revista fonte de Água viva - nº 8

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Revista Fonte de Água Viva Edição Especial Nº 8 1 www.radiofontedeaguaviva.net Revista da Associação Católica Fonte de Água Viva ACFAV Edição 8 EDIÇÃO ESPECIAL SANTA TERESINHA

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Edição especial da Revista Fonte de Água Viva, em homenagem a Santa Teresinha do Menino Jesus

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Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8

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www.radiofontedeaguaviva.net

Revista da Associação Católica Fonte de Água Viva – ACFAV – Edição 8

EDIÇÃO

ESPECIAL SANTA

TERESINHA

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Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8

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Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8

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Sumário Uma Edição Especial ................................................................................................................. 4

Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face (1873 – 1897)........................................... 5

Veja Datas Importantes da Vida de Santa Teresinha ................................................................ 17

Alençon (1873-1877) ....................................................................................................... 17

Lisieux (1877-1888) ......................................................................................................... 17

Carmelo (1888-1897)....................................................................................................... 20

Fatos póstumos ............................................................................................................... 23

Pensamentos e Frases de Santa Teresinha .............................................................................. 25

Torne-se Um Sócio Evangelizador ........................................................................................... 33

Novena das Rosas ................................................................................................................... 35

Orações a Santa Teresinha ...................................................................................................... 37

EXPEDIENTE

A Revista Fonte de Água Viva é uma publicação da Associação Católica Fonte de Água

Viva (ACFAV).

Contatos: Site : www.radiofontedeaguaviva.net – e-mail: [email protected]

Colaboraram nesta edição: Edmilson Aparecido; Pe. Zezinho,sc; Rosemary Pereira

Mota.

Agradecimentos: Rádio Fonte de Água Viva; CNBB; Congregação dos Padres

Dehonianos, Basílica Santa Teresinha.

É permitida a reprodução dos artigos aqui contidos, favor citar autor e fonte.

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Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8

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Editorial

Uma Edição Especial

Estamos dedicando esta edição a uma das Santas mais

populares de todo o mundo: Santa Teresinha do Menino

Jesus.

Ao longo dessa edição você conhecera a história desta

menina que mesmo sem sair do convento onde morou

conseguiu Evangelizar o mundo inteiro. Também

conhecerá seus pensamentos e ensinamentos que nos

leva até uma verdadeira experiência com Deus.

Pedimos que você nos ajude a levarmos essa edição ao

maior número de pessoas. Assim como Santa Teresinha

que sonhava em ser missionária, que você possa ser um

verdadeiro missionário, uma verdadeira missionária,

levando essa mensagem de paz e amor a todas as

pessoas do mundo.

Santa Teresinha – Rogai Por Nós!

A Redação

Cantinho do Leitor

Este espaço é seu querido(a) leitor(a), participe enviando criticas,

elogios e sugestões.

Revista Fonte de Água Viva

e-mail: [email protected]

Site: www.radiofontedeaguaviva.net

Facebook: www.facebook.com/associacaocatolicafontedeaguaviva

Contamos com sua Participação!!!

OBS: Nesta Edição Não Publicaremos as Cartas e e-mails recebidos

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Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8

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Vida de Santa Teresinha - Biografia

Santa Teresinha do Menino Jesus e da

Sagrada Face (1873 – 1897)

Maria Francisca Teresa Martin nasceu em

Alençon, França, no dia 2 de janeiro de 1873,

cercada de grande afeto e educada pelos pais,

Zélia e Luís Martin, segundo sólidos valores

cristãos. Foi batizada dois dias depois do

nascimento, tendo como madrinha a irmã mais

velha, Maria (1860-1940), que depois se

tornaria irmã Maria do Sagrado Coração.

Teresa era a caçula de cinco irmãs, todas as

quais se dedicaram à vida religiosa. Além de

Maria, havia Paulina (1861-1951)

futuramente, madre Inês de Jesus; Leônia

(1863-1941) depois irmã Maria Francisca

Teresa; e Celina (1869-1959) mais tarde irmã

Genoveva da Sagrada Face. O casal Martin

teve outros quatro filhos, que morreram ainda

na infância. Chegou-se a temer que Teresa

tivesse o mesmo fim pois, desde o início da

vida, a pequena sofria com crises de enterite.

Não tendo a Sra. Zélia Martin como alimentar

a caçula, confiou-a a uma ama de leite que morava numa aldeia distante cerca de duas

horas de Alençon. Ali Teresa permaneceu de março de 1873 a abril de 1874, quando

retornou a casa.

Depois desse percalço, Teresa teve uma infância extremamente feliz. Todos os escritos

de sua mãe dão conta de que ela era uma criança alegre, esperta, carinhosa e obstinada.

E assim permaneceu até os quatro anos, ocasião em que sua mãe morreu de câncer (em

28 de agosto de 1877). Antes desse evento, diz Teresa, “tudo me sorria na terra.

Deparava com flores a cada passo que desse, e minha boa índole contribuía também

para me tornar a vida agradável. Ia, porém, começar um novo período para minha alma.

Devia passar pelo cadinho da provação e sofrer desde a minha infância, a fim de que

pudesse ser oferecida mais cedo a Jesus. Assim como as flores da primavera começam a

germinar debaixo da neve e desabrocham aos primeiros raios de sol, assim também a

florinha (...) teve que passar pelo inverno da provação” (Santa Teresa do Menino Jesus e

da Sagrada Face. História de uma alma: manuscritos autobiográficos. 2ª. ed., São Paulo:

Paulus, 2008. p. 45). Sem a Sra. Martin, cujo sofrimento durante a doença permanecera

vivo na mente de Teresa por muitos anos, a caçula da família escolheu a irmã Paulina

como sua “segunda mãe”.

Santa Teresinha e Sua Irmã Celina

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Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8

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Após a morte da esposa, o Sr. Martin

decide mudar-se para a cidade de

Lisieux, por insistência de seu cunhado,

Isidoro Guérin. Instalados na casa

conhecida como “Os Buissonnets”,

tinham contato frequente com os tios

maternos de Teresa, que ajudaram em

sua educação, e com as primas Joana e

Maria. Nesse período (entre os quatro e

os 14 anos), Teresinha identifica, após a

infância extremamente feliz, o segundo

e mais doloroso momento de sua vida

especialmente depois do ingresso de

Paulina no Carmelo, em outubro de

1882. A menina antes extrovertida

torna-se tímida, passa a chorar com

facilidade e diz só sentir-se bem em

família.

Os Buissonnets

Com oito anos e meio, Teresa, que até

essa idade havia estudado em casa, com

as irmãs Maria e Paulina, entrou para

um pensionato mantido por monjas

beneditinas na Abadia de Notre-Dame-

du-Pré, em Lisieux, onde estudou até os

13 anos. Esse período foi muito difícil

para a pequena Teresa, que considera os

cinco anos que passou na abadia os

mais tristes de sua vida. Não porque

tivesse dificuldade com os estudos (ao

contrário, era quase sempre a primeira

da turma, embora tenha entrado em

classe de alunas mais velhas que ela,

graças à boa educação que tivera em

casa), mas porque se sentia deslocada,

não gostava de brincar da forma como

as outras crianças brincavam, “parecia-

lhe [...] muito desagradável viver entre

flores de toda espécie, com raízes às

vezes um tanto grosseiras [...]” (op. cit.,

p. 66). Depois que deixou a abadia,

continuou sua educação tomando aulas

semanais com uma professora

particular, Sra. Papineau.

Teresa tinha nove anos quando sua

“segunda mãe” entrou para o Carmelo,

fato que lhe deixou desolada e que

intensificou a dor da ainda não

cicatrizada ferida pela perda da mãe.

Com esse acontecimento, diz ter

compreendido “num instante” o que era

a vida: sofrimento e separação contínua.

Diz ela: “derramei lágrimas bem

amargas, pois ainda não compreendia o

gozo do sacrifício” (op. cit., p. 72). No

entanto, quando sua doce “mãe” lhe

explicou como era a vida no Carmelo,

Teresa quis seguir o mesmo caminho,

não por Paulina, “mas por Jesus tão

somente” (op. cit., p.73).

Compreendendo que aquele era um

chamado divino, Paulina levou a irmã

para visitar a madre priora do Carmelo,

Maria de Gonzaga, que acreditou na

sinceridade do desejo e na vocação de

Teresa, mas advertiu-lhe que seria

preciso aguardar até os 16 anos.

Frágil emocional e fisicamente, aos 10

anos de idade a “rainhazinha” do Sr.

Martin é acometida de uma doença de

diagnóstico incerto. Certa noite, após

um passeio com o tio em que ele lhe

falou sobre sua mãe, Teresa começou a

ter tremores, anorexia, alucinações, que

se agravaram até que ficou sem poder

falar. Os médicos não conseguiam nem

mesmo fazer um diagnóstico de sua

enfermidade. No entanto, ela foi

instantamente curada após um sorriso

de uma imagem de Maria Santíssima, a

quem a família invocava sob o título de

Nossa Senhora das Vitórias, que se

encontrava em seu quarto – daí a

origem da devoção à “Virgem do

Sorriso”. Formidavelmente, tudo isso

aconteceu num dia 13 de maio, porém o

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ano era 1883 – mais de 30 anos antes da

primeira aparição de Nossa Senhora em

Fátima (em 1917).

Nossa Senhora do Sorriso

Em 8 de maio de 1884, Teresa faz sua

primeira comunhão, motivo de grande

júbilo para toda a família. O

acontecimento foi comparado por ela a

um beijo de amor, ou, mais ainda, a

uma fusão de amor com Jesus. No dia

14 de junho do mesmo ano, recebeu o

sacramento da Confirmação, tendo sido

sua madrinha a irmã Leônia. “Nesse

dia”, diz ela, “recebi a força de sofrer,

pois logo em seguida devia começar o

martírio de minha alma...” (op. cit., p.

95). A Florzinha branca, que já havia

muito pensava em seguir o caminho da

irmã Paulina, acalentava cada vez mais

o sonho de ser carmelita. Mas antes dela

foi a vez da irmã mais velha, Maria,

entrar para o Carmelo (para o mesmo

convento onde se encontrava Paulina),

em 15 de outubro de 1886.

Por volta de um ano após sua primeira

comunhão, e por cerca de um ano e

meio, Teresa foi atormentada pela

“doença dos escrúpulos”, pela qual tudo

se lhe afigurava pecado, e tudo parecia

ser impeditivo para receber a Eucaristia.

“É preciso passar por tal martírio para o

compreender. [...] Todos os meus

pensamentos e as mais simples

atividades se tornavam para mim

motivo de perturbação” (op. cit., p.

100). Teresa só sentia algum alívio

quando contava os seus pensamentos à

irmã Maria, que a acalmava e orientava.

Depois que Maria entrou para o

Carmelo, a caçula passou a dirigir-se

sobre essa questão aos seus quatro

irmãos falecidos: “Foi aos quatro

anjinhos, meus predecessores lá no alto,

que me dirigi com a ideia de que suas

almas inocentes, por não terem jamais

conhecido inquietações nem temores,

deviam compadecer-se de sua pobre

maninha que sofria aqui na terra [...]

