revista estilo saúde

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Remédios da natureza Conheça oito aliados que podem aumentar a longevidade e melhorar a sua qualidade de vida NUTRIÇÃO Sugestões de cardápio para o café da manhã, almoço e jantar SEU SONO Dicas para dormir em paz com o travesseiro HIDRATE-SE Tomar água faz bem para o coração e para o cérebro CONFIANÇA Antídoto para a ansiedade www.clinicaadventista.org.br

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Edição especial - Remédios da natureza

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Page 1: Revista Estilo Saúde

Remédios da natureza

Conheça oito aliados que podem aumentar a longevidade e melhorar a sua qualidade de vida

NUTRIÇÃO Sugestões de cardápio para o café da manhã, almoço e jantar

SEU SONODicas para dormir em paz com o travesseiro

HIDRATE-SE Tomar água faz bem para o coração e para o cérebro

CONFIANÇA Antídoto para a ansiedade

w w w . c l i n i c a a d v e n t i s t a . o r g . b r

Page 2: Revista Estilo Saúde

2 E s t i l o S a ú d e»

»Você provavelmente já ouviu inúmeras vezes o jargão: “a diferença entre o veneno e o remédio está na dose”. Errar na dose é um pecado capital da humanidade. No trabalho, por exemplo, não saber a hora de parar é um problema sério. Na ansiedade de produzir cada vez mais, os chamados “workaholics” viram noites sem se desligarem. E aquilo que era para otimizar o tempo e os compromissos acaba se revertendo em improdutividade. Afinal de contas, já foi mais que comprovado pelas pesquisas que quem não dorme direito compromete a concentração e, é claro, vive menos. Se você está trabalhando demais, cuidado! Sua saúde está em jogo. É hora de dar uma pausa, caso contrário, uma hora a “máquina” vai parar, involuntariamente.

Infelizmente, no século 21, a cada dia surgem novos viciados em alguma coisa. Aliás, estima-se que os comportamentos compulsivos atinjam um terço dos brasileiros. Um exemplo interessante, bem típico da chamada “sociedade do conhecimento”, é o vício em informação. Isso mesmo, são os chamados “dataholics”.

O fato é que ter equilíbrio em tudo o que fazemos, no falar, no dormir, no comer, e nas demais áreas da vida, sempre é um grande desafio. Talvez, para a maioria das pessoas, uma das áreas mais difíceis de se controlar seja a alimentação. E o problema não atinge apenas os que exageram nos industrializados, fastfoods, bebidas, e por aí vai. Mesmo aqueles que julgam consumir o que é bom podem cair na tentação de ingerir produtos saudáveis em demasia.Que situação paradoxal! Enquanto milhões de pessoas passam fome, outras comem de forma excessiva, o que revela-se como a causa principal de muitas doenças.

Esta edição da revista Estilo Saúde é um convite ao uso equilibrado de todos os recursos disponíveis no planeta. Tratamos sobre oito elementos que, se bem utilizados, podem ajudar a promover uma melhor qualidade de vida. Luz solar, água, exercício físico, repouso, alimentação saudável, temperança, ar puro e confiança em Deus são os segredos para quem quer viver mais e melhor.

Uma boa leitura.

Márcio Tonetti – editor

Na dose certacarta da redação

Sumário 2 Carta da redação

3 Energia vital

5 Hidrate-se

6 Mexa-se

8 Seu sono

10 Sua dieta

14 Nutrição

15 Receita

16 Equilíbrio

18 Respire

20 Estilo de vida

21 Fique por dentro

22 Saúde plena

Projeto gráfico e diagramação: OW design.Fotos: Can Stock Photo. Revisão de texto: Márcio Tonetti. Colaboradores desta edição: Alexandre Scardoelli, Bianca Lorini, Fabiana Bertotti, Francis Matos, Gustavo Cidral, Helnio Judson Nogueira, Jefferson Paradello, Viviane Rabelo de Souza e Willian Vieira.Conselho editorial: Helnio Judson Nogueira, João Kiefer Filho, Altiery Kümpel, Marcos Enoch da Silva, José dos Santos Filho e Márcio Tonetti. Conselho administrativo: Marlinton Lopes, Evandro Fávero e Davi Contri.

Responsável técnico: Helnio Judson Nogueira (CRM-PR: 3377). Jornalista responsável: Márcio Tonetti (MTB 51970/SP).Direção executiva: Altiery Kümpel (Clínica Adventista de Curitiba) e Marcos Enoch da Silva (Clínica Adventista de Porto Alegre). Impressão: Apta Gráfica. Tiragem: 10.000 exemplares. A revista Estilo Saúde é uma publicação trimestral das Clínicas Adventistas de Curitiba e Porto Alegre. Envie suas sugestões e comentários para o e-mail [email protected] ou para o seguinte endereço: rua João Carlos de Souza Castro, 562, CEP 81520-290, Curitiba-PR. As informações contidas neste periódico têm propósito informativo e não substituem cuidados médicos, diagnóstico ou prescrição.

3º trimestre de 2013. Edição número 3.

Clínica Adventista de Curitiba Al. Júlia da Costa, 1447 • Bigorrilho • Curitiba-PR • CEP 80730-070 Fone 41.3240-2900 • E-mail: [email protected]

Clínica Adventista de Porto Alegre Rua Matias José Bins, 581 • Três Figueiras • Porto Alegre-RS • CEP 91330-290 Fone 51.3382-1200 • E-mail: [email protected]

Helnio Judson NogueiraDiretor Técnico Médico

CRM-PR 3377/RQE 299

João Kiefer FilhoDiretor Técnico Médico

CRM-RS 016217/RQE 289

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3E s t i l o S a ú d e « 3E s t i l o S a ú d e « 3E s t i l o S a ú d e «

Ele já foi visto como mocinho, mas nos últimos anos parece que sua imagem está mais associada a

vilão. Temido e evitado por muitos por conta da associação com casos de câncer de pele, o sol continua sendo, contudo, a principal fonte de uma substância vital para o ser humano, a vitamina D, neces-sária para todas as idades.

Mas para compreender a impor-tância dos raios solares para a saúde das pessoas é necessário saber que papel a vitamina D (para ser mais exato não se trata de uma vitamina, mas de um hormônio) exerce no organismo. E aí entra uma lista que cada vez mais vem sendo ampliada por conta das descobertas recentes da medicina. Há cerca de 10 anos, a vitamina D era vista principalmente como uma substância fundamental para o fortalecimento dos ossos. Desde então, novas desco-bertas confirmaram que os benefícios vão muito além. O endocrinologista americano Michael Holick é um dos estudiosos do assunto. Professor da Universidade de Boston e autor do livro “Vitamina D – Como um Trata-mento Tão Simples Pode Reverter Doenças Tão Importantes”, Holick foi

o primeiro a identificar os mecanismos pelos quais esse componente faz bem à saúde. Na edição da revista Veja de 16 de janeiro deste ano, Holick foi um dos especialistas consultados para a reportagem de capa “Um lugar ao Sol para a vitamina D”. Conforme disse o médico à revista, “direta ou indire-tamente, a D está relacionada à pelo menos 2 000 genes, o que comprova a sua vasta gama de benefícios”.

E que outros benefícios seriam estes? O nefrologista e clínico geral Hélnio Nogueira (CRM-PR 3377 / RQE 299) explica que vários estudos evidenciam que níveis normais de vitamina D protegem contra diversos tipos de câncer, além de reduzir a incidência de um número elevado de outras doenças, a exemplo de diabetes, aterosclerose e esclerose múltipla. “Talvez proteja até mesmo dos cânceres de pele, desde que o uso do sol seja moderado”, acrescenta o diretor médico da Clínica Adventista de Curitiba.

