revista fapes - 3ª edição

26
Revista FAPES

Upload: marcos-silva

Post on 23-Mar-2016

223 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Revista Fapes - 3ª Edição

TRANSCRIPT

Page 1: Revista Fapes - 3ª Edição

Revista FAPES

Page 2: Revista Fapes - 3ª Edição

Revista FAPES

Editorial

Conselho Científico

DR HARRY DAVIDOWICZDR ANTONIO CARLOS BERNARDI RODRIGUES DA SILVADR MARIO GIORGI DR DANIEL OLSEWER

Conselho Consultivo

DRA SANDRA TIBERIODRA MARIA LUISA SPERANDEODRA LUCIANA ROMANIDR RICARDO PASSADOREDRA RITA SPERADEODRA DENISE TIBERIO

A FAPES é uma instituição criada para divulgar e unificar critérios baseados nas evidências científi-cas mais atuais dentro da odontologia. Nascida em 2002 com o propósito de servir como uma conexão en-tre os comedidos conceitos convencionais de saúde, associado aos paradigmas científicos, que precisam ser discutidos e debatidos para poder atingir o verdadeiro papel da saúde populacional. Hoje congrega cursos de excelência em especialização, atualização e práticas integrativas para os dentistas interessa-dos em completar a sua formação. Temos como objetivo principal abrir espaço para discutir ciência sem emocionalismos, com a mente aberta na procura da verdade, razão pela qual tentamos ver a ciência da odontologia como um caminho de progresso com diferentes meios de obtenção, estando aberta a dis-cussão científica que dê sustentação e base a sua proclamação. Para isso, estamos localizados em uma região nobre de São Paulo, bairro das Perdizes, oferecendo uma estrutura avançada e moderna:

- Auditório para 120 pessoas- 4 Salas de Aula Climatizadas- Clínica Odontológica- Sala de Raio-x

A FAPES possui um convênio com a Facudade Campos Elíseos (FCE), que certifica todos os cursos de es-pecialização. Reconhecida pelo Ministério da Educação portaria nº 2413 do dia 07 de Julho de 2005, a FCE está sempre buscando alcançar a excelência em seus cursos de saúde através da parceria firmada com a FAPES.

- Centro de Esterilização- Laboratório Multidisciplinar- Lanchonete e Churrasqueira- Estacionamento

Page 3: Revista Fapes - 3ª Edição

Revista FAPES

PlaCa baCtEriana: um dEsafio na odontogEriatria

denise tibErio 1; adriana lacerda CamPanHa 2; luiz roberto ramos 3

1- Periodontista; Odontogeriatra; Mestre em Ciências da Saúde. Doutoranda em Saúde Coletiva; Coordenadora do Curso de Especialização em Odontogeriatria da Associação Paulista dos Cirurgiões Dentistas – APCD; Responsável pelo setor de Odontogeriatria do Centro de Estudos do Envelhecimento – UNIFESP/EPM 2- Odontogeriatra; Curso de Atualização em Gerontologia pela Faculdade de Medicina da USP; colaboradora do setor de Odontogeriatria do Centro de Estudos do Envelhecimento – UNIFESP/EPM 3- PhD pela London University. Professor Livre-docente de Geriatria da Unifesp-EPM; Professor Titular e Chefe do Departamento de Medicina Preventiva da Unifesp-EPM

rEsumo O envelhecimento populacional é acom-panhado de mudanças biológicas, fisiológicas e psicológicas. A diminuição do edentulismo entre os idosos já é uma realidade, com isso aumenta tam-bém a preocupação com a presença de placa bacte-riana, bem como os hábitos de higiene bucal nessa população. Objetivo: avaliar a presença de placa bacteriana nos idosos, freqüência de escovação e uso do fio dental. Material: participaram do estudo 65 idosos com idade média de 68,83 anos (± 6,9) que freqüentaram a Clínica da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas – Escola de Aperfeiçoamento Profissional durante o período de março a julho de 2008. Método: Foi realizada a evidenciação de placa bacteriana com um corante e o Índice O´Leary foi calculado. Os pacientes foram questionados quanto a freqüência de escovação e uso do fio dental. Re-sultados: Dos idosos avaliados, 94% apresentaram Índice de Placa insatisfatório, sendo que a maioria dos entrevistados relataram escovar 2 vezes ao dia e 34% faziam uso do fio. Pode-se concluir que é alta a prevalência de placa bacteriana nos idosos, independente da freqüência de escovação e uso do fio dental, com isso, o grande desafio será o de-senvolvimento de programas específicos para essa população, visando à orientação e motivação de hi-giene bucal.

Palavras-chave: Odontologia Geriátrica – placa dentária – escovação dentária

introdução Envelhecer já não é proeza reservada a uma pequena parcela da população. Aquilo que no pas-sado era privilégio de alguns poucos, hoje passou a ser experiência de um número crescente de pessoas em todo o mundo1.O envelhecimento é acompanhado de mudanças biológicas, fisiológicas e psicológicas 2 . A veloci-dade com que estas mudanças ocorrem difere de individuo para individuo fazendo com que não se encontre um estereótipo definido de “velho”. Existe uma tendência atual e futura, em pa-cientes geriátricos, de se manter os dentes por mais tempo na boca, diminuindo assim o edentulismo nessa população 3 . Sabendo-se que, a placa bacteriana é o prin-cipal fator etiológico para a cárie e doença peri-odontal, essa deve ser controlada, visando à pro-moção de saúde bucal dos idosos 4. O meio mais efetivo na prevenção das doen-ças bucais ainda é a remoção mecânica da placa, através de uma adequada escovação dentária as-sociada ao uso do fio dental, 5 portanto, se faz necessário avaliar a presença de placa bacteriana nos idosos, bem como seus hábitos de higiene.

rEvista dE litEratura Frare et al.6(1997), realizaram um estudo com 182 idosos na Universidade Federal de Pelo-tas – Rio Grande do Sul objetivando conhecer quais

Page 4: Revista Fapes - 3ª Edição

Revista FAPES

os problemas bucais existentes na Terceira Idade. A pesquisa foi realizada através de um inquérito domiciliar baseado no exame clínico. Dos entre-vistados, 73,4% usavam próteses, sendo que mais da metade, 50,1%, usavam prótese total superior. Dos idosos, 25,3% relataram escovar os dentes pelo menos 1 vez ao dia, 26,5% 2 vezes e 48,2% 3 ou mais vezes. Segundo os autores, periodontite severa foi observada nos idosos que possuíam alguns dentes. Concluíram que há a necessidade de uma conscien-tização do idoso referente à sua saúde bucal e res-saltaram a importância de maior conhecimento do estado bucal e geral do paciente idoso pelo cirur-gião-dentista. Abegg 7(1997) realizou um estudo com 471 adultos, de ambos os sexos, com idade entre 24 e 44 anos com o objetivo de avaliar alguns hábitos de higiene bucal, bem como investigar o nível de placa bacteriana. Os dados foram coletados através de entrevistas estruturadas e exames clínicos. A au-tora utilizou o Índice de Placa descrito por Silness e Löe (1964) para avaliar o nível de placa bacteriana. Como resultado, 68,1% dos adultos afirmaram esco-var os dentes 3 vezes ao dia e 67,5% relataram fazer uso do fio dental. Em relação ao índice de placa bacteriana, 64,1% apresentaram nível moderado, enquanto 35,9% apresentaram alto índice de placa. A autora relatou que quanto menor o nível socioec-onômico menor foi a freqüência de escovação e o uso do fio dental, e maior foi o nível de placa encon-trado. Como conclusão, a autora considerou bom o hábito de higiene bucal da população estudada. Caldas, Souza e Pinto 8 (2002), estudaram 100 idosos institucionalizados com idade varian-do entre 60 e 94 anos, residentes em Anápolis e Goiânia. A pesquisa baseou-se em inquérito domi-ciliar e posteriormente a exame clínico. Os pes-quisados avaliaram a higiene bucal ou das próteses e os resultados mostraram que 25% não realizavam qualquer tipo de limpeza, já 11% praticavam a esco-vação 1 vez ao dia e 33%, 17% e 14% higienizavam 2, 3 e mais do que 3 vezes, respectivamente. Mais da metade dos idosos queixou-se de secura na boca. Os autores encontraram uma correlação positiva entre higiene bucal ou das próteses e escolaridade, acreditando que a freqüência de escovação está li-gada ao nível escolar do idoso.Peres e Peres 9 (2003), realizaram um trabalho com 30 idosos, sendo 27 mulheres e 3 homens, freqüen-tadores de um grupo de terceira idade no SESI/ Bauru com o propósito de conhecer o perfil da

