revista empresa brasil 92

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DIRETORIA DA CACB PARA TRIÊNIO 2013-2015 TEM 30% DE RENOVAÇÃO Empresa Brasil Apesar das incertezas sobre a economia, o crescimento do setor deve se manter em dois dígitos neste ano Uma boa opção para quem quer empreender FRANQUIAS Ano 10 l Número 92 l Março de 2013

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Edição 92 da Revista Empresa Brasil da CACB.

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Page 1: Revista Empresa Brasil 92

DIRETORIA DA CACB PARA TRIÊNIO 2013-2015 TEM 30% DE RENOVAÇÃO

Empresa Bras

il

Apesar das incertezas sobre a economia, o crescimento do setor deve se manter em dois dígitos neste ano

Uma boa opção para quem quer empreender

FRANQUIAS

Ano 10 l Número 92 l Março de 2013

Page 2: Revista Empresa Brasil 92

Acre – Federação das Associações Comerciais e Empresariais doEstado do Acre – FEDERACREPresidente: George Teixeira PinheiroAvenida Ceará, 2351 Bairro: CentroCidade: Rio Branco CEP: 69909-460

Alagoas – Federação das Associações Comerciais do Estado deAlagoas – FEDERALAGOASPresidente: Kennedy Davidson Pinaud CalheirosRua Sá e Albuquerque, 302 Bairro: Jaraguá Cidade: Maceió CEP: 57.020-050

Amapá – Associação Comercial e Industrial do Amapá – ACIAPresidente: Nilton Ricardo Felgueiras Faria e SousaRua General Rondon, 1385 Bairro: CentroCidade: Macapá CEP: 68.900-182

Amazonas – Federação das Associações Comerciais e Empresariaisdo Amazonas – FACEAPresidente: Valdemar PinheiroRua Guilherme Moreira, 281Bairro: Centro Cidade: Manaus CEP: 69.005-300

Bahia – Federação das Associações Comerciais do Estado daBahia – FACEBPresidente: Clóves Lopes CedrazRua Conselheiro Dantas, 5. Edifício Pernambuco, 9° andar Bairro: Comércio Cidade: Salvador CEP: 40.015-070

Ceará – Federação das Associações Comerciais do Ceará – FACCPresidente: João Porto GuimarãesRua Doutor João Moreira, 207 Bairro: CentroCidade: Fortaleza CEP: 60.030-000

Distrito Federal – Federação das Associações Comerciais eIndustriais do Distrito Federal e Entorno – FACIDFPresidente: José Sobrinho BarrosSAI Quadra 5C, Lote 32, sala 101Cidade: Brasília CEP: 71200-055

Espírito Santo – Federação das Associações Comerciais, Industriais eAgropastoris do Espírito Santo – FACIAPESPresidente: Amarildo Selva LovatoRua Henrique Rosetti, 140 - Bairro Bento Ferreira Vitória ES - CEP 29.050-700

Goiás – Federação das Associações Comerciais, Industriais e Agropecuárias do Estado de Goiás – FACIEGPresidente: Ubiratan da Silva LopesRua 143 - A - Esquina com rua 148, Quadra 66 Lote 01 Bairro: Setor Marista Cidade: Goiânia CEP: 74.170-110

Maranhão – Federação das Associações Empresariais doMaranhão – FAEMPresidente: Domingos Sousa Silva JúniorRua Inácio Xavier de Carvalho, 161, sala 05, Edifício Sant Louis.Bairro: São Francisco- São Luís- MaranhãoCEP: 65.076-360

Mato Grosso – Federação das Associações Comerciais eEmpresariais do Estado do Mato Grosso – FACMATPresidente: Jonas Alves de SouzaRua Galdino Pimentel, 14 - Edifício Palácio do Comércio2º Sobreloja – Bairro: Centro Norte Cidade: Cuiabá CEP: 78.005-020

Mato Grosso do Sul – Federação das Associações Empresariais doMato Grosso do Sul – FAEMSPresidente: Antônio Freire Rua Quinze de Novembro, 390Bairro: Centro Cidade: Campo Grande CEP: 79.002-917

Minas Gerais – Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Minas Gerais – FEDERAMINASPresidente: Wander Luís SilvaAvenida Afonso Pena, 726, 15º andarBairro: Centro Cidade: Belo Horizonte CEP: 30.130-002

