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Revista da região de Unaí e região do Noroeste de Minas Gerais. Sumário: INSTITUCIONAL 4 | Institucional SAAE 6 | Institucional Conserbrás ENTREVISTA 8 | Antério Mânica, prefeito de Unaí PANORAMA 11 | Política 12 | Social 13 | Cultura 14 | Meio Ambiente e Educação ARTIGO | POLÍTICA 15 | Política – Lato Sensu - José Faria Nunes POLÍTICA 16 | Bernardo Santana, deputado federal 17 | Delvito Alves, deputado estadual 18 | Branquinho, vice prefeito de Unaí CULTURA 19 | Habeas Pinho 20 | Festa da Moagem e do Carro de Boi CIDADES 22 | Cabeceira Grande GENTE 24 | Frei Jorge, O missionário CIDADANIA 26| Cepasa: exemplo de cidadania SOCIEDADE 27 | Maria José Lucas Capanema CAPA | ESPORTE 28 | Adriely Cristina A revelação do caratê unaiense ARTIGO | MEIO AMBIENTE 30 | As grutas de Unaí BELEZA 32 | Ensaio fotográfico com Mariângela Dal Castel Missio SAÚDE 34 | Hospital do Câncer do Noroeste TURISMO 37 | Santo Antonio do Boqueirão

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Para que se tenha uma boa noite de sono é neces-sário, antes de tudo, ter regularidade com o ho-rário de dormir. A pontualidade de todos os dias

de se repousarem no mesmo horário, é fundamental para que o corpo e a mente se adéqüem a receita de uma boa noite de sono. Relaxar o corpo, de alguma forma, é indispensável para que o corpo encontre uma forma tranqüila de repouso. Chás, cafés, chocolate, energético, devem ser evita-dos. Eles impedem que o sono tenha constância. A ingestão de estimulantes, próximo ao horário de dor-mir impossibilita a pessoa de atingir o que os médicos chamam de “sono profundo”.

Pessoas que fumam também têm pouca chance de conseguir atingir o sono profundo. É porque a nicoti-na, em especial, encurta o sono e faz com que a pes-soa desperte com facilidade. Uma das dicas é a pessoa não fumar próximo ao horário de dormir.

A cervejinha, o vinho e todo tipo de bebida alcoó-lica produz na pessoa a sensação de prazer e, conse-quentemente de agitação e movimento. Quando con-sumido antes de dormir, a pessoa está contribuindo para que seu sono seja provocado por alterações no chamado “ciclo do sono”.

Entre todas as dicas apresentadas acima, tudo se torna em vão se não houver um bom colchão. O sono profundo com um ciclo constante somente é possível quando as dicas são acompanhadas por um bom col-chão. Por isto, é importante sempre acompanhar vida útil de seu colchão. Olhe se ele não está desgastado com o tempo, se não possui furos, amassados, pois qualquer deformação – ou até mesmo o desgaste na-tural do colchão – pode provocar dores musculares, problemas de coluna e, inclusive, alergia.

Pense em sua saúde, valorize seu sono.

Sumário

Geraes de Minas | Agosto/2011 | 3

ANO 1 | EDIÇÃO 1

INSTITUCIONAL4 | Institucional SAAE6 | Institucional Conserbrás

ENTREVISTA8 | Antério Mânica, prefeito de Unaí

CARTA AO LEITOR10 | Apresentação da Revista GERAES DE MINAS

PANORAMA11 | Política12 | Social13 | Cultura14 | Meio Ambiente e Educação

ARTIGO | POLÍTICA15 | Política – Lato Sensu - José Faria Nunes

POLÍTICA16 | Bernardo Santana, deputado federal 17 | Delvito Alves, deputado estadual18 | Branquinho, vice prefeito de Unaí

CULTURA19 | Habeas Pinho20 | Festa da Moagem e do Carro de Boi – o resgate de uma tradição

CIDADES22 | Cabeceira Grande

GENTE24 | Frei Jorge, O missionário

CIDADANIA26 | Cepasa: exemplo de cidadania

SOCIEDADE27 | Maria José Lucas Capanema Dama de Ouro

CAPA | ESPORTE28 | Adriely Cristina A revelação do caratê unaiense

ARTIGO | MEIO AMBIENTE30 | As grutas de Unaí Cátia Regina de Freitas Rocha

BELEZA32 | Ensaio fotográfico com Mariângela Dal Castel Missio

SAÚDE34 | Hospital do

Câncer – a luta continua36 | Dieta anti-câncer

TURISMO37 | Santo Antonio do Boqueirão

GUIA AUTOMOTIVO38 | Película Entenda a nova legislação

CapaAdriely Cristina: coração de campeãPAG. 28

Festa da Moagem e do Carro de Boi: 13 anos de história PAG. 20

Mariângela Misssio:

beleza puraPAG. 32

Frei Jorge: humildade em pessoaPAG. 24

Antério Mânica

avalia seis anos

de governoPAG. 8

SAAE de Unaí: excelência em saneamento básico

O Serviço Municipal de Saneamento (SAAE) destaca a cidade como referência tanto no fornecimento de água potável quanto na preservação do meio ambiente, por meio da coleta e tratamento do esgoto; em Unaí 99% da população recebe água tratada e todo o esgoto que é coletado no município (86%) é tratado

Walter Ferreira Soares,diretor da Conserbrás

Saneamento

Em 1967, através da Lei Municipal nº 504, Unaí instituiu o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE). Depois em 1986, o SAAE inaugurou a primeira Estação de Tratamento de Água (ETA)

e, em 2001, foi construída a primeira Estação de Trata-mento de Esgoto (ETE) dentro do município.

Toda evolução da autarquia a levou em 2005 à mudança de nome. No início era Serviço Autônomo de Água e Esgoto, atualmente se chama Serviço Municipal de Saneamento Básico. Com esta mudança, a sigla SA-AE foi mantida, porém os serviços se estenderam: hoje também se drena a água pluvial no perímetro urbano.

No ano de 2008, o SAAE equipou sua estação de tratamento de água com modernos laboratórios de análi-ses clínicas e, em 2009, inaugurou sua sede administra-tiva, munida de moderna infra-estrutura.

O SAAE sempre intencionou estar à frente de seu tempo. Preocupado com os serviços prestados, objetiva levar a seus clientes água potável com excelência em qualidade e quantidade. Coletar e tratar o esgoto sani-tário, drenar a água pluvial urbana também são tarefas incumbidas à autarquia.

Água potável Atualmente o SAAE fornece água tratada para 99%

da população de Unaí. 95% da água consumida na cida-de vêm do Rio Preto, o restante (5%) é oriundo de poços tubulares. A extensão de toda rede de água no municí-pio, segundo o SAAE, é de 196,18 km. Ao todo, 22.187 famílias são atendidas. O SAAE ainda espera construir mais três novos reservatórios de tratamento de água, com capacidade para 5 milhões de litros.

Esgoto coletado e tratadoEm 2000, a Pesquisa Nacional de Saneamento Bá-

sico feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís-tica (IBGE), revelou que metade do território brasileiro não tem esgoto coletado. De acordo com a pesquisa,

no Brasil, 47,8% dos municípios não coletam e nem tra-tam seus esgotos. E, mesmo os 52,2% municípios que tem serviço de coleta, apenas 20,2% coletam e tratam os esgotos. O restante (32%) lançam o esgoto no meio ambiente sem tratamento.

Em 2008, a mesma pesquisa mostrou que houve um aumento de 3% com relação aos municípios que recolhem seus esgotos. Sobre os municípios que, além de recolher, tratam, a porcentagem subiu de 32% para 44%. Hoje 68,8% dos municípios brasileiros coletam e tratam seus esgotos.

Unaí está entre esses municípios. Ao todo, 86% do esgoto produzido na cidade é coletado e 100% dessa coleta é tratada pela ETE. Por meio de uma rede de es-goto com 171,5 km de extensão, todo esgoto coletado é tratado por meio da lagoa de decantação. Todo tra-tamento do esgoto se dá por meio de processo bioló-gico, através de bactérias anaeróbicas facultativas, que sobrevivem até mesmo sem oxigênio. Os técnicos do SAAE acompanham diariamente o tratamento do esgo-to. Uma das atividades principais é coletar amostras do esgoto para saber o nível de oxigênio. Portanto, a fase de tratamento do esgoto só se encerra quando oxigena-ção voltar ao normal.

Drenagem Pluvial A responsabilidade pelas atividades de manejo de

águas pluviais foi transferida para o SAAE no ano de 2005 através de lei municipal, passando a autarquia a responsabilizar-se por toda a atividade permanente de manutenção e limpeza de bueiros e galerias. Porém o órgão não dispõe de fonte de recursos para outras ações pertinentes, levando ao estabelecimento de um convênio com a prefeitura municipal onde, no caso de ampliação e construção de novas galerias, a mesma fornecerá os materiais, enquanto o SAAE se responsa-biliza pela parte técnica e mão de obra, para realização das obras.

Estamos com obras em andamento nos bairros Riviera Park, no Vale do Amanhecer e são obras que giram entorno R$ 800 mil. Também estamos como uma licitação em andamento para que o SAAE seja todo automatizado”Geraldo Antonio de Oliveira, diretor administrativo do SAAE

Quanto a este assunto há uma grande dificuldade em razão do hábito da população em canalizar a água dos telhados das residências para ralos de acesso a re-de de esgoto. Com isso acontece a multiplicação de seu volume, acarretando o saturamento da rede com entu-pimentos e retorno para as casas. Há ainda um grande acréscimo no consumo de energia pelo bombeamento e dificuldade no tratamento biológico dos efluentes.

Torna-se necessário que os cidadãos, técnicos, construtores e pedreiros conscientizem-se que a água dos telhados e das áreas impermeabilizadas tem de ser canalizada para a rua. Água de chuva não é esgoto.

Logística, pessoal, patrimônio e serviços Com o tempo o SAAE foi se fortalecendo e con-

seguiu, depois de anos de luta e dedicação ao serviço público, conquistar uma frota de veículos como duas retroescavadeiras, oito caminhonetes (duas são pick-ups), uma Kombi, 12 motocicletas, três caminhões e três automóveis. Ao todo são 102 servidores que contri-buem diretamente com o SAAE, além de mais seis es-tagiários. Atualmente o patrimônio líquido da autarquia chega a mais de R$ 36 milhões. Todo esse crescimento levou à automatização dos serviços da autarquia.

Com isto, todo processo de leitura do consumo de água é feito pelo processo de leitura com impressão simultânea das contas. O SAAE possui uma equipe específica para os avisos, cortes e religação de água. “O índice de inadimplência atualmente está em média de 13% referentes aos débitos com 30 dias de atraso e 4,49% com 60 dias de vencidas”, afirma o SAAE.

Gestão Oliveira falou sobre a atual situação da autarquia.

Ele, que está há seis anos na direção do SAAE, expli-ca que já existem projetos para que os esgotos dos bairros, que estão surgindo em Unaí, sejam coletados e tratados.

O diretor afirma que nos próximos dois anos, Unaí terá 100% do esgoto coletado e tratado. “Estamos com obra em andamento nos bairros Riviera Park, no Va-le do Amanhecer e são obras que giram entorno R$ 800 mil. Também estamos com uma licitação em an-damento para que o SAAE seja todo automatizado”, destaca.

Com a automatização dos serviços, segundo Oli-veira, a falta de água que atualmente acontece, em conseqüência de algum equipamento danificado, será evitada.

“A automação possibilitará a operação por teleco-mando de todo o sistema através da internet. Trata-se do que há de mais moderno em tecnologia de automa-ção de sistemas. Dessa forma haverá o monitoramen-to do funcionamento dos equipamentos à distância, da pressão e vazão nos principais pontos da rede de água, reduzindo-se as perdas por vazamentos, além do controle dos níveis dos reservatórios, reduzindo-se o consumo de energia e minimizando-se as faltas temporárias de água nos diversos pontos da cidade.”

Toda essa capacidade do SAAE de buscar me-lhorias e eficiência no serviço prestado é resultado da concepção institucional da autarquia, de que água de-ve ser preservada e muito bem consumida.

