . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . PR

Rio de Janeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . RJ Rio Grande do Sul . . . . . . . . . . . . . . . . RSSanta Catarina . . . . . . . . . . . . . . . . . . .SC São Paulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . SP

Período de Duração20/10/2014 a 16/02/2015

■ 10 - Revista HVAC-R em Foco

Page 11: Revista HVACR edição 02

HORÁRIO DE VERÃO COMEÇA EM MEIO A CRISE NO SETOR ELÉTRICO“País enfrenta queda acentuada no nível de reservató-

rios de hidrelétricas. Horário de verão deve levar a econo-mia de água de 0,4%, diz governo”.

Em meio ao agravamento da situação nos reservató-rios das principais hidrelétricas do país, entrou em vigor no último dia 19, o horário de verão. A expectativa do go-verno é que a redução no consumo de energia no período contribua com uma queda de 0,4% no uso da água dessas represas.

Economia de águaPara especialistas do setor elétrico, a economia de

água dos reservatórios das hidrelétricas, apesar de pe-quena, é importante diante do cenário de crise. Por conta da falta de chuvas, no dia 16 de outubro, o nível nos re-servatórios do Sudeste e Centro-Oeste, que respondem por 70% da capacidade do país de gerar energia, estava em 22,09%, o pior resultado para essa época desde 2001, quando o Brasil passou por racionamento.

“Essa economia [de 0,4%] não é de se jogar fora diante da atual circunstância”, diz Roberto Brandão, pesquisador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), da Univer-sidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

“Os benefícios não são gigantescos, mas ainda são significativos, continua valendo a pena. Qualquer econo-mia de água dos reservatórios é válida”, diz o presidente do Instituto Acende Brasil, Claudio Sales.

De acordo com dados do Operador Nacional do Sis-tema Elétrico (ONS), entre 2010 e 2014 o horário de verão resultou em economia de R$ 835 milhões para os consu-midores, devido à eletricidade que deixou de ser gerada pelo uso da luz do sol. Para a edição 2014/2015 do horário de verão, a economia estimada é de R$ 278 milhões, 31% menos do que na edição passada (R$ 405 milhões).

Esses valores, porém, são muito pequenos diante dos gastos do setor elétrico e não chegam ter impacto nas contas de luz. Apenas os empréstimos bancários para fa-zer frente aos gastos extras no setor elétrico em 2014 vão custar aos consumidores R$ 26,6 bilhões, de acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU).

BenefíciosAlém da economia de energia, o governo defende a ma-

nutenção do horário de verão alegando que a medida evita investimentos de cerca de R$ 4 bilhões ao ano, com mais geração e sistemas de transmissão de eletricidade. Segun-do o Ministério de Minas e Energia, ele permite um melhor aproveitamento da luz solar e “maior racionalidade no uso da eletricidade.” Outra vantagem, diz o Ministério, é o aumento da segurança do sistema elétrico e maior flexibilidade para a realização de manutenções, além de redução da pressão sobre o meio ambiente e nas tarifas cobradas pelo serviço.

Consumo na pontaEntretanto outro efeito do horário de verão, que é o de

evitar picos de consumo de energia no chamado horário de ponta (entre 18h e 21h), “perdeu um pouco da relevân-cia” nos últimos anos, aponta Roberto Brandão, da UFRJ.

Por conta do aumento no uso de sistemas e de apa-relhos de ar-condicionado no país, mais recentemente os picos de consumo de eletricidade durante o verão come-çaram a ser registrados no início ou meio da tarde, entre 14h e 16h. Na quinta (16), por exemplo, ele aconteceu às 14h47, informou Brandão.

No passado, esse pico era registrado entre 18h e 21h, devido ao aumento do consumo gerado pelo uso de ele-trodomésticos quando as pessoas saem do trabalho e vol-tam para as suas casas, junto com a iluminação pública nas cidades. “Nos últimos anos, o horário de verão per-deu um pouco da sua relevância porque houve mudança no padrão de horário de ponta no Brasil”, diz o pesqui-sador. Ele aponta, porém, que continua sendo importante equilibrar a demanda por energia no fim do dia.

Para o professor de engenharia elétrica da Universi-dade de Brasília (UnB), Rafael Shayani, o horário de verão continua sendo importante para “evitar a sobrecarga” do sistema elétrico durante o verão e até mesmo apagões. “O horário de verão é necessário na medida em que a demanda por energia no Brasil está crescendo e o setor elétrico não consegue acompanhá-la. Ela visa evitar um apagão”, diz ele.

Além desse efeito há ainda, é claro, queda no con-sumo. A CPFL Energia estima uma redução da ordem de 0,51% no consumo de energia elétrica nas nove dis-tribuidoras que fazem parte do Grupo. Essa economia de consumo alcançará 108.795 MWh, volume suficiente para atender uma cidade do porte de Campinas durante 11 dias, Sorocaba durante 18 dias, ou Caxias do Sul por 23 dias.

No horário de pico, há expectativa de uma redução de 3,8% na demanda de energia. Adotado em mais de

30 países, o Horário de Verão já é uma medida aprovada por grande parte da população, consciente de que, com a alteração de hábitos cotidianos, pode alcançar bons resultados. O início de mais um período do Horário de Verão deixa a lição de que com pouco esforço é possível obter mais qualidade de vida e soluções que beneficiam uma coletividade.

*Marco Antonio Villela de Abreu é diretor de Operações da Distribuição da CPFL Energia

Page 12: Revista HVACR edição 02

■ 12 - Revista HVAC-R em Foco

HVACR em Foco

UFSC assina contrato com Embraco e BNDES A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Embraco, fabricante no segmento de compressores herméticos para refrigeração, com sede em Joinville, realizaram ato de assinatura de contrato para viabilizar o desenvolvimento de pesquisas com o objetivo de aumentar a eficiência energética e a sustentabilidade na produção de compressores. O projeto, com orçamento total de R$ 25 milhões, será executado com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da própria Embraco. “Trata-se de um marco nas relações da UFSC com as indústrias de nosso Estado e no País. Em primeiro lugar porque é o maior contrato nestes termos celebrado pela Universidade com uma empresa e, em segundo lugar, porque significa um novo patamar na relação que mantemos com a Embraco há mais de 30 anos”, afirmou o Pró-Reitor de Pesquisa da UFSC, Jamil Assreuy.

“Nossa parceria consistente com a UFSC é referência não apenas no Brasil, mas em todo o mundo e já resultou no desenvolvimento de tecnologias que possibilitaram a produção de compressores inovadores.”, destaca Lainor Driessen, vice-presidente de Pesquisa e Desenvolvimento e Operações da Embraco.

O projeto, coordenado pelo professor Aloisio Nelmo Klein, do Departamento de Engenharia Mecânica, será desenvolvido pelo Laboratório de Materiais (LABMAT) em parceria com pesquisadores de outros laboratórios da UFSC - LabMetro, Laboratório de Vibrações e Acústica (LVA), POLO – Laboratórios de Pesquisa em Refrigeração e Termofísica e o Laboratório de Mecânica de Precisão (LMP) -, no prazo de três anos. Uma equipe com 116 participantes - 12 professores, quatro pesquisadores, três engenheiros, 12 técnicos, 19 doutorandos, 26 mestrandos e 40 graduandos – desenvolverá as atividades.

Além das pesquisas para aumentar a eficiência de compressores, será criado o Laboratório de Prototipagem e Produção de Lotes Pilotos (LP3). Este laboratório permitirá que a solução tecnológica desenvolvida seja entregue praticamente pronta para o mercado por meio do parceiro industrial ou de novos clientes de outros setores que identifiquem a solução como um benefício aos seus produtos e/ou processos.