Pará – Federação das Associações Comerciais e Empresariais doPará – FACIAPAPresidente: Olavo Rogério Bastos das NevesAvenida Presidente Vargas, 158 - 5º andarBairro: Campina Cidade: Belém CEP: 66.010-000

Paraíba – Federação das Associações Comerciais e Empresariais daParaíba – FACEPBPresidente: Alexandre José Beltrão MouraAvenida Marechal Floriano Peixoto, 715, 3º andarBairro: Bodocongo Cidade: Campina Grande CEP: 58.100-001

Paraná – Federação das Associações Comerciais e Empresariais doParaná – FACIAPPresidente: Rainer ZielaskoRua: Heitor Stockler de Franca, 356Bairro: Centro Cidade: Curitiba CEP: 80.030-030

Pernambuco – Federação das Associações Comerciais eEmpresariais de Pernambuco – FACEPPresidente: Jussara Pereira BarbosaRua do Bom Jesus, 215 – 1º andarBairro: Recife Cidade: Recife CEP: 50.030-170

Piauí – Associação Comercial Piauiense - ACPPresidente: José Elias TajraRua Senador Teodoro Pacheco, 988, sala 207.Ed. Palácio do Comércio 2º andar - Bairro: CentroCidade: Teresina CEP: 64.001-060

Rio de Janeiro – Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Rio de Janeiro – FACERJPresidente: Jésus Mendes CostaRua do Ouvidor, 63, 6º andar - Bairro: CentroCidade: Rio de Janeiro CEP: 20.040-030

Rio Grande do Norte – Federação das Associações Comerciais do RioGrande do Norte – FACERNPresidente: Itamar Manso Maciel JúniorAvenida Duque de Caxias, 191 Bairro: Ribeira Cidade: Natal CEP: 59.012-200

Rio Grande do Sul – Federação das Associações Comerciais e deServiços do Rio Grande do Sul - FEDERASULPresidente: Ricardo RussowskyRua Largo Visconde do Cairu, 17, 6º andarPalácio do Comércio - Bairro: Centro Cidade: Porto Alegre CEP: 90.030-110

Rondônia – Federação das Associações Comerciaise Industriais do Estado de Rondônia – FACERPresidente: Gerçon Szezerbatz ZanattoRua Dom Pedro II, 637 – Bairro: CaiariCidade: Porto Velho CEP: 76.801-151

Roraima – Federação das Associações Comerciais e Industriais deRoraima – FACIRPresidente: Jadir Correa da CostaAvenida Jaime Brasil, 223, 1º andarBairro: Centro Cidade: Boa Vista CEP: 69.301-350

Santa Catarina – Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina – FACISCPresidente: Alaor Francisco TissotRua Crispim Mira, 319 - Bairro: Centro Cidade: Florianópolis - CEP: 88.020-540

São Paulo – Federação das Associações Comerciais do Estado deSão Paulo – FACESPPresidente: Rogério Pinto Coelho Amato Rua Boa Vista, 63, 3º andar Bairro: Centro Cidade: São Paulo CEP: 01.014-001

Sergipe – Federação das Associações Comerciais, Industriais eAgropastoris do Estado de Sergipe – FACIASEPresidente: Alexandre Santana PortoRua Jose do Prado Franco, 557 Bairro: CentroCidade: Aracaju CEP: 49.010-110

Tocantins – Federação das Associações Comerciais e Industriaisdo Estado de Tocantins – FACIETPresidente: Pedro José Ferreira103 Norte Av. LO 2 - 01 - Conj. Lote 22 Prédio da ACIPA -Bairro: Centro Cidade: Palmas CEP: 77.001-022

• O conteúdo desta publicação representa o melhor esforço da CACB no sentido de informar aos seus associados sobre suas atividades, bem como fornecer informações relativas a assuntos de interesse do empresariado brasileiro em geral. Contudo, em decorrência da grande dinâmica das informações, bem como sua origem diversifi cada, a CACB não assume qualquer tipo de responsabilidade relativa às in-formações aqui divulgadas. Os textos assinados publicados são de inteira responsabilidade de seus respectivos autores.