A automação possibilitará a opera-ção por telecomando de todo o sistema através da internet. Trata-se do que há de mais moderno em tecnologia de auto-mação de sistemas. Dessa forma haverá o monitoramento da pressão e vazão nos principais pontos da rede de água”Geraldo Antonio de Oliveira, diretor administrativo do SAAE

TERCEIRIZAÇÃO

A terceirização que deu certo

Há um ano e meio coletando lixo em Unaí, a Conserbrás agora será também responsável pela limpeza das ruas; em maio deste ano, a empresa foi reconhecida com a medalha

da Câmara Municipal de mérito empresarial pelos serviços prestados ao município

Em Unaí, onde prestamos o servi-ço de coleta de lixo, toda mão de obra utilizada foi contratada na cidade”Walter Ferreira Soares,diretor da Conserbrás

Com a tereceirização da coleta de lixo, aumentou a eficiência do serviço e diminiu os gastos públicos

A terceirização de serviços públicos geral-mente é muito criticada, mas, às vezes, isto acontece por não ser ela bem inter-pretada. E é justamente contra esta má

interpretação, que o empresário e diretor de uma empresa que presta serviços terceirizados, Walter Ferreira Soares, luta.

Fundada em 1990, na cidade de Patos de Minas, a Conserbrás é uma empresa reconhe-cida pelos seus trabalhos no campo da tercei-rização. A empresa é referência na prestação de um serviço diferenciado. “A Conserbrás cria módulos de trabalho para atender as mais diver-sas necessidades, prepara suas equipes para exercerem múltiplas funções e investe em mate-riais e equipamentos de alta tecnologia”, garante o diretor.

Conforme explica Soares, as críticas que as

empresas terceirizadas sofrem, são acatadas pe-la direção e, a posteriore, são direcionadas junto à realidade da empresa. Exemplo é o fato de que a Conserbrás não contrata ninguém que não seja do município. “Em Unaí, onde prestamos o ser-viço de coleta de lixo, toda mão de obra utilizada foi contratada na cidade”, diz Soares.

Para o secretário municipal de obras e ser-viços urbanos, Alino Pereira Coelho, Unaí está vivendo um momento bastante especial com a terceirização dos serviços de coleta de lixo. “A privatização da coleta de lixo já é realidade em diversos municípios mineiros. E a transferência desse serviço para a iniciativa privada garante maior eficiência e traz menor custo aos cofres públicos, principalmente quando os serviços são bem executados como acontece em Unaí”, afir-ma o secretário.

Serviços Prestados A Conserbrás não se limita somente ao

Estado de Minas Gerais. A empresa atua em mais três Estados (DF, GO, SP) e presta os mais variados serviços. Em Unaí, há um ano e meio, a empresa é responsável pela coleta de lixo, atividade que acontece em todo o municí-pio. “Quando chegamos a Unaí, nós tínhamos uma realidade bem diferente de hoje. Com a terceirização, a Prefeitura conseguiu minimizar custos, houve uma redução drástica de mão de obra e, consequentemente, uma otimização do serviço. Para quem se lembra do serviço de coleta de lixo, que era feita antigamente, com-parado com o atual, existe sim, uma diferença”, afirma Soares.

A Câmara conce-deu um diploma de mérito empresarial para nossa empre-sa, em virtude da qualidade dos servi-ços que estão sendo prestados em Unaí”Walter Ferreira Soares,diretor da Conserbrás

A Conserbrás além de realizar a coleta do lixo urbano desde 2010, agora é responsável também pela varrição de ruas e praças de Unaí

O diretor espera que sua empresa se so-lidifique no município e amplie seus horizontes, no sentido de oferecer à sociedade um serviço de qualidade, baseado nos pilares básicos da empresa: competência, seriedade e honestidade. “Hoje eu me considero um unaiense, porque a minha empresa está aqui, nós trabalhamos aqui, então temos que sentir como se fosse da pró-pria cidade. Temos que viver em plenitude com tudo aquilo que nós nos propusemos a fazer”, defende.

Reconhecimento Uma empresa busca o reconhecimento pa-

ra seu trabalho por meio das críticas feitas pelos clientes consumidores. Como a empresa oferece serviços que implica na realidade dos ambientes, - seja ela uma cidade ou um simples escritório - o diálogo com os moradores é algo fundamental para o desenvolvimento do trabalho.

Por isto, quando houve a entrega da me-dalha de mérito a personalidades à Conserbrás, Soares disse que reconhecimentos dessa nature-za certifica a qualidade do trabalho prestado pela empresa.

No último dia 27 de maio, a Câmara Munici-pal ofereceu a diversos segmentos da sociedade a medalha de mérito a personalidades, que, se-gundo a Casa, “fazem deste município um local melhor para se viver, promovendo a solidarieda-de e contribuindo com o desenvolvimento”.

Para o diretor da Conserbrás, o reconheci-mento de setor como o Legislativo é fundamental para qualquer empreendedor. “A Câmara conce-deu um diploma de mérito empresarial para nossa empresa, em virtude da qualidade dos serviços que está sendo prestado em Unaí”, esclareceu.

Nova contratação O trabalho da Conserbrás sintetiza os esfor-

ços de vários trabalhadores em prol de uma em-presa responsável e competente. Isto se exem-plifica na realidade, quando no último dia 30, a empresa ganhou outra licitação da Prefeitura Municipal de Unaí, agora, para prestar serviços de limpeza urbana, com a varrição de ruas.

As conquistas adquiridas pela Conserbrás revelam a satisfação da empresa de trabalhar junto com a população unaiense. “Gostaria de agradecer a toda comunidade de Unaí pela re-ceptividade e afirmo que queremos continuar na cidade por muitos anos”, enfatiza o diretor.

Ele também coloca que todos (população) devem trabalhar em conjunto com a empresa, policiando suas atividades e, quando necessá-rio, criticando. “Os que não estiverem satis-feitos com os nossos serviços, que entrem em contato conosco, por meio de telefone, e-mail, porque somente por meio das criti-cas construtivas que poderemos melhorar a qualidade de nossos serviços”, afirma Soares.

Entrevista

8 | Agosto/2011 | Geraes de Minas

Antério Mânica Prefeito de Unaí

Prefeito, fale sobre a atual situação da prefeitura. A situação da prefeitura de Unaí hoje é muito melhor do que em 2005 quando assumi o governo. O pa-gamento aos funcionários é feito den-tro do mês trabalhado, nunca após, e a partir de janeiro de 2011 demos um adiantamento, na me-tade do mês, de 30%, sem encargos financei-ros, a custo zero para o funcionalismo e os pagamentos aos forne-cedores estão em dia. Com isto a prefeitura passou a ter crédito. Es-sa moralização deu cre-dibilidade junto ao governo estadual e federal, deixou a prefeitura adimplen-te, na condição de receber recursos, convênios, e isto fez com que a cidade mudasse. As obras apareceram, a ci-dade desenvolveu.

O que o senhor pontua como caracterís-ticas dessas mudanças? Exemplo são as obras de pavimentação como acon-

teceu com a rodovia que liga Unaí à Brasília. A mesma coisa aconteceu com a rodovia que leva até Paracatu; hoje, ela está 100% recuperada. As saídas de Unaí, dentro da cidade ou mesmo na entrada da cidade, perto da igreja ma-triz, tinham lugares que não tinham

mais asfalto. Quando você olha para a cidade, você vê que a ela mudou. Eu atribuo isto uma equipe de profissio-nais responsáveis – sempre, é lógico, que nós estamos cobrando, coorde-nando – mas não aceito corrupção.

Qual o relacionamento do governo municipal junto ao governo estadual? O governo estadual passou a inves-

tir em Unaí diferenciadamente. Por exemplo, a obra do Córrego Cana-brava é uma obra de R$ 10 milhões a fundo perdido (doado pelo Estado). Acabamos de receber mais de R$ 3 milhões para asfalto [também a fun-do perdido], conseguimos uma Supe-

rintendência Regional de Ensino, uma Supe-rintendência de Meio Ambiente (Supram) e o 16º Comando da Polícia Militar. Trouxe-mos também a Justiça Federal e o Corpo de Bombeiros. Isto é pe-so político. É ser com-

panheiro. Na verdade nós somos do mesmo partido do governador Aécio Neves e do Antônio Anastásia, o PS-DB. Portanto, acredito que não é só ser do mesmo partido, mas o apoio político que nós demos a eles, os per-centuais de votos alcançados em nos-sa região foram muito acima da média estadual. E também o respeito do mu-nicípio junto ao Governo Federal que

“Quando você olha para a cidade, você vê que ela mudou. Eu

atribuo isto a uma equipe de profissionais responsáveis”

Na primeira edição da Revista GERAES DE MINAS escolhemos o prefeito de Unaí, Antério Mânica, como entrevistado principal. Ele está governo desde 2005 e realiza uma administração séria, sem escândalos administrativos e com a aprovação da maioria de seus projetos pela Câmara Municipal. Uma adminstração tranquila, apesar de sempre enfrentar desafios constantes, próprios das cidades em desenvolvimento como Unaí

Geraes de Minas | Agosto/2011 | 9

não foi diferente. Apesar de sermos de partidos diferentes, conseguimos diversos benefícios para Unaí. Exem-plo foi a instalação da Justiça Federal; a travessia urbana de Unaí [uma obra orçada em mais de R$ 20 milhões]. E também tínhamos um contato muito grande com o ex-vice presidente, José Alencar, que inclusive fez propagan-da política em programa eleitoral pa-ra minha pessoa.

Comente os projetos da prefeitura pa-ra este semestre. Para o 2º semestre temos muitas obras em andamento, a começar com o asfalto. Temos a conclusão de obras como a dos PSF’s, está sendo licitado um projeto para um novo Pronto Atendimento na área de saúde. Na educação temos o projeto para a construção de creches de grande porte, uma para o bairro Primavera e outra para bairro Mamo-eiro e mais uma para o Cidade No-va, e uma escola técnica federal no valor de R$ 7 milhões, com o apoio da Unimontes. No transporte, esta-mos trabalhando na conservação de 12 mil km de estradas rurais. Na agri-cultura familiar, temos o programa para aração, com a expectativa para aração de 15 mil hectares do agricul-tor familiar, com doação de sementes de milho híbrido. Temos o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) que está para ser implantado em convê-

nio com o governo federal, mas que será administrado pelo município. Unaí foi um dos 100 municípios esco-lhidos a participar do PAA. Além do asfaltamento de todas as ruas da ci-dade, vamos também recuperar ruas que já tinham sido asfaltadas.

O que o senhor tem a dizer com rela-ção à terceirização de serviços públi-cos? Na verdade a eficiência do setor público não é a mesma eficiência do setor privado. Tanto é que se você pegar o Departamento de Estradas e Rodagem (DER) de Minas Gerais – ele não faz mais rodovias, ele as terceirizam – o Departamento Nacio-nal de Infra-estrutura de Transportes (DNIT) é a mesma coisa. Eu já pen-sava assim antes de ganhar a eleição. Penso que a administração pública municipal, estadual e federal tem que pensar na saúde, na educação, na se-gurança e no bem estar social. Agora qual é eficiência do poder público em contratar gente para varrer rua? Po-dem dizer: não, isto emprega gente. Mas aí eu digo: a iniciativa privada também emprega. Não estou falando que a qualidade do serviço público seja ruim, mas no geral a eficiência do serviço público é menor do que a do privado. Então, o que nós busca-mos com a terceirização é a eficiência e a redução de custos.

É projeto da prefeitura edificar um Cristo Redentor? Quanto ao Cris-to Redentor [eu sou católico], mas

acho que tanto os católicos quanto os evangélicos, acreditam em Deus e Jesus Cristo. Então, eu não adoro estátua, mas é uma referência. Então, uma estátua de Jesus Cristo serve pa-ra fazer a pessoa refletir sobre a vida, antes de roubar, brigar, matar. E tam-bém porque o Cristo pode ser um be-líssimo ponto turístico. Porque Unaí está carente dessa marca. Por isto, até o final do ano que vem quero que ele (Cristo) esteja de braços abertos para Unaí.