Com o projeto o LABMAT passará a dispor de uma infraestrutura laboratorial completa, possibilitando um salto qualitativo nas pesquisas e nas suas relações com as indústrias. “Estaremos em condições de produzir e testar os novos materiais, passando por todas as etapas que fazem parte do processo de inovação: formulação do material, do projeto de componente, prototipagem e produção de lotes pilotos (milhares de peças) para viabilizar a homologação do novo material e seu processo de fabricação”, explica Aloisio Klein, professor do Departamento de Engenharia Mecânica e coordenador do LABMAT. A partir deste projeto, segundo Klein, haverá o fortalecimento de um polo de pesquisa em materiais, com uma equipe multidisciplinar e sinergicamente integrada na UFSC.

Laboratório de Materiais O LABMAT, criado em 1988, conta com uma equipe de nove doutores em Engenharia, quatro doutores em Física e dois doutores em Química. Possui uma área de laboratório de 600 metros quadrado, situado no Departamento de Engenharia Mecânica da UFSC. O LABMAT possui grande experiência nas áreas de metalurgia do pó, processamento de materiais via processos assistidos por plasma, bem como, em polímeros. Desenvolve projetos financiados pelo BNDES, FINEP, CAPES, CNPq, em parceria com empresas. Por exemplo, com a Embraco de Joinville existe uma parceria continuada desde 1988. Possui infraestrutura diferenciada na área de pesquisa de materiais com destaque no projeto e construção de equipamentos de processamento por plasma, realizados totalmente com tecnologia nacional no LABMAT, disponibilizando estas soluções a indústria que dependiam de tecnologia importada.

O LABMAT possui ainda infraestrutura diferenciada em análise e caracterização de materiais, destacando-se em equipamentos para caracterização tribológica (tribômetros, interferômetros, microscopia Raman, GDOES), microestrutural (microscopia, DRX), análises térmicas (STA – Análise termogravimétrica, dilatometria). Além destas áreas está dotado também de infraestrutura de processamento como unidades de manipulação e de mistura de pós, prensas de compactação, injetora, fornos e reatores diversos (em escala laboratorial e escala piloto). Ao longo dos últimos 26 anos depositou várias patentes Internacionais e nacionais e mais de 200 mestres e doutores realizaram dissertações ou teses em suas instalações e orientadas pelos seus pesquisadores.

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Page 13: Revista HVACR edição 02

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Page 14: Revista HVACR edição 02

■ 14 - Revista HVAC-R em Foco

Heatcraft promove Treinamento Técnico Industrial em São José dos Campos As inscrições para o Treinamento Técnico Industrial estão abertas e os interessados já podem efetivar a par-ticipação para o curso que acontece de 17 a 21 de novembro na planta da Heatcraft, em São José dos Campos, e será destinado a instaladores, mecânicos e profissio-nais de refrigeração industrial. Os participantes terão au-las práticas e teóricas, nas dependências da Heatcraft e a programação conta com temas como Ciclo de Refrige-ração Industrial, Instalação de Obras, Seleção de Racks e Compressores, Compressores Digitais, Tubulações/ Isolamentos, Motores EC, Controladores e teste final.

O curso é ministrado pelo especialista em refrige-

ração do Senai Oscar Rodrigues Alves, André Lago, que conta com mais de 20 anos de experiência no mercado.

O investimento para participar é de R$ 950,00 e a inscrição pode ser confir-mada por transferência bancária ou via

PagSeguro em até 10x no cartão de crédito. As inscri-ções feitas até 02 de novembro terão desconto e sairão por R$ 950,00.

No valor está incluso material didático e traslados do hotel para a fábrica, além de almoço, uma partida de fu-tebol e uma noite de happy hour.

Para obter mais informações e realizar a inscrição, entre em contato pelo email [email protected].

Danfoss promove curso gratuito de Refrigeração Aplicada no Senai A Danfoss apoia o curso de treina-mento de refrigeração comercial oferecido pelas Escolas Senai de Goiás e do Amazonas.

A iniciativa promove a capacita-ção e o treinamento de profissionais para realização das boas práticas na refrigeração comercial para super-mercados e tem foco na redução de vazamentos de fluidos frigoríficos. O treinamento tem duração de 24 ho-ras e faz parte da primeira etapa do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs, coordenado pelo gover-no federal por meio do Ministério do Meio Ambiente.

As aulas acontecem até o fim do ano nas Escolas do Senai em

Goiânia, Rio Verde, Itumbiara, Ca-talão, Niquelândia e Minaçu, em Goiás. Já as aulas de Manaus ocor-rem na Senai Antônio Simões. Em ambos estados há turmas no perí-odo da manhã, tarde ou à noite. Os interessados na programação de Goiás devem mandar email para o professor Wilson Pereira dos Anjos ([email protected]) ou contatá-lo pelo telefone (62) 3235 8100.

Para saber sobre a programação em Manaus, contatar o professor Rildo Mota Cordovil pelo telefone (92) 3182-9963 ou pelo email [email protected].

A ação faz parte do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs--PBH, que é coordenado pelo Minis-tério do Meio Ambiente. A entidade responsável pela implementação do Programa de Treinamento é a Cooperação Alemã para o Desen-volvimento Sustentável por meio da Deutsche Gesellschaft für Interna-tionale Zusammenarbeit (GIZ), com o apoio da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

Indústrias Tosi, novo endereço O escritório Comercial da Indústrias Tosi em São Pau-lo mudou. O novo endereço é Rua Trípoli, 92 – 5º andar – conjuntos 55 e 56, na Vila Leopoldina, CEP: 05303-020. Os números de telefone continuam os mesmos: (11) 3643-0433

“Informação e Inovação onde sua empresa precisa”

HVACR em Foco

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Técnico de Refrigeração e Climatização – Curso Gratuito O técnico de Refrigeração e Climatização tem por obje-tivo habilitar profissionais em elaboração e supervisão de projetos de instalação e manutenção de equipamen-tos em indústrias, empresas e oficinas da área de refri-geração e climatização, fundamentando suas ações em requisitos de sistemas de qualidade e na preservação ambiental.

Duração: 1.500 horas (2 anos)

Dias e horários das aulas

• Segunda a sexta-feira das 08h às 12h (manhã).

• Segunda a sexta-feira das 13h às 17h (tarde).

• Segunda a sexta-feira das 18h45min às 22h45min (noite).

Procedimentos para inscriçõesAcessar o site: www.sp.senai.br/processoseletivo.

Preencher os campos solicitados, imprimir o boleto e pa-gar a taxa de inscrição em qualquer agência bancária. Ao fazer a inscrição você poderá imprimir o manual do candidato.

Pré-requisitos

• Turnos da manhã e tarde: necessário que o candida-to esteja cursando, no mínimo, a 2ª série do ensino médio.

• Turno da noite: necessário que o candidato tenha o ensino médio concluído.

Período de inscriçõesDas 14h do dia 13/10/2014 às 21h do dia 27/10/2014.

Prova de seleçãoSerá aplicada em 16/11/2014.

Mais InformaçõesEscola SENAI “Oscar Rodrigues Alves”

Rua Mil Oitocentos e Vinte e Dois, 76 - Ipiranga - São Paulo

Próximo a Estação Ipiranga de Trem - CPTM

Tel / Fax: 11 2065-2810

http://refrigeracao.sp.senai.br

Escola de Rio Preto prepara técnicos para multiplicar operação que preserva camada de ozônio O CTRC - Centro de Treinamento em Refrigeração e Cli-matização, instituição de ensino técnico estabelecida em São José do Rio Preto (SP), no interior do estado de São Paulo, realizou em sala de aula uma operação de Retro-fit* envolvendo dois equipamentos de ar condicionado residencial. Sob a supervisão do professor Américo Mar-tins, os alunos do módulo II de Manutenção Avançada do CTRC realizaram a substituição do fluido refrigerante HCFC-22, ou R-22, que degrada a camada de ozônio, pelo produto alternativo ambientalmente aceito. “O tra-balho foi um sucesso. O funcionamento dos aparelhos se mostra bem acima de nossas expectativas.”, destaca o professor Américo Martins.