(op. cit., pp. 109-110). Diz ela que a

resposta não se fez esperar e que a paz

logo lhe inundou a alma com sua

“deliciosa exuberância” (op. cit., p.

110).

Ainda antes dos 14 anos, uma de suas

principais leituras foi o livro A imitação

de Cristo, que de tanto ler sabia quase

de cor. Ao lado da Sagrada Escritura,

foi na Imitação de Cristo que a santa

dizia encontrar “alimento sólido e todo

puro” para a sua espiritualidade (op.

cit., p. 197). Por volta de 17 ou 18 anos,

encontrou luzes e sustento espiritual nas

obras de São João da Cruz. Mas foi sem

dúvida nos Evangelhos que encontrou

“tudo quanto minha pobre alminha

necessita. Nele sempre encontro novas

luzes, sentidos ocultos e misteriosos...

Compreendo, e sei por experiência, que

o reino de Deus está dentro de nós.

Jesus não precisa de livros nem de

doutores para instruir as almas. Ele, o

Doutor dos doutores, ensina sem ruído

de palavras [...] É quem me orienta,

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inspirando-me o que devo dizer ou

fazer” (op. cit., p. 197).

A graça da Maturidade

Espiritual

Teresa, assumidamente mimada e

demasiadamente sensível (a ponto de

admitir que se havia tornado “realmente

insuportável” em razão dessa

peculiaridade – op. cit., p. 111), diz que

“recebeu a graça de sair da infância”

após um acontecimento familiar que

determinou uma guinada em sua vida.

Esse evento acontece no Natal de 1886

e enseja o que ela considera a graça da

conversão completa. Seguindo um

antigo costume da família, ao chegar da

missa da meia-noite foi pegar seus

sapatos na lareira, os quais,

previsivelmente, estariam com

presentes. O pai, que sempre gostara de

ver a filha dar gritos de alegria naquelas

ocasiões, estava fisicamente cansado e,

sem saber que a menina o ouvia, acabou

por dizer palavras que a feriram:

“Afinal, que sorte ser este o último

ano!...” referindo-se ao fato de que, no

ano seguinte, o pequeno ritual seria

dispensado, já estando a caçula com 14

anos.

A emotiva Teresa, que subia as escadas

da casa, ficou com lágrimas nos olhos e,

disfarçando, continuou seu trajeto.

Apenas a irmã Celina percebeu o que se

passara. Teresa então sufocou as

lágrimas e, contrariando seu

comportamento habitual, refez-se e

desceu rapidamente as escadas. É que

num átimo Jesus lhe transformara o

coração fazendo-a amadurecer

instantaneamente. Diz ela que o Bom

Deus operou um pequeno milagre para

fazê-la crescer de uma vez (op. cit., p.

112) e transformar a menina mimada e

sensível em pessoa forte e corajosa,

“vindo a justificar-se a observação que

me fora feita: „Tanto choras em tua

infância que não te sobrarão lágrimas

para chorar mais tarde!‟” (op. cit., p.

112). De fato, ali, diz ela, Jesus quis

mostrar-lhe que devia livrar-se dos

defeitos da infância, e daquele momento

em diante estancou-se a fonte de suas

lágrimas (op. cit., p. 112).

Santa Teresinha aos 15 anos

Nessa noite de Natal Teresa identifica o

início do terceiro período de sua vida, o

mais belo de todos e o mais repleto de

graças do céu. A partir daí, passou a

sentir de forma ineditamente intensa o

desejo de trabalhar pela conversão dos

pecadores, de ser pescadora de almas:

“Senti, numa palavra, a caridade

penetrar-me no coração, a necessidade

de esquecer-me a mim mesma, para dar

prazer e, desde então, fui feliz! (op. cit.,

p. 113). Certo domingo, olhando

condoída uma gravura de Nosso Senhor

na cruz, e meditando sobre suas

palavras – “Tenho sede” – sentiu

intenso desejo de dar de beber ao seu

Bem-Amado e sentiu-se ela própria

sedenta de almas (nesse momento, ainda

não as de sacerdotes, como ocorreria

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mais tarde, mas as de grandes

pecadores).

No ano seguinte (1887), ocorre um

episódio marcante para a espiritualidade

de Teresa. O execrado Henrique

Pranzini, que havia assassinado duas

mulheres e uma criança em Paris, fora

condenado à morte. Nos meses de julho

a agosto Teresa rezou intensamente pela

salvação da alma do criminoso, que não

demonstrava remorso, e pediu a Nosso

Senhor um sinal de arrependimento do

assassino. No fim de agosto, leu

exultante nos jornais que no momento

em que o pescoço de Pranzini foi

colocado na guilhotina, ele agarrou um

crucifixo que lhe dera um sacerdote e

beijou três vezes as sagradas chagas.

Era o sinal que ela havia pedido e que

indicava a aprovação divina de seu

desejo de ser pescadora de almas: “Não

foi diante das chagas de Jesus, vendo

correr seu sangue divino, que a sede de

almas me calou no coração?” (op. cit.,

p. 115). Teresa considerou Pranzini o

seu “primeiro filho” – ela que, mais

tarde, já no Carmelo, diria a Nosso

Senhor: vós o sabeis, não tenho outros

tesouros senão as almas que vos

aprouvestes unir à minha” (op. cit., p.

277).

A Superação dos Obstáculos

Para Entrar no Carmelo

Teresa resolveu contar ao pai seu desejo

de entrar para o Carmelo no dia de

Pentecostes, 29 de maio de 1887.

Apesar da tristeza por vislumbrar a

separação de sua “rainhazinha”, o pai

logo entendeu que essa era a vontade do

Senhor, dizendo “que o Bom Deus lhe

fazia grande honra em lhe pedir assim

suas filhas” (op. cit., p. 124) – outras

duas (Maria e Paulina) já estavam no

convento.

Uma série de provações se seguiu à

determinação de Teresa de entrar para o

Carmelo. Logo de início, o tio materno,

que ajudava o Sr. Martin na criação das

filhas, proibiu Teresa de falar de sua

vocação antes dos 17 anos. A menina

ficou profundamente triste, mas

resolveu, 15 dias depois, falar

novamente com o tio. Nos três dias que

antecederam a nova conversa, passou

por uma “profunda noite da alma...

Como Jesus no jardim da agonia, sentia-

me só, não encontrando consolo nem na

terra, nem nos céus” (op. cit., p. 126).

Mas no dia seguinte, um sábado – dia

consagrado a Nossa Senhora –,

conversando novamente com o tio,

deparou com uma outra pessoa, que

mostrou entender sua vocação e afirmou

que a ela não faria oposição.

Santa Teresinha aos 13 anos

Por pouco tempo durou sua alegria, pois

numa visita à irmã Paulina soube que o

superior eclesiástico do Carmelo de

Lisieux, padre Delatroëtte, só lhe

permitiria entrar para o claustro aos 21

anos. Dirigiu-se então com o pai e a

irmã Celina ao padre, mas novamente

teve seus desejos frustrados. Como, por

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fim, o superior lhe afirmou que era

apenas um delegado do bispo de

Bayeux e Lisieux, Dom Hugonin (1823-

1898), Teresa decidiu conversar com o

prelado, com o firme intuito de

demonstrar-lhe a firmeza de sua

vocação; mas nesse encontro também

não obteve resposta favorável.

Sagrada Face de Jesus

Numa peregrinação a Roma, com o pai

e a irmã Celina, feita por ocasião do

áureo jubileu sacerdotal do Papa Leão

XIII, teve uma audiência com o Sumo

Pontífice. Depois de lhe beijar os pés,

com os olhos marejados e a voz

trêmula, pediu ao Santo Padre uma

grande graça: a permissão de entrar para

o Carmelo aos 15 anos de idade.

Informado pelo vigário geral de D.

Hugonin, monsenhor Révérony, de que

o assunto estava sendo examinado pelos

superiores do Carmelo, Leão XIII disse

a Teresa: “Vamos lá... Vamos lá...

Entrareis, se o Bom Deus o quiser!”

(op. cit., p. 153).

E o Bom Deus o quis. Finalmente, após

inúmeros obstáculos, foi autorizada a

entrada de Teresa para o Carmelo pelo

bispo de Bayeux, no dia 28 de

dezembro de 1887. Porém a priora do

Carmelo de Lisieux, madre Maria de

Gonzaga, determinou que o ingresso se

desse somente depois da Quaresma.

Assim, em 9 de abril de 1888, quando

era celebrada a festa da Anunciação, a

Florzinha branca finalmente realizou o

seu sonho. A escolha de seu nome

religioso foi considerada por Teresa

uma delicadeza do Menino Jesus. Desde

cedo, ela se oferecera para ser um

brinquedo nas mãos do Menino:

“Dissera-lhe que se utilizasse de mim,

não como brinquedo de valor, que as

crianças se contentam em olhar, sem

coragem de pegar nele, mas como

bolinha sem nenhum valor, que poderia

jogar ao chão, bater com o pé, furar,

largar num canto, ou também apertar ao

coração, quando fosse de seu agrado”

(op. cit., p. 155). Ao meditar sobre qual

seria o seu nome ao entrar para o

Carmelo, ocorrera-lhe, como num sonho

acordada, a lembrança de Jesus

pequenino, e pensou que seria muito

feliz se se chamasse Teresa do Menino

Jesus (op. cit., p. 84). Sem saber de seus

desejos, madre Maria de Gonzaga teve a

idéia de chamá-la exatamente assim,

para sua enorme alegria.

A Vida no Carmelo

Logo depois que entrou para o claustro,

Teresa fez, em 28 de maio de 1888, uma

confissão geral, “como nunca fizera

anteriormente”, com o padre Pichon,

que, ao final, asseverou: “Na presença

do Bom Deus, da Santíssima Virgem e

de todos os Santos, declaro que jamais

cometestes um só pecado mortal” (op.

cit., p. 168). E assim aquela que recebeu

tão grande graça de Nosso Senhor

iniciou sua caminhada no Carmelo,

sempre perseguindo o caminho da

perfeição e da santidade em meio à vida

de oração e trabalhos diários.

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Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8

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No dia 10 de janeiro de 1889, Teresa

recebeu o hábito da Ordem e escreveu

pela primeira vez num santinho: “Irmã

Teresa do Menino Jesus e da Sagrada

Face”. Se a devoção ao Menino Jesus

vinha da infância, a devoção à Sagrada

Face iniciou-se por meio de sua irmã

madre Inês de Jesus, já no início da vida

religiosa de Teresa. No Carmelo, diz-

nos a santa que as lágrimas e o sangue

de Jesus se tornaram seu orvalho, e seu

sol era a sua adorável Face, velada de

pranto (op. cit., p. 170). Dessa forma,

conseguiu aproximar-se de Jesus

contemplando os sofrimentos expostos

na sua Sagrada Face e adentrou os

“mistérios de amor” nela escondidos,

compreendendo enfim “o que vinha a

ser a verdadeira glória” (op. cit., p.

171).

