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Ediçao 223 - Março 2012

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Page 1: Revista Estados & Municipios
Page 2: Revista Estados & Municipios

FelizCidade.

Parque do Forte

MOTTAXIST+ MOTOTAXISTASMOTOT

Cidade forte se faz assim!Cidade forte se faz assim!apoio

Somente juntos podemos transformar nossos caminhos

SEMEDSecretaria Municipal de Educação

Cartão Cidadão

Cartão Cidadão

Cartão C

idadão

NovaPolítica Habitacional

Page 3: Revista Estados & Municipios

FelizCidade.

Parque do Forte

MOTOTAXISTAS+ = 800MOTOTAXISTAS

Cidade forte se faz assim!Cidade forte se faz assim!apoio

Somente juntos podemos transformar nossos caminhos

SEMEDSecretaria Municipal de Educação

Cartão Cidadão

Cartão Cidadão

Cartão C

idadão

NovaPolítica Habitacional

Page 4: Revista Estados & Municipios

EditorialEditorial

Natal não é apenas sol, mar e belas praias. A capital do Rio Grande do Norte é uma cidade em pleno processo de desenvolvimento econômico e modernização estrutural. Governada pela prefeita Micarla de Souza, única filiada do Partido Verde a comandar uma capital do país, a cidade investirá – e continuará investindo – pesado na melhoria da infraestrutura viária e da mobilidade urbana, sem renegar áreas essenciais para o bem estar da população, como saúde, educação e saneamento básico.

Eleita em 2008, Micarla de Souza elegeu seu último ano de mandato como o ano das obras de infraestrutura. A expectativa de ser uma das subsedes da Copa do Mundo de 2014 transformará a cidade num verdadeiro canteiro de obras. Em parceria com o governo federal, a prefeitura injetará milhões de reais em obras estruturantes que marcarão o presente e o futuro da cidade.

“A Copa não é mais um futuro para Natal, mas uma realidade para nossa cidade. E essas obras transformarão a realidade local por pelo menos 50 anos”, ressalta a prefeita, que destaca a importância do apoio recebido do governo federal: “Graças a essa parceria, podemos comemorar uma extensa relação de obras voltadas à melhoria da nossa cidade”.

De olho na educação, a atual gestão sempre aplicou na área mais do que o estabelecido pela Constituição Federal. E este ano não será diferente. Na saúde, o índice de desempenho do SUS (IDSUS 2012) colocou a cidade em 3º lugar no Nordeste – praticamente empatado com Recife e São Luis – e 11º no Brasil, superando capitais como o Rio de Janeiro e Brasília.

Em nossa reportagem de capa, a Revista dos Estados & Municípios faz um balanço dos três anos da atual administração e mostra um pouco dos planos e ações previstas para o último ano do atual mandato.

O Editor

Gestão popular Editor GeralGuilherme Gomes - SJP-DF 1457

FinanceiroAntônio Carlos de Oliveira Gomes

JurídicoEdson Pereira Neves

Diretora ComercialCarla Alessandra dos Santos Ferreira

ColaboradoresGerson Gonçalves de Matos / Mauricio Cardoso

Rangel Cavalcante / Renato Riella

EstagiáriaPaloma Conde

DiagramaçãoAndré Augusto de Oliveira Dias

Agências de NotíciasBrasil, Senado, Câmara, Petrobras

REPRESENTANTES COMERCIAISRegião Norte

Meio & Mídia Comunicação Ltdae-mail: [email protected]

[email protected] / (11) 3964-0963

Rio de Janeiro - Cortez [email protected]

Tel.: (21) 2487-4128 / 8197-6313 / 9478-9991

Minas Gerais - Rodrigo AmaralTel.: (31) 8841-1515

Nacional e InternacionalBento Neto Corrêa Lima / [email protected]

BahiaZe Maria

(71) 9987-9441

Antonio Cássio Santana (71) 9129.0856 - 3353.9767

Santa CatarinaAD Gouveia & Associados

Alexandre Gouveiawww.adgouveia.com.br

(48) 3047-3515

ParanáGestão & Política

Luiz Kirchnerwww.gestaoepolitica.com.br

(41) 8835-1590

Tiragem 36 mil exemplares

Endereço ComercialSRTVS - Q. 701 - Bl. O - Ed. Centro

MultiEmpresarial - Sala 457 - CEP:70340-000 Brasília/DF - PABX: (61) 3034-8677

[email protected]

[email protected]

As colunas e matérias assinadas não serão remuneradas

e o texto é de livre responsabilidade de seus autores

Expediente

Page 5: Revista Estados & Municipios

49 | MUNICIPALISMOPrefeitos paulistas defendem novo pacto ............................ 49

50 | AMBIENTEResponsabilidade pelo descarte de embalagens .................. 50Novos recursos para o uso da água ..................................... 51Gestores participarão do Congresso do Iclei ....................... 52Rio Grande do Norte constrói aterros sanitários ................. 54Minas Gerais apóia coleta seletiva ..................................... 55

58 | AGRICULTURAChuvas afetam produção no Acre ........................................ 58Desenvolvimento Agrário tem novo ministro .................... 59Nova tecnologia para o solo ................................................ 60Mato Grosso investe na qualifi cação ................................... 61

62 | AGROPECUÁRIABrasil e Paraguai unidos contra a aftosa .............................. 62

64 | SOCIALBrasil alcança o menor nível de desigualdade .................... 64Municípios têm até 6 de junho para entrar no Siconv ......... 65Mogi das Cruzes investe em creches ................................... 66Educação especial para defi cientes ..................................... 67Nova Mutum promove casamento comunitário .................. 68

72 | TRANSPORTEPAC2 prioriza rodovias ....................................................... 72Projeto incentiva uso de bicicletas ...................................... 73 74 | CULTURARádio, a melhor companhia ................................................. 74

78 | TURISMOTiradentes, uma boa opção para o 21 de abril ..................... 78

82 | ARTIGOUm novo pacto federativo ................................................... 82

Estados & Municípios - Fevereiro 2012

06 CAPA COLUNISTASNatal, a capital do Rio Grande do Norte, se transformará em um verdadeiro canteiro de obras. O objetivo é fazer da cidade uma das 12 subsedes da Copa do Mundo de 2014. Segundo a prefeita Micarla de Sousa, do Partido Verde, serão investidos, em parceria com o Governo Federal, mais de R$ 600 milhões na melhoria das vias e do trânsito na cidade. Para Micarla, as obras de mobilidade urbana transformarão a realidade local por pelo menos os próximos 50 anos.

Edição 223 Março de 2012

www.estadosemunicipios.com.br

14 | POLÍTICAGoverno troca os líderes no Congresso ............................... 14Câmara empossa presidentes das Comissões permanentes . 16

18 | GESTÃOSituação crítica na maioria dos municípios ......................... 18Paraná tem experiência modelo na área tributária ............... 20Governo de Santa Catarina aplica choque de gestão ........... 21

24 | BRASÍLIA /DFBrasília vai proteger moradores de rua ............................... 24GDF mantém base aliada informada ................................... 25

26 | MUNICÍPIOSAlto do Rodrigues tem desenvolvimento invejável ............ 26Maricá ganha emissário submarino ..................................... 28Prefeitos baianos em alerta contra a seca ............................ 29

32 | JUSTIÇATSE terá uma mulher na presidência .................................. 32

34 | SAÚDEPE adere a programa de combate ao crack .......................... 34Saúde caótica no Mato Grosso do Sul ................................. 36Arco-Íris tem o melhor sistema público .............................. 37

38 | TECNOLOGIAEmpresários querem incentivos .......................................... 38Código de CT&I pode ser transformado em MP ................ 39

40 | TRABALHOPernambuco paga maiores salários ..................................... 40Emprego em trajetória de crescimento ............................... 41

46 | ECONOMIARS também quer reestruturação das dívidas ....................... 46Petrobras investe R$ 600 milhões em Sergipe .................... 47

48 | TRIBUTAÇÃOIsenção para empresas da Zona Franca de Manaus ............. 48

22 | DIRETO DE BRASÍLIA Renato Riella Copa escandalosa

56 | MÍDIA Pedro Abelha Queda de audiência

70 | CASOS & CAUSOS Rangel Cavalcante A pilha do pinto

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6 Março 2012 - Estados & Municípios

Capa

Mobilidade urbana, Copa do Mundo, drenagem, estrutura viária...O último ano de mandato da prefeita Micarla de Sousa será dedicado às obras de infraestrutura da cidade de Natal (RN).

Nesta reportagem, a Revista Estados & Municípios faz um pequeno balanço da administração da primeira prefeita de uma capital filiada ao Partido Verde (PV) e mostra as expectativas da capital potiguar, conhecida internacionalmente pelas

Gestão verde com planejamento

belas praias e um dos principais roteiros turísticos do Brasil.

A cidade está se preparando para a Copa do Mundo de 2014. As obras estão começando e incluem vários projetos que transformarão sua estrutura viária, em especial, a recuperação e iluminação de pontos turísticos que permitam a acessibilidade de pessoas portadoras de deficiência. A gestão de Micarla de Sousa termina em 2012, mas o futuro promissor de Natal já está traçado.

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Capa

Copa 2014

A capital potiguar, com popula-ção de 803 mil habitantes, tem no turis-mo um dos seus principais geradores de emprego e renda. E a Prefeitura traba-lha intensamente para executar as obras de infraestrutura que preparam a cida-de para evento de tamanho porte. Até 2014, em parceria com o Governo Fe-deral, a Prefeitura de Natal deve investir mais de R$ 600 milhões na melhoria das vias e do trânsito na cidade.

Desde janeiro de 2009, Natal está sob os cuidados de uma gestão verde. A jornalista Micarla de Sousa foi eleita em 2008, tornando-se a primeira prefeita de uma capital filiada ao Partido Verde (PV). E, desde que assumiu o mandato, além do turismo tem priorizado em sua administração ações de forte impacto nas áreas de saúde, educação, mobili-dade urbana, valorização do servidor público, assistência social. Na mensa-gem de abertura do ano legislativo na Câmara Municipal, a prefeita declarou que 2012, último ano do mandato, será o ano das obras de infraestrutura.

O foco não foi definido aleatoria-mente. A gestão municipal em Natal vem sendo conduzida a partir de um minu-cioso planejamento, com a execução de ações concentradas por área, promoven-do grandes transformações na vida do cidadão. Foi assim no primeiro ano, com ênfase na saúde, na ampliação da rede de atendimento, melhorias na estrutura, ins-

talação de equipamentos e outras ações. Sucessivamente diferentes áreas foram re-cebendo maior atenção, beneficiadas com projetos e ações de melhoria.

No setor turístico, uma pesquisa realizada em janeiro passado pela Fe-deração do Comércio do Rio Grande do Norte (Fecomércio) apontou vários pontos positivos, na avaliação dos turis-tas que chegam à cidade. Como não po-deria deixar de ser em uma gestão ver-de, a qualidade e condição ambiental da cidade a preservação do meio ambiente foi o elemento melhor avaliado no que-sito infraestrutura e serviços, com apro-vação de 88,9% dos entrevistados. No dado geral, nada menos do que 82,2% dos entrevistados planeja retornar a Natal, enquanto quase todos os nossos visitantes (98%) recomendariam a ci-dade a outras pessoas.

Para garantir bons resultados no turismo, a Prefeitura, por intermédio da Secretaria Municipal de Turismo e De-

senvolvimento Econômico (Seturde), tem realizado várias ações: a recupera-ção e a iluminação de pontos turísticos como o calçadão da praia de Ponta Ne-gra, obras de acessibilidade para pesso-as portadoras de deficiência, oferta de transporte público com qualidade.

Existem outros projetos que estão em fase de preparação, como o Turista Legal, no qual o visitante trocará nota fiscal por cupons para concorrer a um fim de semana com acompanhante em Natal; o Alô Turista (unidade móvel) e a colocação de um box de informações permanente no Aeroporto Internacional Augusto Severo e na rodoviária da Cidade da Esperança, trabalho em parceria com a Secretaria Estadual de Turismo.

Paralelo a isso, há a intensificação da divulgação do destino Natal em feiras e eventos nacionais, a reestruturação dos equipamentos turísticos públicos e o in-cremento do turismo cultural com a ela-boração de um calendário de eventos.

Famosa no Brasil e internacionalmente pelas belas praias e por oferecer aos visitantes e moradores em média 300 dias de sol no ano, Natal se prepara atualmente para ser, em 2014, uma das 12 subsedes da Copa do Mundo

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8 Março 2012 - Estados & Municípios

Capa

Ações na saúde

Os investimentos feitos em Saúde para a população de Natal vêm a cada ano apresentando bons resultados. No início do corrente mês, mais um dado positivo atestou que a prefeitura vem seguindo no caminho certo. Divulgado pelo ministro da Saúde, Alexandre Pa-dilha, o Índice de Desempenho do SUS (IDSUS 2012) colocou a capital poti-guar em terceiro lugar no Nordeste, com índice de 5,90, praticamente empatado com Recife (5,91) e São Luís (5,94) e à frente das demais capitais. Dentro desta avaliação, Natal ficou, no Brasil, em dé-cimo primeiro lugar, à frente de capitais como Rio de Janeiro e Brasília.

Segundo a prefeita Micarla de Sousa, a colocação de Natal se deve ao bom trabalho da gestão, focado nos bene-fícios para a saúde pública com a expan-são dos postos de atendimento médico, a implantação de três Ambulatórios de Atendimentos Médicos (AMEs), da Uni-dade de Pronto Atendimento (UPA) e a modernização no armazenamento dos medicamentos. No nosso primeiro ano, fizemos questão de cuidar da saúde dos natalenses, com a UPA e os AMES, afinal, nada pode ser feito sem estar com a saúde em dia, comentou.

Os resultados obtidos vêm em de-corrência de uma série de ações desen-volvidas desde o início da gestão. Como a decisão de ser a primeira cidade brasi-leira a bancar integralmente, sem apoio do governo estadual, a construção e manutenção das Unidades de Pronto Atendimento 24 horas (UPAs).

Com índice de aprovação de 98,5% da população da zona Norte, a UPA de Pajuçara, tem quatro consul-tórios médicos, 12 leitos, salas de aco-lhimento, observação, setor de pronto atendimento, setor de diagnóstico e terapêutico. Além disso, a população tem à disposição uma equipe 24 horas

composta por quatro clínicos gerais e um pediatra. Só essa unidade atende mensalmente 15 mil natalenses. Este ano, será inaugurada a UPA Ministro Aluízio Alves, na zona oeste da cidade, garantindo o atendimento a 25 mil pes-soas mensalmente.

Outro equipamento na estrutu-ra de saúde oferecido à população de Natal é a rede de AMEs (Ambulatórios Médicos Especializados), serviço cria-do na atual gestão. Hoje os AMEs do Nova Natal, Planalto e Brasília Teimosa atendem juntas cerca de 20 mil pessoas por mês. São unidades onde o usuário do sistema SUS pode realizar consulta de segunda a sábado, das 7h ás 19h, po-dendo ser atendido com hora marcada em mais de 20 especialidades, depen-dendo de cada unidade. Este ano, o pro-jeto de ampliação dos AMEs inclui os bairros de Igapó e Felipe Camarão.

Na atenção à maternidade, a Pre-feitura do Natal investiu em modernos equipamentos, estrutura e pessoal qua-lificado. Nas maternidades dos bairros das Quintas e Felipe Camarão, além da Maternidade Leide Morais, foram im-plantados três centros cirúrgicos. Em-bora sejam unidades municipais, a boa estrutura termina fazendo também o atendimento de mulheres que vêm do interior do estado, principalmente da região da Metropolitana de Natal.

No que diz respeito ao armaze-namento e logística de distribuição de medicamentos, a atual gestão corrigiu problemas como a guarda de remédios a temperaturas de até 60 graus, o que trouxe enormes prejuízos para a cida-de. Agora funciona uma logística 100% confiável na gestão de 12 milhões de unidades de medicamentos, materiais médico-hospitalares e odontológicos, seguindo rigorosamente as normas es-tabelecidas pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Ministé-rio da Saúde.

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Capa

“A Presidenta Dilma Rousseff, que não tem poupado esforços em contribuir com nossa cidade, o meu muito obrigada. Foi graças a esta parceria com o governo federal que hoje podemos comemorar obras de mobilidade no valor de R$ 338 milhões, iniciadas no dia 23 de fevereiro. Foi ainda graças a este momento ímpar que conquistamos mais R$ 126 milhões de OGU para investimentos em drena-gem e infra-estrutura urbana”.

Foi com esta saudação, no último dia 15 de fevereiro, durante a abertura do ano legislativo na Câmara Munici-pal de Natal, que a prefeita Micarla de Sousa discorreu sobre as obras de mo-bilidade que a Prefeitura do Natal já vem executando, com vistas à Copa do Mundo 2014. A parceria do município com o governo federal vem garantindo benefícios importantes para a cidade.

No que diz respeito às ações que cabem à Prefeitura do Natal, as obras que preparam a cidade para a Copa do Mundo 2014 já estão a pleno vapor. No mês de fevereiro, a prefeita do Natal as-sinou a autorização dos serviços de mo-bilidade urbana, que foram iniciados no dia 23. São vários projetos que trans-formarão a estrutura viária da cidade, como a intervenção com o recapea-mento asfáltico de 27 ruas no entorno das avenidas Felizardo Moura, Napo-leão Laureano e Capitão-Mor Gouveia, desde a ponte de Igapó, um dos acessos

à zona norte da cidade. Somente nessa etapa, serão investidos R$ 5,9 milhões.

Com o serviço, o objetivo da Pre-feitura é dotar estas ruas de melhores condições de serem usadas como opção de escoamento para o tráfego quando da execução das obras de implantação do sistema viário definitivo. O projeto prevê que as avenidas terão duas faixas para veículos, uma exclusiva para ôni-bus, além de ciclovia.

“Neste momento, a Copa não é mais futuro para Natal, mas uma reali-dade para nossa cidade, disse a prefeita Micarla de Sousa, durante a assinatura da autorização dos serviços, aprovei-tando para destacar o esforço de toda equipe da Prefeitura do Natal para fazer da cidade uma das sedes da Copa do Mundo de Futebol de 2014. E em con-sequência disso, conseguimos trazer estas obras de mobilidade urbana para nossa cidade, que transformará a reali-dade local por pelo menos os próximos 50 anos, completou.

Parceria com Governo Federal garante R$ 338 milhões em obras de mobilidade urbana na cidade do Natal

O projeto das obras de mobilida-de prevê também a construção de uma trincheira no cruzamento da Avenida Prudente de Morais com a Rua Rai-mundo Chaves, que permitirá que o tráfego tenha passagem subterrânea sob a Prudente de Morais, uma das princi-pais avenidas da capital potiguar.

Estão sendo iniciados vários projetos que transformarão a estrutura viária da cidade, possibilitando maior facilidade no escoamento do trânsito

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10 Março 2012 - Estados & Municípios

Educação prioritária

Nos últimos anos, a Prefeitura do Natal estabeleceu os investimentos em educação infantil como uma priorida-de. A atual gestão aplicou na área mais do que estabelece a Constituição Fe-deral. No primeiro ano, foram 29% do Orçamento. Em 2010, foram 31% e em 2011, 26,8%. Isso sem contar as parce-rias com o governo federal, que só em 2011, por exemplo, destinou recursos de R$ 7 milhões para a construção de oito Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs)

Desde 2009, foram entregues à população mais 54 novas creches-es-cola, fazendo com que a rede amplias-se seu atendimento de seis mil para 15 mil crianças na faixa etária de até seis anos. Esse aumento significativo no vo-lume de vagas oferecidas na nossa rede educacional infantil faz uma diferença enorme na vida das mães que traba-lham e podem deixar tranquilas seus filhos nas mãos dos nossos educadores infantis. Cuidar de gente é isso, comen-ta a prefeita Micarla de Sousa.

Os modelos dos oito Centros de Educação Infantil que receberam os recursos federais em Natal atendem ao padrão de qualidade estabelecido pelo programa Pró-Infância, do Governo Fe-deral, sendo quatro do tipo B e quatro

do tipo C. O CMEI do tipo B tem capa-cidade para atender 216 crianças cada e, o do tipo C atende até 120 crianças cada. Quando assumiu a administração municipal, a prefeita Micarla de Sousa encontrou uma rede com 22 CMEIs. Hoje, a capital potiguar conta com 74 unidades desse tipo funcionando, o que representa um crescimento recorde na oferta de vagas na educação infantil.

Outra ação na área educacional foi a implantação do projeto Farda-mento Completo, garantindo para 50 mil alunos da rede municipal de ensi-no, pela primeira vez, todas as peças da roupa para ir à escola, pares de tênis, e também o material escolar, inclusive a mochila. Em 2011, Natal obteve o re-conhecimento internacional da Unicef,

pela implantação do programa Meren-da em Casa, que reduziu a evasão esco-lar e melhorou o desempenho do aluno em sala de aula. O programa estabelece que, toda sexta-feira, os estudantes que freqüentam regularmente as aulas, re-ceberão gêneros alimentícios suficien-tes para fazer cinco refeições durante o final de semana. Composto de arroz, trigo, aveia, milho e leite em pó, o kit é uma merenda balanceada, definida pe-las nutricionistas da Secretaria Munici-pal de Educação.

Proeduc

O Programa de Incentivo à Edu-cação Universitária é mais uma iniciativa de enorme repercussão no setor educa-cional. Em parceria com universidades e faculdades, a Prefeitura do Natal atende atualmente mais de 6 mil universitários com bolsas de estudo de 50%, viabilizan-do a formação superior para jovens que não possuem condições econômicas de custear uma universidade.

Ainda na área de educação, os es-tudantes de Natal são os únicos do país que contam com a garantia da gratui-dade na emissão da carteira estudantil, sejam eles matriculados na rede pública ou particular. O benefício atinge 328 mil estudantes.

A merenda escolar é balanceada e definida por nutricionistas

Capa

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Estados & Municípios - Março 2012 11

O programa estabelece que, toda sexta-feira, os estudantes que freqüentam regularmente as aulas, recebam gêneros alimentícios suficientes para fazer cinco refeições durante o final de semana.

Capa

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12 Março 2012 - Estados & Municípios

Servidor valorizado

A Prefeitura de Natal tem cerca de 21 mil servidores, distribuídos em seus diversos órgãos e secretarias. Ao assu-mir o mandato de prefeita, em janeiro de 2009, Micarla de Sousa encontrou uma situação de defasagem salarial que estava na raiz de desmotivação do funcionalismo municipal. A categoria lutava havia quase 20 anos para ver im-plantado o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos do Servidor (PCCV), que não foi incluído nas prioridades de gestões anteriores. A defasagem salarial era gritante.

Corrigir essa distorção passou a fazer parte das prioridades da admi-nistração, que iniciou estudos para im-plantar o plano. Integralizado em três etapas, em maio de 2011 os servidores passaram a incorporar 100% do PCCV nos seus vencimentos.

Investimento

Eu me orgulho muito em dizer que bato no peito e comprovo que nes-te item nenhuma outra gestão investiu tanto, comentou a prefeita Micarla de Sousa, durante a leitura da sua men-

sagem anual, em fevereiro passado, na abertura do ano legislativo na Câmara Municipal de Natal. Foram 20 anos de espera e quantos prefeitos e prefeitas passaram e nada fizeram. Nenhum au-mento sequer, a não ser o da adequação obrigatória ao salário mínimo vigente na época, complementou.

Antes do plano, com vencimen-tos apertados, a maior parte dos ser-vidores retardava a aposentadoria para não perder gratificações e ou-tros adicionais que iam aumentando artificialmente sua renda. Situação que começou a mudar a partir da im-plantação do PCCV pela atual gestão, representando no primeiro ano de implantação (2011) investimentos de mais de R$ 90 milhões. Sei, e fui aconselhada na época, a investir todo este montante em asfalto. Mas, optei por tomar uma decisão que impacta-ria definitivamente a vida de 21 mil servidores de Natal, diz a prefeita.

Valorização da carreira

As principais vantagens da im-plantação do PCCV são a possibilidade de atualização gradativa e moderniza-ção depois de implantado, ênfase nos

salários, melhoria das aposentadorias, recuperação das carreiras (cargos), im-plantação de uma política consistente de gestão de pessoas. Também foi asse-gurado que, com o plano nenhum dos servidores da Prefeitura do Natal rece-beria vencimento abaixo do que ganha-va antes da implantação, ao contrário, poderia ter aumento da remuneração base com a incorporação de abonos e gratificações.

Saúde

Além do PCCV Geral, foi desen-volvido um plano especificamente para a área de Saúde. O plano para a Saúde apresentava algumas características semelhantes ao plano geral dos servi-dores municipais, mas com o princí-pio de valorização do Sistema Único de Saúde (SUS). No PCCV da Saú-de existem 16 níveis de progressão na carreira, onde o servidor evoluirá linearmente por tempo de serviço (progressão) e através de mudança de classe (promoção). Para este último, que acontecerá a cada dois anos, se-rão estabelecidos posteriormente os critérios de avaliação em conjunto com as entidades representativas de classe.

Na inauguração da placa comemorativa ao lançamento do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos do Servidor (PCCV), a prefeita Micarla garantiu que sua gestão se orgulha da luta pela valorização do servidor público municipal

Capa

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Page 14: Revista Estados & Municipios

14 Março 2012 - Estados & Municípios

Tentando apaziguar os ânimos da base aliada, que tem mos-trado insatisfação na relação

com o governo, a presidente Dilma Roussef muda os líderes do governo no Senado e na Câmara dos Deputados. O senador Romero Jucá (PMDB-RR), que fi cou 12 anos na função, deu espaço para o senador Eduardo Braga (PMDB-AM) e o petista Arlindo Chinaglia (SP) entrou no lugar do deputado Cândido Vaccarezza (SP). Segundo o Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff pretende implantar o sistema de rodízio de líderes nas duas casas.

O novo líder do governo no Sena-do, Eduardo Braga (PMDB-AM), afi r-mou que terá como desafi o uma maior aproximação não só com os senadores da base do governo, mas também com a oposição. “É importante trazer os senadores da base? É. Mas também é importante trazer a contribuição dos senadores de oposição, senadores que

não estão no nosso campo, para que nós possamos ter mais integração. Quanto mais transparência nós dermos a essa relação, mais sólida e mais construtiva ela será”, afi rmou o senador amazonense.

Eduardo afi rmou que há dispo-sição do governo no sentido de paci-fi car e unir a base, depois do episódio da rejeição pelo plenário de Bernardo Figueiredo, indicado pela presidente

Novos líderes em busca do diálogoPolítica

14 Março 2012 - Março 2012 - Estados & Municípios

para ser reconduzido à direção-geral da Agência Nacional de Transportes Ter-restres (ANTT ).

“Tanto o PMDB quanto os de-mais partidos precisam estar afinados com o projeto de governo e com o programa que o governo quer imple-mentar no Brasil. É preciso que a gen-te possa ter uma interlocução amplia-da e uma base cada vez mais integrada nesse projeto e nesse programa”, ob-servou. Eduardo Braga afirmou que buscará com humildade o entendi-mento e que todos os seus passos na liderança terão esse objetivo.

Estratégia

Eduardo Braga informou que vi-sitará cada um dos líderes partidários para conversar sobre um calendário de trabalho e sobre temas de interesse do governo. Como exemplo de tema priori-tário, citou o projeto que propõe a unifor-mização das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas operações interestaduais com importados. De autoria de Romero Jucá, o PRS 72/2011 tem como um dos objetivos conter o processo de desindus-trialização, ante a forte concorrência com produtos importados.

Outra forma de aproximação do governo com os senadores, segundo o novo líder, será a promoção de reuniões informais na liderança de governo entre ministros e parlamentares interessados no assunto da pasta. “Não serão audiên-cias públicas formais, mas conversas des-contraídas entre ministros do governo e senadores, não só da base”, explicou.