Quais são seus projetos como repre-sentante público? Nós iniciamos nos-so projeto político como candidato a Deputado Federal dentro da minha coligação que era o PMN E PSC. Na ocasião fui o mais votado dentro do

Estado, na coligação. Mas infeliz-mente a coligação não atingiu o co-eficiente eleitoral, no total faltaram 15.003 votos. Aí, depois veio o proje-to da prefeitura de Unaí. Fui eleito e reeleito, mas ainda tenho vontade [se nossa gente achar que é bom para o município], de ser candidato a Depu-tado Federal daqui a três anos. Tam-bém sou muito questionado, se volta-ria para a prefeitura? A princípio não é projeto. Não posso dizer que dessa água não bebo. Hoje não é projeto meu, mas eu falar ‘dessa água não bebo’, eu não falo. Porque daqui uns anos eu posso estar aqui, me candi-datando a prefeito de novo. Por isto, vamos falar como os políticos falam: “o futuro só a Deus pertence”.

“Tenho vontade [se nossa gente achar que é bom

para o município], de ser candidato

à Deputado Federal daqui

a três anos””

“Não estou falando que a qualidade do serviço

público seja ruim, mas no geral a eficiência do

serviço público é menor do que a do privado.

Então, o que nós buscamos com a terceirização é a

eficiência e a redução de custos”

“O Cristo Redentor pode ser um belíssimo ponto turístico... Por

isto, até o final do ano que vem quero que ele

(Cristo) esteja de braços abertos para Unaí.”

Carta ao leitor

10 | Agosto/2011 | Geraes de Minas

ApresentaçãoA primeira edição da revista

GERAES DE MINAS está chegando às suas mãos.

Para nós da agência G8 Comunicação, que a editamos, é motivo de orgulho e satisfação.A revista GERAES DE MINAS tem como objetivo divulgar e documentar conceitos sociais relevantes do Noroeste de Minas, promover personalidades e empresas que engrandecem a região.De forma inovadora e com alto padrão gráfico, a GERAES DE MINAS surgiu para leitores exigentes que aguardam uma revista regional com conteúdo pragmático e que dê visibilidade a tudo aquilo que valoriza nossos municípios e nossa gente.Em seu primeiro número, a revista traz, em sua linha editorial, uma miscelância de assuntos envolvendo as mais diversas áreas e circulará em todos os municípios que integram a AMNOR (Associação dos Municípios do Noroeste de Minas).Aos colaboradores, que nos ajudaram a conceber e elaborar nossa primeira edição, os nossos sinceros agradecimentos, pois sem eles nos faltariam incentivo e motivação.

E de você leitor, gostaríamos de receber sugestões e críticas para que possamos, cada vez mais, aprimorar nosso trabalho e, desde já, nos comprometemos, para a próxima edição, a inserir mais duas editorias: agricultura e moda. Até outubro se Deus quiser.

Diretor Geral: Danny Diogo T. Santana | Redação: Marcos Antônio Padilha, Mirella Piva | Direção de Arte: Danny Diogo T. Santana Fotos: Redação, Retrattos, Unaínet, Portal Unaí, Jornal Tribuna, Jornal Visão Regional

Colaboradores: Cássia Elizete Caetano Ulhôa, Cátia Regina Rocha de Freitas, Fernanda Eva Freitas da Silva, Fernando A. Campos Santos, José Faria Nunes, Osmar Leitão Departamento Comercial: Isaak Gonçalves (38) 9808-8585, [email protected] | Venda de Exemplares: Fernanda (38) 3676-3882

Tiragem: 3 mil exemplares | Periodicidade: Bimestral | Distribuição: Dirigida e paga | Circulação: Noroeste de Minas GeraisEndereço para correspondência: Rua Celina Lisboa Frederico, nº 64, Sala 304, Centro, CEP 38.610-000, Unaí, MG

E-mail: [email protected] | Telefone: (38) 3676-3882

As matérias assinadas, comercializadas e os artigos não refletem necessariamente a opinião da Revista GERAES DE MINAS

Panaroma | Política

Geraes de Minas | Agosto/2011 | 11

Quando outubro chegar“Os prazos não esperam”. Dia 7 de outubro, um ano antes das eleições de 2012, data limite para que todos os interessados a se candidatar estejam definitivamente filiados a algum partido

político. A data marca o início do ano eleitoral e durante este período aumenta a fiscalização tanto da Justiça Eleitoral quanto a dos partidos entre si.

Zé SantanaO ex-deputado federal José Santana de Vasconcellos (PR) foi nomeado pelo governador Anastasia para o cargo de vice-presidente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). Santana também faz

parte do conselho político do governo mineiro.

Toninho Andrade O deputado federal Antônio Andrade, presidente do PMDB de Minas, garante que o partido terá candidato a prefeito em todas as cidades com mais de 50 mil eleitores. No Noroeste de Minas somente Unaí e Paracatu se

enquadram na exigência partidária.

Delvito AlvesO deputado estadual Delvito Alves

(PTB) enfrenta o maior dilema de sua vida política: ser candidato a prefeito de Unaí ou continuar

deputado. Seus eleitores estão divididos; uns acham que Unaí

não pode ficar sem deputado, outros acham que a oposição só vence as eleições

municipais se ele for o candidato.

Depois de não se eleger deputado, Silas Brasileiro (PMDB) também

perdeu o cargo no governo federal.Agora tenta candidatar-se em sua

cidade natal, Patrocínio.Há até quem fale que ele poderia

disputar a prefeitura de Unaí, fato comentado pelos seus correligionários de Unaí e

noticiado pela imprensa patrocinense.

Silas Brasileiro

BranquinhoA convite do governador Anastasia, o vice-prefeito de Unaí José Gomes Branquinho deverá filiar-se ao PSDB antes de outubro. Já está tudo preparado, inclusive com a aquiescência do PR. A transferência partidária faz parte da estratégia

política do grupo de Antério Mânica.

Zé Braz O ex-prefeito de Unaí por dois mandatos anda circulando politicamente. Não se sabe se está articulando sua candidatura ou a candidatura de alguém a prefeito, mas o Zé tá de volta. O DEM será comandado pelo

grupo político sob sua liderança.

RomualdoO professor e advogado teve seu nome “lançado” como candidato a prefeito pelo PMDB de Unaí durante reunião do partido realizada na Câmara de Vereadores. Romualdo já colocou seu nome à disposição.

Valdivino Guimarães no Partido dos Trabalhadores de Unaí

pode sinalizar que o PT disputará as eleições

municipais com candidato próprio a prefeito.

Valdivino

Panaroma | Social

O valor da arrecadação da 3ª edição do Leilão Beneficente Arca de Noé, realizado pelo Rotary Centenário, bateu recorde em relação às últimas edições. Neste ano, R$ 274 mil foram arrecadados e destinados a 16 entidades de Unaí. O evento, realizado no parque de exposições Dr. Joaquim Brochado, teve a participação de cerca de quatro mil pessoas e contou com a colaboração, na organização, de 500 integrantes de clubes de serviços e entidades benefeciadas.O Leilão Arca de Noé é o maior evento beneficente realizado em Unaí.

Leilão Beneficente Arca de Noé

Nova gestão nos clubes sociaisCompromisso com o propósito e disposição para atuar na comunidade

Lions Clube Raquel Damasceno, a primeira mulher a presidir o Lions Clube, volta à presidência. Raquel teve seu primeiro mandato no ano de 2008.

Leo clube

A nova diretoria do Leo Clube de Unaí para a Gestão 2011/2012 é presidida pelo Companheiro Leo Pablo José Ribeiro e composta por mais cinco novos companheiros: Luiz Gustavo, Renata, Aline, Antônio e Rafaela.

Rotary Clube e Casa da Amizade Unaí Rio PretoAntônio Carlos (Jacaré) assumiu a presidência do Rotary e Vanilda Olivério da Casa da Amizade na gestão 2011/2012.

Rotary e Casa da Amizade Unaí

CentenárioO casal Álvaro

Correia e Maria de Fátima Dutra

são os novos presidentes do

Rotary e Casa da Amizade Unaí Centenário. A gestão do casal vai até 2012.

Rotary Clube Unaí e Casa da Amizade Marlene Vieira CoelhoAssumiram a presidência do Rotary Unaí Clésio Sacoman, e a da Casa da Amizade Marlene Vieira Coelho, Irene

Sanches Sacoman. Eles exercerão o cargo no período 2011/2012.

Rotary Internacional Gilmar José da Costa tomou posse como Governador Assistente e Rosânia Maria L. Costa, como Governatriz

Assistente do Distrito 4760, Região 19, que abrange os clubes de Unaí e Buritis.

Panaroma | Cultura Semana da Arte e

Cultura no CepasaO Centro Polivalente de Atividades Sociais, Culturais e Ambientais (Cepasa) proporcionou aos visitantes, durante a Semana da Arte e Cultura, interação completa com a arte e a cultura. O evento contou com apresentações de filmes, encenações de peças teatrais, dança, música, artes plásticas, esporte, cinema e literatura.

Festival Estudantil de Teatro

O 6º Festival Estudantil de Teatro, organizado pelo Grupo Teatral Fênix,

apresentou espetáculos voltados para o público infantil, encenados por alunos do

Projeto “Nas Trilhas da Arte”. Os atores e atrizes mirins atuaram como “gente

grande”. As apresentações aconteceram durante cinco dias e foram avaliadas por

um juri. Os “pequenos” atores poderão integrar o Grupo Teatral Fênix.

Novidades para o Carnaval de 2012 A Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Unaí entregou mais de 100 instrumentos de percussão para escolas de samba que estão sendo organizadas nos bairros Novo Horizonte e Canabrava. Os ensaios para o desfile do carnaval de 2012 começarão em setembro.

“Há pessoas que nos falam e nem as escutamos, há pessoas que nos ferem e nem cicatrizes deixam, mas há pessoas que simplesmente aparecem em nossas vidas e nos marcam para sempre.” Cecília Meireles

“Liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta, não há ninguém que explique e ninguém que não entenda.” Cecília Meireles

“A mudança é a lei da vida. E aqueles que apenas olham para o passado ou para o presente irão com certeza perder o futuro.” John Kennedy

“O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons.” Martin Luther King

“O que nós temos de fazer é manter viva a esperança. Porque sem esperança nós todos vamos naufragar.” John Lennon

“O perdão é a marca da grandeza, sobretudo quando se tem em vista um objetivo mais alto.” Juscelino Kubitschek

Vale a penarefletir

Panaroma | Meio Ambiente

Escola Técnica Federal de Unaí A cidade é um dos 13 municípios mineiros selecionados pelo Programa Brasil Profissionalizado para receber esta Escola Técnica padrão MEC, que irá ocupar área construída de 5.520 metros quadrados. A escola terá capacidade para receber 1.200 alunos (30 alunos por sala) e 60 professores. Os cursos técnicos que poderão ser oferecidos em Unaí são: Recursos Naturais (Técnico em Agropecuária), Controle e Processos Industriais (Técnico em Eletrotécnica e Técnico em Mecânica) e Produção Alimentícia (Técnico em Panificação).No último mês, o técnico responsável pelo Programa Brasil Profissionalizado (âmbito Unimontes) fez visita de avaliação técnica ao terreno onde será construída a Escola Técnica. Como o recurso já está disponível em conta, resta agora aguardar o processo licitatório para a contratação da empresa que construirá a escola.

A natureza agradece Projeto Natureza Limpa

O projeto Natureza Limpa é voltado para a eliminação do lixo urbano, com sua transformação em carvão, que pode ser usado na geração de energia, entre outros. Pela inovação, mostra-se como possível solução para com o grande problema ambiental, que é o lixo.

Projeto Unaí Rio das Águas Escuras

A AAMA (Associação dos Amigos do Meio

Ambiente) está executando um projeto

que visa proteger e beneficiar 22 nascentes

na região do Pico, no município de Unaí. O intuito é enriquecer e reabilitar o ambiente que faz parte da sub-

bacia do Rio Preto, que abrange uma área de

aproximadamente 3.500 hectares. A associação

propõe, por meio do projeto, construir

barraginhas, curvas de nível, complementação

de mata ciliar e plantação de 30 mil mudas de espécies

nativas.

