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ELE VEM? ELE VEM! R$1,50 folhadoes.com 25 de Março de 2014 - nº57 Paulo Hartung é confirmado pelo PMDB como candidato a governador do Estado que enfrentará o atual governador Renato Casagrande(PSB) ELEIÇÕES 2014 Paulo Hartung

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N° 59

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Page 1: REVISTA FOLHA

ele vem? ele vem!

R$1,50folhadoes.com

25 de março de 2014 - nº57

Paulo Hartung é confirmado pelo PMDB como candidato a governador do Estado que enfrentará

o atual governador Renato Casagrande(PSB)

eleições 2014

Paulo Hartung

Page 2: REVISTA FOLHA

FOLHA, 25 de Março de 201402 >

Page 3: REVISTA FOLHA

> 03 25 de Março de 2014 FOLHA

editorial

Diretor ExecutivoMarcos Paulo Tristão

([email protected])

Conselho ExecutivoMarcos Tristão

ColunistasPedro Valls Feu RosaJulio Carlos Amorim

Francisca ParisWilson Márcio Depes

Design GráficoTamyres Paulino

PeriodicidadeSemanal

Litoral SulFernando Guimarães

Tiragem6.000

[email protected]@folhadoes.com

[email protected](28) 3521-8044

www.folhadoes.com

colunistasPedro Valls feu rosa

Acompanha a FOLHA nas redes sociais | twitter.com/folhadoes | fb.com/folhaes.com.br

romario Vargasjackson rangel

fernando guimarães

cleben garciaWilson márcio dePes

marcos tristão

26 24 17Religião Comportamento Garota Folha

Papa torna santo José de anchieta

ipea reconhece erro de pesquisa que gerou polêmica

Rênia lopes é o novo destaque desta semana

Esta edição está bem eclética, com assunto do momento: O mercado po-litico frenético de especu-lações de candidaturas. A capa não poderia ser outra senão projetando o ex-governador Paulo Har-tung como protagonista da sucessão ao governo do estado do Espírito Santo.

Dentro da sua linha editorial analítica e opina-tiva, a revista veio com a proposta para o leitor de traduzir os bastidores da pré-campanha eleitoral. O que não se lê nos meios de comunicação tradicio-nais, a FOLHA, principal-mente, no seu portal de noticias informa em tempo real cada movimento poli-tico que vai determinar o futuro dos capixabas.

Traz, ainda, artigos de colunistas renomados com temas atuais e de conteúdo

afiado em defesa da liber-dade de expressão. O jor-nalista e advogado Jackson Rangel, por exemplo, anun-cia denúncia contra vários magistrados e uma serven-

tuária no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por abuso de poder e perseguição com objetivo de tolir a sua liber-dade de opinião, luta que avança para 32 anos em que exerce o jornalismo.

A edição privilegia a sua cidade capixaba com matérias especiais de de-núncia “caso de aditivo milionário em favor da empresa Coopeserrana”; “Erro da pesquisa do IPEA do comportamento mascu-lino em relação as mulhe-res” e a “Proclamação pelo Papa de santo ao padre José de Anchieta”.

Para os detalhistas, o design da revista FOLHA sofreu alterações positi-vas nas fontes dos títulos das matérias, com maior pujança, visando sempre a conjugação da estética com a didática em favor do leitor. Boa Leitura!

Dentro da sua linha editorial

analítica e opinativa, a

revista veio com a proposta para o leitor de traduzir os bastidores da pré-campanha

eleitoral”

Page 4: REVISTA FOLHA

FOLHA, 25 de Março de 201404 >

1 - Pai é morto na frente da filha de 14 anos em CaChoeiro /es

Comentários : Gislane Souza : Que Deus

conforte toda família! Priscila Venturim de Sousa:

Meu Deus, tio do meu sobri-nho. Cleber Hartuique das Cha-gas todos o chamavam

de bom rapaz, bom pai, bom marido, bom amigo. Deus con-fortará toda família... e ami-gos... Que tragédia.

Só Deus.Levenildo Andrade: Essas

coisa tem que acontecer com os policiais que estão lá e não fazem nada. Quando acontece com eles aí eles vão tentar mu-dar essa lei.

Maicon Martins : Enquanto houver impunidade isso continu-ará acontecendo normalmente como aconteceu com ele acon-tecerá com você, seu irmão, seu pai, seu primo ...sua família que a Dilma lei isso e veja que o siste-ma carcerário esta lotado e não tem como punir bandido. Afinal quando acabar a Copa enfia es-ses assassinos dentro dos seus estádios Dilma porque lá tem muito espaço. Quatro anos já Dilma e vai começara trabalhar quando sua malandra?

Silvana Thompson : Que Deus conforte essa família. Que Deus te tenha em um bom lugar!!!!

2 - motoboy morre aPós Colidir Com Caminhão em CaChoeiro - es Comentários : Thainá Almeida : Marcus Vinicius sei que você está num lugar muito melhor que nós , mais foi cedo demais, infelizmente não podemos reclamar, Deus sabe a hora de cada um e se ele quis que hoje fosse sua hora temos que aceitar por mais difícil que seja . Tenho certeza que sua mãe, seu filho sempre terá só lembranças boa de quanto você era especial, uma pessoa do bem. Cuide da gente daí de cima.Tiago Jidione : Lamentável mesmo, mais uma vida se vai , muleque querido, gente fina, mas, faz parte da vida né, não tem jeito, vai ficar as lembranças boas, Deus conforte sua família!Alexandre Fortuna : Que Deus conforte toda a família. Um grande abraço para a avó Maria.Carlos Ronaldo Caitano : Infelizmente você foi cedo demais e irá deixar muitas saudades.......Vai com Deus primo..Elias de Almeida : Que Deus te dê muita força a você meu amigo Pezinho, um abraço do amigo e famíliaJudith Ferreira : Nessa hora só Deus pra preencher esse vazio no coração de vocês. Que Jesus possa consolar os vossos corações

3 - Paulo hartung será Candidato a governa-dor do esPírito santo Comentários: Maria Antonia Palacio Toni-nha: Se for para governar como nos anos em que foi governador, eu me prontifico a votar e fazer campanha.Carlos Alberto: Casagrande deu mole com a Terceira Ponte, falando que não pode quebrar contrato com a Rodo-sol mas, os royalties do pe-tróleo foi quebrado o contrato com os Estados produtores, e aí, como fica o povo só perde. Fala sério. Marcelo Ghazi Altoé: Mais uma vez pra agora terminar de comprar quem ainda não conseguiu comprar em seu mandato passado, TJ , MP, TC ,etc,... O homem que nunca será condenado. Povo que não sabe ler notícia de jornal que fala a verdade, só lê a mídia marrom.Raphael Avelar: Arrasou vem com tudo Hartung !Walter Renoldi: Estarei com ele e Luzia Toledo.!Rose Tabelini: Eu estarei com ele.!

