revista frontline

100
“É HOJE EVIDENTE QUE O GOVERNO FALHOU” CARLOS ZORRINHO BUGALHO DE ALMEIDA AVANÇOS NA PNEUMOLOGIA CLÍNICA EUROPA ATENDIMENTO DIFERENCIADO VODAFONE TELEVISÃO,VOZ E INTERNET CONCEIÇÃO RIBEIRO TIARA PARK ATLANTIC LISBOA OUTUBRO 2012 | ANO V | N.º 46 | MENSAL | €5 FONTANA PARK HOTEL DESIGN E MODERNIDADE BMW MOBILIDADE INDIVIDUAL 56 0107 30 8155 9 6 4 0 0 0

Upload: hv-press-sa

Post on 11-Mar-2016

278 views

Category:

Documents


18 download

DESCRIPTION

Revista Frontline

TRANSCRIPT

LIFE

STY

LE a

nd B

USI

NES

SN

.º 4

6 O

utub

ro 2

012

“É HOJE EVIDENTE QUE O GOVERNO FALHOU”

CARLOS ZORRINHO

BUGALHO DE ALMEIDAAVANÇOS NA PNEUMOLOGIA

CLÍNICA EUROPAATENDIMENTO DIFERENCIADO

VODAFONETELEVISÃO, VOZ E INTERNET

CONCEIÇÃO RIBEIROTIARA PARK ATLANTIC LISBOA

OUTUBRO 2012 | ANO V | N.º 46 | MENSAL | €5

FONTANA PARK HOTELDESIGN E MODERNIDADE

BMWMOBILIDADE INDIVIDUAL

5601

0730

8155

9

64000

Imagens: 1. Celebrity SilhouetteSM em navegação 2. Camarotes com design vanguardista 3. Pequeno almoço na varanda privada do camarote4. Restaurantes com cozinha de autor 5. The Alcoves sobre a relva do Lawn Club, Celebrity SilhouetteSM 6. Persian Garden, Spa

Os navios da Celebrity são um ponto de referência naindústria de cruzeiros. Combinam a tecnologia modernacom uma elegância requintada, uma cozinha gourmetexclusiva opções de entretenimento de grande qualidade,camarotes espaçosos e qualidade de serviçoincomparável. Não admira que os nossos passageiros e aimprensa, afirmam os nossos navios estão entre osmelhores do mundo.

Os navios inovadores da Classe Solstice.

Os navios desta classe foram criados por alguns dos melhores designers earquitetos do mundo. Esta classe é um mundo flutuante onde a estéticaalcançou a perfeição, onde cada detalhe é atendido a fim de realizar todosos seus desejos. Tem tudo o que sempre sonhou e que pensava que nãoera iria encontrar num navio de cruzeiro.

Destaques da Classe Solstice:

• The Lawn Club. Para desfrutar de pura inovação no mar, nada secompara à sensação da relva natural das Bermudas sob os seus pés.Desfrute como quiser.

• The Hot Glass Show◊. O nosso estúdio criado à medida para fabrico depeças de vidro, elaborado em colaboração com o Corning Museum ofGlass –, uma opção nunca antes vista num cruzeiro.

• Restauração. Dez restaurantes únicos para corresponder ao seu estadode espírito. Incluindo uma gama, em constante mudança, de quatrorestaurantes de especialidades*. Refeições para todos os gostos.

• Celebrity iLounge◊*. Um novo cibercafé e revendedor autorizado daApple®. Experimente as últimas novidades da Apple® e saiba comoutilizá-las.

• Cellar Masters. Um universo de vinhos. Saboreie o seu vintage preferidoou experimente algo novo.

*Aplica-se um suplemento de serviço.**Suplemento aplicado à ligação à Internet..

celente.

cepcionais.

traordinárias.

21

3

4

5

6

CRUZEIROS DE VERÃO PELO MEDITERRÂNEO E NORTE DA EUROPA

PARTIDAS DESDE BARCELONA • ROMA • VENEZAAMESTERDÃO • INGLATERRA

Para mais informações

Visite www.celebritycruises.pt Ou contate a sua Agência de Viagens

AF_NovoAA3_FrontLine_23x32cm.pdf 9/20/12 6:34:12 PM

8/ NEWS

12/ GRANDE ENTREVISTA Carlos Zorrinho

22/ OPINIÃO José Caria

Isabel Meirelles Adalberto Campos Fernandes Luís Mira Amaral

26/ GRANDE ANGULAR

Bugalho de Almeida

32/ ESPECIAL Clínica Europa

36/ DOSSIER BMW

40/ EMPRESA Vodafone

46/ HOTELARIA Conceição Ribeiro

52/ BOLSA IMOBILIÁRIA By Sotheby’s Realty

56/ CHECK-IN Fontana Park Hotel

SUMÁRIO

4/FRONTLINE

36

FICHA TÉCNICADiretor: Nuno Carneiro | Diretores Adjuntos: João Cordeiro dos Santos e Casimiro Gonçalves | Editora: Ana Laia | Chefe de Reda ção: Patrícia Vicente | Colaboradores: Fernanda Ló, Filomena G. Nascimento, Isabel Meirelles, José Caria, M. Sardinha, Maria João Matos, Rui Calafate, Rui Madeira | Revisão: Helena Matos | Fotografia: José Frade, David Pisco, Eduardo Grilo, João Cupertino, Luis Filipe Catarino/Presidência da República, Nuno Madeira, Ricardo Oliveira, Vitor Pires | Diretor Comercial: Miguel Dias | Consultor de Publicidade: Carlos Tavares | Sede: Airport Business Center Avenida das Comunidades Portuguesas Aerogare, 5º piso–Aeroporto de Lisboa 1700 – 007 Lisboa - Portugal | Tel. 210 998 039 | E-mail: [email protected] | Registada no ICS com o n.º 125341 | Depósito Legal n.º 273608/08 Impresso num país da U.E. | www.revistafrontline.com | Facebook: RevistaFRONTLINE

12

26

FRONTLINE/5

46

72

80

62/ DESTINO Sul da Tailândia

68/ A RESERVAR Blue Elephant

70/ SPA Waree Raksa Hot Spring Spa

72/ EM DESTAQUE eBike

76/ SOBRE RODAS Motos BMW

80/ MOTORES Mazda CX-5

86/ ON THE ROAD

90/ SOCIAL International Club of Portugal

92/ LIVROS 94/ EXPOSIÇÃO NACIONAL

95/ EXPOSIÇÃO INTERNACIONAL

96/ MÚSICA

98/ AGENDA

EDITORIAL

6/FRONTLINE

A poucos dias de ser conhecido o Orçamento do Estado para 2013, os portugueses tremem com receio de serem confrontados com mais austeridade e com mais cortes. O sentimento geral, à esquerda e à direita, é de total des-crédito no Governo e, consequentemente, nas opções tomadas por este.Em entrevista à FRONTLINE, o líder da bancada parlamen-tar do PS, Carlos Zorrinho, fala do estado do nosso país e aproveita a oportunidade para tecer duras críticas ao Governo de Pedro Passos Coelho. Preocupado, o depu-tado afirma que estamos perante uma “crise de enorme gravidade”, que atingiu já “os alicerces da confiança e da mobilização dos portugueses”. Na sua opinião, “o centro do Governo não é o Conselho de Ministros, mas antes uma ‘troika interna’ centrada no Ministério das Finanças, por onde tudo passa e sem a qual nada se decide”. Peran-te este cenário, Carlos Zorrinho afirma que “é aflitivo ver personalidades conceituadas, que exercem cargos funda-mentais na Educação, na Saúde ou na Segurança Social, a serem meros operadores da tesoura das Finanças”.Assertivo, declara rotundamente que “o Governo falhou”, contudo, deixa claro que, no seu parecer, “a coligação tem legitimidade política para governar”. Não desejando o fracasso do Governo, o líder parlamentar da bancada do PS espera que, no futuro, seja feita a avaliação dos “erros cometidos” para que a coligação possa estar “à altura dos desafios que Portugal enfrenta”.

António Bugalho de AlmeidaCom um currículo invejável, o pneumologista António Bu-galho de Almeida, ex-diretor da Clínica Universitária de Pneumologia da Faculdade de Medicina de Lisboa – Hospi-tal de Santa Maria, afirma que “os portugueses podem con-tinuar a confiar no seu Serviço Nacional de Saúde”, uma vez que todos os cuidados são prestados por “profissionais com excelente preparação”.No que se refere ao desenvolvimento da Pneumologia em Portugal, esta “tem estado muito ativa, existindo vários gru-pos de investigação”. Tudo isto contribuiu para que exista,

atualmente, uma melhor compreensão e tratamento “das diversas entidades nosológicas respiratórias”, conclui.

Clínica EuropaTratando cada cliente de forma diferenciada, a Clínica Europa investe, fortemente, na qualidade dos serviços, bem como numa excelente estrutura humana e técni-ca. Localizada em Carcavelos e contando já com cerca de 22 anos de atividade, esta clínica foi dando provas da sua qualidade e conquistando cada vez mais clientes, sendo hoje uma referência a nível nacional.

VodafoneSempre na senda da inovação, a Vodafone aposta em novos serviços com o objetivo de oferecer o melhor aos seus clientes. O último ano ficou marcado pelo crescimento da Vodafone na disponibilização de servi-ços fixos integrados de Televisão, Voz e Internet, atra-vés da sua rede própria de fibra ótica, e pelo reconhe-cimento, por parte da Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO), do serviço Vodafone TV como o melhor serviço de Televisão e de Internet Fixa no mercado nacional.

Mobilidade individualNa sequência da atribuição, a Portugal, do prémio E-Vi-sionary, pela World Electric Vehicle Association (WEVA), Lisboa recebeu a conferência Mobility of the Future, or-ganizada pelo BMW Group Portugal e inserida na agen-da da Semana Europeia da Mobilidade 2012. Durante o evento, que contou com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa e do Instituto Superior Técnico, o diretor-ge-ral da marca bávara, Helder Boavida, entregou a chave de um BMW ActiveE ao presidente da Câmara Muni-cipal de Lisboa, António Costa. Durante cerca de duas semanas a capital contribuirá também, desta forma, para os estudos que estão a decorrer pelo mundo com uma frota de BMW ActiveE e MINI E.

PASSAR O CABO DAS TORMENTAS

NEWS

8/FRONTLINE

Sofitel abre primeiro hotel na Índia A Sofitel Luxury Hotels acaba de inaugurar o seu primeiro hotel na Índia, o Sofitel Bombaim BKC, loca-lizado na zona empresarial da cidade, o Complexo Bandra Kurla.O Sofitel Bombaim BKC é a primeira unidade hoteleira na Índia e é um perfeito exemplo da estratégia de expansão da marca que, de acordo com a sua nova política de posicionamento, visa estar presente em cidades estratégicas. Com uma arquitetura de estilo contemporâneo, o hotel integra-se de forma perfeita na paisagem urbana. A decoração foi criada pela designer franco-espanhola Isabelle Miaja, que combinou habilmente a inspi-ração francesa com a cultura indiana. Ao desenhar este hotel único, inspirou-se em referências da arte indiana, incluindo templos, esculturas e monumentos emblemáticos, ao mesmo tempo que lhe dava um toque contemporâneo atrativo. Entre os seis bares e restaurantes, destaque para o Pondichéry Café, especializado em combinações de sabores indianos e franceses, e para o Jyran, um restaurante que apresenta uma decoração indiana clássica e uma proposta de cozinha do Norte da Índia. Mas também o L’Artisan – Épicerie, Pâtisserie, Chocolaterie, que se revela o local ideal para saborear chocolate, carnes cozidas e queijos. Por seu lado, o ultramoderno Bar Diamantaire presta homenagem aos comerciantes de diamantes da Índia. Este bar, que apresenta um design magnífico e a primeira torre de vinho da Índia, é o local ideal para encontros, quer de negócios quer entre amigos.O Sofitel Bombaim BKC tem também nove salas para reuniões e outros eventos e um So Spa, verdadeiro altar à saúde e bem-estar.

Bairro Alto Hotel sugere almoços descontraídos no terraçoMesmo nos dias mais frios de outono, o Terraço do Bairro Alto Hotel continua a ser o local perfeito para degustar uma refeição leve ou para se deliciar com um cocktail enquanto desfruta de uma fantástica vista. Salada Caesar composta por peito de frango grelhado, alface, molho caesar, lardons de bacon, croutons e queijo parmesão é a sugestão fresca do Terraço para estes últimos dias de calor. Prego em bolo do caco e queijo da ilha e um hambúrguer de novilho com alface, tomate, queijo gruyére e batata frita são as propostas de pratos quentes. Para finalizar na perfeição, opte por creme brulée de alfazema ou brownie de chocolate com creme fraiche, duas deliciosas sobremesas que compõem a carta.

Com uma vista magnífica e música lounge, o Terraço do Bairro Alto Hotel proporciona a atmosfera perfeita para um almoço descontraído. Para que desfrute ao máximo, sugerimos que antes de começar a refeição se delicie com um mojito, considerado um dos melhores de Lisboa. Recentemente o Terraço foi considerado pela Fodor’s | Travel Intelligence um dos melhores Bares de Terraços de Hotel da Europa.

Emirates aumenta frequência de voos para a Jordânia A Emirates passou a voar duas vezes por dia, todas as sextas-feiras, para a Jordânia, melho-rando o acesso a um dos destinos turísticos mais populares no Médio Oriente. Amã, a capital da Jordânia, é uma das primeiras rotas da Emirates, estabelecida somente um ano após a inauguração da companhia aérea, em 1996. A Emirates opera 13 voos semanais para a Jordânia há já 25 anos. Um serviço iniciado apenas com três voos por semana, a que a companhia aérea adicionou um voo extra à sexta-feira, aumentando a frequência da ligação para 14 voos semanais.O 14.º voo semanal, o EK901, parte do Dubai às 07h25 e aterra em Amã às 09h20, numa

viagem de apenas três horas. O voo de regresso, o EK902, parte de Amã às 11h15 e aterra no Dubai às 15h10.Atualmente, a Emirates voa para Amã com os aviões Boeing 777-200, Boeing 777-300 e Airbus A330-200, oferecendo uma atraente va-riedade de entretenimento a bordo e a hospitalidade da sua tripulação internacional altamente qualificada.

Piscina do The Yeatman entre as 12 mais bonitas do mundoA revista Condé Nast Traveler, considerada a mais importante publicação de turismo e lazer do mundo, destacou a piscina do The Yeatman como uma das 12 melhores do mundo, sendo a única em Portugal mencionada na lista. A revista salienta o seu design em forma de decanter, em representação do conceito vínico do hotel, e as pano-râmicas vistas sobre o rio Douro e a cidade do Porto como principais atributos. Refere ainda o serviço de bar, que permite desfrutar de um copo de vinho, um cocktail ou das iguarias propostas pelo chef (Estrela Michelin) Ricardo Costa Com uma localização privilegiada, a piscina do The Yeatman proporciona uma vista magnífica sobre a cidade do Porto. O espelho de água debruça-se sobre o rio Douro, assumindo o papel de cartão de visita da cidade.

NEWS

FRONTLINE/9

BREVES

Philip Carruthers com novas funções Philip Carruthers, que assumiu a direção do Copa-cabana Palace quando o hotel foi comprado à família Guinle, passa a integrar, a partir de outubro, o Con-selho de Administração da companhia no Brasil.Nascido em Inglaterra, e naturalizado brasileiro, Philip Carruthers assumiu a direção do Copacabana Palace em 1989. Durante a sua gestão, o tradicional hotel, que este ano completou 89 anos, passou por uma sé-rie de reformas que permitiram que reconquistasse o glamour de antigamente, além de se tornar um dos negócios mais rentáveis do grupo Orient-Express em todo o mundo. A atual fase de reforma, que foi inteiramente ideali-zada e viabilizada por Philip, representa a fase final do projeto que levou mais de 20 anos a realizar. Andrea Natal, no Copacabana Palace, e Celso Valle, no Hotel das Cataratas, mantêm os seus cargos.

Corinthia Hotel Lisbon aderiu ao conceito Restaurant WeekO restaurante Típico do Corinthia Hotel Lisbon aderiu ao conceito Restau-rant Week e apresenta um menu específico da autoria do chef António Go-mes. O menu apresenta duas opções para escolha de entrada, prato principal e sobremesa, como o creme de bacalhau com vinagreta de pimentos ou o magret de pato fumado com vinagreta de framboesas, para entrada; o risotto de tamboril ou a pintada em duas texturas acompanhada com mousseline de batata trufada, como prato principal, e para sobremesa, a difícil escolha entre a trilogia de degustação ou o crepe de leite-creme crocante com frutas exóticas.Com esta iniciativa, os clientes do restaurante Típico poderão desfrutar da sua gastronomia e serviço a um preço muito atrativo de 20 euros, do qual um euro se destina a ações de beneficência.Após um curto intervalo durante o verão, o restaurante Típico volta agora a oferecer um completo buffet de almoço com uma vasta seleção de petiscos e especialidades portuguesas, saladas frescas e uma cuidada seleção de carnes e peixes frescos confecionados ao vivo e a gosto do cliente. Do buffet faz parte também uma variedade de doces e sobremesas confecionadas pela pastelaria do hotel, queijos, gelados e frutas frescas. Tudo isto está disponível por 29,50 euros por pessoa, com uma bebida incluída.

Lamborghini galardoada com prémio “La Bella Macchina” O presidente e CEO da Automobili Lamborghini, Stephan Winkelmann, recebeu recentemente o honroso prémio “La Bella Macchina”, atribuído pelo concurso italiano Hall of Fame, tendo sido assim destacado o seu formidável trabalho à frente da empresa de Sant’Agata Bolognese. O concurso é uma celebração anual do estilo italiano, promovido durante a semana Car Monterey Classic.Stephan Winkelmann é presidente e CEO da Automobili Lamborghini SpA des-de 2005 e implementou uma estratégia vencedora na afirmação dos desportivos V10 e V12, liderando o desenvolvimento e lançamento do Aventador LP700-4, bem como o investimento em novas tecnologias e o apoio ao crescimento da rede de concessionários. Esta atitude foi fundamental para a recuperação da em-presa, aumentando consideravelmente as vendas nos últimos sete anos.Para além deste prémio, atribuído durante a semana Car Monterey Classic, a marca foi ainda distinguida com o prémio Robb Report pelo seu relató-rio anual “Best of the Best”. O prémio é o culminar de um ano inteiro de pesquisa realizada pelos editores da revista, no mundo do luxo e dos novos produtos e serviços excecionais.

The Ritz-Carlton com mais uma unidade O The Ritz-Carlton, Vienna abriu as suas portas no passado dia 27 de agosto de 2012 com Mathias Vogt como diretor-geral. O primeiro hotel da The Ritz-Carlton Hotel Company, L.L.C., na Aústria, combinará 202 quartos e suítes, um restaurante, um lobby lounge, um bar e um terraço de cobertura com vistas deslumbrantes para a majestosa cidade.Os quartos e suítes apresentam decoração individual e vistas espetaculares para a cidade e para a praça. A Suite Presidencial é a maior das 43 disponíveis, com 190 metros quadrados, combinando arquitetura tradicional com decoração atual.O The Ritz-Carlton Club Lounge está localizado no sétimo andar e oferece um ambiente exclusivo, com check-in privado, bem como acesso a um bar para os hóspedes que ficam num quarto ou suíte inseridos na categoria Club.

The Mix do Hotel Farol Design distinguidoO Hotel Farol Design recebeu o Certificado de Excelên-cia 2012, atribuído pela reputada empresa norte-ameri-cana Trip Advisor, cujo website é considerado o melhor e maior do mundo em recomendações de viagens.O Certificado de Excelência deve-se ao alto padrão de qualidade dos serviços prestados aos seus clientes e às suas magníficas infraestruturas num ambiente único em cima do mar. A avaliação é feita tendo em conta o serviço, a qualidade, a qualidade do sono, o valor, a limpeza e a localização.

NEWS

10/FRONTLINE

Fundador da MSC Cruzeiros recebe prémio internacional Lifetime Achievement Award O proprietário e presidente do Grupo MSC, Gianluigi Aponte, recebeu recentemente o presti-giado prémio Cruise International Lifetime Achievement Award.O galardão, recebido em nome de Gianluigi Aponte, por Giulio Libutti, diretor-geral da MSC Cruzeiros no Reino Unido e Irlanda, foi entregue em Londres, durante a cerimónia dos 2nd Cruise International Awards, onde estiveram presentes figuras importantes do setor.Gianluigi Aponte fundou a MSC Cruzeiros no final de 1980. Em pouco mais de duas décadas, a sua empresa, que teve um começo modesto, cresceu rapidamente e tornou-se a quarta maior

companhia de cruzeiros do mundo, com uma frota ultramoderna composta por 12 navios – o 13.º, MSC Preziosa, será batizado em março de 2013 – e líder de mercado no Mediterrâneo, África do Sul e Brasil.O sucesso da MSC Cruzeiros é apenas uma parte de uma carreira notável que se estende por mais de 40 anos, visto que Aponte construiu um império global que domina não apenas um setor marítimo, mas vários.Nascido em Sorrento, Itália, Gianluigi Aponte começou sua carreira como comandante na empresa da família, que operava uma frota de barcos à vela no Mediterrâneo. Em 1970, após alguns anos na banca, lançou a Mediterranean Shipping Company (MSC) com a compra de um único navio. Sob a sua liderança, a MSC é agora a segunda maior transportadora de contentores do mundo. Emprega mais de 40 mil pessoas e opera uma frota de 441 navios de carga que servem 306 portos nos cinco continentes.

Hotéis Real renovam Parceria com ESHTE A ESHTE – Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril e o Grupo Hotéis Real lançam, pelo segundo ano consecutivo, a Pós-Graduação em Gestão de Espaços de Saúde e Bem-Estar-SPA.Trata-se de uma colaboração do Centro de Estudos de Turismo (CESTUR) e do Grande Real Villa Itália Hotel & SPA (Cascais), e destina-se a licenciados em Turismo, Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica, quadros técnicos e colaboradores de empresas que dese-jem aprofundar os seus conhecimentos nesta área em franca expansão.A pós-graduação surge no seguimento de o Plano Estratégico Nacional de Turismo ter considerado o Turismo de Saúde como uma das áreas em ascensão. O património termal português, o clima e a dimensão da costa marítima, mas também a crescente centralidade

da gestão proativa da saúde, materializada nos novos espaços SPA, sublinham a importância da existência de formação nesta área.Embora tenha uma parte teórica, dedicada à compreensão e domínio da área de Turismo de Saúde e Gestão Empresarial, esta forma-ção compreende também uma parte bastante prática, que terá lugar num dos spas de referência da Grande Lisboa, o Real SPA Marine, localizado no Grande Real Villa Itália.O Real Spa Marine constitui, de facto, o sítio perfeito para a parte prática desta pós-graduação. O seu luxuoso espaço de 1000 me-tros quadrados inclui equipamento de topo e uma equipa altamente especializada, fazendo deste um dos melhores spas da região da Grande Lisboa.