DIRETORIA DA CACBTRIÊNIO 2013/2015

PRESIDENTEJosé Paulo Dornelles Cairoli (RS)

1º VICE-PRESIDENTERogério Pinto Coelho Amato (SP)

VICE-PRESIDENTESAntônio Freire (MS)Djalma Farias Cintra Junior (PE)Jésus Mendes Costa (RJ)Jonas Alves de Souza (MT)José Sobrinho Barros (DF)Rainer Zielasko (PR)Reginaldo Ferreira (PA)Sérgio Roberto de Medeiros Freire (RN)Wander Luis Silva (MG)

VICE-PRESIDENTE DE ASSUNTOS INTERNACIONAISSérgio Papini de Mendonça Uchoa (AL)

VICE-PRESIDENTE DE COMUNICAÇÃOAlexandre Santana Porto (SE)

VICE-PRESIDENTE DA MICRO E PEQUENA EMPRESALuiz Carlos Furtado Neves (SC)

VICE-PRESIDENTE DE SERVIÇOSPedro José Ferreira (TO)

DIRETOR–SECRETÁRIOJarbas Luis Meurer (TO)

DIRETOR–FINANCEIROGeorge Teixeira Pinheiro (AC)

CONSELHO FISCAL TITULARESJadir Correa da Costa (RR)Ubiratan da Silva Lopes (GO)Valdemar Pinheiro (AM)

CONSELHO FISCAL SUPLENTEAlaor Francisco Tissot (SC)Itamar Manso Maciel (RN)Kennedy Davison Pinaud Calheiros (AL)

CONSELHO NACIONAL DA MULHER EMPRESÁRIAAvani Slomp Rodrigues (PR)

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO JOVEM EMPRESÁRIOEduardo Machado

SUPERINTENDENTEAntônio Chaves Barcellos

GERENTE ADMINSTRATIVO/FINANCEIROCésar Augusto Silva

COORDENADOR DO EMPREENDERCarlos Alberto Rezende

COORDENADOR CBMAE/INTEGRAValério Souza de Figueiredo

COORDENADOR DO PROGERECSLuiz Antônio Bortolin

COORDENADORA DE COMUNICAÇÃO SOCIALNeusa Galli Fróes

COORDENADORA DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS Luzinete Marques

EQUIPE DE COMUNICAÇÃO SOCIALNeusa Galli FróesRejane GomesThais Margalho

SCS Quadra 3 Bloco ALote 126Edifício CACB61 3321-131161 3224-003470.313-916 Brasília - DF

Site: www.cacb.org.br

Federações CACB

Page 3: Revista Empresa Brasil 92

Março de 2013 3

A posse da diretoria da CACB, eleita em AGE no dia 24 de janeiro, em Brasília, para o triênio 2013-2015, foi marcante. Para nós, da presidência da entidade, é uma honra contarmos com um grupo de vice-presidentes e diretores da estirpe da nova administração.

Com a renovação de mais de um terço dos dirigentes, a CACB comprovou a qualidade de seu quadro de líderes, fato de grande relevância dada a impor-tância, cada vez maior, dessas pessoas em todo o mundo, seja na política, no ambiente corporativo ou na sociedade. Os grandes líderes têm visão e olhar voltados para o futuro. Eles devem ter uma ideia clara de para onde estão indo e o que eles estão tentando realizar. Além da coragem de enfrentar riscos, os grandes líderes primam pela integridade, o que consideram valor inarredável.

Para nós, da CACB, foi também motivo de satisfação a anunciada formação de duas novas Federações, a do Amapá e a do Piauí – os dois únicos estados que ainda não contavam com essas entidades. Com essas iniciativas, a CACB avança mais em sua representatividade em todo o país, o que fortalece a importância da instituição como interlocutora da categoria empresarial na cena nacional.

De fato, além do engajamento em bandeiras como da reforma tributária e trabalhista, como fatores de incentivo ao desenvolvimento das MPEs, a CACB atua em uma série de programas de alta relevância para o meio empresarial a quem destina, de forma prioritária, as suas ações. O Programa de Geração de Receitas e Serviços (Progerecs), por exemplo, tem a nobre missão de proporcionar sustentabi-lidade para todas as Associações Comerciais, Empresariais, Industriais e de Serviços que fazem parte de nossa rede. A Câmara Brasileira de Mediação e Arbitragem Empresarial (CBMAE) – que tem servido de referência para várias instâncias do Judiciário – é um órgão criado por meio de uma parceria com o Sebrae para a disseminação dos Métodos Extrajudiciais de Solução de Controvérsias (MESCs).