#opiniãoAssuntos mais comentados

*Casteglione vai gastar R$3 milhões em publicidade

*Estudos da Agersa apresentam tarifa maior *Rubens Moreira é o novo

presidente da [email protected]

Page 5: REVISTA FOLHA

> 05 25 de Março de 2014 FOLHA

Júlio césar cardosoBacharel em Direito e servidor federal aposentado

essa cambada corrupta não tem escrúpulo

Os maus exemplos de nossos políticos

O vice-presidente da Câ-mara dos Deputados, André Vargas (PT-PR) viajou em um avião emprestado pelo doleiro Alberto Youssef, pre-so na OperaçãoLava-Jato, da Polícia Federal. Segundo noticiou o jornal Folha de S. Paulo desta terça-feira (1º), o doleiro e o deputado conver-saram através de um serviço de mensagem de texto no dia 2 de janeiro, revelando relação de certa intimidade. Fonte: Diário do Poder.

Igualmente, o ex-presi-dente da Câmara Federal, Marco Maia (PT-RS), tam-bém já usou avião particular para assistir ao jogo da sele-ção brasileira em Goiânia e depois de ir a Porto Alegre, bem como avião e helicóp-tero da Unimed do Rio Gran-de do Sul para reunião do PT nas cidades gaúchas de Erechim e Gramado.

É incrível o relacionamen-to de petistas com elemen-tos de condutas reprováveis (vide mensalão), ou se be-neficiando de algum favor. Só que quando são desco-bertos se escondem e, com evasivas, falam de invasão de privacidade ou de outras esfarrapadas explicações. Essa cambada corrupta não tem escrúpulo, desde que consiga abiscoitar os seus benefícios, não importa a qualidade do amigo.

Deputado André Vargas, o ex-senador Demóstenes Tor-res, de conduta até então ili-bada, também negava o seu envolvimento com o bicheiro Carlinhos Cachoeira e dizia que eram apenas amigos, da mesma forma como o senhor

Cachoeiro de Itapemirim está conhecendo de perto as famosas “águas de mar-ço”///Após as chuvas a ci-dade ficará mais feia do que já está///Prefeitura de Cachoeiro concedeu aditivo contratual a Coopeserrana sem licitação///Esta práti-ca já está virando rotina e ninguém faz nada///Alô Mi-nistério Público///Está sob investigação um derrame de receitas azuis na Secretaria de Saúde de Cachoeiro///Ex--governador Paulo Hartung tirando o sono de Renato Ca-sagrande///Ricardo Ferraço chutou o balde e agora pre-cisa ser convencido de que ainda não é a sua vez ape-sar de ser o mais prepara-do///Magno Malta não fala nada///Em Cachoeiro de Ita-pemirim uma Câmara Mu-nicipal calada///Vereador Professor Léo voltou para a função de vereador e Rizzo se despediu///Léo vai dispu-tar vaga para deputado fe-deral///Luiz Carlos ex-dire-tor da Agersa sumiu///Pedro Sandrini é o novo presidente da Acisci///Prefeito Carlos Casteglione foi vaiado no evento de posse da nova di-retoria da Acisci///Foi cons-trangedor///Todas as coisas contribuem para o bem da-queles que amam a Deus///Roberto Valadão entusias-mado com a candidatura de Paulo Hartung///Deputado Camilo Cola também decla-rou apoio a PH///Theodorico Ferraço foi visto chegando junto com Paulo Hartung no evento da Samarco///Corre-ção de pesquisa do IPEA so-bre mulheres gerou descon-fiança///Resultado criou um levante feminino pelo país///Até logo///Marcos Tristão

agora se reporta ao doleiro Yoes-sef. Só que Demóstenes foi cas-sado como deveriam ser todos aqueles políticos mequetrefes, indecorosos e que tiram onda de bom moço, mas que na realida-de são tão cafajestes quanto Car-linhos Cachoeira ou o doleiro do esquema do mensalão Alberto Yoessef, preso na OperaçãoLava--Jato, da Polícia Federal.

Se a Câmara se preocupas-se com a conduta de seus par-lamentares, o deputado André Vargas já deveria ter sido cassa-do pelo episódio de sua mole-cagem, no Congresso Nacional, provocando o presidente do STF, Joaquim Barbosa, com gestos nazistas. Assim, mais uma vez a Câmara tem a oportunidade de investigar a conduta desse par-lamentar e agora relacionada com o referido doleiro. É o que espera a sociedade brasileira.

“O relacionamento de petistas com elementos de condutas reprováveis

(vide mensalão), ou se beneficiando

de algum favor

Page 6: REVISTA FOLHA

FOLHA, 25 de Março de 201406 >

sinopseceLebridAde

Morre ator José WilkerO ator José Wilker morreu na manhã deste sábado (5) em sua casa no Rio de Janeiro. Ainda não há informações oficiais sobre a causa da morte, mas suspeita-se que ele tenha morrido por infarto.

sAmArcO

Prefeito participa de inauguração

O prefeito Marquinhos e seu Secretaria-do participaram nesta quinta-feira (03)

da inauguração da quarta usina de pelo-tização da Samarco, em Ubu, município

de Anchieta. Esse marco consolida a empresa como uma das maiores expor-

tadoras de minério do País.

ESE que pelo ES vão con-correr o ex-governador Paulo Hartung, a go-

vernador, e a deputada Rose de Freitas ao Sena-do. Raupp falou com ex-clusividade para a Agên-

cia Congresso agora a noite, anunciando que teria em seguida, uma reunião com o senador

Ricardo Ferraço (PMDB).“NOssOs sONhOs fOram caladOs’Dilma sobre ditadura

brAsiL

COnta DE luz fiCará MaiS CaraA conta de luz dos brasileiros ficará mais cara em 2015, confirmou na última quinta-feira o diretor da Aneel, André Pepitone, após reu-nião na agência em Brasília. Um dia antes, o ministro da Fazenda Guido Mantega também tinha confirmado a informação. A tarifa irá su-bir para bancar o empréstimo de R$ 8 bilhões para cobrir as despesas extras das distribui-doras com a compra de energia mais cara.