Santa Teresinha no Carmelo

Nos dias que antecederam a cerimônia,

Teresa andava triste porque tudo

indicava que seu pai não poderia estar

presente – desde o ano anterior ele

apresentava sintomas da arteriosclerose

cerebral que lhe provocou paralisia e

tirou-lhe a sanidade mental, e que

acabou por levá-lo à morte. Porém o Sr.

Martin se recuperou

surpreendentemente e pôde participar,

“formoso e imponente” (op. cit., p.

174), da solenidade, ocasião em que

Teresa o abraçou pela última vez. Além

de lhe conceder essa graça, Jesus quis

agradá-la de tal forma que a presenteou

com neve nesse dia glorioso – desde a

infância, Teresa ficava extasiada com a

neve (“quiçá por ser florzinha de

inverno”, dizia ela (op. cit., p. 173), e

sempre desejara que no dia de sua

tomada de hábito a natureza estivesse,

como ela, “enfeitada de branco” (op.

cit., pp. 173-174).

O que fora fazer no Carmelo, a Pequena

Flor o disse antes de emitir os sagrados

votos, no dia 8 de setembro de 1890, na

festa da Natividade da Virgem Maria:

“Declarei-o aos pés de Jesus-Hóstia no

exame que precedeu minha profissão:

„Vim para salvar as almas e,

principalmente, para rezar pelos

sacerdotes‟” (op. cit., p. 167). De fato,

desde a viagem a Roma decidira-se

firmemente a rezar especialmente pelas

almas dessas pessoas tão especiais que

se dedicam com tanto afinco ao reino de

Deus.

Na véspera de sua profissão, Teresa fora

atormentada por dúvidas sobre sua

vocação, o “demônio insuflava-me a

certeza de que [a vida no Carmelo] não

era feita para mim” (op. cit., p. 182).

Porém uma conversa com sua mestra

fez com que se pacificasse: “Ela,

felizmente, viu mais claro do que eu, e

tranquilizou-me por completo. Aliás, o

ato de humildade que eu acabava de

praticar afugentara o demônio, que

talvez me não julgasse com ânimo de

confessar minha tentação. Tão logo

acabei de falar, dissiparam-se minhas

dúvidas (op. cit., p. 183). Assim, no dia

da profissão diz ter-se sentido

“inundada por um caudal de paz...”,

aduzindo que sua união com Jesus “não

se efetuou entre trovões e relâmpagos,

isto é, entre graças extraordinárias, mas

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no meio de uma ligeira brisa” (op. cit.,

p. 183).

No dia 24 de setembro de 1890 ocorreu

a cerimônia de sua tomada de véu, à

qual já não pôde comparecer o Sr.

Martin. Um mês após a tomada de

hábito de Teresa, seu pai fora internado

na casa de saúde do Bom Salvador, em

Caen, onde permaneceu por três anos.

Tendo retornado a Lisieux em 1892, foi

levado ao Carmelo para uma última

visita às filhas, mas estava tão

debilitado que mal podia falar. No

momento de separar-se delas, só

conseguiu dizer: “Até ao céu!” O Sr.

Martin faleceu em 29 de julho de 1894,

após uma longa e dolorosa doença que

roubou a dignidade do querido “rei” de

Teresa (a qual, apenas no Carmelo,

numa conversa com a irmã Maria, foi

compreender a visão que tivera, aos seis

ou sete anos, das provações por que

passaria o pai).

Após a morte do Sr. Martin, a filha

Celina, que até o fim cuidou do pai,

junto com os tios maternos, entra

também para o Carmelo, onde já se

encontravam três das outras irmãs

(Leônia entrou definitivamente para a

Ordem da Visitação de Santa Maria, em

Caen, em 1899, tendo recebido o nome

de irmã Francisca Teresa). Aliás, a

entrada de Celina no Carmelo foi o sinal

que Teresinha pedira a Deus de que seu

pai havia ido diretamente para o céu.

No dia 9 de junho de 1895, na festa da

Santíssima Trindade, Teresa se oferece

como vítima de holocausto ao Amor

misericordioso de Deus, para salvação

das almas. Ela, que considerava grandes

e generosas as almas que se ofereciam

como vítimas à justiça divina, preferiu

oferecer-se ao amor do Pai, que “de

todas as partes é desconhecido,

rejeitado. Os corações a quem o desejais

prodigalizar voltam-se para as criaturas,

pedindo-lhes felicidade em troca de seu

miserável afeto, em vez de se atirarem a

vossos braços e aceitarem vosso amor

infinito [...] Se vossa justiça, que só

abrange a terra, tende a desobrigar-se,

quanto mais não deseja vosso amor

misericordioso abrasar as almas, porque

vossa misericórdia sobe até os céus”

(op. cit., p. 198).

No início de 1895, por determinação de

madre Inês de Jesus, Teresa dá início

aos escritos que futuramente comporão

o livro História de uma alma, que

resume a vida e a doutrina da Santa das

Rosas. A obra, publicada um ano após

sua morte, já foi traduzida em 58

idiomas e é responsável por várias

histórias de conversão em todo o

mundo.

Em fins de 1895, Teresa recebe uma

grande graça. Ela, que sempre desejou

ter um irmão sacerdote, pensava que se

os seus irmãozinhos tivessem

sobrevivido esse sonho se poderia

realizar. “Eis como Jesus não só me

concedeu a graça que almejava, mas

uniu-me pelos vínculos da alma a dois

de seus apóstolos, que se tornaram meus

irmãos (op. cit., p. 273). No dia 17 de

outubro, madre Inês de Jesus lhe confia

a tarefa de ser irmã espiritual de um

jovem seminarista da diocese de

Bayeux (que veio a ser o padre

Maurício Bartalomeu Bellière), por cuja

alma deveria zelar de modo especial

com orações e sacrifícios. Depois, em

30 de maio de 1896, a então superiora

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madre Maria de Gonzaga perguntou-lhe

se não queria tomar a seu encargo os

interesses espirituais de um missionário,

Adolfo Roulland, seminarista da

Sociedade das Missões Estrangeiras de

Paris, que fora ordenado em 28 de junho

1896. “Pois bem, eis como me pus em

união espiritual com os apóstolos que

Jesus me dera na qualidade de irmãos”,

disse a Florzinha de Jesus (op. cit., p.

276).

Nas várias ocupações que assumiu no

Carmelo - rouparia, refeitório, sacristia,

instrução de noviças (como auxiliar de

madre Maria de Gonzaga) -, Teresa

sempre procurou fazer suas tarefas com

humildade e obediência. Esforçava-se

por manter distância de Paulina e Maria,

limitando-se às conversas na hora do

recreio, já que “não foi para viver com

minhas irmãs que vim ao Carmelo, mas

unicamente para atender ao chamado de

Jesus” (op. cit., p. 235). Em meio a sua

rotina, nutria o desejo de ser

missionária. Mesmo já doente, dirigiu-

se à superiora madre Maria de Gonzaga

assim dizendo: “Bem o sabeis, minha

querida madre, vossa aspiração

apostólica encontra em minha alma um

eco muito fiel. Permiti-me que vos

conte porque desejei e ainda desejo,

caso a Santíssima Virgem me cure,

abandonar, em favor de uma terra

estranha, o delicioso oásis onde vivo tão

ditosa sob o vosso maternal olhar. [...]

dissestes-me [...] que eu tinha tal

vocação, e que o único obstáculo seria

minha saúde” (op. cit., 237). Mas não

foi da vontade de Deus que Teresa

partisse em missão. Entretanto, Ele, que

sempre atendeu sobejamente os desejos

da Santa, fez que, após sua morte, ela

fosse declarada Padroeira Universal das

Missões, sem nunca ter saído do

Carmelo, ratificando o valor da oração e

do sacrifício para a salvação das almas.

Diz-nos o papa Bento XVI: “todo

cristão, mesmo se é forçado a viver na

solidão, pode ser um missionário

autêntico através da oração”.

Padecimento e Morte

Desde o início de 1896, Teresa, que ao

longo de sua vida no Carmelo já

experimentara diversos momentos de

aridez espiritual, passou pela grande

provação da tentação contra a fé. Com a

alma invadida por “densas trevas”, o

pensamento do céu, tão doce para ela, já

não era senão motivo de luta e tormento

(op. cit., 231). Assim explica o estado

em que se encontrava: “De repente, [...]

os nevoeiros que me cercam ficam mais

compactos, penetram-me na alma,

envolvem-na de tal sorte que já me não

é possível reconhecer a imagem tão

doce de minha Pátria [o céu]. Lá se foi

tudo! Quando quero repousar meu

coração, fatigado das trevas que o

rodeiam, com a evocação do país

luminoso pelo qual aspiro, meu

tormento redobra. Parece-me que as

trevas, tomando a voz dos pecadores,

me dizem escarnecendo-se de mim:

„Sonhas com a luz, uma pátria

embalsamada dos mais suaves

perfumes. Sonhas com a posse eterna do

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Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8

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Criador de todas essas maravilhas. Crês

que um dia sairás dos nevoeiros que te

cercam! Avante, avante! Alegra-te com

a morte. Dar-te-á não o que esperas,

mas uma noite mais profunda ainda, a

noite do nada” (op. cit., p. 232).

Porém, ao invés de esmorecer, ela, que

já apresentava sintomas da tuberculose

que ocasionaria sua morte , empenhava-

se com mais fervor ainda aos atos de fé:

“Ah! Que Jesus me perdoe se lhe fiz

agravo. Sabe porém que eu, embora não

esteja em gozo da fé, procuro pelo

menos praticar as obras

correspondentes. Acho que, de um ano

pra cá, fiz mais atos de fé do que em

toda a minha vida. A cada nova ocasião

de combate, quando o inimigo vem

provocar-me, comporto-me com

valentia [...] Corro [...] para o lado de

Jesus, digo-lhe que estou disposta a

derramar até a derradeira gota de sangue

para professar que existe um céu” (op.

cit., p. 233).

Quando, na Sexta-feira Santa, verificou

que vomitara sangue, e apercebendo-se

de que aquilo provavelmente era sinal

de proximidade da morte, foi tomada de

grande alegria, pela esperança de em

breve estar com seu amado Jesus. “Era

como que um murmúrio suave e

distante a anunciar-me a chegada do

Esposo”, diz ela (op. cit., p. 230).

Porém ainda havia um longo caminho

de sofrimentos a percorrer, ponteado

por dores e incômodos intensos, febre,

tosse, uma série de hemoptises que se

inicia em 6 de julho e dura até 5 de

agosto.

Em 8 de julho de 1897, com o

agravamento da doença, Teresa passou

à enfermaria do convento e foi somente

aí que parou de escrever os textos que

futuramente comporiam o Manuscrito C

de História de uma alma, dirigido à

madre Maria de Gonzaga). Próximo a

ela foi instalada a estátua da Virgem do

Sorriso, que desde a infância a

acompanhava. No dia 17 de julho,

sentindo aproximar-se a morte, fez a

célebre declaração: “Sinto sobretudo

que minha missão vai começar, minha

missão de fazer amar o Bom Deus como

eu o amo, de indicar às almas minha

pequena trilha. Se o Bom Deus atender

meus desejos, meu céu se passará na

terra, até o fim do mundo. Sim, quero

passar meu céu a fazer o bem na terra”

(op. cit., p. 285).