Ensino profissionalizante

Educação

Artigo | Política

Política - Lato Sensupor: JoSé FARIA NUNES*

A atividade política não se restringe a dados frios, sem consistência. É muito mais. Em primeiro lugar, é a

postura com que se coloca o político frente ao desafio de defender o bem comum e a moralidade administrativa e busca influir na formulação e na decisão, com firmeza de novos caminhos para o bem estar social, condicionados à defesa permanente dos interesses do País, das Unidades Federa-tivas e dos Municípios, sob o signo da Jus-tiça, sempre.Não se conquistam estes objetivos, caso não se prime, nesta luta, pela dignidade e pela ética e, ainda, pela solidariedade hu-mana, mas sem particularizá-la, adicionan-do-se a isto os demais valores que solidi-ficam o bom caráter dos homens que não buscam, politicamente, interesses próprios e que não atribuem a si méritos ou vitórias que não lhes pertencem.Política se faz com lealdade, determinação em bem servir e com ações concretas e não, apenas, com palavras abstratas que se esvaem no espaço e induzem os elei-tores a conclusões erradas. Chegar a al-tos cargos e funções públicas, sem o jugo da dignidade, da ética, da moralidade e da

lealdade não vale a pena e ofende frontal-mente os princípios políticos e democráti-cos e, por conseqüência, a própria socie-dade.Não se pode considerar a atividade política como simplesmente uma ciência adminis-trativa; muito menos, como a pura conquis-ta do poder, sem compro-missos com o povo. Seria como se des-pir, no cami-nho, de todos os sonhos, anseios e es-peranças, consubstanciados na fé de que é possível construir uma nação mais fra-terna, que tenha as armas morais e física para impor a paz e a justiça social.Não basta ser eleitor ou candidato a cargo eletivo. É preciso consciência e participa-ção. Democracia e desenvolvimento não se limitam ao voto ou à eleição, mas ao comprometimento de todos, candidatos ou não, com o destino de sua cidade, de seu estado e do Brasil e, por que não, da pró-pria humanidade.

*Professor José Faria Nunes, ex-assessor da presidência do Banco do Brasil, ex-superintendente de projetos agrícolas do Ministério da Agricultura e atual secretário de Governo da Prefeitura de Unaí.

“Não se pode considerar a atividade política como simplesmente uma

ciência administrativa; muito menos, como a pura conquista do poder,

sem compromissos com o povo”

Política

16 | Agosto/2011 | Geraes de Minas

Noroeste de Minas bem representado no Congresso Nacional com Bernardo Santana

O deputado Bernardo Santana de Vas-concellos (PR-MG) iniciou seu pri-meiro mandato no Congresso Na-

cional com grande entusiasmo e vontade de honrar o legado do seu pai, José Santana de Vasconcellos, que por 40 anos representou com dignidade Minas Gerais na Câmara Fe-deral (seis mandatos) e na Assembléia Legis-lativa (quatro mandatos).

Durante a campanha, Bernardo Santana se comprometeu a dar continuidade ao traba-lho desenvolvido pelo pai em Unaí e região, e sua atuação já começa a dar bons resultados.

No dia 13 de junho, o parlamentar esteve em Unaí para inaugurar no Distrito de Santo Antônio do Boqueirão obra de asfaltamento da rua principal, além de uma caixa d’água com capacidade para 30 mil litros e cinco cha-farizes (com seis torneiras cada).

As obras foram realizadas com recursos da ordem de R$ 100 mil, alocados pelo Minis-tério do Turismo, por intermédio de emenda parlamentar do então deputado José Santa-na. A liberação da verba foi assegurada por Bernardo Santana, que assumiu a autoria das emendas do pai.

Travessia UrbanaO deputado Bernardo Santana tem traba-

lhado junto aos órgãos federais para a conclu-são da Travessia Urbana de Unaí, um sonho antigo da população. Ele esteve recentemen-te com o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento e com o diretor de Infraestrutura Rodoviária do DNIT, Ideraldo Caron para co-brar agilidade.

Bernardo Santana garantiu que a obra se-rá finalizada. “Os recursos para a Travessia já estão garantidos e a obra está em fase final. Vamos continuar lutando para a sua conclu-são o mais breve possível”, afirmou.

Escola Técnica Em encontro com o ministro da Educa-

ção, Fernando Haddad, o deputado Bernar-do Santana conseguiu agilizar a liberação dos recursos da ordem de R$ 7,5 milhões, já empenhados desde 2009, para atender Unaí por meio do Programa Brasil Profissionaliza-do, em convênio com a Unimontes. O início das obras para implantação de escola técnica no município está previsto para o segundo semestre deste ano.

• Membro Titular da Comissão de Minas e Energia;

• Membro Suplente da Comis-são de Meio Ambiente e De-senvolvimento Sustentável;

• Vice-Líder do Bloco PR/PRB/PTdoB/PRTB/PHS/PTC/PSL;

• Membro da Subcomissão Especial destinada a deba-ter questões relativas aos royalties e à participação es-pecial sobre recursos oriun-dos da exploração mineral;

• Coordenador do Bloco PR / PRB / PTdoB / PRTB / PRP / PHS / PTC / PSL junto à Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Susten-tável;

• Presidente da Frente Par-lamentar em Defesa da Ca-deia do Aço, Ferro Gusa, Ferro Ligas, Silício Metálico, seus insumos e derivados;

• Vice-presidente de Minera-ção da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Infraes-trutura Nacional;

• Vice-presidente da Região Sudeste do Brasil na Frente Parlamentar das Ferrovias;

• Coordenador da região Sudeste do Brasil na Fren-te Parlamentar Mista dos Municípios e de Apoio aos Prefeitos e Vice-prefeitos do Brasil.

Funções assumidas por Bernardo Santana na Câmara Federal e que podem trazer muitos benefícios para o Noroeste de Minas:

Geraes de Minas | Agosto/2011 | 17

A atuação parlamentar do Deputado Delvito Alves mostra o quanto foi importante a sua eleição e o quanto é necessário mantê-lo na Assembléia para desenvolvimento regional”

Ao eleger-se em 2006, o deputado estadual Delvito Alves recolo-cou, depois de 20 anos, Unaí e o

noroeste mineiro no cenário político de Minas Gerais. Essa façanha, pelas suas particularidades, foi tão importante que pode ser considerada um fato histórico. São muitas as conquistas que justificam essa análise. Primeiro foi a vitória de Delvito ter acontecido juntamente com a reeleição de Aécio Neves, um gover-nador que reconheceu a importância da eleição de um representante de uma das regiões mais penalizadas pelos ex-governantes, apesar dela se destacar em um setor tão relevante para a economia como o agronegócio.

Ao ser indicado pelo então gover-nador Aécio Neves para ser seu vice líder na Assembléia Legislativa, Delvito Alves teve o reconhecimento pelo seu trabalho há pouco mais de dois anos no exercício do mandato. Sem dúvi-da, uma indicação pessoal, uma vez que deputados com mais experiência e anos de atuação parlamentar foram preteridos. A partir daí, Delvito tornou-se um defensor intransigente de sua região que, apesar da baixa densidade eleitoral, precisava contar com um re-presentante para impulsionar políticas governamentais que alcançassem o no-roeste do Estado. Delvito elaborou um projeto de desenvolvimento econômi-co específico para o noroeste aprova-do pela Assembléia e sancionado pelo Governador Aécio Neves em tempo re-corde. O projeto visava primeiramente dotar a região com energia, estradas asfaltadas e telefonia. Aí o PROACES-SO chegou ao noroeste mineiro, única região do Estado ainda não contempla-da pelo programa que objetivava ligar por asfalto todas as cidades mineiras à capital, Belo Horizonte. Mais uma vez o Governador Aécio Neves atendeu ao Deputado e, em apenas três anos, des-de a primeira reunião com o governo

Deputado Delvito Alves desponta como uma liderança política regional

para tratar do assunto, todos os muni-cípios do noroeste foram ligados por asfalto. São centenas de quilômetros de rodovias asfaltadas que, ao lado das de-mais estruturas defendidas por Delvito, servem a todos que hoje vão a Formoso, Urucuia, Cabeceira Grande, Riachinho, Natalândia, Dom Bosco, Bonfinópolis e Chapada Gaúcha.

Em Unaí, por exemplo, as escolas estaduais foram reformadas. Outros trechos de asfalto foram incluídos nos programas Caminhos de Minas e Es-truturadores, que beneficiaram o acesso à penitenciária Agostinho de Oliveira Júnior e aos municípios de Natalândia, Dom Bosco e Cabeceira Grande até a di-visa com Cabeceira de Goiás.

Ao assumir o Governo de Minas, o

Governador Anastasia prestigiou o De-putado Delvito Alves como membro de sua base de sustentação na Assembléia ao liberar o Anel Rodoviário que con-sistirá na construção de uma segunda ponte sobre o rio Preto, desafogando o tráfego de caminhões que transportam a produção do Noroeste, passando por Unaí. Uma obra que complementará o projeto de desenvolvimento econômico e pessoalmente solicitada por Delvito ao ex-governador Aécio Neves, hoje com o aval do atual Governador Anastasia.

A atuação parlamentar do Deputado Delvito Alves em setores essenciais pa-ra o desenvolvimento regional mostra o quanto foi importante a sua eleição e o quanto é necessário mantê-lo na As-sembléia.

Política

18 | Agosto/2011 | Geraes de Minas

A harmonia entre o vice Branquinho e o prefeito Antério dá tranquilidade ao governo de Unaí

José Gomes Branquinho ingressou na política, como militante, nas eleições de 1972, mas foi em 1982 que teve par-

ticipação ativa em uma campanha atuando na coordenação e como delegado partidá-rio (PDS). Em janeiro de 1989, foi nomeado Secretário da Fazenda pelo ex-prefeito Se-bastião Alves Pinheiro, exercendo o cargo até 1992. Em 1997 voltou a ocupar o cargo por mais um ano. Fundou o Partido Liberal em Unaí (PL), hoje Partido da República (PR) do qual foi presidente da Comissão Provisória até abril deste ano.

Foi eleito vice-prefeito por duas vezes na chapa do prefeito eleito Antério Mâni-ca, onde permanece no cargo até o final do ano de 2012. Sua candidatura a prefeito é tida como certa e deverá ser apoiada pelos partidos da base aliada do prefeito Antério Mânica.

José Gomes Branquinho (56), natural de Lagoa Formosa, filho de Joaquim Branqui-nho e Fernandina Luiza do Nascimento, casado com a professora Neuzani das Gra-ças Soares Branquinho, pai de três filhos: André, Adriano e Felipe que lhe deram três netos, Pedro Henrique, Lucas e Miguel.

Branquinho veio para Unaí quando ti-nha oito anos de idade. Católico, de forma-ção vicentina. Ex professor do Colégio Rio

Preto, Rotariano desde 1979 com atuação marcante: presidiu o Rotary Club de Unaí, serviu como governador assistente, orgu-lha-se de ter sido o fundador do Rotary de Paracatu e de ter recebido a comenda Paul Harris do Rotary Internacional.

Na Sociedade São Vicente de Paulo gal-gou vários cargos: Coordenou a comissão de jovens do Conselho Central, fundou as conferências Nossa Senhora de Lourdes, Santa Izabel e o Conselho particular Nossa Senhora da Abadia, além de presidir essas três unidades vicentinas, ainda presidiu a conferência Sagrada Família, o Abrigo Frei Anselmo (seis anos) e o Conselho Central por dois mandados.

Durante 30 anos atuou no comércio de móveis e eletrodomésticos na empresa Mo-bilar de sua propriedade. Foi sócio e dire-tor superintendente da empresa Tulha Ar-mazéns Gerais e administrador-construtor dos condomínios residenciais Bouganville, Arlindo Gomes Branquinho e Dona Laza-ra.

Foi secretário do Unai Colina Clube, participou da criação da APAE, fundador e presidente da Associação Comercial de Unaí. É Cidadão Honorário de Unaí , tendo sido escolhido como o Empresário desta-que do ano de 1995, pela FEDERAMINAS.

• O professor Branquinho casou-se com a professora Neuzani Soares Branquinho e constituíram uma família admirável;

• Branquinho iniciou sua traje-tória e experiência em Admi-nistração pública no goveno Tão (1989);

• Vicentino, presidiu o Abrigo Frei Anselmo durante seis anos e o Conselho Central da SSVP por dois mandatos;

• Foi um dos fundadores e presidente da Associação Comercial de Unaí;

• Atuou no Comércio por mais de trinta anos (proprietário da Mobilar), Diretor superin-tendente da Tulha, adminis-trador-construtor dos Condo-mínios Bouganville, Arlindo Branquinho e Dona Lazara;

• Ex-presidente do Rotary, vice-governador do Distrito, companheiro Paul Harris.