Page 7: REVISTA FOLHA

> 07 25 de Março de 2014 FOLHA

NOssOs sONhOs fOram caladOs’

Roy King – pesquisador da universidade de Cambridge

entrevistaUm dos maiores especialis-

tas do mundo em sistema carce-rário, o pesquisador da Universi-dade de Cambridge diz que nos dois países os criminosos con-trolam as cadeias.

Como o sR. avalia as pRisões bRasileiRas?

Elas são bem diferentes das britânicas, mas têm muito em co-mum com as russas. nas cadeias brasileiras, os agentes carcerários nunca entram nas celas sem auto-rização dos criminosos, o que quer dizer que o controle efetivo do que acontece lá dentro está nas mãos dos presidiários. na Rússia, os guar-das também não podem entrar nos dormitórios, cada um deles é controlado por um chefe, respon-sável pela disciplina lá dentro.

isso oCoRRe desde a époCa da União soviétiCa?

Essas penitenciárias existem desde antes da Revolução Russa. Então, pode ser que o sistema exista desde o regime czarista. nos antigos gulags (campos de trabalho), as atuais colônias pe-nais, é diferente. Há dormitórios com capacidade para até 100 pri-sioneiros que não são superlota-dos. Esses lugares são controla-dos por um único oficial, que não conta sequer com alarme. É tudo muito organizado, com pouquís-simos episódios de violência.

Como é a Realidade in-

Glesa?Em todos os países há uma

tensão entre autoridades e prisio-neiros. Mas no Reino unido a maio-ria dos detentos considera sua punição justa. Muitas vezes eles afirmam que não cometeram os crimes pelos quais foram condena-dos, mas admitem que já haviam praticado outros e escaparam.

poR qUe no bRasil é di-

FeRente?no Brasil, as prisões rece-

bem muito pouco do Estado, e os presos são completamente dependentes daquilo que é tra-zido pelos familiares. É muito comum que eles se vejam con-trolados pela facção criminosa Primeiro comando da capital (Pcc) ou outros grupos que con-trolem e redistribuam aquilo que entra nas penitenciárias. E, mes-mo que isso seja apresentado como uma espécie de sistema socialista “de cada qual segundo sua capacidade, a cada qual se-gundo suas necessidades”.

o pCC existe poR CaUsa

da aUsênCia do estado?sim. Já ouvi políticos di-

zendo que criminoso bom é cri-minoso morto. além disso, aqui as desigualdades são imensas e existe uma subclasse de onde vem a maioria dos que estão no sistema penitenciário. como ninguém se importa com eles

fora dos presídios, ninguém se importa com eles lá dentro tam-bém. É aí que o Pcc entra. Quan-do as autoridades não agem, há um vácuo para ser preenchido.

sabe-se qUe existe Co-

laboRação entRe pResos e CaRCeReiRos nas Cadeias bRasileiRas.

sim, e isso é uma das coi-sas que mais me interessam. Entrevistei detentos que conta-ram terem sido mantidos reféns e torturados por membros de facções dentro de seus próprios pavilhões. Essa situação não po-deria acontecer sem a conivên-cia dos guardas.

poR qUe os GUaRdas

aGem dessa FoRma? os agentes carcerários são

tão mal pagos e mal treinados que seria impossível para eles comandar a prisão sem ajuda dos detentos. Mais ainda: no Brasil existem 200 prisioneiros para cada guarda.

a sitUação CaRCeRá-

Ria do bRasil mUdoU mUi-to desde qUe o sR. Conhe-CeU o país?

Em 1996, estive no Brasil pela primeira vez e escrevi um relatório expressando otimismo. a popu-lação carcerária era proporcional-mente quase do mesmo tamanho da britânica e a economia do País começava a se fortalecer.

lidaR Com a sUpeRlota-

ção ConstRUindo mais pRi-sões é o melhoR Caminho?

se você conversar reserva-damente com qualquer diretor de penitenciária responsável na Grã--Bretanha ou nos Estados unidos, ele dirá que metade dos seus de-tentos não precisaria estar ali. En-tão, nós precisamos achar meios de trazê-los para fora.

Page 8: REVISTA FOLHA

FOLHA, 25 de Março de 201408 >

artigoPedro Valls Feu Rosa

rabo abanando o cachorro

José foi assaltado. Levaram o car-ro dele. Ao chegar em casa de táxi, ele imediatamente assumiu a culpa pelo roubo: “eu dei bobeira, não de-veria ter parado naquele semáforo”.

Maria foi estuprada, e quase morreu. Ao pres-tar depoimento, ela deixou bem clara sua res-ponsabilidade pelo episódio: “eu vacilei, não deveria ter ido comprar pão sozinha”.

Um ladrão arrancou o telefone celular das mãos de João enquanto ele atendia uma liga-ção. Ele – o João, e não o ladrão – assumiu total culpa pelo crime: “eu não sei onde estava com a cabeça quando fui atender uma ligação no meio da rua”. Maria foi morta durante um assalto. Ela gritou e acabou levando um tiro. Por ocasião de seu enterro, Maria foi condena-da por todos os presentes: “que estupidez dela ter gritado, todo mundo sabe que durante um assalto o melhor é ficar em silêncio”.

Mário, um dedicado Policial Militar, foi mor-to a tiros por traficantes do morro no qual mo-rava. Seus familiares, entrevistados por um jornalista, o recriminaram duramente: “ele sempre foi cabeça-dura, nunca quis esconder a farda quando voltava para casa”. No mesmo morro Paulo, um líder comunitário, foi esfaque-ado até a morte pelos mesmos traficantes. Seus amigos o criticaram ferozmente: “que fal-ta de juízo, procurar a Polícia para denunciar que o crime estava dominando o morro”.

Marcos teve sua loja assaltada, e qua-se levou um tiro. Seus empregados recla-maram dele: “que estupidez, deixar aquele monte de mercadoria exposta na vitrina”. Marcos passou a deixar tudo trancado em um cofre. Mas a loja foi assaltada de novo, e um de seus funcionários, após quase le-var um tiro por ter demorado a abrir o cofre,

agrediu-o violentamente: “seu miserável, fica trancando tudo, mais preocupado com as mercadorias do que com a gente, e qua-se levamos um tiro por sua causa”.

Carlos estava jantando com sua namora-da em um movimentado restaurante quan-do uma quadrilha armada saqueou todos os clientes. Seu futuro sogro não gostou: “este rapaz é um irresponsável, ele sabe muito bem que não estamos em época de ficar bestando por aí, jantando fora, e acabou passando por um assalto e traumatizando minha filha”.