Em 28 de julho, agrava-se bastante seu

estado de saúde, e dois dias depois

Teresa recebe a Unção dos Enfermos e

o Viático. Após uma inesperada

melhora, volta a sofrer atrozmente.

Durante esse período, chegou a dizer:

“Que seria de mim se o Bom Deus me

não desse força? Não se faz ideia do que

é sofrer assim. [...] Que grande graça

possuir a fé! Não fosse minha fé, matar-

me-ia, sem hesitar um só instante” (op.

cit., 286). Em todo esse tempo de

agonia, Teresa mantém surpreendente

senso de humor. A irmã Maria da

Eucaristia, que assistia a doente, chegou

a escrever aos pais, dizendo-lhes:

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Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8

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“Quanto ao moral, sempre a mesma

coisa, a jovialidade personificada,

fazendo rir a todos quantos dela se

acercam. Momentos há em que a gente

pagaria para ter vez de ficar junto a

ela...” (op. cit., p. 287). Teresa comunga

pela última vez em 19 de agosto.

Nos dois últimos dias antes de morrer, a

Santa que faria chover rosas sobre toda

a humanidade entrou em agonia.

Próximo da hora de sua morte, relata

sua irmã Paulina (madre Inês de Jesus):

“[...] percebi pela súbita lividez que o

derradeiro transe se aproximava. [...]

Horrível estertor lancinou-lhe o peito

por mais de duas horas. O rosto estava

congestionado, as mãos arroxeadas.

Tinha os pés gelados, e tremia de todos

os membros. Copioso suor orvalhava-

lhe a fronte em gotas enormes,

destilando-lhe pelas faces. Sentia uma

ofegação cada vez maior, e para

respirar, soltava de vez em quando

gritinhos involuntários” (op. cit., p.

293). Na hora do Ângelus, fixou o olhar

na imagem da Virgem do Sorriso e

segurou firmemente o crucifixo do qual

não se separava e para o qual, pouco

antes de morrer, olhou, dizendo: “Meu

Deus, eu vos amo, eu vos amo.”

Depois dessas últimas palavras, seu

semblante voltou à expressão de saúde

ao olhar para um ponto abaixo da

estátua da Virgem do Sorriso; ela

parecia estar em êxtase. Logo em

seguida, fechou os olhos e faleceu,

aproximadamente às 19h20min do dia

30 de setembro de 1897. Teresa foi

enterrada no mesmo cemitério de

Lisieux em que estavam sepultados seus

pais, mas em março de 1923 seu corpo

retornou ao Carmelo de Lisieux.

A Glória nos Céus e a Chuva de

Rosas Sobre a Terra

Logo após a sua morte, inúmeros foram

os milagres atribuídos à antes

desconhecida carmelita descalça. No

processo de beatificação de Teresa,

foram apresentadas à então Sagrada

Congregação dos Ritos (hoje

Congregação para as Causas dos

Santos) duas curas prodigiosas. A

primeira foi a da irmã Luísa de São

Germano, da Congregação das Filhas da

Cruz, que padecia de grave úlcera

hemorrágica no estômago; a segunda,

do seminarista Charles Anne, que estava

com tuberculose pulmonar cavitária.

Ambos foram instantaneamente curados

após recorrer à intercessão de Santa

Teresinha. Analisadas com todo o rigor

estabelecido pela Igreja para atestar a

autenticidade de um milagre, as curas

foram declaradas inexplicáveis e

prodigiosas.

Os milagres se sucederam em todo o

mundo. Ensejando a rápida abertura do

processo de canonização da Beata,

foram expostos ao exame da Sagrada

Congregação dois novos casos: a cura

de Gabriela Trimusi e de Maria

Pellemans, apresentados

respectivamente pela diocese de Parma

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Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8

16

(Itália) e de Malines (Bélgica). A irmã

Gabriela Trimusi, da Congregação das

Filhas dos Sagrados Corações, em

Parma, foi curada de uma artrossinovite

crônica que lhe provocava enormes

dores nos joelhos e de uma espondilite

que lhe atacava a espinha dorsal. A

doença já durava anos, e não respondera

a nenhum dos tratamentos tentados.

Curou-se após uma novena em honra da

Bem-Aventurada. Maria Pellemans

sofria de turberculose pulmonar, tendo

mais tarde manifestado também enterite

e gastrite da mesma origem tuberculosa.

Curou-se após uma peregrinação ao

túmulo da então Beata Teresa do

Menino Jesus, cuja intercessão invocou.

Teresa foi beatificada em 29 de abril de

1923 e canonizada em 17 de maio de

1925, pelo Papa Pio XI, que a

proclamou padroeira universal das

missões, ao lado de São Francisco

Xavier, em 14 de dezembro de 1927.

Pio XI tinha grande devoção a Santa

Teresinha, que dizia ser “a estrela de

seu pontificado”. Em 3 de maio de

1944, o papa Pio XII proclamou-a

padroeira secundária da França, ao lado

de Santa Joana d‟Arc. Pela carta

apostólica Divini Amoris Scientia, de 19

de outubro de 1997, o Papa João Paulo

II proclamou-a doutora da Igreja

Universal, incluindo-a num rol

reservado a apenas 33 outros santos da

Igreja, dos quais somente três são

mulheres (as outras duas são Santa

Teresa d‟Ávila e Santa Catarina de

Sena). No fim desse ano, em 13 de

dezembro, a urna com suas relíquias foi

trazida ao Brasil pelas mãos do cardeal

primaz Dom Lucas Moreira Neves.

A festa em honra de Santa Teresinha foi

incluída no calendário de festividades

da Igreja Católica em 1927. A

celebração era então feita no dia 3 de

outubro. Em 1969, o Papa Paulo VI

transferiu-a para 1º de outubro (isso

porque no dia 30 de setembro, data em

que morreu a santa, celebra-se o dia de

São Jerônimo, que traduziu a Bíblia do

grego para o latim). Em nossa basílica,

celebramos o trânsito de Santa

Teresinha para o céu no dia 30 de

setembro, e no dia 1º de outubro ocorre

a grande festa em que os fiéis

demonstram sua gratidão à santa em

meio a uma alegre chuva de rosas. Salve

Santa Teresinha! – “a maior santa dos

tempos modernos”, no dizer do papa

Pio X.

Fonte: Basílica Santa Teresinha -

http://basilicasantateresinha.org.br/

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Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8

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Cronologia de Santa Teresinha

Veja Datas Importantes da Vida de Santa Teresinha

Alençon (1873-1877)

2/1/1873 Nascimento de Maria Francisca Teresa Martin, à rua Sainte-

Blaise (São Brás), 36 (hoje 42).

4/1/1873

Batismo na igreja de Nossa Senhora (pelo Pe. Lucien Dumaine).

Padrinhos: a irmã mais velha, Marie (13 anos) e Paul Albert

Boul (13 anos).

14/1/1873 Primeiro sorriso à mãe.

15 ou 16/3/1873 Partida para Semallé (Orne) a fim de ser amamentada por Rosa

Taillé.

2/4/1874 Retorno definitivo de Teresa para casa.

29/3/1875 Viagem com a mãe a Mans para visitar a tia (Irmã Maria

Dositéia) no mosteiro da Visitação

16/7/1876 Primeiro retrato. Faz beicinhos para o fotógrafo.

24/12/1876 Zélia Martin consulta-se com Dr. Notta, em Lisieux. Fica

sabendo que não é possível operar o tumor no seio.

03/4/1877 Aos quatro anos, afirma: "Serei religiosa em um claustro".

4/4/1877 Primeiro escrito de Teresa: um bilhete a Luisa Madalena, amiga

da irmã Paulina.

18 a 23/6/1877 Peregrinação da Sra. Martin, Maria, Paulina e Leônia a Lourdes

28/8/1877 Morre da Sra. Martin

29/8/1877 Enterro da Sra. Martin. Teresa escolhe Paulina como sua

segunda mãe.

Lisieux (1877-1888)

15/11/1877 Chegada de Teresa e suas irmãs a Lisieux, aos cuidados dos tios

Celina e Isidoro Guérin

16/11/1877 Instalação nos Buissonnets

30/11/1877 O Sr. Luís Martin chega aos Buissonnets

8/8/1878 Teresa vê o mar pela primeira vez, em Trouville

Verão de 1879 (ou

em 1880) Teresa tem uma visão profética da provação de seu pai

Fim de 1879 (ou

começo de 1880) Primeira confissão de Teresa

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Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8

18

13/5/1880 Primeira comunhão de Celina

1º/12/1880 Primeira carta (que se conserva) escrita por Teresa (sozinha).

Destinava-se à irmã Paulina.

3/10/1881 Matrícula de Teresa na abadia das beneditinas como semi-

interna.

12/1/1882 Inscrição na Obra da Santa Infância

16/2/1882 Paulina decide ingressar no Carmelo. Teresa também se sente

chamada.

2/10/1882 Paulina entra para o Carmelo de Lisieux.

Dezembro de 1882 Teresa sente dores de cabeça constantes, sofre de insônia e

aparecem-lhe bolhas pelo corpo.

25/3/1883

Enquanto o Sr. Martin, Maria e Leônia estão em Paris para a

Semana Santa, Teresa adoece na casa dos Guérin. Tem

tremores nervosos e alucinações.

06/4/1883 Tomada de hábito de Paulina (Irmã Inês de Jesus). Teresa pôde

abraçar a irmã no locutório.

7/4/1883 Recaída, nos Buissonnets.

13/5/1883 Pentecostes. Sorriso da Virgem cura instantaneamente Teresa.

Agosto de 1883 Férias em Alençon

22/8/1883 Primeiro encontro com o Padre Pichon em Alençon

Fevereiro-maio de

1884

Cartas da irmã Paulina com a finalidade de preparar Teresa para

a primeira comunhão

5 a 8/5/1884 Retiro preparatório.

7/5/1884 Confissão geral.

08/5/1884 Primeira Eucaristia na Abadia das Beneditinas. Profissão de

Irmã Inês de Jesus no Carmelo.

22/5/1884 (Ascensão) Teresa comunga pela segunda vez.

14/6/1884 Teresa é crismada na abadia por Dom Hugonin, bispo de

Bayeux, tendo a irmã Leônia como madrinha.

Agosto de 1884 Férias em Saint-Ouen-le-Pin, na casa da tia Celina Guérin.

25/9/1884 Inscrição na Confraria do Santo Rosário

14/12/1884 Teresa é nomeada Conselheira da Associação dos Santos Anjos,

na Abadia.

26/4/1885 Inscreve-se na Confraria da Sagrada Face de Tours.

3-10/5/1885 Férias em Deauville.

17 a 21/5/1885 Retiro preparatório de renovação. Início da crise de escrúpulos,

que durara cerca de um ano e meio.

Julho de 1885 Férias em Saint-Ouen-le-Pin.

22/8 a começo de

outubro de 1885 Viagem do Sr. Martin a Constantinopla.

Fim de setembro

de 1885 Férias em Trouville.

Outubro de 1885 Teresa retorna sozinha (sem Celina) para a abadia.

