revista fecomércio pi 02 julho/agosto 2013

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Page 1: Revista Fecomércio PI 02 Julho/Agosto 2013
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2 Revista Fecomércio Julho/Agosto 2013 Revista Fecomércio Julho/Agosto 2013 3

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4 Revista Fecomércio Julho/Agosto 2013 Revista Fecomércio Julho/Agosto 2013 5

FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DO ESTADO DO PIAUÍBRAÇO SINDICAl DO SISTEMA FECOMERCIO/SESC/SENAC

PRESIDENTE DO SISTEMA FECOMÉRCIO SESC / SENAC - PI

VAlDECI CAVAlCANTE

O Governo Federal está libe-

rando cerca de 50 bilhões de

dólares para investimentos na

Bahia, Pernambuco e Ceará, beneficiando

os complexos portuários de SUAPE, loca-

lizado na região litorânea de Ipojuca, que

receberá algo em torno de 26 bilhões até

2015; CAMAÇARI, área portuária situ-

ada na região metropolitana de Salvador,

que terá 15 bilhões dentro de dois anos;

PECÉM, porto marítimo de São Gonçalo,

no Ceará; e dois bilhões para a FIAT pro-

duzir, até 2014, 250 mil carros na Fábrica

de Goiana (PE). A notícia amplamente

divulgada poderia ser alvissareira para to-

dos os brasileiros não fosse a exclusão do

Estado do Piauí, que há mais de duzentos

anos vem lutando para construir o Porto

de Luís Correia, na região litorânea de

Parnaíba.

Convém que se destaque que durante

a II Guerra Mundial e anos depois havia

comunicação marítima e intercâmbio co-

mercial entre o litoral piauiense e a Euro-

pa, notadamente a Inglaterra, que enviava

ao Piauí, por navio, tecidos finos, joias,

livros, produtos alimentares, máquinas e

equipamentos. Essa situação perdurou até

o início da década de sessenta, quando o

intercâmbio foi suspenso. A partir de en-

tão, políticos e empresários piauienses ten-

taram promover campanhas para a cons-

trução do porto, com iniciativas abortadas

inúmeras vezes.

A planilha das exportações nordesti-

nas e a soma dos investimentos econômi-

cos e sociais da região animam o Governo

Federal a aquecer o setor portuário com

índices de crescimento em torno de 13%

e exportações calculadas em 4,6 bilhões de

dólares. O Nordeste é um atrativo interes-

sante para investidores de todo o planeta.

O direcionamento desses recursos

para as áreas citadas nos incomoda pela

conclusão de que, aos olhos do Governo

Federal, não temos perspectivas de cresci-

mento, não somos capazes de atrair inves-

timentos, nem possuímos poder político.

A representação parlamentar do Piauí no

Congresso tem sido inócua para impor

uma conduta de poder e prestígio.

Por outro lado, o Governo Federal,

diante da reação da classe empresarial,

acena para a construção de um Porto de

Cabotagem. A medida é ridícula, pois

qualquer economia produzida pela ZPE é

diluída pelos custos de transporte de pro-

dutos até Fortaleza, com frete rodoviário

desde a fonte de produção. Porto de Cabo-

tagem é um remendo ineficaz, uma ideia

que não pode prosperar pela irrelevância e

pelos custos operacionais.

Porto de Cabota-gem é um remen-do ineficaz, uma ideia que não pode prosperar pela irrelevância e pelos custos operacionais.”

Porto de

CABOTAGEM,NãO!

n PA L AV R A D O P R E S I D E N T E

Produção e Redação | Karla Nery, Nonato Paz, Denilson Pereirah, Gisele Alves e Tânia Samara Lemos

Editora - chefe | Karla Nery - DRT 1339 PI

Colaboradores | André Ribeiro, Ana Cláudia Coelho e Dalton Glédson (SESC), Jarbas Fernandes e Lanussa Ferreira, (SENAC), Antônia Pessoa, Carlos Augusto Lima, Graça Batista, Misael Martins (SEBRAE) e Kálita Karoline Bandeira Torres (Fecomércio) Revisão | Cruzinha Xavier

Fotos | Francisco Pacheco e Assessorias de Comunicação

Ilustrações | David Desidério

Design e Tratamento de Imagem | Mário Teixeira

Projeto Gráfico e Editorial | Outra Comunicação CNPJ: 00.506.891/0001-52 - End: Rua Gabriel Ferreira, 1010, Centro/Norte - Teresina-PI - CEP: 64.000-250 Marketing | Luiz Gonzaga e Erika Sousa Impressão | Grafiset Tiragem | 1500 exemplares

Contatos | Fones: (86) 33039831 / 98048998 / 99905366 - Email: [email protected]

PRESIDENTE Francisco Valdeci de Sousa Cavalcante1º VICE PRESIDENTE Jairo Oliveira Cavalcante2º VICE PRESIDENTE Maria do Socorro Moraes Correia3º VICE PRESIDENTE Grigório Cardoso dos Santos4º VICE PRESIDENTE Denis Oliveira CavalcanteVICE PRESIDENTE - José Antônio de Araújo, João dos Santos Andrade, José Alves do Nas-cimento, Conegundes Gonçalves de Oliveira, Raimundo Rebouças Marques, Eliel da Rocha Santos,Teodoro Ferreira Sobral, Geraldo Ponte Cavalcante Neto1º SECRETÁRIO - Raimundo Nonato Augusto da Paz2º SECRETÁRIO - Maria Adelaide Cavalcante Castro3º SECRETÁRIO - Getúlio Alves dos Santos1º TESOUREIRO - Antônio Leite de Carvalho2º TESOUREIRO - Margareth Silva LopesDIRETOR PARA ASSUNTOS TRIBUTÁRIOS Delano Rodrigues RochaDIRETOR PARA ASSUNTOS DE DESENVOlVI-MENTO COMERCIAlGerardo Ponte Cavalcante Júnior DIRETOR PARA ASSUNTOS DE CONSUMO Leonel Leão Luz DIRETOR PARA ASSUNTOS DE COMÉRCIO EXTERIOR Pedro Oliveira BarbosaDIRETOR PARA ASSUNTOS SINDICAIS Francisco Carneiro MapurungaDIRETOR DE COMÉRCIO ElETRÔNICO Moisés Rebouças MarquesCONSElHO FISCAl ElETIVO Janes Cavalcante Castro, Erivelton Moura e Antônio Hermanny Normando AlmeidaSUPlENTES Gescimar Miranda de Sousa, Benedito Cardoso Rabelo e Francisco Severiano FrotaSUPlENTES DA DIRETORIA Raimundo Florindo de Castro, Maria do S. de M. Correia, Raimundo de Sá Urtiga, Carlos Augusto da Paz, José Carvalho Neto, João Batista dos Santos, Odival Neres Machado, Roberto M. Campos Drumont, Maria dos Aflitos S. R. Cardo-so, Pablo H. Couto Normando, Jorge Batista da Silva Filho, Paulo H. C. Normando e Francisco Lima Costa.DElEGADOS REPRESENTANTES JUNTO A CNC EFETIVOSFrancisco Valdeci de Sousa CavalcanteSUPlENTESJairo Oliveira Cavalcante, Grigório Cardoso dos SantosDIRETORA REGIONAl DO SESC Irlanda CastroDIRETORA REGIONAl DO SENAC Elaine Dias

NOSSO ENDEREÇO Av. Campos Sales, 1111 - Centro/NorteEd. Agostinho Pinto - 4º andarCEP: 64000-360 - Teresina - PI Fone: (86) 3222-5634 Fax: (86) 3223-8253 E-mail: [email protected]

A revista está impecável, leve, luminosa. Muito gostosa de ler, com te-mas muito agradáveis. Ela faz uma apologia muito interessante sobre a mulher

no mercado de trabalho. Elas, de fato, buscam mais qualificação, são mais dedica-das, honestas. Em todas as nossas seleções, os primeiros colocados são mulheres. O tópico sobre Linkedin também me chamou muita atenção. Enfim, gostei muito e faço votos de que dure bastante!

Dr. José Cerqueira Dantas Diretor-Presidente da Humana Saúde

A Revista Fecomércio trouxe um novo paralelo no que tange às informa-ções do sistema “S”, fruto do anseio de externar ao público consumidor de for-

ma transparente todas as ações e mecanismos de benefícios que o sistema dispõe. A Fecomércio e toda a equipe merece os parabéns pela iniciativa, bem como nosso presidente Valdeci Cavalcante, sempre incansável quando o assunto é trazer benefícios ao Estado do Piauí.

Erivelton Moura Presidente Sincopeças PI

Recebi a Revista Fecomércio durante um evento do Sebrae. Gostei muito do tema das Mulheres Empreendedoras, pois além de atual é a mais pura verdade.

Chegamos até na presidência do Brasil e em outras presidências da América Latina. Quer exemplos melhor do que esses para mostrar o crescimento da mulher? Parabéns à revista por essa bela e justa homenagem a nós mulheres!

Maria Reijane Oliveira Silva Auxiliar de Eventos

É impressionante o crescimento das mulheres no ramo profissional. Inclusi-ve, esse tema foi abordado recentemente por grandes revistas nacionais como a

Exame, IstoÉ Dinheiro e Você SA. Sinal de que as pessoas que fazem a revista estão em sintonia com o mercado. Também gostei muito da entrevista do Valdeci Cavalcante. Conhecer a história de vida dos grandes empresários, além de nos inspirar, nos traz grandes ensinamentos.

Cacilda Silva Master Coach e proprietária da Supricabos

[email protected]

Revista Fecomércio Julho/Agosto 2013 5

Caro leitor,

Sua opinião é muito importante para o crescimento da nossa revista. Envie-nos suas sug-estões, críticas e comentários sobre os diversos assuntos abordados nesta publicação para o email: [email protected] ou pelo telefone: (86) 33039831.

“Porque nós crescemos mais quando crescemos juntos.”

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05

32

50

42 46

24

48

PAlAVRA DO PRESIDENTE

GESTÃO EMPRESARIAl

CUlTURA EMPRESARIAl

ESPECIAl ClT

COACHING

Márcio Vinícius Pessoa

Valdeci Cavalcante

Paulo Medeiros Filho

Francisco Meton Marques de Lima

08

18

43

26

14

34

38

ÍNDICE

Finalmente, o Brasil despertou para a necessidade de formar os futuros empresários

Educação Empreendedoran CAPA

Um bate-papo super agradável com o médi-co radiologista e empresário José Cerqueira Dantas, um dos caras mais “sortudos”do nosso Estado

10 anos de Mesa BrasilSaiba quem tem ajudado e como ajudar doando o que sobra

Informática é no Senac Modernização do prédio, laboratórios específicos, equipamentos de última geração, professores quali-ficados e mais de 30 cursos na área

Cartão de créditoO vilão do endividamento das famílias tere-sinenses tem nome e sobrenome

lançamento da Revista Fecomércio A solenidade reuniu o presidente da Fecomércio, conselheiros, a equipe da revista e colaboradores na sede da instituição

Patrimônio cultural do Estado Conheça a história de empresários que viram no festival uma forma de expandir os seus negócios

Sindicatos Sincopeças comemora a instalação da Câmara Brasileira do Comércio de Peças e Acessórios para Veículos (CBCPAVE) na CNC

u Seções

PAULO BARROS

DAVID DESIDÉRIO

RENATO ALVES

DENILSON PEREIRAH

KARLA NERY

W. SALMITO

21ClT

O que mudou na vida do trabalhador brasileiro 70 anos após a CLT

n PESQUISA IFDD

47

n FESTIVAL DE INVERNO

49Bem-Estar Os cuidados com a sua saúde devem começar pela boca

DIVULGAÇÃO

n ENTREVISTA

Cacilda Silva

AGENDA

COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAlJéssyca Lages

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8 Revista Fecomércio Julho/Agosto 2013 Revista Fecomércio Julho/Agosto 2013 9

“Eu sou um cara

sortudo”E põe sortudo nisso! Ainda jo-

vem, o médico radiologista José Cerqueira dantas voltou

para teresina com o diploma de Medi-cina e muitas experiências vividas em Fortaleza, rio e Paris, cidades onde estudou. Após ter trabalhado em algu-mas clínicas na capital piauiense, ele resolveu empreender e abriu a clínica Med Imagem. Hoje, 27 anos depois, pode-se afirmar, sem dúvida, que ele se tornou uma das maiores referências de empreendedorismo na área da saú-de no Piauí, e inclusive em outras áre-as. dono de 13 empresas, ele emprega aproximadamente 1.600 pessoas, e ajuda a movimentar a economia no Estado. Nessa entrevista concedida à revista Fecomércio, ele conta de onde vem seu espírito empreendedor e fala sobre holding, sociedade, tendências na área de saúde, projetos sociais, en-tre outras coisas que vão ajudar você a conhecer um pouco mais a história desse homem jovial, simples, visioná-rio e que tem uma saúde de dar inveja a muita gente.

O senhor é um dos maiores em-presários na área da saúde no Piauí. Dá para ter noção de quantas pessoas emprega diretamente?

Bom, na área da saúde, devem ser em tor-no de 1.200 funcionários, mas se incluirmos a construtora e a lavanderia hospitalar chega-remos a 1.540. Muita gente, não é? Tem horas que até eu me surpreendo. Lá atrás, quando co-meçamos, nunca imaginei que chegaríamos tão longe. Hoje, já são 13 empresas: Med Imagem, DMI, Humana Saúde, Medplan, Prontomed Adulto, Prontomed Infantil, Oncomédica, Hospital São Pedro, Alô Farmácia, DeltaMed, BioMax, Biolav e a Nova Engenharia. Com o Hospital de Timon, vamos para 14 empresas, mas como ele ainda está em obras, ainda não conta.

Hoje já é um grupo?Não, cada empresa é independente. Tem

gente que fala que devo constituir uma Hol-ding, só que eu não quero. No formato atual, posso analisar melhor o desempenho de cada empresa e o bom é que elas competem umas com as outras. E competem mesmo! É uma ba-talha animada, competição acirrada. Por exem-plo, o MedPlan é concorrente direto da Huma-na Saúde. E o Hospital Prontomed também é concorrente, pois quando vende serviços para a Humana, por exemplo, eles têm que competir, cada um tentando reduzir seus custos.

O senhor não é a favor da Hol-

ding. Por quê?Primeiro porque a ANS (Agência Nacional

de Saúde), não recomenda que planos de saú-de se envolvam com operações outras que não sejam próprias do plano. O que é um plano de saúde? É um gestor de poupança popular. En-tão, o risco surge quando você pega os recursos da poupança que estão depositados, confia-dos às suas mãos, e aplica em outras coisas. Se a empresa quebrar, nós quebramos também o cliente, que passou 20 ou 30 anos contribuin-do. Hoje, tudo que envolve o funcionamento

de um plano de saúde é estritamente controlado pela agência reguladora.

Segundo, porque avaliar o desempenho de cada empresa individualmente é mais fácil do que quando você junta todas. Administrativa-mente é melhor porque cada uma tem uma ges-tão individualizada. É como você ter 10 filhos e cada um ter seu boletim de notas. Outra coisa é a intuição. Minha intuição diz que esse negócio de Holding é muito estranho. Eu prefiro assim como está.

Como o senhor faz para adminis-

trar tantas empresas? Cada empresa tem seu administrador. E,

não por coincidência, todas são administradas por mulheres. Ainda bem que vocês, mulheres, continuam precisando dos homens para fazer filhos, pois no dia em que não precisarem mais, acabou-se para nós. Para você ter uma noção da hegemonia intelectual feminina, em todas as se-leções que a gente faz o 1º, o 2º e o 3º colocados são mulheres. Isso é impressionante!

Além disso, eu tenho sócios em todas as em-presas. Na verdade, eu acho que em toda empre-sa é importante ter sócios. Minha preocupação sempre foi: Vai que você morre amanhã e aí, como é que ficam as empresas, os funcionários? Sempre tive essa preocupação, e nessas socieda-des, eu respeito e admiro muito meus sócios.

Por exemplo, na Med Imagem, comecei jun-to com a doutora Aldeci, que também é minha sócia na Humana Saúde. No Medplan, sou sócio de duas irmãs: a médica Norma Fiúza e a cien-tista social Fernanda Fiúza. Na Nova Engenha-ria, sou sócio dos engenheiros Adriana Eulálio e Augusto César. Na BioMax, tenho como sócio o médico Aloizio Luz. Na DMI sou sócio da minha esposa, Liliane Paz. Uma característica comum a todos os meus sócios: são muito mais inteligentes e sensatos do que eu. Daí, a impor-tância de escolher bem um sócio.

Como o senhor se divide nas várias

empresas?Pela manhã, eu acordo muito cedo e respon-

do a cerca de 50 emails. Depois eu geralmente

me reúno com as equipes de vendas. O que é muito importante. A maioria das empresas não valoriza suas equipes de consultores de vendas. Eu valorizo muito essa prática. Eles são as “an-tenas” de uma empresa, detectam tudo, e bem antes de acontecer. Quando não me reúno com eles, eu vou ver as obras. Agora mesmo, eu es-tou acompanhando as obras de um hospital que estamos construindo em Timon. Também esta-mos começando um novo edifício residencial, na zona Leste, pertinho do Posto 6.

