revista empresário lojista fev/2011

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Publicação Mensal do Sindilojas-Rio e do CDL-Rio

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Empresário LOJISTA 1fevereiro 2011

SUMÁRIO

MENSAGEM DO PRESIDENTE

CONSUMIDOR DE TERCEIRA IDADE

O MELHOR CARNAVAL

EMPRESÁRIOS E MULTAS DE ICMS

NFR 2011

PLANOS DE SAÚDE E STJ

TERMÔMETRO DE VENDAS

OBRIGAÇÕES DOS LOJISTAS

CONCILIAÇÃO EXTRAJUDICIAL

Empresário Lojista - Publicação mensal do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro (Sindilojas-Rio) e do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio) Redação e Publicidade: Rua da Quitanda, 3/11° andar CEP: 20011-030 - tel.: (21) 2217-5000 - e-mail: [email protected] - Diretoria do Sindilojas-Rio - Presidente: Aldo Carlos de Moura Gonçalves; Vice-Presidente: Julio Martin Piña Rodrigues; Vice-Presidente de Relações Institucionais: Roberto Cury; Vice-Presidente de Administração: Ruvin Masluch; Vice-Presidente de Finanças: Gilberto de Araújo Motta; Vice-Presidente de Patrimônio : Moysés Acher Cohen; Vice-Presidente de Marketing: Juedir Viana Teixeira; Vice-Presidente de Associativismo: Pedro Eugênio Moreira Conti; Vice-Presidente de Produtos e Serviços: Ênio Carlos Bittencourt; Superintendente: Carlos Henrique Martins; Diretoria do CDLRio – Presidente: Aldo Carlos de Moura Gonçalves; Vice-Presidente: Luiz Antônio Alves Corrêa; Diretor de Finanças: Szol Mendel Goldberg; Diretor de Administração: Carlos Alberto Pereira de Serqueiros; Diretor de Operações: Ricardo Beildeck; Diretor Jurídico: João Baptista Magalhães; Superintendente Operacional: Ubaldo Pompeu; Superintendente Administrativo: Abraão Flanzboym. Conselho de Redação: Juedir Teixeira e Carlos Henrique Martins, pelo Sindilojas-Rio; Ubaldo Pompeu, Abraão Flanzboym e Barbara Santiago pelo CDLRio, e Luiz Bravo, editor responsável (Reg.prof. MTE n° 7.750) Reportagens: Lúcia Tavares; Fotos: Dabney; Publicidade: Bravo ou Giane Tel.: 2217-5000 - Projeto Gráfico e Editoração: Roberto Tostes - (21) 8860-5854 - [email protected]; Capa: Roberto Tostes

EXPEDIENTE

MENSAGEM DO

PR

ESID

EN

TE

O sucesso de 2010

As vendas do comércio no País em 2010 foram das

mais expressivas em sua história, segundo a maioria

dos analistas dessa área econômica. O varejo nacional

superou o índice de 10% no ano passado em relação aos

resultados de 2009.

Vários fatores teriam contribuído para este cresci-

mento. Um, contudo, foi o otimismo dos empreende-

dores lojistas. A confiança, a garra mesmo, levou os

varejistas a inovar o seu comércio, a melhor se rela-

cionar com os clientes e fornecedores, a proporcionar

treinamento aos seus colaboradores. Tudo, enfim, re-

sultou no sucesso de seus negócios. Podemos, ainda,

considerar os três fatores macro principais da Econo-

mia, que ajudaram o sucesso do varejo: aumento do

poder aquisitivo da população em geral e, em especial,

das classes C e D; diminuição do desemprego, e expan-

são do crédito.

Nesta Cidade, segundo o CDLRio, em 2010 o comér-

cio lojista, de modo geral, superou os índices nacionais.

Para muitos foi considerado um dos melhores anos de

vendas na história do varejo carioca. No último mês de

2010, os resultados das vendas do comércio varejista

no Rio reafirmaram a previsão em relação ao Natal. Foi

o melhor dos últimos dez anos. Tanto assim, que as

dívidas quitadas no comércio do Rio cresceram 13,59%

em relação a dezembro de 2009. A inadimplência no

mesmo mês teve a maior queda no ano: menos de 2,7%,

enquanto as consultas cresceram cerca de 12%.

Se forem mantidos os mesmos rumos da econo-

mia neste novo Governo, acreditamos que em 2011,

o comércio varejista do Rio possa repetir o sucesso

de 2010. Porém, como os índices IGP-M e IPCA de de-

zembro sinalizaram um possível risco de retomada da

inflação, o Banco Central aumentou a taxa básica de

juros (Selic), conduzindo, provavelmente, a uma redu-

ção de investimentos. Em conseqüência, poderá acar-

retar, infelizmente, uma queda do consumo, o que,

sem dúvida, não será benéfico para o crescimento da

economia nacional.

Façamos votos que em 2011 o comércio varejista

do Rio repita as boas vendas de 2010, e que o empre-

sariado lojista do Rio continue a manter entusiasmo

por seu negócio, mesmo com ameaças de riscos para

a economia.

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Aldo Carlos de Moura Gonçalves

Presidente do Sindilojas-Rio e do CDLRio

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Empresário LOJISTA2

Consumidores da Terceira Idadena Mira dos Lojistas

Encarando a vida de maneira mais tran-quila, com tempo menos corrido e estando de certa forma mais livre para fazer o que tem vontade, a terceira idade - que começa aos 60 anos - chama cada vez mais a atenção dos lojistas como consumidores em potencial. Diferente do que se pensa, a grande maioria

dos integrantes dessa faixa de idade costuma ter hábitos de consumo semelhantes aos dos mais jovens, porém, com mais autonomia. Na realidade, a maioria desses consumidores possui bom poder aquisitivo e gosta de com-prar para si mesmo e para toda a família, principalmente quando se trata de netos.

Não é de hoje que a consultora de vendas Jane Meri Santangelo de Queiroz vem observando que o chamado público da terceira idade está deixando de lado a sisudez e a tradição na maneira de se vestir. Segundo ela, que trabalha na loja de moda feminina Importex, filial Shopping Iguatemi, em Vila Isabel, com foco voltado para este público, ao contrário de décadas passadas quando as cores só-brias como preto, cinza e marrom predominavam nas roupas das mulheres de mais de 50 anos, hoje a preferência é por peças mais alegres e até mesmo estampadas.

- O fato de ter um pouco mais de idade não impe-de que uma pessoa possa se vestir de maneira mais alegre e jovem. Evidentemente que são roupas mais

comportadas, porém seguindo as mesmas tendên-cias de estilo e padronagens da moda.

Para reforçar o que diz, Jane ressalta que a Impor-tex – grife com 10 lojas espalhadas no município do Rio costuma lançar duas coleções por ano (Primavera/Verão e Outono/Inverno) para atender à expectativa deste pú-blico, sempre disposto a ver novidades e renovar seu guarda-roupa.

- Hoje as mulheres de 50, 60, 70 anos têm uma vida social intensa. Viajam, fazem ginástica, fazem compras, vão à praia, saem para se divertir com o marido e com as amigas. São independentes, muito exigentes e têm gosto refinado. É natural que queiram andar bem vesti-das, na moda, se sentirem bonitas como qualquer mu-lher – acrescenta Jane.

“Hoje a terceira idade

está deixando a

sisudez e a tradição

na maneira de se vestir”

Jane Meri Santangelo de Queiroz,

da Importex

CA

PA

Já o gerente da loja de calçados Gambier, filial Pra-ça Saens Peña, Aloisio do Nascimento, chama a aten-ção para o fato de que hoje não há mais “produtos para velhos”, como acontecia antigamente. No seu ramo especificamente, ele conta que a mesma san-dália usada atualmente por uma jovem de 18 anos é comprada também por uma senhora de 70.

- São pessoas que buscam qualidade e conforto, mas querem também algo que esteja dentro dos pa-drões da moda. Por isso, muitas indústrias de cal-

çados estão agora produzindo artigos voltados para este público, com uma linha mais confortável e atual.

Para exemplificar o que diz, Aloisio conta que a loja que gerencia teve que se modernizar para conti-nuar atendendo o público da terceira idade.

- Por estar localizada no bairro que concentra a se-gunda maior população de pessoas idosas do Rio (o primeiro é Copacabana), e trabalhar com muitos cal-çados visando à terceira idade, a nossa filial da Tijuca, a exemplo de várias outras lojas de diversos ramos,

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Empresário LOJISTA 3fevereiro 2011

“Hoje não há mais

produtos para velhos”

Aloisio do Nascimento,

da Gambier

“São pessoas que

primam pela

qualidade e conforto”

Miguel Henrique dos Santos,

da Botton

E não é só para si que a terceira idade compra. De acor-do com o gerente da loja de moda masculina Botton, filial Shopping Tijuca, Miguel Henrique dos Santos, eles tam-bém são muito afeitos em comprar para presentear.

- É um público que tem características próprias. São pessoas exigentes, que primam pela qualidade e pelo con-forto, sem se importar muito com o preço. Geralmente pa-gam à vista e compram não apenas para elas, mas também para presentear o médico que lhes atende, amigos, filhos e netos. Tanto que embora nossa loja seja voltada para o público masculino em geral, recebemos aqui muitas se-nhoras também – conta Miguel.

Ressaltando que a terceira idade representa naquela filial da Botton cerca de 50% da clientela, o gerente traça

o perfil desses consumidores como pessoas geralmente amáveis, de bem com a vida, que gostam de conversar e gostam de ouvir a opinião dos vendedores. Miguel destaca que, como a maioria já é aposentada, os produtos mais procurados são os de passeio que ofereçam mais conforto como blusões de mangas curtas e bermudas de elástico, porém, quase sempre de cores e estilos modernos, a não ser que seja algo para dar de presente.

- Neste caso optam sempre pelas cores, padrões e esti-los tradicionais, porque não gostam de errar. Este público tem sempre a preocupação de dar algo que agrade para evitar que quem recebe o presente tenha o trabalho de vir trocar. Até nisso eles pensam – observa sorrindo Miguel.

começaram a serem vistas como “lojas de velho”, e o público que atendíamos não queria ser tratado desta forma. Fizemos então uma reformulação, conversa-mos com nossos fornecedores e hoje oferecemos para a terceira idade muitos produtos modernos, pratica-mente iguais aos que vendemos para o público mais jovem - explica Aloisio.

Trabalhando numa empresa que existe desde 1945 e com mais de 40 anos de experiência no varejo, o gerente da Gambier afirma com convicção que o perfil de uma pessoa que completa 60 anos atualmente é totalmente diferente de uma pessoa da mesma idade em décadas passadas.

- Hoje os homens e mulheres da terceira ida-de trabalham, passeiam e se divertem. Compram desde sandálias simples até scarpins finos para ir a uma festa ou jantar. Vendemos de tudo, inclusi-ve chinelos de tiras de couro para homens e san-dálias sofisticadas para mulheres, além de tênis e sapatênis que eles compram para ir à academia ou praticar exercícios em outros locais. Ou seja, trata-se de um público de bom poder aquisitivo, que já deu sua parcela de contribuição para a sociedade e hoje, mesmo aqueles que ainda trabalham, têm no consumo uma forma de diversão e lazer - completa Aloisio.

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Empresário LOJISTA4

O médico e presidente do Sin-dhrio (Sindicato dos Hospitais e Clínicas do Rio de Janeiro), Josier Marques Vilar (foto), entende que essa mudança de comportamen-to das pessoas que atingem a terceira idade deve-se ao avanço da Medicina, que aumentou a ex-pectativa média de vida da popu-lação mundial. Ele assinala que hoje, pessoas de 60 ou 70 anos têm uma vida bastante normal, pois trabalham, se exercitam e estão antenados com os avanços tecnológicos, manipulando com desenvoltura aparelhos de celu-lares, notebooks, SMS etc.

- Até décadas atrás, quando a pessoa completava 40 anos era vista como “velha” e aos 50 rece-bia uma espécie de “aposentado-ria compulsória”. Por exigência da própria sociedade, esta pessoa assim que se apo-sentava vestia pijama e ficava em casa sem fazer nada. Hoje, não! Aos 70 anos, as pessoas estão em plena ativi-dade, trabalhando normalmente e mesmo depois que se aposentam preenchem seu tempo com várias atividades sociais e esportivas – constata Josier, também diretor executivo da Pronep, empresa na área de saúde, especia-lizada em assistência domiciliar (home care).

Josier alerta, no entanto, que qualquer pessoa a par-tir dos 50 anos precisa ter certas precauções, mas nada que a impeça de levar uma vida saudável e absolutamen-te normal.

- É comprovado que a partir dos 40 anos perdemos 1% de nossas funções orgânicas a cada ano. Por isso não podemos competir com alguém de 20 anos. Mas, obser-vando as limitações que a idade vai nos impondo e bus-cando compensá-las de forma saudável, com exercícios apropriados para fortalecer a musculatura, alimentação correta etc, podemos ter uma vida plenamente normal até os 90, 100 anos, como já está acontecendo – come-mora Josier.

Depois de lembrar que 12% da população brasileira têm mais de 60 anos, Josier diz lamentar a falta de per-cepção do poder público e também do varejo para dar a esse contingente da população condições para que pos-sam melhorar sua qualidade de vida.

- Não basta criar leis de proteção à pessoa idosa, ga-rantindo a elas certos direitos. É necessário, sim, criar condições para que o pessoal da terceira idade possa viver bem. Um exemplo disso é o bairro de Copacabana, que concentra o maior número de idosos do Rio e, mes-

mo assim, os sinais de trânsito têm o mesmo tempo de traves-sia para os pedestres de outros bairros. Isso não condiz com o perfil de Copacabana - compara o médico.