15/10/1885 Inscreve-se no Apostolado da Oração

2/2/1886 Recepção como aspirante das Filhas de Maria.

Fevereiro-março

de 1886 Teresa deixa a abadia e passa a ter lições com a Sra. Papineau.

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Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8

19

Começo de julho

de 1886 Teresa passa três dias em Trouville.

Por volta de 5 de

outubro de 1886 Viagem de alguns dias a Alençon com o pai e as irmãs.

15/10/1886 Entrada de Maria no Carmelo de Lisieux (Irmã Maria do

Sagrado Coração de Jesus)

Fim de outubro de

1886 Teresa fica livre da crise de escrúpulos.

1º/12/1886 Leônia volta para casa.

25/12/1886 Aos treze anos, depois da missa da meia-noite, Teresa recebe a

graça da “conversão”, nos Buissonnets.

19/3/1887 Tomada de hábito de Maria.

1º/5/1887 O Sr. Martin tem um ataque de paralisia. Leitura das

conferências de Arminjon.

29/5/1887 Pentescostes. Teresa obtém autorização do pai para ingressar no

Carmelo aos quinze anos de idade.

31/5/1887 Teresa é admitida como Filha de Maria na Abadia.

20-26/6/1887 Férias em Trouville.

Primavera-verão

de 1887 Conversas espirituais com Celina no mirante dos Buissonnets.

Julho de 1887 A imagem do Crucificado desvenda a vocação apostólica de

Teresa.

13/7/1887 O assassino Pranzini é condenado à morte. Teresa reza e se

sacrifica pela conversão dele.

16/07/1887 Entrada de Leônia na Visitação de Caen.

1º/9/1887 Teresa lê a notícia da execução de Pranzini e de sua conversão

31/10/1887 Visita a Dom Hugonin, em Bayeux, para solicitar autorização

de ingressar no Carmelo.

4/11/1887 Teresa viaja para Paris com o Sr. Martin e Celina e depois ruma

para Roma, passando por Mião, Veneza e Loreto.

20/11/1887 Em audiência com Leão XIII, Teresa solicita sua anuência para

entrar no Carmelo.

2/12/1887 Teresa regressa a Lisieux.

28/12/1887 Resposta favorável de Dom Hugonin à priora do Carmelo,

Madre Maria de Gonzaga, para admissão de Teresa.

1º/1/1888 Resposta positiva, mas a Madre Superiora decide que a entrada

de Teresa se dê depois da Quaresma.

09/4/1888 Festa da Anunciação. Entrada de Teresa no Carmelo de Lisieux.

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Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8

20

Carmelo (1888-1897)

9/4/1888 a

10/1/1889 Postulantado. Ocupação: rouparia.

22/5/1888 Profissão da Irmã Maria do Sagrado Coração.

28/5/1888 Confissão geral ao Pe. Pichon. Libertação de sofrimentos

espirituais.

23/6/1888 Sr. Martin vai para o Havre.

12/8/1888 Novo ataque do Sr. Martin, nos Buissonnets.

fim de outubro de

1888 Teresa é admitida pelo Capítulo Conventual à tomada de hábito.

31/10/1888 Grave recaída do Sr. Martin no Havre.

5-10/1/1889 Retiro para tomada de hábito.

10/01/1889 Tomada de hábito. Última festa para o Sr. Martin. Teresa

acrescenta "da Santa Face" ao seu nome religioso.

10/1/1889 a

24/9/1890

Noviciado Ocupação: refeitório (com irmã Inês de Jesus) –

serviço de vassoura.

12/2/1889 O Sr. Martin é internado no Hospital Bon Salvador de Caen.

Julho de 1889 Teresa recebe uma graça marial no eremitério de Santa

Madalena e "semana de quietude".

Janeiro 1890 Retardamento da profissão de Teresa. Ela lê Les fondements de

la vie spirituelle, do Pe. Surin.

1889 Ao longo do ano, descobre os textos relativos ao “servo que

sofre” (Isaías). Leitura das obras de São João da Cruz.

28/8 a 8/9/1890 Retiro para profissão. Secura espiritual.

2/9/1890 Exame canônico na capela. Bênção de Leão XIII.

7/9/1890 Teresa duvida de sua vocação.

8/9/1890 Profissão de Teresa. Sente-se "inundada de um rio de paz".

24/9/1890 Tomada de véu, sem a presença do Sr. Martin.

10/2/1891 Designada segunda sacristã, com a irmã Santo Estanislau.

Abril-julho 1891 Oração por Jacinto Loyson.

07 a 15/10/1891 Retiro pregado pelo padre franciscano Aleixo Prou. Teresa é

lançada "nas ondas da confiança e do amor".

5/12/1891 Morte da madre Genoveva, fundadora do Carmelo de Lisieux.

Fim de dezembro

de 1891 Epidemia de influenza.

10/5/1892 Retorno do Sr. Martin a Lisieux.

12/5/1892 Última visita do Sr. Martin no locutório do Carmelo.

2/2/1893 Teresa compõe sua primeira poesia, O orvalho divino.

20/2/1893 Eleição de Madre Inês como Priora. Teresa torna-se auxiliar da

mestra de noviças, Madre Maria de Gonzaga.

Junho de 1893 Teresa pinta um afresco no oratório.

24/6/1893 Leônia entra pela segunda vez na Visitação de Caen.

Setembro de 1893 Teresa fica no noviciado. Ocorre sua nomeação como segunda

porteira.

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Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8

21

2/1/1894 Teresa atinge a maioridade.

21/1/1894 Primeira “recreação piedosa”. Interpreta o papel de Joana d´Arc.

Primavera 1894 Começa a sofrer da garganta.

16/6/1894 Entrada da irmã Maria da Trindade, que é confiada a Teresa.

29/07/1894 Morte do Sr. Martin.

Agosto 1894 Teresa muda de cela.

14/9/1894 Entrada de Celina no Carmelo. Ela é confiada a Teresa.

Dezembro 1894 Recebe da Madre Inês de Jesus a ordem de escrever suas

memórias.

1895 Ano da redação do Manuscrito A.

5/2/1895 Tomada de hábito de Celina (Irmã Genoveva)

26/2/1895 Teresa compõe a poesia “Viver de amor”.

abril 1895 Confidencia a Irmã Teresa de Santo Agostinho: "Morrerei em

breve".

9/6/1895 (Festa da Santíssima Trindade) Recebe, durante a missa, a

inspiração de oferecer-se ao Amor Misericordioso.

11/6/1895

Faz, com Celina, a oblação do Amor, diante da Virgem do

Sorriso. (Pouco depois, ao começar sua via-sacra, vivencia

intensa experiência do amor de Deus.)

20/7/1895 Leônia sai da Visitação.

15/8/1895 Entrada de Maria Guérin no Carmelo.

17/10/1895 Teresa é designada, por Madre Inês, irmã espiritual do Pe.

Maurício Bellière, seminarista e aspirante a missionário.

20/1/1896 Teresa entrega a Madre Inês o Manuscrito A.

24/2/1896 Profissão da Irmã Genoveva.

17/3/1896 Tomada de véu da Irmã Genoveva. Tomada de hábito de Maria

Guérin (Irmã Maria da Eucaristia).

21/3/1896

Difícil eleição (sete dias) de Madre Maria de Gonzaga ao

priorado. Teresa é confirmada no cargo de mestra auxiliar no

noviciado. Outros ofícios: sacristia, pintura, rouparia (com

Maria de São José).

2 a 3/3/1896 Noite de Quinta para Sexta-feira Santa: primeira hemoptise, na

cela.

3/4/1896 Segunda hemoptise.

05/4/1896 Entrada na "noite da fé" (provação da fé), que durará até sua

morte.

10/5/1896 Sonho com a Venerável Ana de Jesus.

30/5/1896 Madre Maria de Gonzaga confia a Teresa um segundo irmão

espiritual: Padre Roulland, das Missões Estrangeiras.

3/7/1896 Primeira missa do Padre Roulland no Carmelo. Conversa com

Teresa no locutório.

7-18/9/1896 Retiro individual.

08/9/1896 Redação do Manuscrito B.

13-16/9/1896 Carta à Irmã Maria do Sagrado Coração (Manuscrito B, 1ª

parte).

Novembro de

1896

Leitura da vida de Teófanes Vénard. Novena a esse mártir para

conseguir a partida como missionária para a Indochina. Recaída

Page 22: Revista Fonte de Água Viva - nº 8

Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8

22

do pulmão.

25/3/1897 Profissão da Irmã Maria da Eucaristia.

Início de abril

1897 (Fim da Quaresma) Fica gravemente enferma.

6/4/1897 Início das “Últimas Conversas”.

3/6/1897 Redação do Manuscrito C, por ordem de Madre Maria de

Gonzaga.

8/7/1897 Teresa desce para a enfermaria. Hemoptises até 5 de agosto.

Manuscrito C inacabado.

30/7/1897 Unção dos enfermos.

19/8/1897 Última comunhão.

30/8/1897 Última fotografia no claustro

14/9/1897 Desfolha uma rosa sobre o crucifixo.

29/9/1897 Agonia. Confissão ao Pe. Faucon.

30/9/1897 Morte de Teresa, diante da comunidade reunida, por volta das

19h20min.

4/10/1897 Sepultamento no Cemitério de Lisieux.

Acesse: www.aiec.br

Page 23: Revista Fonte de Água Viva - nº 8

Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8

23

Fatos póstumos

7/3/1898 Dom Hugonin permite a impressão de História de uma alma.

2/5/1898 Morte de Dom Hugonin.

26/5/1898 Reine Fauquet, menina cega de quatro anos de idade, é curada sobre o túmulo de

Teresa.

30/9/1898 Impressão de 2.000 exemplares de História de uma alma.

28/1/1899 Leônia entra definitivamente para a Visitação de Caen.

Páscoa de 1899 Esgotada a primeira edição de História de uma alma.

Outubro de 1899 Esgotada metade da segunda edição (com tiragem de 4.000 exemplares).

1899-1902 Relatos de graças e curas. Chegam peregrinos para rezar na sepultura da Irmã

Teresa no cemitério de Lisieux.

19/4/1902 Reeleição de Madre Inês de Jesus como priora (ficará em exercício até a morte, por

vontade de Pio XI, descontada uma interrupção de 18 meses (1908-1909).

17/12/1904 Morte da Madre Maria de Gonzaga

14/4/1905 Morte da Irmã Maria da Eucaristia, de tuberculose.

9/7/1906 Luís Veuillot, no l´Univers, difunde que o Carmelo trata de introduzir a causa da

Irmã Teresa no Tribunal de Roma.

15/10/1907 Dom Lemonnier, novo bispo de Bayeux, pede que as carmelitas anotem suas

recordações a respeito da Irmã Teresa.

Janeiro de 1909 Padre Rodrigues (OCD, Roma) e Mons. de Teil (Paris) são nomeados,

respectivamente, postulador e vice-postulador da causa de beatificação de Teresa.

5/3/1910 Rescrito de Roma para o processo dos escritos.

Julho de 1910 Desde um ano atrás, o Carmelo recebeu 9.741 cartas da França e do exterior

3/8/1910 Instituição do tribunal diocesano para o processo do Ordinário.