Bom, eu começo o dia com visitas. Por volta das 8h30, eu já estou na Med Imagem, onde fico até 13h30. Em seguida, vou para casa, almoço com a família, vejo meus filhos, a patroa. Essa coisa é importante, conversar com a família. Entrando em casa, eu não penso em negócios. Todo mundo lá em casa pensa que eu não tenho preocupações porque nunca chego com cara triste nem lamentando nada. Não levo dor de cabeça nem problemas para casa. Na verdade, eu me acho um cara sortudo. Tudo tem dado certo.

Continuando, na parte da tarde, às 15h, eu chego à Humana, onde fico até 18h30, quando volto à Med Imagem e fico cerca de meia hora antes de ir para o Iate Clube. Lá, eu nado todos os dias, durante uma hora. Se eu não fizesse isso, não teria tanta disposição. Toda noite, eu vou lá. No sábado e no domingo, eu vou mais cedo, tipo 16h.

Isso é uma preocupação com a sua

saúde?Isso é um prazer! A água é um negócio

maravilhoso. E o interessante é que, às vezes chegam lá uns rapazes e perguntam minha ida-de. Eles ficam surpresos quando digo 60 anos, porque chego a fazer 900 metros, sem pausas. Assim, virei o ídolo da hidro dos velhinhos. (Ri-sos) É fundamental para a saúde você procurar se preservar na questão de fugir do cigarro, da bebida, do stress, e ter hábitos saudáveis desde cedo, para poder desfrutar de uma longa exis-tência, agradável e produtiva.

PAU

LO BA

RR

OS

Por Karla Nery

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n E N T R E V I S T A | D R . J O S É C E R Q U E I R A D A N T A Sn E N T R E V I S T A | D R . J O S É C E R Q U E I R A D A N T A S

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10 Revista Fecomércio Julho/Agosto 2013 Revista Fecomércio Julho/Agosto 2013 11

“ ““

“Com a terceira idade surgem no-

vas preocupações?Na verdade, isso é um drama que vai se

intensificar. Nós vamos ser um país de idosos. Nos dois planos de saúde, temos vários clien-tes com mais de 100 anos, num universo de 85 mil clientes do Piauí e do Maranhão. A maior parte dos nossos clientes idosos é de Parnaíba. Acho que é por causa da alimentação, com muitos frutos do mar, além do clima mais agradável.

Essa preocupação com os idosos é grande porque temos que cuidar deles. O custo do idoso quando ele é internado numa UTI é al-tíssimo. Nós já tivemos clientes que ficaram seis meses internados em regime de UTI. Para se ter uma ideia, calcula-se que 90% de todas as despesas médicas feitas pela maioria das pessoas ocorrem no último ano de suas vidas. Então, é muito necessário cuidar, incentivar o idoso a fazer exercícios físicos, a ter uma boa alimentação. Nosso corpo é uma máquina que foi feita para lutar, correr, guerrear. Quando você para, o cérebro entende algo como: “que-ro morrer”!. Então, nós temos que estar sem-pre em intensa atividade física.

Quais áreas da saúde vão se de-

senvolver para atender os idosos?Nos próximos anos, um grande mercado

que vai se abrir no Brasil é o cuidado com o idoso, inclusive domiciliar. Pensando nisso, nós já temos o Home Care da Humana e ou-tro do Med Plan. Há seis anos, nós não tínha-mos nenhum cliente em atendimento médico domiciliar. Hoje temos 14 pacientes, sob os cuidados de uma equipe multiprofissional, formada por fisioterapeutas (aliás, uma pro-fissão que vai crescer muito), fonoaudiólogos, psicólogos, enfermeiras, médicos, técnicos de enfermagem, etc. Todos voltados para o bem-estar do paciente, buscando animá-lo, motivá-lo a continuar a vivendo. Desejar viver é fundamental. É uma coisa que se deixar de desejar, acabou-se a vida. Enfim, é uma equipe complexa e fundamental.

É importante frisar que aumentou muito a expectativa de vida do brasileiro. Eu tam-bém quero chegar a essa idade dos 100 anos, mas só se for com saúde. Não tenho nenhuma

intenção de dar trabalho. A vida só faz sentido com alegria, satisfação, prazer. Tem que ser uma festa. Leia o belo livro chamado Metamorfose do Kafka. O livro começa mais ou menos assim: “Naquele dia, após dormir uma noite de sono agitado, Gregor Samsa acordou e viu-se trans-formado num enorme inseto...”. É a história de um rapaz que vivia com e para o pai, a mãe e a irmã, trabalhando incansavelmente por eles. A família o adorava. Um belo dia, ele acorda e está transformado em uma enorme barata (uma metáfora para a doença incapacitante). Nos primeiros dias, a família fica chocada e se torna solidária, mas depois começa a rejeitar aquela nova realidade. É isso aí que acontece com uma pessoa que de repente adoece e fica inválida dentro de casa: alguém que era um elemento de equilíbrio e de apoio passa a ser um estorvo para a vida de todo o núcleo familiar.

O sofrimento humano é uma experiência contagiante. Então, tem que se descobrir uma maneira de criar um cenário agradável e estimu-lante para o idoso. Nós temos, na Oncomédica, um setor que é ligado a essa cultura de alegrar as pessoas. Lá, o cliente viaja, faz excursão, dança.

Então, lá não é só tratamento de

câncer?Não, lá é tratamento de gente, gente que

quer vencer desafios. Outro dia, eu conversei com uma senhora que está sendo submetida a tratamento de um tumor de mama. Ela me fa-lou exatamente assim: - “Esse câncer foi a me-lhor coisa que aconteceu na minha vida”. Eu me surpreendi com a afirmativa, e ela explicou: -”Antes, eu vivia em casa, assistindo televisão. Meu marido nem ligava para mim, meus filhos foram morar fora. Eu estava praticamente sozi-nha, daí eu tive essa doença e agora estou cheia de amigos, aprendi a desenhar, a nadar, já viajei em excursões com as amizades que construir aqui... Uma beleza!!”. Enfim, ela se redescobriu, achou um sentido para vida. Então, tem que tratar o idoso com dignidade, senão é tragédia.

Uma curiosidade, o senhor se for-

mou aqui?Não, me formei em Fortaleza. Eu nasci aqui

no Piauí, em Piracuruca, e tinha um tio médico que morava em Parnaíba. Ele dizia que eu iria

ser médico e que trabalharíamos juntos. Mi-nha vida foi toda nessa perspectiva. Eu tenho o mesmo nome que ele: José Cerqueira. Na adolescência, eu já não me imaginava fazendo outra coisa que não fosse Medicina. Isso por causa dele, sobretudo porque ele tinha uma esposa belíssima e eu pensava: “Eita, se eu for ser médico, vou ter uma esposa bonita como a tia Isinha”. É incrível isso. O pessoal pensa que eu decidir ser médico por vocação, mas o que me motivou mesmo foi a esposa do tio Zezi-nho. Minha mãe também me incentivou a sua maneira. Ela era uma mulher bonita e meus ir-mãos nasceram parecidos com ela. Já eu, nasci parecido com meu pai, que não era um primor de beleza. E ela dizia: “Meu Deus, esse menino teve um azar danado, nasceu com a cara do pai. Olha, tu estuda muito, lê muito, porque com essa cara, se tu não estudares muito, nenhuma mulher vai te querer”. (risos)

Sério? E depois?É verdade! Aí, eu fui fazer faculdade de

Medicina em Fortaleza porque aqui em Teresi-na ainda não havia, naquela época, o curso de Medicina. Quando terminei a faculdade, eu fui para o Rio. Era uma época muito bonita do Tropicalismo. Eu disse comigo mesmo “Eu vou nessa balada” e fui, fiquei dois anos lá. Depois, eu consegui uma bolsa para estudar na França e morei em Paris. Quando meu pai adoeceu, eu resolvi voltar. Fui admitido como professor adjunto da Faculdade de Medicina da Univer-sidade Federal, e depois fui contratado para o Hospital Getúlio Vargas. Também comecei a trabalhar em clínicas privadas. Até que em 1986, eu decidi “montar minha boutique” meio naquela de intuição associada à informação.

Eu comecei a ver meus colegas de residên-cia instalando suas clínicas, em outras cidades do país, e decidi montar uma também. A ideia era uma coisa pequena, um consultório. O in-teressante da empresa é que hoje tem esse tanto de funcionários, mas eu comecei com apenas cinco, e quatro ainda estão conosco: a Genira, a Ana Lúcia, o Luiz e o Assunção. Hoje, já tem filhos deles trabalhando na empresa.

E quando o senhor descobriu seu espírito empreendedor?

Quando eu tinha 8 anos de idade, a vida era muito difícil. Eu morava na Rua São Pedro e a minha primeira empresa foi uma banca de ven-der fogos em frente ao Colégio Diocesano, que era o colégio dos meninos ricos da cidade. Eu juntei um dinheirinho na época de São João e comprei alguns fogos. Lembro que quando ter-minava minhas tarefas, eu corria para a frente do Diocesano para montar minha banquinha. Minha mãe contava essa história, muitos anos depois.

Com uma semana, eu já tava com uma acumulação boa, tanto que chamei meu irmão Roberto para me ajudar, mas ele entregou a his-tória para o meu pai. Um dia, eu lembro que eu estava na banquinha, cheio de fregueses, quan-do meu pai apareceu, deu um chute na minha banca e disse: “Quem foi que deixou você fazer isso?” Foi aí que eu aprendi que em qualquer negócio, você tem que, antes, falar com as au-toridades. Eu não tinha solicitado o alvará de funcionamento. Era eu apanhando e os garotos pegando meus fogos. Ainda bem que a essa al-tura eu já tinha um bom lucro. Olha, comércio é um negócio muito bom.

Na faculdade, eu montei o segundo negó-cio. Logo no primeiro ano, eu traduzia textos do inglês para o português e imprimia apostilas que eram vendidas aos colegas. Mais tarde ins-talei uma das primeiras barracas de caipirinha na praia, em Fortaleza. Só funcionava aos sába-dos e domingos. Lá eu conheci essa turma toda: Belchior, Fagner, Fausto Nilo, esses caras todos. O Fagner é uma prova de que você tem que ter perseverança. Era o que cantava pior, era o mais feioso, o menos querido de todos, mas ele dizia: “Eu vou ser o maior cantor do Brasil”, e todo mundo zombava dele. E ele conseguiu o que queria. Já o Belchior, um cara brilhantíssimo, com uma voz maravilhosa, se perdeu. O Fausto Nilo também é um grande poeta e compositor, um arquiteto genial. Aquelas letras bacanas do Moraes Moreira são dele. Eu convivi com todos esses caras que pouco depois foram para o Rio.

Foi assim que surgiu a vontade de

ir para o Rio?Foi. Corria o agitado ano de 1972, quan-

do terminei o curso de Medicina. Eu tinha 23 anos e fui embalado por um bocado de coisas. Na época, o movimento estudantil era muito forte, a ditadura atingindo o máximo da sua violência. No Chile, a experiência do governo socialista de Allende dava a impressão de que um novo mundo estava nascendo para a Amé-rica Latina. A efervescência era total. No Brasil e no mundo, tudo fervia: a guerra do Vietnã, a pílula, o movimento feminista, o rock, os Bea-tles, o Tropicalismo. Ir para o Rio de Janeiro era uma opção, a outra era voltar aqui para Teresi-na. Eu escolhi ir para o Rio. Meu sonho sempre

foi morar perto do mar e de livrarias. Eu adoro o mar e os livros.

Quando terminei minha residência em Ra-diologia no Rio, consegui uma bolsa para fazer pós-graduação em Neurorradiologia na Uni-versidade de Paris, onde fiquei até o início de 1977. Voltei, então, para Teresina, onde estou até hoje. Do sonho de viver perto do mar só res-tou o pedido que fiz a Lila, minha mulher, de que me enterre perto do mar, no Macapá, uma linda praia de Luís Correia.

Como era o contexto da saúde no

Piauí quando o senhor criou a Med Imagem?

A Med Imagem foi criada há 27 anos, em 10 de agosto de 1986. Quando nós criamos a Med Imagem cerca de 90% dos atendimentos médicos eram feitos pelo INAMPS. A assistên-cia médica era pública, praticamente não havia medicina privada. Era um período de transição. A Constituição de 1988 foi que universalizou a assistência médica, pois até então o INAMPS só atendia pessoas que contribuíam para a Pre-vidência. Aí os recursos financeiros não deram conta da demanda porque se atendia 80 mi-lhões de pessoas, e de repente passou-se para 180 milhões. Isso quebrou o sistema. Quando quebrou o sistema público, aflorou a possibili-dade do atendimento privado. Eu estava no lo-cal certo no momento certo.

Em Teresina, havia poucas clínicas privadas e todas voltadas para o atendimento ao SUS. As clínicas eram sempre de especialidades: ortope-dia, otorrino, cardiologia e por ai vai, e sempre com o nome do médico fundador (Clínica Dr. Fulano) ou com nome de um santo (Clínica São Lucas, por exemplo). Eu fui o primeiro a dizer não para esta prática, porque era ruim, era personalista. Você, médico novo, ficava anulado pelo nome do dono da empresa. Tentei, então, fugir desse padrão. Decidi colocar um nome diferente, escolhi Med Imagem, que resulta da associação de Medicina e Imagem. No início, as pessoas tinham muita dificuldade para enten-der esse nome, mas depois deu certo.

Além disso, eu viajava muito. Eu ia muito ao Rio e via as tendências. Vocês, jovens, têm que viajar, andar, se informar, ir para os grandes centros, pois do ponto de vista socioeconômi-co, se ficamos esperando, as coisas demoram muito a chegar aqui. Nessas viagens, eu come-cei a ver o crescimento dos planos de saúde e a trazer novidades. Nós trouxemos o primeiro tomógrafo, a primeira ressonância, o primeiro mamógrafo, o primeiro ultrassom, o primei-ro densitômetro. Em 1997, inauguramos uma nova sede para a Med Imagem: um prédio hi-permoderno. Aquela estrutura foi o primeiro prédio de aço e vidro do Piauí. Durante mui-tos anos, os recém-casados iam fazer fotos lá, o elevador panorâmico era um sucesso. O prédio é de 1997, mas continua atual, tem uma arqui-tetura muito bonita. Eu via isso fora e trazia as ideias para cá.

A maioria das empresas não valoriza suas equipes

de consultores de vendas. Eu valorizo muito essa

prática. Eles são as “antenas” de uma empresa, de-

tectam tudo, e bem antes de acontecer.

A maioria das cida-des do Maranhão fica mais perto de Teresina do que de São Luís. Podemos afirmar sem medo que Teresina é a maior cidade inte-riorana do Nordeste. Agora, há um custo muito alto para quem vem se tratar aqui que são as pousadas e pensões. Falta apoio público e incentivo para melhorar a qua-lidade delas e propor-cionar atividades de lazer a quem vem se tratar. Tudo isso agili-za o processo de recu-peração.

n E N T R E V I S T A | D R . J O S É C E R Q U E I R A D A N T A S

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Eu faço sempre aquela analogia com a fábu-la antiga que fala de um sapinho que vivia no fundo de um poço e achava que o mundo era só aquela luzinha que via no alto. Foi preciso outro sapo mais sabido dizer pra ele subir, que o mundo não era só isso, que quando ele chegasse lá em cima ele iria ver que o mundo é enorme. É uma variante do mito da Caverna de Platão. En-tão, a gente precisa andar, ver o mundo por ou-tros ângulos, e voltar para nossa terra trazendo alguma coisa de útil. A Europa só evoluiu quan-do começou a viajar, a buscar novas fronteiras.

Como surgiram os outros empre-

endimentos fora da saúde?Foi sendo necessário. Por exemplo, quem

administra hospital tem que estar sempre cons-truindo, reformando e ampliando. Eu tinha di-ficuldade para encontrar construtoras que nos atendessem com agilidade. Elas faziam, mas não faziam no prazo, nem como se queria. Aí então, decidi montar uma construtora (a Nova Enge-nharia) onde, como já falei, tenho dois sócios: Dra. Adriana Dantas e Dr. Augusto César, os dois são engenheiros, com quem me entendo muito bem.

Também decidi abrir uma farmácia porque precisava fornecer medicamentos baratos para nossos clientes. Depois, criamos um programa de medicamentos grátis para nossos clientes portadores de doenças crônicas. Hoje, já são duas lojas da Alô Farmácia. Elas, assim como a Clínica DMI, são totalmente gerenciadas por minha esposa, Liliane Paz, uma brilhante ad-ministradora. A DMI surgiu da percepção que existe uma proporção de clientes muito grande que vem do Maranhão para Teresina para ser atendido com uma medicina de boa qualidade a baixo preço. Eu falei “Vou montar uma empre-sa mais barata, mas com qualidade para atender esse cliente rápido porque ele quer voltar logo”.

A maioria das cidades do Maranhão fica

mais perto de Teresina do que de São Luís. Podemos afirmar sem medo que Teresina é a maior cidade interiorana do Nordeste. Agora, há um custo muito alto para quem vem se tratar aqui que são as pousadas e pensões. Falta apoio público e incentivo para melhorar a qualidade delas e proporcionar atividades de lazer a quem vem se tratar. Tudo isso agiliza o processo de re-cuperação.

Quem sabe um novo empreendi-mento?

Não, já está bom. Só se eu fosse alguém como Dr. Valdeci Cavalcante, que é dotado de uma energia e uma agilidade mental incríveis. Ainda bem que não atuamos na mesma área, pois se ele entrasse na área médica iria, sem dú-vida, me “engolir” em pouco tempo. Ainda bem que a praia dele não é a Medicina. (Risos)

Ele disse que o senhor é um dos

maiores empresários do Piauí, como o senhor se sente?