saúde bucal desses idosos correlacionando-os aos aspectos socioeconômico-culturais, além de avaliar os problemas de saúde geral e os cuidados com hi-giene bucal. A coleta dos dados se baseou em um questionário com a maioria das perguntas fechadas e foi realizada uma inspeção visual da cavidade bu-cal. Os resultados mostraram que 83,34% relataram a presença de doenças sistêmicas e apenas 6,67% da amostra declararam-se fumantes. Dos idosos anali-sados, 6,67% consideraram-se depressivos e seg-undo a avaliação dos autores, 43,34% apresentaram higiene bucal satisfatória e 36,67% não realizaram qualquer tipo de cuidado com a boca. Concluíram que a saúde bucal dos idosos apresenta uma cor-relação direta com fatores socioeconômicos, ou seja, quanto menor a condição econômica, menor o cuidado com a saúde bucal. Reis 10 (2005), realizou um estudo com o objetivo de analisar e comparar o índice CPOD e o índice de placa bacteriana em 27 idosos, sendo estes institucionalizados e não institucionalizados. Foi realizado um exame clínico para a obtenção do índice de placa. Foram encontrados 42,8% de idosos não institucionalizados com déficit cognitivo leve e a variação no índice de placa para esses foi de 27,7 a 75%. A autora concluiu que é necessário orientação sobre o controle de placa bacteriana tanto nos idosos institucionalizados quanto nos não institu-cionalizados e que a aplicação do MEEM e do GDS torna-se necessária no paciente idoso com a finali-dade de um melhor direcionamento da orientação e controle da placa. Silva et al 11 (2005), avaliaram o perfil dos pacientes geriátricos do Hospital Paulo de Tarso na cidade de Belo Horizonte (MG) por meio de um questionário da Organização Mundial da Saúde (1997), para estudos epidemiológicos em idosos, modificado por Haikal em 2003. Foi realizado um exame clínico, no qual dois pesquisadores treinados e calibrados utilizaram espátulas de madeira e lu-vas descartáveis. Esse exame constava da avaliação dos elementos dentais presentes, do periodonto e da mucosa. A amostra foi composta por 66 idosos, sendo que destes, 50% eram desdentados. Dos ex-aminados, 46% apresentavam higienização bucal e/ou prótese insatisfatória. Em relação às condições periodontais, 75,7% dos idosos que possuíam dentes necessitam de algum tipo de tratamento periodontal. Concluíram que é necessário uma im-plementação de uma política de ações preventivas, educativas, curativas e de reabilitação odontológica

Page 5: Revista Fapes - 3ª Edição

Revista FAPES

voltada para os idosos com o objetivo de melhorar sua saúde bucal e qualidade de vida. Lisbôa e Abegg 12(2006) investigaram os hábitos de higiene bucal de 1415 indivíduos com idade de 14 a 49 anos residentes em Canoas, Rio Grande do Sul. Tratou-se de um estudo descritivo transversal de base populacional. Os dados foram colhidos mediante entrevistas domiciliares. 53,9% dos entrevistados afirmaram escovar os dentes 3 vezes ao dia e 56,7% não usavam o fio dental. Em relação aos resultados, os autores afirmaram que se a maioria dos participantes escovava seus dentes três vezes ao dia, o uso do fio dental revelou-se baixo. Apesar da amostra não ter incluído pessoas idosas, os autores lembraram da ampliação da ex-pectativa de vida nas próximas décadas e afirmar-am que tal fato implicará em aumento das deman-das populacionais por maiores cuidados de saúde bucal.

CasuístiCa E métodos O Comitê de Ética em Pesquisa da Univer-sidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL) aprovou o pre-sente estudo (protocolo nº 021/2008), e o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido foi obtido para participação dos idosos avaliados e publicação dos resultados obtidos.

CasuístiCa Participaram deste estudo 65 idosos de baixa renda, parcialmente dentados, com idade igual ou superior a 60 anos, ambos os sexos, resi-dentes na cidade de São Paulo, que freqüentaram a Clínica do Curso de Especialização em Odontogeri-atria na Associação Paulista de Cirurgiões-dentistas – Escola de Aperfeiçoamento Profissional durante o período de março à julho de 2008.

métodos Na primeira avaliação odontológica, antes do procedimento, os 65 idosos realizaram boche-cho por 1 minuto com solução corante Eviform ® (Fórmula & Ação CNPJ 01.953.085/0001-95). Trata-se de um evidenciador de placa bacteriana à base de Eritrosina, corante alimentar atóxico, que evidência a placa e as mucosas tingindo-as de rosa forte. Após a evidenciação, as superfícies coradas pela substância foram registradas no odontograma pre-sente no Instrumento de Avaliação e o índice foi calculado pela porcentagem do somatório das fac-es registradas com placa, dividido pelo número de

faces examinadas 13 . Foi considerado 27,18% como sendo o valor máximo aceitável para o índice de O´LEARY14. Va-lores superiores a esse foram classificados como “não satisfatório” e igual ou inferiores a esse como “satisfatório”. Os idosos também foram questionados quanto à freqüência de escovação e uso do fio den-tal.

rEsultados A distribuição dos idosos quanto ao gêne-ro encontra-se descrita na (figura 1).

Os idosos que participaram do estudo apresenta-vam idades variando de 60 a 88 anos, com média de 68,83 anos (± 6,9). O grupo etário com maior freqüência foi o de 60 a 69 anos (60%), seguido do grupo com idosos de 70 a 79 anos (30,7%) e do grupo com faixa etária entre 80 a 89 anos (9,3%) (figura 2).

Figura 1- Distribuição quanto ao gênero dos idosos avali-ados na Clínica do Curso de especialização em Odontogeri-atria da APCD – EAP, na cidade de São Paulo no período de maio a julho de 2008.

Pacientes

Masculino24

37%

Feminino41

63%

06

20

39

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

69 79 89 Mais

Bloco

Fre

qüênci

a

,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

120,00%

Freqüência

% cumulativo

Figura 2– Distribuição em números absolutos quanto aos

Page 6: Revista Fapes - 3ª Edição

Revista FAPES

idosos avaliados na Clínica do Curso de especialização em Odontogeriatria da APCD – EAP separados pela faixa etária e apresentação cumulativa em porcentagem segundo os grupos etários, na cidade de São Paulo no período de maio a julho de 2008.

O número de idosos com porcentagem de placa bacteriana insatisfatória que participaram da pes-quisa foi elevado, assim como mostra a (figura 3).

Em relação à higiene bucal realizada pelos idosos 40% relataram escovar os dentes 2 vezes ao dia (figura 4), entretanto a porcentagem maior de quantidade de placa satisfatória foi encontrada no grupo que relatou escovar os dentes 3 vezes ao dia. (figura 5).

Dos idosos avaliados, mais da metade não faziam o uso do fio dental e embora 22 idosos terem afir-mado o uso diariamente, apenas 2 deles apre-sentavam índice de placa satisfatório (figura 6 e figura 7).

Figura 3 – Distribuição em porcentagem quanto ao Índice de Placa dos idosos avaliados na Clínica do Curso de espe-cialização em Odontogeriatria da APCD – EAP, na cidade de São Paulo no período de maio a julho de 2008.

Figura 4 – Distribuição em porcentagem quanto a freqüên-cia de escovação diária realizada pelos idosos avaliados na Clínica do Curso de especialização em Odontogeriatria da APCD – EAP, na cidade de São Paulo no período de maio a julho de 2008.

Figura 5 – Porcentagem quanto ao Índice de Placa, em relação à freqüência de escovação dos idosos avaliados na Clínica do Curso de especialização em Odontogeriatria da APCD – EAP, na cidade de São Paulo no período de maio a julho de 2008

Figura 6 – Distribuição em porcentagem dos idosos que fazem uso do fio dental (Clínica do Curso de especialização em Odontogeriatria da APCD – EAP) na cidade de São Paulo no período de maio a julho de 2008.

uso fio dental

Pacientes que usam fio dental x índice de placa

Page 7: Revista Fapes - 3ª Edição

Revista FAPES

Figura 4 – Distribuição em porcentagem dos idosos que fazem uso do fio dental em relação ao Índice de Placa (Clíni-ca do Curso de especialização em Odontogeriatria da APCD – EAP ) na cidade de São Paulo no período de maio a julho de 2008.

disCussão O atual trabalho encontrou altos valores quanto à presença de placa bacteriana, 94% dos idosos apresentaram índice de placa superior ao máximo aceitável para um controle razoável da placa. Outro estudo 10 já alertou para a higiene bucal de idosos não institucionalizados, os quais atingiram índices de placa de 75%. Esses valores comprovam o estado debilitado da saúde bucal dos idosos 6. A comparação com outros trabalhos refer-ente à valores satisfatórios de higiene bucal deve ser cautelosa, visto que a literatura carece de trabalhos que avaliam o índice de placa na população idosa. O valor encontrado no presente estudo é muito preo-cupante, pois apenas 6% dos avaliados apresenta-ram higiene bucal satisfatória, valores bem inferi-ores ao encontrado na literatura9,11. Porém, deve ser ressaltado que tais estudos chegaram a esses valores através de metodologias que diferem deste estudo, utilizando apenas inspeção visual, realizada com espátulas de madeira e luvas. Quando compar-amos os resultados da atual pesquisa com valores encontrados em populações adultas7 ainda encon-tramos índice de placa bacteriana mais elevado na população idosa. Porém, vale lembrar que esses autores associaram o nível de placa bacteriana com o socioeconômico, afirmando que pessoas de con-dição socioeconômica baixa apresentam nível de placa bacteriana alto. O fato é que a atual pesquisa só contou com idosos de baixa renda, podendo ser este um dos fatores que possibilitou os altos índices de placa. Sabe-se que o método mais eficaz na re-moção da placa bacteriana é o mecânico, através da escovação dentária. Práticas de higiene bucal são importantes na prevenção da doença periodontal. Como encontrado na literatura 8, a grande maio-ria dos idosos avaliados neste estudo realizavam a escovação de 2 a 3 vezes, porém outro estudo 6 encontrou maiores porcentagens (48,2%) de idosos que escovavam 3 ou mais vezes ao dia. Em uma pesquisa com jovens e adultos 12 , 54% afirmaram escovar os dentes 3 vezes ao dia, valores mais el-evados quando comparado com os idosos do atual trabalho, porém quando aqueles aoutores estrati-

ficaram a amostra por idade já haviam percebido que a freqüência de escovação era maior nos mais jovens. A freqüência relatada pelos idosos não co-incidem com o estado de saúde bucal 6, visto que mesmo em idosos com alta freqüência de escov-ação, o índice de placa apresentou-se insatisfatório. Na verdade, como este dado é auto-referido, fica duvidoso da veracidade das respostas, ou ainda, visto que mais importante é a qualidade e não a freqüência de escovação, fica comprovada a falta de conhecimento e de orientação dessa população, a qual pode de fato ter uma boa freqüência de es-covação, porém realizada de forma indevida e por-tanto, pouco eficaz. O fio dental é de grande importância na remoção mecânica da placa bacteriana nas fac-es proximais, porém seu uso exige habilidade e destreza por parte do paciente. Poucos estudos es-tão descritos em literatura. A falta de cultura para este coadjuvante de higiene bucal pode ter sido determinante do alto número de idosos que não utilizavam o fio dental. Comparando os idosos es-tudados com uma população adulta 7, foi notada uma diferença, 67,5% dos adultos relataram o uso do fio, enquanto apenas 34% dos idosos estudados relataram o mesmo, comprovando que essa não é uma prática comum entre os brasileiros 12. O edentulismo está decrescendo na popu-lação idosa, porém a saúde bucal nessa faixa etária ainda encontra-se fragilizada.Se faz necessário uma conscientização do idoso frente à sua saúde bucal 6, pois os resultados do presente estudo mostraram que é alto o índice de placa dos idosos, independente da freqüência de escovação ou do uso do fio dental.