12/8/1910 Primeira sessão do processo, no Carmelo.

6/9/1910 No cemitério de Lisieux, exumação dos restos mortais da Irmã Teresa, e

transladação para novo sepulcro.

10/6/1912 Pio X assina o Decreto de Introdução da Causa (declarara, em particular, a um bispo

missionário que a Irmã Teresa era “a maior santa dos tempos modernos”.

Julho de 1914 Média de 200 cartas por dia.

10/12/1914 Em Roma, decreto de aprovação dos escritos da Irmã Teresa.

17/3/1915 Em Bayeux, início do Processo Apostólico.

9-10/8/1917 Segunda exumação e reconhecimento canônico dos restos mortais da Irmã Teresa

no cemitério de Lisieux.

9/2/1918 Pelo correio do dia, 512 cartas.

14/8/1921 Bento XV promulga o Decreto sobre a heroicidade das Virtudes da Venerável Serva

de Deus e profere uma alocução sobre a infância espiritual.

29/4/1923

Beatificação da Irmã Teresa do Menino Jesus por Pio XI. O Carmelo recebe entre

800 e 1.000 cartas por dia. Relíquias são trasladadas do cemitério de Lisieux para o

Carmelo.

17/5/1925 Solene Canonização na Basílica de São Pedro, em Roma. Homilia de Pio XI em

presença de 60.000 pessoas. À noite, na Praça de São Pedro, 500.000 peregrinos.

Janeiro de 1927 Publicação das “Últimas conversas”.

13/7/1927 A festa litúrgica de Santa Teresinha é ampliada para a Igreja Universal.

Page 24: Revista Fonte de Água Viva - nº 8

Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8

24

14/12/1927 Proclamada Padroeira Universal das Missões, ao lado de São Francisco Xavier, por

Pio XI.

30/9/1929 Lançamento da primeira pedra da Basílica de Lisieux.

11/7/1937 Inauguração e bênção da Basílica de Lisieux pelo legado do Papa, Cardeal Pacelli,

futuro Pio XII. Mensagem de Pio XI, retransmitida pelo rádio.

24/7/1941 Fundação da Missão de França. Seu seminário é instalado em Lisieux.

3/5/1944 Nomeada Padroeira secundária da França, juntamente com Santa Joana d'Arc, por

Pio XII.

Junho de 1944 Lisieux é parcialmente destruída pelos bombardeios dos aliados. A abadia (escola de

Teresa) desaparece.

1947 50º aniversário da morte de Santa Teresinha. Sua urna é transportada por quase

todas as dioceses da França.

Setembro de 1948 Primeira edição das Cartas.

11/7/1954 Solene consagração da Basílica de Lisieux.

1956

Publicação da edição fac-similar dos Manuscritos autobiográficos (reconstituição de

História de uma alma segundo os textos originais), pelo Padre Francisco de Santa

Maria.

Julho de 1971 Publicação dos “Derniers entretiens” (primeiro volume da Edição do Centenário).

Julho de 1972 Publicação da “Correspondance générale” (Edição do Centenário).

1973 Celebração do centenário de nascimento de Teresa Martin.

17/5/1975 Celebração do cinquentenário de canonização da santa.

30/9/1997 Primeiro centenário da morte.

19/10/1997 Solene proclamação de Santa Teresinha como Doutora da Igreja, pelo Papa João

Paulo II.

13/12/1997 A urna com suas relíquias chega ao Brasil para peregrinar por várias dioceses,

trazida pelo Cardeal Primaz Dom Lucas Moreira Neves.

30/9/1998 Primeiro Centenário da Publicação de "História de uma Alma".

Junho e julho de 2010 Relíquias de Santa Teresinha visitam a África do Sul

Page 25: Revista Fonte de Água Viva - nº 8

Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8

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Pensamentos de Santa Teresinha

Pensamentos e Frases de Santa Teresinha

Amor - caridade

“Pratica-se mais caridade prestando obséquios a quem nos é menos simpático. Oh!

como ajeitamos mal os nossos negócios (espirituais) nesta terra! É preciso, portanto,

não faltar à caridade com o próximo.”

“O nosso Amado devia ter enlouquecido para vir à terra em busca dos pecadores com o

fim de fazer deles os seus amigos, os seus íntimos, os seus semelhantes. Ele que era

perfeitamente feliz com as outras duas Pessoas da Trindade, dignas de adoração.”

“Nós não poderemos nunca fazer por Ele as loucuras que Ele fez por nós, e as nossas

ações não merecerão nunca esse nome, porque não passam de ações muito razoáveis e

muito aquém do que o nosso amor quereria realizar.”

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Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8

26

“Tenho um caráter tal que o temor me

deita para trás, ao passo que o amor não

só me faz correr, mas voar.”

“Como é doce o caminho do amor! É

certo que se pode cair, que se podem

cometer infidelidades, mas o amor,

fazendo tudo de um sabor, bem

depressa consome tudo o que possa

desgostar Jesus, não deixando senão

uma humilde e profunda paz no fundo

do coração.”

“Apanhar um alfinete por amor pode

converter uma alma. Que grande

mistério! Só Jesus pode dar um valor

tão grande às nossas ações. Amemo-Lo,

pois, com todas as nossas forças.”

“Vede que pensar coisas belas e santas,

fazer livros, escrever vidas de santos

não tem valor algum em comparação

com a simples ação de responder

imediatamente quando vos batem à

porta.”

“A caridade deu-me a chave de minha

vocação.“

“Compreendi que o amor abrange todas

as vocações, alcançando todos os

tempos e todos os lugares...”

“Minha vocação é o amor!”

“Muitas vezes, sem que nós o saibamos,

devemos as graças e luzes que

recebemos a uma alma escondida,

porque Deus quer que os santos

comuniquem a graça uns aos outros por

meio da oração, para que no céu se

amem com um grande amor, com um

amor ainda maior que o amor da

família, mesmo da família mais ideal da

terra. Quantas vezes não tenho pensado

se não deverei todas as graças que tenho

recebido às orações de uma alma que

pedia por mim a Deus e a quem só

conhecerei no céu!”

“A caridade não deve consistir em

simples sentimentos, mas em obras”

“A caridade é o caminho excelente, que

conduz seguramente a Deus.”

“... Pensar em uma pessoa que se ama é

rezar por ela.”

“Ó Trindade, vós sois prisioneira de

meu amor!”

“Ó meu Deus, Trindade Bem-

aventurada! Eu vos desejo amar e vos

fazer amada...”

“Parece-me que agora nada me impede

de levantar vôo, pois não tenho mais

grandes desejos a não ser o de amar até

morrer de amor.”

“Sinto que quando sou caridosa é só

Jesus que age em mim.”

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Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8

27

Sacrifício - mortificação

“Muitas almas dizem: „Mas eu não

tenho forças para cumprir tal sacrifício‟.

Que elas façam, então, o que eu fiz: um

grande esforço. Deus jamais recusa esta

primeira graça que nos dá coragem de

agir; depois disso o coração se fortifica

e vai-se de vitória em vitória.”

“Não tenho outro modo de mostrar-Te o

meu amor senão lançando-Te flores,

isto é, não deixando escapar nenhum

pequeno sacrifício, nem um só olhar,

nem uma só palavra, aproveitando até

as menores coisas e fazendo-as por

amor...”

“Minhas mortificações consistiam em

refrear minha vontade, sempre prestes a

se impor.”

Obras

“Se todas as almas fracas e imperfeitas

sentissem o que sente a mais pequena

de todas as almas, a alma da vossa

Teresinha, nem uma só perderia a

esperança de chegar ao cume da

montanha do amor, pois Jesus não pede

grandes obras, mas somente abandono e

agradecimento.”

“Jesus não olha tanto para a grandeza

das obras, nem sequer para a sua

dificuldade, mas para o amor com que

se fazem.”

"Os mais belos pensamentos nada são

sem as obras".

Nossa Senhora

“Às vezes surpreendo-me dizendo:

„Querida Santíssima Virgem, parece-me

que sou mais ditosa do que Tu, porque

eu te tenho por Mãe, ao passo que Tu

não tens uma Santíssima Virgem a

quem amar... É verdade que Tu és a

Mãe de Jesus, mas esse Jesus, Tu no-Lo

deste por inteiro a nós, e Ele, da cruz, te

deu a nós por Mãe.´”

“Maria, se eu fosse a rainha do céu e tu

fosses Teresa, eu quereria ser Teresa

para que tu fosses a Rainha do céu”.

"A Santíssima Virgem demonstrou-me

que nunca deixou de proteger-me. Logo

quando a invoco, quando me vem uma

incerteza, um aperto, imediatamente

recorro a ela, e sempre cuida de meus

interesses como a mais terna das Mães."

"Sabe-se muito vem que a Santíssima

Virgem é a Rainha do Céu e da Terra,

porém ela é muito mais Mãe que

Rainha".

"Eu nunca aconselho nada a ninguém

sem antes recomendar-me à Virgem

Santíssima. Ela é que faz que as

palavras que digo tenham eficácia nos

que as ouvem."

“Prestai atenção ao que faz Maria;

imitai-a... e esse Deus de bondade

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Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8

28

recompensará vossa fé.”

Sofrimento

"Quando se quer atingir um fim, deve-

se procurar os seus meios. Jesus me fez

compreender que era pela cruz que Ele

queria me dar almas e minha atração

pelo sofrimento cresceu na medida em

que o sofrimento aumentou".

"O sofrimento me estendeu os braços e

neles me joguei com amor".

"Vejo que só o sofrimento pode gerar

almas".

"Quero sofrer por amor e mesmo

alegrar-me por amor".

"Meu Deus, por vosso amor aceito tudo:

se quiserdes, quero mesmo sofrer até

morrer de aflição".

"O sofrimento se torna a maior das

alegrias quando a gente o busca como o

mais precioso dos tesouros".

"Se um suspiro pode salvar uma alma,

que não podem fazer os sofrimentos

como os nossos? Não recusemos nada a

Jesus!"

"Aproveitemos de nosso único

momento de sofrimento! Só vejamos

cada instante... um instante é um

tesouro!"

“Não foi sofrendo e morrendo que Jesus

resgatou o mundo?”

“O sofrimento unido ao amor é a única

coisa que me parece desejável no vale

das lágrimas.”

“Bem ao contrário de me lamentar,

alegro-me porque o Bom Deus me

permite sofrer ainda mais por seu

amor.”

"Sobre a prensa do sofrimento Te

provarei meu amor. Não quero outra

alegria senão me imolar cada dia."

“Jesus, sem dúvida, mudará minha

natureza no céu, do contrário sentirei

saudades do sofrimento e do vale de

lágrimas.”

“Jamais teria acreditado que fosse

possível sofrer tanto! Jamais! Jamais!

Não posso explicar isso senão pelos

desejos ardentes que tenho tido de

salvar almas.”

“O Bom Deus me dá coragem na

proporção dos meus sofrimentos. Sinto

que, no momento, não poderia suportar

mais, mas não tenho medo, pois se Ele

os aumentar, aumentará, ao mesmo

tempo, minha coragem.”