É bom receber elogios. Nós vivemos em função dos espelhos. As pessoas que você admi-ra são seus espelhos. Se você olha e o espelho diz que você está legal, você continua naquela pisada. Caso contrário, é hora de parar e ajeitar algumas coisas, não é? Você passa um pente nos cabelos, troca a roupa, reformula o estilo. En-fim, você vai se corrigindo. Nós somos animais sociais em constante interação, precisamos do outro como espelho para perceber no que esta-mos acertando ou errando.

Seu Valdeci tem um lado social

muito forte. O senhor também desen-volve projetos sociais?

Sim. Nós temos uma fundação chamada Fundação Humana. Através dela, distribuímos material esportivo e patrocinamos oito atletas na área de natação. Inclusive o Vinícius Gabriel,

que é vice-campeão brasileiro na categoria dele. Todavia, acho que o trabalho social maior que a gente faz é quando você dá dignidade aos fun-cionários. Essa coisa de respeitar, pagar bem, estimular, fornecer um ambiente de trabalho digno, investir no aprendizado dele, no cresci-mento dele. Eu acho que é por ai. Os funcioná-rios crescem junto com a empresa.

É bacana você ver uma pessoa que chega na humildade, na fragilidade e, anos depois, ele está ali com olhar de firmeza. Tem sua esposa, sua casa. Isso é dignidade, não é? E isso só se conquista com trabalho, e a empresa que faz isso de maneira respeitosa é uma empresa baca-na. Outro projeto nosso que eu gosto muito é o Salão MedPlan de Humor, um evento cultural bem bacana que começou despretensiosamente, e hoje é um sucesso, dando visibilidade a tantos artistas, não só do Piauí, mas de todo o Brasil.

Para finalizar, quais conselhos o

senhor gostaria de compartilhar para que as pessoas possam empreender tanto quanto o senhor?

Meu primeiro conselho é nunca se acomo-dar. Ser sempre um “animal desejante”! Sonhar com crescimento, com melhorias, com apren-dizado. Definir seus projetos, e persegui-los, com determinação e perseverança. Segundo, eu diria fugir do medo. O medo destrói e parali-sa. O medo cria, em nossa mente, tragédias que nunca acontecerão. Por fim, é preciso controlar a vontade, pois ela é um péssimo conselheiro. Quando a vontade quiser lhe empurrar numa direção, espere dois dias antes de se decidir. De-pois desse intervalo, vo cê chegará à conclusão de que o melhor caminho não é aquele que sua vontade estava a apontar. Em outras palavras, para chegar onde se quer é preciso disposição, perseverança e cautela.

“ “O trabalho social maior que a gente faz é quando você dá dignidade aos funcionários. Essa coisa de respeitar, pagar bem, estimular, fornecer um am-biente de trabalho digno, investir no aprendizado dele, no crescimento dele. Eu acho que é por ai.

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Piauí triplica saldo de

Desde 2008, o crescimento em exportações se manteve acima dos 140% em relação aos anos anteriores

EXPORTAÇÕES

n PESQUISA IFPD

O Instituto Fecomércio de Pesquisa e Desenvolvimento do Piauí divulgou mais uma pesquisa que analisa as

variações econômicas do estado. Desde 2008, a maioria das economias mundiais (principal-mente EUA e Zona do Euro), tem sido afetada pela desaceleração do crescimento, o que reflete significativamente na queda do PIB (Produto Interno Bruto) e aumento na taxa de desempre-go. Um dos mecanismos de avaliação da econo-mia dos países é a taxa de exportação que junto com os números obtidos pelas importações nos

dá o valor da balança comercial.No Brasil, de todos os estados, o Piauí foi

o único que conseguiu números expressivos de crescimento em exportações de 2008 até agora. Em números consolidados, o Piauí conseguiu exportar em 2008 quase 159 milhões de dóla-res. Em comparação com o ano anterior, um crescimento de 141, 75% quando foram ex-portados pouco mais de 50 milhões de dólares. Os principais produtos responsáveis por esses números foram: soja, cera de carnaúba, mel e castanha de caju.

A indústria de transformação não registrou aumento no consumo de energia elétrica nos últimos 34 meses. Segundo dados da Eletrobrás Distri-buição Piauí, o consumo desse setor não passou de 7% do total de energia consumida no estado. Segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Emprega-dos e Desempregados), órgão ligado ao Ministério do Trabalho e Emprego, o setor acumulou queda (-107 postos de trabalho) nos quatro primeiros me-ses do ano. Foram contratados 3.027 e demitidos 3.134. No mês de abril, foram admitidas 711 pessoas, mas 710 foram dispensadas. Resultado: saldo de um emprego com carteira assinada. O setor de serviços foi o que mais empregou com crescimento de 64,27%, a constru-ção civil ficou em segundo lugar com 34,52% de contratação.

INDÚSTRIA►

No mês de maio, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) di-vulgou o Índice do Volume de Vendas no Comércio Varejista do Piauí. Esses números são referentes ao mês de mar-ço de 2013. No total, houve crescimento de 2,1% em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado, o va-rejo no Piauí sofre leve queda de 0,2% se comparado com o mesmo período de 2012 e cerca de 4,0% se comparados com os últimos doze meses.

Já no varejo ampliado, que é a soma do varejo restrito mais material de cons-trução e veículos, as vendas cresceram 8,8% se comparado com março de 2012. Também no acumulado do ano, temos um aumento de 5,7%. Em relação aos últimos doze meses o aumento foi de 7,8%. Ou seja, o volume de vendas de veículos e material de construção deu fôlego ao varejo no mês de março.

COMÉRCIO►

A soja foi uma das mercadorias responsáveis pelo aumento das exportações no Piauí

DIVULGAÇÃO

Somente 29,8% afirmam ter condições de quitar suas dívidas

Comprometimento de renda

Uma média de 44,0% da renda familiar do teresinense é comprometida somente para o pagamento de dívidas. A pesquisa IFPD aponta também que somente 27,7% declararam que os gastos com débitos podem compro-

meter entre 11% a 50% da receita doméstica. Ou-tros 64,2% estão devendo mais de 50% de suas ren-das. No perfil das famílias com débitos em atraso, 29,8% têm condições de saldar suas dívidas, 35,6% estão em situação parcial e 34,5% não poderão quitar suas dívidas.

A taxa de inadimplência ficou em 5,8% em maio deste ano

Inadimplência

A taxa de inadimplência, ou seja, a condição financeira de honrar com-promissos das famílias teresinenses ficou em 5,8% em maio deste ano. O

mês de abril registrou alta de 6,3%. “Com essa queda de 0,5 pontos percentuais o comerciante fica aliviado e pode arriscar um pouco mais nas vendas a prazo. Já os consumidores, precisam planejar o orçamento e evi-tar compras por impulso ou antecipadas. O ideal é voltar às compras só depois de qui-tar as últimas dívidas”, desta-ca Raimundo Nonato.

Cartão de crédito é o vilão das dívidas

Tipo de dívidaMais de 82% dos teresinenses têm dívidas ligadas ao cartão de crédito

Pesquisa de endividamento

O Instituto Fecomércio de Pesquisa e Desenvolvimento (IFPD) em parceria com a Confederação Nacional do Comércio (CNC) realizou, em maio de 2013, a “Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Con-sumidor de Teresina (PEIC)”. A análise destaca um número expressivo: 64,2% das famílias teresinenses possuem algum tipo de dívida. Em com-paração com o mês de abril, houve queda de 1,8%. Já tendo como base o mesmo período do ano anterior, também se observou queda de 7,4% ou 71,6% de endividamento familiar. Segundo o IFPD, isso não significa que essas famílias estejam instáveis financeiramente, pelo contrário, estão mos-trando seu poder de compra.

Na proporção de “contas em atraso”, as famílias teresinenses registraram um índice menor que o verificado no mês anterior, passando de 18,7% (em abril) para 16,9% (em maio). No grupo que fatura acima de 10 salários mí-nimos o “atraso de contas” não passa de 2,9%. A pesquisa apontou ainda que 43,2% dos entrevistados afirmaram que pode atrasar suas contas entre 30 e 60 dias. Outros 18,9% declaram atrasos de somente 30 dias. O tempo médio é de 63 dias.

O cartão de crédito é o grande vilão no quesito “dívidas” para a maioria dos teresinenses. Para ser preciso: 82,3%. Em segundo lugar, estão os car-nês de lojas com 20,8%, seguidos de financiamento de carro (2,2%), crédi-to consignado (1,6%) e crédito pessoal (1,5%), nessa ordem.

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Dados: PEIC (IFPD) Maio/2013

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Lei da Nota Fiscal aumenta custos das

Para assessor do IFPD, o governo deveria baixar os impostos e não discriminá-los EMPRESAS

Em junho, entrou em vigor a lei 12.471/2012 que obriga empresas a de-monstrar em cada nota fiscal ou cupom

fiscal o valor aproximado da totalidade dos im-postos. Tributos como ICMS, ISS, IPI, IOF, PIS/Pasep, Cofins e Cide terão de ser detalha-dos. Só não entra na discriminação o imposto de renda e a contribuição social sobre o Lucro Líquido das Empresas.

Para Raimundo Nonato Paz, assessor eco-nômico do Instituto Fecomércio de Pesquisa e Desenvolvimento – IFPD, a medida “é inócua porque, desta forma, a população não vai ter no-ção jamais para onde estão indo os impostos que está pagando. Cada consumidor só terá noção do que está sendo discriminado na nota que ele está pagando isoladamente. A única maneira da

população ficar feliz com os rumos dos impostos pagos é a redução da carga tributária”, disse Rai-mundo Nonato.

O assessor lembra ainda que nas décadas de 60 e 70 a economia crescia a uma taxa média de 10% porque a carga tributária não chegava a 20% do PIB. Recentemente, o governo federal baixou o IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) sobre produtos da linha branca e mesmo assim continuou a cobrar outros impostos. “Hoje, a soma dos tributos se aproximam dos 40% do PIB, ou seja, de cada R$ 100,00 de compras re-alizadas em um supermercado, R$ 40,00 ficam nas mãos do governo em forma de impostos. A ideia é esta, baixar os impostos e não discriminar em nota fiscal. Isso só dá despesas, sem melhoria para ninguém”, finaliza Raimundo Nonato.

Raimundo Nonato da Paz, assessor econômico do Instituto Fecomércio de Pesquisa e Desenvolvimento – IFPD

Patrão terá dificuldade em manter

EMPREGADO

A Proposta de Emenda à Constituição 66/2012, ou a PEC das Domésticas como ficou mais conhecida, foi apro-

vada pelo Congresso Nacional e é considerada uma conquista social que tira da informalidade uma fatia grande da força de trabalho doméstico. Para Raimundo Nonato, assessor econômico do IFPD, a ideia é bem-vinda, mas a classe média não poderá pagar a conta sozinha. “Quando a lei estiver totalmente regulamentada, o salário do empregado doméstico será equiparado ao salário mínimo que hoje sai para o empregador aproxi-madamente por R$ 1.094,00 por mês que inclui salário (R$ 678,00) + Contribuições Previdenci-árias (R$ 135,60) + FGTS (54,24) + PIS sobre a folha de pagamento (R$ 6,78) + 13º salário (R$ 56,50) + vale transporte (R$ 144,12) e férias (R$ 18,83), sem contar com as horas extras”, lembra Raimundo Nonato.

Para as empresas essa situação poderá ser positiva. Com a contratação formal de um em-

pregado doméstico os custos com salários, te-lefone, água, energia, matéria-prima e aluguel podem ser divididos também na força de traba-lho do novo assalariado, isso é, o que chamamos de Empresas Intensivas de Mão de Obra. “O patrão (que também é funcionário) que fatura oito salários mínimos (R$ 5.424, 00) não tem condição de manter um empregado doméstico. Vamos aos cálculos: matematicamente, você transfere um salário para o empregado domés-tico e ficaria com sete, correto? Nada disso! Desconta-se, inicialmente, R$ 457,49 para o INSS e R$ 1.491,60 para o Imposto de Ren-da. Sobra R$ 3.474,91, ou seja, cinco salários mínimos. Desse líquido, se for pago o salário do empregado doméstico com base na nova Lei vai mais R$ 1.094,00, sobra R$ 2.380,00 (3,5 salários mínimos) para gastar com aluguel, es-cola, plano de saúde, água, luz, telefone, lazer, alimentação, vestuário, automóvel, etc, o que torna isso totalmente inviável”, concluiu.

n PEC DAS DOMÉSTICAS

Gastos com nova lei podem beneficiar somente empre-sas do comércio e indústria

O vice-presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Piauí, Vicente

de Paulo Correia, 86 anos, faleceu na madrugada do dia 10 de maio, em casa, após uma semana que havia deixado o hospital de Parnaíba, onde foi internado. O presidente do Sistema Fecomércio Sesc/Senac no Piauí, Valdeci Cavalcante, lamentou o falecimento do seu amigo e vice-presidente da instituição, a quem considerava um exemplo de integridade, líder patronal, pai de família e ser humano. “Todos nós estamos consternados com essa perda”, enfatizou o presidente.

Vicente Correia foi juiz classista, representante dos empregadores na Junta de Conciliação e Julgamento de Parnaíba por três mandatos consecutivos - 1974 a 1983. Presidente do Sindicato dos Representantes Comerciais no Estado do Piauí – 1981 até a atualidade. Presidente da Associação Brasileira de Agentes de Viagens – 1983 a 1987. Dirigiu a Associação Comercial de Parnaíba (1990 – 1992 e 1996-2001).

O vice-presidente da Federação do

Comércio do Piauí também foi diretor da Firma Moraes S/A – Moraes Importação LTDA - 1940 a 1960, presidente do Rotary Clube Parnaíba. Em 1977, fundou a empresa Atalaia Turismo LTDA, em Parnaíba – empresa em atividade até hoje. Morou nos Estados Unidos, onde participou de cursos pela Ford, sendo representante e comerciante da Gipes Ford em Parnaíba. Preocupado com as questões sociais, sempre ajudava os mais necessitados. Cristão autêntico, defensor dos valores éticos e da família exerceu vários cargos na igreja: foi ministro extraordinário da Eucaristia, presidente do Movimento Familiar Cristão, presidente do Movimento de Cristandade.

Vicente Correia foi um autêntico lutador pela expansão do Turismo no Piauí. Em novembro de 2010, ele comemorou os 50 anos de Turismo no Piauí. Defendia a tese da aceleração do desenvolvimento de Parnaíba, atrelado à escola de voos domésticos no litoral, por quem foi incansável lutador, mas faleceu sem ter a satisfação de ver os voos domésticos na sua querida cidade natal.

Morre vice-presidente da Fecomércion NOTA DE PESAR

Vicente Correia morreu aos 86 anos

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A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) instalou em abril deste ano a Câmara

Brasileira do Comércio de Peças e Acessórios para Veículos (CBCPAVE). O objetivo é reco-nhecer a importância do setor para a economia brasileira, discutir a legislação federal e intensi-ficar a união entre os Sindicatos do Comércio Varejista de Veículos e de Peças e Acessórios para Veículos (Sincopeças) em todo o País.

A criação da Câmara foi uma solicitação dos sindicatos que sentiram a necessidade de uma entidade nacional que representasse a ca-tegoria dentro da CNC. O presidente do Sin-copeças no Piauí, Erivelton Moura, participou da reunião de instalação da Câmara, realizada no Rio de Janeiro, e afirma que dessa forma os empresários terão como debater as leis criadas pelo Congresso Nacional para o setor.

“O nosso principal objetivo ao solicitar a Câmara de Autopeças junto à CNC era justa-mente ter uma entidade na qual pudéssemos

discutir a legislação que nos atinge diretamen-te. Os representantes dos Sincopeças de todo o País poderão dar o parecer sobre as leis que es-tão sendo objeto de criação junto ao Senado ou Câmara dos Deputados”, explicou o presidente Erivelton Moura.

A CNC já disponibilizou algumas proposi-ções legislativas de interesse da Câmara, dentre elas, a questão da inspeção veicular ambiental, que verifica se os carros estão padronizados na emissão de gases poluentes. “É necessário que os órgãos de trânsito fiscalizem o nível dos gases poluentes emitidos pelos automóveis, analisan-do se está prejudicando o meio ambiente, pois uma manutenção preventiva diminui, não só a liberação de gases, mas evita acidentes”, afirmou o presidente do Sincopeças no Piauí.

Ainda segundo ele, a inspeção deverá ser realizada pelo Estado, através dos órgãos de fis-calização de trânsito, mas para que isso ocorra ele explica que é necessária a criação de uma lei regulamentando essa manutenção preventiva

dos veículos. “A inspeção técnica veicular já é prevista no Código de Trânsito, no artigo 104. Então, todos os anos quando o veículo for licen-ciado, terá que passar também por uma vistoria veicular que mede os gases poluentes emitidos, ou seja, a inspeção iria junto com o IPVA do carro”, disse.

Através da Câmara, os sindicatos poderão opinar sobre a propositura de legislações fede-rais através do Senado e da CNC. O presidente Erivelton Moura explica que a entidade tem re-levante importância para o Piauí e logo poderá levar questões de interesse do estado para se-rem debatidas na câmara. “Nunca existiu uma câmara voltada especificamente para o nosso setor, sendo assim eu sou o primeiro piauiense que a integro e estarei representando o Piauí nas discussões referentes ao setor do comércio de veículos, peças e acessórios de veículos junto a CNC”, concluiu Erivelton.

