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  • 7/16/2019 Revista FBTS

    1/601FBTS em ReviSTa Ano 1 - Nmero 1 - Junho de 2008

  • 7/16/2019 Revista FBTS

    2/602P u b l i c a o O f i c i a l d aF u n d a o B r a s i l e i r a d e T e c n o l o g i a d a S o l d a g e m

    FBTS25 anos garantindo qualidade

    aos tcnicos e aos produtosda construo soldada

    Anuncie na FBTS em RevistaO ponto de solda que faltava ao mercado

    Contato: (21) 2215-2245 / 2262-9401

    E-mail: [email protected]

    Cristiane Arruda / Vera Rocha

  • 7/16/2019 Revista FBTS

    3/603FBTS em ReviSTa Ano 1 - Nmero 1 - Junho de 2008

    uro

    E maiS

    FBTS em ReviSTa Ano 1, Nmero 1 - Junho de 2008Expediente

    FBTSRua Primeiro de Maro,23 7 e 17 Andar Centro Rio de Janeiro RJCep 20010-000 / Telefone: 2505-5353

    CONSELHO DIRETORDiretor PresidenteSolon Guimares Filho

    Diretor Vice-PresidenteLaerte Santos Galhardo

    CONSELHO CONSULTIVOAriovaldo Santana da Rocha, Paulo Csar Chac Ha-ddad, Joo Jernimo Rebello de Azevedo, Edgar RubemPereira da Silva, Luiz Antnio Moschini de Souza, RenanJoele, Ibrahim de Cerqueira Abud, Nilton da CostaSilva, Manuel Joaquim de Castro Loureno, Joo daCruz Payo Filho, Carlos Maurcio Lima de Paula Barros,Glauco Colepcolo Lega.

    CONSELHO DE ADMINISTRAOSolon Guimares Filho, Srgio Damasceno Soares,Laerte Santos Galhardo, Jos Luiz Rodrigues da Cunha,Csar Moreira, Douglas Robinson Marns, Jos Mariade Paula Garcia, Oscar Simonsen, Antnio Carlos Mar-ns Bastos, Jos Luiz do Lago, Carlos Henrique MoreiraGomes, Antnio Mauro Miranda Saramago, RoterdamPinto Salomo, Marcos Pereira.

    CONSELHO FISCALPaulo da Cunha Pedrosa, Iraj Galeano Andrade, Marce-lo Jos Barbosa Teixeira, Fernanda Ribas Andrade Bor-ges, Srgio (suplente) Magalhes Gonalves (suplente).

    CONSELHEIROS BENEMRITOSAntnio Srgio Pizarro Fragomeni, Maurcio MedeirosDe Alvarenga, Murilo Da Cunha Donato, Maria Apareci-da Stallivieri Neves, Jos Paulo Silveira, Orla Lima DosSantos, Ubirajara Quaranta Cabral.

    SUPERINTENDENTES EXECUTIVOS

    Departamento de Cercao de Qualidade

    Jos Alfredo Bello Barbosa,Telefone: 2505-5353 / E-MAIL: [email protected]

    Departamento de Cursos

    Marcelo Maciel PereiraTelefone: 2505-5353 / E-MAIL: [email protected]

    Departamento de Gesto Tecnolgica

    Marcelo Maciel PereiraTelefone: 2505-5353 / E-MAIL: [email protected]

    Departamento Administravo e Financeiro

    Maristela Medeiros da CunhaTelefone: 2505-5353 / E-MAIL: [email protected]

    Departamento TcnicoJos Alfredo B. BarbosaTelefone: 2505-5353 / E-MAIL: [email protected]

    REDAO, PRODUO E COMERCIALIzAOPlanin Comunicao e Markeng

    Rua Santa Luzia no 799, Grupo 1004, Centro -Rio deJaneiro/RJ - CEP.: 20.030-041

    Contatos:E-mail: [email protected](21) 2215-2245 / 2262-9401

    Jornalista Responsvel:

    Carlos Emmiliano Eleutrio MTB-RJ 12.524Projeto grco e direo de arte:

    Joo Paulo Sampaio ([email protected])Fotograa:

    Alexandre LoureiroDepartamento comercial

    Crisane Arruda e Vera Rocha

    Entrevst

    Pronp

    Opno

    CaRLOS maURCiO Lima

    mO-De-OBRa

    anTniO SeRgiO FRagOmeni

    Presidente da Abemi

    Csar Chevrand

    Coordenador de Projetos Especiais doProminp e ex-Vice-Presidente da FBTS

    Formao de mo-de-obra equalidade dos produtos: peas-chave

    A importncia da

    certificao profissionale a FBTS

    Editorial .......................04

    Notas ............................05

    Personagem ...............35

    Sustentabilidade ......54

    FBTS realizar cercade 100 novos cursos,em 2008, na rea desoldagem e inspeo

    O desafio de controlare manter 2.593 kmde extenso dogasoduto Bolvia-Brasil, por ondepassam todos os diasmais de 30 milhesde metros cbicosde gs natural

    Pgina

    16

    Pgina

    33

    Tecnolog

    Desenvolvento tcnco: FBTS 25 nos

    PiOneiRiSmO na PeSQUiSa

    eXPeRinCia DO PaSSaDO e OS nOvOS DeSaFiOS

    Csar Chevrand

    Bruna Capistrano

    Priscila Aquino

    Pgina

    20Pgina

    30

    Pgina

    26

    Pgina

    40

    CaPaSOLDagem COm FOCO nO ReFinO

    Pgina

    06Priscila Aquino

    MONTAGEM DA REFINARIA ABREU LIMA VAIAQUECER O SETOR DE SOLDA E A ENGENHARIA

    e DeSenvOLvimenTO Da SOLDagem

    DestqueTBg

  • 7/16/2019 Revista FBTS

    4/604P u b l i c a o O f i c i a l d aF u n d a o B r a s i l e i r a d e T e c n o l o g i a d a S o l d a g e m

    dtorl SOLOn gUimaReS FiLhO Presidente da FBTS

    momento, devido ao reaqueci-mento da indstria e da cons-truo em geral. O programade invesmentos da Petrobraspara os prximos anos nas re-as de plataformas marmas,

    dutos, reno e petroqumica,alm das expectavas de pro-duo dos campos no pr-sal,o programa de construode navios da Transpetro; osinvesmentos da Eletrobrs,a construo de novas linhasde transmisso; a retomadado programa nuclear, com aimplantao de Angra III; a am-pliao de vrias usinas side-

    rrgicas, alm da construo janunciada de novas; os inves-mentos governamentais eminfra-estrutura nacional, alm

    de outros no citados, so,todos eles, empreendimentosque demandaro maciamen-te o setor especializado da sol-dagem, cujo desenvolvimentotecnolgico impe a cada dia

    novos rigores e procedimen-tos, sempre voltados para asegurana e meio ambientee para a reduo dos custos,com a obteno de ganhos emproduvidade e qualidade.

    A FBTS procura fazer a suaparte colocando-se disposioda indstria e das empresasconstrutoras, no desenvolvi-mento, em parceria com as

    mesmas, de projetos espec-cos, do interesse de cada uma.

    Nos senmos cada vez maisobrigados e comprometidoscom as oportunidades de de-senvolvimento que a estoe, com certeza, no caremosfora delas. Ao contrrio, esta-mos alinhados com o desen-volvimento tecnolgico em

    curso, em todo o mundo, e porisso mesmo empenhados emmulplicar os nossos recursossicos e humanos para atenderao novo patamar de demandaque ora se apresenta.

    Nos sentimos cadavez mais obrigados

    e comprometidos

    com asoportunidades dedesenvolvimento

    que a esto

    uando foi concebida,numa iniciava de gran-des empresas, associa-es da indstria e da

    construo pesada e rgosde classe, visava-se ao atendi-

    mento das necessidades nocontempladas no pas, comoa formao de inspetores desoldagem e sua cercao,como tambm a cercaode Procedimentos de Solda-gem e de seus consumveis.

    Havia na poca uma grandeconcentrao de invesmen-tos, principalmente com a im-plantao da Bacia de Campos

    pela Petrobras e, por outrolado, uma enorme carnciadessas especialidades.

    Nesses primeiros anos, aFBTS preencheu essa impor-tante demanda, dando umaresposta muito posiva que-las necessidades prementes.Armou-se como instuiodo setor e estruturou-se do

    ponto de vista tecnolgico, co-locando no mercado mais de10.000 inspetores formadosem diversos pontos do pas.

    O crescimento da FBTS ago-ra uma nova imposio do

    Crescer

    Aos 25 anos, misso daFBTS agora crescer ou

    Q

  • 7/16/2019 Revista FBTS

    5/605FBTS em ReviSTa Ano 1 - Nmero 1 - Junho de 2008

    Ponto Pont

    XI EXPOSOL RIO 2008Data: de 24 a 26 de setembroLocal: SENAI/RJ - Centro deTecnologia de SoldaA XI EXPOSOL Rio - Feira de Equi-pamentos e Consumveis para Sol-

    dagem & Inspeo no Destruvostraz como novidade a primeira Con-ferncia de Tecnologia de Soldageme Inspeo que tem como foco osprocessos de soldagem e unio demateriais; processos de tratamentode superfcies para preveno dacorroso e abraso; mtodos e tec-nologias de inspeo no destruvadas juntas soldadas ou unidas poroutros processos; e questes rela-cionadas qualidade, avaliao da

    conformidade, produvidade, inte-gridade estrutural e anlise de falhas.As sees plenrias da Confernciacontaro com a parcipao de es-

    n Acesse o Site da FBTSem www.fbts.com.br e conhe-a a programao para 2008.

    Novos telefones do Departa-mento de Cursos:(21) 2505-5323 / (21) 2505-5332,(21) 2505-5339 / (21) 2505-5340.

    Departamento deCercao da Qualidade >

    pecialistas nacionais e internacionais,que estaro discundo assuntos derelevncia tecnolgica do cenrioatual, bem como difundindo novastecnologias e metodologias de usona indstria internacional. As seesparalelas contaro com argos tcni-cos de prossionais, pesquisadores eespecialistas de soldagem, unio demateriais e inspeo.

    METALURgIA 2008Data: 9 a 12 de setembroLocal: Expovile - Joinville/SCA 6 edio da Feira e CongressoInternacional de Tecnologia em Fun-dio, Siderurgia, Forjaria, Alumnio

    e Servios acontece, segundo os or-ganizadores, em um dos momentosmais signicavos para o setor. OBrasil est na 7 colocao do rankingmundial de fundidos e nos lmoscinco anos a produo nacionalcresceu 75% - e ainda assim no con-segue atender a demanda. So 1.300empresas, 94% de mdio e pequenoporte, enquanto que 75% de tudoque produzido cam no mercadobrasileiro. Realizada em Joinville a

    cada dois anos, a Metalurgia reneexpositores nos segmentos de fun-dio, siderurgia, forjaria, alumnio,servios e educao entre outros.

    FBTS em ReviSTa Cartas, e-mails, notas e agenda

    Navalshore 2008

    Data: 25 a 27 de junho de 2008Local: Centro de ConvenesSulAmricaO crescimento da indstrianaval: desafios e responsabi-lidades ser o tema centralda conferncia da Navalshore2008 - V Feira e Conferncia da

    Indstria Naval e Offshore. AConferncia abordar aumentoda demanda na indstria navale responsabilidade ambiental. ANavalshore rene anualmente, noRio de Janeiro, grandes, mdias epequenas empresas que atuamna indstria de construo naval.Durante o evento, ser realizadoo Negcios em 15 minutos, des-tinado a promover o encontro deempresas-ncora com fornecedo-

    res de produtos e servios para osetor naval e de offshore.

    Rio Oil Gs

    Data: De 15 a 18de setembroLocal: Centro deConvenes doRiocentro, noRio de Janeiro.