O cardiologista Cleverson Zukowski (CRM-PR 29299 / RQE 1791), da Clínica Adventista de Curitiba, acres-centa que o sol também promove uma série de ações benéficas ao sistema cardiovascular. “Nos vasos sanguíneos,

promove a liberação de fatores de rela-xamento destes vasos, diminuindo a chance de ocorrência de um derrame ou um infarto. Nos rins, a vitamina D reduz a produção de renina, uma subs-tância que é fabricada em excesso nos hipertensos e que tem um efeito dele-tério de promover contração excessiva dos vasos sanguíneos. Desta maneira, a vitamina D atua reduzindo a pressão arterial nos hipertensos. No coração, ela regula o processo de contração e relaxa-mento do músculo cardíaco”, informa.

Embora a exposição da pele ao sol seja a melhor forma de produzir essa substância vital para o ser humano, nem todos podem depender exclu-sivamente dele para usufruir dos benefícios da D. “Quanto mais distante do Equador, quanto mais nublados os dias ao longo do ano, quanto mais escura a pele, quanto mais velha é a pessoa, quanto mais obesa, quanto mais roupa ou protetor solar a pessoa usa, menos a pele produz vitamina D”, esclarece Helnio Nogueira. É aí que entram a dieta e as suplementações por meio de cápsulas - embora caiba ressaltar que ainda não há evidências sólidas da eficácia desses suplementos,

Um banho de sol e de vitamina D

Márcio Tonetti

EnER g i A v i TA l

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4 E s t i l o S a ú d e»

que banho de sol sem proteção para aqueles que tem câncer ou histórico da doença na família, por exemplo, é proibidíssimo.

Os efeitos maléficos do sol sobre a pele, como o envelhecimento precoce e o câncer de pele, são sérios e perigosos. Mas um dos fatores que determinam se esses efeitos vão aparecer é o número de horas que você tomou sol, sem proteção, ao longo da vida. Assim, se sol demais causa câncer e sol de menos produz deficiência de vitamina D, a conclusão é que, como sempre, a sabe-doria está no equilíbrio. •

de semana e nos intervalos do trabalho no campus da faculdade onde atua como professora, o IAP (Instituto Adven-tista Paranaense), no norte do estado.

Grande parte da população, entre-tanto, ainda tem dúvidas sobre qual o melhor horário de exposição à energia solar para que a vitamina D seja melhor assimilada pelo corpo. E as respostas dadas por alguns estudos indicam que o melhor período é o que vai do meio-dia às duas da tarde. Justamente aquele horário temido e por isso não recomendado pela maioria dos derma-tologistas. “Tomar 20 minutos de sol, no corpo inteiro, durante o verão, em torno do meio-dia, uma vez a cada 20 dias, é suficiente. Outra opção é tomar dez minutos de sol, nos braços e no rosto, nos dias de sol, ao longo do ano. Tudo isso, é claro, sem protetor solar”, afirma o médico Helnio Nogueira. Mas é preciso tratar o assunto com cautela. Embora alguns especialistas defendam que não há estudos que comprovem que a exposição moderada ao sol sem proteção provoque câncer, é consenso

a não ser para o tratamento da osteopo-rose, segundo aponta Nogueira.

E, no Brasil, esse caminho alterna-tivo é mais comum do que se imagina. Isso porque mesmo com a abundância de sol na maioria das regiões, a popu-lação enfrenta sérios problemas com falta de vitamina D. Segundo mensu-raram estudos do Grupo de Doenças Osteometabólicas da Escola Paulista de Medicina, da Universidade Federal de São Paulo, cerca de 50% da popu-lação com menos de 50 anos apresenta deficiência da vitamina.

É o caso da enfermeira Suelen Balero de Paula, de 25 anos. Ao fazer um check-up em dezembro do ano passado, os exames de sangue apon-taram um baixo índice da vitamina para a sua idade. A recomendação médica foi que ela buscasse, então, uma suple-mentação. “Terminei o mestrado e comecei a dar aulas e o médico acredita que foi porque nesse período eu não tive férias e nem me expus ao sol”, explica.

Hoje o que ela procura fazer também é se expor mais ao sol durante os finais

Cidade sem sol Para quem mora em cidades como Curitiba, depender do sol para sintetizar a vitamina D se torna um pouco mais difícil. Isso porque quando não está chovendo, o tempo fica geralmente nublado. Segundo levantamento do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), no período de dezembro de 2010 a novembro de 2011, por exemplo, foi registrada ocorrência de chuva em 183 dias dos 365 ao longo dos 12 meses. Em outros 182 dias o tempo ficou nublado ou com sol na capital paranaense. Na prática, isso significa que a cada dois dias, um teve chuva, em média, conforme apontou o levantamento. Em condições climáticas como esta, a alimentação pode ser uma aliada. E nesse cardápio entram alimentos enriquecidos com vitamina D, como os cereais matinais e o leite.

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hidrate-se

» Todos nós, provavelmente, já ouvimos dizer que limão é bom para “afinar” o sangue. Realmente, ter sangue desafinado é um problema sério.

Uma conclusão interessante do “Estudo da Saúde dos Adventistas” foi que tomar água suficiente é bom para “afinar o sangue” e pode diminuir o risco de infarto. O estudo avaliou mais de 20 mil pessoas, durante seis anos e mostrou que os que tomavam cinco ou mais copos de água, por dia, tinham menos da metade do risco de sofrer infarto que os que tomavam menos de dois copos de água por dia, segundo publicou o American Journal of Epide-miology (Am J Epidemiol. 2002 May 1;155(9):827-33).

Por outro lado, tomar grandes quantidades de outros líquidos, que não água, como refrigerante e sucos artificiais, aumentava o risco de infarto, principalmente nos homens, segundo a pesquisa.

Recentemente, vários estudos mostraram que quanto mais refrigerantes as crianças tomam, mais obesidade, mais diabetes, mais infarto e sérios problemas renais vão aparecer no futuro, conforme noticiado no New England Journal of Medicine (NEJM 367; 15: 1462-3).

Uma das piores dores que as pessoas podem sofrer é a cólica renal. Dizem que é pior que dor de parto. A maior causa das pedras nos rins é beber pouca água. Outra grande causa de cálculos renais é, coincidentemente, o uso de refrigerantes.

O bom funcionamento do tubo digestivo também depende de receber a quantidade adequada de água.

Pouca gente também sabe que, de todos os órgãos do nosso corpo, o que mais tem água é o cérebro. Oitenta por cento do peso do cérebro é água. Assim, manter o nível de água do corpo também é bom pra cabeça.

Mas quanta água a gente precisa beber por dia?

Varia. No calor e nos climas secos a necessidade é muito maior. Quem faz mais exercício

físico também precisa mais água. Necessitamos repor, pelo menos, o líquido que está sendo perdido pela pele, pelos pulmões, pelo tubo digestivo e pela urina.

A sede é um mecanismo importantíssimo e geralmente eficiente para não nos deixar desidratar. No entanto, como a gente nem sempre dá a devida atenção, a sede pode deixar de ser eficiente.

Para facilitar as coisas, em média, precisamos tomar uns 30 ml de água, por quilo de peso, por dia. Então, uma pessoa de 70 quilos necessita de um pouco mais de dois litros por dia. É bom lembrar que esses dois litros devem ser ingeridos aos poucos, ao longo do dia, de preferência aos goles. Uma parte desse líquido pode ser reposta pelos alimentos, principal-mente pelas frutas e verduras.

Como todas as coisas boas, a água deve ser tomada na dose sufi-ciente. Água demais também pode ser prejudicial. •

HELNIO JUDSON NOGUEIRA – NEFROLOGISTA (CRM-PR 3377 / RQE 299)

Refresco para o coração

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ME x A-SE

Quem hoje olha para o teólogo Marcelo Cardoso, de 44 anos, dificilmente consegue imaginar

que o homem alto, esbelto e que pratica exercícios físicos regularmente já deu trabalho para o próprio corpo. Como? Obrigando-o a deslocar, diariamente, até 110 kg. Esse foi o peso máximo que ele atingiu em 2008, quando era total-mente sedentário.

Se a situação dele ainda continuasse assim, estaria incluso em dois resultados de uma recente pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde que constatou que 48,5% da população brasileira está acima do peso e 15,8% é considerada obesa. Os dados, referentes a 2011, inflaram se comparados aos de 2006, que trouxeram 42,7% e 11,4%, respectivamente.