Outro grande programa é o Empreender, que incentiva a busca de novos mercados e tecnologias, procura sensibilizar os empresários para adoção de posturas frente aos desafi os atuais e futuros e desenvolver lideranças empre-sariais. Já o Integra, a caçula de nossa instituição, constitui-se em uma grande ideia voltada para a qualifi cação não somente do empreendedor com vistas à Copa 2014, mas também no sentido de abrir caminho para aqueles que pretendem sair da informalidade.

A CACB é hoje um sistema de ampla capilaridade. Reúne mais de duas mil associações comerciais e empresariais de norte a sul do país, congregando mais de 2 milhões de empresários. Diferentemente de outros sistemas, as Associações congregam empresários de todos os setores da economia: indústria, comércio, agricultura, instituições fi nanceiras, serviços e até mesmo profi ssionais liberais, com o diferencial de que todos são reunidos de forma espontânea e sem ne-nhum vínculo obrigatório com a contribuição sindical. Empreendedores gostam de investir onde têm retorno, e isso norteia a forma de trabalho da CACB.

A força da CACB

PALAVRA DO PRESIDENTE José Paulo Dornelles Cairoli

José Paulo Dornelles Cairoli, presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil

Page 4: Revista Empresa Brasil 92

4 Empresa Brasil

3 PALAVRA DO PRESIDENTE

A solenidade de posse da diretoria

da CACB, no dia 24 de janeiro, em

Brasília, para o triênio 2013-2015,

foi marcante. Com a renovação de

mais de um terço dos dirigentes, a

CACB comprovou a qualidade de

seu quadro de líderes.

5 PELO BRASIL

CACB dá posse às novas

diretorias das federações do

Maranhão, Pará, Pernambuco e

Rio Grande do Norte.

8 CAPA

Franquias. Um negócio para

chamar de seu.

12 CASE DE SUCESSO

Núcleo automotivo

regional muda a história de

empreendedores do noroeste

paulista.

14 FEDERAÇÕES

Caminho do desenvolvimento

passa pelo fi m do Custo Brasil.

Entrevista com Kennedy Calheiros,

presidente da Federação das

Associações Comerciais do Estado

de Alagoas.

17 CONJUNTURA

A infl ação volta a incomodar.

18 DESTAQUE CACB

Posse coletiva de

presidentes das associações

do Mato Grosso.

20 ESPECIAL

CACB elege diretoria para

triênio 2013-2015.

22 PROGERECS

Rede de Certifi cação

Digital apresenta planejamento

para 2013.

24 RECURSOS HUMANOS

Por que você precisa tirar férias.

26 TRABALHO

Criação de empregos formais

em 2012 foi a pior dos últimos

três anos.

28 INTEGRA

Programa supera metas em

Belo Horizonte.

30 LIVROS

Jornalista John A. Byrne escreve

sobre ideias milionárias em

Empreendedores Extraordinários.

31 ARTIGO

O franchising como alavanca

para a economia do país.

Por Cláudia Bittencourt.

ÍNDICE

EXPE

DIE

NTE

Coordenação Editorial: Neusa Galli Fróesfróes, berlato associadas escritório de comunicação Edição: Milton Wells - [email protected] gráfi co: Vinícius KraskinDiagramação: Kraskin ComunicaçãoFoto da capa: Peter Atkins/Fotolia.comRevisão: Flávio Dotti CesaColaboradores: Thaís Margalho e Rejane GomesExecução: Editora Matita Perê Ltda.Comercialização: Fone: (61) 3321.1311 - [email protected] Impressão: Arte Impressa Editora Gráfi ca Ltda. EPP

SUPLEMENTO ESPECIAL

Sebrae ajuda empresários a conquistar novos clientes

8 CAPA

20 ESPECIAL

24 RECURSOS HUMANOS

Page 5: Revista Empresa Brasil 92

Março de 2013 5

Quatro federações dão posse a novas diretorias Impostômetro da ACSP

alcança R$ 200 biEntre o fi nal de 2012 e o início

de 2013, quatro federações da rede da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) deram posse a novos presi-dentes e diretores: Maranhão, Pará, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

Os novos presidentes são: no Maranhão, Domingos Sousa Silva Junior; no Pará, Olavo Rogério Bastos das Neves; em Pernambuco, Jussara Pereira Barbosa; e no Rio Grande do Norte, Itamar Manso Maciel Junior. Entre os novos pre-sidentes, o estado de Pernambuco traz a primeira mulher à representa-ção estadual.