    Maior evento de Petrleo e Gsda Amrica Lana, a Rio Oil & Gas

    Expo and Conference uma opor-tunidade de discusso dos princi-pais temas relavos s inovaestecnolgicas do setor. A Exposio,que acontece em paralelo, umaimportante vitrine para as empre-sas nacionais e estrangeiras apre-sentarem seus produtos e servios.O Riocentro - Centro de Convenesdo RJ ca localizado na Av. SalvadorAllende, 6555 - Barra da Tijuca22780-160 - Rio de Janeiro

    FBTS recomenda

    FBTS Programao / cursos

    Eventos

    Novos telefones:(21) 2505-5329, (21) 2505-5330e (21) 2505-5320

    > Sites importantesABENDE Associao Brasileirade Ensaios No Destruvos eInspeo: www.abende.org.brSENAI Servio Nacional deAprendizagem Industrial:www.senai.br

  • 7/16/2019 Revista FBTS

    6/606P u b l i c a o O f i c i a l d aF u n d a o B r a s i l e i r a d e T e c n o l o g i a d a S o l d a g e m

    informao do Ge-rente Geral de Em-preendimento para aRenaria do Nordeste,

    Glauco Colepcolo Legatti.Ex-vice-presidente da Fun-dao Brasileira de Tecno-

    logia da Soldagem (FBTS),Lega ressalta que essa aprimeira renaria a ser cons-truda pela Petrobras em28 anos. Desde 1980, coma Renaria Henrique Lage(Revap), em So Paulo, aempresa fazia grandes obrase ampliaes de renariasj construdas, mas nuncaparndo do zero.

    Na dcada de 50, a Petro-bras comeou a implantar umparque de refino, que ficoupronto na dcada de 70. Nes-se perodo foram construdos

    cerca de 1.100.000 barris decapacidade de reno.

    Mais adiante, na dcadade 80, 90 e no incio de 2000,assisu-se a um crescimentodo parque de reno em tornode 85% de capacidade s com

    a ampliao das unidades exis-tentes que uma ao muitomais econmica que construiruma nova renaria.

    Orada em US$ 4 bilhes, a Refinaria Abreu Lima, carro-chefe doComplexo Industrial e Porturio de Suape, em Ipojuca, regio me-tropolitana de Recife, ter capacidade de refino de 200 mil barrisde petrleo pesado por dia. No pico da construo, sero 20 milempregos diretos. Trata-se de um investimento de peso que gera

    enormes oportunidades para o setor de soldagem, com aumento dademanda por mo-de-obra especializada, produtos e servios.

    A

    eportge especl mOnTagem Da ReFinaRia aBReU Lima aQUeCeR O SeTOR De SOLDa

    Renaria de Henrique Lage Revap em S

    Soldagem com foco no

    A nova Refinaria voltada para a

    produo de leo

    diesel, que vemregistrando umforte aumentode demanda

    Ft Aga PetbasEde de Sza

  • 7/16/2019 Revista FBTS

    7/607FBTS em ReviSTa Ano 1 - Nmero 1 - Junho de 2008

    Especl

    O engenheiro Ricardo Gre-enhalgh Barreto Neto, que noincio desta reportagem era oGerente de Empreendimentoda Refinaria do Nordeste,ressalta trs limitaes paraaumentar o parque de Renoj existente: falta de espao,limites tecnolgicos e limitesambientais.

    Alm disso, a grande espe-cicidade dessa nova Renaria ser voltada para o diesel, queapresentou um grande aumen-to de demanda nos ltimosanos. A tecnologia adotadapela Renaria ir produzir 70%

    de diesel de alta qualidade,com menos enxofre 50 partespor milho (ppm) com nvelEuropeu. Isso signica atenders necessidades de diesel queentraro em vigncia na prxi-ma dcada no Brasil.

    PerspecvasO Plano de Negcios 2008-

    2012 da Petrobras prev um

    investimento total de US$

    112,12 bilhes, sendo US$ 31,4bilhes na rea de abasteci-mento. Deste valor, 9% serodestinados aos projetos doEstado de Pernambuco, em umtotal de US$ 6 bilhes, referen-tes a invesmentos no apenasna renaria, mas tambm emestaleiro, navios de grande por-te e indstria petroqumica.

    Uma especicidade da Re-naria, cuja gerncia de em-preendimento est sob a res-ponsabilidade do engenheiroWilson Guilherme Ramalho daSilva, o contrato de sociedadeque une duas grandes empre-

    sas: Petrobras e a Petrleoda Venezuela (PDVSA). Nessesentido, a Refinaria atuarcom dois trens de reno, queprocessar 50% de petrleovenezuelano e 50% de petrleobrasileiro (Marlin) em sepa-rado. A previso da Petrobras que Abreu Lima esteja emoperao no segundo semestrede 2010, angindo carga plena

    em 2011.

    Presidente Lula e o presidente da

    Venezuela, Hugo Chaves, em visita

    s obras de terraplanagem da

    renaria de Pernambuco

    Glauco Lega, Gerente Geral

    de Empreendimento para a

    Renaria do Nordeste

    Ft Alexade Le

    Ft Aga Petbas Stefes Faa

    Por PriSciLA Aquino

    os dos Campos

  • 7/16/2019 Revista FBTS

    8/608P u b l i c a o O f i c i a l d aF u n d a o B r a s i l e i r a d e T e c n o l o g i a d a S o l d a g e m

    Mas nem s de AbreuLima vivem as perspecvasde aumento de demandapara a soldagem. Segundoo Conselheiro Benemrito eex-vice-presidente da FBTS,

    Antnio Srgio Fragomeni, adescoberta de reservas gigan-tescas de petrleo na rea daBacia de Santos vai realar aimportncia da Fundao nosprximos anos, j que o Bra-sil ter uma carncia muitogrande em equipamentos,mo-de-obra e servios espe-cializados em soldagem.

    E no se trata de uma ques-

    eportge Especl aS nOvaS DeSCOBeRTaS vO ReaLaR a CaRnCia em SeRviOS eSPeCiaLizaDOS

    balho desenvolvido pela FBTScom a capacitao de pessoal to importante para a enge-nharia nacional, destaca.

    O Brasil j assisu s tristesconseqncias de uma solda-

    gem mal feita. A Plataformade Namorado 1, fabricada naEsccia no nal da dcada de70, por exemplo, afundou nocaminho para o Brasil, por pro-blemas relacionados solda.

    A estrutura da primeira plataforma deNamorado 1, fabricada na Esccia, afundou

    no trajeto, por problemas de soldagem

    setor de soldagem estintimamente ligado construo de uma Re-naria. Composta por

    tubos, vasos, compressores emuitos outros equipamentosinterligados atravs de uni-es soldadas, a engenhariado reno requer prossio-nais competentes e quali-ficados para ser montadae operada. Foco de opor-

    tunidades para o setor desolda, Abreu Lima ter fortedemanda por soldadoresqualificados, inspetores eengenheiros de solda, prin-cipalmente na fase de mon-tagem da obra, em 2009.

    Expertise preciosaA FBTS ser fundamental na formao de mo-de-obra

    Segundo Lega, o grandedesafio da empresa serimplementar a renaria demodo que esteja operacio-nal at 2010. Para isso, aPetrobras j est com doiscontratos em andamento:

    O

    o de terraplanagem e o dedetalhamento de projeto.

    Legatti d o panoramado andamento das obrasda Renaria, que faz partedo Programa de Aceleraodo Crescimento (PAC): No

    Na fase damontagem da

    refinaria, na etapade soldagem,precisaremos

    de todo apoio eexpertise da FBTS

    Uma renaria exige soldas

    especializadas em tubulaes,

    equipamentos crcos e

    materiais especiais

    to puramente tecnolgica.O conselheiro benemrito daFBTS e diretor associado daMacroplan, Jos Paulo Silvei-ra, destaca que um acidentemovado por uma falha numa

    solda mal feita gera consequ-ncias graves no patrimniodas empresas, sobre a qualida-de de vida dos trabalhadores evazamentos com conseqn-cias ambientais. Por isso o tra-

  • 7/16/2019 Revista FBTS

    9/609FBTS em ReviSTa Ano 1 - Nmero 1 - Junho de 2008

    Especl

    segundo semestre de 2007,a Renaria recebeu licenade instalao, o que permi-u, em setembro do mesmoano, o incio das obras deterraplanagem dos 600 hec-

    tares do empreendimento.A terraplanagem estsendo feita em consrciopelas empresas Odebrecht,Queiroz Galvo, CamargoCorra e Galvo Engenha-ria, que j realizaram cercade 42% do trabalho. Nessafase esto sendo gerados2.600 empregos diretos,2.600 indiretos, alm de

    5.200 efeitos renda, noinvesmento total da re-naria de Pernambuco.

    O projeto bsico da Re-naria est concludo, e oprojeto de detalhamento,que ser feito pela Che-

    mtech, j foi contratado.Cerca de 200 pessoas estoengajadas nesse processo.Todos os 250 equipamen-tos crticos identificadosesto sendo licitados. So

    compressores, reatoresdas unidades de processo,permutadores de calor,bombas de petrleo e seusderivados, torres, fornos.

    Esses equipamentos es-to sendo comprados tantono mercado nacional quan-to no internacional. Todosos equipamentos brasileirosque apresentam economici-

    dade ou seja, preo com-pevo e qualidade estosendo comprados aqui.Trata-se de um fato impor-tante para as empresas defornecimento de equipa-mento no Pas e tambm

    A terraplanagem est sendo feita em consrcio pela Odebrecht, Queiroz Galvo, Camargo Corra e Galvo Engenharia

    Jos Paulo Silveira,

    conselheiro

    benemrito da FBTS

    e diretor associado

    da Macroplan

    s Aga Petbas Stefes Faa

    Ft Alexade Le

    Ft Dlga Pefeta de Maa

  • 7/16/2019 Revista FBTS

    10/6010P u b l i c a o O f i c i a l d aF u n d a o B r a s i l e i r a d e T e c n o l o g i a d a S o l d a g e m

    Desde a Revap (foto), inaugurada em 1980, Abreu Lima vai ser a primeira renaria construda pela Petrobras

    para o setor de solda, jque a grande maioria des-ses equipamentos envolvesolda de alta responsabili-dade, arma Lega.

    Quanto fase de enge-nharia, Lega nota que estsendo feito o projeto dedetalhamento das principaisunidades como as unida-des de coque, deslao, dehidrotramento (HDTs) e todaa parte de o site da rena-ria, ou seja, as tubulaes deinterligao, mais o sistemade bombeamento e parte decombate a incndio.

    Lega explicou que a obrada Renaria de Abreu Limaentra em fase crca j noincio do segundo semestre,com a compra dos serviosde construo e montagemde todas as unidades descri-

    tas. Quando todos os contra-tos esverem em operao, aesmava de que haja umagerao de 20 mil empre-gos nas diversas disciplinas:construo civil, montagemeletro-mecnica, montagemde equipamentos, inspeo,comissionamento, testes eparda da unidade. A pre-viso de que a refinariade Pernambuco gere, nessa

    fase, 40 mil empregos porefeito-renda.

    Na fase que se iniciano lmo trimestre desteano e deve ir at incio doano que vem, os serviosestaro muito concentradosna rea de construo civil.Esse perl vai mudando aolongo da obra. A parr demeados de 2009, a con-centrao ser na fase damontagem. nessa fase queprecisaremos de todo apoioe experse da FBTS, pois setrata da etapa de soldagemda tubulao, equipamentos

    crcos, matrias especiais,explica o ex-vice-presidenteda Fundao.

    Alm disso, Lega escla-rece que a Petrobras aindaprecisar contar com a FBTSna fase de treinamento de

    Quando todos oscontratos estiverem

    em operao, aestimativa de quesejam gerados 20mil empregos noempreendimento

    eportge Especl aS OBRaS Da ReFinaRia enTRam em FaSe CRTiCa j neSTe SegUnDO SemeSTRe

    Ft Aga Petbas J Maad

  • 7/16/2019 Revista FBTS

    11/6011FBTS em ReviSTa Ano 1 - Nmero 1 - Junho de 2008

    Abreu Lima ser voltada para diesel, com lugar especial no parque de reno

    pessoal, outro vis muitoforte da Fundao, que jqualicou mo-de-obra na-cional de milhares de pro-ssionais para empreitadascomo esta. Segundo ele, osanos de 2009 e 2010 serobastante pesados nas avi-dades ligadas soldagem.

    A Renaria se torna entoum grande plo de oportu-nidade para os prossionaisqualicados e para isso aFBTS ter que formar pes-soal local, apresentando al-guns cursos mais especcospara a Renaria Abreu Lima.

    Na fase de operao, serocerca de 1.500 empregos di-retos e 1.500 indiretos, almde 3.000 efeito-renda.

    OportunidadesA criao de uma rena-

    ria desse porte gera opor-tunidades enormes de tra-balhos: desde os serviosmais especializados como

    fornecimento de contratosde construo e montagemsofisticadas, ou gerencia-mento de obra local at aparcipao de indstriaslocais de pequeno porte,ressalta Lega. Ou seja, aRenaria criar a possibili-dade de empresas, que notrabalhavam fornecendoservios e produtos para osetor petrleo, se transfor-marem em um novo playernesse projeto.