“Eduardo Braga, ex-governador do Amazonas, é habilidoso, uma fi gura que poderá se mover com fi rmeza e conhecimento de causa. É um momento de passagem de bastão, de transição. Teremos continuidade na normalidade das relações e a reoxigenação dos trabalhos”

Eduardo Braga (e) defende o diálogo entre as bancadas. Romero Jucá passa a se dedicar ao projeto sobre gastos do governo no próximo ano

Senador Walter Pinheiro (BA), líder do PT

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Estados & Municípios - Março 2012 15

Política

Insegurança política

Uma das primeiras missões do novo líder do governo na Câmara, de-putado Arlindo Chinaglia (PT-SP), será encontrar, com os líderes dos demais partidos, uma solução para a tramitação das medidas provisórias (MPs). Decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou o cum-primento da Constituição, que exige a análise por uma comissão mista do Congresso dos pressupostos de ur-gência e relevância de uma MP, antes de ir para o Plenário.

Para o governo, a decisão traz in-segurança política, pois cria mais um espaço de negociação, antes restrito apenas ao plenário. O governo Dilma Rousseff enviou 40 MPs ao Congresso, contra 28 projetos de lei. Agora, terá que fazê-lo também na comissão mista integrada por deputados e senadores, que deverá ser criada para analisar cada MP enviada ao Congresso.

Chinaglia defendeu um diálogo de alto nível entre a Câmara, o Senado e o Poder Judiciário. Na opinião dele, a decisão do Supremo pode não invalidar por completo o rito que vinha sendo adotado pela Câmara, que era analisar os pressupostos de urgência e relevância diretamente no plenário, uma vez que as comissões mistas, apesar de criadas, nunca se reuniam.

O argumento usado é que o ple-nário é uma instância superior à co-missão mista. Prova disso, segundo Chinaglia, é que a admissibilidade aprovada em uma comissão pode ser derrubada no plenário, que tem a pa-lavra final. “Isso é absolutamente pos-sível. Quem pode mais, pode menos. Não entendo onde é que estaria o pro-blema de, ao não se discutir numa co-missão mista, discutir diretamente no plenário, inclusive a admissibilidade. Não existe automatismo”, afirmou.

Diálogo

Ele anunciou que pretende traba-lhar com respeito, diálogo e paciência na defesa da posição do governo. “Se não houver a defesa da posição do go-verno com argumento, com convenci-mento, não haverá entusiasmo, o que pode diminuir o comprometimento com a vitória nas votações”, declarou.

Chinaglia carrega na bagagem a experiência de ex-líder e presidente da Câmara

“O Arlindo Chinaglia é um parlamentar experiente, já foi líder do governo e presidente da Câmara. Ele conhece o rito legislativo como ninguém e sabe sua responsabilidade ao assumir a liderança. Portanto, é um líder que deverá contribuir enormemente para os acordos que são necessários para a votação das matérias”

Marco Maia (PT-RS), presidente da Câmara dos Deputados

Chinaglia indicou que poderá apoiar a votação do projeto da Lei Ge-ral da Copa, visto que já há acordo para aprovar a proposta. Ele destacou que, mesmo neste caso, vai querer ouvir as lideranças partidárias para tentar cons-truir uma maioria.

Questionado se a mudança nas lideranças na Câmara e no Senado representaria uma dificuldade de in-terlocução entre o Executivo e a base aliada, o líder afirmou que a tensão entre Congresso e Executivo é nor-mal e faz parte do processo político. “É bom que seja assim, dentro dos li-mites que permitam que o país cres-ça, gere empregos e distribua renda. Não vejo nada de diferente de outras épocas”, observou.

Chinaglia reiterou a disposição do governo de respeitar o acordo en-tre PT e PMDB para que o próximo presidente da Câmara seja do PMDB. No entanto, ele disse que esse não é um tema de governo e nem deveria ser tratado nesse momento.

Page 16: Revista Estados & Municipios

16 Março 2012 - Estados & Municípios

As comissões permanentes da Câmara dos Deputados já es-tão com novos presidentes e

vices. A escolha do comando para cada um dos 20 colegiados exigiu um amplo acordo entre partidos, em que os que têm as maiores bancadas têm preferência e direito de ocupar número maior deles.

Na Comissão de Constituição e Justiça, a mais importante da Casa e por onde passam todos os projetos, os inte-grantes confi rmaram no voto a indicação do deputado Ricardo Berzoini (PT-SP). Para o cargo de 1º vice-presidente, foi eleito Alessandro Molon (PT-RJ). No ano passado, a comissão foi comandada por João Paulo Cunha (PT-SP).

A CCJ também é a responsável por rejeitar ou permitir a tramitação de propostas de emendas constitucionais. Além da CCJ, o PT, como maior banca-da, escolheu presidir a comissão de Edu-cação e Cultura, indicando o deputado Nilton Lima (SP), e a comissão de Direi-tos Humanos, cujo presidente deverá ser o deputado Domingos Dutra (MA).

O partido também indicou o deputado Paulo Pimenta (RS) para comandar a Comissão Mista de Orça-

mento, composta por deputados e se-nadores. A eleição, porém, será apenas no segundo semestre, quando o Congresso deve analisar a Lei Orçamentária de 2013.

Na cota do PMDB, a Comissão de Finanças e Tributação, considerada a segunda mais importante por analisar a viabilidade orçamentária dos projetos, elegeu como presidente Antônio An-drade (MG). No posto de 1º vice-pre-sidente, foi escolhido Lucio Vieira Lima (PMDB-BA). O partido também fi cou com as comissões de Viação e Trans-portes a da Amazônia.

O PSDB vai presidir a Comissão de Agricultura, com o deputado Rai-mundo Gomes de Matos (CE), e a de Ciência e Tecnologia, destinada ao de-putado Eduardo Azeredo (MG).

O DEM, que perderia o comando de comissões com a entrada do PSD, indicou o deputado Efraim Filho (PB) para presidir a comissão de Segurança Pública e o deputado Mandett a (MS) para a presidência da Comissão de Saú-de e de Seguridade Social. O DEM ele-geu a quinta maior bancada, com 43 de-putados, mas caiu para a oitava posição, com os atuais 27 deputados.

O PR, que elegeu uma bancada de 41, mas tem agora 36 deputados, in-dicou o deputado Anthony Garotinho (RJ) para presidir a comissão de Legis-lação Participativa e José Rocha (BA) para o comando da Comissão de Turis-mo e Desporto.

O PP fi cou com o comando das comissões de Minas e Energia e de De-senvolvimento Econômico. O PSC vai presidir a Comissão de Fiscalização Fi-nanceira e Controle. O PDT fi cou com a Comissão de Trabalho, o PCdoB vai comandar a Comissão de Relações Ex-teriores e de Defesa Nacional e o PV vai presidir a Comissão de Meio Ambiente, com a indicação do deputado Sarney

Filho (MA). A Comissão de Defesa do Consumidor fi cou sob o comando do PTB e a Comissão de Desenvolvimento Urbano com o PSB.

PSD fora

O PSD fi cou fora dos cargos prin-cipais das comissões permanentes na Câmara e os deputados da bancada vão depender da boa vontade dos líderes de seus partidos de origem para serem indicados em comissões importantes. O PSD reclama na Justiça a participa-ção do partido na divisão dos cargos na Câmara, no horário gratuito de propa-ganda partidária na TV e na divisão dos recursos do Fundo Partidário.

Mesmo com 47 deputados, a quarta maior bancada, o PSD não teve direito a ocupar a presidência de nenhu-ma comissão. Como todos os deputa-dos têm direito a participar como titular de pelo menos uma comissão, os parla-mentares do novo partido deverão fi car com as sobras das vagas em comissões menos importantes.

“Não houve acordo (para o PSD entrar na divisão das presidências). To-dos os líderes concordaram em fazer um esforço para compor as comissões levando em conta as demandas dos de-putados do PSD”, afi rmou o presidente da Câmara, Marco Maia

Câmara empossa comissões permanentesPolítica

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Estados & Municípios - Março 2012 17

PT

Ricardo Berzoini (SP) Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania

Newton Lima (SP)Comissão de Educação e Cultura Domingos Dutra (MA)Comissão de Direitos Humanos e Minorias

PMDB

Antônio Andrade (MG)Comissão de Finanças e Tributação

Washington Reis (RJ)Comissão de Viação e Transportes

Wilson Filho (PB)Comissão da Amazônia, Integração e Desenvolvimento Regional

PSDB

Eduardo Azeredo (MG)Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática

Raimundo Gomes (CE)Comissão de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

PSC

Edmar Arruda (PR)Comissão de Fiscalização Financeira e Controle

DEM

Luiz Henrique Mandetta (MS)Comissão de Seguridade Social e Família

Efraim Filho (PB)Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado

PP

Márcio Reinaldo (MG)Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio

Simão Sessin (RJ)Comissão de Minas e Energia

PR

Anthony Garotinho (RJ)Comissão de Legislação Participativa

José Rocha (BA)Comissão de Turismo e Desporto

PSB

Domingos Neto (CE)Comissão de Desenvolvimento Urbano

PDT

Sebastião Bala Rocha (AP)Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público

PTB

José Chaves (PE)Comissão de Defesa do Consumidor

PC do B

Perpétua Almeida (AC)Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional

PV/PPS

Sarney Filho (PV-MA)Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

Política

Page 18: Revista Estados & Municipios

18 Março 2012 - Estados & Municípios

A situação fiscal é difícil ou críti-ca para quase 65% dos muni-cípios brasileiros, enquanto a

excelência na gestão fiscal está restrita a 2% das cidades do país. As regiões Sul e Sudeste concentram os municípios com melhor qualidade de gestão fiscal, com 81 cidades entre as 100 melhores do Brasil. Do lado oposto, aparecem Norte e Nordeste, com 93 municípios entre os 100 piores no que diz respeito à eficiência na gestão orçamentária das prefeituras.

O município de Santa Isabel, em Goiás, liderou o ranking nacional como a cidade com melhor eficiência na gestão fiscal. Em segundo lugar está a cidade de Poá (SP), seguida de Ba-rueri (SP), Jeceaba (MG); Piracicaba (SP); Caraguatatuba (SP); Ourilândia do Norte (PA); Maringá (PR); Birigui (SP) e Paraibuna (SP).

Municípios do Nordeste pre-dominam na lista dos dez piores. No ranking, em ordem decrescente, estão Pindoba (AL); Porto da Folha (SE); Conceição (PB); Lagoa de Dentro (PB); Buerarema (BA); Teixeira (PB); Conselheiro Mairinck (PR); Ibirataia (BA); Piaçabuçu (AL) e Ilha Grande (PI), pior gestão do país.

Os dados são do Índice de Ges-tão Fiscal, criado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) para avaliar a qualidade de gestão fis-cal dos municípios brasileiros. Em sua primeira edição e com periodicidade anual, o Índice revelou dados de 2010 e informações comparativas com os anos de 2006 até 2009. O estudo foi elabora-do exclusivamente com dados oficiais, declarados pelos próprios municípios à Secretaria do Tesouro Nacional.

O indicador considerou cinco quesitos: Receita Própria, referente à capacidade de arrecadação de cada mu-nicípio; Gasto com Pessoal, que repre-

senta quanto os municípios gastam com pagamento de pessoal, medindo o grau de rigidez do orçamento; Liquidez, res-ponsável por verificar a relação entre o total de restos a pagar acumulados no ano e os ativos financeiros disponíveis para cobri-los no exercício seguinte; Investimentos, que acompanha o total de investimentos em relação à receita líquida, e, por último, o Custo da Dívi-da, que avalia o comprometimento do orçamento com o pagamento de juros e amortizações de empréstimos contra-ídos em exercícios anteriores.

Entre as capitais

Apenas sete capitais ficaram entre os 500 melhores resultados do país no Ín-dice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF 2010). São elas: Porto Velho (RO), Vitória (ES) e Porto Alegre (RS), únicas capitais ava-liadas com gestão fiscal de excelência, se-guidas por São Paulo (SP), Curitiba (PR), Campo Grande (MS) e Florianópolis (SC). Os três últimos lugares no ranking das 26 capitais ficaram com Natal (RN), Macapá (AP) e Cuiabá (MT).

Melhor desempenho fiscal en-tre as capitais brasileiras e 12º lugar no ranking nacional, Porto Velho foi avaliada com conceito A em todos os indicadores, exceto no quesito Gasto com Pessoal, em que recebeu conceito B. Na capital do estado de Rondônia, o aumento da arrecadação originado das obras de usinas hidrelétricas permitiu que a prefeitura investisse sem precisar postergar despesas nem se endividar para financiar os projetos.

São Paulo garantiu o quarto lu-gar entre as capitais brasileiras devido a notas máximas em duas das cinco variáveis pesquisadas: Receita Própria e Gasto com Pessoal. O que se obser-vou é que a gestão fiscal do município

foi bem-sucedida ao transformar seu potencial de arrecadação em recursos para os cofres municipais. Na faixa in-termediária do ranking das capitais, com desempenho geral bom (conceito B), Belo Horizonte (12° lugar) e Rio de Janeiro (14°) são exemplos de que ter elevado nível de arrecadação tributária não é garantia de bons resultados nos demais indicadores.

Na capital mineira registrou-se difi-culdade na execução dos restos a pagar e elevado custo de endividamento. Já para a capital fluminense, além das despesas com juros e encargos da dívida, pesou o histórico de elevados gastos com a folha de salários. Em contrapartida, a cidade do Rio de Janeiro registrou uma situação de liquidez confortável, na qual os ativos fi-nanceiros superaram com folga os restos a pagar acumulados em 2010.

No último lugar do ranking en-contra-se Cuiabá, o pior resultado entre as capitais brasileiras e a única a apre-sentar conceito D, de gestão crítica, no resultado geral. A análise das contas pú-blicas da capital mato-grossense reve-lou um quadro de elevado custo de en-

Situação crítica na maioria dos municípiosGestão

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Estados & Municípios - Março 2012 19

dividamento – 2,2 vezes a média das capitais – e de significativo comprometimento com restos a pagar – em 2010 foram equivalentes a 1,5 vezes o ativo financeiro.

Desigualdades sociais

Em sua estreia, o Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) avaliou 5.266 ci-dades brasileiras, onde vive 96% da po-pulação. Dos 5.565 municípios do país, cerca de 300 não apresentaram seus dados fiscais ao Tesouro Nacional até o fechamento do trabalho, em setembro do ano passado. São 43 municípios da Bahia, 34 do Pará, 33 de Minas Gerais, 29 do Piauí, 23 do Maranhão, 22 de Goiás, oito do Rio de Janeiro, além de 105 de outros 19 estados brasileiros.

Grande parte das prefeituras brasilei-ras (43,7%), precisamente 2.302 municí-pios, foi avaliada em situação de dificuldade, enquanto 1.045 cidades (19,8%) aparece-ram com gestão crítica. Outras 1.824 pre-feituras (aproximadamente 33%) apresen-taram gestão fiscal boa, enquanto apenas 95 municípios no país ganharam conceito de excelência, uma década depois da pro-mulgação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), marco fundamental para a gestão pública brasileira.

O desempenho dos municípios mostrou que as desigualdades econô-micas e sociais brasileiras se estendem à gestão fiscal. As regiões Sul e Sudes-te dominaram o topo do ranking na-cional: concentraram 79,8% dos 500 melhores resultados e apareceram em 81 das 100 primeiras colocações. Já na parte inferior do ranking, observou-se maciça presença de municípios do Norte e, principalmente, do Nordeste: 81,4% dos 500 piores resultados, com 93 municípios entre os 100 desempe-nhos mais baixos do IFGF.

A Região Sul foi o grande desta-que do IFGF, respondendo por quase 47,6% dos 500 melhores resultados em 2010, percentual duas vezes superior à sua representatividade em número de municípios (22,3%). Enquanto uma programação financeira eficiente foi pri-mordial para o desempenho do Sudeste, o diferencial da região Sul foi o menor enrijecimento das contas públicas com a folha de salários, o que abriu espaço para elevados níveis de investimentos.

Em contraste, a região Nordeste ficou com a menor participação no Top 500 do IFGF 2010 (4,8%), embora seja a região brasileira com o maior número de municípios (1.654, ou 31,4% do total).

Dependência crônica

O indicador Receita Própria, que mede o total de receitas geradas pelo município em relação ao total da receita corrente líquida, apontou a grande dependência dos municípios nas transferências de recursos das outras esferas de governo. A maioria absoluta dos municípios (83%) foi avaliada com conceito D em 2010. Isso significa que 4.372 prefeituras geraram menos de 20% de sua receita, sendo os demais recursos transferi-dos por estados e União. Apenas 119 prefeituras (2,3%) obtiveram concei-

to A e 212 (4%), conceito B no IFGF Receita Própria.

O IFGF Gasto com Pessoal, que representou quanto os municípios gastam com pagamento do quadro de funcionários, chamou atenção para o descumprimento da Lei de Responsa-bilidade Fiscal (2000), que limitou os gastos das prefeituras com pessoal em até 60% da receita. Uma década após a promulgação da lei, 384 municípios (7,3%) gastaram com pessoal mais do que o permitido.

O IFGF Investimentos, indicador que acompanhou o total de investimen-tos em relação à receita corrente líqui-da, confirmou que, em um ambiente de elevadas despesas correntes, tem sobra-do pouco espaço para os investimentos capazes de promover o bem-estar da população, como iluminação pública de qualidade, transporte eficiente, esco-las e hospitais bem equipados. O estudo constatou que metade dos municípios foi avaliada com conceito C e D. Essas prefei-turas aplicaram, em média, 7% da receita em investimentos, percentual equivalente a 1/3 do investido pelas que foram avalia-das com conceito A e B.

O IFGF Custo da Dívida, corres-pondente à relação entre as despesas de juros e amortizações e o total de recei-tas líquidas reais, apontou um quadro de baixo nível de endividamento. Estão em situação de gestão de excelência precisamente 3.079 municípios (58%), maior incidência dessa conceituação entre os indicadores acompanhados.

No IFGF Liquidez, responsável por verificar a relação entre o total de restos a pagar acumulados no ano e os ativos financeiros disponíveis para cobri-los no exercício seguinte, chamou a atenção que 19,5% dos municípios tenham sido ava-liados com nota zero. Isso significa dizer que eles encerraram o ano com mais res-tos a pagar do que recursos em caixa, ou seja, viraram 2010 no vermelho.

Gestão

Page 20: Revista Estados & Municipios

20 Março 2012 - Estados & Municípios

O Paraná tem uma experiência na área tributária que é consi-derada modelo para a América

Latina e será apresentada num seminário internacional sobre o assunto que o Lin-coln Institute of Land Policy promoverá no próximo mês de abril em Bogotá, na Colômbia. Trata-se da Contribuição de Melhoria, que pode ser lançada pelos municípios por ocasião de obras públicas que promovam a valorização em imóveis de particulares. É um tributo que pode reforçar o orçamento das prefeituras, mas ainda é pouco utilizado no Brasil.

“Os prefeitos se preocupam em ir a Brasília e vir a Curitiba em busca de recursos para a execução de projetos de infraestrutura urbana que agreguem va-lor aos imóveis diretamente beneficiados. No entanto, muitos deixam de usar esse tributo, que está previsto na Constituição Federal e tem forte potencial fiscal”, afir-mou o superintendente executivo do Pa-ranacidade, Wellington Dalmaz.

De acordo com Dalmaz, pesquisa feita pelo Banco Nacional de Desenvol-vimento Econômico e Social revelou que a média nacional de arrecadação

desse tributo é próxima de zero. No Paraná, um trabalho realizado pelo Pa-ranacidade – serviço social autônomo ligado à Secretaria do Desenvolvimento Urbano – conseguiu mudar a situação.

Qualificação

A partir de 1998 o Paranacidade passou a estudar o assunto e desenvol-veu ações corretivas para reverter a situ-ação: criou um modelo de instrumento administrativo para a constituição do crédito tributário, elaborou apostila sobre contribuição de melhoria, minis-trou 46 cursos de capacitação e quali-ficou 1.653 tributaristas, alcançando todos os municípios do Paraná.

A Secretaria de Desenvolvimento Urbano passou a atuar também junto às Câmaras Municipais, Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas, Minis-tério Público, Associações de Municí-pios, Organizações Não Governamen-tais (ONGs), associações de moradores e lideranças comunitárias.

“Essas ações permitiram reverter o baixo desempenho na utilização da contribuição de melhoria no estado”, afirmou Dalmaz. “De todo o investi-mento realizado em obras públicas que valorizam imóveis de particulares, re-torna aos cofres dos municípios o equi-valente, em média, a 61%”, explicou.

Periodicamente o estado realiza encontros com os profissionais da área tributária dos municípios paranaenses para atualizar informações sobre a co-brança desse tributo no Paraná.

Instituição especializada em ques-tões fiscais, o Lincoln Institute of Land Policy, de Massachussets (EUA), em conjunto com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), considera a experiência do estado do Paraná com o tributo como a mais bem-sucedida na América Latina.

Potencial fiscalPousada

RESTAURANTE E CACHAÇARIA

IR Edson Nobre

Gestão

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Estados & Municípios - Março 2012 21

PousadaRESTAURANTE E CACHAÇARIA

IR Edson Nobre

O Governo de Santa Catarina aplicou um novo choque de gestão em busca do aumento

da capacidade administrativa de governar com efetividade, eficiência e a correta uti-lização dos recursos públicos, voltando as ações para o atendimento do cidadão.

Com esse objetivo, o governador Raimundo Colombo (DEM) soli-citou aos seus secretários empenho, compromisso e dedicação para efetivar as ações do novo plano, aumentando significativamente os investimentos. “É isso que a sociedade quer. Há muito des-perdício e nós vamos corrigir. Governar é uma obra de solidariedade, ações com-partilhadas e respeito às pessoas e, neste momento, estamos reafirmando os nossos compromissos,” informou o governador.

O modelo de Gestão Estratégica do Governo de Santa Catarina foi ela-borado pelo chefe da Casa Civil, Derly de Anunciação, com a participação do secretário da Fazenda, Nelson Serpa , e do presidente da Fundação do Meio Ambiente, Murilo Flores.

Todo o processo será implantado sem novos custos, com o aproveitamen-to das estruturas existentes e também por meio de convênios de cooperação. “Não vamos contratar mais ninguém para desempenhar essas funções. Teremos um

rígido controle dos indicadores sociais das obras e dos programas do Governo”, explicou Anunciação.

O novo modelo tem data para co-meçar, dia 15 de abril. O secretário da Casa Civil reforçou as palavras do go-vernador, salientando o comprometi-mento de todos para o funcionamento do programa. “Vamos atuar junto com a Secretaria da Fazenda na liberação ou corte de recursos, para que o modelo seja cumprido,” afirmou.

O processo como um todo será administrado por dois grupos. O Nú-cleo de Eficiência controlará os recursos, buscando a qualificação do gasto público para que o Núcleo de Gestão Estratégica planeje o investimento dos recursos. O Governo se concentrará no controle das principais demandas como, por exemplo, a mão de obra terceirizada, a merenda es-colar e a compra de remédios.

Desempenho

Também será implantado um painel Scorecard, via monitores, onde haverá um acompanhamento do de-sempenho das secretarias. A ação focará primariamente em itens que beneficiem diretamente o cidadão, como os núme-ros de cirurgias realizadas e represadas, o

tempo médio de internação e de espera, os números de homicídios e de acidentes.

Os índices quantitativos, qualita-tivos e respectivos prazos para realiza-ção de licitações, convênios, aditivos contratuais e realizações com dispensa de licitação serão definidos por decreto. As licitações com valor, por exemplo, de até R$ 1 milhão deverão ser informadas com 10 dias de antecedência e as acima de R$ 1 milhão deverão ser aprovadas antecipadamente pelo governador.

O Núcleo de Gestão Estratégica terá a função de implantar o Sistema de Informação da Gestão Estratégica Orientada para Resultados (Sigeor) para cada prioridade, que fará o acom-panhamento de todos os procedimen-tos. Nesse sistema, um programa ou obra será identificado com todas as suas variáveis. O objetivo, o responsável, o prazo final, o cronograma de execução e os valores envolvidos, por exemplo, se-rão monitorados de forma instantânea.

O programa tem dispositivos de alertas de qualquer desvio do que foi definido pelo Governo e, assim, o go-vernador poderá acompanhar online o andamento das obras e das principais ações no estado. Todo mês será realiza-da uma reunião para prestação de con-tas sobre o andamento das ações.

Contendo o desperdícioGestão

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22 Estados & Municípios - Março 2012

RENATO RIELLA [email protected]

Desemprego baixo

A taxa de desemprego nas seis regiões metropolitanas (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Reci-fe, Salvador e Porto Alegre) subiu para 5,7%, em fevereiro, ante os 5,5% de ja-neiro, segundo o IBGE. Apesar da alta, é a menor taxa para o mês de fevereiro desde o início da série histórica, em março de 2002.

No mês em foco, a população de-socupada atingiu 1,4 milhão de pesso-as. Já a população ocupada somou 22,6 milhões de pessoas.

Vá trotar no inferno

Há anos acompanho os trotes da Universidade de Brasília (UnB), com resultados chocantes nas ruas de Bra-sília. Existe uma inexplicável omissão da administração da Universidade, da Polícia e da sociedade.

É comum a gente ver rapazes e mo-ças, descalços, com pouquíssima roupa e pintados de forma degradante, sendo obrigados a pedir dinheiro nos sinais lu-

minosos. No asfalto quente, as solas dos pés devem ficar em péssimo estado.

Chevron assusta Dilma

O novo vazamento de óleo nas costas do Rio de Janeiro, atribuído à Che-vron, não deve ser visto isoladamente.

Na verdade, abala o Pré-Sal, cuja prospecção vai ser feita a profundidade muito maior: sete quilômetros abaixo da linha de água do oceano. A presidente Dilma Rousseff certamente está muito preocupada com a repercussão do vaza-mento da Chevron, pois o comprome-timento do Brasil em relação ao Pré-Sal atinge dezenas de bilhões de dólares.

Censura no twitter

Os candidatos a prefeito, vice-prefeito ou vereador só poderão afirmar essa intenção política no Twitter a par-tir do dia 6 de julho, três meses antes da eleição. Esta é uma decisão absurda do Tribunal Superior Eleitoral.

Os ministros afirmam que os par-tidos só definirão seus candidatos em 5 de julho, quando os nomes serão inscri-tos na Justiça Eleitoral. Mas é justo que, antes disso, cidadãos diversos fiquem impedidos de se comunicar com os seus públicos exclusivos no Twitter?

Bagunça nos aeroportos

Quem viaja de avião sabe que a situação está crítica. Agora, surge estu-do do IPEA apontando que 17 dos 20 principais aeroportos brasileiros (85%)

estão em situação “crítica” ou “preocu-pante”. Desses, 12 estão funcionando acima da capacidade operacional.

Apenas os aeroportos de Porto Alegre, Salvador e Manaus funcionam em condições “adequadas”, fora do “ce-nário de estrangulamento”.

Segundo o estudo, as etapas do Plano de Investimentos da Infraero “pouco evoluíram nos últimos 12 me-ses, entre fevereiro de 2011 e janeiro de 2012”. “Dos 11 aeroportos nos quais es-tão previstos investimentos nos termi-nais de passageiros, oito estão nas fases iniciais de projetos”.

Copa escandalosa

Todo brasileiro experiente sabe o que vai acontecer com a Copa do Mun-do. Apesar da insegurança da Fifa, os estádios estarão prontos em 2014 (e no próximo ano, para a Copa das Confe-derações). No entanto, todos sabemos que os custos dessas obras serão multi-plicados. Os aeroportos serão caóticos - mas sempre foram.

A venda de bebidas (cerveja) nos estádios acabará acontecendo. Na

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Estados & Municípios - Março 2012 23

COLUNISTA

Copa, a segurança será tão grande que nada de grave acontecerá. Foi assim no Pan. O Brasil é o rei do improviso e muita gente ganha a mais com isso.

Crise política sem clareza

No início do governo Dilma, criou-se a ilusão de que haveria com-promisso consensual de que, no biênio 2013/2014, caberia ao PMDB assumir a presidência da Câmara Federal e do Senado. Hoje, o PT preside a Câmara e o PMDB, o Senado.

Por trás da atual crise política este é um dos maiores problemas, pois não se imagina que os petistas aceitem o to-tal domínio peemedebista no Congres-so. Assim, ao longo deste ano de eleição municipal, teremos sucessivas crises políticas em torno dessa disputa. No fim, quase certamente, o PT presidirá a Câmara, e o PMDB o Senado.

