revista expressa mais | edição 12 - agosto 2012

Histórias reais.A relação de trabalho entre pais e filhos.

Pai moderno.Quem será esse fulano?

De pai para filhoFamília Alves é exemplo de tradição, respeito e admiração mútua entre pais e filhos.

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2 expressamais.com.br | agosto 2012

EDITORIALVida longa a quem se expressa!

Comemorando o primeiro aniversário da Expressa Mais, a diretora Priscila Zanon fala sobre as expectativas e o futuro da revista.

Viviane Pironelli Jornalista e Escritora.

Ana Luisa Feres Colunista

Priscila ZanonDireção Geral

Gustavo ClementeJornalista Responsável

Agosto é mês de aniversário

da Expressa Mais! Um ano, cerca de 52 semanas e 8760 horas que envolveram

levantamento de informações corretas, escolha dos melhores cliques e elementos gráficos, de

divertidas reuniões de pauta e de opiniões debatidas com a seriedade de quem quer profissionalismo e

respeito com o mais importante integrante da equipe: o leitor. O nome “Expressa Mais!”, com a interjeição, refere-se ao objetivo de dar liberdade de expressão para quem vive na Zona Sul de Ribeirão Preto.

O projeto de investir na leveza editorial e adotar um perfil de publicação criativa e regionalizada nasceu de Priscila Zanon. Dona de percepção, curiosidade nata, e empreendedora por vocação, ela se encantou com as características do comércio de Bonfim Paulista, no qual pessoas se conhecem pelo nome e relações comerciais são seladas com o cheiro de um café

coado na hora. “Amo pessoas e suas histórias, gosto de tudo que tem espírito livre, de bom humor, por

isso me encantei com o comércio local. Percebi que além de agradável, ele tinha alto potencial

e produtos de qualidade surpreendente, que precisavam ser divulgados”.


EDITORIAL

Adilson Baptista Jornalista e

Diagramador.

Lula Amaral Designer

Marcelo BrigatoFotógrafoEla explica que o desejo

de dar expressão à comunidade teve início com um encarte distribuído no Jornal Expresso Zona Sul, que circulava mensalmente no distrito. “Não tem como falar da Expressa sem falar de tudo que já foi feito pela imprensa local, processo que começou com ‘O Distrito', dos jornalistas Gustavo Clemente, Adilson Baptista e Viviane Pironelli”, diz a diretora da Expressa Mais.

Para Priscila o maior desafio nesses primeiros 365 dias de Expressa Mais foi compor uma equipe que partilhasse do mesmo sonho, e fosse profissional acima de tudo. “A revista hoje tem uma equipe forte, que fala a mesma língua. Fotografia, jornalismo, área comercial, design gráfico, e logística de distribuição, tudo isso é o que faz a nosso trabalho girar até chegar as ruas”, diz.

E quem pensa que o sentimento dela é só de realização, que se expresse agora ou se cale para sempre. “É de responsabilidade, isso sim. Quero mais!

Tenho planos novos, a equipe têm ideias novas e a principal mudança para as próximas edições está nas editorias e na redação da revista. Ao visualizar essa 12ª edição eu não consigo parar de pensar nos passos necessários para a Expressa completar a 24ª”, ressalta.

Publicação Mensal 6000 exemplares Direção Geral Priscila Zanon Jornalista Responsável Gustavo Clemente Mtb 57.369 A Revista Expressa Mais é uma publicação mensal de distribuíção gratuita Zona Sul de Ribeirão Preto, sendo Bonfim Paulista, 17 Condomínios, Mercadão da Cidade, Ribeirão Shopping e Av.Presidente Vargas. A Expressa Mais não se responsabiliza pelos conteudos publicados em artigos assinados e declarações. A opinião da revista é expressa em seu editorial. É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos e ilustrações, por qualquer meio, sem a devida autorização.

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Agradecemos a todos que acreditaram em nosso

trabalho, e que coloboraram para fazer dessa publicação,

um projeto de sucesso.

Obrigado!

expressamais.com.br | agosto 2012

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EQUILÍBRIOPai moderno.Quem será esse fulano?