MercedesTrophy World Final 2012 Trinta e três equipas de todo o mundo, cada uma delas com três jogadores, via-jaram até Estugarda, entre os dias 13 e 18 de setembro de 2012, para decidir a melhor equipa nacional e o melhor jogador individual deste ano. O vencedor da Taça das Nações foi a equipa da Ásia Oriental, com um total de 195 pontos. Em segundo lugar ficou a equipa do Reino Unido, com 193 pontos, seguida pela equipa da Holanda, com 191 pontos. O Team Spirit Award, cujo vencedor foi selecionado pelos próprios participantes, foi entregue pelo embaixador da marca, Franz Be-ckenbauer, à equipa da África do Sul.Na classificação individual, os seguintes jogadores ganharam a MercedesTrophy World Final: com 63 pontos, Guy Sawyer, do Canadá, conseguiu a melhor classifi-cação global. Com 72 pontos, José Ressurreição, de Portugal, teve o melhor resul-tado na Categoria A. Na Categoria B, Hak Hyun Jung, da Coreia, com 75 pontos, e Wouder de Ruiter, da Holanda, recebeu as honras da Categoria C, com um total de 73 pontos.

GRANDE ENTREVISTACarlos Zorrinho

12/FRONTLINE

por Ana Laia

O líder parlamentar da bancada do PS, Carlos Zorrinho, em entrevista à FRONTLINE, afirmou que estamos perante “uma crise de enorme gravidade”, que já atingiu “os alicerces da confiança e da mobilização dos portugueses”.Na sua opinião, “o Governo focou todos os objetivos da sua governação no controlo do deficit público”, e para isso contou com “o apoio de uma maioria alargada na Assembleia da República e com o esforço e o sacrifício solidário dos portugueses”. Porém, o Governo escolheu “um caminho errado para atingir as metas”, e hoje, tal como conclui, “o país empobreceu, o desemprego disparou, a economia está asfixiada e o controlo do deficit não foi conseguido”.Para Carlos Zorrinho, “o centro do Governo não é o Conselho de Ministros, mas antes uma ‘troika interna’ centrada no Ministério das Finanças, por onde tudo passa e sem a qual nada se decide”. Perante esta situação, “os outros ministérios vão-se limitando a cumprir as ordens das Finanças”, sublinha.Neste momento, e tal como salienta o líder parlamentar da bancada do PS, “Portugal precisa de visão e estabilidade”, e as crises políticas são sempre algo a evitar. Assim, se a queda/demissão do Governo se viesse a confirmar, seria “um péssimo sinal”. Mesmo assim, o PS está a construir “uma alternativa que implica uma mudança de paradigma e uma regeneração da forma de fazer política e de fomentar a cidadania e a participação”.

“A COLIGAÇÃO EM FUNÇÕES AFUNDOU O PAÍS COM UMA RECEITA DE AUSTERIDADE PELA

AUSTERIDADE”

GRANDE ENTREVISTACarlos Zorrinho

FRONTLINE/13

GRANDE ENTREVISTACarlos Zorrinho

14/FRONTLINE

Na qualidade de líder parlamentar da bancada do PS, que comentário faz à atual crise económica, polí-tica e social em que Portugal está mergulhado? É uma crise de enorme gravidade porque atingiu já os alicerces da confiança e da mo-bilização dos portugueses, sem os quais é impossível inverter o ciclo negativo que o nosso país está a atravessar.Portugal, sendo uma economia aberta, foi fortemente afetado pela crise das dívidas soberanas. Uma estranha e oportunista co-ligação de oposições aproveitou esse mo-mento difícil (que deveria ter sido de unida-de nacional) para derrubar o Governo em funções e provocar eleições. Depois disso o PSD e Pedro Passos Coe-lho venceram as eleições antecipadas com promessas de não aumento de impostos e de redução do esforço pedido aos portu-gueses. Essas promessas foram abandonadas logo que os vencedores foram empossados em coligação com o CDS.A partir daí uma agenda ideológica obsessi-va de empobrecimento foi posta em prática. Portugal abandonou a aposta na qualificação social, económica e territorial, e o tecido económico e social foi dizimado.A nossa atitude na União Europeia passou a ser de subserviência absoluta aos interesses da senhora Merkel, que usa e abusa do pre-

tenso “sucesso” do caso português para adiar as reformas necessárias na União Eu-ropeia em geral e no seio do Eurogrupo em particular.A coligação em funções afundou o país com uma receita de austeridade pela austeridade e ignorou os sucessivos avi-sos que o Partido Socialista foi fazendo. O espetro duma espiral recessiva tornou--se realidade. É no meio desse turbilhão que estamos, no momento em que respon-do a esta entrevista.

Afirmou recentemente que “o PSD procura desviar as aten-ções dos portugueses do falhanço que tem sido a sua governação”. A que se refere em concreto? Em que é que, na sua opinião, o Go-verno falhou?O Governo focou todos os objetivos da sua governação no controlo do deficit público. O controlo do deficit orçamen-tal é importante para cumprir as metas do memorando assinado com a troika. O Governo contou com o apoio de uma maioria alargada na Assembleia da Repú-blica e com o esforço e o sacrifício soli-dário dos portugueses.O Governo escolheu, no entanto, um ca-minho errado para atingir as metas. Não se centrou numa reorientação e con-

GRANDE ENTREVISTACarlos Zorrinho

FRONTLINE/15

trolo da qualidade da despesa para dina-mizar o crescimento e o emprego, mas antes aproveitou para impor uma agenda errada de desvalorização fiscal, esmaga-mento da procura interna e de compe-tição externa pela precariedade e pelos baixos salários.O resultado está hoje à vista. O país em-pobreceu, o desemprego disparou, a eco-nomia está asfixiada e o controlo do deficit não foi conseguido. É hoje evidente que o Governo falhou. Tem obrigação de apren-der com os erros e arrepiar caminho. Insis-tir nesta receita será puro fanatismo ideo-lógico e experimentalismo intolerável.

O que quer dizer quando afirma que “o Governo deixou de gover-nar para passar a fazer oposição partidária”? O Governo está a de-sempenhar mal as suas funções ou, por outro lado, deixou sim-plesmente de governar?Todos já percebemos que o centro do Governo não é o Conselho de Ministros, mas antes uma “troika interna” centra-da no Ministério das Finanças, por onde tudo passa e sem a qual nada se decide. É sintomático que uma decisão tão im-portante como o modelo de eventual privatização da RTP tenha sido anunciada por um pilar dessa “troika”.

Neste contexto, os outros ministérios vão-se limitando a cumprir as ordens das Finanças. É aflitivo ver personalida-des conceituadas, que exercem cargos fundamentais na Educação, na Saúde ou na Segurança Social, a serem meros operadores da tesoura das Finanças. Os ministros mais técnicos silenciam-se. Os outros, para fazer prova de vida, tendem a fazer discursos de oposição à oposi-ção, já que a narrativa própria não lhes é permitida.

Na sua opinião, a coligação PSD/CDS-PP foi um fracasso? Porquê?Os episódios decorrentes do anúncio e do recuo na aplicação de novas regras na Taxa Social Única (TSU) revelaram publicamen-te o que já parecia evidente a quem lida diariamente com o processo de decisão política. A coligação PSD/CDS-PP é um ne-gócio de partilha de poder e não tem uma visão ou um projeto para Portugal.Quero no entanto deixar claro que a coligação tem legitimidade política para governar. Não desejo o seu fracasso. A experiência já vivida não foi boa, mas desejo para o futuro que a avaliação dos erros cometidos permita à coligação, com mais ou menos Conselhos Coorde-nadores, estar à altura dos desafios que Portugal enfrenta.

Mas teria sido possível atingir as metas do Memorando seguindo outro caminho?Um ano a ouvir falar e a sofrer as con-sequências das decisões das Finanças, da aplicação de modelos e taxas, da execu-ção de cortes e ajustamentos, fez de cada português um potencial especialista em economia, ou pelo menos no jogo de ex-petativas e apostas em que ela se parece ter transformado. A economia global do século XXI tem uma componente virtual muito forte e não pode ser estancada em fronteiras territoriais, mas o facto de termos que li-dar com novas variáveis e condicionantes económicas não nos deve fazer esquecer das coisas simples e básicas que dão es-trutura à ciência económica.A economia estuda a afetação de recursos escassos a fins alternativos, ou seja, tem uma forte base tangível em que a gestão da oferta e da procura e o ajustamento das suas dinâmicas é um processo essencial. O trabalho e o capital combinam-se para gerar riqueza. Essa riqueza remunera os recursos e determina a sua afetação e dis-tribuição. As boas políticas públicas devem facilitar a otimização do uso dos recursos e introduzir fatores de moderação e regu-lação, como a sustentabilidade económica (manutenção do potencial produtivo) so-

“TODOS JÁ PERCEBEMOS QUE O CENTRO DO GOVERNO NÃO É O

CONSELHO DE MINISTROS, MAS ANTES UMA ‘TROIKA INTERNA’ CENTRADA

NO MINISTÉRIO DAS FINANÇAS”

O que quer dizer quando afirma que “o Governo deixou de governar para passar a fazer oposição partidária”? O Governo está a desempenhar mal as suas funções ou, por outro lado, deixou simplesmente de governar?

GRANDE ENTREVISTACarlos Zorrinho

16/FRONTLINE

e quem sabe, aparentemente, não teve poder para lhe explicar. Sim, havia e há outro caminho.

E quanto ao desempenho dos mi-nistros, concorda com a afirma-ção de que “fazem falta cabelos brancos neste Governo”? Porquê?O bom senso e a capacidade política não se medem em mais ou menos cabelos brancos, mas a prática tem evidenciado que o Governo está desequilibrado na sua orgânica e tem evidentes erros de casting. Para um observador atento, o centro do Governo parece frágil e sente-se um certo deslumbramento pelo acesso ao poder. Concordo que um pouco mais de tarimba política no elenco governamen-tal, sobretudo de personalidades com “memória” política e ideológica, poderia minimizar o aventureirismo experimen-talista que tem inspirado as grandes op-ções da governação.

A queda/demissão do Governo é uma solução?O Governo tem uma maioria clara na As-sembleia da República. As crises políticas nunca são desejáveis. Será um péssimo sinal se a queda/demissão do Governo se vier a revelar a melhor solução antes do final da legislatura.

cial (nível de equidade) e ambiental (pre-servação do acesso aos recursos e da qualidade de vida).É por este motivo que uma economia saudável tem que gerar crescimento e emprego. As empresas e as instituições não criam diretamente empregos. Con-tratam pessoas para satisfazer necessi-dades. Se essas necessidades não existi-rem ou quem as tem não as puder pagar, os empregos tornam-se virtuais e a re-cessão inevitável.O equilíbrio das contas públicas em Portugal dificilmente poderia ser feito sem uma contração da procura interna (sobretudo pública), compensada den-tro do possível por um acréscimo das exportações (procura externa). Estas duas variáveis económicas tinham que ter sido geridas em malha fina e com grande sensibilidade. Infelizmente isso não aconteceu. Não aconteceu porque a economia foi (voluntariamente?) esquecida e empur-rada para debaixo do tapete (ou enga-vetada na Horta Seca). O ajustamento foi feito pela via financeira, assumindo o empobrecimento brutal do país, a asfixia da sua economia e a destruição do ren-dimento das famílias. Vítor Gaspar pode saber muito de finanças, mas não sabe ou não quer saber o que é a economia,

“AS CRISES POLÍTICAS NUNCA SÃO DESEJÁVEIS. SERÁ UM PÉSSIMO SINAL SE

A QUEDA/DEMISSÃO DO GOVERNO SE VIER A REVELAR A MELHOR SOLUÇÃO ANTES

DO FINAL DA LEGISLATURA”

A queda/demissão do Governo é uma solução?

GRANDE ENTREVISTACarlos Zorrinho

FRONTLINE/17

De que precisa Portugal neste momento?Portugal precisa de visão e estabilidade. A estabilidade por si só é um valor incom-pleto. A estabilidade na mediocridade ou na ausência de soluções torna-se foco de estagnação e de desesperança. Por isso é importante recuperar uma perspetiva am-biciosa de posicionamento económico e político de Portugal no mundo.Um país de média dimensão, bem rela-cionado, multicultural e com uma loca-lização geoestratégica privilegiada deve assumir-se não como uma periferia ir-relevante da União Europeia, mas antes como uma ponte entre potências regio-nais, fazendo da rede e da combinação criativa uma fonte de criação de riqueza.É um logro pensar que Portugal poderá competir com base em baixos salários pela simples razão de que a nossa efici-ência e produtividade na replicação ja-mais será comparável à de outros povos com um quadro cultural diferente.Os portugueses são criadores, inven-tores, inovadores. Ou valorizamos isso cá dentro ou, como aconteceu noutros momentos da nossa história, partiremos para a diáspora. Já houve quem neste Governo considerasse a emigração em massa uma solução. Eu não me resigno a esse caminho.

Alguma vez imaginou que a situ-ação do país chegasse a um ponto tão delicado? Em boa verdade não antevi que o egoísmo europeu pudesse pôr em causa, como está a colocar, a matriz essencial de so-lidariedade que presidiu ao aprofunda-mento da União Europeia e à criação da União Monetária.Portugal teve a dupla infelicidade de enfren-tar essa quebra de solidariedade europeia, tendo em funções um Governo que não luta contra as imposições externas, mas an-tes usa as dificuldades para moldar o país de acordo com a sua matriz ideológica.No entanto, confesso que já estive mais pessimista. Há bons sinais que nos chegam das instituições europeias. Quando o Go-verno português ficar a falar sozinho no plano nacional, e sobretudo no plano euro-peu, como aconteceu com o não apoio ao importante reforço do Mecanismo Euro-peu de Estabilidade (MEE), ninguém lá fora ou cá dentro lhe vai dar ouvidos. Há outro caminho, e mais cedo ou mais tarde por ele voltaremos a confiar e a acreditar.

Na oposição e perante o atual ce-nário, quais são as prioridades?O Partido Socialista tem pautado toda a sua ação pela conjugação de duas ideias fortes: responsabilidade e alternativa.

Do maior partido da oposição com a história e a obra realizada ao longo de décadas pelo PS, os portugueses esperam responsabilidade, e o PS tem sido abso-lutamente responsável, só não podendo evitar que a deriva ideológica obsessi-va do Governo tenha levado o PSD e o CDS-PP a afastarem-se cada vez mais do PS e das soluções necessárias para o país.Foi em nome da responsabilidade que nos abstivemos na votação do OE para 2012. O Governo teve todas as condi-ções nacionais e internacionais para atin-gir as metas da consolidação orçamen-tal sem flagelar as famílias e a economia. Infelizmente, escolheu outra política que se tem vindo a revelar desastrosa.Face ao falhanço do Governo, a formu-lação da alternativa ganhou uma especial urgência, sem que no entanto possa ser apresentada de forma precipitada. Os portugueses já mostraram que não que-rem mais alternância nem mais do mes-mo. O novo ciclo não pode ser uma mera rotação política, ainda que inspirada em diferentes valores. O PS está a construir uma alternativa que implica uma mudan-ça de paradigma e uma regeneração da forma de fazer política e de fomentar a cidadania e a participação.A relação entre os partidos e a sociedade é uma das questões chave da democracia

GRANDE ENTREVISTACarlos Zorrinho

18/FRONTLINE

e, em Portugal, ela ganha particular acui-dade com o clamor de descontentamen-to que os portugueses têm demonstrado em relação à governação. É fundamental que partidos políticos e movimentos so-ciais assumam a sua complementaridade. Para o PS, dar voz institucional ao senti-mento das pessoas e proporcionar a sua participação ativa no desenho das solu-ções é uma prioridade forte.

Portugal e os portugueses aguen-tam mais austeridade?Esta pergunta não pode ser respondida de forma global. Muitos portugueses já não aguentam a austeridade que têm. Outros poderão fazer mais sacrifícios, mas a questão essencial é saber se a par-tir dum determinado limite a austeridade é parte da solução ou parte do problema. Da análise do comportamento das va-riáveis macroeconómicas, conclui-se facilmente que para além de provocar um sofrimento escusado, a austerida-de excessiva esmaga a procura, destrói emprego e não contribui para resolver os problemas estruturais da nossa economia.

Como analisa o papel do Presi-dente da República nesta conjun-tura. Está de acordo com a sua postura?O Presidente da República tem um pa-pel institucional fundamental que se tor-na determinante em momentos de cri-se económica e social, com reflexos na estabilidade política. Nem sempre tenho concordado com o timing e o tom da in-tervenção do Presidente da República, mas respeito a sua magistratura. No pla-no do modelo económico para enfren-tar a crise, os seus contributos e avisos têm sido muito assertivos no último ano, embora pouco escutados pelo Governo, o que é pena.

O quem tem a dizer àqueles que acusam o PS de “deriva de radi-calismo político” e de “fugir” às suas responsabilidades?Radicais são aqueles que fazem do povo português uma cobaia para experimenta-

A taxa de desemprego em Por-tugal é realmente assustadora e preocupante. O que há a fazer para alterar esta tendência?Como disse antes, nenhuma empresa cria emprego se não tiver mercado, e nenhuma instituição o deve criar se não tiver uma necessidade socialmente re-conhecida a que tem que dar resposta.Só com uma política que favoreça o crescimento e introduza financiamento na economia, através do crédito seleti-vo e do rendimento disponível, é possí-vel voltar a criar sustentadamente em-prego de qualidade.Esta constatação não é incompatível com o controlo do deficit. As políticas de crescimento devem potenciar a pro-cura interna e as exportações. No pla-no competitivo estas duas prioridades complementam-se e são pilares dum ciclo de resposta pelo valor acrescen-tado, alternativo ao modelo de baixos salários e baixo nível de consumo pre-conizado pelo Governo.

A redução da TSU contribuirá, tal como o Governo quer fazer crer aos portugueses, para uma diminuição da taxa de desem-prego?Todos os estudos mostram que não, ou que se houvesse um contributo, ele se-ria meramente residual. De facto, apenas 10% do emprego em Portugal é criado pelas empresas exportadoras, e nessas o fator salarial é apenas 20% da forma-ção do custo de produção. Nas restantes empresas, a aplicação do modelo Passos/Gaspar para a TSU, agora abandonado, pode dar uma ajuda de tesouraria, mas esmaga a procura. Dá com uma mão e tira com a outra. Ficamos todos mais pobres e não ganhamos nada com isso. É uma peça liminar da estratégia de em-pobrecimento do país, que felizmente a oposição, os parceiros sociais e os cida-dãos impediram que se concretizasse. Mas importa ficar atento porque o Go-verno não desistiu de nos empobrecer. Importa ainda esclarecer que a modifica-ção proposta para a TSU não tinha uma

lismos académicos. O PS assume a res-ponsabilidade de, respeitando os com-promissos assumidos, propor as melho-res soluções para o país, que têm uma dimensão nacional, mas também uma di-mensão local e uma dimensão europeia.O Governo, além de falhar no seu pata-mar de governação, tem vindo a asfixiar o poder local e a minimizar a participação do país nos fóruns de decisão europeus e globais. É um Governo merceeiro, apenas preocupado com os negócios de curto prazo e nem sempre com as prioridades que mais interessam à comunidade.Se alguém foge às suas responsabilidades é a coligação PSD/CDS-PP. Qualquer lei-tura rápida do seu programa eleitoral, e mesmo do programa de governo, eviden-cia o logro que é a governação quotidiana.

Votar contra o Orçamento do Estado para 2013, tal como já foi anunciado por António José Seguro, é uma solução ou, pelo contrário, é uma obrigação para com os portugueses? Será este o início para uma mudança de es-tratégia por parte do Governo?É uma obrigação. Este é o tempo de di-zer basta. Já todos, exceto o Governo (ou parte dele), perceberam que a aus-teridade, custe o que custar, não é solu-ção para Portugal. Como disse antes, não tem sido o PS a afastar-se da linha de responsabilidade em que se posicionou na oposição. Tem sido o Governo que tem vindo a extre-mar as suas posições até ao intolerável. O PS avisou várias vezes do risco de, como afirmou António José Seguro, ser ultrapassada a linha que separa a dignida-de da imoralidade. Na TSU o Governo ultrapassou essa li-nha e foi obrigado a recuar pela indigna-ção popular e pela oposição firme do PS e dos parceiros sociais.Noutros domínios também deveria arre-piar caminho, mas não arrisco prever qual o limite da teimosia que inspira o primeiro--ministro e os seus conselheiros financei-ros mais próximos na sua saga pelo empo-brecimento (dito competitivo) do país.

GRANDE ENTREVISTACarlos Zorrinho

FRONTLINE/19

GRANDE ENTREVISTACarlos Zorrinho

20/FRONTLINE

témica dos desafios que se colocam ao país no contexto da nova economia glo-bal. Tenho a honra de ocupar uma função que grandes personalidades já desempe-nharam. Estar à altura da confiança que em mim foi depositada é um desafio difí-cil mas estimulante.

E as maiores dificuldades?Mais do que uma dificuldade, o mais frus-trante na liderança de uma bancada que, representando a alternativa, se confron-ta com uma maioria absoluta inflexível e dogmática, é ver cair democraticamente projetos e resoluções que constituiriam soluções positivas e construtivas para as dificuldades que o país atravessa.Por outro lado, também não é fácil manter sempre com firmeza o princí-pio de não propor ou votar nada na oposição que não pudéssemos concre-tizar se fôssemos Governo. É complica-do não apoiar medidas justas mas invi-áveis no atual quadro económico com que nos confrontamos. Também neste desafio de tenacidade e credibilidade tenho contado com uma enorme com-preensão e solidariedade da esmagado-ra maioria da bancada.

Qual o seu maior receio para um futuro próximo?Portugal é uma nação milenar, com uma história muito rica e cheia de momentos difíceis que sempre fomos capazes de ul-trapassar.Eu tive a sorte de pertencer a uma geração que cresceu com a liberdade e que teve enormes oportunidades para se realizar e procurar ser feliz.O meu maior receio é que um conjunto de equívocos e de infelicidades circuns-tanciais retirem à geração dos meus fi-lhos as condições que a minha geração beneficiou. A geração que cresceu com abril tem um enorme desafio imediato.Temos que ser capazes de convergir no essencial, para não entregarmos aos nossos filhos um país menos próspero e atrativo do que aquele que recebemos. É uma tarefa ciclópica, mas que considero absolutamente primordial.

ligação direta com o controlo do deficit, mas antes com a criação de condições mais competitivas para as empresas. Não é por isso legítimo substituir a TSU por no-vos impostos. Ela deve ser substituída por medidas de apoio à atividade económica e empresarial e não por mais austeridade.

Considera possível que, em ter-mos de serviços, exista uma di-minuição nos preços depois da aplicação desta medida?Os níveis de concorrência nos serviços mais importantes em Portugal não é muito elevado, pelo que o reflexo nos preços finais de medidas de redução dos custos não é imediato e depende da po-lítica comercial de cada operador. As políticas públicas que reduzam custos operacionais aos operadores que não es-tão sujeitos a concorrência externa, em meu entender, devem ser, sempre que possível, acompanhadas de acordos ou pactos com o Governo para garantir a devolução aos contribuintes daquilo que tiver sido originado pelo seu esforço. Mas um Governo que apresentou a TSU sem antes reunir com os parceiros sociais, o que é inaceitável, dificilmente teria a sen-sibilidade para fazer uma otimização nego-cial e uma validação prévia dos seus efeitos com os diversos agentes de mercado.O fracasso precoce desta medida deve constituir uma lição para a futura ação do Governo.