Joel entrou em um subúrbio com o ca-minhão da empresa para entregar pacotes de biscoito nos bares de lá. Após ter tido os produtos e o caminhão roubados, e quase ter sido morto, foi despedido por seu che-fe: “que sujeito burro, ir com o caminhão lá naquele bairro sem pedir licença para o líder do tráfico local”.

Patrícia viajou a negócios. Desembarcou no aeroporto com seu “notebook” e tomou um táxi. Não conseguiu andar dois quartei-rões – foi assaltada em um semáforo. Na empresa, foi imediatamente repreendida: “você não poderia ter desembarcado sem antes esconder o “notebook”, deste jeito você pediu para ser assaltada”.

E é assim, de exemplo em exemplo, todos já parte do nosso cotidiano, que vamos che-gando a uma verdadeira “rotina do absurdo”. Aqui no Brasil é tão normal um cidadão ter medo de andar pelas ruas, é tão comum um policial ter que esconder sua profissão para não morrer, é tão usual pessoas terem que pedir permissão a traficantes para subir em morros e é tão rotineiro abrir-se mão da cida-dania mais básica que já não causa surpresa as vítimas estarem se transformando em cul-padas pelos crimes.

Diante desta tenebrosa realidade, patroci-nada pela fraqueza e falta de firmeza das nos-sas instituições, talvez já não nos cause sur-presa ver um rabo abanando um cachorro...

*O autor é presidente do Tribunal de Justiça do ES

Page 9: REVISTA FOLHA

> 09 25 de Março de 2014 FOLHA

os demais. Como exemplo, podemos citar acessó-rios para produção caseira de ovos de páscoa.

Claro que como é o assunto do momento, não poderia deixar de falar da Copa do Mundo ao dis-cutir sobre sazonalidade. O tempo de planejamen-to já se foi, mas ainda é possível preparar algumas coisas de última hora. A única preocupação é ain-da ter acesso a fornecedores e colaboradores para execução de ações durante o período da Copa do

Mundo, pois muitas em-presas já se preparam com bastante antecedên-cia.Todos querem pe-gar carona neste grande evento, e para potenciali-zar seus resultados será necessário ser diferente, ousar, ser criativo, fugir do lugar comum. Como fazer isso é o grande X da ques-tão!

Obviamente que de-pende muito do tipo de va-rejo que estamos falando, da categoria em questão e dos apelos que ela traz ao shopper e ao consumidor.

No entanto, minha suges-tão é procurar criar algo que possa envolver toda a família, onde tenha um grande impacto junto as crianças e adolescentes que são grandes influen-ciadores no processo de decisão de compra e que durante uma Copa do Mundo participam ativa-mente das manifestações de torcida.

Por fim, e cada vez mais, em qualquer ativa-ção de sazonalidade, seja ela de maior ou menor impacto, procure sempre fugir do lugar comum e trazer inovação. É assim que você irá se diferenciar de sua concorrência e seduzir o shopper no PDV no momento da decisão de compra.

artigoMarceloPáscoa e Copa do Mundo

Estamos a pouco menos de um mês da páscoa, e ao visitar o varejo po-demos identificar as lojas totalmen-te abastecidas e decoradas para a data em questão. Isso é uma práti-

ca muito comum e cada vez mais o varejo tem se antecipado na preparação e venda de produtos sazonais ou em datas comemorativas.

Algumas indústrias fazem uma parcela mui-to representativa de seu resultado anual durante esses períodos, como por exemplo, chocolates na páscoa, protetor solar no verão, brinquedos no dia das crianças, papelaria na volta às aulas, e assim por diante.

Devido a esta grande importância de vendas, estas indústrias plane-jam estes períodos com muita antecedência em conjunto com o varejo, e nesse planejamento são consideradas algumas variáveis de ativação dos pontos de vendas, tais como, visibilidade dos produtos, materiais de pontos de venda, precificação correta, abasteci-mento e reposição de estoques, demonstradoras fazendo abordagens, assim como outros.

Um dos grandes desafios após a fase de planejamento é o momento da implementação. Sim, pois é no PDV que o jogo é ganho. Para que todas as variáveis sejam aproveitadas de forma mais eficientes, as partes envolvidas precisam estar engajadas, comprometidas e bem treina-das para que a execução ocorra sem falhas.

Além das categorias e produtos óbvios que são explorados durante períodos sazonais e datas comemorativas, gostaria de reforçar que também existe uma série de outras categorias e produtos que orbitam a estes e podem muito bem ser explo-rados em sua potencialidade conjuntamente com

*Ricardo Ferraço é senador pelo PMDB/ES e presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional.

Page 10: REVISTA FOLHA

FOLHA, 25 de Março de 201410 >

*A autor é advogado

artigoWilson Márcio Depes

Cachoeiro, um ponto de interrogação?

Quem acompanha de per-to – e faz uma compa-ração – entre Cachoeiro da década de 70 e de hoje – sabe quanto seria

importante um Governador que pudes-se olhar de perto e com compreensão técnica e histórica nosso município. Tenho lido declarações do prefeito Casteglione sobre o estágio que che-gou nossas finanças e, sobretudo, a nossa participação no bolo tributário. É de estarrecer. Não é admissível, em hipótese alguma, que em condições normais a Prefeitura feche suas portas uma parte do dia com apenas um ex-pediente. Passo ali pelo “Palácio da Cidade” e vejo a que ponto chegou a situação. Todas as portas e janelas fe-chadas na parte da tarde, enquanto os contribuintes trabalhando de sol a sol.

Não quero aqui escrever uma crô-nica aprofundada. Pelo contrário. Estou transitando apenas na superficialida-de dos fatos. Mas, mesmo assim, não posso fugir de uma lógica irrefutável: a candidatura do senador Ricardo Ferra-ço seria muito importante para nosso município. Independente de qualquer conjectura política, Ricardo, com atua-ção brilhante no Senado, há de ter uma visão mais profunda – e mesmo com-parativa – dos problemas de Cachoeiro. Aliás, um município com uma economia bem sólida que se deixou abater por fal-ta de um planejamento estratégico de médio e longo prazo.

Não sei – porque não tenho acom-

panhado de perto as injunções políticas - mas acredito que o cachoeirense teria que cerrar fileiras, como diria o professor Deusdedit Baptista, em torno de eventual candidatura de Ricardo ou, sei lá, outro candidato, não sei. O fato é que não pode-mos ficar esperando oscilantes “ajudas” financeiras dos poderes maiores. Há que se apresentar um projeto com caminhos definidos, sem improvisação. Os tempos já não permitem soluções sem respaldo técnico. O trânsito, por exemplo, alguém se contentará apenas com algumas mu-danças ocasionais? Elas duraram apenas alguns meses, mas logo estaremos en-frentando o caos. Mas qual é o foro desse debate? Eu não sei. E você, leitor, sabe?