O Impostômetro da As-sociação Comercial de São Paulo (ACSP) alcançou, em fevereiro, R$ 200 bilhões em impostos federais, estaduais e municipais pagos por todos brasileiros desde o 1º dia do ano. O painel chegou aos R$ 200 bilhões este ano, com seis dias de antecedência na comparação com o mesmo período do ano passado. Para o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações

Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Rogério Amato, os números do painel continuam crescen-do, prova disso são os R$ 200 bilhões, marcados seis dias antes do registrado em 2012. “Apesar das desonerações concedidas pelo governo e do ritmo moderado da economia, os números continuam impressionantes. A expec-tativa é de que haja uma melhoria no controle do gasto corrente para viabili-zar os investimentos.”

PELO BRASIL

Parceria apoia capacitação para setor hoteleiroUma nova parceria vai facilitar o acesso das

empresas do setor de hotéis, pousadas, restauran-tes e bares aos cursos de capacitação oferecidos pela Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), por meio do programa Integra. A entidade fi rmou um acordo de cooperação com a Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) no último dia 7 de fevereiro.

A CACB deverá fornecer os cursos online, com a infraestrutura tecnológica via web, tutoria, suporte e certifi cação necessárias. Em contrapar-tida, a FBHA será responsável pela divulgação e acompanhamento das capacitações ministradas em sua rede. Todos os cursos serão gratuitos.

Page 6: Revista Empresa Brasil 92

6 Empresa Brasil

PELO BRASIL

ACCG adere à campanha SOS SecaA fi m de apoiar a população da

Paraíba, a Associação Comercial e Empresarial de Campina Grande (ACCG) aderiu à campanha SOS SECA, de iniciativa da Assembleia Legislativa do estado. A Campa-nha tem como objetivo coletar assinaturas da comunidade em um documento “abaixo-assinado”, que será encaminhado à Presidência da República cobrando soluções ur-gentes e duradouras para amenizar a situação de calamidade enfren-tada pela população paraibana em decorrência da estiagem.

Para o presidente da Associação Comercial, Álvaro Barros, “pela sua história e poder de representativida-de, a Associação Comercial não po-

deria fi car ausente desse movimen-to, que pretende levar ao governo federal diversos pleitos que possam minimizar o sofrimento da popula-ção castigada pela longa estiagem que atinge o estado da Paraíba”.

A Associação Comer-cial de Campina Grande (ACCG) lançou a cam-panha ‘Compre Aqui’, com intuito de valorizar o comércio local. A iniciativa é uma ação conjunta da entidade com a Câmara dos Dirigentes Lojistas, o Sebrae, a Federação das Associações Comerciais da Paraíba (FACEPB) e Fe-deração das Indústrias. A campanha também conta com o apoio institucional do governo do estado,

prefeitura municipal e empresas.

De acordo com o pre-sidente da ACCG, Álvaro Barros, a campanha pre-tende conscientizar a po-pulação para consumir na cidade. “Comprando nas empresas de nossa cidade, o consumidor valoriza as empresas, que por sua vez geram mais empregos e impostos, que se transfor-mam em benefícios sociais e em melhorias para o município”, destacou.

Associação lança campanha para valorizar comércio local

Abaixo-assinado será encaminhado

à Presidência da República

Peça publicitária destaca importância econômica das empresas de Campina Grande

Page 7: Revista Empresa Brasil 92

Março de 2013 7

A Bahia pode contar com mais um projeto da CACB – o Integra, realizado em parceria com o Sebrae. A CACB defi niu metas do Integra para 2013 e inicio de 2014, como capacitar 50 mil pessoas e certifi car 15 mil estabelecimentos empresariais. Para isso, a confederação criou o selo Excelência em Gestão, con-cedido aos estabelecimentos que seguirem uma série de regras. Está prevista também a formalização de 6 mil em-preendedores individuais e a capacitação de 3 mil empre-sários desse segmento.

Somente na Bahia, o Integra pretende capacitar empreendedores individuais e os funcionários e proprietários de 3,6 mil micro e pequenas empresas; além de forma-lizar 500 empreendedores individuais e certifi car 1.080 empresas com o Selo Excelên-cia em Gestão. Além disso, a CACB irá articular com insti-tuições fi nanceiras públicas e privadas o acesso mais facilita-do a fi nanciamentos e outros serviços. Caberá à CACB levar o programa às federações estaduais que irão disseminar as ações do Integra junto às associações comerciais.