Já não é tempo de vermos alguns cortes na despesa do Estado? Ou os sacrifícios têm de ficar unica-mente do lado dos contribuin-tes? Onde é necessário cortar em primeiro lugar?O Governo foi muito ágil, embora não eficiente, a reduzir a orgânica do Alto Governo, mas não conseguiu eliminar em profundidade as estruturas excessivas da máquina administrativa e focar o serviço público na qualidade das prestações.Importa no entanto salientar que o defi-cit é um balanço entre receita e despesa. O corte da despesa pública é sobretudo eficiente se tiver reflexos no incremen-

to do investimento e da despesa privada que gera direta ou indiretamente recei-ta pública.A execução orçamental tem demons-trado que a principal derrapagem é da receita originada pela dinâmica econó-mica. Quanto mais essa dinâmica for as-fixiada, maiores serão as dificuldades de sustentação da nossa economia.

Enquanto líder parlamentar da bancada do PS, quais são os maiores atrativos da função que representa?Presidir a uma bancada parlamentar que representa a alternativa e a esperança de um futuro melhor para Portugal, é uma enorme responsabilidade e um grande privilégio.Tenho procurado criar condições favo-ráveis para que as propostas políticas do PS sejam robustas e para que os de-putados possam exercer em plenitude o seu mandato de representação.Por outro lado, tenho também procura-do potenciar a valorização coletiva do trabalho político e ajudar a consolidar o projeto do PS como o projeto desejável para o país, afirmando em simultâneo o seu secretário-geral como o primeiro--ministro do novo ciclo da governação em Portugal. Tenho dado a estas funções o melhor de mim próprio, com a forte convicção de que aquilo que defendo é também o melhor para o meu país. Para isso conto com uma bancada de grande qualidade técnica e política e com uma direção e uma equipa de coordenadores setoriais e regionais com grande preparação.Tenho também contado com grande solidariedade e apoio de António José Seguro, que me formulou o convite para me candidatar à presidência do Grupo Parlamentar, e dos órgãos nacionais, dis-tritais e locais do partido, bem como de muitos cidadãos, militantes ou não do partido, que através de contacto direto ou das redes sociais me ajudam diaria-mente com as suas críticas e sugestões.Presidir a uma bancada parlamentar é um exercício único de compreensão sis-

GRANDE ENTREVISTACarlos Zorrinho

FRONTLINE/21

OPINIÃOJosé Caria

22/FRONTLINE

[email protected]

Ainda recentemente fui confrontado com uma história que ultrapassa os limites do aceitável, ainda mais quando fere a pedra basilar que deveria ser o sistema educativo. O agrupamento de escolas Carlos Gargaté, na Charneca da Caparica, resolveu lançar um projeto-piloto para os alu-nos do 1.º ciclo, acreditando de tal forma nas suas virtudes que a primeira preocupação foi escondê-lo dos pais e da comunidade escolar. Sintomático… Mas a tentativa não foi bem sucedida, a direção da escola tentou então passar a ideia de que era um projeto imposto pelo Ministério da Educação, o que na realidade também se veio a revelar como uma falsidade. Para além do mais, e de acordo com alguns juristas, o projeto não só está ferido na sua legali-dade, como se veio ainda a descobrir que afinal já não se aplicava de igual para todos os alunos. É que na pressa da sua execução, nem aspetos como ter professores a serem professores dos próprios filhos foram salvaguardados.Porque é que tudo isto acontece? Apenas porque a escola tem um contrato de autonomia e para preservar essa auto-nomia (e quiçá apostar na promoção pessoal de alguns dos seus quadros) tem de fazer “alguma coisa”. E depois, quem avalia, com a mesma superficialidade, até acha que a escola fez “alguma coisa”, só porque lançou um projeto-piloto. Mes-mo que daí resulte prejuízo para os seus alunos.Olhemos para este exemplo e olhemos para quem go-verna o país: salvaguardando as devidas proporções, a trapalhada, a incompetência, a falta de transparência, o desrespeito pelas pessoas e a defesa dos interesses pes-soais mudam assim tanto? Afinal a raiz do mal é muito mais profunda do que imaginávamos.

“ESTAMOS ATOLADOS NUM CHARCO DE MEDIOCRIDADE, A VER UM PAÍS DEFINHAR PERANTE A

INCONGRUÊNCIA, A DESORIENTAÇÃO TOTAL, A MENTIRA, O DESRESPEITO E A MILITANTE IGNORÂNCIA”

A RAIZ DO MALPercebi agora que o sentimento que mais domina todos os portugueses já não é a revolta, mas sim um misto de perplexidade e de apatia, como quem diz: “como pude-mos chegar aqui?”.Estamos atolados num charco de mediocridade, a ver um país definhar perante a incongruência, a desorientação to-tal, a mentira, o desrespeito e a militante ignorância de quem tem responsabilidades de nos governar. Não é uma ameaça à democracia, como muitos querem fazer crer, é antes um descalabro geracional, profundo e que infeliz-mente já não se confina à classe política, mas cruza trans-versalmente toda a sociedade portuguesa. E se olharmos com atenção os exemplos que os políticos nos dão, tam-bém os vemos todos os dias, em muitas empresas, em organismos públicos, nas escolas, nas nossas chefias, até no indivíduo que se senta ao nosso lado.A raiz do mal é muito mais profunda do que alguma vez poderíamos imaginar, mas é sobretudo o resultado da ação de uma classe política que, anos a esta parte, tem vindo sistematicamente a tentar destruir as elites deste país, considerando-as uma ameaça ao status quo vigente, convivendo – e aí sim, com uma encenação de exaltação democrática – com uma esquerda ideologicamente ul-trapassada, uma direita que nunca existiu e resquícios de uma intelectualidade moribunda. E neste entretanto Portugal definha, num constante devir de gerações amorfas que têm vindo a contaminar todo o tecido social e nos arrastam para um abismo civilizacional. Porque só agora percebemos que é nos pequenos exemplos que compreendemos a profundidade desta raiz do mal.

..

OPINIÃO Isabel Meirelles

FRONTLINE/23

Advogada, especialista em Assuntos Europeus

“HÁ QUE APROVEITAR AS INSTITUIÇÕES EUROPEIAS EXISTENTES E TRANSFERIR A AUTORIDADE FINANCEIRA REGULATÓRIA

NO QUADRO DOS ATUAIS TRATADOS”

COMO ULTRAPASSAR A CRISE DO EUROHouve um tempo em que ninguém falava ou se interessava pelas questões da União Europeia, nem em termos académicos nem muito menos mediáticos. Como refere o aforismo popular, não há fome que não dê em fartura, pelo que, há pelo menos dois anos, não se fala de outra coisa pela prosaica razão de que, para além de as questões em presença serem graves, nos passaram a tocar, de forma angustiantemente quotidiana, no nível de vida e do nosso bem-estar.Por isso os teóricos tentam ajudar os decisores elaborando so-luções múltiplas e variadas, normalmente vertidas em relatórios de grande densidade conceptual, o que não ajuda o leigo fora da matéria, por mais letrado que seja, nem provavelmente a generali-dade dos decisores políticos. Nesta linha encontramos o relatório do grupo Tommaso Padoa-Schiopa, saído do grupo do think thank Notre Europe, que tem como mentores personalidades maiores da construção europeia, como Jacques Delors ou Helmut Schmidt.Neste relatório mencionam-se elementos que não constam no debate político habitual, designadamente quando se expende a ideia da conceptualização da União Económica e Monetária, em que os seus criadores consideraram que esta não necessitaria da – agora considerada primordial – união fiscal, dado que a liberdade de circulação de mercadorias, serviços e capitais, deveria, a prazo, eliminar as disparidades existentes entre países e regiões da União Europeia, capaz de suportar uma moeda igual para todos, dispen-sando assim autoridades de regulação económica, numa crença inabalável na economia de mercado.Porém, a realidade dos factos demonstrou que esta premissa se revelou errónea e agora há que colmatá-la através de um denomi-nado federalismo fiscal que implica, necessariamente, um aprofun-damento da união política europeia.Uma das propostas deste relatório é a criação de uma Agência Europeia de Dívida (EDA – European Debt Agency), uma autori-dade orçamental com possibilidade de financiamento dos Estados em dificuldade até 10% dos seus respetivos PIB. Em conformidade com o princípio de que a soberania termina quando cessa a solva-

bilidade, esta Agência poderia, no caso dos países submetidos a fortes pressões dos mercados, permitir o acesso a um sistema suplementar de tranches. Contudo, para obter deste organis-mo um financiamento superior a 60% do PIB, o país em causa deveria aceitar uma transferência maior da sua soberania or-çamental ou empreender uma restruturação metódica da sua dívida, supervisionado, neste caso, por um ministro das Finan-ças da zona euro. Propõe-se ainda que a ação da Agência seja controlada por um comité misto, composto por 34 membros dos parlamentos nacionais e 17 deputados europeus.Outras medidas propostas por este relatório implicam uma união bancária da União Económica e Monetária, bem como uma autoridade de supervisão bancária única no âmbito desta e, ainda, um fundo de depósito bancário europeu que disporia de capacidade para a resolução de crises.Contudo, mantém-se um problema jurídico dificilmente ultra-passável e que tem a ver com os constrangimentos do Tratado da União Europeia, mesmo com a última alteração introduzida pelo Tratado de Lisboa. Se, no caso da união bancária, o artigo 127.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia prevê que a Comissão determine funções adicionais para o Banco Central Europeu, já no caso de uma nova Agência e de um ministro dos Negócios Estrangeiros, seria necessário um novo Tratado Intergovernamental a 17, assinado e ratificado por todos os Estados-membros da zona euro.O que me parece, contudo, desta proposta, é que ela é de-masiado enviesada e cria mais um organismo supranacional, que ninguém sabe como vai funcionar. Na minha perspetiva, as soluções para serem exequíveis têm de ser simples, e assim há que aproveitar as instituições europeias existentes e trans-ferir a autoridade financeira regulatória no quadro dos atuais tratados, sob pena de se continuar a marcar passo em discus-sões políticas infindáveis, ao sabor de ideologias antagónicas e de calendários eleitorais, com opiniões públicas cada vez mais efervescentes e instáveis.

24/FRONTLINE

Docente da ENSP UNL

OPINIÃOAdalberto Campos Fernandes

“A REORIENTAÇÃO GLOBAL DO SISTEMA DE SAÚDE CONSTITUI UMA OPORTUNIDADE PARA CONJUGAR AS ESTRATÉGIAS DE SAÚDE COM

NOVOS MODELOS DE ORGANIZAÇÃO”

quem internamentos hospitalares inadequados e pro-longados, com consequências sobre os doentes e a qualidade da resposta do sistema no seu conjunto. Não raras vezes somos confrontados com o registo de abandono de doentes idosos em instituições hos-pitalares, numa demonstração clara daquilo que são hoje os problemas de desestruturação familiar e de rotura dos mecanismos de suporte social.O peso das doenças crónicas sobrepõe-se, fortemen-te, à doença aguda, condicionando a tipologia de res-posta e impondo uma rápida adaptação dos sistemas de saúde para uma organização mais fundada na capi-laridade, na proximidade e no trabalho em rede.Neste contexto, a reorientação global do sistema de saúde constitui uma oportunidade para conjugar as estratégias de saúde com novos modelos de organi-zação que tenham em conta a eficácia das respostas requeridas. A questão central passa por consciencializar todos os intervenientes no processo de que a repartição dos recursos, para ser solidária, tem de ter em conta escolhas baseadas na definição criteriosa de priori-dades. Neste sentido a expressão “think global act locally” ganha espaço ao estimular a indispensável in-tegração de cuidados fundamental para que o cidadão possa vir a ser a centralidade do sistema.

ENVELHECIMENTO E SAÚDE

Nos países desenvolvidos tem vindo a ser identificado, nos últimos 50 anos, um padrão de evo-lução demográfica caracterizado por uma “marcha silenciosa” a caminho de uma sociedade mais enve-lhecida e mais pobre.Em Portugal, desde o início da década de 90, registou--se um aumento de 35% na população com idade igual ou superior a 65 anos e uma diminuição superior a 20% dos jovens e das crianças com idade inferior a 25 anos. Num prazo de 50 anos, é previsível que a popu-lação com idade superior a 65 anos represente o do-bro do que se verifica atualmente, com as inevitáveis consequências sobre os sistemas de proteção social.É importante ter em conta que o aumento da chama-da “terceira idade” não resulta, primordialmente, do aumento da esperança média de vida, mas antes da conjugação com outro fator, muito importante, que é o declínio muito acentuado da natalidade.A transformação demográfica registada não tem sido acompanhada pela indispensável alteração dos mode-los de resposta às necessidades deste complexo mo-saico social. Perante as dificuldades individuais e das famílias e a falha dos sistemas de proteção e apoio so-cial, o sistema de saúde é, em muitos casos, chamado a garantir, supletivamente, respostas do “tipo social”.Esta dificuldade faz com que muitas vezes se verifi-

OPINIÃOLuís Mira Amaral

FRONTLINE/25

Professor de Economia e Gestão - IST

OPINIÃOAdalberto Campos Fernandes

Há dois anos discutíamos no Fórum para a Competitividade a desvalorização fiscal (fiscal devalua-tion, que no rigor da tradução devia ser desvalorização orçamental), na base dum excelente paper feito pela Universidade Nova.A ideia era reduzir as contribuições patronais para a Segu-rança Social (TSU), o que faria diminuir os custos salariais sem baixar os salários, compensando essa redução na re-ceita através dum aumento do IVA a ser afeto à Segurança Social, o que levaria a uma redução de consumo e, indire-tamente, das importações. Isto teria efeitos semelhantes às conhecidas desvalorizações do escudo que estimula-vam as exportações e reduziam as importações. Na altura, o défice externo era 10% do PIB!Na Dinamarca não há contribuição patronal para a Segu-rança Social. Tal é feito pelo IVA social.Já então tínhamos consciência de que isto deveria ser fei-to apenas para os bens transacionáveis, nos quais se in-cluem as empresas exportadoras. As regras comunitárias poderiam não aceitar essa discriminação. Se assim fosse, seria necessário introduzir um forte controlo dos preços e a sua redução em grandes empresas dos não transacio-náveis, para que elas, instaladas no mercado doméstico, não aumentassem as margens de lucro.Eduardo Catroga, em nome do PSD, introduziu o tema na troika contra a vontade do então Governo PS… Entretanto, o IVA foi sendo aumentado, não para, em nome da competitividade, financiar a redução da TSU, mas sim para tapar os buracos públicos… O novo Go-

verno PSD-CDS/PP não implementou a desvalorização fiscal que a troika queria e o PSD tinha sugerido…Como antecipei, o Governo ia falhar a meta do défice público e apresentar-se-ia à troika sem um plano B… Per-cebe-se que esta acaba por impor agora a desvalorização fiscal para todas as empresas, só que à custa do finan-ciamento pelos trabalhadores na sua contribuição para a TSU. Mas neste momento, a balança corrente com o exterior já está quase em equilíbrio… Mesmo que não vá criar empregos, a medida pode ser positiva para as em-presas exportadoras e para aliviar a asfixia da tesoura-ria de muitas PME, reduzindo a destruição de emprego e dando alguma folga à competitividade. Contudo, nas PME expostas ao mercado doméstico, a redução do consumo provocado pelo aumento dos impostos sobre os tra-balhadores poderá afetar a sua eficácia. Mas a medida é chocante para as grandes empresas como a PT e a EDP, que verão as suas confortáveis margens aumentar através do financiamento dos trabalhadores. E, obviamente, não é aceitável que isto seja feito à custa do financiamento pelos trabalhadores.Em suma, uma medida que poderia ter sido vendida num pacote de competitividade e crescimento, em conjunto com incentivos fiscais ao investimento e à criação de em-presas, é de forma politicamente infeliz metida num paco-te de austeridade.Mas a questão de fundo mantém-se: não é sustentável este nível de despesa pública, pois não se conseguem sa-car mais impostos desta economia moribunda…

A DESVALORIZAÇÃO FISCAL

“COMO ANTECIPEI, O GOVERNO IA FALHAR A META DO DÉFICE PÚBLICO E

APRESENTAR-SE-IA À TROIKA SEM UM PLANO B”

GRANDE ANGULARBugalho de Almeida

26/FRONTLINE

“A EVOLUÇÃO CONSTITUI UMA OPORTUNIDADE PARA VIVERMOS MAIS TEMPO E COM MELHOR QUALIDADE DE VIDA”

GRANDE ANGULARBugalho de Almeida

26/FRONTLINE

GRANDE ANGULARBugalho de Almeida

FRONTLINE/27

O ex-diretor da Clínica Universitária de Pneumologia da Faculdade de Medicina de Lisboa – Hospital de Santa Maria, António Bugalho de Almeida, falou, em entrevista à FRONTLINE, sobre os avanços da medicina nas últimas décadas, nomeadamente no que se refere à tecnologia ao serviço da saúde. Para este médico, que conta já com uma vasta experiência na área da Pneumologia, “os portugueses podem continuar a confiar no seu Serviço Nacional de Saúde”, uma vez que todos os cuidados são prestados por “profissionais com excelente preparação”.No que toca à área da Pneumologia, António Bugalho de Almeida refere que as doenças respiratórias nem sempre mereceram “a devida atenção por parte de quem tem o poder decisório”, contudo, nas últimas décadas, e tal como sublinha, “a Pneumologia portuguesa tem estado muito ativa, existindo vários grupos de investigação”. Tudo isto contribuiu para que exista, atualmente, uma melhor compreensão e tratamento “das diversas entidades nosológicas respiratórias”, conclui.

por Ana Laia

Assistimos, nas últimas décadas, a grandes avanços no domínio da tecnologia ao serviço da saúde. A inovação e a tecnologia nesta área são uma ameaça ou uma oportunidade?A inovação tecnológica e farmacológica tem contribuído, in-dubitavelmente, para uma significativa melhoria dos cuidados de saúde às populações.É um lugar comum, e uma realidade indiscutível, a afirmação de estarmos a viver – desde o século XX e no atual – um dos períodos mais notáveis da História da Humanidade, por neles se terem verificado os mais extraordinários progres-sos científicos e tecnológicos.A medicina refletiu o progresso que se observou nas mais diversas áreas das ciências, o que permitiu o aparecimento de novas técnicas de diagnóstico e de tratamento, de novos conceitos e de novas áreas do conhecimento, possibilitando uma evolução do pensamento médico de forma diversa do, até então, praticado, o que determinou uma melhor aborda-gem de velhas e novas entidades nosológicas.Toda esta espantosa, e extremamente rápida, evolução cons-titui, em nosso entender, uma oportunidade para vivermos mais tempo e com melhor qualidade de vida.

Como tem visto a evolução do sistema de saúde em Portugal?No nosso país a saúde tem evoluído de forma muito favo-rável, sobretudo nas últimas décadas. A criação do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que possibilitou a universalidade

de cuidados – prestados por profissionais com excelente preparação – e facilitou a sua acessibilidade, foi decisiva para a existência de ganhos em saúde que atingiram elevados ní-veis, como é do conhecimento de todos, que têm merecido, justamente, referências de “enorme sucesso”.Mas acessibilidade, inovação e tecnologia têm custos, não sendo de estranhar que os encargos económicos com a saúde tenham crescido. A forma como este crescimento se verificou, atingindo um patamar bastante elevado, nomeada-mente quando comparado com outros países da EU, tem levantado a problemática da sustentabilidade do SNS.

Na sua opinião, o SNS, tal como o conhece-mos hoje, está em risco? Gasta-se demasiado?O que acabámos de referir tem múltiplas justificações, am-plamente conhecidas e debatidas, que englobam os contex-tos demográfico e social, a despesa com fármacos, com es-pecial importância para os mais recentes – e em particular as terapêuticas biológicas –, a utilização – por vezes superior à esperada – de meios complementares de diagnóstico onero-sos, para só citar alguns dos muitos fatores implicados.Contudo, em nossa opinião, existe margem para se poder reduzir custos sem alterar a qualidade da assistência. É ne-cessária uma gestão mais criteriosa de algumas unidades e, em particular, das suas “células”, ou seja dos serviços de ação médica que as compõem.Permita-me alongar um pouco a resposta para tentar clarifi-car a afirmação. Duas parcelas muito significativas da estru-

GRANDE ANGULARBugalho de Almeida

28/FRONTLINE

tura de custos das instituições são a “farmácia” e os recursos humanos (RH), que no serviço que dirigimos representavam cerca de 80%.Os RH são um ativo inestimável e assumem uma impor-tância extrema para a promoção da qualidade de vida e bem-estar das populações. A sua formação e desenvolvi-mento é muito longa e dispendiosa. Para o desempenho de determinadas tarefas ou técnicas (e refiro-me, apenas à mi-nha especialidade, a Pneumologia), o período de tempo após a obtenção do grau de especialista pode ser de cinco ou mais anos, e com recurso a estágios em centros fora do local de trabalho, muitas vezes no estrangeiro. A utilização destas pes-soas em atividades indiferenciadas, que podem ser exercidas por quem não é tão qualificado ou até por profissionais não médicos, devia ser devidamente ponderada.Por outro lado, devia estar definido o parque tecnológico, sabendo-se onde e quem executa determinadas técnicas, como condição prévia para a referida diferenciação, porque é muito importante que o profissional execute um número mínimo de procedimentos por ano. Sem este pressuposto os doentes correm riscos muito superiores, a rentabilidade das técnicas diminui, os custos dos atos aumentam, não só pelos custos dos equipamentos mas também pelas avarias que se tornam mais frequentes. Evitar-se-ia o subaproveitamento, ou mesmo a inatividade, de equipamentos que podem atingir mais de uma centena de milhar de euros.

É, assim, fundamental que o planeamento estratégico seja uma efetiva função dos objetivos do SNS e de cada unidade que o integra, baseado num conhecimento ri-goroso das necessidades qualitativas e quantitativas de atividades e RH.Um documento publicado no final de 2011, com a distri-buição geográfica de especialistas – no que diz respeito à minha especialidade e à região de Lisboa – revelava uma ausência de conhecimento da realidade, o que con-figura exatamente o oposto do que acabamos de expor. Felizmente para os doentes não foi posto em execução!Fica-nos a convicção de que muito pode e deve ser feito, tendo como foco o doente e a sua satisfação. Mas sem precipitações, baseado em informação correta e exaus-tiva, com o envolvimento de doentes e profissionais, de-monstrando-se a necessidade e o benefício da mudança.Nesta perspetiva, acreditamos que os portugueses po-dem continuar a confiar no seu SNS.

Desde 1934 que em Portugal são tratadas as doenças pulmonares, vulgo tuberculose, que continua a ser um problema atual. O que há ainda a fazer para que nos tornemos um país com baixa incidência desta doença?Esta questão exige uma resposta que, também, não é curta. As doenças respiratórias, embora nem sem-

GRANDE ANGULARBugalho de Almeida

FRONTLINE/29

Como caracteriza a área da Pneumologia em Portugal?Nas últimas décadas a Pneumologia portuguesa tem es-tado muito ativa, existindo vários grupos de investiga-ção, particularmente no Porto, em Coimbra e em Lisboa. Têm sido produzidos trabalhos internacionalmente acei-tes, que têm constituído um contributo para a melhor compreensão e tratamento das diversas entidades noso-lógicas respiratórias.