Entendo, e falo isso como cachoei-rense que já atuou na administração pú-blica, que a candidatura de Ricardo deve ser defendida por nós, a não ser que o caro leitor, democraticamente, vislumbre uma alternativa melhor. O momento é propício para uma reflexão. As coisas acontecem e a espera é perda de tempo, pois não representa paciência, mas sim o irreversível passar do tempo.

O tema, superficialmente tratado, exige que seja absorvido não só como um momento político precioso, mas, sobretu-do, como a necessidade de traçar cami-nhos futuros para um município que vive sob a tutela de um ponto de interrogação.

“o fato é que não podemos ficar esperando oscilantes “ajudas”

Page 11: REVISTA FOLHA

> 11 25 de Março de 2014 FOLHA

*O autor é Jurista

artigoluiz Flávio Gomes

Magistratura oprimida

Primeiro foi o presidente do STF, Joaquim Barbosa, que disse que os juízes são ten-dencialmente adeptos da impunidade (o que, eviden-

temente, não é verdade – daí a reação das associações de juízes). Em palestra proferida no curso Iniciação Funcional de Magistrados, o delegado Josélio Azevedo de Souza, do Serviço de Repressão a Des-vios Públicos do Departamento da Polícia Federal (PF), pediu uma atuação “mais fir-me” da magistratura para diminuir a impu-nidade nos casos de corrupção no Brasil.

Esses discursos políticos opressivos contra os juízes (a pena é um ato político, dizia Tobias Barreto) estão se tornando unanimidade no nosso país (mas toda una-nidade é burra, dizia Nelson Rodrigues).

Uma das mais nefastas consequên-cias do populismo penal consiste na pres-são que se faz contra a magistratura para que haja maior rigor penal, sob a crença mágica de que isso resolve o problema da criminalidade (veja nosso livro Populismo penal midiático, Gomes e Souza, Saraiva, 2013). Nada mais incorreto. Desde 1940 o legislador brasileiro tornou-se adepto do rigorismo penal (Luís W. Gazoto). A crimi-nalidade, até hoje, com essa equivocada política criminal, só aumentou. A política puramente repressiva é enganosa. Aliás, é um engodo do regime democrático.

Há um grande equívoco discursivo so-bre o papel do juiz no Estado Democráti-co de Direito. Quem conta com o poder punitivo (quem o exerce verdadeiramen-te) são os órgãos do executivo (polícia, sobretudo). O discurso jurídico-formal (nos livros e nas academias) afirma algo

irreal. Ele diz: “Os legisladores manipulam o poder punitivo (em razão doprincípio da legalidade penal), os juízes aplicam a lei penal e os policiais fazem o que os juízes ordenam” (Zaffaroni, 2012, p. 433).

Nada mais enganoso. A dinâmica do real poder punitivo é exatamente o contrá-rio, ou seja, os legisladores procuram de-marcar o poder punitivo sem ter a mínima ideia sobre quem ele irá recair (e quando), porque é a polícia que faz a seleção crimi-nalizadora. Quem exerce efetivamente o po-der punitivo é a polícia (primordialmente). Quem escolhe a clientela (pobre ou rica) da Justiça criminal é a polícia.

O juiz, que não tem o poder de seleção dos casos, fica sempre subordinado ao que lhe é posto sobre a mesa. Julga pouquíssi-mos casos criminais, porque são pouquís-simos os casos investigados (com suces-so) e denunciados (algo que não passa de 3 ou 4% de todos os crimes cometidos). A impunidade é inerente ao poder punitivo. Não existe poder punitivo no mundo que alcance 100% dos casos.

O tolerância zero é uma utopia reacio-nária (Ferrajoli) que faz parte do engodo do populismo penal. O poder punitivo só consegue alcançar (seja rico ou pobre o criminoso, mas sempre maior é a última categoria) alguns casos esparsos. São amostras. O criminoso já conta antecipa-damente com essa impunidade generali-zada. Falta no nosso país uma política de prevenção, que é a única solução correta para o problema da criminalidade.

“a impunidade é inerente ao poder punitivo.”

Page 12: REVISTA FOLHA

FOLHA, 25 de Março de 201412 >

Nova York, Londres, Milão e, enfim, Paris! Nessa quarta-feira (05) encerrou-se a tem-porada internacional de inverno 2015. Para você que estava mais preocupada com a fan-tasia de Carnaval, nós elegemos os melhores momentos dentro e fora das passarelas.

O jeans nunca perde o posto de maior curinga do guarda-roupa. Nesta

temporada, ele surge em peças e looks despojados, mas também assume ares

formais e até glamouro-sos. Use e abuse - sempre!

Os melhores momentos das

semanas de moda internacionais

dicas preciosas

para atualizar o jeans

Moda & Consultoriapor Cláudia Manhães

Page 13: REVISTA FOLHA

> 13 25 de Março de 2014 FOLHA

Se você gosta de ler sobre decora-ção ou está procurando um lugar para

morar em São Paulo, provavelmente já ficou sabendo dos novos modelos de apartamentos disponíveis por aí: os chamados estúdios, com um dor-

mitório só e cômodos bem reduzidos. Mesmo com valores nada convidati-

vos, a venda desses apês se multiplicou nos últimos anos, trazendo à tona a

realidade: os imóveis compactos são um caminho sem volta. Cada vez mais

o “m²” vai se transformar em artigo de luxo — algo para poucos. E o pior

é que o preço dos apartamentos parece subir na mesma velocidade com que a

metragem diminui, criando uma ba-lança beeem desregulada.

ApArtAmentos compActos e chArmosos

Lindsey Wixson

Semanas de moda

Bolsas de grife estão de fato bem cotadas no mercado das capitais mais fashion do mundo. Para sonhar. E tam-bém para avaliar se os ren-dimentos (em looks do dia, claro!) serão ainda maiores que o investimento inicial.