AUTOPEÇAS NA CNCO objetivo é discutir ações para o setor de vendas de veículos, peças e acessórios a nível nacional

Sincopeças ganha Câmara de

n SINDICATOS

Por Gisele Alves

Formalização de empresas foi tema da

É preciso conscientizar o empresário da importância de contribuir com o sindicato

AUTOMECPor Gisele Alves

A palestra “A importância da formali-zação com o consultor do Sebrae” foi ministrada por Marcos Bertolini na

Feira Internacional de Autopeças, Equipamen-tos e Serviços (Automec), realizada em abril deste ano, pelo Sincopeças - São Paulo. Du-rante o evento foram apresentadas as modifi-cações na legislação, por conta da implantação no varejo do SPED, NFE (DANFE), Escrit-uração Fiscal e SAT.

A Automec demonstrou aos empresários a importância da formalização, já que os soft-wares utilizados pela Receita Federal permitem o cruzamento de informações do contribuinte. O consultor ressaltou que no cenário atual é imprescindível a formalização, por ser uma fer-ramenta que traz a desburocratização e eleva a competitividade entre as empresas, inibindo também a concorrência desleal e a sonegação de impostos.

Porém, conforme explica o presidente do Sincopeças no Piauí, Erivelton Moura, que participou do evento, apesar da maioria das empresas estarem formalizadas, a concorrência no estado é desleal. A instalação de grandes em-presas obrigou os microempresários a investir em venda casada, ou seja, vende e instala a peça no automóvel.

“Hoje, vender só a mercadoria é difícil porque existem grandes empresas chegando ao Piauí para concorrer com lojas de pequeno porte. Por causa disso, as pequenas lojas estão sendo obrigadas a diversificar o serviço, e atual-mente o que está vigorando é a venda casada serviço-peça, adotadas pelas Auto Centers”, afirmou.

O presidente do sindicato explica ainda que existe uma grande dificuldade para o Sinco-peças em filiar as empresas que atuam no ramo. No Piauí, existem aproximadamente quatro mil empresas no ramo de venda de veículos, peças e acessórios de veículos, mas filiadas ao sindi-cato são apenas cerca de 50 empreendimentos. “Nossa grande dificuldade é conscientizar o as-sociativismo, pois para se juntar ao sindicato o empresário tem que contribuir, até para deixar mais organizado, contratar um advogado para

defender nossos projetos de lei, consultores e pesquisadores, organizar eventos de formação e qualificação. Mas, quando mexe no bolso, mesmo que seja pouco, eles não querem pagar, pois não enxergam que o valor pago não é para o sindicato, mas para eles mesmos. Enquanto categoria fica muito mais fácil negociar com o governo a redução de impostos, por exemplo”, esclareceu.

O presidente citou como exemplo de atuação relevante do sindicato justamente a redução dos impostos. No ano passado, por exemplo, o Sincopeças do Piauí conseguiu evi-tar o aumento da margem do valor agregado que incide em cima do ICMS da substituição tributária do setor de autopeças. “O MVA de autopeças de todo o Brasil ia subir de 56.9 para 78,9, o Ceará, que não é signatário desse protocolo, continuaria com o valor de 40, ou seja, seria uma disparidade muito grande. En-tão, graças à atuação do Sincopeças que con-seguiu sensibilizar o estado do Piauí, através do secretário de Fazenda, Silvano Alencar, com o auxílio do secretário de Governo, Wilson Brandão, evitamos que o Piauí fosse inserido neste aumento, por isso é importante que os empresários se filiem ao Sincopeças”, concluiu o presidente.

Presidente do Sincopeças no Piauí, Erivelton Moura

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n E M P R E G O

e o emprego no Piauí 70 anos de CLT A garantia de direitos estreita laços entre patrões e empregados

Criada em 1º de maio de 1943, a Conso-lidação das Leis do Trabalho, ou CLT como é mais conhecida, comemora 70

anos em 2013. A CLT foi sancionada pelo pre-sidente Getúlio Vargas no período do Estado Novo e se tornou um marco para o sistema de trabalho e emprego no País. A ideia era unificar e inserir de forma definitiva os direitos do tra-balhador no Brasil, além de embasar a relação entre patrões e empregados. Deu certo. Hoje milhões de trabalhadores têm seus direitos (e deveres!) garantidos de forma que, ao invés de se encontrarem em lados opostos, empregados e empregadores agora comemoram ganhos de ambas as partes.

Para marcar a data, o Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região (TRT-PI) realizou no dia 30 de abril, debates sobre o tema “70 anos da CLT: conquistas e perspectivas”. O evento aconteceu no auditório do Fórum Trabalhista de Teresina e reuniu representantes do TRT, Ministério Público do Trabalho (MPT-PI), Su-perintendência Regional do Trabalho (DRT-

-PI), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e entidades sindicais que representaram trabalha-dores e os empresários.

Para o desembargador do Tribunal Regio-nal do Trabalho no Piauí, Francisco Meton Marques de Lima, a CLT retirou o Brasil de uma situação medieval e trouxe o país à civi-lização, antecipando a doutrina dos direitos fundamentais. “Além de tratar igualmente os desiguais, a CLT é responsável pela criação da maior rede de qualificação do mundo que é o Sistema S, que engloba várias organizações como Sesc, Senac, Sesi, entre outros. Temos muito o que comemorar hoje, mas muito ainda precisa ser feito para as-segurar os direitos dos empregados e patrões”, afirmou o desembarga-dor.

A superintendente regional do trabalho

e emprego e delegada regional do trabalho no Piauí, Paula Mazullo, destaca que a come-moração dos 70 anos da CLT não poderia ter vindo numa data mais significativa, pois com a aprovação da “PEC das Domésticas”, todos os trabalhadores do país estão protegidos pela lei. “As domésticas eram tratadas como uma coisa e não como ser humano. Agora tudo mudou. A aprovação dessa PEC não podia ter vindo em melhor hora. A nossa formação histórica/cul-tural é de escravizar, mas a Justiça do Trabalho está aqui para desmistificar tudo isso”.

Por Denilson Pereirah

Desembargador Meton fala sobre as conquistas da CLT em encontro no TRT

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A 21ª Convenção Lojista do Piauí aconte-ceu nos dias 19 e 20 de abril, no Atlantic City, com grandes nomes como Hans

Donner, Murilo Gun, Chieko Aiko, Fernando Marchesini e Sylvia Demetresco. Na solenidade de abertura, foi entregue a comenda do Mérito Lojista a personalidades que mais se destacaram como empreendedores, contribuindo com ações

voltadas para o fomento do comércio local e para o desenvolvimento do Estado. Murilo Gun reali-zou a palestra de abertura sobre a importância da criatividade nas vendas.

No segundo dia, a convenção começou com a palestra “A excelência em atendimen-to – Como vender mais e melhor” de Chieko Aiko. A administradora se destaca no mercado

n C D L

Por lana Rios

21ª CONVENÇãO LOJISTApor ser presidente da Blue Tree Hotels, diretora da Noah Gastronomia e referência no Brasil e America Latina quando se trata de empreende-dorismo. A doutora em Comunicação e consul-tora de vitrinismo em Paris, Sylvia Demestresco, ministrou a palestra sobre “Tendências Visual Merchandising, uma viagem de Paris a Tokyo”. Em seguida, o palestrante Fernando Marchesini falou sobre gestão dos valores no varejo na bus-ca pela competitividade. E para encerrar o dia, o Graphic Design, Hans Donner, ministrou a pa-lestra “O processo de criação e sua relação com o tempo”.

Esse ano, a Convenção Lojista teve o patro-cínio dos Correios, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste, Sistema Fecomércio Sesc/ Senac, Fiepi, Shopping Rio Poty, CrediShop, CDL, Sindilojas, Parnaíba Shopping, Crel Tin-tas, Armazém Paraíba, Halley gráfica e editora, Governo do Estado e Prefeitura Municipal de Teresina. A convenção abordou temas como criatividade e varejo

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Patrão e empregado têm seus direitos e deveres assegurados pela Justiça do Trabalho. A Delegada Regional do Trabalho no Piauí, Paula Mazullo, lembra que a ideia de que o tra-balhador sempre tem razão é ultrapassada. “Na Justiça é assim: tem razão, quem tem provas. E a carteira de trabalho é a prova do empregador de que ele está de acordo com as leis. É simples. Fazendo tudo dentro da lei, ele evita riscos de receber processos quando os funcionários são demitidos.” Na visão da superintendente, o maior benefício do patrão é garantir os direitos a seus empregados e ser exemplo para os demais empresários.

Já para o trabalhador há uma série de bene-fícios específicos. Um deles é o FGTS, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, criado na década de 60 para proteger o trabalhador demi-tido sem justa causa. No início de cada mês, os empregadores depositam, em contas abertas na Caixa Econômica Federal, em nome dos seus empregados e vinculadas ao contrato de traba-lho, o valor correspondente a 8% do salário de cada funcionário.

Diferente do seguro-desemprego que é um tipo de assistência financeira temporária, não in-

Direitos e garantias

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) das Domésticas ga-rante jornada de trabalho de 44 horas semanais, com o limite

de 8 horas diárias, e o pagamento de hora extra, correspondente a, no mínimo, 20% do valor da hora trabalhada, segundo a Conso-lidação das Leis do Trabalho (CLT). Ainda faltam serem normatiza-dos alguns pontos referentes ao pagamento de seguro-desempre-go, FGTS, adicional noturno, seguro contra acidentes de trabalho, salário-família e auxílio-creche.

CONHEÇA MAIS SOBRE A PEC DAS DOMÉSTICAS

ferior a um salário mínimo, concedida ao traba-lhador desempregado previamente habilitado, pago de três a cinco parcelas e seu valor varia de caso a caso. Para solicitar, o trabalhador desem-pregado deve procurar os postos de atendimen-to das Superintendências Regionais do Traba-lho e Emprego (SRTE), nos postos do Sistema Nacional de Emprego e/ou agências da Caixa.

Outro benefício é especial para as mulheres: a licença-maternidade. Essa é uma garantia que concede à mulher que deu à luz licença remune-rada de 120 dias. Além disso, até o filho comple-tar 6 meses de idade a mulher pode, durante a jornada de trabalho, descansar a cada meia hora para amamentar seu filho. Vale des-tacar que com a carteira de traba-lho os empregados têm direito ainda ao auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, férias, décimo terceiro salário e vários ou-tros benefícios.

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Paula Mazullo, Superintendente regio-nal do trabalho e emprego / Delegada regional do trabalho no Piauí

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Nesse contexto, foram cria-dos vários mecanismos que pos-sibilitam a garantia de direitos e deveres do empregado brasileiro. Um deles, talvez o mais impor-tante, seja a carteira profissional de trabalho. Muita gente ainda não sabe, mas a carteira de traba-lho tem mais significados do que podemos imaginar. Ela funcio-na como um diário de trabalho. “Não é a carteira de trabalho que garante seus direitos, eles estão garantidos independente de es-

O Sistema S é formado por 11 organiza-ções criadas pelos setores produtivos:

Indústria, Comércio, Agricultura, Transpor-tes e Cooperativas. O grupo formado por essas organizações conta com uma rede de escolas, laboratórios e centros tecnológicos espalhados por todo o território nacional, onde cada instituição oferece cursos profis-sionalizantes gratuitos em áreas específicas para qualificação da mão de obra nesses se-tores. Também há ofertas de cursos pagos, geralmente com preços mais acessíveis do que oferecidos por instituições particulares de ensino. Confira a seguir o que fazem as 11 instituições que compõem o Sistema S.l Sesc (Serviço Social do Comércio) – pro-moção da qualidade de vida dos trabalha-dores do setor de comércio e serviços, por meio de cursos, atendimentos odontológi-cos, atividades esportivas, culturais e espe-cíficas para públicos como a terceira idade.l Senac (Serviço Nacional de Aprendiza-gem Comercial) – educação profissional para trabalhadores do setor de comércio e serviços, por meio de cursos técnicos de informática, vendas.l Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) - dá orienta-ções e suporte técnico sobre como abrir e gerenciar uma empresa e contratar funcio-nários. l Senai (Serviço Nacional de Aprendiza-gem Industrial) - a quem cabe a educação profissional e aprendizagem industrial, além da prestação de serviços de assis-tência técnica e tecnológica às empresas industriais.l Sesi (Serviço Social da Indústria) – pro-move a melhoria da qualidade de vida do trabalhador e de seus dependentes por meio de ações em educação, saúde e lazer.l IEl (Instituto Euvaldo Lodi) – capacitação empresarial e de apoio à pesquisa e à ino-vação tecnológica para o desenvolvimento da indústria.l Senar (Serviço Nacional de Aprendiza-gem Rural) – educação profissional para trabalhadores rurais.l Senat (Serviço Nacional de Aprendiza-gem em Transportes) – educação profissio-nal para trabalhadores do setor de trans-portes.l Sest (Serviço Social de Transportes) – pro-moção da qualidade de vida dos trabalha-dores do setor dos transportes.l Sescoop (Serviço Nacional de Apren-dizagem do Cooperativismo) – aprimo-ramento e desenvolvimento das coo-perativas e capacitação profissional dos cooperados para exercerem funções técni-cas e administrativas.

Carteira de trabalho

O QUE É O SISTEMA S?

tar assinada ou não. Mas é através dela que seu patrão, por exemplo, pode provar que seu es-tabelecimento emprega dentro da legalidade”, lembra Paula Mazullo.

Segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), no Piauí, foram criados no mês de abril de 2013 cerca de 1.237 postos de trabalho, um aumento de 0,49% em relação ao mês anterior. Os setores de atividades econômicas que mais contribuíram para este resultado são serviços com 851 postos de trabalho e a construção civil com 457. Para se ter uma ideia do salto que o Piauí deu no re-gistro de emprego no País, podemos comparar os atuais dados com os números alcançados pelo Estado há dez anos, onde registramos apenas 231 carteiras assinadas no mês de abril de 2003.

Entre admissões e desligamentos, Teresi-na obteve a maior taxa de contratações (1.051 postos), seguida de União (219), Parnaíba (159), Altos (54) e Picos (24). No geral, o País criou em abril 196.913 empregos com carteira assinada, 0,49% maior que no mês de março, segundo dados do Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego. Assim como no Piauí, o setor de serviços liderou a geração de empregos no mês, com aumento de 75.220 postos de tra-

balho, representando um acréscimo de 0,46% no número de vagas. Em se-guida veio a indústria de transformação (0,49%) e em terceiro lugar ficou a agricultura, com um au-mento de 1,59% no mês.

Administrado pela Secretaria de Trabalho e Empreendedorismo do Governo do Estado no Piauí, o SINE - Sistema Nacional de Emprego

é um programa do Ministério do Trabalho e Emprego, criado através do Decreto 76.403 de 08/10/78, coordenado pela Secretaria de Polí-ticas de Empregos e Salário – SPES e tem como meta a organização do mercado de trabalho em todos os Estados. Dados contabilizados pelo SINE/Piauí confirmam a abertura de 6 mil vagas de emprego de janeiro a maio deste ano em todo o Estado. Felipe Steremberg, gerente de intermediação de mão de obra do Sine-PI, acrescenta que cerca de 5 mil pessoas foram encaminhadas a participar dessas seleções. “O SINE é a ponte entre empregador e o traba-lhador. Deixamos a disposição nosso banco de dados para tentar suprir a carência de mão de obra, além de promover essa mobilização não só na capital, mas em todo o Estado”, comple-menta Steremberg.

É válido lembrar que o cadastro realizado no SINE/Piauí é incluso no registro nacional do programa, ou seja, o trabalhador está con-correndo a vagas em qualquer lugar do país. “O candidato tem acesso de qualquer lugar por uma senha a seu cadastro profissional. Disponibili-zamos ainda alguns cursos de qualificação e um setor de currículos voltado apenas para pessoa com deficiência”, frisa Felipe Steremberg.

RENATO ALVES

Nova carteira de trabalho

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24 Revista Fecomércio Julho/Agosto 2013 Revista Fecomércio Julho/Agosto 2013 2524 Revista Fecomércio Julho/Agosto 2013

n E S P E C I A L C LT

A Consolidação das Leis do Tra-balho – CLT – foi aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452,

de 1º de maio de 1942, formando um corpo único da vasta legislação social iniciada em 1930. Desde o início, a CLT foi muito mais que um código de regras trabalhista que antecipou toda a doutrina de direitos fundamentais no Brasil, ela implantou uma nova cultura nas terras brasilis.

A Legislação consolidada represen-ta a materialização de um ideal e um instrumento de transformação social e cultural, que retirou o Brasil das tre-vas medievais e o lançou na civiliza-ção e trouxe desenvolvimento social e econômico para o país. Basta ver que, antes de 1930, o Brasil não passava de um imenso feudo, com relações tra-balhistas de modelo servil e economia eminentemente extrativista. A inclusão social dos trabalhadores urbanos gerou consumo e aqueceu a indústria e o co-mércio. O Brasil mudou de perfil rural para urbano, de economia primária para secundária e terciária.