A Pneumologia tem beneficiado dos avanços tecnológicos e farmacológicos?No que respeita aos primeiros, dispomos, na atualida-de, de meios que possibilitam intervenções de carácter diagnóstico e terapêutico, evitando o recurso a metodo-logias mais invasivas que implicam maiores riscos para os doentes, ou prevenindo, ou mesmo paleando, situações de extrema gravidade e sofrimento.Por outro lado, possuímos fármacos muito eficazes, com níveis de ações acessórias perfeitamente aceitáveis, que permitem intervir em elevado número de doenças, des-de as situações mais ligeiras às de maior gravidade, redu-zindo-as e possibilitando uma qualidade de vida como se da afeção não padecessem.Podemos, ainda, prevenir doenças do foro infecioso reduzindo a sua morbilidade e mortalidade. Também

pre tenham merecido a devida atenção por parte de quem tem o poder decisório – o que se aplica a tempos recentes –, foram tratadas desde os tempos mais remotos.O que refere em 1934 foi a criação da Clínica de Doenças Pulmonares da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL) pelo reconhecimen-to da “[...] necessidade do ensino das doenças do aparelho respiratório [...]” (Decreto Lei n.º 24205 de 21 de julho de 1934).Na altura, tal como diz, a patologia dominante era a tuberculose, responsável por 11 mil a 12 mil mortes por ano e para a qual não existia tratamento far-macológico eficaz. Lembramos que a estreptomicina viria a “aparecer” uma década depois, à qual se jun-taram, no início dos anos 50, outros fármacos. Com estes e com conceitos diferentes, derivados da ex-periência da OMS em Madrasta, foi possível ir domi-nando a doença, embora ainda tenhamos um número de casos superior ao que deveria existir e ao que se observa na Europa Ocidental.Nos anos 50 e 60 do século XX começou a dar-se mais importância à patologia obstrutiva das vias aé-reas, e nos anos 70, à de causa inalatória, para a qual o grupo da FMUL, liderado por Thomé Villar, deu um contributo notável.

GRANDE ANGULARBugalho de Almeida

30/FRONTLINE

nestas vertentes é fundamental que se olhe não apenas para os custos, mas sobretudo para a relação custo/efetividade das intervenções, e teremos certamente ga-nhos significativos.

Quais são as principais doenças respiratórias?No âmbito das doenças obstrutivas das vias aéreas mais prevalentes – a asma brônquica e a doença pul-monar obstrutiva crónica (DPOC) –, sabemos, por trabalhos recentes, que a asma atinge 10,5% da po-pulação portuguesa e que cerca de 300 mil asmáticos não têm a sua doença controlada. Estão, neste caso, mais os indivíduos do sexo feminino do que os do masculino, mais os com idade superior a 65 anos, mais os que têm menor grau de escolaridade, mais os que têm menores recursos económicos.Sabemos, por outro lado, que 90% (ou maior per-centagem) dos asmáticos podem ter a sua doença controlada, evitando consultas não programadas, idas a serviços de urgência, internamentos em enferma-rias ou unidades de cuidados intensivos, reduzindo consumos de fármacos, etc.Portanto, e repetindo-me, temos uma oportunidade de intervenção, reduzindo a morbilidade e a morta-lidade, possibilitando que doentes e família tenham melhor qualidade de vida e bem-estar, diminuindo muito substancialmente os custos da doença.É necessário que quem decide compreenda que se pode “poupar” muito “dando melhor saúde” a estes doentes.

Os portugueses dão a devida importância às doenças respiratórias?A DPOC, que engloba a bronquite crónica e o enfi-sema pulmonar, atinge 14,2% da população com mais de 40 anos. Este número sobe para os 30,8% para a população com mais de 70 anos e atinge 47,2% do sexo masculino com mais de 70 anos.Como numa elevada percentagem de doentes a afe-ção está relacionada com o tabagismo, poderá exis-tir uma intervenção muito ativa no sentido da sua prevenção.Estas duas afeções já foram objeto de programas na-cionais de controlo. No caso da asma, de que fomos coordenador, tivemos condicionantes financeiras (o programa só teve apoio em 2000 e em 2009) e buro-cráticas, impeditivas de uma intervenção mais ativa e eficaz.E o pouco que se conseguiu fazer gerou, algumas vezes, incompreensão e resistências por parte de quem, talvez menos informado, tinha capacidade de colocar obstáculos.Por isso desejamos que o novo programa das doen-ças respiratórias – que engloba, para além da asma e DPOC, as alterações respiratórias do sono, fibrose quística, doenças fibrosantes do pulmão, entre ou-tras – seja dotado dos apoios humanos e materiais necessários para que se torne efetivo e constitua um real benefício para a população, e não sirva apenas para preencher curricula ou para ser citado quando tal se tornar oportuno.

ESPECIALClínica Europa

32/FRONTLINE

UMA PRÁTICA DIFERENCIADA

Apostando na qualidade dos serviços, numa excelente estrutura humana e técnica e na proximidade com o cliente, a Clínica Europa é, atualmente, uma unidade hospitalar de referência a nível nacional.Aqui, independentemente da natureza das suas funções, todos os colaboradores procuram superar as expetativas dos clientes.

por Patrícia Vicente

ESPECIALClínica Europa

ESPECIAL Clínica Europa

FRONTLINE/33

Contando já com cerca de 22 anos de ativi-dade, a Clínica Europa, em Carcavelos, foi criada por um casal de suecos, os Bloomquist, com o objetivo oferecer à comunidade estrangeira residente nesta região cuidados gerais de saúde, de qualidade, uma vez que não existiam praticamente nenhumas insti-tuições que o fizessem.A Clínica Europa foi dando provas da sua qualidade e conquistando cada vez mais clientes, o que provavel-mente levou os seus gestores a sentirem necessidade de a fazer crescer e desenvolver. De modo a acompa-nhar os avanços tecnológicos da medicina, foi neces-sário investir em equipamentos, infraestruturas e pes-soal, contudo, esta foi a rampa de lançamento de um projeto mais ambicioso: transformar a clínica numa Unidade Privada de Saúde que oferecesse também consultas externas e áreas tradicionais de diagnóstico. Tiveram então início, em 1999, importantes obras de alargamento que implicaram a construção do Bloco Operatório, Recobro, Internamento e todas as in-fraestruturas associadas. Um ano depois, já com a clínica completamente licenciada pela Direção-Geral

de Saúde (DGS) – de referir que esta foi uma das primeiras unidades privadas de saúde a serem licen-ciadas na DGS –, teve início a prática cirúrgica.Em 2008, seguiram-se novas obras de ampliação, que incidiram na modernização dos gabinetes de consulta e de diagnóstico. Por outro lado, as áreas de ambu-latório foram aumentadas e valorizadas. O número de quartos também cresceu, permitindo receber mais doentes, e melhorou-se a circulação entre os diferen-tes edifícios, bem como as acessibilidades. Estavam criadas todas as condições para que a Clínica Europa se transformasse numa referência a nível nacional.

Referência a nível nacionalCom uma aposta forte na qualidade e num serviço de excelência, o corpo clínico – que conta com cerca de 70 elementos – e de enfermagem da Clínica Europa é composto por profissionais de elevada qualidade, com uma sólida experiência hospitalar. O cliente é alvo de um acompanhamento individualizado, que tem em conta não só o seu historial clínico mas também a sua personalidade.

ESPECIALClínica Europa

34/FRONTLINE

Santos, cirurgião cardíaco, e José Serrão, jurista –, a Clínica Europa pretende aumentar as suas especiali-dades médicas, ampliar a sua base de clientes e, es-sencialmente, desenvolver a sua relação com o exte-rior, visando ser mais conhecida quer no meio médico quer pelos próprios clientes. Neste âmbito planeia, entre outras coisas, criar e ins-titucionalizar sinergias com escolas que se encontram nas proximidades, embaixadas e empresas da região. Para além disto, o novo site da Clínica Europa, que está já ativo, apresenta-se agora mais apelativo, intuiti-vo, completo e detalhado. Outras das grandes apostas da clínica são as reuniões científicas, que juntam vá-rios especialistas e onde é possível trocar várias ex-periências, bem como avaliar rastreios.Para estar mais próxima das necessidades dos seus clientes, a Clínica Europa conta agora com um ser-viço de Atendimento Permanente, para adultos e crianças, que funciona durante toda a semana das 08h30 às 20h00. Os clientes que necessitarem de cuidados médicos urgentes podem assim trocar a confusão das grandes unidades de saúde por um es-paço tranquilo, onde sabem que estarão sempre no centro das atenções.

De entre as especialidades mais procuradas, desta-cam-se Pediatria, Otorrinolaringologia, Cirurgia Plás-tica, Medicina Dentária e Oftalmologia.Assim que se entra na clínica percebe-se que tudo foi pensado para proporcionar bem-estar aos clien-tes. Num ambiente acolhedor, quase familiar, com uma ampla e soberba vista sobre o mar, a Clínica Europa tem por objetivo oferecer o melhor serviço, pondo constantemente em prática o conceito de uma rela-ção direta entre médico e doente.Sendo esta unidade reconhecida pelos especialistas como um excelente local para a realização de inter-venções cirúrgicas, com ou sem necessidade de inter-namento, a tecnologia existente no Bloco Operatório e Recobro oferece, quer ao médico quer ao doente, segurança e conforto na realização dos procedimen-tos cirúrgicos indicados. A clínica conta ainda com um Laboratório de Análises, que lhe permite dar uma resposta quase imediata aos doentes.

Olhar para o futuroCom a recente reestruturação organizativa – na qual se inclui o conselho de administração composto por João Oliveira Ramos, economista, Álvaro Laranjeira

H O T E L C A S C A I S M I R A G E M

A v. M a r g i n a l n º 8 5 5 4 , 2 7 5 4 - 5 3 6 C a s c a i s | Te l . ( + 3 5 1 ) 2 1 0 0 6 0 6 0 0 | F a x ( + 3 5 1 ) 2 1 0 0 6 0 6 0 1

w w w . c a s c a i s m i r a g e . c o m

Os melhores momentos não se esquecem… Pense em um lugar especial para um momento especial. O Hotel Cascais Miragem é esse local. Em uma atmosfera de requinte, com uma vista deslumbrante sobre o Atlântico, é o local perfeito para a sua viagem de férias ou de negocios. Com 192 quartos, incluindo 11 suites à sua escolha, 18 salas de reuniões

e congressos, 2 bares e 2 restaurantes, lojas, Health &Spa e um serviço capaz de satisfazer as mais exigentes expectativas. O Hotel Cascais Miragem é um mundo à parte.

Best moments are never forgotten. Think of a special place for a special moment. Hotel Cascais Miragem is that place. In a luxurious ambience, with breathtaking views over theAtlantic Ocean, it is the perfect place for either business or pleasure. With 192 rooms, including 11 suites, 2 restaurants and 2 bars, health & spa, 18 meeting rooms and a service

of excellence able to exceed the highest expectations. Hotel Cascais Miragem is a world apart.

AQUI DAMOS FORMA AOS SEUS SONHOSHERE WE GIVE SHAPE TO YOUR DREAMS

DOSSIERBMW

36/FRONTLINE

MOBILIDADE INDIVIDUAL Lisboa recebeu a conferência Mobility of the Future, organizada pelo BMW Group Portugal e inserida na agenda da Semana Europeia da Mobilidade 2012, que contou com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa e do Instituto Superior Técnico. Recorde-se que a cidade de Lisboa foi recentemente distinguida com o prémio E-Visionary, atribuído pela World Electric Vehicle Association (WEVA).

DOSSIERBMW

UM OLHAR PARA O FUTURO

DOSSIERBMW

FRONTLINE/37

MOBILIDADE INDIVIDUAL

A mobilidade individual é – e será sempre – uma necessidade fundamental. Para muitos, a vida sem um veí-culo parece impensável. Contudo, a mobilidade do futuro será diferente daquilo que é atualmente, uma vez que está a sofrer um impacto resultante de muitas tendências que se espalham por todo o mundo, incluindo a alteração das preferências dos clientes, a urbanização, a escassez de re-cursos e uma maior regulamentação face às emissões de CO2. Estas tendências globais estão a criar uma variedade de novos e diferentes desafios.Perante este cenário, a mobilidade e a sua industrializa-ção estão no centro de uma mudança tecnológica, sendo este um dos momentos mais decisivos de sempre para a indústria automóvel. O objetivo do BMW Group, neste contexto, é o de as-sumir o pioneirismo neste processo de mudança, conti-nuando a ser a empresa líder durante a fase seguinte da mobilidade. Com uma tecnologia pioneira e protótipos inovadores, o BMW Group, fabricante de automóveis

premium, assume uma função central na construção do futuro da mobilidade individual. Os mais recentes desen-volvimentos combinam uma eficiência cada vez maior e garantem que tanto os modelos atuais como os futuros irão proporcionar o prazer de condução típico da marca.

Estratégias delineadasPara dar a conhecer as suas estratégias no que toca à mobilidade individual, o BMW Group organizou a confe-rência Mobility of the Future, que teve lugar em Lisboa.Durante a conferência, o diretor-geral do BMW Group, Helder Boavida, entregou a chave de um BMW ActiveE ao presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa. Este BMW ActiveE será utilizado pela Câmara Municipal de Lisboa por cerca de duas sema-nas e, desta forma, a capital também contribuirá para os estudos que estão a decorrer pelo mundo com uma frota de BMW ActiveE e MINI E. Os resultados estão a ser utilizados como base para a construção e

DOSSIERBMW

38/FRONTLINE

finalização dos projetos da submarca i: os BMW i3 e BMW i8, estando o lançamento do BMW i3 previsto para o próximo ano. Pela contínua promoção da mobilidade elétrica e pela grande aposta na sustentabilidade, a cidade de Lisboa foi distinguida com o prémio E-Visionary, pela World Elec-tric Vehicle Association (WEVA). O galardão foi entre-gue ao representante da Câmara Municipal de Lisboa, Tiago Farias, presidente da EMEL, durante o Simpósio Mundial do tema EVS26, em Los Angeles, nos Estados Unidos, no passado dia 9 de maio. Para além da cidade de Lisboa, também a cidade de Seul, capital da Coreia do Sul, recebeu o mesmo prémio.Recorde-se que a WEVA é uma organização internacio-nal, criada em 1990, que tem como objetivo promover a pesquisa, desenvolvimento e disseminação dos veículos elétricos e da mobilidade elétrica em todo o mundo.

Soluções para o futuroTendo como objetivo apostar fortemente na mobi-lidade individual, o grupo bávaro está a adotar duas abordagens: evolução e revolução.

No que toca à Evolução, o BMW Group continua a de-fender que o motor de combustão interna permanece-rá o tipo de motor dominante para um futuro próximo. Assim, continua a apostar no desenvolvimento da tec-nologia EfficientDynamics, o princípio orientador em todas as áreas de desenvolvimento de veículos. Com o BMW EfficientDynamics, o BMW Group garantiu o sucesso na redução do consumo de combustível e dos níveis de emissões através de gerações de motores no-vos e muito económicos, otimização da aerodinâmica, utilização da construção inovadora de baixo peso e da gestão inteligente do motor – obtendo simultanea-mente uma performance superior. Com a estratégia EfficientDynamics, o BMW Group tem ao seu dispor o conceito de salvaguarda da mobilidade sustentável individual mais eficaz a nível mundial, concebido exclusivamente tendo em vista a redução do consumo de combustível e das emissões de CO2. No que se refere à Revolução, o grupo mantém-se concentrado em criar tecnologias revolucionárias, em direção à mobilidade elétrica.

DOSSIERBMW

FRONTLINE/39

Veículos de exceçãoEm 2011, o BMW Group lançou a sua submarca BMW i, que representa a abordagem no que respei-ta ao futuro da condução. A criação desta submar-ca muito se deveu à análise das tendências futuras. Estima-se que dentro de 20 anos 60% da popula-ção mundial esteja a residir nas cidades. Ao mesmo tempo, o grupo defende que irá sempre haver ne-cessidade de mobilidade individual, e especialmente mobilidade sustentável. Sob esta nova submarca, a BMW apresentou os pri-meiros concepts BMW i3 e BMW i8, ambos equipados com tecnologias que revelam um novo tipo de mobi-lidade individual. O BMW i3 será o veículo elétrico citadino; e o BMW i8, o coupé de essência desportiva, com tração híbrida PlugIn. Por serem ambos autênti-cos veículos BMW, garantem o puro prazer de condu-ção, desde sempre anunciado pela marca bávara. Os novos BMW i3 e BMW i8 foram planeados com a sustentabilidade em mente: o BMW Group tem uma central hidroelétrica na fábrica de fibra de carbono, nos Estados Unidos, e turbinas eólicas que fornecem

energia para a produção dos BMW i3 e BMW i8, na Alemanha. Como parte do desenvolvimento destes modelos fu-turos, o grupo tem vindo a realizar testes, em situa-ções reais, por todo o mundo, com frotas de MINI E e BMW ActiveE. As conclusões iniciais destes estudos são evidentes: os condutores aderiram totalmente a esta tecnologia e assumem o seu entusiasmo com a ideia de usufruir de uma mobilidade que é em simul-tâneo premium e sustentável. Oferecendo um conceito totalmente novo, num futu-ro próximo, o BMW i3 e o BMW i8 irão proporcionar igualmente uma mobilidade sustentável e premium. O BMW i3 será introduzido no mercado no final de 2013. No ano seguinte, será a vez do BMW i8. Como parte integrante do BMW Group, também a BMW Motorrad está a abordar a mobilidade individual de motociclos e as necessidades futuras do cliente, encontrando-se a desenvolver soluções adequadas. Neste sentido, pretende dar continuidade à mobilida-de elétrica, nesta fase inicial, especialmente ao nível do ambiente urbano.

EMPRESAVodafone

40/FRONTLINE

EMPRESAVodafone

FRONTLINE/41

A Vodafone disponibiliza, desde 2009, serviços fixos integrados de Televisão, Voz e Internet. A experiência já adquirida e o investimento contínuo na qualidade do serviço levaram a que o último ano ficasse marcado pela aposta de crescimento da Vodafone na disponibilização destes serviços suportados através da sua rede própria de fibra ótica e pelo reconhecimento, por parte da Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO), do serviço Vodafone TV como o melhor serviço de Televisão e de Internet Fixa no mercado nacional, em todos os vetores analisados (preço, suporte e características do serviço, entre outros).

ELEVADA QUALIDADE DE SERVIÇO

Em resultado da elevada qualidade do serviço e do sucesso da estratégia prosseguida, a Vodafone reforçou a sua posição no mercado das telecomuni-cações fixas, apresentando um crescimento consis-tente das receitas e um aumento do número total de clientes dos serviços de Televisão, Internet e Telefone Fixo. O número de adesões tem sido considerável e os níveis de satisfação dos clientes são os mais ele-vados do setor. De acordo com os dados divulgados pelo órgão regulador Anacom, a Vodafone é o único operador alternativo (ao duopólio PT/Zon) que tem vindo a aumentar a quota no mercado de televisão em Portugal.As ofertas triple play do serviço Vodafone TV foram as principais responsáveis pela boa performance dos ser-viços de telecomunicações fixas no segmento particu-lar e também pelo crescimento da quota da Vodafone Portugal no mercado total. A Vodafone pretende ser um operador de referência de comunicações fixas e de televisão nas zonas onde está presente, contando já com perto de 500 mil casas

cobertas com rede de fibra ótica na Grande Lisboa e no Grande Porto. Note-se que, para conseguir au-mentar a quota no mercado total, a Vodafone registou um aumento muito significativo da sua quota nas zonas onde possui cobertura.Um dos fatores que contribui para o sucesso, a par da elevada qualidade do serviço de televisão da Vo-dafone, é o facto de este estar disponível ao melhor preço do mercado, além de oferecer a melhor expe-riência de convergência nos vários ecrãs (TV, PC, tablet e telemóvel). Apresenta ainda um leque muito forte de canais incluído no pacote base e de aplicações de TV (algumas únicas no mercado), para além de um suporte técnico ao cliente de elevada qualidade.

Consolidação de um serviçoAo longo do último ano a Vodafone apostou na conso-lidação do serviço como um dos melhores serviços de televisão do mercado, enriquecendo o portfolio de con-teúdos de televisão e vídeo e reforçando a oferta de funcionalidades interativas e serviços multiplataforma

EMPRESAVodafone

42/FRONTLINE

Também recentemente a Vodafone Por tugal lançou o “Klik” – um telecomando infantil do serviço Vodafone TV com uma par ticularidade única no mercado: um sensor que ilumina as teclas do tele-comando de cada vez que o utilizador se aproxima (backlight). Concebido a pensar nos mais novos, o “Klik” inclui a tecla ‘Kids’, que dá acesso direto ao conjunto de canais infantis, e outras teclas de acesso rápido aos conteúdos favoritos dos mais pequenos, como o Videoclube, o Gravador e o Zapping.Para os utilizadores adultos que pretendem aceder apenas às principais funcionalidades do serviço de TV, a Vodafone disponibiliza o telecomando “Light”, ideal para um acesso rápido e simplificado à TV Box, igualmente com sensor de aproximação.

SHARE 2 TV

A Vodafone lançou recentemente a aplicação Share 2 TV, que permite que os clientes do seu serviço de televisão partilhem, nas televisões de sua casa, as fotografias, vídeos e, pela primeira vez em Portugal, as músi-cas armazenadas nos seus telemóveis. Para utilizar esta app basta garantir que o telemóvel está ligado à mesma rede Wi-Fi da TV Box do serviço de televisão Vodafone, sem necessidade de configurações. Está disponível gratuitamente na loja Google Play para telemóveis Android e brevemente também para iPhone.

TELECOMANDOS VODAFONE

convergentes. Registou-se uma boa adesão aos pacotes disponibilizados, em especial ao Pack Filmes e Séries e ao Pack Filmes e Séries Infantis – subscrições mensais de Videoclube que permitem o acesso ilimitado a cen-tenas de séries e filmes.Do mesmo modo, o número de alugueres tem vindo a crescer de forma significativa, tal como o número de novos clientes do serviço de televisão da Vodafo-ne. Os consumos de Videoclube em agosto de 2012, por exemplo, foram 40% superiores ao mesmo mês de 2011. Os filmes mais procurados são as Novidades – filmes que passaram recentemente no cinema – os chamados blockbusters. Os filmes infantis também estão entre os mais alugados no Videoclube da Vodafone.Destaca-se ainda a introdução, no serviço de TV, de diversas novidades para melhorar a experiência de utilização do cliente, nomeadamente: a funcionalidade de partilhar com terceiros o que está a ver; o alarga-mento do catálogo de filmes disponíveis no Videoclube para mais de 6 mil filmes e do período de aluguer para 48 horas; o reforço da grelha para mais de 150 canais

de televisão, incluindo cerca de 31 em alta definição, e também a funcionalidade “Restart TV”, grátis para to-dos os clientes, que permite ver do início os progra-mas, mesmo sem estarem gravados.No futuro, a Vodafone pretende apostar na simbiose entre o serviço de televisão e a Internet (Internet TV). A procura de informação e entretenimento é cada vez mais elevada e globalizada, com os consumidores a pretender o acesso em qualquer altura e em qualquer lugar, de forma imediata, com um simples clique no PC, na televisão ou em qualquer outro equipamento. Por tudo isto, cada vez mais o normal serviço de televisão é encarado como “multiplataforma” e “multidevice”. Esta é uma das apostas da Vodafone para o futuro, com o alargamento do conjunto de aplicações disponíveis através de parcerias nacionais e internacionais e ainda do lançamento de uma série de aplicações convergen-tes, disponibilizando, no entanto, uma experiência de utilização comum, simples, intuitiva e adaptada a todos os equipamentos e plataformas, desde a televisão de casa ao computador, aos tablets e aos smartphones.