O professor Martins assinala que a escola incluirá os procedimentos de Retrofit em todos os treinamentos. “Os alunos sairão daqui aptos a atender bem ao mercado e ao mesmo tempo dar contribuições relevantes para a preser-vação da camada de ozônio”, acrescenta Martins.

O Centro de Treinamento em Refrigeração e Climatiza-ção mantém uma parceria com a empresa Refrigeração Ca-cique, distribuidora da DuPont para a região de São José do Rio Preto, na realização dos treinamentos de Retrofit, segundo explica Américo Martins Junior, representante da instituição. “Nós sempre buscamos trazer aos nossos alu-nos o que há de mais novo em tecnologias e fluidos refri-gerantes”, finaliza Américo Júnior.

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Page 16: Revista HVACR edição 02

■ 16 - Revista HVAC-R em Foco

Giro da Engenharia

KPMG: 15 projetos de infraestrutura mais importantes para o Brasil

“Foram analisados 1.566 projetos concluídos ou em andamento no país, divididos nos segmentos de energia; petróleo e gás; transporte; saneamento; telecom; infra-estrutura social; e mobilidade urbana”, elencou o sócio da KPMG e líder para Governo e Infraestrutura, Mauricio Endo.

Os projetos foram, então, classificados de acordo com os pilares das megatendências apontadas no “Futuro do Estado 2030”, que são: mudanças demográficas; ascen-são das classes sociais; inclusão tecnológica; economias interligadas; dívida pública; alterações no poder econô-mico das nações; mudanças climáticas; escassez de re-cursos; e urbanização.

“Foi um trabalho longo e intenso realizado pela KPMG e Exame. Segundo levantamento de competitividade do World Economic Forum (WEF), o Brasil ocupa a 114ª posi-ção entre 148 países em termos de qualidade de infraes-trutura, apesar de ser classificado como o sétimo maior PIB mundial. Estes 15 projetos foram selecionados, pois podem ajudar o país a melhorar no ranking do WEF, além de servir como modelo para ajudar a enfrentar os desa-fios das nove megatendências”, analisa Endo.

Impulsionadas pelos desafios oriundos da rápida urba-nização e tendo como base o estudo “Futuro do Esta-do 2030”, que aponta as nove megatendências que vão impactar os programas governamentais, a KPMG

e a Revista Exame apontaram os 15 projetos de infraes-trutura mais importantes para o Brasil. São eles, em or-dem de classificação:

Projetos:• Concessão Aeroporto Internacional de Viracopos;• Saneamento Região Metropolitana do Recife (COM-

PESA); • Linha 6-Laranja do Metrô de São Paulo;• Tratamento e Abastecimento de Água São Lourenço

(SABESP); • Concessão da Usina Hidrelétrica de Belo Monte e res-

pectiva linha de transmissão;• Habitação de Interesse Social em São Paulo; • Ferrovia Norte-Sul;• Smart Grid Light;• Plano Nacional de Melhoria da Qualidade - Plano de

Investimentos das Operadoras de Serviço Móvel Pes-soal 2012-2014 (TIM, Vivo, Claro e Oi);

• Ferroanel São Paulo – Tramo Norte; • Campo de Libra (Pré-Sal);• Metrô de Salvador;• Concessões da Rodovia BR-163; • Usina Hidrelétrica de São Luiz do Tapajós;• 29 Sondas de Perfuração Marítima em Águas Profun-

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■ 16 - Revista HVAC-R em Foco

Page 17: Revista HVACR edição 02

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Page 18: Revista HVACR edição 02

■ 18 - Revista HVAC-R em Foco

Giro da Engenharia

Pouco se difunde tal informação, mas o Brasil é uma das nações mais avançadas em quantida-de de construções sustentáveis. Estamos em terceiro lugar, atrás dos Estados Unidos e Chi-

na. O ranking é do Green Building Council (GBC), cujo capítulo nacional sediou em São Paulo, em agosto, o congresso mundial da organização, presente em mais de cem países. Cresce em todo o Planeta o esforço na direção dos edifícios verdes. São mais de 140 mil edificações em processo de certificação, somando um bilhão de metros quadrados. Há 27 mil empresas suportando esse movimento supranacional e milhares de voluntários dedicados à causa.

Aqui, não tem sido diferente. Informações do GBC Brasil mostram um cenário de padronização dos con-ceitos de construção sustentável. Há uma crescente busca pela certificação por parte de prédios comer-ciais e industriais. Na visão da entidade, conforme se observa em conteúdos veiculados em seu website, o momento é oportuno para um alinhamento com políti-cas públicas de incentivo nas esferas federal, estadu-al e municipal e a disseminação desses conceitos no âmbito dos empreendimentos residenciais. Estamos falando de soluções como a captação, armazenamen-to e uso da água das chuvas e redução do consumo de energia, com melhores condições de luminosidade natural, lâmpadas de baixo consumo e aparelhos ele-trodomésticos econômicos.

Contraponto – As legislações ambientais brasileiras, porém, parecem desconsiderar essa vocação nacional para a sustentabilidade das edificações, pois é extrema-mente restritiva e tende a inverter a lógica jurídica uni-versal de que todo mundo é inocente até que se prove a culpa ou dolo. Nosso arcabouço legal parece partir do pressuposto de que todos os projetos urbanísticos, ar-quitetônicos, residenciais, hoteleiros, empresariais ou até mesmo bairros planejados, que são um avanço em termos de sustentabilidade, já nascem estigmatizados pelo peca-do original da má intenção contra ecossistemas e biomas. A aprovação ambiental de projetos é lenta e muito buro-cratizada. Até mesmo empreendimentos emblemáticos quanto à sustentabilidade, aprovados, licenciados e que já receberam prêmios nacionais e internacionais nessa área, são judicialmente impedidos de conclusão, sob justificati-vas que não resistem à análise lógica e à comparação com questões semelhantes nos países desenvolvidos. Há na-ções nas quais se constroem hotéis e outros empreendi-mentos em santuários ecológicos. São projetos alinhados à preservação e à economia de energia e água, inclusive contribuindo para a proteção da área. Além disso, geram empregos, renda e arrecadação pública. Aqui, é impensá-vel algo semelhante. Assim, é extraordinário que tenha-mos conquistado a medalha de bronze na quantidade de projetos sustentáveis. É para se indagar: em que posição estaríamos se nossas legislações ambientais os incenti-vassem, em vez de restringi-los?

■ 18 - Revista HVAC-R em Foco

Construções sustentáveis precisam de legislações sustentáveis

Edifício centenário ganha selo comemorativo

Selo comemorativo é lançado em homenagem aos 120 anos do Centro Histórico e Cultural Mackenzie (CHCM), imóvel tombado em 1990 pelo Patrimônio Histórico e Cultural de São Paulo e que abrigou a primeira escola privada de Engenharia do país. O prédio construído entre 1894 e 1896, constituía uma forte presença no cenário da época, pois além da localidade nobre ao qual pertencia, ainda

seguia o alto padrão das construções que se desenvolviam em Higienópolis.A história do edifício número 1 do campus Higienópolis está ligada a John Theron Mackenzie, benemé-

rito que possibilitou sua construção e a expansão em todos os aspectos do que viria a se tornar o Instituto Presbite-riano Mackenzie, que carrega este nome em sua homenagem.

Após restauração em 2004, o edifício passou a receber mensalmente exposições e atividades culturais abertas ao público, dentre elas: musicais, saraus, debates e lançamentos de livros.

A Universidade Presbiteriana Mackenzie está entre as 100 melhores instituições de ensino da América Latina, segunda a pesquisa QS Quacquarelli Symonds University Rankings, uma organização internacional de pesquisa educacional, que avalia o desempenho de instituições de ensino médio, superior e pós-graduação.