“A vida é apenas um sonho, em breve

acordaremos e que alegria!... quanto

mais nossos sofrimentos são grandes,

tanto mais nossa glória será infinita.”

“Acho que nesses momentos de grandes

tristezas tem-se a necessidade de olhar

para o céu em lugar de chorar...”

“Sofro apenas cada instante. É porque

se pensa no passado e no futuro que a

gente se desencoraja e se desespera.”

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Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8

29

Morte

“Não é a morte que me virá buscar: é

Nosso Senhor.”

“Como dizem que todas as almas são

tentadas pelo demônio na hora da

morte, penso que passarei também por

isso. Mas talvez não: sou pequenina

demais, e como os pequeninos ele não

pode...”

"Depois de minha morte, farei cair uma

chuva de rosas."

"Eu não morro, entro na vida."

"Não prefiro nem morrer nem viver... O

que o Bom Deus prefere e escolhe para

mim, eis o que me agrada mais.”

Variedade das almas – Salvação das

almas

“Tudo o que tenho, tudo o que ganho é

para a Igreja e as almas.”

“Senhor, Tu sabes que não tenho outros

tesouros senão as almas que quiseste

unir à minha.”

“A nossa missão é esquecermo-nos de

nós mesmos. Somos tão pouca coisa! E

não obstante, Jesus quer que a salvação

das almas dependa de nossos sacrifícios

e do nosso amor. Ele mendiga-nos

almas. Compreendamos o seu olhar.

São tão poucos os que sabem

compreendê-lo!”

“Dignou-se Jesus esclarecer-me a

respeito deste mistério. Pôs-me diante

dos olhos o livro da natureza, e

compreendi que todas as flores por Ele

criadas são formosas, que o esplendor

da rosa e a brancura do lírio não

eliminam a fragrância da violetinha nem

a encantadora simplicidade da bonina...

Fiquei entendendo que se todas as

florzinhas quisessem ser rosas, perderia

a natureza sua gala primaveril.”

“Quis Ele [Deus] criar os grandes

santos, que podem ser comparados aos

lírios e às rosas, mas criou também os

mais pequenos, e estes devem

contentar-se em serem boninas ou

violetas, cujo destino é deleitar os olhos

do Bom Deus.”

“Assim como o sol clareia ao mesmo

tempo os cedros e cada pequena flor,

como se na terra só ela existisse, assim

também Nosso Senhor se ocupa em

particular de cada alma [...] e como na

natureza todas as estações se dispõem

de molde a fazer desabrochar na data

prevista a mais singela margarida, assim

também todas as coisas estão

proporcionadas ao bem de cada alma.”

Céu

“Jesus irá fazer todas as minhas

vontades lá no céu porque eu nunca fiz

as minhas vontades aqui na terra.”

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Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8

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“Quando eu chegar ao céu, quantas

graças vou pedir para vocês!

Atormentarei tanto a Nosso Senhor que,

se Ele a princípio pensar em me recusar,

minha insistência vai obrigá-lo a

atender meus desejos.”

Santa Teresinha Doutora da Igreja

“A vida não é triste. Ao contrário, é

muito alegre. Se você dissesse que o

exílio é triste, então se compreenderia...

Comete-se um erro chamando vida ao

que deve acabar. Só as coisas do céu

merecem ser chamadas assim.

Compreendendo isso, vê-se que a vida

não é triste, mas alegre, muito alegre.”

“Quando eu estiver no céu, será preciso

encher muitas vezes minhas mãozinhas

de orações e de sacrifícios para atirá-

los, como chuva de graças sobre as

almas.”

“Quero passar meu céu fazendo o bem à

terra.”

“Formei uma idéia tão elevada do céu

que às vezes me pergunto como é que

Deus se arranjará, depois da minha

morte, para me surpreender. A minha

esperança é tão grande e é para mim

motivo de tanta alegria – não pelo

sentimento, mas pela fé – que precisarei

de alguma coisa que supere todo o

entendimento para me saciar

plenamente.”

“Pressinto sobretudo que a minha

missão vai começar: a minha missão de

fazer amar a Deus como eu o amo, de

dar às almas o meu pequeno caminho.

Se Deus escutar os meus desejos,

passarei o meu céu na terra até o fim do

mundo. Sim, quero passar o meu céu

fazendo o bem na terra.”

Perfeição - santidade

“Às vezes, quando leio certos tratados

espirituais em que se apresenta a

perfeição rodeada de mil estorvos e mil

obstáculos, cercada de uma multidão de

ilusões, o meu pobre espírito cansa-se

logo; fecho o douto livro que me faz

doer a cabeça e me seca o coração, e

tomo nas mãos a Sagrada Escritura.

Então tudo me parece luminoso, uma só

palavra abre à minha alma horizontes

infinitos, a perfeição me parece fácil:

vejo que basta reconhecermos o nosso

nada e abandonarmo-nos como uma

criança nos braços de Deus.”

“Compreendi que na busca da perfeição

há muitos graus, e que cada alma é livre

de corresponder aos convites do Senhor

e de fazer pouco ou muito por Ele,

numa palavra, de escolher entre os

sacrifícios que Ele nos apresenta. Então,

como nos dias da minha infância,

exclamei: „Meu Deus, eu escolho

tudo‟.”

“A santidade não consiste em dizer

coisas belas, nem sequer em pensá-las

ou senti-las... Consiste em sofrer, e em

sofrer toda espécie de sofrimentos: „A

santidade deve ser conquistada na ponta

da espada‟.”

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Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8

31

“Consiste a perfeição em fazer Sua

vontade, em ser o que Ele quer que

sejamos.”

“Sim, tudo está bem, quando só se

busca a vontade de Jesus.”

“Deus não poderia me inspirar desejos

irrealizáveis; portanto, posso, apesar da

minha pequenez, aspirar à santidade."

“Acho que a perfeição é fácil de se

praticar, porque compreendi que basta

pegar Jesus pelo coração...”

“Quisera eu encontrar também um

elevador que me elevasse até Jesus,

porque sou demasiado pequena para

subir a dura escada da perfeição.”

Bondade e misericórdia de Deus

“Deus deu-me a sua misericórdia

infinita e, através dela, contemplo e

adoro as demais perfeições divinas...

Então todas elas se apresentam aos

meus olhos radiantes de amor.”

"O Bom Deus me fez compreender que

existem almas que sua misericórdia não

se cansa de esperar..."

"Como a bondade e o amor

misericordioso de Jesus são pouco

conhecidos!..."

"Deus é mais terno que uma mãe."

"O Senhor é tão bom para comigo, que

me é impossível temê-lo."

"Por uma graça fielmente recebida, Ele

me concedia uma multidão de outras."

Oração

“Para mim, a oração é um impulso do

coração, um simples olhar dirigido ao

céu, um grito de agradecimento e de

amor, tanto no meio da tribulação como

no meio da alegria. Em uma palavra, é

algo grande, algo sobrenatural que me

dilata a alma e me une a Jesus."

“Para sermos escutados, não temos que

ler num livro uma bela fórmula

composta para um caso particular. [...]

Fora do Ofício Divino, que sou muito

indigna de recitar, não tenho ânimo de

sujeitar-me a procurar nos livros belas

orações. Faz-me doer a cabeça, são

tantas! [...] umas mais bonitas que as

outras... Não poderia recitá-las todas e,

não sabendo qual delas escolher, faço

como crianças que não sabem ler. Digo,

muito simplesmente, ao Bom Deus o

que lhe quero dizer, sem usar belas

frases, e Ele sempre me entende...”

"Como é grande o poder da oração! É

como uma rainha que em todo o

momento tem acesso direto ao rei e

pode conseguir tudo o que lhe pede."

Pobreza e infância espiritual

“Compreendo, e sei por experiência,

que o reino de Deus está dentro de nós.

Jesus não precisa de livros nem de

doutores para instruir as almas. Ele, o

Doutor dos doutores, ensina sem ruído

de palavras.”

“Ser pequeno é não desanimar com as

faltas próprias, pois as crianças caem

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Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8

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com frequência, mas são demasiado

pequenas para machucar-se

seriamente.”

“Quando Ele nos vê profundamente

convencidas do nosso nada, estende-nos

a mão, mas se continuamos a tratar de

coisas grandes – mesmo que sob

pretexto de zelo –, Jesus deixa-nos sós.”

"É muito doce a gente se sentir fraco e

pequeno!"

"É preciso abandonar o futuro nas mãos

do Bom Deus..."

"Não me inquieto, absolutamente, com

o futuro..."

"Não consigo crescer, devo suportar-me

como sou, com todas as minhas

imperfeições."

"Meu caminho é o caminho da infância

espiritual, o caminho da confiança e da

entrega absoluta."

"Espero tudo do Bom Deus, como uma

criancinha espera tudo de seu pai."

“Os grandes santos trabalharam para a

glória de Deus; eu, porém, que sou uma

alma bem pequenina, trabalho só para o

seu prazer...”

"Como estou longe de ser conduzida

pela via do temor, sei sempre encontrar

o meio de ser feliz e aproveitar de

minhas misérias."

Vaidade – Perigos do mundo

"Em vez de me causar mal, levar-me à

vaidade, os dons que Deus me

prodigalizou (sem que Lhe tenha

pedido) me levam para Ele."

"Eu vos suplico, ó meu Deus, enviar-me

uma humilhação cada vez que eu tentar

me elevar acima dos outros."

“É tão fácil extraviar-se pelos caminhos

floridos do mundo [...] Mas se o meu

coração não se tivesse elevado para

Deus desde o primeiro despertar, se o

mundo me tivesse sorrido desde a

minha entrada na vida, que teria sido de

mim?”

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Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8

33

Conquistando Corações Para Deus

Torne-se Um Sócio Evangelizador Você sabia que pode se tornar um Evangelizador sem sair de sua casa?

Isso mesmo, ao se tornar sócio da Associação católica Fonte de Água Viva,

você estará colaborando para que milhares de pessoas no Brasil e no

mundo recebam a Palavra de Deus e tenham suas vidas transformadas.

Ao se tornar sócio você assumira 3 compromissos:

Rezar pela nossa obra

Divulgá-la entre seus amigos e conhecidos

Colaborar mensalmente com a quantia que quiser e puder.

Ao se tornar sócio (a) você receberá inteiramente grátis uma Cruz

Dehoniana em madeira com cordão.

Page 34: Revista Fonte de Água Viva - nº 8

Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8

34

Para se Tornar Sócio, preencha a ficha abaixo e nos envie pelo Correio*, ou

se preferir, acesse nosso site e faça seu cadastro:

www.radiofontedeaguaviva.net

( ) SIM, eu quero me tornar um (a) sócio (a) Evangelizador (a) da

Associação Católica Fonte de Água Viva e colaborar na Conquista de Mais

Corações Para Deus.

Nome: ______________________________________________________

Endereço: ____________________________________________________

Bairro: ______________________________________________________

Cidade: __________________________________________ UF: _______

CEP: ______________

e-mail: ______________________________________________________

Telefone: ( ) _________________________________________________

Celular: ( ) __________________________________________________

Paróquia em que Participa: ______________________________________

Pastoral em Que Atua: __________________________________________

*Envie para: [email protected]

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Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8

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Novenas

Novena das Rosas

(Pode-se rezar essa novena em qualquer época, mas é proveitoso fazê-lo do dia 9 ao dia

17 de qualquer mês, para participar da comunhão de orações dos que se dedicam a essa

devoção.)