EMPRESAVodafone

FRONTLINE/43

A app Vodafone TV disponibiliza, pela primeira vez numa única aplicação para tablets, todas as funcionalidades do serviço de televisão de casa. Com esta aplicação, especialmente concebida para tablets, qualquer cliente do serviço de televisão da Vodafo-ne pode, gratuitamente, ver os 35 canais mais populares em direto (com a melhor qualidade de imagem, adaptada à largura de banda disponível), visualizar o Guia TV, ver trailers e filmes do Videoclube (disponível para uma seleção de filmes), agendar e gerir as gravações, assim como controlar remotamente a televisão de casa.Torna-se ainda possível comandar a televisão com o tablet, estando disponíveis duas versões de telecomando: a versão “zapper” que inclui as principais funcionalidades, como zapping e volume, e a versão “total” que replica a experiência do comando de televisão, disponibilizando ainda um teclado alfanumérico para escrever texto na TV de forma simplificada. Está disponível gratui-tamente na App Store da Apple e na loja Google Play para tablets Android.

VODAFONE TV

CANAIS DE ALTA DEFINIÇÃO

O serviço Vodafone TV dá acesso a canais de alta definição num segundo televisor, gratuitamente e sem necessidade de recurso a uma TV Box adicional. Atualmente, estão disponíveis os canais AXN HD, FOX Life HD, FOX HD e Eurospor t HD. A Vodafone foi o primeiro operador em Por tugal a disponibilizar canais em alta definição sem a necessidade de uma TV Box.

RÁDIOS NA TV

Uma aplicação única permite aceder, num único canal de televisão, à emissão das principais rádios nacionais e a um conjunto de funcionalidades complementares para cada emissora.Estão disponíveis nesta aplicação gratuita as rádios Antena 1, Antena 2, Antena 3, Cidade FM, M80, Mega Hits, Rádio Comercial, Rádio Renascença, Rádio Sim, RDP África, RDP Interna-cional, RFM, TSF e Vodafone FM.Está também disponível a informação sobre o programa ou a música no ar, Top Charts (como por exemplo o “Todos no Top’” da Rádio Comercial, “As 40 da Cidade FM” ou o “Top M80”) e o acesso pela primeira vez na TV a alguns dos podcasts mais conhecidos da rádio, como “As Manhãs da Comercial”, da Rádio Comercial, entre outros.Esta aplicação permite ainda ouvir rádios Web como a 80’s RFM, Antena 3 Dance, Antena 3 Rock, Clubbing Online ou Oceano Pacífico, assim como o acesso a notí-cias e destaques de programação, entre outros.A aplicação Rádios está disponível no canal 304 da TV box ou através do menu StartApps, que inclui todas as aplicações interativas do serviço Vodafone TV.

EMPRESAVodafone

44/FRONTLINE

O serviço Vodafone TV inclui muitas outras aplicações inovadoras, entre as quais se des-tacam: PiP (Picture-in-Picture), My Zapping, Jogos Multiplayer TV e Karaoke.A aplicação PiP permite a visualização de dois canais de TV em simultâneo, trocando em qualquer altura entre a janela principal e a secundária. Com esta funcionalidade, acessível diretamente através da tecla amarela do telecomando, é possível, por exemplo, continuar a visualizar um canal e aguardar pelo início de um programa noutro canal de televisão.O My Zapping, por sua vez, é uma aplicação que recomenda ao cliente os seus progra-mas preferidos, mostrando-lhe os que geralmente mais visualiza naquele horário. Permite também a consulta, por categoria, dos programas mais vistos pelos clientes do serviço de televisão da Vodafone. Esta

aplicação pode ser acedida de forma imediata através da tecla verde do telecomando.A aplicação interativa Jogos Multiplayer TV é a primeira em Portugal que permite jogar na televisão em tempo real com outros utilizadores. Numa experiência de sala de jogos, qualquer utilizador pode jogar individualmente ou, enquanto vê televisão, convidar outro utilizador do serviço para jogar, por exemplo, xadrez, damas ou 4 em linha. O acesso a estas aplicações é exclusivo e gratuito para clientes Voda-fone Tv Net Voz.Está também disponível uma aplicação exclusiva de Karaoke – a pri-meira que agrega, num único ambiente, o acesso a um catálogo diversificado de títulos que conta já com mais de 600 músicas.O Vodafone TV dá também acesso direto e imediato a aplica-ções como Facebook, Picasa, Flickr, Vodafone All Posts, Trânsito, Quiosque, Futebol, etc. através do novo menu StartApps, dis-ponível na tecla azul do telecomando.

INFORMAÇÃO ECONÓMICA EM TEMPO REAL

APLICAÇÕES INTERATIVAS

Desenvolvida em parceria com o canal Económico TV, esta aplicação exclusiva disponibiliza um conjunto de informação atualizada, em tempo real, sobre mer-cados financeiros e o mundo económico. De entre as várias funcionalidades, destaque-se, entre outras, o acesso às principais notícias financeiras, capas do jornal Diário Económico, cotação de ações, índices internacionais (FTSE 100, IBEX-35, EURONEXT 100, DOW JONES INDUSTRIAL 30, entre muitos outros) e Por tugueses (PSI20 e PSI GERAL).Na área “Ações”, encontra-se disponível, de imediato, o detalhe de cada ação do PSI20, onde se inclui, entre outras informações, o valor de transa-ção, a variação (em pontos e percentagem), o valor de aber tura, máximo, mínimo e ainda a consulta dos gráficos com o histórico do valor do título a um mês, três meses, seis meses ou um ano.Na informação dos índices internacionais é possível ainda ter acesso à mesma informação detalhada e atualizada, que inclui, por exemplo, o valor da cotação de todas as ações que os constituem, bem como os gráficos com cotação a um mês, três meses, seis meses ou um ano.

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

AN_FRONTLINE_230X320.pdf 1 12/09/06 12:01

HOTELARIAConceição Ribeiro

46/FRONTLINE

“O TIARA PARK ATLANTIC LISBOA TEM APENAS UM OBJETIVO: A SATISFAÇÃO DO CLIENTE”

HOTELARIAConceição Ribeiro

46/FRONTLINE

HOTELARIAConceição Ribeiro

FRONTLINE/47

“O TIARA PARK ATLANTIC LISBOA TEM APENAS UM OBJETIVO: A SATISFAÇÃO DO CLIENTE”

Gozando de uma localização privilegiada, em pleno centro da cidade, o Tiara Park Atlantic Lisboa oferece espaços funcionais e elegantes que garantem um conforto sofisticado.Conceição Ribeiro, a diretora-geral da unidade, garante que “o Tiara Park Atlantic Lisboa é um hotel feito de experiências únicas”. De modo a poder chegar a um maior número de clientes e para fazer face à atual conjuntura económica, a unidade apresenta “propostas para pacotes com soluções adaptadas ao mercado local, que são caracterizados por uma oferta racional, sem excessos, limitada ao essencial”, sublinha a diretora.

por Patrícia Vicente

Como descreve o Tiara Park Atlantic? O que o distingue das outras unidades hoteleiras exis-tentes na cidade?Com uma localização privilegiada em pleno centro da ca-pital e a poucos minutos do maior aeroporto do país, da Estação de Santa Apolónia, dos acessos às pontes e autoes-tradas que ligam a cidade ao Norte, Centro e Sul do país, o Tiara Park Atlantic é uma imagem indissociável da capital, facilmente identificável pelo recortado da sua silhueta no alto do Parque Eduardo VII.Esta unidade oferece espaços funcionais, elegantes, bem como um sofisticado conforto aliado a uma envolvência tranquila que domina os seus espaços privados. Aqui, as for-mas, as cores e os objetos de inspiração atual expõem-se à luz inconfundível de Lisboa.Com uma preocupação constante pelo respeito de pa-drões de excelência, pertença e bem-estar, que se tradu-zem em garantias de serviço e segurança; um sistema de reservas eficaz; rapidez e detalhe nos serviços, para ante-cipar e satisfazer as expectativas do cliente; a personaliza-ção do atendimento, o Tiara Park Atlantic tem apenas um objetivo: a satisfação do cliente.O Tiara Park Atlantic Lisboa é um hotel feito de ex-periências únicas.

Qual o perfil do vosso cliente?O nosso cliente é maioritariamente vocacionado para os negócios, independentemente de a estadia ser individual ou em grupo. Contudo, Lisboa tem um mundo incondicional de seguidores que a visitam por lazer e que a têm votado como uma das cidades mais bonitas a visitar. Naturalmen-te, o aumento do fluxo de visitantes tem tido impacto nas nossas ocupações. O facto de a localização do hotel ser central, a par da personalização que nos caracteriza, tem permitido uma excelente reputação da unidade junto deste segmento, levando a uma ocupação muito homogénea em termos de procura.

Quais são as principais atividades promovidas pelo hotel? Quais as mais procuradas pelos hós-pedes?Fazemos ações de promoção muito direcionadas, em par-ceria com empresas cujo público-alvo é o mesmo que o do Tiara Park Atlantic Lisboa. Procuramos interagir com as ati-vidades da cidade e participar nelas de modo positivo para o hotel e para a cidade.A procura por parte de quem nos visita recai sobre os even-tos da cidade, sejam eles na área dos seminários e congres-sos, eventos culturais, moda, música ou desporto.

HOTELARIAConceição Ribeiro

48/FRONTLINE

Qual foi a taxa de ocupação média no ano passado? Que resultados esperam atingir este ano?Acima dos 70%, e este ano tudo indica que vamos manter esse indicador. Os resultados até ao final do mês de agosto indicam isso mesmo. O perfil de ocu-pação é diferente, contudo, do ano anterior. O ano de 2011 em Lisboa foi marcado por uma série de eventos internacionais que, pela pressão criada, permitiram fazer uma gestão notável das receitas médias. Num ano de crise, como foi o ano passado, os resultados foram excelentes. Este ano há procura, mas apenas com pressão muito pontual na cidade, o que limita obviamente a potencialização da venda.Mais uma vez, e no contexto económico atual, conti-nua a ser um excelente ano.

Portugal atravessa uma das maiores crises económicas. Começaram já a sentir os efeitos desta crise?Tendo em conta a grande procura que existe para a cidade de Lisboa e que os nossos clientes são maio-ritariamente estrangeiros, estamos a capitalizar essa procura e, assim, a melhorar o ritmo de crescimento inicialmente previsto. No entanto, nota-se um abran-damento na procura de serviços por parte das em-presas nacionais.

As “ofertas exclusivas” que disponibilizam são a resposta da unidade perante a nova realidade que enfrentamos? Sim, em parte. Investimos em promoções direcionadas preferencialmente para o segmento MI (Meeting Indus-try), bem como a adaptação da nossa oferta aos clientes individuais de lazer através do nosso site.Face à conjuntura económica, temos propostas para pacotes com soluções adaptadas ao mercado local, que são caracterizados por uma oferta racional, sem exces-sos, limitada ao essencial.

O Tiara Park Atlantic conta com uma equipa de quantos elementos? Qual a média de idades?O Tiara Park Atlantic Lisboa tem uma equipa permanente de 175 colaboradores. Temos uma equipa orientada para o cliente e focalizada num serviço de excelência. A nossa média de idades está nos 37 anos. Somos uma equipa privilegiada pela experiência e reconhecida pelas competências sociais.

Existe algum segredo ou receita para que uma unidade hoteleira tenha o êxito que o Tiara tem?Não há fórmulas mágicas, nem receitas que se possam apli-car indiscriminadamente. Há uma combinação de trabalho, de competências profissionais, de preocupações sociais. E temos nestes três grupos englobados fatores que vão desde

HOTELARIAConceição Ribeiro

FRONTLINE/49

Adoro o meu trabalho e a oportunidade que me tem dado de desenvolver competências em áreas muito diversificadas. É enriquecedor enquanto atividade que me põe diariamente em contacto com grupos de pessoas tão distintas. O balanço só podia ser positivo.

Quais são os principais desafios do cargo que ocupa?Manter intacta a minha motivação e a da minha equipa é a garantia do sucesso. Tudo o resto são variantes que antecipa-mos, contornamos, adaptamos, sejam elas a crise económica, a concorrência, o aumento do IVA...

Qual foi o seu percurso profissional até aqui?Estou nesta unidade hoteleira desde 2005, ano em que fui nomeada para o cargo que exerço neste momento. Quanto ao meu percurso profissional, após terminar a licenciatura em Línguas e Literaturas Modernas, Estudos Ingleses e Ale-mães, o Curso de Gestão e Técnica Hoteleira da Escola de Hotelaria e Turismo do Porto e a Pós-Graduação em Gestão da Escola Hoteleira de Glyon: Marketing/Recursos Huma-nos/Financeiro/Comidas e Bebidas, entrei para o mercado de trabalho em 1987, como assistente do diretor comercial do hotel Praiagolfe, em Espinho.Ainda em 1987 recebo uma proposta para integrar os qua-dros diretivos do hotel do Porto, na altura Le Meridien, para fazer parte de um projeto ambicioso de desenvolvimento,

a manutenção de um produto cuidado, à capacidade de o vender num mercado fortemente concorrencial, à qualidade do recrutamento e da formação, à atenção dada aos nossos clientes internos e externos, à valorização do papel de cada um. E o grande mérito de, ao longo destes anos, a cultura da empresa ter sido um pilar para o seu próprio desenvol-vimento. Para além de tudo isto, o fator humano, a nossa aposta nos nossos colaboradores, que, com a sua postura, fazem toda a diferença.Do ponto de vista estritamente físico, dispomos de 314 quartos – Deluxe e Executive Riverview –, bem como de 17 suítes de diferentes tipologias; de 18 salas polivalentes distribuídas por dois pisos, numa área total superior a 1650 metros quadrados – a tecnologia instalada permite acolher eventos high tech, reuniões equipadas com back projections ou apresentações on-line wireless na área das telecomunicações. Apostamos ainda num acompanhamento personalizado que permite desfrutar da arte de bem receber.

Está a gostar da experiência como diretora-ge-ral? Que balanço faz?Dificilmente conseguiria manter-me neste cargo se não es-tivesse a gostar da experiência. Neste, ou noutro qualquer, realmente. Sou muito exigente comigo e pouco com a vida. O que quer dizer que o mínimo que estou disposta a aceitar é fazer o que gosto, com consciência, independentemente do grau de dificuldade ou do número de contrariedades.

HOTELARIAConceição Ribeiro

50/FRONTLINE

tendo em vista a consolidação da posição dos dois hotéis nas cidades onde estão inseridos.Aqui, iniciei-me como assistente do diretor de Alojamentos, passei depois a diretora e posteriormente foi-me proposto mudar de área: passei então para a direção de Restauração.Assumi em seguida as funções de diretora de Operações e mais tarde a posição de diretora-geral adjunta, seguida da de diretora residente até 2005, altura em que vim do Porto para Lisboa.Nos últimos anos foi marcante a experiência (2008) de criação de uma nova marca: Tiara, com uma equipa pe-quena mas altamente profissional, liderada por um pro-fissional de grande visão. Na sua opinião, as redes sociais e a Internet são um meio privilegiado para promover as em-presas ligadas ao Turismo, nomeadamente os hotéis? No Tiara Park Hotel dão grande impor-tância a estas ferramentas?É unânime a opinião sobre as redes sociais nesse contexto, uma vez que estas têm um peso cada vez maior. São um excelente meio de comunicação e promoção transversal, rá-pido, eficiente: no conteúdo e na forma.

Comporta riscos?Comporta com certeza, como qualquer outro meio de comunicação. Contudo, temos tido um excelente retorno

quanto à imagem do Tiara Park Atlantic Lisboa, com um re-conhecimento ao nível de produto e serviços que funciona como uma excelente ferramenta de marketing.

O que há a fazer para promover ainda melhor as unidades hoteleiras existentes no nosso país, em particular o Tiara Park Atlantic?Uma divulgação mais ativa do destino Lisboa, independen-temente de eu achar que já foram dados mais alguns passos nesse sentido.Paralelamente, apostar em mais ações de concertação por parte dos organismos oficiais e privados.Lisboa, através da sua Associação de Turismo, tem que dis-por de meios para estar mais presente e ser mais ativa nos incentivos à organização de congressos internacio-nais. A promoção do destino neste segmento é decisiva para o nosso sucesso.

Quais são as principais falhas que encontra no setor do Turismo? O que é necessário fazer para que sejam alteradas?Posso enumerar a falta de apadrinhamento eficaz das gran-des convenções e conferências internacionais; a necessidade de qualificação da oferta com mais profissionalismo, com vista a facilitar ainda mais o nosso reconhecimento como destino turístico; a ausência de ações concertadas e trabalha-das com uma perspetiva de “longo prazo” na promoção do

HOTELARIAConceição Ribeiro

FRONTLINE/51

PRIMEIRA PESSOA CONCEIÇÃO RIBEIRO

Viagem inesquecívelTanzânia

Hotel de sonhoSoneva Fushi

Restaurante preferidoEm casa

Carro de sonhoAsas para voar

Livro que tenha lido mais do que uma vezHistória de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar

Teatro ou cinemaCinema e teatro

Poema da sua vida“Soneto de Fidelidade”, de Vinicius de Moraes

Um lema“Não há impossíveis!”

Férias na praia ou na cidadeBarco ou campo

Cidade da sua infânciaPorto

Tem saudades de...De quem amo... e do mar, muitas vezes

Viveu tudo o que queria?Não deito nada fora mas... ainda há tanto para viver!...

Figura pública que admiraEinstein

destino. Mensagens coerentes e harmonizadas seriam uma boa ferramenta para quem fala em nome dos diferentes or-ganismos de promoção nacional e regional.

O que pensa sobre a formação profissional na área da hotelaria?Vejo que existe já de forma institucionalizada, por parte das escolas que integram cursos de hotelaria, uma preocupação em complementar a formação teórica e pedagógica dos jo-vens com formação prática e em contexto real de trabalho. Quando esta ponte entre a escola e os hotéis é bem feita, então a formação complementa-se com o que efetivamente tem de estar na preocupação dos profissionais de hotelaria: integrar com preparação um setor de atividade, por excelên-cia, prestador de serviços.Cada vez mais as escolas e os hotéis têm um papel pre-ponderante na consolidação formativa e na preparação dos recursos humanos, tendo em vista o rigor que presi-de a quem está, ou se quer aventurar, numa atividade tão única como a nossa.

Quais são os projetos para o futuro do Tiara Park Atlantic? O que está já pensado para 2013?Melhoria constante e consistente do produto que ne-cessita regularmente de “atualização”. As próximas in-tervenções terão lugar nas zonas públicas: lobby, restau-rante e salas de conferência.

BOLSA IMOBILIÁRIAby Sotheby’s Realty

52/FRONTLINE

MORADIA INDIVIDUAL VILAMOURA

Preço: € 800.000Referência: 4000030547Tel. 919 228 919

Moradia tradicional, implantada na extremidade do campo de golfe Old Course, e que goza de uma excelente localização, bem no cora-ção de uma área residencial de Vilamoura, um dos melhores destinos de golfe da Europa.A moradia encontra-se inserida num lote privado com 1676 me-tros quadrados, com uma área total de construção de 250 metros quadrados com jardim e piscina. Fazem parte do rés do chão duas suítes e um quarto, ampla sala de estar com lareira, sala de jantar com acesso direto ao jardim, cozinha equipada e sala de snooker. O primeiro andar tem um quarto com varanda e casa de banho.A sua arquitetura, de traça tradicional, beneficia das maravilhosas vistas para o campo de golfe. Para além disto, existe bastante espaço de jardim com árvores maduras, barbecue e bar. Tudo isto, aliado aos espaços verdes do 17.º tee e à sua localização, faz deste imóvel um recanto de tranquilidade ideal para férias, ou até mesmo para habi-tação permanente.

BOLSA IMOBILIÁRIAby Sotheby’s Realty

FRONTLINE/53

PALÁCIO JANELAS VERDESLISBOA

Preço: € 1.130.500Referência: 4000032468Tel. 919 228 919

Condomínio de prestígio em localização premium, constituído por 14 apartamentos.Apartamento com três quartos (uma suíte), sala com 60 metros quadrados, cozinha equipada com eletrodomésticos Gagennau, hall de entrada e terraço privativo com 30 metros quadrados (com pérgula e arranjo paisagístico).Possibilidade de expansão até 378 metros quadrados, que resulta de uma área de 203 metros quadrados no piso de baixo, a que acresce uma área de 175 metros quadrados no sótão, de uso ex-clusivo e com um pé-direito de 3 metros. Este espaço tem projeto aprovado para uma suíte e uma sala, mas pode ser alterado de acordo com as necessidades do cliente.

BOLSA IMOBILIÁRIAby Sotheby’s Realty

54/FRONTLINE

APARTAMENTO CONDOMÍNIO REI CAROLESTORIL

Preço: € 410.000Referência: 4000031916Tel. 919 228 919

Este apartamento está inserido num magnífico condomínio de luxo, num ambiente de requinte e sofisticação naquela que foi em tempos a casa do rei Carol II da Roménia.Localizado no Estoril, a dois passos do comércio local, do casino, de campos de golfe, court de ténis e da praia do Estoril (Tamariz), o apartamento tem uma área total de 125 metros quadrados e com-preende um hall, uma sala de 40 metros quadrados com lareira, um quarto, uma suíte, uma casa de banho social com duche, cozinha totalmente equipada e armários nos quartos e no corredor.Este exclusivo apartamento beneficia de uma atmosfera serena, excelente exposição solar, piscina e um jardim muito agradável e sossegado. Todas as divisões possuem luz natural e vista para o jardim. Na cave, encontram-se um lugar de estacionamento e uma arrecadação.Neste condomínio, o polo central é o original palacete do rei Ca-rol, que mantém o charme e a beleza que remontam à estadia do monarca em Portugal. O palacete, que pode ser usado por todos os moradores e seus convidados, compreende duas salas de estar muito acolhedoras com lareira, uma sala de jantar com acesso a uma cozinha equipada e ainda a cozinha de apoio à zona da piscina. Todo o palacete transparece tranquilidade e está muitíssimo bem decorado, num estilo predominantemente clássico, com paredes em trompe-l’œil.