    Queremos ter o maior n-mero de empresas regionaiscapacitadas para trabalhar

    conosco. Novas empresaspodero ser atradas para olocal. Abre-se um leque paraas avidades de engenharia.Empresas que atuam, porexemplo, com inspeo deultra-som ou inspeo deRaio-X podero se estabele-cer naquela rea de formamais agressiva, explica.

    Alm da prpria Renariade Abreu Lima, a Companhia

    Petroqumica de Suape (Pe-troqumica Suape) tambmser um importante inves-mento para a regio, j queprev a fabricao de cidoterelico puricado (PTA),matria-prima do polister.O produto vai abastecerno s a cadeia txl, sob aforma de os, mas tambmpara outros ramos como ode resinas PET.

    EspeclFt Dlga cEnPES

  • 7/16/2019 Revista FBTS

    12/6012P u b l i c a o O f i c i a l d aF u n d a o B r a s i l e i r a d e T e c n o l o g i a d a S o l d a g e m

    Diretor de Abastecimen-to da Petrobras, PauloRoberto Costa, ressal-tou, em evento reali-

    zado em So Paulo, em abrildeste ano, que a escolha dePernambuco para alocaoda Renaria foi feita aps aavaliao tcnica, social e am-biental de diversos estados.Pernambuco obteve a melhornota dentre os estados ava-liados, principalmente, porquatro fatores: boa estrutura

    porturia, zona industrial orga-nizada, segundo maior merca-do de derivados do Nordeste eforte compromisso do Estadode Pernambuco com infra-estrutura de energia e gua.

    Segundo o engenheiroRicardo Barreto, a empresa

    Gigantes do setor conhecem produtos eservios de micro e pequenas empresas

    sempre teve, em seu planeja-mento estratgico, uma visoda necessidade do aumentodo reno para acompanhar o

    mercado. Isto, invariavelmen-te, se traduzia na construode uma nova renaria.

    Assim, a rea que apresen-ta dcit de reno com rela-o ao mercado justamente

    a regio Norte-Nordeste.

    nessa regio que entram asimportaes de diesel, prin-cipalmente o derivado na-cional de maior consumo doPas para suprir a carnciada no produo nacional.O mercado aumenta, e a ca-pacidade de reno no sobena mesma proporo. Umestudo conclusivo elaboradoem 2005 optou pela regio

    de Suape para a instalao darenaria, explica.

    Ricardo Barreto nota quea regio de Suape possui avantagem de ser um com-plexo industrial porturio es-truturado, sem proximidadepopulacional. Alm disso, oPorto de Suape est prximo,de cabotagem, dos centros

    consumidores como Cear,So Lus do Maranho, Par,entre outros. O porto aindaconta com um bom calado,permitindo a atracao denavios de grande porte.

    A implantao da linhaTransnordesna facilitar o

    No foi toa que Pernambuco foi uma das nicas capitanias

    hereditrias, na poca do Brasil Colnia, a dar certo. Prxima Europa, a localizao estratgica dessa regio est na matrizde sua histria, que vem tona com a escolha de Suape para aimplantao da Refinaria Abreu Lima.

    O

    na regioNorte-Nordeste

    que entram asimportaes de

    diesel o derivadonacional de maiorconsumo do Pas

    Localizao estratgica

    Pernameportge Especl aS nOvaS DeSCOBeRTaS vO ReaLaR a CaRnCia em SeRviOS eSPeCiaLizaDOS

  • 7/16/2019 Revista FBTS

    13/6013FBTS em ReviSTa Ano 1 - Nmero 1 - Junho de 2008

    transporte de diesel e deriva-

    dos para a regio do Norte daBahia, prximo a Tocanns ouPetrolina regies agrcolasque tm consumo de dieselpor causa do maquinrio. Ofato de Pernambuco ser osegundo maior Estado con-sumidor de derivados doNordeste signica que, porterra, a rea de inuncia darenaria abrange um merca-do representavo.

    Por m, a regio de Suapeest relavamente prximada Bacia de Campos. A via-gem de navio demora cercade dois dias entre uma regioe outra. Trata-se tambm

    de uma posio estratgica

    para uma eventual exporta-o para Europa e EstadosUnidos.

    Contudo, a produo da re-naria est voltada para mer-cado interno. A exportaoseria uma eventualidade e, sefor preciso, h uma condiologsca favorvel.

    Tecnologia de pontaPara Barreto, a refinaria

    vai util izar as melhorestecnologias tradicionais. Oprojeto foi muito rpido.Trata-se de uma refinariaprojetada para utilizar umpetrleo muito pesado.

    Foto area de Recife, capital do Estado de Pernambuco

    Valor total do investimen-

    to: 4,05 bilhes de dlares;

    Incio da operao: 2 se-

    mestre de 2010;

    rea total da refinaria:

    6.300.000 m;

    Mo-de-obra empregada

    durante as obras: pico de

    quase 20 mil pessoas, por

    um perodo de seis meses;

    Mo-de-obra empregada

    na operao da refinaria:

    1500 proissionais, entre

    empregados prprios (con-

    curso pblico) e terceiri-

    zados;

    Mercado: local e Norte-

    Nordeste;

    Produtos derivados: GLP

    (gs liquefeito de petrleo),nafta petroqumica, diesel,

    bunker - combustvel para

    navios e coque.

    Fonte: Gerncia de Impren-

    sa da Petrobras

    Abreu LimaA Refinaria em nmeros

    bucoEspecl

    Paulo Roberto Costa,

    diretor de Abastecimento

    da Petrobras

    Ft A - Alexade Le

    t Dlgaefeta de refe

  • 7/16/2019 Revista FBTS

    14/6014P u b l i c a o O f i c i a l d aF u n d a o B r a s i l e i r a d e T e c n o l o g i a d a S o l d a g e m

    Dos 200 mil barris por diaque sero produzidos, 140mil sero de diesel (63%),mas a refinaria tambmproduzir gs liqefeito depetrleo (GLP) o famoso

    gs de cozinha que deveratender o abastecimentodo mercado local; naftapetroqumica que deverseguir para o plo da Bahia;bunker - combustvel paranavios e coque - combust-vel slido com aplicao nasiderurgia, indstria cimen-teira, trmicas e indstriado alumnio.

    Barreto esclarece que aPetrobrs est trazendo oque h de mais avanadotecnologicamente em ter-mos de proteo ao meioambiente. Podemos garan-r com isso que os euenteslquidos e os gasosos carolivres de contaminantes,pois a natureza no pode ser

    agredida de forma alguma.Existe toda uma losoa desustentabilidade ambientalnesse projeto, explica.

    Algumas aes ambientaislistadas pela Petrobras noComplexo Petroqumico dePernambuco so: o reuso dagua; ulizao de lodo gera-do pela estao de tratamen-to para gerao de energia;

    baixas emisses atmosfricase aes de Segurana, Meioambiente e Sade.

    Segundo o Coordenadordo Programa de Tecnolo-gias Estratgicas de Reno(Proter) do Centro de Pes-quisas e Desenvolvimento

    Leopoldo Miguez de Mello(Cenpes), Francesco Pa-lombo, um dos principaisobjevos das pesquisas emtecnologia de refino estjustamente em viabilizar adiversicao de matrias-primas com alta qualidade,reduzindo tambm o impac-to ambiental. Essa meta deuma Renaria do futuro.

    Uma das inovaes de-

    senvolvidas pelas pesquisasdo Proter, que o processode coqueamento de resduoatmosfrico, dever serimplantada na Refinaria deAbreu Lima. Nela ser usa-do um esquema de refinoadequado para mercados

    que precisam mais de die-

    sel e esto equilibradosna demanda de gasolina,explica ele.

    Desta forma, o esquemade refino bastante dife-rente. Geralmente, aps adestilao atmosfrica dopetrleo, o resduo (RAT)segue para a torre de des-lao a vcuo, de onde tirado o gasleo, que ali-

    menta uma unidade de FCCpara produzir principalmen-te gasolina. No mtodo tra-dicional, o resduo de vcuo enviado para a unidadede coqueamento retardadopara produzir fraes que,aps o seu hidrotratamento,

    Reservatrios de produtos da Revap, em So Jos dos Campos

    eportge Especl a PeTROBRaS eST UTiLizanDO aS maiS avanaDaS TeCnOLOgiaS nO PROjeTO

    Ft Aga Petbas Geald Fal

  • 7/16/2019 Revista FBTS

    15/6015FBTS em ReviSTa Ano 1 - Nmero 1 - Junho de 2008

    so incorporadas ao dieselda renaria.

    Na Refinaria de AbreuLima, a utilizao do RATser direta na unidade decoqueamento, aumentando

    a produo de diesel em18% em relao ao esque-ma de produo tradicional.Chega-se, assim, a 63% depetrleo processado.

    Como o objetivo da re-finaria produzir diesel eno gasolina, dispensa-sea instalao de FCC e datorre de destilao vcuo.Alm dessa singularidade

    tecnolgica, Palombo expli-ca que as pesquisas realiza-das pelo Cenpes caminhamno sentido de reduzir o teorde enxofre e de outros con-taminantes presentes nos

    combustveis, com o objeti-vo de reduzir o impacto am-biental da queima dessesprodutos nos motores.

    Para isso, atualmente,s existe uma alternativacomercial: a hidrogenao,feita nas unidades de hi-drotratamento. Cada unida-de de processamento deveapresentar cada vez menos

    emisses de SOx, NOx e CO2.Nesse sentido, estamosdesenvolvendo projetos nosquais procuramos reduzir asemisses ao meio ambien-te. Por isso, optou-se por

    esta tecnologia na renariaAbreu Lima: Uma das linhasde trabalho seria ulizar ereciclar o CO2 produzido nasunidades de FCC, onde pode-ramos converter mais cargaspesadas e capturar parte doCO2 para aplicao auxiliarna produo de petrleoatravs da recuperao avan-ada, observa Palombo.

    Esferas de gs Liquefeito de Petrleo - GLP, na Renaria Duque de Caxias, Rio de Janeiro

    Especl

    Ricardo Greenhalgh

    Barreto Neto, Gerente

    de Empreendimento da

    Refnaria do Nordeste

    Ft Aga Petbas Geald Fal

    Ft Alexade Le

  • 7/16/2019 Revista FBTS

    16/6016P u b l i c a o O f i c i a l d aF u n d a o B r a s i l e i r a d e T e c n o l o g i a d a S o l d a g e m

    trevstCaRLOS maURCiO Lima De PaULa BaRROSEngenheiro e Presidente da Abemi

    Formao de mo-de-obra e qualidade dosprodutos: peas-chave

    Misso

    estratgicaA Associao Brasileira de Engenharia Industrial,uma das Fundadoras da FBTS, congrega as grandesempresas de engenharia nacional. A preocupaoda organizao com a soldagem expressa. Nessaentrevista, o diretor presidente da Abemi, engenheiro

    Carlos Maurcio Lima de Paula Barros, fala sobreos desafios que as grandes obras previstas pelo

    Programa de Acelerao do Crescimento (PAC) epela Petrobrs e outros setores, traro para o setorde soldagem e para a engenharia nacional. Tambmpresidente do Conselho de Administrao da MPEEngenharia e da EBSE, Barros bem claro: neces-

    srio formar mo-de-obra. E a FBTS ter um papelcerteiro para o desenvolvimento desses projetos.

    FBTS em RevistaComo o Sr. avalia a impor-tncia de uma instituiocomo a FBTS para o desen-

    volvimento da indstria e daengenharia nacional?

    Carlos MaurcioLima de Paula BarrosA Abemi uma das fundado-ras da FBTS e parcipa do seuConselho de Administrao,do Conselho Fiscal e Con-sulvo. A nossa Associaocongrega 105 empresas de

    engenharia, tendo como s-cias as principais epecistas,projetistas, de construocivil, montadoras e fabrican-tes. Estas empresas contamcom 180 mil empregados,dos quais estimamos por

    baixo que pelo menos 15%estejam relacionados sol-dagem, da a importnciadesta matria para a Asso-ciao. Pode-se armar quetodos os grandes empreen-dimentos industriais e deinfra-estrutura dos lmos

    40 anos foram realizados pe-los nossos associados. Umainstituio como a FBTS,com foco em uma disciplinaespecca, possui competn-cia para congregar esforospara o desenvolvimento de

    procedimentos, de prossio-nais, de mtodos e processosrelacionados tecnologia desoldagem, de forma indepen-dente. Portanto, com autori-dade para formar, qualicar,cercar e dar crdito comlegimidade, atuando como

  • 7/16/2019 Revista FBTS

    17/6017FBTS em ReviSTa Ano 1 - Nmero 1 - Junho de 2008

    Especl indstr

    se fosse um brao indepen-dente e complementar dosassociados da ABEMI.