ConClusão Podemos concluir que é alta a prevalên-cia de placa bacteriana nos idosos, independente da freqüência de escovação e uso do fio dental, o grande desafio será o desenvolvimento de progra-mas específicos para essa população, visando a ori-entação e motivação de higiene bucal.

referências

1. KalaCHE a, vEras rP, ramos lr. o envelheci-mento da população mundial. um desafio novo. rev saúde Pública 1987; 21: 200 -10.

Page 8: Revista Fapes - 3ª Edição

Revista FAPES

2. PaPallEo nEto m. tratado de gerontologia, atheneu, são Paulo,2° ed, 936 pag, 2002

3. matos dl, giatti l, lima-Costa mf. fatores sócio-demográficos associados ao uso de serviços odontológicos entre idosos brasileiros: um estudo baseado na Pesquisa nacional por amostra de domicílios. Cad saúde Pública 2004.

4. PuCCa gaJ. saúde bucal do idoso: aspectos sociais e preventivos. in: netto mP. gerontologia – a velhice e o envelhecimento em visão globali-zada. são Paulo: Editora atheneu; 2002. cap.27, p. 297-310.

5. CHiaPinotto g.a., mEllEr d. ; santosf. b. . meios mecânicos de limpeza dos dentes. revista gaúcha de odontologia, v. 43, n. 3, p. 142-144, 1998

6. frarE sm, limas Pa, albarEllo fJ, PEdot g, régio ras. terceira idade: quais os problemas existentes? rev assoc Paul Cir dent 1997; 51(6): 573-6.

7. abbEg C. Hábitos de higiene bucal de adultos porto-alegrenses. rev saúde Pública 1997; 31(6): 586-93.

8. Caldas mP, souza Cr, Pinto lv. terceira idade: manifestações bucais mais comuns e a ur-gente necessidade de atenção especializada. rev

fac odontol anápolis 2002; 4(2): 132-9.

9. PErEs sHCs, PErEs as. determinantes das con-dições socioeconômicas na saúde bucal da terceira idade. rPg rev Pós grad 2003; 10(4): 369-75.

10. rEis Cl. análise comparativa do índice CPod, placa bacteriana, depressão e déficit cognitivo de idosos institucionalizados e não institucionaliza-dos [monografia de Especialização]. são Paulo: Escola de aperfeiçoamento Profissional da asso-ciação Paulista de Cirurgiões dentistas; 2005.

11. silva fP, Cardoso Jr, miranda QE, var-gas amd. Perfil dos pacientes geriátricos do Hos-pital de Paulo tarso. arq odontol belo Horizonte 2005; 41 (1).

12. lisboa iC, abEgg C. Hábitos de higiene bucal e uso de serviços odontológicos por adolescentes e adultos do município de Canoas, estado do rio grande do sul, brasil. Epidemiol serv saúde 2006; 15(4): 29-39.

13. o´lEary tJ, draKE rb, naylor JE. the plaque control record. J Periodontal 1972; 43(1):38.

14. duartE Ca. avaliação crítica da aplicabilidade do índice de o´leary em relação aos índices de greene-vermillion e de löe & silness. rev odontol univ são Paulo 1994; 8(4): 301-7.

Page 9: Revista Fapes - 3ª Edição

Revista FAPES

mECanismo dE ação do mEdiCamEnto HomEoPÁtiCo

foCCHi, g. r. a.; Eid o.K.; giorgi, J. s. J.; giorgi, m. s.; miyazaKi, C.

rEsumo O autor faz uma revisão dos mecanismos de ação do medicamento homeopático, desde a teo-ria desenvolvida por Hahnemann, passando pela revisão de ações farmacológicas do medicamento até as teorias recentes, que enfatizam o paradigma quântico da Homeopatia.

introdução A Homeopatia constitui a ciência terapêu-tica desenvolvida por Hahnemann (1755-1843), baseada na lei natural da cura pelos semelhantes, representando método que adapta à totalidade sin-tomática do doente uma substância, que provoca alterações em indivíduos sãos submetidos à experi-mentação. A substância cujos sintomas coincidem ao quadro mórbido a ser tratado é o simillimum do doente, ou medicação adequada à sua cura (8). A Homeopatia usa como recursos doses infinitesimais de remédios de origem animal, vegetal ou mineral. A Medicina tradicional ou alopática, em contrapar-tida, usa doses ponderais de medicamentos, não atuando pelo princípio da semelhança, mas por an-tagonismo à enfermidade (4, 8). A Homeopatia, assim como outras terapêu-ticas ditas “alternativas” (Acupuntura, Yoga, etc) tem encontrado aceitação crescente do público, inclu-sive no Brasil, por representar método de trata-mento eficaz, barato, holístico, individualizado e sem os efeitos colaterais indesejáveis da Alopatia (1, 10, 15). Entretanto, esta é alvo de grande pre-conceito e incredulidade, dentro da própria co-munidade médica, pelo questionamento de como

Palavras-chave: Homeopatia. Vitalismo. Medicamento. Farmacologia. Quântico.

doses imponderáveis exerceriam seu mecanismo de ação (10). Em outras palavras: como o remédio homeopático em altas dinamizações pode agir tera-peuticamente, se ele praticamente não existe como princípio ativo? Esta é uma pergunta que os médi-cos alopatas, acostumados à aplicação de medica-mentos em doses ponderais, costumam fazer. Out-ros, como verdadeiros detratores da Homeopatia, relegam-na até mesmo à condição de seita esoté-rica, argumentando, por exemplo, que esta agiria apenas por efeito placebo (10). O fato é que a Homeopatia representa uma quebra do paradigma filosófico da Medicina (10). A Ciência atual, como a conhecemos, baseia-se na in-trospecção e raciocínio no sentido de verificar prop-osições experimentalmente, tirando-se daí con-clusões de natureza quantitativa, e relegando o que não foi provado ao terreno da subjetividade (12). A Homeopatia se baseia, entre outros, em princípios energéticos da Física Quântica ignorados pela Alo-patia, ou seja, usa o modelo molecular / energético para interpretar a realidade biológica (10). O próp-rio Hahnemann chegou a afirmar categoricamente que a ciência desenvolvida por ele encontraria mel-hor compreeensão na Física, e não na Química (2,7).O objetivo do presente trabalho é revisar as teorias sobre o mecanismo de ação do medicamento ho-meopático, desde o Vitalismo até o presente.

o vitalismo É extremamente difícil conceituar a Vida; sabe-se, entretanto, que ela pode ser conhecida somente por seus fenômenos e manifestações, não sendo explicada por seus aspectos estruturais, e sendo tão complexa que precindimos de modelos teóricos para explicá-la. O modelo atômico consti-tui exemplo interessante de modelo teórico, pois

“É mais difícil desintegrar um preconceito do que um átomo.” Albert Einstein

Page 10: Revista Fapes - 3ª Edição

Revista FAPES

apesar de incontestavelmente válido, nunca houve a observação de átomos por alguém (4). O verdadeiro Vitalismo é doutrina fisiológica fundada por Barthez (1734-1806). Segundo ele, o princípio vital torna vivo o corpo material, sendo causa das propriedades biológicas do organismo como um todo. O princípio vital é natural, ativo e unitário, se manifestando de várias formas, unido á matéria orgânica. O Vitalismo, então, admite o princípio vital distinto tanto da alma quanto do cor-po, e do qual dependem as funções orgânicas. Essa força vital, então, atuaria como força motriz (8). Hahnemann era partidário dessa dutrina, e procurou traduzir seu método terapêutico no modelo racional científico, sem abrir mão de sua convicção vitalista (4). Ou seja, ele já acreditava no modelo energético como sendo fundamento na gênese de doença e de sua cura (4,8).