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40Anos

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esteve presente

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■ 20 - Revista HVAC-R em Foco

Capa

Mercado em ExpansãoParte IIpor Cristiane Di Rienzo

■ 20 - Revista HVAC-R em Foco

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Na edição passada, a primeira parte da matéria inti-tulada, “Refrigeração, Um direito do Consumidor”, mostrou que o aumento da população urbana e as demandas da vida moderna são os dois fato-

res chaves para o desenvolvimento no setor de refrigera-ção comercial no mundo.

Nesta segunda parte, a reportagem enfoca a utiliza-ção cada vez mais crescente das tecnologias desse se-tor. E a tendência é que as coisas continuem assim. Os desdobramentos do aumento da população e as deman-das da vida moderna fizeram crescer significativamente o número de supermercados, padarias, panificadoras com o conceito de conveniência, restaurantes, bares, lojas de conveniência entre outros estabelecimentos que neces-sitam de freezers, expositores de bebidas, balcões co-merciais e diversos equipamentos de refrigeração.

A tendência de expansão nesse segmento não ocorre apenas no Brasil. De acordo com um estudo da consulto-ria Transparency Market Research, o mercado global de equipamentos de refrigeração comercial crescerá 60% entre 2012 e 2018, o que significa uma média superior a 8% ao ano. Os dados apontam para a Ásia como a região com maior crescimento, mas a América Latina também tem ótimas perspectivas, em função de novas necessi-dades de uso da refrigeração comercial. “O crescimento das atividades comerciais envolvendo produtos alimentí-cios que necessitam da refrigeração é a principal causa dessa demanda maior. O desenvolvimento econômico e a expansão do turismo também contribuem para esse crescimento”, diz a pesquisa.

Bola da VezA refrigeração comercial pode ser descrita como “a bola da vez” no mercado, pois existe um amplo espaço para ser explorado. O seu desenvolvimento está diretamente ligado às transformações no modo de vida das pessoas. Há cada vez mais gente vivendo nas cidades e com me-nos tempo para se dedicar à preparação das refeições. Isso leva, por exemplo, à maior utilização de alimentos congelados, prontos ou parcialmente preparados.

Ao mesmo tempo, quando dispõem de maior renda, essas pessoas querem desfrutar das comodidades e compensações da vida moderna, como comer fora, to-mar um sorvete, encontrar-se com os amigos em um bar entre outras oportunidades.

Como reflexo, há um forte crescimento do número de montadoras de equipamentos. Hoje, dezenas de empre-sas, em todos os cantos do Brasil, se dedicam a produzir freezers, expositores, balcões entre outros equipamen-tos que atendem às necessidades dos mais diversos ti-pos de estabelecimentos comerciais.

Os atuais refrigeradores comerciais buscam, cada vez mais, incorporar recursos e tecnologias que os tornem

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■ 22 - Revista HVAC-R em Foco

Capamais duráveis, mais eficientes do ponto de vista energé-tico e mais sustentáveis.

Ao mesmo tempo, existe uma crescente preocupa-ção com o design dos equipamentos. Um dos objetivos é torná-los mais bonitos e chamativos, o que inclui, por exemplo, o uso de cores fortes. Além disso, pretende--se facilitar a sua utilização, aumentar sua praticidade e proporcionar possibilidades de interação com o usuário.

Dentre os fatores que impulsionam o mercado, pode-se citar:

• Evolução contínua da tecnologia;

• Novas tendências no consumo de alimentos;

• Crescimento do comércio de alimentos em geral;

• Expansão das cadeias de supermercados;

• Fortalecimento das redes de fast food;

• Aumento das exportações de alimentos processa-dos, frutos do mar, frutas e vegetais frescos.

Fonte: Transparency Market Research

OportunidadesO potencial do segmento de refrigeração comercial deve ser considerado por todos os profissionais e empresas que atuam no setor. Além das montadoras e dos fabrican-tes de peças e componentes, que já estão trabalhando fortemente no desenvolvimento e lançamento de novos produtos, há muito espaço para a atuação de dois outros públicos: as revendas especializadas e os refrigeristas. Com a maior utilização de equipamentos de refrigeração comercial, já cresceu também a demanda por peças e componentes, por orientação especializada, por servi-ços de manutenção preventiva e corretiva. O mercado está sempre mudando e abrindo novas oportunidades. O aumento da utilização da refrigeração comercial é um exemplo muito claro disso. É preciso, portanto, estar atento às tendências e se preparar para enfrentar novos

desafios, aprendendo e se atualizando constantemente. O gerente de vendas para supermercados da Heatcraft do Brasil, empresa que atende soluções completas para este segmento, Armando Coelho, concor da e acrescen-ta; “ É exatamente isso, que faz com que o crescimento na parte de resfriados e congelados numa loja seja na or-dem de 10 a 15% ao ano. Em uma loja, no que diz respei-to ao faturamento na parte de resfriados e congelados, há dez anos chegásse a marca dos 30 por cento, atual-mente esse número é o dobro: 60 por cento”. Indagado se esses números atendem a escala mundial, Armando Coelho responde que sim; “Apesar que lá fora o mercado é mais maduro”, analisa.

Mercado NacionalDentre os pontos crescente para aplicação de Refrige-ração Comercial, destaque para os supermercados e as panificadoras. Hoje, elas são sinônimos de locais confor-táveis, acolhedores, onde é possível tomar um café, fazer um lanche ou degustar um bufê de sopas entre outras opções, sentado à mesa, como se estivesse em um res-taurante. Isso porque o setor despertou para novas ten-dências, se adaptou, cresceu e apareceu. Tanto que nele não há crise, ao contrário, seus empresários só falam em crescimento constante. Segundo o Sebrae Nacional, “a panificação e confeitaria é o segundo setor que mais cresce no Brasil, no segmento de foodservice (alimenta-ção fora do lar)”. Segundo o órgão, em 1999, foram aten-didos 36,4 milhões de clientes, hoje esse número saltou para 50 milhões de clientes diários nas padarias do País (cerca de 25% da população), que servem 10,5 milhões de refeições/dia.

Aproximadamente 63,2 mil panificadoras compõem o mercado da panificação e confeitaria no Brasil, das quais 60 mil são micro e pequenas empresas. O setor gera mais de 700 mil empregos diretos, dos quais 245 mil (35%)

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■ 24 - Revista HVAC-R em Foco

Capapanificados em seu mix de produtos. “Para montar um negócio de panificação e confeitaria, a primeira coisa em que se deve pensar é a parte do frio, que é a mais impor-tante por ser essencial e também por ter os custos mais elevados dentro do negócio”, revela Cristina da Recanto Doce, que explica: “ A parte de exposição, os balcões são a base da padaria. Não há como trabalhar com geladei-ras. É inviável”.

Cristina não diz isso à toa. Panificação é o setor de maior crescimento do food service brasileiro, o que im-plica em profissionalização das cozinhas. As padarias tra-dicionais têm em média dez metros de balcões refrigera-dos, o que se traduz em 670 km de balcões refrigerados no País.

Hoje, toda a padaria necessita de câmara frigorífica e o frio passa a ser cada vez mais importante no setor, pelo recebimento de produtos e insumos congelados para simples finalização ou acabamento de produtos (tendên-cia mundial).

Também é necessário expor seus produtos, man-tendo-os refrigerados. E o que dizer dos sistemas de exaustão tão imprescindíveis? Ainda, 10% dos estabeleci-mentos têm climatização ambiente, com expectativas de crescimento. A frota para delivery das padarias supera os 120 mil veículos. Perto de 30% são refrigerados.

O projetista Carlos dos Reis, confirma: “Planejamento é essencial antes de qualquer investimento. A parte de refrigeração tem um peso muito grande nesse segmen-to, diria que responde por 50% do negócio. Portanto, pri-meiramente devem ser levados em consideração layout, volume a ser estocado, temperatura de armazenagem e movimentação diária.