    FBTS em RevistaComo os investimentos doPAC e da Petrobras podem

    gerar novas oportunidadesde negcios para o setor daengenharia e da soldagem nosprximos anos?

    Carlos MaurcioO pas encontra-se diante deuma perspecva de desen-volvimento sem precedentes.As obras do PAC, as obras

    capitaneadas pelos investi-mentos da Petrobras e eminfra-estrutura, a expansoda siderurgia e do papel ecelulose, da metalurgia e dosdemais segmentos econ-micos apresentam grandesoportunidades de negcios.

    Pela falta de investimen-tos, principalmente no inciodos anos 90, a engenhariaindustrial foi praticamentedizimada. Grandes empresasdesapareceram, no houveespao para os jovens, bemcomo falta de oportunida-des consistentes que enco-rajassem modernizao demquinas e instalaes noprocesso fabril e processos e

    equipamentos na engenhariade construo.

    FBTS em RevistaAs empresas de engenharia ea tecnologia de soldagem noBrasil esto preparadas paraatender a essa demanda?

    Carlos MaurcioCom a retomada dos inves-mentos, principalmente os daPetrobras, apareceram lacunasqualitativas e quantitativas,que no se resolvem rapida-mente. Esta conscincia defundamental importncia para

    que as empresas se preparem,desenvolvendo pessoal, inves-ndo em novas instalaes eequipamentos, congregandoesforos atravs de instuiescomo a ABEMI e a FBTS, paraum grande salto qualitavo,quantavo e acelerado.

    Com a retomada dos invesmentos da Petrobras, apareceram lacunas qualitavas e quantavas diceis de resolver

    Ft Dlga Pefeta de Maa

    Pela falta deinvestimentos,principalmente

    no incio dos anos90, a engenharia

    industrial foipraticamente

    dizimada

  • 7/16/2019 Revista FBTS

    18/6018P u b l i c a o O f i c i a l d aF u n d a o B r a s i l e i r a d e T e c n o l o g i a d a S o l d a g e m

    Na rea de soldagem, a Petrobras estabelece padres com um nvel de exigncia mais alto do que em outros segmentos

    trevst

    FBTS em RevistaO que diferencia a soldagempara a rea de petrleo ede setores como a indstrianaval ou siderurgia?

    Carlos MaurcioNa indstria de bens de

    capital no existe gran-des diferenas. A empresaqualificada para trabalharpara a Petrobras, de formageral, emprega os mes-mos mtodos e processosexecutivos e de seguranapara todos os clientes. Noscanteiros de obras existem,sim, diferenas, principal-mente nos procedimentos

    relacionados seguranae ao meio ambiente, quecomearam a ser implan-tados por volta de 1997 epassaram a constituir-seem matria contratual. APetrobras, por ter sado na

    frente, estabelece padrescom um nvel de exignciamais alto do que em outrossegmentos econmicos. Astaxas de freqncia de aci-dentes com afastamento,por exemplo, apresentamvalores que foram melho-

    rando com os anos e quehoje j se equivalem aosvalores conseguidos em pa-ses de primeiro mundo.

    FBTS em RevistaO Brasil tem tecnologia ins-talada e mo-de-obra paraatender a tais invesmentos?

    Carlos MaurcioO Brasil tem tecnologia e mo-de-obra qualitativamente

    apropriada para fazer frenteaos investimentos. O gran-de problema quantitativo,porm tambm traz grandesoportunidades. Os jovens te-ro que se superar, ocupandoposies para as quais noesto totalmente preparados.A Abemi est coordenando umenorme esforo de formaode mo-de-obra, que faz parte

    dos Planos de Ao do Progra-ma de Mobilizao da Indstriade Petrleo e Gs - Prominp.

    FBTS em RevistaComo est o processo deformao de mo-de-obra

    Profissionaisseniores, muitos

    at j aposentados,

    esto sendonovamenterequisitados e

    iro desempenharimportante papel

    Engenheiro e Presidente da Abemi

    CaRLOS maURCiO Lima De PaULa BaRROS

    Ft Dlga Pefeta de Maa

  • 7/16/2019 Revista FBTS

    19/6019FBTS em ReviSTa Ano 1 - Nmero 1 - Junho de 2008

    O Brasil temtecnologia emo-de-obra

    qualitativamente

    apropriada parafazer frente aosinvestimentos.O problema quantitativo

    Entrevst

    especializada pelo setorpara atender a demanda

    gerada?

    Carlos MaurcioPara fazer frente ao desao da

    falta de pessoal, a Petrobras,atravs do Prominp, estrutu-rou um programa para resol-ver os gargalos de demandade pessoal especializado nasreas de construo, monta-gem, operao e manuteno.A ABEMI est coordenandoa implementao deste pro-grama, que tem como metatreinar 100 mil prossionais

    at 2010, com custo de maisde 300 milhes de reais. Osrecursos nanceiros vem deconta de parcipao especialda pesquisa e desenvolvimen-to, dos contratos de concessode explorao dos blocos paraexplorao e produo de pe-trleo. Este programa contem-pla pessoal com diversos graus

    de especializao. A soldagemtalvez seja a rea de maiornecessidade de especializa-o, pois alm da qualicaopara a execuo ainda exigealto grau de preparo para asavidades de inspeo, tes-tes e controle. A FBTS, pelaexperincia que possui e pelacredibilidade, est desempe-nhando um papel relevante na

    qualicao e cercao deinspetores de soldagem.

    FBTS em RevistaQuais os principais desaosa serem superados nos pr-ximos anos pelo setor?

    Carlos Maurcio

    O desafio mandatrio e ur-gente o e de treinar e formarprossionais de soldagem. Emparalelo, precisamos conheceras melhores prcas aplicadaspelos pases de maior grau dedesenvolvimento e, portanto,de maior capacitao. A mdioprazo aumentar a produvi-dade aos nveis destes centros

    mais avanados, de forma amanter a compevidade e,

    com isto, garantir mercadoatravs da competncia. Nes-te processo, a convergnciade esforos das endades declasse, das instituies comcapacitao como a FBTS, a

    participao orientada dasuniversidades em esforo con-jugado com a indstria e acoordenao do processo peloProminp, pela experincia ecredibilidade que j possui,pode nos levar a um patamarde competncia mais elevadoe de fundamental importn-cia para permir a execuodos empreendimentos que

    o pas tanto necessita, nosprazos e custos necessrios acelerao do desenvolvi-mento. Entendemos que oCentro de Excelncia EPC, doProminp, do qual parcipamos clientes, as empresas deconstruo, as universidades,as endades de classe, dentreelas a ABEMI, seja o foro para

    debate, estabelecimento dediretrizes e metas.

    As perspecvas futuras

    para a soldagem no Brasil

    representam um desao de

    enormes propores

    CaRLOS maURCiO Lima De PaULa BaRROSEngenheiro e Presidente da Abemi

    Ft A - Pal Mma

  • 7/16/2019 Revista FBTS

    20/6020P u b l i c a o O f i c i a l d aF u n d a o B r a s i l e i r a d e T e c n o l o g i a d a S o l d a g e m

    ecnolog PiOneiRiSmO na PeSQUiSa e DeSenvOLvimenTO Da SOLDagem

    Gesto de Alta

    Parceria antiga entre o Cenpes e FBTS garanteapoio a projetos de pesquisa com universidades

    Centro de Realidade Virtual do CENPES, desnado ao desenvolvimento de estudos, projetos e pesquisa

    Ft Dlga cEnPES

  • 7/16/2019 Revista FBTS

    21/6021FBTS em ReviSTa Ano 1 - Nmero 1 - Junho de 2008

    Tecnolog

    riado em 2004, por ini-ciava do Cenpes e daFBTS, o Centro de Ges-to Tecnolgica cresceu

    e se transformou no ano se-guinte no Departamento deGesto Tecnolgica (DGTEC)da FBTS, com o objevo de

    apoiar a gesto dos projetosde pesquisa que a Petrobras/Cenpes realiza com instui-es de ensino e pesquisa emtodo o Brasil.

    Reconhecido internacio-nalmente por sua compe-tncia, o Cenpes o principalresponsvel por fazer da Pe-trobras a empresa que mais

    gera patentes no Brasil e noexterior. O maior centro depesquisa aplicada da AmricaLana obteve 22 patentes nopas e 29 fora dele, somenteem 2007. Os excelentes re-

    sultados que marcam todaa trajetria do Cenpes queremonta ao ano de 1955,com o estabelecimento doCentro de Aperfeioamentoe Pesquisas de Petrleo (Ce-nap) so conseqncia deum bem-sucedido relaciona-mento com instituies depesquisa e desenvolvimentode tecnologia em todo o ter-ritrio nacional. Atualmente,o Cenpes mantm contratoscom mais de 80 instuiesem 19 estados da Federao.E a previso para os prximosanos de mais invesmentos

    em centros de excelncia porparte da Petrobras.Com o estabelecimento da

    Clusula de Invesmentos emPesquisa e Desenvolvimento,nos Contratos de Concesso,regulamentada pela AgnciaNacional do Petrleo (ANP),em 2005, os concessionriosso obrigados a invesr 1%da receita bruta gerada pelos

    campos de grande rentabili-dade ou com grande volumede produo em instuiesde pesquisa nacionais, duran-te os contratos de exploraode petrleo e gs. O grandevolume de recursos previstosobrigou a Petrobras a elaborarmodelos inditos de parce-rias com instuies de P&Dno Brasil. Com o acmulo deexperincia na rea de gestotecnolgica a FBTS tem ofere-cido alternavas viveis parao acompanhamento de todoo processo, contribuindo parao atendimento s exignciase regulamentaes da ANP.

    Depois do sucesso dos Projetos Multiclientes, em que empresasdividiam os custos e os resultados de projetos de pesquisa denovas tecnologias, a Fundao Brasileira de Tecnologia da Solda-gem (FBTS) e o Centro de Pesquisas e Desenvolvimento LeopoldoMiguez de Mello (Cenpes), da Petrobras, continuam colhendo os

    frutos de uma duradoura e prspera parceria.

    C

    O Cenpes mantm contratos

    com mais de 80 instuies

    em 19 estados da Federao

    o Cenpes responsvel porfazer da Petrobras

    a empresa quemais gera patentes

    no Brasil e noexterior

    Ft Dlga cEnPES

    Por cSAr GuErrA chEvrAnD

  • 7/16/2019 Revista FBTS

    22/6022P u b l i c a o O f i c i a l d aF u n d a o B r a s i l e i r a d e T e c n o l o g i a d a S o l d a g e m

    ecnolog PiOneiRiSmO na PeSQUiSa e DeSenvOLvimenTO Da SOLDagem

    O Departamento de Ges-to Tecnolgica da FBTS ofe-rece o suporte adequado paraos contratos realizados entreo Cenpes e as instituiesde ensino e pesquisas nacio-

    nais. Ns visamos fornecersubsdios tcnicos atravs deestudos prospecvos, ferra-mentas da gesto do conhe-cimento, indicadores admi-nistravos e oramentrios,fortalecendo o alinhamentodos projetos propostos como conjunto de orientaes eprocedimentos estabelecidospela Petrobras, arma Mar-

    celo Maciel Pereira, superin-tendente do Departamentode Gesto Tecnolgica (DG-TEC) da FBTS.

    Redes TemcasUma das iniciativas pio-

    neiras do Cenpes na gestode projetos de P & D foi areestruturao do antigo

    modelo de relacionamentocom as universidades e cen-tros de pesquisa brasileiros. AFBTS visualizou a importnciadessa medida, bem como aoportunidade de trabalhoconjunto, e passou a atuarapoiando a execuo do mo-delo do Cenpes.

    Em vez de assinar deze-nas de contratos especcos

    para problemas especcos,cada um com um formatodiferente, desenvolveu-se umsistema integrado em redes,que possibilita um acompa-nhamento mais detalhadode todo o processo de de-

    senvolvimento de novas tec-nologias. Iniciado em 2008, oprojeto de Gesto Integradadas Redes Temcas de Gs,Energia e DesenvolvimentoSustentvel da Petrobras,

    por exemplo, rene 54 uni-versidades e instuies depesquisa atuando nas reasde Bioprodutos, Hidrog-

    nio, Nanotecnologia, Ecos-sistemas, MonitoramentoAmbiental, Gs Natural eMudanas Climcas.

