revista engenharia 611

132

Upload: jeferson-lima

Post on 10-Oct-2015

245 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

  • 2012

    N 611

    REVISTA EN

    GEN

    HA

    RIA

    cian magenta amarelo preto

  • A comercializao dos planos respeita a rea de abrangncia das respectivas operadoras. Em comparao a produtos similares no mercado de planos desade individuais (tabela de setembro/2012 - Golden Cross - SP). Planos de sade coletivos por adeso, conforme as regras da ANS. Informaes resumidas. A cobertura de hospitais e laboratrios, bem como de honorrios profissionais, se d conforme a disponibilidade da rede mdica e as condies contratuais de cada operadora e categoria de plano. Os preos e a rede esto sujeitos a alteraes, por parte das respectivas operadoras, respeitadas as disposies contratuais e legais (Lei n 9.656/98). Condies contratuais disponveis para anlise. Outubro/2012.

    Profissional do CREA: no se preocupe. Com a parceria da Mtua com a Qualicorp, os planos de sade que oferecem os melhores mdicos, hospitais e laboratrios do Brasil j esto ao seu alcance.

    0800 778 4800Ligue e conf ira:

    ou acesse www.qualicorp.com.br40%Planos at

    mais baratos.2

    Qualicorp Adm. de Benefcios:SulAmrica:Bradesco:Amil: Life:Intermdica:Golden Cross:

    Meu plano de sade no cobre o mdico e o hospital que eu prefiro me tratar. E agora?

    Anuncio Qualicorp - Engenheiro 42x28 degrade-2.pdf 1 25/09/2012 17:34:49

  • A comercializao dos planos respeita a rea de abrangncia das respectivas operadoras. Em comparao a produtos similares no mercado de planos desade individuais (tabela de setembro/2012 - Golden Cross - SP). Planos de sade coletivos por adeso, conforme as regras da ANS. Informaes resumidas. A cobertura de hospitais e laboratrios, bem como de honorrios profissionais, se d conforme a disponibilidade da rede mdica e as condies contratuais de cada operadora e categoria de plano. Os preos e a rede esto sujeitos a alteraes, por parte das respectivas operadoras, respeitadas as disposies contratuais e legais (Lei n 9.656/98). Condies contratuais disponveis para anlise. Outubro/2012.

    Profissional do CREA: no se preocupe. Com a parceria da Mtua com a Qualicorp, os planos de sade que oferecem os melhores mdicos, hospitais e laboratrios do Brasil j esto ao seu alcance.

    0800 778 4800Ligue e conf ira:

    ou acesse www.qualicorp.com.br40%Planos at

    mais baratos.2

    Qualicorp Adm. de Benefcios:SulAmrica:Bradesco:Amil: Life:Intermdica:Golden Cross:

    Meu plano de sade no cobre o mdico e o hospital que eu prefiro me tratar. E agora?

    Anuncio Qualicorp - Engenheiro 42x28 degrade-2.pdf 1 25/09/2012 17:34:49

  • A engenhariaconectada

    Leia e assine aREVISTA ENGENHARIATel (11) 5575 8155

    www.brasilengenharia.com.brAcesse:

    ww

    w.v

    iap

    apel

    .com

    .br

  • I ENGENHARIA

    www.brasilengenharia.com.br engenharia 611 / 2012 5

    A engenhariaconectada

    www.brasilengenharia.com.br

  • ENGENHARIA 606 / 20116

    48Filiada a:

    www.brasilengenharia.com.brISSN 0013-7707

    REVISTA ENGENHARIArgo Oficial do Instituto de Engenharia

    FundadoresApparcio Saraiva de Oliveira Mello (1929-1998)

    Ivone Gouveia Pereira de Mello (1933-2007)Rua Alice de Castro, 47 - Vila Mariana

    CEP 04015 040 - So Paulo - SP - BrasilTel. (55 11) 5575 8155Fax. (55 11) 5575 8804

    E-mail: [email protected] anual: R$ 120,00

    Nmero avulso: R$ 25,00

    DIRETOR RESPONSVELMIGUEL LOTITO NETTO

    DIRETOR EDITORIALRICARDO PEREIRA DE MELLO

    DIRETORA EXECUTIVAMARIA ADRIANA PEREIRA DE MELLO

    EDITADA DESDE 1942

    ENTREVISTA

    DILMA SELI PENA Diretora-presidente da Companhia de

    Saneamento Bsico do Estado deSo Paulo (Sabesp)

    O INVESTIMENTO DA QUARTA ETAPADO PROJETO TIET DEVE SER

    DE 3 BILHES DE REAIS Segundo Dilma Pena o planejamento da quarta

    etapa do Projeto Tiet j est em fase de elaborao dos projetos bsicos, com vrias intervenes

    praticamente definidas. H uma razo para essa rapidez no gatilho: no permitir que haja um perodo de

    interrupo dos trabalhos aps a concluso da atual terceira etapa

    TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. NENHUMA PARTE DESTA PUBLICAO (TEXTOS, DADOS OU IMAGENS) PODE SER

    REPRODUZIDA, ARMAZENADA OU TRANSMITIDA, EM NENHUM FORMATO OU POR QUALQUER MEIO, SEM O CONSENTIMENTO

    PRVIO DA ENGENHO EDITORA TCNICA OU DA COMISSO EDITORIAL DA REVISTA ENGENHARIA

    ASSINATURAS

    30 DE AGOSTO A 15 DE OUTUBRO/2012 - ANO 70 - N. 611INSTITUTO DE ENGENHARIA. Presidente: Aluizio de Barros Fagundes. Vice-presidente de Adminis-trao e Finanas: Arlindo Virglio Machado Moura. Vice-presidente de Atividades Tcnicas: Rui Arruda Camargo. Vice-presidente de Relaes Externas: Amndio Martins. Vice-presidente de Assuntos In-ternos: Miriana Pereira Marques. Vice-presidente da Sede de Campo: Nelson Aidar. COMISSO EDITORIAL: Alfredo Eugnio Birman, Aluizio de Barros Fagundes, Antonio Maria Claret Reis de Andrade, Aristeu Zensaburo Nakamura, Ivan Metran Whately, Jefferson D. Teixeira da Costa, Joo Ernesto Figueiredo, Joo Jorge da Costa, Joaquim Manuel Branco Brazo Farinha, Jos Eduardo Cavalcanti, Jos Fiker, Kleber Rezende Castilho, Lus Antnio Seraphim, Miguel Lotito Netto, Miguel Prieto, Miracyr Assis Marcato, Nestor Soares Tupinamb, Paulo Eduardo de Queiroz Mattoso Barreto, Pricles Romeu Mallozzi, Permnio Alves Maia de Amorim Neto, Reginal-do Assis de Paiva, Ricardo Kenzo Motomatsu, Ricardo Martins Cocito, Ricardo Pereira de Mello, Roberto Aldo Pesce, Roberto Kochen, Rui Arruda Camargo, Theophilo Darcio Guimares, Vernon Richard Kohl. ENGENHO EDITORA TCNICA. Diretor Editorial: Ricardo Pereira de Mello. Diretora Comercial: Maria Adriana Pereira de Mello. Editor Chefe: Juan Garrido. Redatora: Cludia Maria Garrido Reina. Fotgrafo: Ricardo Martins. Editorao: Adriana Piedade/ZAF e Andr Siqueira/Via Papel. Assinaturas: Leonardo Moreira. Criao e arte: Andr Siqueira/Via Papel. Impresso e acabamento: Companhia Lithographica Ypiranga (CLY). REDAO, ADMINISTRAO E PUBLICIDADE: Engenho Editora Tcnica Ltda. Rua Alice de Castro, 47 - Cep 04015 040 - So Paulo - SP - Brasil - Telefones. (55 11) 5575 8155 - 5575 1069 - 5573 1240 - Fax. (55 11) 5575 8804. Circulao nacional: A REVISTA ENGENHARIA distribuda aos scios do Instituto de Engenharia, assinantes e engenheiros brasileiros que desenvolvem atividades nas reas de engenharia, projeto, construo e infraestrutura. A REVISTA ENGENHARIA, o Instituto de Engenharia e a Engenho Editora Tcnica no se responsabilizam por conceitos emitidos por seus colaboradores ou a preciso dos artigos publicados. S os editores esto autorizados a angariar assinaturas.

    Periodicidade: Bimestral.Nmero avulso: R$ 25,00

    Assinatura anual: R$ 120,00E-mails: [email protected]

    [email protected]

    WWW.BRASILENGENHARIA.COM

    40LINHA DE FRENTE EDSON DE OLIVEIRA GIRIBONISecretrio de Saneamento e Recursos Hdricos do Estado de So PauloSANEAMENTO BSICO PR-CONDIO PARA SUSTENTAR O DESENVOLVIMENTO

    Na viso do engenheiro politcnico Edson de Oliveira Giriboni para o desenvolvimento sustentvel de uma nao indispensvel ter

    uma boa disponibilidade de gua para o abastecimento humano e para a implantao tanto de grandes obras de infraestrutura, como

    de fbricas ou estabelecimentos comerciais, assim como coleta e tratamento de esgotos eficientes para evitar a poluio

    e a contaminao dos mananciais

    NESTA EDIO

    Nesta Edio 611.indd 6 05/10/2012 14:06:05

  • I ENGENHARIA

    www.brasilengenharia.com.br engenharia 611 / 2012 7WWW.BRASILENGENHARIA.COM ENGENHARIA 611 / 2012 7

    CAPAO DESAFIO SANITRIO

    Criao: Andr Siqueira Via Papel

    A MISSO DO INSTITUTO DE ENGENHARIA

    Promover a engenharia, em be-nefcio do desenvolvimento e da qualidade de vida da sociedade. Realiza essa misso por meio da: promoo do desenvolvimento e da valorizao da engenharia; promoo da qualidade e cre-dibilidade de seus profissionais; prestao de servios sociedade, promovendo fruns e debates sobre problemas de interesse p-blico, analisando e manifestando-se sobre polticas, programas e aes governamentais, elaboran-do estudos, pareceres tcnicos e propostas para o poder pblico e para a iniciativa privada; presta-o de servios aos associados. Suas aes esto dirigidas para: a comunidade em geral; os r-gos pblicos e organizaes no governamentais; as empresas do setor industrial, comercial e de servios; as empresas de engenharia, engenheiros e profis-sionais de nvel superior em geral; os institutos de pesquisas e escolas de engenharia; e os estu-dantes de engenharia.