SupermercadosO mesmo vale para lojas de supermercados, incluindo hi-permercados e minimercados. No entanto, nestes casos, num planejamento, a porcentagem que vai para o frio é relativa. Para Armando Coelho, depende muito do tama-nho da loja. “Hoje existem quatro perfis de lojas. No Brasil, basicamente, há dois tipos de perfis que estão se manten-do, que são os supermercados - lojas na média entre mil, mil quinhentos e dois mil metros quadrados. Um exemplo são as lojas do Pão de Açúcar (GPA), de tamanho médio, que decide com que marcas vai trabalhar e tem as suas regionais. Há também as grandes redes que são os hiper-mercados, como o Extra, Wall Mart ou Carrefour. São lojas acima de dois mil metros quadrados, onde se encontram, também, linha branca, linha de eletrodomésticos, pneus, acessórios em si, ou seja: não são só produtos de alimen-tação. E há também os mini mercados que são aquelas lojinhas pequenas que estão num momento crescente.”

Para os casos descritos, no que diz respeito aos refri-gerados e congelados, as lojas investem um valor que fica entre 20 a 30% do valor total da loja. Naturalmente

concentram-se na produção. Cento e vinte e sete mil empresários comandam esse mercado no País. No ano passado, o faturamento estimado do setor foi de R$ 44,9 bilhões, segundo levantamento da Abip (Associação Bra-sileira da Indústria da Panificação). A panificação está en-tre os seis maiores segmentos industriais do País, com participação de 36% na indústria de produtos alimenta-res e 6% na indústria de transformação.

O presidente da Abip, Antero José Pereira informa que, este ano, o faturamento do setor deverá crescer em torno de 15%. “Ouso dizer que nosso setor não viu crise; ao contrário, com a tendência das pessoas ficarem mais em casa, o consumo dos nossos produtos aumentou”, ex-plica Antero.

No ano passado, a taxa de crescimento do fatura-mento das panificadoras e confeitarias no País ficou em cerca de 13%. As novas características do setor foram re-gistradas no ‘Estudo de Tendências: Perspectivas para a Panificação e Confeitaria 2009/2017’, realizado por meio de convênio entre o Sebrae Nacional e a Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip).

Segundo o estudo do Sebrae e Abip, o consumo de pães tem aumentado no Brasil, nos últimos anos, inclu-sive com a inclusão de produtos elaborados com outras matérias--primas, como a mandioca e o milho. Atualmen-te o consumo per capita do brasileiro é de 22,61 kg de pães/ano.

A demanda crescente pelos pães e panificados é uma tendência confirmada pelo estudo, indicando que os em-presários do setor devem se preparar para atendê-la.

O setor também participa de outras cadeias produti-vas, como por exemplo, bebidas, frios, congelados, lati-cínios, cigarros, bomboniére, sorvete e outros. Só perde para supermercados e hipermercados, em termos com-parativos, estabelecimentos que também incorporam

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■ 26 - Revista HVAC-R em Foco

Capaeste número é proporcional ao dimensionamento e ou-tras variáveis de seu perfil.

E, por último, há, ainda, lojas que necessitam de uma reforma, de um retrofit, objetivando a uma situação me-lhor de desempenho. São duas frentes principais para oferecer soluções mais avançadas às montadoras: a re-dução do consumo de energia e a utilização de fluidos refrigerantes de baixíssimo impacto ambiental. Esse é um aspecto fundamental também para os estabelecimentos comerciais, que precisam controlar seus custos para manter a competitividade.

NúmerosSegundo divulgado pela Abrasnet (Associação Brasileira de Supermercados), em 2013, o autosserviço alimentar chegou ao décimo ano seguido de expansão real em suas vendas, alcançando uma impressionante série his-tórica. Apesar de todas as desconfianças enfrentadas no início de 2013, quando a inflação era uma ameaça ain-da mais real do que é agora ao desempenho do varejo nacional, o setor apresentou crescimento de 5,5% nas vendas, segundo o estudo anual da Nielsen: Estrutura do Varejo Brasileiro.

A receita nominal do autosserviço teve incremento de 12%, e em valores absolutos o setor faturou R$ 272,2 bi-lhões em 2013 contra R$ 243 bilhões em 2012, ano em que a expansão real havia sido de 2,3% e o crescimento nominal tinha ficado em 8,3%.

Todos os demais indicadores da pesquisa apresenta-ram ligeira alta. De qualquer forma, a expansão do fatu-ramento foi com sobra o indicador com maior variação positiva. O número de check-outs, por exemplo, teve ex-pansão de 0,2%, alcançando 210,6 mil. A área de vendas também cresceu, 0,3%, aproximando-se de 21,1 milhões de metros quadrados. O número de lojas ficou pertinho dos 84 mil, 0,4% a mais que em 2012, e o de funcionários em 988,5 mil em 2013, contra 986,1 mil no ano anterior.

A variação dos dados físicos de um ano para o outro, como se vê, é bem discreta, havendo, no jargão econô-mico, empate técnico na maioria dos casos. Em termos de números de lojas, a variação só é percebida quando se vai além da vírgula. Assim é possível perceber que a variação de 0,4% nesse item, em números absolutos se traduz em 83.522 lojas em 2012 e 83.914 lojas em 2013. Os supermercados (lojas com dois ou mais check-outs) perderam importância no total de lojas de autosserviço ao apresentar ligeira retração: -0,03%, caindo de 38.767 em 2012 para 38.752 no ano passado.

Contudo, isso não impediu as lojas com dois ou mais check-outs de continuar a aumentar sua participação no faturamento do autosserviço.

Conforme o estudo, a importância dos supermerca-dos cresceu pelo 13º ano consecutivo e chegou a 92,7%, contra 92,5% em 2012; mais uma demonstração da força

dos supermercados, cuja expansão em receita, analisada isoladamente, foi maior que a soma de todo o autosservi-ço, ficando em 12,3% nominal e 5,8% real.

Macroanálises“Nosso setor ainda colhe os frutos da inserção de mi-lhões de pessoas no mercado de consumo, do aumento da massa salarial, do crescimento no número de brasi-leiros empregados e da expansão no consumo de itens com maior valor agregado. A gente sabe que esse perío-do não durará para sempre, mas ainda há muita demanda reprimida no Brasil”, diz o presidente da Abras, Fernando Teruó Yamada.

Prova de que o varejo vive momento distinto da eco-nomia brasileira — que já foi mais pujante num passado recente — está na relação Produto Interno Bruto (PIB) e faturamento do autosserviço. Em 2013, o PIB subiu 2,3%, contra 5,5% de crescimento na receita do autosserviço. O resultado dessa relação foi que o setor ganhou mais 0,1 ponto percentual (p.p.) de participação no PIB em 2013, indo para 5,6%. “Os números não deixam dúvidas quan-to à importância do mercado interno no desempenho econômico do País”, afirma o consultor de economia da Abras, Flávio Tayra. Se o desempenho do varejo tivesse sido pior, o PIB seria inferior aos já tímidos 2,3% alcança-dos no ano passado.

Mas mesmo com os argumentos usados por Yama-da para justificar o crescimento apresentado pelo setor em 2013, o primeiro semestre do ano esteve cercado de inseguranças. No caso do varejo, a inflação era a maior ameaça. Os gastos crescentes do setor público e a ne-cessidade de reajustes nos preços de serviços e itens ad-ministrados pelos governos pressionavam o índice. “Mas o governo federal segurou os reajustes e desonerou de tributos itens da cesta básica, o que ajudou a manter a inflação em níveis aceitáveis, sobretudo nas lojas de au-tosserviço alimentar”, diz Tayra.

Como se vê, a refrigeração comercial conquistou um grande espaço do mercado nos últimos anos. Quer seja em importância quer seja em tecnologia. Mesmo com a desaceleração da economia, o setor apresenta oportuni-dades de crescimento. Dessa forma, as condições e pers-pectivas do setor de Refrigeração Comercial se consti-tuem em importante instrumento de planejamento paras as empresas do setor, bem como para empresas usuá-rias. Um momento importante para quem se preparar, crescer junto com o segmento da refrigeração comercial?