Como sou mãe de filho pequeno (digo, que ainda não fica sozinho) estou sempre atrasada com os filmes em cartaz nos cinemas. Por isso, só nas férias de Julho consegui assistir a “Os Descendentes” – filme com George Clooney que estreou no começo do ano – e ele me trouxe uma profunda reflexão a respeito do papel do pai moderno.

No filme, o pai (George Clooney) tem que se haver com as filhas – de 17 e 10 anos – após a mãe sofrer um grave acidente e falecer. Ele que vivia para o trabalho e mal as conhecia, precisa achar uma maneira de se comunicar com elas, conhecê-las e ser pai. Gostei muito do filme, vale a pena ver.

Pensando sobre como os pais de hoje estão fazendo para dar conta da distância entre as gerações, conversei com alguns pais e acredito que, apesar de haver praticamente um abismo entre pais e filhos em termos de rotina, desejos, visão de mundo, diversão, e tecnologia, as pontes estão sendo construídas.

Construídas como? Que desafios se apresentam nesse processo?

Ser amigo, mas não ser colega, ou seja, resguardar o lugar de porto seguro que todo pai precisa representar para os filhos em alguns momentos, como imagem energética importante para o amadurecer; mas estar próximo, compartilhar interesses. Ser aquele que por ter mais experiência e serenidade, acolhe, ajuda e incentiva se algum dia as coisas não forem tão bem quanto desejadas.

Como preservar a individualidade do filho e ao mesmo tempo ser exemplo? Como curtir a oportunidade de viver uma nova juventude ou adolescência, junto com os filhos, mas não se deixar perder nesse processo?

Penso que se ocupar dessas questões é se pensar, se observar, se conhecer e se aceitar para então poder ser alguém de verdade na relação com os filhos, compreendendo-se, compreendendo-os.

Acredito que o caminho seja construir essa paternidade junto com os filhos


EQUILÍBRIO

Por Ana Luiza Feres Psicoterapeuta e Terapeuta Floralwww.analuizaferes.blogspot.com

Acredito que o caminho seja construir essa paternidade junto com os filhos, já que poucos pais de adolescentes hoje podem ter inspiração nos seus próprios pais – com quem o abismo foi, na maioria das vezes, intransponível. Sem dúvida exige coragem e disponibilidade. Coisas que o pai moderno tem conseguido manifestar.

Fazendo minha caminhada no parque nesses dias de Julho, me chamou atenção que a quantidade de pais com os filhos, com ou sem as mães, era muito maior que a de mães ou babás. Tinha pai jogando bola com filha, empinando pipa com filho, lendo livro para filho, ninando bebê, treinando duro com o filho adolescente. Lindo!

Também o maior número separações teve sua contribuição nessa aproximação entre pais e filhos, por incrível que possa parecer. Pais que passaram a exercer todas as atividades com os filhos – ainda que apenas no final de semana muitas vezes –, mas muitos só aprenderam depois desse exercício. As novas configurações de família exigem ainda outros aspectos desse relacionamento. Como disse um pai moderno: “É aquele que chama a namorada para dentro de casa, mas nunca perde a companhia dos filhos.”

Esse não perder a companhia dos filhos é que parece ser um aspecto fundamental, e o pai moderno tem feito bastante questão dessa companhia.

No filme, o caminho encontrado pelo pai foi justamente esse: estar junto. Apenas. Observando, tentando captar o mundo delas, pontuando as diferenças de pensamento, aceitando, buscando em cada momento e situação se livrar dos pensamentos prontos a que estivesse preso e se entregar na relação com as filhas e assim partilhar o mundo com elas.

Parabéns pelo dia dos pais a esses fulanos, cicranos, jorges, paulos, andrés, márcios, marcelos e todos os pais modernos!

As novas configurações de família exigem ainda outros aspectos desse relacionamento.

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De pai para filho

Muito mais que uma relação hereditária e afetiva, muitos filhos vêem em seus pais sua escolha profissional. Essa herança benéfica, cultuada pela admiração do olhar do filho em relação a seu pai, e pelo orgulho do olhar do pai em relação ao filho, tem sido uma constante em muitos empreendimentos no distrito de Bonfim Paulista.