Santíssima Trindade, Pai, Filho, Espírito Santo, eu vos agradeço todos os favores, todas

as graças com que enriquecestes a alma de vossa serva Teresa do Menino Jesus durante

os 24 anos que passou na terra, e, pelos méritos de tão querida Santinha, concedei-me a

graça que ardentemente vos peço (pedir a graça...), se for conforme a vossa santíssima

vontade e para salvação de minha alma.

Ajudai minha fé e minha esperança, ó Santa Teresinha, cumprindo mais uma vez vossa

promessa de que ninguém vos invocaria em vão, fazendo-me ganhar uma rosa, sinal de

que alcançarei a graça pedida.

Glória ao Pai... (24 vezes)

Santa Teresinha do Menino Jesus, rogai por nós!

Ave-Maria... Pai Nosso...

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Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8

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Orações

Orações a Santa Teresinha

Ladainha de Santa Teresinha

Senhor, tende piedade de nós.

Jesus Cristo, tende piedade de nós.

Senhor, tende piedade de nós.

Jesus Cristo, ouvi-nos.

Jesus Cristo, atendei-nos.

Deus, Pai do Céu, tende piedade de nós.

Deus, Espírito Santo, tende piedade de nós.

Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.

Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós.

São José, rogai por nós.

Santa Teresa de Ávila, rogai por nós.

São João da Cruz, rogai por nós.

São Rafael Kalinowski, rogai por nós.

Santa Elisabeth da Trindade, rogai por nós.

Santa Teresa dos Andes, rogai por nós.

Santa Teresa Margaret Redi, rogai por nós.

Beata Edith Stein, rogai por nós.

Beata Maria Sacrário de São Luiz Gonzaga, rogai por nós.

Beata Maria das Maravilhas de Jesus, rogai por nós.

Santa Teresinha, estrela luminosa do Carmelo, rogai por nós.

Santa Teresinha, Padroeira das Missões, rogai por nós.

Santa Teresinha, Doutora da Pequena Via, rogai por nós.

Santa Teresinha, Padroeira da França, rogai por nós.

Santa Teresinha, Filigrana do Espírito Santo, rogai por nós.

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Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8

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Santa Teresinha, do amor filial, rogai por nós.

Santa Teresinha, perfeição de fé, rogai por nós.

Santa Teresinha, pequena fortaleza de Deus, rogai por nós.

Santa Teresinha, vocação para o amor, rogai por nós.

Santa Teresinha, asceta e mística, rogai por nós.

Santa Teresinha, amor no coração da Igreja, rogai por nós.

Confiança obstinada, rogai por nós.

Confiança invencível, rogai por nós.

Confiança heróica, rogai por nós.

Confiança na própria fraqueza, rogai por nós.

Desejo de santidade, rogai por nós.

Desejo de amor, rogai por nós.

Desejo de virtudes, rogai por nós.

Desejo de renúncia, rogai por nós.

Desejo de retidão, rogai por nós.

Desejo de fidelidade, rogai por nós.

Desejo de perfeição, rogai por nós.

Alma simples, rogai por nós.

Alma sublime, rogai por nós.

Alma cândida, rogai por nós.

Alma missionária, rogai por nós.

Alma penitente, rogai por nós.

Alma pequenina, rogai por nós.

Alma paciente, rogai por nós.

Alma humilde, rogai por nós.

Alma pacífica, rogai por nós.

Alma suave, rogai por nós.

Alma que escolheu tudo, rogai por nós.

Alma dos pequenos sacrifícios, rogai por nós.

Alma doce na noite da provação, rogai por nós.

Apóstola da Misericórdia, rogai por nós.

Apóstola da Confiança e do Abandono, rogai por nós.

Apóstola da Simplicidade de Coração, rogai por nós.

Anjo dos Enfermos e Prisioneiros, rogai por nós.

Pequena Irmã dos Pobres em Espírito, rogai por nós.

Irmã Universal, rogai por nós.

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos, Senhor.

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós.

Rogai por nós, Santa Teresa do Menino Jesus da Santa Face, para que sejamos dignos

das promessas de Cristo.

Oremos... Ó Deus, que sois glorificado em vossos santos e santas, ouví-nos por

intercessão de Santa Teresinha do Menino Jesus, que nos ensinou o Pequeno Caminho

da confiança e do abandono em vossa Misericórdia. Por Cristo Nosso Senhor, Amém.

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Oração pelos missionários

Ó Santa Teresinha,

sois exemplo de simplicidade e de

humildade

e sempre vos colocastes nas mãos do

Pai.

Intercedei junto a Deus para que os

homens compreendam o vosso

caminho,

que leva ao Céu,

para que, vencendo o egoísmo e o

orgulho,

possam construir um mundo melhor

e conquistem os povos para o Reino de

Cristo pelo amor, justiça e paz.

Fazei com que os homens

compreendam a mensagem do

Evangelho

e sejam atraídos a viverem o ideal

cristão do amor

pelo espírito de desapego e doação.

Santa Teresinha do Menino Jesus,

padroeira das missões,

rogai por nós e protegei os missionários.

Amém.

Oração de Santa Teresinha pelos

sacerdotes

Ó Jesus, Sumo e Eterno Sacerdote,

conservai os vossos sacerdotes sob a

proteção do Vosso Coração

Amabilíssimo, onde nada de mal lhes

possa suceder.

Conservai puros e desapegados dos

bens da terra os seus corações, que

foram selados com o caráter sublime do

Vosso Glorioso Sacerdócio.

Fazei-nos crer no seu amor e fidelidade

para Convosco e preservai-os do

contágio do mundo.

Dai-lhes também, juntamente com o

poder que têm de transubstanciar o pão

e o vinho em Vosso Corpo e Sangue, o

poder de transformar os corações dos

homens.

Abençoai os seus trabalhos com

copiosos frutos e concedei-lhes um dia a

coroa da vida eterna.

Amém!

Para alcançar graças por intercessão

de Santa Teresinha

Santa Teresinha do Menino Jesus,

que na vossa curta existência

fostes um espelho de angélica pureza,

de amor forte

e de tão generosa entrega nas mãos de

Deus,

agora que gozais do prêmio de vossas

virtudes,

volvei um olhar de compaixão sobre

mim,

que plenamente confio em vós.

Fazei vossas as minhas intenções,

dizei por mim uma palavra àquela

Virgem Imaculada

de que fostes a florzinha privilegiada,

à Rainha do Céu que vos sorriu na

manhã da vida.

Rogai-lhe, a Ela que é tão poderosa,

sobre o Coração de Jesus,

que me obtenha a graça por que nesta

hora tanto anseio,

e que a acompanhe de uma bênção que

me fortifique

durante a vida,

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me defenda na hora da morte

e me leve à eternidade feliz.

Amém.

Prece à Santa das Rosas

Santa das Rosas,

trilhastes a Pequena Via da humildade

e da submissão à vontade de Deus.

Ensinai-nos, ó Santa Mestra, Doutora da

Igreja,

o caminho da santidade

que nasce da escuta da Palavra de Deus,

da realização de coisas simples e sem

importância

aos olhos do mundo.

Nós vos pedimos que continueis a

cumprir vossa promessa

de fazer chover rosas de graças e

bênçãos sobre o mundo.

Ansiamos por rosas, muitas rosas do

vosso jardim.

Reparti conosco as graças que recebeis

de Deus Pai.

Intercedei por nós junto a Ele.

Por vossas preces, venha o Senhor

em socorro de nossas necessidades.

(Faz-se o pedido)

Velai, ó Flor do Carmelo, por nossas

famílias:

que em nossos lares haja paz,

compreensão e diálogo.

Velai por nossa pátria,

para que tenhamos governantes

íntegros,

afinados com os anseios do povo

sofrido.

Velai por nós,

para que o espírito missionário

impregne todas as nossas ações.

Amém.

Oração de Santa Teresinha

A Vós, Santa Teresinha

Através das Vossas súplicas e do Vosso

exemplo de santidade,

Intercedeis para que fiquemos sempre

mais perto do Senhor Jesus,

E fazeis com que as vossas preces,

sempre tão agradáveis ao Menino Jesus,

Descortine nossa visão, para que

possamos contemplar a face do Justo

Senhor

E para que, assim, sejamos abençoados

em nossa caminhada de fé.

Assiste-nos, meiga e afetuosa eleita,

para que o Senhor Jesus,

Estendendo sobre nós a resignação dos

justos,

Faça prosperar em nossas almas a

virtude do amor.

Rogamos, ainda, que pela força do

nosso clamor,

Sejamos amparados pelo teu obsequioso

auxílio

Que o Senhor Jesus, com a vossa

insigne intervenção,

Mantenha-se a controlar nossas alegrias

e aflições,

Dando-nos o firme impulso para a nossa

vocação missionária.

Amém.

Pequena novena

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Deus, nosso Pai, sempre acolheis

aqueles que, neste mundo, vos servem

fielmente. Queremos invocar Santa

Teresinha do Menino Jesus por causa do

grande amor que ela vos devotou. Sua

confiança filial fazia-a esperar "que tu

farias tua vontade no céu, pois ela tinha

cumprido sempre a tua na terra".

Suplico-vos acolher a prece que vos

dirijo com fé, confiando-me à

intercessão de Santa Teresinha.

Pai Nosso...

Senhor Jesus, Filho Único de Deus e

nosso Salvador, lembrai-vos que Santa

Teresinha consumiu sua vida aqui na

terra pela salvação das almas, e quis

"passar seu Céu a fazer o bem sobre a

terra": porque foi vossa esposa bem-

amada e apaixonada por vossa Glória,

nós a invocamos. Eu me entrego a vós,

a fim de obter as graças que imploro,

confiando-me à intercessão da Santa das

Rosas.

Ave Maria...

Espírito Santo, fonte de toda graça e de

todo amor, é por vossa ação que Santa

Teresinha viveu coberta de avisos

divinos e a eles respondeu com perfeita

fidelidade. Agora que ela intercede por

nós, e não deseja nenhum repouso até o

fim dos tempos, nós a invocamos. Peço-

vos inspirar e escutar minha prece, a fim

de que seja concedido o pedido feito por

intercessão da Padroeira das Missões.

Ó Santa Teresa do Menino Jesus, vê a

confiança que coloco em ti e acolhe

minhas intenções. Intercede por mim

junto à Virgem Maria, que veio te sorrir

no momento da provação. Olha,

também, por todos aqueles que te

rogam: eu me uno a eles como a irmãos.

Através das graças que desejamos, se tal

for a vontade do Senhor, dá-nos sermos

fortificados na Fé, Esperança e Amor no

caminho da vida, e sermos ajudados na

hora da morte, a fim de vivermos neste

mundo a paz do Pai, e conhecer na

eternidade a alegria de sermos todos

filhos de Deus.

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito

Santo!

Como era no princípio, agora e sempre.

Amém.

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