a farmaCologia E o mECanismo dE ação HomEoPÁtiCo Toda droga tem duas formas de agir: o efeito primário, que é o efeito sobre o organismo, e o efei-to secundário, que é a reação do próprio organismo ao estímulo que o altera. No tratamento da doença com o medicamento alopático, após a estimulação de receptores celulares pela medicação que levam ao efeito primário, acontece o efeito secundário ou rebote, quando diminui a estimulação do receptor, ocorrendo a dessensibilização de receptores, anu-lando o efeito primário, e levando ao fenõmeno de tolerância - nova exposição à droga tem efeito re-duzido ou nulo, necessitando-se de mais droga para obter o mesmo efeito (4). Hahnemann defendia que o efeito do medicamento alopático piorava a enfer-midade inicial. Exemplo disso é o tratamento da dor por codeína, que como rebote provocará dores gen-eralizadas, ou do uso de antitérmicos para febre, que têm como efeito rebote surtos de febre inex-plicável (4).O tratamento homeopático teria efeito diverso, pois o paciente receberia medicamento que produz-iria como efeitos primários os mesmos da própria doença, estimulando o próprio organismo a reagir, via efeito secundário. Para que não haja a somação dos efeitos da doença com os da medicação, o que levaria à forte agravação, a medicação é diluída e dinamizada, o que reduziria o efeito primário e es-timularia ainda mais a reação orgãnica (4, 8). Na Homeopatia, então, a enfermidade é fruto da reação insuficiente do organismo diante da doença,

pela perturbação da força vital, independente de qualquer consideração física ou mecânica. A doen-ça reflete o esforço da força vital de reestabelecer o equilíbrio físico, emocional e mental. Assim, é necessário estimular a reação orgânica para que esta sobrepuje a força da enfermidade, agindo no mesmo sentido da força vital, sem suprimir sinto-mas. Então, quando administramos ao paciente o medicamento que é seu semelhante, este provocará sintomas semelhantes à doença, ocorrendo aumen-to sincrônico da reação orgânica, que proporcion-ará o equilíbrio orgânico e a cura (4, 16).

Estudos atuais sobrE o mECanismo dE ação do mEdiCamEnto HomEoPÁtiCo Há uma série de teorias vigentes hoje para explicar a ação do medicamento homeopático. O uso da espectroscopia por ressonância nuclear ma-gnética tem sido usado no sentido de mensurar o ingrediente ativo em dinamizações elevadas, repre-sentando um avanço nos estudos nessa área (18). Dentre os mecanismos estudados, temos: 1. Atuação no Sistema Nervoso Central, Endócrino e Imune. O medicamento homeopático atuaria no sistema neuro - humoral, liberando substâncias que seriam responsáveis por sua atuação indireta (15). Assim, haveria um processo de indução imu-nológica, ativando macrófagos e o complexo de histocompatibilidade, além de linócitos T4. A partir daí, ocorreria a liberação de citocinas (IL-4 e IL-10), responsáveis por efeitos antiinflamatórios e anal-gésicos (9,15).

2. Atuação por Afinidade Toxicológica, Bioquímica ou Farmacológica. A medicação homeopática dinamizada teria ação específica, atuando em diferentes órgãos e contribuindo para a melhora clínica (15). O medica-mento Sepia, por exemplo, teria ação concentrada na glândula adrenal; os medicamentos Sulphur e Phosphorus atuariam em sistemas enzimáticos na presença desses mesmos elementos originais (Enxofre e Fósforo); Os medicamentos com sais de Sódio, Potássio e Cálcio (ex: Natrum Muriaticum) at-uariam na regulação de membranas celulares e ca-nais iônicos; Silicea atuaria na ativação do sistema imune (15).

3. Ação Antitumoral.

Page 11: Revista Fapes - 3ª Edição

Revista FAPES

O medicamento homeopático poderia in-terferir na bioquímica das células tumorais, modu-lando enzimas glicolíticas nessas células, alterando assim o metabolismo energético e o consumo de glicose, e levando à sua destruição do tumor (1).

4. Ação Neuroquímica. Os quimiorreceptores na pré-sinapse no Sis-tema Nervoso Central (SNC) são mais sensíveis do que os receptores pós-sinápticos à ação dos neu-rotransmissores (7). O medicamento em dose pon-deral atuaria na pós-sinapse, tendo ação agonista, ao passo que a medicação homeopática, dinamiza-da, atuaria na pré-sinapse, mais sensível à sua ação, desenvolvendo ação competitiva e antagonista e impedindo a ação de agentes nocivos (5,6). Um ex-emplo é o ópio, que em doses ponderais tem ação pós-sináptica, levando a sintomas de depressão do Sistema Nervoso e depressão respiratória, enquan-to o Opium, dinamizado, teria ação pré-sináptica e oposta à ação dessa droga, aliviando seus efei-tos (3). O estudo neuroquímico recapitula a teoria de Hahnemann de que o medicamento alopático piora a doença original pelo efeito rebote, contrari-amente ao remédio homeopático, que atuando no sentido da força vital, facilita a cura (4).

5. Memória da água Esta é a teoria mais interessante e certamente a mais polêmica no sentido de se compreender a ação do medicamento homeopático, até porque ex-põe o paradigma da Física Quântica como modelo esplicativo da Homeopatia (10). Nesse caso, a água seria elemento fundamental de transmissão de in-formação contida no medicamento homeopático. Essa informação seria a “assinatura eletromagné-tica” do medicamento (7,14). O medicamento, em si, tem energia de cam-po eletromagnético próprio que seria liberada no processo de dinamização (4, 9,11); em contato com a água do organismo, o remédio homeopático pro-vocaria a ruptura da molécula de água e a mudança de polaridade do átomo de oxigênio, com conse-quente transmissão de energia, em forma de “pa-cotes” de informação de alta qualidade (10,13,17). A informação se espalharia pelas células por inter-médio de receptores, até o RNA e DNA celular, le-vando o organismo ao equilíbrio (17). No caso do indivíduo saudável, a informação, após ser tratada pelo organismo, faz surgir os sintomas da patogen-esia; fazendo-se corresponder o quadro de sintomas

do indivíduo doente com a descrição previamente conhecida dos efeitos do remédio em indivíduos sa-dios, pode-se obter uma combinação correta entre o paciente e o remédio, que seria o simillimum do paciente (5). Na doença, o campo eletromagnético do or-ganismo estaria alterado, e o medicamento home-opático alteraria a polaridade desse campo energé-tico, devolvendo a energia ao seu estado normal e saudável e sobrepujando o campo eletromagnético da patologia (11, 13). Nesse sentido, é necessário frisar o que Hahnemann, sem qualquer recurso tec-nológico, já havia proposto no Organon quando es-creveu no parágrafo 148: O medicamento homeopático, na qualidade de uma doença artificial semelhante mais forte, excede em energia a doença natural análoga, fazendo com que a influência do agente mórbido original sobre a força vital seja anulada durante a ação do medica-mento. Daí em diante, o que prejudicava a energia vital não mais existe, está destruído (16). ConClusãoO medicamento homeopático tem vários mecan-ismos de ação propostos. A Homeopatia em seus primórdios, acolhendo a concepção vitalista, já ten-tava explicar a ação do medicamento homeopático pelo modelo energético. Hoje, as teorias vigentes sobre o assunto, dentre elas a “memória da água”, confirmam as idéias de Hahnemann e desafiam o paradigma científico moderno, por adotarem o modelo quântico. Mais pesquisas são necessárias para o entendimento do mecanismo de ação do remédio homeopático, no sentido de combater o preconceito contra a Homeopatia e resgatar o seu merecido lugar no arsenal terapêutico (1).

referências

1. aQuino Cl, barbosa gm, barbosa gm, var-

riCHio mCba, vEiga vf, KustEr r, Et al. High

dilutions of Euphorbia tirucalli l. (avEloz) modify

the viability and glycolitic metabolism of cell lines.

int High dilution res, 7(24): 132-39, 2008.

2. bErnal gg. HomEoPatHy and PHysiCs. a

brief history. british Homeopathic Journal, 82:

210-6, 1993.

Page 12: Revista Fapes - 3ª Edição

Revista FAPES

3. florEs rl, EsPino Cg, bEnítEz Cl, JiménEz

mC, CHanona CH, aguilEra Cf. Quimiorrecep-

tores y homeopatía. la Homeopatia de mexico,

Enero – febrero, p. 7-17, 1992.

4. fontEs ol, tolEdo CEsar a, tEixEira mz,

KisHi ma, amorim, vo. farmácia homeopática:

teoria e prática. são Paulo, manole, 3ª , 2008, p.

3-57.

5. gErbEr r. mEdiCina vibraCional – uma me-

dicina para o futuro. são Paulo, Cultrix, 1988, p. 74.

6. grandgEorgE d. Hipótese sobre o mecanismo

de ação da homeopatia em função das recentes

contribuições produzidas pela neurofisiologia.

revista Homeopática (sP), 163: 27-33, 1984.

7. Holandino C. a Homeopatia e os modelos

experimentais para a compreensão das proprie-

dades físico-químicas e biológicas dos sistemas

dinamizados. revista de Homeopatia, 72(3/4):

15-18, 2009.

8. KossaK-romanasCH a. Homeopatia em 1000

conceitos. são Paulo, Elcid, 3ª, 2003, p. 14.

9. la roCHE a. la memória del agua. uma hipóte-

sis psicobiofísica. gaceta Homeopatica de Caracas,

Julio – diciembre, p. 5-9, 1998.

10. lErnEr m. la memoria del agua, la promessa

de la homeopatía. la Homeopatía de mexico, sep-

tiembre – octubre, p. 165-77, 1996.

11. liCona Jt. Energía medicamentosa. Concep-

tos actuales y mecanismo de acción del medica-

mento homeopático. Homeop méx, 73: 215-28,

2004.

12. PinEdo fm. Homeopatía y física cuántica. la

Homeopatía de méxico, noviembre - diciembre, p.

24-28, 1992.

13. Pirra rg, sECo Jl, mayEr C. la electrod-

inámica cuántica y la homeopatía. Homeopatía,

65: 429-40, 2000.