LOJAS PARA A TERCEIRA IDADE

Ao se referir aos lojistas, Josier diz que a maioria parece não ter percebido que a popu-lação do Brasil e do mundo en-velheceu e ainda não atentaram para o grande filão comercial que a terceira idade representa.

- O varejo de um modo ge-ral não está preparado para re-ceber os idosos. As lojas que atendem a esse público devem ser bem iluminadas, ter etique-

tas de preços em letras e números maiores, oferecer fa-cilidades de acesso, barras de segurança, principalmen-te nos banheiros onde os vasos sanitários deveriam ser também mais altos para facilitar o assento. São detalhes que compensam problemas naturais de articulação, vis-ta cansada e dão mais confiança ao idoso, além de livrá-lo de situações constrangedoras como alguém oferecer ajuda para ele entrar numa loja porque simplesmente o estabelecimento possui degraus na porta e a loja não providenciou uma rampa de acesso com um corrimão para atender as pessoas com dificuldade de locomoção – adverte o médico.

Para Josier Vilar, o varejo precisa se adequar a essa nova realidade. Como exemplo ele cita as lojas de rou-pas que devem oferecer não “produtos de velho” e mui-to menos artigos modernos demais que deixem o idoso ridículo, mas, sim, algo discreto, porém, em concordân-cia com a moda. Assim, também os restaurantes, que deveriam incluir em seus cardápios sugestões de pratos mais leves, especialmente no jantar, que atendessem às necessidades da terceira idade.

- O envelhecimento deve ser encarado como um ciclo natural da vida e não como uma doença. Velhice é muito mais uma questão psicológica do que propriamente físi-ca. Costumo dizer que quando alguém encontra “prazer no trabalho e trabalho no prazer”, como “não vai viajar porque detesta fazer malas ou não vai praticar espor-tes por ser cansativo”, aí, sim, essa pessoa está velha, independentemente da idade - finaliza o presidente do Sindhrio e diretor executivo da Pronep, Josier Marques Vilar.

As lojas devem se adequarao consumidor idoso

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Empresário LOJISTA 5fevereiro 2011

Self-service Store – Sistema de Vendas

A quem se deve a introdução do self-service store, isto é, da casa comercial na qual o próprio freguês se-para a mercadoria que vai comprar? Os historiadores podem discutir a questão, mas hoje, é opinião geral que a estreia se deve a Sam Klein, fundador do magazine S. Klein, de Nova York.

Klein lançou a inovação em 1906, quando abriu uma pequena casa de artigos para senhoras na Union Squa-re, esquina da Rua 14, a alguns quarteirões de distância do Magazine Wana Maver e de outras casas comerciais igualmente granfinas.

A fim de assegurar para sua casa, vantagens na con-corrência, Klein lançou vá-rias técnicas revolucioná-rias de venda entre as quais, “self-service”, o sistema de pagar à vista e levar logo a mercadoria; o aumento de lucros graças a mais rápida circulação do dinheiro pago pela mercadoria, se a mes-ma fosse devolvida dentro de cinco dias, com a con-dição de que estivesse em perfeito estado e trazendo a etiqueta original.

O sucesso dessas técni-cas assegurava a possibilidade de Klein adotar um sis-tema de compras muito compensador, formando um grande estoque, com mercadorias procedentes de duas fontes: fabricantes que disponham de grande estoque de artigos cuja fabricação fora suspensa ou de artigos que tinham constituído experiências mal sucedidas de modas novas, e varejistas, muitos dos quais com exclu-sividade de determinados artigos, que se viam às voltas com mercadorias “encalhadas”.

Não tardara e Klein precisou ampliar sua loja, a fim de atender aos milhares e milhares de compradores que diariamente o procuravam. A maior expansão, contu-do, ocorreu durante os anos da crise. Aumentou tanto

o seu estoque procedente de casas comerciais, que não estavam se sustentando em face da situação financei-ra, que teve de comprar vários prédios vizinhos, para aumentar o espaço de seu magazine, o que fez apenas abrindo portas através das paredes que separaram os diversos prédios.

Klein jamais tentou concorrer com outras lojas no que diz respeito ao luxo de suas instalações ou a be-leza de suas vitrinas. Sua casa comercial, que hoje se estende por dois quarteirões, compõe-se de uma sé-rie de aspectos nada atraente. Mas em vez de vender apenas artigos para senhoras como no começo, possui

inúmeras seções, que vendem calçados, artigos masculinos, aparelhos domésticos, artigos de aspecto e jóias.

A maior parte dos habitan-tes de Nova York e visitantes das outras Américas sabem o que significa comprar no Magazine Klein. Nos dias de vendas especiais, pode-se ver no meio de uma multidão de exultantes, que em questão de minutos limpa um balcão inteiro, de mercadorias, ou se observa uma fila interminável,

esperando que os outros fregueses ou freguesas experi-mentassem vestidos, ternos ou chapéus.

Embora nenhum magazine ou loja especializada de Nova York tenha tentado imitar em todos os seus deta-lhes, os sistemas de “pegue e leve” e de “vender mais barato para ganhar mais” têm sido muito imitados. Em vista disso, Klein teve de aperfeiçoar alguns de seus processos de operação e voltar a recorrer à publicida-de, depois de um afastamento de muitos anos, a fim de assegurar os negócios disponíveis e ter as vendas aumentadas.

(Texto publicado em O Lojista de julho de 1958)VA

REJ

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Empresário LOJISTA6

Fazendo o melhor carnaval desde 1915H

ISTÓ

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Máscaras reproduziam figuras da época, como a de Venceslau Brás

O historiador ou pesquisador da história do car-naval carioca não terá todos os dados necessários, se não consultar os arquivos vivos da Casa Turu-na, representados por alguns funcionários, como é o caso de Gustavo dos Santos, 65, e 50 anos de casa. Para ele, o Carnaval é uma festa dinâmica, por-que reflete a própria vida da população. Por isso, embora procure manter uma tradição, sofre trans-formações inevitáveis. No passado, a vida era mais lenta, num ritmo mais suave, própria para um clima romântico e até inocente onde as pessoas se diver-tiam com lança perfume e só o usavam para flertar nos bailes ou nas ruas.

- Havia mais equilíbrio, tanto que se contava a dedo num baile repleto de gente, aqueles que

“cheiravam” lança-perfume. Serpentina e confete estavam no mesmo esquema

poético do carnaval. Era como uma pintura – relembra “Seu” Gustavo.

Quando foi fundada, na Rua Senador Euzébio – hoje a Avenida Presidente Vargas, não poderia ha-ver ponto melhor para uma casa dedicada a artigos carnavalescos: a Praça Onze, reduto de bambas, templo da roda de samba, onde pelo menos havia bares-cervejarias, reunindo compositores, líderes das “grandes sociedades”, dos ranchos e dos clubes de frevo. Naquele tempo, o samba ainda era curtido nos morros do Rio, nas (poucas) favelas que circun-davam a cidade. E foi aí que surgiram dois homens de negócio, decididos a abrir uma loja, naturalmen-te dimensionada para trabalhar três meses visando o carnaval e os nove meses restantes ao comércio de cama, mesa, armarinho, aviamentos.

Os sócios eram Joaquim Gonçalves Servos e Tito Marques de Almeida. Eles escolheram um bom pré-dio, de número 127, e puseram mãos à obra. A loja começou timidamente e à medida que o ano passa-va, um estoque diferente ia sendo acumulado. Eram lantejoulas, paetês, confete, serpentina, lança-per-fume, bisnagas para perfume (ou urina, que os en-trudos do subúrbio usavam acintosamente). Havia

“Caninos salientes, capa preta forrada em verme-lho, casaca e cartola, eles vão dominar os bailes no Carnaval – 92. São os vampiros que ao contrário de seus colegas, não virão de nenhum castelo sombrio da Transilvânia. A “fábrica” desses dráculas tupiniquins é um dos mais antigos estabelecimentos comerciais do Rio: a Casa Turuna, com 76 anos de existência e uma autêntica participação na mais famosa festa popular do País. Para os não-hematófagos, a Turuna tem um amplo estoque de Clóvis, melindrosas, tirole-sas e, para os saudosistas, piratas e ciganas”.

Todo ano, após o Natal, exatamente no dia 26 de dezembro, as vitrines da casa Turuna, na esqui-na da Avenida Passos com a Rua Senhor dos Passos, são transformadas num autêntico showroom de Rei Momo. A partir daí, a loja começa a receber grande freguesia do Rio e de outros Estados e não tem hora para fechar. Enquanto houver clientes, a Turuna não cerra as portas e isso é uma tradição, desde 1915, quando foi fundada, na antiga Rua Senador Euzébio, Praça Onze.

O presente texto foi publicado na

edição da revista O Lojista de

fevereiro de 1992.

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Empresário LOJISTA 7fevereiro 2011

Fazendo o melhor carnaval desde 1915fazendas nacionais e importadas para a confecção de fantasias de luxo; bumbo, tamborins e pandeiros, máscaras confeccionadas em papelão reproduzindo figuras populares da época, como a de Venceslau Brás, presidente da República.

Os ranchos, frevos e sociedades desfilavam na porta da Turuna

O quadro favorável estava formado. Praça Onze, carnavalescos por todo lado e um outro detalhe: Joa-quim Gonçalves Servos, um dos sócios, era o próprio carnaval em pessoa. Brincalhão, “bagunceiro mes-mo”, no dizer de “Seu” Gustavo, atual chefe da seção de fantasias, ele se encarregava de promover a loja a todo o custo.

Este ponto desta História do Comércio não pode passar em branco, uma autêntica pérola da história da propaganda. “Seu” Joaquim Gonçalves, o proprie-tário da loja, ficava na porta do estabelecimento, en-quanto um propagandista contratado, na rua, gritava alto e bom som para os passageiros do bonde Praça Onze:

“O meu patrão é um burro! Calculem os senhores que ele está vendendo tudo com prejuízo! (e o patrão encostado à porta, rindo muito) Você é um burro. Você está dando seus artigos de graça!”

Perguntando certa vez, sobre essa inusitada for-ma de publicidade, Joaquim Gonçalves, com indis-farçada ironia, respondeu: “Não há dúvida de que os modernos processos de fazer reclame são originais. Nós vamos passando a perna nos norteamericanos.

Há fantasias que refletem o estado cultu-ral da sociedade

Esta notinha saiu no jornal carioca, no dia 28 de setembro de 1916. Hoje não haveria sentido nessa publicidade toda, porque a Casa Turuna tem tradi-ção firmada e vive cheia de fregueses. Se vivo fosse, “Seu” Joaquim ficaria espantado ao deparar-se com

um manequim vestindo a fantasia do Batman, ou da Mulher Maravilha, com pernas de fora...

E a casa Turuna foi ganhando fama e os laços de união entre os sócios ficaram ainda mais fortes, quando o filho de Joaquim Gonçalves Servos casou-se com a filha de Tito Marques de Almeida. Dessa união, nasceu Ronaldo de Almeida Servos, atual pro-prietário da Casa Turuna.

É ele quem conta mais um pedaço dessa fascinan-te história do comércio carioca:

- Quando acabaram com a Praça Onze, para o sur-gimento da Avenida Presidente Vargas, a loja não es-tava mais ali. Meus avôs saíram antes das obras e se mudaram para a esquina da Rua da Alfândega, na mesma Avenida Passos. Mais tarde, a loja passou a funcionar, definitivamente no atual endereço.

É dessa época (Rua da Alfândega) um velho re-clame que diz: “Carnaval de 1920 na Casa Turuna. Fantasias, pyjamas e camisas de todos os modelos”. E uma outra: ”Aproveite esta liquidação! Ocasião úni-ca. Entrada franca”.

O Rio antigo, os desfiles de carnaval tinham ou-tro roteiro. Os ranchos, frevos e grandes sociedades desfilavam pela Av. Marechal Floriano (Rua Larga), seguiam pela Rua do Acre, entravam pela Avenida Rio Branco e tinham seu momento culminante em frente à atual Galeria dos Empregados do Comércio, onde ficava a sede do Jornal do Brasil. Mas uma coisa era certa. Todos sem exceção, passavam depois na porta da Casa Turuna, onde os proprietários, senta-dos em cadeiras de vime, assistiam ao desfile e de-pois – como jurados – votavam nos melhores, para a entrega do “Prêmio Casa Turuna” aos vencedores.

Não há dúvida que, também nesse particular, a Casa Turuna foi pioneira, fazendo da promoção uma inteligente arma de marketing. Mantendo sempre acesa a chama do carnaval. Tudo isso sem anunciar nos jornais ou no maior veículo da época, o rádio.

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Empresário LOJISTA8

Deixar de enviar qualquer arquivo em mídia como o Sintegra, emitir nota fiscal errada de um produto não tributado e escriturar documentos fora do prazo podem acarretar multas bastante altas para os lojistas. Estas foram algumas de inú-meras situações que a advogada tributarista Rose Marie de Bom destacou na palestra no dia 25 de janeiro, na sede do Sindilojas-Rio. No evento, que contou com o apoio do CDLRio, Rose Marie alertou os participantes sobre o cruzamento de informa-ções que o Fisco vem fazendo por meio eletrônico nas operações dos mais variados segmentos. Res-saltando que a legislação atual é muito rigorosa, a palestrante citou como exemplo que em vários casos a multa é de R$ 600 mil por documento en-tregue errado.