Page 14: REVISTA FOLHA

FOLHA, 25 de Março de 201414 >

Page 15: REVISTA FOLHA

> 15 25 de Março de 2014 FOLHA

Page 16: REVISTA FOLHA

FOLHA, 25 de Março de 201416 >

Page 17: REVISTA FOLHA

> 17 25 de Março de 2014 FOLHA

GarotaFOLHA

Rênia lopesBiazati

Da sEMana

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e agora casagrande? hartung vem!Política

“ Tenho discutido com lideranças a tese do PMDB ter candida-tura própria para en-frentar os desafios e

os gargalos que hoje prejudicam o desenvolvimento do ES”. Esta declaração faz parte do comu-nicado do ex-governador Paulo Hartung (PMDB-ES) para des-mentir o mercado político de sua decisão de disputar a sucessão de Renato Casagrande (PSB).

O comunicado (04) muito bem preparado almeja - para não afastar os correligioná-rios do entusiasmo do lança-mento do seu nome na data certa do calendário eleitoral- ganhar tempo para consertar algumas trincas, como acal-mar a reação destemperada do senador Ricardo Ferraço (PMDB) que assustou até o vice-presidente Michel Temer ao defender a candidatura do

atual governador.Quando Hartung defende

candidatura própria do PMDB, em sintonia nacional, e critica frontalmente Renato Casagran-de dizendo que existem “desa-fios e gargalos que hoje prejudi-cam o desenvolvimento do ES”, está confessando sua disponi-bilidade para ser o protagonista do PMDB para esta tarefa. Ou seja, é candidato a governador do estado do Espírito Santo.

a folha saiu na frentePaulo Hartung (PMDB) é

candidato a governo do Espí-rito Santo. A confirmação é do peemedebistas histórico de Cachoeiro de Itapemirim, Roberto Valadão. As demais lideranças nacionais, como vice-presidente, Michel Te-mer, confirmou o lançamen-to do ex-governador.

A declaração de Vala-dão e dos demais líderes do partido em nível nacional encerra as especulações de bastidores sobre pré-can-didatura ou não de PH. ao Governo. Logo, o governador Renato Casagrande (PSB) terá adversário. Enfrentará a aliança PMDB e PT, de iní-cio, com a vaga de senador garantida para João Coser (PT). Paulo Hartung fpoi con-vencido pelo partido como melhor opção e segmentos formadores de opinião sobre a necessidade de sua volta.

Na concepção de Vala-dão, o partido marchará uni-do. “O senador Ricardo Fer-raço, muito bem preparado

para qualquer cargo, inclusi-ve executivo, desempenha-rá papel importante nesse processo pela sua capaci-dade de fazer uma política moderna. E Hartung fará a passagem para ele de modo mais tranquilo, o que não foi possível em 2010”, acentua o ex-prefeito de Cachoeiro.

A reunião recente dos líderes peemedebistas na residência de Valadão fortifi-cou este momento de inser-ção direta de Paulo Hartung na disputa pelo Governo. Inclusive, Casagrande pode-rá até sair como candidato a senador, Coser a vice, em possível acordo de inclusão do PSB na perspectiva dessa forte adversidade.

Valadão, durante entre-vista, reafirmou várias vezes sua convicção, reforçada pela cúpula estadual do partido: “Paulo Hartung é candidato a governador. Não tem volta”.

O presidente do PMDB estadual, deputado federal Lelo Coimbra, acompanhará

Paulo Hartung, juntamen-te com outras lideranças, no evento de qualificação política, como prova, tam-bém, da união em torno da decisão já tomada do ex-governador de ceder ao desejo do partido pela candidatura própria.

Michel Temer confirma o lançamento da candidatura de Paulo Hartung ao governo do Espírito Santo

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e agora casagrande? hartung vem!

“Tenho discutido com lideranças a tese do PMDB ter candidatura própria para enfrentar os desafios e os gargalos que hoje prejudicam o desenvolvimento do ES”

Ex-governador Paulo Hartung

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empresa desafia mp e judiciário

Judiciário

O prefeito de Cachoeiro de Itapemirim-ES, Carlos Caste-glione (PT) e

a empresa CoopeSerrana se especializaram em ludibriar o Ministério Público e o Po-der Judiciário com contratos sem licitação para transporte de alunos da rede municipal. O ano passado inteiro operou sem licitação a pretexto de que a Justiça recusou o pri-

meiro edital por erro e nessa fraude se fundamentam para movimentar milhões.

Não bastasse a afron-ta anual de 2013, iniciaram 2014 celebrando contrato em fevereiro e agora, aditivo de R$ 2.497.307,76 (dois mi-lhões, quatrocentos e noventa e sete mil, trezentos e sete re-ais e setenta e seis centavos), por prazo de 120 dias. O MP está auditando os contratos com muita dificuldade. O aditi-

vo é muito maior do que o con-trato original.

O prefeito e esta enigmá-tica empresa desafia a luz do dia. É notório o motivo de sua presença no Município. Abrigar aliados e pagamento por fora.

Como prova da capaci-dade desavergonhada dessa parceria com dinheiro do con-tribuinte. Os responsáveis de-veriam ser presos! A cópia do aditivo publicado no Diário Ofi-cial do último dia (4):

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estranho erro na pesquisa do ipea

Comportamento

R afael Guerreiro Osório, diretor de Estudos e Políticas Sociais do Instituto de

Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) deixou o cargo na tarde de ontem depois de assumir a culpa pelo erro. Na pesquisa di-vulgada na sexta-feira da sema-na passada, que abordou a to-lerância social contra mulheres, um absurdo número de 62% de 3180 homens e mulheres en-trevistados mostrou-se favorá-

veis à violência contra a mulher que veste pouca roupa e mostra grande parte do corpo. Esse foi o dado da pesquisa que provo-cou reações em vários setores da sociedade e mereceu des-taque em grandes jornais dos Estados Unidos e Europa. Se-gundo a versão oficial do Ipea, 26% e não 62% afirmaram que a mulher com pouca roupa me-rece ser atacada.

Estranha-se que os res-ponsáveis pela tabulação dos dados da pesquisa, realizada

em uma centena de municípios de todos os estados brasileiros, não tenham ficado supresso com esse alto e insuportável ín-dice e o tenham divulgado como confiável. Na justificativa oficial para o erro, Osório admitiu que “houve uma inversão de núme-ros e onde se leu 62%, deve ler--se 26%”. A julgar pela serieda-de do instituto, que nunca teve suas pesquisas questionadas ou dados desmentidos, custa crer que tenha ocorrido um erro dessa dimensão, que provocou

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a ira de coletivos feministas de todo o país e gerou milhares de protestos na redes sociais e até o da presidente Dilma Rousseff, que condenou os que defendem a violência contra a mulher.