    PALAVRA DO PRESIDENTE 9

    CARTAS 12

    PALAVRA DO LEITOR 16

    CURTAS 18

    DIVISES TCNICAS 26

    54CAPA / ENGENHARIA

    ESPECIAL SANEAMENTO BSICO O DESAFIO SANITRIO A julgar pelos dados do Instituto Trata Brasil, divulgados em agosto passado, a universalizao do saneamento bsico no Brasil ainda est longe de ser atingida, mesmo quando so analisados os avanos dos servios nas 100 maiores cidades do pas. Apesar da maior disponibilidade de recursos pelo governo federal, estados, municpios e iniciativa privada, a maior parte das cidades brasileiras precisar urgentemente acelerar seus esforos se quiser universalizar o acesso da populao aos servios de gua tratada, coleta e tratamento dos esgotos e reduo das perdas de gua na prxima dcada. Afinal, os dados do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE) indicaram o saneamento bsico como sendo a maior carncia do pas na rea de infraestrutura de servios

    121 CRNICA

    123 MEMRIAS DA ENGENHARIA

    126 ENGENHO & ARTE

    128 BIBLIOTECA

    130 OPINIO

    98100

    SE

    ES

    ENGENHARIA GERENCIAMENTO / ARTIGO

    ESCRITRIO DE PROJETOS: OBJETIVOS E BENEFCIOS Cssio da Silva Lopes

    ENGENHARIA TRANSPORTE / ARTIGO

    TREM DE ALTA VELOCIDADE: AFINAL, QUE TREM ESSE? Laurindo Junqueira

    114ENGENHARIA PRODUO / ARTIGO

    EXPERINCIAS COM COLETA DE LIXO DOMICILIAR E APLICAO DE MODELOS DO PROBLEMA DO CARTEIRO CHINS MISTO: ESTUDO DE CASO NO JARDIM EUROPAAlexandre Rigonatti, Joo Amilcar Viana RodriguesPablo Luis Fernandes Batista, Marcos Jos Negreiros Gomes

    NESTA EDIO

    Nesta Edio 611.indd 7 05/10/2012 14:06:33

  • ENGENHARIA I

    www.brasilengenharia.com.brengenharia 611 / 20128

    ENGENHARIA I

    WWW.BRASILENGENHARIA.COM.BRENGENHARIA 611 / 20128

    PRESIDNCIA PRESIDENTE Aluizio de Barros Fagundes [email protected] CHEFE DE GABINETE Victor Brecheret Filho [email protected] PRESIDENTE DACOMISSO DE OBRAS Camil Eid [email protected] ASSESSORIA DE COMUNICAO Fernanda Nagatomi [email protected] Isabel Cristina Dianin [email protected] Marlia Ravasio [email protected] DIRETOR DA CMARA DE MEDIAO E ARBITRAGEM Marco Antonio Vellozo Machado [email protected] 1 DIRETOR SECRETRIO Pedro Grunauer Kassab [email protected] 2 DIRETOR SECRETRIO Roberto Bartolomeu Berkes [email protected]

    VICE-PRESIDNCIA DE ADMINISTRAO E FINANAS VICE-PRESIDENTE Arlindo Virgilio Machado Moura [email protected] 1 DIRETOR FINANCEIRO Jason Pereira Marques [email protected] SUPERINTENDENTE Ruth Julieta Votta [email protected]

    VICE-PRESIDNCIA DE ATIVIDADES TCNICAS VICE-PRESIDENTE Rui Arruda Camargo [email protected] DIRETOR RESPONSVEL PELA REVISTA ENGENHARIA Miguel Lotito Netto [email protected] DIRETOR DA BIBLIOTECA Mauro Jose Loureno [email protected] DIRETOR DE CURSOS Ricardo Kenzo Motomatsu [email protected]

    VICE-PRESIDNCIADE RELAES EXTERNASVICE-PRESIDENTE Amndio Martins [email protected] DIRETOR REGIONALDE PORTO ALEGRE/RS Anibal Knijnik [email protected]

    Cludio ArisaClorival RibeiroCristiano KokDario Rais LopesDirceu Carlos da SilvaEdemar de Souza AmorimEdgardo Pereira Mendes Jr.Edson Jos MachadoEduardo Ferreira LafraiaEnio Gazolla da CostaEttore Jos BotturaFernando Bertoldi CorreaFrancisco A. N. Christovam Gabriel Oliva FeitosaHlio Martins de OliveiraHenry MaksoudIsmael Junqueira CostaIvan Metran WhatelyJan Arpad MihalikJoo Antonio Machado NetoJoo Batista R. MachadoJoo Ernesto FigueiredoJorge Pinheiro JobimJos Augusto MartinsJos Eduardo CavalcantiJos Geraldo Baio Jos Olmpio Dias de FariaJos Pereira MonteiroJos Roberto BernasconiJlio Csar BorgesKleber Rezende CastilhoLourival Jesus AbroLuiz Clio BotturaLuiz Felipe Proost de SouzaMaahico TisakaMarcelo RozenbergMarco Antonio MastrobuonoMarco Antonio V. MachadoMarcos MoliternoMiriana Pereira MarquesNelson AidarNelson CovasNelson Newton FerrazNeuza Maria TrauzzolaOdcio Braga de Louredo FilhoOzires SilvaPaulo FerreiraPaulo Setubal NetoPermnio Alves M. Amorim NetoPlnio Oswaldo AssmannRoberto Aldo PesceRoberto Bartolomeu BerkesSonia Regina FreitasTomaz Eduardo N. CarvalhoTunehiro UonoWalter Coronado AntunesWalter de Almeida Braga

    CONSELHO FISCAL EFETIVOS Antonio Jos N. de Andrade Filho Clara Casco Nassar Waldyr Cortese SUPLENTES Kamal Mattar Nestor Soares Tupinamb

    DIRETOR REGIONALDE BRASLIA/DF Tilney Teixeira [email protected] DIRETOR REGIONAL DE SALVADOR/BA Carlos Alberto Stagliorio [email protected] DIRETOR REGIONALDE FORTALEZA/CE Fabio Leopoldo Giannini fl [email protected] DIR. REGIONAL DEBELO HORIZONTE/MG Jose Augusto da Silva [email protected] DIRETOR DE RELAOES NACIONAIS Clara Casco Nassar Herszenhaut [email protected] DIRETOR DE CONVNIOS Wilson Pedro Tamega Junior [email protected] DIRETOR DE NOVOS PROJETOS Fabiano Sannino [email protected] DIRETOR DERELAES INTERNACIONAIS Miracyr Assis Marcato [email protected]

    VICE-PRESIDNCIA DE ASSUNTOS INTERNOS VICE-PRESIDENTE Miriana Pereira Marques [email protected] DIRETOR DEASSUNTOS INTERNOS Antonio Jose Nogueira de Andrade Filho [email protected] NCLEO JOVEM Jason Pereira Marques [email protected] DIRETOR DE ASSUNTOSCOM AS ASSOCIAES Benedicto Apparecido dos Santos Silva [email protected] DIRETOR DEEVENTOS CULTURAIS Nestor Soares Tupinamba [email protected] DIRETOR DEEVENTOS SOCIAIS Luiz Paulo Zuppani Ballista [email protected] DIRETOR DE VISITASTCNICAS E DE LAZER Sokan Kato Young [email protected] DIRETOR DE CONVNIOS, BENEFCIOS E PARCERIAS Jefferson Deodoro Teixeira da Costa [email protected]

    VICE-PRESIDNCIA DASEDE DE CAMPO VICE-PRESIDENTE Nelson Aidar [email protected]

    CONSELHO DELIBERATIVO PRESIDENTE Aluizio de Barros Fagundes SECRETRIO Marcos Moliterno

    CONSELHEIROS Alfredo Cotait NetoAlfredo Mrio SavelliAngelo Sebastio ZaniniAntonio Carlos Pasquale de Souza AmorimAntonio Helio Guerra VieiraArnaldo Pereira da SilvaCamil EidCarlos Antonio Rossi RosaDario Rais LopesEdson Jos MachadoEduardo Ferreira LafraiaFrancisco Armando N. ChristovamJoo Alberto ViolJoo Antonio Machado NetoJoo Jorge da CostaJorge Pinheiro JobimJos Olmpio Dias de FariaJos Roberto BernasconiJos Roberto CardosoLuiz Clio BotturaMarcel MendesMarcelo RozenbergMarcos MoliternoNelson Newton FerrazPaulo FerreiraPlnio Oswaldo AssmannRoberto KochenTunehiro UonoVahan AgopyanWalter Coronado Antunes

    CONSELHO CONSULTIVO PRESIDENTE Joo Ernesto Figueiredo VICE-PRESIDENTE Andr Steagall Gertsenchtein SECRETRIO Joo Antonio Machado Neto

    CONSELHEIROS Alberto Pereira RodriguesAlfredo Eugenio BirmanAlfredo Mrio SavelliAluizio de Barros FagundesAmndio MartinsAndr S. GertsenchteinAntonio Galvo A. de AbreuAntonio Hlio Guerra VieiraBraz Juliano Camil EidCarlos Antonio Rossi RosaCarlos Eduardo Mendes GonalvesCludio A. DallAcqua

    Instituto de EngenhariaReconhecido de utilidade pblica pela lei n 218, de 27.05.1974Av. Dr. Dante Pazzanese, 120 - CEP 04012 180 - So Paulo - SPTelefone: (+55 11) 3466 9200 - Fax (+55 11) 3466 9252Internet: www.iengenharia.org.brE-mail: [email protected]

    Expediente 611.indd 8 01/10/2012 15:20:29

  • I ENGENHARIA

    www.brasilengenharia.com.br engenharia 611 / 2012 9

    conjectura de que as tarifas de gua e esgotos esto no limite da absoro pela po-pulao. completamente inadequado o raciocnio. O que se deve fazer em busca da justa remunerao o clculo da tarifa necessria para a subsistncia do servio colimado, sendo certo que tarifas iguais para localidades diferentes sero mera coincidncia.

    Outro aspecto pouco examinado o das inadimplncias dos usurios, consideradas muito elevadas. De fato, pode--se considerar elevado o patamar de 10% do faturamento em atraso de 90 dias, como se observa em grande parte das companhias de gua, pblicas ou privadas. Fala-se disto como se fosse uma quebra de caixa crnica, cumula-tiva ms a ms. No entanto, no o . Desde que haja uma poltica de corte do fornecimento, os inadimplentes nunca so os mesmos indivduos. Portanto, este valor deve ser considerado como contingenciamento, ocorrendo uma nica vez no primeiro trimestre do prazo contratual. Se for considerado como um capital volante de aplicao no incio e resgate no final do contrato, o seu nus sobre os custos restringe-se a uma nica trimestralidade. No se justifica o grau de importncia conferido a este problema.

    Analisemos a questo da segurana jurdica - Nunca demais lembrar que a vida econmica do Brasil sempre se lastreou nos empreendedores privados. Concesses de servios pblicos vm desde os tempos da Colnia, com maior regulamentao via contratos no perodo do Imp-rio e da Primeira Repblica, tendo sido o Baro de Mau e a Light & Power seus grandes cones.

    Com o advento do Estado Novo, em 1930, houve uma forte tendncia estatizao no s da prestao dos ser-vios pblicos, mas tambm da instituio de indstrias de base. Mesmo assim, a iniciativa privada continuou a amparar os empreendimentos governamentais, por meio de contratos administrativos, fornecendo engenharia, produtos e servios.

    No incio da dcada de 1990, com a drstica reduo da capacidade de investimento dos governos estaduais que detinham concesses contratadas ou tcitas com a maior parte dos municpios brasileiros para os servios de gua e esgotos, bem como dos prprios governos municipais, to-mou corpo a diretriz contida no artigo 175 da Constituio Federal de 1988, pela qual o poder pblico pode cumprir sua obrigao de prestar os servios pblicos por meio de contratos de concesso firmados com a iniciativa privada.

    uando foi instituda a chamada Lei de Con-cesses, a de n. 8.987/95, de imediato foram detectados bices ao propsito de ampliar as condies de oferta demanda reprimida pe-los servios pblicos de saneamento bsico mediante o chamamento da iniciativa privada

    para participar efetivamente desse setor.Hoje, 17 anos depois, os resultados ainda so pfios.

    Apenas 5% da populao conseguiu ser atendida pela ini-ciativa privada. Os entraves revelam-se muito poderosos. Alguns dos entraves provieram de simples equvocos e poderamos consider-los de fcil soluo. Outros decor-rem da insegurana jurdica dos contratos de concesso e, mesmo j contando com alguns marcos regulatrios, po-dem ser remediados com legislao complementar e con-tratos bem estudados. Porm, o maior problema reativo se fundamenta em questes ideolgicas, corporativas e poli-cialescas, enfim, um problema que somente se resolver com a ruptura do paradigma da desconfiana.

    Consideremos inicialmente os equvocos em extino - Os servios pblicos de concesses, embora sejam um segmento da engenharia, diferem da engenharia consul-tiva e da engenharia de construo, cujas atividades tm vida finita, cumprindo o ciclo de princpio, meio e fim. Trata-se de servios rotineiros, envolvendo repetitividade e constncia, com atividades de manuteno preventiva e corretiva, concomitantes e correlatas com aquelas que so precpuas da operao dos sistemas. Consequentemente, o negcio de concesses de servios de gua e esgotos pos-sui caractersticas diferentes dos negcios de consultoria e construo: em contratos de longa durao, so prestados servios a um mercado cativo de grande quantidade de pe-quenos clientes, com produto barato e faturamento estvel.

    A dimenso deste mercado pode ser avaliada pelas ne-cessidades de investimentos em saneamento bsico no Brasil, onde atingem a gigantesca cifra de 200 bilhes de dlares, para atender populao de 200 milhes de habi-tantes, com cerca de 50% concentrada em 3 000 cidades. Portanto, um setor que merece a ateno de efetivos em-preendedores que visam negcios e lucros no longo prazo.