A CLT representou a quebra de um paradigma cultural do patrimonialis-mo para o trabalhismo. Fez do traba-lhar um ato honroso e dignificante. Enfim, a Consolidação foi o marco de inspiração da legislação modernista do País. Dentre os princípios trabalhistas, o da inversão do ônus da prova e o da equidade foram copiados pelo Códi-go de Defesa do Consumidor. A sim-plicidade do processo trabalhista foi adotada pela lei dos juizados especiais. O princípio da conciliação passou a ser

a bandeira principal do Conselho Na-cional de Justiça – copiado do sistema trabalhista. O tratamento desigual en-tre os desiguais foi primeiro materiali-zado na Legislação Consolidada.

Além disso, a CLT foi o primeiro instrumento jurídico social do Brasil quando Digesto Obreiro lançou os direitos previdenciários e assistenciais. Dessa forma, ela implantou uma jus-tiça diferente, regida por um modelo de processo socialista, em que o juiz é parcial, participa efetivamente dos pro-blemas que afligem os trabalhadores e os empregadores. Vale destacar que foi por meio dela que o juiz do trabalho passou a agir e executar seu ofício com mais liberdade.

Enfim, a Consolidação foi o primei-ro código a adotar a liberdade do juiz para fazer justiça; foi o primeiro código a tratar desigualmente os desiguais; que primeiro fez a inclusão social; que pri-meiro adotou a discriminação positiva; que primeiro conferiu direito a quem não possuía nada, senão a força de tra-balho. A CLT foi o primeiro código a reconhecer a dignidade da pessoa que vive do seu trabalho; que criou uma cultura de valor do trabalho – hoje, todos querem ser trabalhadores; que antecipou a declaração dos direitos sociais constitucionalizados. A CLT difundiu a ideia de cidadania mediante o trabalho. Em outras palavras, ela foi o primeiro código que não teve vergonha de dizer: Trabalhador de todas as con-dições, você é cidadão brasileiro!

[email protected]

A CLT difundiu a ideia de cidadania mediante o tra-balho. Em outras palavras, ela foi o primeiro código que não teve ver-gonha de dizer: Trabalhador de to-das as condições, você é cidadão brasileiro!.”

de CLT e de civilização70 ANOS

DESEMBARGADOR DO TRTE PROFESSOR DA UFPI

FRANCISCO METON MARQUES DE lIMA

24 Revista Fecomércio Julho/Agosto 2013

A Associação dos Jovens Empreende-dores do Piauí (AJE-PI) realizou sexta-feira, 24 de maio, reunião

com lideranças de organizações públicas e privadas para discutir assuntos referentes à carga tributária em nosso país. O evento teve alusão ao Dia de Respeito ao Consumidor, comemorado em 25 de maio. De acordo com o presidente da AJE/PI, Diego Oliveira, a exoneração da carga tributária no Brasil é uma das grandes bandeiras sustentada pela associação. “Lutamos pela redução de impostos no custo final do produto e uma reforma fiscal mais ampla, trabalhando também a cadeia produtiva, gerando, dessa forma, mais emprego e promovendo o desenvolvimento do país”, afirmou. Ainda foram colhidas assinaturas para o movimento “Brasil Eficiente” que tem como objetivo transformar em proposta de lei o projeto que simplifica a carga tributária do país.

Os cafés empresariais têm se tornado uma tendência em todo o País, inclusive no Piauí. No dia 7 de

junho, a Gestão & Mais realizou no Luxor Hotel seu 3° Café Empresarial com a palestra Stand Up Comedy “Como assassinar seu cliente” de Ranieri Lima, pós-graduado em Gestão Empresarial e autor do livro: “Perfil das Gerações no Brasil”.

Segundo Ranieri Lima, os principais erros do atendimento são fazer o cliente perder tempo com excesso de burocracia, não dar retorno, não cumprir prazos e nunca treinar seus funcionários. “Se você acha treinamento

caro, considere o preço da ignorância, já dizia Ray Kroc, fundador do Mc Donald’s. Precisamos treinar bem a nossa equipe porque nós dependemos dos outros. Só lembrando que cliente satisfeito fala para duas ou três pessoas, o insatisfeito fala para 10”, disse o palestrante.

Na ocasião, ele falou ainda sobre as características das gerações: Baby Boomer (40-41 até 67-68 anos), “X” (29-30 até 40-41 anos), “Y” (15-16 até 28-29 anos) e “Z” (menos de 15-16, verdadeiros nativos digitais). “É preciso conhecer o perfil de cada geração na hora da venda”, afirma Ranieri Lima.

AJE/PI discute proposta para simplificar impostos do país

Atendimento ao cliente foi tema do 3° Café Empresarial

n CARGA TRIBUTÁRIA

Ranieri Lima falou sobre os principais erros no atendimento

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26 Revista Fecomércio Julho/Agosto 2013 Revista Fecomércio Julho/Agosto 2013 27

A lição de hoje é

É na sala de aula que estão os empresários do futuro

EMPREENDERn EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA

Por Denilson Pereirah e Karla Nery

Empreendedorismo. Palavra difícil, mas que pode descomplicar a vida de muita gente. Nos últimos dez anos, esse ter-

mo vem sendo difundido por economistas, pesquisadores e novos empresários. Todos eles entusiasmados com a nova rotina econômica pela qual o Brasil está passando. Mas você sabe como empreender? Quando começar? Como nossos jovens estão se preparando para serem os empresários do futuro? Essas são apenas al-gumas questões que vamos tentar responder nessa reportagem especial da Revista Feco-mércio.

Quando Larry Page e Sergey Brin funda-ram o Google, maior site de pesquisa e busca e um dos maiores conglomerados de tecnologia do mundo, em 1996, eles faziam um projeto de pesquisa de doutorado na Universidade Stanford, Califórnia, EUA. Do projeto, eles foram à prática e conseguiram que o sonho se tornasse realidade. Empreender é isso. É ver além, planejar e colocar em prática uma ideia. Mas é preciso ter incentivo e, no caso dos jo-vens estudantes criadores do Google, oportu-nidade para colocar em prática suas ideais.

Para falar sobre a importância do ensino de Empreendedorismo no Brasil, o Sebrae rea-lizou em maio deste ano o Encontro Nacional de Educação Empreendedora no Centro de Convenções Brasil 21, em Brasília. Durante três dias, especialistas nacionais e internacio-nais discutiram projetos e ideias que estão sendo implantados para suprir essa lacuna. Na ocasião, Aloizio Mercadante, ministro da Educação e Michel Temer, vice-presidente da República falaram sobre as iniciativas do MEC e do Governo Federal para o ensino do empreendedorismo nas escolas brasileiras.

Marina Fanning foi uma das convidadas. A mexicana, naturalizada americana, é con-sultora da ONU e uma das idealizadoras do Empretec, método de capacitação de empre-sários voltado a práticas de autoconhecimen-to e comportamento empreendedor para o

Lançado no Brasil em 2011, o progra-ma Jovens Empreendedores Primeiros Passos ( JEPP) é voltado para alunos

do ensino fundamental e trabalha cursos que incentivam o empreendedorismo. Os profes-sores se capacitam e aplicam por disciplina todos os módulos utilizando metodologia teórica e prática. A parceria é feita com as Se-cretarias Estaduais e Municipais de Educação ou direto com as instituições privadas. “O JEPP tem nove módulos e as escolas aplicam de acordo com a vocação de seus alunos. Vale frisar que todo o material didático é fornecido pelo Sebrae”, destaca Esther Silva, gestora do JEPP do Sebrae no Piauí.

Ao fim da etapa, alunos e professores re-alizam uma feira para mostrar seus produtos e avaliar suas atividades. “O programa é inte-ressante porque desperta o comportamento empreendedor e obedece à faixa etária dos alunos (6 a 14 anos). O professor é capacitado para atender a todas as séries com uma carga horária de 45h. Nós já temos 102 professores capacitados e 11 escolas cadastradas no Piauí. As escolas interessadas podem procurar o Se-brae”, destaca Érika Lopes, gerente de Conhe-cimento e Tecnologia do Sebrae no Piauí. A meta é atender 350 mil alunos, capacitar 94 mil professores em quase duas mil escolas em todo o País.

JEPP: Educação Empreendedorano ensino fundamental

Os professores Thiago Rodrigo, Teresa Cristina e Renata Ursulino foram con-vidados pelo Sebrae a participar do evento

Érika Lopes e Esther Silva acompanham de perto a formação dos profes-sores e implantação dessa nova metodologia

mercado de trabalho. O curso desenvolvido pela Organização das Nações Unidas (ONU) é aplicado no Brasil há 20 anos pelo Sebrae. Segundo estimativas, já capacitou mais de 185 mil participantes somente no Brasil e atua em 34 países pelo mundo.

O encontro trouxe ainda o indiano Bunker Roy, considerado pelo jornal britânico The Guardian uma das 50 pessoas capazes de salvar o planeta. Roy repassou ensinamentos de como desenvolver competências empre-endedoras em comunidades pobres. Quem também marcou presença foi o português José Pacheco, professor e fundador da Escola da Ponte, colégio público de Portugal com me-todologia de ensino focada na autonomia dos estudantes.

O Sebrae Piauí levou alguns professores para participar do evento. Entre eles, o profes-sor de Empreendedorismo do Colégio CPI, Thiago Rodrigo, que destacou o incentivo do governo a essa nova modalidade de ensino. Para o educador, havia uma falha no sistema educacional onde se aprendia sobre matérias importantes como matemática e física, mas os alunos não tinham noções sobre negócios. “O Brasil só vai se desenvolver se aliar Educação Empreendedora com o ensino convencional. O JEEP ( Jovens Empreendedores Primeiros Passos) e o Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego) são exemplos dessa realidade”, avalia.

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O Brasil só vai se de-senvolver se aliar Edu-cação Empreendedora com o ensino conven-

cional.

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Unindo empresa, escola e voluntariado

Fundada em 1919 nos Estados Unidos, a Ju-nior Achievement é a maior e mais antiga organização de educação prática em negó-

cios, economia e empreendedorismo do mundo. Ela atua em 120 países, e no Brasil, possui unida-des em todos os Estados e no Distrito Federal que já beneficiaram quase três milhões de jovens brasi-leiros de escolas públicas e privadas. O programa conta ainda com 100 mil voluntários envolvidos com o objetivo de despertar o espírito empreen-dedor nos jovens ainda na escola, estimulando o desenvolvimento pessoal e proporcionando uma visão clara do mundo dos negócios, além de facili-tar o acesso ao mercado de trabalho.

No Piauí, desde 2003, a Junior Achievement já beneficiou mais de 40 mil jovens. Celina Tou-rinho, gerente executiva do programa no Estado, explica que a metodologia junta à prática acadê-mica e empreendedora para lapidar jovens que irão ingressar no mercado de trabalho. “Hoje, trabalhamos com quase 50 escolas, temos mais de 100 colaboradores e estamos trabalhando com programas como Introdução ao Mercado de Ne-gócios e o Miniempresas”.

Vale ressaltar que a Junior Achievement tra-balha com três bases: as empresas mantenedoras,

as escolas públicas e privadas e o voluntariado. Os empresários que apoiam têm suas marcas divul-gadas. Além disso, em sala de aula, os estudantes contam com ajuda dos advisers – monitores que facilitam e orientam as turmas em escolas parti-cipantes do projeto – na formatação da empre-sa, como por exemplo, gestão de negócios. Esse também é um programa que a Junior Achieve-ment trabalha. Em quinze semanas são realizados encontros com os alunos para elaborar e gerir a miniempresa.

Lucas Freitas e Ramona Fontenele são estu-dantes beneficiados pelo programa e atuam na diretoria executiva do Nexa, fundo criado com o intuito de manter o vínculo dos ex-achievers, hoje advisers, com a Junior Achievement e com o em-presariado, dando oportunidade ao crescimento pessoal e abrindo novas possibilidades de merca-do de trabalho.

Estudante de Enfermagem, Lucas Freitas, começou cedo no mundo dos negócios. Quando tinha 10 anos, ele acompanhava o pai e o ajuda-va a vender fita cassete. Hoje, com 19 anos, sua aptidão para os negócios e o apoio do programa Junior Achievement lhe proporcionou a alegria do primeiro negócio: um ponto de arrumadinho

(refeição à base de arroz, carne, creme de galinha, entre outras coisas). “Vem dando certo e já estou pensando em expandir. Penso em algo relaciona-do à fast-food. Muito do que aprendi e o que me faz querer crescer como empresário foi graças ao Junior Achievement”, diz Lucas Freitas.

Em outubro do ano passado a Junior Achie-vement Piauí realizou o Findenexa Brasil 2012 em Luís Correia e contou com a participação do primeiro astronauta brasileiro Marcos Pontes e Ulisses Tapajós, presidente da Masa, fabricante de peças plásticas com sede em Manaus. O professor do Colégio CPI, Thiago Rodrigo, participou do evento com seus alunos. Resultado: a instituição ganhou 12 prêmios em diversas categorias. “Nós utilizamos a metodologia do miniempresas onde os alunos aprendem tudo sobre gestão de uma empresa. Tentamos buscar ideias e desenvolver habilidades como elaborar planos de negócios, gestão financeira pessoal e profissional e como gastar dentro do orçamento, inclusive, a investir em marketing, algo fundamental e que nem todos os empresários ainda têm essa consciência”, disse.

Este ano, os alunos do colégio CPI foram divididos em grupos responsáveis por criar em-presas “fictícias”, respeitando toda a lógica orga-

n EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA

Júnior Achievement:

nizacional. O estudante Danilo Pinheiro acredita que essas atividades podem proporcionar uma visão mais abrangente do cuidado que se deve ter quando se trabalha para pessoas. “Uma das coisas mais valiosas que aprendi foi trabalhar em equipe, além da liderança e responsabilidade, pois o que acontecer de errado com um, pode prejudicar a todos. Sem falar que o trabalho é tão envolven-te que você vai pra casa e sente saudade”, destaca Danilo.

Já para os alunos do Colégio Sinopse, outra instituição que investe na Educação Empreen-dedora, a preocupação é voltada para o meio ambiente. Os estudantes confeccionam bolsas e carteiras com embalagens de caixas de leite e aprendem que tudo pode ser reciclado. “Nós ti-ramos do lixo e fazemos produtos de luxo. Nosso público alvo são as meninas, mas já estamos pen-

sando em confeccionar acessórios para o público masculino”, diz Rumana Almeida, estudante do 2º ano do ensino médio.

Segundo o coordenador do Colégio Sinopse, Renato Carvalho, os alunos são preparados para a vida e a colaborar em sua comunidade. “Nós que-remos formar cidadãos, pois sabemos que quando saírem daqui eles terão que lidar com as mais di-versas realidades, inclusive, fazer negócios. E aqui, eles visam mesmo o lucro, tanto que existe uma competição entre as escolas ”, ressalta.

Os produtos confeccionados pelos alunos que participam do programa são comercializa-dos nos próprios colégios e também em uma feira realizada no Teresina Shopping no meio do ano. Na ocasião, as melhores empresas são premiadas e podem competir a nível nacional e internacional com seus projetos.

As universidades também estão começando a in-

cluir em suas grades discipli-nas que ajudam a desenvol-ver o espírito empreendedor desde a academia. Neste caso, o Sebrae tem sido um grande parceiro, disponibili-zando todo o suporte, desde a metodologia e capacita-ção dos professores à distri-buição de material didático. Além disso, se a universida-de já possuir algum produto de ensino de empreendedo-rismo ou queira desenvolver em conjunto com o Sebrae, basta entrar em contato pelo email: [email protected].

No edital, o Sebrae desti-na até R$ 150 mil para cada projeto aprovado, lembran-do que a instituição deve oferecer uma contrapartida de 30% do investimento to-tal do projeto. Os resultados preliminares serão divulga-dos no dia 22 de julho e os resultados finais no dia 25 do mesmo mês. Somente serão analisadas as Institui-ções de Ensino Superior (IES) credenciadas pela Secretaria de Educação Superior do Mi-nistério da Educação – MEC/SESu. “Nossas pesquisas mostram que cinco em cada dez estudantes brasileiros sonham em ter seu próprio negócio. Investir na forma-ção desse público significa então garantir uma melhora futura da qualidade do em-preendedorismo brasileiro”, afirmou o presidente do Se-brae, Luiz Barretto.

Com canos de PVC e jornal, os estudantes do CPI visam o lucro com as luminárias personalizadas

Do lixo ao luxo: Os alunos do Sinopse fazem bolsas de caixas de papel

Celina Tourinho, gerente executiva do Junior Achievement no Piauí com os estudantes Ra-mona Fontenele e Lucas Freitas

Vantagens competitivas

Empreendedorismo na Universidade

• Determinação• Persistência• Liderança• Concentração• Trabalho em equipe• Responsabilidade• Consciência ambiental

KARLA NERY

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Os empresários voltam às salas de aulan EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA

Serviços é a área com maior abertura para novos mercados. “Há uma ligação entre o setor de Serviços e Internet que pre-cisa ser explorado. Qualidade e inovação são palavras chave em todo empreendimento”.

Para a vencedora do Prêmio Sebrae Mulheres de Negóci-os e “empreteca”, Ineide Pereira da Costa, o conhecimento é a base de tudo. É assim que ela define seu gosto por informação. Com uma empresa há quatro anos no mercado, Ineide planeja agora implantar novas ideias no seu negócio. “Aqui você tem oportunidade, através de dinâmicas, metodologia, teoria e ajuda dos facilitadores de conhecer melhor o seu negócio. Se eu tivesse essas orientações antes, com certeza, teria superado várias dificuldades que surgiram com mais facilidade”, explica .