Fontes:Abras (Associação Brasileira de Supermercados)Heatcraft do Brasil: www.heatcraftbrasil.com.brRevista Clube da Refrigeração Revista SuperHiper de abril/2014

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Artigo

Aplicação de Fluidos Alternativos em Sistemas de Refrigeração Comercial

Por determinação do Protocolo de Montreal, a pro-dução e o consumo de CFCs foi extinto em 2010 e os HCFCs vem sendo amplamente reduzidas ano a ano, a partir de cotas pré-definidas e diferencia-

das entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. A mudança de processos industriais foi fundamental para que esses objetivos fossem alcançados. Para tanto, CFCs foram substituídos na fabricação de vários equipamentos por fluídos alternativos, como Hidroclorofluorcarbonos HCFCs e Hidrofluorcarbonos HFCs, no entanto os CFCs remanescentes e essas substâncias alternativas amea-çam a saúde climática do planeta. Conforme o Protocolo de Montreal, países desenvolvidos devem reduzir o uso de HCFCs em 75% até 2010 e em 99,5% até 2020. Mas a produção global desses gases é crescente nos países em desenvolvimento, porém sua produção foi congelada em 2013. A eliminação dos HCFCs em países em desen-volvimento está prevista para 2040.

Nos anos 90, a indústria passou a produzir, comerciali-zar e usar HCFCs, considerados totalmente seguros para a camada ozônio, no entanto, foram incluídos entre as substâncias controladas pelo Protocolo de Quioto, já que contribuem para o aquecimento global, tais exigências atingem o setor de refrigeração industrial e comercial, uma vez que reduz significativamente a disponibilidade do R22 no mercado. Desde então, a indústria de refri-

geração tem procurado substitutos para os refrigerantes CFCs, HFC e HCFCs. A utilização de refrigerantes natu-rais como o CO2, hidrocarbonetos e amônia vem ganhan-do importância no mercado brasileiro, equipamentos de-senvolvidos para a substituição dos CFCs, HFC e HCFCs já fazem parte da realidade de algumas instalações no Brasil, em especial as voltadas à refrigeração comercial. Essa tecnologia está alinhada a tendência mundial na busca pela sustentabilidade e estão direcionando vários segmentos industriais e comerciais como o de supermer-cados a ir em buscas das soluções “verdes” com a uti-lização de refrigerantes ecológicos como o Dióxido de Carbono – CO2 e soluções alternativas com a de fluído secundário para determinadas aplicações.

1. Aplicação do CO2 como Fluido Refrigerante O CO2 (dióxido de carbono – R-744) foi um dos primeiros fluidos refrigerantes aplicados para sistemas de refrige-ração e foi amplamente utilizado até os meados da dé-cada de 30 do século XX. Com o surgimento dos fluidos CFCs e HCFCs, o CO2 foi perdendo mercado até ser pra-ticamente extinto no início dos anos 60. Com os proble-mas ambientais e o estabelecimento dos Protocolos de Montreal e de Kyoto, o CO2 ressurge como uma alterna-tiva promissora a ser utilizada em muitas aplicações, nos vários setores de refrigeração.

No início dos anos 90, os livros antigos sobre tecnolo-gia de refrigeração, com várias aplicações utilizando CO2, foram reabertos. Com o desenvolvimento tecnológico dos últimos anos, novos conceitos surgiram propiciando assim o renascimento do CO2 como fluido refrigerante natural. Um dos principais responsáveis pelo “reavivamento” do CO2 foi o Prof. Gustav Lorentzen (1915-1995) do Institu-to de Tecnologia da Noruega (NTH), em Trondheim, que propôs e desenvolveu com sua equipe várias aplicações e sistemas utilizando CO2 como fluido refrigerante. Já no

Por Julian Massayoshi Ubukata

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final dos anos 90, surgem nos mais variados setores da refrigeração, várias aplicações comerciais utilizando CO2 como fluido refrigerante, seja em sistemas com ciclos sub--críticos, para baixas temperaturas (abaixo de -30 ºC e até -55 ºC), em cascata com outro fluido refrigerante, seja em sistemas com ciclos transcriticos para médias temperatu-ras (acima de -15 ºC), sistemas de ar condicionado (princi-palmente no setor automotivo) e bombas de calor.

Vejamos de uma forma simplificada a visão histórica da aplicação do R744 na refrigeração:

 1850 – Proposta de usar o CO2 como refrigerante (Alexander Twinning, Patente Britânica).

 1869 – Primeira máquina de fabricar gelo nos USA (Thaddeus Lowe).

 1882 – Aplicação do CO2 em sistemas de refrigeração na Europa (Carl Linde, W. Raydt).

 1886 – Patente compressor CO2 por Franz Windhausen.  1890 – Produção compressor CO2 de Hall, favorito

para aplicação naval. Â 1897 – Primeiros refrigeradores CO2 produzidos pela

Sabroe. Â 1910 – Primeiros refrigeradores domésticos com CO2

(Sabroe). Â 1920 – 1930 Pico na utilização do CO2 como refrige-

rante em sistemas de refrigeração. Â 1930 – Substituição do CO2 pela Amônia (NH3) e R12

(considerado um gás seguro na época). Â 1993 – Reinvenção da tecnologia de CO2 (Gustav Lo-

rentzen)

2.1 Características do CO2Em comparação com outros sistemas convencionais utili-zados nessas aplicações, a elevada capacidade volumé-trica de refrigeração do CO2 permite uma redução signi-ficativa do custo dos compressores, da tubulação e da carga de refrigerante do sistema frigorífico. Mesmo sen-do aplicado em maiores solicitações de carga térmica, o potencial do CO2 resulta na utilização de compressores de tamanhos normalmente encontrados em aplicações comerciais e industriais de pequeno, médio e grande porte.

Por outro lado, sua elevada pressão de trabalho e mesmo quando o equipamento está parado, exigirá que o projeto da instalação e das medidas de segurança se-jam feitos com critério especial. Este trabalho trata das propriedades termodinâmicas do CO2, seu uso como refrigerante, dos componentes frigoríficos disponíveis atualmente e em particular, com maior atenção, das apli-cações dos compressores semi-herméticos utilizados na condição subcrítica com CO2 no setor de refrigeração co-mercial para supermercados. Alguns desses pontos po-dem serem apontados abaixo:

Vantagens do CO2: ♦ Maior economia energia. ♦ Fluido ecológico, não destrói a Camada de Ozônio e

possui um potencial de aquecimento global desprezí-vel (GWP=1).

♦ Fonte disponível na natureza (CO2). ♦ Custo de bombeamento muito baixo com CO2 em MT. ♦ Melhor COP com DX em LT. ♦ Tolerante às altas temperaturas ambiente / conden-

sação. ♦ Redução dos diâmetros da tubulação com CO2. ♦ Redução da carga de refrigerante com CO2. ♦ Baixo custo do refrigerante CO2. ♦ Elevada entalpia de evaporação CO2. ♦ Menor temperatura de descarga (estágio de alta e

baixa pressão). ♦ Baixa relação de compressão & aumento vida útil dos

compressores com CO2. ♦ Alto grau de líquido sub-resfriado com CO2. ♦ Maior rendimento frigorífico de todo o sistema. ♦ Menor volume deslocado com tamanho menores dos

compressores de CO2. ♦ Rack e instalação mais compacta com menor número

compressores. ♦ Evaporadores mais compactos e eficientes.