Mas agora o seu caso é outro. Depois de enfrentar um estresse profundo como consequência de seu ritmo de trabalho,

má alimentação e poucas horas de sono, a situação o levou a passar duas semanas no Centro Médico de Vida Saudável (Cevisa), no interior de São Paulo. Lá reeducou sua alimentação, aprendeu a importância de se exercitar e de utilizar os “oito remédios da natureza”.

“Comecei a praticar exercícios físicos regularmente, coisa que não fazia e odiava. Achava isso uma perda de tempo”, relembra. De lá para cá, Cardoso passou a fazer caminhadas de 3 km, até que passou a alterná-las com corridas. Quando começou a correr pra valer, foi dos 5 km aos 10, depois aos 15 e já chegou a atingir a marca dos 21 km.

Mudança necessáriaEmbora muitos vejam a prática dos exercícios físicos apenas como um hobby ou atividade para ser realizada durante os momentos livres, tal visão

deveria ser, no mínimo, reconsiderada, levando em conta os números apre-sentados pelos resultados da pesquisa mencionada no início da reportagem. Mas o quadro pode ser ainda mais preo-cupante. Um estudo produzido em coautoria entre o American College of Sports Medicine e a Nike alerta que o sedentarismo ameaça reduzir a expecta-tiva de vida em até cinco anos, em 2030, se o mesmo ritmo de hoje for mantido.

Os dados, coletados no Brasil, Estados Unidos, Grã-Bretanha, China e Índia apontam que, caso o sedentarismo continue crescente nesses territórios, é possível que nos próximos anos sejam vistas gerações de indivíduos que viverão menos que seus pais.

Para evitar fazer parte dessa estatística, é preciso criar um hábito que nem sempre é fácil: autodisciplina. Praticar natação, hidroginástica ou até mesmo musculação

Corra do sedentarismo

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pode trazer resultados favoráveis, explica o ortopedista Diego Portugal (CRM-PR 20601 / RQE 14624), da Clínica Adven-tista de Curitiba. Mas estes são apenas exemplos. O leque está repleto de opções, desde as mais simples às mais complexas. O importante, no caso, é o benefício que podem oferecer ao praticante.

“Exercitar-se auxilia no sistema cardiovascular, ajuda a melhorar o condicionamento físico, a perder peso, melhorar a autoestima e a fortalecer os músculos, auxiliando também na melhora do alongamento muscular, prevenindo a sobrecarga nas articula-ções”, explica o médico, especialista em trauma ortopédico.

Mas, da condição de sedentário com vistas a tornar-se um atleta casual, não basta apenas sair fazendo o que bem entender. Isso pode ser um tiro no pé e causar complicações. O ideal, como orienta o ortopedista, é passar por uma avaliação cardíaca e ortopédica a fim de constatar sua condição física e receber orientações sobre as melhores atividades para se realizar.

Sem exagerosE quando se decide seguir um caminho que favoreça a saúde, alguns cuidados são necessários, como a escolha do que será praticado. E o que se deve levar em consideração? Portugal orienta seus pacientes a optarem por atividades que não causem impacto e que, ao mesmo tempo, favoreçam a musculatura. Os alongamentos também devem fazer parte desta composição.“Elas devem ser prazerosas e com os devidos cuidados para evitar as lesões”, enfatiza ele, que também é médico do clube Atlético Paranaense e das seleções de futebol de base do Brasil.

Porém, uma pergunta talvez precise ser respondida: com que frequência deve-se praticar exercícios físicos? A dica é evitar exageros e respeitar os limites do corpo, alerta o ortopedista.

Se isso for ignorado, ao longo do tempo, completa, os prejuízos em decorrência do excesso começam a aparecer.

O hábito de cuidar da saúde e do desenvolvimento do corpo, no entanto, deveria começar bem cedo. Tão cedo a ponto de se tornar parte da rotina diária. E é essa a consciência que o professor de educação física Fernando Braga, de Porto Alegre, busca desen-volver em seus alunos.

Lição para a vidaEm suas aulas, a ideia de que a matéria serve apenas para suar a camisa não se aplica. O motivo? Os estudantes entendem o real significado da disci-plina. “O objetivo é desenvolver as capacidades físicas relacionadas à saúde, a exemplo da força, flexibili-dade e resistência aeróbica. Os estudos mostram que se o aluno desenvolve esses aspectos é muito provável que ele saia do grupo de risco das doenças crônicas”, sintetiza o docente, que realiza um projeto em que os alunos são estimulados a anotar em uma lista seus rendimentos em relação ao que foi proposto. É com ela que se avalia se os objetivos foram alcançados.

Apesar das turmas participarem das aulas apenas duas vezes por semana, Braga garante que os resultados são satis-fatórios e que fazem diferença na vida dos discentes. É o que mostra um estudo realizado por ele durante seu mestrado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. “Minha dissertação, segundo a média, mostrou que os meus alunos

cresceram, mas mantiveram o mesmo peso, não engordaram. Já os do grupo de controle [do qual faziam parte estudantes que só tinham aulas tradicionais e não estavam sujeitos ao programa de treina-mento] engordaram e não cresceram.”

Mesmo se durante seu período escolar o estímulo não foi o mesmo, ainda é possível reverter o quadro e mudar os resultados apresentados pela balança. Assim, quem sabe um dia você tenha os mesmos sentimentos de Marcelo Cardoso e perceba que desco-briu algo que já não pode mais ficar sem. “Quando não corro sinto que está faltando algo. Ao correr, sinto que meu dia fica muito melhor, a mente fica mais ágil e as ideias fluem com mais facili-dade”, assegura. E pense bem em sua decisão. “Mais tarde, dolorosamente, o seu corpo cobrará de você o tempo que hoje você não gasta para ele.” •

REPORTAGEM: JEFFERSON PARADELLO / COM INFORMAçõES DE MÁRCIO TONETTI

PratiquePesquisa realizada pela Universidade de Stirling, na Escócia, revela que caminhar exerce um impacto positivo contra a depressão e seus efeitos são similares aos de formas mais vigorosas de exercício. O estudo foi publicado em 2012 pela revista científica Mental Health and Physical Activity. Além de poder ser adotada pela maioria das pessoas, a caminhada evita lesões e é mais fácil de ser praticada no dia a dia.

Fonte: revista Mental Health and Physical Activity

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SEu S o n o

Você acorda cansado, irritado, passa o dia sonolento e tem dificuldades de se concentrar.

Esses são sinais claros de quem está dormindo pouco, sintomas que acom-panham a vida moderna. Dormir cedo e acordar de madrugada, como nossos avós faziam, hoje é até motivo de piada para uma geração acostumada a não desligar nunca.

De bem com o travesseiro

Uma pesquisa da Unicamp (Univer-sidade Estadual de Campinas) com um grupo de 700 jovens entre 17 e 25 anos revelou que 60% não dormiam bem e 70% deles usavam o compu-tador das 19h30 à meia-noite. O uso do computador, ou de outros aparelhos eletrônicos, à noite, faz com que o sono demore ainda mais para vir. A sensação é bem diferente, por exemplo, da que temos quando pegamos um livro para ler e, quando menos esperamos,

caímos no sono. No caso dos eletrô-nicos, com a luminosidade da tela próxima da pessoa, o cérebro recebe mensagens que retardam a produção da melatonina, hormônio responsável pela indução do sono. Por isso é tão importante ficar no escuro.

Aliás, a falta de condições favoráveis para dormir bem é um dos problemas que podem prejudicar o repouso de quem troca a noite pelo dia. Nem sempre quem dorme no período diurno consegue repousar num ambiente que obstrua totalmente a entrada de luz (e os barulhos), tornando o sono superficial e a produção de melatonina irregular.