O empreendedorismo trabalha duas esferas: o desenvolvi-mento pessoal e dos negócios. Os dois estão aliados. Deter-minação, persistência, organização e disciplina são alguns pontos que devem ser levados em consideração no desen-volvimento pessoal. Sobre negócios, saiba que é funda-mental se atualizar e incentivar seus funcionários a se qualificar por meio de cursos, palestras e congressos. Quanto mais cedo você aprender essa lição, mais cedo você cresce e ajuda a construir o futuro do país. E parafraseando o músico Renato Russo, lembre-se: “Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena acreditar nos sonhos que se tem. Quem acredi-ta sempre alcança”.

Quando o assunto é empreendedorismo, os adultos saem disparadamente na frente, mas mesmo com muitos anos de experiên-

cia, os empresários também precisam buscar con-stantemente qualificação. Entre os programas que têm ajudado nessa volta às salas de aula está o Em-pretec.

O programa desenvolvido pelo Sebrae promove conhecimentos que geram competitividade e ino-vação para os médios e pequenos empresários. No Piauí, desde 2000, o Empretec já colocou no mer-cado m ais de dois mil “empretecos” – denominação para quem conclui o curso com louvor, em todas as cidades onde o Sebrae está instalado (Floriano, Picos, Parnaíba, Piripiri, São Raimundo Nonato e Teresina).

Roberto Gandara, consultor do Sebrae Na-cional, explica que o método de trabalho com o em-preendedor brasileiro evoluiu ao longo do tempo desde a sua implantação no país. “A ONU reconhe-ceu esse trabalho que o Sebrae está desenvolvendo e agora nós é que estamos repassando nossas experiên-cias para eles. Eu já trabalhei em 12 países e pude notar que os maiores bloqueios (em relação ao em-preendedorismo) são pessoais, limitações que todo ser humano tem. O Empretec é uma metodologia que ajuda o empresário a enxergar e avaliar onde e no que precisa melhorar”, afirma o consultor.

No curso, os empresários aprendem que o em-preendedor busca solução para o problema e que o Piauí tem um leque de oportunidades onde so-mente aqueles com visão podem atuar criativamente e levar soluções para todo o Estado. O consultor fala ainda sobre a burocracia para se abrir e manter uma empresa. Segundo Gandara, se leva em média de 30 a 40 dias para se abrir uma empresa no Brasil e 40% dessas empresas acabam fechando ou quebrando em menos de dois anos por não se planejarem ou por tomada de decisões por impulso.

Tiago Peixoto já foi “empreteco” e desde 2010 é facilitador do Sebrae. Do outro lado da sala de aula, ele se sente privilegiado por ter novas chances de fazer o curso cada vez que é convidado pelo Sebrae. É que para quem não sabe, só se pode fazer o curso uma vez. Hoje, o facilitador acredita que o setor de

Ineide Pereira, vendedora do Prêmio Mulheres de Negócios

No Piauí, mais de 2 mil empresários já fizeram o Empretec

KARLA NERY

O Piauí foi aprender a

NEGOCIARn I CONGRESSO DE NEGOCIAÇÃO

Por Karla Nery

Mais de 600 pessoas foram aprender a negociar no dia 8 de junho no I Con-gresso de Negociação do Piauí, re-

alizado pelo Instituto Galaxy, no Atlantic City. O evento contou com palestrantes conhecidos nacional e internacionalmente que durante todo o dia compartilharam conhecimentos e técnicas nas áreas de vendas e negociação.

O evento trouxe ao Estado grandes nomes como Márcio Miranda, presidente da Asso-ciação Brasileira de Negociadores, que minis-trou a palestra Negociando para ganhar; Edilson Lopes, diretor-presidente da KLA – Educação Empresarial, considerado um dos maiores e mais premiados vendedores do país, que falou sobre “Estratégias poderosas nas áreas de ven-das”; Paulo Angelim, especialista em corretagem de imóveis, com a palestra “Como vender mais

imóveis”. E para fechar o evento, o economista e membro do Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV), Car-los Hilsdorf que deu um show de performance no palco para explicar como “Encantar, fidelizar e manter clientes”.

Os palestrantes compartilharam orientações de como aprender a dizer não, controlar a ansie-dade, a importância do planejamento, da disci-plina interior e das parcerias, como desenvolver um sistema eficiente de vendas e construir um time campeão de vendas, além de novos métodos de prospecção, os tipos de inteligências múltip-las, entre outros assuntos.

Para a funcionária do Departamento Com-ercial da Arcol Representações e Ventania Ltda, Jéssica Ribeiro, o evento foi uma ótima oportu-nidade para os empresários e funcionários pi-

Empresários lotaram o Atlantic City

auienses aprenderem novas estratégias de vendas e negociação, quais as qualidades de um bom negociador, como abordar clientes, conhecer os concorrentes e fazerem uma autoavaliação de como essas habilidades estão sendo desenvolvi-das nas suas empresas. “Foi um dia intenso, rico em informação, mas não foi cansativo porque os palestrantes aliaram muito bem a teoria com a prática e trouxeram muitos exemplos pessoais e vídeos para análise”, completou Jéssica.

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Um gestor bem informado faz a diferença em qualquer empresa e um programa de educação cor-

porativa continuada dá um upgrade no seu crescimento profissional, principalmente quando o mercado está aquecido, am-pliando assim as condições de se assumir cada vez mais posições gerenciais na hierar-quia organizacional. As pós-graduações na linha de especializações e outros formatos buscam justamente atingir os profissionais que visam adquirir o preparo necessário para a gestão de processos organizacio-nais, aprimorar competências em gestão de equipes e acelerar sua carreira por meio do desenvolvimento de competências geren-ciais, sendo um aprendizado individual e organizacional.

O mercado valoriza quem tem experi-ência, mas também valoriza aquele profis-sional que possui uma pós-graduação, até mesmo porque estamos na Era do Conhe-cimento e quanto mais conhecimento, me-lhor. Por isso, a educação continuada após a graduação se faz necessária, sendo que o processo de aprendizagem nunca pode pa-rar e impacta positivamente na qualidade dos serviços oferecidos na empresa.

No ambiente das organizações, sejam públicas ou privadas, a educação conti-nuada ocorre de várias formas e em todos os instantes. E ai, você me pergunta sobre como poderíamos exemplificar uma ação de educação continuada? Existem várias formas de termos a disseminação do co-nhecimento nas equipes, onde podemos ter as tão faladas reuniões, assim como as trocas de experiências entre colaborado-

res do mesmo nível hierárquico ou não; envolvendo também as ferramentas dos workshops, seminários, conferências, cursos de curto prazo, cursos online à distância, etc. Essas ações são processos típicos de educação continuada, mesmo que, muitas vezes, não sigam um planeja-mento com objetivo específico.

Diante dessa realidade, podemos ve-rificar que a competência corporativa só é efetivamente desenvolvida através de uma estratégia eficaz de aprimoramento constante de seus colaboradores. Com-provadamente, empresas que investem em planos de educação continuada aumentam sua produtividade e qualidade, motivando seus colaboradores. A motivação acelera o desenvolvimento de novos produtos e serviços e gera conhecimento empresarial resultando em maiores ganhos. Não pode-mos esquecer que haverá um clima organi-zacional mais positivo e saudável na em-presa, melhorando as relações de trabalho.

Dependendo da carreira ou da profissão escolhida (como Medicina e Odontologia, por exemplo), a educação continuada pode ser considerada quase como obrigatória, visto a necessidade que esses profissionais têm para se manter atualizados com as no-vas descobertas e tecnologias nas suas áreas específicas de atuação. Em outras palavras, o conceito de educação continuada se re-fere à ideia de que “nunca é cedo ou tarde demais para aprender”, por isso invista em você, continue se qualificando, o mercado exige e você cresce!

n GESTÃO EMPRESARIAL

Comprovadamente, empresas que investem em planos de educação conti-nuada aumentam sua produtividade e qualidade, motivando seus colaboradores. A motivação acelera o desenvolvimento de novos produtos e ser-viços e gera conhe-cimento empresarial resultando em maio-res ganhos.”

[email protected]

O mercado exige e você cresce!

EDUCAÇãO CONTINUADA:

PROFESSOR UNIVERSITÁRIO E DIRE-TOR-EXECUTIVO DA GESTÃO E MAIS

MÁRCIO VINÍCIUS PESSOA

Referência em ensino no Brasil, a Escola Sesc de Ensino Médio (ESEM), localiza-da no Rio de Janeiro, já formou cerca de

540 adolescentes, que atualmente estudam nas melhores instituições de ensino superior do País. Funcionando desde fevereiro de 2008, a escola consolidou-se como uma das melhores institui-ções de ensino do Brasil, servindo como modelo educacional para todo o País.

A cada ano ingressam 180 adolescentes, com idades entre 13 e 15 anos, aprovados em concor-rido processo seletivo. No último ano no colégio, os estudantes ainda concorrem a vagas para in-tercâmbio em instituições dos Estados Unidos. Segundo a coordenadora de Educação do Sesc,

Francisca das Chagas Lemos, o Piauí já teve dois alunos participando do intercâmbio, 11 já con-cluíram o ensino médio na escola do Sesc e atu-almente possui 12 alunos estudando e residindo na ESEM.

A pré-inscrição para o processo admissional 2014 na Escola Sesc de Ensino Médio ocorreu até o dia 14 de junho. Todos os anos são destina-das quatro vagas por série aos piauienses que re-cebem bolsas de estudo integral para estudar na instituição. As vagas contemplam todos os esta-dos do Brasil e são oferecidas proporcionalmente ao contingente populacional de cada região.

Podem participar do processo seletivo estu-dantes que concluíram o ensino fundamental e

que nasceram entre janeiro de 1998 a dezembro de 2000. O edital de inscrição está na página da Escola Sesc na internet e pode ser acessada no endereço eletrônico www.escolasesc.com.br. A confirmação da inscrição foi realizada no perío-do de 19 a 28 de junho.

O candidato, acompanhado dos pais ou res-ponsável, deve procurar uma Unidade do Sesc para efetivar a inscrição e pegar o seu cartão de confirmação no processo seletivo. As provas ob-jetivas e de redação serão realizadas no dia 18 de agosto, das 9h às 13h, nas unidades do Sesc. Para maiores informações, basta entrar em contato com a Coordenação Regional de Educação Sesc/PI, através do telefone (86) 3217-2822.

Por Ana Cláudia Coelho

n S E S C

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34 Revista Fecomércio Julho/Agosto 2013 Revista Fecomércio Julho/Agosto 2013 35

n S E S C

Buscar onde sobra,

Programa Mesa Brasil Sesc comemora 10 anos de atuação no Piauí focado na segurança alimentar e nutricional e no combate ao desperdício de alimentos

DEIXAR ONDE FALTA

Por Ana Cláudia Coelho

Sabe aquele pacote de biscoitos que amas-sou durante o transporte? E aquela ba-nana com a casca pretinha, mas que por

dentro ainda guarda o seu sabor e nutrientes? Esses alimentos não servem para compor as prateleiras dos supermercados, mas podem

matar a fome de milhares de pessoas atendidas em instituições sociais.

O programa Mesa Brasil Sesc é assim: busca onde sobra e entrega onde falta. Trata-se de uma ação social e educativa que integra empresas, instituições sociais e voluntários

com a finalidade de combater o desperdício de alimentos e a fome.

Este ano, o programa Mesa Brasil Sesc completa 10 anos de atividades no Piauí. Im-plantado em junho de 2003, o Programa com-plementa a refeição de cerca de 27 mil pessoas.

Tudo isso graças à solidariedade de pes-soas sensibilizadas com as questões sociais, proporcionando acesso ao direito universal: a alimentação.

Para atender o maior número de institu-ições sociais, e conse-quentemente, melhorar a vida das pessoas carentes, o Programa tem um serviço estratégico de transporte de alimentos, com a utilização de veículos adequados, esta-belecendo uma conexão entre empresas que doam e instituições que recebem as doações.

O Programa é mantido por empresas e voluntários que doam gêneros alimentícios, bens e serviços. São pessoas conscientes de sua responsabilidade social. O Mesa Brasil Sesc Piauí tem cadastrados 257 doadores, dentre empresas, órgãos públicos, feirantes, comer-

ciantes, produtores rurais e voluntários. As doações são redistribuídas para 139 institu-ições sociais da grande Teresina (abrange 11 municípios), Parnaíba (6 municípios) e Picos ( 4 municípios).

A coordenadora do Programa Mesa Brasil Sesc no Piauí, Aimeé Castelo Branco, diz que o Mesa Brasil Sesc necessita ampliar sua rede de parceiros doadores para atender as institu-ições que estão na fila de espera. “São institu-ições que buscam o cadastro no Programa e que nós queremos atendê-las, mas precisamos aumentar o nosso volume e arrecadação”, en-fatiza.

Este ano, o programa Mesa Brasil tem como meta redistribuir cerca de 1,2 miL qui-los de alimentos.

Equipe do Mesa Brasil Sesc recolhe alimentos no Comercial Carvalho

LUÍS M

OTA

W. SA

LMITO

Mesa Brasil Sesc – Janeiro a Abril / 2013

170.288,91 Kg de alimentos distribuídos

26.795 Pessoas atendidas por dia

1.312.095 Refeições complementadas

257 Parceiros doadores

139 Entidades assistidas

14 Ações educativas realizadas

336 Multiplicadores treinados nas ações educativas

01 Voluntário

03 Unidades em funcionamento

16 Cidades na abrangência

Valdeci CavalcantePresidente do Sistema Fecomércio Sesc/Senac-PI

“As doações combatem o desperdício e garantem alimentos a milhares de pessoas carentes.”

AÇÕES EDUCATIVAS

O trabalho do Mesa Brasil Sesc vai além da distribuição de alimentos.

O Programa desenvolve ações educa-tivas nas áreas de Nutrição e Serviço Social com o objetivo de promover a alimentação adequada, a reeducação alimentar e fortalecer as instituições as-sistidas.

O programa não valoriza o assistencial-ismo e forma agentes multiplicadores por meio de atividades como cursos, oficinas e palestras para difusão de conhecimentos, troca de informações e experiências junto aos profissionais, voluntários, beneficiários das entidades sociais e empresas doadoras.

Page 19: Revista Fecomércio PI 02 Julho/Agosto 2013

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38 Revista Fecomércio Julho/Agosto 2013 Revista Fecomércio Julho/Agosto 2013 39

A informática está cada vez mais pre-sente na vida das pessoas. Já é fato a sua utilização como meio de apren-

dizagem e, nas empresas, não poderia ser di-ferente. Toda organização tem necessidade de ser informatizada e acompanhar a evolução da Tecnologia da Informação. O mercado, mais competitivo do que nunca, exige de seus pro-fissionais conhecimentos básicos de manuseio das ferramentas de informática ou conheci-mentos específicos de sua área de atuação.Pen-sando nisso, o Senac está renovando seus labo-ratórios e modernizando o prédio utilizado em Teresina para abrigar os cursos de informática.

O objetivo desta reforma é continuar for-mando profissionais de alta qualidade na área

de TI (Tecnologia da Informação), garantin-do esta qualidade também aos seus cursos, com novidades em equipamentos e estrutura. O novo prédio receberá laboratórios dife-renciados para cada área de TI, como Redes, Desenvolvimento e cursos técnicos. Além dos MACs, que já são utilizados, receberão com-putadores de última geração e, em seus labo-ratórios específicos, equipamentos que neces-sitam de constante aperfeiçoamento por parte de seus profissionais.Segundo Luciana Guar-dia, supervisora pedagógica do segmento em Teresina, novos cursos serão adicionados à gra-de, já que a instituição busca constantemente fazer as atualizações necessárias de acordo com as exigências do mercado.

n S E N A C

INFORMáTICASenac Piauí é referência em

Super estrutura garante a qualidade da formação profissional

LANUSSA FERREIRA

u

A procura pelos cursos de informática do Senac é bem

grande. As turmas iniciam às 6h30 e vão até às 22h, com duas horas de aula cada uma. Aos sábados, há turmas nos turnos manhã e tarde, com quatro horas de aula para cada turma.O curso de Montador e Reparador de Computadores se destaca por possibilitar aos alunos o trabalho com as tecnologias pertinentes à esta área. E, hoje, o Senac recebe muita demanda para a área de Desenvolvimento de Sistemas.Vale lembrar que o carro-chefe dos cursos é o pacote de informática para iniciantes. É a partir dele que o aluno vai buscar aperfeiçoamento em outros cursos. Também há o curso de Excel Avançado, Autocad 2D, Programador Web e Editor de Projeto Visual Gráfico.

Grande variedade de cursos

Trinta cursos são ofertados na área de Tecnologia da Informação

u

Em todas as cidades do Piauí onde está presente, o Senac oferece cursos de informática. Nas cidades, onde não há unidades da Instituição os cursos são oferecidos pelo Senac Móvel. A procura dos alunos se dá por conta da estrutura física e da atualização de instrutores e equipamentos. O aluno do curso de Programador Web, Dieffson Braga, não pensou duas vezes em procurar o Senac para fazer seu curso. “Por ser referência em informática, o Senac foi a minha primeira opção e pretendo fazer outro curso quando finalizar este,” disse o estudante de Biblioteconomia.

Os instrutores do Senac têm que ter nível superior em alguma área da Tecnologia da Informação, como por exemplo, Administrador de Redes ou Desenvolvedor de Sistemas. Muitos têm seu próprio negócio, isso faz com que conheçam o mercado e ajudem a formatar os cursos. Além das oficinas pedagógicas, os professores participam de encontros de conhecimentos específicos da área, uma forma de mantê-los sempre atualizados sobre a Metodologia dos 7 Passos, utilizada hoje pelo Senac.

LANUSSA FERREIRA

Senac na capital e interior

Dieffson Braga pretende fazer outros cursos na instituição

Por lanussa Ferreira

Page 21: Revista Fecomércio PI 02 Julho/Agosto 2013

40 Revista Fecomércio Julho/Agosto 2013 Revista Fecomércio Julho/Agosto 2013 41

n S E N A C

Senac Aprendiz qualifica jovens para o

MERCADO DE TRABALHOPrograma é o pontapé inicial para o primeiro emprego

Proporcionar aos jovens o conhecimen-to necessário para uma atuação profis-sional qualificada é o objetivo do Pro-

grama Senac Aprendiz. Durante o curso, os estudantes têm a oportunidade de aprender a teoria em uma escola profissionalizante e a prática em uma empresa parceira.

O Programa teve início em 2003 e, atual-mente, tem vinte turmas em Teresina, duas em Parnaíba e uma na cidade de Picos. Ao todo são 583 alunos participando do Senac Apren-diz e a previsão é de que iniciem mais dez tur-mas no mês de agosto.

O programa do Senac contempla jovens maiores de 14 anos e menores de 24 anos. Eles devem estar cursando entre a 6ª série do ensino fundamental e o 2º ano do ensino médio, a fre-quência na escola é obrigatória e o jovem deve ser contratado pela empresa e encaminhado para o Senac.

“O programa é muito importante para os jovens porque eles têm a oportunidade do exercício da primeira experiência profissional ao tempo em que recebem a capacitação no Senac e experimentam a prática de trabalho no ambiente da empresa”, diz Martha Senna, supervisora pedagógica do Programa Senac Aprendiz.

Por lanussa Ferreira

LANUSSA FERREIRA

LANUSSA FERREIRA

Encerrando o cicloEm abril, quatro turmas com dois anos de

duração encerraram o programa em Teresina e no mês de maio, Picos concluiu a sua primeira turma de Aprendizagem. Durante as solenidades de formatura, foram apresentados vários traba-lhos, desenvolvidos durante a execução da disci-plina Projeto Integrador I e II, abordando temas de relevância social, tais como, violência contra a

mulher, homofobia, pedofilia, entre outros.“O Senac Aprendiz é uma oportunidade

aos jovens para conseguirem o primeiro empre-go. A gente pode enxergar o mercado de traba-lho de uma forma bem ampla. Esses foram dois anos de novas descobertas, experiências, ama-durecimento e responsabilidades. Só alegria e bastante conhecimento”, disse Edson Sousa Júnior, formando do Senac Aprendiz.

Após dois anos, os alunos saem preparados para o mercado de trabalho

Cinco turmas concluíram recentemente o programa em Teresina e Picos

A Lei Nº 10.097/2000, amplia-da pelo Decreto Federal nº

5.598/2005, determina que todas as empresas de médio e grande porte tenham em seu quadro de funcio-nários, um número de aprendizes equivalente a um mínimo de 5% e

um máximo de 15% da força de tra-balho. Caso a empresa não cumpra com a lei, poderá ser multada. Para microempresas, empresas de peque-no porte e entidades sem fins lucra-tivos a contratação de aprendizes é opcional.

Estágio nas empresas é um direito

LANUSSA FERREIRA

u

A jovem áurea Francisca Sales da Silva foi uma das participantes do Programa Senac Aprendiz. Hoje, funcionária contratada do Senac, começou desempenhando a função de Supervisora Pedagógica do segmento Gestão e Comércio e, atualmente, faz parte do setor de Recursos Humanos, área em que é formada e especializada.

“Eu sempre tive vontade de trabalhar no Senac, desde que participei do programa Senac Aprendiz, porém, na época eu pensava em ser instrutora, pois eu conheci muitos professores bons através do programa e isso me fez ter von-tade de lecionar e fazer parte da família”, disse áurea.

Ander Costa e Silva participou do Senac Aprendiz de 2009 a 2011, trabalhando em um grande hospital da capital. Em 2012, fez proces-so seletivo no Senac e foi contratado para traba-lhar como auxiliar administrativo no Suporte Pedagógico. “O Senac Aprendiz me ajudou a adquirir experiência profissional e também contou ponto para minha seleção aqui no Se-nac”, diz Ander.

Ander Costa e Silva concluiu o programa em 2011 e hoje trabalha no Senac

De aprendizes à funcionários do Senac

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42 Revista Fecomércio Julho/Agosto 2013 Revista Fecomércio Julho/Agosto 2013 43

O maior poder de um verdadeiro

Coach vem de valorizar tudo que

o fez ser quem ele é. Eu acredito

verdadeiramente nestas palavras. Elas fazem

muito sentido para mim e como “Ser de Luz”

em constante evolução eu sempre me pergun-

to: o que seria da minha vida, da pessoa que

sou hoje, se não tivesse ao longo destes anos

de experiência de vida, me permitido ousar, ir

além, acertar e errar, e mais ainda me permitido

aprender com meus erros, transcender a minha

dor e desenvolver um poderoso processo de au-

tocura? Acreditemos ou não, cada acerto, cada

erro, cada acontecimento vivenciado por nós,

nos tornou no que somos hoje. Seres únicos.

Com histórias únicas.

Há uma música do Caetano Veloso que diz

“Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é”.

Podemos ver algo semelhante no ditado popu-

lar bastante conhecido “Cada um sabe onde seu

sapato aperta”, isso porque temos a tendência de

valorizar mais a vida das outras pessoas. Mas, e

a nossa vida? Como a estamos vivendo? Como

estamos construindo a nossa história? Você já

parou para pensar nisso?

Pois é, cada fase vivida nos influenciou a ser

o que somos hoje. Temos o livre arbítrio, somos

donos e frutos de nossas escolhas. Talvez não

somos o que sonhávamos ser quando éramos

criança ou não temos o que almejávamos ter,

mas o importante é sermos quem somos desti-

nados a ser: NÓS MESMOS.

Embora possuamos e não percebamos a ca-

pacidade de ressignificar, de dar outro significa-

do, para nosso passado ou mesmo para algum

acontecimento de nossas vidas, podemos sim

mudar o nosso passado. E o melhor de tudo, ao

fazermos isso é possível dar um novo rumo ao

nosso futuro!

Sem dúvida, algo pode ter acontecido na

nossa vida que mudou a nossa forma de viver

o presente, que influenciou as nossas decisões,

que alterou o rumo dos nossos sonhos, dos nos-

sos objetivos, do que planejamos. Muitas vezes,

nos perguntamos o porquê de as coisas terem

dado errado ou o porquê de algo ter aconteci-

do/ estar acontecendo que mudou totalmente

os nossos planos. Na verdade, a pergunta certa

deveria ser “para quê?”.

É preciso que algo deixe de acontecer, ou

que algo aconteça, para que aprendamos e ve-

jamos outra forma de seguir nossa vida. Afinal,

seria meio egoísta de nossa parte sentir que te-

mos o controle de nossa vida, a certeza de que

tudo caminhará conforme nossa vontade, nos-

sos planos, sonhos, objetivos.

A forma como encaramos nossos erros, nos-

sos acertos, nossas conquistas, nossas perdas, é

que nos faz ser quem somos realmente. Olhar

para o passado, aprender com nossos erros, ver

nossa trajetória e valorizar nossa história, nos

faz seres humanos capazes de alcançar o futuro

que queremos.

Valorize a sua história, ela é sua. Honre seu

passado, ele o fez quem você é. O importante é

você respeitar e valorizar tudo que você viveu

até hoje e acredite toda história, cada momento

tem seu valor independente de qualquer coisa.

CACIlDA SIlVAMASTERCOACH E NEUROCOACH

n COACHING

“Antes de julgares a “minha vida” ou meu “caráter”… Calça os MEUS sapatos e per-corre o caminho que EU percorri, vive as “minhas tristezas”, as “minhas dúvidas”, as “minhas alegrias”! Percorre os anos que EU percorri, tropeça onde EU tropecei e le-vanta-te assim como EU o fiz!!! Cada um tem a sua própria his-tória!!! E então, só aí poderás “julgar-me!”. Mário Quintana

HISTÓRIAHonrar e respeitar a própria

[email protected]

42 Revista Fecomércio Julho/Agosto 2013

Um show de

Conheça como o Festival de Inverno de Pedro II e o Sebrae têm ajudado muitos empresários a expandir os seus negócios

n FESTIVAL DE INVERNO

Por Karla Nery

Desde o início, em 2004, o Festival de Inverno de Pedro II vem ajudando não só a promover a cultura, mas a movimentar a economia na

região Norte do Estado. É que próximo ao festival, muitos empreendimentos costumam surgir ou serem ampliados, devido ao grande fluxo de turistas nessa época do ano. Comemorando 10 anos em 2013, o festival ganhou recentemente o reconhecimento de patrimônio cultural do Estado e deve ser inserido nos calendários internacionais, caso seja aprovado pelos critérios da Embratur.

Segundo a prefeita Neuma Café, a expectativa de 60 mil pessoas foi superada antes do final do evento. Preocupada em aumentar o fluxo de turistas em out-ros períodos do ano e dar sustentabilidade para as empresas que estão investindo na cidade, a prefeita está elaborando um calendário de eventos que con-tará inicialmente com o Acampamento da Juventude e o Natal Luz. “A nossa proposta é que através dos investimentos que estão sendo feitos na cidade, nós possamos transformar Pedro II na capital da cultura do Piauí. Por que passar o réveillon só na praia ou na

serra de outras cidades? Nós estamos investindo em infraestrutura e iremos realizar outros eventos porque nenhuma empresa vai investir numa cidade onde o fluxo só acontece em quatro dias”, afirmou a prefeita.

Acompanhado de várias autoridades, o governa-dor Wilson Martins visitou a Feira de Artesanato, realizada pelo Sebrae e falou sobre o investimento do Governo do Estado para a realização do evento. “A cada ano, o festival vem se consolidando e atraindo cada vez mais turistas. Por causa disso, foi o evento que mais aplicamos recursos esse ano, quase R$ 500 mil. Nós dobramos os recursos por acreditar que essa iniciativa fomenta o desenvolvimento de Pedro II, essa cidade que recebe tão bem as pessoas, tem belos casarios, uma localização privilegiada com uma vista magnífica ali do Morro do Gritador e, sobretudo, um clima muito agradável”, disse o governador.

Para o diretor-superintendente do Sebrae no Piauí, Mário Lacerda, o Festival de Inverno de Pedro II é um case de sucesso da atuação do Sebrae no Es-tado, em razão do volume de capacitação, orientação e informação que nos meses que antecedem o evento

EMPREENDEDORISMO

Revista Fecomércio Julho/Agosto 2013 43

KARLA NERY

capacita mais de 100 empresas. “Nesses três meses, nós beneficiamos, especialmente os setores de ali-mentação, bar e restaurantes, hotelaria, onde há uma rotatividade muito grande, mas também os setores da opala, da indústria e do artesanato que têm capaci-tação durante todo o ano”, destacou Mário Lacerda. A seguir, contamos a história de empresários que viram no Festival de Inverno uma forma de ganhar dinheiro e tiveram todo apoio do Sebrae.

Page 23: Revista Fecomércio PI 02 Julho/Agosto 2013

44 Revista Fecomércio Julho/Agosto 2013 Revista Fecomércio Julho/Agosto 2013 45

Há 20 anos, a empresária áurea Bran-dão e o marido Juscelino Araújo tra-balham com lapidação de opala, uma

joia rara, encontrada somente aqui no Piauí e na Austrália. Há 10 anos, eles também foram pio-neiros quando resolveram abrir uma joalheira para expandir seus negócios e viram de perto o crescimento do número de joalherias em Pedro II passar de três para 80 lojas ao longo desses anos de festival.

Segundo a empresária, esse crescimento se deu e ainda se dá por conta de vários fatores, entre eles: o aumento do número de turistas, da valorização da cadeia produtiva da opala e da procura por peças, provocados pelo Festival de Inverno e, em especial, devido à participação efetiva do Sebrae, com informações de como abrir uma empresa e fazer o atendimento. Sem falar na alta rotatividade de funcionários. “A formação desses profissionais não é fácil. Após seis meses se especializando no trabalho, eles saem e montam seu próprio ateliê em casa, pois não é um negócio caro. Com 3 ou 4 mil reais já se consegue montar uma bancada de ourivesaria

completa para trabalhar como ourives que é o profissional que trabalha com metais preciosos”, afirma a empresária.

Para tentar manter o funcionário na empre-sa, a designer de joias e o marido procuram dar o máximo de segurança, como participação no lucro e se ele produzir até o fim do mês mais do que ele ganha como funcionário, ele ganha um adicional por isso, pois foi estabelecido também um valor por peça.

Para se diferenciar das outras lojas e continu-ar sendo referência, a empresária trabalha com a exportação da pedra lapidada da opala e já está começando a exportação da joia branca para Alemanha, Suíça e Holanda. Além disso, a de-signer teve que aprender a conhecer outras pe-dras como rubi e esmeralda para poder comprar e passou a desenhar joias com ouro, diamante, outras texturas e cores. “Nós estamos constan-temente investindo na qualidade e design dos produtos. Fomos os primeiros a inovar com joias trazendo ouro na prata. Eu estou sempre atenta às novidades para criar coleções novas e trazer produtos diferenciados”, destaca áurea.

Márcio Ângelo exibe com orgulho o Troféu desenvolvido por ele para homenagear personalidades duran-

te o Festival de Inverno. A loja da fábrica fica em Piripiri, mas desde a sua primeira edição o artesão vem a Pedro II participar da Feira de Artesanato criada pelo Sebrae para incentivar o comércio local. Mário começou fazendo pa-nelas, frigideiras, caçarolas e outros produtos de cozinha em alumínio há 20 anos. A ativi-dade, exercida pela família por três gerações, ganhou um toque há 15 anos quando o empre-sário descobriu um novo segmento e passou a fazer peças decorativas. Um trabalho mais de-licado e por consequência mais rentável, pois tem um público que valoriza como arte e, por vezes, até o compara com a lapidação das pe-dras de opala.

Além de comercializar seus produtos na feira de Pedro II, na qual ele já vendeu peças para Holanda, áfrica do Sul, Alemanha, Esta-dos Unidos e Angola, o artesão participou do Piauí em Sampa ano passado e este ano já se prepara para ir novamente, em agosto, apre-sentar um novo projeto. “O Sebrae tem me dado um grande apoio. Em cada feira, eu te-nho a oportunidade para divulgar mais o meu trabalho. Hoje, meus produtos são conhecidos internacionalmente”, afirma o empresário.

Em suas peças, Márcio não observa ape-nas a forma, mas o material que utiliza. Desde quando começou, ele sempre prega a questão

Áurea Brandão, design de joias e empresária

Opala: A joia do Piauí

De panelas a peças decorativas em alumínio

Márcio Ângelo, artesão e empresário

Desde os 14 anos, Luzineide Maria de Oli-veira aprendeu a fazer crochê, tapetes, redes e panos de prato. A tecelagem sempre foi uma das maiores tradições do comércio da cidade. Tanto que todos da sua família trabalham nes-sa área. Sua irmã tem uma loja de artesanato e ela e o irmão são sócios há oito anos. Ela no ramo de tecelagem e ele na lapidação e produ-ção de joias com opala.

Segundo Luzineide, o ponto no mercado público é bastante rentável porque tem maior movimento e saída de mercadoria, principal-mente durante o festival onde as vendas au-mentam em torno de 50%. “A nossa cidade cresceu muito nos últimos 10 anos. Pedro II é uma cidade que todo mundo quer voltar. Ago-ra, para nós que trabalhamos aqui, a maior di-ficuldade é porque nós vendemos mais quan-do há turistas. O Festival de Inverno mexe com toda a economia da cidade, aumenta o fluxo de pessoas e o comércio fica mais aqueci-do. Dá para tirar um bom lucro nesse período, mas confesso que a gente gostaria de ter mais eventos como esse durante todo o ano”, afirma a artesã.

O hotel Marzuq, administrado por Andre-zza Galvão Martins, foi inaugurado há um ano, antes do Festival de Inverno. A ideia de criar o hotel começou com a intenção de construir uma galeria de lojas com alguns apartamentos para que, quem viesse trabalhar na cidade, pudesse alugar. No Festival de Inverno de 2012, mesmo sem divulgação e estar com a estrutura incom-pleta, os quartos ficaram lotados. Segundo ela, a repercussão foi ótima, tanto que esse ano eles repetiram a dose.

O centro comercial possui nove lojas e o hotel tem 33 apartamentos, alguns com até seis camas. Foi investido em torno de 1 milhão de re-ais. A gerente afirma que esse é o único hotel da cidade com uma estrutura tão grande, pois além

das lojas e dos apartamentos do hotel, eles têm a intensão de mobiliar os apartamentos maiores e formar flats para as pessoas que veem residir na cidade. Sinal de que estão de olho no mercado.

No início, Andrezza conta que não queria trabalhar com a parte da alimentação, por isso arrendou o restaurante, mas como esse empreen-dimento não deu certo e com a transformação do flat em hotel, ela decidiu ficar com o restaurante para poder servir o café da manhã. “Antes de ter-mos o hotel, meu pai e toda nossa família já tra-balhava com o comércio. O Festival de Inverno desenvolveu não só o turismo, mas o comércio como um todo. A parte da hotelaria melhorou bastante, principalmente por conta das qualifica-ções para o setor hoteleiro que o Sebrae sempre

A tradição da tecelagem

Qualificação para o setor hoteleiro

Andrezza Galvão Martins, gerente do Hotel Marzuq

faz”, destaca a gerente. Além disso, ela lembra que a procura maior era por pousada domiciliar, isto é, aluguel de casas por temporada, in-clusive nos festejos em dezembro. É que há 10 anos haviam apenas cinco hotéis na cidade. Hoje, já passam de 10 opções de hotéis e pousadas. Sem falar que a tradição de casas continua. “Quando comecei eu não tinha nenhuma noção de hotelaria, pois não tinha a pretensão de traba-lhar com isso. As coisas foram acon-tecendo”, afirma a empresária.

Luzineide Maria de Oliveira, empresária e artesã

da reciclagem, o que gera maior aceitação de públicos mais exigentes e agrega valor às suas peças. Se não tivesse procurado fazer um tra-balho diferenciado e treinamentos no Sebrae para conseguir administrar melhor o seu ne-gócio, o empresário, que em setembro come-mora 5 anos de formalização da sua empresa, não teria tido o prazer de ver suas peças chegar tão longe.

“Os treinamentos do Sebrae servem para que nós possamos ver que mesmo estando no caminho certo, temos muito que melhorar.

Por exemplo, a feira em São Paulo tem crité-rios a serem seguidos, como a apresentação do produto com etiqueta falando a sua história e materiais utilizados. Isso fez com que eu am-pliasse o meu negócio. No início, eu tinha ape-nas dois funcionários. Em algumas épocas, já cheguei a ter sete pessoas trabalhando comigo, todos com carteira assinada. Meu maior pro-blema hoje é a falta de mão de obra qualifica-da devido à grande migração pro Sul. Isso me levou a qualificação de outros funcionários”, destacou o empresário.

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LA N

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Page 24: Revista Fecomércio PI 02 Julho/Agosto 2013

46 Revista Fecomércio Julho/Agosto 2013 Revista Fecomércio Julho/Agosto 2013 47

FENEARTE14º Feira Nacional de Negócios do Artesa-natoQuando: 5 a 14 de julhoOnde: Centro de Convenções de Pernambu-co - Olinda - PEMais informações:http://www.fenearte.com/

ENFlOR GARDEN FAIR2ª Feira Nacional de FloristasQuando: 14 a 16 de julhoOnde: Recinto da Expoflora - Holambra - SPMais informações:https://www.facebook.com/EnflorGardenFair

SAlEX - SOUTH AMERICAN lEISURE EXHIBITION24ª Exposição Sul-Americana da Indústria de DiversãoQuando: 23 a 25 de julhoOnde: Transamérica Expo Center - São Paulo - SPMais informações:http://www.salex.com.br/

5ª FEIRA COSMÉTICA BAHIAFeira de cosméticos, beleza, estética, turismo e relações internacionaisQuando: 20 a 22 de julho

Onde: Centro de Convenções da Bahia - Salvador - BAMais informações:http://feiracosmeticabahia.com.br

ENERSOlAR2ª Feira Internacional de Tecnologias para Energia SolarQuando: 17 a 19 de julhoOnde: Centro de Exposições Imigrantes - São Paulo - SPMais informações:http://enersolarbrasil.com.br/

REABIlITAÇÃOFeira de produtos, equipamentos, serviços e tecnologia para reabilitação, prevenção e inclusãoQuando: 31 de julho a 2 de agostoOnde: Palácio de Convenções Anhembi - São Paulo - SPMais informações:http://reabilitacao.com/

FISA17ª Exposição e Congresso de Ingredientes Alimentícios da América LatinaQuando: 6 a 8 de agostoOnde: Expo Center Norte - São Paulo - SPMais informações:http://www.fi-events.com.br/fi/

BRASIl MÓVEIS2ª Feira Internacional Brasil MóveisQuando: 6 a 9 de agostoOnde: Parque de Exposições do Anhembi - São Paulo - SPMais informações:http://www.brasilmoveis.com.br/

CASA BRASIl4ª Feira de Design e NegóciosQuando: 13 a 16 de agostoOnde: Parque de Eventos Bento Gonçalves - Bento Gonçalves - RSMais informações:http://www.sindmoveis.com.br/casa-brasil

PHOTOIMAGE BRAZIl21ª Feira Internacional da ImagemQuando: 28 a 30 de agostoOnde: Expo Center Norte - São Paulo - SPMais informações:http://www.photoimagebrasil.com.br/

BIENAl RIO16ª Feira Bienal Internacional do Livro do Rio de JaneiroQuando: 29 de agosto a 8 de setembroOnde: Riocentro - Rio de Janeiro - RJMais informações:http://www.bienaldolivro.com.br/

n A G E N D A

AGOSTO

JUlHO uu

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n L A N Ç A M E N T O

W. SALMITO

O presidente do Sistema Fecomércio Sesc/Senac PI, Valdeci Cavalcante, lançou no dia 24 de abril a Revista

Fecomércio. A solenidade reuniu os conselhei-ros do Sesc e Senac, funcionários, representan-tes dos sindicatos, além de jornalistas e colabo-radores da revista. Valdeci Cavalcante elogiou o trabalho de transformação do Jornal da Feco-mércio em revista e garantiu o total apoio do Sistema S para sua realização.

Na ocasião, a jornalista e editora-chefe da Revista Fecomércio, Karla Nery, apresentou o projeto e pediu a colaboração dos representan-tes dos sindicatos e das instituições no envio de sugestões de pautas e artigos para serem publi-cados. “O público alvo da revista são os empre-sários do Comércio no Piauí, funcionários e consequentemente seus clientes, mas também as pessoas que trabalham na Fecomércio, Sesc e Senac. É importante que as pessoas de fora sai-bam o que essas instituições estão fazendo, mas quem trabalha nelas também precisa saber”, dis-se a jornalista.

Além de informações sobre as atividades, conquistas e eventos realizados pelo Sistema Fecomércio/Sesc e Senac no Piauí, a Revista Fecomércio pretende abordar assuntos como empreendedorismo, tendências e pesquisas de mercado e trazer a opinião de especialistas so-bre os mais variados assuntos referentes ao co-mércio. Outro ponto forte da revista será uma entrevista especial com grandes empresários e diretores de instituições compartilhando suas experiências.

Com periodicidade bimestral, tiragem de 1.500 exemplares e distribuição gratuita, a revista Fecomércio tem tudo para crescer e se tornar uma grande potência. “Nosso com-promisso é levar informação de qualidade, de maneira clara, ética e atraente que ajude as em-presas piauienses a crescer cada vez mais. Quem quiser anunciar a sua empresa conosco ou rece-ber gratuitamente a revista é só enviar um email para [email protected]”, afirmou a editora-chefe da revista.

Chegou a RevistaFECOMÉRCIO!

Por Ana Cláudia Coelho

A equipe da revista com o presidente da Fecomércio, Valdeci Cavalcante, sua esposa Rosângela Cavalcante e as diretoras do Senac, Elaine Dias e do Sesc, Irlanda Castro

Solenidade aconteceu durante reunião dos conselhos

Colaboradores e Equipe Editorial da Re-vista Fecomércio

Após a solenidade foi servido um almoço para os convidados

Conselheiros do Sesc e Senac apreciam a revista

A editora-chefe Karla Nery com seus pais e irmão

A recepção ocorreu no Salão Nobre Aluisio Sampaio

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A chegada de um jovem ao mer-cado de trabalho é cheia de expectativas. A empresa quer

ver logo o bom desempenho do pro-fissional e sua total proatividade na re-solução dos problemas. E o jovem tem ânsia de mostrar ao mundo a que veio. No entanto, esta ânsia pode dificultar a leitura do ambiente de trabalho e este é um fator determinante para o sucesso na organização.

Quando um jovem inicia suas ati-vidades na empresa lhe é passado toda a cultura organizacional, ou seja, o conjunto de regras, hábitos e compor-tamentos que o novato deve seguir. Devido à ânsia de entrar logo na orga-nização e mostrar resultado, este jovem termina por não dá a devida atenção a estas regras. Este é um erro gravíssimo. O recém-contratado deve analisar cada item da cultura organizacional. Afinal, ele irá conviver e seguir diariamente todas aquelas normas, além de estar implícito ali o caminho para o sucesso naquela empresa.

Já consciente da cultura, o recém--contratado deve buscar ao menos nos 30 primeiros dias de empresa não pedir nenhuma concessão, como sair mais cedo, ir ao médico, fazer um trabalho da faculdade. O gestor espera naqueles dias iniciais foco, determinação e mui-ta vontade de vencer. Por isto, são dias cruciais para a imagem que será forma-da do jovem perante os líderes.

É essencial também observar mais do que falar. Evite fazer perguntas desnecessárias aos gestores. Realize as atividades pedidas sem questionar o tempo todo o “por quê?”. Se você quer prosperar naquela empresa, você tem que confiar e fazer bem feito o que lhe é passado. Imite aqueles profissionais que estão dando certo na empresa. Imi-tar a forma como se vestem, imitar os horários de chegada e saída e sempre se prontificar a ajudá-los nas suas deman-das.

Dedicação e resiliência devem fa-zer parte da estratégia de sucesso dos recém-contratados que buscam prospe-rar na instituição. É o que fazem gran-des campeões como Pelé, que sempre chegava ao treino meia hora antes, ou Ayrton Senna, que treinava sozinho nos dias de chuva. Muita dedicação!

No mercado de trabalho, o valor do jovem não está no que ele estudou. Mas sim no que ele é capaz de fazer com o que estudou. Um baú cheio de diamantes nas profundezas do oceano não tem valor algum. Assim, como de nada valem as informações amontoadas no cérebro que não sejam colocadas em prática. Por isso, os resultados dentro da empresa são o cartão de visitas. O que cada jovem é capaz de produzir é o espelho fiel de sua realidade. Foque no resultado e mostre a que veio. Dessa forma, o sucesso será uma consequência natural!

JÉSSYCA LAGES DE C. CASTROGESTORA DE RH E GERENTE EXECUTIVA

DO INSTITUTO GAlAXY

[email protected]

n COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL

No mercado de traba-lho, o valor do jovem não está no que ele estudou. Mas sim no que ele é capaz de fazer com o que estu-dou. Um baú cheio de diamantes nas pro-fundezas do oceano não tem valor algum. Assim, como de nada valem as informações amontoadas no cé-rebro que não sejam colocadas em prática. Por isso, os resultados dentro da empresa são o cartão de visi-tas.”

PROFISSIONAISEstratégias de sucesso para jovens

n BEM-ESTAR

BOCA!De bem com a sua

Existe um velho ditado que diz: “Saúde começa pela boca”. E é verdade. Mesmo que você te-

nha uma alimentação balanceada todos os dias, ela não terá grande valia se você não tiver saúde bucal. Quer uma prova disso? Existe algo mais constrangedor do que conversar com alguém que não tem uma boca cheirosa? O famoso mau hálito?

No mundo dos negócios, você é a sua própria vitrine. Cuidar da boca é essencial já que ela é um instrumento importante no seu dia-a-dia. E quem nos dá as dicas para manter a saúde bu-cal é o cirurgião dentista Kássio Viei-ra, profissional da área há seis anos e sócio-proprietário do KV Consultório Odontológico.

“A negligência pode provocar sérios danos ao aparelho bucal como cáries e doenças que começam com uma gen-givite e podem evoluir para uma perio-dontite, onde os tecidos que dão supor-te aos dentes são afetados. Ambos são causados pela placa bacteriana, ou seja, uma sujeirinha que as bactérias produ-zem utilizando os restos de alimentos deixados na boca”, ressalta Kássio Vieira.

É importante que você tenha o hábi-to de fazer a higiene bucal pelo menos três vezes ao dia, especialmente antes de dormir. O dentista nos explica que durante o sono a região bucal se torna quente e seca, acelerando o processo de acidez da boca, o que facilita o traba-lho das bactérias. “O mesmo acontece quando você belisca aquele lanchinho e esquece de limpar os dentes. A acidez da boca ocorre em apenas meia hora. A cada alimentação, por menor que seja, começa um novo processo e o ideal é que a higienização também seja feita. Mas, se a pessoa conseguir manter a média de três vezes ao dia, incluindo a escovação antes de dormir, ela terá óti-mos resultados.”

As técnicas de escovação e fio den-tal são as grandes armas no combate às doenças bucais. Mas você tem as ferra-mentas corretas? Confira a seguir:

Pequenos cuidados diários que trazem muitos benefícios para a sua saúdePor Tânia Samara lemos

• Opte por escovas com cerdas em tama-nho médio. Nem muito duras, nem muito moles.

• Creme dental deve ser usado com flúor (a partir dos 5 anos de idade)

• Se você tem muita sensibilidade, opte por cremes dentais para dentes sensíveis ou gel dental, pois contém uma quantidade bem menor de abrasivos.

Dicas de higienização:Primeiro use o fio dental, passando entre os dentes com cuidado até o alto da gengiva. O uso do fio dental antes da escovação traz maiores benefícios para a limpeza da boca.

Escove a parte frontal dos dentes fazendo movimentos circulares por toda a extensão da arcada dentária

Na parte mastigável, faça movimen-tos de vai e vem com a escova.

Na parte interna, faça movimento de vassoura, puxando de dentro para fora.

Utilize a ponta da escova para limpar a parte interna dos dentes frontais.

Antes de terminar, escove a língua, puxando do meio para a ponta.

Quando se fala em atendimento odontológico, um dos serviços mais procurados é, sem dúvida, o clarea-mento. Esta técnica utilizada em con-sultórios é segura, mas não é indicada para qualquer paciente, segundo reco-menda o dentista Kássio Vieira: “Mui-tas vezes por influência dos padrões de beleza da mídia, as pessoas pensam que dentes brancos são sinônimos de dentes saudáveis. Mas as vezes os dentes brancos são muito mais sensí-veis ou sofrem de doenças como perio-dontite e gengivite. É importante lem-brar que a saúde bucal é sempre mais importante que a estética”, conclui.

Vale lembrar que o clareamento é contraindicado a pacientes que têm alergia aos componentes do produto, sofrem com alguma lesão ou doenças bucais em geral, têm dentes sensíveis ou raiz exposta, diabetes não controla-da ou estejam em período de gestação e lactação.

Você Sabia?

No caso do clareamento, o cirurgião dentista Kássio Vieira alerta que a saúde bucal é mais importante que a estética

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Dica de Filme: Quem se importaComentário: Filmado no Brasil, Peru, Estados Unidos, Canadá, Tanzânia, Suí-ça e Alemanha, Quem se Importa reúne histórias de homens e mulheres que têm como denominador comum a ação – tendo sempre como ponto de partida um incô-modo grande com relação à determinada situação. Essas pessoas arregaçam as man-gas, pensaram em ações que pudessem reverter aquilo, geralmente a baixo custo e alto impacto, e executaram.

Siga no Twitter: @RShinyashiki Comentário: Roberto Shinyashiki tem influen-ciado toda uma geração de administradores do nosso país. Por isso, é um dos nomes mais re-quisitados no meio empresarial, fazendo pales-tras, conduzindo seminários e convenções, no Brasil e no exterior. Sua formação como médico psiquiatra, com pós-graduação em Administra-ção de Empresas (MBA – Universidade de São Paulo) e doutorado em Administração e Eco-nomia (Faculdade de Administração e Econo-mia – USP), embasa todo seu trabalho e o tem levado a conhecer e entender como ninguém a base fundamental de qualquer empresa: o ser humano dentro das organizações.

n CULTURA EMPRESARIAL

Aqui você encon-trará dicas de li-vros, filmes, sites e fanpages que irão lhe ajudar a se manter sem-pre atualizado no mundo dos negó-cios! Aproveite o tempo livre para curtir as nossas dicas.”

Dica de Leitura: Pioneiros & Empreen-dedores “A Saga do Desenvolvimento no Brasil” Autor: Jacques Marcovitch Editora: Saraiva Comentário: O empreendedorismo, tão frequentemente abordado apenas como tema didático, recebe de Jacques Marcovi-tch um tratamento original, que combina histórias de vida e observação de grande valia para o entendimento do tema e, mais amplamente, da moderna gestão de empresas. Este volume, como os dois ante-riores, suscita leitura contínua, pela clareza de linguagem e fluência das narrativas.

Dica de site: www.sbgc.org.br Comentário: Fundada em 2001, a SBGC – Sociedade Brasileira de Gestão do Conhecimento é uma “Organização da Sociedade Civil de Interesse Públi-co” (OSCIP), cujo objetivo é estimular a Gestão do Conhecimento no Brasil. Com esse fim, a instituição reúne profissionais e organizações em um grande fórum de discussão sobre os temas como: inovação e aprendizagem organizacional, colabora-ção e redes de valor, inteligência com-petitiva e de negócios, gestão de capital intelectual, economia criativa e trabalho, dentre outros de relevância para a Gestão do Conhecimento.

PAUlO MEDEIROS FIlHOGRADUANDO EM GESTÃO DE RECURSOS

HUMANOS / STAFF GESTÃO E MAIS

[email protected]

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