14. PoitEvin b. mecanismos de ação de medi-

camentos de uso homeopático. dados recentes e

hipóteses. 1ª parte: mecanismos físico-químicos.

l´Homeopathie Europénne, 1(1) : 45-50, 1993.

15. PoitEvin b. mecanismos de ação dos medi-

camentos de uso homeopático. dados recentes

e hipóteses. 2ª parte: mecanismos biológicos.

l´Homeopathie Europénne, 1(2): 29-33, 1993.

16. PustiglionE m. o moderno organon da arte

de curar de samuel Hahnemann. são Paulo, robe

Editorial, 2ª , 2004, p. 196.

17. sECo Jl, mayEr C. uma teoria magneto-

informática sobre los efectos de los remedios

homeopáticos. Homeopatía, 63: 127-41, 1998.

18. WEingärtnEr, o. What is the therapeutically

active ingredient of homeopathic potencies? Ho-

meopathy, 92: 145-51, 2003.

Page 13: Revista Fapes - 3ª Edição

Revista FAPES

avaliação ElEtromiogrÁfiCa do tratamEnto dE mordida Cruzada PostErior Com assoCiação dE Pistas dirEtas E indirEtas Planas: rElato dE um Caso ClíniCo na dEntição mista

Peres, rCr; sperandéo, mla; tavares, P; bittencourt, mCC; Pereira, Cr; Pergoli, Crsf; sperandéo, rCa.

rEsumo O objetivo do trabalho foi avaliar as mudan-ças do padrão muscular na mordida cruzada poste-rior (MCP) antes e após o tratamento com a asso-ciação de Pistas Diretas Planas (PDP) e aparelho de Pistas Indiretas Planas Simples (PIPS). É apresentado o caso de paciente aos 10 anos com MCP D e dor de cabeça do lado D (direito). Foram usados métodos de diagnóstico e de tratamentos específicos da Or-topedia Funcional dos Maxiales e Eletromiografia (EMG) dos músculos temporais e masséteres em três tempos: T0 (pré tratamento), T1 (6 meses após início do tratamento) e T2 (um ano após o início). Os resultados mostraram que ocorreram mudanças no padrão desses músculos nos três tempos.

introdução A MCP caracteriza-se por uma alteração na oclusão dos arcos dentários no sentido transversal (Moyers, 1991). Esta maloclusão implica numa atre-sia do arco dentário superior influenciando o padrão de fechamento da mandíbula e o padrão da masti-gação (Silva Filho et al., 1992), uma vez que quando da presença do cruzamento, existe uma diminuição do espaço vertical e a impossibilidade de realizar o movimento de balanceio deste lado, levando o in-divíduo à mastigação do lado cruzado (Marchesan, 2000). Na MCP verdadeira a posição cêntrica coin-cide com a máxima intercuspidação com ausência de desvios. A MCP funcional apresenta desvio de posição de mandíbula para fugir de uma intercuspi-dação oclusal instável (Silva et al., 1992). Fatores eti-ológicos: respiração deficiente, hábitos (sucção de dedo e chupeta), posição postural de sono, perda

Palavras-chave: Homeopatia. Vitalismo. Medicamento. Farmacologia. Quântico.

precoce ou retenção prolongada de decíduo e atre-sias, patologias subsequentes ao nível de côndilo, de músculos e crescimento assimétrico (Egermark e Eriksson, 1982). De acordo com Planas, 1997, o equilíbrio do SE existe quando a máxima intercuspidação coin-cide com o primeiro contato dental de fechamento da mandíbula, com os côndilos em RC. A masti-gação deve ser bilateral alternada com contatos no maior número de dentes no LB e leves contatos nos dentes posteriores. O Plano Oclusal está paralelo ao Plano de Camper e a função oclusal congruente como o trabalho de todos os músculos envolvidos neste processo. Os músculos envolvidos na masti-gação são: Músculos elevadores: masseter, pterigoi-deo medial e temporal; Depressores: pterigóideo lateral, digástrico; Lateralidade: pterigóideo lateral e medial, temporal, suprahioideos; Protrusão: mas-seter, pterigóideo lateral e medial; Retrusão: tem-poral, digástrico (Cadden & Orchardson, 2009). A atividade correta destes músculos permite o desen-volvimento da função da mastigação dentro de pa-drões adequados, influenciando beneficamente a definição das formas e contornos das arcadas. Com a presença da maloclusão, todo o padrão muscular é alterado e consequentemente o sistema trabal-hará também de forma alterada, prejudicando sua função muscular e óssea (Planas, 1997). A análise de atividade muscular masti-gatória em indivíduos com alterações oclusais pode fornecer dados úteis sobre o impacto funcional das discrepâncias morfológicas. A EMG de superfície, que permite o acompanhamento dos principais músculos mastigatórios (masseter e temporal ante-

Page 14: Revista Fapes - 3ª Edição

Revista FAPES

rior) com resultados semelhantes aos obtidos com registro intramuscular (Belser & Hannam,1986) e em crianças com MCP, utilizando a EMG, encontrou-se maior atividade da porção posterior do músculo temporal no lado cruzado que do lado não cruzado, tanto em posição postural como durante a masti-gação (Ingerval e Thilander, 1975; Andrade et al., 2009).Diversos tratamentos são conduzidos para o trata-mento da MCP, neste trabalho é apresentado um caso clínico com MCP D (direita) tratado com PDP e PIPS. As PDP são construídas diretamente sobre os dentes decíduos e destacam-se por mostrar de forma simples como o trabalho mastigatório e suas variações podem influenciar o crescimento dentoal-veolar e maxilar, adaptando as estruturas morfológi-cas funcionais para a mastigação (Limme, 2006). O aparelho PIPS caracteriza-se por liberar os movi-mentos funcionais da mandíbula, eliminando inter-ferências e equilibrar a situação e profundidade do Plano Oclusal (Planas, 1997; Simões et al., 1992).

rElato dE Caso ClíniCo Paciente aos 10 anos, gênero feminino, com dor de cabeça na região temporal do lado direito. Para diagnóstico conclusivo foram realizados ex-ames clínicos: geral e clínico dentário / funcional (EDF). O exame geral foi realizado para avaliação de presença de assimetrias faciais e no EDF foi regis-trada ausência ou presença de cárie, tipo de den-tição, alterações dentárias, inclinação dos incisivos superiores e inferiores, tipo de mordida, desvio de linha média (DLM), relação de molares e caninos, realizada apalpação muscular, registro do ângulo funcional mastigatório Planas (AFMP), tipo de mas-tigação, movimentos de lateralidade e oclusão cên-trica. A paciente apresentou assimetria facial caracterizada pelo desvio do mento para a direita, mandíbula esquerda maior que a direita, face di-reita mais volumosa, dentição mista com protrusão dos incisivos superiores, relação de molar e canino em Classe II de Angle no lado D e Classe I no lado es-querdo (E); MCP D; limitação de movimento na lat-eralidade D/E; DLM para direita com uma leve hiper-trofia dos músculos masseter e bucinador do lado D, o que confirmava a assimetria. O AFMP medido no dia do exame era menor do lado direito (lado cruzado). (figura 1)

(Figura 1)

(Figura 2)

(Figura 3)

fichas gnatostática e Calcográfica; análise de si-metria de Panorâmica e modelos gnatostáticos Na ficha gnatostática a paciente apresenta-va Perfil A, DLM e Desvio de Postura de Mandíbula (DPM) para direita. Ficha Calcográfica - Mandíbula: DPM D e anteroposterior maior à E. Maxila: Trans-versal menor à D (região de IL ao 2º molar decíduo), anteroposterior maior à D. LEM – Maxila: 7/4 e Man-díbula: 2/2. Análise de Simetria de Panorâmica: a única medida com valor diferente é a altura do cor-po da mandíbula, lado D 26mm (coerente com o LT D na MCP) e lado E 29mm. O elemento 24 estava inclinado em direção ao 23 bloqueando-o. Foi feito corredor de erupção extraindo o 64. (figura 2)

modelos gnatostáticos Frontal: Protrusão de incisivos superiores (IS) com diastemas. Posterior: Mandíbula mais alta (lado cruzado). Lado D: cruzado, Plano Oclusal (PO) e Plano de Camper (PC) em relação de Classe II. Lado E: relação do Plano Oclusal com Plano de Camper paralelos entre si. (figura 3)

Page 15: Revista Fapes - 3ª Edição

Revista FAPES

anÁlisE da CEfalomEtria dE bimlEr

Fatores: 1=5,33; 2= 6,10 e 7=12,16. Ângulo IS=126,4 e Ângulo incisivo inferior= 109,3 e ângulo goníaco =125,9.Diagnóstico: Displasia Microrrínica (DM), classe II com protrusão de IS, retrusão dos inferiores. Emb-ora apresentasse PO característico de mordida ab-erta (MA) e ângulo goníaco grande, outros fatores compensavam para não ocorrer MA, como por ex-emplo índice facial suborbital meso e fatores 4 e 8 negativos, com o 8 maior que o 4 compensando a possível MA. Os fatores 4 e 8 associados ao fator 7 aumentado, caracterizam DM que neste caso é com tendência a MA.

diagnóstiCo final Crescimento assimétrico em estágio inicial com predominância da assimetria no vertical, DPM D com MCP D, mastigação unilateral D e DM com Classe II-1 e tendência a MA.