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O paraibano Gilvan Batista de Araújo, de 42 anos, hoje morador de Curitiba, precisou inverter os turnos por conta do trabalho. Ele é autônomo, atuante na área de vigilância de residências e estabe-lecimentos comerciais, e, mesmo sendo seu próprio chefe, mantém uma rotina rígida de trabalho: sai de casa às 22h00 e retorna por volta das 04h30. Seu período de sono costuma ser das 05h00 às 10h00, por vezes se estendendo até o meio-dia. Depois da academia, no período da tarde, ele diz que dá tempo de tirar mais um cochilo. Mas dormir durante o dia, garante, não é a mesma coisa. “À noite está todo mundo dormindo, mas de dia é bem diferente. É aquela barulheira na rua, nos vizinhos, e até dentro de casa, o que atrapalha bastante o sono da gente”, relata. Por conta do desgaste físico, Gilvan afi rma que já chegou a dormir quando dirigia a moto, correndo risco de acidente. “Isso já aconteceu várias vezes. Graças a Deus nunca houve nada grave, mas pela falta de sono já andei perto de me acidentar”, observa.

Um bom sono pode evitar sim muitos acidentes de trabalho. Mas os benefícios não param por aí. O médico Attilio Melluso Filho (CRM-PR 3810) explica que o organismo vira um verda-deiro laboratório quando o indivíduo está dormindo e consegue atingir as fases mais profundas do sono. “O orga-nismo relaxa, favorecendo a produção de diversos hormônios e enzimas. Todas as glândulas do corpo começam a trabalhar em sinergia. O pâncreas produz a insulina, a supra-renal o cortisol, são produzidos também os glóbulos vermelhos, hormônios da tireóide e assim por diante”, elucida.

Há muitas e boas razões para se prezar pelo descanso noturno. Melhorar a capacidade de concentração e racio-cínio é uma delas. Muitos daqueles que dormem pouco o fazem com a justifi -cativa de que precisam produzir mais. Mas o efeito geralmente é contrário,

pois o desgaste mental acaba levando à improdutividade. Segundo lembra Melluso, é na fase REM, aquela em que sonhamos, que a habilidade de solucionar questões que exigem a cria-tividade é melhorada em até 40%.

Outro convite para passar mais tempo de olhos fechados é a capacidade de prevenir doenças como o diabetes, derrames cerebrais e problemas cardio-vasculares. “Há casos de pessoas que tem hipertensão arterial e que regu-larizam a pressão dormindo bem”, acrescenta Attilio Melluso Filho.

Na medida certa As pesquisas também têm mostrado que dormir bem pode até mesmo ajudar a manter um peso saudável. Portanto, se você anda brigando com o travesseiro todas as noites é muito provável que irá lutar também contra a balança. Isso acontece porque a privação do sono provoca queda na produção de uma substância chamada leptina, o hormônio da saciedade, levando a pessoa a exagerar nas refeições.

Quando você não dorme o suficiente …▸ No dia seguinte, o cérebro fica ”desligando e ligando” a fim de

recuperar o tempo de sono enquanto você está ”acordado”. Por isso você esquece coisas que disse ou que aconteceram, ou que estudou.

▸ Quando você escreve ou fala, troca letras, palavras ou frases inteiras, dizendo coisas que não queria.

▸ Está mais sujeito a pequenos e grandes acidentes.▸ Pode ter sintomas semelhantes aos da depressão ou da ansiedade,

como mau humor, irritabilidade, falta de energia, indisposição, diminuição da libido, dificuldade de avaliação. Felizmente esses sintomas quase sempre desaparecem quando recuperamos o sono.

▸ Piora sua qualidade de vida. A falta de sono prolongada pode nos levar a desistir das atividades que nos dão prazer, porque nos sentimos sem energia.

▸ Corre o risco de dormir em momentos inadequados, como em reuniões, no trabalho ou mesmo durante conversas em casa. Esses incidentes, além de muito desagradáveis, podem causar problemas profissionais e na família.

▸ Pode engordar, pois dormir menos que 6 horas ou mais de 8 horas favorece o ganho de peso (NEJM June 23, 2011).

FONTE: HELNIO NOGUEIRA (CRM-PR 3377 / RQE 299) E NEW ENGlANd JouRNAl oF MEdiciNE (NEJM)

Mas é importante lembrar que o caminho para um sono reparador depende de preparo. Essas medidas preparatórias envolvem desde a abstenção de cafeína e produtos a base de cola até evitar “cochilos” muito prolongados durante o dia, conforme explica a médica Karin Dal Vesco (CRM-PR 15800), do Instituto do Sono de Curitiba. Ela lembra ainda da necessidade de o indivíduo criar um clima favorável, desligando a TV, o computador e até o celular.

“Outra atitude importante é ter um horário rígido de dormir e de acordar. Dessa forma, o corpo entende que precisa ligar e desligar novamente. Evitar coisas que gerem adrenalina também são necessárias. O nosso corpo precisa de preparo e respeito”, acres-centa a médica.

Então, em respeito à sua saúde e ao seu sono, apague as luzes, vá para a cama e prepare-se para bons sonhos. •

REPORTAGEM: MÁRCIO TONETTI / COM INFORMAçõES DE FABIANA BERTOTTI E WILLIAN VIEIRA

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Bons motivos para comer verdura

 

S uA d iE TA

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Ele estava prestes a comer e sua mãe filmava o momento diário onde as câmeras viram coadju-

vantes no cotidiano trivial. Todavia, o conhecimento do que comeria em segundos fez do pequeno vídeo um sucesso no YouTube. “Polvo? Mas ele morreu? Eu gosto dele vivo, em pé. Devemos cuidar dos animais”, foi a fala do garotinho, vista por milhões de usuários que fizeram coro com a mãe na emoção de constatar uma afeição sincera aos outros seres vivos. Não matar os animais é um dos motivos que mais levam as pessoas a adotarem um regime vegetariano, consolidado em muitos países ditos elevados espiritualmente, como a Índia e recantos da Ásia.

Bem menos por motivos de alma e sim pela própria carne - com a infelicidade do trocadilho - milhões de brasileiros têm abdicado dos produtos animais, incluindo aí leite e ovos, por uma dieta mais leve e saudável, na constante busca por longe-vidade. Sim, você leu certo, caro leitor: milhões. De acordo com uma pesquisa

do Ibope, o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística,  cerca de 9% da população nacional recusam carne no prato. Para facilitar seu cálculo, estamos falando de 17,5 milhões de pessoas!

Cátia Simões é uma das que engrossam o caldo, de legumes, no caso, e que baniram da mesa a dieta rica em gordura saturada. “Eu tive uma parada cardíaca com 34 anos. Meu pai morreu de infarto aos 50, pesando 126 kg. Achei que não podia continuar me matando assim, pela boca”, explica a analista de sistemas que perdeu metade do peso em 3 anos, viu o colesterol baixar para índices saudáveis e nunca mais sentiu dores nas articulações nem o mal estar típico pós-refeições. “Eu posso sonhar com um futuro saudável e isto já está sendo passado para meus filhos. O mais novo, de dois anos, nunca experimentou carne e, enquanto depender de mim, vai continuar sem saber o gosto de bicho morto”, enfatiza.

Embora na moda, com vários artistas e celebridades afirmando nas redes

sociais seu estilo de vida à base de frutas, verduras e legumes, o vegetarianismo é bem antigo. Se considerar a teoria cria-cionista, Deus fez os vegetais, incluindo cereais, como única fonte de alimen-tação e energia. Plano que foi quebrado após o dilúvio, encurtando o tempo de vida do homem. Sim, com carne se vive menos! Entre os adeptos da teoria evolu-cionista há os que afirmam que o caçar carne se deu num período após uma fase onde o ser humano se abastecia plenamente com uma alimentação vegetariana. Parece que nisto as duas correntes científicas estão de acordo.

No Oriente e na Europa existem registros de largo proselitismo em prol dos vegetais em detrimento das carnes. Entre os monges, nos primórdios da Igreja Cristã, a prática era adotada para ajudar a controlar as paixões e impulsos mais baixos. Entendia-se, no início do século VI, que uma mente abastecida com os frutos da terra era mais forte para pensar em Deus e resistir às tenta-ções. Santos vegetarianos!