Conheça as principais atividades que marcaram a vida de José Gomes Branquinho

Nos últimos seis anos e meio de administração municipal, prefeito e vice trabalham sintonizados e proporcionam a Unaí um governo sério, transparente e progressista

Cultura

Geraes de Minas | Agosto/2011 | 19

Habeas Pinho RoNAlDo CUNhA lIMA E RobERto pESSoA DE SoUzA

Em 1955, em Campina Grande, na Paraí-ba, um grupo de boêmios fazia serenata numa madrugada do mês de junho, quando chegou a polícia e apreendeu o violão. Decepcionado, o grupo recorreu aos serviços do advogado Ro-naldo Cunha Lima, então recentemente saído

da Faculdade e que também apreciava uma boa seresta. Ele peticionou em Juízo para que fosse liberado o violão.

Aquele pedido ficou conhecido como “Habeas Pinho” e enfeita as paredes de escritórios de muitos advogados e bares de praias no Nordeste.

A petiçãoO instrumento do “crime” que se arrolaNesse processo de contravençãoNão é faca, revolver ou pistola,Simplesmente, Doutor, é um violão.

Um violão, doutor, que em verdadeNão feriu nem matou um cidadãoFeriu, sim, mas a sensibilidadeDe quem o ouviu vibrar na solidão.

O violão é sempre uma ternura,Instrumento de amor e de saudadeO crime a ele nunca se misturaEntre ambos inexiste afinidade.

O violão é próprio dos cantoresDos menestréis de alma enternecidaQue cantam mágoas que povoam a vidaE sufocam as suas próprias dores.

O violão é música e é cançãoÉ sentimento, é vida, é alegriaÉ pureza e é néctar que extasiaÉ adorno espiritual do coração.

Seu viver, como o nosso, é transitório.Mas seu destino, não, se perpetua.Ele nasceu para cantar na ruaE não para ser arquivo de Cartório.

Ele, Doutor, que suave lenitivoPara a alma da noite em solidão,Não se adapta, jamais, em um arquivoSem gemer sua prima e seu bordão.

Mande entregá-lo, pelo amor da noiteQue se sente vazia em suas horas,Para que volte a sentir o terno acoiteDe suas cordas finas e sonoras.

Liberte o violão, Doutor Juiz, Em nome da Justiça e do Direito.É crime, porventura, o infelizCantar as mágoas que lhe enchem o peito?

Será crime, afinal, será pecado,Será delito de tão vis horrores,Perambular na rua um desgraçadoDerramando nas praças suas dores?

Mande, pois, libertá-lo da agonia(a consciência assim nos insinua)Não sufoque o cantar que vem da rua,Que vem da noite para saudar o dia.

É o apelo que aqui lhe dirigimos,Na certeza do seu acolhimentoJuntada desta aos autos nós pedimosE pedimos, enfim, deferimento.

O despachoRecebo a Petição escrita em versoE, despachando-a sem autuação,Verbero o ato vil, rude e perverso,Que prende, no cartório, um violão.

Emudecer a prima e o bordão,Nos confins de um arquivo em sombra imersoÈ desumana e vil destruiçãoDe tudo, que há de belo no universo.

Que seja Sol, ainda que a desoras,E volte à rua, em vida transviadaNum esbanjar de lágrimas sonoras.

Se grato for, acaso ao que lhe fiz,Noite de lua, plena madrugada,Venha tocar à porta do Juiz.

Cultura

20 | Agosto/2011 | Geraes de Minas

No ano de 1998 um grupo de ami-gos e amantes do carro de boi resolveu recuperar uma tradição

que há tempos vinha sendo esquecida. O grupo foi formado por pessoas que con-viveram com o carro de boi – quando este era utilizado como meio de transporte – para solidificar em Unaí a já reconhecida Festa da Moagem e do Carro de Boi. Este ano ela completou sua 13ª edição.

A festa da Moagem e do Carro de Boi é um resgate natural de um passado já quase esquecido, porém, muito sedutor. Um dos fundadores da festa, Petrônio de Souza Rocha, afirma a constatação quando diz que ”a festa tem crescido e ganhado força”. Em entrevista a GERA-ES, Rocha afirmou que o novo local para realização da festa (clube Itapuã) surpre-endeu o público por ser mais caracterís-tico as origens do campo. “É bonito ver

todo mundo unido, lutando para não deixar a cultura cair. E o mais importante é que o povo gosta“, diz o fundador. Este ano a festa aconteceu entre os dias 4 e 8 de maio.

Comitivas e o desfile Todo transporte de carne, sal, arame

(material raro na época), era transpor-tado em carros de boi. As estradas eram feitas conforme o transitar desses carros. De Unaí se ia até Paracatu, João Pinheiro, São Romão e Januária. Os carreiros eram os caminhoneiros de hoje. Geralmente em uma comitiva, de Unaí até Paracatu, viajavam 10, 15 carros. Essas viagens che-gavam a durar meses. Trabalhando como carreiro, muitos criaram famílias e con-tribuíram diretamente para o desenvol-vimento de muitos municípios que hoje são cidades emancipadas.

Todos os anos a fazenda Curral Velho, de propriedade de Renildo Neides Alves, é o local escolhido para ser o pouso dos carreiros, também chamado de ‘ponto final’. Na fazenda, os carreiros permane-ceram até o dia 05 de maio, quando saí-ram em direção à Unaí, onde, tradicional-mente, todos os anos acontece o desfile com os carros de boi pela avenida central da cidade, a Governador Valadares. “Na avenida, mais de 20 mil pessoas foram prestigiar a festa” diz Rocha.

Perguntado se algum boi já desorga-nizou o desfile ele lembra. “Aconteceu no ano retrasado. Um boi do carreiro, nosso amigo Zé Bigode, quebrou os canzis e ti-vemos que pegá-lo na marra, em frente à Caixa Econômica”, explica o fundador, que também é carreiro.

O resgate de uma tradição já quase esquecida Alambique, fabricação de rapadura, melado, carne de lata são algumas das iguarias apresentadas na festa; carpinteiro de carro de boi, de 83 anos, é o mais antigo fabricante de Unaí

Festa da Moagem e do Carro de Boi

Durante a festa produtos artesanais são produzidos e comercializados, entre eles a rapudura e o melado

Geraes de Minas | Agosto/2011 | 21

Além do melado (ralo e grosso) e da rapadura são feitos na barraca da moa-gem doces de mamão, amendoin e coco. Sem contar a garapa in natura, que tam-bém é servida.

Alambique A cachaça Perdizinha é uma marca

que remete aos tempos de fundação da festa. Com 57 anos, o alambiqueiro e pro-dutor rural Celson Alves Carvalho, diz que a Festa da Moagem é uma herança que ficará para o povo de Unaí. “Eu me orgulho de ter participado desde o inicio. Lembro que quando começamos tudo era mais difícil, mas o prazer, a satisfação de agradar as pessoas, de ver os visitan-tes comprando, sorrindo, isto, sempre fa-lou mais alto”, lembra.

Carne de LataA carne de lata tradicional é feita

com a carne de porco. Frita-se a carne e depois a guarda em uma lata de alumí-nio, com a própria banha do porco. Na gordura do porco, a carne conserva e não estraga. Esta técnica foi e, ainda, é muito utilizada por pessoas que não possuem energia elétrica em casa. “Mas hoje está difícil. Os porcos não são mais os caipi-ras. Hoje, eles comem muita ração e isto interfere na qualidade da carne”, comen-ta a cozinheira Dalva da Silva. Segundo ela, antigamente a carne de porco chega a se manter conservada no prazo de 1 ano. “Sem contar que a carne do legitimo porco caipira é mais macia”, destaca. Na barraca também se faz a paçoca (farinha batida com pedaços de carne seca).

Moagem A Barraca da Moagem é a que possui

o maior número de funcionários, ao todo 10 pessoas trabalham, nos cinco dias de festa. Cada um dos funcionários é res-ponsável pelos vários setores que consti-tui a barraca. Tudo começa com o moer da cana. Em um engenho elétrico vai se obtendo a famosa garapa, líquido que de-pois é transportado para os fornos, onde passa pelo processo de fermentação. São nos tachos, junto aos fornos de barro que Santos fica o dia todo. “A gente tem hora que não vai agüentar. Começamos hoje [dia em que a reportagem esteve na fes-ta], às 7h e vamos até as 2h da madruga-da. É bom saber que muitas pessoas estão se divertindo e aprendendo mais sobre as coisas”, comenta.

A arte de se fazer um carro de boiCom 82 anos, na Rua Aldeia em

Unaí, mora o carpinteiro Adelino Amâncio de Araújo mais conhecido como Nónote. Mas Nónote não é um carpinteiro comum, sua especialidade é a fabricação de car-ros de boi. Mineiro do Sul do Estado, ele chegou à região do Noroeste Minei-ro quando ainda era solteiro. Segundo o carpinteiro, nesta época, quando ele tinha 22 anos, que ele aprendeu os primeiros “risco”, ou seja, apreendeu como cortar a madeira para a fabricação do carro.

A primeira vez que Nónote viu um car-ro de boi ele tinha 20 anos. Ele viajou para o Rio Paranã (GO/TO), onde aprendeu o que para ele é mais que um ofício, é uma profissão: a carpintaria. Para Nónote ser carpinteiro de carro de boi, atualmente, é resistir às mudanças do tempo, literal-mente. “Dos 28 carpinteiros de carro que existiam aqui, só sobrou eu para contar a história”, brinca.

Nónote explica que atualmente al-guns “meninos” tentam fazer carros de boi, mas ele afirma, que é bem diferente dos que ele produzia. “Com a chegada do carro à gasolina o carro de boi foi perden-do espaço. Agora com a Festa da Moa-gem ele voltou”, comenta o carpinteiro ao afirmar que o uso do carro de boi, atual-mente, acontece somente em momentos especiais.

Mas de acordo com Nónote, algumas restrições, naturais, impedem também com que o homem faça um bom carro de boi. “Devido ao desmatamento hoje em dia é difícil se achar madeira boa, como o bál-samo, por exemplo”, destaca o carpinteiro.

A tradição Festa da Moagem e do Carro

de Boi leva milhares de pessoas para ver o desfile na avenida

Cidades

22 | Agosto/2011 | Geraes de Minas

prefeito Nazaré vai a belo horizonte e libera financiamento para compra de máquinas e caminhões no valor de 1,3 milhão de reais

Cabeceira Grande dá mais um passo rumo ao desenvolvimento

dia. “Essa assinatura de contratos é muito positiva. Porque somente os municípios que estão com suas contas em dia, que têm a apro-vação rigorosa do Banco Central, participam do programa. Ao mesmo tempo que concede-mos o crédito, estimulamos a boa gestão pú-blica no Estado e nos municípios. Então isso é muito positivo e por isso, o programa vai continuar”, disse o governador.

VitóriaA liberação do financiamento de 1 mi-

lhão e 300 mil reais pode ser tratada como uma grande vitória do prefeito Antônio Na-zaré. Conseguir os recursos, mesmo através de financiamento, não é fácil. O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais analisa, atualmente, pleitos que somam 760 milhões de reais, em 404 municípios mineiros. Todos aguardam uma minuciosa análise do BDMG e do Banco Central, que entre outras coisas, analisam a capacidade de endividamento do município e sua situação junto a outros órgãos do governo. “Estar com as contas do município em dia foi fundamental para mais essa conquista”, disse Nazaré.

“Este financiamento chegou em boa hora. Além de melhorarmos a co-leta do lixo urbano, vamos poder

também atender melhor o nosso produtor rural, que carece de boas estradas para escoa-mento de sua produção”

Com essa declaração à imprensa, o pre-feito de Cabeceira Grande demonstrou sua alegria ao assinar o contrato de liberação do financiamento, no valor de 1 milhão e 300 mil reais junto ao Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais, para aquisição de máquinas e caminhões que serão utilizados na melho-ria de ruas urbanas, recolhimento do lixo e estradas rurais no município. A Prefeitura adquiriu um Trator de Esteira; uma Pá Car-regadeira; três Caminhões Caçambas e um Caminhão Compactador de Lixo.

