revista hcb #29 fev/mar 2012

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Ano VI - Nº 29 - MARÇO/ABRIL de 2012 BARRETOS REVISTA HOSPITAL DE CÂNCER DE INFORMATIVO DO CLUBE DOS AMIGOS E COLABORADORES DO HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS Hospital comemora 50 anos de luta pela saúde dos menos favorecidos

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Edição Especial 50 anos HCB Matérias: # A alma de um projeto # O Homem por trás da Máquina #História de solidariedade #Pioneiro da solidariedade #Câncer: uma doença e sua história #Câncer: oncologia do futuro #Desbravadores da Arte de Cuidar #Doações #Leilões

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Ano VI - Nº 29 - MARÇO/ABRIL de 2012

BARRETOS

REVISTAHOSPITALDE CÂNCER DE

INFORMATIVO DO CLUBE DOS AMIGOS E COLABORADORES DO HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS

1HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS

Hospital comemora 50 anos de luta pela saúde dos menos favorecidos

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CÂNCER: UMA DOENÇA E SUA HISTÓRIA

CÂNCER: ONCOLOGIA DO FUTURO

16

22

26

DESBRAVADORES DA ARTE DE CUIDAR

DOAÇÕES

LEILÕES

14 HISTÓRIA DE SOLIDARIEDADE

10

PIONEIRO DA SOLIDARIEDADE12

O HOMEM POR TRÁS DA MÁQUINA

08

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A ALMA DE UM PROJETO

AGENDA

04 50 ANOS DE HISTÓRIA

3HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS

EDITORIAL SUMÁRIO

ERRATA

EXPEDIENTEA revista é uma publicação bimestral do Hospital de Câncer de Barretos, que veio substituir o jornal O Bom Samaritano.

Projeto e Coordenação Editorial Departamento de Marketing e Comunicação.

Jornalista Reponsável: Karina Carreira - MTB 33252. Reportagem e Redação: Karina Carreira, Luiz Antonio Zardini, Daiane Alioto e Gustavo Padovani.

Fotos: Arquivo Depto. de Comunicação, Science Photo Library (pags. 18 e 19). Projeto Gráfico: G2 Brasil. Diagramação e arte: Mário Menezes. CTP, Impressão e

Acabamento: São Francisco Gráfica e Editora. Tiragem: 100.000 exemplares.

e-mail: [email protected]

hospital de câncer de barretosRua Antenor Duarte Villela, 1331 – Bairro Dr Paulo Prata

Barretos – SP – CEP: 14.784-400

Tel: 17. 3321-6600

hospital sÃo JUdas tadeURua 20, 221 – Bairro Centro

Barretos – SP – CEP: 14780-070

Tel: 17. 3321-5500

hospital de câncerUnidade Jales

Rua Francisco Jales, 3737 – Bairro Fundo da Vila Maria

Jales - SP – CEP: 15.706-396

Tel: 17 . 3624-3900

hospital de câncerUnidade JUazeiro

Travessa São Miguel S/Nº

Juazeiro - BA - CEP: 48.902-050

Tel: 74 . 3612-4543

Os 50 anos do Hospital São Judas Tadeu é um marco histórico na vida da minha família. No dia 24 de março de 1962, meus pais, Dr. Paulo Prata e Drª Scylla Duarte Prata, consagraram a São Judas um projeto que não foi alicerçado pelo caminho da razão matemática, da lógica, mas pelo princípio da fé. Meu pai tinha o objetivo de conseguir dar um tratamento aos pobres com a mesma igualdade que se dava aos ricos. Nesta árdua trajetória, nunca tivemos recursos financeiros e quando podia, minha mãe ajudava este pequeno hospital com di-nheiro próprio, sempre esperando que todo final de mês, de uma forma ou de outra, aparecesse uma providência para resolver as contas. No entanto, apesar de tudo, esta obra superou todas as tempestades, maus tempos e dificuldades.

O aniversário desta obra se diferencia de tantas outras, porque trata-se de um projeto que busca a honestidade máxima ao se fazer medicina, ao dar direito a todas as pessoas terem igualdade na hora da dor e do sofrimento. É especial porque mostra a perseverança de um trabalho alicerçado unicamente pela fé e pelo amor em um mundo no qual o dinheiro não só fala mais alto, como anda na frente. Quando compreendi a alma deste projeto e o assumi no final dos anos 80, foi para realizar o sonho de meu pai: transformar nosso hospital em um centro de tratamento com começo, meio e fim, que tivesse prevenção, tratamento e pesquisa, com uma medicina exata e séria.

O resultado final é que atualmente nos tornamos o melhor serviço de hu-manização hospitalar do país, sendo reconhecidos por pesquisas no ministério e na secretaria de saúde. Hoje, temos uma medicina personalizada, uma tec-nologia de ponta, os melhores profissionais e os melhores remédios – fatores que somente o serviço privado possuía. Somos uma referência no Brasil, na América Latina e no mundo, devido à seriedade de nossa medicina.

A Fundação Pio XII tornou-se uma grande família em que todos merecem o mesmo mérito que meu pai: um homem que tinha um coração a frente, que como prova de amor a Deus, pensava muito mais no próximo do que em si mesmo. Quando entrei nessa família tinha 80 colaboradores e hoje nós estamos atingindo 3 mil. Eu digo nós, porque do porteiro até o médico mais graduado, somos todos iguais, com o mesmo coração, o mesmo semblante, a mesma filosofia e com a condição de trabalhar numa obra abençoada por Deus. Eu vejo isso no sorriso, no amor de todos que “vestem a camisa”, no cuidado e no respeito com os pacientes que sempre impressionam a todos e fazem a diferença.

Por isso, devemos celebrar os 50 anos com muita alegria, festa e agradeci-mento a Deus, por termos construído nossa história através do caminho hones-to e correto, em virtude de dar saúde a todos com direitos iguais, independente de sua condição financeira. Essa é a Fundação Pio XII.

Pedimos sinceras desculpas pela publicação incorreta de algumas informações divulgadas na revista anterior. Retificamos o valor arrecadado com o leilão de Cerejeiras (RO), sendo o valor correto R$ 123.169,95. Outro erro foi reconhecido no site da Associação dos Ostomizados de Rio Preto (AORP). O correto é www.ostomizados.org.br. O valor do leilão de Ibirá também foi divulgado incorretamente, por isso retificamos o valor para R$ 70.004,30.HENRIQUE PRATA

Diretor Geral

CARO LEITOR

www.cliquecontraocancer.com.br

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4 HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS

1967A Fundação Pio XII é instituída por Dr. Paulo

Prata e Dra. Scylla Duarte Prata e passa a atender somente portadores de câncer

1991Inauguração do 1º Pavilhão de ampliação do

hospital: “Antenor Duarte Villela”

1994Departamento de Prevenção inicia o trabalho de Busca Ativa para prevenção do câncer de colo uterino na periferia da cidade com uma bicicleta equipada com mesa ginecológica.

1998Realizado o show AMIGOS durante a Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos com renda de US$ 1 milhão.

1989Henrique Duarte Prata, filho do casal de fundadores, assume a gestão do hospital e dá seqüência ao projeto de crescimento do Hospital.

1993Para sanar o déficit mensal e ampliar as atividades, o Departamento de Captação de Recursos inicia suas atividades com campanhas, leilões e outras atividades beneficentes.

1997Fundação da Associação Voluntária de Combate ao Câncer - AVCC

2001Grandes artistas reúnem-se para gravar o 1º CD Direito de Viver com toda a renda revertida para o hospital

Inaugurada a primeira Unidade Móvel de Prevenção de Câncer da América Latina: um ônibus adaptado para realizar exames de

câncer de pele, próstata e colo uterino.

2000Organização Nacional de Saúde (ONA) acredita Hospital de Câncer em Nível

1 de Qualidade em Saúde

50 anos de história

1962 Inauguração do Hospital São Judas Tadeu – Hospital Geral

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5HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS

2006Hospital coloca em atividade o 3º

Banco de Tumores do país

2008

Inaugurado o Centro de Educação Infantil do Hospital de Câncer de Barretos.

Inauguração da 5ª Unidade Móvel com dois mamógrafos para a prevenção de câncer de mama na região de São José do Rio Preto.

Inauguração do Alojamento dos Motoristas

2004Inaugurada a terceira Unidade Móvel: uma carreta responsável por realizar exames de próstata, pele e colo uterino na população de Rondônia, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais

Início da campanha nacional “Direito de Viver” na emissora Bandeirantes

Inaugurada a segunda Unidade Móvel de Prevenção para exames

de câncer de mama e câncer de colo uterino.

2007Iniciam-se as atividades da unidade fixa de prevenção e da quarta unidade móvel de prevenção: uma carreta com mamógrafo que percorre a região de Juazeiro na Bahia .

50 anos de história

2002 José Serra, na época, Ministro da Saúde, consegue

verba e o Hospital inaugura três pavilhões de extrema importância para o crescimento da instituição. São

eles: centro cirúrgico, UTI e internação.

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6 HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS

Inaugurado o Hospital de Câncer de Jales com dois pavilhões e 4,5 mil m²

Inaugurada a “A Casa do Coordenador”, um prédio da Captação de Recursos criado para receber os doadores, voluntários, parceiros e coordenadores de campanhas do hospital.

Inaugurada a sexta unidade móvel de pre-venção do Hospital de Câncer de Barretos para a realização de exames preventivos de câncer de mama e colo de útero

Inauguração da Igreja e das novas e modernas instalações da unidade especializada em cuidados paliativos, o Hospital São Judas Tadeu

No conjunto Instituto Avon, é inaugurado o Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular, a área Ensino e Pesquisa e o novo Hemonúcleo.

CD e DVD Direito de Viver completam 10 anos de

existência.

Parceria com REDE TV!: campanha “Direito de Viver” passa a ter seu programa anual exibido pela emissora.

50 anos de história

2009Em parceria com a AVON, é inaugurado o Instituto de Prevenção Ivete Sangalo, dispondo de 7.200m². Devido a obra, a Avon Brasil e o Instituto Avon recebem o prêmio “Purpose Award 2009”.

Início das obras do Hospital de Câncer Infantil: um hospital tematizado feito exclusivamente para a realização integral do tratamento de câncer infantil.

2010

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7HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS

2011

2012

Inauguração do IRCAD (Instituto de Treinamento em Técnicas Minimamente Invasivas e Cirurgia Robótica)

Garth Brooks, o maior astro da música country, torna-se um parceiro do Hospital de Câncer de Barretos.

Hospital de Câncer de Barretos firma parceria com o governo de Rondônia e assume gestão Hospital de Base em Porto Velho. Inicia-se construção de um pavilhão anexo especializado no tratamento de câncer que atenderá 97% dos pacientes oncológicos do estado – evitando assim, o deslocamento de 2.500 km para serem atendidos em Barretos.

Pesquisa da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo elege o Hospital em 1º lugar dentre os “Serviços que realizam procedimentos médicos” e o 3º lugar na

categoria “Melhor Hospital do Estado de São Paulo”.

O MD Anderson – maior centro de oncologia do mundo – escolhe nosso Hospital como “sister institution” (instituição irmã).

50 anos de história

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8 HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS

Paulo Prata nasceu em Mirassol e aos dois anos de idade foi para San-tos com seu pai, o médico e escritor Dr. Ranulpho Prata, e sua mãe, Maria da Gloria Brandão Prata. Seu pai foi um grande radiologista e também renomado escritor, sendo agraciado com dois prêmios pela Academia Bra-sileira de Letras (ABL). A solidariedade sempre foi uma das características da família que atravessou gerações, pois como médico, Dr. Ranulpho, sempre se dedicou especialmente às crianças e aos mais necessitados.