- O negócio está ficando cada vez mais feio. Hoje qualquer possibilidade de fraude está pra-ticamente zerada. Através da tecnologia, o Fisco tem acesso a tudo. Basta apertar um botão e ime-diatamente sabe a receita da empresa. Por isso, é necessário agirmos corretamente, do contrário, estaremos chamando o fiscal para dentro da pró-pria empresa. Vale ressaltar também que quem paga errado, paga duas vezes. Há situações em que as multas são impagáveis - disse preocupada, a palestrante.

No evento, que teve por tema “Obrigações Acessórias e os reflexos das multas do ICMS”, Rose Marie chamou a atenção para que haja per-feito entrosamento entre os varejistas e seus con-tabilistas. Para isso, segundo ela, é necessário que as partes se entendam e estejam cientes sobre as penalidades que poderão sofrer caso incorram em erros que venham provocar sérios problemas com

o Fisco. Reforçando o que disse, a palestrante lem-brou que o atual Código Civil enalteceu o empresá-rio e não a empresa, com agravante de que o con-tabilista responde como sendo sócio da empresa em questão.

- O perigo mora nas novidades. Na execução fiscal pode entrar até o advogado. A penhora on line, por exemplo, começou na Justiça do Traba-lho e agora está na Justiça Tributária. É preciso, portanto, ter muito cuidado, pois há risco até da perda do patrimônio. As multas que estão sen-do aplicadas são altamente pesadas e o conta-bilista, dependendo do caso, pode ser obrigado a indenizar, ressarcir ao lojista o pagamento de um auto de infração lavrado em face do descum-primento de alguma obrigação acessória - escla-receu Rose Marie.

Ao final do encontro, a tributarista tirou dúvi-das dos participantes e enumerou outras situações que podem gerar perda de crédito e multas, entre elas: deixar de entregar a Declan-IPM até o fim do mês de maio (isso acarretará multa de R$ 5 mil); transmitir informações erradas e não corrigi-las imediatamente; deixar de informar ou não pagar o imposto devido; enviar nota fiscal para local er-rado; não especificar os nomes de cada produto que compõem os kits (empresas que trabalham com esta estratégia de venda, devem criar códigos internos de controle de seus produtos e comuni-car tal fato às inspetorias das respectivas circuns-crições); assim como receber documentos inidô-neos - neste caso é preciso escrever no campo de Informações Complementares da Nota Fiscal, que está fazendo a devolução e o motivo de tal proce-dimento.

Empresários devem ter cuidados

com multas de ICMS

FISC

O-T

RIB

UTÁ

RIO

A palestrante Rose Marie de Bom, observada pelo vice-presidente de Marketing do Sindilojas-Rio, Juedir Teixeira, e pelo presidente do Sindióptica, Silvino Rodrigues

Page 11: Revista Empresário Lojista Fev/2011

Empresário LOJISTA 9fevereiro 2011

Já se acham em circulação as novas notas de valores

de R$ 50,00 e R$ 100,00. As cédulas de outros valores

estarão circulando nos próximos meses. As novas notas

têm tamanho maior do que as antigas. O Banco Central

informa que as novas notas de R$ 50,00 e de R$ 100,00

continuarão a ter valor como dinheiro. Para saber mais

sobre as notas do Real visite o site www.bcb.gov.br

As novas notas do Real têm vários elementos de segu-

rança, o que dificultará a falsificação. Os novos elemen-

tos de identificação de autenticidade são os seguintes:

1 – VEJA A MARCA-D´ÁGUA: Ao segurar a nota contra

a luz, você observará, na área clara, a figura da onça e o

número 50 ou a figura da garoupa e o número 100 em

tons que variam de claro ao escuro.

2 – SINTA O RELEVO: Pelo tato, você sente o relevo em

algumas áreas da nota. Por exemplo:

-nas legendas: “REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL” E

“BANCO CENTRAL DO BRASIL”;

-nos numerais com o valor da nota, e

-nas laterais da frente da nota.

3. DESCUBRA A FAIXA HOLOGRÁFICA: Ao movimentar

a nota, você vê, nessa faixa, os seguintes efeitos:

-o número (50 ou 100 e a palavra (50 ou 100) e a pala-

vra REAIS se alternam:

- a figura da onça (50) ou da garoupa (100) fica colo-

rida, e

-na folha (50) ou no coral (100) aparecem diversas co-

res em movimento.

4. DESCUBRA O NÚMERO ESCONDIDO: Ao colocar a

nota na altura dos olhos, na posição horizontal, em um

lugar com bastante luz, você vê o número 50 ou 100 apa-

recer nas áreas indicadas.

Informações fornecidas pelo Banco Central do Brasil

Conheça as novas notas de R$ 50 e 100 D

INH

EIR

OEmpresários devem ter cuidados

com multas de ICMS

Page 12: Revista Empresário Lojista Fev/2011

Empresário LOJISTA10

PERGUNTAS E RESPOSTAS

PERGUNTE! Empresário Lojista respondeOs empresários lojistas, mesmo não

tendo empresa associada ao Sindilojas-Rio, podem fazer consultas sobre ques-tões jurídicas trabalhistas, cíveis e tribu-tárias através do tel. 3125-6667, de 2ª a 6ª feira, de 9 às 17 horas. A seguir, algu-mas perguntas encaminhadas à advoga-da Luciana Mendonça, da Gerência Jurí-dica do Sindilojas-Rio, e suas respostas.

Qual o valor do novo salário mí-nimo?Conforme dispõe a Medida Provisó-ria nº 516, de 30 de dezembro de 2010, o salário mínimo desde 1º de janeiro de 2011 é de R$ 540,00. Para quando foi prorrogado o prazo para substituição da versão 1.10 da Nota Fiscal Eletrônica?Foi prorrogado para 1º de abril o prazo para substituição da versão 1.10 para versão 2.0 da Nota Fiscal Eletrônica. Anteriormente, o prazo era a partir de 1º de janeiro de 2011. A nova versão oferece mudanças expressivas. Uma delas é a impos-

sibilidade de alteração no caso de divergência de dados no pedido. Caso o comprador faça alguma soli-citação errada, o pedido deverá ser cancelado e um novo emitido.Houve aumento nos valores da quo-ta do salário-família?Sim. A Portaria Interministerial nº 568, de 31/12/2010, reajustou os valores da quota do salário-família. Portanto, desde 1º de janeiro de 2011, o valor da quota do salário-família por filho ou equiparado de qualquer condição, até 14 anos de idade, ou inválido de qualquer ida-de, é de:

Quem tem direito à fixação do perí-odo de férias?

As férias são concedidas pelo em-pregador, e por ele fixadas durante o período subseqüente de 12 meses após a aquisição do direito pelo em-pregado. A concessão de férias inde-pende de pedido ou consentimento do trabalhador, pois é ato exclusivo do empregador. A partir de quando começa a contar a estabilidade provisória decorren-te de acidente de trabalho?A estabilidade provisória de 12 meses, prevista no art. 118 da Lei 8.213/91, tem seu início após a ces-sação do benefício, ou seja, quando do recebimento de alta médica.É necessário fazer homologação da rescisão contratual de empregado falecido?Sim. A homologação da rescisão contratual de empregado falecido é devida por intermédio de seus be-neficiários, habilitados perante o órgão previdenciário ou assim re-conhecidos judicialmente, porque a estes se transferem todos os direi-

Remuneração Mensal Valor da quota

Não superior a R$ 573,58 R$ 29,41

Superior a R$ 573,58 e igual ou inferior a R$

862,11 R$ 20,73

Page 13: Revista Empresário Lojista Fev/2011

Empresário LOJISTA 11fevereiro 2011

DÚVIDAS JURÍDICAS

Direção: J. Teotônio

Tel: (21) 2583-9797

tos do de cujus, inclusive de ter a assistência prevista no § 1º do art. 477, da CLT.Para que a empresa possa fazer ho-mologação no Sindilojas-Rio deve ser associada?Sim. Para se utilizar do setor de homologação no Sindilojas-Rio a empresa deve ser associada e estar em dia com todas as contribuições patronais, inclusive as mensalida-des e, ainda, com as contribuições dos empregados recolhidas a favor do Sindicato dos Empregados no Comércio do Rio de Janeiro.As despesas ordinárias de um con-domínio correm por conta do loca-tário?Sim. As despesas ordinárias visam o custeio normal das áreas e ser-viços comuns, ou seja, destinam-se de maneira geral a cobrir gastos com o funcionamento dos servi-ços e com pequenas despesas de conservação das áreas comuns e

são de responsabilidade do loca-tário, conforme art. 23, XII da Lei nº 8.245/91 (Dispõe sobre as loca-ções dos imóveis urbanos e os pro-cedimentos a elas pertinentes).Por quanto tempo o empregador deve guardar os documentos rela-tivos ao FGTS?Os documentos relativos ao FGTS deverão ser guardados pelo pra-zo de 30 anos, conforme Lei nº 8.036/90 e Decreto nº 99.684/90.Qual a finalidade da Contribuição Confederativa?A Contribuição Confederativa tem o propósito de financiar o siste-ma confederativo - do qual fazem parte os sindicatos, federações e confederações, tanto da categoria profissional como da econômica - é fixada em assembleia geral. Tem como fundamento legal o art. 8º, IV, da Constituição Federal.

Page 14: Revista Empresário Lojista Fev/2011

Empresário LOJISTA12

CO

NFR

ATER

NIZ

ÃO

Encontros de confraternização

No Encontro Anual de Colaboradores do Sindilo-

jas-Rio em 2009, os participantes foram distribuí-

dos por equipes. A cada equipe foi dada a tarefa de

responder perguntas relacionadas com o trabalho

no Sindilojas-Rio.

À equipe 4 coube responder a pergunta “Quais

são os elementos necessários para o colaborador

crescer junto à equipe?”:

“Inicialmente deve haver a oportunidade, a chan-

ce de estar ocupando um cargo na equipe, em se-

gundo, o colaborador deve ser humilde para de-

senvolver suas tarefas com qualidade, aceitando as

diferenças de opiniões e críticas, sejam elas positi-

vas ou negativas

“O colaborador deve, ainda, ser dedicado e pres-

tativo, disposto a colaborar no que puder para o

êxito de sua equipe. Deve ter comprometimento

com seu trabalho e equipe.

“Outros elementos essenciais para colaborar no

crescimento da equipe é ter conhecimento e habili-

dades nas suas tarefas, além de saber superar desa-

fios e se adaptar ao novo. É preciso, ainda, ser per-

severante, com muita força de vontade, buscando

ser o colaborador que tem coragem e criatividade.

Por fim, o colaborador para ajudar a crescer a

sua equipe tem que saber ser liderado e ser líder,

quando necessário”.

Como ajudar a equipe crescer

Page 15: Revista Empresário Lojista Fev/2011

Empresário LOJISTA 13fevereiro 2011

Superintendente do Ministério doTrabalho visita o Sindilojas-Rio

O Superintendente do Ministério do

Trabalho e Emprego no Estado do Rio de

Janeiro, Antônio Henrique Albuquerque,

acompanhado de seu assessor Hercules

Ramos Terra, foi recebido pela Diretoria

do Sindilojas-Rio, no último dia 25. Na

oportunidade, o Presidente Aldo Gonçal-

ves e os demais diretores abordaram com

os visitantes, questões relacionadas ao

sindicalismo patronal.

Na foto, o Superintendente (à direi-

ta do Presidente do Sindilojas-Rio, Aldo

Gonçalves, na cabeceira) quando agrade-

ceu o convite para visitar um dos maio-

res sindicatos patronais e o primeiro a

ser organizado no País. Disse, ainda, que

a representação do Ministério do Traba-

lho e Emprego no Rio não está aberta não

apenas para os trabalhadores, mas tam-

bém para os empresários.

SIN

DIC

ALI

SMO

Page 16: Revista Empresário Lojista Fev/2011

Empresário LOJISTA14

*Evaldo Costa,escritor, consultor,

conferencista e professor

A maioria das pessoas que se lança ao

mercado de trabalho tem o grande de-

safio de conseguir um bom emprego

e manter-se nele. Em todas as áre-

as, a competição é enorme e con-

seguir uma boa colocação é para

poucos. Na profissão de vendas

este desa-

fio não é

diferente,

ou você é

o melhor

consultor de

vendas do pe-

daço ou estará

em dificuldades,

como a maioria dos

profissionais da área, para con-

seguir uma boa remuneração.

Boa parte dos vendedores não se orgulha de sua

profissão, pensa que sua contribuição é pouco signi-

ficativa para as organizações, imagina que qualquer

um pode ser vendedor. Esquecem, no entanto, que é

o vendedor que move a economia do nosso planeta,

proporcionando lucro empresarial ao mesmo tempo

que fornece combustível para alimentar os motores

das organizações, sejam elas de pequeno, médio ou

grande porte.

Porém, para vencer na profissão de vendas, não

basta ser bom, é preciso ser ótimo. Mas, como sa-

ber a diferença entre ambos? Os bons vendedores se

acham super qualificados para desempenhar funções

de vendas, consideram-se mal pagos, não querem se

esforçar além de seus próprios limites e, por isso, em

época de crise, ficam desempregados.

Conversando com os bons vendedores você irá

ouvir deles algo como: “As minhas vendas caíram

porque o mercado está em crise”, “ninguém está ven-

dendo nada”, “como pode uma pessoa tão bem quali-

ficada como eu não estar vendendo bem”, “nunca vi

um mercado tão fraco assim”, “Eu gostei de ter traba-

lhado lá, mas eles não me pagavam o suficiente”.

Os bons vendedores não percebem que o problema

com a falta de vendas está em si mesmo, que a di-

ficuldade de vendas é um teste para

conduzí-lo ao topo da profissão.

Daí, a maioria não se esforça o

suficiente e deixa as oportu-

nidades fugirem por entre

os dedos, como se areia ou

água fossem. Porém, há

uma minoria que segue

de forma obstinada o seu

caminho, como se fosse o

espermatozóide que ven-

ce todas as barreiras para

fecundar o óvulo da vida.

A verdade é que, se você é

um ótimo consultor de vendas,

todas as portas estarão abertas

para você. Mas para ser um profissio-

nal de destaque em vendas é preciso amar a profis-

são, agir como um vencedor e persistir sempre, pois

o crescimento na profissão pertence aos que fazem as

vendas e não os que ficam o tempo todo discutindo

como deveriam agir para vender.

Os ótimos consultores, não são vaidosos, não tem

problema com baixa remuneração, para eles não exis-

te crises e nem desemprego, há sim um monte de em-

presas querendo “comprar o seu passe”. Eles sabem

que vender bem é como viver bem, ou seja, quanto

mais você dá para a vida mais recebe dela.

O consultor de vendas que deseja alcançar o topo,

dá o melhor de si para que o emprego o encontre

onde quer que ele esteja. Eles sabem muito bem que

deve gastar mais horas realizando que “falando abo-

brinhas”, fazendo que planejando, vendendo do que

esperando que o cliente compre, pois, quem vende

está vivo, mas quem quase vende já morreu.

Pense nisso e ótimo mês.

*Evaldo Costa é diretor do Instituto das Concessioná-rias do BrasilAutor dos livros: “Alavancando resultados através da gestão da qualidade”, “Como Garantir Três Vendas Extras Por Dia” e co-autor do livro “Gigantes das Vendas”Site: www.evaldocosta.com; blog: http://evaldocosta.blogs-pot.com; e-mail: [email protected]

Quando o desemprego não é o problema

COMÉRCIO

é o vendedor que move

a economia do nosso planeta,

proporcionando lucro

Page 17: Revista Empresário Lojista Fev/2011

Empresário LOJISTA 15fevereiro 2011

“Perspectivas do Simples Nacional para o ano de 2011”

foi o tema da palestra no dia 19 de janeiro, pelo Sescon-RJ

(Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis do Estado

do Rio de Janeiro). O evento, no auditório do Sindicont-

Rio (Sindicato dos Contabilistas do Rio de Janeiro), teve

como palestrante o secretário executivo do Comitê Gestor

do Simples Nacional, Silas Santiago. A exposição foi aber-

ta pela presidente do Sescon-RJ, Márcia Tavares.

O secretário executivo do Comitê Gestor falou sobre a

exclusão de milhares de empresas do Simples Nacional

que foram obrigadas a sair do sistema por diversos mo-

tivos, entre eles, ultrapassaram o limite de faturamento

anual de R$ 2,4 milhões ou não arcaram com a quitação

dos parcelamentos de débitos solicitados. O palestrante

também apresentou estatísticas em relação às empresas

inscritas no Simples Nacional nos últimos anos e o per-

centual de empregabilidade que elas representam na eco-

nomia do País. Silas Santiago revelou que o novo regula-

mento do Simples Nacional está pronto e já foi aprovado

pelo Comitê Gestor, faltando apenas o parecer da Procu-

radoria da Fazenda Nacional.

Em relação à inadimplência que impede micro e pe-

quenas empresas de se manterem no Super Simples, o se-

cretário executivo do Comitê Gestor admitiu que muitas

empresas que não quitaram suas dívidas estão entrando

na Justiça e ganhando liminares para continuarem no sis-

tema. Silas Santiago entende que o problema deverá ser

resolvido com a alteração da Lei 123/2006, que criou o

Super Simples. A alteração visa autorizar as empresas do

Simples Nacional a parcelarem seus débitos, para não

serem excluídas do regime.

Durante a palestra, Silas Santiago anunciou os novos

prazos para cumprimento das obrigações e de pagamen-

tos de tributos federais para as regiões afetadas pelas

chuvas no Estado do Rio. Indagado sobre as dificuldades

dos empresários daquelas localidades em cumprir o pra-

zo para aderir ao Simples Nacional, que se encerraria em

31 de janeiro, comprometeu-se a avaliar a situação junto

ao Comitê Gestor.

Quanto ao projeto de lei Complementar 591/10, que

prevê mudanças nos limites de faturamento das micro e

pequenas empresas e que não foi votado em 2010, Silas

Santiago acredita que a sua aprovação será ainda neste

ano, principalmente no que se refere à fixação de novas

regras de parcelamento. Ressaltou, porém, que temas

como inserção de novas atividades no Simples Nacional

ainda geram polêmica no legislativo.

- O novo governo passou a estudar a situação. Há lobby

muito grande visando aumentar para R$ 3,6 milhões o

limite do faturamento anual das micro e pequenas em-

presas e mexer nas faixas de enquadramento. A Frente

Parlamentar quer, mas creio que será difícil alterar todas

as faixas. O que poderá acontecer, além de um reajuste do

valor do faturamento anual, será aumentar a última faixa.

As demais, não acredito – disse enfático, Silas Santiago.

O novo regulamento do Simples Nacional

aguarda parecer da Fazenda Federal PALE

STR

A

Page 18: Revista Empresário Lojista Fev/2011

Empresário LOJISTA16

O consumidor foi o foco na Convenção do Varejo

Com a participação de mais de 18.500 pesso-as de 70 países, foi instalada dia 9 de janeiro, a 100ª Convenção Anual da Federação de Varejo dos Estados Unidos – NRF, em Nova Iorque, Es-tados Unidos. O encontro anual é considerado o maior do varejo mundial. O Brasil participou com uma das maiores delegações, destacando-se a organizada pela Confederação Nacional de Di-rigentes Lojistas.

Com cerca de 600 expositores foi inaugurada a Expo 2011, conhecida como Retail´s Big Show. Nos seus 45 mil metros quadrados apresentou as últi-mas novidades para o varejo vender mais.

Publicamos nesta edição da Empresário Lojista, resumos de palestras direcionadas à gestão do va-rejo, com base nas edições especiais da CNDL, via e-mail, sobre a Convenção de Varejo de Nova Ior-que.

EVEN

TO

A ASCENSÃO DO CONSUMIDOR

No primeiro dia da Convenção, o destaque foi para as supersessões. A primeira abordou o tema “A As-censão do Consumidor: compreender e responder aos desejos e necessidades do consumidor”.

Dan Heath (foto) e Jill Puleri da IBM Global Busi-ness Services falaram sobre o tema, destacando os consumidores de hoje e suas decisões que buscam

muito mais promoções, mas verdadeiras experiên-cias nos momentos em que escolhem para comprar. Em consequencia, exigirá do varejista a adaptação e implementação de mudanças em sua loja. Os consu-midores estão buscando experiências extraordiná-rias. O varejista terá mais êxito nas vendas ao pro-porcionar estas experiências ao consumidor no ato da compra.

Nesta sessão, os representantes da IBM explo-raram a forma como os varejistas podem prever o que os consumidores vão desejar como mudar as coisas. Quando Change Is Hard mostrou como virar uma chave e alterar a organização de dentro para fora, tudo isto com resistência mínima.

Utilizando a Psicologia, fez um estudo sobre as partes racional e emocional de nosso cérebro, provocando mudanças de comportamento. Como o lado emocional é superior ao racional, a mudança deve ser estimulada com cuidado. É para que estas mudanças aconteçam sem exigir direção, motiva-ção e trajetória.

Disse que se desejarmos mudar alguma coisa, não devemos mudar as pessoas e sim suas traje-tórias com direção e motivação. A derrota faz par-te de qualquer negócio, tentativas e fracassos são inevitáveis, por isso a perseverança é imprescin-dível para se alcançar o sucesso. A emoção coloca vida na experiência no varejo.

Já Dan Heath falou sobre as chances de sucesso na adaptação e atender as demandas de consumo atual.

Page 19: Revista Empresário Lojista Fev/2011

Empresário LOJISTA 17fevereiro 2011

O CONSUMIDOR MÓVEL

Atualmente, os smartphones resultam em mais de 50% de todos os aparelhos celulares, aumentando a capacidade de auto-atendimento móvel,

A sessão “Consumidor 2020” tratou do que vai ocor-rer na próxima década no varejo. O consumidor muda-rá de maneira bastante diferente, uma vez que o am-biente comercial mudará em relação ao atual. Haverá o consumidor móbile ou móvel, que usará smartphones, tables e outras ferramentas tecnológicas para suas compras.

Será obrigatória a interação do varejo com este novo modelo de consumidor. O varejo americano já vem

apresentando soluções para esta demanda e a cada dia vem desenvolvendo novas plataformas tecnológicas para melhor interagir com seus clientes.

O consumidor móvel procura facilidades para com-prar, como localizar facilmente a loja ou produtor/serviço; comparar produtos/serviços e preços; receber promoções.

Por sua vez, o varejista deve estreitar programa de fidelidade, onde o consumidor define suas preferên-cias e recebe, via celular, promoções, lançamentos e notícias específicas com os seus interesses.

Os pagamentos, por sua vez, poderão ser feitos com o celular.

O consumidor poderá fazer a leitura de códigos ele-trônicos e receber informações sobre o produto dese-jado.

Alguns especialistas consideram que somente o uso dos atuais smartphones e tablets não será eficaz, dada a limitação de leitura, como fonte e fotos pequenas, e manuseio, pois obriga o uso das duas mãos. Em con-sequência, novas tecnologias com nova interação vir-tual serão necessárias para melhorar este novo tipo de consumidor. Essas novas tecnologias mesclam o físico e o virtual. O modelo correto proporcionará aos consu-midores que desejarem, mais interatividade em suas compras.

Não se pode ignorar que o varejo americano e o bra-sileiro têm características e realidades diferentes. Por isso mesmo é sempre sugerido que o lojista brasileiro deve identificar as oportunidades do varejo americano e adaptá-las ao seu negócio.

A EXPERIÊNCIA ÚNICA

A valorização da compra pelo consumidor deve sempre merecer atenção do lojista. A compra deve ser uma “experiência única”, quando o comprador deve tocar e conhecer o produto, uma vez que a aquisição é uma realização pessoal que deve ser valorizada. O va-rejista de sucesso sabe a importância de proporcionar através de plataformas tecnológicas capazes de satis-fazer e fidelizar o consumidor.

Produtos diferenciados (premium) e também com a marca da loja fidelizam clientes que hoje pagam o pre-ço deste diferencial.

PLATAFORMA TECNOLÓGICA

Junto com a SAP, o grupo Cassino, um dos maiores varejistas de alimentos do mundo, elaborou uma pla-taforma tecnológica para conhecer o consumidor mó-vel, com informações sobre produtos personalizados, promoções, necessidades e preferências para serem utilizados por qualquer modelo de varejo.

Para demonstrar a prática da plataforma, foi simula-da experiência de consumidor no supermercado com o uso de um aparelho celular (smartphone). O consumi-dor foi identificado pelo seu cartão de fidelidade, sen-do-lhe oferecido via o celular, promoções exclusivas conforme suas preferências previamente cadastradas pelo supermercado.

Para isso, é necessário implementar as seguintes ferramentas:

*Banco de dados de marketing estendido (visão 360 graus dos consumidores).

*Dispositivo de marketing poderoso (recomenda-ções personalizadas).

* Serviços disponíveis com acesso por qualquer tipo de meio eletrônico.

VAREJO MAIS DINÂMICO

No dia 11 de janeiro, no terceiro dia da Convenção, foi abordado o tema “Tornando o Negócio do Varejo Dinâmico”. Um dos palestrantes foi Kirill Tatarinov, vice-presidente corporativo da Microsoft. Disse que somente o “varejo conectado” é capaz de se destacar no ambiente de varejo das rápidas mudanças carac-terizadas pelos compradores orientados pelo valor, cadeias de suprimento globalmente integradas, infor-mações competitivas ubíquas, comércio móvel, con-vergência de canais e demandas para ofertas locais personalizadas.

Prosseguindo em sua palestra, Tatarinov declarou que o sucesso no novo mundo do varejo altamente conectado requer tremenda agilidade capacitada por um ambiente operacional dinâmico para criar vínculos próximos com os clientes, dar autonomia aos colabo-radores e se adaptar rapidamente às tecnologias emer-gentes dos consumidores.

Acrescentou que a tecnologia está mudando a forma do varejo, tanto do consumidor que dispõe de novas formas tecnológicas de acesso a produtos e serviços, mas também dos varejistas com novas oportunidades de marketing. O consumidor moderno tem o controle,

Page 20: Revista Empresário Lojista Fev/2011

Empresário LOJISTA18

está on line, é móbile. Por isso, o varejista deve ser ágil e dinâmico para absorver este novo modelo de varejo.

Em sua palestra, Tatarinov mostrou as plataformas tecnológicas criadas pela Microsolft para conectar clientes e criar uma empresa verdadeiramente dinâ-mica para se destacar na nova era do varejo.

Finalizando, disse que há necessidade de sistemas tecnológicos inteligentes que controlem os produtos desde sua produção até chegar ao consumidor final, resultando em agilidade e dinamismo ao varejista que, certamente, alcançará melhores resultados.

Análise do prof. Barrizzelli: “A Microsoft em sua apresentação, mostrou como está colaborando com o varejo através de aplicativos com o consumidor como centro de todas as atividades das empresas varejistas. Na apresentação, foi ressaltado o desenvolvimento do comércio na China, através da migração de empresas varejistas das grandes cidades para o interior do País.

Como a China nos últimos anos priorizou o cresci-mento de seu comércio interno, o número de pessoas que entram no mercado de consumo cresce a cada dia. A China representa uma excelente oportunidade para varejistas que querem se internacionalizar.