    Outro entrave enganoso se prende constatao de que as tarifas praticadas pelos rgos governamentais so muito baixas e insuficientes para remunerar os servios. H ainda o mito que as atuais tarifas esto no limite da suportabilidade por parte da populao. Assim no consi-dero. De fato os servios de gua e esgotos so de custo to baixo em uma cesta-bsica, que no pode prosperar a

    ALUIZIO DE BARROS FAGUNDESPresidente do Instituto

    de [email protected]

    PALAVRA DO PRESIDENTE

    Entraves constantes nas concesses de servios de gua e esgotos

  • www.brasilengenharia.com.brengenharia 611 / 201210

    PALAVRA DO LEITORPALAVRA DO PRESIDENTE

    Com o advento da Lei 8.987, de 1995, a qual dispe sobre esta matria, observou-se uma bipolaridade de rea-es. Alguns governantes vislumbraram a soluo para o problema, imaginando o rpido concurso de empresrios no andamento da oportunidade. Entretanto, a corporao dos funcionrios das entidades estatais, com apoio de or-ganizaes maniquestas, reagiu contra a simples ideia da privatizao.

    De fato, muitos foram os problemas enfrentados pelos nefitos concessionrios, ficando claramente caracteriza-da a insegurana jurdica dos contratos. No obstante, foi promulgada a Lei das PPPs no penltimo dia de 2004, enunciando com clareza os aspectos legais antes contro-versos, mas no proibidos, buscando resolver o to pro-palado marco regulatrio, ad nauseam repetido como a nica soluo para reativar o interesse do empresariado. Um pouco mais adiante, no incio de 2007, veio a Lei do Saneamento Bsico, completando as regras legais da pres-tao desses servios. Infelizmente, os percalos das pri-meiras concesses postas em prtica ainda permanecem, desestimulando a iniciativa privada.

    O paradigma da desconfiana - J as reaes adversas, contra a iniciativa privada, ainda no foram aplacadas. Que-remos crer que apenas um longo tempo derrubar esse tipo de posicionamento fortemente ideolgico, com apelo social e, portanto, seriamente considerado pelos governantes.

    Apesar dos marcos regulatrios j citados, o conces-sionrio ainda est vulnervel ao Ato do Prncipe, ou seja, um decreto do governante poder trazer prejuzos not-veis ao negcio. De fato, este risco existe dentro de uma atitude que o jurista Maral Justen Filho apelidou de Demagogia Regulatria. Ou seja, inicialmente o governan-te atrai interessados com timas condies contratuais e, depois de consumado o contrato, passa a distribuir benes-ses para a populao servida, em detrimento do equilbrio das finanas do concessionrio. Basta a demagogia para que ocorra o dano. Considero perfunctria esta discusso generalista. O mago do problema dever, isto sim, ser tratado na legislao especfica, bem como claramente exposto no instrumento jurdico perfeito do contrato e edital dele integrante, caso a caso, para amparo jurdico do cumprimento do contrato.

    Outra confuso reinante est na instituio da entida-de reguladora prevista e devidamente conceituada na lei do saneamento bsico, a qual tem por finalidade precpua custodiar o regulamento da prestao dos servios. Nada alm disto. Entretanto, passaram a falar de Agncias Re-guladoras, como se fossem rgos mximos de conduo das obrigaes contratuais. Imaginaram e assim tem-se observado que uma agncia reguladora para ter indepen-dncia bastaria ser constituda como autarquia governa-mental. Proposio mendaz ou simplesmente ingnua para suprir a funo. Da foi um passo confundir agncia regula-dora com agncia de desenvolvimento. preciso rever estes conceitos, sob pena de o terceiro partcipe do contrato de concesso o usurio pagante dos servios continuar

    alijado do processo. A entidade reguladora necessariamente tem que ser fundamentada na sociedade civil.

    Considero ainda que o maior risco contratual no a caneta do governante, mas sim grande parte dos ope-radores do direito, que atuam sem assessoria tcnica de engenharia adequada. O artigo 175 da Constituio fala claramente dos direitos dos usurios. Apesar de a Lei 8.987/95 estabelecer parmetros necessrios e suficientes para delimitao destes direitos dos usurios, no meio ju-rdico o Cdigo de Defesa do Consumidor tem sido usado como base doutrinria, desconhecendo que servios de gua e esgotos no so mercadorias de prateleira e nem servios passiveis de operao metodolgica universal. Disto resultam monumentais equvocos em proposituras de toda a sorte de aes administrativas e judiciais, que abrangem desde aes civis pblicas propostas por orga-nizaes no governamentais ou por incautos promotores de justia, questionando a legalidade do contrato e inge-rindo, na prpria relao do pacto, at as comezinhas dis-cusses de atos rotineiros de supresso do abastecimento a inadimplentes ou de cobrana de servios de coleta de esgotos sem que haja o tratamento. Tudo isto sem falar na indstria do dano moral que prospera.

    Outro fato marcante o aspecto ideolgico de que o servio pblico no pode ser delegado ao empresariado privado. Nada mais recriminvel. A maior eficincia da ges-to privada em comparao com a gesto governamental f lagrante. Os custos operacionais da iniciativa privada so muito menores, nisto inclusa a inexistncia do inchao do corpo tcnico, decorrente de compromissos poltico-elei-torais. Da, as tarifas tm condies de ser menores. Como forte argumento, os atuais servios pblicos praticados pela administrao governamental e suas companhias revelam--se pssimos e insuficientes. Aqueles praticados pela inicia-tiva privada, poucos, diga-se de passagem, so adequados, seguros e econmicos. O empresrio privado, se descum-prir o contrato, est sujeito a sanes, inclusive perdendo o direito concesso. O agente governamental est livre de maiores percalos e continua a manter as finanas equili-bradas atravs da perversa sonegao do servio. Como diz o jurista Luiz Roberto Barroso, se um governante dispuser de recursos financeiros para implantar e sustentar um ser-vio pblico, ele pode ser ideolgico e manter o servio no mbito governamental. Mas se no dispuser desse recuso, o dever cvico tem de se impor ideologia, ele tem a obri-gao de convocar a iniciativa privada.

    Concluses - Evidentemente estas consideraes po-dem ser bastante ampliadas. Porm, o que se pretende com elas apresentar aspectos prticos do problema, tirando as lies que os equvocos das concesses pioneiras em sen-tido proativo, por serem corrigveis, tornando o negcio atrativo. Conclui-se ainda que a prestao dos servios pblicos de abastecimento de gua e/ou de esgotamento sanitrio possui caractersticas muito prprias, no po-dendo ser analisada sob os mesmos critrios e parmetros que norteiam outros segmentos da engenharia.

  • www.brasilengenharia.com.br engenharia 611 / 2012 11

    NEM A F MOVE MONTANHAS COM TANTA EFICINCIA.

    LINHA DE PS CARREGADEIRAS NEW HOLLAND.

    www.newholland.com.br

    CONHEA TODA A LINHA DE PS CARREGADEIRAS NEW HOLLAND,DE 128 A 213 HP: 12C, W130, W170B E W190B.

    000077_NHCE _NOVA LINHA DE COMUNICAO_AD21X28.indd 1 16/05/12 18:41

  • www.brasilengenharia.com.brengenharia 611 / 201212

    PALAVRA DO LEITORCARTAS&E-MAILStados. A primeira verso do programa previa investimentos de 43,5 bilhes de reais, enquanto a segunda edio prev 50,4 bilhes de reais, valores pratica-mente insignificantes diante da mag-nitude do problema e da urgncia em equacion-lo de forma realmente con-creta e capaz de sustentar o desenvolvi-mento que todos almejam.

    A questo extrapola a simples cons-tatao de que os valores aportados pelo programa esto muito aqum das necessidades do pas, mas diz respeito justamente forma como esses recursos podero ser viabilizados e empregados para dinamizar essa verdadeira corrida atrs da defasagem histrica do Brasil em infraestrutura.

    Muito se fala em concesses, parce-rias pblico-privadas e outras modali-dades de aportes de recursos, que no apenas os coletados pela mquina tribu-tria, j em patamares asfixiantes para a economia como um todo. Faltam estu-dos oficiais sobre inovaes em captao de recursos registradas com sucesso em alguns pases e que poderiam ser empre-gadas no pas, conforme peculiaridades e caractersticas regionais.

    Para acentuar a necessidade dessa regionalizao, no nascida apenas no mbito dos Estados, mas patrocinada pela Federao, vale lembrar que o Rio de Janeiro hoje um canteiro de obras, enquanto So Paulo pontifica como o Estado cuja malha rodoviria mescla concesses com estradas administradas pelo DER-SP, consideradas as melhores do pas, e atende em boa parte s neces-sidades de movimentao estratgica de suas riquezas e d suporte ao seu desen-volvimento. Outras unidades da Federa-o, no entanto, patinam sobre estradas no pavimentadas, sujeitas a enchentes e destruies peridicas, pontes e es-truturas aqum de qualquer viabilidade operacional, em escandaloso regime de apenas tentar compensar os prejuzos, isto quando atingem tal magnitude que comovem a opinio pblica.

    Isso posto, omitindo-se outros as-pectos fundamentais como ferrovias, portos, aeroportos e demais suportes para o setor, chegada a hora de a so-ciedade civil arregimentar-se para es-tudar e encaminhar ao governo federal propostas das mais diversas naturezas para que o Brasil possa superar essa estagnao o mais rpido possvel. inadmissvel que a grande maioria das camadas produtoras do pas permanea

    em uma espcie de apatia generalizada, consumindo e aceitando apenas dados oficiais sobre valores e investimentos anunciados como grandes realizaes, mas distantes das metas de transforma-o do pas em uma grande nao.

    Esse tipo de reao, independen-te de conotaes polticas ou setoriais, caso seja levada avante, tem todas as condies de inverter e dinamizar esse ponto fundamental para a consolidao do desenvolvimento que o Brasil j ce-lebra, mas na realidade se encontra na fase inicial. A sociedade no pode per-mitir que, por falta de audcia e arrojo de seus representantes, o Brasil continue permitindo-se olhar para o futuro e no traz-lo para a realidade presente, como tem sido feito h tantas dcadas.Eng Joo Leopoldino NetoPrimeiro vice-presidente do Sindicato da Indstria da Construo Pesada do Estado de So Paulo (Sinicesp)So Paulo SP

    O FIm DA EScOLA DE ENGENhARIA cOmOA cONhEcEmOS

    Em 1999 a professora Denise Con-sonni props uma disciplina para o se-gundo ano da engenharia eltrica da Escola Politcnica da USP, na qual os alunos deveriam realizar um trabalho, sob orientao. Esperavam-se traba-lhos simples, como aqueles realizados para as feiras de cincia. No foi o que aconteceu. A qualidade dos trabalhos superou todas as expectativas. Os re-cursos de tcnicas avanadas de simu-lao, telemetria, controle e automa-o foram aplicados com frequncia nos projetos.

    Um ex-aluno, hoje engenheiro ele-tricista, durante a graduao fez parte de um grupo de estudos cujo objetivo era participar de uma competio de aeronaves guiadas. Sua responsabili-dade no projeto era avaliar a dinmi-ca de voo, com simulaes numricas sofisticadas, para otimizar o consumo de combustvel e a capacidade de car-regamento da aeronave. O chefe da equipe poca era um aluno do curso de engenharia naval e ocenica e os demais membros, oriundos de diver-sas modalidades da Epusp. No faziam parte do grupo alunos com especia-lidade em engenharia aeronutica e, ainda assim, a equipe ganhou vrios prmios nas competies nacionais e internacionais de que participou.

    mAIS FERROvIASEu, paulistano da gema (bairro da

    Aclimao), sou filho de ferrovirios. Tanto o meu av como o meu pai foram ferrovirios da ento RFFSA (So Paulo SPR). Eles trabalharam nas oficinas, no bairro da Lapa, na capital. E eu sou me-trovirio desde 1978, com muita honra ...

    Se no existisse a ferrovia (sculo 19), no existiria o nosso grande Metr. O Metr, como o trleibus (Linha Ma-chado de Assis/Cardoso de Almeida) na dcada de 1950, comearam no bairro paulistano da Aclimao. A grande Acli-mao, bairro nobre ...