Mesmo admitindo o erro assumido oficialmente, o que ocorre pela primeira vez em pes-quisas do Ipea, os 3.180 entrevis-

tados mostram que 26% deles, um percentual muito alto, são favoráveis a que a mulher que se veste de forma provocativa seja atacada. A pesquisa também re-vela dados preocupantes, como o da violência doméstica contra a mulher, onde 53% dos entre-vistados defendem que não seja notificada à polícia. Finalmente,

a pesquisa revela a sociedade que menos tolera qualquer tipo de agressão contra a mulher é a do Rio de Janeiro, onde 12,3% dos entrevistados admitem que a mulher provoca reações ma-chistas e, ao contrário de outros estados, não concorda que o homem não consegue controlar seus instintos sexuais.

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papa torna santo josé de anchieta

Religião

O papa Francisco assinou nesta quinta-feira, no Vaticano, a cano-nização do padre

José de Anchieta (1534 - 1597) e o tornou oficialmente o tercei-ro santo brasileiro. São José de Anchieta agora se junta a Madre Paulina, canonizada em 2002 pelo Papa João Paulo II, e a Frei Galvão, que se tornou em 2007, no papado de Bento XVI, o San-to Antônio de Sant’Ana Galvão. Nascido nas Ilhas Canárias em 1534, Anchieta veio para o Brasil aos 19 anos e aqui fez toda sua obra como evangelizador. A ca-nonização de Anchieta foi oficiali-zada por decreto, dispensando a exigência de comprovação de um milagre. A iniciativa de fazer des-se modo partiu do próprio papa Francisco, que fez toda sua car-reira na Igreja Católica na ordem jesuíta, a mesma de Anchieta.

O processo de canonização

normalmente é confirmado por dois milagres. Um é destinado à beatificação, quando o candida-to passa a ser cultuado no país onde nasceu e morreu. O se-gundo, que deve ocorrer depois da beatificação, é contabilizado para a canonização - a santi-dade, portanto. A partir desse momento, o culto é permitido por completo. Anchieta tornou--se santo sem nenhum milagre comprovado, embora se diga dele que tenha acalmado feras e feito recuar tempestades. O privilégio é para poucos. Tal si-tuação é chamada de canoni-zação equipolente, quando um homem ou uma mulher se torna santo pelo “conjunto da obra”. Ou seja, o candidato tem de ter a fama de milagreiro e ser alvo de grande devoção.

No último domingo, às 11 horas, o cardeal-arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, celebrou missa em homena-

gem a São José de Anchieta, na Catedral da Sé. Antes da cerimônia, houve, às 10 horas, uma concentração no Pátio do Colégio, de onde os devotos sairam em procissão, acompa-nhando uma relíquia - um pe-daço do fêmur do novo santo. O Pátio do Colégio, antigo Co-légio de Piratininga, foi criado por Anchieta e pelo padre Ma-noel da Nóbrega em 25 de ja-neiro de 1554, data que mar-ca a fundação da cidade de São Paulo. Tanto na Sé como no Pátio do Colégio, será des-cerrado um painel de sete me-tros com estampa de Anchieta.

Em comunicado, a Confe-rência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) também confir-mou que no dia 4 de maio, du-rante a 52ª Assembleia Geral da entidade, que acontecerá em Aparecida (SP), será cele-brada missa em ação de gra-ças pela canonização do beato.

Igreja de Anchieta no Espírito Santo aonde o Padre venerado. Inclusive seu nome deu origem ao nome de um município: Anchieta

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aquela relação incestuoso, considerando que o pre-feito estava como réu na possível compra de votos.

3 - A togada Graciene Pinto foi a mais ousada em demonstrar sua disposição de praticar abuso de po-der contra este jornalista que figurou como testemu-nha, fornecendo provas materiais ( vídeo e áudio), da compra de votos. Ignorando o processo de investiga-ção judicial eleitoral - engavetado - recebeu notificação pública do TRE-ES para que procedesse imediatamen-te a investigação sob pena de sanções, gerando mais indisposição contra este jornalista. Chegou ao cúmulo do absurdo de aceitar denúncia de “campanha an-tecipada” sem que eu sequer tivesse sido indicado e nem homologado pelo partido - nunca vindo a ser can-didato -, emitindo multa depois de resgatar a ação ar-quivada considerada improcedente pela promotoria. A animosidade com a magistrada se mantém até o dia de agora por conta do desconforto de ser denunciada.

4 - A Excelência Mário Nunes herdou os senti-mentos dos antecessores com mais vigor , ainda, em tentar de todas as formas e meios, a prática do abuso de poder. Exemplo clássico foi o lançamento de uma pesquisa eleitoral no sistema eletrônico do TRE que apresentou erro no seu sistema. E por preciosismo, já sabendo dessa disposição da prática de promover injustiça, por questão pessoalíssimo contra este de-mandante, ainda se valeu de protocolar a amostra-gem e todas as exigências metodológicas no próprio cartório, aceito, até devolução com os advogados do PT na ante sala da Michele Depollo oferecendo prés-timos de orientação dolosa para incriminar a boa fé. Tem sido o período mais obscuro da Justiça Eleitoral, com devassa e auditoria em todas as ações deste jornalista, com objetivo inconfessável de lhe tirar to-dos os direitos políticos. Nenhum outro cidadão tem sofrido em igualdade tal tratamento pusilânime.

5 - A chefe do Cartório, Michelle DePollo, por de-dução quase absoluta, foi quem se sentiu mais feri-da com a denúncia de relação fora de tempo com o juiz George e o prefeito, por ter sido gravada e agente confirmadora da relação imprópria diante da circuns-tância narrada. Na verdade, ela se tornou vingadora da Justiça contra este jornalista, guardando todos os passos, produzindo as sentenças, para os juízes ape-nas assinarem, quase como marionetes. Meu nome consta em um tipo de lista negra para vergonha da boa Justiça. A manutenção vitalícia dela como Chefe do cartório significa a prática recorrente e seletiva de ações entre amigos, com rigor punitivo aos desafetos ideológicos ou sem favores a oferecer.

Lembrando, a descrição é apenas uma síntese que apresentarei ao CNJ com cópia para todos ór-gãos competentes, para perder ou ganhar. Não im-porta! Minha consciência será sempre meu guia. Aguardo, agora que expressa minha intenção, todo tipo de ofensiva dos relacionados e colegas de igual postura solidária (conluio). E no meu caso, posso en-fatizar, SEJA O QUE DEUS QUISER.