A MAGIA DAS LOJAS DISNEY

Na sessão seguinte, na palestra “A Magia das Lojas Disney: Uma Experiência Profunda no Varejo” falaram o vice-presidente senior de Operações Globais e De-senvolvimento de Negócios da Disney Store, e do Vin-ce Beacom, vice-presidente do grupo Oracle Corpora-tion. Referiram-se à decisão estratégica da Disney ao verificar que suas lojas estavam desatualizadas em renovar, incorporando a magia da Disney nas lojas com uso de tecnologia.

Para os expositores, as lojas Disney ultrapassam o conceito de simples varejo, mas de um sonho de mi-lhares de fãs, de todas as idades, que visitam e com-pram diariamente nas lojas.

O novo projeto de loja também permite que os vi-sitantes personalizem suas próprias experiências, incentivada por novas tecnologias que criam muitas

surpresas mágicas, como telas interativas sensíveis ao toque, um cinema circular de alta definição para assistir vídeos musicais e muitos outros.

Como resultado, a experiência de fazer compras com interação pelo próprio visitante, respaldada pe-los vendedores que incorporam histórias contadas em todas as visitas feitas.

Este novo modelo foi apresentado como um “vare-jo especializado” ao oferecer uma experiência empol-gante e imersa ao visitante ao mesmo tempo em que impulsiona o negócio com eficácia.

O prof. Nelson Barrizzelli, em sua análise sobre a palestra, disse que as lojas Disney foram totalmente remodeladas, aproveitando o espírito de mundo da fantasia criado pelos personagens Disney. Ao passear pela loja, as crianças se deparam com várias estações, podendo interagir com seus personagens preferidos ou se transformar em princesas ou piratas pelo uso de alta tecnologia.

Prosseguindo em sua análise, o prof. Barrizzelli afir-mou: “Vendo hoje, essas lojas, parece incrível que há ape-nas alguns anos, o Grupo Disney teve que enfrentar a Cor-te de Falências. Mas renasceu das cinzas e, hoje, através de lojas espalhadas pelo mundo ajuda a manter a ilusão infantil da magia representada por personagens que inva-diram nossas vidas nos últimos anos.”

CORREIO ELETRÔNICO MAIS EFICAZ

Uma das palestras do último dia da 100ª NRF abor-dou o tema “Como os varejistas podem utilizar o cor-reio eletrônico de forma mais eficaz”. E-mails promo-cionais são ainda o grande impulsionador do tráfego para sites que qualquer outro fator que a familiarida-de com a marca. Contudo, como qualquer dispositivo de marketing, há prós e contras. No lado positivo de e-mails há a capacidade de ter distribuição massiva individualizada, a um custo muito baixo, construir as listas de clientes, reduzir o tempo de espera de uma ideia de promoção. Por outro lado, tornamo-nos pre-guiçosos e, por vezes, a qualidade das listas é baixa, podendo gerar um spam pelo consumidor. Claramen-te, há coisas que se pode trabalhar. Pinny Gniwisch, fundador da Ice.com, fez um estudo verificando que as listas de correio eletrônico não estão bem executa-das. Além disso, foram elencadas algumas maneiras para combater esses números em queda:

- Segmentar dentro de seu banco de dados: e-mails devem conter termos de conteúdo e frequência.

- Personalização: a personalização do e-mail, como enviar antes do aniversário com uma promoção es-pecial, ainda, com informações sobre itens que você comprou ultimamente.

Evite sobrecarregar: enviam-se e-mails promocio-nais que se sobrepõem. Fazer isso pode resultar em clientes que adiam indefinidamente as compras, por-que eles estão sempre olhando para fora, para um negócio melhor no horizonte. Além disso, os consu-midores que pensam que estão recebendo muitos e-mails poderão simplesmente abandonar a sua lista (spam).-

Analisar: prestar atenção em como seus diferentes tipos de e-mails estão sendo recebidos.

Page 21: Revista Empresário Lojista Fev/2011

Empresário LOJISTA 19fevereiro 2011

Workshop da CNDL

O presidente da CNDL Roque Pellizzaro Jr com os consultores prof. Nelson Barrizzelli, Eugênio Foganholo e Luciana Carmo (Foto CNDL)

O presidente Aldo Gonçalves, do Sindilojas-Rio, ao lado do pre-sidente Ronaldo Sielichow, presidente do Sindilojas-Porto Alegre, durante a Convenção de Nova Yorque.

Os consultores da CNDL, o prof. Eugenio Foganholo e Luciana Carmo, coordenaram o workshop final com os destaques da 100ª NRF. Os principais temas da Convenção pro-vocaram debates com os presentes, levando-os a adaptarem à realidade brasileira os pon-tos de vista norte-americano dos principais palestrantes.

Os dois principais temas predominantes na NRF foram a “Sustentabilidade” e a “Tecnolo-gia”, em especial a “Tecnologia móbile (móvel)”.

A consultora Luciana Carmo lembrou haver necessidade de os varejistas conhecerem me-lhor o seu cliente-consumidor e suas necessi-dades. Não devem esquecer que a tecnologia está à disposição para melhor aperfeiçoar o seu tempo. Mais informações sobre os produ-tos levarão a um resultado melhor na venda, pois a decisão de compra do cliente será mais rápida.

Para Luciana Carmo, cartões de fidelida-de geram soluções individuais a cada cliente, isto porque o varejista pode conhecer melhor o seu cliente, suas preferências e exigências.

Sobre as redes sociais disse que também foram muito exploradas. O lojista que souber bem avaliar esta ferramenta venderá mais e melhor.

A NRF

O consultor Foganholo falou sobre a NRF, enti-dade que defende o varejo americano, relacionan-da-a à Confederação Nacional de Dirigentes Lojis-

tas, que defende o varejo brasileiro, destacando os avanços em relação às administradoras de cartões de crédito após campanha da CNDL.

Lembrou sobre a mobilidade destacada na Con-venção, que não é acompanhada pelos varejistas americanos. Disse que a única empresa com wifi gratuitamente liberada é a Apple. Outra consta-tação: os gigantes do varejo estão cada vez mais gigantes.

Os participantes da reunião constataram que poucas empresas nos Estados Unidos e na Europa estavam preparadas para enfrentar a crise ao final de 2008. A maior eficiência do varejo é o que o torna eficaz. Foganholo analisou que poucas em-presas brasileiras estão preparadas para proble-mas econômicos, pois estamos vivenciando um crescente desenvolvimento há dez anos. O indi-cador de produtividade é essencial para estarmos preparados. Muitos empresários ficam apenas no resultado da venda, afirmou. Acrescentou que o demonstrativo de resultados é pouco explorado, pois muitos não sabem quando estão ganhando ou perdendo renda, controle eficaz de estoques etc. A gestão no varejo é necessária nos dias atuais.

A NRF 2012Já está programada a NRF 2012. Será nos dias

15 a 18 de janeiro, em Nova Iorque.

Page 22: Revista Empresário Lojista Fev/2011

Empresário LOJISTA20

SHO

PPIN

GS

Representantes do Conselho Nacional de Entidades de Shopping Centers (Conecs) reuniram-se dia 26 de janeiro, no Sindilojas-Rio (foto), dando início ao pla-nejamento das ações do Conecs em 2011. Além do presidente do Sindilojas-Rio, Aldo Gonçalves, estive-ram presentes presidentes de sindicatos patronais, associações de lojistas de Shoppings, o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas – CNDL, Roque Pellizzaro Junior, e o Deputado Federal Viní-cius Carvalho, membro efetivo da Comissão de Defe-sa do Consumidor entre 2007 e 2010, que deu total apoio à causa dos lojistas na última legislatura, no ano passado.

Levando-se em consideração que a renovação na Câmara Federal foi da ordem de 45% dos deputados e que o Projeto de Lei 7.137/2002 estará na pauta de votação até março, a coordenação do Conecs de-liberou dar início às articulações políticas, visando resguardar os direitos dos lojistas, trabalhando para a aprovação do mesmo.

Foram definidas as primeiras ações a serem inicia-das imediatamente pela assessoria parlamentar do Conecs em Brasília, culminando em contatos e visitas às novas lideranças políticas, buscando maior apoio para aprovar o referido projeto.

Na foto, aspecto da reunião do Conecs.

Representantes de lojistas de

shoppings planejam ações

para 2011

Page 23: Revista Empresário Lojista Fev/2011

Empresário LOJISTA 21fevereiro 2011

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ROLAND KHALIL GEBARA

O empresário Roland Kha-lil Gebara falecido no dia 11 de janeiro e sepultado no dia seguinte, no cemitério de São Francisco Xavier (Caju), no Rio, foi lojista do ramo de tecidos com a empresa Khalil M. Geba-ra. Participou das diretorias do Sindilojas-Rio nas funções de secretário e de tesoureiro, de maio de1980 a 1992. No CDL-Rio inicialmente foi diretor de Operações a partir de 1982. Em 2003 foi eleito diretor de Associativismo e conselheiro. No período de 2007 a 2009 foi vice-presidente da Entidade. Ao falecer, ocupava a diretoria de Associativismo.

EXEMPLO DE LOJISTA

Roland como empresário era muito cuidadoso em seu negócio. Era comum en-contrá-lo na loja, principalmente supervisionan-do os vendedores. Certo dia, entrou na loja da Rua do Ouvidor, uma senhora mal vestida. Dirigiu-se a um dos vendedores. Fazia perguntas e o comer-ciário apenas balançando a cabeça, respondia sempre “não”. Vendo que a loja não tinha o que queria, a mulher estava dando meia-volta, quan-do o Roland apareceu e perguntou-lhe por que es-tava indo embora. Ela respondeu que o vendedor

informara que não tinha os tecidos pedidos.

Roland pediu à senhora que o acompanhasse até o balcão. À medida que a mu-lher lia numa relação escrita num papel, Roland ia apa-nhando os tecidos pedidos.

Ao final, fez as contas: uma excelente compra, pois a mulher era ajudante de costureira, incumbida de confeccionar além do vesti-do de uma noiva, os mode-los para as demais partici-pantes da cerimônia, como as damas, mães da noiva e do noivo.

Feitos os embrulhos e o pagamento, a mulher saiu da loja.

O vendedor, que achou estar a mulher apenas que-

rendo levar amostras de tecidos, foi falar com o Roland:

- Senhor Roland: Eu tenho direito a uma parte da comissão da venda, não é?

Com a sua experiência de gerência, Roland foi logo dizendo:

-Você deveria é ser despedido! Um vendedor jamais deve avaliar o poder de compra de consu-midor por sua aparência. Que este fato lhe sirva de exemplo, que lhe custou uma boa comissão...

HOMENAGEM

Page 24: Revista Empresário Lojista Fev/2011

Empresário LOJISTA22

Alexandre Lima, advogado do CDLRio

Em recente matéria publicada em seu sitio de In-ternet, o Superior Tribunal de Justiça demonstrou como vem decidindo acerca de demandas envolven-do planos de saúde.

Alguns dos assuntos atingem 90% da população que possuem planos de saúde, e, por isso, o STJ pa-cificou entendimento nos casos mais delicados e complexos, como os a seguir expostos. Façam boa leitura.

“O direito à saúde foi reconhecido internacional-mente em 1948, quando da aprovação da Declara-ção Universal dos Direitos Humanos pela Organiza-ção das Nações Unidas (ONU). No Brasil, este direito é assegurado pela Constituição Federal de 1988 que, em seu artigo 196, preceitua: “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante polí-ticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso uni-versal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação”.

No texto constitucional, a saúde passou a integrar o Sistema de Seguridade Social. Instituiu-se o Sis-tema Único de Saúde (SUS), um sistema de atenção e cuidados que não consegue ser suficiente para a efetivação do direito à saúde a toda a população. Assim, milhões de brasileiros buscam os serviços de planos e seguros de saúde para poder obter o “ver-dadeiro” acesso a essa garantia constitucional a um custo compatível com o nível de renda de cada um.

Entretanto, verifica-se que inúmeros planos de saúde adotam práticas abusivas em relação ao cida-dão-consumidor, como a limitação de internações e consultas, a proibição de alguns procedimentos, a rescisão de contrato em razão de sua alta sinistrali-dade, entre outros. Diante dessa realidade, o Supe-rior Tribunal de Justiça (STJ) tem atuado quando as condutas dos fornecedores de planos e seguros de saúde violam o direito básico do consumidor, apli-cando, por exemplo, o Código de Defesa do Consu-midor (Súmula 469) para fazer valer os direitos dos segurados ou para manter o equilíbrio dessa relação.

A Súmula 469 do STJ consolida o entendimento, há tempos pacificado no Tribunal, de que “a opera-dora de serviços de assistência à saúde que presta serviços remunerados à população tem sua ativida-de regida pelo CDC, pouco importando o nome ou a natureza jurídica que adota” (Resp 267.530).

O Código de Defesa do Consumidor é aplicado aos planos de saúde mesmo em contratos firmados an-teriormente à vigência do código, mas que são reno-vados após sua vigência.

O STJ tem entendimento reiterado no que diz res-peito à limitação do tempo de internação. A Quarta Turma, quando do julgamento do Resp 361.415, de-clarou nula cláusula contratual dos planos de saúde que limita o tempo de internação em UTI. Tal re-conhecimento, porém, não implicou, no caso, paga-mento de indenização por danos morais e materiais.

O caso envolvia o pedido de um segurado do Rio Grande do Sul contra a Unimed Ijuí Cooperativa de Trabalho Médico. Ele buscava a condenação pelo dissabor na cobrança pelos dias de internação da esposa, que faleceu em decorrência de um acidente automobilístico. A paciente ficou internada durante 47 dias e o contrato do plano de saúde previa a per-manência do segurado em UTI por apenas 10 dias, período não cumulável ano a ano.