Louça sanitária, móveis de sala de banho, bases de duche, banheiras, sistemas de hidromassagem e bem-estar, acessórios: Duravit é a solução ideal para a sala de banho completa. Badmagazin? Duravit Portugal, Rua Antoine de Saint-Exupéry, Alapraia, 2765-043 Estoril, Tel. 21 466 71 10, Fax 21 466 71 19, [email protected], www.duravit.com, www.duravit.com

PT_Anteprojectos_S1010_230x320mm.indd 1 14.10.11 13:34:13 Uhr

CHECK-INFontana Park Hotel

56/FRONTLINE

DESIGN E MODERNIDADE

Central, moderno e cosmopolita, o Fontana Park Hotel é o primeiro design hotel de Lisboa. Restaurado de uma forma atual, aprimorada por um conceito minimalista, o hotel descobre-se limpo de cores e de formas e ocupa o edifício onde outrora funcionou a metalúrgica Lisbonense.Personificando o variado e rico contexto cultural da cidade, esta é uma unidade confortável e atenta a cada detalhe. Atreva-se e descubra este “refúgio zen”, bem no coração de Lisboa.

CHECK-INFontana Park Hotel

56/FRONTLINE

CHECK-INFontana Park Hotel

FRONTLINE/57

DESIGN E

FONTANA PARK HOTEL

Diretor Gonçalo Coelho de Sousa

Rua Eng. Vieira da Silva, 2

1050-105 Lisboa

Tel. 210 410 600

E-mail [email protected]

CHECK-INFontana Park Hotel

58/FRONTLINE

Localizado na zona do Saldanha, em pleno coração da capital, a cerca de dez minutos do aeroporto de Lis-boa e a escassos passos da Avenida da Liberdade, o Fon-tana Park Hotel é um ótimo ponto de partida para um passeio à descoberta da cidade de Lisboa. Próximo do centro histórico, das zonas comerciais, apenas a alguns minutos das praias e dos campos de golfe, é uma unidade que apostou num minimalismo confortável e distinto.O projeto arquitetónico, da autoria de Francisco Aires Mateus, tirou partido das linhas do edifício e apostou nos contrastes entre o preto e o branco, de modo a valorizar cada detalhe. Nini Andrade Silva foi a designer de interiores e optou por uma decoração elegante e muito sóbria.

Os 139 quartos que compõem o hotel – 60 Fontana, 67 Superior, 9 Premium, um para clientes com incapacida-des, a Suite Executiva e a Suite Fontana – encontram--se distribuídos por sete andares e foram galardoados internacionalmente com o prémio de Melhor Design de Interiores, pelo European Design Awards, em 2008. Com uma decoração em tons de branco, preto e cin-zento e mobiliário contemporâneo, de linhas simples, os quartos são sóbrios e espaçosos, sem descuidar o conforto. Estes foram cuidadosamente desenhados e decorados, de forma a tornar a estada confortável e re-vitalizante. Todas as acomodações contam com ar condicionado, te-levisões plasma com sistema video on demand, telefone,

CHECK-INFontana Park Hotel

FRONTLINE/59

ligação à Internet, minibar e cofre eletrónico. Nas casas de banho, a cor dominante é o preto, o que se revela verdadeiramente surpreendente. Na Suite Fontana e nos quartos Premium, os hóspedes podem relaxar em banheiras com assinatura Philippe Star-ck e desfrutar do sistema de cor regulável. Cada uma das suítes dispõe de um terraço que oferece um privilegiado cenário urbano, ideal para se estar em boa companhia.

Para desfrutarNo piso inferior da unidade, os hóspedes são surpreen-didos por um magnífico e bucólico jardim interior, que convida a uma pausa entre bambus, uma cascata refres-cante e agradáveis zonas de estar.

Para despertar os sentidos e paladares, o Fontana Park Hotel conta com um bar e dois restaurantes que tiram partido das riquezas da costa marítima portuguesa. Assumindo-se como um dos espaços gastronómicos de eleição em Lisboa, o Saldanha Mar, que se encontra aberto para almoços e jantares, apresenta uma identida-de própria. Pleno de luz natural, aposta numa decoração moderna e oferece o melhor da gastronomia portugue-sa e mediterrânica. Ao almoço, a ementa sugere peixe fresco, de captura selvagem, grelhado no carvão, e pro-dutos do dia criteriosamente selecionados no Mercado 31 de Janeiro, que se localiza junto ao hotel. À noite o ambiente acolhedor faz-se à luz das velas, com uma oferta assente na dieta mediterrânica, onde a influência

CHECK-INFontana Park Hotel

60/FRONTLINE

e a assinatura da chef Paula Carção – chef executiva de todas as áreas de restauração do hotel – se fazem sentir em cada prato.Trazendo à mesa os paladares nipónicos, o Bonsai é um espaço intimista, em tons de preto e fúcsia, que funciona de quarta-feira a domingo, apenas para jantares. Sempre sob a tutela da árvore bonsai, com mais de 100 anos, é possível celebrar a cultura nipónica, apreciando as igua-rias elaboradas por Paula Carção.Por seu lado, o Fontana Bar Lounge pretende ser um ponto de encontro nas tardes de Lisboa. Para isso aposta em boa música, uma bebida ou uma refeição mais leve, ingredientes que apelam a dois dedos de conversa após um dia stressante de trabalho. Este é um espaço fashion que apresenta uma decoração exótica e trendy.

Viajar em negóciosSem esquecer os clientes que viajam em negócios, o Fon-tana Park Hotel disponibiliza nove salas de reuniões, que

se encontram apetrechadas com equipamentos mo-dernos, wireless e tradução simultânea. A sua deco-ração moderna e elegante revela-se perfeita para re-ceber reuniões, conferências, banquetes, workshops, eventos temáticos, congressos e festas privadas.As diferentes tipologias das salas adaptam-se às ca-racterísticas de cada evento, sendo que a sua capaci-dade total é de 400 pessoas. Mas o Fontana Park Hotel é também um hotel jovem, vocacionado para um público mais novo, com poder de compra, que viaja cada vez mais e que opta por hotéis de design. Muitos chegam seguindo o apelo de revistas internacionais, como a prestigiada Condé Nast Traveller, que o colocou na sua Hot List 2008. Mas também graças às sugestões de outros títulos, como o The New York Times ou o Financial Times, que chamaram a atenção para a combinação qualidade/preço, para o design e para a proximidade a locais de interesse.

Raindance® Select.My Shower Pleasure.

O duche nunca foi tão pessoal. Use o novoRaindance® Select Showerpipe para máximo prazerno seu duche. O chuveiro fixo, com a suaperformance XXL simula o efeito da chuva, ochuveiro de mão altera entre três jactos distintoscom um só click, e a termostática permite-lhearrumação sobre a elegante prateleira de vidro.

Conheça o Raindance® Select Showerpipe emhansgrohe-int.com/raindance

Tal como este, muitos dos produtos da Hansgrohe permitemuma poupança de água até 40%, reduzindo os consumos doutilizador e as emissões de CO2, graças à tecnologiaEcoSmart.Descubra quanto pode poupar com os nossos produtos emhansgrohe-int.com/savings-calculator

Visite a HANSGROHE PORTUGALRua Antoine de Saint-Exupéry - Alapraia2765-043 ESTORILTel. +351 21 466 71 [email protected]

Na Tailândia, a palavra “sawasdee” significa “bem-vindo”. É desta forma que os tailandeses, um povo afável e com um permanente sorriso nos lábios, recebem todos os turistas.Em Krabi e em Trang, duas regiões localizadas no Sul da Tailândia, esta saudação ganha uma dimensão ainda mais calorosa. Talvez por ambas as províncias se situarem junto ao mar de Andaman e par tilharem idênticas formas de natureza. Por estas bandas os turistas sentem-se efetivamente muito “bem-vindos”!

PROVÍNCIAS DE KRABI E TRANG

62/FRONTLINE

DESTINOSul da Tailândia

PROVÍNCIAS DE KRABI E TRANG

DESTINOSul da Tailândia

64/FRONTLINE

Abençoadas pela Mãe Natureza, com paisagens desenhadas no horizonte e praias em ilhas paradisíacas, Krabi e Trang estão em diferentes degraus no que res-peita ao desenvolvimento do turismo.Para quem apreciar a tranquilidade máxima e gostar de permanecer longe de um turismo mais massificado, Trang será o destino perfeito. Se, por outro lado, pre-fere um pouco mais de movimentação, com comércio e umas saídas noturnas, deverá incluir Krabi no seu ro-teiro de férias.No final do século XVIII, por ordem do governador, Kra-bi tornou-se na região tailandesa com a maior concen-tração de elefantes. Fruto desta decisão da época, ainda hoje é possível dar um magnífico passeio de elefante, atravessando rios e densas florestas tropicais.Com uma vista deslumbrante, Krabi encontra-se emol-durada por sumptuosos penhascos de calcário, que emergem do mar escondendo maravilhosas grutas e fan-tásticas ilhas, e florestas que dão passagem a belas cas-catas. Toda a província está inserida num vasto cenário de beleza natural e as colinas solitárias de calcário, exis-

tentes tanto em terra como no mar, são uma espécie de imagem de marca da região. Krabi conta com muitas e belas ilhas, pedaços de terra que escondem praias soberbas que quase passam des-percebidas ao olhar, sendo também sede de vários par-ques marinhos. Os destinos mais altos são as ilhas Hat Noppharat Thara, Ao Nang, Railay e Phi Phi. Ao todo são mais de 80 pequenas e maravilhosas ilhas para descobrir e praticar os mais diversos tipos de mergulho.No interior da província existem dois parques nacionais – o Khao Phanom Bencha e o Bokk-horani –, que con-tam com belas quedas-d’água e inúmeras grutas. Estes são excelentes locais para fazer caminhadas, observar pássaros e fazer passeios ecológicos. Na cidade existem pequenas comunidades de pescado-res, o comércio local está desenvolvido e o turismo é uma indústria importante.

Numerosas maravilhas naturaisTrang foi a primeira região da Tailândia a cultivar borracha, importada da Malásia pelo primeiro gover-

DESTINOSul da Tailândia

FRONTLINE/65

nador desta província. Desenvolveu-se economica-mente, tornando-se num centro de comércio com fortes ligações à China. Ainda hoje, as vastas planta-ções de borracha são uma das principais fontes de rendimento da população local.Trang ocupa uma área de aproximadamente 5 mil quilómetros quadrados e conta com numerosas ma-ravilhas naturais. Para os apreciadores da flora, é im-prescindível um passeio pelos parques naturais da região, locais onde a floresta tropical esconde va-riadas e raras espécies de árvores e plantas. Para os mais aventureiros, vale a pena organizar uma visita à gruta de Tham Le Khao Kop, onde é possível avistar 4 km de estalactites e estalagmites, ou uma passa-gem pelas mais de 20 belas quedas-d’água existentes na região.Continuando a ter como companhia a natureza, em Trang existem duas grandes reservas naturais – Namtok Khao Chong e o Parque Khlong Lamchan. Nestes locais podem observar-se animais selvagens, como esquilos, macacos, mangustos e veados.

Para os amantes do “spa natural”, impõe-se uma pas-sagem pela localidade de Amphoe Kan Tang, onde existem fontes termais naturais com uma beleza ím-par, águas com poderes curativos a uma temperatura que varia entre os 20 e os 70 graus.Na orla costeira, Trang possui um dos mais famosos parques nacionais marinhos: Mu Ko Phetra tem praias desertas, águas límpidas e quentes, num total de mais de 30 ilhas. Muitas delas são desertas e habitats natu-rais para as tartarugas desovarem. Os ricos recifes de corais também atraem numerosas espécies de peixes, e nas grutas, escondidas nos imensos penhascos de calcário, existe uma infinidade de ninhos de pássaros.A arquitetura em Trang apresenta uma mistura de estilos que se confunde entre a cultura chinesa e tailandesa. São muitos os templos que ainda hoje evi-denciam a presença do povo chinês nesta província.Trang é uma região com muitas e ricas tradições cultu-rais. No seu calendário anual são diversos os aconteci-mentos que oferecem oportunidades raras para experi-mentar e conhecer a cultura local.

DUBAISERENADE OF THE SEAS®

Partidas de Janeiro a Abril 2013

ARGENTINA E URUGUAISPLENDOUR OF THE SEAS®

Partidas de Dezembro 2012 a Abril 2013

CARAÍBASOASIS E ALLURE OF THE SEAS®

Partidas todo o Ano!

CRUZEIROS EXÓTICOS COM A ROYAL CARIBBEAN!

Consulte a sua Agência de Viagens Visite www.royalcaribbean.pt

SINTA-O COM A ROYAL CARIBBEAN!

Unforgettable 460x320 exoticos_2_Maquetación 1 27/09/12 14:33 Página 1

DUBAISERENADE OF THE SEAS®

Partidas de Janeiro a Abril 2013

ARGENTINA E URUGUAISPLENDOUR OF THE SEAS®

Partidas de Dezembro 2012 a Abril 2013

CARAÍBASOASIS E ALLURE OF THE SEAS®

Partidas todo o Ano!

CRUZEIROS EXÓTICOS COM A ROYAL CARIBBEAN!

Consulte a sua Agência de Viagens Visite www.royalcaribbean.pt

SINTA-O COM A ROYAL CARIBBEAN!

Unforgettable 460x320 exoticos_2_Maquetación 1 27/09/12 14:33 Página 1

A RESERVARSacramento

68/FRONTLINE

Os tailandeses têm duas grandes paixões: a família real e a gastronomia. Para comprovar e atestar esta velha máxima, impõe-se uma passagem pelo prestigiado Blue Elephant. Localizado em Banguecoque, este é um restaurante onde o requinte e o glamour se sentam lado a lado com o melhor que a cozinha tradicional tailandesa tem para oferecer.

Considerado por muitos um dos melhores res-taurantes do mundo, o Blue Elephant é uma das “joias gastronómicas” da capital tailandesa. Aberto desde 2002, conta com o talento e os segredos culinários da chef Nooror Somany, que se dedica, desde 1980, a espalhar a cozinha tailandesa pelo mundo. O primeiro restaurante Blue Elephant abriu em Bruxelas, mas outros se segui-riam. De Paris ao Dubai, Nooror Somany gere 12 res-

A RESERVARBlue Elephant

A COZINHA REAL TAILANDESA

taurantes e tem um programa semanal de cozinha num canal de televisão internacional.A explicação para o nome do restaurante é simples: “blue” (azul) é a cor real da bandeira tailandesa; “ele-phant” (elefante) é o animal que melhor representa a Tailândia. Como ver um elefante azul será algo para nunca esquecer, o mesmo deverá acontecer com este restaurante: uma visita inesquecível.

FRONTLINE/69

No menu, uma vasta oferta de sabores e aromas tailandeses varia entre o clássico e o contemporâneo. Tanto nos pratos ancestrais tailandeses como nos mais populares, ou mesmo nas criações dos chefs, rapidamente se percebe a excelência da cozinha do Blue Elephant.Coloridos e bem decorados, os pratos conseguem, mesmo antes da primeira prova, impressionar só pelo impacto vi-sual que causam. Frutas e legumes são apresentados como autênticas obras de arte, numa paleta de cores fascinante.Os ingredientes usados na confeção dos pratos são todos eles de origem local. Mesmo nos restaurantes localizados na Europa e no Médio Oriente, o Blue Elephant faz questão de importar todos os produtos alimentares da Tailândia.No que toca aos vinhos, o restaurante faz também questão de apresentar na sua lista o que de melhor se produz na Tailândia. Com uma cozinha rica e complexa em termos de sabores e aromas, cada tipo de vinho pode ajudar a encon-trar a harmonia desejada entre a comida e a bebida. Uma excelente junção, que conduz o visitante a uma experiência original e de grande qualidade gastronómica.

Edifício elegantePara completar o magnífico quadro, o Blue Elephant Bangkok funciona num belo e elegante edifício, datado de 1903 e renovado em 2000, o Thai Chine Building. Nos seus três andares, espalham-se várias salas de refeições, deco-radas em estilo tailandês, com paredes revestidas a ma-

deira, onde imperam inúmeras peças de artesanato local.Na verdade, uma refeição no Blue Elephant permite conciliar a autenticidade da cozinha tailandesa – respei-tando a tradição mas sem esquecer a inovação – com um ambiente requintado e um serviço afável.O Blue Elephant está aberto sete dias por semana, ao almoço, entre as 11h30 e as 14h30 horas, e ao jantar, entre as 18h30 e as 22h30 horas.

Uma escola de cozinhaNuma parte do Thai Chine Building funciona uma es-cola de cozinha. Interessada pela história da gastrono-mia tailandesa, Nooror Somany, juntamente com a sua equipa, dá aulas de cozinha, espalhando esta arte tailan-desa e partilhando alguns dos seus segredos.São vários os programas disponíveis para todos os que pretendem aprender um dos segredos mais bem guar-dados da Tailândia: a gastronomia. Vale a pena arregaçar as mangas e partir rumo a uma aventura culinária di-vertida e muito enriquecedora. Através da gastronomia também se consegue ensinar uma parte da história e dos costumes do país.É garantido que a aula começa e termina da melhor forma. No início, os alunos fazem uma visita ao merca-do, onde aprendem a conhecer, a escolher e a comprar os ingredientes que depois vão cozinhar. No final, de-gustam os manjares que eles próprios prepararam.

Morada233 South Sathorn Road, Yannawa, Bangkok 10120Tailândia

Tel. 0066 2 673 9353

Websitewww.blueelephant.com

SPATivoli Hotels & Resorts

70/FRONTLINE

Uma estrutura única, completamente abençoada pela Mãe Natureza, onde o Ho-mem não precisou de ter grande interven-ção nem imaginação. A simplicidade e a com-pleta ausência de luxos imperam, de forma a não beliscar o espaço natural que emoldura toda a área do Waree Raksa Hot Spring Spa.

O Waree Raksa é constituído por um spa e por uma estância termal diferentes. Escondido entre inúmeras árvores e densa vegetação, e tendo como música de fundo o chilrear dos pássaros e o ruído das águas, este é um espaço de cortar a respiração, capaz de devolver anos de vida a qualquer um que por lá passe.

ABENÇOADO PELA MÃE NATUREZA

70/FRONTLINE

SPAWaree Raksa Hot Spring Spa

Localizado a 40 km da praia de Ao Nang e a 25 km da cidade de Krabi, o Waree Raksa situa-se em Klong Thom, um dos distritos da província de Krabi mais ricos em bele-za natural. Inúmeras quedas-d’água, piscinas naturais e termais e uma vasta selva tropical compõem o cenário mágico.

A paisagem natural de Waree Raksa tem por si só um efeito tranquilizador no cor-po e na alma dos visitantes: água fresca da fonte, montanhas e uma floresta majestosa são ingredientes suficientes para contribuir para uma atmosfera calma e tranquila. Mas, para completar o cenário, o Waree Raksa

SPATivoli Hotels & Resorts

FRONTLINE/71

Uma calma e revigorante experiência de hidroterapia, que contribui para o bom fun-cionamento dos sistemas nervoso, circula-tório e respiratório.Nas “cabanas da margem do rio”, que não são mais do que agradáveis e simples es-truturas em madeira, reina o descanso e o silêncio, apenas interrompidos pelo som abafado de uma fantástica e tradicional massagem tailandesa.O menu não ficaria completo sem uma pas-sagem pela “área de tratamento”, um espaço privado e mais aconchegante, onde o visitan-te pode usufruir de uma massagem tailandesa, aromatizada com óleos naturais.

Programas especiaisO Waree Raksa oferece três programas dis-tintos. O “programa de dia inteiro” contem-pla uma visita ao mercado local de fruta, um tratamento de esfoliação corporal com ingre-dientes naturais, uma sessão de hidroterapia (piscinas quentes e frias, banho de ervas natu-

Waree Raksa Hot Spring Spa

P.O. Box 25, Krabi 81000 Tailândia

Tel. 0066 75 637 130-3

Website www.vacationvillage.co.th

E-mail [email protected]

rais, ioga tailandesa, massagem ao pescoço e ombros), um tratamento de corpo com leite hidratante, um almoço natural tailandês, uma mostra de artesanato local, terapia para os pés e, por último, uma massagem tailandesa.Para os que não dispõem de um dia inteiro, o spa oferece um “programa de meio dia”, mais reduzido mas igualmente atrativo.Para os amantes do sol e do mar, nada me-lhor do que o “Sun Lovers & Lavender Bath”, um programa que visa proteger a pele das agressões causadas pelos raios UV. Este tra-tamento consiste na aplicação de substâncias naturais que protegem e nutrem a pele e conta ainda com uma sessão de hidroterapia nas fontes naturais, através de um relaxante banho numa essência de lavanda.O Waree Raksa é propriedade do grupo Vacation Village, que desenvolve e adminis-tra, desde 1987, resorts e spas localizados na zona de Krabi. O primeiro resort foi o Phra Nang Inn, seguido do Phra Nang Lanta e do spa Waree Raksa.

oferece um serviço afável e um menu di-versificado de terapias naturais. A massagem tailandesa é capaz de viciar mesmo os mais céticos e desligados do tema.O spa, que fica situado numa das margens do rio Klong Thom, tem duas fontes de água a uma temperatura natural que varia entre 40 e 42 graus. Descobertas por um acaso, em 1989, quando se procedia às escavações para construir uma das lagoas do spa, as águas des-tas fontes são claras e inodoras. A água, com um PH de 6,9, é também muito rica em mine-rais benéficos para a saúde.

Relaxamento totalNo espaço ao ar livre encontra-se uma “fon-te termal” que junta seis piscinas. Estas foram projetadas para que as suas águas se mistu-rem e originem diferentes níveis de tempe-raturas naturais em cada uma delas. Aqui, a terapia consiste em mergulhar, alternadamen-te, o corpo numa piscina de água fria (entre 15 e 20 graus) e quente (entre 38 e 45 graus).

por Ana Laia

Se o que pretende são alguns dias diferentes, em pleno contato com a natureza, faça-se à estrada e escolha como companhia uma eBike. Esta bicicleta elétrica lançada pela smart, uma marca da Daimler, é ideal para descobrir os cantos e recantos de Portugal, sem prejudicar o meio ambiente.

PRONTO PARA PEDALAR?

72/FRONTLINE

EM DESTAQUEeBike

FRONTLINE/73

PRONTO PARA PEDALAR?

FRONTLINE/73

Andar de bicicleta “fortalece o corpo e a alma”. Este é o resultado final de um relatório elaborado pela Universidade Alemã do Desporto. O mesmo documen-to refere ainda que “as pessoas que andam de bicicleta regularmente poupam muitas visitas ao médico” e acres-centa que “muitas pessoas com problemas como dores de costas, excesso de peso ou doenças cardiovascula-res, podiam desfrutar de muitos anos de boa saúde se usassem a bicicleta mais vezes”. Contudo, muitas vezes o simples facto de pensarmos que, para passear de bicicle-ta, temos de gastar muita energia a pedalar, faz com que essa ideia seja posta de parte. Mas esta desmotivação pode ser ultrapassada, pois a smart lançou no mercado a eBike (electric bike), uma bicicleta elétrica desenhada para curtas deslocações dentro da cidade ou para passeios relaxantes e muito divertidos. A sua principal vantagem é que chegou para tornar o ato de pedalar muito mais fácil e tentador.Por se tratar de um veículo elétrico, a eBike conta com uma bateria de lítio com a capacidade de 423 watts/hora. Segundo a marca, e dependendo do ciclista e da sinuosidade do percurso, esta bicicleta é capaz de fazer

uns impressionantes 100 km numa só carga. De refe-rir que a bateria está localizada no ponto central do chassis, o que constitui uma ajuda no equilíbrio e no controlo da bicicleta.Quando necessitar de carregar novamente a bateria, basta apenas que a ligue a uma qualquer tomada elé-trica e que espere cinco horas pela carga completa. Na eventualidade de não existir nenhuma ligação elétrica disponível, a bicicleta pode ser carregada pelo próprio pedalar, bastando, para isso, que o condutor selecione um dos quatro programas de carregamento no painel de informações localizado no guiador.