Projeto Integra é lançado na Bahia

CACB ampliarede de certifi cação de origem

Diretor fi nanceiro daCACB, George Teixeira,em entrevista durante o lançamento do Integra

A partir de fevereiro, a Federação das Associações Comerciais do Estado da Bahia (Faceb) passa a emitir os certifi cados de origem pelo sistema ECO da Con-federação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB). A Faceb é uma das entidades autorizadas pelo Ministério do Desenvol-vimento, Indústria e Comér-cio Exterior (MDIC).

Além da Faceb, a Asso-ciação Comercial da Bahia (ACB) também está autori-zada a emitir certifi cados de origem. A Faceb deve ainda expandir a rede de unidades emissoras para as associa-ções comerciais do interior do estado.

Page 8: Revista Empresa Brasil 92

8 Empresa Brasil

Mercado de franquias, que vem crescendo a dois dígitos por ano desde 2005, consolida-se como uma das alternativas mais seguras para o empreendedor no Brasil

Quem quer empreender e ter um negócio para cha-mar de seu não tem mais desculpas. Hoje, no Brasil,

existem oportunidades no merca-do de franquias em vários setores e diversas faixas de investimento. Por meio desse sistema, o empreendedor, além de garantir uma rede própria de distribuição, recebe orientação e trei-namento do franqueador, além de uma série de outras vantagens, con-forme determina a lei de franchising, sancionada pelo ex-presidente Itamar Franco, em 1994.

De acordo com a presidente da Associação Brasileira de Franchising

(ABF), Maria Cristina Franco, investir em franquia tem se tornado cada dia mais viável porque o empreendedor encontra no sistema mais segurança para o seu investimento. “Hoje, no Brasil, mais de 60% dos negócios independentes fecham nos cinco primeiros anos. No franchising, esse percentual não chega a 3%, porque o franqueado, ao adquirir o know-how da marca, entra em um negócio já estruturado com sistema e cultura de marketing”, assinala.

De fato, uma prova da pujança desse mercado são os números apre-sentados pelo setor, que desde 2005, vem crescendo a dois dígitos por ano.

CAPA

Um negócio para chamar de seu

Page 9: Revista Empresa Brasil 92

Março de 2013 9

Em 2012, segundo a ABF, a franquia teve um faturamento de R$ 102,2 bi-lhões, o que representou um aumento de 16% sobre o ano anterior, quando o faturamento foi de R$ 88,8 bilhões. Quanto ao número de redes de fran-quias, a estimativa é de uma expansão de 8,9%, passando de 2.031 para 2.213. Já o número de pontos de ven-da deve ter um crescimento de 10,6%, saindo de 104 mil unidades para 115 mil lojas, correspondendo a cerca de um milhão de empregos diretos.

O perfi l de quem busca uma fran-quia, segundo Cláudia Bittencourt, presidente do grupo Bittencourt, é bem diversifi cado. Em geral são os que querem empreender, e se sujei-tam a entrar em um negócio com re-

gras predefi nidas e têm tempo para se dedicar integralmente ao negócio. Além disso, têm consciência de que é preciso disciplina para atuar de acor-do com as regras defi nidas pela fran-queadora – empresa dona da marca e detentora do know-how de opera-ção do negócio.

No caso de requisitos de formação profi ssional, não há exigências prede-fi nidas, elas são particulares de cada negócio. Vão desde o ensino médio até o superior. O maior volume de empreendedores tem entre 25 e 45 anos, mas não se limita a esta faixa.

O investimento médio varia de negócio para negócio, sendo que para a mesma marca pode variar em relação aos tamanhos das operações e modelos formatados. Além de uma série de novos negócios nos segmen-tos de saúde e bem-estar, alimenta-ção saudável, fi tness, cuidados com idosos, reforço escolar, entre outros, as microfranquias estão cada vez mais disseminadas e já respondem por 260 marcas e 12 mil unidades es-palhadas pelo Brasil, correspondendo a 5% do mercado de franquias. O fe-nômeno é explicado, em parte, pela participação crescente da classe C no negócio de franchising.

Quanto à receita média por fran-queado, não há garantia por parte da empresa franqueadora. O que existe é uma projeção de resultados que o franqueado deve atingir cuja referên-cia são as próprias operações em fun-cionamento. “É importante frisar que mesmo com as vantagens proporcio-nadas pelo franqueador, o franquea-do deve trabalhar muito para obter os resultados, que tem riscos como qualquer negócio”, ressalta Cláudia.