    Precisamos nos unir para dar um rumo positivo para o sistema metrofer-rovirio. Vai Metr! ...Eng Odcio BragaMetr-SPSo Paulo SP

    ESpEcIAL cpTm 20 ANOSA edio especial da REVISTA ENGE-

    NHARIA (n 610) uma justa homenagem nossa irm mais velha, a CPTM, que vem se transformando dia a dia!Eng Nestor Soares TupinambMetr-SPSo Paulo SP

    INFRAESTRUTURA O GARGALO

    Pas de dimenses continentais, o Brasil continua caminhando em assusta-dora marcha lenta no que se refere a um ponto vital para seu desenvolvimento, a infraestrutura. Impossvel continuar tentando minimizar as consequncias da falta de polticas e de empreendedoris-mo em um setor que apenas patina des-de o sculo passado, com as excees de praxe que no solucionam o problema, apenas colaboram para acentuar ainda mais o generalizado descaso oficial em relao ao assunto.

    Os nmeros do Programa de Acelera-o do Crescimento (PAC), anunciados e celebrados como uma espcie de alforria para a servido da economia brasileira a um sistema intermodal de transportes abaixo de qualquer qualificao, ain-da esto longe de dizer a que realmente vieram. At porque os prprios valores anunciados como aporte de recursos para as duas etapas do PAC pouco significam para as reais necessidades do setor.

    Em seus 8,5 milhes de quilmetros quadrados de rea o Brasil possui 1,76 milho de quilmetros de estradas, com apenas 212 000 quilmetros pavimen-

  • www.brasilengenharia.com.br engenharia 611 / 2012 13

    Outro estudante, egresso do curso de engenharia meta-lrgica, aproveitou o programa de internacionalizao da Epusp para realizar parte do seu currculo em uma grande escola italiana. Voltou para o Brasil. Concluiu seu curso e se dedicou aos estudos de economia e desenvolvimento pelos quais se apaixonou durante seu estgio italiano. Hoje tra-balha na Guin-Bissau, para uma empresa americana, na conduo de um projeto de gesto pblica.

    Os relatos desses trs casos so emblemticos. No pri-meiro, por se tratar de uma disciplina inicial, observa-se que os trabalhos realizados pelos estudantes utilizam-se de tcnicas e metodologias que sero a eles apresentadas ape-nas nos semestres finais de seu curso e, em muitos casos, tais tcnicas so apresentadas somente em cursos de ps--graduao. Projetos envolvendo a utilizao de tcnicas de otimizao, mtodos numricos sofisticados e utilizao de novos materiais so comuns nesta disciplina, o que mos-tra que os alunos aprendem fazendo, e no seguindo uma sequncia lgica de aprendizado tradicional. Isso atesta que o aprendizado no uma linha de montagem e no precisa ficar preso a uma cadeia rgida, repleta de pr-requisitos.

    O segundo caso mostra que a habilitao escolhida pelo estudante no limita sua capacidade de desenvolver um trabalho de qualidade em habilitaes distintas daquelas escolhidas no incio de sua vida acadmica. A escolha de uma carreira irrelevante para o sucesso intelectual. So inmeros os exemplos de engenheiros que se tornaram bri-lhantes profissionais em outras reas do conhecimento.

    O terceiro caso mostra como voltil a preferncia de um estudante por uma determinada profisso. Basta dar a ele oportunidades de tomar contato com outras carreiras, para que a fidelidade sua preferida seja colocada facil-mente em cheque. A f lexibilidade e a mobilidade curricular devem ser partcipes de sua formao.

    Em vista destes exemplos ser que no precisamos re-f letir sobre o papel da universidade na formao de nossos jovens, em particular de nossos jovens engenheiros? O que fazer para navegar de uma estrutura rgida e cristalizada, que nos confina em silos, para uma estrutura f lexvel e moldvel, na qual a especializao seja substituda pela vi-so sistmica de um problema?

    A evidncia maior tem mostrado que a multidisciplinari-dade a chave da inovao e da criatividade. Esta postura, inicialmente praticada pelas universidades americanas, foi assumida h anos pelos europeus e asiticos, para tentar recuperar o terreno de sua inf luncia mundial.

    A participao das artes, do design, das cincias biom-dicas e das cincias polticas dever transitar nos currculos modernos das engenharias se quisermos ver nossos jovens engenheiros com competncia criativa e de liderana, ca-pazes de nos colocar na posio mundial que imaginamos estar.

    Concluindo, cabe a ns criar em todas as escolas de enge-nharia um ambiente nico, com todas as facilidades para que o estudante possa por a mo na massa, onde todas as ideias f luam livremente, isentas das presses acadmicas, e que seja frequentado por estudantes de outras reas, para que desta promiscuidade acadmica f loresa a criatividade.Eng Jos Roberto CardosoDiretor da Escola Politcnica da USPSo Paulo SP

  • www.brasilengenharia.com.brengenharia 611 / 201214

    PALAVRA DO LEITOR

    E voc achando que 100%fosse o mximo que algumpudesse se dedicar.Sabesp 300%: 100% de gua tratada, 100% de esgoto coletado e 100% de esgoto tratado.

    O saneamento transforma a vida das pessoas. Por isso, no medimos esforos para levar, at 2014, o Sabesp 300% para todos os municpios do interior atendidos pela Sabesp. E, at 2018, para todas as outras cidades atendidas por ns. Saiba mais acessando www.sabesp.com.br/RS2011

    CARTAS&E-MAILS

    NORmA DE DESEmpENhO E AcSTIcAA Norma de Desempenho, NBR 15.575,

    cuja exigibilidade est prevista para incio de 2013, dever promover muitas melhorias no conforto acstico das unidades habita-cionais no Brasil. Essa uma tima notcia para os compradores de imveis, pois o conforto acstico sempre foi negligencia-do pelos empreendedores, justamente por falta de uma regulamentao. Problemas como o desconfortvel toc-toc na laje do vizinho de cima, vazamento de som entre dormitrios, janelas e portas que no iso-lam rudos da rua ou entre cmodos, ins-talaes hidrossanitrias e equipamentos barulhentos esto com os dias contados.

    Esses problemas se tornaram comuns a partir de meados de 1970, quando se iniciou um movimento pela racionalizao da cons-truo civil. Em nome do desenvolvimen-to tecnolgico as estruturas foram ficando mais leves, as paredes menos espessas, as janelas e portas, mais finas. Ou seja, houve um processo de reduo do peso das cons-trues, com o intuito de economizar. Dessa maneira o conforto acstico foi um dos itens que mais sofreu, pois o isolamento acstico regido, grosso modo, pela lei das massas: quanto mais densa e pesada uma laje, uma parede, uma porta ou uma janela, menos ru-dos so transmitidos atravs delas.

    A questo que, na dcada de 1990, chegamos a um limite tal, de uma laje de concreto ter apenas 7 cm de espessura, sem contrapiso, a conhecida laje zero. Resultado: os apartamentos se converteram em caixas de ressonncia comprometendo a qualidade acstica e o sossego dos moradores.

    Agora, com a entrada em vigor da Nor-ma de Desempenho, o setor vai passar por uma conscientizao geral e obrigatria, j que as normas tcnicas brasileiras tm valor de lei. Os usurios tero acesso a es-sas informaes e podero reclamar quan-do constatarem problemas acsticos em seus apartamentos. A NBR 15.575 define as classes de desempenho acstico (M-nimo, Intermedirio e Superior) e, apesar de a maioria dos ndices de desempenho acstico mnimos serem baixos, se com-parados s normas europeias, pelo menos vemos surgir um patamar que, ao longo do tempo, dever ser cada vez mais exigente.

    claro que no vamos voltar no tem-po e construir como h 40 anos. Na ver-dade o mercado dispe de tecnologias, com produtos e sistemas de isolamento acstico que passaro a ser mais utiliza-dos, com cuidado e critrio.

    Uma das melhorias imediatas em rela-o ao conforto acstico que as paredes

    de geminao entre dormitrios e outros ambientes passem a ter um desempenho mnimo de 45 dB de isolamento. Assim, voltam as paredes de alvenaria com espes-sura mnima de 20 cm, que vinham sendo construdas com espantosos 9 cm de es-pessura. Se a parede for de drywall, ge-ralmente com 10 cm de espessura, podem ser adotadas solues de isolamento acs-tico tais como l de vidro e l de rocha entre as duas placas de gesso acartonado.

    Vai acabar tambm a moda de fazer lajes de concreto com espessura menor que 10 cm. Essa soluo est definitiva-mente condenada. Alm disso, os edifcios de padro popular, como os do programa Minha Casa, Minha Vida, tero de ter lajes de cobertura. Tambm acabam as janelas com duas folhas de alumnio e apenas uma folha de vidro, cujo desempenho acstico sofrvel. A partir de agora sero necessrias duas folhas de vidro, no mnimo. A qua-lidade da instalao das janelas tambm ter de melhorar, pois a norma vai exigir desempenho mnimo da fachada de 25 dB de isolamento acstico, em mdia, quando antes esse valor ficava em torno de 15 dB.

    O setor de portas e batentes tambm dever adequar-se s novas exigncias de desempenho acstico, principalmente no que se refere aos sistemas de paredes inter-nas que dividem o apartamento dos halls e das reas de circulao. As portas sero os elementos mais importantes para garantir o desempenho acstico mnimo do sistema.

    Dessa maneira, acredito que a Norma de Desempenho trar correes em nossa cultura construtiva, que vem privilegian-do apenas a economia de custos e margens de lucros, em detrimento do conforto e do bem-estar dos usurios. A ProAcstica pretende criar um manual para orientar os construtores a respeito das solues que podem ser adotadas, j que a norma, pelo fato de tratar de desempenho e no de valores numricos, tem como objetivo definir as classes de desempenho acstico e no ndices.Eng Davi AkkermanPresidente da Associao Brasileira para a Qualidade Acstica (ProAcstica) e diretor da Harmonia AcsticaSo Paulo SP

    ERRATA ISobre a reportagem Nos trilhos do

    futuro, da edio 610, seguem as corre-es abaixo.1) Na pgina 94, 3 coluna, onde se l um trilho tinha configurao do tipo 50 tone-ladas por eixo num lugar e de 57 toneladas em outro trecho, leia-se existem tipos de trilhos TR 50 e TR 57 (peso do trilho, em quilos, por metro linear). Na mesma pgina e coluna, na referncia a bitolas, esclarea-se que a bitola mtrica (1 metro entre trilhos) e bitola mista (bitola mtrica + bitola de 1,60 metro na mesma via) foram herdadas pela CPTM do sistema Fepasa, en-quanto o sistema da CBTU, em So Paulo, operava com bitola larga , de 1,60 metro.2) Na pgina 96, 1 coluna, onde se l lanamento de carro, leia-se lanamen-to de cabo.3) Na pgina 96, 2 coluna, onde se l 1 548 trens que compartilham das mesmas linhas, com uma mdia de 90 trens de carga, diaria-mente, leia-se so realizadas 2 600 viagens de trens de passageiros diariamente e apro-ximadamente 80 viagens de trens de carga.4) No final da 3 coluna da pgina 96, onde se l conectar com Linha 1-Azul do Me-tr, leia-se que na Estao Brs h inte-grao com a Linha 3-Vermelha do Metr.5) Na pgina 99, 1 coluna, onde se l 109 trens, leia-se 105 trens.

    ERRATA IINa matria intitulada Um ativo de-

    fensor da autonomia tecnolgica (pgina 205 da edio 610), no primeiro pargrafo, onde se l revista inglesa de engenharia eltrica do Project Manegement Institute, leia-se revista inglesa de engenharia el-trica do IEEE. No mesmo pargrafo, onde se l transporte dirio de 4,5 milhes de passageiros, leia-se transporte dirio de 9,6 milhes de passageiros. No penlti-mo pargrafo, onde se l a parte eltrica (ficou) com a Promover, leia-se a parte eltrica (ficou) com a Brown Boveri.

    Comentrios sobre o contedo editorial da REVISTA ENGENHARIA, sugestes e crticas devem ser enca-minhadas para a redao: Rua Alice de Castro, 47 CEP 04015 040 So Paulo SP Fax (11) 5575 8804 ou 5575 1069 ou por E-mail: [email protected]

    Como contatar a REVISTA ENGENHARIAAs cartas redao devem trazer o nome, ende-reo e nmero da cdula de identidade do lei-tor, mesmo aquelas enviadas pela internet. Por questes de espao e clareza a revista reserva-se o direito de resumir as cartas.