Atributos de excelênciaTendo como missão o controlo das funções básicas da smart Bike, o painel de informações permite, por exemplo, obter informações sobre o nível de carga, a velocidade ou a distância percorrida. Quando remo-vido, impede o funcionamento da bicicleta. No fundo, o painel funciona como um computador de bordo com chave incluída. Apresenta ainda um suporte op-cional para o smartphone, que possibilita que o te-

EM DESTAQUEeBike

74/FRONTLINE

lemóvel seja carregado à medida que o sistema de navegação é utilizado.Embora preencha todos os requisitos do código da estrada, a eBike conta com um design simples mas ti-picamente smart, que agrada logo ao primeiro olhar. Em termos de novidades, destaque para a travagem regenerativa – quer dizer que, de cada vez que o siste-ma de travagem da bicicleta é usado, a energia cinética é utilizada para carregar a bateria. Com o sistema de carregamento em movimento, as descidas longas e ín-gremes são ideais para recuperar parte da carga.

Descobrir as Aldeias do XistoO uso da bicicleta está a atravessar uma fase mui-to trendy com a utilização deste veículo em grandes cidades a aumentar a olhos vistos. Mas optar por utilizá-la para desfrutar de um fim de semana dife-rente é algo cada vez mais comum. Se o que pretende é realmente gozar de uns dias em pleno contato com a natureza, aventure-se na sua eBike e descubra as 27 Aldeias do Xisto que se encontram distribuídas pela Região Centro, num ter-

ritório de enorme beleza, e que oferecem experiên-cias únicas.Em termos de produção gastronómica, artesanato, alo-jamento e animação cultural, as Aldeias do Xisto desta-cam-se pela apresentação de produtos, serviços e profis-sionais de excelência. Das coisas da terra fazem-se novos produtos. Um rio transforma-se em pista de canoagem. Numa floresta, faz-se um trilho para caminhadas. Uma tradição antiga transforma-se num evento cultural único. Há praias fluviais de água puríssima, monumentos, caste-los e museus para ver. Dá gosto falar com as pessoas e partilhar as suas tradições, artes e histórias. E com base no imaginário rural, criam-se objetos de design inovador disponíveis na Rede de Lojas das Aldeias do Xisto.Nós deslocamo-nos até Proença-a-Nova de Vito, uma gara-gem muito espaçosa para transportar esta e outras bicicle-tas, e deslizámos pelas bonitas aldeias ao volante da eBike. Constatámos o seu excelente desempenho em qualquer piso, a subir ou a descer sempre em grande estilo.Faça parte do desafio, desfrute da natureza envol-vente e descubra, com a sua eBike, uma região que é um verdadeiro tesouro nacional.

SOBRE RODASMotos BMW

FRONTLINE/77

PAIXÃO SOBRE RODASA paixão por motos não se explica, é algo que se sente quando se viaja sobre duas rodas. O destino não é importante, o que mais fascina é o vento a bater no rosto, o asfalto a passar rapidamente por baixo dos pneus, pequenas e ousadas ultrapassagens que nos fazem sentir verdadeiramente “donos da estrada”. Se concorda com todas estas afirmações, vai gostar de conhecer os três diferentes modelos BMW que selecionámos e lhe apresentamos. Dependendo da situação, escolha a melhor moto para si e para as suas aventuras!

O luxo desprovido de excessos eleva-se a um nível superior. No topo desta evolução encontra-se a K 1600 GTL – uma tourer moderna de classe superior. Com o motor de seis cilindros em linha mais compacto e mais eficiente, jamais montado numa moto de série, a K 1600 GTL apresenta uma ergonomia que permite ao condutor e ao passageiro percorrer muitos quilómetros descontraida-mente com o mais elevado nível de conforto. A construção estreita do banco do condutor e o guiador em posição recuada permitem adotar uma postura descontraída du-rante horas e centenas de quilómetros. Por outro lado, o passageiro dispõe de um banco largo e de um encosto que lhe asseguram total conforto mesmo em viagens longas.Disponível pela primeira vez numa moto, o farol adap-tativo (integrado no equipamento especial) revela-se

uma revolução que se adequa, de forma perfeita, à dianteira visionária da K 1600 GTL, proporcionando o mais elevado nível de segurança ativa.Oferecendo uma sensação de condução direta atra-vés da pioneira suspensão dianteira Duolever, na traseira, é o sistema Paralever que transmite a po-tência para o asfalto. O ESA II (Ajuste Eletrónico da Suspensão), disponível opcionalmente, garante uma condução sempre suave na GTL, permitindo afinar a compressão e a expansão de acordo com a situa-ção de condução ou a sua preferência, através de um simples botão. Esta é uma moto para quem procura um novo tipo de supremacia, e cada pormenor foi concebido para conceder o máximo prazer de condução.

SOBRE RODASMotos BMW

78/FRONTLINE

Partir à aventuraPorque não arriscar? Este é o lema da G 650 GS. Seja na cidade ou nos trilhos de gravilha, com esta moto qualquer terreno está controlado.Dando continuidade à história de sucesso dos moto-res monocilíndricos da BMW Motorra, a moto goza de um estilo irrepreensível – uma potência de 48 cv (35 kW) às 6500 rpm e um binário máximo de 60 Nm às 5000 rpm. Os seus consumos são também im-pressionantes: 3,2 litros de gasolina por cada 100 km (a uma velocidade constante de 90 km/h). Os mais inexperientes podem optar por limitar a potência do motor a 34 cv (25 kW). O prazer de condução na G 650 GS é também emocionan-te. Seja qual for o caminho que escolher, em estrada ou em terrenos difíceis, a fiabilidade e a ciclística comprovada com amortecedor central montado no braço oscilante garantem uma excelente maneabilidade.A integração na família Enduro é reforçada com este modelo, pela posição de condução direita e um curso de suspensão de 170 mm na roda dianteira e de 165 mm na roda traseira. A altura moderada do banco, com 780 mm, e a possibilidade de instalar uma suspensão rebaixada alargam, ainda mais, o vasto leque de utilizadores.

A G 650 GS é robusta, potente e, no entanto, extrema-mente leve, registando apenas 192 kg (com depósito cheio). Com baixos consumos, é uma moto que não se limita aos principiantes. As linhas elegantes e a imagem atlética conferem-lhe um ar jovem e típico do segmen-to Enduro, que reflete uma condução simples e divertida, sempre agradável. A decoração também não passa des-percebida, seja com o vigoroso vermelho “orange” ou com o puro branco “aura”.O equipamento opcional desta BMW Enduro inclui pro-teções para as mãos, proteção para o motor em alumínio, vidro defletor alto e umas práticas malas Vario. A lista de equipamento especial torna-a ainda mais segura: o des-canso central melhora a estabilidade, os punhos aquecidos proporcionam maior conforto e o ABS evita o bloqueio das rodas em travagem.Com a G 650 GS a diversão vai ser completa. Arranque e dê início à sua aventura.

Pensada para a cidadeA cidade é a essência do nosso tempo. Fascinante e ao mesmo tempo desafiante, é um mundo em fluxo.Nas grandes metrópoles, os espaços de estacionamento são cada vez mais raros, as estradas estão mais congestio-

SOBRE RODASMotos BMW

FRONTLINE/79

nadas e demora-se cada vez mais tempo para ir do ponto A ao B. Com este cenário, urgem novas soluções que vão permitir que as pessoas adaptem a sua mobilidade às suas necessidades individuais, veículos que permitam uma utili-zação inteligente e eficiente do espaço disponível.É neste sentido que as duas rodas motorizadas flexíveis oferecem uma tecnologia acessível e pormenores inte-ligentes que facilitam as deslocações diárias. Viajar para qualquer destino na cidade, nos arredores ou ainda mais longe, é fácil e confortável – sozinho ou com passageiro, com ou sem bagagem. O futuro urbano vai ser conduzido em duas rodas.A nova C 600 Sport é perfeita para quem procura uma solução de mobilidade inteligente. Esta Maxi-Scooter oferece uma excelente maneabilidade e um sistema de transmissão impressionante. O desenho cativante no característico estilo BMW vai certamente captar as atenções na cidade.Assim que ocupar os comandos da C 600 Sport vai per-ceber que é uma verdadeira BMW, na qual se destaca um elevado prazer de condução combinado com o apelo de soluções cuidadosamente desenvolvidas: o compartimen-to grande para arrumação, de dimensão variável, define elevados padrões em termos de conforto e funcionalida-

de. Já o vidro defletor ajustável permite perceber por que razão conduzir uma C 600 Sport não só é confortável como uma experiência desportiva. Com esta Maxi-Scooter vai realizar todos os percursos diários não só de forma mais simples como mais diver-tida. A combinação entre uma excelente maneabilidade e um desempenho impressionante é algo que não vai poder deixar de sentir.Outra das opções nesta área é a C 650 GT. A potência do seu equilibrado motor com 60 cv (44 kW) é especial-mente vantajosa para longas distâncias. Nestes casos e em muitas outras situações vai apreciar o excelente conforto. Na cidade, esta Maxi-Scooter oferece uma nova sensação de liberdade e independência. Além de tudo isto, apresen-ta o maior espaço de bagagem da sua classe, juntamente com uma excelente proteção aerodinâmica. Com um excelente desempenho, a C 650 GT mantém um baixo nível de consumos. A luz diurna em LED – um elemento de segurança único – está disponível apenas na BMW Motorrad. Pormenores inteligentes, como o travão de estacionamento integrado no descanso lateral, o vidro defletor de regulação elétrica e o sistema de fecho centralizado, vão convencê-lo do poder inovador desta Maxi-Scooter.

80/FRONTLINE

MOTORESMazda CX-5

MOTORESMazda CX-5

FRONTLINE/81

EXTREMAMENTE COMPETITIVO

Com um prazer de condução melhorado, que vai muito para além do convencional, o Mazda CX-5 marca o início de uma nova era na marca. Este crossover/SUV é o primeiro exemplo de uma nova geração de veículos e encerra o melhor de vários mundos, num equilíbrio perfeito entre agradabilidade, segurança e sustentabilidade.

FRONTLINE/81

MOTORESMazda CX-5

MOTORESMazda CX-5

82/FRONTLINE

Aquele que é o primeiro modelo Mazda a adotar a completa e avançada tecnologia SKYACTIV da Mazda, o CX-5, apresenta propostas mais eficientes, mais agra-dáveis e mais ambientais e lidera a nova ofensiva rumo a uma nova geração de produtos da marca. Numa inédita conjugação entre design, engenharia e produção, os criadores do SKYACTIV resolveram com sucesso os conflitos existentes até aqui, crian-do uma linha de motores, transmissões, carroçarias e chassis que oferecem um novo nível de performance. A equipa de desenvolvimento deste novo e especial modelo focou-se em quatro valores-chave: no que se refere ao apelo visual do CX-5, destacam-se o seu de-sign emocional, bem como a funcionalidade interior e os detalhes de acabamentos. A sustentabilidade foi também uma prioridade, tanto em termos de cunho ambiental do veículo como de segurança. Por fim, a resposta previsível em termos de dinâmica de condução foi também obri-gatória no mais recente modelo da Mazda.

Motores exclusivosOs exclusivos motores do CX-5 integram todas as qualida-des que enchem de orgulho os seus proprietários, oferecen-do excelentes níveis de binário, de resposta e de economia

de combustível. Exemplo do mais recente desenvolvimento do “Zoom-Zoom Sustentável”, o CX-5 faz precisamente o que um condutor pretende, reagindo conforme o esperado.Tira, igualmente, partido dos frutos da estratégia de redução de peso da Mazda. Mas ao mesmo tempo que procuravam o emagrecimento em quilogramas, os engenheiros manti-veram-se concentrados na melhoria em termos de força e de segurança. E é, efetivamente, um automóvel seguro: para além da segurança passiva inerente ao muito completo pro-grama SKYACTIV, aplicada aos chassis e carroçarias, o CX-5 conta com um conjunto de tecnologias de segurança ativa, até aqui inéditas no segmento, ao mesmo tempo que oferece ao condutor um bom campo de visão.Um olhar sob o capot do CX-5 irá revelar um dos dois blocos de elevada eficiência, motores de quatro cilin-dros a diesel, emparelhados com caixas de velocidades manuais ou automáticas de seis velocidades e transmis-sões às duas (FWD) ou às quatro rodas (AWD). Inde-pendentemente da sua combinação, todos os CX-5 in-tegram o sistema i-stop, exclusivo da Mazda, que permite importantes poupanças de combustível e garante o re-arranque mais rápido do mundo.A essência dos motores SKYACTIV visa tornar o mais efi-ciente possível o processo de combustão interna.

MOTORESMazda CX-5

FRONTLINE/83

A equipa de desenvolvimento dos chassis e das carroçarias para o novo Mazda CX-5 concentrou-se nos elementos mais essenciais. Ou seja, pretendeu melhorar o que sabe bem, maximizando o desempenho global, enquanto man-tém a economia e a sustentabilidade em foco através da minimização do peso. O resultado: um SKYACTIV-Chassis e SKYACTIV-Body a par com as potentes, desportivas e eficientes motorizações SKYACTIV do CX-5. Um outro ele-mento convincente do conceito Jinba Ittai, é o sentimento de unidade entre condutores e os seus automóveis. Proje-tados a partir do zero para toda uma nova geração de pro-dutos perfeitamente harmoniosos, providenciam uma expe-riência de condução previsível e que responde ao condutor.Pretendendo dar um salto significativo no domínio do controlo do veículo, os engenheiros reviram a totalidade dos sistemas de suspensão e de direção. Como resultado, os novos SKYACTIV-Chassis do CX-5 proporcionam um nível de qualidade de condução fora do comum para um SUV pequeno. A sua construção de baixo peso inclui uma suspensão de amortecedores à frente e uma solução multi-link atrás, juntamente com uma variedade de altera-ções de design. A qualquer velocidade, vêm à mente palavras como “preciso” e “previsível”, quer o tema tenha a ver com aceleração, com curvas, estabilidade em alta velocidade ou

travagem. Os condutores sentem-se seguros num veículo que equilibra agilidade e estabilidade, sem comprometer o conforto ou segurança.Com a sua versatilidade interior, capacidade de resposta previsível e liderança em termos de consumos e emis-sões de CO2, o Mazda CX-5 faz elevar a fasquia no seg-mento dos SUV compactos na Europa.

Design desportivoA Mazda optou por um design desportivo e que se impusesse, que o mesmo resultasse no maior equilí-brio possível entre forma e funcionalidade, tal como o desempenho. Daí a combinação do que se poderia esperar de um crossover/SUV, numa aparência ativa e poderosa, com um estilo dinâmico e emocional, ca-racterístico da Mazda.O forte carácter do CX-5 sente-se de imediato na ro-busta secção frontal e nas cavas das rodas salientes. A sua postura inclinada para a frente é uma reminiscência de um ciclista na linha de partida, um pouco antes de ter início a corrida, e a colocação da cabine para trás lembra um predador que se prepara para atacar. O resultado final traduz-se numa forma atlética e digna, que destaca o novo Mazda entre os outros SUV do mercado.

MOTORESMazda CX-5

84/FRONTLINE

Estendendo-se entre faróis, a nova grelha dianteira é uma marca registada da linguagem de design KODO, que expressa força e profundidade. Por sua vez, a grelha trapezoidal mais baixa contribui para a postura sólida do veículo e concentra a atenção na secção frontal. Os guarda-lamas proeminentes e as superfícies vincadas au-mentam, ainda mais, a forma resistente e elegante do CX-5, uma vez mais diferenciando-o de um SUV típico. O spoiler traseiro não só é desportivo, como também me-lhora a aerodinâmica. Os para-choques também dão o seu contributo à performance: concebidos num material resinoso especialmente desenvolvido para o efeito, mos-tram-se tão rígidos como os para-choques convencionais, sendo cerca de 20% mais leves. E até as óticas traseiras, em forma de asa, tal como os faróis da frente, dão um toque único, principalmente quando iluminadas à noite.

Nível de qualidade extremoNo interior, a Mazda criou um habitáculo orientado para o condutor com um estilo sólido e maduro, o qual reflete toda a força e robustez exterior do CX-5. Sem surpresas, pois trata-se de um Mazda, o denominado “look & feel” interior ressalta a costela desportiva do modelo.O objetivo era criar um espaço que atraísse as pessoas a quererem entrar para o automóvel e conduzi-lo. E o habi-

táculo dá verdadeiramente as boas-vindas, incorporando o poder da temática de design KODO e oferecendo um novo nível de qualidade de construção, juntamente com notáveis níveis de ergonomia e uma excelente vista da estrada.Os bancos são, também eles, novos. Expressando uma simplicidade sólida, parecem e são desportivos, propor-cionando uma aderência lateral e vertical soberba, com melhor apoio de coxas e lombar de sempre, sem nunca comprometer o conforto do condutor ou dos passagei-ros, mesmo em viagens mais longas. Por sua vez, o painel de instrumentos é digno de um SUV robusto, mas a sua forma inspira-se no lendário roadster Mazda MX-5. O design longitudinal do lado do condutor, particularmente a zona dos velocímetros, assemelha-se a um cockpit e produz uma sensação de impulso para a frente, antecipando a esperada condução.Quanto aos materiais utilizados, o modelo recorre ao couro e a dois tipos de tecido nos bancos e nos acaba-mentos. Estão disponíveis duas cores: preto (para um ape-lo puramente desportivo) e areia (para um aspeto mais brilhante). O pacote de equipamento dos níveis superio-res recorre a acabamentos em couro com uma elegante costura em duas cores e perfurações de tamanho ideal para absorver o som. Enquanto isso, as variantes em teci-do maximizam a imagem do CX-5, desportiva e poderosa.

ON THE ROADSuzuki Swift

86/FRONTLINE

ON THE ROADMercedes Classe C Coupé

O novo Honda Accord foi alvo de alterações estéticas e de equipa-mento, apresentando uma nova imagem ainda mais elegante. Simul-taneamente, foram revistos os níveis de conforto de condução e ma-neabilidade, neste modelo que tem agora emissões mais reduzidas.A alteração mais significativa no exterior está no novo dese-nho da zona dianteira do Accord. Na traseira, apenas o qua-tro portas tem alterações, com os farolins traseiros em aca-bamento vermelho para a luz da marcha-atrás e piscas que complementam as luzes de nevoeiro e a introdução de um acabamento cromado por cima da placa de matrícula.No interior, ambas as versões recebem novas cores nos acaba-mentos metálicos já existentes e puxadores das portas.Todas as motorizações disponíveis têm agora emissões mais reduzidas. Estas reduções foram alcançadas através da dimi-nuição da fricção interna do motor combinado com uma série de medidas de melhoria aerodinâmica na parte inferior do

AINDA MAIS ELEGANTEchassis, incluindo um defletor dianteiro e cobertura da su-bestrutura traseira também com maiores dimensões. Foram também reduzidas as perdas friccionais nas rodas e nos pneus, através de rolamentos de baixa fricção e pneus de baixa resis-tência ao rolamento.Na versão Sedan, regista-se uma redução de emissões para 138 g/km (Elegance) e 141 g/km (Lifestyle e Executive). Na versão Tourer, as emissões são agora de 143 g/km (Elegance) e 146 g/km (Lifestyle e Executive).Todas as versões tiveram alterações ao nível do isolamento e suspensão, de forma a melhorar o já excelente conforto a bordo. Em termos de isolamento, foram reforçados os ma-teriais isolantes do motor e do habitáculo. A espessura dos vidros traseiros também aumentou, para elevar o conforto dos passageiros. A suspensão foi melhorada, para maior esta-bilidade a alta velocidade e conforto em pisos deteriorados.

ON THE ROADHonda Accord

ON THE ROADBMW Série 3

FRONTLINE/87

ON THE ROADRenault Mégane RS

O novo Mégane RS não é só um concentrado de emoção. Tal como toda a restante gama Renault, beneficia da garantia in-tegral de cinco anos ou 150.000 km, que é a melhor prova da qualidade e fiabilidade dos modelos da marca.A nível estético, as alterações são apenas de pormenor, so-bressaindo um novo conjunto LED de maiores dimensões, a máscara negra nos faróis dianteiros, as novas jantes de 18 e 19 polegadas – entre as quais as da nova versão Megane Coupé RS Red Bull –, bem como um filamento em vermelho na em-blemática lâmina F1 situada abaixo da grelha e também nos painéis laterais, perto do guarda-lamas. No interior, nada de novo a assinalar, impressionando as ba-quets Recaro em couro ou tecido, as várias gravações “Renault Sport”, o volante, a manete da caixa de velocidades e os ma-nómetros vincadamente desportivos, os pedais em alumínio e, claro, o RS Monitor.Identificadas as novidades estéticas do novo Mégane RS em re-lação à geração precedente, é altura de falar do seu motor, o mesmo bloco de quatro cilindros turbocomprimido, com 2.0 cc de cilindrada, mas com 265 cavalos de potência e 360 Nm de binário. Ou seja, mais 15 cavalos e 20 Nm de binário que o anterior modelo, o que o torna ainda mais rápido do que o Coupé RS.Com ajudas eletrónicas ligadas ou desligadas (exceção feita ao ABS, claro) o Mégane RS é sempre entusiasmante, viciante e estonteante, um digno herdeiro de uma geração de compac-tos desportivos que, há várias décadas, marcam a história da indústria automóvel.E sempre que se aciona o corte das ajudas eletrónicas à con-dução – pressionando o botão do ESP mais prolongadamente – o Mégane RS beneficia dos 15 cavalos e dos 20 Nm adicio-nais (com as ajudas ligadas, a potência fica “limitada” a 250 cv), mas também de um curso de acelerador mais curto e reativo. Um autêntico mimo para os muitos que sabem e tiram prazer de uma pilotagem pura…

EMOÇÃO SEM LIMITESMas o Mégane RS tem o condão de se adaptar a todos os con-dutores, estados de espírito ou até circunstâncias, já que, na realidade, nem sempre estão reunidos os pressupostos para um desfrutar pleno do prazer de pilotar. É aí que entra o RS Dynamic Management, um sistema que não é possível encon-trar em nenhum outro modelo do segmento (é mais comum nos superdesportivos) e que, para além das múltiplas informa-ções técnicas (e não só) que dá ao “piloto”, permite escolher três diferentes níveis de assistência eletrónica à condução.