Maria Cristina Franco: “Os que querem empreender se sujeitam a entrar em um negócio com regras predefi nidas e têm tempo para se dedicar integralmente ao negócio”

Há espaço para crescerPor conta da economia mor-

na, 2013 deve ser mais devagar para o setor de franchising no Brasil. A ABF calcula um cresci-mento de 15% para este ano, com um total de 2,4 mil marcas, enquanto o número de pontos de venda deve crescer 10% – um in-cremento de 11 mil unidades so-bre o total de 2012.

Entre as maiores difi culda-des enfrentadas hoje no setor de franquias estão a escolha do fran-queado ideal e as difi culdades em se encontrar o ponto comercial adequado ao negócio, quando se trata de operações de varejo e alimentação. Atualmente, segun-do a presidente da ABF, há uma grande demanda reprimida de pontos de vendas, o que ela atri-buiu à falta de shopping centers e, em segundo plano, devido à bolha imobiliária existente no país.

“Há grande espaço para o crescimento das franquias no Bra-sil, haja vista o fato de que exis-tem somente 115 mil pontos, em comparação a 800 mil dos Esta-dos Unidos, país líder no ranking de franchising”, ressalta.

Page 10: Revista Empresa Brasil 92

10 Empresa Brasil

CAPA

As redes O Boticário e McDonald’s, de segmentos distintos, são as líderes em faturamento no setor de franquias no Brasil. A rede de perfumaria e cosmé-ticos encerrou 2012 com 3.550 unida-des e faturamento de aproximadamen-te RS 6,6 bilhões, com um crescimento de 20% sobre o ano anterior. Empresa de capital aberto, o McDonald’s não di-vulga as projeções de faturamento.

Conforme o demonstrativo fi nan-ceiro, de janeiro a setembro de 2012, a receita global das unidades franque-adas foi de US$ 118,5 milhões (R$ 247,14 milhões), com um crescimento de 5,24% sobre 2011.

No Brasil, a marca está presente em 23 estados, além do Distrito Federal.

O Boticário e McDonald’s sãoas líderes em faturamento

Uma pesquisa divulgada em janeiro pela Rizzo Franchise, em-presa de consultoria de São Paulo, mostra que as redes de franquias no país alcançaram, em 2012, o número de 2.579, correspondendo a mais de 2 milhões de empregos diretos e mais 2 milhões indiretos. Somente em 2012, as franquias abriram mais de 102 mil novas va-gas de trabalho – um crescimento de 5,3% em relação a 2011 e o

equivalente a 281 novas vagas por dia. A pesquisa mostra, ainda, que

as franquias foram responsáveis por quase um décimo de toda a riqueza gerada no país em 2012, represen-tando 8,35% do PIB, com um fatu-ramento de R$ 303 bilhões.

O mercado brasileiro também ganhou novos franqueadores em 2012: foram 162 novas empresas, representando um crescimento de 6,7% em relação a 2011. “Para ter

uma ideia do tamanho deste mer-cado, mais de 195 milhões de bra-sileiros deixaram em 2012 mais de R$ 4,00 por dia no caixa das fran-quias, que geraram uma receita di-ária de mais de R$ 830 milhões por dia”, explica Marcus Rizzo, autor da pesquisa. Diferentemente da ABF, a Rizzo Franchise inclui como franquias atividades como postos de combustíveis e empresas con-cessionárias de serviços.

Boticário teve faturamento recorde em 2012

Em 2012, Brasil abriu 30 novas franquias por dia

Page 11: Revista Empresa Brasil 92

Março de 2013 11

Um das redes de franquias que mais crescem no Brasil é a Kumon. Desde 1977 no Brasil, é considerada a terceira maior rede do país, segun-do dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF).

Presente em 47 países, a Kumon completou 35 anos de atuação na América do Sul em 2012. Desde quan-do chegou ao Brasil, em 1977, o méto-do oferece as disciplinas de Matemática, Português, Inglês e Japonês de uma for-ma autoinstrutiva que desenvolve a ca-pacidade de estudo dos alunos. “Nossa forma de estudo promove o desenvol-vimento de habilidades básicas de estu-do em cálculo, leitura e interpretação, além de formar pessoas autodidatas e mentalmente sãs que contribuam ativa-mente para a comunidade global”, diz o diretor-presidente do Kumon América do Sul, Naoya Kitagawa.