Mesmo com a chegada da tecnologia, o clima familiar ainda permeia as atividades de empresas nos mais diversos segmentos. A experiência acumulada se une ao aspecto afetivo existente entre as gerações e, assim, empreendimentos de pequeno, médio e grande porte se mantêm por décadas.

O fato dos filhos assumirem responsabilidades dentro da empresa da família não configura uma falta de opção de escolha, mas sim a vontade de dar sequência ao trabalho de seu antecessor, claro que com o aprimoramento tecnológico e de formação, hoje muito mais acessíveis às novas gerações.

Neste mês dedicado aos pais, a Expressa foi conhecer de perto experiências semelhantes, em que o vínculo genético proporcionou a continuidade e a permanência de empresas por longos anos no mesmo ramo de atividade.

Uma homenagem a quem dedicou e ainda dedica sua vida aos empreendimentos comerciais e de serviços existentes no distrito bonfinense.

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CAPA

Tal pai, tal filho. Filho de peixe, peixe é. Os ditos são conhecidos, e mais que populares, são prova de que filhos se espelham nas decisões e no comportamento dos pais para também tomarem decisões importantes e para a vida toda.

Em Bonfim Paulista, a Família Alves é exemplo de tradição e de uma relação de respeito e admiração mútua entre pais e filhos.

O patriarca, o Coronel Ricardo Armando Alves, deixou saudades e construiu um legado de honestidade e formação admiráveis. O Tenente Coronel Renato Armando Alves herdou do pai a profissão como Oficial da Polícia Militar do Estado de São Paulo e considera a função como uma dádiva divina, porém repleta de responsabilidades. “Todo filho se espelha no seu pai e o vê como herói. Eu também sentia orgulho de vê-lo fardado. A exemplo dele, desde criança admirava as marchas militares e os símbolos Nacionais, que sempre me emocionam”.

Com 49 anos, mestre em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública, o coronel faz parte de uma corporação de aproximadamente 100 mil policiais militares. Soma também experiências e grandes condecorações, e lembra dos ensinamentos do pai na hora de educar os dois filhos, os estudantes Renato e Bruno. “Meu pai me passou valores que levo em minha vida cotidiana e na minha carreira como Militar. Na profissão os maiores ensinamentos foram a disciplina e lealdade. Na vida particular, ensinou-me a ter respeito, ser honesto, e

ter uma vida da qual se orgulhará no futuro”, diz.

Família Alves é exemplo de tradição, respeito e admiração mútua entre pais e filhos

Tenente Coronel Renato Armando Alves

Celebração de posse.

Coronel Ricardo Armando Alves.


CAPA

O tenente coronel também enfatiza que a relação familiar deve ser de respeito mútuo. “O filho deve sempre acreditar no que seu pai fala, mesmo que naquele momento ele não entenda o motivo. Trate bem o seu pai hoje e agora, pois no futuro você talvez não tenha a oportunidade de lhe dizer o quanto você o ama e o respeita”. A tradição na

família acontece também em outro segmento: na odontologia. O jovem estudante Murilo Bonfim Alves seguirá os passos do pai, o cirurgião dentista Dr. Ronaldo Armando Alves, e já se prepara para o vestibular. Conhecido por seu alto profissionalismo e temperamento gentil, Dr. Ronaldo está orgulhoso com a escolha do filho, e ansioso também para saber qual será a opção profissional da filha Júlia. Ao falar do pai, ele recorda seus ensinamentos. “Ele sempre será meu herói, tinha autoridade, era forte, honesto, justo, sempre com aquele olhar de sabedoria. É a pessoa mais inteligente que conheci na vida”, relembra. O renomado cirurgião conta que ao ser tornar pai, olhou para o Cel. Armando e pensou que iria se empenhar para ser como ele. “Era muita responsabilidade, mas consegui. Tornei-me não mais uma só pessoa: eu me reparti para meus filhos. Hoje, vendo-os, sei que vale a pena. Quero continuar sendo a segurança de minha filha Júlia e a motivação para que o Murilo seja um grande cirurgião dentista, respeitado como estou sendo na minha área”.