Plano dE tratamEnto Associação de PDP e PIPS II. Entretanto, como havia interesse em se observar a resposta muscular frente a esta conduta, foi solicitada a Análise Eletro-miográfica antes da instalação do aparelho e con-fecção de pistas, após 6 meses e 12 meses de trata-mento. Foram realizados desgastes nas cúspides: mésio-palatina do 53 na disto-vestibular do 83. As PDPs foram confeccionadas com resina fotopolimerizável. As resinas foram colocadas na oclusal e vestibular do 54/55 e na vestibular do 53. O aparelho PIPS II foi adaptado com as pistas inferiores tangentes às faces linguais dos molares e premolares (ou molares decíduos), indo de dis-tal de canino até o apoio oclusal no molar. As su-periores ficaram separadas das faces linguais para que as cúspides linguais dos molares inferiores pu-

dessem ocluir livremente, indo da distal de canino até primeiro molar. As PDP e a instalação do aparel-ho PIPS II com Bumper inferior foram realizadas na mesma sessão. (figura 4)

Coleta de sinal eletromiográfico A aquisição eletromiográfica foi treinada dias antes a fim de familiarizar a paciente com o procedimento de exame e das tarefas de relaxa-mento mandibular (repouso - R), contração isomé-trica (máxima intercuspidação - MI) e mastigação bilateral ( M). O alimento utilizado durante o exame foi pão de queijo. Foram realizadas três tomadas de amostras do sinal eletromiográfico de cada proced-imento (repouso, isometria e mastigação) nos três campos T0 (antes do tratamento), T1 (6 meses após o início do tratamento) e T2 (1 ano após início do tratamento). A média das três tomadas em cada procedi-mento foi analisada como resultado final. Durante todo o exame a paciente permaneceu sentada em uma cadeira, com as costas completamente apoia-das no encosto, plano de Frankfurt paralelo ao solo, olhos abertos, pés apoiados no solo e braços apoia-dos sobre os membros inferiores.

rEsultados:resultados do sinal eletromiográfico Após as três avaliações eletromiográficas nos tempos Pré Tratamento (T0), Pós Tratamento Ortopédico Funcional dos Maxilares, aos seis me-ses (T1) e Pós 1 ano (T2), as seguintes observações foram realizadas. (tabela 1)

(Figura 4)

Page 16: Revista Fapes - 3ª Edição

Revista FAPES

(Tabela 1 – Avaliação EMG dos músculos masseter e feixe anterior do temporal nos tempos T0, T1 e T2.)

(Figura 5)

(Figura 6)

resultados Clínicos, das fichas: gnatostática e Calcográfica e modelos gnatostáticosApós um ano de tratamento, clinicamente a face ficou simétrica com o mento centralizado, DLM D, descruzamento do lado D, redução da Classe II e da protrusão superior, mastigação preferencial E. (fig-ura 5)

Na segunda ficha gnatostática, calcográfica e mod-elos gnatostáticos é possível observar mudanças favoráveis com relação à posição mandibular e dos incisivos, paralelismo entre os PC e PO. Ficha Gna-tostática: Perfil A, mandíbula centralizada, DLM D. Modelos Gnatostáticos: Descruzamento da mor-dida; PC e PO paralelos e presença de curva de de-colagem. Ficha Calcográfica: Maxila - sentido anter-

oposterior simétrico e maior no transversal direito, 2/2. Mandíbula: Centralizada e simétrica, 2/4. (fig-ura 6)

disCussão: A MCP é uma das maloclusões mais comuns em indivíduos em crescimento e é caracterizada por promover alterações complexas no SE. A aval-iação muscular é de grande utilidade quando ex-iste a presença de alguma disfunção ou quando se deseja saber a resposta muscular frente ao uso de diferentes aparatologias. A anatomia e função dos músculos mastigatórios já vêm sendo examinados pela ultrassonografia e EMG (Ariji et al., 2004; Lan-dulpho et al., 2004; Andrade et al., 2009) e como no caso apresentado.

■ na avaliação Emg em r:- Em T0, o Temporal D estava mais ativo que o E, pois nesse lado ele precisava se contrair mais para compensar a Dimensão Vertical (DV) reduzida. Esta maior contração do lado direito é devido a presença da maloclusão cruzada e poderia justificar a sintom-atologia dolorosa da cabeça, pois é considerada um dos fatores de risco na etiologia das dores de cabeça em crianças e adolescentes (Thilander et al., 2002; Lambourne et al., 2007; Sivakumar et al., 2008). - Em T1, devido ao aumento da DV do lado D o Mas-seter e o Temporal, deste mesmo lado, foram acio-nados. Já os mesmos músculos do lado E, onde a DV foi reduzida, estão menos contraídos, pois a posição postural da mandíbula foi mantida com menor es-forço. Esta ação do Masseter pode ser interpretada como uma fase de readaptação do SE frente à nova situação gerada pelo tratamento. - Em T2, nota-se que o Temporal e o Masseter, dos dois lados, não apresentam atividade eletromiográ-fica sugerindo que o tratamento foi eficiente, pois o SE está mantendo a mandíbula em R com o mínimo esforço, de forma equilibrada.

na avaliação Emg em mi:- Em T0, ambos os Temporais apresentaram hipera-tividade quando comparados aos Masseteres, pois

Page 17: Revista Fapes - 3ª Edição

Revista FAPES

ao final do fechamento da boca estavam sendo mais solicitados. Em uma mordida normal os dois músculos apresentam atividades semelhantes (Vi-anna-Lara et al., 2009). - Em T1, no lado direito, o Masseter estava mais ativo que o Temporal e que ambos os Temporais apresentaram uma reduzida contração. A presença das PDP na ausência das pistas indiretas foi e ainda é a responsável pela mudança neuromuscular que está em curso no SE. - Em T2, os Masseteres quase que dobraram de in-tensidade quando comparados a T1 e o Temporal E passou a ter um valor maior que o direito, con-sequência da mudança do lado da mastigação, ou seja, lado da Mínima Dimensão Vertical. As mudan-ças alcançadas contribuíram para a redução dos sin-tomas de dor de cabeça. De fato, existem relatos da existência de uma associação significativa entre a MCP e sintomatologia de DTM (Alárcon et al., 2000; Andrade et al., 2009).

na avaliação Emg em m (mastigação bilateral al-ternada)- Em T0, o Temporal D estava mais ativo que o Mas-seter, sugerindo que em MCP o Temporal assume também esse papel de músculo de força masti-gatória devido a DV diminuída. Sabe-se que, para uma mastigação eficiente as fibras do Masséter se contraem, a mandíbula se eleva e os dentes entram em contato. Neste caso, com presença de MCP, mes-mo existindo uma adequada contração do Masséter, os dentes não ocluiriam corretamente em virtude do cruzamento, interferindo na atividade completa do Masséter tornando-o menos ativo (Alárcon et al., 2000; Piancino et al., 2009).- Em T1, os Temporais estavam menos ativos que os Masseteres e menos ativos que em T0, sugerindo que os mesmos estão em fase de recuperação de suas funções. O Masséter D não apresentou mudan-ça, já o E apresentou uma diminuição de atividade, mesmo com a inversão da mastigação para o lado E, podendo sugerir que no Masséter E está ocorrendo um rearranjo de fibras musculares (Isiegas et al., 2008) por seu desempenho nesse período. Em T2, o Masséter E é o que apresenta o valor mais alto caracterizando a retomada de sua função de músculo de força mastigatória. Os Temporais re-cuperaram sua função de músculos elevadores da mandíbula (responsáveis pela manutenção da man-díbula em R), e apresentam valores diferentes, o Temporal E maior que o D, mostrando que o lado E

tem DV menor, e se firmou como lado preferencial da mastigação, compatível com os valores da EMG. É importante ressaltar que as PDP tiveram um papel ímpar na manutenção da estimulação, pelo fato de não serem removíveis como o aparelho, pois em oclusão cêntrica, os espaços livres entre os molares, antes presente no lado cruzado, passaram a ser preenchidos por resina que mantiveram a situ-ação de não cruzamento. As PDP assim com as pistas do aparelho fa-cilitaram o movimento de lateralidade, orientando a posição do PO, reabilitando as ATMs, corrigindo a distoclusão (impedindo a possível mesioclusão) e transpondo a oclusão cruzada (Planas, 1997). Este tratamento baseia-se no princípio de que a masti-gação é uma verdadeira “matriz funcional” capaz de estimular o crescimento dos arcos dentários e dos maxilares (Planas, 1997). Diante dos resultados obtidos, pode-se sugerir que após o tratamento, houve readaptação morfológica e funcional do microsistema neuro-muscular do SE, podendo garantir seu crescimento e desenvolvimento em situação de equilíbrio mor-fológico e funcional. Esse SE crescendo em harmonia possibilitará à paciente uma dentição permanente em situação de equilíbrio funcional e estético.

ConClusão- Na MCP está presente assimetria na atividade EMG dos músculos Temporal e Masséter;- A hiperatividade presente dos músculos Temporais da mandíbula em R antes do tratamento ortopédico funcional dos maxilares foi reduzida com o decorrer do tratamento com associação de PDP e PIPS;- O músculo Masséter com o decorrer do tratamento recuperou a sua função na mastigação;- Existem mudanças favoráveis pós-tratamento que conduzem à melhoria da atividade muscular dos músculos mastigatórios;- Novos estudos são requeridos para comprovar os benefícios que a Aparatologia Ortopédica Funcion-al pode proporcionar.

referências

1- andradE ada s, gamiEro gH, dErossi m,

gavião mb. Posterior crossbite and functional changes.

a systematic review. angle orthod. 2009; 79(2):380-6.

review.

Page 18: Revista Fapes - 3ª Edição

Revista FAPES

2- ariJi y, saKuma s, izumi m, sasaKi J, Kurita

K, ogi n Et al. ultrasonographic features of the

masséter muscle in female patients with temporo-

mandibular disorder associated with myofascial

pain. oral surgery, oral medicine, oral pathology,

oral radiology and endodontics. 2004; 98(3):337-

41.