Aos quatro anos, Paulo já estuda-va línguas e em pouco tempo tornou--se poliglota (falava fluentemente português, inglês, francês, italiano, espanhol e alemão). Devido ao traba-lho literário de seu pai, sua residência era frequentada por muitos escritores (como o Martins Fontes), o que des-pertou nele o interesse pela literatura. Culto e religioso, tal qual seu pai, já na adolescência havia decidido seguir a carreira de médico. Sua ligação com Dr. Ranulpho era muito próxima, mas seu pai veio a falecer antes que Paulo entrasse na faculdade.

Drª Scylla e Dr. Paulo se conhece-ram na Faculdade de Medicina – USP Pinheiros, na década de 40, durante uma prova oral que existia no vesti-bular. A amizade entre eles começou no inicio da faculdade e no 3º ano do curso ficaram noivos. Antes de formar, no 5º ano já estavam casados. Após a formatura, Dr. Paulo seguiu carrei-ra acadêmica e Drª Scylla começou a clinicar.

Dr. Paulo era um assistente exem-plar, dos melhores cirurgiões de São Paulo (Dr. Alípio, Dr. Edmundo Vas-concellos, Dr. Benedito Montenegro, Dr. Medina, Dr. Domingos Delacio). Sempre se aprofundou nos estudos e quando apresentava algum trabalho em concurso, quase sempre ele era o vencedor. Em 1954, realizou o douto-rado em medicina pela USP com o tí-tulo “Dados anotomicos sobre a tran-sição entre colo sigmoideo”, aprovado com grau 10, distinção e louvor. No ano seguinte, recebeu o prêmio “Prof.

Alphonso Bovero” da Associação dos antigos alunos da Faculdade de Medi-cina da USP, pelo melhor trabalho de pesquisa em Anatomia publicado no país. Os colegas até brincavam que se o “Prata” ia apresentar o trabalho, eles iam deixar de se inscrever.

a mudança para barretos

Na época em que decidiram se mudar para Barretos, Dra. Scylla esta-va grávida do quarto filho. “O Paulo veio conversar comigo sobre a possi-bilidade de mudarmos para o interior, aceitando assim o convite do meu pai, que na época queria comprar um Hos-pital para que nós administrássemos”, revela Dra. Scylla, presidente da Fun-

dação Pio XII até hoje. A volta para o interior também era uma vontade do Dr. Paulo, preocupado com o fato de sua esposa estar grávida do quarto fi-lho e ainda exercer medicina em uma cidade como São Paulo.

Sr. Antenor Duarte compra então um antigo hospital, que estava à ven-da na cidade de Barretos para a filha e o genro. No entanto, as instalações não agradaram o casal, mas Dr. Paulo lembrou-se do amigo Odair Pedroso Pacheco, médico e administrador hos-pitalar, e em meados de 1959 deram início à reforma das instalações. Du-rante a reforma do Hospital, Dr. Paulo e Dra. Scylla atuaram como médicos na Santa Casa de Misericórdia de Bar-retos, e em pouco tempo, Dr. Paulo

A alma de um projeto

Conheça a trajetória de Dr. Paulo Prata e do nascimento da Fundação Pio XII

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9HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS

A alma de um projeto

Conheça a trajetória de Dr. Paulo Prata e do nascimento da Fundação Pio XIItornou-se diretor clinico da instituição. Antes de inaugurarem o São Judas, decidiram que ele seria uma Socieda-de Anônima com cotas para médicos que quisessem ser sócios do empreen-dimento. Com tudo pronto, em 24 de março de 1962 foi inaugurado o Hospi-tal São Judas Tadeu – um hospital geral na época.

hospital são Judas tadeu

Inicialmente, o Hospital São Ju-das Tadeu era um hospital particular e tornou-se conhecido na cidade, pois ti-nha uma boa infraestrutura e Dr. Paulo Prata ganhou um respeito grande por causa de suas titulações e serviços pres-tados na capital paulista.

Em uma entrevista concedida ao jornal “O Diário” em 1984, Dr. Paulo Prata descreve a grande mudança do Hospital São Judas Tadeu: “Houve um momento em que tínhamos que tomar uma decisão quanto a orientação do hospital. Nesta ocasião atendemos, por coincidência, uma série de pacientes cancerosos e de poucos recursos, que surpreendentemente, se recusavam, terminantemente, a ir para São Pau-lo, ao único Hospital de especialidade na época, ou seja, ao A.C. Camargo. Alegavam falta de recursos para via-gem, receio da grande cidade, e a im-possibilidade de aguardarem vaga, no referido hospital, sempre superlotado.

Era impressionante a disposição de morrerem, em condições de grande so-frimento, mas não se locomoverem de sua cidade. Por estas razões, decidiu-se transformar o Hospital São Judas Tadeu em hospital especializado para tumo-res. O curioso é que todos os médicos consultados na época acharam que o plano estava destinado ao mais com-pleto fracasso. Cancerologia, diziam eles, só pode ser atendida nas capitais onde existe infra-estrutura médica e pessoal para tal fim”.

Em uma conversa com a Drª Scylla, ele revelou a idéia de transformar o Hospital em uma instituição utilitária para atender apenas oncologia e os

pacientes mais carentes, mas não havia políticas públicas eficientes para tornar isso possível. Após a criação do Insti-tuto Nacional de Previdência Social em 1967, essa possibilidade em atender os mais necessitados na especialidade oncológica, mas ainda era necessário resolver o aspecto jurídico, e para isso, o Hospital precisava ser presidido por uma instituição filantrópica.

Dr. Paulo Prata procurou o Coorde-nador do então INPS, Dr. Décio Pache-co Pedroso e expôs o plano do Hospital São Judas Tadeu, ressaltando a neces-sidade de se atender a especialidade oncológica. Segundo Dr. Paulo Prata, “nosso pedido coincidiu com o fato do Dr. Décio estar preocupado com esta situação que já se refletia em consultas do interior para São Paulo”. Assim, em 27 de novembro de 1967 nascia a Fun-dação Pio XII.

O Hospital São Judas Tadeu come-çou a atuar apenas com quatro médi-cos: Dr. Paulo Prata, Dra. Scylla Duarte Prata, Dr. Miguel Gonçalves e Dr. Do-mingos Boldrini. Com o passar do tem-po, novos doutores chegaram, mas o hospital não comportava a demanda de pacientes e as dificuldades financei-ras aumentaram. Henrique Prata, filho do casal de médicos fundadores, abra-çou o projeto com o intuito de regu-larizar financeiramente a instituição e fechá-la. Ao perceber que, mesmo sen-do leigo em medicina, poderia salvar vidas, empenhou-se na construção de um novo Hospital que pudesse ampliar o número de atendimentos realizados. Hoje, os grandes sonhos do projeto do Dr. Paulo Prata foram concretizados: a instituição possui tratamento, ensino, pesquisa e prevenção de qualidade re-conhecida internacionalmente.

Com o projeto corajoso e pionei-ro de administrar um hospital espe-cializado em oncologia no interior de São Paulo, Dr. Paulo Prata e Dra. Scylla Duarte Prata deram início a um sonho que começou pequeno, mas que hoje ganhou a grandiosidade equivalente ao tamanho do amor e do respeito ao próximo que seus fundadores sempre tiveram.

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10HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS

O homem por trás da máquina

Um dos médicos mais importantes do país construiu sua vida e carreira em torno do Hospital de Câncer de Barretos

Reconhecido por quase todos os colaboradores do hospital, sua figura serena, simpática e segura, transpare-ce sabedoria. Quando começa a falar, é impossível não se impressionar com seu poder de articulação e sua incrível memória. “Sou naturalmente verborrá-gico.”, define-se Dr. Miguel Abohiram Gonçalves, médico radiologista, de 72 anos, que está na Fundação Pio XII des-de que a instituição tornou-se especiali-zada no tratamento de câncer em 1967.

Nascido em Marapoama (SP), Miguel e sua humilde família moravam em uma região sem energia elétrica, sem trans-porte e sem escola. Como na época a cidade restringia-se a uma pequena vila de 20 casas, não havia também nenhum médico por perto. Quando alguém fica-va enfermo, era necessário chamar dou-tores de outros municípios e esperar pa-cientemente por sua chegada. “Quando o médico chegava havia aquela sensa-ção de alívio. Praticamente só a presença dele, já trazia uma sensação muito boa de segurança e tranqüilidade. Sempre carregava uma maletinha com injeções e outras coisas que resolviam o proble-ma. Eu sempre ficava imaginando o que ele trazia naquela maleta que servia para

resolver tudo.”, revela o radiologista. Foi justamente essa curiosidade e o fascínio infantil com a figura do doutor que ins-pirou sua escolha profissional.

Após deixar seu lar para estudar e vencer uma série de desafios financei-ros, Dr. Miguel conseguiu passar no cur-so de Medicina na USP Ribeirão Preto. Depois de formado, percebeu que ainda carregava consigo o mesmo espírito do médico que havia o inspirado anterior-mente, pois queria ser capaz de fazer tudo e resolver qualquer problema para o bem do paciente. “Mas já havia pas-sado o tempo do médico ‘da maleta’ e logo percebi que era necessário fazer uma especialização. O único lugar que era, e ainda é, possível realizar interven-ção em diversos órgãos do paciente era na área oncologica.”, explica o doutor.

Generosidade atrai generosidade

A vontade de trabalhar com diversos tipos de cirurgias oncologicas, o levou a fazer a especialização no AC Camargo em São Paulo. No dia em que Dr. Miguel iria tomar o ônibus para fazer a prova para o ingresso da especialização na capital, encontrou na rodoviária outra

figura importante na história da Fun-dação Pio XII: Dr. Domingos Boldrini. Como se não bastasse o encontro no mesmo lugar, as coincidências vão além: os dois médicos já haviam feito cursinho e faculdade de medicina juntos. Acaba-ram passando nesta mesma prova e, por sorteio, foram escolhidos para serem uma das duplas que iriam circular entre as diversas especialidades do hospital. “O Domingos era o colega mais quieto da sala e eu, certamente, um dos mais falantes.” relembra o radiologista.

Quando estavam juntos cursando o segundo ano, eles receberam uma circular do INPS (Instituto Nacional de Previdência Social, equivalente ao SUS hoje) solicitando uma ajuda para um caso específico — cirurgia de cabeça e pescoço no Hospital São Judas Tadeu —, pois naquela época não havia médicos especializados na área no interior de São Paulo. Os dois médicos foram indicados por outros titulares do A.C. Camargo e vieram até Barretos para avaliar o caso e, já na semana seguinte, realizaram o procedimento operatório. Dr. Miguel re-corda que “foi uma cirurgia complexa, mas foi um sucesso. O Dr. Paulo, pelo que nós sentimos, ficou muito bem im-pressionado e nos convidou para voltar quando precisasse. Combinamos então de cada um voltar uma vez por mês, de modo que a cada 15 dias um de nós es-taria aqui.”.

radioterapia

Ao final do terceiro ano de especiali-zação, Dr. Miguel sentiu-se atraído pelo desafio de trabalhar no Hospital São Ju-das Tadeu e mudou-se para Barretos – e na seqüência, o Dr. Domingos também se instalaria na cidade. Assim que che-gou para trabalhar como titular, encon-trou um novo desafio: o Dr. Paulo havia encomendado uma Unidade de Cobalto para o tratamento radioterápico e não conseguia recrutar profissionais disponí-veis no país para trabalhar com a técnica no hospital. Para poder ajudar a Funda-ção, o doutor resolveu voltar novamente para São Paulo e iniciar a especialização em Radioterapia, tornando-se o quadra-gésimo radioterapeuta com certificado

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11HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS

O homem por trás da máquina

Um dos médicos mais importantes do país construiu sua vida e carreira em torno do Hospital de Câncer de Barretos

na especialidade, da história brasileira. Alguns anos depois, Dr. Miguel seria eleito vice-presidente da Sociedade Bra-sileira de Radiologia e presidente-funda-dor da Sociedade Brasileira de Radiote-rapia, cujo primeiro congresso ocorreu em Barretos.