Em outro julgamento (Resp 326.147), a Quarta Turma decidiu que os planos de saúde não podem limitar o valor do tratamento e de internações de seus associados. Acompanhando o voto do relator, ministro Aldir Passarinho Junior, a Turma concluiu que a limitação de valor é mais lesiva que a restri-ção do tempo de internação vetada pela Súmula 302 do Tribunal. O STJ, repetidamente, recebe recursos que discutem a abusividade nos reajustes dos pla-nos e seguros de saúde, principalmente quando há mudança de faixa etária. A Terceira Turma, ao julgar o Resp 989.380, vedou os reajustes nas mensalida-des dos planos de saúde da Unimed Natal a partir de janeiro de 2004, em razão da mudança de faixa etária daqueles que completassem 60 anos ou mais, independentemente da época em que foi celebrado o contrato, permanecendo os consumidores idosos submetidos aos demais reajustes definidos em lei e no contrato.

Para a relatora do caso, ministra Nancy Andrighi, o consumidor que atingiu a idade de 60 anos, quer seja antes da vigência do Estatuto do Idoso, quer seja a partir de sua vigência, está sempre amparado contra a abusividade de reajustes das mensalidades dos planos de saúde com base exclusivamente na mudança de faixa etária, por força da proteção ofe-recida pela lei, agora confirmada pelo Estatuto.

Os planos de saúde e as decisões do STJ

DIREITO

Page 25: Revista Empresário Lojista Fev/2011

Empresário LOJISTA 23fevereiro 2011

EVEN

TOS

A cobertura assistencial é um

conjunto de direitos a que o consumidor faz

jus ao contratar um plano de saúde

A cobertura assistencial é um conjunto de direitos a que o consumidor faz jus ao contratar um plano de saúde. A extensão da cobertura é determinada pela legislação de saúde suplementar e tem que estar ex-pressa no contrato firmado com a operadora. Entre-tanto, muito se tem discutido, na Justiça, sobre o que deve ser coberto ou não pelos planos de saúde.

Para os ministros da Terceira Turma do STJ, a ci-rurgia plástica para a retirada do excesso de pele (tecido epitelial) decorrente de cirurgia bariátrica (redução do estômago) faz parte do tratamento de obesidade mórbida e deve ser integralmente cober-to pelo plano de saúde (Resp 1.136.475).

O relator do processo, ministro Massami Uyeda, concluiu que esta cirurgia não pode ser classifica-da como mero tratamento de rejuvenescimento ou de emagrecimento com finalidade estética, proce-dimentos expressamente excluídos de cobertura, nos termos do artigo 10 da Lei n. 9.656/1998. “É ilegítima a recusa da cobertura das cirurgias desti-nadas à remoção de tecido epitelial, quando estas se revelarem necessárias ao pleno restabelecimento do segurado acometido de obesidade mórbida”, res-saltou o ministro.

Ainda sobre cirurgia bariátrica, os ministros da Turma determinaram que um plano de saúde arcas-se com as despesas da cirurgia em uma paciente que mantinha contrato de seguro anterior ao surgimen-to dessa técnica de tratamento (Resp 1.106.789).

A relatora do recurso, ministra Nancy Andrighi, destacou que deve ser proporcionado ao consumi-dor o tratamento mais moderno e adequado, em substituição ao procedimento obsoleto previsto es-pecificamente no contrato. Ela observou que havia uma cláusula contratual genérica que previa a co-bertura de cirurgias “gastroenterológicas”.

De acordo com a ministra, se o contrato previa a cobertura para a doença, qualquer constatação de desequilíbrio financeiro a partir da alteração do tra-tamento dependeria de uma comparação entre os custos dos dois procedimentos. Para a relatora, sem esta comparação, é apenas hipotética a afirmação de que a nova técnica seria mais onerosa.

Noutro caso, em janeiro de 2010, a Amil Assis-tência Médica Internacional Ltda. foi condenada ao pagamento integral de todos os gastos havidos até janeiro de 2002, relativamente aos transplantes au-tólogos (quimioterapia com resgate de células-tron-co) realizados por um beneficiário (Resp 1.092.127). O julgamento foi realizado pela Terceira Turma.

O segurado ajuizou a ação sustentando que, após uma internação e um procedimento de coleta de células-tronco, em março de 2000, o plano se recu-

sou a cobrir a continuidade do tratamento, pois foi alegado que o resgate de células-tronco era procedi-mento equiparado a transplante e, nessa qualidade, não estaria coberto pela apólice.

Uma segurada do plano de saúde Unimed – Coo-perativa do Trabalho Médico de Santa Catarina tam-bém teve garantida pelo STJ indenização por danos materiais e morais decorrentes da falta de cober-tura de um enxerto ósseo. As instâncias inferiores haviam entendido que, no caso, caberia apenas a reparação material pela falta de cobertura, já que não houve ato ilícito por parte da seguradora. A Terceira Turma do Tribunal, no entanto, concedeu também o dano moral baseado na existência do dano e não de uma suposta conduta ilícita por parte da segura-dora. O enxerto ósseo não constava de pre-visão contratual (Resp 1.096.560).

No caso, a segurada fez uma cirurgia para remoção de um tumor ósseo, com implanta-ção de enxerto no lugar do tecido removido. O cus-to do enxerto era de R$ 325 e a recusa da Unimed em cobrir o procedimento fez com que ela recorres-se à Justiça.

A Terceira Turma ponderou, no julgamento, que, se uma conduta é ilícita para fins de reparação por dano material, será ilícita também para a avaliação do dano moral. “O que pode acontecer é que, apesar de ilícita, o mero descumprimento de uma cláusu-la contratual não gere, para parte, qualquer dano moral indenização”, ressaltou a ministra Nancy An-drighi em seu voto, acompanhando o relator, mi-nistro Sidnei Benetti. A Unimed foi condenada ao pagamento de reparação por danos morais no valor de R$ 3 mil.

O STJ negou o pedido de um ex-funcionário do Banco do Brasil que havia se demitido e, mesmo assim, ingressou com ação judicial para perma-necer vinculado, juntamente com seus dependen-tes, ao plano coletivo de assistência à saúde (Resp 1.078.991). O julgamento baseou-se em voto do mi-nistro Massami Uyeda, relator do processo. De acor-do com o ministro, “o direito de manter a condição de beneficiário nas mesmas condições de que goza-va quando era funcionário ativo do banco, somente está previsto para os casos em que o empregado é demitido ou exonerado sem justa causa.”

Page 26: Revista Empresário Lojista Fev/2011

Empresário LOJISTA24

CO

NSU

MO

LEIS

E D

EC

RET

OS

LEGISLAÇÕES EM VIGOR

PROGRAMA GERADOR DO CNPJ

- Aprova o Programa Gerador de

Documentos do Cadastro Nacio-

nal da Pessoa Jurídica, versão 3.1

(PGD CNPJ/Cadastro Sincronizado

3.1), o Programa Gerador de Do-

cumentos do Cadastro Nacional

da Pessoa Jurídica (PGD CNPJ ver-

são web), o Aplicativo Classifica-

dor do Objeto Social (versão web),

o Aplicativo Visualizador de Atos

Cadastrais do Cadastro Nacional

da Pessoa Jurídica (versão web),

o Aplicativo Visualizador/Defe-

ridor pelas Juntas Comerciais

(versão web), o Aplicativo Visua-

lizador/Deferidor pelos Cartórios

de Registro Civil das Pessoas Ju-

rídicas (versão web), o Aplicati-

vo Consulta de Remessa (versão

web) e o Aplicativo Deferidor de

Convenentes (versão web). Inst.

Norm. nº 1.087, de 29 de novem-

bro de 2010 (DOU de 30.11.2010),

PROGRAMA GERADOR DA NF-e

- Aprova o programa gerador do

Demonstrativo de Notas Fiscais

(DNF), versão 3.0, define regras

para a sua apresentação e dá ou-

tras providências. Inst. Norm. nº

1.091, de 1º de dezembro de 2010

(DOU de 02.12.2010).

TARIFAS BANCÁRIAS - Altera e

consolida as normas sobre co-

brança de tarifas pela prestação

de serviços por parte das insti-

tuições financeiras e demais ins-

tituições autorizadas a funcionar

pelo Banco Central do Brasil e dá

outras providências. Res. BACEN

nº 3.919, de 25 de novembro de

2010 (DOU de 26.11.2010).

PAGAMENTO MÍNIMO NO CAR-

TÃO DE CRÉDITO - Dispõe sobre

o pagamento do valor mínimo da

fatura de cartão de crédito e dá

outras providências. Circ. BACEN

nº 3.512, de 25 de novembro de

2010 (DOU de 26.11.2010).

CANCELAMENTO DE NF-e - Dá

nova redação ao art. 2° do Ato

COTEPE/ICMS n° 13/10 que altera

o Ato COTEPE/ICMS n° 33/08 que

dispõe sobre os prazos de cance-

lamento de NF-e e de transmissão

de NF-e emitida em contingência,

conforme disposto no Ajuste SI-

NIEF 07/05. ATO COTEPE/ICMS n°

35, de 24 de novembro de 2010

(DOU de 30.11.10).

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DA

NF-e - Altera o Ato COTEPE/ICMS

49/09, que dispõe sobre as espe-

cificações técnicas da Nota Fiscal

Eletrônica - NF-e, do Documento

Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica

- DANFE e dos Pedidos de Conces-

são de Uso, Cancelamento, Inuti-

lização e Consulta a Cadastro, via

WebServices, conforme disposto

no Ajuste SINIEF 07/05. ATO CO-

TEPE/ICMS nº 36, de 24 de novem-

bro de 2010. (DOU de 30.11.10).

INÍCIO DA OBRIGATORIEDADE

DO USO NF-e - Prorroga o início

da vigência da obrigatoriedade da

utilização da Nota Fiscal Eletrôni-

ca - NF-e, pelo critério de CNAE,

prevista no Protocolo ICMS 42/09.

Prot. ICMS 191, de 30 de novem-

bro de 2010 (DOU de 01.12.10).

OBRIGATORIEDADE DO USO

NF-e - Altera o Protocolo ICMS

42/09, que estabelece a obrigato-

riedade da utilização da Nota Fis-

cal Eletrônica (NF-e) pelo critério

de CNAE e operações com os des-

tinatários que especifica. Prot.

ICMS 1921, de 30 de novembro de

2010 (DOU de 01.12.10).

OBRIGATORIEDADE DO USO NF-e

Altera o Protocolo ICMS 42/09

que estabelece a obrigatoriedade

da utilização da Nota Fiscal Ele-

trônica (NF-e) em substituição à

Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, pelo

critério de CNAE e operações com

os destinatários que especifica.

Prot. ICMS 193, de 30 de novem-

bro de 2010 (DOU de 01.12.10).

FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDI-

TO - Altera a Resolução nº 3.692,

de 26 de março de 2009, que dis-

põe sobre a captação de depósi-

tos a prazo com garantia especial

proporcionada pelo Fundo Garan-

tidor de Créditos (FGC) e o valor

máximo da garantia previsto na

Resolução nº 3.400, de 6 de se-

tembro de 2006. Res. BACEN nº

3.931, de 3 de dezembro de 2010

(DOU 06.12.2010.

O Centro de Estudos do CDLRio acompanha a legislação da União, do Estado do Rio de Janeiro e da cidade do Rio. Os textos das legis-lações mencionadas poderão ser solicitados, sem ônus, ao Centro de Estudos do CDLRio através dos telefones 2506.1234 e 2506 1254.

Page 27: Revista Empresário Lojista Fev/2011

Empresário LOJISTA 25fevereiro 2011

Valmir de Oliveira, gerente Administrativo/

Financeiro do Sindilojas-Rio

Música de sucesso do cantor Ritchie nos anos 80, o título é uma realidade que não podemos ignorar. Um fi-lósofo grego afirmou que “quem não tem nada arrisca tudo”. Esta frase é o resumo perfeitamente adequado às pessoas que constroem seus lares em áreas de risco.

Há outra opção? Não. Recebem ajuda do poder públi-co? Não. Quando estão construindo, alguma autoridade no assunto explica as razões da proibição? Não. Poderá até haver o argumento que dessa vez, na região serrana, pessoas de posse foram também atingidas. Bem, neste caso, a natureza reage indistintamente, sem prévio aviso, contra qualquer edificação que esteja fora do eixo por ela permitido.

A verdade é que enquanto não houver vontade e rapi-dez por parte de quem foi indicado para solucionar todas essas situações de ocupações irregulares, as tragédias se repetirão sistematicamente, em razão da falta de plane-jamento. É assim no Estado, em todas as suas esferas, é assim na sociedade, é assim na família e é assim nas empresas.

Querem ver? Uma empresa, seja ela enquadrada no lu-cro real, no lucro presumido ou superávit tem como pri-meira obrigação planejar o seu orçamento. No segundo momento, tentar cumprir o que foi planejado, objetivan-do alcançar resultados satisfatórios. Havendo desequilí-brio, por mínimo que seja, haverá contrariedades. Deta-lhe: quando se fala em família, sociedade e empresa se está falando em comprometimento, união, solidariedade, vontade de acertar, alcançar conquistas. Estes sentimen-tos têm que estar aflorados em todos os momentos.

Não faz muito tempo, empresas eram criadas em deter-minado exercício e no outro já não existiam mais. Feliz-mente o quadro mudou, as empresas estão mais estáveis,

dando clara demonstração de que houve uma mudança de mentalidade, ou seja, muitos conceitos foram refor-mulados. E é assim que deve ser. Vemos, nitidamente, a exteriorização da criatividade com o lançamento de no-vos produtos e atendimento diferenciado em busca de cativar os clientes que, atualmente, chamamos de fide-lização.