3- bElsEr uC, Hannam ag. the contribuition of

the deep fibers of the masséter muscle to selected

tooth-clenching and chewing tasks. J Prosthet

dent. 1986; 56(5):629-35.

4- CaddEn sW, orCHardson r. mastication and

swallowing: 2. Control. dent update. 2009; 36(7):

390-2, 394-6, 398.

5- EgErmarK l, EriCKsson E. malocclusion and

some functinal recording of the maticatory system

in swedish

schoolchildren. swed dent Journal. 1982;6:9-20.

6- ingErval b, tHilandEr b. activity of tempo-

ral and masséter muscles in children with a lateral

forced bite. angle ortho. 1975; 45:249-258.

7- isiEgas C, mCdonougH C, Huang t,

HavEKEs r, fabian s, Wu lJ Et al. a novel

conditional genetic system reveals that increasing

neuronal camP enhances memory and retrieval. J

neurosci. 2008; 28 (24):6220-30.

8- Jämsä t, KirvEsKari P, alanEn P. maloc-

clusion and its association with clinical signs of

craniomandibular disorder in 5,10 and 15 years

old children in finland. Proc finn dent soc. 1988;

84(4):235-40.

9- KandEl Er, sCHWartz JH, JEssEl tm. Princí-

pios da neurociência. barueri: manole; 2009. 4ed.

10 – lambournE C, lamPasso J, buCHanan

WC Jr, dunford r, mCCall W. malocclusion as a

risk factor in the etiology of headaches in children

and adolescents. am J orthod dentofacial orthop.

2007; 132(6):754-61.

11- landulPHo ab, E silva Wa, E silva fa,

vitti m. Electromyographic evaluation of mas-

seter and anterior temporalis muscles in patients

with temporomandibular disorders following

interoclusal appliance treatment. Jounal of oral

rehabilitation. 2004; 31(2):95-8.

12- marCHEsan iQ. the speech pathology

treatment with alterations of the stomatognathic

system. int J orofacial myology. 2000; 26:5-12.

13- mErlEtti r. standards for reporting Emg

data. J Electromyogr Kinesiol. 1999; 9(1):iii-iv.

14- Planas P. reabilitação neuroclusal. rio de

Janeiro: ed. meds: 1997. 2 nd.

15- silva, og;Pinto, dm; alvarEs, lC. alter-

ações condilares associadas às mordidas cruzadas

funcionais. ortodontia. 1992; 25(2):41-51.

16- simõEs, Wa; PEtroviC, ag; stutzmann, JJ.

modus operandi of Planas’ appliance. J Clin Ped

dent. 1992; 16(2): 79-85.

17- sivaKumar a, gandHi s, valiatHan a. mal-

occlusion and headache. am l orthod dentofacial

orthop. 2008; 133(4):488.

18- tHilandEr b, rubio g, PEna l, dE may-

orga C. Prevalence of temporomandibular

dysfunction and its associatin with malocclusion in

children and adolescents: an epidemiologic study

related to specified stages of dental development.

angle orthod. 2002;72(2):146-54.

19- vianna-lara ms, Caria PH, tosEllo dE o,

lara f, amorim mm. Electromyographic activity

of masseter and temporal muscles with different

facial types. angle orthod. 2009;79(3):515-20.

Page 19: Revista Fapes - 3ª Edição

Revista FAPES

traCionamEnto dE Caninos rEtidos Envolvidos Por Cisto dEntígEro

semyra giovannini maccheronio andré marçal guerreiro

sandra tiberio maxwell lopes de Carvalho

Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial - Profes-sora assistente do Curso de Especialização em Orto-dontia - FAPES

Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial - Profes-sor assistente do Curso de Especialização em Orto-dontia - FAPES

Especialista e Mestre em Ortodontia – Coordenadora do Curso de Especialização em Ortodontia - FAPES

Mestre e Especialista em Ortodontia e Dentística Res-tauradora – Professor assistente do Curso de Especiali-zação em Ortodontia - FAPES

rEsumo Dentre os cistos odontogênicos de desen-volvimento o cisto dentígero é o mais comum, as-sociado à coroa de um dente retido, impactado ou não irrompido, unido ao dente na junção cemento-esmalte. Tem relevante importância, dada a sua alta incidência em indivíduos jovens. Seu desenvolvi-mento compromete o eixo de erupção do dente envolvido, podendo promover reabsorção de raiz de dentes vizinhos, sendo a maior incidência em terceiros molares, ficando em segundo lugar os caninos superiores. O diagnóstico da lesão é obtido por meio clínico e radiográfico, sendo de grande importância a avaliação através da tomografia com-putadorizada de feixe cônico (TCFC) para a determi-nação da localização e dimensões da lesão. Relata-mos o caso clinico de uma paciente de 12 anos de idade em que foi diagnosticado cisto dentigero en-volvendo os caninos superiores, diagnóstico apoi-ado na avaliação da TCFC, que auxiliou na conduta cirúrgica e ortodôntica, guiando a idealização de uma barra transpalatina modificada, ancorando o tracionamento precoce, o que permitiu restabelec-er o correto comprimento e forma do arco, para o prosseguimento da mecânica.

introdução E disCussão O conceito clássico de cisto define como sendo uma cavidade patológica que ocorre no in-terior de tecidos moles e ósseos, revestido por epitélio, contendo em seu interior material fluido ou semi-fluido. Dentre os cistos que ocorrem na cavidade bucal podemos destacar os cistos odon-togênicos associados comumente à dentes, clas-sificados como de desenvolvimento por serem de-rivados do epitélio de desenvolvimento do órgão dentário, dependendo, portanto da fase de odon-togênese em que se originam, a partir de um es-

tímulo não- inflamatório1,2 Dentre os cistos odontogênicos de desen-volvimento o cisto dentígero é o mais comum, as-sociado a coroa de um dente impactado ou não irrompido. Sua etiopatogenia não é ainda bem definida, sendo apoiada na possibilidade de prolif-eração epitelial em torno do dente, enquanto não irrompe1-3,4,5. Normalmente envolve, na sequencia de prevalência, terceiros molares inferiores, caninos superiores, supranumerários e ocasionalmente od-ontomas, em pacientes do sexo masculino e entre as três primeiras décadas de vida2-5. São lesões expansíveis, de desenvolvimento lento e assintomático, podendo comprometer o eixo de erupção do dente envolvido, reabsorção de dentes vizinhos e, nos casos de dimensões consid-eráveis, uma deformação facial1-5, necessitando de intervenção cirúrgica. O diagnóstico da lesão é obtido por meio clinico, quando da ausência do órgão na cavidade bucal ou por tumefação da área, e radiográfico, na maioria das vezes, uma achado radiográfico, sendo de grande importância a Tomografia Computadori-zada de Feixe Cônico (TCFC), para a precisa locali-zação, dimensões e estruturas comprometidas1-6,7. A característica dimensional da imagem cística é de que a radioluscencia pericoronal ultrapassa 4 mil-imetros em sua maior extenção8. As técnicas cirúrgicas empregadas incluem a descompressão nos casos de dimensões muito aumentadas para que em uma segunda etapa cirúr-gica seja executada a enucleação cistica, a marsu-pialização e a enucleação com remoção do dente envolvido. A escolha da técnica depende também de alguns outros itens a serem observados: idade do paciente, angulação e eixo de erupção, espaço in-

Page 20: Revista Fapes - 3ª Edição

Revista FAPES

terdental, comprometimento ou não de outras es-truturas. O objetivo principal é a preservação do órgão dental, favorecendo com a técnica cirúrgica a erupção espontânea, ou mesmo o tracionamento ortodôntico, desde que seja observado o grau de formação da raiz dentária. A preservação é focada na manutenção da função e estética, preservando sua posição intraóssea e a manutenção do compri-mento do arco Quando o dente envolvido já possui formação completa da raiz, e com eixo de erupção desfavorável até para tracionamento ortodôntico a enucleação do cisto e a remoção do órgão dentário envolvido é a técnica de eleição 5-9.

Caso ClíniCo Paciente do gênero feminino, com idade de 13 anos e 9 meses, encaminhada para avaliação or-todôntica pós remoção de cisto dentígero envolv-endo o órgão 33, o qual também foi removido devi-do ao comprometimento envolvendo localização, dificuldade do tracionamento ortodôntico. Avaliada a radiografia panorâmica que foi trazida pela paciente observou-se o envolvimento dos dentes 13 e 23 com cisto dentígero, que em-bora estivessem com raiz completamente formadas, optou-se por tentar manter estes órgãos para que a paciente não tivesse mais uma perda e não compro-metesse forma e comprimento do arco. O diagnóstico foi complementado com TCFC que possibilitou a medição conclusiva do ta-manho da lesão e o não comprometimento das raízes dos dentes 12 e 22. As imagens deste exame guiou a conduta cirúrgica e a idealização de uma barra transpalatina modificada, para que no mesmo tempo operatório já pudesse ser instalada e iniciada a tração dentária, não esperando o momento or-todôntico ideal que seria apenas ao final do nivela-mento. A barra transpalatina permitiu a ancoragem e tracionamento precoce, possibilitando restabelec-er o correto comprimento e forma do arco, para o prosseguimento da mecânica convencional.

Figura 1- Medições possibilitando diagnóstico, elabo-

Figura 2- Barra transpalatina modificada, elaborada para tracionamento precoce, aproveitando o momento cirúr-gico.