Dr. Miguel acompanhou de forma muito próxima a evolução do Hospital de Câncer de Barretos. Muito diferen-te da realidade de hoje, durante os 15 anos iniciais, o hospital operou com um orçamento limitado e com apenas 3 ci-rurgiões para todas as especialidades. A instituição ainda não possuía um la-boratório próprio, banco de sangue, aparelhos de ressonância e uma UTI. Miguel recorda que uma vez, quando operou um caso bem complexo, dormiu no mesmo quarto com o paciente com receio de complicações pós-cirurgicas. Mas apesar das dificuldades, nunca dei-xou de acreditar no ideal da fundação: “Como radioterapeuta, eu tive diversas propostas para serviços em São Paulo, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto, mas foi uma série de coincidências que nos levavam até aqui e parecia que es-tava escrito. Eu tinha um compromisso com o hospital.”

A instabilidade econômica da dé-cada de 80, com seus juros e inflações

astronômicas, afetou o país inteiro. Para a instituição não foi diferente, pois ela estava se tornando incapaz de se pagar e de poder investir em melhores trata-mentos para câncer. Foi neste momento que o filho do Dr. Paulo Prata, Henrique Prata, entrou para a administração da fundação. Mas ele logo percebeu no contato com os pacientes, que o hos-pital não dava lucro, mas que havia algo muito maior que é o compromisso com a saúde e com o próximo. Sobre a mudança implantada pelo atual dire-tor do Hospital de Câncer de Barretos, Dr. Miguel observa: “Houve uma época em que nós médicos não acreditáva-mos que o Hospital iria para frente se o atendimento fosse 100% via SUS. No entanto, com o decorrer da história, po-demos observar que isso veio dar maior credibilidade ao trabalho de captação de recursos da instituição”.

dr. paulo prata

A convivência de Miguel com o Dr. Paulo Prata foi muito intensa e a ad-miração do radiologista pelo fundador do Hospital de Câncer de Barretos é enorme: “O Dr. Paulo tinha muitas qua-lidades, mas a qualidade maior que eu encontrei nele foi a humildade. Ele nos

respeitava muito e, principalmente, nos-sas opiniões profissionais. Ele era uma pessoa fantástica.”

Ele esteve ao lado do Dr. Paulo Pra-ta em um de seus momentos mais de-licados, quando o fundador descobriu que estava com a mesma doença para a qual dedicara grande parte de sua vida. Quando soube que o diretor do hospi-tal estava com câncer de próstata, Dr. Miguel ficou assustado com a notícia e com a responsabilidade que havia sido incumbida a ele: realizar o tratamento do seu companheiro. Mesmo informado sobre a possibilidade de tratar-se com equipamentos mais avançados na Eu-ropa e nos Estados Unidos, ele decidiu realizar o tratamento em seu próprio hospital. “Ele era um sujeito muito coe-rente, pois decidiu fazer seu tratamento aqui. Nesta ocasião, ele me deu o maior elogio que eu recebi até hoje: ““Uma máquina não é tudo, precisa ver quem é o homem atrás da máquina.” O tra-tamento foi realizado com sucesso, mas alguns anos depois, em 1997, Dr. Paulo viria a falecer vítima de um infarto.

Um hospital, uma família

Atuando há 45 anos como médico no Hospital de Câncer de Barretos, Dr. Miguel consegue enxergar claramente as mudanças e os avanços da fundação: “Agora a função social do hospital é algo incalculável. Hoje vemos a impor-tância da instituição na área assistencial, com pessoas de regiões distantes vindo se tratar aqui. No aspecto tecnológico e científico é outro ponto de grande re-levância.”. Além disso, a dedicação e o amor com a profissão influenciaram seus familiares: os três filhos formaram-se em medicina e trabalham na instituição.

Quando questionado sobre a impor-tância do hospital na sua vida, Dr. Mi-guel responde imediatamente: “Foi um dos acertos da minha vida. Eu casei com a Fundação. Tive dois casamentos e em ambos eu fui muito feliz nas minhas es-colhas. Criei meus filhos nesta cidade maravilhosa, que é Barretos, e agora te-nho todos por perto, com os netos, que completam minha alegria”.

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12HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS

Pioneiro da Solidariedade

Há exatos 20 anos, um coração solidário realizou um trabalho que inspiraria outras centenas de voluntários em todo o país

Quem visita o primeiro andar do prédio da Captação de Recursos e De-senvolvimento, facilmente depara-se com uma parede cheia de fotos com centenas de rostos comuns, mas que para o Hospital de Câncer de Barretos, são importantíssimos. Entre todas as fa-ces dos coordenadores, o de uma pes-soa se destaca: Abrão Antônio Medlij, da cidade de Fernando Prestes (SP), que por uma inquietação de querer ajudar o próximo, teve a iniciativa de promover o 1º evento solidário em prol do paciente com câncer.

Foi em 1992, nos dias 31 de janei-ro e 01 e 02 de fevereiro, debaixo de uma chuva torrencial, que a cidade de Fernando Prestes (SP) se mobilizou no Pavilhão de Festas São Benedito para o acontecimento que marcaria o início de uma parceria longínqua entre a socieda-

de e a Instituição. “Mesmo com chuva, o pavilhão estava lotado de gente e isso nos incentivou a marcar o próximo even-to”, revela Abrão. O tradicional leilão de gado, prendas e assados, barracas de doces e salgados e animação com ban-das são as heranças deste evento pionei-ro e que hoje são utilizados como mo-delo nos mais de 250 eventos realizados em prol do Hospital, em todo o Brasil.

Mesmo sem saber o porquê, Abrão sentiu uma vontade muito grande de ajudar alguma instituição. Ligou no Hos-pital São Judas Tadeu diversas vezes até conseguir falar com o Dr. Paulo Prata, que o chamou para conversar. “Levei meu filho, que era mais estudado, para explicar melhor o que pretendíamos com aquela festa. O Dr. Paulo autorizou o evento e disse que teríamos recibo de tudo o que levássemos de doação e pe-

diu também que enviássemos uma carta para o conselho do hospital”, contou.

Na época, o valor doado ao hospi-

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13HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS

Pioneiro da Solidariedade

Há exatos 20 anos, um coração solidário realizou um trabalho que inspiraria outras centenas de voluntários em todo o país

tal foi de Cr$ 11.212.912,83, recebido pelo próprio Dr. Paulo, que ficou muito feliz com o auxilio financeiro enviado pela população. “Eu me lembro que quando trouxe o dinheiro, o doutor me disse que usaria o recurso para colocar mais telefo-nes aqui, porque só tinha um que ficava na recepção”, declara o coordenador pio-neiro. Atualmente, são mais de 1.000 ra-mais para atender a demanda telefônica.

Sr. Abrão acompanhou de perto o cresci-mento do hospital com as mais diversas ações e criou um envolvimento cada vez maior: “Quando passa algo sobre o Hos-pital na televisão, as pessoas sempre vem comentar comigo, porque me sinto como um membro, como se fosse filho dessa obra de amor”.

20 anos depois, a cidade de Fernando Prestes vai realizar em 2012 a 21ª edição do Leilão Direito de Viver. Depois de todos estes anos, Sr. Abrão continua com uma motivação cada vez maior: “Temos a sa-tisfação de ter trazido ao hospital moto, carro, ambulância, dinheiro. Nunca tive nenhuma tristeza. Todas as ve-zes que venho aqui sou muito bem recebido. Eu não imaginava naquela época que hoje seriam tantos coor-denadores”.

Desde 1993, a Captação de Re-cursos do HCB está sob os cuidados do gerente Luiz Antônio Zardini, que no início de seus trabalhos, contou com a ajuda do Sr. Abrão para arreba-nhar cada vez mais pessoas solidárias que pudessem trabalhar voluntaria-mente por essa imensa obra de amor. A festa beneficente de Fernando Prestes (SP) influenciou o distrito Vila Negre a realizar o seu leilão e, na seqüência, a cidade Candido Rodrigues (SP). Os coordenadores de Santa Adélia (SP) e Agulha (SP) também foram outras indicações do pioneiro.

“É muito gratificante realizar uma fes-ta em prol do Hospital, pois essa doença é triste. Fernando Prestes hoje tem uma casa de apoio em Barretos graças ao traba-lho voluntário realizado em nossa cidade. O paciente não paga nada. Dorme, come e bebe, tudo por conta da associação. É o nosso trabalho. Fazemos pelo povo e não esperamos nada de ninguém. Pensar em Deus, nos ajuda a ajudar”, confessa Sr. Abrão, com entusiasmo no coração.

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História de solidariedade

Quando um hospital se torna grande demais para ser só nosso

1º de março de 1993. Depois de um contato telefônico, o Henrique Prata pediu para encontrá-lo em seu antigo escritório na av. 31 ao lado do Hospital São Judas Tadeu. Falou-me que queria implantar o Departamento de Captação e Marketing e que eu deveria começar imediatamente o serviço indo me aco-modar na sala da Cecília Fernandes, assistente social - que há vários anos já trabalhava na instituição.

Fiquei sabendo, na época, que a ci-dade de Fernando Prestes (SP), com au-torização do Dr. Paulo, havia realizado a 1º festa em favor do Hospital em janeiro de 1992. Procurei o responsável pela festa e acabei me tornando seu grande amigo. Abrão Antonio Medlij é o mais antigo dos coordenadores e este ano re-alizará o 21º evento de sua cidade.

Algum tempo depois foi desocupada uma sala no fundo da garagem, ao lado dos dentistas, e ali fomos instalados: o engenheiro João de Deus (responsável por todos os equipamentos do hospi-tal), o Valmir Tamura ( responsável pelas compras de materiais de construção), eu (responsável pela captação e marke-ting), José Luiz Guerreiro (que veio nos auxiliar na captação) e a Rita que era

secretária do Dr. Paulo. Neste espaço, imaginem quando todos resolviam falar no telefone ao mesmo tempo.

É importante registrar que na sala não havia um único ventilador e o hos-pital inteiro contava com dois compu-tadores. Quando chegou o José Luiz, pedi ao Henrique um computador para o departamento e ele me perguntou se havia necessidade – algo impensável nos dias de hoje. Convidei algumas pessoas conhecidas e comprometidas com a co-munidade entre elas alguns radialistas (a mídia sempre esteve envolvida com a captação de recursos) e logo em segui-da, percebemos que o grupo deveria se abrir e contar com novos membros de cidades vizinhas para se fortalecer e au-mentar seu raio de ação.

Um fato que muito chamou a aten-ção de todos é que a construção do novo pavilhão, Antenor Duarte Vilella, caminhava devagar, conforme entra-vam as doações, mas sem interrupção, até que o Collor assumiu a presidência da república e tirou de circulação todo o dinheiro do país. Um senhor de ori-gem libanesa procurou o Henrique Pra-ta e disse-lhe: “Henrique, eu tenho um dinheiro guardado, reservado para uma grande construção que vou fazer, mas diante da situação financeira que vive-mos, use meu dinheiro para continuar a construção do Hospital, pois ele não pode parar, enquanto minha construção pode ser interrompida e esperar o retor-no da normalidade”.

Os leilões deram muito certo - tanto que fazíamos dois por ano. Wilson Balbo e eu saíamos na segunda-feira visitando prefeituras pedindo subvenção aos pre-feitos e ao mesmo tempo procurando pessoas que aceitassem coordenar os leilões em suas cidades. Acontece que o Hospital não tinha sequer um carro para nossas viagens e tudo era feito com uma ambulância. Saíamos pobres e voltáva-mos mais pobres. Quanta gasolina quei-mada, quantos gastos com restaurante e hotel sem retorno. Lembro-me de um município que a prefeita marcou uma audiência para me receber e me fez es-

perar das 8h até as 17h quando os fun-cionários me pediram, por favor, para sair porque tinham que fechar a pre-feitura. Em outro município chegamos para conversar com o prefeito e esse mandou nos dizer que estava saindo de viagem para São Paulo e não poderia nos receber. Insisti com sua secretária que não tomaria mais que 5 minutos, mas não consegui demovê-lo e voltamos mais uma vez sem trazer os recursos que tanto necessitávamos. Como alternativa fomos convidando pessoas nas cidades próximas como Jaborandi, Guaíra, Olím-pia e assim nosso círculo foi crescendo, juntamente com os eventos. Programa-mos o primeiro leilão de gado de Barre-tos para dezembro e fomos ao encontro de pessoas que pudessem nos ajudar a pedir, buscar, manejar, leiloar, enfim, colaborar. Nossos primeiros leilões eram grandes, chegando a 1.200 cabeças de gado e por causa disso marcávamos dois por ano, em Barretos.

Em 2000 fui procurado pelo coor-denador de Santa Adélia, José Lois, e ele me comunicou que não traria mais o gado para Barretos, pois a oferta era grande e a procura pequena diante de tantas doações. O gado saía muito bara-

Encontro de Coordenadores 2004

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to e havia pessoas que se aproveitavam da situação comprando em Barretos para depois vender em outras praças levando o lucro que deveria ser do hos-pital. O primeiro leilão de Santa Adélia foi um sucesso e a partir de então re-solvemos dividir os leilões, sendo que a segunda divisão aconteceu também em 2000 na cidade de Estrela d’Oeste fazendo um leilão com cerca de 50 cida-des e 600 cabeças. Costumo dizer que a única divisão que dá certo é a divisão dos leilões do hospital. Quanto mais di-vidimos, maior é o numero de doações e maior a renda. Utilizando esse processo, no ano de 2011, ultrapassamos 30 mil cabeças de gado arrecadadas.

Tudo acontecia somente no Estado de São Paulo até que transpusemos as fronteiras e fomos para Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Pará.

Cada leilão é uma manifestação de carinho, de apoio a uma causa que co-move a todos, é um verdadeiro show de solidariedade em favor da vida. Temos vivenciado a ajuda de pessoas que tiram algo do próprio sustento e do mísero salário para ajudar a manter o hospital. Quantas vezes choramos diante de ati-

tudes magnânimas de crianças, jovens e adultos, que num ímpeto de camarada-gem e comprometimento com as pes-soas acometidas pelo câncer, praticam gestos extremos e acabam arrastando outros a se comprometerem também.

Digo sempre, “o Hospital de Câncer de Barretos só consegue fazer o que faz porque é grande o número de pessoas que se sacrificam para que possamos oferecer o melhor médico, a melhor enfermeira, o melhor remédio, os me-lhores equipamentos, a melhor cons-trução”. Quantos hospitais lutam para manter suas portas abertas e não con-seguem? Por quê? Porque não contam com a solidariedade das pessoas de bem que abraçam a causa, vestem a camisa, arregaçam as mangas e não se envergo-nham de pedir, pedir e pedir todos os dias para que vidas machucadas pelo câncer possam encontrar portas abertas e pessoas preparadas para acolher a to-dos com carinho e tratá-los com hones-tidade e dignidade.

A filosofia de tratar as pessoas com respeito, é responsável por inúmeros convites para estarmos presentes em outros Estados e é isso que procuramos fazer. Saímos de Barretos e fomos para

a Bahia, trabalhamos com uma unidade fixa e uma móvel na prevenção e diag-nóstico de câncer na cidade de Juazeiro; no Mato Grosso, uma unidade fixa em Cuiabá; no Mato Grosso do Sul, Cam-po Grande, Dourados e outra cidade a ser definida; em Rondônia, Porto Velho, um hospital, e Ji-Paraná, uma unidade de prevenção e diagnóstico. Contamos ainda com o Hospital de Jales, Fernan-dópolis e agora o Hospital de Câncer Infantojuveil em Barretos. Temos muitos outros pedidos que ainda não foram atendidos por varias razões, mas na medida que tivermos pessoas especiais com o mesmo espírito fraterno e aco-lhedor de nosso fundador Dr. Paulo e a continuação do apoio incondicional que temos recebido por parte da comunida-de, em um futuro muito breve, podere-mos estar ajudando outras tantas pes-soas que não tem condições de serem atendidas aqui em Barretos.

História de solidariedade

Quando um hospital se torna grande demais para ser só nosso

luiz antonio zardiniGerente de Captação de Recursos

e Desenvolvimento

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16HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS

Neste momento em que celebramos o jubileu de ouro do Hospital de Câncer de Barretos - Fundação Pio XII, nada mais justo do que, em nome do corpo clínico, reverenciar grandes desbravadores que, diferentemente dos bandeirantes, não procuravam ouro ,nem prata, mas sim a possibilidade de oferecer uma medicina humanizada para pacientes oncológicos que não conseguiam ter acesso aos cen-tros especializados da capital: Dr. Paulo Prata, Dra. Scylla Duarte Prata, Dr. Miguel Aboriham Gonçalves, Dr. Domingos Boldrini (in memorian ), Dr. José Elias Abraão Miziara, Dr. José Carlos Zaparoli, Dr. Raphael Luiz Haikel e Dr. Gilberto de Freitas Colli.

Desbravadores da arte de cuidar

Dr.Paulo Prata, o grande idealizador deste sonho, que hoje é uma realidade. Médico ímpar, professor não só por sua formação, mas principalmente pela con-duta sempre ética, humana, e acima de tudo sábia diante dos casos mais difíceis e desafiadores.

Dra. Scylla Duarte Prata, presidente da Fundação Pio XII e médi a que, com sua atitude maternal, imprime sua marca até hoje nos corredores deste hospital.

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17HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS

Desbravadores da arte de cuidar

Dr. Miguel Aboriham Gonçal-ves, médico detentor de uma me-mória invejável, abnegado, com uma capacidade de liderança úni-ca, acreditou neste sonho, mesmo nos momentos de maiores dificul-dades desta instituição, quando a proposta era inclusive a de fechar suas portas em função do déficit financeiro.

Dr. Domingos Boldrini (in me-moriam), grande professor, que com seu silêncio amistoso, huma-no, caloroso, apaixonado, formou inúmeros cirurgiões dentro deste hospital. Detentor de uma habili-dade ímpar na técnica cirúrgica.

Dr. José Elias Abraão Miziara, médico integralmente dedicado ao paciente, que nos honra e nos mos-tra que dentro da medicina encon-tramos pessoas idealizadoras e ex-tremamente humanas que colocam o paciente à frente de qualquer in-teresse. Sábio, calmo, benevolente e rico em compaixão, convenceu nos-so atual gestor a prosseguir com este sonho apesar das adversidades da época. Mostrou que com a aquisição de um simples foco cirúrgico poderia mudar drasticamente a fila de espera e a vida de muitos pacientes.

Dr. José Carlos Zaparoli, médi-co de um enorme coração, conse-lheiro, amigo, amante incondicio-nal da medicina e dos pacientes, que com seu jeito agregador trans-forma grandes problemas em mo-mentos de aprendizado e de fácil solução.

Dr. Raphael Luiz Haikel, médico mastologista que com sua docilida-de, dedicação e habilidade, tem a capacidade de transformar mulheres que poderiam estar mutiladas e de-primidas, em pessoas felizes, e com sua autoestima recuperada, graças à implantação da técnica de reconstru-ção mamária neste hospital.

Dr. Gilberto de Freitas Colli, com seu jeito irreverente, autênti-co e verdadeiro, se faz um gran-de e digno porta-voz dos médicos deste hospital, buscando sempre melhores condições para a classe. Sempre preocupado com a quali-dade no atendimento ao paciente que busca esta instituição.

Estes são exemplos que norteiam o corpo clínico desta instituição, dando ao mesmo uma característica única: profissionais sérios, dedicados, com princípios, ideais, sonhos, ética, cre-dibilidade, fazendo com que a medicina aqui seja exercida como um sacerdócio, honrando o juramento hipocrático por nós proferido no momento de nossas formaturas.

Artigo escrito por Dr. Renato José Affonso JúniorDiretor Clínico do Hospital de Câncer de Barretos

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Câncer: uma doença e sua história

No ano passado, os principais che-fes de estado do mundo se reuniram na conferência da ONU (Organizações das Nações Unidas) para discutir sobre a redução do impacto das doenças crôni-cas não-transmissíveis. Entre as doenças abordadas (diabetes, obesidade, doen-ças cardiovasculares e respiratórias crô-nicas) estava uma das mais alarmantes e conhecidas patologias da humanidade: o câncer. A preocupação com o tema escolhido justifica-se por seus núme-ros: segundo a União Internacional para o Controle do Câncer (UICC) somente em 2012, 12,7 milhões de pessoas no mundo serão diagnosticadas com cân-cer, sendo que destas, 500 mil são bra-sileiras.

A abrangência dessa doença que atinge pessoas de todas as nacionali-dades, idades, raças e classes sociais, fez com que ela se popularizasse como nenhuma outra durante o século XX e XXI. Ao mencionar a palavra “câncer”, já existe no imaginário comum uma sé-rie de concepções e sentimentos ligados às etapas do tratamento, às causas da doença e suas formas de prevenção.

O aumento do número de casos da doença atualmente leva a crer que an-tes ela não se manifestava da mesma forma. No entanto, como revela o on-cologista indiano Siddhartha Mukherjee em entrevista para a Revista Veja (autor do livro “O Imperador de Todos os Ma-les” sobre a história do câncer) o cân-cer tem uma relação contraditória com a qualidade de vida e os avanços da vida moderna: “As pessoas não viviam o suficiente para que a doença se ma-nifestasse de maneira significativa nas populações. A relação do câncer com a longevidade é direta. Quanto mais vivemos, maiores são os riscos de surgi-mento da doença. (...) Ao ampliar nosso horizonte de vida, a civilização não cau-sou o câncer, mas permitiu que ele se manifestasse.”

Uma doença milenar

Embora exista o registro de um dos mais antigos tumores no ser huma-no (um maxilar com sinais de linfoma, datado como 4.000 A.C.), não há um

primeiro registro científico inaugural que fale sobre a doença, pois egípcios, persas e indianos, séculos antes de Cristo, já faziam menções aos tumores malignos. Mas foi a escola de medicina de Hipócrates na Grécia (pioneiros por separar a medicina da magia) que, pri-meiramente, definiu a doença como um tumor duro que, muitas vezes, reapare-cia depois de extirpado. Desta época até o século XVI, os conhecimentos gerais de medicina consideravam que a doen-ça era um desequilíbrio dos fluídos cor-póreos e/ou um desequilíbrio do sistema linfático.

Somente no século XVIII, com os es-tudos do anatomista italiano Giovanni Battista Morgagni somados ao médico francês Marie François Xavier Bichat, que o câncer passou a ser entendido de forma diferente. O patologista italiano

foi responsável por caracterizar o câncer como uma unidade específica localizada em uma parte do corpo e Marie Bichat colaborou para a compreensão que os órgãos tinham em diferentes tecidos que, por sua vez, eram afetados por diferentes tipos de câncer. Ainda neste mesmo período o médico Joseph Clau-de Anthelme Recamier foi o primeiro a identificar um caso de metástase causa-da pela corrente sanguínea ou linfática.

Além dos avanços incipientes da pesquisa celular, foi somente em 1860 que a doença ganhou um novo patamar com o advento da cirurgia, possibilitado tanto pelo início da utilização de anesté-sicos quanto pelas técnicas de assepsia e anti-sepsia criadas pelo cirrugião Joseph Lister. No final do século XIX, com o au-mento dos conhecimentos de técnicas cirúrgicas e o crescente interesse dos

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19HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS

Câncer: uma doença e sua história

médicos pela oncologia, começaram a surgir os primeiros casos de sucesso em procedimentos cirúrgicos como a remo-ção de um tumor no estômago (1881) e a mastectomia (1890).

século XX: institutos e outras ciências a favor da oncologia

A descoberta do fisco alemão Wilhelm Konrad Roentgen (1845-1923) trouxe uma nova etapa não somen-te para estudos do câncer, mas para a medicina em geral. Ao observar que a passagem de uma corrente elétrica em tubos de vácuo produzia uma radiação capaz de marcar uma chapa fotográfica e atravessar objetos sólidos, Roentgen criou o raio X. Já nas primeiras décadas do século XX, o procedimento já era utilizado para tecer diagnósticos sobre tumores e outras patologias.

A técnica precária da utilização do raio X fazia com que a elaboração de uma chapa levasse cerca de 30 minutos para ser concluída. Esse tempo alto de exposição foi visto como um aspecto negativo, pois gerava irritações e quei-maduras na pele dos pacientes - além de afetar os pesquisadores que traba-lhavam com essa nova tecnologia. Mas ao longo do tempo, alguns médicos observaram que essas exposições mais intensas também causavam a destruição dos tecidos e de lesões cancerígenas.

Paralelamente, a cientista Marie Curie em 1901 descobriu dois novos elementos químicos com uma alta po-tencialidade de radiação: Polônio e o Radio. Ao conseguir isolar a atuação do rádio, a francesa abriu espaço para que outros pesquisadores pudessem estudar em 1905, o poder do elemento para destruir células malformadas e destruir tumores malignos. O desenvolvimento de tubos de raios catódicos (1913) e geradores potentes (1921) conseguiram controlar a intensidade dos raios e pos-sibilitar sua utilização segura.

O crescimento do interesse cientí-fico de diversas áreas pelo câncer pro-piciou a fundação de inúmeros centros especializados como o German Central Committe for Câncer Research na Ale-manha (1900), Americam Association

for Câncer (1907) e o Instituto Radium de Paris (1919) - fundado pelo gover-no francês e pela Marie Curie. Com as novas políticas de paz implantadas após o final da Primeira Guerra Mundial, os países criaram diversas associações de saúde e institutos específicos para a do-ença com troca de conhecimentos entre eles – ação que chegou a inspirar, por exemplo, o surgimento do INCA (Insti-tuto Nacional do Câncer) no Brasil em 1948.

O período entre o término da Pri-meira Guerra e o início da Segunda Guerra foi marcado pelo surgimento de uma das práticas mais importantes de tratamento para o câncer: a quimiote-rapia. O gás mostarda utilizado como arma química durante os combates é uma substância altamente tóxica, cujo contato direto, causa a morte em cer-ca de poucos minutos. No entanto, al-gumas pesquisas médicas conduzidas com soldados sobreviventes na época, mostraram que o contato moderado com a substância causava a diminuição de leucócitos no sistema linfático e na medula óssea – indicando um caminho para combater a leucemia.

Em 1941, os farmacologistas ameri-canos Alfred Gilman e Louis Goodman, demonstraram em cobaias animais que a substância causava a redução de al-guns linfomas e, posteriormente, con-

cluiriam que também proporcionava o desaparecimento de tumores em pesso-as doentes. No ano seguinte, os farma-cologistas em parceria com o cirurgião torácico Gustav Linskog, desenvolveram e aplicaram a primeira droga para tra-tamento de câncer, a “Mecloretamina” - droga utilizada para casos de linfoma de Hodkin e leucemia.

Após a criação de algumas drogas de combate ao câncer, uma descoberta feita pelos médicos e pes-quisadores James Holland e Emil Frei-reich, em 1965, mudaria os rumos do tratamento quimioterápico. Ao assimilar a mesma estratégia de tratamento utili-zada nos casos de tuberculose com an-tibióticos (em que cada droga associada deve combater um agente específico da doença), foi criado um método para di-ficultar a metástase e a recorrência dos tumores.

Os primeiros estudos conduzidos dessa forma ocorreram em centros americanos como o St. Judes Children´s Research Hospital e o National Câncer Institute e abriram caminhos para novos métodos, como a terapia de anticorpos monoclonais (simulação do sistema imu-ne do paciente e atacar células tumorais específicas), terapia adjuvante (terapia após a cirurgia), neo-adjuvatnte (terapia realizada antes da cirurgia) e outras.

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Câncer: Oncologia do futuro

Médicos do Hospital falam sobre os avanços na medicina oncológica e o que a instituição possui de mais moderno para atender os pacientes.

dr. andré lopesDiretor Científico do HCB

dr. armando MelaniDiretor Científico do IRCAD Brasil

oncologia molecular

a oncologia Molecular é uma área relativamente nova. como você avalia o estágio que estamos?

O estudo de biologia molecular em oncologia não é re-cente, porém os avanços foram muito grandes nos últimos tempos. O HCB está equipado com moderna infra-estrutura e equipamentos capazes de realizar pesquisas inovadoras na área. Além disso, todos os testes de oncolgia molecular em que há evidência clínica e podem beneficiar o pacien-te estão sendo realizados rotineiramente no atendimento e simultaneamente estamos estudando outros possíveis para aplicação.

como você avalia o nosso centro de oncologia Molecular comparado a outros no país e no mundo?

O nosso Centro possui infra-estrutura moderna e foi de-senhado com base em várias instituições de pesquisa tanto no Brasil como nos EUA. Hoje temos uma estrutura com-parável aos melhores centros em oncologia do país e do mundo, tendo sido elogiado por pesquisadores de renome e pelo nosso comitê consultivo, que é formado por gestores de centros de pesquisa nos EUA, Portugal e Brasil.

Quais as perspectivas para o futuro da oncologia Mole-cular?

Um dos caminhos mais ex-plorados no momento é o con-ceito de Medicina Personalizada, em que o tumor de cada pacien-te será avaliado individualmente para definir o melhor tratamento a ser realizado, maximizando os seus efeitos terapêuticos e dimi-nuindo os efeitos colaterais; au-mentando assim as taxas de cura e a qualidade de vida dos nossos pacientes.

cirurgia minimamente invasiva

Qual a avaliação sobre o cenário da cirurgia minima-mente invasiva no país? Quando e como você acredita que ela se tornará amplamente adotada no brasil?

Em relação os hospitais oncológicos, a maioria começou a realizar cirurgia minimamente invasiva há pouco tempo. O Hospital de Câncer de Barretos foi pioneiro em oferecer esse procedimento aos seus pacientes, principalmente em cirurgia colorretal. Acreditamos que entre cinco e dez anos, grande parte dos procedimentos devam ser por esse tipo de cirurgia, porém, muita coisa ainda precisa evoluir.

como o ircad (instituto de treinamento em técnicas Minimamente invasivas e cirurgia robótica) contribui para a implantação das técnicas de cirurgia minimamen-te invasiva?

Esse procedimento requer uma capacitação especial. O IR-CAD tem o papel de atuar nas transformações desse cirurgião convencional (cirurgia aberta) em cirurgião que pratique a técnica minimamente invasiva. Existe hoje uma carência mui-to grande na qualidade dos cursos, por isso o IRCAD veio para tentar suprir essa demanda, não só no Brasil, mas na América Latina.

Quais são os benefícios da cirurgia minimamente invasiva para o paciente?

Esse procedimento traz muitos benefícios aos pacientes, como menor tempo de internação, me-nor taxa de complicação, menor necessidade de terapia intensiva e mantendo os mesmo princípios com taxas relacionadas a mortali-dade do câncer, similares a cirur-gia convencional.

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21HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS

Câncer: Oncologia do futuro

Médicos do Hospital falam sobre os avanços na medicina oncológica e o que a instituição possui de mais moderno para atender os pacientes.

pesquisa clínica

como você avalia a evolução da pesquisa clínica oncológica comparada com o cenário de 20 anos atrás?

A Pesquisa Clínica Oncológica é uma área de atuação relativamente nova e em constante mudança e de-senvolvimento.

Nos últimos 20 anos, as instituições se conscientiza-ram da importância do estudo do câncer no Brasil devido a maior expectativa de vida da população e maior facilidade para diagnóstico precoce, passando a fazer parte das agen-das políticas e técnicas do governo.

Em 1996 a pesquisa clínica no Brasil passou a ser re-gulada pela Resolução 196, além de seguir normas inter-nacionais (Boas Práticas em Pesquisa Clínica emitida pela Conferência Internacional de Harmonização), mas apesar da maior acreditação internacional, o tempo gasto para aprovação pelos protocolos pela CONEP e novas medica-ções pela ANVISA fazem o Brasil ser pouco competitivo nos estudos clínicos.

como está a pesquisa clínica oncológica no cenário nacional e internacional?

A pesquisa clínica brasileira teve um crescimento signifi-cativo e o Brasil conseguiu inserir-se no cenário da pesquisa clínica internacional durante a última década. O número de registros de ensaios clínicos brasileiros em base de dados internacional passou de 187, em 2005, para 414 regis-tros em 2010, ou seja, crescimento de 220%. Entretanto, a concentração desses centros na região Sudeste, impede o acesso de grande parte dos doentes a novas estratégias terapêuticas, onde alguns centros de pesquisa, como o Centro de Pesquisa Clínica do Hospital de Câncer de Bar-retos, possuem padrão de qualidade comparado aos países europeus e americanos para condução de estudos clínicos multicêntricos. Entretanto, precisamos nos capacitar para participarmos de fases mais iniciais dos estudos clínicos (de-nominados estudos de fase I), além da clara necessidade do desenvolvimento da indústria nacional para a produção de novos fármacos contra o câncer.

Quais são os benefícios que serão trazidos com a expansão da área de pesquisa clínica no hospital de câncer de barretos?

O principal benefício é a melhora no tratamento ofe-recido aos pacientes, aumentando a chance de vida dos doentes e não se trata de uma simples expansão, pois o Hospital está transformando o conceito de investimento em dr. luciano de souza Viana

Coordenador Médico do Departamento de Pesquisa Clínica

Pesquisa Clínica. Em breve serão 1200 m2 de área dedicada para desenvolvimento de novos protocolos para combate ao câncer.

Pesquisa Clínica é uma necessidade para o país. Por exemplo: o tempo de vida dos doentes com câncer avan-çado de intestino quadruplicou nas últimas décadas graças a Pesquisa Clínica.

Esperamos que a evolução leve ao desenvolvimento de novos remédios no Brasil para tratamento da nossa popu-lação.

Quais são as estimativas sobre o futuro da pesqui-sa clínica oncológica?

Os novos conceitos em oncologia apontam para a Medi-cina Personalizada, ou seja, o tratamento será baseado nas características moleculares do tumor acrescido das caracte-rísticas do indivíduo.

No final de 2011, o Ministério da Saúde instituiu a Rede Nacional de Desenvolvimento de Fármacos Anticâncer (Re-defac). Através do estímulo da produção nacional de novas tecnologias terapêuticas em oncologia, a Redefac poderá diminuir a dependência do mercado externo para essa pro-dução, além de elevar a compe-titividade da indústria brasileira.

Um Centro de Pesquisa Clí-nica não atingirá seus objetivos se caminhar sozinho, ou seja, o futuro aponta para parcerias nacionais e internacionais para a unificação de esforços no combate ao câncer. Os resulta-dos não serão imediatos, mas acredita-se que de 5 a 15 anos poderemos perceber alguns avanços no tratamento dos pa-cientes, com melhora da quali-dade e quantidade de vida.

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22HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS

O Hospital de Câncer de Barretos agradece todas as cidades e seus di-versos representantes e segmentos, que se empenharam na realização de campanhas para arrecadação de alimentos: cooperativa agroin-dustrial dos produtores rurais do sudoeste Goiano; ponzan ali-mentos, de estrela d’oeste; si-coob noroeste de Minas; cia. de reis estrela do oriente e os Filhos de nazaré, de ipuã; sesi, de ribeirão pires e e. e. prof. José a. lopes borges, de araçatuba.

Estas campanhas são muito im-portantes para nós, pois com estes alimentos podemos oferecer aos pa-cientes uma alimentação comple-ta. Deus abençoe a todos que fize-ram suas doações. Muito obrigado!

Horários e dias sugeridos para a entrega das doações: de segunda a sexta-feira, das 7:00h às 17:00h; Sábado: das 7:00h às 12:00h. Caso tenha algum problema com rela-ção aos horários de entrega, entre em contato com o Departamento de Nutrição do hospital. Telefone (17)

3321-6600 – ramais 6816, 6896.Pedimos a você, que arrecada ali-

mentos a serem entregues ao hospi-tal: verifique a data de validade e a in-tegridade da embalagem (amassado, rasgado, aberto). Esses cuidados são importantes para que possamos zelar pela qualidade e segurança do alimen-to oferecido aos nossos pacientes.

E não se esqueça, traga o nú-mero do CPF da pessoa ou CNPJ da empresa no ato da doação, para que o hospital possa emitir um recibo.

Tapinas – SP 90 panos de prato e 90 garrafas de lacres de alumínio

Ipuã – SP 720 litros de leite e 47,4 kg de achocolatado

Unaí – MG422 travesseiros, arroz e 282 caixas de óleo

Rio Verde – GO 690 caixas de óleo e produtos de higiene

Penápolis – SP A Rede de Combate ao Câncer doou ao Hospital R$ 26.712,00. A contribuição é feita desde 2009

Barrinha – SPGêneros alimentícios

Monte AltoGêneros alimentícios, sacos vazios, ventilador e chuveiros

DOAÇÕES

CLUBE DO BOM SAMARITANO

Colômbia – SP600 travesseiros no valor de R$ 9 mil

Paulínia – SPLacres de alumínio

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23HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS

Ipuã - SP600 kg de gêneros alimentícios

Uchoa – SP2.040 lacres de alumínio

Taiaçu – SPFrutas e legumes

Costa Rica – MS326 cestas básicas e produtos de higiene

Nhandeara - SP4.800 litros de óleo

Frutal – MG270 mil copos descartáveis

Nuporanga – SPAVCC doou R$ 14.899,83

Ipuã – SP30 caixas de leite e 12 pacotes de arroz

DOAÇÕES

Barretos – SPSupermercado Savegnago doou R$ 2.426,00

Taquaritinga – SPA AVCC doou gêneros alimentí-cios

Tapira – MGProdutos de higiene

Lourdes – SPGêneros alimentícios

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24HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS

Monte Santo – MGGêneros alimentícios, 125 pacotes de copo plástico e 320 litros de leite

Bebedouro – SPGelatina, 216 pacotes de macarrão e 20 litros de óleo

DOAÇÕES

Arceburgo – MG219 kg de café e 2 kg de gelatina

Mirassol – SP50 kg de café, 900 kg de massa de tomate, 30 kg de alho e 20 pacotes de macarrão

Terra Roxa – SPGelatina, biscoito, macarrão, pêssego em calda e 516 litros de leite

São José da Bela Vista – SP341 litros de leite e 230 caixinhas de gelatina

Valentim Gentil – SPO Rotary Club doou R$ 8.245,00

Pindorama – SPA Sra. Adelina Busnardo comple-tou 96 anos e seu pedido aos con-vidados foi 1kg de alimento não perecível. Ela arrecadou 338kg. Muito obrigada e parabéns!

Catanduva – SPA empresa Nobol Bioenergia doou 5 mil toneladas de açúcar e seus funcionários (Catanduva, Potirendaba, Meridiano, Sebas-tianópolis), gêneros alimentícios

Barretos – SPO restaurante Divino Fogão, local-izado no North Shopping Barretos, ofereceu um dia bastante espe-cial às crianças em tratamento no Hospital

Tabapuã – SPA família Rede Loja 10 realizou um Terço dia 30/07/11 e arrecadou 730 kg de arroz e mais R$ 3.772,00 ao Hospital. Parabéns pela iniciativa!

Roberto-SPO amigo Renato Cesar Franchi fez aniversário e quem ganhou pre-sente foi o Hospital. A festa acon-teceu no Salão de Festas Lagoa Limpa, dia 30/10/11, e arrecadou R$ 24.355,00

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25HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS

CatiguáPopulação: 7.127 - Atendimentos: 505

Já é a 7ª Quermesse solidária que Catiguá (SP) realiza em prol do Hospital. O evento aconteceu dia 12/11/11, no Salão Paroquial, e contou com a organização do “Grupo de Amigos”. Cerca de 500 pessoas estiveram presentes e puderam participar do leilão de assa-dos e prendas, além de participarem de uma “Ação Entre Amigos”, que juntos renderam R$ 7.398,00.

A abertura da festa contou com a presença do padre da cidade que fez uma linda oração em que todos deram as mãos demons-trando união pela causa nobre de salvar vidas. Momento de muita emoção, segundo os organizadores.

Agradecemos de coração todas as pessoas que saíram de casa para participar sabendo que estariam fazendo o bem, aos voluntá-rios e todos aqueles que colaboraram com o evento. Saibam que o Hospital hoje está presente em 5 Estados com 12 projetos e mais do que nunca precisamos da solidariedade e do envolvimento das pessoas, para que as vidas de nossos pacientes possam ser restaura-das com amor e dignidade. Deus, que é rico em misericórdia proteja sempre cada um de vocês. Obrigado!

LEILÕES E FESTAS

Machadinho d’OestePopulação: 31.135 - Atendimentos: 212

Machadinho D’Oeste (RO) não mediu esforços para realizar, pela 1ª vez, ações solidárias em prol do Hospital. Tudo começou com a construção dos currais e do Tatersal para a realização do leilão. As pessoas se uniram, doaram a madeira e diversos volun-tários debaixo de muito calor, em tempo recorde, construíram o local onde foi realizado o leilão. Um desfile de moda, seguido de um animado baile foi realizado dia 17 e o tão esperado leilão dia 18/09/11, com 468 cabeças de gado, arrecadando juntos a mara-vilhosa quantia de R$ 259.334,50. O bezerro de ouro saiu por R$ 5.000,00. O coordenador Paulo Henrique dos Santos e a comissão organizadora ficaram muito satisfeitos com o resultado e esperam fazer sempre mais pelos pacientes com câncer.

A Captação de Recursos, em nome do Hospital, agradece o es-forço de cada um que vestiu a camisa da solidariedade e buscou fazer o melhor em prol de um tratamento digno para aqueles que necessitam. Deus abençoe a comunidade de Machadinho d’Oeste, doadores, arrematadores e todos os voluntários. Obrigado!

TaiaçuPopulação: 5.894 - Atendimentos: 1.104

Taiaçu (SP) realizou a 8ª Quermesse em prol do Hospital e foi bastante animada. Além da diversidade das refeições ofereci-das, teve o sorteio de um fusca e muita moda de viola. A sortuda que levou o carro para casa foi Edinélia Coqueiro. O coordenador Maurício Francisco da Silva e sua comissão também conseguiram arrecadar eletroeletrônicos para a “Ação Entre Amigos”, 7 bezerros e algumas prendas para o leilão. “A comunidade ajuda bastante e por isso pedimos de casa em casa”.

O evento aconteceu dia 05 e 06/11/11, no Bairro Água Quente, e arrecadou R$ 26.381,27, além de gêneros alimentícios, que foram doados ao Hospital.

Agradecemos a comunidade que não mediu esforços para colaborar e participar do evento, principalmente às entidades, igre-jas, voluntários e doadores. Deus ajude e proteja para que vocês con-tinuem fazendo o bem sem olhar a quem. Muito obrigado!

AraputangaPopulação: 15.342 - Atendimentos: 224

O coordenador Julio Maria de Oliveira e sua comissão realiza-ram um belíssimo trabalho solidário organizando a 5º Leilão Direito de Viver em prol do Hospital. O evento aconteceu no Recinto de Exposições de Araputanga (MT). Foram leiloadas 180 cabeças de gado, que arrecadou R$ 80.990,00.

Agradecemos de coração o envolvimento e comprometimento das pessoas de bem nessa bonita ação em benefício do próximo. Aos voluntários, doadores e arrematadores, nosso muito obrigado! Deus, que é rico em misericórdia, esteja sempre com vocês nessa caminhada em favor do próximo.

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26HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS

Onda VerdePopulação: 3.884 - Atendimentos: 128

Onda Verde (SP) realizou a 2ª edição do Leilão Direito de Viver, dia 04/12/11, no Salão de Festa do Santuário do Senhor Bom Jesus dos Castores. Além das 11 cabeças de gado, também foram lei-loados outros animais e diversas prendas, que juntos arrecadaram R$ 13.000,00. A animação dos leiloeiros e o entusiasmo dos que participaram, misturados à emoção vivida com o depoimento de al-guns pacientes foi o ponto alto do evento. O hospital agradece pela busca de recursos tendo a certeza que nossas portas continuam sempre abertas graças aos incansáveis apelos de nossos coordena-dores de pedir, pedir, pedir para oferecer o que existe de melhor no mundo àqueles que não podem pagar pelo altíssimo custo de um tratamento de câncer. Agradecemos imensamente pela partici-pação da população, pela colaboração dos voluntários, doadores e arrematadores. Deus esteja sempre iluminando o caminho de cada um que luta pelo próximo. Obrigado!

LEILÕES E FESTAS

Santa Albertina População: 5.723 - Atendimentos: 1.192

A 9ª edição do Leilão Direito de Viver de Santa Albertina (SP) aconteceu dia 03/12/11, na praça da Igreja Matriz, e reuniu diver-sas pessoas dispostas a passar algumas horas juntas praticando a benemerência. Segundo a coordenadora Alice Guarnieri Roque, as barracas ofereceram uma grande variedade de alimentação e a equipe de voluntários conseguiu arrecadar 110 cabeças de gado. O resultado foi muito positivo, R$ 96.688,80 doados ao Hospital. Este ano, o destaque foi um grupo de dez gansos arrematados por R$ 2.770,00. Quase de ouro! Além disso, houve arrecadação de artesanatos, gêneros alimentícios e produtos de higiene, entregues na unidade de Jales.

Agradecemos a comissão de voluntários, a comunidade, os doa-dores, arrematadores, enfim, todos os que colaboram e ajudam esta obra de amor. Deus abençoe cada um de vocês. Obrigado!

Adolfo População: 3.557 - Atendimentos: 156

Adolfo (SP) realizou pela 3ª vez um leilão beneficente ao Hos-pital do Amor. O evento aconteceu dia 04/12/11, no Salão Paro-quial, sob a coordenação de Odair Luiz Rosa e uma comissão de voluntários. Foram leiloadas 29 cabeças de gado, que renderam R$ 30.787,20. Além disso, teve a “Ação entre Amigos” que sorteou um fusca lotado de cerveja e a campanha do cimento, para ajudar nas obras da Instituição. Ele também trouxe a doação de roupas e refrigerantes.

O Hospital agradece toda a população local e também as ci-dades vizinhas, que prestigiaram o evento e deram importante e significativa contribuição, aos doadores, arrematadores, leiloeiros e voluntários pelo belíssimo trabalho desenvolvido. “Um sonho que se sonha só é somente um sonho que se sonha só, mas um sonho que se sonha junto é realidade”, por isso precisamos sempre do apoio de vocês. Muito obrigado e que Deus os abençoe!

Santópolis do Aguapeí População: 4.277 - Atendimentos: 316

A 5ª edição do Leilão Direito de Viver em prol do Hospital, re-alizado em Santópolis do Aguapeí (SP), mais uma vez surpreendeu a coordenadora Suzana de Avelar Alves e os voluntários que tra-balham junto dela. “Cada ano que passa sinto que a população se conscientiza mais e se compromete com a saúde dos enfermos. Essa arrecadação foi duas vezes maior que a do ano anterior”, re-velou ela. Tive a grata surpresa de ouvir do coordenador de Gabriel Monteiro o seguinte: “nossa festa cresceu porque diminuiu nossa ignorância” e isso é a mais pura verdade. Hoje não, as pessoas se conscientizaram que somente com união, partilha, solidariedade, honestidade e amor a uma causa podemos melhorar o mundo que vivemos e torná-lo mais humano e fraterno.

O evento aconteceu dia 18/09/11, no Salão Paroquial, onde fo-ram leiloadas 60 cabeças de gado, outros animais e prendas, que juntos arrecadaram R$ 53.479,00 ao HCB. Além disso, a comissão do leilão trouxe diversos alimentos, que foram arrecadados antes do evento.

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27HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS

LEILÕES E FESTAS

ItaporãPopulação: 20.865 - Atendimentos: 421

Todos os anos, a coordenadora Maria Nascimento Barbosa re-aliza diversas ações solidárias em Itaporã (MS). Em 2011, a popula-ção contribuiu com o bazar da pechincha, o sorteio de uma novi-lha, uma ação entre amigos, venda de artesanatos e a carneirada, promovida pelo Rotary Clube da cidade. Tudo isso arrecadou R$ 14.100,00 para o Hospital. “Costumo dizer que sou uma formigui-nha lava-pé, pequenina, mas morde doído, porque eu vou atrás de tudo e de todos para conseguir os recursos tão necessarios para o Hospital”, contou ela, que também é madrinha dos cofrinhos em Itaporã.

Agradecemos imensamente a população que contribuiu com todas essas ações tão importantes para que nossa Instituição cubra o déficit mensal de R$ 6 milhões. É trabalhando como formiguinhas que chegamos a excelência no tratamento oncológico. Deus aben-çoe vocês. Obrigado!

ClementinaPopulação: 7.065 - Atendimentos: 345

A comunidade do bairro Martelli, em Clementina (SP), organi-zou mais um delicioso almoço dia 04/12/2011, que reuniu não só as famílias que lá residem, mas também toda a população do mu-nicípio. A coordenadora Regina de Fátima Gardenal Ferreira contou que já é a 5ª vez que organizam esse almoço na comunidade rural e cada ano a participação popular aumenta. “Nosso salão de festas está pequeno, não comporta mais todas as pessoas que querem colaborar”. A arrecadação atingiu R$ 20.735,00 e a sensação do evento foi a pururuca, de aperitivo. “Tem gente que chega 10h da manhã para guardar lugar e não perder nada”.

Agradecemos o carinho e a dedicação dos que colaboraram para o sucesso desse evento, aos amigos que contribuíram com do-ações e com a presença, nosso muito obrigado! Deus os abençoe com muita saúde e paz nesse caminho da solidariedade.

Sud Mennucci População: 7.435 - Atendimentos: 695

Foi uma das primeiras cidades a realizar um leilão para o Hospi-tal. Sem explicação plausível, vários anos se passaram e a população se esqueceu da antiga parceria com a instituição e somente agora em 18/12/11 foi realizado o 2º leilão. Cerca de 1.200 pessoas par-ticiparam do evento em prol do Hospital realizado no Recinto de Exposições. Foram leiloadas 81 cabeças de gado e outros animais arrecadando R$ 102.818,00. “Tudo ocorreu na mais perfeita har-monia e muita alegria, inclusive com a presença de varias pessoas das cidades vizinhas”. Houve também a doação de alimentos, pro-dutos de higiene, copos descartáveis e guardanapos. O coordena-dor Edinaldo da Silva ficou muito feliz com o resultado e por isso agradece toda a população, doadores, voluntários e arrematadores que participaram desse belíssimo evento em favor da vida. Deus, que é rico em misericórdia, esteja sempre presente na vida de todos vocês. Obrigado!

Prata População: 25.802 - Atendimentos: 1.899

O Parque de Exposições do Prata (MG) foi palco da solidarieda-de, onde se realizou a 4ª edição do Leilão Direito de Viver em prol do Hospital. O evento aconteceu dia 02/09/11 sob a coordenação de Simão Gouvêa Tannus e sua comissão, que também promoveram um delicioso almoço solidário, dia 04/09/11, no Jatobá Country Clu-be, com renda para o HCB.

As 186 cabeças de gado leiloadas ajudaram a atingir o valor de R$ 133.360,00. Um bezerro de apenas dois dias de vida foi o des-taque sendo arrematado por R$ 9.040,00. “O valor vem sendo su-perado a cada ano. O primeiro leilão arrecadou R$ 60 mil”.

O coordenador agradece a comissão organizadora pelo apoio, a população pratense pela colaboração e todos aqueles que se em-penharam e contribuíram com a causa nobre de salvar vidas. Deus cubra de bênçãos cada um de vocês. Obrigado!

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28HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS

LEILÕES E FESTAS

ParaísoPopulação: 5.898 - Atendimentos: 390

O coordenador Osei Stefen organizou o 9º Leilão Direito de Vi-ver em prol do Hospital, dia 04/12/11, na cidade de Paraíso (SP). Cerca de 700 pessoas participaram do arremate das 42 cabeças de gado, outros animais e diversas prendas, além do sorteio do fusca com cerveja, DVD, TV e microondas, que arrecadaram R$ 66.246,00 ao HCB. O Hospital também recebeu a doação de uma cadeira de banho.

A comissão agradece a participação e colaboração da popula-ção, o apoio dos voluntários, doadores e arrematadores, que não mediram esforços para o sucesso do evento. Deus proteja e ilumi-ne o caminho de vocês para que continuem sempre praticando a solidariedade e possam experimentar a alegria de se colocarem a serviço do próximo. Obrigado!

RondonópolisPopulação: 195.476 - Atendimentos: 1.556

Pela 2ª vez consecutiva, o coordenador Nilson Novaes Porto re-aliza um leilão beneficente ao Hospital. Em 2011, o evento aconte-ceu dia 17/04, no Thatersal do Parque de Exposição e contou com o apoio de diversos seguimentos da sociedade rondonopolense (MT). Foram leiloados 30 bovinos e outros animais, que juntos ar-recadaram R$ 36. 580,00, sendo o destaque, um peru arrematado e doado novamente chegando aos R$ 800,00. A equipe também organizou um leilão virtual, promovido pela Aroeira Leilões, que ar-recadou mais R$ 1.800,00, valor referente à aquisição de sêmen bovino.

Agradecemos imensamente a colaboração da população, do-adores, arrematadores e toda a equipe de voluntários e comissão organizadora. Deus abençoe cada um de vocês e dê forças para continuarem no caminho da esperança de um mundo melhor junto conosco. Obrigado!

IndiaporãPopulação: 3.903 - Atendimentos: 836

Indiaporã (SP) fez acontecer dia 05/06/11, o 8º leilão Direito de Viver em prol do Hospital. O evento foi realizado no Recinto João Scatolin e contou com a presença da sociedade, que colaborou e participou dessa grande festa em favor da vida. Foram leiloadas 51 cabeças de gado e diversas prendas, que juntos arrecadaram R$ 49.913,00. Mais uma vez, o destaque foi a filha da bezerra “Preti-nha” que, segundo o coordenador Chiquinho, foi criada na mama-deira com muito carinho e arrecadou R$ 1.000,00.

Agradecemos o empenho da comissão de voluntários que sem-pre se preocupa conosco nos oferecendo condições financeiras para um tratamento digno a quem necessita. Deus abençoe e proteja toda a população que participou, aos doadores e arrematadores que deram sua contribuição. Muito obrigado!

Junqueira (Distrito de Monte Aprazível) População: 530 - Atendimentos: 43

Cerca de 800 pessoas participaram do sublime ato de solidarie-dade em prol do Hospital com a realização da 7º leilão Direito de Viver, dia 07/08/11, no distrito de Junqueira (SP). O coordenador Gervásio Domingos Tonetti e sua comissão ficaram bastante satis-feitos com o resultado, pois o distrito tem poucos habitantes, mas um enorme coração e um profundo comprometimento com o pró-ximo.

O evento aconteceu no Salão de Festas da cidade, sendo leiloa-das 45 bezerras, animais de pequeno porte e muitas outras prendas, arrecadando R$ 47.916,67. “Ficamos muito contentes com a quan-tidade de pessoas que participou”, disse o coordenador.

Agradecemos imensamente o comprometimento do distrito de Junqueira com os pacientes portadores de câncer, que tanto neces-sitam de nossos cuidados. Aos voluntários, doadores, arrematado-res e toda a população, nosso muito obrigado! Vocês são verdadei-ros anjos do bem.

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29HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS

LEILÕES E FESTAS

Nuporanga População: 6.817 - Atendimentos: 228

Pela 14ª vez, o leilão de gado em prol do Hospital, realizado em Nuporanga (SP), foi sucesso absoluto. Sob a organização do coor-denador Joaquim Gonçalves Borges, a comissão de leilão e a AVCC, leiloaram 41 cabeças de gado, outros animais e muitas outras pren-das, arrecadando R$ 73.435,00. O que fez a alegria da garotada foi um pônei arrematado uma única vez por R$ 14.000,00. Verdadeira benção!

O leilão aconteceu no dia 15/01/12, no Centro Cultural de Tu-rismo e Eventos, onde cerca de 300 pessoas se reuniram pela causa nobre de salvar vidas. “Agradeço primeiramente a Deus. Sem Ele nada podemos fazer. Agradeço também os doadores e colaborado-res que nos ajudaram a tornar esse evento tão grandioso”. Quanto maior é o evento mais podemos ajudar pessoas que como nós têm vontade de viver.

O Hospital agradece imensamente as pessoa que participaram e a todos que contribuíram para que a vida fosse mais valorizada. Muito obrigado! Deus ilumine a vida de cada um de vocês.

Coroados População: 5.238 - Atendimentos: 202

O Recinto de Rodeio de Coroados (SP) foi o local escolhido para a realização de mais um evento beneficente em prol do Hospital. É o 4º ano consecutivo que o coordenador Edson Ferreira e sua co-missão organizam uma ação solidária e 2011 foi a vez do jantar, que teve como prato principal um delicioso churrasco completo, com direito a farofa, mandioca, molho vermelho, salada e muito mais. A arrecadação atingiu R$ 9.106,70 ao Hospital.

O que mais chamou a atenção da equipe de voluntários foi que, mesmo debaixo de muita chuva, a população não deixou de pres-tigiar o evento. A animação musical ficou por conta da Banda do Flavio.

Agradecemos a comunidade pela contribuição e por nos apoiar financeiramente. Desejamos que Deus abençoe com muita saúde e paz cada uma das famílias que participaram desse evento e que prossigam por muitos anos com esse carinho e amor aos que sofrem com a terrível doença do câncer. Muito obrigado!

Paulo de FariaPopulação: 8.589 - Atendimentos: 406

Foi realizado em Paulo de Faria (SP) o 12º Leilão com almoço em prol do Hospital de Câncer de Barretos dia 13/11/11. As ações solidárias aconteceram no Recinto Luiz Paulo de Almeida, onde estiveram presentes 600 pessoas. Foram leiloadas 70 cabeças de gado, que arrecadaram R$ 80.167,58 ao Hospital. Uma grande benção!

O coordenador Silvano Ribeiro Patrocínio e toda sua equipe agradecem os doadores, arrematadores e colaboradores e a pre-sença de Caio Faitaroni que veio especialmente de Rondônia para ajudar no evento. Deus, que é rico em misericórdia, abençoe o tra-balho voluntário que vocês realizam em favor da vida. Muito obri-gado!

GuarulhosPopulação: 1.221.979 - Atendimentos: 144

Os irmãos Anderson e Tiago Massa Moraes juntamente com um grupo de voluntários colocaram em prática, na cidade de Gua-rulhos (SP), mais que um momento de solidariedade. Eles realiza-ram pela 1ª vez uma Queima do Alho em prol do Hospital, na GAT Logística, onde muitas pessoas se confraternizaram pelo bem dos pacientes com câncer. Todos os presentes receberam um kit perso-nalizado com caneca, talher e ainda participaram de um leilão de prendas, que teve camisas de diversos times, artesanatos, bicicletas, televisores, dentre tantas outras coisas.

Com toda essa ação, que aconteceu dia 17/12/11, eles conse-guiram arrecadar R$ 40.000,00. Uma verdadeira benção de Deus! São empresários conscientes de sua responsabilidade social. Pode-riam continuar vivendo descompromissados, desfrutando de seus bens sem se preocuparem com o sofrimento de pessoas que eles nem conhecem, porém arregaçaram as mangas e deram um mag-nífico exemplo de solidariedade questionando outros empresários a fazerem o mesmo. Queremos agradecer imensamente a colabora-ção de cada pessoa que fez sua doação, que teve a coragem de sair de casa para partilhar um pouco de amor e participar dessa festa de solidariedade, à Comitiva Saudade do Corredô de Novo Horizonte (SP) e também aos que arremataram as prendas e puderam viver momentos de descontração e alegria. Deus retribua com muita saú-de esse gesto solidário. Obrigado!

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30HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS

LEILÕES E FESTAS

SalesPopulação: 5.451 - Atendimentos: 119

A comissão voluntária de Sales (SP), coordenada por João Val-domiro Doná, realizou o 7º leilão Direito de Viver em prol do Hos-pital, dia 11/12/11. O evento aconteceu na Quadra da Cidadania, onde foram leiloadas 50 cabeças de gado, que arrecadaram R$ 66.185,50. Um bezerro cruzado foi o grande destaque sendo arre-matado por R$ 2.380,00. Agradecemos a população que aderiu à iniciativa de se arrecadar fundos em favor da causa dos pacientes, pois ninguém consegue fazer nada sozinho. A união é uma das práticas mais importantes para se realizar um evento solidário de sucesso. Aos doadores, arrematadores e voluntários, nosso muito obrigado. Deus abençoe cada um de vocês!

CassilândiaPopulação: 20.966 - Atendimentos: 1.703

Já é 10º leilão Direito de Viver realizado em Cassilândia (MS). O evento aconteceu dia 03/12/11 e reuniu muitas pessoas de espírito solidário no Foguinho Leilões. Além da comissão e dos voluntários, várias entidades também se envolveram para ajudar o Hospital. Fo-ram leiloadas 105 cabeças de gado, que renderam R$ 90.700,08. Um bezerro foi o destaque, sendo arrematado por R$ 16.000,00. O arrematante doou novamente e ele será leiloado mais uma vez em outra cidade que fizer uma ação solidária em prol do HCB. O coordenador João Sergio Cervoni agradece os participantes dessa bonita festa do bem e a todos que não mediram esforços para pres-tar serviço voluntário, doar, arrematar e até mesmo participar. Deus abençoe cada um de vocês. Obrigado!

São Joaquim da BarraPopulação: 46.512 - Atendimentos: 3.862

Os coordenadores Fidelis Rossini Neto e Alda Vieira Tristão em parceria com os voluntários da AVCC, de São Joaquim da Barra (SP), realizaram a 5ª edição do leilão Direito de Viver em prol do Hospital. O evento aconteceu dia 06/08/11, no curral Pedreira Mat-taraia, onde cerca de 300 pessoas se reuniram para participar do ar-remate das 122 cabeças de gado, que arrecadaram R$127.571,80. O destaque foi para o bezerro arrematado 59 vezes. Uma verdadeira corrente do bem!

Agradecemos imensamente pela solidariedade do povo de S. J. Barra demonstrada nesse evento. Aos doadores, arrematado-res, voluntários e participantes, nossa eterna gratidão. Aproveita-mos para agradecer a doação dos 8 mil litros de leite que a cidade manda todos os meses há muitos anos. Deus abençoe e retribua a generosidade de todos vocês nessa caminhada pelo bem do próxi-mo. Obrigado!

Dirce Reis População: 1.689 - Atendimentos: 276

A coordenadora Emilia Mulina Campos Vieira relatou o quão emocionante foi realizar seu evento esse ano em dois dias: a Quer-messe dia 10 e o 7º Leilão dia 11/09. A cidade de Dirce Reis (SP) se mobilizou inteira para ajudar o Hospital. “As pessoas ansiosas perguntavam na rua quando e onde poderiam fazer sua doação. A meta da comissão organizadora é não deixar nenhuma casa pra trás. Todas as pessoas são convidadas a ajudar: quem tem mais doa um bezerro e quem tem menos doa o que pode, mas o importan-te é que todos participam”. Foram 45 cabeças de gado e muitas prendas que logo acabaram, mas segundo a coordenadora, o amor falou mais alto e as pessoas começaram a tirar seus pertences para doar, como cinto, brincos, colares, chapéu, óculos e relógios, arre-cadando um total de R$ 42.145,50.

Nossos agradecimentos a todos os envolvidos. Deus retribuirá tamanha generosidade com muita paz, saúde, amor e prosperida-de.

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31HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS

TuriúbaPopulação: 1.930 - Atendimentos: 208

O evento em prol do Hospital realizado em Turiúba (SP) foi bas-tante animado. O coordenador Aparecido Onorato e sua comissão organizaram três dias de festa: Quermesse dia 12/11/11, Leilão dia 19/11/11 e Festival de Prêmios dia 26/11/11. O leilão, que já está em sua 10ª edição, aconteceu no Recinto de Exposição, e reuniu 50 cabeças de gado e outros animais arrecadando R$ 33.000,00. Todos os eventos juntos renderam R$ 53.070,00 ao Hospital e o destaque foi uma lingerie que animou a festa dos marmanjos de plantão. Agradecemos de coração todos os que colaboraram com o evento solidário, os doadores, arrematadores, voluntários, enfim, todos os que doaram um pouco de si para o muito que represen-ta o HCB. Essa foi mais uma oportunidade que a população de Turiúba teve para se solidarizar com uma causa tão bonita. Deus abençoe todos vocês e retribua tanta generosidade com muita saú-de e paz!

Água Clara População: 14.424 - Atendimentos: 129

O coordenador Vicente Amaro de Souza Neto mobilizou di-versos seguimentos e entidades da sociedade para realizar o 5º leilão Direito de Viver de Água Clara (MS). O evento aconteceu dia 11/12/11 com 78 cabeças de gado, que arrecadaram R$ 43.000,00 ao Hospital. Uma novilha foi arrematada por R$ 5.000,00. Uma benção de arrecadação tendo em vista o número de habitantes que a cidade tem.

A Captação de Recursos agradece a população que compare-ceu em massa e soube partilhar seus bens com aqueles que pre-cisam de nosso socorro, os voluntários, Rotary Clube, Maçonaria, Clube 2 e 3 Rodas e também ao proprietário do CEAC, Cobi Jun-queira. Deus abençoe e dê muita força para que vocês continuem trilhando o caminho da solidariedade. Obrigado!

Lavínia População: 8.779 - Atendimentos: 402

Lavínia (SP) realizou dia 21/08/11 no Recinto de festas, o 8º Leilão de gado em prol do Hospital, sob a coordenação de Silvio Zamboni, que foi premiado com uma moto, no último Encontro dos Coordenadores. O evento contou com a ajuda da comissão do leilão “Direito de Viver” e das mulheres da cidade. Foi organizado um grande e bonito bazar de artesanatos que acabou se tornando o destaque da festa arrecadando R$ 4.500,00. Foram leiloadas 76 cabeças de gado, animais de pequeno porte e muitas outras pren-das, arrecadando um total de R$ 84.338,52.

Agradecemos toda população que prestigiou, ajudou, que fez, faz e fará sempre parte da nossa história. Deus abençoe vocês. Obrigado!

Nova Andradina População: 45.585 - Atendimentos: 1.346

No dia 04/09/11 aconteceu em Nova Andradina (MS) o 7º leilão de gado em prol do Hospital. A realização do evento esteve sob a coordenação de Ademar Capucci e sua comissão. A participação de toda a sociedade foi de fundamental importância para o sucesso do evento. Cerca de 3.000 pessoas participaram. Foram leiloadas, no Parque de Exposições, 450 cabeças de gado, outros animais, prendas e aconteceu até uma “Ação Entre Amigos” que por sinal foi muito animada. O valor arrecadado atingiu os R$ 433.000,00 e, além disso, as crianças da cidade realizaram mais uma vez a campa-nha de arrecadação de leite para o Hospital. A empresa John Deere doou uma miniatura de trator que foi arrematado várias vezes e saiu por R$ 3.500,00.

Agradecemos o apoio da população, dos doadores e de todos os voluntários que participaram desse evento. Nosso muito obriga-do! Que Deus continue iluminando a caminhada de cada um de vocês com muita saúde e paz.

LEILÕES E FESTAS

Page 32: Revista HCB #29 fev/mar 2012

SuA COnTRIbuIçãO PARA O HOSPITAl DE CânCER DE bARRETOS PODE SER FEITA nOS SEGuInTES bAnCOS:

bAnCO DO bRASIl Agencia: 3371-5

Conta Corrente: 10.000-5

SAnTAnDER Agencia: 0021

Conta Corrente: 13004000-9

bRADESCO Agencia: 0144-9

Conta Corrente: 58.816-4

DIA 06 Fernando Prestes (MT)

Pimenteiras D’oeste (RO) Barbosa (SP)

DIA 13 Sebastianópolis do Sul (SP) Itumbiara (GO)

DIA 19 Alta Floresta (MT)

DIA 20 Glória de Dourados (MS) Itumbiara (GO) Coroados (SP) Gurinhatã (MG)

DIA 26 Caldas Novas (GO)

DIA 27 Nipoã (SP) General Salgado (SP) Nova Mamoré (RO)

JUNHO

DIA 03 Figueirão (MS)

DIA 10 Rubinéia (SP) Palestina (SP) Limeira D’oeste (MG)

DIA 15 Monte Alegre de Minas (MG)

DIA 17 Caiapônia (GO) Mineiros (GO)

DIAS 23 e 24 Viradouro (SP)

DIA 24 Santa Luzia D’oeste (RO) Campina Verde (MG)

DIA 29 Prata (MG)

DIA 30 Sacramento (MG)

AGENDA LEILÕES E FESTAS 2012

ABRILDIA 01 Santa Adélia (SP)

Luiziânia (SP)

DIAS 13 a 15 Arceburgo (MG)

DIA 14 Barretos (SP)

DIAS 14 e 15 Olímpia (SP) Avanhadava (SP) Neves Paulista (SP)

DIA 15 Ilha Solteira (SP) Sales Oliveira (SP) Irapuã (SP) Alto Taquari (MT) São José da Bela Vista

DIA 21 Santa Fé do Sul (SP) Capinópolis (MG) Itarumã (GO)

DIA 22 Ipiguá (SP) Nova Granada (SP) Socorro (SP) Cajobi (SP) Macaubal (SP) Boa Vista (SP)

DIA 27 Chapadão do Sul (MS)

DIA 29 Indiaporã (SP) Iturama (MG)

MAIO

DIA 05 Ribeirãozinho (MT)

Américo de Campos (SP) Fernando Prestes (SP) Pimenteiras D’oeste (RO)