Fabiana Bertotti

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Bem na contramão dos clérigos, o biólogo Marco dos Anjos Siqueira era do tipo que nem pensava em mudar os hábitos alimentares, a despeito de ser adventista do sétimo dia, igreja na qual se prega preceitos de temperança e vegetarianismo para manutenção da saúde, longevidade e melhor relacio-namento com Deus. “Eu salivava ao ver uma vaca andar na rua”, exagera o rapaz de 29 anos que foi desafiado a uma mudança radical no estilo de vida. “Fizemos um bolão no trabalho, motivados por um programa que vimos na internet. Em grupo ficou mais fácil e ao sentir os primeiros resultados eu me motivei”, afirma Siqueira, que perdeu 15 kg e teve o sono reabilitado. O desafio do grupo acabou, mas ele continua na linha há um ano e meio. “É engraçado que as pessoas olham pra você e se espantam. Pensam que, por não comer carne, não comemos coisa nenhuma, como se não houvesse todos os outros alimentos”, pondera.

Para o médico coreano e adepto do vegetarianismo, Jea Myung Yoo, existe um mito em torno da proteína e as pessoas consomem doses muito além do que é necessário. “Uma alimentação totalmente vegetariana requer mais que abstenção de carne, requer um estilo de vida saudável que inclui exercícios físicos e uma atenção à variedade dos alimentos que consome”, adverte o especialista que dá palestras em todo o Brasil e que explica ser a necessidade de B12 o maior cuidado que se deve ter. “Para quem consome leite e deri-vados, por exemplo, nem é preciso pensar na B12 , pois o que o corpo precisa é sabiamente

retirado e metabolizado lentamente pelo fígado. Quem come um ovo a cada 15 dias, por exemplo, está plena-mente suprido do nutriente”, ensina.

O perigo recorrente de quem abandona os alimentos cárneos é não substituí-los por uma variedade abun-dante de vegetais como leguminosas (feijões, por exemplo) e castanhas. Só aí já se encontra o suficiente para o bom funcionamento do corpo humano. Atletas, crianças, gestantes e idosos, todos podem se beneficiar do estilo de vida vegetariano que exclui gordura saturada, reduz o colesterol, é rico em fibras e nutrientes.

“Mas é preciso cautela na quanti-dade, pois muitos acabam comendo demais ou exagerando no carboidrato simples, as farinhas brancas presentes em massas e pães e acabam engordando”, adverte o médico e palestrante Silmar Cristo. Sim, pois vegetarianismo não é sinônimo de magreza como muitos pensam. Esportistas famosos aderem à alimentação e exibem orgulhosos músculos de dar inveja aos onívoros, classificação dos que comem carne.

Andy Caruzo, 45 anos e um câncer vencido, é prova disto. Corredora ativa, ela adotou o vegetarianismo há 8 anos, depois de descobrir um tumor no intes-tino. “Eu não comia tanta carne assim, mas, como boa gaúcha, era adepta do churrasco. Ao descobrir o tumor, que matou também minha avó, meu médico comentou que grande parte dos casos era por causa do consumo de carne, sobretudo a vermelha. Pensei em como não fazia sentido sacrificar a saúde por um prazer efêmero e durante a quimioterapia também mudei minha alimentação, com a ajuda de profissionais de uma clínica natural”, relembra. A dona de casa não

só cortou a carne do seu cardápio, como fez toda a família entrar

na nova dieta. “Minha saúde está melhor que antes e o esporte me dá mais prazer que o churrasco de domingo, além de me garantir mais saúde”, comemora Andy, para quem não faz mais sentido contemplar um pedaço de carne sangrando. “São tantos os a l i m e n t o s à disposição que

parece mesmo insano matar um

animalzinho para comer”, advoga.

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nu T Ri ç ão

»Quem nunca teve que sair correndo para o trabalho e mal tomou o café da manhã ou exagerou em um jantar devido à má alimentação durante o dia?! A rotina urbana mudou muito através dos anos, principalmente após as revoluções industrial e feminina, no século 20. Segundo dados da Orga-nização Internacional do Trabalho (OIT), as mulheres ocupam 42,7% do mercado na América Latina. Com todos os membros da família traba-lhando fora e a busca pela ascensão econômica em primeiro plano, a alimentação perdeu qualidade – menos tempo para as refeições e mais produtos industrializados para consumo rápido e fácil. Esse ritmo de vida comum à maioria da população se tornou um perigo para a saúde.

Mas o ditado “tenha o café da manhã de um rei, o almoço de um príncipe e o jantar de um mendigo” é uma dica de alimentação recomen-dada por nutricionistas, como Viviane Rabelo de Souza (CRN-2: 9769), da Clínica Adventista de Porto Alegre.

“Muitas pessoas pensam que não se alimentando pela manhã irão perder peso. Mas, na verdade, é o contrário”, explica Viviane. “Estudos comprovam que, quando ficamos muitas horas sem comer, o organismo entende que precisa acionar um mecanismo automático para economizar energia, tornando o metabolismo mais lento, e

A dieta do rei, do príncipe e do mendigo

provavelmente comeremos em excesso na próxima refeição”, complementa.

Negligenciar a primeira refeição pode causar a queda do rendimento, raciocínio e concentração, causar irritabilidade durante o dia e ainda aumentar em 21% o risco de desenvolver diabetes, de acordo com pesquisa do site Hype Sciense. •

REPORTAGEM: GUSTAVO CIDRAL

Sugestão de cardápioCAFé DA MANHãSegundo Viviane, um bom café da manhã deve conter de 20 a 30% das calorias diárias e levar em consideração as necessidades individuais. Precisa ser rico principalmente de carboidratos (pão, cereal, bolo ou biscoito, preferencialmente integrais e frutas), pois são fontes de energia; proteínas (leite magro, iogurte, queijo, ricota, ovo pochê); e uma fonte de gordura (azeite de oliva, nozes, castanhas, avelã, amendoim, amêndoas).

AlMoçoÉ um reforço para garantir a disposição até o período da noite. Deve ser composto por saladas, arroz integral, leguminosas (feijão, lentilha, soja, grão de bico), legumes e uma fruta de sobremesa.

JANTARNão deve conter mais do que 5 a 10% das calorias diárias. Quando comemos muito, antes de dormir, nosso corpo acaba acumulando mais gordura do que em outro momento do dia, pois gastamos menos energia durante o sono. Por isso, o recomendável é comer no jantar algo mais leve e em menores quantidades. São boas opções as sopas de legumes e verduras. Se não resistir aos pães à noite, consuma as versões integrais.

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Saiba mais

»A azeitona é rica em vitamina A (responsável pela saúde dos olhos, fortalecimento do sistema imunológico e alívio de problemas respiratórios); vitamina E (importante na prevenção de problemas cardiovasculares, fadiga e envelhecimento precoce); fósforo (fortalece os ossos, melhora a memória e ajuda na absorção de cálcio pelo organismo; potássio (previne cãibras, regula os batimentos cardíacos e é fundamental na hidratação natural dos cabelos) e fibras (combate prisão de ventre e ajuda na prevenção de gastrite e úlcera).

Já o pimentão se caracteriza pelo seu elevado teor de vitamina C e também de vitamina B6 (a qual é fundamental tanto para a parte cerebral quanto para o sistema nervoso central em si).

Destaca-se também pelo seu alto conteúdo em betacaroteno (que ao entrar no organismo se transforma em vitamina A) e vitaminas do grupo B2 (além de vitamina E). Por isso, é ideal para prevenir a aparição de doenças degenerativas e crônicas. •

ALEXANDRE SCARDOELLI – NUTRICIONISTA (CRN-8: 16989)

Salada de PVT/PTS

- 1 e 1/2 xícara de chá de PTS miúdo

- 1 pepino japonês médio

- 1 pimentão amarelo pequeno

- 1 pimentão vermelho pequeno

- 100g de azeitonas picadas

- 1 colher de sopa de azeite

- 3 colheres de sopa de maionese

- 2 dentes de alho amassados

- Suco de um limão

- Coentro e cebolinha a gosto

- Sal a gosto

Modo de preparo:

Deixe o PTS de molho para hidratar por três

horas. Depois lave e escorra bem. Pique os

pimentões, o pepino, o coentro e a cebolinha,

acrescente os demais ingredientes e

misture. Pronto. Bom apetite!

