revista - gilberto gil
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GIL
Andar com féGilberto Gil
Andá com fé eu vouQue a fé não costuma faiáAndá com fé eu vouQue a fé não costuma faiá
Que a fé tá na mulher A fé tá na cobra coral Ô-ôNum pedaço de pão A fé tá na maré Na lâmina de um punhal Ô-ôNa luz, na escuridão
Andá com fé eu vouQue a fé não costuma faiáAndá com fé eu vouQue a fé não costuma faiá
A fé tá na manhãA fé tá no anoitecerÔ-ôNo calor do verãoA fé tá viva e sãA fé também tá pra morrerÔ-ôTriste na solidão
Andá com fé eu vouQue a fé não costuma faiáAndá com fé eu vouQue a fé não costuma faiá
Certo ou errado atéA fé vai onde quer que eu vá Ô-ôA pé ou de avião Mesmo a quem não tem fé A fé costuma acompanhar Ô-ôPelo sim, pelo não
Certo ou errado atéA fé vai onde quer que eu vá Ô-ôA pé ou de avião Mesmo a quem não tem fé A fé costuma acompanhar Ô-ôPelo sim, pelo não
Frevo rasgadoGilberto GilBruno Ferreira
Foi quando topei com vocêQue a coisa virou confusãoNo salãoPorque parei, procureiNão encontreiNem mais um sinal de emoçãoEm seu olhar
Aí eu me desespereiE a coisa virou confusãoNo salãoPorque lembreiDo seu sorriso abertoQue era tão perto, que era tão perto
Em um carnaval que passouPorque lembreiQue esse frevo rasgadoFoi naquele tempo passadoO frevo que você gostouE dançou e pulou
Foi quando topei com vocêQue a coisa virou confusãoNo salãoPorque parei, procureiNão encontreiNem mais um sinal de emoçãoEm seu olhar
A coisa virou confusãoSem briga, sem nada demaisNo salãoPorque a bagunça que eu fiz, machucadoBagunça que eu fiz tão caladoFoi dentro do meu coração
Porque a bagunça que eu fiz, machucadoBagunça que eu fiz tão caladoFoi dentro do meu coração
Pela InternetGilberto Gil
Criar meu web siteFazer minha home-pageCom quantos gigabytesSe faz uma jangadaUm barco que veleje
Que veleje nesse infomarQue aproveite a vazante da infomaréQue leve um oriki do meu velho orixáAo porto de um disquete de um micro em Taipé
Um barco que veleje nesse infomarQue aproveite a vazante da infomaréQue leve meu e-mail até CalcutáDepois de um hot-linkNum site de HelsinquePara abastecer
Eu quero entrar na redePromover um debateJuntar via Internet Um grupo de tietes de Connecticut
De Connecticut acessarO chefe da Macmilícia de MilãoUm hacker mafioso acaba de soltarUm vírus pra atacar programas no Japão
Eu quero entrar na rede pra contactarOs lares do Nepal, os bares do GabãoQue o chefe da polícia carioca avisa pelo celularQue lá na praça Onze tem um vídeopôquer para se jogar
De Connecticut acessarO chefe da Macmilícia de MilãoUm hacker mafioso acaba de soltarUm vírus pra atacar programas no Japão
Eu quero entrar na rede pra contactarOs lares do Nepal, os bares do GabãoQue o chefe da polícia carioca avisa pelo celularQue lá na praça Onze tem um vídeopôquer para se jogar
Toda menina baianaGilberto Gil
Toda menina baiana tem um santo, que Deus dáToda menina baiana tem encanto, que Deus dáToda menina baiana tem um jeito, que Deus dáToda menina baiana tem defeito também que Deus dá
Que Deus deuQue Deus dá
Que Deus entendeu de dar a primaziaPro bem, pro mal, primeira mão na BahiaPrimeira missa, primeiro índio abatido tambémQue Deus deu
Que Deus entendeu de dar toda magiaPro bem, pro mal, primeiro chão na BahiaPrimeiro carnaval, primeiro pelourinho tambémQue Deus deu
Que Deus deuQue Deus dá
Não chore maisGilberto Gil
Bem que eu me lembroDa gente sentado aliNa grama do aterro, sob o solOb-observando hipócritasDisfarçados, rodando ao redor
Amigos presosAmigos sumindo assimPra nunca maisTais recordaçõesRetratos do mal em siMelhor é deixar prá trás
Não, não chore maisNão, não chore mais
Bem que eu me lembroDa gente sentado aliNa grama do aterro, sob o céuOb-observando estrelasJunto à fogueirinha de papelQuentar o frioRequentar o pão
E comer com vocêOs pés, de manhã, pisar o chão
Eu sei a barra de viver
Mas se Deus quiserTudo, tudo, tudo vai dar péTudo, tudo, tudo vai dar péTudo, tudo, tudo vai dar péTudo, tudo, tudo vai dar pé
Não, não chore maisNão, não chore mais
Eu sei a barra de viver
Mas se Deus quiserTudo, tudo, tudo vai dar péTudo, tudo, tudo vai dar péTudo, tudo, tudo vai dar péTudo, tudo, tudo vai dar pé
Não, não chore maisNão, não chore mais
A paz (Leila 4)Gilberto GilJoão Donato
A paz Invadiu o meu coraçãoDe repente, me encheu de pazComo se o vento de um tufãoArrancasse meus pés do chãoOnde eu já não me enterro mais
A paz Fez o mar da revoluçãoInvadir meu destino; a pazComo aquela grande explosãoUma bomba sobre o JapãoFez nascer o Japão da paz
Eu pensei em mimEu pensei em tiEu chorei por nósQue contradiçãoSó a guerra fazNosso amor em paz
Eu vimVim parar na beira do cais
Onde a estrada chegou ao fimOnde o fim da tarde é lilásOnde o mar arrebenta em mimO lamento de tantos “ais”