A liberação do financiamento aconteceu em solenidade realizada no Palácio Tiraden-tes, na cidade administrativa, em Belo Hori-zonte, com a presença do governador Antônio Anastasia, quando, além de Cabeceira Gran-de, mais 78 municípios foram beneficiados.

Liberação de financiamento somente para Prefeituras que tenham boa gestão e que estejam com as contas em dia

A administração do prefeito Nazaré em cabeceira Grande foi elogiada pelo governa-dor Antônio Anastasia durante a assinatura dos contratos de financiamento com o BD-MG. O governador afirmou que outros 134 projetos de prefeituras mineiras aguardam autorização do Banco Central, em Brasília, para que recebam os financiamentos. Para Antonio Anastasia, além de melhorar a qua-lidade de vida da população das cidades, o apoio do BDMG também estimula a boa ges-tão pública. Para que obtenha os recursos, a prefeitura tem que estar com as contas em

O prefeito Nazaré e o governador Antônio Anastasia, no Palácio Tiradentes, quando da liberação dos recursos através do BDMG

Estar com as contas do município em dia foi fundamental para mais essa conquista”Nazaré, prefeito de Cabeceira Grande-MG

Geraes de Minas | Agosto/2011 | 23

Único município da região a receber re-cursos para a construção de dois Cen-tros de Educação Infantil idênticos, Ca-

beceira Grande segue corretamente a cartilha da educação.

A Prefeitura Municipal entregou à comu-nidade e colocou em funcionamento o Cen-tro Educacional Infantil Mãe Bela.

Recentemente, o Prefeito Antônio Naza-ré assinou convênio com o Governo Federal, através do FNDE e já com autorização para o início das obras de construção do Centro Educacional Infantil Tia Euza, que vai aten-der as crianças do Distrito de Palmital de Mi-nas.

Escola para adultosMais uma Escola que já está sendo cons-

truída no distrito é a PAR – Plano de Ações Articuladas, que atenderá cerca de 150 alunos por turno até o ensino fundamental.

De acordo com o prefeito Nazaré, a edu-cação está entre as prioridades do governo. “Um município só se desenvolve se todos os seus cidadãos tiverem acesso à escola. E é o que estamos fazendo aqui em Cabeceira Grande, garantindo acesso a todos”, disse o prefeito.

Prefeitura de Cabeceira Grande investe em Educação Infantil

Com o financiamento liberado pelo BDMG e os últimos investimentos realizados na área educacional,

Cabeceira Grande garante uma melhor qualidade de vida para a população.”

Gente

24 | Agosto/2011 | Geraes de Minas

Frei Jorge, humildade em pessoaEm Janeiro de 1982, Frei Jorge é designado para o trabalho pastoral na paróquia de Unaí. longe de sua família e de sua terra natal, veio para Unaí, única e exclusivamente, movido pelo amor a Deus e às pessoas carentes, prova disso é que, depois de tantos anos, ele conserva suas qualidades naturais de mansidão, humildade e afeto. Um líder religioso admirado por toda a comunidade católica de Unaí.

FOTO: MARY FOTOGRAFIAS

Geraes de Minas | Agosto/2011 | 25

Trata-se de um HOMEM excepcio-nal, Frei Jorge Van Kanpen. Pos-tura um tanto encurvada, cabelos

ralos, mãos grandes, passo firme na dire-ção, mas trêmulo na seqüência. Costuma olhar as pessoas com atenção, ressaltan-do-lhes as feições rejuvenescidas.

A aparência guarda características de sua origem. Pele clara, olhos azuis, sota-que dos países abaixo do nível do mar, mais precisamente a Holanda. Seu regis-tro de nascimento data do dia 17 de abril de 1932. Quatro irmãos e quatro irmãs, já esperavam por ele. Depois, completou-se o time de onze com o nascimento de Nicolau e João.

Seu Prontuário revela:Foi menino com saúde. Passou pela

guerra sem guardar traumas. Aprendeu catecismo. Fez primeira comunhão e foi crismado. Com 13 anos foi para o se-minário seguindo os passos dos irmãos Guilherme e Tiago.

Conhecido pelo bem que sempre fez e pelo mal que sempre procurou evitar e será uma bênção para você quando o conhecer pessoalmente.

Vendo seu país tão pequeno sonhou ver um mundo grande. Veio para o Bra-sil, em 1950. Estudou Teologia e Filosofia em Itu, Mogi das Cruzes, São Paulo e Rio de Janeiro.

Terminados os estudos foi apresen-tado para ser ordenado presbítero na Igreja de Jesus Cristo, na ordem dos Car-melitas. Uma testemunha ocular atesta: Dom Paulo Rolim Loureiro, então bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo, colocou a estola nos ombros de Frei Jor-ge dizendo: “Receba nos seus ombros a responsabilidade pela comunidade e ce-lebre nela os sacramentos da Igreja”.

Dispensando abundantemente as primícias do seu sacerdócio, foi sinalado na terra das muitas praias. A costa Ver-de desenha inúmeras angras, enquanto

a baía abraça uma centena de ilhas. Foi neste cenário que foi morar, Angra dos Reis no Estado do Rio de Janeiro. Visi-tava as aldeias de pescadores para de-fender a pescaria artesanal e animar os posseiros a plantar banana e mandioca. Com a tarefa ainda por terminar, nova missão se apresentava. Despedida de-pois de vinte anos. Do coração de muitos jamais ele foi embora.

Trocou o verde do mar pelas matas e pastos. Desceu do barco e aprendeu su-bir em lombo de animal. Esqueceu o pei-xe, começou a beber água do Rio Preto e aprendeu a gostar do pão de queijo e por esta cidade de Unaí, seu coração se tornou prisioneiro. Em vez das ondas do mar, enfrentava o perigo das pontes e dos mata-burros sem jamais desanimar. Viu de perto os precipícios e atolou o car-ro mais de uma vez.

Ainda hoje suas andanças são difíceis de serem acompanhadas. Não há distân-cia que o detenha. Todo dia é dia de via-jar para a roça. Contenta-se com pouco e não exige nada. Confessa, celebra e ben-ze. Normalmente sua generosidade é aceita e retribuída. Mas, pelo que se sabe, pelo menos numa oportunidade ela foi rejeitada e agredida, quando foi tomado como refém por presos da cadeia públi-ca. Graças a Deus saiu ileso, com somen-te algumas poucas marcas da violência.

Há vinte e oito anos nesta terra, sem-pre entregou sua vida pelo bem de to-dos, suas reflexões sempre nos exortam a manifestarmos, com nossas vidas, a ima-gem e semelhança de Deus.

Por tudo isso, pela doação de sua vi-da a nossa terra não será difícil para você reconhecê-lo. Faça-o conhecido na sua casa, em seu grupo, em sua comunidade. Uma pessoa que se apresenta com um currículo de vida com tantas virtudes e atividades é por todos amada. Ele mere-ce que lhe prestemos homenagens e lhe manifestemos nossa gratidão.

“Ainda hoje suas andanças

são difíceis de serem

acompanhadas. Não há distância que o detenha.

Todo dia é dia de viajar para a roça. Contenta-se com pouco e

não exige nada. Confessa,

celebra e benze. Normalmente

sua generosidade é aceita e

retribuída.”

Adaptado do texto de Frei Pedro Jansen, O.Carm.

Cidadania

26 | Agosto/2011 | Geraes de Minas

Cepasa: exemplo de cidadania no Noroeste de MinasNo município de Unaí o conceito cidadania

é exemplificado por meio das atividades sociais desenvolvidas pelo Cepasa (Cen-

tro Polivalente de Atividades Sociais, Culturais e Ambientais), entidade beneficente idealizada e fundada por Ildeu Pereira.

Segundo Ildeu, presidente de honra da asso-ciação, o Cepasa é fruto de um trabalho assisten-cialista pioneiro, instituído em Unaí no ano de 1986. O projeto foi idealizado por ele, em uma manhã, quando se dirigia ao trabalho, ao se de-parar com uma cena que até hoje, infelizmente, faz parte da realidade nacional: dois meninos, com idades entre 8 e 10 anos, reviravam um la-tão de lixo em busca de comida. Tal episódio fi-cou gravado na mente de Ildeu. E, assim, foi da-do o primeiro passo: ele e um grupo de amigos criaram o Centro de Apoio Integrado ao Menor de Unaí (CAIMU), fundado em 1986, com o ob-jetivo de iniciar um projeto assistencialista que orientasse e capacitasse tais crianças, filhos de trabalhadores rurais que migraram para cidade. Com o êxodo rural originaram os bairros Ca-naã e Novo Horizonte. O serviço que o CAIMU prestou àquelas crianças foi um treinamento in-cipiente à época, para que elas fossem inseridas no mercado de trabalho unaiense. A entidade foi extinta. Segundo Ildeu, o fracasso dela se deu em virtude da falta de planejamento para que fosse oferecido um treinamento mais abran-gente, que oferecesse àquelas crianças e jovens noções básicas de educação, de cidadania, de ética, de valores morais, ou seja, transformá-las em cidadãos.

Em 1993, Ildeu foi nomeado Secretário de Assistência Social, na segunda gestão do então prefeito Adélio Martins Campos, oportunidade em que ele pôde colocar em prática o projeto

pioneiro de caráter assistencialista no municí-pio. Foi criada a Fundação Vida, que, em parce-ria com a Polícia Militar, reuniu, inicialmente, 44 jovens, onde aprenderam noções básicas de hi-giene, educação moral e cívica, meio ambiente, além do resgate da história brasileira. Os resul-tados foram surpreendentes, já que tal projeto possibilitou uma formação integral a nível social e moral desses brasileirinhos. Eles foram incor-porados ao mercado de trabalho unaiense. Em 2004, em virtude dos onerosos custos dos pro-jetos realizados pela Fundação Vida, a entidade paralisou suas atividades, e, consequentemente, originou-se o Cepasa, cujo raio de ação é maior, apesar de o foco continuar o mesmo: assistência a crianças, jovens e adultos, ou seja, às famílias, como um todo.

O Cepasa é um exemplo de que, com um pouquinho que cada um puder oferecer, é pos-sível construir uma nova realidade: a inserção de membros de classes sociais de menor poder aquisitivo no mercado de trabalho. A entidade oferece gratuitamente cursos de capacitação e qualificação profissional nas áreas de informáti-ca, karatê, capoeira, teatro, dança, pintura em te-cido, bordado, tricô, manicure, depilação, entre outros. Além de atendimento médico, psicológi-co e assistência social, custeado pela Administra-ção Municipal, para as famílias cadastradas.

Outro projeto relevante que será desenvol-vido futuramente pela associação é denomina-do Capacitando Famílias, que beneficiará cerca de 1.200 pessoas e oferecerá cursos em variados setores. Projeto este que se encontra pratica-mente aprovado e conta com o apoio da Admi-nistração Municipal, que visa proporcionar mais segurança e agilidade na obtenção dos recursos financeiros.

O Cepasa oferece

gratuitamente cursos de

capacitação e qualificação

profissional nas áreas de informática,

karatê, capoeira,

teatro, dança, pintura em

tecido, bordado, tricô,

manicure, depilação,

entre outros.”

Ildeu Pereira idealizador e fundador do Cepasa

Sociedade

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Unaí e Noroeste Mineiro

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Natural de Morada Nova de Minas (MG), cidade onde se criou, sua tra-jetória de vida foi e é marcada pela

Educação. Maria José começou a lecionar aos 13 anos, pelo fato de à época ser uma

aluna de desta-que, depois se tornou Inspeto-ra Escolar, ain-da em sua terra natal. Em 1970, mudou-se para Patos de Minas, oportunidade em

que atuou novamente como Inspetora Esco-lar. Posteriormente, graduou-se em Peda-gogia, com especialização em Metodologia do Ensino Superior. Lecionou em colégios e faculdades ao longo da vida. Em segui-da, foi convidada para integrar o Ministério

da Educação, cedida pelo então governador Tancredo de Almeida Neves. Nessa mesma época, foi aprovada com uma boa coloca-ção no concurso do respectivo ministério, no posto de Técnica de Assuntos Educacionais, função na qual atuou como supervisora do ensino superior das faculdades brasileiras. Após a aposentadoria, qualificou-se como professora de Psicologia, na extinta Funda-ção Educacional de Brasília. Fruto de seu empreendorismo, em fevereiro de 1997, é fundada a Faculdade de Ciência e Tecnolo-gia de Unaí (Factu), primeira instituição de ensino superior de Unaí, responsável pela formação de mais de 1.300 jovens nas áreas de Direito, Enfermagem, Pedagogia, Agrono-mia, Ciências Contábeis. Unaí tem muito a agradecer Maria José Lucas Capanema pelo pioneirismo, pelo amor e pela dedicação de uma vida em prol da educação.