Desvantagens do CO2 ♦ Necessário compressores com maiores deslocamen-

to volumétrico com R134 a no estágio de alta (conden-sação);

♦ Necessário maiores diâmetros de tubulação (linhas de sucção) com R134a, porém será somente no estágio alta (condensação) onde o trecho tubulação é menor;

♦ Necessário um nível técnico mais elevado para reali-zação do serviço de instalação, manutenção e opera-ção do sistema;

♦ Perda potencial da eficiência dos sistemas MT e LT em caso de uma elevação na temperatura do estágio de alta;

♦ Aumento da pressão CO2 em caso da parada total da instalação, podendo provocar a perda do refrigerante;

♦ Necessário utilizar controles extra de segurança (vál-vulas segurança, sensores CO2, entre outros.

2. Aplicação de Fluído SecundárioAlgumas soluções adotadas para solução deste proble-ma é empregar um sistema de refrigeração por expan-são-indireta, utilizando fluidos secundários, de forma que o sistema primário de refrigeração irá promover apenas o resfriamento do fluido secundário e este será o fluido refrigerante que irá promover a refrigeração final.

Os fluidos secundários são fluidos térmicos que apre-sentam certas características desejáveis: alto calor espe-

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Artigo

cífico, boa condutividade térmica, não tóxico, baixos im-pactos ambientais, ser inerte quimicamente, disponível a preços razoáveis. A água possui essas propriedades, caracterizando-se como um ótimo fluido secundário. En-tretanto, a água congela a 0 °C e a grande maioria dos processos industriais trabalham com temperaturas bem abaixo do ponto de fusão da água. Por esse motivo, adi-ciona-se um agente anti congelante que é misturado a água, formando uma solução capaz de solidificar a tem-peraturas inferiores a da água pura.

Os anti congelantes são compostos totalmente mis-cíveis em água. Os tipos mais comuns são as salmouras (sais de cloreto de cálcio, cloreto de sódio, cloreto de magnésio, carbonato de potássio) e os alcoóis (metanol, etanol, etilenoglicol, propilenoglicol, glicerol). Atualmen-te, os alcoóis estão tendo forte presença como soluto para fluidos secundários a base de água por alguns te-rem baixa atividade corrosiva ou nenhuma corrosividade. As salmouras perderam o seu espaço devido ao seu forte poder de ionização, gerando processos eletrolíticos de corrosão.

As soluções de água e anti congelante exibem diver-sas características físico-químicas, além de propriedades termofísicas (ponto de fusão, massa específica, calor es-pecífico, condutividade térmica, viscosidade, fator de efi-ciência de transferência de calor) distintas da água pura. O grau de variação dessas propriedades é proporcional à adição de soluto na água: quanto maior a quantidade, maior a alteração. Supõe-se inicialmente que quanto maior a concentração do anti congelante, menor o ponto de fusão da solução, onde o seu uso principal é para al-terar esta propriedade.

3.1 Características do Fluído SecundárioO glicerol merece destaque como um anti congelante se tratando da condutividade térmica e massa específi-ca, além de não ser tóxico e com alta disponibilidade no mercado, entretanto, possui uma inércia térmica baixa e com pequenas reduções no ponto de fusão.

O etilenoglicol é um fluído que apresenta proprieda-des intermediárias mais adequadas como aditivo em flui-dos secundários, justificando o seu grande uso comercial e industrial, apesar de ser tóxico. O propilenoglicol tem características termofísicas próximas ao do etilenoglicol, porém menores, exceção ao seu alto calor específico. Pode ser uma alternativa ao etilenoglicol como anticon-gelante atóxico.

Em sistemas de média temperatura, não houve a necessidade de pesquisas para o tipo de fluído inter-mediário a ser utilizado. Já haviam diversas instalações utilizando solução aquosa de propileno glicol. E como a quantidade de propileno glicol é muito pequena na so-lução (aproximadamente 20%), as propriedades físicas e termodinâmicas são muito semelhantes às da água.

Quanto à corrosão, a solução aquosa de propileno glicol apresenta níveis de corrosão muito baixos quando em contato com cobre ou latão, estes índices permane-cem baixos também para aço carbono, porém hoje temos grandes aplicações com tubo PPR (Polipropileno Copolí-mero Random).

Soluções aquosas também são compatíveis com a quase totalidade dos materiais utilizados em instalações normais de refrigeração, tanto nos seus equipamentos, como para vedação de juntas e ligações. A principal pre-caução é evitar o contato com:

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• zinco;• aço galvanizado;• ferro fundido cinzento;• água com excesso de cloro;• água com excesso de sulfatos.Quanto à toxicidade, o propileno glicol grau USP é uti-

lizado principalmente em indústrias alimentícias, cosmé-ticas e farmacêuticas. Ou então na sua versão aquosa é um produto totalmente atóxico (utilizado na composição de ração animal). Atende a todas as especificações da Farmacopéia Brasileira e Americana, também é permi-tida a sua utilização como aditivo direto ou indireto em alimentos. Quanto à flamabilidade, o propileno glicol em soluções com concentração acima de 80% tem ponto de fulgor de 102 °C. Abaixo desta concentração é um produ-to não inflamável.

Vantagens do propileno glicolA utilização de sistemas de refrigeração indireta (com uso de refrigerante secundário) resulta em vantagens significativas. Um dos primeiros impactos desta escolha é a considerável redução da carga de refrigerante, que pode chegar até 40% da carga de refrigerante, segundo Kazachki e Hinde (2006), ou até 85% da carga do sistema convencional (Palm, 2007), conduzindo à instalação de sistemas de refrigeração muito mais compactos e com um menor potencial de impacto ambiental.

Outro ganho gerado desta prática é o confinamen-to do refrigerante primário à “casa de máquinas” o que simplifica o circuito do refrigerante, obtendo-se um fun-cionamento (e, conseqüentemente, uma temperatura de resfriamento) mais estável e seguro. Segue alguns pon-tos significativos:

♦ Consumo menor de energia; ♦ Ausência de rotina de degelo para sistemas de média

temperatura; ♦ Ausência de controle de temperatura para balcões e

câmaras; ♦ Menor quantidade de fluído refrigerante no sistema e

muito menor possibilidade de vazamentos; ♦ Simplicidade da instalação e em decorrência menores

custos de manutenção preventiva ou corretiva; ♦ Maior confiabilidade de funcionamento (menos ocor-

rências de manutenção); ♦ Sistema de controle simplificado; ♦ Viabilidade na utilização de refrigerantes não conde-

nados pelo “Protocolo de Montreal”;

Desvantagens do propileno glicolAo custo adicional referente à instalação de uma bom-ba de circulação e de um trocador de calor intermediário soma-se a operação na dificuldade de se compatibilizar as características e limites operacionais dos refrigerantes

secundários com as necessidades da instalação. Fluidos convencionais como água, propileno glicol e óleo, ampla-mente utilizados em diferentes ramos da indústria como fluidos secundários, apresentam deficiências entre as quais encontram-se a elevada temperatura de congela-mento, no caso da água, e a baixa condutividade térmica e elevada viscosidade, no caso dos óleos e do etileno glicol. Alguns pontos são abordados abaixo:

♦ Espaço físico maior na central térmica para instalação dos equipamentos;

♦ Área de troca térmica maior nas serpentinas resfria-doras de câmaras e balcões em sistemas de média temperatura;

♦ Necessário compressores com maiores deslocamen-to volumétrico;

♦ Temp. do propileno glicol limitada a -4 ºC vs. -6 ºC CO2; ♦ Maior potência de bombeamento do Propileno Glicol; ♦ Maior investimento inicial na tubulação Propileno Gli-

col; ♦ Elevados diâmetros tubulação Propileno Glicol.

3 CONCLUSÃOA atual demanda por sistemas de refrigeração com me-nor impacto ambiental trouxe um novo foco aos fluídos refrigerantes e secundários para o transporte do frio. Em favor dos fluídos secundários estão a significativa redu-ção da carga necessária de refrigerante sintéticos, com alto GWP, tal medida representa imediato paliativo para o impacto ambiental. Já para aplicação de CO2 como flu-ído refrigerante, o resultado é a redução da emissão de poluentes a zero, já que o CO2 não destrói a Camada de Ozônio e possui um potencial de aquecimento global cer-ca de 3,26 mil vezes menos que o R404A.