    A Petrobras tem uma tra-dio de dcadas no desen-

    volvimento tecnolgico, usan-do no apenas sua prpriamo-de-obra, mas buscandoa parcipao, o talento e osrecursos de instituies deensino e pesquisa nacionais.A anga estrutura no per-miria o salto em termos dequantidade investida. Nspercebemos a necessidadede dar um tratamento mais

    estruturado gesto dessasredes. O modelo implementa-do pela FBTS simplica nossoesforo de gesto e permiteque consigamos aportar mais

    A FBTS oferecesuporte adequadopara os contratos

    realizados entreo Cenpes e asinstituies de

    ensino e pesquisas

    Ft Dlga cEnPES

  • 7/16/2019 Revista FBTS

    23/6023FBTS em ReviSTa Ano 1 - Nmero 1 - Junho de 2008

    Tecnolog

    recursos, de forma controla-da, obtendo assim maioresresultados, diz Ricardo Cas-tello Branco, gerente geral dePesquisa e Desenvolvimentode Gs, Energia e Desenvol-vimento Sustentvel (PDEDS)da Petrobras.

    Previsto para durar 36 me-ses, o projeto desenvolvidopela FBTS inclui programasque monitoram todas asetapas do processo de desen-

    volvimento de novas tecnolo-gias, oferecendo indicadores,canais de interao, informa-es relevantes, ferramentase relatrios atualizados paraos gerentes e tcnicos res-ponsveis. A expectava

    A rea de petrleo e gs demanda soldas bastante soscadas e exige constante desenvolvimento tecnolgico

    alssima. O sucesso da cola-borao com as universida-des fator crco de sucessopara a Petrobras. Ns depen-demos que o mecanismo degesto de rede funcione, paragastar os recursos, obtendoresultados e disseminandoo conhecimento da formaplanejada, destaca RicardoCastello Branco.

    Salto para o futuro

    Alm do suporte ao desen-volvimento e da manutenodas Redes Temcas, o De-partamento de Gesto Tecno-lgica da FBTS tambm atuana gesto de outros projetoscontratados entre a Petrobras

    e as instuies de pesquisabrasileiras, examinando pro-cessos e propondo metodo-logias de acompanhamento,avaliao e organizao parainformar corretamente sobreos invesmentos para a Agn-cia Nacional do Petrleo.Oferecendo suporte efevos atividades operacionaisdo Cenpes, com novas fer-ramentas de gesto tecno-lgica e gesto do conhe-

    cimento, o DGTEC realizaum servio de inesmvelvalor para o crescimentoda Petrobras, que hoje j considerada uma das cincomaiores empresas de ener-gia em todo o mundo.

    Ft Dlga cs oSBAT (GDK)

  • 7/16/2019 Revista FBTS

    24/6024P u b l i c a o O f i c i a l d aF u n d a o B r a s i l e i r a d e T e c n o l o g i a d a S o l d a g e m

    specl indstrmOnTagem Da ReFinaRia aBReU e Lima, em PeRnamBUCO

    stas so as palavras deordem no projeto deexpanso do Centrode Pesquisas e Desen-

    volvimento da Petrobras(Cenpes) na Cidade Univer-sitria, na Ilha do Fundo,Rio de Janeiro. Escolhidoem concurso, o projeto doarquiteto brasileiro SiegbertZanettini prev a harmo-nizao da rea construda

    com espaos verdes entreas edicaes, laboratrios ejardins internos nos prdios,para assegurar a integraodo ser humano com a na-tureza no local de trabalho.Tambm ser possvel alcan-

    Novo CENPESEcoefcincia e sustentabilidade

    ar o maior aproveitamentopossvel de reas de sombrae venlao para menor con-sumo de energia eltrica ede carga de ar condicionado,alm do aproveitamento dagua da chuva.

    E

    Com as obras a plenovapor, o novo empreendi-mento est previsto paraser concludo no segundosemestre de 2010. A parrdas novas edificaes, omaior centro de pesquisasaplicadas da Amrica Lanaser ampliado em 183 milm2, chegando ao total de 227laboratrios de pesquisasem 23 prdios de labora-

    trios. As estruturas foramprojetadas para no produzirresduos e eventuais sobrasde materiais, como concretoe chapas, que sero aprovei-tadas na prpria obra. As no-vas instalaes possibilitaro

    Maquete do novo prdio do Centro de Pesquisas da Petrobras

    A idia que esses re-cursos sejam invesdos emP&D e tragam resultadospara a Petrobras e paratodo o setor de petrleo,gs e energia. O beneciose estende para todo o pasporque esse invesmento ediferencial tecnolgico voformar mo-de-obra capa-citada e tambm vo pro-porcionar infra-estruturasmuito boas para as univer-sidades. um projeto deinvesmento a longo prazoe ns esperamos que hajauma mudana signicava

    de patamar tecnolgico nosetor petrleo nos prximos3 ou 4 anos, diz, otimis-ta, Lcia Lzaro, gerentede Relacionamento com aComunidade de Cincia eTecnologia do Cenpes.

    Os servios prestados peloDepartamento de GestoTecnolgica para o Cenpesabrem novas perspectivasde atuao para a FBTS naindstria brasileira. Nascidacom a misso de disseminarinformaes e conhecimen-tos no domnio da uniode materiais, a Fundao

    hoje tambm est prontapara diversicar suas avi-dades e realizar a gesto ea consultoria tecnolgicade projetos de diferentesramos do conhecimento.A nossa interface com aPetrobras muito posiva.A competncia da FBTS emgesto tecnolgica e do co-nhecimento certamente vaitrazer muitos resultados nofuturo. O pioneirismo dotrabalho desenvolvido como Cenpes nos deixa prontospara outros desaos, garan-te Marcelo Maciel Pereira.

    ecnolog

    Com as obras apleno vapor, o novo

    empreendimentoest previsto paraser concludo no

    segundo semestrede 2010

  • 7/16/2019 Revista FBTS

    25/6025FBTS em ReviSTa Ano 1 - Nmero 1 - Junho de 2008

    ainda mais segurana e uxode pessoas na Cidade Uni-versitria e apoio s aesde responsabilidade social eambiental junto s comuni-dades do entorno.

    Uma das grandes novida-des do plano de expanso o Centro de Realidade Virtu-al (CRV), onde sero criadosambientes para desenvolvi-mento de estudos, projetos

    e pesquisas com simulaotridimensional. Os pesqui-sadores podero trabalharconectados remotamente aoutros locais da companhia,como se esvessem imersosdentro do modelo estudado.

    Baseado nos mais modernosconceitos de arquitetura, oprojeto de Zaneni incluiainda um Centro de Con-venes voltado para reali-

    zao de eventos nacionaise internacionais, aumen-tando a integrao entre acomunidade cientfica e ada Petrobras.

    A Petrobras tem tradio de

    dcadas no desenvolvimento

    tecnolgico atravs do Cenpes

    TecnologFts de Dlga cEnPES

  • 7/16/2019 Revista FBTS

    26/6026P u b l i c a o O f i c i a l d aF u n d a o B r a s i l e i r a d e T e c n o l o g i a d a S o l d a g e m

    Institudo por decretodo governo federal de

    dezembro de 2003, oProminp nasceu com oobjevo de alavancar a par-cipao da indstria nacionalde bens e servios, em basescompevas e sustentveis,

    ronp mO-De-OBRa eSPeCiaLizaDa, LUz nO Fim DO TneL PaRa O DeSaFiO BRaSiLeiRO

    Referncia Nacional em

    na implantao de projetosde petrleo e gs natural no

    Brasil e no exterior. Em funodo crescimento do setor e dosinvesmentos vislumbrados,governo e indstria decidiramagir em conjunto para preen-cher as lacunas que poderiamatrasar ou at mesmo impediro pleno desenvolvimento dopas. Entre as necessidadesmapeadas, estava a demandapor mo-obra especializada,

    que veio a ser contempladacom um plano nacional dequalicao.

    Com a meta de treinar cer-ca de 112 mil prossionais nosnveis bsico, mdio, tcnico esuperior at o nal de 2009,

    o plano governamental vematuando em dezessete esta-dos do Brasil, onde deveroocorrer os projetos de inves-mentos planejados para o se-tor de petrleo e gs. No total,sero 900 cursos diferentese 6.400 turmas, envolvendoaproximadamente 80 insti-tuies de ensino, nos vriosnveis. Os nmeros expem a

    envergadura e o alcance doprograma de mobilizao daindstria do petrleo.

    O Plano Nacional de Qua-lificao Profissional visa acapacitar, gratuitamente,

    Em 2007, foram 1500 alunos em todo o Brasil. Em 2008, estoprevistos mais 100 cursos. Os 25 anos de experincia da FBTS naformao, qualificao e certificao de trabalhadores do setor depetrleo fizeram da instituio uma pea fundamental no PlanoNacional de Qualificao Profissional do Programa de Mobilizaoda Indstria Nacional de Petrleo e Gs Natural (Prominp).

    O

    O Prominp estviabilizando

    investimentosfundamentaispara que o Brasil

    possa sedesenvolver

    Luiz Cesar de Almeida, Gerente

    da Unidade de Cercao,Qualicao e Inspeo da Petrobras

    FBTS realizar cerca de 100 novos cursos em2008 para a rea de soldagem e de inspeo

    Foto

    Al

    exandre

    Loureiro

  • 7/16/2019 Revista FBTS

    27/6027FBTS em ReviSTa Ano 1 - Nmero 1 - Junho de 2008

    A FBTS vem parcipando avamente do plano nacional de qualicao do Prominp

    milhares de categorias pros-

    sionais consideradas crcaspara o setor de petrleo egs, ou seja, categorias comdisponibilidade de mo-de-obra bem inferior deman-da do setor. O Prominp estviabilizando investimentosfundamentais para que o Bra-sil se desenvolva. Aumentamas chances que o pas tenhainfra-estrutura de energia

    para o seu crescimento semdepender de divisas exter-nas, afirma Luiz Cesar deAlmeida, Gerente da Unidadede Cercao, Qualicaoe Inspeo da Petrobras ecoordenador do Projeto Ind

    P&G 26.4, que trata da ca-

    pacitao e qualicao deinspetores de fabricao,construo e montagem.

    Reforo na soldagemEm sintonia com as oscila-

    es do mercado, a FundaoBrasileira de Tecnologia daSoldagem (FBTS) vem par-cipando avamente do planonacional de qualificao do

    Prominp, sustentando e am-pliando uma tradio quecompleta 26 anos em 2008.Ocializada em 1982, a FBTSiniciou no ano seguinte oprimeiro curso de Inspetoresde soldagem para atender as

    necessidades da Petrobras

    na Bacia de Campos. Desdeento, a oferta de formao,capacitao e cercao daFundao se estendeu atoutras especializaes, comoinspetores de dutos terrestres,emindo 8.953 cercados deaprovao nos cursos em todaa sua histria.

    A avidade de capacitaode pessoal na FBTS nasceu

    junto com a prpria instui-o. Sem medo de errar, jpassaram pela FBTS mais de10.000 prossionais. Para oano de 2008, temos uma car-teira oferecida ao mercado dequase 100 cursos em quase

    PronpFt Aga Petbas Stefes Faa

    Por cSAr GuErrA chEvrAnD

  • 7/16/2019 Revista FBTS

    28/6028P u b l i c a o O f i c i a l d aF u n d a o B r a s i l e i r a d e T e c n o l o g i a d a S o l d a g e m

    todo o Brasil, em parceriacom outras entidades deexcelncia. A FBTS trabalhaem estreita relao com asnecessidades da indstria,garante Marcelo Maciel Pe-

    reira, superintendente doDepartamento de Cursos edo Departamento de GestoTecnolgica da FBTS.

    Contando hoje com umquadro de quase 400 pro-fissionais cadastrados emtodo o pas, alm do corpotcnico da prpria instui-o, a FBTS atua em trs ca-tegorias do Plano Nacional

    de Qualicao Prossionaldo Prominp. Como EndadeExecutora, realiza periodica-mente cursos de qualica-o de mo-de-obra. ComoEndade Cercadora, con-fere diplomas aos trabalha-

    ronp

    dores por ser um Organismode Cercao de Pessoal(OPC), creditado pelo In-metro. Na categoria Enda-de Referncia, a Fundaopromove a elaborao de

    material didco ulizadopelas endades executoras,a parr do reconhecimentode sua experincia e exce-lncia na rea de inspeode soldagem.