Exemplo? Recentemente fomos ao Espírito Santo e, de escuna, visitamos a Ilha dos Franceses, localizada em frente às praias de Itaipava e Itaoca. Parada de 20 minu-tos para mergulho nas águas cristalinas. De repente, sur-ge o capitão com uma bandeja repleta de fa-tias de abacaxi e maçã. Na informação dada, era um antídoto para ninguém enjoar. Acom-panhava refrigerante e água mineral. Mais: para mulheres e crianças, pi-colés de diversos sabo-res. Conquistou a todos pela simplicidade.

Portanto, a continuarmos nesse marasmo, sem colocar em prática as lições aprendidas, abandonando por com-pleto o planejamento, o Estado não cumprirá o papel de proteger o contribuinte, a família se desintegrará, a socie-dade se enfraquecerá e as empresas não evoluirão.

Caso não haja uma mudança de comportamento geral, ficaremos com a sensação de que entra ano e sai ano e continuamos a enxugar gelo e a reaproveitar palitos de fósforo.

Contatos: [email protected]

RECURSOS HUMANOS

as tragédias

se repetirão

sistematicamente,

em razão da falta de

planejamento.

A vida tem dessas coisas

Page 28: Revista Empresário Lojista Fev/2011

Empresário LOJISTA26

Page 29: Revista Empresário Lojista Fev/2011

Empresário LOJISTA 27fevereiro 2011

MOVIMENTO DE CHEQUES

GRÁFICOS DE CHEQUES - CDLRIO Segundo o registro de cadastro do LIG Cheque do CDLRio, as consultas ao LIG Cheque em dezembro de 2010 em relação ao mesmo mês de 2009, as consul-tas e as dívidas quitadas cresceram 20,6% e 12% e a inadimplência caiu 0,1%.

Comparando-se dezembro com o mês anterior (novembro) as consultas, as dívidas quitadas e a inadimplência aumentam, respectivamente, 45,1%, 7,3% e 0,2%.

No acumulado do ano (janeiro/dezembro) em re-lação ao mesmo período de 2009, as consultas, as dívidas quitadas e a inadimplência cresceram, res-pectivamente, 11,2%, 8,2% e 0,7%.

Cheque

DEZEMBRO DE 2010 EM RELAÇÃO A DEZEMBRO DE 2009

CONSULTAS +20,6%

INADIMPLÊNCIA – 0,1%

DÍVIDAS QUITADAS +12,0%

ACUMULADA DOS ÚLTIMOS 12 MESES

DEZ/10 - JAN/10 PercentualCONSULTAS +11,2%

INADIMPLÊNCIA +0,7%

DÍVIDAS QUITADAS +8,2%

DEZEMBRO DE 2010 EM RELAÇÃO A NOVEMBRO A DE 2010

PercentualCONSULTAS +45,1%

INADIMPLÊNCIA +0,2%

DÍVIDAS QUITADAS +7,3%

Procura por informações referentes aos produtos do CDLRio?Quer conhecer produtos que possam auxiliar na otimização da análise de crédito?

Então entre em contato com a Central de Relacionamento, atendimento Help Desk do CDLRio, no telefone

(21) 2506-5533, de segunda a sábado de 8:30 às 21h.

JAN. A DEZ. DE 2010 EM RELAÇÃO A JAN. A DEZ. DE 2009

PercentualCONSULTAS +11,2%

INADIMPLÊNCIA +0,7%

DÍVIDAS QUITADAS +8,2%

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Page 30: Revista Empresário Lojista Fev/2011

Empresário LOJISTA28

Em dezembro as vendas cresceram 18,7%, regis-trando o melhor resultado dos últimos dez anos.

As vendas do comércio na Cidade do Rio de Janeiro aumentaram 13,8% no acumulado de janeiro/dezembro de 2010 em relação ao mesmo período de 2009 de acordo com a pesquisa Termômetro de Vendas divulgadas men-salmente pelo Centro de Estudos do CDLRio, que ouviu cerca de 750 estabelecimentos comerciais.

A pesquisa mostra também que em dezembro as ven-das cresceram 18,7% em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Foi o 12° mês do ano de resultado posi-tivo e os indicadores foram puxados principalmente pelo crescimento das vendas no Natal.

O presidente do CDLRio, Aldo Gonçalves, disse que o resultado positivo de 2010 também foi estimulado por várias iniciativas dos lojistas, entre elas o alongamento dos prazos de financiamentos, lançamento de produtos (especialmente nos segmentos de moda, brinquedos e confecções), promoções, descontos e liquidações. Além disso, o crescimento do nível de emprego e da renda, que proporcionou o aumento das quitações de dívidas, rea-bilitando os consumidores para novas compras, influen-ciou bastante no resultado.

Para Aldo Gonçalves, mantida a política econômica atual, de estímulo ao surgimento de novos postos de trabalho, ao aumento da renda e à facilidade de crédito, 2011 tem tudo para repetir o desempenho positivo do ano anterior. “No Rio de Janeiro as vendas já estão sendo beneficiados pelas ações tomadas na área de segurança pública, que está proporcionando mais tranquilidade para os consumidores efetuarem suas compras, espe-cialmente no comércio de rua. Essas medidas também atrairão muito mais visitantes, principalmente turistas, movimentando toda a cadeia produtiva da Cidade e do Estado”, conclui Aldo.

Segundo a pesquisa, em dezembro, o Ramo Duro (bens duráveis) apresentou o melhor resultado: 18,9 contra 18,1% do Ramo Mole (bens não duráveis). Os melhores desempenhos foram dos setores de vestuário em geral (+18,7%) e calçados (15,2%) no Ramo Mole; e eletrodomés-ticos (+19,1%), móveis (17,8%), jóias (7,9%) e óticas (5,7%) no Ramo Duro. Quanto à forma de pagamento as vendas a prazo (+ 23,6%) ficaram à frente das vendas à vista (+ 13,2%) na preferência do consumidor.

Comércio do Rio vendeu mais em 2010

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DEZEMBRO 2010 / DEZEMBRO 2009

DEZEMBRO/10 V. Real Vendas à vista Vendas a prazo

MÉDIA GERAL +18,7% +13,2% +23,6%

RAMO MOLE +18,1% +17,4% +18,9%

RAMO DURO +18,9% +11,3% +25,9%

DEZEMBRO 2010 / DEZEMBRO 2009 - Categorias

Ramo Mole Ramo Duro

Confecções +18,7% Eletro +19,1%

Calçados +15,2% Móveis +17,8%

Tecidos +2,4% Jóias +7,9%

Óticas +5,7%

BARÔMETRO: MÊS CORRENTE / MÊS ANTERIOR DO MESMO ANO

V. Real Vendas à vista Vendas a prazo

MÉDIA GERAL +66,0% +64,8% +67,0%

RAMO MOLE +138,3% +114,6% +161,9%

RAMO DURO +45,4% +48,6% +43,0%

DEZEMBRO 2010 / DEZEMBRO 2009 - Localização

Localização Ramo Mole Ramo Duro

CENTRO +10,6% +19,0%

NORTE +17,2% +18,7%

SUL +23,4% +19,6%

ACUMULADA DOS ÚLTIMOS DOZE MESES (DEZ/10 - JAN/10)

V. Real Vendas à vista Vendas a prazo

MÉDIA GERAL +13,8% +11,5% +15,9%

RAMO MOLE +11,7% +9,9% +13,6%

RAMO DURO +14,7% +12,2% +16,8%

ACUMULADA DO ANO JAN-DEZ 2010 / JAN-DEZ 2009

JAN-DEZ 2010 V. Real Vendas à vista Vendas a prazo

MÉDIA GERAL +13,8% +11,5% +15,9%

RAMO MOLE +11,7% +9,9% +13,6%

RAMO DURO +14,7% +12,2% +16,8%

Caso sua empresa se interesse

em participar desta estatística, contate o

Centro de Estudos pelos telefones

(21) 2506.1234 e 2506.1254 ou

e-mail: [email protected].

Page 31: Revista Empresário Lojista Fev/2011

Empresário LOJISTA 29fevereiro 2011

As dívidas quitadas no comércio lojista da Cida-de do Rio de Janeiro cresceram 13,5% em dezem-bro em relação ao mesmo mês do ano passado. Foi o maior volume registrado no ano, de acordo com os registros do Serviço de Proteção ao Crédi-to do CDLRio.

A inadimplência também registrou a maior que-da no ano: menos 2,7% em relação a dezembro de 2009. As consultas (item que indica o movimento do comércio) cresceram 12%.

Comparando-se dezembro com o mês anterior (novembro), as consultas e as dívidas quitadas aumentaram, respectivamente, 24,4% e 5,2%, e a inadimplência foi de menos 2,4%.

No acumulado de 2010 (janeiro/dezembro) em comparação ao mesmo período do ano passado, a inadimplência caiu 0,8% e as consultas e as dívi-das quitadas aumentaram 9,1% e 7,4%.

GRÁFICOS CDLRIO

Comércio do Rio teve em dezembro o maior volume de dívidas quitadas do ano

DEZEMBRO DE 2010 EM RELAÇÃO A DEZEMBRO DE 2009

PercentualCONSULTAS +12,0%

INADIMPLÊNCIA – 2,7%

DÍVIDAS QUITADAS +13,5%

ACUMULADA DOS ÚLTIMOS 12 MESES

DEZ/10 - JAN/10 PercentualCONSULTAS +9,1%

INADIMPLÊNCIA – 0,8%

DÍVIDAS QUITADAS +7,4%

DEZEMBRO DE 2010 EM RELAÇÃO A NOVEMBRO DE 2010

PercentualCONSULTAS +24,4%

INADIMPLÊNCIA – 2,4%

DÍVIDAS QUITADAS +5,2%

Movimento do Serviço de

Proteção ao Crédito - CDLRIO

JAN. A DEZ. DE 2010 EM RELAÇÃO A JAN. A DEZ. DE 2009

PercentualCONSULTAS +9,1%

INADIMPLÊNCIA – 0,8%

DÍVIDAS QUITADAS +7,4%

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Page 32: Revista Empresário Lojista Fev/2011

Empresário LOJISTA30

> GIA/ICMS - 03/2011

Último número da raizdo CNPJ do estabelecimento

Prazo-limite de entregareferente ao mês 02/2011

1 11/03

2,3 e 4 14/03

5 15/03

6 16/03

7 17/03

8 18/03

9 e 0 21/03

Obrigações dos lojistas para março/2011

01/03 - DCT

Imediatamente após a admissão de funcionário não cadastrado no PIS, preencher o DCT, apresentan-do-o à CEF, para efetuar o cadas-tramento.

04/03 – ICMS

Pagamento do imposto pelos con-tribuintes relacionados no anexo único do Decreto nº 31.235/2002, referente à apuração do mês an-terior.

04/03– DACON – Mensal

Prazo de entrega do Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sindical para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) referente ao mês de janeiro/2011.

07/03 – FGTS

Efetuar o depósito correspondente ao mês anterior.

07/03 – CAGED

Cadastro de Empregados. Remeter via Internet através do programa ACI, informando sobre admissões, desligamentos e transferências de funcionários ocorridos no mês an-terior.

09/03 – ISS

Recolhimento do imposto refe-rente ao mês anterior, para em-presas com faturamento médio mensal igual ou superior a R$ 968.705,62 (grupo 1).

09/03 – ISS

Recolhimento referente ao mês anterior pelos contribuintes submetidos ao regime de apuração mensal, por serviços prestados, retenção de terceiros ou substituição

tributária (inclusive, empresas localizadas fora do município, e sociedades uniprofissionais e pessoas físicas e equiparadas a empresa), exceto os que tenham prazo específico (grupo 2).

10/03 – IR/FONTE

Referente a fatos geradores ocorridos no mês anterior.

10/03 – ICMS

Empresas varejistas e atacadistas devem efetuar o recolhimento do tributo apurado relativamente ao mês anterior.

15/03 – PIS, COFINS, CSLL

Referente a fatos geradores ocor-ridos na 2ª quinzena do mês de fevereiro/2011 (Retenção de con-tribuições – pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL ).

18/03 – SUPER SIMPLES/SIMPLES NACIONAL

Pagamento do DAS referente ao período de apuração do mês anterior (fevereiro/2011)

*18/03 – INSS

Recolher a contribuição previden-ciária referente ao mês anterior *(Prorrogado o prazo para o dia 20 pela Medida Provisória nº 447 publi-cada do DOU em 17/11/08).

18/03 – DCTF – Mensal

Prazo de entrega da Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais referente ao mês de janei-ro/2010.

*25/03 - COFINS

Recolher 3% sobre a receita do mês anterior, exceto as empresas tribu-

tadas no lucro real. *(Prorrogado o prazo para o dia 25 pela Medi-da Provisória nº 447 publicada no DOU em 17/11/08).

*25/03 - COFINS

Recolher 7,6% para empresas tri-butadas no lucro real. *(Prorroga-do o prazo para o dia 25 pela Me-dida Provisória nº 447 publicada do DOU em 17/11/08).

*25/03 - PIS

Recolher 0,65% sobre as operações do mês anterior. *(Prorrogado o prazo para o dia 25 pela Medida Provisória nº 447 publicada do DOU em 17/11/08).

31/03 – CONTRIBUIÇÃO SINDICAL DE EMPREGADOS

Efetuar o desconto de 1/30 do sa-lário dos empregados para recolhi-mento a favor do sindicato profis-sional.