ON THE ROADHonda Accord

ON THE ROADMini Countryman

88/FRONTLINE

RESPEITO PELO MEIO AMBIENTEA exigência de um maior respeito pelo meio ambiente aliada ao prazer de conduzir deu origem ao Peugeot 3008 Hybrid, o novo crossover “full hybrid” que inaugura, na Peugeot, a as-sociação virtuosa do diesel e da eletricidade. A fusão destas duas forças constitui um desafio tecnológico e ambiental e renova as sensações de condução.Com o seu estilo único e linhas originais que o valorizam, o crossover 3008 confirma a sua personalidade, que evoca, ao mesmo tempo, potência e segurança, e distingue-se pela sua tecnologia de ponta.Graças aos seus quatro modos de utilização, que podem ser facilmente selecionados, este modelo convida o condutor a descobrir quatro universos distintos. A simplicidade do modo Auto – o mais citadino –, permite que o veículo faça a gestão adequada das transições entre o motor térmico e o motor elétrico. Com o ZEV 100% elétrico é possível desfrutar da tranquilidade de um silêncio total. De referir também o de-sempenho e o domínio do modo Sport e uma maior seguran-ça e liberdade do 4WD (quatro rodas motrizes). Estes praze-

res únicos associam-se a um consumo médio 35% inferior em comparação com a atual geração de motores diesel. O 3008 Hybrid4 controla o seu consumo, em percurso misto, a partir de 3,8 l/100 km, e 99g de CO2.De modo a reduzir, ao máximo, os níveis de consumo, a bateria instalada na traseira do automóvel é carregada durante a ace-leração e a travagem, permitindo, assim, a utilização de energia.O design deste automóvel emana uma personalidade forte e dinâmica, com uma arquitetura exterior e uma carroçaria com genes de SUV, de monovolume e de berlina. À frente, os faróis têm uma expressão única, com a integração de uma barra de LED. A dianteira contribui para moldar o seu carácter es-tatutário e aventureiro, com um para-choques dianteiro que reforça estas aspirações “off road”, graças aos para-choques instalados na continuidade dos faróis.Atrás, os guarda-lamas arredondados alojam os faróis que re-ceberam um tratamento particularmente tecnológico. O spoiler traseiro, bicolor com uma secção em preto brilhante, contribui para a sua assinatura visual e o seu desempenho dinâmico.

ON THE ROADPeugeot 3008 Hybrid

90/FRONTLINE

SOCIALInternational Club of Portugal

108

5 6 7

9

21

3 4

FRONTLINE/91

SOCIALInternational Club

of Portugal

11

13

12

14 15

O ministro da Solidariedade e da Segurança Social, Pedro Mota Soares, foi o orador convidado de mais um almoço-debate do prestigiado International Club of Portugal, que teve lugar no Fontana Park Hotel.Durante a sua intervenção, o ministro sublinhou que “conse-guimos reduzir 30% nos consumos intermédios da Segurança Social, em 22% o número de dirigentes, ou seja menos 356 dirigentes da Segurança Social, as despesas de administração em 14%, as estruturas e cargos em menos 51,7%”. “Só assim conseguimos reforçar 16% da verba em ação social”, repre-sentando “254 milhões de euros para ação social que de outra forma nunca existiriam”. O ministro afirmou ainda que “as instituições sociais são par-ticularmente importantes na dinamização da economia. São

“A IMPORTÂNCIA DA ECONOMIA SOCIAL EM TEMPOS DE CRISE”

| 3. Choi Man Hin, embaixador da Alemanha e embaixador da Coreia | 4. Eduardo Catroga e Luís Alves Monteiro | 5. Anabela César, João Pulido e Manuel Agrela

| 6. Rogério Alves e convidado | 7. João Rodrigues e Eugénio Monteiro | 8. Adil Jussub e João George | 9. Carlos Fortes e Joaquim Patrício | 10. André Caldas e

Gonçalo Carrilho | 11. Francisco Pinto Balsemão, Luís Alves Monteiro e António Ponces de Carvalho | 12. Manuel Agrelo e Pedro Ferraz da Costa | 13. Luís Melo e

Fernando Neves de Almeida | 14. Leonel Neves, Ana Juma e Nuno Ramalho | 15. Manuel Pombo Cruxinho e convidada

elas que, muitas vezes, sobretudo em zonas desprotegidas, são o agente económico de excelência, dinamizando econo-mias locais, sendo fonte de emprego e contrariando até a tendência da balança comercial, ao não importarem e antes consumirem muitos dos produtos da região onde estão inse-ridas. Constituem um setor que hoje emprega cerca de 250 mil pessoas e que não se deslocaliza e com facilidade dá em-prego a pessoas mais idosas, sendo muitas vezes dos poucos agentes integrantes de pessoas com deficiência. O terceiro setor é responsável, hoje, por cerca de 5,5% do PIB, mas pode e consegue, mesmo em contraciclo, ser fator de crescimento e de aumento de oferta”.Participaram no evento, como habitualmente, vários embaixa-dores, empresários, gestores e políticos de todos os quadrantes.

LIVROS

92/FRONTLINE

“Foi sempre pelos olhos dos nossos poetas que o português viu mais longe e mais fundo.

O ANIMAL SOCIALDavid BrooksD. Quixote

Ao longo dos séculos foram escritos milhões de livros sobre o sucesso e como ser bem sucedido. Porém, essas narrativas ocorrem normalmente à superfície dos hábitos sociais. Com O Animal Social, David Brooks procurou, através da história de um casal normal, mostrar o lado mais íntimo e as explicações desconhecidas para o sucesso. Uma das descobertas centrais deste estudo é que somos mais do que fruto do nosso pensamento consciente. Somos, sobretudo, resultado do pensamento que decorre abaixo do nível da consciência.Com este livro, o colunista do N.Y. Times David Brooks desvenda novas perspetivas de olhar a natureza humana do ponto de vista das ciências cognitivas – com implicações pesadas a nível económico e político, assim como no nosso próprio autoconhecimento.

TRIÂNGULOPedro Garcia RosadoASA

Joel Franco, Rosa Custódio e Jaime Paixão foram amigos e colegas na Faculdade de Direito e, mais tarde, entraram todos na PJ. Os seus caminhos, entretanto, afastaram-se, até que um caso que envolve um primeiro-ministro extremamente colérico volta a uni-los, mas da pior maneira. Jaime Paixão é agora adjunto do ministro da Justiça e Joel trabalha na Secção de Homicídios da PJ, quando Rosa Custódio é encarregada de dirigir uma equipa que se vê a braços com o cadáver da namorada do primeiro-ministro. E, enquanto Rosa procura contornar os obstáculos políticos que dificultam a descoberta da verdade, devido às manobras de um pequeno grupo de conspiradores, entre os quais se encontra Jaime Paixão, o inspetor Joel Franco lança-se numa cruzada pessoal.

TER OU NÃO TERBranko Milanovic Bertrand Editora

Quem foi a pessoa mais rica do mundo? O local onde nascemos afeta a quantidade de dinheiro que teremos ao longo da vida? Como o podemos saber? Por que razão, além de mera curiosidade, interessam estas questões? Em Ter ou Não Ter, Branko Milanovic, um dos especialistas mundiais em questões centradas na riqueza, pobreza e no fosso que as separa, explica estes e outros mistérios acerca do modo como a riqueza está mal distribuída pelo mundo, desde os tempos mais remotos. Através da História, Literatura e notícias retiradas dos jornais atuais, Milanovic explora uma das maiores divisões nas nossas vidas sociais: a linha que separa aqueles que têm daqueles que não têm. Ousado, fascinante e lúcido, Ter ou Não Ter ensina-nos não só o modo como devemos pensar a desigualdade, mas por que motivo o deveremos fazer.

LIVROS

FRONTLINE/93

“Foi sempre pelos olhos dos nossos poetas que o português viu mais longe e mais fundo.

O MONSTRO DE FLORENÇADouglas Preston, Mario Spezi Editorial Presença

Douglas Preston, ao mudar-se para Itália, ouve falar da história verídica do Monstro de Florença – o assassino que, entre 1974 e 1985, matou e mutilou 14 pessoas, sem nunca se ter descoberto a sua identidade, ainda que muitas tenham sido as detenções de inocentes e as teorias acerca do caso. O próprio FBI esteve envolvido nas investigações, e a violência dos crimes foi de tal ordem que existe o rumor de que a personagem Hannibal Lecter se baseia neste criminoso desconhecido. A corrupção e a incompetência da polícia italiana são expostas por Preston e por Mário Spezi, jornalista italiano que desde o início acompanha obsessivamente o caso, de tal forma que acabam por ficar na mira das autoridades – que chegam a prender Spezi pelos crimes e a acusar Preston de cumplicidade.

O SINDICATO DOS POLÍCIAS IÍDICHESMichael ChabonCasa das Letras

Ao longo de 60 anos, refugiados judeus e os seus descendentes prosperaram no Distrito Federal de Sitka, um refúgio temporário criado no rescaldo das revelações do Holocausto e do chocante colapso do recém-criado Estado de Israel. Orgulhosos, gratos e esperançosos de se tornarem americanos, os judeus do Distrito de Sitka criaram um pequeno mundo num pedaço no Alasca, uma cidade fronteiriça vibrante, corajosa e complexa, que pulsava ao ritmo do dialeto iídiche. Por 60 anos foram deixados sós, negligenciados e esquecidos, mas, agora, os ventos da história ameaçam devolver a região aos nativos locais. O Sindicato dos Polícias Iídiches é assim um dos melhores romances alternativos, que nos prende desde a primeira página.

SÃO JOÃO PAULO IIAlain VircondeletPublicações Europa América

Esta obra grandiosa narra o processo que demorou seis anos a elevar João Paulo II ao estatuto de bem-aventurado. Estamos no dia do funeral de João Paulo II, acontecimento à escala planetária, onde se vê pela primeira vez a injunção popular escrita em bandeirolas, surgindo no meio da multidão: “Santo Súbito”. Esta multidão de fiéis reclama a beatificação para um papa fora do comum, que marcou gerações inteiras desde a sua ascensão ao trono de São Pedro, em outubro de 1978... O cardeal Ratzinger, que presidiu à cerimónia fúnebre, compreendeu a mensagem e autorizou de imediato que se desse início ao processo de beatificação, tal como João Paulo II havia feito com madre Teresa. Mas com o passar dos anos, o processo revelou-se moroso e deparou-se com problemas e impedimentos de todo o tipo.

Eugénio de Andrade (1923-2005, poeta português)

EXPOSIÇÃO NACIONALCaminhante da Terra

94/FRONTLINE

EXPERIÊNCIA E REFLEXÃOA Embaixada do México em Portugal e a Fábrica Braço de Prata apresentam a exposição Caminhante da Terra. Percur-sos entre o Espaço Geográfico e a Paisagem, do artista plástico mexicano Fernando Aranda.A obra deste artista revela uma ampla gama de possibilidades de experiência e reflexão na prática contemporânea da pai-sagem. Ensina-nos a ir mais além do espaço geográfico com um exercício a que chama “a prática da paisagem”.Fernando Aranda oferece-nos, através de uma viagem a qua-tro lugares distintos em diferentes latitudes do planeta – a cordilheira central dos Andes, vista desde a montanha Machu Picchu no Peru; o vale de Mafra em Portugal; a cordilheira dos Himalaias, desde as encostas da montanha Anapurna no Nepal; as margens do rio Daksina em Ananda Nagar, Índia –, as derivações sobre estas mesmas paisagens em quatro variações plásticas e visuais.A paisagem requer mais do que o simples olhar do espeta-dor. Necessita de uma atitude em que contemplação significa sabedoria, e caminha a par com uma perceção sensual com a física da topografia. Ela não existe sem o olhar sensível do caminhante, a cada passo, mas sobretudo a cada paragem.A participação da paisagem na vida interior é material fun-damental para a sua representação, no sentido literal de o voltar a apresentar, por meio de um processo desconstruti-vo e reconstrutivo, não de uma forma estritamente analítica e explicativa, mas por um modelo percetivo-experimental, através da pintura, do desenho, da gravura e da fotografia. Esta outra “viagem” também tem um percurso que não pro-cura a conquista do espaço em branco de uma maneira auto-mática, mas antes atende a cada passo e paragem do processo, ou seja da caminhada. Começa com o registo fotográfico dos lugares caminhados, vai até à pintura, segue até ao desenho e à gravura, depois combina as relações fotografia/desenho, e deter-se-á na intervenção e derivação pictórico-gráfica no espaço expositivo.

FÁBRICA BRAÇO DE PRATA SALA WITTGENSTEIN

ATÉ 4 NOVEMBRO

PEÇAS EM DESTAQUEEsta é a segunda mostra de uma série de exposições programa-das para os anos 2009-2012, em torno dos objetos que compõem a Coleção do Museu Guggenheim Bilbao. Desta vez foram explora-dos debates artísticos dos anos 1970 e 1980, elaborados por uma geração de artistas europeus cuja carreira começou no início das décadas antecedentes.Nascidos numa época de grande agitação política, a sua visão ar-tística tem conduzido, ao longo do tempo, uma vasta gama de ex-periências em arte contemporânea. Graças à sua individualidade, e de maneiras muito diferentes, esses artistas reagiram às forças ideológicas, económicas, políticas e sociais que moldaram o mundo desde os anos 1960. Um dos artistas mais importantes da Europa da cena artística do pós-Segunda Guerra Mundial e uma das referências indiscutíveis para os artistas mais jovens é Georg Baselitz. O Museu Guggenheim adquiriu recentemente uma série de 16 grandes telas do artista, intitulada A Sra. Lenin e o Rouxinol, 2008, que é apresentada pela primeira vez nesta mostra.Nas peças apresentadas existem várias referências históricas e autobio-gráficas, com trocadilhos e frases enigmáticas que constroem conexões entre artistas contemporâneos, como Tracey Emin, Jake e Dinos Chap-man, Jeff Koons, Damien Hirst, Freud Lucien e Auerbach Frank.

MUSEU GUGGENHEIM

BilbaoATÉ

4 NOVEMBRO

EXPOSIÇÃO INTERNACIONALSeleção da Coleção do Museu Guggenheim

FRONTLINE/95

MÚSICA

96/FRONTLINE

ART GARFUNKELThe Singer

Um álbum duplo que ilustra os melhores momentos da carreira de Art Garfunkel, numa compilação em que todos os temas foram escolhidos pelo próprio.

São 34 canções separadas no tempo, desde o seu primeiro registo com Paul Simon, de 1964 (“Wednesday Morning, 3AM”), até ao ano de 2007, de onde foi retirado

o tema “Some enchanting evening”, do álbum The Great American Songbook, incluindo ainda dois temas originais: “Lena” e “Long way home”.

“A MÚSICA EXPRIME A MAIS ALTA FILOSOFIA

NUMA LINGUAGEM

QUE A RAZÃO NÃO

COMPREENDE”

Arthur Schopenhauer

JUDAS PRIESTScreaming for Vengeance Special 30th Anniversary EditionEsta edição comemora, como o nome indica, o 30.º aniversário do lançamento do mítico álbum dos Judas Priest. Inclui o álbum original remasterizado, com mais seis faixas extra, acompanhado de um DVD com o concerto que a banda efetuou em San Bernardino, Califórnia, a 29 de maio de 1983, aquando da promoção deste trabalho.

THE VACCINESCome of Age

Depois da fulgurante passagem pela edição deste ano do Sudoeste TMN, onde o espetáculo foi considerado uma das melhores atuações do Festival, os The Vaccines marcam

o regresso às edições discográficas com Come of Age. A banda liderada por Justin Young lança o sucessor de What did you expect from the Vaccines?, um álbum com 11

novas canções e cujo single de apresentação é o tema “No Hope”.A edição especial de Come of Age inclui ainda três faixas extra e um CD com o

concerto gravado em Brighton, com alguns sucessos do primeiro álbum, como “Post break-up sex” ou “Norgaard”.

ALANIS MORISSETTEHavoc & Bright Lights Depois de quatro anos sem gravar e de ter vendido mais de 60 milhões de discos em todo o mundo, Alanis Morissette está de volta com um novo álbum de originais. Havoc & Bright Lights é o seu sétimo trabalho, tem a produção de Guy Sigsworth (Bjork, Madonna, Seal) e Jon Chiccarelli (Tori Amos, Elton John, U2) e apresenta-nos 15 novos temas, novamente pessoais e introspetivos da vida de Alanis Morissette.O primeiro single é “Guardian”, com um vídeo realizado em Berlim, baseado no filme de Wim Wenders – As Asas do Desejo.

GIPSY KINGSThe Essential Gipsy Kings

Este duplo CD inclui os maiores sucessos da banda, como por exemplo “Volare”, “Bamboleo”, “Djovi Djova”

ou “Hotel California”, entre muitos outros, e encontra-se a um preço muito especial.

AGENDA

98/FRONTLINE

Autor de um dos maiores êxitos dos últimos tempos, “Somebody That I Used to Know”, Gotye faz a

estreia ao vivo em Portugal, dia 17 de novembro, com um concerto no Campo Pequeno, cuja primeira parte fica a cargo do australiano Jonti.Wouter De Backer, nome de batismo de Gotye, editou o primeiro longa-duração, Boardface, em 2003, que lhe valeu um culto imediato na Austrália. Com o segundo disco, Like Drawing Blood (2006), confir-mou o estatuto e arrecadou o primeiro disco de platina. Mas foi com Making Mirrors (2011) que alcançou fama internacional.O sucesso do terceiro disco ficou, em grande parte, a dever-se ao single “Somebody That I Used to Know”. Com participação da neozelandesa Kimbra, o single tornou-se uma das músicas com mais rotação nas rádios de todo o mundo, tendo vendido mais de 7 milhões de cópias digitais.

Os britânicos Skunk Anansie vêm a Portugal para dois con-certos: dia 6 de novembro no Coliseu de Lisboa e dia 7 de novembro no Coliseu do Porto. Estas duas datas serão as únicas dos Skunk Anansie ao vivo em Portugal durante este ano.Desde o regresso em 2009, após um hiato de oito anos, a carreira dos Skunk Anansie continua a ser marcada pelo sucesso. Wonder-lustre, o disco que editaram em 2010, combinava os riffs de rock que os caracterizam com funk, bateria frenética e a voz exube-rante de Skin, com mais confiança e maturidade do que nunca.

6 e 7 de novembroColiseu de Lisboa e do PortoSKUNK ANANSIE

27 de novembroPavilhão AtlânticoTHE BLACK KEYS

11 de novembroTMN ao VivoAWOLNATION

Os Awolnation apresentam-se ao vivo em Portugal, dia 11 de novembro, para um concerto único na sala TMN ao Vivo. Projeto criado por Aaron Bruno, os Awolnation editaram em 2010 o primeiro EP digital, “Back From Earth”, onde estava incluído o single “Sail”, que se tornou num sucesso imediato à escala mundial e tema

de passagem obrigatória em todas as rádios.Em março do ano passado foi lançado o primeiro longa-duração, Megalithic Sym-phony, que alcançou o 1.º lugar do Top Heatseekers da Billboard, uma tabela que analisa as vendas de novos artistas.

17 de novembroCampo PequenoGOTYE

Como “quem espera sempre alcança”, a banda mais solicitada pelos melómanos portugueses estreia-se finalmente ao vivo em terras nacionais: The Black Keys! A dupla norte-americana atua, dia 27 de novembro, no Pavilhão Atlântico.Dan Auerbach e Patrick Carney, os dois The Black Keys, não são um caso de sucesso instantâneo, tendo construído a carreira de forma cimentada, sem pressa, nem preocupação com o estrela-to. Optaram antes por ganhar fama como uma das bandas mais trabalhadoras da atualidade, editando discos a uma velocidade vertiginosa e fazendo digressões constantes.

19 de novembroPavilhão AtlânticoJASON MRAZ

O músico da Atlantic Records, Jason Mraz, anunciou uma digres-são mundial intitulada “Tour is a Four Letter Word”, que serve de apresentação ao aguar-dado disco novo, Love is a Four Letter Word, no qual se que inclui o sin-gle “I Won’t Give Up”. Como não podia deixar de ser, a digressão pas-sa por Portugal, dia 19 de novembro, no Pavilhão Atlântico.Produzido por Joe Chiccarelli (The White Stripes, Christina Perri, My Morning Jacket), que já venceu vários Grammys, Love is a Four Letter Word é o melhor disco de Jason Mraz até à data. Com arranjos cuidados e singulares paisagens vocais, o quarto longa-duração do músico norte-americano e o primeiro desde We Sing. We Dance. We Steal Things (2008) confirma o cantau-tor de San Diego como um dos artistas pop mais vibrantes e inovadores.

22 de novembro Campo PequenoMIKA

É um dos artistas mais aliciantes da pop contemporânea. Com dois álbuns de originais editados e mais de 8 milhões de cópias vendidas, Mika está de volta com um novo disco e passa por Portugal dia 22 de Novembro, no Coliseu de Lis-boa, para um concerto enérgico e divertido, onde a música abre portas à imaginação!

Consumo combinado (l/100km): 11,8. Emisssões CO2 (g/km): 276. Recomendamos Óleo Original Mercedes-Benz. Conheça as condições Mercedes-Benz Financiamento.

Um

a M

arca

da

Dai

mle

r

Path:Production:Clients:Mercedes - MER:641596:Studio:641596-3_MER_Frontline_1210.inddTrim: 320x230mm Bleed: 3mm

Date: 20.09.12 Operator: Karen

PRE PRESS 2

D.I Checked Reader Checked

PM Checked

T +44 (0)20 7863 9400 F +44 (0)20 7863 9500 [email protected]

5 lugares: 1 para si e 4 para o seu ego.Novo ML 63 AMG com motor V8 biturbo de 549 CVcom Pack Performance AMG e tração integral permanente.

www.mercedes-benz.pt/amg - Contact Center: 707 200 699www.mercedes-benz-trends.com

641596-3_MER_Frontline_1210.indd 1641596-3_MER_Frontline_1210.indd 1641596-3_MER_Frontline_1210.indd 1641596-3_MER_Frontline_1210.indd 1641596-3_MER_Frontline_1210.indd 1641596-3_MER_Frontline_1210.indd 1641596-3_MER_Frontline_1210.indd 1641596-3_MER_Frontline_1210.indd 1641596-3_MER_Frontline_1210.indd 1641596-3_MER_Frontline_1210.indd 1641596-3_MER_Frontline_1210.indd 1641596-3_MER_Frontline_1210.indd 1641596-3_MER_Frontline_1210.indd 1641596-3_MER_Frontline_1210.indd 1641596-3_MER_Frontline_1210.indd 1641596-3_MER_Frontline_1210.indd 1641596-3_MER_Frontline_1210.indd 1641596-3_MER_Frontline_1210.indd 1641596-3_MER_Frontline_1210.indd 1641596-3_MER_Frontline_1210.indd 1641596-3_MER_Frontline_1210.indd 1641596-3_MER_Frontline_1210.indd 1641596-3_MER_Frontline_1210.indd 1641596-3_MER_Frontline_1210.indd 1641596-3_MER_Frontline_1210.indd 1641596-3_MER_Frontline_1210.indd 1641596-3_MER_Frontline_1210.indd 1641596-3_MER_Frontline_1210.indd 1641596-3_MER_Frontline_1210.indd 1641596-3_MER_Frontline_1210.indd 1641596-3_MER_Frontline_1210.indd 1641596-3_MER_Frontline_1210.indd 1641596-3_MER_Frontline_1210.indd 1641596-3_MER_Frontline_1210.indd 1 20/09/2012 15:2320/09/2012 15:2320/09/2012 15:2320/09/2012 15:2320/09/2012 15:2320/09/2012 15:2320/09/2012 15:2320/09/2012 15:2320/09/2012 15:2320/09/2012 15:2320/09/2012 15:2320/09/2012 15:2320/09/2012 15:2320/09/2012 15:2320/09/2012 15:2320/09/2012 15:23