Faixa exclusiva sem fiscal

Acreditava-se que a aceitação da faixa exclusiva para ônibus nas princi-pais vias de Brasília seria pacífica, tão consensual quanto aconteceu com as faixas de pedestre, na década de 90.

O que está se vendo é algo bem diferente. Os motoristas de carros me-nores não se conformam em ver a pis-ta exclusiva vazia, enquanto as demais pistas estão engarrafadas. E não existe fiscalização suficiente.

Bla-bla-bla do blatter

Joseph Blatter, o presidente da Fifa, precisa dar respostas ao Brasil sobre a Copa do Mundo. Vemos que Fifa, CBF e o governo da presidente Dilma não se en-tendem e o tempo vai passando.

O ministro do Esporte, Aldo Re-belo, mostrou-se frágil, sem autoridade e sem carisma para assumir missão tão impossível. Só Dilma Rousseff pode mudar esse quadro, se assumir pessoal-mente o comando da Copa.

Sindicalistas alucinados

Em áreas políticas federais, há profundo descontentamento com as lideranças sindicais do DF, em função das reivindicações salariais dos poli-ciais, dos professores e dos bombeiros.

Os salários pagos em Brasília são uma provocação para os 26 estados bra-sileiros, que lutam para pagar perto de R$ 2 mil a uns e outros, sem conseguir.

Os sindicalistas estão deixan-do o DF mal em comparação com o resto do Brasil e também com cate-gorias federais, como os militares, a Polícia Federal, os professores univer-sitários, etc.

Ônibus, esperança do DF

O Governo do DF vai mesmo fa-zer a licitação dos ônibus, mas somos obrigados a constatar que as antigas empresas, tendo garagens e equipes no DF, levam grande vantagem. Só perdem a disputa se planejarem mal a participa-ção na concorrência pública.

Espera-se, no entanto, que o GDF seja rigoroso nas exigências a serem fei-tas depois, dirigidas às empresas que ganharem a disputa. Não sei se o go-vernador Agnelo Queiroz tem noção disso, mas a renovação das empresas de ônibus é vital para o seu futuro político.

Vamos lutar por Brasília

Brasília recebeu Missão da (Unes-co) para avaliar o estado de conserva-ção do sítio inscrito na Lista do Patri-mônio Mundial. Você entendeu alguma coisa? Vou tentar explicar.

A Unesco vistoria Brasília para depois dizer se a cidade merece manter o título e os benefícios de Patrimônio Cultural da Humanidade.

A duras penas, Brasília mantém viva a Esplanada dos Ministérios. Além disso, as superquadras têm sofrido relativamen-te poucos abusos e sucessivos governos vêm criando coisas boas, com a marca de Oscar Niemeyer, como o Museu da Re-pública e a Torre Digital (cujas obras não terminam nunca). Não há Unesco que deixe de ver essas evoluções.

Desencontro nos estádios

O Governo Federal, os governos estaduais e o Tribunal de Contas da União (TCU) divergem sobre o valor das obras de 10 dos 12 estádios que re-ceberão jogos da Copa do Mundo no Brasil em 2014, segundo o portal G1.

Levantamento feito pelo site a partir de relatório do TCU, do Portal da Copa, do Ministério do Esporte, e dos sites ofi-ciais da Copa nos 12 estados-sede indica que a soma das diferenças entre o maior e o menor valor apontado para cada estádio chega a R$ 1,723 bilhão, o que seria sufi-ciente para reformar dois Maracanãs.

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24 Março 2012 - Estados & Municípios

Preocupado com os episódios de violência contra moradores de rua no Distrito Federal, o go-

vernador Agnelo Queiroz começou a discutir as ações conjuntas com as diver-sas áreas do Governo Federal, como os ministérios da Saúde, Desenvolvimento Social e Justiça, para defi nir políticas pú-blicas voltadas especifi camente para as pessoas que vivem em situação de rua.

Entre as medidas mais impor-tantes está a construção de três novos abrigos, com 200 vagas em cada um deles, e duas unidades de Centros de Referência, uma no Plano Piloto e ou-tra em Ceilândia. O objetivo é oferecer espaços para receber e dar atendimen-to adequado aos moradores de rua.

“O Distrito Federal só tem um abri-go, que nós herdamos do governo passa-do em situação precária e inadequada. Queremos examinar formas rápidas para a obra e agilizar o processo”, adiantou o governador. Outra prioridade do gover-no é o atendimento às crianças em situ-ação de vulnerabilidade. Agnelo Queiroz explicou que elas serão encaminhadas para as novas creches do governo. Ele anunciou que, nos próximos 30 dias, irá

inaugurar quatro unidades que funciona-rão em período integral.

Agnelo Queiroz adiantou que as-sinará decreto assegurando a aplicação de políticas voltadas para a população em situação de rua. “Essa proposta foi elaborada em conjunto com os mora-dores de rua e com fóruns e entidades que discutem sobre o tema. Serão de-senvolvidas políticas nas mais diversas áreas: direitos humanos, segurança, combate à violência e tratamento da criança”, explicou.

Referência nacional

As pessoas que vivem nas ruas também serão cadastradas para facilitar o encaminhamento de cada caso. Ainda de acordo com o governador, existem 2 mil pessoas vivendo nesta situação, sendo a maior parte catadores de ma-terial reciclado. “Pelo menos 85% dessa população são dependentes químicos e por isso precisam ter acesso, por exem-plo, aos Centros de Atenção Psicosso-cial. Já estamos disponibilizando 250 leitos nas atividades terapêuticas para encaminhar essas pessoas”, reforçou.

O governador anunciou que fará campanha para esclarecer a população sobre os direitos dessa comunidade em situação de risco e incentivar a solida-riedade. “Queremos que Brasília seja referência para todo o Brasil, sendo a primeira unidade da Federação a ter uma política específi ca. A capital do país será a primeira com ações concre-tas, integrais e articuladas para essa po-pulação,” observou.

Sobre os recentes episódios de violência contra moradores de rua no DF, o governador ressaltou que as mor-tes evidenciaram a necessidade de elabo-rar essas políticas e adiantou que o traba-lho voltado para este público vem sendo desenvolvido há seis meses. “Nós precisa-mos acelerar e ter ações mais rápidas para responder a esses episódios. Esta popu-lação é vulnerável e merece, de fato, ter a proteção do Estado e seus direitos asse-gurados”, afi rmou o governador. “Vamos cobrar uma investigação rigorosa desses casos e punir os criminosos”, garantiu.

Proteção para os moradores de rua

Brasília - DF

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Estados & Municípios - Março 2012 25

Brasília-DF

Estreitar o relacionamento com os partidos e mantê-los informados sobre as principais realizações da

atual gestão. Esse é o objetivo das reu-niões que o Governo do Distrito Federal promoverá quinzenalmente com o Con-selho Político do DF, formado pelos pre-sidentes dos 18 partidos da base aliada. “Esse tipo de iniciativa é positiva, pois os líderes partidários fi cam cientes da re-alidade do governo e têm condições de intervir”, destacou o secretário-executivo do Conselho, Roberto Wagner. “Iremos convidar todos os secretários a participar das reuniões”, acrescentou.

Na primeira reunião, o convidado foi o secretário de Administração Públi-ca, Wilmar Lacerda, que detalhou o ba-lanço das despesas e os objetivos estraté-gicos do GDF para o orçamento de 2012. O secretário mostrou os avanços da atual gestão, revelou perspectivas de curto e longo prazo e justifi cou as medidas e os cortes de gastos previstos.

“Nossa meta é fazer de Brasília um exemplo de civilidade. Sabemos onde queremos chegar e, para isso, precisamos resolver os principais problemas da cida-de por meio de um trabalho planejado e conjunto. Só assim alcançaremos os re-sultados e teremos chance de dar conti-nuidade em 2014”, destacou.

Entre as melhorias, Wilmar Lacer-da destacou a aprovação do Regime Ju-rídico Único para os servidores, a gestão democrática nas escolas públicas, a que-da no número de cargos comissionados, a criação do orçamento participativo e a nomeação de 6.625 aprovados em con-curso público, sendo 4.554 da área da saúde.

A geração de empregos e a possibi-lidade de participação popular por meio de conferências, comitês e do orçamento participativo também foram ressaltadas pelo secretário. Em infraestrutura, Wil-

mar Lacerda destacou a retomada de obras paradas e o lançamento de 250 novas obras, em um investimento to-tal de R$ 1 bilhão.

Economia

Em 2011, o orçamento do Dis-trito Federal era de R$ 24 bilhões. Desse total, R$ 17 bilhões foram uti-lizados em despesas de pessoal. De acordo com Wilmar Lacerda, para manter o GDF dentro do limite pru-dencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, será necessária a economia de pelo menos R$ 151 milhões no de-correr deste ano. Com esse objetivo, o governo fará a redução de 10% nos salários de todo o primeiro escalão do governo – o que inclui o governador, o vice-governador, os secretários de Estado e os administradores regionais

Sintonizado com a base aliada

governo – o que inclui o governador, o vice-governador, os secretários de Estado e os administradores regionais

–, a suspensão de novas nomeações de servidores e a redução de horas extras.

Além das medidas para cortar gastos, o secretário Wilmar Lacerda também anunciou benefícios que serão oferecidos aos servidores do GDF. O investimento de R$ 7 milhões em exa-mes e ações de prevenção deverá pro-mover mais saúde aos servidores. O go-verno também pretende criar um plano de saúde para todos os contratados. O projeto está em fase de viabilização de recursos. As próximas reuniões deverão ser com as Secretarias de Segurança Pú-blica e de Transportes.

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26 Março 2012 - Estados & Municípios

Estados & Municípios - Quais conquistas o senhor considera funda-mentais para a população do municí-pio durante a sua gestão?

Eider Assis - A Secretaria de Obras vem trabalhando no sentido de priorizar pavimentação asfáltica e sa-neamento básico. Entre as iniciadas, in-cluo a da creche, do colégio, a Praça da Criança e as academias da terceira idade. Também estamos aplicando mosaico no canteiro central da Av. Ângelo Vare-la, bem como a sua iluminação. Bairros como Alto Alegre, agora contam com o acesso facilitado. Realizamos o recape-amento asfáltico do Centro Comercial até o hospital. A duplicação da RN 118 no sentido Assu, uma das principais vias de acesso a Alto do Rodrigues, é outra dessas obras que favorecem sob o ponto de vista de transporte rodoviá-rio. No setor de habitação, reformamos mais de 700 casas, pretendemos chegar a 150, no distrito de Tabatinga.

Como o município vem tratando a Cultura no que diz respeito a manifesta-ções populares ou tradicionais?

Preparamos os festejos de 49 anos de emancipação política de Alto do Rodrigues. Foi uma excelente oportu-nidade para colocarmos em destaque o artista do nosso povo, além de termos trazido, também, atrações de outras ci-dades. Do dia 16 ao dia 01 de março, lançamos programas sociais e espor-tivos como a IV Jornada Desportiva 2012 e o Circuito Esportivo Verão no Rio. Lembro ainda o Alto Folia e o tor-neio Open de Futsal.

O que a sua administração vem realizando em relação à Saúde Pública?

Graças a uma parceria da Secre-taria de Educação do Município com as secretarias de Saúde e Assistência Social, lançamos no dia 5 de março o Programa Saúde na Escola, que visa avaliar as condições de saúde dos es-tudantes nas escolas públicas de nossa cidade. Além de três novas ambulâncias adquiridas, providenciamos um micro-ônibus que leva diariamente pacientes a Natal para exames médicos. O atendi-mento às famílias chega hoje a mais de 2 mil casas ao ano. Uma central, insta-

lada em um dos bairros, dá suporte aos pacientes com câncer ou que precisam de tratamento de hemodiálise.

Alto do Rodrigues pode ser con-siderado um município dinâmico em Ação Social?

Graças a Deus, pode. Agora, com o Cartão Cidadão, determinados serviços e procedimentos se tornaram acessíveis para o nosso povo, caso das cirurgias e transporte gratuito até a capital para exames, óculos e próteses ortopédicas. Temos mais de 1.200 famílias contem-pladas com cestas básicas mensalmente e o Programa Água é Vida, além da doa-ção de botijões mensalmente para as fa-mílias. No campo jurídico, realizamos o projeto Justiça na Praça, onde o cidadão recebe assessoria jurídica, tendo acesso a audiências de conciliação; chegamos a mais de 10 mil atendimentos gratui-tos, um recorde. A questão da depen-dência química mereceu a criação do Núcleo de Orientação, local destinado ao acompanhamento dessas pessoas por profissionais competentes nessa área. Recentemente inauguramos uma

Muito além dos royaltiesO prefeito Eider Assis de Medeiros (PMDB) fala a Estados & Municípios sobre o que dá ao município de Alto do Rodrigues, status de desenvolvimento invejável no Rio Grande do Norte:

Leia a entrevista completa com o prefeito e conheça um pouco do panorama administrativo da sua gestão à frente do

município de Alto do Rodrigues.

Municípios

Eider Assis de Medeiros garante que tem disposição para continuar com um trabalho que vem rendendo projeção ao município

“Investimos em um piso salarial mais digno, o segundo mais elevado do Rio Grande do Norte,

construímos novas salas de aula”

“Considero de especial importância para o resultado que você citou, termos implantado o Método Positivo de Ensino, do Jardim da Infância até o quinto ano”

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Estados & Municípios - Março 2012 27

agência do Banco do Brasil. Com isso nossa população não precisa mais se deslocar até o município de Macau para resolver questões financeiras.

Que resultados sua administração apresenta em relação ao setor educacio-nal, uma das metas prioritárias do go-verno brasileiro?

Investimos em um piso salarial mais digno, o segundo mais elevado do estado, construímos 13 novas salas de aula, incluindo aquelas destinadas às crianças especiais e adquirimos cinco novos ônibus para o transporte esco-lar. Além disso, providenciamos uni-formes, implantamos laboratórios de informática na cidade e nos distritos, o PELC (Programa de Esporte e Lazer da Cidade), o Ponto da Cultura e o Cine Mais Cultura. Resultado: de uma crian-ça aprovada em 2009, após a implanta-ção do Método Positivo, Alto do Rodri-gues passou para 10 aprovadas em 2010 e mais 80 em 2011 com médias de 85 a 95. O município ainda levou o Prê-mio Palma de Ouro, em Santa Catarina, pelo alto investimento no setor.

Qual a postura da atual adminis-

tração quando o assunto é desenvolvi-mento agrário?

A Secretaria Itinerante vem conse-guindo atender a todos os agricultores com corte de terra em trinta dias, para que não percam o período chuvoso. In-crementamos a fruticultura irrigada no município e lançamos Programa Terra Pronta, com entrega de horas de trato-res aos agricultores na Quadra de Bar-rocas. Perfuramos diversos poços nos distritos e instalamos um dessaliniza-dor para dar água de qualidade às famí-lias antes não abastecidas dignamente. Criamos a nossa colônia de pescadores a fim de priorizar o seguro-safra, a apo-sentadoria, o auxílio-maternidade, en-tre outros direitos do pescador.

Localizado a 189 km da capital do Rio Grande do Norte, o município de Alto do Rodrigues é um dos maiores expoentes em petróleo e gás natural do país, destacando-se também pela atividade fruticultora ligada à exportação. Sob a administração do prefeito Eider Assis de Medeiros, vem obtendo relevância entre os outros municípios da microrregião do Assu Oeste daquele estado da Federação quando o assunto é Ação Social e Urbanização. A cidade, bastante movimentada graças ao comércio em crescimento, possui uma base da Petrobras, o Projeto de Irrigação do Baixo Assu que produz mais de 15 caminhões de frutas diariamente, além da Usina Termoaçu, obras determinantes para o desenvolvimento que vem alcançando nos últimos anos.

Municípios

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28 Março 2012 - Estados & Municípios

Um sonho antigo dos mora-dores de Maricá começa a se tornar realidade. A cidade vai

receber, já a partir deste semestre, R$ 93 milhões em obras de tratamento de esgoto. A principal delas é a construção de um emissário submarino para lançar o esgoto a quatro quilômetros da costa, em Barra de Maricá.

Os investimentos foram anuncia-dos pelo Prefeito Washington Qua-quá e pelo subsecretário de Estado do Ambiente, Antônio da Hora. Além do emissário, o município ganhará uma Es-tação de Tratamento de Esgoto (ETE) em Araçatiba, 17 elevatórias e 238 km de redes de coleta em nove bairros do 1º distrito (Centro, São José do Imbas-saí, Retiro, Itapeba, Ubatiba, Araçatiba, Barra, Jacaroá e parte de Pedra de Inoã).

Os recursos virão do PAC 2 (R$ 33 milhões) e da Petrobras (R$ 60 mi-lhões), como contrapartida à constru-ção do emissário submarino do Com-perj, que passará por Maricá. Segundo Quaquá, as obras serão fundamentais

para frear o despejo de esgoto nas lago-as da cidade. “Estes investimentos vão resolver os problemas de lançamento ilegal de esgoto nas lagoas. É uma ques-tão de saúde pública”, destacou.

A ETE em Araçatiba terá capaci-dade para atender 70% da população. O esgoto receberá tratamento primá-

Maricá terá emissário submarino

rio (com separação de dejetos sólidos e líquidos, como é feito na Barra da Ti-juca) e será transportado até a Barra de Maricá, em 3,9 km de tubulação. Depois, seguirá pelo emissário submarino e será lançado no mar, a 4 km da Costa. A ex-pectativa é que as obras comecem este semestre e durem cerca de dois anos.

Washington Quaquá também anunciou que a Câmara Municipal analisará a proposta do Executivo que autoriza o governo a conceder à iniciativa privada os serviços de coleta e tratamento de esgoto nas demais regiões da cidade

A construção da ETE em conjunto com o emissário fará com que

Maricá tenha um esgoto melhor tratado do que, por exemplo, o de

Ipanema, segundo o subsecretário estadual do Ambiente. “Em Ipanema, o esgoto é lançado a 2,5 km da costa,

sem tratamento primário. Aqui o despejo será a 4 km, após passagem

pela estação de tratamento”, ressaltou Antônio da Hora

Município

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Estados & Municípios - Março 2012 29

Construção de aguadas, cister-nas, poços artesianos, dessa-linizadores, barragens de ní-

veis para perenização de rios, fundo de convivência com a seca, ampliação de atendimento de carro pipas, renegocias operações de crédito rural de custeio e ampliação de prazos para quitação de parcelas de investimentos para produ-tores rurais, articulações com órgãos federais, municipais e com a sociedade civil organizada foram as iniciativas in-tensificadas no apoio aos municípios com problemas da seca. No encontro com prefeitos de municípios em situa-ção de emergência realizado na sede da UPB a entidade procurou ouvir todos os gestores presentes ao encontro a fim de buscar saídas para o enfrentamento dessa crise que vem se abatendo sobre as municipalidades baianas.

Foram identificados os problemas e apontadas sugestões para o enfrentamen-to dessa situação emergencial. Entre os problemas identificados estão: Escassez de água para consumo animal e humano; Abastecimento por carros pipas, ainda que de modo insuficientes; Barreiros, tan-ques, aguadas, barragens e açudes secos e assoreados; Ineficiência e limitação da operação carro pipa pelo exército e falta

de gestão e distribuição eficiente da águas dos mananciais perenes.

Também foram apontados a falta de recurso financeiro para produtores adquirirem ração e água para animais, além de endividamento dos mesmos; Expressivo êxodo rural e ocorrência de abandono das atividades agropecuárias e o consequente enfraquecimento e quebra das redes produtivas; Falta de uma política pública territorial e esta-dual de convivência com a seca; Des-matamento das nascentes e matas ci-liares das bacias hidrográficas; Número reduzido de cisternas de abastecimento e de produção; Salinização do solo e dos lençóis freáticos; Número insufi-ciente de adutoras; Limpeza das agua-das de forma esporádica e insuficiente.

O secretário de Relações Institu-cionais da Bahia, César Lisboa, pre-sente ao encontro, falou dos progra-mas Água para Todos e Tucano e dos seis itens importantes para agilizar e amenizar a questão da seca na Bahia: agilização do processo de recebimen-to dos decretos emergenciais, método para acesso ao Seguro Safra, instalação de poços tubulares, convênios de limpe-za das aguadas, ampliação e contrato de carro carro pipa e disponibilização de

cestas básicas. Falou-se também que 104 municípios baianos enviaram decretos de emergência, sendo 16 com pendências de documentação. Para o técnico do go-verno, se o município for rápido na docu-mentação, será rápido na tramitação.

O diretor presidente da Cerb, Ben-to Ribeiro informou que esta secretaria só atua na área de abastecimento humano por questão de priorização. “Temos 52% da área rural do sistema de abastecimento. E 25% dos poços perfurados não podem ser usados para consumo humano devido a falta de qualidade da água, mas o gover-no estuda criar uma linha de financiamen-to para aproveitamento desses poços para abastecimento animal”.

Outro técnico do governo, Wil-son Dias falando sobre o programa Seguro Safra disse que 203 municípios aderiram a Garantia Safra, sendo 102 aprovados. Esse programa tem recur-sos somados de 50 milhões. “Temos mais 101 municípios e 80 mil agricul-tores para este ano, mas é preciso que as prefeituras informem a perda da sa-fra. Os municípios devem comunicar a ocorrência de perdas com urgência. E a ampliação da quantidade de sementes a serem distribuídas: 1.200 toneladas de sementes até 30 de abril”.

Prefeitos baianos em alerta contra a secaMunicípios

Mais de 100 prefeitos participaram do encontro na sede da União dos Municípios da Bahia, em busca de solução para a seca

Page 30: Revista Estados & Municipios

O SUS está com você no combate à dengue.

Para saber mais ou fazer download do material para gestores,acesse www.combatadengue.com.br

Gestor municipal, é sempre hora de

mobilizar sua cidade.

Sua participação é muito importante no combate à dengue. Organize mutirões, promova a capacitação de agentes de vigilância, envolva líderes comunitários da sua cidade e exerça seu papel de liderança junto às organizações responsáveis pelos serviços de coleta e tratamento de lixo. Sua cidade conta com você.

JUNTOS SOMOS MAIS FORTESNESTA LUTA.

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Page 31: Revista Estados & Municipios

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32 Março 2012 - Estados & Municípios

Cármen Lúcia Justiça

À frente do TSE, a ministra Cármen Lúcia dará início a sua gestão com o desafio de conduzir o processo eleitoral no Brasil, neste ano em que serão eleitos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores em mais de 5,5 mil municípios

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Estados & Municípios - Março 2012 33

de 70 artigos em publicações especializadas. Foi também coordenadora de outras quatro obras e colaborou com diversos trabalhos coletivos que versam sobre o Direito. No governo de Luiz Inácio Lula da Silva, em junho de 2006, ela foi empossada como minis-tra do Supremo Tribunal Federal, sendo a segunda mulher a alcançar tal posto, assumindo a vaga de-ixada pelo ministro Nelson Jobim. Um ano depois, ela assumiu como ministra substituta do Tribunal Superior Eleitoral. Tendo ainda, em 2008, sido diretora da Escola Judiciária Eleitoral do TSE. Já em novembro de 2009, tomou posse como ministra titular do Tribunal Superior Eleitoral no posto do ministro Joaquim Barbosa. Desde abril de 2010, a ministra Cármen Lúcia acumula a vice-presidência do Tribunal Su-perior Eleitoral, cargo que somado à sua experiên-cia e trajetória a credenciou para que assuma a presidência da Corte

Primeira mulher na presidência do TSE

A ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha será a primeira mulher a presidir o Tribunal Superior

Eleitoral, em 67 anos de história da Cor-te. Eleita pelo plenário do TSE, a ministra agradeceu a confiança dos colegas e se comprometeu em cumprir o cargo com “honestidade e absoluta dedicação” dan-do seqüência ao trabalho de todos os pre-sidentes anteriores com o compromisso de bem servir a República e os cidadãos brasileiros. O ministro Marco Aurélio foi eleito para exercer a vice-presidência.

A presidente eleita lembrou que há 80 anos o Brasil passou a permitir o voto feminino, quando, no dia 24 de fevereiro de 1932, pela primeira vez, a mulher teve direito ao voto.

“Nós tínhamos uma população de 40 milhões de habitantes e tivemos, em 1934, quando a mulher votou pela pri-meira vez, 1,5 milhão de votos. Oitenta anos depois, somos quase 52% dos elei-tores brasileiros, a despeito de os cargos de representação serem muito poucos exercidos por mulheres”, destacou.

Para a ministra, isso significa dizer que “o quadro da cidadania brasileira mudou e que a participação das mu-lheres mudou, a despeito de ser ainda muito pequena considerando o total de cidadãs e cidadãos”. No entanto, ela afir-mou que “democracia se faz com uma construção permanente e o que todos nós brasileiros queremos é construir juntos um Brasil que seja verdadeira-

Nascida no dia 19 de abril em Montes Claros, Minas Gerais, Cármen Lúcia Antunes Rocha é a terceira filha entre seis irmãos. Desde cedo, dedicou-se à carreira jurídica. Formou-se em Direito pela PUC-MG (Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais), é mestre em Direito Constitucional pela Universidade Federal de Minas Gerais, especialista em Direito de Empresa pela Fundação Dom Cabral e ainda doutora em Direito de Estado pela Universidade de São Paulo.Atuou como advogada, foi procuradora do Estado e professora da PUC de Minas Gerais por mais de 20 anos, onde também coordenou o Núcleo de Direito Constitucional. A ministra Cármen Lúcia é conhecida por sua eloqüência e pela firmeza em suas decisões, falando fluentemente outros cinco idiomas: inglês, francês, italiano, alemão e espanhol.A mineira é autora de extensa e profícua produção intelectual jurídica, tendo escrito sete livros e mais

mente democrático e que garanta a to-dos não apenas a cidadania, mas uma condição digna para cada ser humano”.

A solenidade de posse deve ocor-rer na última semana de abril, pouco depois de a ministra completar 58 anos de idade (em 19/4). Ela assume a pre-sidência para o biênio 2012/2014 e já inicia a gestão com o desafio de condu-zir o processo eleitoral no Brasil, nes-te ano em que serão eleitos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores em mais de 5,5 mil municípios. E se, normalmente, em ano de eleição o trabalho realizado pelo Tribunal Superior Eleitoral costu-ma ser dobrado, com a aplicação da Lei da Ficha Limpa as demandas devem ser ainda maiores.

Justiça

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34 Março 2012 - Estados & Municípios

A prefeitura de Recife (PE) e o governo do Estado de Pernam-buco formalizaram a adesão

ao programa do governo federal “Cra-ck, é possível vencer”. O pacto entre as três esferas de governo tem o objetivo de aumentar a oferta de tratamento de saúde e atenção aos usuários de drogas, enfrentar o tráfico e as organizações criminosas e ampliar atividades de pre-venção. A União deverá investir (com repasses e aplicação direta) no estado e em municípios de Pernambuco cerca de R$ 85 milhões até 2014.

Outros recursos a serem repassa-dos pelo Ministério do Desenvolvimen-to Social e Combate à Fome (MDS) ao estado e ao município não se destinam exclusivamente ao programa, mas tam-bém terão impacto nessas ações.

O estado de Pernambuco e o município de Recife são os primeiros a formalizar a adesão ao programa, que segue três eixos: prevenção, cui-dado (tratamento) e autoridade (en-frentamento ao tráfico de drogas). A implementação das ações será avaliada ao longo da execução e o repasse dos recursos federais dependerá da capaci-dade de cada unidade federativa.

“O crack desafia médicos, pro-fissionais de saúde e famílias sobre a melhor forma de enfrentar este proble-ma”, explica o ministro da Saúde, Ale-xandre Padilha. Para ele, é necessário reorganizar o conjunto de ações públi-cas para vencer esta droga. “Isso por-que ninguém vai conseguir derrotar o crack sozinho. Quem pensa assim, tomará medidas temporárias”, defen-deu. “É por isso que o governo federal está realizando o primeiro ato público de ação conjunta entre os ministérios da Saúde, da Justiça e do Desenvolvimento Social mais o estado de Pernambuco e a Prefeitura de Recife”, completou Padilha.