RECEi TAFo

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unha

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Eq u il íBRi o

o segredo está na temperançaUm dos segredos de uma vida saudável está na tempe-

rança. Ser temperante envolve não apenas a abstenção de coisas nocivas, mas também o equilíbrio mesmo

naquilo que é saudável. Conforme lembra a escritora norte-americana Ellen G. White no livro Mente, Caráter e Personalidade, no volume 2, à página 394, “a verdadeira temperança nos ensina a dispensar inteiramente todas as coisas nocivas, e usar prudentemente aquilo que é saudável”.

Mas a sociedade do século 21 sofre com a ausência de domínio próprio. No Brasil, estima-se que um terço da população adulta lute com algum tipo de compulsão, seja alimentar, relacionada aos vícios de fumar e beber, por jogos ou compulsão sexual.

É um engano achar que sem equilíbrio haja qualidade de vida. O autocontrole, o equilíbrio e a temperança consti-tuem os fundamentos de todas as conquistas físicas, morais, intelectuais e espirituais.

Embora o domínio próprio seja visto como uma conquista difícil para quem nunca o teve ou quem o teve e o perdeu, a verdade é que é possível possuí-lo. As vítimas que se integram aos grupos anônimos, onde podem trocar experiências, ideias e dialogar com outros indivíduos que têm as mesmas dificul-dades, dão um passo importante no processo de restauração. Alguns casos são de tal maneira complicados que exigem assistência especializada.

Mas há uma ajuda que ninguém pode desprezar: o auxílio de Deus. Só Ele pode dar o poder de subjugar o apetite deseducado, as tendências para o vício de quaisquer naturezas e deter as compulsões. Podemos conseguir essa ajuda através da prece e do exercício da fé. Assim como as mudanças alimentares, a abstinência de vícios e a renúncia de hábitos prejudiciais são fruto do exercício perseverante. Vida de qualidade resulta do constante contato com o Todo- Poderoso. Esse caminho leva à saúde, satisfação e felicidade. [Com informações do livro “Remédios de Deus – 8 recursos para viver mais e melhor”, de Francisco Lemos e Zinaldo Santos, editora Casa Publicadora Brasileira, 2008]

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RESUlTADo:

De 22 a 40 pontos Raivoso contumaz; irrita-se intensamente e com frequência. Cuidado com o coração.

De 15 a 21 pontos Nervoso ocasional; sente raiva de vez em quando e com intensidade moderada. Continue mantendo os nervos sob controle.

De 10 a 14 pontos Parabéns! Você se irrita pouco e raramente. O coração vai bem.

» Depois de analisar durante seis anos o comportamento de 13 mil homens e mulheres com idade entre 45 e 64 anos, cientistas da Universidade da Carolina do Norte, Estados Unidos, desco-briram que as pessoas que perdem o domínio próprio e se irritam intensamente e com frequência têm três vezes mais possibilidades de sofrer de infarto do que indivíduos mais calmos. O perigo é explicado pelo aumento de adrenalina no sangue, durante a raiva, o que provoca hipertensão.

Para medir seu grau de irritabilidade, faça o seguinte teste:

Teste seu domínio próprio

Quase nunca Às vezes Com frequência

Quase sempre

Perco facilmente a paciência

Tenho explosões emocionais

Minha raiva é desproporcional à situação

Fico nervoso quando os erros dos outros me atrapalham

Fico irritado quando faço um bom trabalho e as pessoas não reconhecem

Perco o controle facilmente

Quando fico zangado, digo coisas terríveis

Fico furioso quando sou criticado na frente dos outros

Fico enfurecido quando faço um bom trabalho e não sou bem avaliado

CoMo CAlCUlAR:Some o valor de cada resposta e veja o resultado.

Quase nunca = 1 ponto

Às vezes = 2 pontos

Frequentemente = 3 pontos

Quase sempre = 4 pontos

FONTE: REMédioS dE dEuS – oiTo REcuRSoS NATuRAiS pARA ViVER MAiS E MElHoR

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18 E s t i l o S a ú d e»18 E s t i l o S a ú d e»

RE SPiRE

Uma equipe do Boston Children’s Hospital divulgou recentemente o desenvolvimento de micro-

partículas que vão permitir a pessoas com insuficiência respiratória conti-nuarem vivas por 15 a 30 minutos. Elas podem ser injetadas direto na corrente sanguínea para oxigenar o corpo e permitir que médicos, em caso de emergência, possam agir sem que o paciente corra risco de ataque cardíaco ou danos cerebrais permanentes.

A descoberta é sem dúvida muito importante já que a manutenção da vida depende da respiração e o ar puro alimenta os pulmões. Mas, mesmo nos mantendo vivos, o ar que respiramos hoje, conforme mostram as pesquisas, está trazendo inúmeros problemas de saúde e causando doenças mortais.

Segundo o relatório divulgado pela Agência Europeia do Ambiente (AEA) em setembro, a vida dos europeus está sendo encurtada em dois anos, devido ao alto índice de poluição do ar que acumula substâncias associadas a doenças como câncer de pulmão e problemas cardiovasculares.

Os escapamentos dos carros emitem gases que são os grandes vilões da poluição do ar nos grandes centros. O aumento da frota, hoje totalizando 35 milhões de auto-móveis no Brasil, é fator preocupante.

A pneumologista infantil e alergo-logista Rosaly Vieira dos Santos (CRM 17120 / RQE 11538), da Clínica Adventista de Curitiba, concorda que os carros influenciam muito na quali-dade do ar das cidades, mas ressalta que existem regiões rurais que também enfrentam essa dificuldade. Ela explica que até o pólen das flores é modificado

com a poluição, o que também pode provocar crises de alergias respiratórias.

O médico Paulo Hilário Nascimento Saldiva (CRM –SP 31825) afirma que quatro mil pessoas morrem anualmente em São Paulo em consequência de problemas causados pela poluição do ar. Ele é um crítico feroz da utilização abusiva do automóvel e defende a insta-lação de pedágio urbano.

A síndrome do ”atchim” Tiago de Souza tem 29 anos e circula diariamente pelas ruas congestio-nadas da cidade de São Paulo, onde é vendedor. Ele sofre de rinite alérgica, doença que, segundo a médica Rosaly, também pode ser causada pela poluição. Pelo menos uma vez por semana, ele sente as consequências da fumaça dos carros e espirra tanto que o nariz chega a sangrar.

Ar essencialpara a vida

Francis Matos

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“Quando estou na zona rural tudo é diferente, até durmo melhor”, conta a jornalista Luzia Paula, que mora em Palmas/TO. Ela afirma que quando retorna à cidade ou quando visita algum município ainda mais populoso e poluído, logo começa a espirrar, e este sintoma vem acompanhado de coceira no nariz, coriza e falta de ar. Mesmo morando em uma capital de menor porte, ela diz que as queimadas preju-dicam bastante o ar na região, problema potencializado pelo clima seco.

Quando consultou um pneumo-logista, a jornalista ficou sabendo que os sintomas poderiam ser ameni-zados com uma solução nasal, mas que a solução para o problema seria a “mudança de ares”.

A médica Rosaly concorda que o ideal é tratar a causa, porque a poluição ocasiona a inflamação das vias aéreas e o tratamento às vezes precisa ser à base de antibióticos, mas nem sempre isso é possível.

“As crianças sofrem mais porque as vias aéreas são mais estreitas, e a criança com rinite alérgica tem mais chance de desenvolver asma alérgica. É uma doença evolutiva”, explica a médica. Embora a rinite não seja uma doença de fator estri-tamente ambiental, a poluição é um fator altamente potencializador, já que as pesquisas mostram maior incidência em zonas urbanas que na zona rural.

Queda na qualidade de vida Um estudo desenvolvido pela Univer-sidade Columbia, nos Estados Unidos, relacionou a obesidade infantil aos índices de poluição das regiões onde as mães residiram durante a gestação. O trabalho associou o risco ao poluente hidrocarboneto aromático policíclico (HAP), liberado pela queima de combustível, como diesel, gasolina e também pelo tabaco.

Os filhos das mulheres que circu-laram por regiões poluídas durante a

pesquisa tiveram 2,2 mais chances de serem obesos aos sete anos. Com esta idade eles já acumulavam 1,5 quilo a mais de gordura que as outras crianças.

Pesquisadores do Centro Médico Beth Israel Deaconess, em Boston, nos Estados Unidos, divulgaram um estudo que aponta que aumenta em mais de 30% o número de AVC (Acidente Vascular Cerebral) em dias com baixa qualidade do ar.

O ar que respiramos não é oxigênio puro como muitos pensam. O ar é formado por uma mistura de oxigênio, nitrogênio, gás carbônico, gases nobres e vapor de água; mas o monóxido de carbono, presente no ar das grandes cidades, é o grande vilão da saúde.

Por conta de poluentes como este, cresce o índice de pessoas afetadas por problemas como alergias, que atingem 40% da população mundial e 50% dos europeus. Diante disso, países como a Alemanha, um importante centro de estudos médicos sobre alergia, têm investido em ações ambientais para melhorar a qualidade do ar nas cidades, com o uso expressivo de transporte movido a eletricidade, por exemplo. “Mais que no plantio de árvores, devemos pensar em diminuir a emissão de gases e poluentes”, salienta a doutora Rosaly.

Mesmo de maneira mais lenta, o Brasil está começando a discutir e criar estratégias para resolver este problema, porque gasta mais com saúde do que se investisse em qualidade de vida da população.

Cidades limpasEmbora tenha parte do seu território coberto pela Floresta Amazônica, chamada o “pulmão do mundo”, a América do Sul não tem nenhuma cidade classificada entre as dez mais limpas do planeta. A cidade com o ar mais puro no mundo, de acordo com a empresa de consultoria norte-ameri-cana Mercer, é Calgary, no Canadá. Os canadenses têm também a terceira cidade do ranking de ar puro, Ottawa. •

Ar essencialpara a vida

Para respirar melhor ▸ Procure morar em ruas com pouca circulação

de automóveis e mais arborizadas.

▸ Feche as janelas no horário de pico.

▸ A bacia com água, uma dica antiga para respirar melhor nos dias secos, é também uma boa ajuda pra quem sofre de alergia respiratória por causa da poluição.

▸ Fique atento ao sono e ao boletim do seu filho. Problemas respiratórios causados pela poluição reduzem em até 30% o rendimento escolar.

▸ O consumo de vitamina C e a vitamina D ajudam no combate aos problemas respiratórios.

”Dependemos mais do ar que respiramos do que do alimento que ingerimos”. (Ellen White, Conselhos sobre saúde, p. 173)

Benefícios do ar puro▸ Melhora a circulação do sangue

▸ Elimina impurezas do organismo

▸ Ajuda na digestão

▸ Produz vigor

▸ Acalma os nervos

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20 E s t i l o S a ú d e»

» No dia a dia, seu Crescêncio Pereira é muito observado por pessoas que convivem com ele. Com uma aparência e disposição quase nada condizentes com sua idade, os mais impressionados e até inve-josos o questionam sobre onde podem encontrar a tal fórmula milagrosa para serem como ele.

Embora tenha uma vida regrada hoje, seu Pereira, 74 anos, explica que isto só mudou depois que descobriu que tinha labirintite, aos 50 anos, quando ainda trabalhava. “Você pode conviver com isso, o médico disse, mas precisa tomar algumas atitudes”, lembra. A principal recomen-dação médica se tratava, especifi camente, da alimentação. “Depois que eu aprendi que nós somos o que comemos, me cuidei bastante”, garante.

E para quem acha que ele cuidou apenas deste aspecto, se engana. “Eu também faço exercícios. É bom praticar porque não benefi cia apenas a circulação e o organismo, mas também ajuda na respiração, renovando os pulmões e todo o resto”, enfatiza.

Como quem está dando uma série de conselhos a um fi lho, seu Pereira explica que estes e outros hábitos não são aplicados de forma isolada. Há outros elementos, como por exemplo, o repouso, que usa de forma regrada ao dormir por volta das 21h30 e o despertar às 6h00. Tudo parte de uma rotina aparentemente complexa para quem olha

de fora. “O que eu descobria que estava errado na minha vida, eu já eliminava, independente de ser algo gostoso. O que era bom, eu aplicava. Nós fomos criados para ser saudáveis e felizes”, frisa.

A força de vontade para agir corretamente foi algo que Pereira desenvolveu quando ainda era um funcionário da Petrobras. Prestes a ser despedido por não concordar em se submeter a uma rotina de trabalho que interferiria em seus princípios religiosos, impossibilitando a guarda do sábado (Gênesis 2:2 e Êxodo 20:8), Pereira buscou encontrar forças para enfrentar o problema por meio de orações diárias e jejum aos sábados. A confi ança em Deus foi determinante para não perder o foco neste período, que acabou terminando de forma positiva. No fi m das contas, não houve demissão e seu Pereira ainda perma-neceu na empresa durante os 17 anos seguintes, saindo apenas após a aposentadoria. Além do jejum, Crescêncio já cultivava um hábito de meditar, logo cedo, nas palavras escritas na Bíblia.

Hábitos mais corriqueiros, como tomar muita água e reservar um tempinho para desfrutar do ar puro e da luz solar, também fazem parte do dia a dia do aposentado. “Quando eu tinha 40 anos, eu não tinha o ânimo e a disposição que eu tenho agora. Através de todos estes hábitos, eu mudei bastante. E as pessoas fi cam perguntando onde encontrei a solução, e eu dou risada”, brinca. •

Você é o que pratica

estilo de vida Por Willian Vieira

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21E s t i l o S a ú d e «

fique por dentro

Teste ergométricoA Clínica Adventista de Porto Alegre

já oferece o serviço de ergometria. Por meio do exame, também chamado de teste de esforço, são monitorados aspectos como o comportamento da frequência cardíaca e da pressão arterial durante e após o esforço. Entre os objetivos do teste estão o diagnóstico e a avaliação da doença arterial coronária. Também permite a detecção de arritmias e outras complicações cardiovasculares, a exemplo de sopros e sinais de falência ventricular esquerda. Além disso, o exame ergométrico consiste num importante instrumento para orientar a prescrição de exercícios físicos.

Exames de ultrassomA população da capital gaúcha e

região metropolitana agora também pode acessar exames de ultrassom na Clínica Adventista de Porto Alegre. Podem ser realizados exames na área de cardiologia, gastroenterologia, ginecologia e obstetrícia.

Segundo o diretor da unidade, Marcos Enoch da Silva, a clínica tem capacidade para realizar cerca de 50 exames por semana, atendendo de segunda a sexta-feira.

Novo software de gestãoEntrou em funcionamento nas unidades de

Curitiba e Porto Alegre o novo software de gestão Soul MV, um dos mais modernos voltados para o gerenciamento de instituições de saúde no Brasil. Áreas como as de controle de processos, rastreabilidade e gerenciamento de dados, faturamento, controladoria, materiais e logística, serviços de apoio e gestão estratégica, já vem sendo beneficiadas com a nova ferramenta. Nos próximos meses serão incluídos também no programa outros segmentos, como o assistencial e clínico, gestão de fluxo de atendimento, diagnóstico e terapia, e prontuário eletrônico do paciente.

Novo horário de atendimentoCom o objetivo de trazer mais conforto e comodidade aos seus clientes, a

Clínica Adventista de Curitiba, em parceria com o Laboratório Lanac, ampliou o horário de atendimento da unidade de coleta. O horário de atendimento passa a ser das 7h15 às 12h e das 13h às 16h.

O Lanac, certificado com ISO 9001, realiza exames laboratoriais nas áreas de hematologia, bioquímica, imunologia, urinálise, parasitologia, genética, microbiologia, dosagens hormonais e toxicologia. Mais informações podem ser obtidas no site www.lanac.com.br ou por meio do telefone (41) 3240-2943.