Figura 3- TCFC vista panorâmica e cortes sagitais - mo-mento de controle do tracionamento.

Figura 4- Fio .019”x.025”, fase de tracionamento conven-cional e início de tracionamento do dente 35, impactado porém não acometido por lesão.

ração da conduta cirúrgica e ortodôntica

Page 21: Revista Fapes - 3ª Edição

Revista FAPES

Figura 5- Fio .019”x.025”, fase de tracionamento conven-cional e início de tracionamento do dente 35, impactado porém não acometido por lesão.

referências

1.giovannini J, damiani nEto m, borsoi arm,

barros lfP. descompressão Cística. Espelho

Clinico 2006; 10(54): 12-13.

2.Quadros of, CalvEt Co. Estudo da prevalên-

cia de cistos odontogênicos de desenvolvimento.

rev. fac. odontol 2002; 43(1): 8-14.

3. mEzzomo fs, dall’lgna Cm, CHEvarria

mg, maaHs, maP, burzlaff Jb. Consequencias

ortodonticas do cisto dentígero. ortodon gauch ,

2005; 9(1): 52-60.

4.Parizotto va, Parizotto sPCol, silva all.

opção de tratamento para cisto dentígero extenso

em crianças. bCi, 2001; 8(30): 121-125

5.vaz lgm, robriguEs mtv, fErrEira Junior

o. Cisto dentígero: características clinicas, radi-

ográficas e critérios para plano de tratamento.

rgo 2010; 58(1): 127-130.

6.maCCHEronio sg. tomografia computadori-

zada auxiliando o diagnóstico ortodôntico. in:

tiberio s. ortodontia Clinica-Contemporânea e

multidisciplinar. são Paulo: santos; 2010. cap. 9 p.

141-150.

7.Crosoé-rEbEllo imr, CunHa tma, CamPos

Psf, CavalCanti WC, fraga tl. tracionamento

ortodontico de canino associado a cisto dentígero.

ver fac odontol univ fed bahia, 2003; 27: 50-53.

8.barroso ds, HanEmann JaC, araúJo omb,

PErEira mC. Cisto dentígero na infância- relato

de caso e revisão de literatura. J bras. odontope-

diatr odontol bebê 2002; 5(27): 364-369.

9.santana nm, rEbEllato, nlb, maCHado

man. divergências de tratamento do cisto

dentígero: revisão sistemática. rev. Cir traumatol

buco-maxilo-fac 2012; 12(1): 85-92.

Page 22: Revista Fapes - 3ª Edição

Revista FAPES

faPEs rECEbE PrÊmio na assEmbléia lEgislativaHomEnagEm EsPECial ao dr. Efrain olszEWEr

Foi realizado no dia 14 de Setembro, na Assembléia Legislativa de São Paulo, uma sessão solene para hom-enagear o Dr. Efrain Olszewer pelos seus trabalhos relacionados a Medicina Ortomolecular e premiar a FAPES pelo contínuo trabalho científico feito nas áreas de medicina, odontologia e saúde em geral.Este evento ocorreu graças a grande amiga Maria Pia Finóquio, ex-bailarina do Teatro Municipal e jurada da Dança dos Famosos do Faustão e de nosso grande amigo Sr. Deputado Estadual Fernando Capez, que conduziu brilhante-mente esta homenagem.

Parabéns a todos os professores que fazem um belo trabalho na FAPES, formando grandes profissionais!

Dr. Efrain Olszewer, Dep. Estadual Fernando Capez e Maria Pia Finóquio

Dr. Efrain, símbolo de pessoa, de homem, de pai, de avô e de médico.

Discurso de agradecimento do Dr. Efrain

Page 23: Revista Fapes - 3ª Edição

Revista FAPES

PartiCiPação da faPEs na 18ª Edição do CongrEsso brasilEiro dE ortodontia da soCiEdadE Paulista dE ortodontia

A Ortodontia da FAPES, sob a coordenação da Profª Drª Sandra Tiberio, marcou presença científica no Orto SPO 2012, de 27 a 29 de Setembro, apresentando painel de caso clínico de autoria da Profª Semyra Gio-vannini Maccheronio, Profª Sandra Tiberio, Prof. André Marçal Guerreiro e Prof. Maxwell Lopes de Carvalho, abordando o tema: “Tracionamento de caninos retidos envolvidos por cistos dentígeros”.

Profª Drª Sandra Tiberio apresentou, nessa mesma edição, uma palestra sobre o aparelho de distalização de molar, idealizado e comprovado pela equipe, o DMC de Guerreiro. O tema exposto foi “Distalização de molar controlada: busca de soluções dos efeitos in-desejáveis que ocorrem com aparelhos distalizadores convencionais”, acrescentando dinamismo e criativi-dade à Ortodontia Brasileira.

Page 24: Revista Fapes - 3ª Edição

Revista FAPES

Cursos faPEs odontologiaCursos dE EsPECialização

EsPECialização Em imPlantodontia – turma 09

EsPECialização Em imPlantodontia

EsPECialização Em ortoPEdia funCional dos maxilarEs – turma 03

EsPECialização Em Endodontia – turma 03

EsPECialização Em PrótEsE dEntÁria

EsPECialização Em odontogEriatria

Pósgraduação Em HomEoPatia – turma 02EsPECialização Em ortodontia

– turma 03

Coordenação: Dr. Antônio Carlos B. Rodrigues da SilvaDia e Horário: Terça-Feira (09:00 às 18:00 horas) – curso com módulos semanais

Coordenação: Dr. Jamil Awad ShibliDia e Horário: Quinta, Sexta e Sábado (09:00 às 18:00 horas) – curso com módulos mensais

Coordenação: Dra. Maria Luiza SperandéoDia e Horário: Quarta, Quinta e Sexta (09:00 às 18:00 horas) – curso com módulos mensais

Coordenação: Dr. Harry DavidowiczDia e Horário: Quinta, Sexta e Sábado (09:00 às 18:00 horas) – curso com módulos mensais

Coordenação: Dr. Rogério Adib KairallaDia e Horário: Segunda-Feira (09:00 às 18:00 horas) – curso com módulos semanais

Coordenação: Dra. Denise TibérioDia e Horário: Quinta, Sexta e Sábado (09:00 às 18:00 horas) – curso com módulos sema-nais

Coordenação: Dr. Mario Sérgio GiorgiDia e Horário: Sexta-Feira (14:00 às 21:00 ho-ras) e Sábado (09:00 às 18:00 horas) – curso com módulos mensais

Coordenação: Dra. Sandra TibérioDia e Horário: Quinta-Feira (09:00 às 18:00 horas) – curso com módulos semanais

Telefone:(11) 3672.1122(11) 3873.4000

Email:[email protected]

Redes sociais:twitter.com/_fapesfacebook.com/fapes.net

Acesse:www.fapes.net

Endereço:Rua Campevas, 197, Perdizes - São Paulo - SPCEP 05016-010

anuncie conosco! Revista enviada para mais de 75 mil dentistas em São Paulo!Envie e-mail para [email protected]

FALE COM A FAPES

Page 25: Revista Fapes - 3ª Edição

Revista FAPES

Cursos faPEs odontologiaCursos dE atualização

imPlantodontia Com EnfasE Em Cirurgias avançadas

intEgração imPlantE-PrótEsE-rEabilitação

ortodontia – tyPodont Com sistEma dimond

auxiliar Em saúdE buCal – rEConHECido Cfo

formação dE ProfEssorEs

Cirurgia oral mEnor

ortoPEdia funCional dos maxilarEs

bioCibErnétiCa buCal

Coordenação: Dr. Eduardo Kalil e Dr. Jamil Awad ShibliDia e Horário: Quarta-Feira (09:00 às 18:00 horas) – curso com módulos mensaisDuração: 10 meses

Coordenação: Dr. Ricardo PassadoreDia e Horário: Terça-Feira (13:00 às 17:00 horas) – curso com módulos semanaisDuração: 10 meses

Coordenação: Dra. Luciana RomaniDia e Horário: Segunda-Feira (18:00 às 22:00 horas) – curso com módulos quinzenaisDuração: 04 meses

Coordenação: Dr. Daniel OlszewerDia e Horário: Sábado (09:00 às 12:00 horas) – curso com módulos quinzenaisDuração: 08 meses

Coordenação: Prof. Dr. Antonio Carlos B. Rodrigues da Silvae Profa. Marília Odete Rodrigues da SilvaDia e Horário: Terças-feiras (19:00 às 21:30 horas)Curso com módulos quinzenaisDuração: 04 meses

Coordenação: Dr. Eduardo Kalil e Dr. Jamil Awad ShibliDia e Horário: Segunda-Feira (09:00 às 17:00 horas) – curso com módulos quinzenaisduração: 06 meses

Coordenação: Dra. Maria Luiza SperandéoDia e Horário: Quarta-Feira (14:00 às 20:00 horas) – curso com módulos mensaisDuração: 07 meses

Coordenação: Dra. Rita SperandéoDia e Horário: Sexta-Feira (09:00 às 18:00 horas) e Sábado (09:00 às 12:00 horas) – curso com módulos mensaisDuração: 08 meses

Telefone:(11) 3672.1122(11) 3873.4000

Email:[email protected]

Redes sociais:twitter.com/_fapesfacebook.com/fapes.net

Acesse:www.fapes.net

Endereço:Rua Campevas, 197, Perdizes - São Paulo - SPCEP 05016-010

anuncie conosco! Revista enviada para mais de 75 mil dentistas em São Paulo!Envie e-mail para [email protected]

FALE COM A FAPES

Page 26: Revista Fapes - 3ª Edição

Revista FAPES