    Para administrar cursosem todas as regies do Brasile servir de suporte ao Pro-minp, a Fundao Brasileirade Tecnologia da Soldagemprecisou ampliar sua ca-

    pacidade de articulao ermar convnios e parceriascom dezenas de endades ecentenas de prossionais nopas. Sob sua responsabilida-de est o desao de capacitarprofessores e alunos, pre-parar e atualizar o materialdidco oferecido nos cursosde inspetor de soldagem,alm de manter um padro

    de qualidade nico em todoo territrio nacional. Depoisde passar com louvor nos doisprimeiros ciclos do programade mobilizao da indstria, aFBTS entra com o p-direitono terceiro.

    A FBTS administra cursos em todas as regies do Brasil, dando suporte ao Prominp

    mO-De-OBRa eSPeCiaLizaDa, LUz nO Fim DO TneL PaRa O DeSaFiO BRaSiLeiRO

    A FBTS atua emtrs categorias do

    Plano Nacionalde QualificaoProfissional do

    Prominp, em todoo Brasil

    Maristela Medeiros

    da Cunha,

    Superintendente__

    do departamento

    Administravo e

    Financeiro da FBTS

  • 7/16/2019 Revista FBTS

    29/6029FBTS em ReviSTa Ano 1 - Nmero 1 - Junho de 2008

    ressaltando que a Fundaoatualmente tambm serve aoutros setores da indstrianacional, alm de sua tra-dicional atuao na rea depetrleo e gs.

    Invesndo no BrasilA magnitude dos inves-

    mentos em infra-estruturae qualicao prossionaldo Programa de Mobiliza-o da Indstria Nacionalde Petrleo e Gs Natural,que tem a coordenao ge-ral do Ministrio de Minase Energia e a coordenao

    executiva da Petrobras,alm de agregar valor nacadeia produva local, temimpacto representavo nagerao de emprego e ren-da para o pas. Desenvol-vendo projetos especcosnas reas de Explorao& Produo, TransporteMartimo, Abastecimento

    e Gs & Energia, o Prominptambm contribui para umsalto de qualidade no de-senvolvimento da economiae da cidadania no Brasil.

    Nenhum programa dopas tem a magnitude ea proporo do Prominp.Os investimentos so degrande envergadura e osobjetivos so extrema-

    mente audaciosos. um

    Pronp

    processo mais duradourode desenvolvimento. De for-ma direta ou indireta, todaa sociedade beneficiadacom o retorno, declara LuizCesar de Almeida. Segundoo Gerente da Unidade deCertificao, Qualificaoe Inspeo da Petrobras, o

    Plano Nacional de Qualifi-cao Prossional, do qualfaz parte a FBTS, um fatorimportante na ampliaoda cidadania dos trabalha-dores brasileiros. Atravsdeste plano de qualicao,preparam-se trabalhadorescom maior empregabilida-de, que podem trabalhar eminvesmentos de outras re-

    as, no necessariamente nosetor de energia. Melhoramsuas condies de vida. umprocesso em cascata, cujos re-sultados sero extremamenterelevantes para o Brasil e paraos brasileiros, arma.

    Nenhum programa do pas tem amagnitude e a proporo do Prominp, com

    objetivos extremamente audaciosos

    Grande parte dos nossosalunos imediatamenteabsorvida pelo mercado emuitos destes alunos vol-tam para buscar uma ou-tra formao. Isso muito

    gracante. Outra questoque merece ser destacada que muitos professoreshoje j foram nossos alunosanteriormente. Esta tambm outra estratgia da FBTSpara multiplicar o conhe-cimento. Nossa estruturaorganizacional est moldadapara atender a esse dinamis-mo e a essa exibilidade,

    diz Marcelo Maciel Pereira,

    Marcelo Maciel Pereira

  • 7/16/2019 Revista FBTS

    30/6030P u b l i c a o O f i c i a l d aF u n d a o B r a s i l e i r a d e T e c n o l o g i a d a S o l d a g e m

    e suma importnciapara a gerncia deEngenharia e Manu-teno da empresa, a

    soldagem entra na atuaoda TBG quando existe a ne-

    cessidade de manuteno(reparo no Gasoduto), trocade algum equipamento enovas derivaes, sem quehaja interrupo do forne-cimento s companhias dis-tribuidoras locais atendidaspela empresa, que controlaas operaes do gasodutoapenas em solo brasileiro.Do lado boliviano, desdequando foram estabelecidasas duas empresas, em 1997,a GTB, Gs Transboliviano a responsvel pela fora-

    tarefa que opera o gasodu-to. A obra, de acordo cominformaes da TBG, chegouao total de US$ 2 bilhes.

    Esta experincia gerouum trabalho conjunto en-

    tre a TBG e a FundaoBrasileira de Tecnologia daSoldagem (FBTS). O estudodurou um ano e permitiu odesenvolvimento de pro-cedimentos de soldagemespecficos para condiesem operao do gasoduto.

    Foi feito um contrato queabrangeu todos os materiaise condies operacionaisencontradas no GasodutoBolvia-Brasil. Outras em-presas operadoras de dutosno Brasil e no mundo desen-

    Um gasoduto com exatos 2.593 quilmetros de extenso por ondepassam todos os dias mais de 30 milhes de metros cbicos deGs Natural vindo dos Campos de gs da Bolvia. A TransportadoraBrasileira Gasoduto Brasil-Bolvia SA monitora o Gasoduto 24 horaspor dia, sete dias por semana. Equipes de campo acompanham reasespecficas do duto enquanto uma Central de Superviso e Controleno Rio de Janeiro, via satlite, opera todo o Gasoduto.

    D

    pres destque TBg: aO COnjUnTa D maiS gS SOLDagem

    Estao de compresso de Campo Grande (M

    Soldagem com Q de

  • 7/16/2019 Revista FBTS

    31/6031FBTS em ReviSTa Ano 1 - Nmero 1 - Junho de 2008

    Byron Souza Filho, engenheiro, coordenador de Integridade da companhia

    volvem seus procedimen-tos prprios atendendo sconstruvas especcas deseus dutos. O trabalho foiconduzido por uma equipede soldagem da FBTS con-

    tendo dois soldadores, dois

    Destque

    ajudantes, um inspetor desoldagem de Nvel 1 e uminspetor de soldagem deNvel 2, explica o enge-nheiro Byron Souza Filho,coordenador de Integridade

    da companhia.

    yron Souza Filho contatambm que a empresano possui soldadoresem seu quadro prprio

    de funcionrios, mas que issono problema para a compa-nhia. Contratamos empresasreconhecidas no mercado,empregamos exclusivamenteprocedimentos e soldadoresqualicados, bem como inspe-

    tores de soldagem cercadospela FBTS, que um rgode Certificao credenciadojunto ao INMETRO, atenden-do ao Sistema Nacional deQualicao e Cercao dePessoal - Soldagem. Esta me-todologia confere a qualidadee a segurana dos servios demanuteno em nossas insta-

    laes, diz ele.A execuo da soldagem realizada por empresas con-tratadas sob a scalizao detcnicos prprios e inspetoresde soldagem cercados pelaFBTS, complementa o gerentede Engenharia e Manuteno

    Tcnicas avanadasOperaes sem cortar o fornecimento

    da TBG Ildemar Pinto Nunes,citando a cercao bsicaexigida, a SNQC-IS-N1, realiza-da pela FBTS.

    Esses prossionais, sob asuperviso da gerncia deEngenharia e Manuteno,fazem reparos e realizamqualquer tipo de solda emcondies crcas de acordocom a temperatura e a pres-

    so exercida no duto, seminterromper o uxo de gsnatural, o que mais impor-tante em todo o processo.

    O calor produzido na solda-gem associado presso inter-

    B

    A soldagem realizada sob a

    fiscalizao detcnicos prprios

    e inspetorescertificados pela

    FBTS

    Foto

    Alexandre

    Loureiro

    Ft Dlga TBG

    Por BrunA cAPiSTrAno

  • 7/16/2019 Revista FBTS

    32/6032P u b l i c a o O f i c i a l d aF u n d a o B r a s i l e i r a d e T e c n o l o g i a d a S o l d a g e m

    na poderia causar a ruptura dogasoduto. Para compensar, aequipe da TBG lana mo deprocedimentos especcos queulizam baixo aporte trmico,unidade de medida de quan-dade de energia gerada noprocesso da soldagem. Umadas tcnicas de reparos maisempregadas em gasodutos a dupla calha soldada e essa

    que ulizamos, arma ByronFilho. A tcnica ulizada con-siste em envolver o duto comduas meias-calhas cuja xao feita por duas soldas longitu-dinais e duas circunferenciais.

    O processo de soldagempara reparos de dutos em ope-rao requer cuidados adicio-nais comparados aos proces-

    sos de soldagem de fabricaoonde no existe presso inter-na, que pode contribuir paraa ruptura do duto, e no huxo de uido rerando o calorgerado pela soldagem, contaByron Souza Filho, que explicaainda: Assim, o procedimento

    Tubulaes ulizadas na construo do Gasoduto Bolvia-Brasil

    de solda em operao tem quebalancear energia de soldagemde forma a no provocar a rup-tura do duto nem criar trincasa frio causadas pelas elevadasvelocidades de resfriamentoimpostas pelo uxo de uido.Os procedimentos de solda-gem so desenvolvidos e qua-licados atendendo a normasespeccas para as condies

    de operao do duto. No casoda TBG, segue-se a Norma API1104-Apndice B e a NormaPETROBRAS N-2163, ressaltao coordenador de Integridadeda Transportadora Brasileira

    Gasoduto Bolvia-Brasil.De acordo com dados daempresa, so realizados anu-almente cerca de dez interven-es com solda no Gasodutopor ano, sendo que, cada umadessas intervenes, exige doisdias de execuo apenas paraa soldagem, sem contabilizaros outros dias de mobilizaoque envolvem tambm a pre-

    parao e desmobilizao daobra. Tudo dentro de todos ospadres e normas de qualida-de e de segurana impostospelos rgos reguladores.

    As especicaes tcnicassobre qualicao de proce-dimentos de soldagem e desoldadores so de responsa-bilidade da nossa gerncia,

    que uliza como referncia asnormas ASME B&PV CaptuloIX, para tubulaes industriais,vasos de presso e trocadoresde calor, e a norma API 1104para o Gasoduto, relata oengenheiro da TBG IldemarPinto Nunes.

    Uma das tcnicasde reparos mais

    empregadasem gasodutos

    a dupla calhasoldada e essaque utilizamos

    pres destque TBg: aO COnjUnTa D maiS gS SOLDagem

    Ft Dlga Petbas

  • 7/16/2019 Revista FBTS

    33/6033FBTS em ReviSTa Ano 1 - Nmero 1 - Junho de 2008

    OpnoanTniO SeRgiO FRagOmeniCoordenador de Projetos Especiais do Prominp e ex-Vice-Presidene da FBTS

    soldada no Brasil.As especicaes de fabrica-

    o da PCE-1 incluam aspectosinovadores quanto exignciada qualificao dos inspe-

    tores. Somente inspetorescercados seriam aceitospela PETROBRAS para realizaros trabalhos de inspeo dajaqueta. Ocorre que naquelaocasio, incio da dcada de80, em geral, os inspetores quetrabalhavam para as empre-sas montadoras no Brasil nonham nenhuma qualicaoformal como a exigida pela es-

    pecicao da Petrobras.Para atender demanda

    criada, a Petrobras disponi-

    bilizou suas instalaes emSo Jos dos Campos e o seuSetor de Qualicao Indus-trial (SEQUI), para que nele osinspetores dos quadros das

    montadoras pudessem seravaliados, atravs de examesprcos. Somente aqueles quefossem aprovados nos examesseriam cercados e poderiamtrabalhar na obra da Petrobras.A tarefa de cercaar coua cargo da FBTS, que iniciavasuas avidades na ocasio.

    Quando a FBTS iniciou, jun-tamente com o SEQUI, a tarefa

    de cercar os inspetores, couconstatado, com grande surpre-sa, que muitos dos chamados

    Aconstruo de grandesestruturas marmas paraa produo de petrleo,no incio da dcada de

    80, provocou, no Brasil, uma

    grande modicao nos proce-dimentos relacionados quali-dade de fabricao metlica atento vigentes no pas, e a FBTSteve participao relevantenesta transformao.