Advogado (21.212) e Jornalista (181.85)

artigoJackson [email protected]

Jornalista vai denunciar no CnJ

“Vou denunciar ao CNJ quatro juízes”. Estou determinado. Durante anos sofrendo retaliações e abuso de poder da Justiça Eleitoral de Cachoeiro--ES. Dia 19, quando a “dona” do cartório, miche-le depollo não me forneceu a quitação eleitoral - sem nenhuma ação transitada em julgado (em grau de recurso), foi a prova de que eu precisava para reforçar minha tese.

Vou ser didático para não cansar o leitor. A de-núncia conterá quatro nomes de magistrados que foram repassando o legado fascista uma para o ou-tro até a presente data: 1 - Juiz evandro Coelho; 2- Juiz george figueira; 3- Juíza graciene Pin-to; 4- e o juiz mario da silva nunes.

sinopse1- O magistrado Evandro Coelho fez ofensivas e

até oficiou serventuários para vasculhar a FOLHA em período eleitoral sem nenhum critério material para essa invasão, sem mencionar notificações em aten-dimento a político, pressionando censura. Ainda, sem pudor, critica a amigos em comum o jornal por recalque ou algo que seja de sentimento ainda pior. Sustenta o irmão Ricardo Coelho - tráfico de influên-cia - por dois governos, anulando seu princípio de impessoalidade de forma criticável. Nunca senten-ciou a favor do periódico e este denunciante, mesmo sendo suspeito por outros motivos sem ligação com a Justiça eleitoral, em maldade consorciada para de-fender membro da máfia do então “todo-poderoso José Carlos Gratz.

2 - O juiz George Figueira, hoje diretor do Fórum Desembargador Horta Araújo, não negou sua prefe-rência ideológica em favor do Partido dos Trabalha-dores (PT). Porquanto responsável pelo processo eleitoral, ignorou compra de votos denunciado por este jornalista, até que virou processo, mas omitin-do de forma velada a investigação. Até discursou em elogios na posse do prefeito eleito do PT com entusiasmo como se ele também vencera o pleito. Na época, no dia em que o jornal A gazeta noticiara compra de votos e possível investigação, pela ma-nhã, o magistrado e Michelle Depollo estavam no gabinete do prefeito negociando área para cons-trução de prédio da Justiça Eleitoral, confirmado em gravação de vídeo pela serventuária do cartó-rio, dando início com mais intensidade à persegui-ção ao denunciante que classificou de “vergonha”

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Notaspor Marcos tristão

ingLês

São CamiloAlunos de Inglês do Centro Uni-versitário São Camilo sentindo falta da Professora Sandra Novaes Coelho. Ela passou a residir em Brasília por razões familiares, mas, seu talento e especialíssimo jeito de comu-nicar deixam os seus colegas e alunos na saudade.

sAntA cAsA

esquisitO

PointApesar do nome, o Restauran-te “Esquisito” no Bairro Paraíso passou a ser um ponto de encontro agradável, pois o local é silencioso, o ambiente e a co-mida lembra o interior da Itália.

A beleza singular da blogueira Cristiane Feu Rangel

A simpatia do casal Paula e Nuno Mirinha

PescariaEx-monsenhor Zagotto, Presiden-te da Santa Casa que mora em Rio Novo do Sul foi visto pes-cando no Distrito de Coutinho em companhia do Frei Sérgio.

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agersaPassageiros que usam o pon-to próximos a Catedral con-tinuam reclamando muito da distância que precisam per-correr e a aglomeração em um local já saturado. A Agersa além de fazer muito pouco, ainda o fez muito mal. Não é hora de revirar a AGERSA pelo avêsso? Literalmente desmora-lizada e desacreditada.

DestaqueO ex-prefeito de Cachoeiro Roberto Valadão (PMDB) participou ativa-mente das atividades de lembrança da ditadura. Na imagem, é assis-tido pelo ex-governador Paulo Hartung e o deputado federal Lelo Coim-bra em programação na Câmara Municipal de Cachoeiro.

agersa iiO atual presidente da Agersa, Paulão que assumiu no lugar de Luiz Carlos afastado pela jus-tiça, segundo informações está morrendo de medo de realizar qualquer ação a frente do órgão e entrar em uma fria. Nos basti-dores, a informação é de que o PT trará um técnico de São Pau-lo para assumir o órgão e infer-nizar a vida da Flecha Branca.

pOntO

umA FriA

Acisci

VaiasNo evento de posse da nova di-retoria da Associação Comercial de Cachoeiro (ACISCI) realizada na última semana no Jaraguá Tênis Clube o prefeito Carlos Casteglione levou uma sonora vaia de uma parte do público presente. O constrangimento to-mou conta do ambiente e o pre-feito não sabia o que fazer.

Dia de modelo. O motoboy Ricardo Rangel expõe o traje despojado da Richard`s e Osklen da Form Maison.

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O cortador de pedras Wagner Rubi, 42, mor-reu na manhã de hoje (6), após ser atingido por chapas de granito, na localidade de Santa Luzia em Conceição do Castelo-ES. Segundo informações, o trabalhador estava sozinho quando ocorreu o acidente.

folha de ocorrência Acidente com vitima fatal

PM prende traficantes

Preso em Vargem Alta

“Racha” termina em morte

Um acidente aconteceu na tarde da última quinta-feira (6), na loca-lidade de independência, no qui-lômetro 417, ás margens do BR-101. Três pessoas foram atingidas por um caminhão e socorridas em estado grave para Santa Casa de Cachoeiro-ES. Duas pessoas não tiveram a mesma sorte, foram atropeladas e morreram no local.

O Grupo de Apoio Operacional (GAO) prendeu na madrugada de domingo (2), Elielson da Silva Matias, 25 anos, Leonar-do Lopes Ferreira, 20, conhecido como ‘Japinha’, na rua Aguilar Ferreira de Athai-de, no bairro Monte Belo, em Cachoeiro--ES. Na ação foram apreendidos drogas e dinheiro proveniente do tráfico.

A equipe de militares do Grupo de Apoio Operacional (GAO) de Vargem Alta-ES prenderammais um envolvido com o tráfico de drogas na localidade de Jaci-guá, distrito de Vargem Alta-ES. A prisão de Fabricio Costa de Almeida, 19 anos, ocorreu no final de semana do carnaval.

Um homem morador de Rio Novo morreu em acidente na tarde de quinta-feira (6), na ES-488 (próximo ao Posto Dantas) em Cachoeiro--ES. A vítima colidiu de frente com um cami-nhão que trafegava sentido Posto Dantas.

Serrador é esmagado

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