SAÚDE – No âmbito da Saúde, em Pernambuco, será criado um novo Centro de Atenção Psicossocial–Álco-ol e Drogas (CAPS-AD) para atendi-mento 24 horas. Três unidades, que já

Saúde

é possível vencerestão em funcionamento, também pas-sarão a atender casos de uso de álcool e outras drogas 24 horas. Serão também criados 20 novos leitos em enferma-rias de Hospital Geral. No município, já existem sete Consultórios na Rua. No total, o investimento da Saúde, até 2014, deve ficar em R$ 74 milhões.

“O Ministério da Saúde não só está de braços abertos para oferecer assistência direta aos usuários como também vai estimular o conjunto de parcerias e ações para o enfrentamento ao crack”, destacou o ministro Alexan-dre Padilha.

ESTRUTURAS – Especificamente para a capital, o Ministério da Saúde já autorizou e repassou, em dezembro de 2011, R$ 480 mil de um total de R$ 2,8 milhões para o primeiro semestre de 2012. A verba se destina à qualificação de três CAPS AD II para CAPS AD III, com o objetivo de prestarem atendimen-to 24 horas, e implantação de três novas Unidades de Acolhimento Adulto e uma Unidade de Acolhimento Infantil, até ju-nho de 2012.

Os locais para implantação des-sas unidades foram escolhidos por re-gistrarem alta concentração de uso do crack. O Ministério da Saúde também

34 Março 2012 - Estados & Municípios

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Estados & Municípios - Março 2012 35

Saúde

ampliou o teto financeiro de média e alta complexidade para aumento do fi-nanciamento dos CAPS existentes para R$ 7,1 milhões este ano.

O MDS irá reforçar a oferta de serviços socioassistenciais, que serão integrados com a rede de saúde, nos casos em que, além do uso de drogas, for obser-vada a situação de vulnerabilidade social.

Os 126 Centros de Referência Es-pecializada de Assistência Social (Cre-as), com capacidade para realizar 6.840 atendimentos em 121 municípios de Pernambuco, terão repasse mensal am-pliado para R$ 1,1 milhão. Desses 126, dois – com capacidade de atendimento para até 160 pessoas – estão em Recife.

O estado já conta também com sete Centros de Referência para Pesso-as em Situação de Rua. A capacidade de atendimento total irá praticamente do-brar – das atuais 560 pessoas para mil atendimentos mensais. O repasse para

isso sobe de R$ 91 mil para R$ 118 mil por mês para cada unidade.

PREVENÇÃO – No eixo prevenção, com ações voltadas para a escola, profis-sionais de saúde e de segurança pública, operadores de direito e a comunidade, Pernambuco pode contar com inves-timentos de até R$ 4,8 milhões, entre 2012 e 2014, para cursos presenciais e a distância. A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça é a responsável por articular essa formação.

A meta até 2014 é formar no es-tado 9,5 mil educadores; 5,6 mil conse-lheiros municipais e lideranças comuni-tárias; 2,1 mil operadores de direito; 1,4 mil profissionais de saúde; 1,4 mil lide-ranças religiosas; e 700 gestores e repre-sentantes de comunidades terapêuticas. A previsão é divulgar o cronograma dos cursos ainda no 1° semestre.

SEGURANÇA PÚBLICA – As ações policiais do programa seguirão duas es-tratégias complementares. Serão inten-sificadas as ações de inteligência e de investigação para identificar e prender traficantes, bem como para desarticular organizações criminosas que atuam no tráfico de drogas ilícitas, incluindo ope-rações nas fronteiras.

Está prevista também a imple-mentação de policiamento ostensivo e de proximidade nas áreas de concentra-ção de uso de drogas, onde serão insta-ladas câmeras fixas.

Pernambuco vai receber três ba-ses móveis de controle de videomo-nitoramento. Cada uma delas controla 20 câmeras fixas e conta com uma sé-rie de equipamentos (um veículo, duas motocicletas e 200 armas não letais). Quarenta profissionais de segurança pública serão capacitados para atuar nas bases móveis.

Estados & Municípios - Março 2012 35

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36 Março 2012 - Estados & Municípios

Mato Grosso do Sul é o 8º Es-tado brasileiro com melhor posição no IDSUS 2012

(Índice de Desempenho do Sistema Único de Saúde), calculado e divulgado pelo Ministério da Saúde. No entanto, isso não significa que o serviço é ofe-recido com qualidade na maior parte dos municípios, já que 56 deles, ou seja, 75% das cidades não têm sequer o mí-nimo de estrutura para atender os usuá-rios sul-mato-grossenses.

O Idasus de MS é 5,64, número levemente superior à média brasileira que é de 5,47. A ‘nota’ de 0 a 10 é a re-lação de 24 indicadores de saúde, que medem o acesso ao SUS (como está a oferta de ações e serviços) e a efetivida-de (qualidade do atendimento e ações que atingem metas esperadas, como controle de doenças e diminuição da taxa de mortalidade).

O estudo ainda avaliou a realida-de dos municípios agrupando os seme-lhantes em seis Grupos Homogêneos, situados através do cruzamento de três índices: IDSE (de Desenvolvimento Socioeconômico), ICS (de Condições de Saúde) e de IESSM (Estrutura do Sistema de Saúde do Município). É nes-ta divisão que a realidade de MS apare-

ce e demonstra a concentração dos ser-viços em apenas três municípios, que atendem a população de todo o Estado.

Pela avaliação, pelo menos 59 cidades estão dentro dos grupos 5 e 6, são aquelas que não possuem ne-nhuma estrutura MAC (Média e Alta Complexidade) ou estrutura espe-cializada, ambulatorial e hospitalar. Existe ainda poucos destes serviços em outras 17 cidades dos grupos 3 e 4. Apenas Dourados está no grupo 2, onde a estrutura é considerada me-diana pelo Idasus e Campo Grande no grupo 1, onde há um atendimento MAC mais completo.

Macrorregião

A avaliação ainda comprova que o usuário do SUS em MS precisa percor-rer diversos quilômetros para receber atendimento. Dentro das três macror-regiões do Estado divididas pelo estudo, Dourados (35 municípios), Três Lagoas (11) e Campo Grande (32), apenas os municípios pólo possuem mais serviços.

Dourados, com sua estrutura de média e alta complexidade conside-rada ainda incompleta, é pólo no sul do Estado, região em que 74,2% dos

municípios não ofertam nenhum aten-dimento deste tipo e sequer possuem hospitais. Nessa parcela ainda vivem em sua maioria famílias de baixa renda, que dependem mais do serviço público para tratar e prevenir doenças.

Em Campo Grande a situação é semelhante. Sua macrorregião possui 75% dos municípios pertencentes aos grupos 5 e 6, no entanto a estrutura da capital para atender as cidades é maior que a douradense. A situação mais complicada é de Três Lagoas. O muni-cípio pólo da região do bolsão faz parte do grupo 3, possui pouca estrutura e é ainda responsável por outras nove cida-des que não tem serviço especializado e Paranaíba, única vizinha que possui um pouco de estrutura.

O melhor desempenho no Idasus (Índice de Desempenho do Sistema Único de Saúde) é de Santa Catarina (6,29), acompanhado pelos demais Estados da região Sul (6,12) que apre-sentaram boa pontuação. O contraste é com a região Norte (4,67), que tem o Estado com a pior nota, o Pará (4,17). Na região Centro-Oeste (5,26), todos os Estados estão próximos a média bra-sileira, assim como o Sudeste (5,56) e o Nordeste (5,28)

Saúde caótica no Mato Grosso do Sul

Saúde

36 Março 2012 - Estados & Municípios

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Estados & Municípios - Março 2012 37

O sistema público de saúde da pequena cidade de Arco-Íris, distante cerca de 440 quilô-

metros da capital paulista e com pouco mais de 2 mil habitantes, é o melhor do país. De acordo com o Índice de De-sempenho do Sistema Único de Saúde coordenado pelo Ministério da Saúde, o serviço público de saúde da cidade atingiu 8,38 pontos, acima da meta mí-nima do ministério, estipulada em 7.

A cidade lidera o ranking  do Gru-po 5, seguida por Pinhal (RS), com 8,22 pontos. A segunda melhor cidade paulista da lista é Barueri, na região metropolita-na de São Paulo, que atingiu a marca de 8,22 pontos no grupo 2, também acima da meta mínima estabelecida pela pasta.

No grupo 1, que reúne os 29 muni-cípios com melhor renda e infraestrutura de atendimento, a cidade paulista com melhor posição é Ribeirão Preto, distante 313 quilômetros da capital. Ribeirão Pre-to atingiu 6,69 pontos, abaixo da média 7, mas ocupando a terceira posição entre os municípios brasileiros com melhor siste-ma de saúde público do grupo 1.

“Estamos orgulhosos, mas ainda não satisfeitos. Há sempre o que melho-rar”, disse Stenio Miranda, secretário de Saúde de Ribeirão Preto. Segundo ele, o principal fator que levou a cidade

a aparecer entre as primeiras do estado é a prioridade do município para a rede de atenção básica de saúde que atende até os bairros mais distantes.

Outro fator positivo, destacou, é que a cidade tem uma estrutura com-pleta de serviços na área de saúde, des-de vacinação até transplantes. Já entre os problemas que ainda precisam ser melhorados estão, de acordo com o se-cretário, a internação para pessoas que sofrem de doença mental e o atendi-mento para dependentes químicos.

Seis grupos

Para calcular o desempenho do SUS em cada cidade do país, os técnicos dividiram os municípios em seis grupos, dependendo da condição econômica e da estrutura de saúde disponível (hospital, posto de saúde, laboratório).

O Grupo 1 reúne os 29 municí-pios com melhor renda e infraestrutu-ra de atendimento, com população to-tal de 46 milhões de pessoas. No topo dessa lista aparece a capital do Espírito Santo, Vitória, com nota 7,08, seguida por Curitiba e Ribeirão Preto. Nesse grupo, a cidade de Santos, no litoral paulista, aparece entre as dez cidades com pior desempenho.

Capital brasileira da saúde pública

No Grupo 2, a cidade de Barueri lidera o ranking entre os municípios brasi-leiros com melhor desempenho, seguida por Chapecó (SC) e Muriaé (MG).

No outro extremo, o grupo 6 é for-mado por cidades que não têm estrutura de serviços especializados, como um hos-pital ou pronto-socorro, e população de até 23,3 mil de habitantes. A maioria dos municípios brasileiros (2.183) está nesse grupo. Fernandes Pinheiro, no Paraná, com 5.932 habitantes, obteve a melhor nota (7,76) do grupo.

Saúde

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38 Março 2012 - Estados & Municípios 38 Março 2012 - Março 2012 - Estados & Municípios

No início do ano, a Prefeitu-ra de Presidente Prudente, São Paulo, recebeu proposta

de um grupo de empresários que pro-duzem soft wares no município para a concessão de incentivos a empresas in-vestidoras em tecnologia. O segmento empresarial quer que o poder público municipal implante o chamado ‘ISS Tecnológico’, que prevê incentivos fi s-cais através de abatimento no Imposto Sobre Serviço (ISS).

Na ocasião, o prefeito Milton Carlos de Mello ‘Tupã’ (PTB) deter-minou que a proposta fosse analisada pelas secretariais municipais de Finan-ças e Assuntos Jurídicos para estudar sua legalidade. Depois de receber o aval das

secretarias, a prefeitura, agora, dá mais um passo para concretizar esta articulação.

O grupo de trabalho criado pela prefeitura de Presidente Prudente vai analisar, in loco, o bem sucedido proje-to implantado na cidade de Londrina, no Paraná. “Em conjunto com a Pre-feitura, o grupo decidiu que vai agora conhecer de perto o projeto em Lon-drina, para futuramente viabilizar sua implantação em Prudente”, ressaltou o secretário municipal de Tecnologia da Informação, Rogério Marcus Alessi.

O prefeito Tupã considera a pro-posta diferenciada e garante que o pro-jeto é articulado pensando no cresci-mento da cidade. É por isso, inclusive, que ele está inserido entre as ações que

ISS Tecnológico quer incentivo fi scalTecnologia

Tupã explica que o programa ISS Tecnológico tem o objetivo de fomentar a pesquisa e o desenvolvimento científi co e tecnológico no município, além de reduzir a sonegação fi scal

constituem o projeto do Arranjo Produti-vo Local (APL) – desenvolvido pelo gru-po de empresários, numa parceria com a Faculdade de Informática de Presidente Prudente (FIPP) e a gerência regional do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pe-quenas Empresas (Sebrae).

Londrina foi escolhida como mo-delo por ter desenvolvido seu programa com o objetivo de fomentar a pesquisa e o desenvolvimento científi co e tecno-lógico, permitindo a dedução do paga-mento do ISS. “É importante conhe-cermos a funcionalidade e a efetividade deste projeto”, explica o coordenador do curso de Ciências da Computação da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), Emerson Silas Dória.

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Estados & Municípios - Março 2012 39

Mesmo com toda a expecta-tiva do meio acadêmico, o projeto de lei (PL) que cria

o Código Nacional de Ciência, Tecno-logia e Inovação continua parado nas duas casas do Congresso Nacional. Pro-posto por 17 entidades científi cas liga-das ao fomento da pesquisa - entre elas a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a Academia Brasi-leira de Ciências (ABC) e o Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de CT&I (Consecti), o proje-to ainda não saiu do papel.

No Senado, a proposta foi en-campada e assinada pelo novo líder do Governo no Senador, Eduardo Braga (PMDB-AM), que preside a Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Co-municação e Informática (CCT). Desde 16 de outubro do ano passado, o Projeto de Lei 619 aguarda designação de relator na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

Na Câmara dos Deputados, onde ganhou nova numeração, o projeto foi subscrito por dez deputados, mas, desde 27 de setembro do ano passado, aguarda a formação da comissão espe-cial que fará a análise da proposta. A indicação dos participantes é feita pelos líderes partidários. Segundo o deputa-

do Sibá Machado (PT-AC), candidato a relator da matéria, “não há polêmica sobre o mérito da proposta. O projeto não andou por causa da agenda do Con-gresso no fi m do ano passado”. Segundo a assessoria da presidência da Câmara, a composição da comissão especial depen-de da distribuição de todas as comissões permanentes e temporárias da Casa, ain-da não defi nida por falta de acordo políti-co sobre como o PSD indicará seus mem-bros. Conforme o regimento interno da Câmara, parlamentares que trocam de partido, como foi o caso de todos os inte-grantes do PSD na Casa, perdem assento nas comissões.

“A comissão especial foi uma faca de dois gumes. Ela evita passar em três comissões (como prevê o regimento da Câmara), mas, para montar a comissão especial, os partidos têm que indicar os membros da comissão. Foi aí que tra-vou”, resume Mario Neto Borges, presi-dente do Conselho Nacional das Fun-dações de Amparo à Pesquisa (Confap) – uma das entidades que aguardam a aprovação da proposta.

Consenso

O projeto é considerado por muitos parlamentares consensual, pois

“não gera disputa política, não toca em redistribuição de recursos e tem grau importante de convergência”, avalia o deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), o primeiro signatário do projeto de lei. A mesma opinião tem o petista Sibá Ma-chado, que lembra que a proposta foi discutida pela primeira vez em 2010, ainda no governo Lula, em audiência que o então presidente concedeu à SBPC, à época presidida por Marco An-tônio Raupp, hoje ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Sibá Machado defende que o PL vire medida provisória (MP), o que fa-ria com que a medida tivesse aplicação imediata. Ele acredita que “se o minis-tro emitir parecer favorável para a Casa Civil é possível transformar o projeto em MP”. Sibá disse ainda que tem traba-lhado para que os líderes partidários na Câmara façam as indicações dos mem-bros da comissão especial.

Código de CT&I O deputado federal Sibá Machado defende que o projeto de lei que cria o código vire medida provisória (MP), o que faria com que a medida tivesse aplicação imediata.

Tecnologia

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40 Março 2012 - Estados & Municípios

Trabalho

O setor industrial de Pernam-buco está crescendo, empre-gando mais e pagando salá-

rios maiores, contrariando a tendência de desaceleração observada no País. Segundo levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Es-tatística (IBGE), a oferta de postos de trabalho na indústria do Estado cresceu 4,2% em janeiro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, ante uma queda de 0,5% no País e de 0,4% na Re-gião Nordeste.

O resultado pernambucano foi o segundo maior em todo o País, ficando atrás apenas do Paraná, onde o número de vagas de emprego na indústria cres-ceu 4,6% no primeiro mês de 2012. “É uma prova de que o processo de trans-formação da economia pernambucana está se consolidando. Nossa indústria mantém a trajetória de crescimento, apesar da tendência de desaceleração enfrentada no restante do País”, destaca o secretário de Desenvolvimento Eco-nômico, Geraldo Júlio.

Ainda segundo o IBGE, o valor da folha de pagamentos da indústria apre-sentou um crescimento expressivo de 10,2% em janeiro deste ano em relação ao mesmo mês de 2011, superando a média nacional de 4,4% e a média regis-trada na Região Nordeste, de 7,2%.

No resultado acumulado dos úl-timos doze meses, o nível de emprego na indústria pernambucana apresenta um crescimento de 5,2%, maior que a média brasileira, de 0,8%, e que a da Re-gião Nordeste, de 1,1%

A pesquisa também constatou que a indústria pernambucana teve o segundo melhor crescimento do país entre janeiro de 2011 e janeiro de 2012. O levantamento mostra que a produção do estado no mês em questão cresceu 11,3% sobre o ano passado, atrás ape-nas de Goiás (25,4%), que liderou o ranking nacional. As médias do Brasil e da região Nordeste foram de -3,4% e 3,8% no período, respectivamente.

“Os números mostram o cresci-mento da indústria do estado, apesar de boa parte dos grandes empreendimen-tos ainda não estarem em plena ativida-de”, destacou o secretário Geraldo Júlio.

Os setores que mais contribuíram para o resultado foram o de metalur-gia básica (30%), graças ao aumento na produção de vergalhões de aços ao carbono e chapas e tiras de alumínio, e

de produtos químicos (26,8%), em vir-tude do crescimento da demanda por borracha de estireno-butadieno e de tintas e vernizes para a construção civil.

Pernambuco de 2020

Provocado pelo Movimento Lide para formular um cenário do que seria Pernambuco no ano de 2020, Geraldo Júlio apresentou um paco-te de previsões que, se concretizado, tornará o Estado um lugar muito ain-da mais agradável de se viver e fazer ne-gócios, além de suas qualidades como centro turístico e cultural.

No cenário de Júlio, em 2020, mantidas as políticas de investimento que Pernambuco vem tendo nos últi-mos anos, o Estado estaria entre os três melhores em educação, entre os cinco em serviços de segurança e entre os oito em assistência à saúde, além de vice-líder no percentual de industrialização como base de seu PIB, com mais 30%, perdendo apenas para o Amazonas, que, pela Zona Franca, supera os 40%.

Mais empregos na indústria pernambucana

Os segmentos econômicos que mais contribuíram para o desempenho foram os de alimentos e de bebidas, que apresentaram um aumento de 8,1%

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O Cadastro Geral de Empre-gados e Desempregados, do Ministério do Trabalho, re-

gistrou em fevereiro a criação de 150.600 postos de trabalho com registro em car-teira, alta de 0,40% em relação ao estoque do mês anterior. Trata-se do quinto maior resultado da série, sendo superior ao mês de janeiro, ocasião em que foram abertas 118.895 vagas.

“O Brasil continua gerando em-pregos. Estamos mantendo um ritmo de expansão gradual, mas o importante é que, a cada mês, aumentamos a inser-ção de trabalhadores no mercado de trabalho”, comemorou o ministro do Trabalho, Paulo Roberto Pinto.

No acumulado do ano, o empre-go cresceu 0,78%, representando um acréscimo de 293.987 postos de tra-balho. Nos últimos doze meses, houve aumento de 1.724.817 postos de traba-lho, equivalentes a expansão de 4,73% no número de empregos celetistas no país. Entre os meses de janeiro de 2011 a fevereiro de 2012, foram abertos mais

2,2 milhões de postos de trabalho, cres-cimento de 6,33% sobre o estoque de dezembro de 2010.

“O emprego continua com cres-cimento substancial, afinal, são mais de 150 mil vagas num mês em que tivemos poucos dias úteis, além de um cenário mundial adverso”, avaliou o diretor do Departamento de Emprego e Salário, Rodolfo Torelly.

Em termos geográficos, houve au-mento de emprego em quase todas as grandes regiões. A exceção ficou por con-ta da região Nordeste que, por motivos sazonais, ligados às atividades sucroalcoo-leiros, apresentou queda de 9.610 postos. Em números absolutos, a região Sudeste abriu 93.266 postos; Sul, 39.522; Centro-Oeste, 23.457 e Norte, 3.965 postos.

Por Unidades da Federação, 20 elevaram o nível de emprego, com duas delas sinalizando o segundo melhor desempenho, e duas o terceiro melhor saldo. Os destaques positivos foram: São Paulo, com 55.754 postos; Minas Gerais, com 21.031 postos; Rio de Janeiro, com

16.071 postos, o segundo melhor saldo para o mês; Santa Catarina, com 15.719 postos ; e Paraná, com 14.075 postos .

Dos 150.600 postos de trabalho abertos no mês de fevereiro, 81.801 fo-ram preenchidos por homens e 68.799 por mulheres.

Empregos por setor

Também houve crescimento do emprego na maior parte dos setores, com destaque para a Indústria da Trans-formação, que criou quase 20 mil vagas, a terceira maior geração de empregos em fevereiro dentre os oito setores de atividade econômica.

Os Serviços de Comércio e Ad-ministração de Imóveis geraram 19.845 postos ou 0,45% de crescimento, o segundo maior saldo para o período enquanto Alojamento e Alimentação criaram 16.741 postos ou 0,31% de crescimento. Por sua vez os Serviços Médicos e Odontológicos foram res-ponsáveis pela criação de 8.071 postos tendo obtido crescimento de 0,51% (melhor resultado para o mês).

Os Transportes e Comunicações disponibilizaram 6.787 postos e cres-ceram 0,33% enquanto as Instituições Financeiras colocaram à disposição do trabalhador brasileiro 664 postos e regis-traram 0,10% de crescimento relativo.

O setor da Construção Civil criou 27.811 e registrou crescimento de 0,95% em relação a janeiro. A Adminis-tração Pública respondeu pela criação de 14.694 postos (1,84% de crescimen-to) obteve o terceiro maior saldo para o mês. A Indústria de Transformação foi responsável pela criação de 19.609 pos-tos de trabalho e cresceu 0,24% no mes-mo período e obteve a terceira maior geração de empregos para o mês, dentre os oito setores de atividade econômica.

Emprego em trajetória de crescimento

“O Brasil continua gerando empregos. Estamos mantendo um ritmo de expansão gradual, mas o importante é que, a cada mês, aumentamos a inserção de trabalhadores no mercado de trabalho”, comemorou o ministro do Trabalho, Paulo Roberto Pinto

Trabalho

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42 Março 2012 - Estados & Municípios 42 Março 2012 - Março 2012 - Estados & Municípios

Bar Rafaeli

Daniella Sarahyba

Franklin Zimring

Luciane Escoutto

Ivo Cassol

Modelo israelense, admitindo que adora comer

Modelo, lutando para não ficar anoréxica

Professor de criminologia da Universidade da Califórnia em Berkeley, EUA, que fez estudo onde explica que o importante não é acabar com a venda de drogas, e sim tirá-la das ruas

Atleta do time mineiro Mackenzie e eleita a “Mais Bela Gaúcha” em 2011

Senador do PP de Rondônia, defendendo o pagamento do 14º e 15º salários aos congressistas

“As modelos muito magras não são sedutoras”

“Definitivamente meu biotipo é diferente do dessas modelos. Essas meninas pesam de 20 a 30 quilos menos que a altura. É uma loucura. Não vou ficar lutando para ser fashion, magérrima, que não dá”

“Leve o tráfico para dentro das casas”

“Não sei qual carreira seguir. Neste momento estou em meio à Superliga do vôlei e pensando na minha participação no Miss Mundo Brasil, em setembro”

“Os políticos ganham muito pouco”

Cotidiano

Romário

Dilma Rousseff

Ex-jogador de futebol e deputado federal pelo PSB do Rio de Janreiro, deixando claro que evita frequentar os mesmos lugares que os políticos em Brasília

Presidente da República, que sob pressão dos partidos aliados, decidiu assumir pessoalmente as negociações políticas de seu governo

“Todo mundo acha que no alto clero do Congresso está a nata da nata. Pois o que mais tem no andar de cima é gente no ócio, quando não está metida em pilantragem”

“A articulação agora é minha”

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Estados & Municípios - Março 2012 43

Camila Rodrigues

José Casanova

Daniela Albuquerque

Luca di Montezemolo

Marin Alsop

Atriz que interpreta a Merabe do seriado Rei Davi, da Rede Record

Sociólogo espanhol, explicando a crise de fé da Europa e o preconceito contra os ateus

Apresentadora da Rede TV, que espera um filho de Amilcare Dallevo, dono da emissora

Presidente da Ferrari, afirmando que seu país precisa de profundas reformas econômicas para voltar a crescer

Americana e nova titular da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, defendendo transparência à frente do cargo que ocupa

“Na minha casa, o homem dá a última palavra. Mas percebi que um pouco de submissão faz bem à mulher”

“O Brasil é uma potência religiosa global”

“Eu me sinto muito mais poderosa agora do que em qualquer época na vida”

“A Itália é um carro velho e carcomido”

“O público de hoje não se contenta em assistir aos concertos. ele quer fazer parte do dia a dia da orquestra”

Cotidiano

Camila Rodrigues

Marin Alsop

Atriz que interpreta a do seriado Rei DaviRecord

Americana e nova titular da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, defendendo transparência à frente do cargo que ocupa

última palavra. Mas percebi que um pouco de submissão faz bem à mulher”

“O Brasil é uma potência

“O público de hoje não se contenta em assistir aos concertos. ele quer fazer parte do dia a dia da orquestra”

Camila Rodrigues

Atriz que interpreta a MerabeRei Davi, da Rede

“Na minha casa, o homem dá a última palavra. Mas percebi que

bem à mulher”

Cotidiano

preconceito contra os ateus

Daniela Albuquerque

Rede , que espera um filho

“Eu me sinto muito mais poderosa agora do que em qualquer época

“Eu me sinto muito mais poderosa agora do que

Thereza CollorMusa do Impeachment do ex-presidente da República e então cunhado, Fernando Collor, mostrando-se desencantada com a classe política

“Meu desejo é que essa geração saiba eleger melhor seus representantes”

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46 Março 2012 - Estados & Municípios

Em reunião que contou com a presença do governador Tarso Genro e dos ex-governadores

Olívio Dutra e Germano Rigott o, o Conselho de Desenvolvimento Econô-mico e Social do estado entendeu que os juros e os serviços que norteiam o pagamento à União não têm mais fun-damentos no nova realidade econômi-ca e fi nanceira do país.

“A União deve demonstrar seu apreço em direção a um pacto fede-rativo democrático e propor alterna-tivas conjuntas, para que a dívida seja reestruturada e o percentual incidente sobre a receita líquida dos estados seja signifi cativamente rebaixada, permi-tindo, assim, mais investimentos em saúde, segurança, educação e infraes-trutura”, destacou um documento di-vulgado ao fi nal da reunião.

No mês passado, os representan-tes das Assembleias Legislativas de Mi-nas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santos se reuniram em Belo Horizonte e chegaram à conclusão de que 25 estados se encontram diante de uma dívida impagável. Pelos cálculos

dos parlamentares, a dívida dos estados supera hoje os R$ 350 bilhões.

Repactuação

O ex-governador Olívio Dutra destacou as iniciativas para aumento da receita à época de sua gestão, além da política de combate à sonegação fi scal, redução de despesas e incentivo da matriz produtiva. “Naquele período, tivemos uma evolução signifi cativa de nossa receita e conseguimos reduzir em 0,30% o corpo da dívida, após 30 anos de constante crescimento”, afi rmou.