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS[1] www.spm.com.br/site/pt/content/publication/view.asp? id=105 - site na internet, 21/08/2012.

[2] www.unep.fr/ozonaction/information/mmcfiles/6266--p-uso_fluidos_naturais.pdf – site na internet, 21/09/2012.

[3 MEDEIROS, BARBOSA & FONTES (2010) HOLOS, Ano 26, Vol. 4 74 -Propriedades Termofísicas de fluídos secundários à base de álcool para termoacumulação.

[4] MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE – MMA - Uso de Flui-dos Naturais em Sistemas de Refrigeração e Ar Condicio-nado – Publicação Técnica. 2008.

*Julian Massayoshi Ubukata é graduado em Tecnologia em Manutenção Mecânica Industrial e Analista de Enge-nharia de Aplicação na empresa Heatcraft do Brasil

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Gestão do RH

Competências profissionais essenciais no século XXIEstamos vivendo um momento, na história da hu-

manidade, com inúmeros acontecimentos ino-vadores e simultâneos ao redor do mundo que causam um tremendo impacto na vida dos profis-

sionais de qualquer nacionalidade e região. Temos visto o aumento significativo de profissionais aventureiros, cruzando fronteiras em busca de melhores oportuni-dades devido às crises econômicas, às catástrofes, às guerrilhas ou simplesmente às novas possibilidades do mercado global. O aumento do número de estrangeiros trabalhando no Brasil é surpreendente.

Este novo contexto empurra os profissionais para fora de sua “zona de conforto”, porque na realidade o risco está justamente em “acomodar” e achar que as coisas são como sempre foram e continuarão sendo. Portanto, nos dias atuais, os profissionais precisam es-tar em constante movimento e desenvolvendo compe-tências que garantam sua relevância profissional. Gos-taria de destacar algumas competências que considero indispensáveis para o profissional deste tempo:

1. Conhecimento tecnológico e de novas tendências - Com a avalanche de novos produtos que têm sido disponibilizados para tornar as empresas cada vez mais inovadoras e eficazes em seus serviços e pro-dutos, é preciso estar literalmente “antenado” para conhecer e utilizar estas novas tecnologias. Não bas-ta, por exemplo, ter experiência de vários anos como garçom, quando se pretende trabalhar em um res-taurante que utiliza novas tecnologias na execução dos pedidos dos clientes. Se não souber utilizar as ferramentas disponíveis, fatalmente perderá a vaga para outro profissional mais preparado.

2. Aprendizado contínuo - A empregabilidade de-penderá também desta capacidade de se atualizar constantemente e fazer uma gestão consciente do conhecimento. Na Era da Informação, o conhecimen-to tornou-se absolutamente acessível com inúmeros cursos e graduações online, inclusive com valores mais baixos. Além dos vários cursos gratuitos dispo-nibilizados por instituições sérias, como o SEBRAE e a FVG. Aprender é vital para a sobrevivência no mer-cado de trabalho. É preciso analisar coerentemente quais são os desafios futuros na caminhada profis-sional para se antecipar no aprendizado, criando di-

ferenciais competitivos. Aprender novas línguas? Tecnologias? Pós-graduação? Agregar novas competências é funda-mental!

3. Relacionamento interpessoal - O am-biente corporativo é composto por pes-soas com diferentes culturas familiares, regiões e, cada vez mais, estrangeiros compartilhando os mesmos projetos. A capacidade de se relacionar bem com as pessoas torna o clima organizacio-nal agradável, cria sinergia na equipe e possibili-ta um ambiente de brainstorming e tro-cas saudáveis de ideias. O bom rela-cionamento inter-pessoal é fruto de uma boa comunica-ção, postura profis-sional adequada, integridade, edu-cação e respeito ao próximo. Está diretamente re-lacionado à ati-tude pessoal no local de traba-lho. As estatís-ticas mostram que a maioria das pessoas é contratada por suas compe-tências técni-cas e demitida por suas com-petências com-portamentais.

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Competências profissionais essenciais no século XXI4. Visão global - A interatividade possibi-litada pela internet está tornando as fronteiras cada vez menos distantes e realmente trans-formando o mundo em uma “aldeia global”. Acontecimentos em países distantes geo-graficamente possuem um impacto tremen-do em outras partes do mundo. O mercado mundial está completamente conectado e in-tegrado fazendo com que alterações econô-micas, políticas, sociais ou climáticas tenham

influencias além do próprio país. É preci-so enxergar mais do que o escri-

tório, cidade ou país para ante-cipar possíveis mudanças,

ameaças ou oportuni-dades profissio-

nais.

5. Automotivação - O entusiasmo pessoal é fundamen-tal para o desenvolvimento profissional contínuo. O profissional que se mantém motivado de “dentro para fora” possui muito mais comprometimento com sua profissão, pois possui antes de tudo um compro-misso pessoal de crescimento e alcance de metas. Nem sempre o ambiente ao redor proporcionará ânimo e motivação aos colaboradores, portanto ser automotivado é um dos primeiros passos para estar acima da mediocridade, acima da média.

6. Equilíbrio emocional - O ambiente pro-fissional está cada vez mais desafiador, com mudanças aceleradas, pressões externas,

altamente competitivo e sem a antiga “zona de conforto”. Tudo ao redor está em cons-tante transformação e movimento. Não basta ter uma excelente formação acadêmica se o

emocional estiver em desequilíbrio, pois é im-prescindível manter a calma e saber administrar as emoções para lidar com as pessoas e as de-cisões. Muitas empresas, no processo seletivo

para uma vaga, têm criado simulações de pressão ou tensão para ver a reação dos candidatos. Portan-to, no gerenciamento de carreira é preciso focar não apenas na parte intelectual, mas priorizar o bem-es-tar emocional procurando manter uma boa rotina de lazer, exercícios físicos e alimentação saudável.

7. Inovação - A capacidade de inovar e “pensar fora da caixa” é de fato uma competência muito procurada pelas empresas do século XXI. O profissional que consegue criar novas alternativas no ambiente de trabalho apresenta comprometimento, conhecimen-to dos processos e habilidade de enxergar soluções.

A inovação também é fruto de pessoas que ques-tionam, duvidam, que não se conformam e estão sem-pre à busca de novos caminhos e possibilidades. Estes profissionais garantem os diferenciais competitivos das empresas e, portanto, são muito valorizados.

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■ 34 - Revista HVAC-R em Foco

Educação

Semana Tecnológica, sucesso consolidado na Escola Senai

Os números não deixam mentir: a “VI Semana Tecnológica de Refrigeração e Climatização” já está consolidada no mercado de HVACR e é um dos de maior expressão entre seus pares. Com

o tema “Eficiência Energética, Sustentabilidade e Preser-vação Ambiental no setor de HVAC-R”, a Escola Senai “Oscar Rodrigues Alves” reuniu nestes quatro dias (de 17 a 20 de setembro), 58 empresas, 60 palestras e um públi-co de 4.800 participantes. A “VI Semana Tecnológica de Refrigeração e Climatização”. é uma parceria entre o Se-nai-SP e o Sindratar-SP e tem como premissa apresentar as inovações da área de Refrigeração e Climatização por

meio de palestras técnicas e cursos de formação continu-ada proferidos por profissionais de empresas e docentes da própria Unidade Escolar.

Sob a orientação do diretor da Escola, o professor Eduardo Macedo Ferraz e Souza, a iniciativa foi realizada pela Coordenadora de Atividades Pedagógicas, profes-sora Simone Bálsamo e equipe que em conjunto com o professor Mário Kuroda realizaram mais uma edição de sucesso.

Nas próximas páginas, alguns destaques destes qua-tro dias. Confira!

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Tecnologia

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Tecnologia

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■ 40 - Revista HVAC-R em Foco

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