Quando foi criado, em 1954, pelo professor Toru Kumon, o intuito era o de ajudar seu fi lho mais velho, Takeshi Kumon, a aprimorar seus estudos. Des-ta forma, ele começou a desenvolver uma série de exercícios de cálculos, direcionando a criança a estudar de maneira autodidata, todos os dias, para superar seu nível de aprendizado. Percebendo as mudanças do garoto, os pais de outros alunos começaram a se interessar pela ideia do docente. Assim, nascia a primeira unidade do Kumon, em 1956, no Japão, tendo como orien-tadora a senhora Teiko, sua esposa. Em 1958 foi fundado o Kumon Instituto de Educação, que começou a desenvolver um grande número de alunos. Algum tempo depois, em 1974, a empresa

começava sua expansão pelo mundo, chegando a Nova Iorque (EUA).

A primeira unidade latino-ameri-cana foi inaugurada em Londrina (PR). Atualmente, a Kumon conta com o ensino das disciplinas de Matemática, Inglês e Japonês, além de materiais de línguas pátrias para os idiomas de cada país onde atua – Português, no Brasil, e Espanhol, nos países da América do Sul. São 25 mil unidades ao redor do mun-do, com mais de 4 milhões de alunos.

Kumon é a terceira maior rede do país

Investimento inicial, faturamento e royalties:■ Investimento inicial: a partir de R$ 15.000;■ Taxa de franquia: de R$ 1.740 a R$ 2.820, conforme a região de abertura;■ Capital de giro: em torno de R$ 5.000;■ Área para o ponto: a partir de 40m²;■ Número de funcionários por unidade: um para cada grupo de 40 alunos, aproximadamente;■ Faturamento bruto mensal (estimado): R$ 14.100 (exemplo de unidade com 100 alunos, localizada na região metropolitana das grandes cidades); ■ Royalties sobre o faturamento por mensalidade: 40% (ou 45% até o alcance de requisitos predeterminados) – Inclusos taxa de publicidade e material didático;■ Material didático: não é cobrado;■ Taxa de publicidade: não é cobrada; ■ Lucratividade média sobre o faturamento: de 20% a 30%;■ Prazo de retorno do investimento: de 18 a 24 meses;■ Prazo de contrato de franquia: 2 anos, com renovação automática.

Método criado em 1954 pelo professor Toru Kumon direciona a criança a estudar de maneira autodidata, todos os dias, para superar seu nível de aprendizado

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12 Empresa Brasil

Adauto Trinca, de 48 anos, começou a trabalhar com mecânica de carros aos 13 anos. Em 1990, realizou

um sonho e abriu a própria ofi cina no município de José Bonifácio, em São Paulo. Ele lembra que o início não foi fácil. “Antes, mal dava para reparar dois carros de clientes por vez na ofi -cina. E, além disso, não sabia se esta-va ganhando ou perdendo dinheiro.”

Agora, o empreendedor só tem bons resultados para contar. A ofi cina

cresceu e hoje conta com 20 funcio-nários. Além da ofi cina, o empreen-dedor também tem uma loja de au-topeças e fornece produtos para os demais donos de ofi cina de José Bo-nifácio. E para agilizar as entregas das peças, ele contratou dois motoboys.

As mudanças na vida de Adauto começaram depois que ele passou a integrar o Núcleo Automotivo Regio-nal Noroeste Paulista (NAR/NP). Cria-da em 2005, a iniciativa tem mudado, com os recursos do Projeto Empreen-

der, a realidade dos empreendedores da região, uma vez que proporciona a troca de experiências e, claro, me-lhorias dos negócios locais.

Segundo o consultor regional da Facesp e coordenador do Núcleo Au-tomotivo Regional Noroeste Paulista, Carlos Dezan, são visíveis as mudanças nas empresas após a participação no Empreender. “As empresas se orga-nizaram de uma forma geral, aumen-taram o número de atendimentos e o faturamento, além de terem contrata-

CASE DE SUCESSO

Núcleo automotivo regionalmuda a história de empreendedoresdo noroeste paulistaPrograma Empreender mudou a realidade dos empreendedores da região, proporcionando a troca de experiências e a melhoria dos negócios

Alexandre e a esposa Elaine estão à frente

de duas ofi cinas

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Março de 2013 13

do novos colaboradores. Hoje o seg-mento automotivo representa uma grande fatia das MPEs do Noroeste Paulista e contribui consideravelmen-te com a economia da região. