revista guzerá | nº 05 | 2012 · raças nelore, cangaian, indubrasil e brahman. o fato de ser uma...

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03 Revista Guzerá | Nº 05 | 2012

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Prezados Guzeratistas, Na edição passada desta revista aproveitei este espaço

para promover uma reflexão sobre a importância do fortaleci-mento dos nossos vínculos em nossa Associação e fiz um con-vite para que tais vínculos se dessem em “mão dupla”: você, associado, compartilhando conosco, da gestão e da tomada de decisões de questões relevantes para a nossa Raça. E você veio. E porque veio conseguimos realizar muitas coisas impor-tantes.

Em março de 2008 a ACGB promoveu o Seminário Na-cional da Raça Guzerá, marco exemplar de prática democrática para a definição de metas a serem alcançadas por uma insti-tuição representativa de um grupo que se agrega para tal fim. Vieram guzeratistas de todo o Brasil e, num esforço coletivo, de-finimos tais metas. Entendendo a importância deste movimento, resgatamos em nossa gestão os documentos que se originaram do referido esforço e nos propusemos implantá-los.

Com a sua participação, realizamos o “Leilão de Prenhe-zes” que está possibilitando recursos para os investimentos na Raça. Implantamos o novo site nos moldes sugeridos naquele evento, inclusive com espaço para divulgação de informações técnicas e comerciais. Estreitamos relações com instituições de ensino e pesquisa e apoiamos programas de avaliação ge-nética. Estabelecemos o calendário nacional de exposições ranqueadas, atualizamos o regulamento do ranking com pre-miação de animais de aptidão leiteira. Temos agregado cons-tantemente novos associados... e, como você, sei que muito ainda há que fazer.

Graças à sua participação, andamos muito, mas o ca-minho é longo. E trilhar este percurso pode ser prazeroso ou sofrido, só depende de nós.

Agradeço a todos que me apoiaram e aos companheiros de Diretoria que estiveram presentes nesta jornada e que muito me ajudaram nos momentos difíceis.

Agradeço a nossa Raça, que nos propicia sempre novas descobertas e investimentos pela sua riqueza, inclusive a de promover a participação da família e dos amigos.

Paulo Roberto MenicucciPresidente da ACGB

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Graças àsua participação,

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ACGBAssociação dos Criadores de Guzerá do BrasilPraça Vicentino Rodrigues da Cunha, 110, São BeneditoCEP 38022-330 Bloco 1, 2º andar. Uberaba - MGe-mail: [email protected] ou [email protected] e FAX: (34) 3336 1995

Diretoria:Presidente:Paulo Roberto Menicucci1º Vice Presidente: Renato Egídio Olivé Esteves2º Vice Presidente: Otávio Alberto Canto Álvares Corrêa3º Vice Presidente: Gustavo Pitangui de Salvo

Diretor Tesoureiro: Luciano Marques do Bomfim

Diretor de Marketing: João de Lima Géo Filho

Diretor Técnico: Rodrigo Diniz de Mello

Diretor de Guzolando: Rodrigo Pinto Canabrava

Conselho Fiscal Efetivos: Dante Emílio RamenzoniJosé Transfiguração FigueiredoMário de Almeida Franco Júnior

Suplentes:Sinval Martins de MeloAntônio Plácido Peixoto do Amarante NetoRoberto Neszlinger

Editora e jornalista responsávelLarissa Vieira - MG 09513P

Departamento ComercialMundo Rural - [email protected]

Capa:Foto: Marcelo Cordeiro

Diagramação e projeto gráficoJamilton Souza - [email protected]

Impressão - CTPGráfica 3 Pinti - (34) 3326-8000

As opiniões expressas nos artigos são de inteira responsabi-lidade de seus autores.

A pecuária brasileira tem desafios importantes para vencer em 2012, com relação à sustentabilidade do setor. Chefes de Estado de mais de 100 países de-

sembarcarão no Brasil, em junho, para a Rio + 20, confe-rência das Nações Unidas. O temor das lideranças rurais é de que o agronegócio seja mais uma vez tratado como vilão do meio ambiente. Em conjunto com entidades de classe, entre elas CNA e ABCZ, o Ministério da Agricultu-ra, Pecuária e Abastecimento (Mapa) prepara um docu-mento para mostrar ao mundo a real contribuição do setor para a sustentabilidade do país.

Um dos exemplos que será mostrado é a possibi-lidade de utilizar as pastagens para reduzir emissões de carbono. Um pasto bem manejado promove o sequestro deste gás de efeito estufa, reduzindo o impacto na at-mosfera. Outro desafio para 2012 é a aprovação do Có-digo Florestal. A atualização da legislação ambiental dará maior segurança jurídica para o produtor rural brasileiro continuar produzindo alimentos, regularizando a situação de mais de 90% deles. Com o novo Código Florestal, o Brasil reforçará seu compromisso com a preservação do meio ambiente.

A sustentabilidade no setor pode ser viabilizada, em parte, pela verticalização da pecuária, ou seja, o uso da genética melhoradora como forma de aumentar a pro-dutividade do rebanho nacional sem abrir novas áreas de pastagem. Várias ações vêm ocorrendo para garantir que a genética do Zebu chegue a todas as propriedades, sejam elas pequenas, médias ou grandes. É o caso dos produtores que recebem sêmen dos touros do Teste de Progênie da raça Guzerá. A introdução desta genética de ponta nos rebanhos está garantindo aumento da produti-vidade de leite e de carne, melhorando a renda dos pro-dutores.

A edição de 2012, da revista Guzerá, destaca o crescimento do Programa Nacional de Melhoramento do Guzerá para Leite nos últimos anos e a forma como ele tem contribuído para o avanço da pecuária nacional. Ain-da trazemos outras novidades na área de genética, como a conclusão do sequenciamento do genoma do Guzerá, os resultados da pesquisa de temperamento nas vacas e o mercado de sêmen.

Em um tour por várias regiões do Brasil, registra-mos como a raça está sendo utilizada para produção de carne e leite e a entrada de novos criadores na seleção de Guzerá. Já fora do país, mostramos como é a pecuária leiteira na Nova Zelândia. Ainda tem calendário das expo-sições e muito mais.

Larissa VieiraEditora

Expediente

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Índice

Cresce a venda de sêmen sexado Pag. 12

Caminho seguro para o Mehoramento Genético Pag. 20

Genoma do Guzerá, para quê? Pag. 34

Palavra do Presidente 06Editorial 08O que a Nova Zelândia pode nos ensinar? 18CBMG2: perspectivas e conquistas 26O que os resultados do estudo de temperamento de

vacas Guzerá sinalizaram? 28Mercado busca genética de dupla aptidão 38Pista e campo andam próximos 44Os melhores do Ranking 2010/2011 48Agenda de exposições 54Lista de sócios contribuintes 56

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Cresce venda de sêmen sexado

O mercado de sêmen continua mostrando que tem fôlego para crescer. Na raça Gu-zerá, as vendas de sêmen voltadas para

o gado de corte elevaram em 32,21% entre os anos de 2009 e 2011, segundo relatório da Asso-ciação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia). No passado, foram vendidas 169.335 doses. Já o Guzerá leiteiro teve incremento de 26,61% nas vendas, atingindo 43.417 doses comercializadas.

Em 2012, os negócios devem ter um ritmo ainda mais forte, principalmente no sêmen sexa-do. Só a CRV Lagoa registrou, nos primeiros três meses do ano, quase 30% nas vendas de sexado de fêmea. Em 2011, o crescimento foi de mais de 15%. “Por ser uma raça de alta habilidade mater-na, a Guzerá está sendo utilizada para produção de receptoras zebuínas”, explicou Tatiane Tetzner, gerente do Produto Leite da CRV Lagoa. A partir de 2014, a demanda por receptoras deve ampliar significativamente porque entrará em vigor a exigência da ABCZ de só permitir a utilização de fêmeas 100% zebuínas como receptoras nos procedimentos de FIV e TE para as raças nelore, cangaian, indubrasil e brahman.

O fato de ser uma raça que agrega bastante valor aos cruzamentos, tanto para a pecuária de corte quando para a de leite, também favorece a boa aceitação do Gu-zerá no mercado de genética. Segundo Tatiane, a raça, por ser mais rústica, é bastante utilizada no Nordeste para for-mação do Guzolando. A região exige animais leiteiros capa-zes de buscar água e alimento em lugares distantes.

Na central de inseminação C.R.I. Genética, a sexa-gem também vem apresentando bom desempenho. Só para um único criador do Mato Grosso, a empresa vendeu 1.000 doses de sêmen sexado do touro Russo TE JF. Nesse caso, a genética do reprodutor será usada em uma propriedade leiteira, mas, como é um animal de dupla aptidão, é bastan-te utilizado também para corte e pista. Russo é irmão da recordista de produção em concurso leiteiro oficial, Bárbara TE JF. “No ano passado, nossa bateria da raça Guzerá era composta por dois touros. Agora, ampliamos para quatro, sendo três de leite e um de corte, e até o final de 2012 ou-tros reprodutores devem ser contratados porque a procura pela genética do Guzerá é crescente”, destacou o gerente nacional do Produto Leite da C.R.I. Genética, Henrique Ro-cha. Na visão dele, a demanda por receptoras zebuínas é

um dos fatores que tem impulsionado as vendas de sexado de fêmea.

Avaliações genéticas – O crescimento nas vendas de sêmen e touros acompanha a maior oferta de animais provados na raça Guzerá. “No Brasil, há uma preocupação maior em adquirir touros com avaliação genética positiva. Já no exterior, os compradores buscam comprar touros que são filhos de fêmeas com altas lactações. Diante dessas exigências, os produtores de touros estão participando, cada vez mais, de provas zootécnicas”, atestou Rafael Jorge de Oliveira, gerente do Produto Zebu da central Alta Genetics. Os países com maior demanda para a genética de Guzerá são: no leite, a Colômbia; e no corte, Uruguai, Panamá, Bolívia e Paraguai.

Em geral, os touros campeões de venda de sêmen são aqueles líderes nos diversos sumários existentes e com maior número de filhos avaliados. Para atender essa de-manda por touros avaliados, a CRV Lagoa mantém o Centro de Performance. São avaliadas características diretamente correlacionadas ao resultado econômico da atividade: peso, ganho médio diário, perímetro escrotal, qualidade de car-caça, área de olho de lombo, espessura de gordura subcu-tânea, marmoreio, morfologia, conformação, precocidade, musculosidade, umbigo e temperamento. “Da bateria de touros da raça Guzerá da CRV Lagoa, oito reprodutores sa-íram do Centro de Performance”, esclarece Ricardo Abeu, gerente Produto Corte Zebu da central.

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O que a Nova Zelândia podenos ensinar?

Vânia Maldini PennaDiretora Técnica e Pesquisadora do CBMG2

Beatriz Cordenonsi LopesGerente Executiva do Polo de Excelência em Genética Bovina

Em alguns aspectos, a Nova Zelândia é muito diferente do Brasil. País pequeno, pouco po-puloso, clima temperado, raças europeias... Mas temos também algumas semelhanças, como, por exemplo, produzir leite com base em pastagens. E, como os neozelandeses

são altamente eficientes na atividade, conhecer um pouco do “quê e como” fazem as coisas, pode nos ser muito útil. Tanto para reavaliação de paradigmas ou para adaptação de ideias e

atitudes, para aprendizado e uso de tecnologias e ações que vêm apresentando êxito ou, simplesmente, para nos fazer pensar me-lhor sobre os caminhos por nós seguidos.

O modelo neozelandêsA produção de leite no país é principalmente sazonal a

pasto e os neozelandeses se orgulham disso. A sazonalidade da produção (10 meses) permite evitar as épocas críticas do clima e da qualidade das pastagens com facilitação de manejo, alimenta-ção e custos. O modelo de produção americano e canadense não é bem aceito; é considerado “modelo de alta produção, mas de baixa lucratividade” e inadequado para as condições econômicas e estruturais do país. A NZ considera possuir uma vantagem diante do resto do mundo, por produzir leite de alta qualidade com custos internacionalmente competitivos. Mas não se acomoda. Está em constante busca de aumento na qualidade e eficiência com redu-ção dos custos.

A organização de toda a cadeia produtiva (produção, in-dústria, comercialização, pesquisa, melhoramento, instituições governamentais, etc.) é controlada pelos produtores comerciais reunidos em cooperativas e empresas. Isto permite grande força, poder e objetividade no sentido de integrar, ordenar e “otimizar”

todo o processo, cuidando dos interesses do produtor. Existe sincronia perfeita entre as ativida-des da produção e da indústria e grande sintonia com os demais integrantes da cadeia leiteira (pesquisa, comércio, governo).

A cadeia é competitiva, não existem subsídios governamentais à produção. Entretanto, contam com suporte governamental em setores de organização, pesquisa, fomento e comércio internacional.

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Com 11.600 rebanhos e 4,2 milhões de vacas, a NZ produz 1,4 milhão de litros com 120 mil quilos de sólidos e exporta 95% desta produção. A participação do agronegócio no PIB do país é em torno de 60% e a da cadeia de lácteos em torno de 25%.

O gado utilizado é, na maioria, Holstein-Friesian, Jersey e “Kiwi Cross” (um mestiço das raças anteriores sem “grau de sangue” fixado). O tamanho médio dos rebanhos é de 366 vacas em lactação (propriedades médias de 131ha). Os animais consomem pasto (cerca de 4 a 5 toneladas de matéria seca na lactação). Em algumas épocas do ano é feita suplementação (em torno de 15% da nutrição), princi-palmente com feno de capim, silagem de milho e um subproduto do óleo de coco produzido na Malásia. Não é permitida a aplicação de hormônios nas vacas em lactação.

A produção média é 4.000kg de leite por lactação, com 330kg de sólidos e intervalo de partos de um ano. Altas produções são rela-tadas (15 mil quilos/lactação), mas são consideradas “não rentáveis” para os sistemas de produção por eles utilizados. “Produzimos um animal para nosso sistema e não fabricamos um sistema para nosso animal”, afirmam.

O foco atual é no aumento da rentabilidade com aumento na qualidade do leite e redução dos custos, e não no aumento absoluto das produções. O sistema de pagamento do leite remunera a produ-ção de proteína e gordura e penaliza o volume (proteína + gordura – volume). “Não estamos interessados em produzir água branca”, já que o “excesso de água e não de sólidos”, no leite, onera o transporte e a industrialização.

A seleção é focada num índice econômico que considera, além da produção de sólidos, aspectos de saúde, adaptação, fertilida-de e necessidade de mantença. As avaliações genéticas e a seleção na NZ são geralmente conduzidas dentro dos próprios sistemas co-merciais de produção de leite. Assim, os “selecionadores” são também “produtores”. São os grandes conhecedores das necessidades e dos problemas comerciais e dos aspectos práticos e econômicos de fato relevantes à produção e que devem ser objeto de seleção. A grande organização na coleta de dados e a sintonia com as instituições de pesquisa e econômicas, permitem a elaboração de índices de seleção aceitos como adequados e confiáveis e, portanto, aplicados na prática.

Como a produção é sazonal, existe estação de monta rígida

(cerca de dez semanas). A inseminação artificial é amplamente uti-lizada, 80% das vacas são inseminadas (a maior parte com sêmen resfriado), mas a TE e a FIV são pouco utilizadas. Em geral, vacas vazias no fim da estação de monta são descartadas. As taxas de des-carte são em torno de 20% e, em sua maioria os descartes adicionais são feitos por idade, baixa produção de sólidos e mastite. Assim, em média os animais têm cinco lactações, sendo a primeira em torno de dois anos.

O melhoramento genético na NZO melhoramento leiteiro no país é conduzido, principalmen-

te, por uma empresa de capital aberto, pertencente aos criadores, a “Livestock Improvement Corporation” (LIC), uma das maiores e mais antigas companhias genéticas do mundo, que conta hoje com 12.000 cooperados. Tem uma equipe de mais de 30 cientistas e, além de con-duzir avaliações genéticas através de Teste de Progênie e comercia-lização de sêmen, presta assistência aos fazendeiros, com serviços de manejo, inseminação artificial, DNA, diagnóstico de doenças, etc.

Entre os serviços prestados destaca-se o desenvolvimento de um sistema robótico para análise de rotina do leite, fornecendo aos produtores avaliações diárias para gordura, proteína, células somáti-cas, rendimento, São analisadas dez milhões de amostras de leite por ano e calculada a rentabilidade de cada vaca. Também disponibilizam software de gestão zootécnica, o qual gera 100 milhões de dados a cada ano. O banco de dados da LIC contém registros de 93% dos animais do país. Fornece aos produtores os dados sobre produção e saúde de cada vaca, recomendações e orientações técnicas para tomada de decisões de manejo e seleção e os utilizam nas avaliações genéticas e na pesquisa.

A LIC domina mais de 70% do mercado de sêmen da NZ, apesar da competição americana, canadense e européia, e exporta genética animal para mais de 50 países. Atualmente, três de cada cin-co vacas ordenhadas na NZ são servidas por touros do grupo.

Investem pesadamente em avaliações genéticas. O Teste de Progênie atualmente inclui diferentes raças e seus cruzamentos (Holstein Friesian, Jersey, Ayrshire e “Kiwi Cross”) sendo, portanto, comparativo: todas as raças num sumário de touros integrado e único. Incluem, também, dados genômicos.

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Como todas as vacas dos cooperados são controladas pela empresa e como o sistema robótico de análise de qualidade do leite e o software de gestão geram milhões de informações, é possível a obtenção de grande volume de dados de alta qualidade. Adicionando-se uma equipe organizada de cientistas competentes, recursos e in-fraestrutura regulares, são produzidas avaliações genéticas amplas, confiáveis e de grande aceitação.

Os animais são avaliados por um índice econômico “Breeding Worth” (BW), que mede o aproveitamento (lucratividade) no sistema médio do país (pastagem), considerando os custos de alimentação. Este índice é estimado com base no rendimento em sete característi-cas: produção de proteína, de gordura, volume de leite (penalizado), peso corporal (penalizado), fertilidade, contagem de células somáticas e longevidade (sobrevivência no rebanho).

Fornecem avaliação por outros índices com pesos econômi-cos distintos. Um para animais em condições superiores de alimen-tação, “High input index”, que inclui qualidade de úbere entre as ca-racterísticas. O índice “Once a day” é estimado especificamente para sistemas com apenas uma ordenha/dia, viável economicamente no país, em algumas situações.

São fornecidas avaliações específicas para diversas caracte-rísticas visando orientação de acasalamentos e situações especiais (disponibilizando programa para tal) como duração da gestação, peso, úbere, aprumos, etc. e orientação (e programa) para se evitar consan-guinidade.

Em geral, os produtores escolhem sêmen e dirigem os aca-salamentos visando manter tamanho mediano das vacas (em torno de 500kg de peso vivo) e maximizar valor econômico (BW), e não a produção absoluta. Também não se importam muito com o tipo e con-formação. “Para permanecer no rebanho, além de produzir adequada-mente, basta que a vaca consiga caminhar, comer e ser ordenhada”... Pouca (ou quase nenhuma) atenção é dada a concursos, recordes, demonstrações de “beleza racial” ou mesmo “beleza funcional”.

A pesquisaAs pesquisas buscam atender a todas as etapas do processo

produtivo, desde as pastagens, passando pelo manejo e melhoramen-to genético e econômico até o processo industrial e comercial. Con-sideram não apenas o curto prazo, mas o médio e o longo, estando atentas às tendências futuras.

Em geral são feitas em parceria com diversas instituições científicas (universidades, institutos, empresas) e entidades de criado-res, comércio, governo. Usam as mais modernas técnicas da biotec-nologia e enormes bancos de dados (mais de 150 milhões de dados). Buscam identificar e conhecer aspectos que sejam fundamentais para produção com base em pastagens para obter e melhorar animais e produtos requeridos pelo mercado.

Atualmente grande foco é dado à qualidade do leite e com-ponentes que a influenciam (K-caseína, alfa-caseína, beta-caseína, tempo de coagulação, tamanho da micela de caseína, lactoferrina, imunoglobulina A, etc.). Estão também engajados na detecção de ani-mais que possuam características “raras” na composição do leite (in-cluindo reduzido teor de gordura saturada, aumento do teor de gordura Omega-3 e composição protéica melhorada) e animais com reduzida emissão de gás metano. Visam identificar estes genes “raros” de in-teresse ao país e a alguns mercados específicos para selecioná-los. Esperam, com isso, agregar diferencial (e valor) ao leite neozelandês para atender a certos nichos de mercado.

Também são estudados sistemas de monitoramento ambien-tal para alcançar melhores práticas de gestão com irrigação e garantir lucro e produtividade de forma sustentável, boas práticas de meio am-biente e aspectos para fornecer retorno comercial superior ao custo médio ponderado de capital.

Existem muitas pesquisas buscando soluções sustentáveis e econômicas para aumentar quantidade e qualidade das pastagens, tornando-as mais eficientes e capazes de nutrir adequadamente os animais de acordo com as necessidades e em compasso com a curva

Caminhão conta com o sistema robótico de análise do leite

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de lactação, reduzindo a necessidade de suplementação e as fertili-zações.

O que podemos aprender?Existem diversos aspectos nos trabalhos neozelandeses

que, se mais efetivamente trabalhados e aplicados no Brasil, em particular no melhoramento do Zebu e seus cruzamentos, pode-riam proporcionar grandes avanços ao melhoramento genético do nosso rebanho e consequentes avanços em toda nossa cadeia produtiva.

Um aspecto importante é a constatação de que sistemas de produção de leite com base em pastagens, mesmo que sem “altíssimas produções”, pode ser eficiente, lucrativo e com produ-tos de altíssima qualidade. Como os neozelandeses sabem usu-fruir bem de suas vantagens (climáticas, estruturais) e contrapor às deficiências, é possível que lidemos com as nossas. Afinal, temos desvantagens, mas também vantagens inerentes a nosso clima tropical e dimensão do país. O Brasil Central já vem dando sinais de que a produção com gado mestiço zebu-europeu, com base em pastagens e médios insumos, pode atingir patamares de volume e qualidade do leite e também de rentabilidade semelhan-tes aos obtidos na NZ. Com mais pesquisa, desenvolvimento de tecnologias adequadas, extensão, organização, estruturação da cadeia, tais sistemas poderiam ser mais difundidos e resultados amplos e consistentes poderiam ser obtidos, fazendo nossa pro-dução de leite eficiente e competitiva como a deles.

Um exemplo a ser seguido, e que é de grande importância para o sucesso da NZ, é a capacidade de estabelecimento de parcerias bem organizadas entre instituições governamentais, de pesquisa, cooperativas, da indústria e de criadores, na organiza-ção de programas de seleção e melhoramento econômico. Desta forma, é possível conduzir os trabalhos abrangendo os interesses

de toda a cadeia produtiva e do mercado consumidor, mantendo estáveis os recursos financeiros para o cumprimento dos objetivos programados. Esta estrutura de parcerias muito bem organizadas permite o uso prático de altas tecnologias. Os neozelandeses são, acima de tudo, “práticos”. Trabalham com “pé no chão” e visando a funcionalidade e rentabilidade do sistema.

A eficiente aferição de rebanhos comerciais ou em reba-nhos puros mantidos em sistemas de produção economicamente viáveis produz dados para elaboração de objetivos econômicos de seleção e avaliações genéticas “realistas” (adequadas aos sistemas comerciais), amplas, únicas em nível nacional (ou até internacional). Não apenas dentro de uma raça, mas até integran-do raças distintas. Este tipo de informação é de grande valia para os produtores comerciais, permitindo o uso de material genético melhorado para atender às particularidades de seus sistemas e de seus objetivos.

A seleção com base em índices econômicos objetivos (obtidos através de dados econômicos e parâmetros genéticos reais), estimados para os diferentes sistemas de produção e diferentes mercados dos produtos, possibilita avanços gerais e também avanços de nichos de mercado e sistemas específicos.

A atenção da pesquisa aos sistemas de produção vigentes no país, sua viabilidade econômica e operacional e também a de sistemas inovadores ou alternativos, tão útil aos neozelandeses, também poderia ser de grande importância para o Brasil. Estudos sobre a viabilidade, em nosso país, de produção de leite sazonal (como na NZ), de sistemas “uma ordenha dia” (já mostrada efi-ciente na NZ, em algumas situações) e sistemas de dupla aptidão poderiam inovar e melhorar a produção nacional, atendendo a especificidades regionais de nosso país, tão amplo e cheio de particularidades, com ganhos produtivos, econômicos e sociais.

O foco, não apenas em aspectos de curto prazo, com pes-

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Este artigo foi possível, e é resultado, da “Missão Oce-ania”, promovida pelo Polo de Excelência em Genética Bovina (novembro/2011), com recursos da Fapemig, do Sebrae/MG e da empresa Cenatte Embriões, com o objetivo de prospectar parcerias interinstitucionais, intercâmbio de informações e conhecimentos, gera-ção de tecnologias, identificação de novas linhas de pesquisa e negócios para a cadeia pecuária de Minas Gerais.

Agradecimentos especiais à colaboração dos demais membros da “Missão Oceania”: Dr. Cláudio Severino Lara, Dr. Tiago Moreira Carrara e Dra. Melissa Mizia-ra, partícipes da elaboração do “Relatório de Viagem”, de onde foi retirada grande parte das informações contidas neste artigo.

quisas e estudos econômicos sobre aspectos cujas tendências dos mercados mundiais indicam que terão acentuada importância em médio e longo prazos, são essenciais para a manutenção da eficiência. Afinal, o melhoramento é um processo lento. A estrutu-ração da cadeia e a seleção feita hoje visam produção e mercado futuros. Trabalhamos hoje para produzir os produtos requeridos pelo mercado de amanhã. Quem tiver, “amanhã”, o produto mais adequado, terá maiores ganhos e liquidez. Vale dizer que o mun-do, não apenas a NZ, tem apostado em critérios de qualidade do produto e de sustentabilidade econômica e ecológica da produ-ção (e do melhoramento), como exigências mundiais em médio e longo prazos.

Finalmente, os neozelandeses nos dão uma lição de vida e trabalho: persistiram no uso de seu sistema de produção, que

parecia “ir na contramão” dos preconizados para o mundo, bus-caram torná-lo cada vez mais eficiente, através de pesquisas, inovações e tecnologias, sempre considerando a rentabilidade. E hoje, o modelo de produção da NZ tem sido cada vez mais aceito e respeitado no mundo. Suas empresas vêm colocando seus produtos e sua genética em numerosos países, nos cinco continentes, inclusive no Brasil. Até mesmo os EUA têm usado genética da NZ para aumento da fertilidade ou em regiões que exigem maior rusticidade.

O Brasil, com o material genético e humano que já dispõe, pode se tornar uma referência tanto na produção e exportação de leite quanto na de material genético para o mundo tropical, talvez até para o mundo todo. O Brasil tem condições privilegiadas e talvez únicas no mundo, para promover o melhoramento leiteiro do Zebu e seus cruzamentos. Seguramente as lições de orga-nização, de visão prática e realista, de trabalho bem feito e de investimento adequado, que podemos ter com a Nova Zelândia, poderão muito nos ajudar a “chegar lá”.

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Larissa Vieira

Caminho seguro para omelhoramento genético

Com quase 20 anos de existência, o Programa Nacional de Melhoramento do Guzerá para Leite tem garantido a criadores de todo o Brasil várias ferramentas importantes para o avanço genético da raça

Mar

celo

Cor

deiro

Quando os pioneiros do zebu foram à Índia, no século 19, em busca de animais com genética capaz de me-lhorar a qualidade do rebanho nacional, a avaliação

visual era o principal critério de seleção da época. A história comprovou que os pioneiros tinham um “olho bom” para o negócio. Apesar de não ter entrado em grande quantidade no Brasil, o zebu dominou a pecuária nacionalmente e fez do país um dos maiores produtores mundiais de carne, de leite e de genética. Esta evolução tornou-se mais evidente nas últimas décadas, com o surgimento dos programas de melhoramento genético.

A junção da ciência com a experiência de seleção dos criadores permitiu não só melhorar a qualidade genética do rebanho, como também multiplicá-la a um ritmo impres-sionante. “Os programas de melhoramento, da forma como

têm sido elaborados, com rigor científico e metodológico, são essenciais para garantir um aprimoramento do rebanho de Guzerá, pois permitem que se identifiquem os animais que têm descendência com maior produção de leite e/ou carne”, afirmou o criador Marcelo Militão Abrantes, titular da Fazenda Europa, em Carlos Chagas (MG).

Apesar de ser um novo selecionador da raça Guze-rá, ele defende a utilização das ferramentas do Programa Nacional de Melhoramento do Guzerá para Leite (PNM-Gul) para formação de um rebanho competitivo. O criador planeja inscrever touros no Teste de Progênie e também participar como colaborador para receber doses de sêmen dos reprodutores em teste. “Venho de uma família de pe-cuaristas que lidam com gado comercial. Após muito ler e estudar, decidi criar Guzerá por sua dupla aptidão compro-

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vada, característica única entre as raças zebuínas. Chamou-me atenção o fato de diversos touros serem provados com DEP leite positiva e também para ‘corte’ e de diversos criadores trabalharem com lacta-ção aferida e controle ponderal nos seus rebanhos. O meu plantel de dupla aptidão comprovada e, para formá-lo, escolhi co-meçar com animais de linhagem leiteira aferida e comprovada”, assegurou Militão.

Sob a responsabilidade da Embra-pa Gado de Leite e do Centro Brasileiro de Melhoramento Genético do Guzerá (CBMG2) desde 1994, o PNMGul integra modernas ferramentas do melhoramento animal para imprimir rapidez e confiabili-dade à seleção. O objetivo principal é ge-rar tecnologia e animais melhorados para sistemas de produção, focados em altas produções a baixo custo. Para isso, são utilizadas três ferramentas: Núcleo MOET, Teste de Pro-gênie e um trabalho de seleção, em fazenda, executado pelos criadores da raça, reunindo informações dos animais produzidos por acasalamentos dirigidos, em controle leitei-ro não seletivo da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ). Essas três ferramentas geram informações importantes para o Banco de dados da Embrapa/CBMG2/ABCZ. Entre 1994 e 2011, foram provados para leite mais de 300 reprodutores.

As avaliações genéticas podem ser acompanhadas no Sumário de Touros, que em 2012 terá sua 13ª edição. Entre as características avaliadas estão: leiteiras (produção de leite em até 305 dias, proteína, gordura e sólidos totais); conformação e manejo. O Sumário traz ainda a relação de vacas com DEP para produção de leite superior a +300 e as avaliações genéticas de touros duplo provados, ou seja, que possuem avaliação genética tanto para características leiteiras quanto para as de corte. Neste último caso, as ava-liações são oriundas do Programa de Avaliação Genética da Raça Guzerá para Corte (PAGRG) da Associação Na-cional de Criadores e Pesquisadores.

O criador Haroldo Fontenelle, que participa do PA-GRG, costuma utilizar as avaliações genéticas para produ-ção de matrizes e tourinhos. A Fazenda Fontenelle, loca-lizada no Baixo Guandu (ES), prepara-se neste ano para participar do Teste de Progênie do PNMGul. “É muito impor-tante para a seleção do nosso rebanho e para agregar valor aos nossos produtos participar de provas como o Teste de Progênie. Já tivemos um reprodutor testado na prova, que foi considerado positivo para leite, e agora vamos participar novamente”, destacou Carlos Fernando Fontenelle, que au-xilia o tio Haroldo na seleção do Guzerá NF. O criatório sur-giu em 1928, com Napoleão Fontenelle, primeiro presidente

da Associação dos Criadores de Guzerá do Brasil. Desde o início, o foco foi a dupla aptidão e a pureza racial.

Por ano, nascem 540 produtos na fazenda. Para multiplicar o rebanho são usados touros selecionados no próprio criatório e outros oriundos do Núcleo MOET. Se-gundo Carlos, as avaliações genéticas dão suporte à sele-ção do Guzerá NF. “Os dados genéticos são importantes, mas não dispensamos uma boa avaliação visual na hora de selecionar o rebanho. O que notamos é que, em geral, os animais com DEPs maiores têm sua superioridade genética confirmada posteriormente na produção”, destacou Carlos Fontenelle. A propriedade acaba de conquistar a Certifica-ção Global, concedida a criatórios que possuem gestão da qualidade dos dados, que aplicam as técnicas de melhora-mento animal de forma mais eficiente e que contribuem com o meio ambiente.

Várias ferramentas para avaliar touros Dentro do PNMGul, os touros podem ser avaliados

de duas formas: o Núcleo MOET e o Teste de Progênie. Enquanto o Teste de Progênie avalia pelo desempenho das filhas dos reprodutores em teste, o MOET (Múltipla Ovula-ção e Transferência de Embriões) avalia pelo desempenho produtivo de suas irmãs completas, meio-irmãs paternas e maternas e demais parentes. As duas ferramentas podem ser interligadas, já que os touros avaliados pelo MOET po-derão ser incluídos no Teste de Progênie, para serem rea-valiados e para obtenção de acurácia adicional.

Os animais avaliados pelo MOET ficam hospedados na Fazenda Taboquinha. Segundo o CBMG2, o MOET im-prime alta intensidade e rapidez à seleção ao avaliar filhos de vacas geneticamente superiores para produção de lei-te, multiplicadas por transferência de embriões. O principal

Entrega de sêmen dos touros do Teste de Progênie em fazendas cadastradas no PNMGul

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objetivo é a identificação precoce de touros geneticamente superiores para leite, que serão utilizados diretamente em rebanhos da raça e em cruzamentos, e posteriormente. O método tem menor acurácia que o TP, porém é bem mais rápido para avaliar os touros, permitindo maiores ganhos genéticos. “A importância do MOET é inquestionável e em poucos anos permitiu uma evolução muito importante na seleção leiteira. Os animais são selecionados para maximi-zar as DEPs e para manter abertura de linhagens, e a afe-rição das primíparas no mesmo ambiente permite um rigor metodológico essencial nos programas de melhoramento genético. Tive a felicidade de comprar duas doadoras: a Queratina TE Taboquinha e a Queimada, que já foram apro-vadas pelo MOET”, disse Marcelo Militão.

Para Marcos Melo, da Fazenda Taboquinha, a raça Guzerá colhe os frutos dos trabalhos iniciados em 1994. “O mais evidente é o aumento da produção de leite. No en-tanto, outras características ligadas ao resultado econômico têm progredido muito, como qualidade de úbere, tempera-mento e qualidade do leite. A raça Guzerá tem demonstrado um enorme diferencial no teor de sólidos do leite, rendimen-to industrial para indústria queijeira e sanidade de úbere”, ressaltou Melo.

O crescimento do número de vacas ordenhadas sob

controle leiteiro oficial tem possibilitado ampliar a base de dados para os programas de melhoramento. “Não é pos-sível fazer seleção sem dados fartos e de boa qualidade. Quando falo de qualidade me refiro não só à veracidade dos números, mas principalmente à compreensão, por parte do criador e do mercado, de que só se pode comparar e sele-cionar animais quando existem sistemas de produção com rebanhos criados e avaliados em condições de viabilidade econômica. De nada valem lactações de vacas sem com-panheiras de rebanho. Para o melhoramento isso é esforço perdido ou, mais grave, dados viciados que podem conta-minar o processo de avaliação e seleção”, declarou Melo.

O CBMG2 tem trabalhado para difundir as informa-ções geradas pelo PNMGul, através de seminários e dias de campo. Segundo a presidente da Instituição, Ariane Maria Figueirêdo Menicucci, também são implementadas ações educativas realizadas diretamente com produtores rurais, criadores da raça e extensionistas, a fim de que o conhe-cimento gerado pelas avaliações, pesquisas e provas, seja traduzido e transferido para a introdução de novas técnicas e novas práticas que levem a progressos e ganhos para quem vive do campo. Atualmente são realizados trabalhos em par-ceria com a Embrapa Gado de Leite, com o Núcleo MOET, com o ICB-EV/UFMG, com o PMGZ/ABCZ e com a ANCP.

Filhos dos touros do Teste de Progênie da raça Guzerá

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A visão empreendedora aliada aos animais de grande destaque do Guzerá Martino fazem dos novos criadores potencias disseminadores da raça. Ganhando cada vez mais espaço e credibilidade no mercado agropecuário, o Guzerá Martino tem como objetivo atrair novos investidores e posicionar a raça em lugar de destaque.

NOVO CRIADOR.

EMBAIXATRIZ II FIV GEO TORRE S

EMBAIXATRIZ EP KAROLYNNE FIV DA MFMAGO TE S MAGO TE S

Data Nasc. 01/06/2007 Data Nasc. 25/12/2005

ANIMAIS DE DESTAQUE.

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RENDIMENTO DA CARCAÇA

DIFERENCIAIS DA RAÇA

PESO AOS 450 DIAS

PESO ADULTORELAÇÃO DE DESMANA %

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FONTE: RELATÓRIO ANCP 17ª EDIÇÃO/OUTUBRO DE 2011 REVISTA BRASILEIRA DE ZOOTECNIA 2011

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CONVERSÃO ALIMENTAR

NECESSIDADE DE MATÉRIA (EM KG) PARA CONVERTER EM 1KG DE PESO.

FONTE: ABCZ NOVEMBRO 1991

Projeto de melhoramento genético que acredita no potencial da raça e investe em um plantel altamente qualificado para fazer do Guzerá uma raça que agrega valor.

VERSATILIDADE DA RAÇA

FONTE: ASSOCIAÇÃO DE CRIADORES DA RAÇA GUZERÁ DO CENTRO SUL GUZERÁ RAMENZONI E ASSOCIAÇÃO MINEIRA DOS CRIADORES DE ZEBU.

FONTE: 2a PROVA DE GANHO DE PESO A PASTO DE CURVELO, REALIZADA PELA ASSOCIAÇÃO MINEIRA DOS CRIADORES DE ZEBU 2011.

GUZERÁ NELORE GIR

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NECESSIDADE DE MATÉRIA (EM KG) PARA CONVERTER EM 1KG DE PESO.

FONTE: ABCZ NOVEMBRO 1991

Projeto de melhoramento genético que acredita no potencial da raça e investe em um plantel altamente qualificado para fazer do Guzerá uma raça que agrega valor.

VERSATILIDADE DA RAÇA

FONTE: ASSOCIAÇÃO DE CRIADORES DA RAÇA GUZERÁ DO CENTRO SUL GUZERÁ RAMENZONI E ASSOCIAÇÃO MINEIRA DOS CRIADORES DE ZEBU.

FONTE: 2a PROVA DE GANHO DE PESO A PASTO DE CURVELO, REALIZADA PELA ASSOCIAÇÃO MINEIRA DOS CRIADORES DE ZEBU 2011.

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Ariane Maria Figueirêdo MenicucciPresidente do CBMG2

CBMG²:perspectivas e conquistas

“Tudo vale a pena se a alma não é pequena”, já dizia Fernando Pessoa. Vale a pena o encanto, vale a pena o desencanto, vale a pena a conquis-

ta, vale a pena a frustração... É uma forma de olhar e ver o mundo. O que a princípio parece um problema, pode, na verdade, ser uma oportunidade. E foi assim que nós, do CBMG (Centro Brasileiro de Melhoramento Genético), fomos olhando para as dificuldades do caminho e, cada pedra encontrada, foi cuidadosamente apanhada e utiliza-da na construção deste importante trabalho que vem sendo realizado ao longo de 20 anos.

Além disso, é preciso dizer que não andamos so-zinhos. Temos companheiros de jornada. Os companhei-ros da ABCGIL (Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro) nos auxiliaram muito quando nos faltavam recursos humanos para realizar as ações necessárias à consecução dos nossos objetivos. A ACGB nos ajudou a ter o profissional de campo que tanto necessitávamos. A Hertape Calier nos permitiu ter um carro para poder atuar no campo... E ter companheiros faz toda a diferença.

Com a conquista do profissional de campo, o zoo-tecnista Jonatas Caldi, e do carro patrocinado pela Hertape Calier, o ano de 2011 se tornou um marco para o Programa Nacional de Melhoramento do Guzerá para Leite (PNM-GUL). Houve um considerável incremento nos processos do Teste de Progênie da Raça Guzerá.

Sabendo que agora temos quem irá operacionalizar, pudemos estabelecer uma dinâmica que está assegurando maior agilidade na avaliação dos touros. A Central foi con-tratada pelo CBMG2 para receber toda a bateria de touros ao mesmo tempo. Tal procedimento facilitou o envio dos animais, barateou os custos para o criador e possibilitou o controle dos prazos para o início da distribuição dos sê-mens.

Uma caderneta de campo foi implantada com o objetivo de orientar as fazendas parceiras. Nela existem textos explicativos de todos os processos requeridos para uma adequada participação na avaliação dos touros, bem

como fichas para acompanhamento zootécnico dos ani-mais a serem avaliados. O nosso técnico de campo a uti-liza para instruir e orientar todos que querem participar do Programa, seja rebanho puro, seja rebanho mestiço.

A distribuição dos sêmens cresceu vertiginosamen-te. No período 2009/2010 foram distribuídas 1.640 doses. Em 2011 foram distribuídas 3.610 doses. O número de doses por rebanho também cresceu muito. No período 2009/2010 foram distribuídas 63 doses por rebanho e, em 2011, 86 doses por rebanho. Estas doses foram distribuí-das em 2009/2010 para 26 rebanhos e, em 2011, para 52 rebanhos.

O trabalho criterioso realizado pelo técnico de cam-po também está abrindo fronteiras para a nossa Raça. Em 2011, dez novas fazendas se tornaram parceiras do PNMGUL e 16 inativas foram recuperadas. Quem participa conhece os méritos do Guzerá e fideliza. O município de Carlos Chagas é um exemplo disso: das 46 fazendas mi-neiras participantes, 15 estão localizadas nele.

Outro exemplo é o Dr. Odilon Carvalho, parceiro de primeira hora, da Fazenda do Sul, situada no município de Muriaé-MG, que hoje tem 500 matrizes mestiças, filhas de vários touros do Teste de Progênie da raça Guzerá, pro-duzindo leite de qualidade. Realizou em abril de 2012, em parceria com o Laticínio Bom Gosto e com a Alta Genetics, um dia de campo em sua fazenda, para socializar seu tra-balho e já faz planos de se tornar criador de Guzerá.

Estamos felizes com as conquistas e com as pers-pectivas que se desenham no horizonte. Que sejam bem-vindos todos os que queiram ajudar e participar desta construção. A todos que já contribuíram, o nosso agrade-cimento.

A propósito, você sabe o porquê do número dois na grafia da sigla do Centro Brasileiro de Melhoramento Genético do Guzerá – CBMG2? Alguns me perguntam: “É o segundo?” Eu respondo que não: é potência. É a raça Guzerá em sua potência, que vamos procurando, através dos programas de melhoramento genético, revelar.

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O que os resultados do estudo de temperamento de vacas Guzerá sinalizaram?

Maria de Fátima Ávila PiresPesquisadora da Embrapa Gado de Leite, Juiz de Fora, MG

Maria Gabriela Campolina Diniz PeixotoPesquisadora da Embrapa Gado de Leite, Juiz de Fora, MG

Márcio Cinachi PereiraProfessor do Departamento de Zootecnia do Centro de Ciências Agrárias da UFSC, Florianopólis, SC

Glaucyana Gouvêa SantosPesquisadora da Embrapa Gado de Leite, Juiz de Fora, MG

João Cláudio PanettoPesquisador da Embrapa Gado de Leite, Juiz de Leite, MG

Frank Ângelo Tomita BrunelliPesquisador da Embrapa Gado de Leite, Juiz de Leite, MG

Walsiara Estanislau MaffeiWairam Company, Brasil

José Aurélio Garcia BergmannDepartamento de Zootecnia da Escola de Veterinária da UFMG, Belo Horizonte, MG

O bem-estar está intimamente relacionado ao compor-tamento animal e os estudos nesta área, com foco nos animais de produção, têm crescido. Uma das pri-

meiras iniciativas para abordagem do tema ocorreu em 1964, na Inglaterra, quando o Prof. Harrison iniciou um debate que resultou na criação de um comitê de investigação sobre a ética na produção animal. Muitos países desenvolvidos vêm, desde então, se preocupando com o bem-estar animal, prin-cipalmente diante de um mercado consumidor mais exigente, que começa a influenciar a aceitabilidade de produtos de ori-gem animal com respeito às práticas de bem-estar.

Protecionistas ou não, questões relativas ao bem-es-tar animal têm constituído barreiras não-tarifárias e norteado a elaboração de leis e políticas públicas no mercado global. Se o Brasil, como grande produtor e potencial exportador de

leite, não atentar para as tendências e novas exigências do mercado, os produtos de origem animal sofrerão restrições que poderão incorrer em prejuízos econômicos a toda cadeia produtiva.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) tem se responsabilizado por ações que visam ampliar o conhecimento sobre o comportamento animal e estabelecer estratégias de manejo racional que assegurem o bem-estar animal, e que possibilitem ganhos diretos e indiretos na pro-dutividade e na qualidade do produto final. Além da abertura de novos mercados e da melhoria em qualidade dos produtos lácteos, aspectos do comportamento animal, como o tempe-ramento, estão relacionados ao bem-estar humano, na medi-da em que podem representar risco à mão de obra no campo.

O temperamento tem sido uma das características do

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comportamento mais estudadas ao longo dos últimos anos e significa a forma como o animal reage diante de situações no-vas e do contato com o homem, manifestando medo e aver-são (Boissy e Bouissou, 1995). O manejo inadequado dos animais pode causar estresse e sofrimento desnecessários, afetando diretamente sua produção e saúde.

Os animais zebuínos, no país, são criados predo-minantemente em sistema de pastejo e em contato restrito com o homem. Embora sejam competitivos, esses sistemas de produção têm gargalos que podem impactar a produção, qualidade do produto final e rentabilidade da atividade. O temperamento é apresentado como um fator limitante da efi-ciência desses sistemas, por representar riscos à mortalidade de bezerros; ao desempenho zootécnico; de acidentes com animais e trabalhadores agrícolas; de danos às instalações e equipamentos; e por demandar, entre outras, maior neces-sidade de mão de obra. (Paranhos da Costa e Pinto, 2003, Cardoso et al. 2004, Maffei, 2009).

Primeiros resultados do estudo de temperamento de vacas Guzerá

Dada a importância da raça Guzerá para os trópicos e a oportunidade para o comércio em nichos de mercado, a Embrapa Gado de Leite, em parceria com Escola de Veteri-nária da UFMG, realizou estudo com o objetivo de quantificar objetivamente o temperamento e identificar os fatores que influenciam sua expressão em fêmeas Guzerá de rebanhos de duplo propósito, participantes do Programa Nacional de Melhoramento do Guzerá para Leite, bem como avaliar a re-lação temperamento com características de produção de leite

e alguns aspectos da longevidade.O temperamento foi aferido por meio de escores sub-

jetivos, revelando temperamentos que vão de desde muito dócil a muito agressivo, e do equipamento Reatest®, que mediante um sensor de movimento revela a reatividade ani-mal em pontos, quando os animais estão contidos em uma balança-brete. Verificaram-se resultados semelhantes e alta-mente correlacionados com ambos os métodos de acesso ao temperamento animal, mostrando a eficiência do equipamen-to Reatest® em acessar o temperamento animal em fême-as Guzerá duplo propósito e a viabilidade de sua utilização rotineira para colheita de dados com vistas à inclusão desta característica nas avaliações genéticas de touros em teste.

Observou-se que fatores como época do ano, reba-nho, condição fisiológica (lactante ou não), peso, ordem de entrada no brete para aferição e idade da fêmea influencia-ram significativamente a reatividade animal. A reatividade média durante o período chuvoso foi 1.405 pontos (de 168 a 11.242) e durante a seca foi 1.086 (de 161 a 8.728), sendo que variação mais ampla ocorreu no período chuvoso. Os resultados encontrados podem ser explicados pelo fato de que a raça Guzerá originou-se no Estado de Gujarat, região semiárida da Índia, à qual se adaptou, com condições climáti-cas que se assemelham ao ambiente seco predominante nos rebanhos deste estudo. Deve-se ressaltar que parte destes rebanhos adota a concentração de período reprodutivo e, assim, as fêmeas começam a parir e produzir no início da época chuvosa, o que pode também estar contribuindo para a reatividade aumentada nesta época. Outro ponto está re-

Manejo com foco em comportamento facilita a seleção de gado de bom temperamento

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lacionado às práticas específicas da época seca, na qual as fêmeas são mantidas em um contato um pouco mais estreito com trabalhadores rurais, em função da necessidade de su-plementação volumosa.

O efeito de rebanho, observado na Figura 1, foi atri-buído às diferenças nas práticas de manejo, localização geo-gráfica, disponibilidade de alimentos, estrutura física da pro-priedade e treinamento/qualificação de recursos humanos, identificadas entre os cinco rebanhos avaliados no estudo. Os rebanhos com práticas de manejo inadequadas dos animais em relação ao bem-estar e más condições de infraestrutura apresentaram maiores médias de reatividade. Por sua vez, aqueles rebanhos em que as fêmeas entram, desde seu nas-cimento, em contato estreito e positivo com o homem, sendo previamente treinadas para a rotina na sala de ordenha e pre-cocemente descartadas quando apresentam temperamento ruim, e, além disso, consideram o temperamento de filhas de touros para decisões sobre sua utilização no rebanho, tive-ram médias mais baixas de reatividade.

De acordo com vários autores, boas condições de criação e experiências precoces e positivas de manipula-ção têm forte impacto sobre o temperamento atual e futuro dos animais (Kilgour et al., 2006, Grandin, 2007, Cooke et al., 2009 e Petherick et al., 2009 a,b). Portanto, a adoção de práticas corretas de criação e manejo com foco no bem-estar animal tem sido apresentada como excelente ferramenta para se evitar animais de temperamento ruim em um rebanho (Kabuga e Appiah, 1992).

Neste estudo, as fêmeas secas mostraram-se mais reativas do que as lactantes, além de ter sido observada maior reatividade nas categorias de menor peso (Figuras 2 e 3). A maior reatividade de vacas secas pode estar relacio-nada tanto à fisiologia das fêmeas quanto à ausência de uma experiência com o manejo. Neste caso, o resultado foi atribu-ído principalmente ao fato de vacas secas não terem contato

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Efeitos da reatividade na produção de leite requerem mais estudos

Figura 1 - Reatividade média (em pontos) em cada época do ano ( águas seca), em função do rebanho (A, B, C, D e E).

muito estreito com o homem. Além disso, as vacas lactantes são ordenhadas na presença do bezerro durante a lactação, o que as tornariam menos reativas. Cabe ressaltar que os bovinos gostam de rotina e têm boa memória (Paranhos da Costa e Pinto, 2003), portanto é importante criar rotinas base-adas em interações favoráveis homem-animal para garantir a sobrevivência de bezerros e seu bom desenvolvimento, bem como altos níveis de produtividade e qualidade dos produtos.

A tendência e as médias da reatividade em função do avanço da idade da fêmea são apresentadas na figura 4. A reatividade tendeu a diminuir com o avançar da idade do animal; isso indica que as fêmeas estariam se ajustando às práticas de manejo e estabelecendo uma relação de confian-ça com os trabalhadores (Kilgour et al., 2006, Petherick et al., 2009a) ou, ainda, que a prática de amansamento usada em alguns rebanhos, bem como a inclusão de temperamento no descarte de fêmeas e machos foram bem sucedidas.

A média da produção do leite à primeira lactação de 918 fêmeas aferidas para temperamento foi 2.038,8 ± 829,6kg, variando de 98 a 4.734kg. A reatividade média, de acordo com as categorias de produção de leite em 305 dias de lactação (P305) é mostrada na Tabela 1. Contudo, os efei-tos da reatividade na produção de leite foram inconclusivos e requerem mais estudos.

Além disso, verificou-se a reatividade média das filhas de alguns touros (18) com DEP positiva (9-451kg) para a produção de leite e com filhas em pelo menos três dos reba-nhos deste estudo. Os descendentes de dois dos 18 touros, com DEP iguais a 75 e 315kg, tinham o menor intervalo de reatividade (231-3.127 pontos) e estes touros estavam entre os mais utilizados. Ao contrário, a progênie com o maior in-tervalo de reatividade (249-9.548 pontos) pertencia aos dois touros (DEP iguais a 95 e 172) menos usados nos rebanhos. Outra observação interessante é que os touros com filhas mais reativas não foram utilizados no rebanho C, com menor

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Suaçuí

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Pureza racial e genética melhoradora, frente a frente.

SeleçãoSuaçuí Fo

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reatividade, e aqueles intensamente utilizados no rebanho E, o mais reativo, foram os que produziram descendência com maior reatividade. Este resultado aponta para a existência de influência genética sobre o temperamento e que, em alguns rebanhos, a escolha de touros não se dá só pela DEP leite.

Os resultados deste estudo ressaltam a importância de tomar decisões acertadas sobre o manejo desde o início da vida animal, com foco no comportamento, a fim de se ob-ter gado de bom temperamento, de fácil lida, que resulte em índices elevados de produção e produtividade. É importante destacar o fato de que nos rebanhos que praticaram o des-carte precoce de fêmeas de temperamento ruim e que já vêm evitando o uso de touros que produziram filhas de tempera-mento ruim há muitos anos, a seleção pode ter contribuído para menor reatividade. Ficou evidente a complexidade da característica temperamento e a existência de várias formas de abordá-la. O próximo estudo consistirá em estimar a her-dabilidade desta característica para estabelecimento de seu potencial para inclusão no programa de melhoramento da raça. A perspectiva de desenvolvimento de indicadores de

Figura 2 - Reatividade média (em pontos) em cada época do ano ( águas seca), em função do status fisiológico das fêmeas à aferição.

Figura 3 - Reatividade média (em pontos) em cada época do ano ( águas seca), em função das categorias de peso das fêmeas à aferição.

Figura 4 - Tendência da reatividade em função das categorias de idade (1: ≤32; 2: >32 e <120; 3: >120).

bem-estar, sejam eles comportamentais, fisiológicos ou mo-leculares, é promissora e teria também papel fundamental no melhoramento do temperamento animal.

Referências BibliográficasBOISSY, A.; BOUISSOU, M. F. Assessment of individual differences in behav-ioural reactions of heifers exposed to vairiaous fear-eliciting situations. Ap-plied Animal Behaviour Science, v. 46, n.1-2, p.17-31, 1995.CARDOSO, V.L.; NOGUEIRA, J.R.; VERCESI FILHO, A.E. et al. Objetivos de seleção e valores econômicos de características de importância econômica para um sistema de produção de leite a pasto na Região Sudeste. Revista Brasileira de Zootecnia, v.33, p.320-327, 2004.COOKE, R.F.; ARTHINGTON, J.D.; ARAÚJO, D.B. et al. Effects of acclimation to human interaction on performance, temperament, physiological responses, and pregnancy rates of Brahman-crossbred cows. Journal of Animal Sci-ence, v.87, p.4125-4132, 2009.GRANDIN, T. Behavioural principles of handling cattle and other grazing ani-mals under extensive conditions. In: GRANDIN, T. Livestock handling and transport. 3.ed. Wallingford : CAB International Publishing, 2007. p.44-64.HARRISON, R. Animal machines. London: Methuen and Company, 1964. 186p.KABUGA, J.D.; APPIAH, P.A note on the ease of handling and flight distance of Bos indicus, Bos taurus and their crossbreds. Animal Production, v.54, p.309-311, 1992.KILGOUR, R.J.; MELVILLE, G.J.; GREENWOOD, P.L. et al. Individual differ-ences in reaction of beef cattle to situations involving social isolation, close proximity of humans, restraint and novelty. Applied Animal Behaviour Sci-ence, v.99, p.21-40, 2006.MAFFEI, W.E. Reatividade animal. Revista Brasileira de Zootecnia, v.38, p.81-92, 2009.PARANHOS DA COSTA, M.J.R.; PINTO, A.A. Princípios de etologia aplicados ao bem-estar animal. In: DEL-CLARO, K.; PREZOTO, F. As distintas faces do comportamento animal. São Paulo: Sociedade Brasileira de Etologia, 2003. p.211-223.PETHERICK, J.C.; DOOGAN, V.J.; HOLROYD, R.G. et al. Quality of handling and holding yard environment and beef cattle temperament: 1. Relationships with flight speed and fear of humans. Applied Animal Behaviour Science, v.120, p.18-27, 2009a.PETHERICK, J.C.; DOOGAN, V.J.; VENUS, B.K. et al. Quality of handling and holding yard environment and beef cattle temperament: 2. Consequences for stress and productivity. Applied Animal Behaviour Science, v.120, p.28-38, 2009b.

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Genoma do Guzerá, para quê?

Maria Raquel Santos CarvalhoProfessora da UFMG e uma das coordenadoras do

Projeto Genoma do Guzerá

Um passo importante para a consolidação da sele-ção genômica na pecuária zebuína está sendo dado neste ano. O sequenciamento do genoma do Guze-

rá será anunciado no dia 3 de maio, a partir das 17h, du-rante a ExpoZebu 2012, em Uberaba (MG). A pesquisa do sequenciamento do genoma da raça começou efetivamen-te há pouco mais de um ano, com a aquisição de insumos e equipamentos necessários ao desenvolvimento do projeto. A sequência já foi gerada, com cobertura alta o suficiente para permitir sua montagem, tomando-se como referência

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a sequência gerada para Bos taurus e a anotação, que é o tra-balho de identificação de genes. Na próxima etapa, faremos a iden-tificação de variantes genéticas.

Édipo da La-goinha foi o animal escolhido para realizar o sequenciamento. Os critérios para a seleção deste indivíduo foram: genealogia conhecida e DNA mitocondrial compatível com origem zebuína, me-nor endogamia com maior número possível de des-cendentes; pertencente a fazendas públicas. Entre estes critérios, a baixa endogamia é muito impor-tante, pois garante que o animal não será muito ho-mozigoto. Assim, seu sequenciamento já permitirá a identificação de variantes (SNPs e CNVs) especí-ficas da raça. E como ele foi um padrador importan-te, estas variantes estarão distribuídas entre seus descendentes, podendo ser usadas no processo de seleção.

No caso do sequenciamento do segundo animal taurino, um indivíduo da raça Fleckvieh, fei-to na Alemanha, as pesquisas mostraram grande número de variantes genéticas. O surpreendente foi que a maioria das variantes genéticas não era compartilhada entre os animais sequenciados. As-sim, há interesse em conhecer as variantes genéti-cas próprias da raça. Nós temos trabalhado com o sequenciamento de genes específicos em Guzerá há alguns anos e já descobrimos uma série de va-riantes que são próprias de Guzerá ou de zebuínos. Portanto, esta etapa vai fornecer novos marcadores genéticos que poderão ser usados em estudos de associação. Além disso, é possível tentar prever o efeito de variantes. Este trabalho é feito por Bioin-formática, precisando de confirmação posterior.

Neste sentido, estão sendo desenvolvidos em nível internacional outros projetos, como o Bo-vine 1000 genomes e o Bovine Exome, que vão auxiliar na compreensão de que variantes são as mais importantes, do ponto de vista funcional. Além disso, em breve teremos disponíveis os métodos para detecção de mutações nas sequências que codificam proteínas (exoma) e para detecção do número de cópias presentes de cada gene (aCGH), que permitiram uma compreensão bem mais apro-fundada dos fatores genéticos que interferem nas

características de in-teresse econômico.

As novas va-riantes descobertas poderão ser incorpo-radas em painéis de marcadores molecu-lares, para uso em seleção genômica. Entretanto, este é um passo que deve ser dado com muito cuidado. Antes de

se proceder a seleção genômica, é preciso validar os painéis de marcadores moleculares em grandes amostras de animais que estão em sistemas de avaliação. Só assim será possível saber se as as-sinaturas de seleção eventualmente detectadas es-tão associadas a quais variações funcionais. Todo o cuidado é pouco, pois a ferramenta é bastante poderosa. Seria desastroso que fosse usada para implementar seleção unidirecional mais rápido, por exemplo.

Os criadores de Guzerá poderão incorporar a seleção genômica às outras metodologias, futura-mente. O primeiro passo é a validação das baterias já disponíveis para detecção de SNPs, ou seja, a avaliação de como estas baterias “performam” na raça. Ou seja, os SNPs incluídos capturam a diver-sidade genética da raça? Como foi dito antes, com apenas dois animais sequenciados para taurinos já foi possível antever uma variação muito grande das variantes presentes entre eles. Assim, ainda que o número de SNPs que fazem parte de uma bateria seja muito grande, é possível que a maioria deles não seja polimórfica em uma determinada raça. Além disso, os SNPs que apresentam variação po-dem não estar bem distribuídos na raça, de tal for-ma que regiões podem estar a descoberto.

A vantagem do sequenciamento completo do genoma é que descobriremos variantes específicas da raça. Estas variantes podem ser testadas em menor escala, e aquelas que se mostrarem úteis podem vir a ser incorporadas em baterias de SNPs, pois algumas delas permitem customização.

Ainda assim, são necessários estudos preli-minares. Os dados obtidos em taurinos ou em ou-tras raças zebuínas não podem ser simplesmente transpostos, sem uma etapa de identificação de assinaturas de seleção específicas da raça e da associação destas com os fenótipos de interesse.

“A vantagem do sequenciamento completo

do genoma é que descobriremos variantes

específicas da raça.”

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Mercado buscagenética de dupla aptidão

Várias regiões do país apostam no Guzerá para alavancar tanto a pecuária leiteira quanto a de corte

Com custos de produção cada vez mais altos, a pecu-ária brasileira tem na genética zebuína uma aliada para alcançar a viabilidade do negócio. Em grande

parte do país, a produção de carne ou de leite é alicerçada no Zebu. É o caso do Nordeste, que já tem uma pecuá-ria de corte consolidada e agora experimenta o surgimento de várias bacias leiteiras em estados com pouca tradição. Na Bahia e em Sergipe, muitos criadores estão apostando na dupla aptidão da raça Guzerá para garantir a produção desses dois alimentos, sem elevar os custos. “Hoje, temos a formação de rebanhos Guzonel (cruzamento Guzerá x Nelore), para produção de carne; e do Guzolando (Guze-rá x Holandês), para a produção de leite, impulsionando a economia e a pecuária nos dois estados”, disse João de Azevedo Cavalcanti Neto, presidente do Núcleo de Guzerá Bahia/Sergipe (BA-SE). De acordo com ele, por se tratar de uma raça extremamente rústica e de dupla aptidão, o Guze-rá se adapta muito bem ao clima tropical nas duas regiões e permite a produção de leite e de carne a baixo custo.

Criador há 10 anos, Cavalcanti trabalha com pe-cuária de corte no município de Rui Barbosa, na Bahia, e aposta no Guzonel para produzir bezerros para engorda. Em geral, os garrotes são abatidos com 18 arrobas e com idade média de dois anos. Já o rebanho de elite do Guzerá JCN, como é conhecido o plantel, é voltado para o duplo propósito, com matrizes adquiridas nos principais rebanhos do país. “Procuro acasalar as fêmeas com reprodutores que

têm tanto a genética leiteira do Guzerá quanto a de corte”, explicou o presidente do núcleo BA-SE. A entidade conta, atualmente, com 23 criadores associados que vêm traba-lhando para aumentar o rebanho de Guzerá na Bahia e em Sergipe.

Para divulgar a raça no Nordeste, o núcleo realiza diversos eventos e participa de exposições. A Exposição Agropecuária de Feira de Santana, marcada para setem-bro, é considerada a maior da raça, na Bahia. Já em Ser-gipe acontece a Exposição Agropecuária de Aracaju, em fevereiro, que conta, ainda, em sua programação, com um leilão da raça. Na Bahia também ocorrem feiras em Vitoria da Conquista, Mundo Novo, Barreiras e Salvador (Fenagro). Em Sergipe, há exposições de Guzerá em Nossa Senhora da Glória, Canindé do São Francisco e Frei Paulo. Para tes-tar a genética do rebanho para produção de carne, o núcleo realiza provas de ganho em peso nos dois estados.

Guzerá em alta no ParáSe no Nordeste a raça vem conquistando cada vez

mais espaço por ser boa de carne e boa de leite, no Nor-te do país não é diferente. O Guzerá tem sido utilizado na pecuária de corte para formação de rebanhos Guzonel. “Quem usa não dispensa o ganho da heterose conseguida com este cruzamento. Sabemos de fazenda com pastejo rotacionado, engordando apenas fêmeas Guzonel para o abate”, informou o proprietário da Fazenda Encarnação,

Larissa Vieira

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Luiz Guilherme Soares Rodrigues. Criador há 11 anos, em Santarém Novo, ele desenvolve pecuária de corte; porém 20% do rebanho selecionado vêm de linhagens leiteiras porque o plantel da Encarnação foi composto, em sua ori-gem, por animais oriundos do Rio Grande do Norte e da Paraíba, estados eminentemente leiteiros. “Usei muito em cima desse gado a genética do Paredão S e do Abaeté, apostando na dupla aptidão”, disse Rodrigues.

O extenso estado do Pará conta com vários micro-climas. Uma variedade presente também na forma de fazer pecuária. “Estamos desenvolvendo, juntamente com a Se-cretaria Estadual de Agricultura, um programa de incentivo à pecuária leiteira. Temos uma região próxima a Belém com muito potencial para produção de leite. No sul do estado temos uma bacia leiteira já desenvolvida”, informou o cria-dor. Segundo Rodrigues, a Guzerá é uma raça que pode contribuir significativamente para a consolidação dessas bacias leiteiras.

Para alavancar o uso da genética Guzerá no esta-do, os guzeratistas paraenses realizam seminários, dias de campo, leilões e contam com um circuito de exposições que recebe criadores não só do Norte, mas também do Nordeste. “Quem não é visto, não é lembrado”, assegurou Rodrigues.

Goiás também aposta na dupla aptidãoUm dos maiores produtores, Goiás é um estado de

economia concentrada no agronegócio. Pecuária e agricul-tura continuam em franca expansão por lá. “Podemos dizer que nosso estado é como o Guzerá: realmente de ‘dupla aptidão’. Possuímos um reconhecido plantel de animais para corte, tanto em número de cabeças quanto em seu potencial genético. E nossa bacia leiteira está entre as prin-cipais do país. Além disso, a nossa localização central nos permite exportar genética para outros estados, como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Pará, regiões que apresentam grande crescimento em seus rebanhos bovi-nos”, destacou o presidente da Associação Guzerá Goiás, Luciano Marques do Bomfim.

De acordo com ele, a raça esteve esquecida por dé-cadas no estado, mas há pouco mais de quatro anos, com

a fundação da entidade, vem obtendo ascensão impressio-nante. “Temos conseguido que antigos criadores retomem o investimento em seus plantéis e que novos criadores en-trem na seleção da raça. Estamos mostrando o potencial do Guzerá como raça pura e o seu papel nos cruzamento. É gratificante quando um criador de Nelore utiliza touros Gu-zerá em sua vacada e vem, com satisfação, nos falar sobre o resultado obtido”, esclareceu.

Na pecuária leiteira, o Guzerá é bastante utilizado em Goiás para produção do cruzamento Guzolando. “Os resultados obtidos são de encher os olhos e futuramente os bolsos”, enfatizou Bomfim. O presidente da Associação Guzerá Goiás vem promovendo diversos trabalhos para di-fundir a raça na região. As qualidades do Guzerá como raça pura e seu potencial nos cruzamentos, principalmente com Nelore e com Holandês, são divulgadas em revistas, jornais e outros meios de comunicação de Goiás. Outra ação pro-motora é a participação em exposições, realização de dias de campo com palestras sobre melhoramento genético e manejo reprodutivo.

Pelo quarto ano consecutivo, a raça deve integrar em 2012, juntamente com Nelore e Tabapuã, a Prova de Ganho em Peso, promovida pela Embrapa/Associação Goiana de Criadores de Zebu. Os animais classificados como Elite/Superior participarão do tradicional Leilão de Touros Provados da Embrapa, que será realizado em maio, durante a ExpoGoiás.

Selecionador da raça há pouco mais de quatro anos, Luciano Bomfim divide o trabalho de formação do plantel da marca Guzerá GL, com a esposa Geisa. Na Fazenda Paineiras, localizada no município de Trindade (GO), eles buscam selecionar um gado que seja realmente de dupla aptidão, aliando desenvolvimento de carcaça e razoável produção leiteira. O casal também produz Guzolando. Gos-to sempre de salientar que eu e a Geisa até pouco mais de dez anos não tínhamos afinidade com a área rural e tam-pouco conhecíamos o Guzerá. “Eu sou médico e a Geisa odontopediatra, mas confesso que nos apaixonamos pela raça”, finalizou Bomfim.

Julgamento de Guzerá na ExpoPará

ExpoGoiás contou com a presença do Guzerá nos julgamentos

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Maior economia do Nordeste, a Bahia vem se firmando como um grande fornecedor de genética zebuína para outros estados da região, graças aos investimentos dos criadores em melhoramento genético. Acajutiba, município localizado entre Salvador e Aracaju, foi escolhido pelo ex-ministro das Minas e Energia e advogado, Raimundo Brito, para sediar o projeto de seleção da raça Guzerá. O rebanho, que leva a marca Guzerá DA FASF, foi transferido da Fazenda São Francisco, em Corumbá de Goiás (GO), para a Fazenda João Machado, na Bahia. Acajutiba é a terra natal do ex-ministro.

O negócio, idealizado por Raimundo Brito, conquistou a família. A seleção de Guzerá é comandada pelos filhos Marcus e Márcio Brito. “A primeira vez em que tive contato com a raça Gu-zerá foi durante uma visita à Fazenda Soraya, linhagem DO BRA-VO, que pertence a um amigo baiano. Fiquei deslumbrado com a beleza do plantel, especialmente pela característica marcante dos chifres em forma de lira. Aquele foi o momento exato em que eu soube que faria parte desse seleto grupo de criadores. Foi então, no ano de 2007, que adquiri os nossos primeiros animais”, disse Marcus Brito.

O plantel dos Brito leva a marca Guzerá DA FASF em homenagem ao local onde a seleção da raça começou: a Fazen-da São Francisco. A genética é composta por linhagens conheci-das como: MORUMBI, PEAC, JA, JM, MAAB, GEO, EG, dentre outras. Todos os acasalamentos da propriedade são conduzidos

Plantel Guzerá DA FASF na Bahia

Marcus Brito comanda a seleção do Guzerá da FASF

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com estudo cauteloso dos dados disponíveis no mercado, junta-mente com avaliação fenotípica dos animais. Todo cruzamento é minuciosamente acompanhado para que resulte em melhoria ge-nética. “O nosso objetivo é a constante evolução dos nossos ani-mais e a disseminação de uma genética melhoradora”, ressaltou.

A Fazenda João Machado conta com um rebanho de mais de 400 animais Guzerá PO. Desde 2009, a propriedade tem um time de pista, que participa de exposições na Bahia e Sergipe. Se-gundo Marcus Brito, a raça vem ganhando força gradualmente na região, mas ainda existe um mercado enorme a ser conquistado.

Parcerias viabilizam novos negóciosCom o mercado cada vez mais competitivo e exigente,

o pecuarista precisa adotar um sistema de gestão eficiente para que o empreendimento tenha sucesso. No caso da pecuária de elite, cujos custos de produção são maiores, as parcerias com criatórios tradicionais podem ser a alternativa mais segura para quem está começando a investir na formação de um plantel de ponta. Vindo do ramo da advocacia, Tulio Costa Martino Ferreira decidiu ampliar os negócios nos últimos anos, apostando na cria-ção de Guzerá em Minas Gerais. “A oportunidade de investir em pecuária surgiu de uma análise feita junto com Marcelo Mendo, meu sócio no escritório de advocacia Mendo e Souza Advogados, que havia entrado na raça Guzerá há pouco tempo. Meu pai, que também é pecuarista, me incentivou e aprovou essa primeira par-ceria com o Guzerá Amar”, contou Tulio, titular da marca Guzerá Martino. A parceria com o Guzerá Amar já possibilitou a produção 100 prenhezes, além de alguns animais em condomínio.

Com o sucesso do trabalho conjunto, o criador decidiu ampliar as parcerias. Com a Fazenda Canoas, tradicional cria-tório de Guzerá comandado pelos irmãos Pitangui Salvo, Tulio desenvolve o projeto “Seleção Guzerá: a raça que Agrega Valor!”.

Raça atraiu novos criadores

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Com uma vida dedicada à medicina e ao campo, o criador Odilon Paiva Carvalho viu os negócios de sua propriedade em Muriaé (MG) prosperar

quando passou a utilizar a genética de touros Gu-zerá. “O nosso gado leiteiro era da raça Guernsey. Os animais tinham pequeno porte, produziam leite fácil e gordo, porém eram pouco férteis, muito exigentes e com pouca carcaça. Fizemos vários tipos de cruzamentos e o gado perdeu a identi-dade”, conta o criador.

Em 1980, o resultado financeiro da fazenda foi desanimador, levando Odilon e o pai a mudar a genética do rebanho. Eles buscavam uma raça com animais maiores, precoces e com perfil de dupla aptidão. “Optamos pelo Guzerá. Firmamos parceria com a Embrapa e começamos a inseminar todas as matrizes com sêmen dos touros do Teste de Progênie da raça”, lembra Odilon.

O gado foi padronizando, rendendo bom lucro com a produção de leite e carne. Hoje, a propriedade investe no Guzolando. “É um gado dócil, pesado, precoce e, se

Desde então, foram produzidas 250 prenhezes e parceria no time de pista e nos touros em centrais. “Todos os animais do meu plan-tel estão nas fazendas dos meus parceiros. Isso não significa que o meu projeto está alicerçado apenas nas parcerias. No momento certo, muitos desses animais poderão estar na propriedade da minha família, localizada no município mineiro de São Domingos do Prata”, disse o criador.

De olho na qualidade genética do rebanho, Tulio adotou como princípio de gestão a aquisição apenas de animais prova-dos e bem ranqueados. Segundo ele, é o caminho mais seguro e rápido para obter um plantel geneticamente superior. “Não tenho a pretensão de ser um grande criador, mas almejo ser um criador reconhecido pela qualidade do rebanho. Tenho estudado muito sobre o assunto e vejo que existem muitas informações e opor-tunidades ainda não exploradas ou percebidas pelos criadores.”, afirmou. Para o criador, o melhoramento genético não pode ser um processo empírico ou baseado no feeling, como era feito pelos pecuaristas do passado. “A pecuária brasileira avançou porque investiu e continua investindo em ferramentas, cada vez mais sofisticadas, para produzir rebanhos cada vez mais produtivos e funcionais”, ressaltou Tulio.

Na visão do novo selecionador, a raça Guzerá possui dife-renciais importantes quando comparada a outras raças zebuínas, como: rendimento de carcaça, precocidade de acabamento da

carcaça, relação de desmama, peso aos 450 dias e conversão alimentar. “A versatilidade da raça é outro ponto de destaque que precisamos difundir. Nos cruzamentos comerciais, estão prova-dos os diferenciais que o Guzonel e Guzolando podem propiciar a seus criadores”, garantiu. Segundo Túlio, das raças zebuínas criadas no Brasil, o Guzerá é a que melhor converte alimento (massa) por unidade de peso.

Joaquim Martino Ferreira e Túlio Costa Martino Ferreira

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Genética Guzerá garante lucratividadebem manejado, produz muito leite e muita carne”, ga-rante. As matrizes com aptidão para o leite ficam no curral em sistemas intensivos e as de pouca aptidão criam bezerros ao pé em pastagens extensivas (um animal / hectare). A produção média anual de leite é 500 litros/dia. A propriedade vende em torno de 350 an-imais por ano (bezerros machos e vacas Guzolando).

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Criador Odilon Paiva Carvalho participa do PNMGul

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Guzerá CS.Compartilhando qualidade e

genética melhoradora paravocê curtir os resultados no seu rebanho.

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Pista e campoandam próximos

Roberto Vilhena VieiraZootecnista e Jurado Efetivo da ABCZ

A Guzerá é considerada uma das raças zebuínas mais an-tigas do mundo e, como sabemos, com forte prepotência racial, sendo base fundamental para a consistente evolução

genética, morfológica e de produção, podendo-se optar por seu leite ou carne e ainda ambos, dependendo do objetivo da ativida-de pecuária. Raça muito produtiva e rústica, é adaptável às diver-sas condições climáticas e de produção, desde as mais simples até as mais sofisticadas e propícias à produtividade.

O elevado padrão atingido pela Guzerá sempre foi condu-zido por competentes selecionadores, técnicos e colaboradores das fazendas, que trabalharam e trabalham focados no melhora-mento da raça, nas condições brasileiras.

Acreditamos que o aprimoramento da nutrição, da sanida-de, da qualidade das pastagens, entre outros, e principalmente a viabilização comercial ao acesso às modernas biotecnologias da reprodução (IATF, TE e FIV), possibilitaram o aumento do número de produtos de qualidade nascidos e, assim, maior rigor na sele-ção e apartação dos animais superiores, que serão destinados à pista ou permanecerão no rebanho – futuros reprodutores e matri-zes de plantel. Verifico, como jurado efetivo da ABCZ, a presença de animais superiores e diferenciados nas pistas, comprovando o elevado padrão morfológico atingido pela raça, no Brasil.

Os exemplares presentes nos julgamentos de pista es-tão muito padronizados e parelhos, quer seja pela alta qualidade morfológica, como no preparo e apresentação dos mesmos. Os expositores profissionalizaram-se e estão extremamente focados em somente expor os seus melhores animais, exigindo dos ju-rados muito trabalho, conhecimento da raça e experiência para realizar a definição do ranqueamento. Salientamos, ainda, que a

padronização e uniformização entre os melhores animais é tão parelha, que a definição dos primeiros prêmios e campeões está sendo realizada, realmente, nos mínimos detalhes.

Os animais de pista e de plantel devem enquadrar-se no padrão racial da Guzerá, com funcionalidade evidente e apresen-tar, cada vez mais, desempenho nas características economica-mente importantes e expressivas. Temos preferido indivíduos de porte médio para a raça; não desejamos nenhum dos extremos (baixos e compactos nem altos e finos), mas que apresentem aprumos e aparelhos reprodutores corretos, comprimento, arque-amento e espaçamento de costelas, comprimento corporal e de garupa, além de largura. A musculatura deve ser bem distribuída pelo corpo, valorizando a concentração muscular na região poste-rior dos animais, onde se encontram as carnes mais valorizadas e desejadas pelos consumidores (filé, contra filé, picanha, e outras).

Nas linhagens de leite, a feminilidade, delicadeza e qua-lidade do sistema mamário são fundamentais nas fêmeas; já nos machos procuramos masculinidade evidente, além, é claro, har-monia, equilíbrio entre as partes do corpo e, também, nobreza e beleza racial para ambos os sexos.

A convite da Associação dos Criadores de Guzerá do Bra-sil, tive a oportunidade de realizar o primeiro julgamento de Guze-rá com aptidão leiteira. A disputa aconteceu durante a Feileite, em São Paulo, no ano passado. Valorizei, neste julgamento, além das características funcionais e raciais citadas anteriormente, a força leiteira, a eficiência para produção de leite, pois desejamos ma-trizes que, além de produzir muito leite, tenham várias lactações durante sua vida produtiva, deixando muitas crias nascidas, que serão os futuros reprodutores e matrizes do plantel. A matriz Gu-

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zerá com aptidão leiteira apresenta qualidade do sistema mamá-rio (úbere volumoso e de boa forma, que seja bem irrigado e bem inserido ao abdômen, com tetos de tamanho e posicionamento corretos) e força leiteira (amplitude de peito, costelas espaçadas, arqueadas e compridas). Unindo a tudo isso, harmonia, equilíbrio e beleza.

Raça única, a Guzerá possui um dom, que é produzir lei-te e carne com excelência nas diferentes condições brasileiras. Características importantes, que devemos preservar e aprimorar constantemente. As linhagens de Guzerá foram selecionadas por tradicionais e persistentes criadores, que focaram o melhoramen-to genético, apoiados pelo controle leiteiro oficial, garantindo a evolução consistente e contínua desse trabalho. Há alguns anos, a raça conquistou novos adeptos, que contribuem fortemente para a ampliação e a continuidade do aprimoramento das linha-gens leiteiras no Brasil. É importante salientar a contribuição dos profissionais do melhoramento e de suas instituições para o apri-moramento genético da raça.

A pista e o campo andam sempre muito próximos da raça Guzerá. Logicamente que os indivíduos participantes do time de pista são os mais perfeitos morfologicamente e os mais bem manejados e nutridos da propriedade; são a vitrine da fazenda e espelham o trabalho de anos de seleção e melhoramento gené-tico que o expositor/criador desenvolve na sua propriedade. Nas pistas de julgamento procuramos premiar exemplares que apre-sentem características raciais mais próximas ao ideal da raça Gu-zerá, de porte médio, equilibrados, harmônicos, produtivos (carne ou leite) e funcionais (corretos aprumos, aparelhos reprodutores, volume no costado, volume corporal etc).

Feileite teve primeiro julgamento de Guzerá leiteiro

Os campeões e as campeãs de pista da raça Guzerá são largamente utilizados na reprodução, através da inseminação artificial e transferência de embriões (TE ou FIV) e contribuem fortemente para o aprimoramento do trabalho de melhoramento genético. O animal que vive, reproduz e produz com eficiência no campo é o que desejamos, e na pista de julgamento não poderia ser diferente. E nós, jurados, apenas indicamos os melhores indi-víduos no momento da avaliação, no julgamento.

O Guzerá atingiu elevado nível morfológico, funcional e produtivo. Acreditamos que o trabalho de melhoramento genético continuará a ser bem conduzido e realizado pelos criadores e pro-fissionais envolvidos com a raça.

Campeã do Torneiro Leiteiro da Feileite de 2011, a fêmea Aurora provou que não há limite para a genética de qua-lidade. Há mais de dois anos a vaca foi transferida, junto

com outras doadoras, da Fazenda Barra da Cruz, no Rio Gran-de do Norte, para a Fazenda Nossa Senhora Aparecida, em São Paulo. Como o estado nordestino tem status sanitário de risco mé-dio em relação à aftosa, a participação dos animais da Fazenda Barra da Cruz em competições nacionais ficava limitada.

Para que o trabalho de mais de 10 anos de seleção não ficasse restrito ao Nordeste, o criador Alexandre de Medeiros Wanderley firmou parceria com Gilson Carlos Bargieri. O traba-lho conjunto dos criadores rendeu os dois primeiros lugares da Feileite 2011, evento que marcou a estreia de Aurora nas com-petições nacionais. A fêmea venceu o torneio leiteiro de Guzerá com uma produção de 34,10 kg/leite. “O Rio Grande do Norte tem um polo de criatórios da raça Guzerá reconhecido nacionalmente pela qualidade genética dos animais. Com essa parceria, podere-mos levar a genética do estado para outras regiões, oferecendo ao mercado novas linhagens”, diz Alexandre Wanderley. As doa-doras enviadas para São Paulo já estão em fase de coleta para produção de prenhezes.

Genética sem fronteiras

Como a demanda por animais leiteiros avaliados é gran-de em todo o país, o criador está intensificando a seleção. Ele participa do Programa Nacional de Melhoramento do Guzerá e realiza controle leiteiro oficial no rebanho. Este ano, ele inscreverá um touro no Teste de Progênie da raça. “Com essas ferramentas de seleção, a cada nova geração, conseguimos produzir animais melhores”, diz o criador.

Larissa Vieira

Ganhadores do Torneio Leiteiro de Guzerá na Feileite recebem premiação das mãos do presi-dente da ACGB Paulo Menicucci

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Os criadores que foram destaque nas pistas das exposições ranqueadas pela Associação dos Criadores de Guzerá do Brasil participaram da entrega de prêmio dos melhores do Ranking 2010/2011. Os vencedores receberam a premiação durante o 4º Leilão Suaçuí e Convidados, em Avaré (SP), no final do ano passado.

Confira os premiados:

Os melhores do Ranking 2010/2011

Melhor Criador

1º Lugar - Agroville Agric. & Emp. - Vírgilio Junior e Paulo Menicucci

2º Lugar - Guzerá Suaçuí - Nídia Moraes e Paulo Menicucci

3º Lugar - José Manoel Diogo Jr - Luciano Bom-fim (Representando). Paulo Menicucci e Gonçalo Botelho

1º Lugar - Agropec. São Marcos Paulo de Faria - José Roberto Moreira, Nídia Moraes e Antônio Caetano

2º Lugar - Guzerá Três Irmãos - Washington Dias, Lincoln Dias e Nídia Moraes

3º Lugar - Fazenda Canoas - Gustavo Salvo, An-tônio Salvo e Nídia Moraes

Melhor Expositor

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Melhor Fêmea Adulta

Melhor Fêmea Jovem

1º Lugar - Camboja II S - Antônio Salvo, Gustavo Salvo e Ariane Menicucci

2º Lugar - Caravana III S - Antônio Salvo, Gustavo Salvo e Ariane Menicucci

3º Lugar - Cambuci Villefort - Virgílio Junior e Ari-ane Menicucci

1 º Lugar - Jóia EB da IPE - Adriano Varela, Túlio Martino, Ana Claudia, Marcelo Mendo, Antônio Caetano e Gustavo Salvo

2º Lugar - Latika FP - Carlos Pontual, Marcílio e Gustavo Salvo

3º Lugar - Caytria Claramar - Soraia Freitas, Al-berto Francisco e Gustavo Salvo

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Melhor Matriz

Melhor Reprodutor

1º Lugar - Alice da Morumbi - Nídia Moraes e Ed-son Falchi

2º Lugar - Dina S - Virgílio Junior e Edson Falchi 3º Lugar - Carrera EB da IPE - José Roberto Moreira, Antônio Caetano e Edson Falchi

1º Lugar - Signo AM - João Natal, João Ronaldo e Paulo Emílio

2º Lugar - Mabrouk da VIC - Maria Victória e João Ronaldo da Nobrega

3º Lugar - Haiti TE S. Claramar - Alberto Francisco, Virgilio Junior e João Ronaldo

Melhor Macho Adulto

Melhor Macho Jovem

1º Lugar - Guzerá da Barra Jango FIV - Roberto Filho, Roberto Neszlinger e Luciano Bomfim

2º Lugar - Imaginário do SAL - Luiz Guilherme Soares e Luciano Bomfim

3º Lugar - Juacir da Suaçuí - Nídia Moraes e Lu-ciano Bomfim

1º Lugar - Fakamu FIV TIR - Washington Dias, Lin-coln Dias e Luiz Guilherme

2º Lugar - Mentor da Suaçuí - Nídia Moraes e Luiz Guilherme Soares

3º Lugar - Garanhão da GEO - Rogério Araujo e Luiz Guilherme Soares

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A paixão vem de muito tempo,mas a geração é nova e desperta amor à primeira vista.

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08 a 12/08/2012

11 a 18/08/2012

18 a 26/08/2012

25/08 a 02/09/2012

01 a 09/09/2012

69ª EXPOSIÇÃO AGROPECUARIA DE CURVELO Parque de Exposições Antônio Ernesto de SalvoInformações: (38) 3721-5222 ou [email protected]

51ª EXPOSIÇÃO ESTADUAL AGROPECUARIA – SUPERAGROParque de Exposições Gameleira Informações: (31) 3313- 6624 ou [email protected]

35ª EXPOSIÇÃO AGROPEC. E IND. DE TRES LAGOAS Parque de Exposições Joaquim Marques de SouzaInformações: [email protected]

FEICORTE - 18ª FEIRA INTERNACIONAL DA CADEIA PRODUTIVA DA CARNE Centro de Exposições ImigrantesInformações: [email protected] ou (34)3336-1995

37ª EXPOMONTES Parque de Exposições João Alencar AthaydeInformações: (38) 3215-1399 ou [email protected]

XIV EXPONOVOSInformações: (84) 3272-2430 ou [email protected]

MEGALEITEParque de Exposições Fernando CostaInformações: [email protected] ou (34)3336-1995

30 ª FAPIJA Parque FapijaInformações: (12) 3953-5100 ou [email protected]

43ª EXPOAGRO GV Parque de Exposições José Tavares Pereira Informações: (33)3275-6500 / 33-9908-9021 [email protected]/ [email protected]

30ª EXPORONDON Informações: (84) 3272-2430 ou [email protected]

XXVII EXPOAAVA(84) 3272-2430 ou [email protected]

GRAND EXPOBAURU 2012Recinto Mello MoraesInformações: (14) 3572-3629 ou [email protected]

36ª GRANEXPO ES Centro de Eventos Floriano VarejãoInformações: (27) 3281-8006 ou www.granexpoes.com.br

46ª AGROPEC – EXPOSIÇÃO AGROPEC. DE PARAGOMINAS Parque de Exposições Amilcar Tocantins Informações: [email protected] ou: (91) 8111-5930

5ª EXPOGENÉTICAParque de Exposições Fernando CostaInformações: (34) 3319-3935

34ª EXPOINTERParque Assis BrasilInformações: (51) 3288-6379 ou [email protected]

44ª EXPOFAC – EXPOSIÇÃO AGROPECUÁRIA DE CASTANHALParque de Exposições Informações: (84) 3272-2430 ou [email protected]

Curvelo – MG

Belo Horizonte – MG

Três Lagoas – MS

São Paulo – SP

Montes Claros – MG

Currais Novos - RN

Uberaba – MG

Jacareí – SP

Governador Valadares – MG

Rondon do Para – PA

Tomé Açu – PA

Bauru – SP

Serra – ES

Paragominas – PA

Uberaba – MG

Esteio – RS

Castanhal – PA

58 Revista Guzerá | Nº 05 | 2012

59Revista Guzerá | Nº 05 | 2012

60 Revista Guzerá | Nº 05 | 2012

EXPOFEIRA – FEIRA AGROPEC. DE FEIRA DE SANTANA Informações: [email protected]

46ª EXPOPARÁ – EXPOSIÇÃO AGROPECUARIA DO PARÁParque de Exposições Amílcar TocantinsInformações: (91) 3243-3373

50ª EXPO RIO PRETO 2012 Parque de Exposições Alberto Bertelli LucattoInformações: (17) 8123-3269

EXPOSIÇÃO AGROPECUARIA DE BRASÍLIA Parque de Exposições da Granja do TortoInformações: (61) 3386-0025 / [email protected]

50ª FESTA DO BOI Parque de Exposições Aristófanes FernandesInformações: (84) 3272-2430 ou [email protected]

EXPOSIÇÃO AGROPECUARIA DE GO Parque Agropecuário Dr. Pedro LudovicoInformações: (62)9979-4489

62ª EXPOAGRO DE MACEIÓ – EXPOSIÇÃO AGROPEC. DE PRODUTOS E DERIVADOS DE ALAGOASParque de Exposições José da Silva NogueiraInformações: www.aca-al.com.br/historico.asp

FAEPIRA 2012Informações: (14) 3572-3629 ou [email protected]

70ª EXPO NORDESTINA DE ANIMAIS Parque de Exposições Professor Antônio CoelhoInformações: (81) 3227.1457

FEILEITE – 6ª Feira Internacional da Cadeia Produtiva do LeiteCentro de Exposições ImigrantesInformações: (34)3336-1995

25ª FENAGRO 2012Parque de Exposições de SalvadorInformações: (71) 9918-2968 ou [email protected]

FAESE – FEIRA AGROPEC. DO ESTADO DE SERGIPEInformações: [email protected]

49ª EMAPA – EXPOSIÇÃO AGROPEC. DE AVARÉParque de Exposições Fernando Cruz PimentelInformações: [email protected]

75ª EXPOGRANDE 2013Parque de Exposições Laucídio CoelhoInformações: [email protected] ou (67) 3345-4200

44ª EXPO AGRO DE ITAPETININGAParque de Exposições Acácio de Moraes TerraInformações: (15) 3285-8001

EXPOLEILÃO 2013Parque de Exposições Aristófanes Fernandes Informações: (84) 3272-2430

79ª EXPOZEBUParque de Exposições Fernando CostaInformações: (34) 3336-1995

02 a 09/09/2012

15 a 22/09/2012

04 a 14/10/2012

10 a 20/10/2012

12 a 20/10/2012

21 a 28/10/2012

19 a 28/10/2012

01/11/2012

18 a 25/11/2012

19 a 23/11/2012

24/11 a 02/12/2012

24/02 a 03/03/2013

25/02 a 03/03/2013

13 a 23/04/2013

19/04 a 28/05/2013

28/04 a 01/05/2013

28/04 a 10/05/2013

Feira de Santana – BA

Belém – PA

São José do Rio Preto – SP

Brasília – DF

Parnamirim – RN

Goiânia – GO

Maceió – AL

Pirajuí – SP

Recife - PE

São Paulo - SP

Salvador – BA

Aracaju – SE

Avaré – SP

Campo Grande – MS

Itapetininga – SP

Parnamirim – RN

Uberaba – MG

60 Revista Guzerá | Nº 05 | 2012

61Revista Guzerá | Nº 05 | 2012

62 Revista Guzerá | Nº 05 | 2012

ADRIANO VARELA GALVÃO E OUTROSSCS Q 03 BL A-Nº210 ED. PARANOA 2º ANDAR SL 201/20470303-912 BRASILIA - DF(61) 3346-1689 (61) 3321-3570 FAX (61) 3342-3003ENTRE RIOS - PADEFI - DFPLANALTINA - [email protected]

AGOSTINHO ALCÂNTARA AGUIARAv Prefeito Americo Giannetti, 3614, bairro Canaa31610-000 BELO HORIZONTE - MG(31) 3455 6111 (31) 9952 2934 FAX (31) 3455-6111FAZENDA ILHA FUNDA - ALPERCATA - [email protected]

AGROPECUÁRIA NAVIRAÍ LTDAR. MAJOR EUSTAQUIO, 76 - S 60738010-270 UBERABA - MG(34) 3333-1622 (34) 9194 1381 FAX (34) 3333 1634CHÁCARA NAVIRAÍ - UBERABA - [email protected]

AGROPECUÁRIA PONTE NOVAR. GENERAL VENÂNCIO FLORES, 305 G. 100222441-090 RIO DE JANEIRO - RJ(21) 3206-5820 (32) 3278 1362FAX (21) 3206-5828AGROPEC. PONTE NOVAPEQUERI - [email protected]@gmail.com / flaviarial@

AGROP. SÃO MARCOS PAULO DE FARIA LTDARUA JULIO DE MESQUITA, 1200VILA PAULICÉIA09693-100 SÃO BERNARDO DO CAMPO - SP(11) 4360 6120 (11) 4361 4950 FAX (11) [email protected]

AGROVILLE AGRICULTURA E EMPR. LTDAROD BR 040 KM 515 , Nº 750BAIRRO VEREDA33805-470 RIBEIRÃO DAS NEVES - MG(31) 2191-7800 (31) 9242-0849 FAX (31) 3627-1054CURRALINHO - GUZERA VILLEFORTRIBEIRÃO DAS NEVES [email protected]@villefort.com.br

ALBERTO FRANCISCO GONÇALVES DE FREITASAV. SOARES DOS SANTOS, 12435790-000 CURVELO - MG(38) 3721-7722 (38) 9987-0360FAX (38) 3721-7722FAZ. POÇO AZUL - CURVELO - [email protected]@gmail.com

ALBERTO MARQUES DA SILVA MAIAR. INHÔ LUIZ, 25035790-000 CURVELO - MG(38) 3721-1823 (38) 3721-5558 FAX (38) 3721 1823RANCHO MAIA - INIMUTABA - [email protected]

ALCEBIADES PAES GARCIAESTRADA DE MORSING, 157027175-000 PIRAÍ - RJ(24) 2431-1060 / FAX (24) 2431-1727SÃO LUIZ - PIRAI - [email protected]

ALEXANDRE AUGUSTO DE SOUZASMPW QD 18 CJ 01 LT 02 CASA A71741-801 BRASILIA - DF(61) 3879-6612 FAX (62) 9971-6612GUZERÁ [email protected]

ALEXANDRE DE MEDEIROS WANDERLEYRUA REN. LOPES VIEGAS, 80ALTO DO TRIANGULO59515-000 ANGICOS - RN(84) 3531-2111 / 9965-0364FAZ. BARRA DA CRUZ - ANGICOS - [email protected]

ALTEVIR MENDONÇA SILVAAV. LEONARDO F. M. SILVA, 1973 - CX.P.265218-000 MATINHA - MA(98) 3232 3311 (98) 3357 1133FAX (98) 3357 1202FAZENDA SANTO ANTÔNIOMATINHA - [email protected]

AMERICO CARDOSO DOS SANTOS JUNIORCAIXA POSTAL 11906730-970 VARGEM GRANDE PAULISTA - SP(11) 4158-3457 (63) 9996 1518 FAX (11) 3131-1313

FAZENDA MORRO ALTOSANTA RITA DO TOCANTINS - [email protected]

AMILCAR FARID YAMIMROD. PRES. DUTRA, KM 209TREVO BOM SUCESSO07210-900 GUARULHOS - SP(11) 2131-7755 (15) 3262-6050FAX (11) 2131-7778AGROPECUÁRIA CORONAPORTO FELIZ - [email protected]@splicenet.com.br

ANDRE DE MATTOS COUTOJUVENAL MELO SENRA - 175/201BELVEDERE30320-660 BELO HORIZONTE - MG(31) 3264-0708 (31) 3344-0279FAZENDA BREJAUBA - ALTO RIO DOCE - [email protected]

ANDRE NUNES LAMOUNIERAV. ALVARES CABRAL, 982 - 11º ANDAR LOURDES30170-001 BELO HORIZONTE - MG(31) 2126 8007 (31) 9167 7000FAX (31) 2126 8007FAZENDA ZOO - CORINTO - [email protected]@fazendazoo.com.br

ANTONIO PITANGUI DE SALVOCAIXA POSTAL N.º 1335790-000 CURVELO - MG(38) 3722-1133 (38) 9968-1134FAX (38) 9987-3999FAZ. CANOAS/MUNDO NOVOCURVELO - [email protected]@fazendacanoas.com.br

ANTONIO BALBINO DE CARVALHO NETORUA BARÃO DO COTEGIPE, 1747805-020 BARREIRAS - BA(77) 3611 -1455 (77) 3611 -2141FAX (77) 3611 4055FAZ. REUNIDAS ANTONIO BALBINOJOÃO [email protected]

ANTONIO PLACIDO PEIXOTO DO A. NETORUA JOSE MONTEIRO DE MELLO , 205

ASSOCIAÇÃO DOS CRIADORES DE GUZERÁ DO BRASILSócios Contribuintes

63Revista Guzerá | Nº 05 | 2012

APTO 2201 - GLEBA PALHANO86061-580 LONDRINA - PR(43) 3323-8130 (43) 9994-0051ESTÂNCIA NOVA RECREIO - ORTIGUEIRO - [email protected]@hotmail.com

ANTONIO RANNIELLHE DO ÓAV. CARLOS CRUZ, 127063020-181 JUAZEIRO DO NORTE - CE(88) 9961-4338LAGOA DA CAIÇARA - CAMPOS SALES - [email protected]

ARTHUR SOUTO MAIOR FILIZZOLAR. FERNANDO TOURINHO, 487 - S/90130112-000 BELO HORIZONTE - MG(31) 3281-1800 (31) 3281-1800FAX (31) 3227 4868FAZ. DOS POÇÕES/BHAVNAGARJEQUITIBÁ - [email protected]

BENÍCIO CUNHA CAVALCANTIR. JURACI MAGALHÃES, 406 - APT.º 20344052-010 FEIRA DE SANTANA - BA(75) 3625-9243 (75) 9132-7887FAX (75) 3223 0609FAZENDA LUA NOVA - LAJEDINHO - [email protected]

BERNARDO DE VASCONCELLOS MOREIRARUA SÃO ROMÃO, 302BAIRRO SANTO ANTONIO30330-120 BELO HORIZONTE - MG(31) 3213-4143 (31) 3273-9860FAZENDA FORTUNA - [email protected]@bernardosantana.com.br

BERNARDO MELGAÇO DINIZ DA COSTARUA DOUTOR ZACARIAS, 340 - CENTRO35610-000 DORES DO INDAIÁ - MG(37) 8812-4993 (37) 3551-1042FAZ. LAGOA PRETA - SERRA DA [email protected]

CAMILLO COLLIER NETORUA AÇU, 678 TIROL59020-110 NATAL - RN(84) 3611-3200 (84) 9905-0225FAX (84) 3611-3200FAZ. VALE FELIZ - MACAÍBA - [email protected]@colliergalvao.com.br

CARLITO DE LIMA FELISBERTOCAIXA POSTAL 4416670-000 PRESIDENTE ALVES - SP(14) 3587-1283 (11) 4066-1709FAX (14)3587-1283FAZENDA CONQUISTASÃO BERNARDO DO CAMPO - [email protected]@blisfarma.com.br

CARLOS ALBERTO DE ANDRADE SILVAAV. MAL. CASTELO BRANCO, 29845995-000 TEIXEIRA DE FREITAS - BA(73) 3291 -3112FAZ. SANTA MARIA - TEIXEIRA DE FREITA - [email protected]

CARLOS FERNANDO FALCÃO PONTUALAV. MARQUES DE OLINDA, 302 - 6º ANDAR50030-000 RECIFE - PE(81) 3224-6189 (84)9952-9645FAX (81) 3341-1643FAZ. DA ROSILHA - RECIFE - [email protected]@pontualarquitetos.com.br

CARLOS FERNANDO FONTENELLE DUMANSRUA GENERAL TASSO FRAGOSO 24/804 LAGOA22470-170 RIO DE JANEIRO - RJ(21) 2535 4545 (21) 9804 0352FAZENDA FONTENELLEBAIXO GUANDU - [email protected]

CARLOS HENRIQUE ALVES RODRIGUESQE 32 CONJ Q CASA 05 GUARA II71065-171 BRASILIA - DF(61) 3568-1037 (61) 8524-0318FAZ. ANDALUZ - ALEXANIA - [email protected]

CARLOS MAGALHAES DA SILVEIRASQS 302 - BLOCO B APTO 30470338-020 BRASILIA - DF(61) 9986-3431CANDEIAS - CARAVELAS - [email protected]

CARLOS MAGNO CHAVES BRANDÃOAV DO CONTORNO , 8000 - SALA 511SANTO AGOSTINHO30110-932 BELO HORIZONTE - MG(31) 3292-5153 (31) 9129 8013 FAX (31) 3292 8311SERRA NEGRA - SANTANA DO RIACHO - [email protected]

CARLOS OSCAR NIEMEYER MAGALHÃESAV ATAULFO DE PAIVA , 458/201 - LEBLON22440-033 RIO DE JANEIRO - RJ(21)2523-4890 (21)[email protected]

CÉLIO MARCOS MURTA LIMARUA BARÃO DO RIO BRANCO, 149/120135010-030 GOVERNADOR VALADARES CENTRO - MG(33)3277-8641 (33)9989-8060FAZENDA SANTA [email protected]

CIA. AGROP. MONTE ALEGRECAIXA POSTAL ,6237140-000 AREADO - MG

(35) 3573-2700 (35) 3573-2714 FAXFAZ. TAQUARINHA - MONTE BELO - [email protected]@montealegrecoffees.com

CLAUDIO FERNANDO GARCIA DE SOUZARUA BRUNO GARCIA, 7379600-050 TRÊS LAGOAS - MS(67) 3521-2347 (67) 3521-2107FAX (67) 3521-1237FAZENDA LAGUNA - TRÊS LAGOAS - [email protected]@terra.com.br

DALTON VAZ PORTO ROCHARUA COMENDADOR ELIAS JAFET, 600 MORUMBI05653-000 SÃO PAULO - SP(11) 2436-3606 (11) 3744-8989GUZERA FAZENDA VELHA - SÃO PAULO - [email protected]@terra.com.br

DANIEL BOTELHO ULHOACSA 03 LOTE 07 APTO. 50272015-025 BRASÍLIA - DF(61) 3468 8313 (61) 3352 4226 FAX (61) 3468 8200PARACATU - [email protected]

DANIEL FONSECA DE ARAÚJORUA DOS MODURUCUS, 2904 APTO 902ED TAMASIA66025660 BELÉM - PA(91) 255 2113 (91) 230 2798 FAX (91) 255 0382FAZENDA ABARÉSÃO MIGUEL DO GUAMÁ - [email protected]

DANTE EMÍLIO RAMENZONICAIXA POSTAL, 1216600-000 PIRAJUÍ - SP(11) 2125-3900 (14) 3583-1332 FAX (14) 3572-3342ALVORADA - PIRAJUÍ - [email protected]@guzeraramenzoni.com.b

DENISE DE ABREU RIBEIRO E OUTRAS COND.R. CORONEL CUSTODIO MARQUES, SN28525-000 BOA SORTE - 5º DIST. CANTA GALO - MG(34) 3333-9788 (34) 9174-0724FAZ. CANAÃ - UBERABA - [email protected]@hotmail.com

DIOMARIO SOARES TEIXEIRARUA OSWALDO CRUZ, 283 - Apto 401ESPLANADA35010-210 GOVERNADOR VALADARES - MG(33) 3271-3547 (33) 3271-3547FAX (33) 8804-4735

64 Revista Guzerá | Nº 05 | 2012

BARRA DO PEIXE [email protected]

DOUGLAS BRANDAO COSTARUA ARCHINTO FERRARI, 118 - APTO 9209530-430 SÃO CAETANO DO SUL - SP(15)3282-3388 (15)8139-4435EL GIZA - PORTO FELIZ - [email protected]@hotmail.com

EDMO DIAS PINHEIRORUA 87 Nº 598 - SETOR SUL74093-300 GOIANIA - GO(62)3226-0200 (62) [email protected]@ingoh.com.br

EDSON FALCHI TEIXEIRARUA DANUBIO AZUL, 356 - JARDIM GUANCA02152-040 SÃO PAULO - SP(11) 2484-0222 (11) 9651- 2088 FAX (11) 7548-2626RECANTO DO GUZERÁ - SANTA ISABEL - [email protected]@uol.com.br

FELLIPE MOREIRA DE PAULA GOMESAV. HORACIO GOMES DE MELO, 655CENTRO57780-000 CAPELA - AL(82) 3287-1133 (82) 9921-9191GUZERÁ [email protected]@hotmail.com

FRANCISCO CARNEIRO LIMACAIXA POSTAL, 3763800-000 QUIXERAMOBIM - CE(88) 3441-0140 (88) 3441-0317 FAX (88) 3441-0341FAZENDA CANAFÍSTULAQUIXERAMOBIM - [email protected]@ig.com.br

FRANCISCO DAS CHAGAS Q. PORDEUSRUA DOM PEDRO II, 584 - BAIRRO PRIMAVERA47803-020 BARREIRAS - BA(77) 3613-2526 (77) 3611-0949FAZ. PARAIBA - BARRACAO DE BAIXO - [email protected]

FRANCISCO DE ASSIS DA C. F. DE MELOAV. PRUDENTE DE MORAES, 470559063-200 NATAL - RN(84) 3234-8518 (84) 9981-5900FAX (84) 3234-8518FAZ. MASSARANDUBA DE CIMAMAÇARANDUBA / SÃO GONCALO - [email protected]

FRANCISCO HUMBERTO CAPPARELLI VIRGILIOAV NICOMEDES ALVES DOS SANTOS, 387

B. ALTAMIRA38400-170 UBERLANDIA - MG(34) 3292-9970 (34) 9991-3451 FAX (34) 3219-3454ESTANCIA ESPERANÇ[email protected]@netsite.com.br

FRANCISCO JOSE DE ALBUQUERQUE MAIA COSTARUA RONCADOR, 19479021-270 CAMPO GRANDE - MS(67) 3322 7400 (67) 3322-7411FAX (67) 3322 7413RANCHO CAIAMÃ - CAMPO GRANDE - [email protected]@terra.com.br

FREDERICO FABIANO GONTIJO MAIARUA RAJA GABAGLIA, 3079 - SANTA LUCIA30350-563 BELO HORIZONTE - MG(31) 3298-5151 (31) 3526-5199FAX (31) 3526-5128CAPÃO DO ROCHA - CORINTO - [email protected]

GABRIEL DE PAULA MARINHORUA CAPITÃO VALDIR, 89 - CENTRO29560-000 GUAÇUI - ES(28) 3553-2013 (28) 9925-6120FAZENDA MONTE AZUL [email protected]

GABRIEL DONATO DE ANDRADECAIXA POSTAL 198 - FAZ. SERRINHA32600-971 BETIM - MG(31) 3290-6601 (37) 3359-7400FAX (37) 3290-6660CALCIOLANDIA - ARCOS - [email protected]@calciolandia.comsantiago@colonialagrop

GEISA MAGALHÃES MACHADO BOMFIMR 4 Nº590 AP 1000ED. ODESSA - ST OESTE74110-140 GOIANIA - GO(62) 3224-4489 (62) 9975-4489FAZENDA PAINEIRASTRINDADE - [email protected]

GENIS CARLOS DEPRARODOVIA BR 10 KM 81 - CENTRO68632-000 ULIANOPOLIS - PA(91) 3726-1106 (91) 3726-1151FAZ. AROEIRA - ULIANOPOLIS - [email protected]

GEO PARTICIPAÇÕES LTDARUA TRIFANA 287 - B. SERRA30110-570 BELO HORIZONTE - MG(31) 3287-3226 (31) 9976-1633FAZ. CACHOEIRINHA - ESMERALDAS - [email protected]

GERALDO ALVES DA SILVAR. SEGUNDO WANDERLEY, 1.162BARRO VERMELHO59030-050 NATAL - RN(84) 3222-6095 (84) 9926-4749 FAX (84) 3234-0789FAZ. SÃO GERALDO - NATAL - [email protected]@hotmail.com

GERALDO FONSECA SIQUEIRA - ESPOLIOPRAÇA RAUL SOARES, 298 CENTROCAIXA POSTAL 1736955-000 MUTUM - MG(33)3312-1414 (33)9907-5774FAZENDAS REUNIDAS “JOAO PEDRO”[email protected]

GERALDO JOSE C. F. DE MELO FILHOCond. Estância Jardim Botânico - Conjunto lCasa 73 - Lago Sul71680-365 BRASILIA - DF(61) 3424-1490 (61) 8185-7109FAZ. BARREIRO - UNAÍ - [email protected]

GILSON CARLOS BARGIERIAV. PADRE ANCHIETA, 1474 - CENTRO11750-000 PERUÍBE - SP(13) 3455-2795 (13) 9712-6304N. SENHORA APARECIDA - CAÇAPARA - [email protected][email protected]

GONÇALO DE ALMEIDA BOTELHOCond. Cemitério dos Nobres, Q4 - CJ A - CS 273251-901 BRASÍLIA - DF(61) 8162 -0917 (61) 3244 -1232MONTE ALEGRE - COCALZINHO - [email protected]ã[email protected]

GUSTAVO PITANGUI DE SALVOCAIXA POSTAL 1335790-000 CURVELO - MG(38) 3721-4450 (38) 3722-1133 FAX (31) 9713-2255FAZ. CANOAS/MUNDO NOVOCURVELO - [email protected]

GUZERA AKBAR PECUARIA LTDACAIXA POSTAL 2228820-000 SILVA JARDIM - RJ(21)3282-5344 (21)3150-2777FAZ. AKBAR / CELSO MENDONÇA SILVAARARUANA - [email protected]@testfar.com.br

GUZERÁ CHAMBRONERUA DA MOOCA, 2.518 CONJ. 1303104-002 SÃO PAULO - SP(11) 6693-6063 (11) 6965-3590FAX (11) 6965-3590

65Revista Guzerá | Nº 05 | 2012

SITIO RAMALHETE - ARTUR NOGUEIRA - [email protected]@uol.com.br

HARAS MORADA NOVACRISTIANA GUTIERREZAV. DO CONTORNO, 8000 SALA 101330110-932 BELO HORIZONTE - MG(31) 3047-4313 (31) [email protected]

HAROLDO B. FONTENELLE DA SILVEIRACAIXA POSTAL 6429730-000 BAIXO GUANDU - ES(27)3731-1135 (27) 9977 4550FAX (27) 3223 4057FAZ. FONTENELLE - BAIXO GUANDU - [email protected]

HAROLDO DE SA QUARTIM BARBOSARUA JOSE LOREMCEPE, 550JARDIM BOM GEOVANE19050-350 PRESIDENTE PRUDENTE - SP(18) 3221-1477 (18) 3528 1425FAX (18) 221- 5402FAZ. NEGRINHA - OSWALDO CRUZ - [email protected]@marcasol.com.br

HERCULES ANTONIO MIGLIO DO ROSARIOCAIXA POSTAL 9939864-000 CARLOS CHAGAS - MG(33) 3624-1554 (33) 3521-6713FAZ. DO ROSÁRIO - CARLOS CHAGAS - [email protected]@uol.com.br

HUGO LUIS FRANCO E SILVARUA PRUDENTE DE MORAIS 1713 APT 52 ED. COIMBRA14015100 RIBEIRÃO PRETO - SP(16) 623-1862 (16) 623-1862FAZ. SÃO LUIS - JUSSARA - [email protected]

HUMBERTO GERALDO SECUNDINORUA FAUSTINO TEIXEIRA, 152 - CENTRO35600-000 BOM DESPACHO - MG(37) 9103-8919 (37) [email protected]

ISNALDO FIGUEIREDO DE ALMEIDARUA HERMÍLIO ALVES, 385 - APTO 902SANTA TEREZA31010-070 BELO HORIZONTE - MG(31) 3274-7999 (31) 3461-2639RIO PANDEIROS - JANUARIA - [email protected]

JAIR ORTIZRUA PAIQUERÊ, 530JARDIM PAIQUERÊ APTO. 11-A13271-600 VALINHOS - SP(19) 3242 1322 (19) 3869 1383FAX (19) 3242 1322

ILHA DO LOBO - ALTEROSA - [email protected]

JAMIL NAMERUA ALBERTO NEDER, 328 - SALA 21ED. ALTO DO PROSA79002-160 CAMPO GRANDE - MS(67) 3026-1000RANCHO SÃO PAULOCAMPO GRANDE/CUIABÁ[email protected]@hotmail.com

JOAO DE AZEVEDO CAVALCANTI NETOR. VALDEMAR FALCAO, Nº 2106 APT 200240295-700 SALVADOR - BA(75) 3221-7292 (75) 9111-7234FAX (71) 9202-1012OLHOS D’AGUA - LAJEDINHO - [email protected]

JOAO DINARTE PATRIOTARUA DOS CAICOS, 1614 - ALECRIM59037-700 NATAL - RN(84) 4008-4517 (84) [email protected]@droguista.com.br

JOAO NATAL CERQUEIRAR. JOAQUIM JOSE, 1555B. BERNARDO MONTEIRO32013-390 CONTAGEM - MG(31) 9206-4121 (31) 3799-5034FAX (31) 3398-7702FAZ. SANTO ANTONIO - JEQUITEBA - [email protected]@gmail.com

JOAO RONALDO DA NOBREGA FILHOSENADOR JOSE FERREIRA DE SOUZA, 1924 APTO 200 / CANDELÁRIA59.064-52 NATAL - RN(84)3234-6617 (84)9921-9982SANTA LUZIA - CEARA MIRIM - [email protected]

JOAQUIM AUGUSTO BRAVO CALDEIRA FILHOS E NETOSUSINA ITAIQUARA - FAZ. ITAIQUARA S/N.13765-000 TAPIRATIBA - SP(35) 3521 8249 (35) 9964 9142FAZ. CAMBAUBA - PASSOS - [email protected]

JOSAPHAT PARANHOS DE AZEVEDO NETOR. DIOGO MOIA, 380/1301 - UMARIZAL66055-170 BELÉM - PA(91) 8119-7907 / (91) 4005-5120FAZ. GRANADA- IRITUIA - [email protected]

JOSE BRILHANTE NETOSCS QUADRA 03 ED PARANOA SALAS 201/20470303912 BRASILIA - DF(61)3321-3570 (61)3367-6232

FAX (61)3321-3570ENTRE [email protected]

JOSE DE VASCONCELOS E SILVAPAULA MIRANDARUA DO MERCADO, 07 - 7º ANDAR20010-120 RIO DE JANEIRO - RJ(21) 2221-1717 (21) 3813-1881FAX (21) 2221 1717SÃO JOSE DO BONIRAR - CHIADOR - [email protected]

JOSE MANOEL F. DIOGO JÚNIORRUA JOSE EGIDIO DE CAMPOS PACHECO, 31 COND. CIDADE JARDIM18530-000 TIETE - SAÕ PAULO - SP(15) 3285-8000 (15) 8116-0174 FAX (15) 3285 8020CRUZ ALTA - SÃO PAULO - [email protected]

JOSE NELSON DOS SANTOSRua Jornalista Afonso Rabelo, 125/201Bairro Cidade Nova31170-310 BELO HORIZONTE - MG(31) 3653-6117 (31) 3422-9163FAZENDA MUMBUCA - GUZERÁ TORKZONA RURAL - CORINTO - [email protected]

JOSE NUNES FILHOR. DOUTOR EDUARDO BAIANA, 47/230141810-600 SALVADOR - BA(71) 9192-7522 (71) 9118-9409JN [email protected]

JOSE ROBERTO SALGADORUA SANTA CATARINA, 996 APTO 1602 BAIRRO LURDES30170080 BELO HORIZONTE - MG(38)9924-4277 (38)9924-5277 FAX (38) 3721-9228FAZ. [email protected]@hotmail.com

JOSE SANTANA DE V. MOREIRAAV. ALVARES CABRAL 344 SALA 906CENTRO30170911 BELO HORIZONTE - MG(31)3273-3838 (31)3296-7556SANTA [email protected]@deputadojosesantana.com.br

JOSE TRANSFIGURAÇÃO FIGUEIREDOAV. FREI ARCÂNGELO, 1.13939830-000 ITAMBACURI - MG(33) 3511-1226 (33) 3799-3454 FAX (33) 3511-1009ESTÂNCIA YGARAPESJAMBRUCA - [email protected]

66 Revista Guzerá | Nº 05 | 2012

JOSELIO DE BARROS CARNEIROCAIXA POSTAL 4868638-000 RONDON DO PARÁ - PR(94) 9149-6055SERRA MORENARONDON DO PARÁ - [email protected]

KLEBER CARVALHO DE BEZERRARUA MIRABEAU DA CUNHA MELO, 1988APTO 501 - LAGOA NOVA59064-490 NATAL - RN(84) 3234 -5135 (84) 9981-0528FAZ. SERRA CAIADA - NATAL - [email protected]

LEIZER DIVINO DE CASTRO VALADÃOSHIS QI 15 CHACARA 08 C71600700 BRASILIA - DF(61) 3326 -8452 (61) 3326 -4734FAX (61) 3326-8452FAZ. MORUMBI - [email protected]

LIDIO MIRANDA ARAUJOR. ANTONIO DE ALBUQUERQUE, 1303/100130112-001 BELO HORIZONTE - MG(31) 3337-8310 FAXSERRA VERDE - JOAÍMA - [email protected]

LINCOLN DIAS JANOTA ANTUNESAV. PAULICEIA, 1893 - LARANJEIRAS07743-130 CAIEIRAS - SP(11) 4446-4444 (11) 4441-4747GUZERA TRÊS IRMÃ[email protected]

LUCAM AGROPASTORIL LTDACAIXA POSTAL, 0614815-000 IBATÉ - SP(16) 3343-1501 (16) 3343-2449 FAX (16) 243 1399FENIX - IBATÉ - [email protected]

LUCIANO LUCHESI GRASSIRUA DOUTOR CANDIDO CRUZ, 470APTO 62 - CENTRO13465-350 AMERICANA - SP(19) [email protected]

LUCIANO MARQUES DO BOMFIMRUA 04, 590 APTO 1000 ED ODESSA SETOR OESTE74110-140 GOIANIA - GO(62)3224-4489 (62)[email protected]

LUIS ARTUR SUTIC DA SILVA PAESRUA CARLOS SAMPAIO, 219-5101333-021 SÃO PAULO - SP(11) 3262-1214 (11) 8473-5723

BELA [email protected]

LUIZ GUILHERME SOARES RODRIGUESAV. NAZARÉ, 1033 APTO. 90166035-170 BELÉM - PA(91) 3222-9548 (91) 3241-0820FAX (91) 229-7804FAZ. ENCARNAÇÃO - SANTAREM NOVO - [email protected]

LUIZ OTAVIO B. ALVARES CORREARUA T 0048, Nº 66 - APTO 400 / SETOR OESTE74140-130 GOIANIA - GO(11) 2577-0098 (11) 3251-6489SANTA [email protected]@hospitalarassuncao.com.br

LUIZ PAULO VIANA - ICILRUA PACÍFICO JOSE DINIZ, 126 B. JUCA VIANA33600-000 PEDRO LEOPOLDO - MG(31) 9239-5555 (31) 3491-6499 FAX (31) [email protected]

LUIZ PEDRO G SILVARUA ROMEU ZANETTE 49113780-000 DIVINOLANDIA - SP(19) 3663-1348 (19) [email protected]

LUIZ RICARDO DE MATTOS DELGALLOAV. PEIXOTO DE CASTRO, 875 - VILA ZÉLIA12600-000 LORENA - SP(12) 9785-1851 (12) 9785-1851 FAX (12) 3153-4475FAZ. SÃO JUDAS TADEU - LORENA - [email protected]

MARCELO GARCIA LACKRUA MANOEL COELHO, 119 - BL 03 - APTO 302COND. NAS ROCAS38055-600 UBERABA - MG(34) 9971-5607BOA LEMBRANÇ[email protected]

MARCELO MENDO GOMES DE SOUZA e ANA CLAUDIA M. SOUZARUA CARDIAL 700 COND ESTANCIA SERRANA34000-000 NOVA LIMA - MG(31) 3286-3012 (31) 3581-1084 FAX (31) 9167-6958SANTA CECILIA - Guzerá AmarUBERABA - [email protected]@caneiroesouza.

MARCELO MILITÃO ABRANTESRUA RIO GRANDE DO NORTE, 63 - SALA 41 STA EFIGÊNIA30130-130 BELO HORIZONTE - MG(31) 9975-3025 (31) 3245-4025

FAZ. [email protected]

MÁRCIO AUGUSTO FONTOURA VASCONCELLOS DINIZRUA 24, 1.14014780-090 BARRETOS - SP(17) 3322-3611 (17) 3323-7347FAZENDA AMÉRICA - ANAPU - [email protected]@fazendaamerica.com.br

MARCO ANTONIO ANDRADE BARBOSAPÇ. RUI BARBOSA, 300 - SALA 90438010-240 UBERABA - MG(34) 3333 -7788 (34) 9972-1555FAZ. UNIÃO [email protected]@maab.com.br

MARCO AURELIO GRILLO DE BRITOAV. DAS AMERICAS, 5777 - SL 201 - COM. PARQUE PALACE22793-080 RIO DE JANEIROBARRA DA TIJUCA - RJ(21) 3325-8872 (21) 9159-1616 FAX (21) 8841-3392TERRA NOVA / SOLENIDADE KM [email protected]@macroinvestgestao.com.br

MARCOS AURÉLIO COELHO SAMPAIOAV. CONTORNO, 7747 - LOURDES30110-120 BELO HORIZONTE - MG(31) 2102 6363 (31) 9129 4455 FAX (31) 2102 6334FAZENDA LAGOINHACORDISBURGO - [email protected]

MARCOS DE ALMEIDA CARNEIROPIRAPETINGA, 537 SERRA30220-150 BELO HORIZONTE - MG(31) 3293-6602 (31) 3132 7232 FAX (31) 3286 8309LAGOA DA LONTRACAETANOPOLIS - [email protected]

MARCUS DO NASCIMENTO CURYAV. TORINO 597 - B. BADEIRANTERESIDÊNCIA31340-700 BELO HORIZONTE - MG(31) 3391-9500 (31) 3443-1450 FAX (31) 3391-5723STº ANTONIO DE ROÇA GRANDECAETANÓPOLIS - [email protected]

MARCUS JACINTO ESPIRITO SANTO BRITORUA WALDEMAR FALCAO, 913 - APTO 30140296-710 SALVADOR - BA(75)3421-9957 (75)3421-9957FAZ. JOAO MACHADO / FAZ. SÃO [email protected]

67Revista Guzerá | Nº 05 | 2012

MARIA ANTONIETA QUEIROZ LINDENBERGCAIXA POSTAL 16029900-970 LINHARES - ES(27) 3264-0293 (27) 9984 2289 FAX (27) 3371-9906FAZ. TRÊS MARIAS - LINHARES - [email protected]

MARIA VICTÓRIA BOLIVAR GOMESRUA BERNARDO GUIMARÃES, 2.172/ 60130140-082 BELO HORIZONTE - MG(31) 3337-6150 (31) 3337 5805 FAX (31) 3337 5805SANTA VITÓRIA/SANTA RITA DE CÁSSIACURVELO - [email protected]

MÁRIO ERMÍRIO DE MORAES - ESPOLIOCAIXA POSTAL, 1218700-970 AVARÉ - SP(14) 3731-9113 (14) 3731-7412GUZERÁ SUAÇUÍ - AVARÉ - [email protected]

MARX ALEXANDRE CORRÊA GABRIELAV. CONSTANTINO NERY, 2789 SALA 1006 - CHAPADA69050-002 MANAUS - AM(92) 3642 -3191 (92) 3656-2752 FAX (92) 3656 -1695FAZENDA DOIS AMIGOS - PORTO VELHO - [email protected]@netmb.com.brmarcia@fazendadoisa

MATEUS FERRAZ SOUZA1599 Coventry Lane55379 Shakopee. Minnesota(94) 3344-1216 (94) 9143-9902 ESTADOS UNIDOSGUZERÁ MAKADY - JACUNDÁ - [email protected]

MURILO BUENO KAMMERAV. CAPITÃO ARTHUR DOS SANTOS, 47613600-569 ARARAS - SP(19) 3541-2174 (19) 8128-3858AGROPEC. MATA NEGRA - ARARAS - [email protected]

NICOLE S. M. H. CLOUPRAN MEDAETSAV. PROF. JONAS BANK LEITE, 456 - CENTRO11900-000 REGISTRO - SP(13) 3821 1082 (11)5044-5804 FAX (13)3821 1082 FAZENDA TIATÃ[email protected]@uol.com.br

ORG. MARIO DE ALMEIDA FRANCO LTDAAV. LEOPOLDINO DE OLIVEIRA, 3.490 - CJ. 10338010-000 UBERABA - MG(34) 3336-1833 (34) 3312-1832 FAX (34) 3333-3654FAZ. SÃO GERALDO - UBERABA - [email protected]

OTAVIO ALBERTO CANTO ALVARES CORRÊAAv. Indianópolis, 3356 - Planalto Paulista04062-003 SÃO PAULO - SP(11) 5593-5300 (15) 3457 8849 FAX (11) 4351 2032FAZ. E HARAS SANTA CELINAPORANGABA - [email protected]@hospitalarsc.com.br

OTAVIO CORREA DA SILVA OMETTOAV. BRAS OLAIA ACOSTA, 727 - ED.OFFICE TOWER - 1º ANDAR - SL 107 - JD. CALIFORNIA14026-040 RIBEIRÃO PRETO - SP(11) 8152-5886 (11) 3329-6900RAINHA DA PAZ - ARAXA - [email protected]

OTAVIO DE AVELAR ESTEVESRUA LUZ, 220/60130220-080 BELO HORIZONTE - MG(31) 3284-0499 (31) 3319-4119RECANTO DO JABURU ENCANTADORITÁPOLIS - [email protected]

OTÁVIO DE PAULA ALVARES CORREAAV. INDIANOPOLIS, 3356 - PLANALTO PAULISTA04062-003 SÃO PAULO - SP(11)5593-5337 (11)5593-5322SANTA [email protected]

PAULO EMILIO DE ALMEIDA CARNEIRORUA JOSÉ MARIA LISBOA, 331 - APTO 91 JARDIM PAULISTA01423-001 SÃO PAULO - SP(11) 3117-3600 (38) 3505-6091 FAX (11) 3117-3677FAZ. PALESTINA - UNAÍ - [email protected]

PAULO ROBERTO BRASILEIRO DE MIRANDAAV. DOMINGOS FERREIRA, 2200 - BOA VIAGEM51011-021 RECIFE - PE(81) 2125-3666 (81)9609-9982 FAX (81) 2125-3666FAZ. BERRA BOI - GLÓRIA DO GOITA - [email protected]

PAULO ROBERTO DOS SANTOSRUA JOAQUIM MURTINHO, 50 - BAIRRO PARÁ35900-037 ITABIRA - MG(31) 3831-2098 (31) 3831-2098FAZENDA BOM SUCESSO - ITABIRA - [email protected]

PAULO ROBERTO MENICUCCI E OUTROS CONDOMÍNIOSSANTA MARIA DO ITABIRA, 211 APT.40030310-600 BELO HORIZONTE - MG(35) 3844-1184 FAX (31) 3227-8761PINHEIRO - IBITURUNA - [email protected]@yahoo.com.br

PEDRAS DO REINO COMERCIO AGROP. LTDAAV. MARECHAL FLORIANO, Nº 968º ANDAR - CENTRO20080-002 RIO DE JANEIRO - RJ(38) 3621-1535 (38) 3621-1535 FAX (21) 2101-2348 - EUGENIO IOLANDAPEDRAS DE MARIA DA CRUZ - [email protected]

PEDRO BAGGIO NETOCAIXA POSTAL 5086300-000 CORNELIO PROCOPIO - PR(43) 3524-2061 (43) 3524-2413FLÓRIDA - CORNELIO PROCOPIO - [email protected]@uol.com.br

RENATO EGIDIO OLIVÉ ESTEVESRUA ALVARO BOSCO, 95 - APTO 151-A RES. VILA BELA13087-723 CAMPINAS - SP(19) 3808-2019 (19) 9604 4796HARAS HABI - JAGUARIUNA - [email protected]

RENATO JOSE PINTO DA ROCHARUA TEOTONIO MACIEL, 37 - ALTO CAIÇARA30770-440 BELO HORIZONTE - MG(31) 3462-7365 (31) 9999-5422FAX (31) 3441 0212LAGOA - SÃO PEDRO DO SUAÇUÍ[email protected]

ROBERTO MARTINS FRANCOCAIXA POSTAL 4114660-000 SALES OLIVEIRA - SP(16) 3852-1499 (16) 9995-9282FAZENDA LAGEADO - SALES OLIVEIRA - [email protected]

ROBERTO NESZLINGERAV T 4, 636 - APTO 2000 - SETOR BUENO74230-030 GOIANIA - GO(14) 3642-1456 (14) 3604-1400 FAX (14) 3604 1421SITIO ESQUINA - SÃO MANUEL - [email protected]@guzeradabarra.com.br

RODRIGO DINIZ DE MELLOR. ALDO RAMALHO PEREIRA, 1005/1001TIROL59014-600 NATAL - RN(84) [email protected]@rn.senai.br

RODRIGO PINTO CANABRAVARUA DAS CANÁRIAS, 667SANTA AMÉLIA31560-050 BELO HORIZONTE - MG(31) 3491-6002 (38) 3799-8342 FAX (31) 3491-6002FAZENDA PEQUIZEIROS - CURVELO - [email protected]

68 Revista Guzerá | Nº 05 | 2012

RODRIGO SILVEIRA DINIZ MACHADOAV. CORONEL JOSE DIAS BICALHO, 559B. SÃO JOSE31275-050 BELO HORIZONTE - MG(31) 2102-3711 (31) 3261-3711 FAX (31) 2102-3711PONTAL DO BURITIFELIZLÂNDIA - [email protected]

RONALDO FRANCOCAIXA POSTAL 4114660-000 SALES OLIVEIRA - SP(16) 3852-1499 (16) 3726-4829 FAX (16) 3852-1322FAZENDA SANTIAGO - NUPORANGA - [email protected]

ROSARIO PEGORERCAIXA POSTAL 13418900-000 SANTA CRUZ DO RIO PARDO - SP(14) 3332-1615 (14) 9741-5377ESTANCIA [email protected]

SÃO MIGUEL AGROPECUÁRIA LTDAAV. LEOPOLDINO DE OLIVEIRA, 3.490 CONJ.10338010-000 UBERABA - MG(34) 3316-7005 (34) 3336-1833 FAX (34) 3336-7005SÃO GERALDO - UBERABA - [email protected]

SAVIO COSTA GONÇALVESRUA RIO DE JANEIRO, 2535/101LOURDES30160-042 BELO HORIZONTE - MG(31) 3275-1716 (31) 8887-1716 FAX (31) 3337-2398SÍTIO SANTA [email protected]@gmail.com

SEVERO DE ARAUJO DIASCSE 06 LOTE 30 LOTE 03 - TAGUATINGA72025-065 BRASILIA - DF(61) 3356-1212 (61) 9654-2055 FAX (61) 3356-5399 - [email protected]

SIARA AGROPECUARIA LTDARUA DOS TUPIS, 38 - CENTRO30190-060 BELO HORIZONTE - MG(31) 3422-9395 (37) 3353-2272FAZ. LAGOA [email protected]

SILVELY MARIA JANOTA ANTUNESAV. PAULICÉIA, 1893BAIRRO LARANJEIRA07700-000 CAIEIRAS - SP(11) 4441- 1444 (11) 3644-7503 FAX (11) 4441-1444FAZENDA TRÊS IRMÃOS

BRASILÂNDIA - [email protected]@maispolimeros.com.br

SINVAL MARTINS DE MELOCAIXA POSTAL 9535001-970 GOVERNADOR VALADARES - MG(31) 3324-4679 (33) 3799-3023 FAX (33) 3225-1180FAZ. TABOQUINHA - ITAMBACURI - [email protected]

SOC. EDUCACIONAL UBERABENSE - UNIUBEAV. NENÊ SABINO, 1801- BLOCO RB. UNIVERSITÁRIO38055-500 UBERABA - MG(34) 3319-8818 (34) 3319-8810ESCOLA ALEXANDRE [email protected]

TULIO COSTA MARTINORUA ELZA BRANDÃO RODARTE, 340/1400B. BELVEDERE30320-630 BELO HORIZONTE - MG(31)[email protected]

VANIA MALDINI PENNA - BENEMÉRITARUA NOVA ERA, 180 SION30315-380 BELO HORIZONTE - MG(31) 3225-2129 (31) 9974-4883FAZ. URUGUAY - CORINTO - [email protected]

VIRGILIO VILLEFORT MARTINSRODOVIA BR 04 KM 515, 750BAIRRO VEREDA33805-470 RIBEIRÃO DAS NEVES - MG(21) [email protected]@[email protected]

VIVALDO AFFONSO DO REGOCAIXA POSTAL, 0145850-000 ITAGIMIRIM - BA(73) 3289-2171 (73) 9985-4710FAZENDA ESMERALDAITAGIMIRIM - [email protected]

WALLACE RENATO ALMEIDA DA SILVAAV MARQUES DE HERVAL 507APTO 80366000-000 BELEM - PA(91) 3266-6217 (91) 3230-2547FAZENDA JEJUÍ - BRAGANÇA - [email protected]

WALTER FRANCISCO DE MOURAFAZENDA SUCURIÚ35628-000 MORADA NOVA DE MINAS - MG(38) 9941-5349 (38) 9921-6620

FAX (31) 3332-5349FAZ. CIRNEMORADA NOVA DE MINAS - MGBELO HORIZONTE - [email protected]

WALTER GUIMARAES PINTORUA BRAS CUBAS, 06APTO 501 - CRUZEIRO30220-310 BELO HORIZONTE - MG(31) 8436-4877 (31) [email protected]@gmail.com

WALTER ROCHA PEREIRARUA GABI ANDRADE, 20 MORADA DAS GARÇAS27920-410 MACAÉ - RJ(22) 2773-4705 (22) 2762-1553FAZENDA CINCO BARRAS - GUZERÁ 5BLAGE DO MURIAÉ - [email protected]

WALTER SANTANA ARANTESAV CONTORNO, 6888 - SALA 201SANTO ANTONIO30110-044 BELO HORIZONTE - MG(31) 3225-4030 (31) 2127-3444GUZERÁ MINEIRÃOBELO HORIZONTE - [email protected]@hotmail.com

WEMERSON AMARO COURARUA SÃO PEDRO, 231 APTO 10136880-000 MURIAE - MG(32) 8886-9366 (32) 3331-6069 FAX (32) 3721-0713GUZERA DE BOA FAMILIAMURIAÉ - [email protected]

WISLEN CARVALHO DA SILVAAV. AFONSO JOSE AIELLO, 6-160 COND.RESIDENCIAL VILLAGIO IICASA C28 E 2917018-520 BAURU - SP(14) 3587-1356 (14) 9167-9060FAZENDA SÃO JOÃOPRESIDENTE ALVES - [email protected]

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