  • www.brasilengenharia.com.br engenharia 611 / 2012 15

    E voc achando que 100%fosse o mximo que algumpudesse se dedicar.Sabesp 300%: 100% de gua tratada, 100% de esgoto coletado e 100% de esgoto tratado.

    O saneamento transforma a vida das pessoas. Por isso, no medimos esforos para levar, at 2014, o Sabesp 300% para todos os municpios do interior atendidos pela Sabesp. E, at 2018, para todas as outras cidades atendidas por ns. Saiba mais acessando www.sabesp.com.br/RS2011

  • www.brasilengenharia.com.brengenharia 611 / 201216

    PALAVRA DO LEITOR

    21- 22 Nov 2012Expo Center Norte | So Paulo - Brasil

    Representantesnacionais e internacionais

    Excelentes possibilidadespara os fornecedores

    Relaes com especialistasenvolvidos no setor

    Registre-se online para credencial gratuita

    [email protected]

    Tel: (11) 5087.8967

    Organizao

    Novas tecnologiasParafusos, rebites,

    porcas, arruelas,pregos, grampos,

    chumbadores e outros

    Fastener Fair Brasil uma feira dedicada ao setorde fixao e suas tecnologias que oferece umaexcepcional oportunidade para fazer negcios.

    C

    M

    Y

    CM

    MY

    CY

    CMY

    K

    PT-anuncio-210x140 5mm.pdf 1 17/08/2012 10:02:21

    s colegas geotcnicos (engenheiros geotcnicos e gelo-gos de engenharia) que me leem por certo tm testemu-nhado pessoalmente casos de empreendimentos (dos mais variados tipos) que em sua implantao esto a cometer

    erros geotcnicos crassos, os quais, por sua natureza, agridem nossa racionalidade tcnica e nossa conscincia profissional.

    Com a esperada retomada do crescimento econmico nacional, multiplicam-se os empreendimentos nos mais variados setores de nos-sa atividade, e na mesma proporo tem-se multiplicado as situaes referidas, onde se percebe que os procedimentos tcnicos aplicados ficam distantes e apartados do grande conhecimento que a geotecnia brasileira produziu e acumulou ao longo das ltimas dcadas.

    Esse paradoxo entre o grau de excelncia em quantidade e quali-dade do conhecimento disponvel e a mediocridade do conhecimento realmente aplicado em um grande nmero de empreendimentos, pelos enormes prejuzos econmicos, patrimoniais e institucionais que vm impondo sociedade brasileira, administrao pblica e aos empre-endedores pblicos e privados (em mais um triste espetculo de ge-neralizada impunidade), est a merecer uma ateno maior e de car-ter resolutivo por parte dos geotcnicos brasileiros, de suas entidades tcnico-cientficas e dos rgos de fiscalizao profissional.

    Obras virias urbanas, intermunicipais e interestaduais, empreen-dimentos urbanos de carter comercial, cultural ou lazer, servios e obras de drenagem e saneamento, servios e obras de irrigao e adu-o hdrica, depsitos e centros logsticos de distribuio periurba-nos, instalaes industriais, loteamentos e condomnios habitacionais ou empresariais, grandes obras prediais etc., fazem parte do grande elenco de empreendimentos que vm negligenciando os devidos e imprescindveis cuidados geotcnicos.

    Ruptura de taludes, processos erosivos e assoreadores, recalques em fundaes, variaes crticas do nvel fretico local e regional, abatimentos de terrenos, comprometimento de instalaes de vizi-nhana, deteriorao precoce de infraestrutura pblica e privada,

    acidentes durante e aps a implantao da obra, incompatibilidade entre soluo adotada e problema objeto etc., so algumas das co-muns decorrncias da referida negligncia. H tambm que se levar em considerao os prejuzos envolvidos no contnuo comprometi-mento da imagem da engenharia brasileira.

    Como solucionar esse paradoxo tecnolgico estabelecido pela no utilizao prtica e plena do conhecimento e da experincia geotcni-ca disponvel? No como a nica providncia nesse sentido, mas creio firmemente que o estabelecimento da obrigatoriedade de os empre-endimentos de mdio e grande portes apresentarem, como condio para obter seu alvar de construo, um Plano de Gesto Geolgico--Geotcnica, elaborado e assinado por empresa ou profissional para tanto formalmente credenciado, possa se constituir em uma virtuosa deciso. Esse plano dever demonstrar todos os estudos, avaliaes e decises de carter geolgico-geotnico adotados para que a implan-tao e futura operao do empreendimento no apresentem defici-ncias dessa ordem. De tal forma que fiquem perfeitamente expressas as responsabilidades profissionais envolvidas em eventuais problemas que possam vir a ocorrer durante e aps as operaes de implantao fsica do empreendimento. O plano no envolveria os projetos geotc-nicos que se faam necessrios propriamente ditos, mas sim a previso de todos os projetos e medidas de carter geotcnico que devero ser observados e desenvolvidos desde a concepo at a entrega ope-racional do empreendimento. Constituiria, assim, um expediente de gesto e planejamento, com claro carter preventivo.

    Esse, obviamente, apenas o arcabouo da ideia proposta. H v-rios detalhes a serem bem resolvidos, como a definio exata do carter de mdio e grande portes dos empreendimentos; quais seriam as ins-tituies credenciadoras de empresas e profissionais habilitados ela-borao e implementao do Plano de Gesto Geolgico-Geotcnica; quais as condies para esse credenciamento; qual seria o ordenamento mnimo desse plano; os rgos fiscalizadores; as penalizaes etc.

    Um bom primeiro passo para aprofundamento do tema e formali-zao de uma primeira proposta seria a constituio de um Grupo de Trabalho por parte da Associao Brasileira de Mecnica dos Solos e Engenharia Geotcnica (ABMS) e a Associao Brasileira de Geologia de Engenharia (ABGE).

    EMPREENDIMENTOS DE MDIO EGRANDE PORTES: AOBRIGATORIEDADE DE ELABORAOE ADOO DE UM PLANO DE GESTOGEOLGICO-GEOTCNICA

    LVARO RODRIGUES DOS SANTOS*

    * lvaro Rodrigues dos Santos gelogo, consultor em geologia de engenharia, geotecnia e meio ambiente; foi diretor do IPT; criador da tcnica Cal-Jet de proteo de solos contra a eroso; o autor dos livros Geologia de Engenharia: Conceitos, Mtodo e Prtica; A Grande Barreira da Serra do Mar; Cubato; e Dilogos GeolgicosE-mail: [email protected]

    0

    5

    25

    75

    95

    100

    QUALITASurbissegunda-feira, 19 de abril de 2010 17:33:20

  • www.brasilengenharia.com.br engenharia 611 / 2012 17

    metros quadrados de rea, o Brasil possui 1,76 milho de quilme-tros de estradas, sendo que apenas 212 000 quilmetros constam das estatsticas como pavimentadas mas, na realidade, a maioria em pssimo estado de conservao.

    Extrapolando-se os setores areo e martimo, tambm muito aqum de qualquer exigncia de desenvolvimento, possvel avaliar que a ao mais urgente seria a ampliao da malha rodoviria em cerca de 4,4 milhes de quilmetros e recuperao de pavimentao e obras de mais de 560 000 quilmetros. Tambm razovel entender que essa amplitude territorial exige recursos que extrapolam as verbas oficiais e, portanto, devem ser buscados na iniciativa privada outra estratgia que o governo vem conduzindo com certos melindres que no se justi-ficam, principalmente diante dos desafios deste terceiro milnio.

    H pontos positivos no recente pacote de concesses anunciado pelo governo. Mas, diante da morosidade com que as decises so imple-mentadas quando o so , algum ceticismo inevitvel. Como ponto positivo para a meta de viabilizar por meio de concesses para explo-rao de rodovias e ferrovias investimentos da ordem de mais de uma centena de bilhes de reais para as prximas dcadas, est a priorizao da estatal de projetos estratgicos. Essa, a mais recente aposta para a to essencial dinamizao do PAC. Mais uma esperana de novo, moderno, e mais eficaz estilo de concretizar e ampliar as fronteiras desses planos.

    Sem infraestrutura moderna e eficiente ilusrio acreditar que o Brasil poder assegurar concretamente sua posio de pas desen-volvido no concerto das demais naes. E esse deve ser o objetivo da nao, inclusive de todos os brasileiros (que dependem dessa alavan-cagem para igualmente crescer).

    * Silvio Ciampaglia engenheiro, presidente do Sindicato da Indstria da Construo Pesada do Estado de So Paulo (Sinicesp)

    mbora o governo insista em anunciar investimentos em diferentes reas do Programa de Acelerao do Cresci-mento (PAC), saudado desde sempre como fundamental para conter o baixo desenvolvimento do pas, na reali-

    dade pouco est sendo de fato concretizado e em velocidade muito aqum das exigncias da hora.

    Seja qual for o ngulo desse grande pacote, quando analisado por diferentes profissionais da matria, o raciocnio final fundamenta-se sempre na falta de dinmica para acelerar o trajeto planejamento / realizao. O governo enreda-se entre concesses previstas j no pla-no inicial do PAC, que nunca saram do papel, liberao de recursos a mais ou a menos de forma quase aleatria, restries e questio-namentos de rgos do prprio governo, uma srie interminvel de obstculos que impedem qualquer trajetria desenvolvimentista.

    inegvel que o crescimento econmico do Brasil est aqum de suas possibilidades e embora sofra efeitos da crise mundial tambm no possvel atrelar uma coisa outra. A questo fundamental, e que muitos insistem em manter em segundo plano, que o pas dispe de uma minguada e arcaica infraestrutura, que entre tantos outros efeitos, mina sua reconhecida produtividade e destri qualquer em-preendimento que necessite de logstica atualizada e gil.

    O setor de transportes terrestre, martimo e areo vem sendo tratado burocraticamente h dcadas. Em seus 8,5 milhes de quil-

    FALTA DINMICA NA CONCRETIzAODOS PROGRAMAS DE INvESTIMENTOSOFICIAIS

    SILVIO CIAMPAGLIA*

    21- 22 Nov 2012Expo Center Norte | So Paulo - Brasil

    Representantesnacionais e internacionais

    Excelentes possibilidadespara os fornecedores

    Relaes com especialistasenvolvidos no setor

    Registre-se online para credencial gratuita

    [email protected]

    Tel: (11) 5087.8967

    Organizao

    Novas tecnologiasParafusos, rebites,

    porcas, arruelas,pregos, grampos,

    chumbadores e outros

    Fastener Fair Brasil uma feira dedicada ao setorde fixao e suas tecnologias que oferece umaexcepcional oportunidade para fazer negcios.