31/03 – PIS, COFINS, CSLL

Referente a fatos geradores ocorri-dos na 1ª quinzena do mês de no-vembro/2010 (Retenção de contri-buições – pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL).

31/03 – IR/PJ

Empresas devem efetuar o reco-lhimento do tributo incidente so-bre o período de apuração do mês anterior.

31/03 – CONTRIBUIÇÃO SINDICAL DE EMPREGADOS

Empresas tributadas com base no lucro real, presumido ou arbitrado, devem efetuar o recolhimento do tributo incidente sobre o período de apuração do mês anterior.

ÍND

ICES

> SALÁRIO FAMÍLIA - a partir de 1º de janeiro de 2011

Remuneração Valor da Quota - R$

Até R$ 573,58 29,41

De R$ 573,59 até R$ 862,11 20,73

A partir de 01-01-2011 conforme Portaria nº 568 MPS-MF, de 31-12-2010, publicada no DOU de 03/01/2011 e com algumas retificações no DOU de 04/01/2011 passa a valer tabela acima, com forme o limite para cocessão da quota do Salário-Família por filho ou equiparado de qualquer condição, até 14 anos, ou invalidado com qualquer idade. A Previdência Social reembolsa as empresas.

> Calendário de IPTU 2011

Final de Inscrição 2ª Cota

0 e 1 10/03

2 e 3 10/03

4 e 5 10/03

6 e 7 11/03

8 e 9 11/03

Page 33: Revista Empresário Lojista Fev/2011

Empresário LOJISTA 31fevereiro 2011

ÍND

ICES

SIMPLES NACIONAL PERCENTUAIS APLICADOS

Enquadramento

Receita Bruta Acumulada nos12 meses anteriores

(R$)

ANEX

O I

Com

érci

o

ANEX

O II

Indú

stria

ANEX

O II

ISe

rviç

o (I)

ANEX

O IV

Serv

iço

(II)

ANEX

O V

Serv

iço

(III)

Microempresa Até R$ 120.000,00 4,00% 4,50% 6,00% 4,50% 4,00%

De R$ 120.000,01 a R$ 240.000,00 5,47% 5,97% 8,21% 6,54% 4,48%

De R$ 240.000,01 a R$ 360.000,00 6,84% 7,34% 10,26% 7,70% 4,96%

De R$ 360.000,01 a R$ 480.000,00 7,54% 8,04% 11,31% 8,49% 5,44%

De R$ 480.000,01 a R$ 600.000,00 7,60% 8,10% 11,40% 8,97% 5,92%

De R$ 600.000,01 a R$ 720.000,00 8,28% 8,78% 12,42% 9,78% 6,40%

De R$ 720.000,01 a R$ 840.000,00 8,36% 8,86% 12,54% 10,26% 6,88%

De R$ 840.000,01 a R$ 960.000,00 8,45% 8,95% 12,68% 10,76% 7,36%

De R$ 960.000,01 a R$ 1.080.000,00 9,03% 9,53% 13,55% 11,51% 7,84%

De R$ 1.080.000,01 a R$ 1.200.000,00 9,12% 9,62% 13,68% 12,00% 8,32%

Empresa de Pequeno

Porte

De R$ 1.200.000,01 a R$ 1.320.000,00 9,95% 10,45% 14,93% 12,80% 8,80%

De R$ 1.320.000,01 a R$ 1.440.000,00 10,04% 10,54% 15,06% 13,25% 9,28%

De R$ 1.440.000,01 a R$ 1.560.000,00 10,13% 10,63% 15,20% 13,70% 9,76%

De R$ 1.560.000,01 a R$ 1.680.000,00 10,23% 10,73% 15,35% 14,15% 10,24%

De R$ 1.680.000,01 a R$ 1.800.000,00 10,32% 10,82% 15,48% 14,60% 10,72%

De R$ 1.800.000,01 a R$ 1.920.000,00 11,23% 11,73% 16,85% 15,05% 11,20%

De R$ 1.920.000,01 a R$ 2.040.000,00 11,32% 11,82% 16,98% 15,50% 11,68%

De R$ 2.040.000,01 a R$ 2.160.000,00 11,42% 11,92% 17,13% 15,95% 12,16%

De R$ 2.160.000,01 a R$ 2.280.000,00 11,51% 12,01% 17,27% 16,40% 12,64%

De R$ 2.280.000,01 a R$ 2.400.000,00 11,61% 12,11% 17,42% 16,85% 13,50%

Ref.: Lei Complementar n° 123/2006

> ALÍQUOTAS DO IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE

Tabela Progressiva para o cálculo mensal do Imposto de Renda de Pessoa Física a partir do exercício de 2011

Base de Cáculo mensal em R$ Alíquota % Parcela a Deduzir do

imposto em R$

Até 1.499,15 - -

De 1.499,16 a R$ 2.246,75 7,5 112,43

De 2.246,76 a R$ 2.995,70 15 280,94

De 2.995,71 a R$ 3.743,19 22,5 505,62

Acima de R$ 3.743,19 27,5 692,78

Ano-calendário Quantia a deduzir, por dependente, em R$

2010 150,00

INSS- segurados empregados, inclusive domésticos e trabalhadores avulsos> Tabela de contribuição dos segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso, para pagamento de remuneração a partir de 1º de Janeiro de 2011

Salário de contribuição (R$) Alíquota para fins de recolhimento ao INSS (%)

Até 1.106,90 8,00

De 1.106,91 até 1.844,83 9,00

De 1.844,84 até 3.689,66 11,00

Portaria nº 568, de 31 de dezembro de 2010, publicado no DOU de 03/01/2011 e com algumas retifica-ções no DOU de 04/01/2011.

> Tabela de contribuição para segurados contribuinte individual e facultativo para pagamento de remuneração a partir de 1º de janeiro de 2011

Plano Simplificado de Previdência Social (PSPS)Salário de contribuição (R$) Alíquota para fins de recolhimento

ao INSS (%)

510,00 (valor mínimo) 11

De 510,01 (valor mínimo) até 3.467,40(valor máximo) 20

A alíquota de contribuição dos segurados contribuinte individual e facultativo é de vinte por cento (20%) sobre o salário-de-contribuição, respeitados os limites míni-mo e máximo deste. Aos optantes pelo Plano Simplificado de Previdência Social, a alíquota é de onze por cento (11%), observados os critérios abaixo.

Plano Simplificado de Previdência Social (PSPS) - Desde a competência abril/2007, podem contribuir com 11% sobre o valor do salário-mínimo os seguintes segura-dos: contribuintes individuais que trabalham por conta própria (antigo autônomo), segurados facultativos e empresários ou sócios de empresa cuja receita bruta anual seja de até R$ 36.000,00. Tal opção implica exclusão do direito ao benefício de aposentadoria por tempo de contribuição (LC 123, de 14/12/2006).

A opção para contribuir com 11% decorre automaticamente do recolhimento da contribuição em código de pagamento específico a ser informado na Guia da Previdência Social. Além disso, não é vitalícia, o que significa que aqueles que optarem pelo plano simplificado podem, a qualquer tempo, voltar a contribuir com 20%, bastando alterar o código de pagamento na GPS.

> PISOS E BENEFÍCIOS DOS COMERCIÁRIOS DO RIO

Contrato de experiência (máximo: 90 dias) R$ 510,00

Pisos Salariais: 1ª faixa 2ª faixa

R$ 576,00R$ 585,00

Operador de Telemarketing R$ 590,00

Garantia mínima de comissionista R$ 660,00

Ajuda de custo a comissionista R$ 23,00

Quebra da caixa R$ 26,00

Refeições aos sábados: Lanche, após 14:30h R$ 8,50

Jantar, após 18:30h R$ 8,50

Benefício social familiar - empregador R$ 4,50

empregado R$ 0,50

As empresas que efetuarem o pagamento das refeições (lanche ou jantar) em espécie pode-rão descontar R$ 0,50 do salário dos empregados.

> Calendário de Pagamento do IPVA - 2011

Final da placa do veículo

Pagamento Antecipado com Desconto de 10%

Vencimento Integral sem Desconto

0 12/01/2011 11/02/2011

1 13/01/2011 15/02/2011

2 19/01/2011 17/02/2011

3 25/01/2011 23/02/2011

4 08/02/2011 11/03/2011

5 16/02/2011 22/03/2011

6 24/02/2011 29/03/2011

7 03/03/2011 06/04/2011

8 04/03/2011 07/04/2011

9 16/03/2011 14/04/2011

Page 34: Revista Empresário Lojista Fev/2011

Empresário LOJISTA32

José Belém, gerente-geral

do Sindilojas-Rio

Mais de 80 mil recursos oriundos dos Juizados Espe-ciais Cíveis e Criminais do País chegaram ao Supremo Tri-bunal Federal nos últimos cinco anos.

Esta informação foi divulgada pelo site do nosso mais alto tribunal no dia 01/11/2010. São 16 mil processos por ano, ou, mais de 120 por mês para cada membro da Su-prema Corte, considerando seus 11 ministros, inclusive o presidente.

Sabendo-se que aos Juizados Especiais compete a dis-tribuição de feitos de menor complexidade e de peque-

no valor, como se justifica que tantos recursos subam à apreciação da mais alta corte?

E quantos outros recur-sos chegam ao STF prove-nientes dos demais tribu-nais do País?

O nosso Supremo está manietado pelo volume de processos que aguardam suas decisões. Os Ministros

que o compõem, embora letrados em direito e sincera-mente dedicados à missão de julgar, são seres humanos presos aos limites comuns a todos os demais mortais. Não se tornam super-homens ao serem nomeados para o Su-premo.

O excesso de processos não é verdade exclusiva do Su-premo. É uma constante de todo o Poder Judiciário brasi-leiro, impossibilitado de exercer sua finalidade principal que consiste em proferir decisões de forma rápida e efi-caz.

O problema da sobrecarga processual não é exclusivo da Justiça brasileira. Mas, aqui, assumiu caráter epidêmi-co, quase paralisante.

A Constituição brasileira garante a todos o acesso ao poder judiciário. Mas, ao mesmo tempo, e dentro de toda lógica, limita o direito de interposição de ações e de re-cursos processuais. Porém, ao que se evidencia, de forma tímida.

Os Juizados Especiais, sucessores dos Juizados de Pe-quenas Causas, que estão agora completando 15 anos de existência, foram instituídos com a finalidade de desafo-gar os órgãos tradicionais da Justiça, por meio de um pro-cesso mais simplificado e consequente deslinde rápido das demandas judiciais.

No entanto, os Juizados Especiais, ao que parece, tam-bém não estão alcançando, a contento, seus objetivos. Não é incomum um processo no Juizado especial demo-rar mais do que outro, semelhante, na Justiça comum. Por quê?

Tendo a conciliação como a principal de suas metas, seria correto esperar-se que as demandas não conciliadas

pelos Juizados Especiais reduzissem a quantidades míni-mas os processos em andamento. Não dispomos de esta-tísticas que nos pintem o verdadeiro quadro conciliatório dos Juizados. Mas, por certo, esta enorme quantidade de recursos que chegou ao Supremo Tribunal Federal nos últimos cinco anos, provenientes dos Juizados Especiais, demonstra que o caminho da conciliação não está obten-do os resultados esperados.

Não se mostram significativas nem justificáveis as ex-plicações para o fato. Importa insistir na busca de meios alternativos de soluções de conflitos. Alternativos, signi-fica dizer, desatrelados do processo judicial.

A lei brasileira prevê a solução extrajudicial de confli-tos individuais e coletivos. Mas a sociedade, ao que nos parece, ainda não deposita fé nestes caminhos, mesmo aqueles instituídos por lei, como é (ou foi?) o caso da Co-missão de Conciliação Prévia (CCP), criada pela lei 9.958, a partir de proposta do Tribunal Superior do Trabalho, que, após um início promissor, esbarrou na resistência do próprio poder judiciário trabalhista que lhe criou todo tipo de óbices, ao ponto de inviabilizá-la.

Melhor resultado não está conseguindo alcançar a ar-bitragem, também admitida por lei federal, mas nascida sob olhares não complacentes da sociedade e dos poderes político e judiciário brasileiros.

Parece que há uma aversão generalizada pelo caminho não judicial, produto, talvez, da secular prevalência do processo judicial no Brasil. Sente-se que os próprios ma-gistrados não vêem com bons olhos os meios de soluções extrajudiciais de conflitos, que, segundo eles, nasceriam eivados de maus propósitos e voltados para fins ilícitos. Daí que só seriam induvidosas as conciliações referenda-das pelo judiciário.

Haverá outro caminho a ser buscado?É famosa a passagem na vida de Sidarta Gautama, o

Buda, quando encontra, por acaso (acaso ou coincidência significativa?), o chamado “caminho do meio”, como solu-ção para o conflito dos opostos.

Também os romanos, pelo aforismo virtus in medio, afirmavam a excelência da busca da via que evita os ex-tremos.

O Brasil também precisa encontrar o caminho do meio, livre das amarras das formalidades judiciais, para, redu-zindo a quantidade de processos, imprimir maior velo-cidade aos Tribunais, que devem se ocupar, apenas, das demandas não conciliadas e que requeiram a apreciação e decisão judiciais.

Cabe, pois, aos poderes da República – o Executivo, o Legislativo e o Judiciário – e à própria sociedade insisti-rem na busca de caminhos conciliatórios extrajudiciais de demandas, que permitam reduzir o número de processos que, hoje, engessam o poder judiciário, tornando-o parte agravante do problema e não da solução de conflitos.

A lei brasileira prevê a solução extrajudicial de

conflitos individuais e coletivos

Conciliação extrajudicial,o inevitável caminho do meio

OPINIÃO

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Empresário LOJISTA 33fevereiro 2011

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