“Maria José começou a lecionar aos 13 anos, pelo fato de à época ser uma

aluna de destaque”

Maria José Lucas Capanema

Fundadora da FACTUPrimeira instituição de ensino superior de Unaí

OuroOuroDama de

Capa | Esporte

28 | Agosto/2011 | Geraes de Minas

Adriely Cristina: Bi-campeã brasileira e da Copa Brasil de Karatê

Aos cinco anos de idade Adriely Cristina entusiasmada pelo pai começou a praticar caratê. Na época, como afirma a atleta, sua introdução no esporte aconte-

ceu em conseqüência do “sonho de seu pai”. Mas com o tempo, Adriely ganhou gosto pelo esporte e viu em pouco tem-po – pois hoje ela possui 19 anos – sua vida se transformar: atualmente ela já é faixa marrom.

Até que para uma atleta que come-çou muito jovem, com poucos patro-cínios, Adriely chegou longe. Aos seis anos de idade ela participou de seu pri-meiro campeonato, em Cristalina, aos 14 começou a treinar em Brasília(DF) – ci-dade aonde vai três vezes por semana

– e aos 15 anos, no ano de 2007, ela foi campeã brasileira de caratê, na cidade de São Paulo(SP).

Depois desse acontecimento a atleta não parou mais. Foram vitórias atrás de vitorias. Em entrevista a Geraes, Adriely afirma que sua vida tem sido “um so-nho”. “Lembro-me que em 2007 tam-bém fui convocada para uma seletiva no Rio de Janeiro, quando participei da Seleção Brasileira de Caratê e fui dispu-tar em Quito, no Equador, o campeo-nato Pan-Americano”, lembra a atleta. Nesta competição Adriely foi a única atleta da categoria infanto-juvenil a tra-zer medalha para o Brasil. Na ocasião a atleta consagrou-se com uma medalha de bronze.

A unaiense demonstra que os latinos também sabem praticar a arte japonesa; ela começou aos cinco anos de idade a praticar o caratê, aos 19 ela já é faixa marrom e coleciona uma série de títulos e experiências

Geraes de Minas | Agosto/2011 | 29

O raio caiu no mesmo lugar duas vezesO caratê é uma arte marcial japonesa

milenar que ganhou adeptos em toda América Latina. Adriely Cristina repre-senta milhares de latinos que amam o esporte como se fosse fruto de sua pró-pria cultura. Por isto, em 2008, a atleta decidiu que iria em busca de seu segun-do título de campeã brasileira. Desta vez o campeonato aconteceria no Rio de Ja-neiro e para lá a unaiense embarcou.

Na cidade maravilhosa a menina não fez de arrogada. Lá, ela consagrou-se bi-campeã, obtendo medalha de ouro, premiação que a possibilitou concorrer a uma vaga na no Sul-Americano. Neste campeonato ele conseguiu medalha de bronze.

Em 2009 voou para o país africano Marrocos onde disputou o Campeona-to Mundial. “Disputar o Mundial é um sonho de todo carateca. Em meu caso, depois que o disputei começou uma nova batalha, porque, para conseguir viajar eu tinha que fazer tudo ao mes-mo tempo, ou seja, ir a Brasília treinar e também estudar, além de correr atrás de patrocínio”, lembra. No norte da África a atleta ficou entre as 10 melhores atletas do mundo.

Atualmente Adriely Cristina está em uma de suas melhores fases como atle-ta. Segundo a carateca, que conjuga o esporte a seus afazeres pessoais – pois cursa Técnico em Segurança do Traba-lho, inglês no CCAA e acaba de ser apro-vada no curso de Direito, pela faculdade Inesc – sua rotina atarefada, diária, não

a incomoda, muito pelo contrário. Con-forme Adriely afirmou, “este ano esta sendo um ano abençoado, porque com toda correria, que é minha vida, ainda tenho tempo para estudar”, afirma. E confirma dizendo: “Tudo que tenho e sou devo ao caratê”.

Hoje Adriely Cristina consegue se manter como atleta graças aos seus pa-trocinadores. Seus atuais treinadores são: Caio Marcio (DF) e Vanderlei Peres (Unaí).

Revelações

Em Unaí, as Artes Marciais em di-versos segmentos tem tido adeptos. Os municípios possuem hoje espalhados em suas regiões, academias voltadas pa-ra várias práticas esportivas. Diversas associações também estão sendo forma-das para correr atrás dos direitos e me-lhoria da qualidade de vida dos atletas da cidade. A prefeitura municipal em comunhão com a ideologia de uma vi-da saudável entregou à população uma praça adaptada com aparelhos e equipa-mentos para ginástica e musculação. A praça que recebeu o nome de José Sa-turino da Silva, está localizada no bairro Cana Brava.

Como Adriely Cristina, outros atle-tas, porém praticantes de Jiu-Jítsu, estão se destacando em toda região e também a nível nacional e internacional. Alguns atletas como Ana Laura, Yuri Gracie e Rafael Novaes, são exemplos de que o esporte quando levado à sério pode tra-zer boas conseqüências.

Tudo que tenho e sou devo ao caratê”

Disputar o Mundial é um sonho de todo carateca”

Além do esporte, Adriely cursa técnico em segurança do trabalho, inglês e direito

Artigo | Meio Ambiente

30 | Agosto/2011 | Geraes de Minas

As grutas de Unaípor: CátIA REGINA DE FREItAS RoChA*

Em plenitude do século XXl, onde os avanços tecnológi-cos parecem ser o alicerce base da evolução humana, existe quem retrocede no tempo na busca contínua e

instigante por uma geração que deixou carimbadas nas pare-des das grutas de Unaí MG, rudes mensagens da comunica-ção primitiva, que fazem parte do contexto histórico, social, cultural e ambiental dessa cidade interiorana que, em apenas 69 anos de emancipação, vem compreendendo a importância de contemplar e valorizar a natureza. As grutas de Unaí, segundo pesquisas realizadas por pro-fissionais renomados, são originárias de uma série de pro-cessos geológicos que podem envolver uma combinação de transformações químicas, biológicas e atmosféricas, devido às condições ambientais exclusivas das grutas, ecossistemas que apresentam uma fauna especializada para viver em am-

bientes escuros e sem vegetação nativa, como os morcegos, mamíferos típicos que transitam no interior e exterior com agilidade e precisão, na busca por alimentos. As grutas são estudadas pela espeleologia, uma ciência multidisciplinar que envolve diversos ramos do conhecimento, como a geologia, hidrologia, biologia, paleontologia e arqueologia. Além da im-portância científica, a exploração de grutas representam um grande papel no turismo de aventura (ou ecoturismo), sendo uma parte importante da economia que em breve será explo-rada na nossa região. O Turismo nas Grutas de Unaí não está ainda legalizado pelo IBAMA/CECAV (órgão responsável pela liberação turística em cavernas), pois uma série de medidas é necessária para que isso ocorra, sendo a elaboração do plano de manejo o primeiro passo para descrobrirmos as belas cavernas existentes em Unaí.

Localizada a 10 km de Unaí MG, sen-tido Brasília DF, é conhecida e con-siderada uma verdadeira obra prima da natureza, pela sua diversidade de espeleotemas e salões gigantescos. Possui 1.200 metros de extensão aproximadamente e está registrada como potencial turístico de Brasília DF - Capital Federal do Brasil.

GRUTA DO TAMBORIL

Falar de Unaí é contar multiciplidade, os sítios arqueológicos estão por toda a parte. O município tem ainda grutas não catalogadas pelo CECAV – Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas -, como as grutas do Rio Preto, Canabrava, Sete Placas, Roncador entre outras, além de rios e lagos, montanhas, cachoeiras, despertando uma necessidade de potencializar o pólo turistico local, arraigado nos aventureiros e conhecedores desse ambiente, porém oculto à maioria da população.

*Cátia Regina de Freitas Rocha é Especialista em Gestão Ambiental, supervisão e orientação escolar. Graduada em Biologia/Pedagogia. Atual Secretária de Meio Ambiente do Município de Unaí.

Geraes de Minas | Agosto/2011 | 31

Está localizada a 58km de Unaí MG, sentido Paracatu MG, local bastante visitado e preservado por não conter, nas proximidades, nenhum tipo de exploração mineral. Possui um am-plo salão com luminosidade natural e lago com águas cristalinas (imprópria

para o consumo humano), segundo análises físico-químicas e bacteriológicas. Exis-tem ainda quatro salões menores que são desprovidos de luminosidade natural. Em 2005/2006, por meio da Associação de Proteção Ambiental de Unaí (APA), biólogos unaienses realizaram o mapeamento da Gruta do Sapezal com memorial descritivo, histórico cultural e ambiental com o objetivo de registrarem o ecossiste-ma local, e viabilizarem um plano de manejo para exploração turística.

GRUTA DO SAPEZAL

Localizada a 30 km de Unaí ,sentido Buri-tis-MG, constituída em sua totalidade por calcários, que são formados por calcita (carbono de cálcio) que se dissolveram na presença do ácido carbônico, presen-te naturalmente na água da chuva e dos ácidos húmicos originários da decompo-sição dos vegetais. Seus espeleotemas são de formas e cores variadas e beleza imensurável. No teto a presença marcan-te de pinturas rupestres impressiona. A gruta do Gentio é conhecida nacionalmente e várias expedições já foram realizadas em seu interior por arqueólogos e em certa ocasião encontraram uma múmia, que após estudos ficou constatado tratar-se de uma criança indígena com idade aproximada de 3500 anos. A múmia se encontra no Instituto de Arqueologia Brasileira (IAB), no Rio de Janeiro, e até o presente mo-mento é considerada a múmia brasileira mais antiga.

GRUTA DO GENTIO

Localizada a 55 Km de Unaí, sentido Brasília, ambas de magnitudes in-comparáveis, descrevem em sintonia uma perfeição natural, delineadas por espeleotemas variados, sumidouros a perder de vista ofuscados pela escuri-dão. O Ribeirão Areia contempla com águas cristalinas e correntes as duas grutas, um verdadeiro santuário eco-lógico. A preservação é notória, pois a única preocupação dos proprietários é “preservar um pouco do que ainda nos resta”. O nome sugestivo SOL e

LUA foi uma maneira simples e carinhosa de reiterar homenagens aos proprietá-rios Salvador Caldeira e Felícia, escolhidos por alunos do Colégio Objetivo, Escola Estadual Manoela Faria Soares, Colégio do Carmo e Escola Municipal Glória Mo-reira em expedições realizadas entre os anos de 2005 a 2008. O local foi mapeado pela UNB ( Universidade de Brasília).

GRUTA DO SOL E DA LUA

Beleza

32 | Agosto/2011 | Geraes de Minas

Mariângela

Ensaio fotográfico: Rosimare Martins de Melo - Retrattos

Geraes de Minas | Agosto/2011 | 33

O nosso destaque que estréia a primeira edição da REVISTA GERAES DE MINAS é Mariângela Dal Castel Missio que se encontra passando férias em Unaí. Ela cursa Engenharia de Alimentos na cidade de Dourados (MS). Seus pais Joaquim Missio e Neusa Dal Castel Missio residem em Unaí.

Saúde

34 | Agosto/2011 | Geraes de Minas

Hospital de Câncer do Noroeste Mineiro depende de doações e aprovação da Anvisa para ser construído

Foi com a finalidade de ajudar ao pró-ximo e, em especial, ao portador de câncer, que a Associação Noroeste de

Estudos e Combate ao Câncer (Anmecc) foi criada. Localizada em Unaí, a associa-ção presta serviço a toda pessoa portadora de câncer, que more na região do Noroeste de Minas.

Devido aos altos custos e as dificulda-des para se conseguir tratamento, a asso-ciação faz um papel que vai muito além de intermediária. A Anmecc hoje, faz com ajuda de seus 690 contribuintes, o que o poder público deveria fazer: a busca por qualidade de saúde.