    C

    M

    Y

    CM

    MY

    CY

    CMY

    K

    PT-anuncio-210x140 5mm.pdf 1 17/08/2012 10:02:21

    0

    5

    25

    75

    95

    100

    QUALITASurbissegunda-feira, 19 de abril de 2010 17:33:20

  • www.brasilengenharia.com.brengenharia 611 / 201218

    CURTASCURTAS

    WWW.BRASILENGENHARIA.COM.BRENGENHARIA 611 / 201218

    XYLEM

    BOMBEAMENTO DE GUAS RESIDUAISA Xylem - detentora das marcas Flygt, Godwin, Sanitaire, Leopold e Wedeco e lder mundial em transporte e tratamento de gua e efluentes, acaba de lanar um produto especialmente desenvolvido para o bombeamento de guas residuais, o Flygt Experior. Este novo conceito combina hidrulica avanada, motores premium de classe IE3 e controle inteligente, esse conjunto reduz em at 50% o consumo de energia da estao.O novo sistema de controle pr-programado SmartRun dispe de interface extremamente intuitiva que permite alteraes avanadas com pouco ou nenhum treino. Alm disso, o SmartRun calcula e opera em velocidade ideal, minimizando as perdas de carga no sistema, maximizando a eficincia da bomba e a economia de energia.O impulsor Adaptive N, desenvolvido para mover-se axialmente quando necessrio, permite que fibras e slidos passem pela bomba minimizando o risco de entupimento. A tecnologia N oferece trs configuraes diferentes do conjunto hidrulico que atendem s mais diversas necessidades: Ferro Fundido para aplicaes tpicas de guas residuais; Hard-Iron para aplicaes em guas residuais abrasivas e/ou corrosivas; Cortadora

    para aplicaes em guas residuais que contenham fibras longas.A Xylem (Zilem) uma das maiores fornecedoras mundiais de tecnologia voltada para gua, permitindo a seus clientes transportar, tratar, analisar e utilizar a gua de maneira mais eficiente, em servios pblicos, residncias, instalaes comerciais e industriais, assim como na agricultura. A empresa est presente em mais de 150 pases atravs de diversas marcas lderes de mercado; seu pessoal especializado em uma ampla gama de aplicaes, com foco no encontro de solues locais para os mais desafiadores problemas mundiais relacionados gua. Lanada em 2011 a partir da separao dos negcios da ITT Corporation, a Xylem tem sede em White Plains, N.Y., com receita anual em 2011 equivalente a 3,8 bilhes de dlares e 12 500 empregados ao redor do mundo. Aqui no Brasil, a Xylem possui escritrios nos estados de So Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Par, Santa Catarina,

    Bahia e Esprito Santo. A empresa detentora das marcas Flygt, Godwin, Sanitaire, Leopold e Wedeco, entre outras.

    DIV

    ULG

    A

    O

    VEDACIT/OTTO BAUMGART

    IMPERMEABILIZAR COBERTURAS EXPOSTAS COM MANTA LQUIDAA manta lquida Vedapren Fast inova ao reunir em um s produto secagem ultrarrpida e nmero de demos reduzido so necessrias apenas duas demos, com intervalo de duas horas entre elas, em temperatura de 25C.De fcil aplicao, tem excelente cobertura, alto rendimento, grande elasticidade, proteo contra os raios solares e ecologicamente correto. Possui ao fungicida e isento de amonaco.Com embalagem retangular, exclusiva no segmento da marca, o Vedapren Fast est

    disponvel nas cores concreto, terracota, verde e branco, e proporciona proteo contnua e impermevel cobertura da estrutura.Pode ser aplicado sobre lajes de concreto pr-moldadas; marquises; coberturas inclinadas como abbadas e sheds; calhas e canaletas de PVC, zinco e fibrocimento; telhados de fibrocimento, barro e zinco; telhas ecolgicas; entre outros. muito eficaz tambm se aplicado sobre a Manta Asfltica Vedacit Transitvel, pois confere maior durabilidade impermeabilizao.Para mostrar como simples utilizar o produto, a Vedacit/Otto Baumgart preparou um passo a passo bem explicativo. Confira!

    Como aplicar o Vedapren FastMaterial necessrio: Vedapren Fast (galo de 5 Kg ou baldes de 15 Kg ou 24 Kg); culos de segurana, avental de PVC e luvas de borracha; Airless, broxa, pincel, trincha, rolo de textura acrlica ou vassoura de cerdas macias.Obs: no passo a passo a seguir o produto foi aplicado com pincel e rolo de texturaRendimento: Galo de 5 Kg = 4 m; Balde de 15 Kg = 12,50 m; Balde de 24 Kg = 20 m

    Procedimento: (1) Em concreto limpo e seco, sem a impregnao de produtos que prejudiquem a aderncia da regularizao da superfcie, aplique um composto adesivo (cimento, areia, Bianco e gua). Em seguida, lance a argamassa (cimento, areia e gua) na espessura de 2 cm, com caimento de 1% em direo aos coletores, arredondando os cantos. Aguarde em torno de sete dias para que argamassa seque adequadamente. (2) Aplique uma camada de Vedapren Fast diluda em 10% de gua potvel. A diluio proporciona melhor penetrao do produto na regularizao. (3) Trincas, ralos e rodaps devem ser revestidos com o tecido Vedatex antes da segunda demo. (4) Aps duas horas da primeira demo de Vedapren Fast, aplique a segunda, sem diluir o produto, para finalizar a impermeabilizao.Ateno: quando necessrio, preencha as juntas de dilatao com Vedaflex, para maior segurana. Para profundidade acima de 1 cm, limitar primeiramente com o Tarucel.Dica: para assistir ao vdeo sobre a aplicao do Vedapren Fast, acesse: h t t p : / / www. veda c i t . c om .b r / i n f o t eca /videoteca/1327-vedapren-fast

    DIV

    ULG

    A

    O

    Curtas 611.indd 18 05/10/2012 14:31:23

  • www.brasilengenharia.com.br engenharia 611 / 2012 19

    Destinao nal do lixo com tecnologia de

    ponta para proteger o meio ambiente.

    Servios de limpeza aprovados pela populao

    das cidades atendidas.

    Manufatura ReversaReciclagem de equipamentos

    eletroeletrnicos mais de 85% de reaproveitamento.

    Coleta e Transporte feitos com segurana at

    a destinao correta dos resduos.

    Biogs e Crditos de carbono

    Uma das operaes maisecientes do mundo.

    Produo de CDR - Combustvel Derivados de ResduosTransformandolixo em energia.

    Canteiros de mudas para o reorestamento. Mais de 120 mil rvores nativas plantadas no Brasil.

    Responsabilidade Scioambiental

    Instituto EstreEducao ambiental.Mais de 65 mil alunos e 4 mil professores atendidos.

  • www.brasilengenharia.com.brengenharia 611 / 201220

    PALAVRA DO LEITORCURTASCURTAS

    WWW.BRASILENGENHARIA.COM.BRENGENHARIA 611 / 201220

    METR-SP

    TRINTA E OITO ANOS DE OPERAO O Metr de So Paulo faz histria a cada dia que passa. Em 14 de setembro passado completou 38 anos de operao comercial, uma semana aps o sistema metrovirio na capital ter batido seu recorde dirio de transporte, com 4,7 milhes de usurios. So nmeros impressionantes e que no param de crescer. Estamos no caminho certo. Alm da

    modernizao de toda a frota original de trens para melhorar o desempenho e a segurana da operao, a Cia. do Metr avana com quatro grandes empreendimentos para a ampliao de sua rede de servio. At 2014 deveremos superar os 100 quilmetros de extenso de rede metroviria, garante Peter Walker, diretor-presidente da Companhia.

    GEOCOMPANY

    IMPLANTAODE TNEL C o m p l e t a d o e m s e t e m b r o p a s s a d o , com projeto bsico, projeto executivo e Acompanhamento Tcnico de Obra (ATO) da GeoCompany, passar pelo Tnel da Base Naval de Itagua o submarino nuclear brasileiro. A Diretoria de Obras Civis da Marinha (DOCM) vem realizando anlises tcnicas de execuo do tnel do EBN. As referidas anlises envolvem no apenas as questes relacionadas ao dimensionamento das estruturas em concreto armado, mas principalmente os aspectos geotcnicos do empreendimento. Cabe ressaltar a importncia da interpretao dos resultados da modelagem numrica 3D realizada no trecho do macio rochoso onde h o cruzamento entre os tneis do EBN e da empresa MMX. Nesse caso, as anlises das tenses e deformaes geradas pelas escavaes em rocha, previstas na mode lagem e laborada na empresa GeoCompany Tecnologia, Engenharia e Meio Ambiente, foram fundamentais na deciso quanto distncia a ser estabelecida entre ambos os tneis.

    DIV

    ULG

    A

    O

    LEO

    NA

    RD

    O M

    OR

    EIR

    A

    VOLVO

    MAIS PRESENA NAAMRICA LATINA O grupo Volvo Amrica Latina est expandindo suas operaes e investindo para continuar ganhando mercado. A companhia est aumentando sua rede de concessionrios no Brasil e demais pases latino-americanos. Queremos reforar nossa liderana, proporcionada principalmente pelos atributos de nossos caminhes: baixo consumo de combustvel, alta disponibilidade e grande robustez, diz Roger Alm, presidente do grupo Volvo Amrica Latina. A companhia tambm est promovendo a integrao de suas outras trs marcas os caminhes das marcas UD, Renault e Mack. Somos uma empresa multimarcas, com uma oferta de produtos bastante ampla e que atende a todas as necessidades dos transportadores, observa o presidente.

    Curtas 611.indd 20 05/10/2012 14:31:39

  • www.brasilengenharia.com.br engenharia 611 / 2012 21

    CURTAS

    WWW.BRASILENGENHARIA.COM.BRENGENHARIA 611 / 201220

    METR-SP

    TRINTA E OITO ANOS DE OPERAO O Metr de So Paulo faz histria a cada dia que passa. Em 14 de setembro passado completou 38 anos de operao comercial, uma semana aps o sistema metrovirio na capital ter batido seu recorde dirio de transporte, com 4,7 milhes de usurios. So nmeros impressionantes e que no param de crescer. Estamos no caminho certo. Alm da

    modernizao de toda a frota original de trens para melhorar o desempenho e a segurana da operao, a Cia. do Metr avana com quatro grandes empreendimentos para a ampliao de sua rede de servio. At 2014 deveremos superar os 100 quilmetros de extenso de rede metroviria, garante Peter Walker, diretor-presidente da Companhia.

    GEOCOMPANY

    IMPLANTAODE TNEL C o m p l e t a d o e m s e t e m b r o p a s s a d o , com projeto bsico, projeto executivo e Acompanhamento Tcnico de Obra (ATO) da GeoCompany, passar pelo Tnel da Base Naval de Itagua o submarino nuclear brasileiro. A Diretoria de Obras Civis da Marinha (DOCM) vem realizando anlises tcnicas de execuo do tnel do EBN. As referidas anlises envolvem no apenas as questes relacionadas ao dimensionamento das estruturas em concreto armado, mas principalmente os aspectos geotcnicos do empreendimento. Cabe ressaltar a importncia da interpretao dos resultados da modelagem numrica 3D realizada no trecho do macio rochoso onde h o cruzamento entre os tneis do EBN e da empresa MMX. Nesse caso, as anlises das tenses e deformaes geradas pelas escavaes em rocha, previstas na mode lagem e laborada na empresa GeoCompany Tecnologia, Engenharia e Meio Ambiente, foram fundamentais na deciso quanto distncia a ser estabelecida entre ambos os tneis.

    DIV

    ULG

    A

    O

    LEO

    NA

    RD

    O M

    OR

    EIR

    A

    VOLVO

    MAIS PRESENA NAAMRICA LATINA O grupo Volvo Amrica Latina est expandindo suas operaes e investindo para continuar ganhando mercado. A companhia est aumentando sua rede de concessionrios no Brasil e demais pases latino-americanos. Queremos reforar nossa liderana, proporcionada principalmente pelos atributos de nossos caminhes: baixo consumo de combustvel, alta disponibilidade e grande robustez, diz Roger Alm, presidente do grupo Volvo Amrica Latina. A companhia tambm est promovendo a integrao de suas outras trs marcas os caminhes das marcas UD, Renault e Mack. Somos uma empresa multimarcas, com uma oferta de produtos bastante ampla e que atende a todas as necessidades dos transportadores, observa o presidente.

    Curtas 611.indd 20 05/10/2012 14:31:39

  • www.brasilengenharia.com.brengenharia 611 / 201222

    PALAVRA DO LEITORCURTASCURTAS

    WWW.BRASILENGENHARIA.COM.BRENGENHARIA 611 / 201222

    LAFARGE

    ARGAMASSA PARA O MINEIROA Lafarge est fornecendo argamassa estab i l i zada para as obras do Estdio Governador Magalhes Pinto, conhecido como Mineiro. O estdio, com cronograma em dia e previso de concluso em novembro deste ano, sediar a Copa das Confederaes no prximo ano e ser um dos principais palcos da Copa 2014. O produto fornecido a Argamassa Estabilizada da linha Ultra Series, que est sendo usada no emboo, assentamento e reboco de paredes do estdio. O Mineiro um smbolo cultural e esportivo de Minas Gerais. A Lafarge tem orgulho de fazer parte dessa histria de transformao do estdio em uma nova arena multiuso, moderna e sustentvel, afirma Rodrigo Kinsch, gerente de marketing de Concretos e Agregados. O engenheiro Fbio Oltramari, da Construcap, uma das empresas do Consrcio Novo Mineiro, j tinha utilizado a argamassa estabilizada da Lafarge em uma obra de shopping e levou o produto para a obra do Mineiro pelos seus ganhos de otimizao: A argamassa traz mais agilidade ao processo e permite um controle tecnolgico mais eficaz, diz.