    O procedimento ulizadona fabricao de jaqueta daPlataforma Central de En-chova (PCE-1) para a Bacia deCampos e a atuao da FBTS,

    na ocasio, foram emblem-cos para o aprimoramentoda qualidade da fabricao

    A Importncia da

    profissional e a FBTSCertificao

    ilsta dlga Aga Petbas

    A Evoluo das plataformas de petrleo no Brasil

  • 7/16/2019 Revista FBTS

    34/6034P u b l i c a o O f i c i a l d aF u n d a o B r a s i l e i r a d e T e c n o l o g i a d a S o l d a g e m

    inspetores pela montadorano seriam aceitos como ins-petores para a Petrobras. Umagrande quandade de prossio-nais pertencentes aos quadrosda montadora no demonstrou

    o conhecimento ou a habilidadenecessrios para obter o cer-cado. Como no conseguiramser certificados pela FBTS, aPetrobras no mais os aceitavapara inspecionar sua obra. Foigerado um impasse, pois o n-mero de inspetores habilitadospara inspecionar a jaqueta cousubitamente reduzido, fato quepoderia atrasar a obra.

    Foram grandes as diculda-des enfrentadas pela monta-dora, devido falta de pessoalqualificado. Inicialmente, amontadora buscou, sem su-cesso, desqualificar o novoprocedimento da Petrobras,chegando at mesmo a de-sign-lo pejorativamente deRevoluo Cultural e levando

    sua reclamao direo daCompanhia. Mas a Petrobrasmanteve sua exigncia. O bomsenso prevaleceu. A exignciaera justa, razovel e contratu-al. Para solucionar a questo,muitos cursos para a formaode inspetores foram criadosno pas. Os inspetores que noconseguiam ser qualificadosnuma primeira etapa puderam

    ser treinados at tornarem-seaptos ao servio. Foi criadauma rona de treinamento depessoal para capacitar os ins-petores. Todas as demais obrasda Petrobras passaram a adotaressa exigncia e todas as mon-

    tadoras brasileiras passaram aulizar inspetores cercados.

    A habilitao dos Inspetoresde Soldagem passou a ser cer-cada pela Fundao Brasilei-ra de Tecnologia de Soldagem

    que pouco tempo depois rece-beu do INMETRO a capacidadeocial de rgo de CercaoCredenciado (OCC), em confor-midade com o Sistema Nacionalde Qualicao e Cercao

    de Pessoal. De acordo com oSistema Nacional de Qualica-o e Cercao de Pessoalos prossionais so cercadospara cada avidade especcaque exercem e, no caso de Ins-

    petores de Soldagem, graas FBTS, o Brasil dispe hoje de umprocedimento capaz de garanra qualificao adequada dosprossionais que inspecionama fabricao soldada no pas.

    pnoanTniO SeRgiO FRagOmeniCoordenador de Projetos Especiais do Prominp e ex-Vice-Presidene da FBTS

    Plataforma xa de Namorado 1

    Ft Aga PetbasGeald Fal

  • 7/16/2019 Revista FBTS

    35/6035FBTS em ReviSTa Ano 1 - Nmero 1 - Junho de 2008

    Renaria de Paulnia (Replan), em So Paulo

    Persongens d hstrORFiLa Lima DOS SanTOSEspecialidade: misses impossveis

    associado da Macroplan,Jos Paulo Silveira, viu deperto as realizaes do Dire-tor Orla, j que trabalhoucom ele no Grupo Execuvode Obras Prioritrias (Geop).Na dcada de 70, segundoexplicou, quando a Petro-bras anteviu o primeiro cho-que da crise do petrleo, em1973, o governo brasileiro

    tomou uma deciso estra-tgica de se prepa-rar para a crise.

    Naquele tem-po a capacida-de de refinonacional evo-lua sempreaqum da

    contar a histria do en-genheiro Orfila Limados Santos, conselhei-ro benemrito da FBTS

    e ex-diretor de produoda Petrobras, signica mer-gulhar na trajetria do setorde petrleo brasileiro, seusdesaos e conquistas, suasmetas e frustraes. Perso-nagem-chave para entender

    o momento de fundaoda FBTS, esse piauiensecou famoso nos quadrosda Petrobras pelo feito daconstruo de quatro gran-des obras de engenharia emapenas 1.000 dias.

    Tambm conselheiro be-nemrito da FBTS e diretor

    A crise do petrleo e o desafio dos

    1000 diasEngenheiro retrato de compromisso eseriedade com engenharia nacional

    Ft Aga Petbas J. valpee

    Por PriSciLA Aquino

  • 7/16/2019 Revista FBTS

    36/6036P u b l i c a o O f i c i a l d aF u n d a o B r a s i l e i r a d e T e c n o l o g i a d a S o l d a g e m

    demanda. Quando a diferenaprojetada era de uma renaria,essa renaria era construda.Estvamos sempre importan-do. Quando se anteviu a crisedo petrleo, percebeu-se que

    isso no seria mais possvel. Foitomada a deciso de rapida-mente construir renarias paratermos capacidade excedentede reno, lembra.

    O engenheiro e Chefe-Ad-junto do Geop, Maurcio Me-deiros de Alvarenga, concor-da: no nal da dcada de 60,estudos relavos projeoda demanda de derivados de

    petrleo para o quadrinioseguinte apontavam para anecessidade de uma grandeconcentrao de invesmen-tos, na ordem de US$ 1 bilho,

    ersongens d hstr

    na poca um valor muitoelevado, para ser manda aauto-sucincia do pas emrelao queles derivados nosquatro anos seguintes.

    Alvarenga enfatiza que,

    para resolver essa questo,seria necessrio implantarurgentemente quatro novosempreendimentos: a constru-

    o de uma renaria de grandeporte, com capacidade de 126mil barris/dia em Paulnia, SoPaulo (Replan); a modernizaoe ampliao da Renaria Presi-dente Bernardes, em Cubato;

    a construo de um conjunto deunidades de produo de leoslubricantes paranicos na Re-naria de Duque de Caxias (Reduc),no Rio de Janeiro; e a ampliaodo Terminal Marmo AlmiranteBarroso, em So Sebastio, SP,que seria feito em conjunto coma construo de um oleoduto deSo Sebaso a Paulnia. E seriapreciso concluir todas essas obras

    em at 1000 dias corridos.O presidente da FBTS, Solon

    Guimares Filho, que foi assisten-te-chefe do Diretor Orla durantequatro anos, e superintendente,

    A projeo dedemanda de

    derivados apontavaa necessidade deinvestimentos daordem de US$ 1

    bilho

    Renaria Presidente Bernardes, em Cubato (rea de coqueamento)

    ORFiLa Lima DOS SanTOSEspecialidade: misses impossveis

    Ft Aga Petbas Geald Fal

  • 7/16/2019 Revista FBTS

    37/6037FBTS em ReviSTa Ano 1 - Nmero 1 - Junho de 2008

    Hstr

    Replan: capacidade para 126 mil barris

    por longo perodo, do Segen- herdeiro do Geop - ressaltaque essa exigncia de prazo que nha como pano de fundouma crise de abastecimentoiminente foi feita num tempoem que os empreendimentosnacionais no setor de petr-leo muitas vezes chegavam ademorar oito anos para seremefevamente concludos.

    Na poca Orfila, formado

    na Universidade da Bahia, jera um engenheiro muito ex-periente, com passagens pelaRenaria de Mataripe, Campode Candeias, pela chea dostrabalhos no campo de D. Jooe com experincia internacio-

    nal, acompanhando os traba-lhos no Campo de Ventura, naCalifrnia (EUA), entre outros.Descrito como uma pessoa sim-ples e com grande senso co,o engenheiro foi pinado para

    assumir a funo de chefe doGeop e cumprir essa misso quea muitos parecia impossvel.

    Todo poder ao geopA aprovao do Conselho

    de Administrao da Petrobraspara criao do Geop, em1969, tinha como propostaa ampliao dos poderes dorgo, a m de melhorar o de-

    sempenho do gerenciamento.Segundo Maurcio Alvarenga,o Geop foi aprovado comorgo especial e temporrio,com a meta claramentedenida de conduzir os em-preendimentos mencionados,integrando a AdministraoSuperior da Petrobras, direta-mente subordinado DiretoriaExecutiva. O estatuto previaainda que o Geop nha amplospoderes para recrutar pessoalde qualquer rgo da Compa-nhia, e tambm fora dela.

    As prerrogavas extraor-dinrias concedidas ao Geopforam uma profunda mudan-a na cultura organizacionalda Petrobras. Num primeiromomento o antigo Servio

    de Engenharia (Senge) e asDivises de Engenharia dosDepartamentos connuaramintegrando o organograma daCompanhia. Mas com o tem-po, foram transferidos para onovo rgo, juntamente com

    as equipes por eles respons-veis. Tal deciso permiu aoGeop um corpo tcnico consi-derado de elite, dentro e forada Companhia, explica.

    Silveira, que pertencia

    equipe que trabalhava naRefinaria de Cubato, emSP, recorda que o regime detrabalho era extremamenterigoroso: 12 horas por dia, in-clusive aos sbados. Domin-go tnhamos um privilgio:podamos sair s 17 horas.

    Misso CumpridaAlvarenga ressalta que o

    pulso forte e a liderana de Or-la deram certo. Em fevereiro1972, a Replan inicia sua pro-duo, constuindo um recor-de mundial de construo emmenos de 1.000 dias corridos.Em meados do mesmo ano, aproduo de lubricantes daReduc j nha sido iniciada, eem dezembro a renaria tevesuas unidades totalmente con-cludas. No decorrer de 1972,foram nalizadas a ampliaoe a modernizao da Renariade Cubato. Em 1973 era a vezda concluso da unidade de co-que de petrleo, em Cubato.

    O Terminal Almirante Barro-so, que recebeu um novo perde atracao para navios deat 300 mil toneladas de porte

    bruto e de nova tancagem,j havia sido concludo aindaem 1971. Alvarenga enfazaque no mesmo ano entrouem operao o oleoduto SoSebaso/Paulnia, de 24 po-legadas de dimetro e 226 km

    Ft Aga PetbasGeald Fal

  • 7/16/2019 Revista FBTS

    38/6038P u b l i c a o O f i c i a l d aF u n d a o B r a s i l e i r a d e T e c n o l o g i a d a S o l d a g e m

    de extenso.O grande segredo de Orla,

    destacado por Silveira, almda sua seriedade e compro-memento, foi a capacidadede utilizar uma tecnologia

    nova de gerenciamento deprojetos (Project Manage-ment), tornando a Petrobraspioneira nacional no assunto,competncia de gesto quemais tarde viria a ser essencialao desenvolvimento das tecno-logias de produo em guasprofundas.

    Silveira destaca que o Di-retor Orla convidou um es-

    pecialista de renome interna-cional, Russell Archibald, quetreinou os primeiros gerentesda Petrobras. A viso do Or-la era gerir os invesmentoscom toda sua energia, sendoextremamente exigente. Orlapensava frente e trouxe aoBrasil essa tecnologia geren-cial. Trata-se de uma figura

    muito importante para enge-nharia nacional por ser umtrabalhador incansvel e umhomem visionrio, construtore competente. uma pessoamuito sria, que literalmenteno brincava em servio, diz.

    Alm da ulizao pioneirada gura do gerente de pro-jeto, Alvarenga ainda destacaoutras conquistas de Orfila

    como chefe do Geop, quelevaram a uma verdadeiramudana de paradigmas nagesto de empreendimentos.Entre elas esto a nfase noplanejamento e controle inte-grados; implantao de Estru-

    tura Analca de Projeto (EAP);planejamento pelo mtodo demalhas; Plano de Contratao;

    Plano de Compras; inovaono uso dos recursos humanos,entre outros.

    Para Maurcio Alvarenga ocumprimento de prazos torgidos permiu Petrobras se

    antecipar ao primeiro choquemundial de petrleo mundial,ocorrido em 1973, adquirindoe armazenando petrleo maci-amente nas novas instalaes,garanndo o abastecimento eamenizando os efeitos dos au-mentos bruscos dos preos.Renaria Duque de Caxias (Reduc), em Duque de Caxias, Rio de Janeiro

    Os prazos rgidospermitiram

    Companhia seantecipar ao

    primeiro oil shockmundial, ocorrido

    em 1973

    ersongens d hstrORFiLa Lima DOS SanTOSEspecialidade: misses impossveis

    Ft Aga PetbasGeald Fal

  • 7/16/2019 Revista FBTS

    39/6039FBTS em ReviSTa Ano 1 - Nmero 1 - Junho de 2008

    Unidade de coque da Renaria de Paulnia

    m grande lder que exer-cia sua liderana com ca-vante simplicidade. Umexemplo de superao,

    seriedade, ca e competn-cia. Um realizador detalhista.Quase uma lenda que lembrade longe o esforo hercleo doheri grego. Esse o Diretor Or-la Lima dos Santos, que apa-rece em todos os depoimentoscolhidos e nas situaes maissimples do codiano.