Dr. Ronaldo Armando Alves e o Murilo

Dr. Ronaldo Armando AlvesEspecialista em aparelhos móveis e removíveis, ortopedia funcional

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Referência no ramo automobi-lístico de Ribeirão e região, a empresa Zanetti

Centro Automotivo segue hoje em sua segunda geração.

Composta por funcionários apaixonados e capacitados, há 40 anos, muitos estão presentes desde a fundação da empresa.

E esta homenagem não poderia existir sem que fosse lembrado a me-mória de José Zanetti. Pai, filho e avô que cativou todos os moradores da cidade com sua garra, generosidade e humildade.

O herdeiro, José Luis, que há 25 anos escolheu seguir os passos do pai, conta que escola alguma é capaz de ensinar o que seu pai o ensinou. “A maior lição que ninguém poderá me tirar são a dignidade e a responsabilida-de que ele deixou junto à humildade que devemos ter com todos”.

Ao fazer parte da empresa e com seu olhar inovador, José Luis realizou muitas mudanças: novos investimentos tecnológicos, capacitação dos fun-cionários e a utilização da comunicação rápida e precisa, fizeram com que a oficina fundada pelo pai se tornasse uma empresa diferenciada.

José Luis hoje é pai de três meninas, Drielly, Isabela e Isadora. Isso o faz e reconhecer a grande responsabilidade que seu pai tinha como pa-trão e chefe de casa. Apesar de acreditar que suas filhas sigam outros pas-sos profissionais, José Luis lembra com muito carinho o quanto foi bom poder dividir a oficina com seu eterno herói. “A maior riqueza que temos são nossos pais, devemos viver com eles sempre com muita alegria, res-peito e sem mágoas, pois depois que eles se vão, fica a saudade, me orgulho de ter tido com ele uma boa convivência”.

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De pai para filho


Tomamos a liberdade em começar com a história do paizão Cido. Ele é o responsável pelas figuras tão conhecidas do Supermix. Rogério e Rodrigo possuem tanta alegria e energia que é impossível não se contagiar.Carregam a característica de são-paulinos roxos e de família muito unida. Também pudera não é, sr. Cido pessoa de simplicidade, coração e generosidade sem tamanho, não poderia ter outro desfecho. Os filhos fazem questão de lembrar que enquanto pequenos Sr. Cido proporcionou muitos momentos juntos e inesquecíveis, “é impossível falar do meu pai e não se lembrar das nossas idas ao estádio de futebol, churrasco em família. Com ele pude aprender a dirigir, fora os conselhos e ensinamentos diários, lembra Rodrigo, que hoje ajuda nos negócios do pai, sendo seu braço direito nas questões de atendimentos, cuidados com funcionários e atendimento aos clientes.

Já Rogério, filho e universitário assumiu todo o setor administrativo do supermercado e conta com orgulho que o trabalho do pai chamou atenção deles, e como filhos se viram na condição de poder ajudá-lo, “meu pai ajudou tanto a nossa família, meu avô enquanto vivo, instituições e pessoas que ele nem conhecia, é claro que eu e meu irmão faríamos isso por ele cedo ou tarde.”

Filhos dedicados a seguir os passos do pai, a relação entre família e trabalho neste caso acabam sendo referência. “Além de ser pai, é nosso melhor amigo, companheiro e conselheiro, nos educou e nos ama com toda dedicação e mesmo com os desentendimentos que a vida rotineira nos prega, tentamos de todas as formas não levar isso para casa, sabendo resolver tudo da melhor forma possível e sem mágoas”, afirmam os irmãos.

Paizão admiradopelos filhos.

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Se tratando em desafios, eles sabem muito bem do que estão falando, afinal de contas ao iniciarem seus trabalhos junto ao pai, o comércio de um modo geral se tornou muito exigente, “os clientes buscavam sempre um bom atendimento, qualidade nos produtos e um bom preço, além do que, hoje a concorrência está mais forte e os consumidores buscam sempre variedades nos produtos e atendimento”, conta Rodrigo que tem sua característica marcante de brincalhão.

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Com 20 anos Sergio Antônio Ferreira já era pai, e hoje carrega consigo a alegria de ver seus três filhos dividindo consigo o ambiente de trabalho.

Sergio diferente de seus filhos não seguiu a profissão de seu pai, “Apesar de não ter seguido a profissão de meu pai, carrego e passo para meus filhos seus valores e ensinamentos, com meu pai aprendi a ser

honesto, ter ética, postura e caráter. Tenho muito orgulho que meus filhos optaram em dar continuidade à minha empresa, que agora também é nossa. Uma semente que plantei e cultivei com muito amor, respeito, e que desejo ser colhida pelas gerações que virão”, afirma o empresário.

Os filhos de Sérgio iniciaram os trabalhos na loja ainda muito novos, na época foi uma sequência de “contratações”. Renato começou aos 14 anos e com o tempo descobriu suas aptidões em projetos, gerenciamentos, construções de casas e edifícios. Hoje é o engenheiro responsável da empresa.

Aline com 19 anos, única mulher entre os filhos, usou de sua sensibilidade e organização, para as finanças. Hoje é a responsável pelo administrativo e financeiro da loja.

E para fechar o time da SM Materiais para Construção, o caçula, Thiago, que desde os 15 anos optou estar entre a família no trabalho, hoje investe em seus estudos para ser o futuro o arquiteto da empresa.

Apesar de estar todos em família, o empresário destaca o profissionalismo de cada um, e sabem o momento de separar o lado profissional, do familiar e emocional, “na hora do trabalho a relação tem que ser de patrão e funcionário, para dar certo, tem de haver respeito dobrado em ambas as partes”.

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De pai para filho


Quem diria que cálculos e números fossem unir ainda mais a relação entre pai e filho. Foi isso que aconteceu na MW Contabilidade desde

2000, quando Wellington ainda cursava a faculdade FEA-USP e Washington lançou o

desafio que qualquer estudante apaixonado pelo curso espera acontecer, “meu pai proporcionou a oportunidade de conciliar a experiência dele com a minha vontade de fazer diferente, a partir daí percebemos que o mercado proporcionava esse espaço e que desejava algo mais personalizado. Essa vontade de inovar deu tão certo que ela permanece e se estenderá por muitos e muitos anos”, diz Wellington.

Na época essa sede de inovação, veio junto com a revolução da ciência contábil, fazendo com que o grupo MW aperfeiçoasse ferramentas de controle e gerenciasse com efeito de proporcionar uma melhor resposta aos clientes e governos. “Hoje o setor passa por um processo de valorização do profissional. Da época que meu pai começou até os tempos de hoje, muita coisa mudou, desde a informatização até o perfil do contador e do cliente, que hoje é muito mais consciente da necessidade desse profissional, explica o filho”.

Com tantas mudanças na questão profissional, é claro que a afinidade entre pai e filho também mudou. O respeito aumentou ainda mais, o orgulho cresceu ao mostrar para o pai que seu filho amadureceu e é capaz de solucionar e administrar a rotina da empresa. Sobre a relação pai e filho na empresa, Wellington destaca: “evidentemente existem alguns momentos que se confundem o profissional e o familiar, mas até isso temos condições de superar e caminhar sadiamente, ainda mais agora que também sou pai e sinto na pele a sensação de me tornar responsável e conhecer o verdadeiro significado do sentimento amor ao ouvir meu pequeno Théo dizer papai”.

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A CRS areia e pedra, também possui um ambiente familiar dentro da empresa. E tudo isso foi graças a luta do sr. Carlos Ribeiro dos Santos. “Sempre me dediquei ao que faço. Tudo que conquistei foi através de muita luta, além de ser honesto, gostar do que faço e respeitar o próximo, meu pai me ensinou a ser assim. Depois que também me tornei pai fiquei mais responsável, sensível e tudo que fazia, pensava primeiramente na minha família e nos meus filhos”, diz o empresário aos seus 63 anos.

Mesmo com seus filhos já engajados em outros segmentos, a convivência, o carinho pela profissão, e a dedicação do sr. Carlos, fez com que Adriana, professora e Carlos Eduardo que trabalhava em uma contabilidade percebessem que o negócio do pai estava dando certo, e que ele estaria precisando de ajuda já que a concorrência estava aumentando. “Essa escolha fez com que nos apaixonássemos pela profissão, onde hoje somos responsáveis pela empresa e todo seu administrativo”, conta os filhos.

Apesar de muitos pensarem que trabalho e família não se misturam, para a família CRS isso não é problema, “temos uma ótima relação, tentamos separar trabalho de vida pessoal, apesar de acreditamos que isso nos faz ficarmos cada vez mais unidos, tanto no ambiente familiar, quanto no trabalho, procuramos sempre respeitar as diferenças de cada um”, afirma Adriana.

“Ajudando nosso pai em seu trabalho, notamos que agora nos resta tentar retribuir tudo aquilo que ele fez e ainda faz por nós. Ensinando, cuidando com muito carinho e dedicação, e tentando manter aquilo que veio através de muito esforço”, finaliza Carlos que há 13 anos trabalha na CRS e Adriana que há 3 anos se uniu ao irmão, no negócio do pai.

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Francisco José Sampaio, 45 anos, deve sua profissão ao pai e relembra com saudade dos anos que trabalharam juntos no açougue da família.

Com o olhar de um artista e precisão nas mãos, José Vieira Sampaio, demonstrava com alegria o carinho que tinha pela profissão, “Meu pai gostava de ensinar, frisava que na vida era o trabalho que nos fazia amadurecer e ter responsabilidade, ele era preciso no que fazia e lidava com o carne com o olhar de um artista”.

De tanto observar o pai aos 11 anos assumiu a responsabilidade do trabalho, “Meu pai gostava tanto do que fazia que aprendi a profissão observando ele a trabalhar, hoje repasso meu aprendizado com o mesmo carinho que um dia meu pai fez por mim”.

Hoje no papel de pai, Piquinho, popularmente conhecido pelo apelido de infância, diz que busca em sua educação manter a cumplicidade com sua filha Jordana, 22 anos, que atua na área da saúde. “Busco manter com minha filha uma relação de cumplicidade, não há distancia entre nós, dessa forma consigo repassar meus valores, opinar e participar de sua vida”, diz.

Sobre a influência do trabalho no convívio familiar, diz que o trabalho une ainda mais os laços familiares, “O trabalho exige de você e assim o ensina a ouvir, e a buscar um acordo, o que mantêm a harmonia na convivência. Convivi muito próximo de meu pai, e boa parte dessa relação foi construída no trabalho que realizamos juntos”.

Nesta data em homenagem aos pais, Piquinho deseja aos filhos que aproveitem ao máximo a relação entre pai e filho, considerando que para os pais, os filhos serão eternas crianças.

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Entre papéis, computadores e calcu-ladoras, a família Machado também vem fazendo história no comando da Contabili-dade Cruz. Entre um cálculo e outro, uma de-claração de imposto de renda e outra, há tempo para interação entre pai e filho nas dependências do escritório, para uma troca de conhecimentos recheada dos ares afeti-vos que começaram no berço.

O contador Leonardo César Lopes Machado diz espelhar-se no profissionalis-mo do pai, para desempenhar sua ativida-de profissional no escritório da família.

“Foi nas férias escolares de 2004 que comecei trabalhar com meu pai, arquivando documentos e conhecendo a rotina do escritório”, explica Leo-nardo. Hoje, aos 23 anos de idade, o contador acompanha as mudanças tec-nológicas e de legislação contábil, dando sequência na empresa da família.

Com essa convivência diária, valores familiares são colocados à dis-posição do desenvolvimento da empresa que se mantém há vários anos no mercado.