Olívio também defendeu uma repactuação das contas com a União envolvendo a redução do percentual de comprometimento de 13% para 9% da receita corrente líquida, aliado a uma carência de dez anos para que o estado possa reorganizar suas contas. “Com esse mecanismo não haverá alterações do contrato da dívida com o Governo Federal. Apenas o desembolso do esta-do se tornará menor”, ressaltou.

O presidente da Câmara dos De-putados, Marco Maia (PT-RS), já criou

um grupo de trabalho para acompanhar de perto a questão da dívida dos Esta-dos com a União. O objetivo é buscar formas de repactuacão das dívidas em parceriacom os governadores.

Já foram indicados para compor o grupo os deputados Danilo Forte (PMDB-CE), Guilherme Campos (PSD-SP), Lincoln Portela (PR-MG), Carlos Magno (PP-RO), Vitor Penido (DEM-MG), Jorge Côrte Real (PTB-PE), Sarney Filho (PV-MA) e Edmar Arruda(PSC-PR)

Em 1997, quando foi firmado o acordo entre a União e os estados, este valor era de R$ 11 bilhões, o que resulta em um incremento de R$ 29,6 bilhões. Pelo contrato, a dívida deve ser paga até 2028, com mais dez anos para pagamento das sobras. Pelas re-gras atuais, o valor chegaria a R$ 60 bilhões em 2028. O representante da Secretaria de Fazenda disse, ainda, que a dívida pública do Rio Grande faz parte de um cenário do federa-lismo fiscal, no qual também se in-tegram o Fundo de Participação dos Estados (FPE) e o ICMS.

Reestruturação das dívidas estaduais

O governo do Rio Grande do Sul resolveu apoiar o movimento que pede a reestruturação das dívidas dos estados com a União

Economia

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Estados & Municípios - Março 2012 47

Decididamente Sergipe come-çou 2012 com o pé direito. Depois de registrar o maior

crescimento da Região Nordeste nos últimos oito anos, segundo avaliação da conceituada Fundação Getúlio Vargas (FGV), a Petrobras anunciou oficialmente que investirá R$ 600 milhões na reforma, ampliação e mo-dernização de sua planta petrolífera no Estado, gerando cerca de dois mil novos empregos.

“A direção da Petrobras informou que a previsão de investimentos é de R$ 300 milhões em Carmópolis, R$ 140 mi-lhões em Siriri, na área de Siririzinho, e R$ 110 milhões em Riachuelo, nas instala-ções e equipamentos de produção em ter-ra da companhia, além de diversas outras intervenções em outros pontos de produ-ção, totalizando os R$ 600 milhões”, enfa-tizou o governador Marcelo Déda.

O governador também ressaltou que a renovação do contrato de arren-damento da jazida Carnalita, que será

formalizado brevemente entre a Petro-bras e a Vale, vai consolidar defi nitiva-mente o Projeto Carnalita. Segundo o governador, além do novo contrato de arrendamento, por mais 30 anos de exploração da jazida, será assinado um termo de compromisso para a realiza-ção de estudos e o desenvolvimento de exploração conjunta do petróleo exis-tente na região, que equivale a 1/3 do total da área da jazida.

Para Marcelo Déda, os atuais in-dicadores sociais do estado - que re-gistram, por exemplo, a terceira menor taxa de pobreza da região e consecuti-vos saldos positivos na geração de no-vos empregos, “demonstram o acerto das políticas que estão sendo imple-mentadas no Estado”.

Decisão estratégica

O diretor Corporativo e de Servi-ços da Petrobras, José Eduardo Dutra, ressaltou que recebeu da própria presi-

denta Dilma Rousseff a incumbência de acompanhar pessoalmente o processo de arrendamento da jazida de Carnalita da Petrobras para a Vale, em função “da importância estratégica que a produ-ção de fertilizantes tem para o país, que hoje é extremamente dependente das importações”.

Segundo José Eduardo Dutra, a intenção da Petrobras é contribuir para que Sergipe possa consolidar uma par-ticipação cada vez maior no percentual de produção de potássio para o Brasil, que hoje está em torno de 10% de tudo que é consumido no país.

Marcelo Déda anunciou a im-plantação da rodovia estadual que liga o município de Divina Pastora a Maruim; e a ampliação da rodovia SE-100, no trecho entre a Barra dos Coqueiros e o Porto de Sergipe. Além da iluminação, já implantada, a rodovia será alargada, ganhará acostamentos e será completa-mente recapeada e estruturada no pa-drão das novas rodovias estaduais.

Sergipe comemora crescimento

Estados & Municípios - Março 2012 47

Economia

“Isto quer dizer que 2/3 da área onde está a carnalita já pode ser explorada sem

maiores problemas”, ressaltou o governador Marcelo Déda (d). As estimativas da empresa é de que a exploração da nova jazida possa ser iniciada já em 2015, a partir

da implantação de uma nova planta operacional que já está em

curso na região.

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48 Março 2012 - Estados & Municípios

As vendas feitas por empresas da Zona Franca de Manaus (ZFM) dentro dessa mesma

localidade são isentas da contribuição ao PIS (Programa de Integração So-cial) e da Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social), pois tais operações são equiparáveis às exportações. A decisão foi tomada de forma unânime pela Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em recurso interposto pela fazenda na-cional contra a Samsung do Brasil Ltda. 

A fazenda pretendia cobrar as contribuições da Samsung por vendas a outra empresa também situada na ZFM. Para o Fisco, a compra de bens produzidos na zona franca por outra empresa também lá localizada não se-ria coberta pelo artigo 4º do Decreto-Lei 288/67, que regula a isenção fis-cal em Manaus. 

Ao interpretar o referido disposi-tivo legal, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) decidiu que as vendas realizadas por empresas sedia-das na ZFM a outras situadas no mes-mo local equiparam-se à exportação.

Por isso, gozam do benefício fiscal de isenção do PIS e da Cofins. Com esse entendimento, o tribunal negou a ape-lação fazendária. 

No recurso ao STJ, a fazenda in-sistiu na tese de ofensa do artigo 4º do DL 288/67, pois o dispositivo legal só se referiria a exportações para a ZFM. Argumentou que, no caso, não hou-ve exportação, mas sim circulação in-terna de mercadorias. Para o fisco, as normas que definem isenções devem ser interpretadas restritivamente, nos termos dos artigos 111, 176 e 177 do Código Tributário Nacional (CTN). Alegou, por fim, que estender o termo “exportação” para compras no limite do mesmo estado altera indevidamen-te o conceito fixado pela Constituição para definir competências tributárias. 

Jurisprudência farta

O ministro Castro Meira, do Superior Tribunal de Justiça - STJ, des-tacou que a venda de mercadorias na-cionais para a ZFM foi equiparada às exportações. A Constituição Federal,

no artigo 149, confere à União capaci-dade exclusiva de instituir contribui-ções sociais, de intervenção no domí-nio econômico, como instrumento de sua atuação. Além disso, as legislações infraconstitucionais da Cofins (Lei Complementar 70/91) e do PIS (Lei 10.637/02) mantiveram as isenções em relação à zona franca. A jurisprudência da Corte seria farta nesse sentido. 

O caso, reconheceu o ministro, não seria idêntico aos precedentes jul-gados pelo STJ, pois a venda ocorreu dentro da mesma área de isenção. En-tretanto, ele afirmou que seria perfei-tamente cabível manter os incentivos fiscais. “São antigas as preocupações do governo federal com a ocupação e o desenvolvimento econômico da Amazônia. Em 1957, durante o go-verno JK, foi editada lei criando uma zona franca em Manaus”, lembrou o ministro Castro Meira. Legislações posteriores mantiveram e ampliaram esses benefícios. 

Vários fatores levaram à criação da ZFM, como a necessidade militar de ocupar e proteger a região amazônica e a questão social, no intuito de diminuir as desigualdades regionais. “Para atrair investidores interessados em aplicar o seu capital em uma região praticamente inóspita, com mercado consumidor pe-queno e de baixa renda, longe de gran-des centros, além de outros problemas, foram criados inúmeros incentivos fis-cais, dentre eles o previsto no artigo 4º do DL 288/67”, apontou Castro Meira. 

O ministro concluiu que a inter-pretação dada pela fazenda ao artigo 4º não é compatível com o objetivo do decreto-lei, que no seu primeiro artigo determina a criação de um centro in-dustrial, comercial e agropecuário com condições econômicas que permitis-sem seu desenvolvimento. 

Vendas internas na ZFM são isentas

Para o ministro Castro Meira,“se era pretensão do governo atrair o maior número de indústrias para a região, não é razoável concluir que o artigo. 4º do DL 288/67 tenha almejado beneficiar, tão somente, empresas situadas fora da ZFM”

Tributação

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Estados & Municípios - Março 2012 49

O Governo de São Paulo pro-meteu liberar, até o dia 6 de junho próximo, os recursos

referentes aos convênios assinados com os municípios do estado. O anúncio foi feito aos gestores muni-cipais, no encerramento do 56° Con-gresso Estadual de Municípios, pelo governador Geraldo Alckmin.

O evento, promovido pela Asso-ciação Paulista de Municípios (APM), foi realizado na cidade de São Vicen-te, e serviu para a troca de experiên-cias e aproximar os gestores muni-cipais, estaduais e federais, técnicos, secretários e demais profissionais para discutir os assuntos que afetam diretamente os municípios.

Segundo o presidente da APM, Marcos Monti, nesta edição do con-gresso, as questões referentes a discus-são de um novo pacto federativo, gastos com saúde, turismo e meio ambiente chamaram a atenção dos prefeitos.

Geraldo Alckmin atendeu alguns itens da pauta de reivindicações da APM, apresentando novidades aos con-gressistas, como o repasse das unidades

de saúde e da casa da agricultura para os municípios. “Ainda vamos fazer a doa-ção de 64 máquinas para os consórcios e, no próximo ano, vamos colocar mais dinheiro para que os consórcios com-prem mais máquinas”, anunciou.

Para dar prioridade às regiões mais necessitadas, será enviado à As-sembléia Legislativa um projeto de lei que visa à criação de um fundo somen-te de desenvolvimento regional. “Que-remos atrair empresas, fazer compen-sação tributária e investir em logística”, relatou Alckmin.

Na área da Educação, o governa-dor infirmou que já autorizou a compra de 140 ônibus escolares destinados às prefeituras, 70 veículos de 42 lugares e outros 70 de 22 lugares, todos com acessibilidade.

O governador argumentou que o terceiro setor é o que mais tem recebi-do trabalhadores e, dentro dele, citou o turismo. “Nós temos 67 estâncias turís-ticas, num aumento de 10% em média ao ano do fundo para as cidades – que recebem 275 milhões. Vamos fazer uma proposta de emenda constitucional e, ao invés de 10%, queremos que elas re-cebam 11% (300 milhões)”.

Em cima disto, Alckmin anunciou a criação dos municípios de interesse turístico. “Serão cerca de 300 cidades que irão receber entre 50 e 60 milhões. Estes beneficiados deverão cumprir metas; as três “últimas” que não cum-prirem, serão retiradas desta lista e su-birão outras três”, explicou.

Um novo Pacto

No painel destinado à discussão de um novo pacto federativo, o presi-dente da APM, Marcos Monti, con-clamou a união de todos os prefeitos sobre o tema. “Se todos não se unirem

em torno de um ideal, tudo será mais difícil. Sempre falo pela unidade e da sua importância. Precisamos estar for-talecidos para caminhar juntos, com o objetivo de mudar a história dos muni-cípios brasileiros”, afirmou.

O prefeito de Itu e presidente da Associação das Prefeituras das Cida-des Estância de São Paulo, Herculano Castilho Passos Júnior, reforçou que há muito tempo essa união é pedida. “Estamos debatendo o tema há muito tempo. Esta divisão dos recursos entre os governos federal, estaduais e munici-pais é muito errônea e fica difícil conti-nuar dessa forma”, observou.

Alguns exemplos foram citados pelos palestrantes com intuito de mostrar aos congressistas como é difí-cil administrar um município com or-çamento insuficiente. “Temos obriga-ção de gastar 15% com saúde, porém, gastamos mais de 30% na realidade. Como podemos trabalhar se os recur-sos são escassos?”, indagou o prefeito da cidade de Juquiá e presidente do Consórcio de Desenvolvimento In-termunicipal do Vale do Ribeira, Mo-hsen Hojeije. E continuou. “Se não formos atrás daquilo que queremos, não vamos conseguir nada”, ressaltan-do que os municípios ficam com ape-nas 17% do bolo tributário do país.

O prefeito de Garça e presiden-te da Associação dos Prefeitos dos Municípios do Centro Oeste Paulis-ta (Apremcop), Cornélio Marcon-des, ratificou os discursos anteriores. “Estou de acordo com tudo o que os colegas apresentaram. Daqui a alguns anos, teremos dificuldades em ver pessoas de bem colocando seu nome para qualquer cargo, pois, como os re-cursos são baixos, ninguém irá querer tomar a iniciativa de administrar um município”, concluiu.

Municipalismo

Prefeitos querem novo pacto

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50 Março 2012 - Estados & Municípios

A partir de agora o descarte de em-balagens de produtos de higiene pessoal, perfumaria, cosméticos,

material de limpeza, óleos lubrifi cantes, agrotóxicos, pilhas e baterias consumidas no estado de São Paulo é de responsabili-dade do fabricante dos produtos.

O governo paulista assinou quatro termos de compromisso com cerca de 3 mil empresas desses seg-mentos, que se comprometeram a dar destinação final aos produtos. O termo cumpre as exigências da lei que institui a Política Nacional de Resídu-os Sólidos e da Resolução 38 da Se-cretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SMA), de 2 de agosto de 2011, que determina a necessidade de colocar em prática a responsabili-zação pós-consumo para as empresas.

De acordo com informações da SMA, a discussão de como essa resolu-ção será colocada em prática se esten-deu por dois meses, período em que a secretaria recebeu 189 propostas, das quais foram selecionadas quatro. Os modelos de funcionamento serão dife-

rentes para cada setor e os responsáveis pela implementação do projeto serão os representantes dos setores.

O governador Geraldo Alckmin(PSDB - SP), disse que a assinatura dos convênios signifi ca uma conscien-tização dos fabricantes, importadores, comerciantes e dos compradores e usu-

ários para dar destino adequado às em-balagens. “O projeto de logística reversa prevê a conscientização dos consumi-dores locais para que esses produtos se-jam entregues a seu destino fi nal até sua reciclagem”.

O secretário de Meio Ambiente, Bruno Covas, ressaltou que ainda não há dados exatos de quanto lixo pro-veniente desses setores é coletado em São Paulo, mas a partir do plano esta-dual será possível caracterizar esse lixo. “Saberemos quanto é plástico, quanto é vidro, o que é reciclável e o que não é. Sabemos que esses acordos ajudarão muito cada um dos setores, mas o quan-to isso vai contribuir em termos de to-nelada vamos ter a partir de agora”.

Covas disse que a coleta do mate-rial reciclável é de responsabilidade dos municípios e que o Estado está fazendo sua parte ao instituir a política de logís-tica reversa. “Nós não temos e nunca teremos caminhão de coleta de lixo do estado. Não há interferência de um ente federativo em outro”.

Descarte de produtos é prioridade paulistaDescarte de produtos é prioridade paulistaAmbiente

Para Geraldo Alckmin, o projeto vai gerar empregos porque estimulará as cooperativas de catadores de material reciclável

O descarte de pilhas e baterias usadas e outros produtos passa a ser de responsabilidade dos fabricantes

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Ambiente

Os industriais brasileiros que-rem que a arrecadação obtida com a cobrança pelo uso de

água das bacias hidrográfi cas brasileiras seja aplicada no fi nanciamento das em-presas que desejam se modernizar em relação ao uso racional da água. Esse dinheiro vem, principalmente, das con-cessionárias de distribuição de água, das indústrias e das populações locais.

A cobrança pelo uso da água é um dos instrumentos de gestão dos recur-sos hídricos instituídos pela Lei 9.433, de 1997, no âmbito da Política Nacio-nal de Recursos Hídricos. Tem como objetivo estimular o uso racional da água e gerar recursos fi nanceiros para investimentos na recuperação e preser-vação dos mananciais. Não se trata de imposto, mas de um preço condominial fi xado a partir de um pacto entre os usu-ários de água e o comitê da respectiva bacia hidrográfi ca.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) CNI e a Agência Na-cional de Águas (ANA) já fi rmaram um acordo para elaboração de estudo e implementação de mecanismos viáveis que garantam o acesso das indústrias a esses recursos. O acordo, com vigên-cia até 31 de dezembro de 2014, prevê ações para aprimorar a gestão de recur-sos hídricos no Brasil e incentivar o uso efi ciente da água no setor industrial.

  Um dos objetivos do acordo é estudar o aperfeiçoamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recur-sos Hídricos (Singreh) para a otimiza-ção do uso dos recursos arrecadados por meio da cobrança pelo uso da água. Para isso, serão avaliados mecanismos que garantam o acesso das indústrias aos re-cursos da cobrança pelo uso dos recursos hídricos, que atualmente não podem ser destinados a instituições privadas por se tratarem de recursos públicos.

Entre 2003 e 2011, a receita com a cobrança pelo uso da água nas bacias hidrográfi cas dos rios Piracicaba, Ca-pivari e Jundiaí (PCJ); do Rio Paraíba do Sul; e do Rio São Francisco chegou a R$ 209 milhões. Desse total, cerca de 30% (R$ 63 milhões) foram pagos

pelas indústrias. Os empresários pretendem ter acesso ao di-

nheiro para investir na com-pra de equipamentos e em processos de produção que permitam o uso mais efi ciente da água.

Grande consumidor

Segundo o Relatório de Con-juntura dos Recursos Hídricos no

Brasil, a indústria é respon-sável por 17% do volume de água retirada dos rios e

lençóis freáticos do País e por 7% do consumo de todos os recursos hídricos. O Brasil produz cerca de 12% da água doce superfi cial do planeta e por aqui circulam 18% de toda água doce super-fi cial da Terra. No Brasil também está localizada grande parte da maior bacia hidrográfi ca do mundo, a Amazônica.

Com uma avançada legislação de recursos hídricos, o Brasil foi o pri-meiro do continente sulamericano, e um dos primeiros do mundo, a cum-prir uma das metas da Cúpula Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+10), realizada em Joanesburgo, África do Sul, ao elaborar e implemen-tar o Plano Nacional de Recursos Hí-dricos até 2015

“Brasil e Tailândia estão entre os países que mais sentem os efeitos das mudanças climáticas e isso tem resul-tado em prejuízos bastante relevantes. Portanto, as discussões sobre água e meio ambiente já deixaram de ter ape-nas uma visão rotulada como  marke-ting e passaram a implicar defi nições de medidas concretas a serem adotadas”, informou o diretor-presidente da ANA, Vicente Guillo.

Para ele, o sistema de gestão da água pode fazer uma ponte virtuosa entre os temas ambientais e a produção, seja agrí-cola ou industrial. “A efetividade na apli-cação dos recursos, que segue a Lei de Licitações, é um dos desafi os para que a cobrança evolua no País”, ressaltou.

 

Novos recursos para o uso da águaNovos recursos para o uso da água

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52 Março 2012 - Estados & Municípios

A importância dos governos locais para o desenvolvimento sus-tentável é inquestionável. Por

isso, a associação internacional Gover-nos Locais pela Sustentabilidade (Iclei) quer levar pelo menos 600 autoridades locais que assumiram compromisso com a sustentabilidade para participarem da Rio+20, que acontece entre os dias 20 e 22 de junho, no Rio de Janeiro.

Centenas de gestores municipais já confirmaram participação no 2º Con-gresso Mundial do Iclei, uma espécie de preparatória para as reuniões de alto ní-vel da Conferencia das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). O Congresso, marcado para o período de 14 a 17 de junho, aconte-cerá em Belo Horizonte.

Segundo a diretora do Iclei Brasil, Florence Laloe, a primeira edição do Congresso na América Latina será um momento de mobilização dos governos e autoridades locais e de construção de uma mensagem específica desse seg-mento para a Rio+20. O Iclei é um dos

nove grupos parceiros da Rio+20 e lide-ra a organização das autoridades locais na conferência oficial.

A meta, disse Florence, é que as autoridades locais e municipais possam debater e divulgar suas soluções. “Esta-mos preparando um Global Town Hall, espaço destinado às autoridades locais dentro da conferência, para que esses governos do mundo todo possam mos-trar o que vêm fazendo e avançando em termos de sustentabilidade. Queremos mostrar a importância da autoridades locais na implementação de acordos in-ternacionais”.

A experiência dos governos locais no campo do desenvolvimento susten-tável afeta diretamente os cidadãos do mundo inteiro, acrescentou Florence La-loe. “O governo local é um nível de gover-nança mais próximo do cidadão. É onde a implantação dessas ações, desses acordos internacionais, ocorre de fato”.

Principais temas

Ele destacou que dois grandes te-mas serão discutidos durante a Rio+20: Economia Verde e Erradicação da Pobre-za e Governança para o Desenvolvimento Sustentável Global. Estimativas da Orga-nização das Nações Unidas (ONU) mos-tram que mais de dois terços da popula-ção mundial vão ser urbanas até 2030. No Brasil, isso já é fato: “Nós somos mais de 85% de população urbana”, disse.

FrançaO governo francês também apos-

ta na Rio+20 como uma grande opor-tunidade para direcionar esforços para a sustentação da economia verde como base social e o fortalecimento de uma governança internacional sobre o tema.

De acordo com definição do Pro-grama das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), economia verde é a “que resulta em melhoria do bem-estar da humanidade e igualdade social, ao mesmo tempo em que reduz signi-ficativamente os riscos ambientais e a escassez ecológica”.

Segundo o embaixador da Fran-ça no Brasil, Yves Saint-Geours, seu país defende a criação de uma agência

Economia verde sustentável na Rio+20Ambiente

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mundial, com poder efetivo para acom-panhar a execução de políticas públicas que conciliem crescimento econômico com preservação ambiental. “Esse é um marco importante a ser alcançado na Rio+20, ressalta o embaixador.

O estudo da ONU diz que, atual-mente, mais de 75% da energia são con-sumidos em centros urbanos e que o Produto Interno Bruto (PIB) está con-centrado em nível local. No caso dos países da Organização para a Coopera-ção e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), 83% do PIB estão concentra-dos em áreas urbanas.

“Não dá para falar em   economia verde e erradicação da pobreza sem pen-sar em economia urbana verde”. A ques-tão da urbanização e os impactos dela decorrentes constituem o grande desafio do século. Com isso, as cidades se tornam o ponto central para fazer com que a eco-nomia verde se transforme em realidade, ressaltou Florence Laloe.

Expectativa

A diretora do Iclei disse que a ex-pectativa é que assim como foram esta-belecidos pela ONU os Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, a serem cumpridos por todos os países do mun-do, a Rio+20 resulte também em obje-tivos concretos para o desenvolvimento sustentável.

“Se forem adotados de fato obje-tivos claros e quantificáveis de desen-volvimento sustentável em que os go-vernos locais e as cidades sustentáveis sejam mencionados,   nós estaríamos

relativamente felizes. Porque, havendo objetivos claros e o reconhecimento do poder local, as chances de uma imple-mentação efetiva nas próximas décadas fica maior”.  

O mais importante, segundo Florence, é o que vai ser adotado pe-los países a partir da Rio+20. Mesmo no momento atual de crise econômica nos países desenvolvidos, ele disse que “quanto mais objetivo for o resultado da conferência, melhor”. Ele se tornará mais efetivo se houver reconhecimento da importância das autoridades locais, sustentou.

O crescimento urbano, a cons-trução de infraestrutura nas próximas décadas reforçam a questão das cidades sustentáveis   como um dos pontos es-senciais da economia verde, acrescen-tou.No próximo mês, o Iclei divulgará estudo sobre os avanços obtidos nos úl-timos 20 anos em âmbito local e o que falta para os próximos 20 ou 30 anos em termos  de sustentabilidade.

Ambiente

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O governo do Rio Grande do Norte e a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) assina-

ram convênio de R$ 22 milhões para a construção dos aterros sanitários do Seri-dó e do Alto Oeste. Os novos aterros vão modificar uma triste realidade do Estado, que ainda deposita 92% dos seus resíduos sólidos urbanos em lixões a céu aberto. Apenas 4,2% desses resíduos são encami-nhados para aterros sanitários.

A governadora Rosalba Ciar-lini também assinou convênio com o Ministério do Meio Ambiente para a implementação do Plano Estadual de Resíduos Sólidos e dos planos intermu-nicipais para as regiões do Alto Oeste, Seridó e Agreste. O convênio de R$ 3 milhões, disponibilizados pela Cai-xa Econômica Federal, vai financiar o diagnóstico para atender 108 municí-pios com uma população de mais de 1 milhão de habitantes.

A construção do Plano de Regio-nalização da Gestão Integrada de Resí-duos Sólidos e elaboração do Plano Re-gional de Gestão Integrada de Resíduos

mesmo não sendo responsável pela execução dos serviços a nível local, este trabalho estratégico é funda-mental para o avanço da correta ges-tão dos resíduos sólidos urbanos nos municípios. “O Estado deve funcio-nar como elemento de articulação e indução na montagem de arranjos entre os entes municipais, de forma a permitir a capacitação, o compar-tilhamento e a formação de consór-cios entre os mesmos”, ressaltou.  

Consórcios públicos

O Consórcio Público Regional do Seridó é formado pelos municípios de: Acari, Bodó, Caicó, Carnaúba dos Dan-tas, Cerro Corá, Cruzeta, Currais no-vos, Equador, Florânia, Ipueira, Jardim de Piranhas, Jardim do Seridó, Jucuru-tu, Lagoa Nova, Ouro Branco, Parelhas, Santana do Seridó, São Fernando, São João do Sabugi, São José do Seridó, São Vicente, Serra Negra do Norte, Tenente Laurentino Cruz, Timbaúba dos Batis-tas e Triunfo Potiguar.

Destinação correta dos resíduos sólidosAmbiente

Segundo a governadora Rosalba Ciarlini, esta ação é mais um passo para fortalecer os Consórcios Públicos Regionais e estimular a união dos municípios na busca de soluções para a destinação correta do lixo gerado nas cidades.

Sólidos exigem o aprofundamento do conhecimento da realidade, o cadas-tramento das agressões decorrentes da destinação inadequada dos resíduos só-lidos urbanos, a capacitação, a monta-gem de arranjos para compartilhamen-to do destino final dos municípios com os seus vizinhos e a montagem de um banco de dados com essas informações.

Para apoiar os municípios nesta árdua tarefa, o governo estadual vem realizando uma série de ações para o fortalecimento da gestão dos resíduos sólidos urbanos, como por exemplo, a formalização de consórcios públicos re-gionais proposta no Plano Estadual de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do RN (PEGIRS-RN).

A Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (SEMARH) acompanha de perto a implementação dos consórcios e articula a formaliza-ção dos convênios necessários para a implantação dos aterros sanitários que receberão o lixo por região.

Segundo o secretário estadual do Meio Ambiente, Gilberto Jales,

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Centenas de municípios minei-ros receberão apoio do gover-no estadual na implantação

ou ampliação dos serviços de coleta seletiva, conforme estabelece o Plano Estadual de Coleta Seletiva – PECS. Prefeitos de todas as regiões formali-zaram o pedido de apoio em ofícios encaminhados à Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), órgão respon-sável pela seleção e implementação da coleta seletiva no Estado.

O objetivo do Plano é estabele-cer princípios, diretrizes e estratégias para incentivar e apoiar a implantação ou ampliação dos serviços de cole-ta seletiva nos municípios mineiros. Considerando a impossibilidade de atender a todos os municípios do Estado, o PCES estabelece, além dos pré-requisitos indispensáveis, um sistema de classificação que permi-tirá à Feam avaliá-los com relação às práticas adotadas para a gestão de resíduos sólidos urbanos e divulgar, anualmente, uma lista daqueles aptos a receberem o apoio do Estado para implantação ou ampliação do serviço de coleta seletiva.