Atualmente a Anmecc sobrevive graças a subvenção municipal e a ajuda de em-presas privadas da região. Além disto, os contribuintes recebem um carnê no valor de R$ 10 (ou qualquer valor acima disto) para colaborarem. Eles também recebem doações de cestas básicas, roupas e calça-dos, que são vendidos em bazares benefi-centes.

De acordo com o presidente da associa-ção, Ulisses Paulo Costa, hoje, a Anmecc faz de tudo, por meio de trabalho extrema-mente voluntário. “Fazemos de tudo para dar suporte ao paciente e seus familiares com atendimento psicológico, assistência

é necessário que haja a aprovação do projeto e de recursos financeiros substanciais para que a construção se inicie e não pare”Ulisses Paulo Costa,presidente da Anmecc

Geraes de Minas | Agosto/2011 | 35

social, terapia ocupacional, assistência jurídica, convênios com hospitais, far-mácias e laboratórios”, pontua Costa.

Entre os funcionários que traba-lham na associação, cinco são remu-nerados, o restante é voluntários. Os cargos remunerados são: gerente ad-ministrativo, contador, secretárias e funcionários que acompanham os pa-cientes, em fase de tratamento, até à cidade paulista de Barretos.

Hospital do câncer Em um terreno de 17 mil m², a An-

mecc objetiva construir um hospital voltado exclusivamente à pacientes portadores de câncer. Como na re-gião não existe um centro voltado pa-ra a especificidade, a associação tem o projeto de construir um hospital para atender às neces-sidades de pesso-as, que percorrem semanalmente 700 km até Barretos para tratamento.

Com a construção do hospital, toda essa quilometragem percorrida será desnecessária. De acordo com o presidente da associação, o hospital oferecerá exames preventivos, consul-tas médicas, cirurgias ambulatoriais, cirurgias oncológicas, quimioterapia, radioterapia mais todo tratamento necessário ao paciente oncológico.

“Todos os doentes estarão se tra-tando próximo [ou muito próximo] à suas residências e a seus familiares, contribuindo para o sucesso e a cura de sua doença”, prevê o presidente.

Entraves para aquisição do hospital

Mas como todo projeto, a ideali-

zação é um processo minucioso e di-ficílimo de ser realizado. Porém, sua conclusão (elaboração) somente não é necessária. Além, ou junto à idéia elaborada é necessário ter a idéia apli-cada, praticada.

Para isto, o presidente da Anmecc, quando indagado sobre a data da construção efetiva do hospital, res-pondeu que eles (direção da Anmecc) tem a plena convicção da “viabilida-de” e da “necessidade” de um hos-pital especializado em oncologia no Noroeste.

Mas ao mesmo tempo, Costa pon-dera ao dizer que antes de começa-rem de fato a construir o hospital, é

necessário que haja “a aprova-ção do projeto e de recursos fi-nanceiros subs-tanciais para que a construção se inicie e não pa-re”, afirma o pre-sidente.

O projeto sobre o hospital já está em fase de aprovação, em Belo Ho-rizonte, segundo Costa. De acordo com ele, as obras para a construção do hospital só terá “início a partir do momento em que houver aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”. Segundo Costa, o projeto para a construção do hospital está orçado em R$ 20 milhões.

a construção do hospi-tal só terá início a partir

do momento em que houver aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”

Ulisses Paulo Costa,presidente da Anmecc

O Noroeste de Minas precisa de um hospital de câncer. Participe desta luta, colabore!

Doações e informações:www.anmecc.org.br

(38) 3676-4922

Saúde

36 | Agosto/2011 | Geraes de Minas

Alimentação adequada pode prevenir câncer Cientistas afirmam que a doença pode ser genética ou adquirida; alimentação adequada, a base de muito legume e pouco açúcar, são dicas indispensáveis para aqueles que querem ver-se livre da doença causadora de 13% das mortes em todo o mundo

A cientista canadense, Dr. Hulda Clark, afirma que 100% dos pa-cientes de câncer tem vermes.

Esta afirmação é um pouco corriqueira quando colocada próximo a uma doen-ça que nos últimos anos matou milhares de pessoas em todo o mundo.

O câncer é uma doença, que se-gundo o médico carioca Raul Barcellos (falecido em 2003), pode ser causada por vários fatores genéticos ou adqui-ridos. O medico que viveu até quase 90 anos – 70 dedicados a pesquisa sobre a doença – explica que os tipos de cân-cer genéticos derivam de problemas genéticos, cujo determinam as caracte-rísticas do indivíduo. Já os fatores ad-quiridos são causados por “radiações”, de todos os tipos, inclusive a solar, da “poluição química do ar, da água e do solo, dos campos eletromagnéticos à nossa volta, do stress que provoca ex-cesso de oxidação no organismo, da comida, da bebida, das drogas – mas principalmente, das lesões causadas pelos vermes que vivem muito tempo

dentro do hospedeiro”. Geralmente, de acordo com Bar-

cellos, o câncer se manifesta em quatro tipos de formato: carcinomas, sarco-mas, linfomas e leucemia.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2005, de um to-tal de 58 milhões de mortes ocorridas no mundo, o câncer foi responsável por 7,6 milhões, o que representa 13% de todas as mortes. De acordo com o IN-CA, em 2020 o número de casos novos anuais de câncer seja da ordem de 15 milhões. E cerca de 60% desses novos casos ocorrerão em países que estão em desenvolvimento, como o Brasil.

Para evitar a progressão da doença muitos estudiosos se concentram na procura de novas armas para combater todo tipo de câncer. Uma dessas armas é alimentação. Para muitos estudiosos, o câncer poder ser combatido tanto pela ciência tecnológica quanto pela natural, ou seja, o consumo diário de alimentos chamados de “anti-câncer” pode contri-buir para inexistência de tumores.

O neuropsiquiatra e pesquisador David Servan Schreiber – que superou um câncer no cérebro – não descarta o tratamento convencional contra o cân-cer, mas alerta sobre a características de certos alimentos de combater e evitar doenças. E sobre o câncer ele explica que “as células cancerosas desenvol-vem resistências aos tratamentos quí-micos. Já nos alimentos, há múltiplas moléculas fitoquímicas que atuam so-bre diferentes mecanismos e reduzem a progressão da doença. Isso pode ter um efeito considerável”.

De acordo com o neuropsiquiatra, em seu livro “Anticâncer: Prevenir e vencer usando nossas defesas natu-rais”, uma pessoa que queira evitar o câncer deve limitar-se seriamente a in-gerir açucares e farinhas brancas, como também abolir alimentos industriais e gorduras hidrogenadas. Para Schreiber, quanto mais rica for alimentação de um país em legumes e leguminosas, menos são as chances de sua população ser portadora de câncer.

Turismo

37 | Agosto/2011 | Geraes de Minas

Festa se transforma na maior manifestação cultural e religiosa do Noroeste de Minas

Santo Antônio do Boqueirão

Rua principal do distrito do Boqueirão está asfaltada

Com mais 100 mil m² de terreno e mais energia elétrica, festa de 2012 promete ser melhor ainda

Ao completar 263 anos de sua tra-dicional festa, o distrito de San-to Antônio do Boqueirão recebe

investimentos significativos por parte do poder público e se firma como a mais importante festa religiosa/cul-tural do noroeste de Minas. Durante os festejos milhares de romeiros cum-priram e fizeram promessas ao Santo casamenteiro, rezaram missas, par-ticiparam de procissões e batizaram centenas de crianças. Calcula-se que, durante a festa, mais de cinqüenta mil pessoas visitaram o distrito de Santo Antônio.

Neste ano, o Boqueirão recebeu várias obras públicas; o asfaltamento da rua principal do distrito, instalação de mais uma caixa d’água com capa-cidade para 30 mil litros e cinco cha-farizes (com seis torneiras cada), com recursos públicos da ordem de R$ 100 mil, alocados pelo Ministério do Turis-mo, por intermédio de emenda par-lamentar do então deputado federal José Santana, e mais recursos de con-trapartida da Prefeitura.

Durante a solenidade oficial reali-zada no dia de Santo Antonio (13), o governo municipal se transferiu para aquele distrito quando, além de inau-gurar as obras, com a presença do ex-deputado José Santana, hoje vice-pre-

sidente do BDMG, autor da emenda parlamentar, e do deputado federal Bernardo Santana, que assegurou a liberação da emenda parlamentar do pai, de membros da Associação dos Romeiros, religiosos e autoridades fo-ram entregues as comendas de Santo Antônio do Boqueirão a Dilson Rodri-gues Barbosa, José Pereira Ruela e José Lopes Siqueira (Nercina Lopes – filha do homenageado (in memoriam). Os homenageados com a comenda são pessoas que contribuíram ou contri-buem para a consolidação da romaria.

Após ouvir algumas lideranças e representantes da Associação dos Ro-meiros de Santo Antônio do Boquei-rão, o prefeito Antério Mânica disse que a administração municipal se

comprometia a adquirir ou desapro-priar mais 100 mil metros quadrados de área para incorporar ao distrito do Boqueirão, assegurando maior espaço para a festa de Santo Antônio em 2012.

Outro compromisso assumido pu-blicamente pelo prefeito é “resolver de vez a questão da energia elétrica” no distrito. “Mais uma vez faltou energia elétrica por diversas noites. No ano que vem, seja pela Cemig, seja por meio de um potente gerador, não ha-verá problemas de energia elétrica”, afirmou Antério Mânica.

E um terceiro compromisso públi-co do prefeito Antério assumido com romeiros unaienses e com os visitan-tes foi decretar, já para 2012, feriado municipal em Unaí no dia de Santo Antônio, 13 de junho.

Guia Automotivo

38 | Agosto/2011 | Geraes de Minas

Legislação brasileira delimita uso de película em vidros de automóveiso permitido para veículos quatro portas é 75% e de duas 70%; especialistas em autos discordam da legislação e acham que muito ainda deve ser feito para a verdadeira concretização da lei no país

Os vidros de automóveis protegidos por películas possuem uma legisla-ção especifica que trata da permissi-

bilidade para a utilização dessas películas, também conhecidas como insulfilm ou fil-me. Com o aumento do uso nos anos 80, o acessório hoje é utilizado como para man-ter a privacidade e a segurança de milhares de pessoas que utilizam automóveis.

No Brasil a legislação é enfática: é proi-bido o uso de película nos pára-brisas, sen-do que a transparência mínima permitida é de 75%, nos vidros dianteiros, no que se re-fere às portas dianteiras, e 70% para carros com duas portas. Já os vidros traseiros são permitidos apenas 28% de película.

Porém, a legislação causa um entendi-mento muito subjetivo e pouco real. Se-gundo especialistas em automóveis, um filme totalmente transparente e incolor diminuirá a transparência para um valor menor que 70% (para carros de 2 portas), e isto, distorcem a compreensão da lei, proibindo-a ou não. Para os especialistas, a tolerância com os vidros traseiros (28%) é abusiva.

Outro ponto que os especialistas em automóveis destacam é o meio pelo qual acontece a mediação da película nos car-ros. A legislação institui como instrumento medidor, depois de aprovado pelo Inmetro e homologado pelo Denatran, um aparelho

ENTENDA A NOVA LEI

chamado de “medidor de transmitância lu-minosa”.

Este aparelho tem capacidade de medir o percentual de luminosidade do vidro.

Os especialista salientam que grande número dos instaladores de películas em vidros automotivos, não possuem o me-didor. Isto, segundo eles, desta forma não conseguem constatar nos vidros, se as pelí-culas atendem à legislação vigente.

O uso de películas que não correspon-dem a legislação acarreta na perda de 5 pontos na carteira de habilitação. Também pode ocorrer a apreensão do veiculo até sua regularização.

• O Para-brisa deve ter no mínimo 75% de transparência. Carros com quatro portas.

• Vidros laterais devem ter no míni-mo 70% de transparência. Carros com duas portas.

• Vidros traseiros é exigido no míni-mo 28% de transparência.

• O motorista que desrespeitar a legislação está sujeito à multa pe-cuniária, mais a perda de 5 pontos na carteira de habilitação. Além de ter que remover a película no momento da infração.

• Toda regra é válida também para películas coloridas ou espelhadas.

Fontes: Contran, resolução nº 254.