Já o pai, César Machado, sente-se orgulhoso pelos filhos que tem, Le-onardo e Luan que também iniciou seus passos profissionais junto com o pai e hoje é empresário, mas mantêm a contabilidade de seu negócio na empresa da família. Nesse mês dos pais, os filhos ressaltam os pre-cisos valores herdados. “A lição que ele nos en-sinou é que as maiores riquezas de um homem são a sinceridade e a honestidade”. finaliza.

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Já se encontra na terceira geração o comando da oficina mecânica que existe desde um tempo em que era deselegante uma mulher levar o carro para consertar.

André Luis de Figueiredo Bagio sentiu a responsabilidade crescer quando assumiu o comando da Mecânica Bagio, fundada por seu avô. Hoje, com dois filhos, José Guilherme e Lucas, André se diz mais

maleável e tolerante como pai. “Meu pai é um homem bom, porém mais enérgico. Eu vinha a oficina brincar com ferramentas quando tinha dez anos de idade, aos 15 fiz curso de mecânica no Senai e, desde então, fui me especializando e somando meus conhecimentos com os do meu pai”, conta André.

O novo responsável pela Mecânica Bagio diz que o mercado mudou muito desde a época de seu avô, “Antigamente

havia poucas marcas de carros no mercado, hoje há uma variedade tanto de marcas, quanto de modelos” a tecnologia chegou e os costumes mudaram. “Antigamente mulher não entrava em oficina mecânica, hoje tenho mais clientes mulheres do que homens e são elas quem decidem na hora de fecharmos um orçamento”.

Sobre a influência do trabalho na convivência familiar, André diz que inevitavelmente surge assuntos de trabalho em casa, mas que já se acostumou após 34 anos trabalhando juntos, e se recorda de um fato costumeiro “Aos domingos ao me ver pegar as “traias” para ir pescar, meu pai logo indagava, lembre-se que terá trabalho amanhã”, finaliza.

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CRÔNICA

Não sou uma gracinha de pessoa. Tenho uma TPM horrível, choro até em inauguração de quitanda e sou um verdadeiro desastre na baliza. Negar isso é tão desnecessário quanto o programa da Fátima Bernardes.

Viver sem crise é com o meu pai. Ele superou um câncer depois dos 60. Nunca comeu ceviche e não tem a menor ideia de que o PIB no Reino Unido recuou novamente. Ele não carrega nenhum fardo por não conseguir salvar o mundo sozinho, mas faz a parte dele: um telefonema para os filhos, uma caminhada matinal de uma hora. Não exagerar no sal, e nem no açúcar, também ajuda no processo de salvação.

Meus pais são de um tempo em que educação caminhava com limites. Não era “não” mesmo. Sem culpa. Sou fã de gente assim, descomplicada.

Drummond conta que um jardineiro passa a vida toda tentando agradar um girassol mas a flor era muito orgulhosa. Quando ele é demitido, as outras flores se entristecem, mas é o girassol que não se conforma com a perda. Quando questionado sobre a maneira de tratar o jardineiro quando o tinha por perto, ele responde: “Era o meu jeito. Ele sabia disso, e gostava”.

A verdade é que a gente vive com mania de ser super herói. Isso até funciona nos quadrinhos da Marvel mas aqui, aqui ninguém é unânime e nem Titã pra segurar o mundo sozinho. Não tem tempo para as crianças? Então, faça o melhor com a meia hora que passa com elas, sente-se no chão, brinque, e desenhe um relógio bem bonito no braço delas para exorcizar as horas em que não pode estar por perto. Está descontente com a circunferência abdominal e excesso de tecido adiposo, ou seja, percebe-se gorda? Faça reeducação alimentar, procure um profissional da saúde, mexa-se. Mas por favor, faça alguma coisa além de amaldiçoar a balança da farmácia.

Dias ruins todo mundo tem. Mas é um horror conviver com quem usa a frase “num dô conta disso” como mantra. Façamos nossa parte, que o mundo faz a dele. E enquanto isso, a gente vive.

Quer salvar o mundo? Mexa-se!

Viviane Pironellijornalista e escritora

revista expressa mais | edição 12 - agosto 2012

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