São pré-requisitos para receber o apoio do Estado a existência de siste-ma de tratamento ou disposição final adequada de RSU no município devi-damente regularizada junto ao órgão ambiental a manifestação formal do

Prefeito registrando o interesse em participar da seleção de municípios, explicitando o compromisso de dis-ponibilizar as informações necessárias à avaliação e a comprovação da exis-tência de galpão apropriado para ins-talação da infraestrutura mínima ne-cessária aos serviços de coleta seletiva.

Grupos prioritários

Os municípios interessados serão classificados em função da avaliação dos seis elementos facilitadores da co-leta seletiva: nível da infraestrutura do galpão, população urbana, estágio do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS), modelo de gestão de RSU, a existência de organizações de catadores de materiais recicláveis e de instrumento legal para pagamento pelo serviço de coleta seletiva.

O apoio para a coleta seletiva será ainda direcionado aos municípios localizados nos 5 grupos considerados prioritários:

Grupo Prioritário I – Municípios indutores de turismo para a Copa do Mundo 2014, conforme definido pela Se-cretaria Estadual de Turismo – SETUR;

Grupo Prioritário II – Municípios da Bacia do Rio das Velhas tendo em vista o fortalecimento do Projeto “Meta

2014” do Sistema Estadual de Meio Am-biente e Recursos Hídricos – Sisema;

Grupo Prioritário III – Municípios pertencentes às seguintes Regiões de Planejamento do Estado: Jequitinho-nha-Mucuri, Norte de Minas e Noroes-te de Minas;

Grupo Prioritário IV – Municípios sedes das Superintendências Regio-nais de Regularização Ambiental (SU-PRAM), exceto Belo Horizonte.

Não havendo municípios classifi-cados situados nos grupos prioritários serão selecionados os municípios que atingirem maior pontuação, até que seja atendida a meta anual para apoio à im-plantação ou ampliação da coleta seleti-va prevista no PECS, cujo cronograma estende-se de 2012 a 2016.

As ações de apoio aos municí-pios selecionados incluem 5 etapas: diagnóstico da situação atual da coleta seletiva ou do potencial para sua imple-mentação, análise da viabilidade e sus-tentabilidade econômica das alternati-vas, seleção do modelo mais adequado de coleta seletiva, apoio na implantação da coleta seletiva e monitoramento.

A lista, em ordem decrescente de pontuação divulgada pela FEAM anual-mente, até 30 de junho, em função dos grupos prioritários definidos no PECS.

 Minas apóia coleta seletiva de lixoAmbiente

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56 Estados & Municípios - Março 2012

Mercado publicitário cresce

O mercado publicitário no Brasil cresceu 8,54% em 2011, repetindo o cli-ma otimista da década. A televisão aber-ta continua na liderança do share, com 63,3% da participação do bolo publici-tário. Internet e TV paga se destacaram, com crescimento de 19,63% e 17,85%, respectivamente, impulsionadas pelo evidente crescimento das suas bases de assinantes e usuários e pelo amadureci-mento do mercado digital no País.

Mídias impressas — jornais, re-vistas, guias e listas — cresceram pouco, reproduzindo um período de difi culda-des que já vem se anunciando há alguns anos. Ou seja, o mercado se movimen-tou dentro das suas próprias previsibili-dades. Os dados do Projeto Inter-Meios, coordenado por Meio & Mensagem e auditado pela PricewaterhouseCoo-pers, apontam que os veículos de co-municação faturaram R$ 28,45 bilhões com venda de espaço publicitário.

Estima-se que esse valor represente 90% do total das verbas investidas em mí-dia ao longo do ano. Contabilizados ainda o residual de 10% e um valor aproxima-do para a produção das peças veiculadas (calculado em 19% do total), chega-se ao

PEDRO ABELHA [email protected]

Mídia

bolo publicitário total (mídia+produção) e aos surpreendentes R$ 39,03 bilhões (ou US$ 23,37 bilhões), o que posiciona o Brasil entres os cinco maiores mercados globais de propaganda, em disputa com Inglaterra e Alemanha, segundo dados da ZenithOptmedia.

Rede Globo de internet

Confortavelmente estruturada como TV, o desafi o da Rede Globo agora é dominar o digital e entender a plataforma móvel, campo em que ela assume ainda estar “aprendendo”.

Durante a apresentação da nova grade da emissora, no início do mês, em São Paulo, o diretor-geral Octávio Flo-risbal deu grande destaque aos planos multimídia do grupo para o próximo triênio. “Estamos no meio do caminho”, diz Florisbal sobre a Rede Globo de Internet, projeto que fi cará pronto até o fi nal do ano com o objetivo de levar conteúdo Brasil adentro.

Conforme avança a internet, 28 portais regionais terão o conceito de “hi-perlocalismo” para ser a porta de entrada dos internautas que estão longe dos gran-des centros. “Desenvolvemos bastante a internet dentro da Globo”, enfatiza o dire-tor que está de olho nos 4 mil municípios que terão banda larga até 2014.

O mesmo entusiasmo, no entan-to, não é visto sobre o mobile. O che-fão-geral comentou que “ninguém tem isso pronto” no Brasil, mas prevê que o sucesso estará nos smartphones, não nos tablets. Ele está otimista com a ade-são maciça a novos modelos e acredita

que, até a Copa, o país terá 100 milhões deles com acesso 3G. “Estamos de olho na oportunidade de acessar a internet pelo celular”, diz sem detalhar planos. A grande aposta é aproveitar o fi lão dos moradores dos grandes centros urbanos, que veem no celular o amigo que ameniza a irritação das horas no trânsito.

Quem quer comprar tablet?

Apenas nos últimos 30 dias, 330 mil brasileiros demonstraram interesse em adquirir um tablet, de acordo com levantamento realizado pela Navegg. A empresa analisou dados de mais de 75 milhões de internautas e chegou à conclusão de que, neste ano, a intenção de compra cresceu 36% a cada 10 dias. Isso se une à estimativa do IDC, de que em 2012 serão vendidos 1 milhão de tablets (em 2011 foram 450 mil). Mais da metade (56%) dos compradores em potencial é composta de homens, 75% deles querem o aparelho para uso pro-fi ssional e 93% possuem ensino supe-rior. Boa parte (55%) gosta de ler sobre tecnologia, mas notícias (32%) e entre-tenimento (24%) também aparecem com destaque.

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Mercado dobra até 2016

O mercado brasileiro da comuni-cação vai dobrar de tamanho nos pró-ximos quatro anos. A afirmação é do publicitário Luiz Lara, presidente na-cional da Abap (Associação Brasileira das Agências de Publicidade) durante a apresentação, no Rio de Janeiro, do V Congresso Brasileiro da Indústria da Comunicação, que será realizado em São Paulo entre os dias 28 e 30 de maio. A pre-visão tem como base apuração feita pelo Grupo de Mídia de São Paulo, presidido por Luiz Fernando Vieira, responsável pelo estudo, para a publicação Mídia Da-dos que vê os R$ 39,9 bilhões atuais de faturamento com ações de mídia multi-plicadas por dois até 2016.

“O mercado está cheio de oportu-nidades. Além dos eventos gigantescos como a Copa de 2014 e Olimpíadas de 2016, além da Copa das Confederações em 2013, muitos novos anunciantes estão surgindo em todo o País, reflexo de uma descentralização de negócios que faz a região nordeste avançar economicamen-te em ritmo chinês”, enfatizou Lara. Na visão de Lara, o desenvolvimento econô-mico depende da construção de marcas fortes especialmente pela inclusão de 40 milhões de novos consumidores. “Somos indústria de ponta da economia criativa e podemos ajudar o Brasil a incrementar ainda mais os negócios”, disse.

Queda de audiência

Apesar de constantemente ques-tionada sobre a queda de sua audiência, a Globo não vê o assunto como alarme. Octávio Florisbal disse que os índices são monitorados por meio de pesquisas e há discussões semanais para coibir eventuais quedas. O diretor esclarece que proble-mas deste tipo “praticamente não exis-tem”. “Em 1990, o JN chegava a 5,2 mi-lhões de lares. Hoje, chega a 16,5 milhões.

A entrega é muito maior do que antes”, diz ele. Para 2012, a meta da emissora é alcan-çar 19 pontos no horário que vai das 7h à 0h e recuperar o resultado do ano passa-do, que ficou um ponto abaixo.

Aguardados com ansiedade pelo público que lotou a casa de shows Via Funchal, onde o evento aconteceu, Fá-tima Bernardes e Pedro Bial falaram pouco. Sabe-se apenas que o programa da ex-companheira de William Bonner vai ao ar até a metade do ano e, segundo antecipou Faustão, será nos moldes de um programa de auditório. A novidade é que a chegada de Fátima às manhãs dará à emissora uma cara mais adulta no horário.

Florisbal diz que não faz mais sen-tido apostar em programação infantil na TV aberta porque a TV paga, e o rival SBT, fazem isso muito bem. “É uma deci-são estratégica. Lá fora isso também não acontece mais”, justifica. Sobre Pedro Bial, o cenário é mais esclarecedor. Ele ganha-rá um programa semanal de entrevistas e debates que deve ir ao ar das 23h à 0h. Destinada ao público AB, a atração deve ser veiculada entre junho e outubro para não prejudicá-lo no BBB, que, aliás, já tem a edição de 2013 garantida.

Leilão para 4g em maio

O Leilão para os serviços de te-lefonia móvel 4G foi confirmado para maio deste ano pela presidente Dilma Rousseff. Ela estava em Hannover, na Alemanha, participando da abertura da CeBIT (Feira Internacional de Tec-nologia da Informação, Telecomunica-ções, Software e Serviços).

“Licitaremos, em maio, as faixas necessárias para a implantação dos telefo-nes móveis de quarta geração. Estaremos operando nestas faixas ainda em 2013 nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo de 2014”, disse. Dilma também citou a im-plantação de uma rede de fibra ótica para banda larga em 27 capitais do país, com 31 mil quilômetros. “Contrataremos, ain-da em 2012, a construção de cabos óticos submarinos para ligar o Brasil à América do Norte, à Europa e à África.

Essas saídas internacionais serão somadas a um anel ótico sul-america-no, cuja implementação foi decidida pelos países que integram a Unasul (União das Nações Sul-Americanas)”, acrescentou.

Hegemonia

A TV aberta permanece como o destino do maior volume de inves-timentos, com o total de R$ 18,01 bi-lhões, 9,17% a mais que 2010 e 63,3% do bolo publicitário do ano passado. Nos últimos dez anos, o faturamento da TV aberta mais que triplicou, já que em 2002 ele era de R$ 5,65 bilhões.

Em 2011, a TV atingiu seu share recorde. “Em 2011, o mercado publi-citário se posicionou como um dos setores mais dinâmicos da economia”, assinala Anco Saraiva, diretor da Cen-tral Globo de Marketing. “Em um ano excelente para a TV aberta, a TV Globo manteve a sua posição de liderança inal-terada”, afirma Saraiva.

“A TV Globo está ligada no pre-sente e no futuro, acompanhando as mudanças de mercado, entendendo as diferenças de comportamento no con-sumo de mídia. E entendendo também que a produção de conteúdo de quali-dade continua sendo o seu grande dife-rencial”, finaliza. Saraiva estima que em 2012 o mercado de TV paga brasileiro deva crescer algo entre 7% e 8%.

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58 Março 2012 - Estados & Municípios

O ministro se comprometeu a fazer todo o possível para aju-dar os produtores rurais para

que eles voltem a produzir normalmen-te nas próximas safras agrícolas. Além disso, o Ministério da Agricultura vai identificar os programas que podem ser estendidos ao Acre para ajudar o setor agrícola do Estado a se recuperar o mais rápido possível dos prejuízos causados pelas enchentes.

Segundo o governador, toda e qualquer ajuda será importante para que os produtores rurais possam recu-perar os prejuízos, ampliar suas áreas de produção e continuar ajudando o Acre a produzir os alimentos necessários ao consumo de sua população.

Mobilizacão

Em Rio Branco, a Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Fa-miliar (Seaprof) está mobilizando re-presentantes do Ministério do Desen-volvimento Agrário no Acre (MDA), da Secretaria Municipal de Agricultura de Rio Branco (Safra), do Banco da Amazô-nia (Basa) e Banco do Brasil (BB) na bus-ca de soluções para os produtores rurais afetados pelas cheias dos rios.

A Seaprof está concluindo um minucioso relatório das áreas afetadas

para que seja estudada a proposta de prorrogação dos empréstimos feitos junto aos bancos.

Segundo a secreatria, mais de 1,7 mil pequenos produtores rurais foram atingidos pela enchente em todo o Estado

“Precisamos pensar em uma solu-ção para que o produtor volte a produ-zir, caso contrário o Acre estará sujeito a um grande aumento dos preços de al-guns produtos agrícolas”, ressalta, Cló-vis Melo, diretor-executivo da Seaprof

A Anvisa também está mobili-zada para ajudar na elaboração de um plano pós-enchente para a execução de ações sanitárias.Em parceria com a Divisão de Vigilância Sanitária Es-tadual (Divisa), e da Vigilância Sani-tária de Rio Branco, para traçar uma estratégia de ação com os municípios atingidos pela cheia do Rio Acre.

Atendimento social

Desde a primeira enchente do Rio Acre, no início do mês de janei-ro, a Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds) vem realizando aten-dimento às famílias desabrigadas em parceria com a Secretaria de Cidada-nia e Assistência Social do Município de Rio Branco e a Coordenação da De-fesa Civil do Estado.

No período mais crítico da en-chente, a Seds disponibilizou 55 técni-cos que foram distribuídos nos abrigos do Sest-Senat, Sesc Bosque, Sebrae, Gi-násio Coberto e Parque de Exposição e ainda, no município de Brasileia. As equipes se revezavam diuturnamente. As assistentes sociais visitavam as fa-mílias nos boxes para verificar as con-dições de saúde e alimentação, cuidado com gestantes, idosos e crianças.

Durante a fase de vazante do rio, a Seds realizou um planejamento para atender as famílias que permanecem nos abrigos e que não têm para onde ir, pois a maioria vivia em áreas de risco e algumas perderam suas moradias. Foi aí que técnicos da Defesa Civil fizeram um levantamento dos imóveis que foram destruídos pela enchente para que esses moradores pudessem ser removidos para o programa Bolsa Moradia Transitória e posteriormente inscritos em programas habitacionais do governo do Estado.

Para o secretário de Desenvol-vimento Social, Antônio Torres, essas ações preventivas evitaram que um número maior de pessoas fosse para os abrigos públicos. Ele também destacou a importância da parceria da Seds com a Coordenação da Defesa Civil, prefeitu-ra de Rio Branco e demais instituições no socorro às vítimas da enchente.

Cheias afetam produção agrícola no AcreAgricultura

Reunido em Brasília com o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, o governador do Acre, Tião Viana (PT-AC), pediu ajuda da pasta no socorro aos produtores rurais afetados pelas cheias dos rios acreanos. Só na agricultura familiar, o prejuízo chega a mais de R$ 25 milhões

Tião VianaMendes Ribeiro

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Estados & Municípios - Março 2012 59

Agricultura

A agricultura familiar é um setor estratégico para o projeto de de-senvolvimento sustentável que

vem sendo aprimorado nos últimos anos. A observação foi da presidente Dilma Rousseff na solenidade de posse do novo ministro do Desenvolvimento Agrário, deputado Federal Pepe Vargas. (PT-RS)

“Este país precisa da agricultura familiar para se transformar numa gran-de nação. É fundamental olhar para a agricultura familiar como um dos ele-mentos estratégicos para que o Brasil seja de fato uma nação desenvolvida, sustentável. E, sobretudo, para que nós tenhamos um tecido social, de fato, de classe média”, disse a presidente.

Dilma afirmou que o fortaleci-mento do setor passa pela superação da pobreza e também pela tarefa de tornar o Brasil um exemplo na agricultura fa-miliar e na reforma agrária, de criar uma nova lógica de desenvolvimento do se-tor. “Garantir uma agricultura familiar pujante é condição também para um padrão de qualidade da reforma agrá-ria”, observou a presidente.

“Este país precisa democratizar o acesso à terra, mas ao mesmo tempo queremos que a reforma agrária no Brasil contribua para esse caminho de suces-so de um setor de agricultores familiares pujante”. E isso significa, segundo a presi-dente, dar condições de desenvolvimento para os assentados da reforma agrária.

Em resposta, o ministro Pepe Var-gas, que assumiu o ministério no lugar de Afonso Florence, prometeu aprimorar os instrumentos para consolidar a agricultu-ra familiar como setor estratégico para o desenvolvimento econômico e social do país. “Queremos fixar no imaginário do povo brasileiro que o MDA é o ministé-rio do desenvolvimento econômico, com profunda vocação social”, lembrou.

Combate à pobreza

A reforma agrária, apontou o minis-tro Pepe Vargas, tem que ser um instru-mento de combate à pobreza. “Vamos fo-car nas regiões do país com população em situação de extrema pobreza, visando à inclusão produtiva dos pobres, com maior

celeridade”. Mas é preciso dar condições para o desenvolvimento produtivo dessas famílias, reforçou o ministro: “Quando inseridas no programa de reforma agrá-ria, devem ser atendidas com assistência técnica e recursos para apoio à instalação produtiva, para que possam construir sua autonomia, sua emancipação e indepen-dência econômica”, acrescentou.

O campo brasileiro, segundo o ministro, é muito heterogêneo sob o ponto de vista econômico e social. “So-nhamos com um Brasil rural plenamen-te desenvolvido, constituído por uma enorme classe média rural”, afirmou Pepe Vargas. Para tal, destacou, é preci-so elevar a renda das famílias que ain-da vivem na extrema pobreza e ter um olhar diferenciado para a agricultura familiar consolidada.

A agricultura familiar produz 70% dos alimentos consumidos pelos brasi-leiros, lembrou Pepe. “Queremos não só ampliar essa participação do setor no con-sumo das famílias brasileiras, mas produ-zir ganhos de produtividade e melhoria da qualidade do trabalho rural”,concluiu.

Fortalecimento da agricultura familiarMinistro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, promete fortalecer a agricultura familiar e buscar a superação da pobreza extrema no meio rural brasileiro

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60 Março 2012 - Estados & Municípios

A nova versão do Sistema Brasi-leiro de Classificação de Ter-ras para Irrigação (SiBCTI),

lançada pela Embrapa Solos, unida-de da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária localizada no Rio, já está disponível em livro para gestores da área agrícola, professores e estudantes. O  software  que faz a classificação dos solos  e dos melhores tipos de irrigação deverá ser lançado no início de março.

A primeira versão do SiBCTI foi lançada em 2005. A versão atual da me-todologia para irrigação, adaptada ao solo brasileiro,  foi ampliada em termos de funcionalidade e de parâmetros de avaliação, disse o engenheiro agrônomo da Embrapa Solos, Fernando Cezar Amaral, coordenador do trabalho. “Ele está atualizado em termos de sistema de irrigação, de culturas, de formas de acesso, de  interação com o usuário”.

Amaral esclareceu que antes des-se novo sistema não havia uma maneira precisa de auxiliar o governo na adoção de políticas de irrigação, especialmente no Nordeste. Havia o risco de serem fei-tos investimentos em um determinado grupamento de solos com retorno mui-to baixo ou mesmo a perda do solo por questão de salinização, por exemplo. A versão atualizada do sistema garante se-gurança maior ao investimento. “Cha-ma-se um investimento sustentável ao longo do tempo”.

O pesquisador revelou que os investimentos nos perímetros irrigados são vultosos, entre R$ 300 milhões e R$ 500 milhões. Daí,

a importância da metodologia para   o Brasil.

Amaral destacou que a nova ver-são do sistema poderá subsidiar o Pro-grama Mais Irrigação, que será lançado ainda este ano pelo governo federal. O programa visa a implantar 200 mil hec-tares de perímetros irrigados em todo o Semiárido nordestino, com a criação de 500 mil postos de trabalho.

A metodologia faz uma avaliação completa do ambiente no que se refere aos parâmetros de solo e da água para irrigação, além da cultura que a pessoa vai explorar no local e o sistema que ela pretende utilizar. “O sistema cruza essas informações todas e dá uma ava-liação daquele ambiente que você está pretendendo explorar. Tudo isso feito de forma atualizada, segura, testada, de acordo com a realidade  brasileira. Di-ferentemente do que havia antes, que era uma metodologia norte-americana, adaptada para as condições brasileiras, mas que não teve muito sucesso”.

Nova tecnologia para o solo brasileiroRealizado em parceria com a

Companhia   de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), o trabalho foi aplicado em solos com salitre, para cultivo da cana-de-açúcar. No momento, os pesquisado-res estão concluindo as experiências no Baixio do Irecê, na Bahia.

Fernando Amaral disse que o Si-BCTI é mais direcionado para os ges-tores públicos tomadores de decisão, “porque é onde você vai planejar a área, vai investir, planejar o recurso. Então, ele tem uma aplicação maior para esse seleto grupo de gesto-res”. Como é um sistema gratuito, ele está disponí-vel também para estu-dantes e consultores, “para quem tiver interesse”, acres-centou.

Agricultura

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Estados & Municípios - Março 2012 61

Agricultura

Mais de 40% das 16 milhões de pessoas que se encon-tram na linha de pobreza no

Brasil residem em zonas rurais. Os da-dos são do último censo demográfico e serviram de base para inclusão de ações voltadas para o trabalhador do campo no Plano Brasil Sem Miséria.

Em Mato Grosso, cerca de 19 mil domicílios rurais se encontram nessa situação, sendo, por isso, um dos públi-cos prioritários de projetos e programas que auxiliem na geração de renda e na melhoria da qualidade de vida destes trabalhadores. 

Focado neste público, o governo do Estado firmou duas novas parcerias com o Serviço Nacional de Aprendi-zagem Rural (Senar) para fortalecer o atendimento às comunidades rurais do Mato Grosso. 

A primeira é o Mutirão Rural da Cidadania, fruto da fusão entre o Mu-tirão da Cidadania, desenvolvido pela Setas, e o Mutirão Rural, realizado pelo Senar. O projeto itinerante vai levar os serviços de emissão de documentos e demais atividades dos projetos para as comunidades rurais dos 141 municí-pios de Mato Grosso.

O segundo Termo de Cooperação Técnica visa à expansão dos cursos de qualificação profissional do Programa Copa em Ação para comunidades rurais do Vale do Rio Cuiabá. Serão ofertados mais de 100 cursos de qualificação para os moradores da região contemplada com a parceria. 

Essa união de esforços será reverti-da em benefícios para a população rural do Estado. No ano passado, o Senar aten-deu mais de 42 mil pessoas em cursos de qualificação nas áreas urbana e rural.

Para a primeira-dama e secretária da Setas-MT, Roseli Barbosa, as parcerias são fundamentais para a consolidação dos programas sociais: “A parceria com o Senar será de grande valia para detectar necessidades e implantar novas políticas públicas para os trabalha-dores do campo”.

Mato Grosso investe na qualificação rural

Segundo Roseli Barbosa, a se-cretaria já detectou várias necessida-des dos pequenos produtores, como a falta de titularização das terras, que os impede de comercializar sua produção pela ausência de nota fiscal; e dificulda-des de acesso aos locais de emissão de documentos, um dos focos do Mutirão Rural da Cidadania.

O primeiro curso ofertado é o de beneficiamento e conservação de pescado, uma qualificação que ensina a retirar as espinhas do peixe, além do preparo de linguiças,hambúrgueres e varias iguarias com espécies nativas dos rios da região. O curso integra as ações do Projeto Copa em Ação e já está sen-do ministrado na Comunidade Souza Lima, em Várzea Grande.

Entre os cursos que serão ofer-tados por meio da parceria entre Se-tas e Senar, estão os de Processo e Be-neficiamento de Frango, Produção de Conservas Vegetais,Confecções de Peças Íntimas, Corte e Costura, entre outros. 

Confecção de roupas intímas e o preparo de linguiça estão entre os cursos mais procurados

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62 Março 2012 - Estados & Municípios

Em 2010, já faturamos 7 importantes prêmios: 6 medalhas no Colunistas, o que nos deixou entre as melhores agências do Norte-Nordeste, e um Bahia

Recall, a mais importante e concorrida premiação do mercado baiano. Conquistas que aumentam ainda mais o nosso prazer pelo trabalho e nos

estimulam a buscar resultados cada vez mais consistentes para os nossos clientes. Sempre com ideias diferenciadas, pra chegar cada vez mais longe.

Destaque no Bahia Recall e seis medalhas no Colunistas Norte/Nordeste 2010.

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Ação cooperada contra a aftosa

As fazendas consideradas de maior risco, principalmente aquelas com áreas em ambos

os lados da fronteira, serão monitoradas com mais freqüências pelos técnicos dos serviços oficiais do Brasil e do Pa-raguai. A medida foi uma das resoluções apontadas pela reunião bilateral realizada em Ponta Porá, no Mato Grosso do Sul.

Segundo o diretor do Depar-tamento de Saúde Animal do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), Guilherme Marques, o primeiro passo será harmonizar o conceito e definir critérios comuns para classificação de “propriedade de risco” entre os técnicos dos dois países. 

A partir disso, o objetivo será di-vulgar estas fazendas para que elas se-jam monitoradas “de perto”, principal-mente nos períodos de vacinação. As investigações de descaminho iniciadas em um dos dois países, quando factível,

seguirão ocorrendo. “Todo processo in-vestigatório na faixa da fronteira deverá comunicar o país vizinho a respeito dos resultados.

Os dois países firmaram um pla-no de ação cooperado – com ações e prazos determinados para execução - para reforçar a sanidade animal na re-gião de fronteira (compreendida en-tre os municípios de Porto Murtinho e Mundo Novo, do lado brasileiro, e Salto Del Guairá a Carmelo Peralta, na parte paraguaia) e evitar a ocor-rência de novos focos de febre aftosa como os registrados recentemente do lado paraguaio.

Para tanto, os dois países refor-çarão as supervisões conjuntas da vacinação contra febre aftosa nas fa-zendas previamente definidas como de alto risco e incrementarão o servi-ço de identificação individual de bo-vinos, bubalinos, ovinos e caprinos.

Também ficou acertado o fortaleci-mento do intercâmbio de informa-ções de cadastro, desenho de marca dos bovinos, zoosanitárias e de mo-vimento de animais entre os serviços em todos os níveis.

Além disso, serão programadas e executadas atividades de educação sa-nitária conjuntas dirigidas a produtores, estudantes, professores e profissionais privados, assim como treinamentos para atendimento a suspeitas de en-fermidades e análise de campanhas de vacinação para os profissionais dos ser-viços veterinários brasileiro e paraguaio que trabalham na região de fronteira.

Os dois países também vão ela-borar um minucioso mapa cartográfico com todas as propriedades geoposicio-nadas, estradas vicinais e postos de fis-calização instalados na faixa aproxima-da de 15 quilômetros de ambos os lados da fronteira.

Brasil e Paraguai firmaram um pacto de ação cooperada, por meio de ações e prazos determinados para execução, com o objetivo de reforçar a sanidade animal na região de fronteira entre os dois países

Agropecuária

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Estados & Municípios - Março 2012 63

Em 2010, já faturamos 7 importantes prêmios: 6 medalhas no Colunistas, o que nos deixou entre as melhores agências do Norte-Nordeste, e um Bahia

Recall, a mais importante e concorrida premiação do mercado baiano. Conquistas que aumentam ainda mais o nosso prazer pelo trabalho e nos

estimulam a buscar resultados cada vez mais consistentes para os nossos clientes. Sempre com ideias diferenciadas, pra chegar cada vez mais longe.

Destaque no Bahia Recall e seis medalhas no Colunistas Norte/Nordeste 2010.

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Page 64: Revista Estados & Municipios

64 Março 2012 - Estados & Municípios

O Brasil chegou em 2012 com o menor nível de desigualdade desde 1960. De acordo com

a pesquisa “De volta ao País do Futuro” do Centro de Políticas Sociais da Fun-dação Getulio Vargas  (CPS/FGV), o índice de Gini - que varia de 0 a 1, sendo menos desigual mais próximo de zero -, caiu 2,1% de janeiro de 2011 a janeiro de 2012, chegando a 0,5190. 