    DIV

    ULG

    A

    O

    DIV

    ULG

    A

    O

    ABB

    50 MILHES DE DLARES PARA REDE DE ENERGIA FERROVIRIA A ABB, especializada em tecnologia de energia e automao, recebeu um pedido de mais de 50 milhes de dlares da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) para fornecer um sistema de energia confivel e aumentar a capacidade de duas linhas de trens de passageiros na regio da Grande So Paulo. O projeto vai ajudar a aumentar a frequncia dos trens que

    circulam nas linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, proporcionando melhor conexo entre os municpios das regies oeste e sul da Grande So Paulo com o centro da capital paulista. Tambm ajudar na ampliao sul da linha ferroviria que mais cresce, responsvel pelo transporte dirio mdio de 100 000 passageiros um aumento de 36%, comparado a 2010.

    DIV

    ULG

    A

    O

    ROSSETTI EQUIPAMENTOS RODOVIRIOS

    CAAMBAS PARA BELO MONTE A Rossett i Equipamentos Rodovir ios conquistou o fornecimento de caambas basculantes para operao na obra da Usina Hidreltrica de Belo Monte. Pelo contrato inicial firmado com o Consrcio Construtor Belo Monte (CCBM), j foram entregues 273 caambas meia-cana para caminhes 8x4 e outras 58 unidades para caminhes 6x4. De

    acordo com o gerente de marketing da empresa, Daniel Rossetti, a combinao entre tradio e confiabilidade embasou a escolha: Participamos do processo licitatrio e fomos escolhidos pela tradio e confiana de nossos produtos. Essa negociao foi considerada uma das maiores j realizadas pela empresa, dada a quantidade de equipamentos fornecidos de uma s vez.

    Curtas 611.indd 22 05/10/2012 14:31:54

  • www.brasilengenharia.com.br engenharia 611 / 2012 23

    CURTAS

    WWW.BRASILENGENHARIA.COM.BRENGENHARIA 611 / 201222

    LAFARGE

    ARGAMASSA PARA O MINEIROA Lafarge est fornecendo argamassa estab i l i zada para as obras do Estdio Governador Magalhes Pinto, conhecido como Mineiro. O estdio, com cronograma em dia e previso de concluso em novembro deste ano, sediar a Copa das Confederaes no prximo ano e ser um dos principais palcos da Copa 2014. O produto fornecido a Argamassa Estabilizada da linha Ultra Series, que est sendo usada no emboo, assentamento e reboco de paredes do estdio. O Mineiro um smbolo cultural e esportivo de Minas Gerais. A Lafarge tem orgulho de fazer parte dessa histria de transformao do estdio em uma nova arena multiuso, moderna e sustentvel, afirma Rodrigo Kinsch, gerente de marketing de Concretos e Agregados. O engenheiro Fbio Oltramari, da Construcap, uma das empresas do Consrcio Novo Mineiro, j tinha utilizado a argamassa estabilizada da Lafarge em uma obra de shopping e levou o produto para a obra do Mineiro pelos seus ganhos de otimizao: A argamassa traz mais agilidade ao processo e permite um controle tecnolgico mais eficaz, diz.

    DIV

    ULG

    A

    O

    DIV

    ULG

    A

    O

    ABB

    50 MILHES DE DLARES PARA REDE DE ENERGIA FERROVIRIA A ABB, especializada em tecnologia de energia e automao, recebeu um pedido de mais de 50 milhes de dlares da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) para fornecer um sistema de energia confivel e aumentar a capacidade de duas linhas de trens de passageiros na regio da Grande So Paulo. O projeto vai ajudar a aumentar a frequncia dos trens que

    circulam nas linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, proporcionando melhor conexo entre os municpios das regies oeste e sul da Grande So Paulo com o centro da capital paulista. Tambm ajudar na ampliao sul da linha ferroviria que mais cresce, responsvel pelo transporte dirio mdio de 100 000 passageiros um aumento de 36%, comparado a 2010.

    DIV

    ULG

    A

    O

    ROSSETTI EQUIPAMENTOS RODOVIRIOS

    CAAMBAS PARA BELO MONTE A Rossett i Equipamentos Rodovir ios conquistou o fornecimento de caambas basculantes para operao na obra da Usina Hidreltrica de Belo Monte. Pelo contrato inicial firmado com o Consrcio Construtor Belo Monte (CCBM), j foram entregues 273 caambas meia-cana para caminhes 8x4 e outras 58 unidades para caminhes 6x4. De

    acordo com o gerente de marketing da empresa, Daniel Rossetti, a combinao entre tradio e confiabilidade embasou a escolha: Participamos do processo licitatrio e fomos escolhidos pela tradio e confiana de nossos produtos. Essa negociao foi considerada uma das maiores j realizadas pela empresa, dada a quantidade de equipamentos fornecidos de uma s vez.

    Curtas 611.indd 22 05/10/2012 14:31:54

  • www.brasilengenharia.com.brengenharia 611 / 201224

    PALAVRA DO LEITORCURTASCURTAS

    WWW.BRASILENGENHARIA.COM.BRENGENHARIA 611 / 201224

    LIVRO

    ENCHENTES E DESLIZAMENTOS

    F o i l a n a d o e m setembro passado, pela Editora Pini, o novo l iv ro do ge logo lva ro R o d r i g u e s d o s Santos, Enchentes e Deslizamentos: C a u s a s e S o l u e s . A p u b l i c a o

    rene o conhecimento e a experincia de dcadas de dedicao temtica rea de Risco e Uso e Ocupao do Solo Urbano. A matria tem se tornado crescentemente presente no cotidiano dos profissionais da geologia, geotecnia e hidrologia brasileiras, como tambm, e de uma forma infelizmente trgica, no cotidiano da sociedade brasileira. O livro estar inicialmente venda na prpria Editora Pini, na Associao Brasileira de Geologia de Engenharia (ABGE), na Associao Brasileira de Mecnica dos Solos e Engenharia Geotcnica (ABMS) ou com o prprio autor.

    DIVULGAO

    TRACTO-TECHNIK

    UM OLHARPARA O FUTURO A Tracto-Technik, assim como o u t ra s g ra n d e s e m p re s a s , c o m e o u s u a h i s t r i a d e s u c e s s o e m u m a p e q u e n a garagem alugada, que existe at os dias de hoje, na vila de Lennestadt em Saalhausen, Alemanha. E agora comemora seus 50 anos. Tudo comeou no dia 14 de novembro de 1962, quando quatro funcionrios comearam a fabricar dispositivos de extrao de barras de perfurao. Este equipamento servia para extrair hastes de perfurao e estacas de escoramento do solo, sendo o principal c l iente naqueles dias a empresa Krupp Bautechnik, em Essen. A Tracto-Technik possui hoje mais de 500 funcionrios em todo o mundo. Destes, 85 esto desde o incio alguns deles nunca trabalharam em outra empresa. Continuidade e estabilidade sempre foram as maiores referncias na poltica da empresa. Os diretores Timotheus Hofmeister e Meinolf Rameil gostam de

    testemunhar: O nosso objetivo de um cresc imento durve l e rentve l . Para isso precisamos de produtos al inhados com o mercado e uma fora poderosa de distribuio com um claro alinhamento estratgico com nossos parceiros. Ns s podemos conseguir isso com uma equipe bem treinada. Os desafios do futuro so vistos pela Tracto-Technik rumo a uma oferta moderna e segura nos campos d e e n e rg i a e c o m u n i c a o , o n d e a s tecnologias e os mtodos de instalao no-dest rut iva de tubu laes podem contribuir substancialmente.

    DIV

    ULG

    A

    O

    JCB BRASIL

    CAMERON INAUGURAFBRICA NO BRASIL Em companhia do governador de So Paulo, Geraldo Alckmin, o primeiro-ministro britnico David Cameron conheceu as novas instalaes da JCB no Brasil, no municpio de Sorocaba, no interior paulista. Alm de realizar o descerramento da placa de inaugurao, o primeiro-ministro conheceu o processo industrial de fabricao de retroescavadeiras e escavadeiras, alm das futuras linhas de manipuladores telescpicos, rolos de compactao e ps-carregadeiras. Cameron afirmou em seu discurso que o investimento no Brasil trar benefcios para a economia do Reino Unido. O processo de engenharia britnico reconhecido em todo o mundo e um investimento dessa magnitude colabora para a consolidao da posio de liderana em inovao e tecnologia. Os benefcios que estes investimentos iro trazer para a economia do Reino Unido so significativos, conclui.

    DIV

    ULG

    A

    O

    Curtas 611.indd 24 05/10/2012 14:32:19

  • www.brasilengenharia.com.br engenharia 611 / 2012 25

  • www.brasilengenharia.com.brengenharia 611 / 201226 WWW.BRASILENGENHARIA.COM.BRENGENHARIA 611 / 201228

    Organograma

    diviso de estruturascoordenador: Natan Jacobsohn Levental vice-coordenador: Lcio Martins Laginha

    secretrio: Rafael Timerman

    diviso de engenharia sanitria e recursos hdricoscoordenador: Joo Jorge da Costa

    vice-coordenador: Flvio Magalhes

    diviso de geotecnia e mecnica dos soloscoordenador: Habib Georges Jarrouge Neto

    diviso de segurana no trabalhocoordenador: Jefferson Deodoro Teixeira da Costa

    vice-coordenador: Theophilo Darcio Guimares

    diviso de gerao e transmissocoordenador: Sergio Anauate

    diviso de construo sustentvel e meio ambiente

    diviso de cadastro urbano e rural coordenador: Rgis Fernandes Bueno

    diviso de distribuio de energia

    departamento de tecnologia e cincias exatasdiretor: Ricardo Kenzo Motomatsuvice-diretor: Jairo de Almeida Machado Jr.secretrio: Srgio Franco Rossoni

    diviso tc. de gerenciamento de empreendimentoscoordenador: Guilherme Petrellavice-coordenador: Alvaro Antonio Bueno de Camargo

    departamento de engenharia de produodiretor: Joaquim Manuel Branco Brazo Farinha

    vice-diretor: Srgio Luis Azevedo Rezendesecretrio: Gerson Amaral Franoso

    diviso tcnica de qualidade e produtividadecoordenador: Guilherme Miragaia

    diviso tcnica de avaliaes e perciascoordenador: Jos Fikervice-coordenador: Eduardo Rottmansecretria: Miriana Pereira Marques

    departamento de engenharia de energia e telecomunicaesdiretor: Miracyr Assis Marcato

    diviso tcnica de manuteno industrialcoordenador: Victor Manuel de A.S. de Vasconcelosvice-coordenador: Arnaldo Pinto Coelhosecretrio: Fausto Santoro

    diviso tcnica de metalurgia e materiais coordenador: Ricardo Huch Ribeiro de Castrovice-coordenador: Jorge Kolososkisecretrio: Fausto Santoro

    departamento de engenharia de atividades industriaisdiretor: Antonio Maria Claret Reis de Andrade

    vice-diretor: Luiz Carlos Martinezsecretrio: Alberto Alcio Batista

    diretoria da revista engenhariadiretor: Miguel Lotito Netto

    secretrio: Miracyr Assis Marcatoeditor da revista: Ricardo Pereira de Mello

    departamento de arquiteturadiretor: Ricardo Martins Cocito

    secretria: Milene Costa Facioli

    departamento de engenharia de mobilidade e logsticadiretor: Vernon Richard Kohlvice-diretor: Ivan Metran Whately

    diviso de logstica

    diviso de transportes metropolitanoscoordenador: Ivan Metran Whately

    vice-coordenador: Francisco A. Noscang Christovam

    diviso de trnsitocoordenador: Maria da Penha Pereira Nobre

    diviso de telecomunicaes

    diviso de aplicaes de energiacoordenador: Martin Crnugelj

    diviso de instalaes eltricas

    departamento de engenharia de agro-negciosdiretor: Pricles Romeu Mallozzi

    diviso de engenharia de materiais

    diviso de sistemas de transportes inteligentescoordenador: Laurindo Martins Junqueira Filho

    vice-coordenador: Pedro Luiz Scarpimsecretrio: Jos Moacir Ribeiro Jnior

    diviso de pesquisacoordenador: Ely Antonio Tadeu Dirani

    vice-coordenador: Antonio Pedro Timoszczuk

    diviso de biomdicacoordenador: Luiz Carlos de Campos

    vice-coordenador: ngelo Sebastio Zaninisecretria: Maria Cludia Ferrari de Castro

    gerncia de programaodiretor de programao: Fernando Bertoldi Corra

    departamento de engenharia do habitat e infraestruturadiretor: Roberto Kochenvice-diretora: Dione Mari Moritasecretrio: Habib Georges Jarrouge Neto

    departamento de engenharia qumicavice-diretora: Maria Olvia Argeso Mengod

    departamento de engenharia de agrimensura e geomtica diretor: Miguel Prietovice-diretor: Aristeu Zensaburo Nakamura secretrio: Pedro Guidara Jnior

    vice-presidente de atividades tcnicas: RUI ARRUDA CAMARGO

    presidente: ALUIZIO DE BARROS FAGUNDES

    diviso de acsticaCoordenador: Schaia Akkerman

    diviso de planejamento e engenharia econmicacoordenador: Alfredo Eugenio Birmanvice-coordenador: Carlos Pontessecretrio: Pricles Romeu Mallozzi