Capelania A Clínica Adventista de Curitiba oferece gratuitamente aos pacientes

um serviço de aconselhamento em várias áreas, como a espiritual e de relacionamento familiar. Para agendar um horário com o capelão, solicitar estudos bíblicos, informações sobre estilo de vida saudável ou fazer pedidos de oração, envie um e-mail para [email protected]. Mais informações também podem ser obtidas pelo telefone (41) 3240-2900.

As Clínicas Adventistas de Curitiba e Porto Alegre realizam cerca de 60 mil atendimen-

tos por ano, entre consultas médicas, procedimentos e exames. Atendem consultas

particulares e mais de 50 planos de saúde (consulte a relação de planos de saúde aten-

didos em cada unidade). Juntas, as duas unidades contam com um corpo clínico forma-

do por mais de 80 profissionais.

As clínicas integram o Sistema Adventista de Saúde, uma rede mundial que trabalha

pela melhoria da qualidade de vida das pessoas. Sua estrutura abrange 167 hospitais e

351 clínicas, que servem a população em diversos países.

O Sistema Adventista de Saúde é conhecido pela atuação em alguns tipos de tratamen-

tos. Há mais de 20 anos, o Centro de Tratamento Com Prótons do Centro Médico da Univer-

sidade Loma Linda (Califórnia, Estados Unidos), por exemplo, atua no combate ao câncer.

Apostando em tecnologia e em capacitação profissional, se busca cumprir o objetivo

de servir melhor a comunidade e de promover o exercício de uma medicina trabalhada

de uma perspectiva holística, ou seja, em sua dimensão física, mental e espiritual.

SLOGAN: ”Salvar é a nossa natureza”.

VISÃO: Ser uma rede de excelência na prevenção e cura, promovendo a saúde integral.

MISSÃO: Promover a saúde física, mental e espiritual, seguindo o exemplo do Senhor

Jesus, o médico dos médicos.

VALORES: O amor a Deus e ao próximo tendo o paciente como o centro das atenções,

o respeito aos princípios bíblicos, a ética profissional em todas as suas esferas e a qua-

lidade na prestação de serviços.

QUEM SOMOS

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» O homem pós-moderno vive uma crise de confiança. Afinal, tudo é tão volátil (o mercado financeiro, as relações sociais, os princípios e os valores morais), na chamada “sociedade líquida”, como denomina o sociólogo Zygmunt Bauman. Essa avalanche de incertezas, impelida por um contexto onde “tudo que é sólido desmancha no ar”, levou a outras crises sérias, entre as quais destaco a de ansiedade, que toma conta de uma parcela numerosa da população. Somos espe-cialistas em antecipar os problemas, em remoer situações que ainda vão acontecer daqui a 10, 20, 30 anos e pagamos caro pelo “excesso de bagagem” que carregamos. O Brasil já ocupa o segundo lugar no ranking dos países que mais consomem remédios para a ansiedade.

Segundo dados levantados pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Facul-dade de Medicina da Universidade de São Paulo,

12% dos brasileiros são ansiosos, o equivalente a 24 milhões de

pessoas com ansiedade patoló-gica. Essa mesma pesquisa

apurou que 23% da popu-lação brasileira terá algum tipo de distúrbio ansioso ao longo da vida.

Embora tenhamos que deixar claro que existem diferentes causas, níveis e tipos de ansiedade, algumas das situações que levam

os brasileiros a comportamentos ansiosos, no dia-a-dia, são

até curiosas – cômicas, se não

fossem trágicas. Uma delas, em especial, iden-tificada numa

pesquisa feita em oito países pela revista Times em parceria com a empresa norte-americana de tecnologia Qualcomm, merece especial destaque. De acordo com essa investigação, 83% dos brasi-leiros disseram ficar ansiosos quando esquecem o celular em casa. Deixar de consultar o aparelho por 10 minutos, ou até menos, já é motivo para uma “crise” de ansiedade.

Os reflexos dessa condição são muito nítidos na saúde das pessoas e uma das evidências disso é que podemos aumentar as chances de doenças cardíacas em até quatro vezes, conforme apontou o estudo do Instituto de Psiquiatria do HC da Faculdade de Medicina da USP.

Problema antigo Embora o problema tenha se tornado crônico em nossos dias, ele é bastante antigo. Jesus já manifestou preocupação com o assunto há mais de dois mil anos, ao pronunciar um importante sermão registrado nas páginas da Bíblia: “Não andeis ansiosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário? Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?”. (Mateus 6:25-26)

Esse ensinamento milenar, porém mais relevante do que nunca, é um antídoto para a ansiedade. Não precisamos viver como se Deus não existisse. Não estamos sozinhos no mundo. Você pode dividir a carga que pesa sobre seus ombros. É uma promessa do “Médico dos médicos”.

Mas é preciso lembrar que confiança em Deus, como em tudo na vida, se desenvolve com vivência, com relacionamento. É como no casa-mento.Quem conhece, confia; e quem confia, descansa.•

MÁRCIO TONETTI É JORNALISTA

Antídoto para a ansiedadeS Aúd E PlEn A

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23E s t i l o S a ú d e «

rep o r tagem

Page 24: Revista Estilo Saúde

Especialidades▪ Alergia e Imunologia

▪ Angiologia e Cirurgia Vascular

▪ Cardiologia

▪ Cirurgia Geral

▪ Cirurgia Pediátrica

▪ Cirurgia do Aparelho Digestivo

▪ Clínica Médica

▪ Cirurgia Plástica

▪ Dermatologia

▪ Endocrinologia

▪ Endocrinologia Pediátrica

▪ Gastroenterologia

▪ Ginecologia e Obstetrícia

▪ Mastologia

▪ Medicina da Família

▪ Medicina do Trabalho

Especialidades▪ Cardiologia▪ Cirurgia do Aparelho

Digestivo▪ Clínica Médica▪ Cirurgia Plástica▪ Cirurgia Vascular ▪ Clínica Geral▪ Dermatologia▪ Endocrinologia▪ Fisioterapia▪ Fonoaudiologia▪ Gastroenterologia▪ Geriatria▪ Ginecologia e

Obstetrícia▪ Mastologia▪ Nutrição▪ Oncologia▪ Ortopedia e Cirurgia

do Quadril

▪ Nefrologia

▪ Nutrição

▪ Odontologia

▪ Oftalmologia

▪ Oncologia

▪ Ortopedia e Traumatologia

▪ Otorrinolaringologia

▪ Pediatria

▪ Pneumologia

▪ Pneumologia Pediátrica

▪ Psicologia

▪ Reumatologia

▪ Urologia

Serviços de Diagnóstico▪ Anatomia Patológica

▪ Bioimpedanciometria

▪ Colposcopia

▪ Doppler

▪ Ecocardiografi a

▪ Ecodoppler

▪ Ecografi a

▪ Eletrocardiograma

▪ Escleroterapia

▪ Espirometria

▪ Exames Oftalmológicos

▪ Holter 24h

▪ Mapa

▪ Teste Ergométrico

▪ Testes Alérgicos

▪ Ortopedia e Traumatologia▪ Otorrinolaringologia▪ Pediatria▪ Proctologia▪ Psicologia▪ Psiquiatria▪ Reumatologia ▪ Urologia

Serviços de Diagnóstico▪ Anatomia Patológica▪ Audiometria▪ Bioimpedanciometria▪ Colposcopia▪ Escleroterapia▪ Eletrocardiograma

Unidade Curitiba Unidade Porto Alegre

Al. Júlia da Costa, 1447 – Bigorrilho – Curitiba-PR – CEP 80730-070 E-mail: [email protected]

Rua Matias José Bins, 581 – Três Figueiras – Porto Alegre-RS – CEP 91330-290E-mail: [email protected]

Helnio Judson NogueiraDiretor Técnico Médico

CRM-PR 3377/RQE 299

João Kiefer FilhoDiretor Técnico Médico

CRM-RS 016217 / RQE 289

Fone (41) 3240-2900 Fone (51) 3382-1200

Clínica Adventista deCuritiba

Clínica Adventista dePorto Alegre

www.cl inicaadventista.org.br