A projeção da FGV é que a desi-gualdade continue se reduzindo ano a ano no País, levando o índice a 0,51407 em 2014. “A má notícia é que ainda so-mos muito desiguais e estamos entre os 12 países mais desiguais do mundo. Mas a queda é espetacular e deve con-tinuar”, afirmou Marcelo Neri, coorde-nador da pesquisa. 

A FGV mostra que a renda fami-liar per capita média do brasileiro cres-ceu 2,7% nos 12 meses encerrados em janeiro. É o mesmo crescimento regis-trado de 2002 a 2008, período conside-rado uma era de ouro mundial, e supe-rior ao 0% de 2009, em função da crise financeira daquele ano. 

A pobreza no País também caiu entre janeiro de 2011 e janeiro deste ano: -7,9%, ritmo três vezes mais rápi-do do que da meta do milênio da ONU. Isso depois de uma redução de 11,7% na pobreza de maio de 2010 a maio de 2011, quando o Brasil crescia mais. 

Segundo Neri, a redução da de-sigualdade foi fundamental para este resultado na pobreza. Ele cita que na

última década a renda dos 50% mais pobres do Brasil cresceu 68%, enquanto a dos 10% mais ricos cresceu apenas 10%. 

Outra conclusão da pesquisa é que a população nas classes AB será 29% maior em dois anos, enquanto a da classe C crescerá 11,9%. “Agora falare-mos da nova classe AB, como falamos da nova classe média”, disse Marcelo Neri, coordenador do estudo.

Evolução da classe média 

A projeção do CPS/FGV é que 60,1% da população brasileira estará na classe C em 2014, ante 55% em 2011. De 2003 a 2011, mais 40 milhões de

pessoas chegaram à nova classe média e a expectativa é que serão mais 12 mi-lhões até 2014, somando cerca de 118 milhões de pessoas. A metodologia da FGV, que leva em conta a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) do IBGE, classifica como classe C aqueles com renda familiar de R$ 1.734 a R$ 7.475. O dado foi atualizado a preços de julho de 2011. A classe AB chegará a 29,1 mi-lhões, contra 13,3 milhões de brasilei-ros em 2003. 

Já a população da classe DE - com renda de zero a R$ 1.734 - seguirá se reduzindo, em consequência da queda da desigualdade e ascensão para outros segmentos econômicos. A FGV calcula que ela sairá dos atuais 63,6 milhões de brasileiros para 48,9 milhões em 2014. No ano de 2003, a base da pirâmide social brasileira tinha 96,2 milhões de pessoas. 

“A crise não afetou esse movimen-to que teve Lula como pai e FHC como avô, pela estabilização. E a educação foi o fator mais importante (para essa migração)”, disse Neri. Para o pesqui-sador, o governo Lula teve sorte por ter enfrentado períodos de crise mundial quando a economia estava superaqueci-da. As crises, avalia, frearam a economia e a inflação antes do Banco Central agir.

Mas apesar da redução da desi-gualdade e da pobreza, Neri é taxativo ao afirmar que ela não será erradicada em 2014, como promete o governo fe-deral. “A pobreza não termina, apesar da meta nobre”.

Um Brasil menos desigual

Social

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Estados & Municípios - Março 2012 65

Municípios que foram contem-plados no Orçamento da União com emendas parlamentares para estrutu-ração da rede de serviços de proteção social básica e especial de assistência social têm até 6 de junho para incluir projetos no Sistema de Gestão de Con-vênios e Contratos de Repasse do Go-verno Federal (Siconv). A apresentação das propostas é uma exigência para que eles possam receber os recursos.

O Siconv é uma ferramenta ele-trônica que reúne e processa infor-mações sobre as transferências de recursos do Governo Federal para órgãos públicos e privados sem fins lucrativos. O repasse é feito por meio de contratos e convênios destinados à execução de programas, projetos e ações de interesse comum.

O alerta é da Coordenação-Geral de Gestão de Transferências do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS). Ela esclarece que os projetos, depois de serem incluídos no Siconv, serão analisados pela Secretaria Nacio-nal de Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome quanto ao mérito social.

O Ministério do Desenvolvimen-to Social disponibilizou os programas para inclusão das propostas no site

www.convenios.gov.br . “É importan-te frisar que, para incluir propostas, é necessário que o parlamentar tenha indicado o município”, esclareceu o coordenador-geral de Gestão de Trans-ferências do FNAS, Pablo Pinheiro.

Os projetos encaminhados devem estar de acordo com a política nacional de assistência social. Todos os progra-mas que contemplam as duas ações de assistência social podem ser consulta-dos no portal do Sinconv. Entre elas, estão a construção ou reforma de equi-pamentos públicos, aquisição de equi-pamentos e modernização tecnológica para a melhoria da prestação dos servi-ços socioassistenciais à população.

Uma vez aprovado o projeto, o FNAS formalizará o convênio, o em-penho e a transferência do recurso. Em 2012, por meio de emendas parlamen-tares individuais, foi apresentado um total de R$ 130,8 milhões para a estru-turação da rede de serviços de proteção social básica e especial.

Proteção Social

O Conselho Nacional de Assistên-cia Social (CNAS) aprovou a expansão do financiamento federal para serviços socioassistenciais oferecidos à popula-

ção nos Centros de Referência de As-sistência Social (Cras), Centros de Re-ferência Especializados de Assistência Social (Creas), Centros Especializados para Pessoas em Situação de Rua (Cen-tros POP) e abrigos, repúblicas e casas de passagem (serviços de acolhimen-to). O Ministério do Desenvolvimento Social prevê que o investimento com a expansão dos serviços ultrapassará R$ 133 milhões neste ano.

Desse valor, estão previstos R$ 69,6 milhões para os serviços de pro-teção social especial prestados em Creas, Centros POP e acolhimento. Já R$ 64 milhões vão para a proteção social básica, que engloba os serviços oferecidos nos Cras, mais a compra e doação de lanchas para cidades com população ribeirinha e a expansão de equipes volantes.

Os recursos visam às ações do Plano Brasil Sem Miséria, cuja meta é retirar da extrema pobreza, até 2014, cerca de 16 milhões de pessoas. “O que estamos aprovando cria a possibilidade de tornar móveis os serviços. Isso res-salta a importância da busca ativa e da assistência social para encontrar pesso-as ainda excluídas de qualquer política social”, disse o presidente do CNAS, Carlos Ferrari.

Prazo para receber recursosSocial

Estados & Municípios - Março 2012 65

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66 Março 2012 - Estados & Municípios

A Prefeitura de Mogi das Cruzes registrou mais uma marca his-tórica no sistema educacional

do município localizado a 63 quilôme-tros da capital paulista: 30 creches en-tregues em pouco mais de três anos de governo. “Estamos cumprindo o com-promisso que assumimos com a po-pulação de Mogi. Com o investimento que temos feito nas novas creches, che-gamos a uma situação inédita: temos mais vagas do que crianças aguardando na lista de espera”, comemora o prefeito Marco Bertaiolli (DEM).

Com a nova unidade, mais de 3,6 mil crianças foram beneficiadas com a ampliação do atendimento na educação infantil. Até o final deste ano, mais 11 creches serão inauguradas, benefician-do ao todo mais de 5 mil alunos em pe-ríodo integral.

“Para nós é um orgulho muito grande. Estamos entregando a 30ª cre-che e vamos cumprir nosso compro-

misso de entregar 40 novas creches em quatro anos” garante o prefeito. A previsão é de que as novas unidades sejam entregues até agosto, nos bairros do Conjunto do Bosque, Botujuru, Vila Jundiaí, Nova Jundiapeba, Pindorama, Cezar de Souza, Taiaçupeba, Vila Bra-sileira, Cidade Parquelândia e Jardim Esplanada.

A prefeitura já investiu R$ 46,8 milhões no programa de expansão da educação infantil. O atendimento é uni-versal, com prioridade às famílias com menor renda percapita, mães que traba-lham e crianças em situação de vulnera-bilidade social.

Segundo o prefeito, a procura por vagas em creches tem crescido na cida-de e cada bairro enfrenta uma situação diferente. “Temos mães que tinham seus filhos matriculados em escolas par-ticulares e agora buscam vagas na esco-la pública devido à qualidade do ensino que estamos oferecendo.

Mogi das Cruzes investe em novas creches

As creches atendem crianças de quatro meses a cinco anos e contam com sistema de monitoramento pela internet, onde os pais podem acom-panhar o dia a dia dos filhos na escola.

Social

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Estados & Municípios - Março 2012 67

O processo de adesão ao Pro-grama de Benefício de Pres-tação Continuada (BPC) na

Escola será estimulado para garantir educação a crianças e adolescentes com deficiência em todos os estados e muni-cípios brasileiros. A meta é que o pro-grama esteja universalizado até junho de 2014.

Segundo a diretora de Benefícios Assistenciais do Ministério do Desen-volvimento Social e Combate à Fome (MDS), Maria José de Freitas, a adesão ao BPC na Escola representa o compro-misso dos gestores estaduais e munici-pais em promover políticas locais de assistência, saúde, direitos humanos e educação à população.

Criado em 2007, o programa BPC na Escola visa o desenvolvimento de ações intersetoriais capazes de garantir o acesso e a permanência na escola de crian-ças e adolescentes com deficiência, de 0 a 18 anos. Sua principal diretriz é identificar e superar as barreiras que impedem ou dificultam o acesso e a permanência dos portadores de deficiência nas escolas.

Procedimentos

O programa faz parte do Plano Viver sem Limite, que envolve ações dos três entes federados e tem como meta garantir às pessoas com deficiên-cia acesso à educação, atenção à saúde, inclusão social e acessibilidade.

Para participar do programa, esta-dos e municípios devem firmar o termo de adesão por meio do preenchimento eletrônico de documento disponível no link do Sistema BPC na Escola, no por-tal do MDS.

Posteriormente, são formados os grupos gestores intersetorial do progra-ma nos âmbitos federal, estadual, distri-tal e municipal. Os estados, com apoio

da União, devem organizar capacitações (presencial ou a distância) de técnicos e gestores das políticas que integram o programa, no âmbito dos municípios. A etapa seguinte compreende a aplicação, pelos municípios e pelo Distrito Fede-ral, de questionário para identificar as barreiras que impedem o acesso e a per-manência na escola das crianças e ado-lescentes beneficiários do BPC.

Coletados os dados junto aos be-neficiários durante as visitas domicilia-res de aplicação do questionário, eles devem ser inseridos no Sistema BPC na Escola. Inicia-se então nova etapa do programa: o acompanhamento dos bene-ficiários e de suas famílias pelos técnicos dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras), e das ações intersetoriais desenvolvidas pelos grupos gestores do programa, para superação dos obstáculos de acesso e permanência na escola do pú-blico do BPC na Escola.

Mobilização

A mobilização de prefeitos e go-vernadores é fundamental para que o BPC na Escola seja executado em consonância com as demais ações do

Programa de Inclusão das Pessoas com Deficiência. Juntos, estados, municípios e governo federal podem construir alter-nativas para avançar na concepção e na implantação de um ambiente social mais inclusivo, que favoreça não só os benefici-ários do BPC, mas todos os cidadãos.

A ideia é inserir o beneficiário do BPC em outras políticas públicas nas três esferas de governo e não apenas transferir renda a essas pessoas. Elas precisam ter acesso a outras políticas sociais para adquirirem maior autono-mia e melhores condições de vida.

O Programa BPC na Escola foi ide-alizado em 2007, quando o censo escolar realizado pelo MEC constatou que ape-nas 21% dos beneficiários com deficiên-cia até 18 anos tinham acesso à educação. Ou seja, 75 mil matriculados oriundos de um grupo com quase 350 mil pessoas.

Além do MDS, o programa envol-ve os ministérios da Educação (MEC) e da Saúde (MS) e a Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH) da Pre-sidência da República. Estados e muni-cípios que aderem ao programa rece-bem recursos para viabilizar o projeto

Com base nos resultados do ques-tionário respondido pelas famílias, esta-dos e municípios podem definir estraté-gias para criar condições que permitam aos beneficiários frequentar a rede de ensino. Até o momento, já formaliza-ram a adesão 24 estados e o Distrito Federal, 11 capitais e 1.016 municípios

O BPC é um benefício – garanti-do pela Constituição Federal – de um salário mínimo mensal pago às pessoas com deficiência, incapacidade para a vida independente e para o trabalhão, e aos idosos de 65 anos ou mais que não recebem aposentadoria ou pensão e que não tenham condições de assegurar o próprio sustento. É coordenado pelo MDS e operacionalizado pelo INSS.

Educação especial para deficientesSocial

Page 68: Revista Estados & Municipios

68 Março 2012 - Estados & Municípios

Segundo a primeira-dama e secre-tária de Ação e Promoção Social de Nova Mutum, Karla Lau-

tenschlager, atendendo ao pedido de vários casais, o casamento comunitário será oferecido gratuitamente aos casais que queiram regularizar sua situação matrimonial. “Sabemos da necessidade de formalização da união entre vários casais do município e o casamento co-munitário é uma oportunidade para pessoas de baixa renda, que possuem o desejo de regularizarem sua situação matrimonial, mas não tem condições de arcar com as despesas”, destacou a secretária durante coletiva de imprensa.

Karla lembra que em 2009, o mu-nicípio encaminhou em parceria com a Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas/MT), 23 noi-vos para Cuiabá durante a realização do casamento estadual. “Mas por conta do deslocamento, fica inviável e muitos noivos acabam desistindo. Partindo desse princípio, encabeçamos a estra-

tégia do Estado e resolvemos fazer por nós mesmos o casamento comunitário, em Nova Mutum”, explica.

A expectativa, segundo a secretá-ria, é que o número de noivos seja ex-pressivo. “Já estamos recebendo ligações de interessados e temos a expectativa de que haverá uma procura considerável de casais”, revela Karla que ainda comenta que de acordo com a quantidade de inscritos, o local da cerimônia será de-finido. “Poderemos fazer ou no Ginásio Lauro Immich ou mesmo no Parque das Águas”, informa.

Para se inscrever, os casais soltei-ros devem apresentar certidão de nasci-mento e documentos pessoais. No caso de divorciados, é necessária a apresenta-ção da certidão de casamento com aver-bação, e de viúvos, a apresentação da ano-tação de óbito. Menores de 18 anos não poderão participar do casamento. “Vale ressaltar que todos os inscritos passarão por uma entrevista com a assistente social de nossa instituição”, informa.

Casório coletivo em Nova Mutum

O próximo dia 12 de maio ficará na memória de dezenas de casais de Nova Mutum, no

Mato Grosso. Pela primeira vez, a Secretaria de Ação e Promoção Social promoverá um casamento

comunitário no município

Social

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Marina de Boipeba oferece todo conforto que você merece, e

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pela mata atlântica e ao redor da ilha. No verão, entre dezembro

e fevereiro, o Restaurante L’Ancora abre para o jantar, com

cardápio de massas e molhos preparados por Marina Fiacchi,

com os sabores do Norte da Itália, aprendidos com sua avó e

sua mãe, conhecidas em Bolonha pela excelência culinária.

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Page 69: Revista Estados & Municipios

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Page 70: Revista Estados & Municipios

70 Estados & Municípios - Março 2012

RA NGEL CAVALCANTE [email protected]

Casos & Causos

Telefones

Em 1965, cansados de esperar pelo poder público, depois do fecha-mento da velha empresa local que funcionava na base de já obsoletos aparelhos a manivela, que acionavam uma telefonista para fazer as liga-ções, empresários de Crato, no Cea-rá, decidiram criar, com os próprios recursos, uma nova companhia na cidade. E surgiu a Sertesa – Serviços Telefônicos do Crato S.A. - que no mesmo ano inaugurou uma pequena central com capacidade para atender a mil assinantes. A festa da inaugura-ção foi a maior do ano no município caririense. Só faltou mesmo o gover-nador, que mandou representante. Todo mundo ligando para todo mun-do, sem qualquer necessidade, só pelo prazer de falar ao telefone.

A cidade estava embriagada pela nova tecnologia, especialmente a mo-lecada, que se esbaldou na arte de pas-sar trote, agora que as chamadas não podiam ser identifi cadas. O engenhei-ro cratense Carlos Eduardo Esmeraldo, também escritor e exímio contador de causos, fez um apanhado de histori-nhas ligadas à lua de mel dos seus con-terrâneos com a moderna telefonia. E numa delas dá conta de que a sua so-

brinha Rosineide, então adolescente, ao sair de casa e encontrar uma vizinha e amiga, foi logo dizendo:

- Ana Maria, corre, vai para a tua casa que eu vou te telefonar. Tenho uma novidade ótima para te contar!

Toponímico

José Sarney governava o Mara-nhão e, no primeiro ano de mandato, percorria municípios do interior, al-guns dos quais jamais tinham recebi-do a visita de um governador. Numa cidadezinha, o prefeito preparou uma recepção monumental ao jovem go-vernante. Tinha de tudo. Banda de música, desfile dos alunos das esco-las municipais, crianças declamando “Minha Terra tem Palmeiras” e muito discurso, com dezenas de oradores se sucedendo no palanque armado na praça principal, pois maranhense, em matéria de discurso só perde para baiano. Foi quando o prefeito decidiu coroar o festival de bajulação e anun-ciou o envio de mensagem à Câmara Municipal dando o nome de “Gover-nador José Sarney” à principal aveni-da da cidadezinha, que tinha uns 300 metros de comprimento.

Na hora do almoço, Sarney fez um apelo reservado ao prefeito. Que não mandasse a mensagem à Câma-ra propondo a mudança do nome da rua. Justificou a recusa à homenagem como uma a questão de modéstia, de não estímulo ao culto da personali-dade. E sugeriu batizar o logradouro de “Avenida Pericumã”, homenagean-do o rio mais importante da região, que banha Pinheiro, a cidade onde

Sarney nasceu.. A contragosto, o pre-feito concordou e a rua continuou com o nome de “Avenida Governa-dor Newton Bello”, o antecessor do ilustre visitante. De volta a São Luís, Sarney explicou aos mais íntimos o motivo da recusa à homenagem. A mesma avenida já tinha sido “Getúlio Vargas”, “Magalhães de Almeida”, “Se-bastião Archer”. “Eugênio Barros”.e “Matos Carvalho”, um ex-presidente e todos os últimos governadores do Estado. Fatalmente, mudaria de novo ao término do mandato dele.

A pilha do pinto

No inicio dos anos 70 a gente não tinha computador, de que se ouvia fa-lar com o nome de “cérebro eletrônico”. Os chineses nem sonhavam em invadir o Brasil e o mundo com suas bugigan-gas, mas lá em casa as crianças já conhe-ciam uma parafernália de brinquedos de corda ou elétricos, movidos a pilha, precursores dos eletrônicos. Era fruto de nossas viagens constantes ao exte-rior, e com muita freqüência à Zona Franca de Manaus, nosso caminho para as reportagens na Amazônia e nos paí-ses vizinhos, para o Jornal do Brasil.

Os meninos tinham aviões, car-ros, trens, jogos, rádios, tudo a pilha. Pois um dia o Rangel Filho, com, três

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Estados & Municípios - Março 2012 71

COLUNISTA

anos, voltou eufórico de uma festa no Colégio Alvorada. A professora. “tia” Gracilene, presenteara cada um dos alunos com um pintinho de um dia. Isso mesmo, um pinto de verdade. Foi um sucesso. O bicho não parava de piar, o dia todo, para irritação dos adultos e alegria das crianças. Até que estas decidiram guardar o brinquedo, numa caixa de sapatos. Eu estava ao telex - naquele tempo, o grande mila-gre da comunicação - quando o Rangel Filho chegou chorando, com um apelo surpreendente:

- Pai, o pinto parou. Coloca uma pilha nova nele!

No dia seguinte pegamos a crian-çada e levamos para a fazenda de um grande amigo, o Vicente Gaspar, para que conhecesse “pessoalmente” gali-nhas, carneiros, cavalos, bois, vacas, perus e outros animais, e tomasse co-nhecimento de que eram seres vivos de verdade. Só aí nos demos conta de que tínhamos esquecido de mostrar aos filhos coisas que Deus criou e que não precisavam de pilhas para exibir vida.

Não saiu, claro! Um dos maiores amigos do jor-

nalista Abdias Silva, o nosso mestre há pouco falecido, era o também jor-nalista Ruy Diniz Netto, seu colega desde os tempos em que, ainda jo-vens, trabalharam juntos na imprensa gaúcha. O Ruy voltara a Portugal há alguns anos. Lá ingressou, por con-curso, na carreira diplomática e vol-tou ao Brasil, desta feita como Con-selheiro de Imprensa da Embaixada lusitana em Brasília. Aqui realizou um grande trabalho, semeou simpatia e competência, conquistando a admi-ração e grandes amizades nos meios diplomáticos, políticos e em especial na imprensa. Ruy era, como dizia o ministro Paulo Brossard, um portu-

guês agauchado. Certo dia, já ao final do expediente, o Abdias, em compa-nhia do escritor Remy Gorga, foi à embaixada à procura do Ruy. Queria convidá-lo para um happy hour no Piantella. Atendido por um simpáti-co funcionário, que bem lembrava um pároco queirosiano, perguntou:

- O doutor Ruy já saiu?A resposta pronta:- Não, senhores, o dr, Ruy não saiu.Abdias e Gorga decidiram espe-

rar, dando umas voltas pelo belo jardim da chancelaria, de onde observaram os funcionários deixando o prédio. Já anoitecia e os dois voltaram ao recep-cionista. E deu-se o diálogo:

- O senhor poderia perguntar ao dr.Ruy se ele ainda vai demorar muito a sair?

- Lamentavelmente, não posso perguntar. É que o dr. Ruy não está na embaixada!

- Mas o senhor nos disse, quando chegamos, que ele não havia saido.

- Ora excelências, O dr. Ruy não veio à Embaixada hoje. Portanto, não che-gou. E se não chegou, como poderia sair?

Os dois concluíram que o homem estava com a razão.

No chuveiro

Quem nos traz a história é o en-genheiro e escritor César Barreto Lima, cujo pai, nosso amigo Cesário, foi pre-feito de Sobral, deputado federal e gran-de líder político na zona Norte do Cea-rá. Em seus “Causos de Sobral” conta de José Gerardo de Souza, o “Dom Ga-

tão”, pecuarista bem sucedido, respeita-do e estimado por todos lá em Sobral, no Ceará. Era o que se podia chamar de um cidadão acima de qualquer suspeita. Membro da Irmandade do Santíssimo, bem casado, tinha como únicos vícios uma cervejinha numa roda de amigos e um joguinho de pôquer, sem apostas. Mas era doido por mulher, desfrutando de grande popularidade entre as “meni-nas” dos cabarés da cidade. A dedicada esposa, atarefada com as campanhas beneficentes do Rotary e com as ações sociais da Igreja de São Francisco, fingia não saber das aventuras do marido.

Um dia a casa dos Souza ganhou uma nova empregada. Uma linda mo-rena, com porte de miss, na flor dos seus 18 anos. Zé Gerardo botou os olhos nela e endoidou. Logo passa-va a maior parte do tempo em casa, vivendo um tórrido romance com a doméstica. Até que um dia a dona da casa chegou mais cedo e não encon-trou a empregada às voltas com os seus afazeres. Procurando, chegou ao quarto da moça. E qual a surpresa: lá estava o Zé Gerardo, completamente nu, em cima de um tamborete, me-xendo no chuveiro do banheiro da Ri-tinha – esse era o nome dela, que na câmara esperava para tomar banho.Antes que a mulher dissesse alguma coisa o Dom Gatão, equilibrando-se no banquinho, cuidou de explicar:

- Querida, não está vendo que eu estou ajeitando o chuveiro do banheiro da Ritinha?

- Mas nu, Zé Gerardo?E ele, sem perder a calma:- Ora mulher, tu achas que eu sou

doido de molhar as minhas roupas de-baixo do chuveiro? Logo essa camisa que você me deu no Dia dos Pais?

A patroa fingiu acreditar. Mas logo a Ritinha, demitida, foi embora levando na barriga um filho que garantia ser de um vigia da Prefeitura Municipal.

Page 72: Revista Estados & Municipios

72 Março 2012 - Estados & Municípios

Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, as obras do PAC2 continuarão impulsio-

nando o desenvolvimento do país nos próximos anos com investimentos se-guros e garantidos. “Os ministérios es-tão sendo provocados para realizar seus programas de investimento”, declarou. “Este ano não será necessário nenhum corte em investimento. Pelo contrário, se os ministérios tiverem capacidade de fa-zer mais investimentos, nós liberaremos mais recursos, além dos R$ 40 bilhões pre-vistos para 2012”, garantiu o ministro.

A recuperação e modernização da malha rodoviária é uma das prio-ridades do PAC. Até o momento já foram concluídos 628 km de rodovias em todo Brasil. Em andamento, há in-tervenções em 2.293 km de obras de duplicação e adequação e 4.567 km de construção e pavimentação. Destacam-se as duplicações de trechos da BR-262 (MG) e da BR-070 (GO) e as constru-ções de trechos da BR-158 (MT) e da BR-359 (MS). Também foram execu-tados 14.668 km de sinalização.

Ao longo de 53.831 km de rodo-vias, há obras para garantir a boa qua-lidade das vias e mais segurança aos

usuários. São 4.081 km em restauração, 29.528 km em conservação e outros 20.222 km com contratos de restaura-ção e manutenção rodoviária (Crema).

Em hidrovias, foram iniciadas obras nos rios São Francisco e Tietê. Além disso, 19 terminais hidroviários es-tão sendo construídos, o que representa 61% das obras realizadas. No Tietê, 73% das obras de ampliação do vão da SP-425 foram realizados, assim como 85% das do vão da SP-333. No Rio São Francisco, 21% das obras de dragagem de Meleiro, Limoeiro e de outros quatro pontos críti-cos foram fi nalizados.

BR 101 a todo vapor

As obras de duplicação da BR-101 na região Nordeste está a todo o vapor. Atualmente, os canteiros de obras estão concentrados nos estados de Pernam-buco, Alagoas e Sergipe, em diferen-tes estágios de execução. Somente em 2012, a previsão orçamentária para a duplicação da BR-101 nesses três esta-dos é de R$ 687 milhões.

Em Sergipe, as obras da BR 101 são dividas em cinco lotes de pavimen-tação e mais quatro de construção de

pontes e viadutos, entre a divisa com Alagoas e a divisa com a Bahia. Quan-do a obra for concluída, Sergipe terá 59% de sua malha rodoviária federal duplicada, com a adequação da capaci-dade da BR 101. . O estado possui 320 quilômetros de vias federais. São 204,3 quilômetros da BR-101 e outros 114 quilômetros da BR-235.

Segundo Miriam Belchior, a BR 101 é fundamental para o desenvolvi-mento econômico da região Nordeste. “A 101 têm um enorme impacto econômico para o Nordeste. Não é à toa que ela foi priorizada ainda pelo presidente Lula e agora pela presidenta Dilma. Ela é funda-mental tanto para a distribuição de mer-cadorias, quanto para o turismo”, disse.

Em Pernambuco, estão sendo du-plicados os 25 quilômetros remanes-centes dessa rodovia no estado, entre Palmares e a divisa com Alagoas, com investimento total de R$ 147 milhões. em trecho da BR-408, que terá duplicado 42 quilômetros do trecho que liga Recife a Carpina, passando pela Arena da Copa.

Em Alagoas, o PAC 2 vai inves-tir R$ 1,7 bilhão na duplicação dos 248,5 quilômetros de extensão da BR 101 no estado.

PAC 2 prioriza modernização de rodoviasTransporte

O balanço do primeiro ano da segunda etapa do Programa de

Aceleração de Crescimento (PAC2) registrou um alto volume de execuções

e de obras concluídas. O valor total das ações do PAC2 concluídas é de R$

142,8 bilhões. Desse total, 17,9% (R$ 127 bilhões) foram realizados em 2011

Page 73: Revista Estados & Municipios

Estados & Municípios - Março 2012 73

A Comissão de Viação e Trans-portes da Câmara dos Depu-tados aprovou Projeto de Lei

1346/11, do deputado Lucio Vieira Lima (PMDB-BA), que cria o Estatuto dos Sistemas Cicloviários como forma de incentivar o uso de bicicletas no transporte urbano. A proposta tramita em caráter conclusivo, nas ainda preci-sa ser analisada nas comissões de De-senvolvimento Urbano; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Segundo especialistas em mo-bilidade urbana, o Estatuto será uma avanço quando virar lei, visto que o ci-clista deixará de ser um intruso nas vias e deverá ter espaços próprios para sua circulação. E, no futuro, todos os pro-jetos urbanísticos e viários terão que obrigatoriamente prever a circulação das bicicletas.