    Para Silveira, o Brasil devea homens como ele muito deseu crescimento. Ele recordaum caso que ilustra bem esta

    opinio: era 23 de dezembrode 1981, quando a Petrobrasdecidiu transferir para Orlatodos os investimentos daBacia de Campos.

    Ele me chamou e pediuuma literatura sobre cons-

    Um engenheiro quase lendatruo off-shore. Eu separeiuma pilha de livros e textos eentreguei a ele. No primeirodia l do ano, Orla j estavacom todas as dvidas anota-das. Ele nha lido tudo! Tudoassinalado! Passou as festas dem de ano se preparando paraa nova funo.

    Alvarenga recorda que olema de Orla era atacar si-multaneamente, com iguale mximo esforo, todas asfrentes. O ex-vice-presidenteda FBTS, Antnio Srgio Fra-gomeni, que foi assistente deOrla, ressalta, ainda que foi

    ele a perceber a importnciade melhorar a qualidade daconstruo soldada tanto depessoal quanto de material.

    Orla responsvel tambmpor lanar uma importante lutapelo contedo nacional das

    Uobras de engenharia: Ele nhagrande preocupao com isso,que transmitia para os quetrabalhavam com ele. Pode-sedizer que ele lana a sementede um projeto que vai fazerparte das obras da Petrobrashoje, que elevar os ndicesde nacionalizao das obras,nota Fragomeni.

    E foi justamente por suavisionria atuao na en-genharia brasileira que umdos mais emblemcos Di-retores da Petrobras, Orlad o pontap inicial para acriao da FBTS, provocando

    os empresrios a reagiremaos invesmentos vultososda Bacia de Campos com acriao de uma instuiotecnolgica especializada emsoldagem. Mas isso umaoutra histria...

    hstrFt Aga PetbasGeald Fal

  • 7/16/2019 Revista FBTS

    40/6040P u b l i c a o O f i c i a l d aF u n d a o B r a s i l e i r a d e T e c n o l o g i a d a S o l d a g e m

    Qualida

    a platia, ouviam aten-tamente as palavras doDiretor Orfila repre-sentantes de grandes

    empresas de construo emontagem; da indstria deconstruo naval; de estataiscomo a Petrobras, Eletrobrse Nuclebrs; empresas fa-bricantes de equipamentose inspeo e grandes as-sociaes empresariais da

    indstria nacional.Sob inuncia do segundo

    choque do petrleo, em1979, o pas entra na dcadade 80 enfrentando inao erecesso econmica. Frente crise mundial de forneci-

    esenvolvento tcnco eXPeRinCia DO PaSSaDO ajUDa a SUPeRaR OS nOvOS DeSaFiOS

    mento de petrleo, toma-da, ainda na dcada de 70, aacertada deciso de apostarna Bacia de Campos. A metanesse tempo era angir 500mil barris por dia, e, paraatender a demanda interna,

    estavam sendo construdassete plataformas xas, simul-taneamente, consideradoum mega empreendimento.

    Diante disso Orla Lima dosSantos lana uma provoca-o aos ouvintes:

    - preciso criar umaentidade brasileira capazde coordenar aes para odesenvolvimento da tecno-logia da soldagem no Brasil.Os senhores observem queo The Welding Institute grande modelo de enti-dade ligada tecnologiada soldagem da Inglaterra- se tornou uma potnciano campo da inovaotecnolgica graas aos in-vestimentos da produode petrleo do Mar doNorte ingls. A indstriainglesa soube aproveitaras oportunidades ligadas

    ao desenvolvimento dasoldagem. E o Brasil, comesses investimentos devrios bilhes de dlaresna Bacia de Campos? O queo empresariado brasileirovai fazer?

    Era uma tarde de dezembro de 1981. No auditrio da Federaodas Indstrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), desenrolava-seuma palestra com o Diretor de Produo da Petrobras, Orfila Lima

    dos Santos, sobre Os desafios da implantao da produo depetrleo da Bacia de Campos, organizada pelo ento presidenteda Firjan, Artur Joo Donato. A mesa era composta ainda pelovice-presidente do Sindicato Nacional da Indstria Naval e Offshore(Sinaval), Orlando Barbosa, e o engenheiro dos quadros tcnicosda Petrobras, Aldo Zuca.

    N

    25 anos certificando

    Crise e superao fazem parte da trajetria da FBTS

    A FBTS surgiuh 25 anos

    para coordenaraes para odesenvolvimentoda tecnologia da

    soldagem no Brasil

  • 7/16/2019 Revista FBTS

    41/6041FBTS em ReviSTa Ano 1 - Nmero 1 - Junho de 2008

    de

    Frente crise mundial do petrleo, ainda na dcada de 70 a Petrobras decidiu apostar na Bacia de Campos

    No mesmo momento, Ar-

    tur Joo Donato respondeu:- Ns aceitamos o desaoe vamos criar uma endadetecnolgica no Rio de Janei-ro voltada para o campo dasoldagem.

    A provocao visionriade Orla Lima dos Santos, oapoio idealista de Artur JooDonato e o empenho de Or-lando Barbosa insgaram o

    empresariado, que se organi-zou no sendo de estruturaruma instuio pioneira: aFundao Brasileira de Tec-nologia da Soldagem (FBTS),que seria fundada em 15 desetembro de 1982.

    Primrdios

    Parte integrante da me-mria da endade, a palestrada Firjan est presente emvrios depoimentos comoo ato de fundao da FBTS.Participaram deste eventofiguras que vo compor ahistria da Fundao, comopor exemplo, o ento presi-dente da Associao Brasilei-ra de Engenharia Industrial

    (Abemi), Jos Luiz do Lago,que viria a ser presidenteda FBTS. Testemunha oculardesse momento da histriada instuio o conselheirobenemrito da FBTS e dire-tor associado da Macroplan,

    No campo tecnolgico,a instituio se destacoupor difundir os ProjetosMulticlientes no Brasil

    jOS LUiz DO LagOEx-presidente ds FBTS e da ABEMI

    Ate sbe ft Petbas Dlga

    Foto

    AlexandreLoureiro

    Por PriSciLA Aquino Desenvolvento tcnc

  • 7/16/2019 Revista FBTS

    42/6042P u b l i c a o O f i c i a l d aF u n d a o B r a s i l e i r a d e T e c n o l o g i a d a S o l d a g e m

    Jos Paulo Silveira, fez partedo grupo de trabalho instu-do para propor as medidasde fundao da endade.

    Para Jos Paulo Silveira,que j foi vice-presidenteda instituio, a FBTS foiuma iniciativa inovadora.Fizemos uma anlise dacapacidade instalada parapesquisa e desenvolvimen-to em Soldagem e tivemosa agradvel surpresa de verque j existia muita capa-cidade instalada, emborafracionada em diversas ins-tituies. Ou seja, exisamequipamentos, projetos de

    pesquisa e recursos humanosem Universidades, na Usimi-nas, na Petrobras, na Eletro-brs, entre outras, diz.

    Contudo, explica Silveira,no havia sinergia entre asavidades de cada instui-

    esenvolvento tcnco eXPeRinCia DO PaSSaDO ajUDa a SUPeRaR OS nOvOS DeSaFiOS

    o. Surgiu ento a idia dese criar uma organizaototalmente inovadora: umaentidade tecnolgica desoldagem sem laboratrios.A endade seria um organis-

    mo gestor da competnciaj instalada e levaria proble-mas concretos do mercadopara serem resolvidos poressa rede de endades comseus especialistas, amplian-do, assim, o processo deinovao tecnolgica, dessesetor, no Brasil.

    Primeiros passos

    Primeiro funcionrio dainstituio, Saulo Diniz eraassistente do presidente daFirjan, Artur Joo Donato,na poca da fundao daFBTS, e ficou responsvelpela implantao e admi-nistrao da instituio nos

    seus primeiros anos. Comajuda de alguns fundado-res, Diniz redigiu o estatutoda entidade. A partir deuma pesquisa inicial, feitacom vrias empresas em

    todo o pas, surgiram qua-tro reas prioritrias para aFBTS desenvolver no setorde soldagem.

    Em primeiro lugar asempresas deixaram claroque era necessrio melhoraros recursos humanos. Erapreciso invesr na formaode tcnicos, engenheiros esoldadores. A segunda rea

    era o desenvolvimento deuma documentao tcnica.Exisa muita diculdade dedivulgao sobre tecnolo-gia de soldagem. A terceiradeveria ser a melhoria dapesquisa e desenvolvimen-to em soldagem no Brasil.E por fim, era preciso tercertificao da qualidade,o que significava tomar aprovidncia de atestar aqualidade dos conhecimen-tos dos tcnicos e tambma qualidade dos produtosempregados na construosoldada, relata.

    O engenheiro, que couna FBTS desde a sua fun-dao at 1988, foi respon-svel pela implantao dos

    primeiros cursos de forma-o de Inspetor de Solda-gem. Antes da FBTS, noexisa no Brasil formaoespecca para os inspeto-res e era necessrio impor-tar essa mo-de-obra de

    Existia muita capacidadeinstalada, embora

    fracionada em diversasinstituies

    jOS PaULO SiLveiRaEx-vice-presidente da FBTS

    Foi uma oportunidade

    mpar que nos deureconhecimento

    internacionalanTniO SRgiO FRagOmeni

    Conselheiro Benemrito e ex-vice-presidente da FBTS

  • 7/16/2019 Revista FBTS

    43/6043FBTS em ReviSTa Ano 1 - Nmero 1 - Junho de 2008

    Desenvolvento tcnc

    outros pases. Foram feitoscursos em So Paulo, no Riode Janeiro, em Salvador eno Recife. Foi um sucesso.Com apenas meia-dzia defuncionrios administravos

    e com apoio das empresasinteressadas, especialmentea Petrobras, que cedia seustcnicos a m de ministra-rem os cursos, conseguimosformar, em seis anos, cercade 1.000 inspetores de sol-dagem, declara Saulo Diniz,que coordenava os cursos.

    Atuao internacional

    O ex-presidente da FBTS,Jos Luiz do Lago, nota

    que, no campo tecnolgi-co, a instituio se desta-cou pelo pioneirismo emdifundir os Projetos Multi-clientes no Brasil, a partirde 1987. Bastante comum

    na Europa, trata-se de umprojeto conduzido por umaentidade tecnolgica eapoiado por vrias empre-sas. O custo do projeto dividido entre os patroci-nadores, o que economi-camente interessante. Masa principal vantagem asoma dos conhecimentosdos participantes, que per-

    mite acelerar o processode inovao.

    A FBTS se senteconvocada para atender os

    desafios tecnolgicos dodesenvolvimento

    SOLOn gUimaReS FiLhOPresidente da FBTS

    FotosAlexandre

    Loureiro

    No campo tecnolgico, a instuio se destacou por difundir os Projetos Mulclientes no Brasil, a parr de 1987

    Ft Dlga cs oSBAT (GDK)

  • 7/16/2019 Revista FBTS

    44/6044P u b l i c a o O f i c i a l d aF u n d a o B r a s i l e i r a d e T e c n o l o g i a d a S o l d a g e m

    J o Conselheiro Bene-mrito e ex-vice-presidenteda FBTS, Antnio SrgioFragomeni, ento superin-tendente do Cenpes/Petro-brs, destaca que naquela

    ocasio foram desenvolvidostrabalhos em conjunto com aUnio Europia, como o pro-jeto EureKa, com o InstutoFrancs de Soldagem e coma Alemanha; e o Iberoeca,com instuies portugue-sas de soldagem ligadas auniversidades. Foi umaoportunidade mpar que nosdeu reconhecimento inter-

    nacional, diz.

    esenvolvento tcnco eXPeRinCia DO PaSSaDO ajUDa a SUPeRaR OS nOvOS DeSaFiOS

    Revoluo CulturalA histria da soldagem no

    Brasil est ligada de forma in-trnseca ao desenvolvimentode trs grandes indstrias: si-derrgica, naval e petrolfera.

    Jos Luiz do Lago nota que,para entender o nascimentode uma instuio como aFBTS, preciso recuar ata dcada de 60, quando aengenharia nacional passade uma fase em que era pre-

    dominantemente civil ese torna cada vezmais industrial.

    Para Antnio

    Srgio Frago-meni, o nas-

    cimento dainstuiotem como

    pano defundo um

    contexto decrescimento

    da indstria na-

    cional, mas teriacomo fato parcu-lar o crescimento da

    produo de petrleoda Bacia de Campos.

    Tanto que os ita-lianos da empresaque trabalhava na

    montagem da Pla-taforma de G