    DIVISES TCNICAS

    WWW.BRASILENGENHARIA.COM.BR26 ENGENHARIA 611 / 2012

    diviso de sistemas de informao geogrficacoordenador: Aristeu Zensaburo Nakamura

    Divises Tcnicas 611.indd 28 01/10/2012 20:03:21

  • www.brasilengenharia.com.br engenharia 611 / 2012 27

    DEBATE SOBRE MATRIZ ENERGTICA TRADUZ PREOCUPAO COM INTEGRAO DAS FONTES ALTERNATIVAS

    Instituto de Engenharia (IE) deu prosseguimento, no dia 14 de agosto passado, ao ciclo de eventos Caminhos da Engenha-ria Brasileira, desta vez abor-

    dando a matriz energtica, com nfase es-pecial para o setor eltrico. Vrios nomes do setor estiveram no auditrio do IE para discutir os temas energia renovvel de biomas-sa, elica, solar e hidreltrica.

    Na pauta predominou a discusso sobre os altos custos da energia eltrica no Brasil, que geram forte im-pacto negativo na economia, em especial na indstria, o investimento em fontes su-pridoras de baixo rendimento e intermitentes, as dificul-dades de planejamento e a penalizao e combate aos maiores potenciais hidreltri-cos, entre outros enfoques.

    O diretor-geral da Tacta Enercom Servios de En-genharia e coordenador da Diviso de Gerao e Trans-misso do IE, Sergio Anaua-te, traou um histrico do sistema de energia brasileiro, que ganhou caractersticas peculiares devido sua ex-tenso continental e pela vasta distribuio geogrfica das fontes hidreltricas, pre-dominantes na matriz ener-gtica do pas.

    Assim, segundo Anaua-te, a geografia hidreltrica de certa forma configurou o sistema de transmisso brasi-leiro, que foi construdo com usinas de grande porte com reservatrio e linhas de transmisso de lon-ga distncia para suprimento e interligao. Ou seja, dispunha-se de uma energia de re-serva sob a forma de gua e a possibilidade de intercambiar blocos de energia entre reas com regimes climticos diferentes.

    Mais tarde, prossegue Anauate, o adven-to das fontes alternativas de energia trouxe

    consigo o conceito de energia varivel, sujeita aos caprichos da natureza e, at hoje, sem pos-sibilidade de armazenamento. Isso porque as crescentes restries ambientais impostas aos empreendimentos de energia levaram o siste-ma a dar preferncia utilizao do fio dgua para a gerao hidreltrica. Desta forma a

    energia varivel resultante da gerao elica, solar ou de biomassa ganha a companhia da gerao hidreltrica, aumentando sua parti-cipao na matriz brasileira. E para que isso acontea todas as centrais geradoras precisam ser conectadas ao sistema de modo a permitir o escoamento de energia, o que feito atravs de linhas de transmisso ou de distribuio.

    Nas centrais elicas a potncia de cada gerador coletada por uma rede de mdia tenso (em geral 34,5kV) e levada at uma subestao coletora, que recebe a potncia dos diversos geradores ou parques e eleva a tenso para que a energia possa ser entregue ao sistema. A tenso de transmisso para co-

    nexo ao sistema pode ser de 69kV at 500kV, em funo de vrios fatores, inclusive a disponibilidade de pontos de conexo prximos e da ten-so dos mesmos.

    O tipo de linha a ser usa-da para conexo depende tambm do porte da central geradora. No caso de gran-des centrais um sistema de transmisso especfico pre-visto de forma a distribuir a energia gerada, sistema este que pode se estender por centenas ou at milhares de quilmetros, em nveis de tenso de at 500kVCA ou at mesmo em CC.

    No caso de centrais de porte mdio ou pequeno necessria a identificao de um ponto de conexo ao sistema, uma subestao, a uma distncia vivel da gera-o e que rena as condies necessrias para receber a energia gerada.

    Para Sergio Anauate, esta condio de acomodar a linha de transmisso ao siste-ma e nvel de tenso existen-te traz alguns inconvenientes que devem ser considerados, j que toda linha de trans-misso possui uma caracte-rstica chamada potncia

    natural, em que seus reativos se compen-sam. comum, nas conexes de renovveis, encontrarmos conexes de baixa tenso com potncia nominal alta e vice-versa, o que leva a operao da linha para longe de sua po-tncia natural, exigindo o uso de sistemas de compensao reativa reatores ou banco de capacitores. E quanto mais longa for a linha,

    WWW.BRASILENGENHARIA.COM.BRENGENHARIA 611 / 201228

    Organograma

    diviso de estruturascoordenador: Natan Jacobsohn Levental vice-coordenador: Lcio Martins Laginha

    secretrio: Rafael Timerman

    diviso de engenharia sanitria e recursos hdricoscoordenador: Joo Jorge da Costa

    vice-coordenador: Flvio Magalhes

    diviso de geotecnia e mecnica dos soloscoordenador: Habib Georges Jarrouge Neto

    diviso de segurana no trabalhocoordenador: Jefferson Deodoro Teixeira da Costa

    vice-coordenador: Theophilo Darcio Guimares

    diviso de gerao e transmissocoordenador: Sergio Anauate

    diviso de construo sustentvel e meio ambiente

    diviso de cadastro urbano e rural coordenador: Rgis Fernandes Bueno

    diviso de distribuio de energia

    departamento de tecnologia e cincias exatasdiretor: Ricardo Kenzo Motomatsuvice-diretor: Jairo de Almeida Machado Jr.secretrio: Srgio Franco Rossoni

    diviso tc. de gerenciamento de empreendimentoscoordenador: Guilherme Petrellavice-coordenador: Alvaro Antonio Bueno de Camargo

    departamento de engenharia de produodiretor: Joaquim Manuel Branco Brazo Farinha

    vice-diretor: Srgio Luis Azevedo Rezendesecretrio: Gerson Amaral Franoso

    diviso tcnica de qualidade e produtividadecoordenador: Guilherme Miragaia

    diviso tcnica de avaliaes e perciascoordenador: Jos Fikervice-coordenador: Eduardo Rottmansecretria: Miriana Pereira Marques

    departamento de engenharia de energia e telecomunicaesdiretor: Miracyr Assis Marcato

    diviso tcnica de manuteno industrialcoordenador: Victor Manuel de A.S. de Vasconcelosvice-coordenador: Arnaldo Pinto Coelhosecretrio: Fausto Santoro

    diviso tcnica de metalurgia e materiais coordenador: Ricardo Huch Ribeiro de Castrovice-coordenador: Jorge Kolososkisecretrio: Fausto Santoro

    departamento de engenharia de atividades industriaisdiretor: Antonio Maria Claret Reis de Andrade

    vice-diretor: Luiz Carlos Martinezsecretrio: Alberto Alcio Batista

    diretoria da revista engenhariadiretor: Miguel Lotito Netto

    secretrio: Miracyr Assis Marcatoeditor da revista: Ricardo Pereira de Mello

    departamento de arquiteturadiretor: Ricardo Martins Cocito

    secretria: Milene Costa Facioli

    departamento de engenharia de mobilidade e logsticadiretor: Vernon Richard Kohlvice-diretor: Ivan Metran Whately

    diviso de logstica

    diviso de transportes metropolitanoscoordenador: Ivan Metran Whately

    vice-coordenador: Francisco A. Noscang Christovam

    diviso de trnsitocoordenador: Maria da Penha Pereira Nobre

    diviso de telecomunicaes

    diviso de aplicaes de energiacoordenador: Martin Crnugelj

    diviso de instalaes eltricas

    departamento de engenharia de agro-negciosdiretor: Pricles Romeu Mallozzi

    diviso de engenharia de materiais

    diviso de sistemas de transportes inteligentescoordenador: Laurindo Martins Junqueira Filho

    vice-coordenador: Pedro Luiz Scarpimsecretrio: Jos Moacir Ribeiro Jnior

    diviso de pesquisacoordenador: Ely Antonio Tadeu Dirani

    vice-coordenador: Antonio Pedro Timoszczuk

    diviso de biomdicacoordenador: Luiz Carlos de Campos

    vice-coordenador: ngelo Sebastio Zaninisecretria: Maria Cludia Ferrari de Castro

    gerncia de programaodiretor de programao: Fernando Bertoldi Corra

    departamento de engenharia do habitat e infraestruturadiretor: Roberto Kochenvice-diretora: Dione Mari Moritasecretrio: Habib Georges Jarrouge Neto

    departamento de engenharia qumicavice-diretora: Maria Olvia Argeso Mengod

    departamento de engenharia de agrimensura e geomtica diretor: Miguel Prietovice-diretor: Aristeu Zensaburo Nakamura secretrio: Pedro Guidara Jnior

    vice-presidente de atividades tcnicas: RUI ARRUDA CAMARGO

    presidente: ALUIZIO DE BARROS FAGUNDES

    diviso de acsticaCoordenador: Schaia Akkerman

    diviso de planejamento e engenharia econmicacoordenador: Alfredo Eugenio Birmanvice-coordenador: Carlos Pontessecretrio: Pricles Romeu Mallozzi

    DIVISES TCNICAS

    WWW.BRASILENGENHARIA.COM.BR26 ENGENHARIA 611 / 2012

    diviso de sistemas de informao geogrficacoordenador: Aristeu Zensaburo Nakamura

    Divises Tcnicas 611.indd 28 01/10/2012 20:03:21

  • www.brasilengenharia.com.brengenharia 611 / 201228

    Foto

    : AND

    R SI

    quEIR

    A

    maior a necessidade de compensao.No caso de locais sem disponibilidade de

    conexo ou com conexo insuficiente, pode ser prevista, no planejamento do sistema, a construo de subestaes coletoras ou in-tegradoras (ICG) com o objetivo de escoar a energia de diversas centrais de uma determi-nada regio. Este foi o caso das subestaes (SEs) Ibiapina, Lagoa Seca, Joo Cmara II e Morro do Chapu, nos estados do Cear, Rio Grande do Norte e Bahia, num total de 1 550 MW instalados, para atender s centrais e-licas contratadas nos leiles de 2009 e 2010. De fundamental importncia, portanto, considerar o custo de conexo como parte integrante do investimento da gerao, que pode atingir cifras significativas em relao ao investimento total, especialmente se a li-nha for longa e houver necessidade de com-pensao e filtros, adverte.

    Ele admite que a energia elica, ainda que pouco significativa na matriz brasilei-ra, a que cresce em ritmo mais acelerado, com a incorporao no s de parques con-vencionais, da ordem de dezenas de MW, mas tambm de megaparques com poten-cial na ordem de GW, no mais merecendo o epteto de energia alternativa. Nos lti-mos trs anos foram contratados 7 400 MW de capacidade instalada de centrais elicas para entrarem em operao prog