Para o relator do projeto, de-putado Lúcio Vale (PR-PA), o Poder Público não tem dado atenção ao uso da bicicleta como meio de transporte, diferente do que ocorre em países eu-ropeus. “As bicicletas deixaram de ser

vistas apenas como um instrumento de lazer ou como um veículo utilizado em situações de extrema carência, para tornarem-se uma modalidade econo-micamente atrativa e ambientalmente sustentável, fortemente incentivada em

países como França, Bélgica, Holanda e Alemanha”, ressalta.

A proposta defi ne a atuação da União, dos estados e municípios na im-plementação da rede viária e estabelece as normas para a adoção de sistemas cicloviários, segregados ou comparti-lhados, seja por ciclovias (separada fi si-camente da via de automóveis) , ciclo-faixas (faixa exclusiva para bicicletas, utilizando parte da via de automóveis) ou faixas compartilhadas (para circula-ção de bicicletas, com o trânsito de car-ros e/ou pedestres).

O principal foco do projeto é a articulação do transporte por bicicleta com a malha viária local. Para comple-tar esta integração, o projeto também prevê a criação de locais para estacio-namento de bikes, como bicicletários (estacionamento de longa duração) e paraciclos (média e curta duração) em todos os terminais e estações do siste-ma de transporte coletivo, os edifícios públicos, as indústrias, as escolas, os centros de compras, os condomínios, os parques e outros locais de grande fl uxo de pessoas.

Projeto incentiva uso de bicicletas

Para o deputado Lucio Vieira Lima, os usuários do sistema ganharão mais qualidade de vida e saúde, o meio ambiente fi cará menos poluído e as doenças associadas ao estresse serão reduzidas.“Se tudo der certo, quem sabe em um futuro próximo, teremos os estados fazendo guerra fi scal por montadoras de bicicletas”, explica o autor do Projeto de Lei

Transporte

Page 74: Revista Estados & Municipios

74 Março 2012 - Estados & Municípios

Escute essa canção, que é pra tocar no rádio, no rádio do seu coração...

Sintonizar a história da músi-ca popular brasileira literalmente não tem preço. A Associação Brasiliense de Apoio ao Vídeo no Movimento Popular (Abravideo) disponibiliza gratuitamente uma série de programas, de veiculação livre, para rádios comunitárias, educativas e universitárias de todo o país.

Mais do que tocar músicas, os pro-gramas mostram a carreira dos composito-res e resgatam a trajetória da musicalidade brasileira, desde a criação do chorinho, em depoimentos emocionantes de intérpretes, compositores e instrumentistas.

O projeto começou em 1997, com centenas de depoimentos colhi-dos pelo radialista, produtor musical e escritor Ruy Godinho. Seu minucioso trabalho de pesquisa deu origem a dois

volumes do livro “Então, foi assim?: os bastidores da criação musical brasilei-ra”. Posteriormente, os livros ganharam versões radiofônicas que vêm encan-tando os amantes da boa música.

O Então, foi Assim? desvenda os se-gredos, sentimentos, emoções e situações vivenciadas pelos autores e compositores de músicas que marcaram época no Brasil.O programa narra as particularidades do processo criativo e a trajetória que essas músicas tomaram até se transformarem em sucessos nacionais. São 80 programas disponíveis para download e execução gratuita pelas rádios.

O programa Roda de Choro tem seu foco nas origens da música popu-lar urbana brasileira e na história do choro. Em 320 programas, ele resgata a trajetória do gênero e a essência da musicalidade brasileira por meio de um repertório variado.

Pra tocar no rádio

A proposta de Ruy Godinho é disponibilizar, gratuitamente, programas semanais com cerca de uma hora de duração, dentro da política de compartilhamento de conteúdos entre rádios públicas/educativas/comunitárias

“No livro nós contamos a história das músicas, dos autores, das parcerias e de seus sucessos. No programa de rádio são os próprios artistas que contam suas histórias e suas criações”, explica Godi-nho. Além de belas músicas, os pro-gramas trazem informações históricas,

Dominguinhos

Cultura Mauricio Cardoso

Page 75: Revista Estados & Municipios

Estados & Municípios - Março 2012 75

curiosidades, entrevistas e informes técni-cos oferecidos aos ouvintes de forma leve.

Atualmente, versão radiofônica do Então, foi assim? é veiculado por 75 emissoras e o Roda do Choro por 55. “São rádios comunitárias, universitárias, municipais e culturais, de modo geral”, explica Ruy Godinho, ressaltando que os programas são patrocinados pela Pe-trobras e pela Empresa Brasil de Comu-nicação (EBC), instituições que apóiam e valorizam o resgate de obras de com-positores da música brasileira.

Os interessados em adquirir os programas deverão entrar em contato pelo endereço eletrônico [email protected]. Mais informações no site www.abravideo.org.br e pelo telefo-ne (61) 33495656

Rádio, a melhor companhia

Dentro da campanha Rádio, a sua melhor companhia, as emissoras parceiras também podem baixar spots com depoi-mentos sobre a importância e a influência do rádio na vida de grandes compositores da música popular brasileira.

A relação de músicos e composi-tores disponíveis atesta a qualidade dos programas. No acervo, nomes como Wagner Tiso, Carlos Lyra, Guilherme Arantes, Péricles Cavalcante, Clodo e Climério, Ivan Lins, Zé Rodrix, Hyldon, Paulinho Pedra Azul, Jacob do Bando-lim, Claudio Nucci, Antonio Carlos e Jocafi, Billy Blanco, Adoniran Barbosa, Dona Ivone Lara, Angela Ro Ro, Gil-berto Gil, Toninho Horta, Toquinho, Moraes Moreira, Tim Maia, Zé Renato, Paulo Soledade, Pixinguinha, Bragui-nha, Almir Sater, Renato Teixeira, Tom Jobim, Caetano Veloso, Vinicius de Mora-es, Dominguinhos, Kleiton e Kledir, Ro-naldo Boscôli, Milton Nascimento, Noel Rosa, Francis Hime e Chico Buarque.

Divulgar para multiplicar bons re-sultados. É com esse ideal que a Abra-

video trabalha pela democratização do acesso aos meios e ferramentas da co-municação. “Não desenvolvemos ne-nhum produto com teor comercial. Além da criação e desenvolvimento de projetos de comunicação social e cultural, atua-mos na difusão do conceito de tecnolo-gias sociais”, afirma Ruy Godinho.

Leitura saborosa

Ao ouvir a belíssima melodia emoldurando uma letra brilhante, quem nunca se perguntou como o compositor conseguiu exprimir em uma folha de papel a felicidade, a dor, o amor e todo o tipo de sentimento que, às vezes, deixamos represados por não saber colocá-los para fora?

Em seu Então, foi assim? – Os bastidores da criação musical brasileira, Ruy Godinho conta as histórias cheias de sabor que deram origem às mais fa-

bulosas composições da música popu-lar brasileira. Com um vasto trabalho de pesquisa histórica, o autor revela os mistérios contidos nos bastidores das canções que se transformaram em gran-des sucessos nacionais.

O livro revela, por exemplo, os bastidores da criação de Romaria, de Renato Teixeira. “Eu fui criado em Taubaté e a gente sempre ia à Apareci-da. Aparecida tinha um clima religioso bastante evidente. Quando fiz Romaria, me lembrei disso. Mas não quis fazer uma canção religiosa. É uma canção em louvor ao romeiro, que era o que realmen-te me impressionava”, conta Renato.”.

Como um grande Chef, Ruy Godi-nho acrescenta temperos e sabores às his-tórias contadas pelos compositores. “Se existe mérito do escritor é o de recontá-las, adicionando detalhes e o tempero que torna o livro, de alguma forma didático e, sem falsa modéstia, saboroso”.

Moraes Moreira

Cultura

Page 76: Revista Estados & Municipios

76 Março 2012 - Estados & Municípios

SECRETARIA DE OBRAS• Asfaltamento de novas ruas• A obra do século, o saneamento, está sendo executada• Calçamento de novas ruas com 4.100m² de paralelepípedo• Calçamento do bairro de Alto Alegre com 6.600m² de paralelepípedo• Construção de açudes• 700 reformas de casas• Duplicação da RN 118 no bairro Alto Alegre• Construção do Banco do Brasil• Cobertura e iluminação especial da Praça de Eventos• Recuperação da ponte que liga o Alto ao Entroncamento• Construção da quadra de esportes no bairro São Francisco• Conclusão de 100 casas populares e construção de muitas mais• Minha Casa Minha Vida rural, beneficiando mais de 100 famílias• Cobertura da Quadra do Estreito• Urbanização da Avenida Ângelo Varela• Asfaltamento do centro comercial de Alto do Rodrigues• Construção do Colégio Brasil Profissionalizante• Construção da creche do Proinfância

SAÚDE• Aquisição de 3 novas ambulâncias• Equipe de prontidão em Natal com transporte, para agilizar exames e cirurgias complexas• Atendimento de mais de 2.000 famílias por ano• Criação de uma central de atendimento, dando suporte aos necessitados de tratamento para o câncer e hemodiálise com agendamento e transporte• Climatização do pronto-socorro e da sala de espera do hospital com central de ar-condicionado• Hospital com médico 24 horas

FROTA RENOVADA

• 2 Celtas• 1 Prisma• 1 Fiesta• 1 Biz• 1 Traxx 125cc• 1 trator• 3 ambulâncias• 1 van• 4 ônibus• 1 Dobló

SECRETARIA DE GOVERNO

• Realização do Justiça na Praça, com mais de 10 mil atendimentos gratuitos, desde a assessoria jurídica a audiências de conciliação, apresentando ações do Núcleo de Orientação e acompanhamento aos usuários e dependentes químicos de Natal

• Programa Novos Rumos na Execução Penal, com parceria do ITEP, Sejuc, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Exército, Base Aérea de Natal, Senac, SESI e INSS.

SECRETARIA DE AGRICULTURA

• Perfuração de poços nos distritos• Instalação de dessalinizador para fornecer água de qualidade• Criação da colônia de pescadores, priorizando o Seguro-Safra, aposentadoria, Auxílio-Maternidade e outros direitos assegurados à categoria• Construção de mais de 250 cisternas na zona rural• Valorização da agricultura familiar, investindo e adquirindo os produtos para a merenda escolar• Fortalecimento dos irrigantes do baixo Assu, investindo 2 milhões por meio do DNOCS na infra-estrutura• Agilização do cadastro para corte de terra com a secretaria itinerante, para atender o homem do campo em tempo hábil e não perder o inverno

EDUCAÇÃO

• Professores valorizados com a implantação do piso salarial, o segundo maior do estado do RN• Prêmio Palma de Ouro em Santa Catarina pelos altos investimentos no setor• Distribuição gratuita de fardamento escolar para os alunos da rede municipal de ensino• Construção de novas salas de aula, incluindo adaptação para crianças especiais• Laboratórios de informática para escolas da cidade e dos distritos• PELC (Programa de Esporte e Lazer da Cidade)• Ponto da Cultura• Cine Mais Cultura• 4 ônibus comprados com recursos próprios e aquisição de mais 2 ônibus por meio de convênio, solucionando de vez o problema dos alunos com o transporte escolar• Criação do Circuito Esportivo Verão no Rio

NA ASSISTÊNCIA SOCIAL

• Aumento de 238 para 1.300 famílias beneficiadas com o Programa Bolsa Família• Implantação de cursos profissionalizantes de pedreiro, carpinteiro e armador• Implantação do CRAS para dar assistência às crianças, idosos e gestantes com cursos de cabeleireiro, pintura de tela, biscuit, crochê e informática• PETI e Projovem, que atendem 100 crianças com programas de erradicação do trabalho infantil• Implantação do Cartão Cidadão, um programa que inclui cestas básicas para as famílias carentes, o Programa Água é Vida e o Programa de Medicamento Contínuo• Criação do Grupo da Feliz idade, dando qualidade de vida a mais de 400 idosos• Valorização do artesão• Criação do bloco Os Marmotinhas No Alto Folia, para o lazer das crianças e o da Feliz Idade no período dos festejos de emancipação política da cidade• Programa de Benefícios Eventuais para pessoas que necessitam de prótese dentária, prótese de membros, cadeira de rodas, óculos e medicamento continuado www.altodorodrigues.rn.gov.br

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Estados & Municípios - Março 2012 77

SECRETARIA DE OBRAS• Asfaltamento de novas ruas• A obra do século, o saneamento, está sendo executada• Calçamento de novas ruas com 4.100m² de paralelepípedo• Calçamento do bairro de Alto Alegre com 6.600m² de paralelepípedo• Construção de açudes• 700 reformas de casas• Duplicação da RN 118 no bairro Alto Alegre• Construção do Banco do Brasil• Cobertura e iluminação especial da Praça de Eventos• Recuperação da ponte que liga o Alto ao Entroncamento• Construção da quadra de esportes no bairro São Francisco• Conclusão de 100 casas populares e construção de muitas mais• Minha Casa Minha Vida rural, beneficiando mais de 100 famílias• Cobertura da Quadra do Estreito• Urbanização da Avenida Ângelo Varela• Asfaltamento do centro comercial de Alto do Rodrigues• Construção do Colégio Brasil Profissionalizante• Construção da creche do Proinfância

SAÚDE• Aquisição de 3 novas ambulâncias• Equipe de prontidão em Natal com transporte, para agilizar exames e cirurgias complexas• Atendimento de mais de 2.000 famílias por ano• Criação de uma central de atendimento, dando suporte aos necessitados de tratamento para o câncer e hemodiálise com agendamento e transporte• Climatização do pronto-socorro e da sala de espera do hospital com central de ar-condicionado• Hospital com médico 24 horas

FROTA RENOVADA

• 2 Celtas• 1 Prisma• 1 Fiesta• 1 Biz• 1 Traxx 125cc• 1 trator• 3 ambulâncias• 1 van• 4 ônibus• 1 Dobló

SECRETARIA DE GOVERNO

• Realização do Justiça na Praça, com mais de 10 mil atendimentos gratuitos, desde a assessoria jurídica a audiências de conciliação, apresentando ações do Núcleo de Orientação e acompanhamento aos usuários e dependentes químicos de Natal

• Programa Novos Rumos na Execução Penal, com parceria do ITEP, Sejuc, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Exército, Base Aérea de Natal, Senac, SESI e INSS.

SECRETARIA DE AGRICULTURA

• Perfuração de poços nos distritos• Instalação de dessalinizador para fornecer água de qualidade• Criação da colônia de pescadores, priorizando o Seguro-Safra, aposentadoria, Auxílio-Maternidade e outros direitos assegurados à categoria• Construção de mais de 250 cisternas na zona rural• Valorização da agricultura familiar, investindo e adquirindo os produtos para a merenda escolar• Fortalecimento dos irrigantes do baixo Assu, investindo 2 milhões por meio do DNOCS na infra-estrutura• Agilização do cadastro para corte de terra com a secretaria itinerante, para atender o homem do campo em tempo hábil e não perder o inverno

EDUCAÇÃO

• Professores valorizados com a implantação do piso salarial, o segundo maior do estado do RN• Prêmio Palma de Ouro em Santa Catarina pelos altos investimentos no setor• Distribuição gratuita de fardamento escolar para os alunos da rede municipal de ensino• Construção de novas salas de aula, incluindo adaptação para crianças especiais• Laboratórios de informática para escolas da cidade e dos distritos• PELC (Programa de Esporte e Lazer da Cidade)• Ponto da Cultura• Cine Mais Cultura• 4 ônibus comprados com recursos próprios e aquisição de mais 2 ônibus por meio de convênio, solucionando de vez o problema dos alunos com o transporte escolar• Criação do Circuito Esportivo Verão no Rio

NA ASSISTÊNCIA SOCIAL

• Aumento de 238 para 1.300 famílias beneficiadas com o Programa Bolsa Família• Implantação de cursos profissionalizantes de pedreiro, carpinteiro e armador• Implantação do CRAS para dar assistência às crianças, idosos e gestantes com cursos de cabeleireiro, pintura de tela, biscuit, crochê e informática• PETI e Projovem, que atendem 100 crianças com programas de erradicação do trabalho infantil• Implantação do Cartão Cidadão, um programa que inclui cestas básicas para as famílias carentes, o Programa Água é Vida e o Programa de Medicamento Contínuo• Criação do Grupo da Feliz idade, dando qualidade de vida a mais de 400 idosos• Valorização do artesão• Criação do bloco Os Marmotinhas No Alto Folia, para o lazer das crianças e o da Feliz Idade no período dos festejos de emancipação política da cidade• Programa de Benefícios Eventuais para pessoas que necessitam de prótese dentária, prótese de membros, cadeira de rodas, óculos e medicamento continuado www.altodorodrigues.rn.gov.br

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Page 78: Revista Estados & Municipios

78 Março 2012 - Estados & Municípios

Com a proximidade do feriado de 21 de abril, uma boa dica é passar o fim de semana em Tiradentes. Nas duas últimas décadas, a cidade se tornou um dos pontos turísticos mais

requisitados de Minas Gerais, ao aliar a simplicidade e o colorido de suas casas coloniais à oferta de pousadas bem cuidadas, restau-rantes requintados e a badalação social.

Povoada a partir de 1702, a cidade de Tiradentes, na região central de Minas Gerais, homenageia em seu nome o alferes Joa-quim José da Silva Xavier, conhecido pelo apelido de Tiradentes. O alferes nasceu na Fazenda do Pombal, entre Tiradentes e São João del Rei, e foi o líder da Inconfidência Mineira, principal movimen-to de contestação à Coroa portuguesa, no século XVIII.

Volta ao passado

78 Março 2012 - Estados & Municípios

Turismo

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Estados & Municípios - Março 2012 79

Quando se anda pelas estreitas ruas da cidade parece ser possível ouvir as frases libertárias dos Inconfidentes, que ali se reuniram secretamente diver-sas vezes. Ainda é possível encontrar na cidade a entrada de vários túneis, hoje interditados, que denunciam que algo de muito secreto acontecia naqueles tempos. Estes indícios excitam a ima-ginação e dão um ar de mistério a esta inesquecível jóia colonial.

Tiradentes fica a 200 quilômetros de Belo Horizonte e oferece um ótimo circuito histórico que deve ser feito, pre-ferivelmente, a pé. A cidade é pequena e os pontos turísticos são próximos uns dos outros. Igrejas, capelas e o casario antigo compõem o circuito principal, que parte sempre do Largo das Forras, o grande ponto de encontro e centro nervoso da cidade. Na praça do Largo existem charretes com guias que circu-lam pelos principais pontos turísticos.

Preciosidades

Partindo pela rua Direita em di-reção ao Largo do Sol atingimos a Igre-ja de São João Evangelista e o Museu Padre Toledo. O padre participou do movimento da Inconfidência e sua casa

serviu a muitas reuniões do grupo que lutou pela independência do Brasil. De lá vale à pena conhecer a Casa da Cultura, onde são encontrados microfilmes de do-cumentos históricos, ensaios de Portinari, originais do pintor Guignard, poema assi-nado pelo mineiro Carlos Drummond de Andrade, entre outras atrações

A Matriz de Santo Antônio é o ponto alto do passeio. O escultor Alei-jadinho é autor do risco da fachada e a igreja é a segunda do Brasil em quanti-dade de ouro (quase 500 quilos), per-dendo apenas para a de São Francisco de Assis, em Salvador, na Bahia. Subin-do pela rua da Santíssima Trindade che-ga-se ao Santuário de mesmo nome. Ali o alferes Tiradentes rezava e se inspirou no símbolo da Santíssima Trindade (o triângulo), da qual era devoto, para confeccionar a bandeira da nova Nação. Esta bandeira simboliza atualmente o estado de Minas Gerais.

O Chafariz São José é outra pre-ciosidade barroca. Construído em 1749 para abastecer de água a cidade, servir para lavagem de roupas e dar de beber aos animais. é considerado o mais belo de Minas e o único que possui oratório (imagem de São José de Botas). Logo atrás do chafariz, o Bosque da Mãe

Estados & Municípios - Março 2012 79

Turismo

D’água convida para um belo percurso junto ao aqueduto em pedra construído pelos escravos. Voltando à rua Direita chega-se à Igreja do Rosário e ao antigo prédio da Cadeia Pública, onde funcio-na o Museu Tancredo Neves, com ex-posição de Arte Sacra.

Outra opção é a subida até o alto do São Francisco, de onde se tem a me-lhor panorâmica da cidade e seu con-junto barroco. Vale conhecer também o Largo e igreja das Mercês, a capela de Santo Antônio do Canjica e a capela do Jesus Agonizante (ou Bom Jesus da Po-breza), esta última no Largo das Forras. Outro passeio imperdível é o trajeto de 12 quilômetros até São João Del’Rei. A viagem é feita numa Maria Fumaça, lo-comotiva construída nos Estados Uni-dos no início do século XX. Além de belas paisagens, emolduradas pela Serra de São José, andar de Maria Fumaça é reviver uma época em que esses trens eram símbolos máximos de moderni-dade. O barulho do motor, com suas caldeiras, é uma divertida experiência. Para os mais aventureiros, a sugestão é explorar antigos caminhos calçados com pedras por escravos. Uma subida até a Serra de São José também é uma ótima pedida..

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80 Março 2012 - Estados & Municípios

O Cooper Raadster , conversível de dois lugares da britânica MINI, já desembarcou no Brasil. Equipado com motor 1.6, câm-bio automático de 6 velocidades e opção de troca de marchas por meio de borbole-ta, a versão turbinada do modelo alcança a velocidade máxima de 227km/h e vai de 0 a 100km/k em 7 segundos

Mais um MINI

A indústria automobilística está transformando o mercado de SUVs. São carros menores, mais econômicos, carregados de tecnologia e que apresentam comportamento dinâmico parecido com o de hatches. O fato é que a onda de crossovers veio para fi car. Com um pouco de atraso, a Audi chega ao segmento com o Q3, equipado com motor 2.0 tur-bo, injeção direta, tração AWD e câmbio automatizado de sete velocidades.

A onda Crossovers

Automóveis

80 Março 2012 - Estados & Municípios

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Estados & Municípios - Março 2012 81

A onda CrossoversO novo CR-V já desembarcou no Brasil. A quarta geração do SUV da Honda chega com uma lista de 27 itens de acessórios disponíveis, como sensor de estacionamento, porca anti-furto para rodas e até cadeirinha de bebê. O modelo será oferecido em três versões equipadas com motor 2.0: LX 4x2 mecânica, LX 4x2 automática e a topo de linha EXL 4x4.

CR-V4ª geração

A Nissan já está preparando a versão esportiva do seu compacto March. Apresentado como conceito no salão de Tóquio, o modelo ganhou uma nova grade, novo para-choque dianteiro, para-choque traseiro com difusor, saias laterais e spoiler, retrovisores esportivos. A suspensão f oi rebaixada para tornar a condução mais agressiva

March esportivo

Automóveis

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82 Estados & Municípios - Março 2012

Está aberta a possibilidade de construção de um novo pacto federati-vo, a partir de alguns temas cruciais da nossa agenda de reformas: a nova par-tilha dos royalties do pré-sal, a reforma tributária do ICMS e a renegociação das dívidas dos Estados e municípios.

O contexto de queda da taxa Selic de juros, associado às mudan-ças positivas na economia brasileira, conquistadas após o governo Lula, e à necessidade de incentivarmos o in-vestimento como um todo, criou uma oportunidade ímpar de medirmos o real envolvimento de governadores - e senadores da oposição - em uma redis-cussão profunda do pacto.

Pelo lado dos Estados, é preciso rever os termos dos contratos de re-negociação das dívidas com a União, feitos em 1998 no governo do PSDB, que resultou em uma situação insus-tentável para os cofres estaduais e mu-nicipais, porque o indicador usado na época (IGP-DI) mostrou-se, ao longo do tempo, um fator de ampliação per-manente das dívidas.

Para se ter uma ideia, se a cor-reção fosse feita pelo IPCA, o saldo

JOSÉ DIRCEU ARTIGOwww.zedirceu.com.br/

da dívida seria 38,5% menor. Mas vale lembrar que, no ano passado, o IPCA fi-cou acima do IGP-DI, e a derrubada da Selic torna os juros fixos nos contratos um complicador a mais.

De modo que a renegociação é inevitável. Para tanto, será preciso mo-dificar a Lei de Responsabilidade Fiscal em seu artigo 35, que proíbe a União de refinanciar as dívidas. Os Estados querem, também, reduzir o percentual obrigatório de que despendem mensal-mente - de 11% a 13%.

Parece razoável que isso seja feito sob o compromisso dos Estados de ofe-recer contrapartidas. A principal delas é ampliar a participação dos governadores na busca de um consenso na reforma do ICMS, para acabar com a guerra fiscal, que só traz prejuízos ao conjunto do país.

Também passa por esse debate mais amplo a partilha dos recursos do pré-sal, que tramita na Câmara dos Deputados.

O objetivo é rediscutir as dívidas estaduais, cujo resultado impactará ne-gativamente nos cofres da União, des-de que os benefícios sejam revertidos para investimentos - em educação, se-gurança, saúde, infraestrutura urbana,

Um novo pacto federativo

saneamento e transportes de massa. O sentido maior é transferir os ganhos para a sociedade, via ampliação do in-vestimento público em seus três níveis.

Essa agenda mais ampla permite que o país siga sua rota rumo ao desen-volvimento, a partir da construção de um novo pacto federativo que amplie a capacidade financeira dos Estados, mas que também traga benefícios diretos à população.

Há outros temas de interesse que podem ser incluídos na pauta de con-trapartidas, como a repartição do Fun-do de Participação dos Estados, o Plano Nacional de Educação ou o fortaleci-mento do SUS.

Resta saber se os governadores entrarão para valer nesse debate, que pode se transformar num novo marco no país nas relações entre Estados, mu-nicípios e União.

José Dirceu é ex-presidente nacional do Partido dos Trabalhadores e um dos fun-dadores do PT. Foi deputado federal em várias legislaturas e ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República no governo do ex-presidente Lula

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Saiba como você pode ajudar no combate à dengue:

FACA DO COMBATE À DENGUE UM HÁBITO.Se você não agir, sua casa pode se tornar uma ameaça à saúde de sua família e de

toda a vizinhança. Tire dez minutos da sua semana para salvar vidas, inclusive a sua.

Mantenha a caixa-d’água bem fechada. Coloque também uma tela no

ladrão da caixa-d´água.

Mantenha bem tampados tonéis e barris de água.

Lave semanalmente por dentro com escova e sabão

os tanques utilizados para armazenar água.

Encha os pratinhos de vasos de plantas com

areia até a borda.

Coloque areia dentro de todos os cacos que

possam acumular água.

Outra opção para os pratinhos de plantas é lavar com escova, água e sabão

uma vez por semana. Avalie também a possibilidade

de eliminar os pratos.

Remova folhas, galhos e tudo que possa impedir a água de correr pelas calhas.

Não deixe água acumulada sobre a laje.

Troque a água dos vasos de plantas aquáticas

e lave-os com escova, água e sabão uma

vez por semana.

Mantenha as garrafas com a boca virada

para baixo, evitando o acúmulo de água.

Coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a

lixeira bem fechada.

Feche bem os sacos de lixo e deixe-os fora do

alcance de animais.

Faça sempre a manutenção de piscinas ou fontes

utilizando os produtos químicos apropriados.

Os vasos sanitários fora de uso ou de uso eventual devem ser tampados e

verificados semanalmente.

Bandejas de geladeira podem acumular água.

Fique atento.

Pneus devem ser acondicionados

em locais cobertos.

Se o ralo não for de abrir e fechar, coloque uma tela

fina para impedir o acesso do mosquito à água.

Lonas usadas para cobrir objetos ou entulhos

devem ser bem esticadas para evitar poças d´água.

Limpe sempre a bandeja do ar-condicionado para

evitar o acúmulo de água.

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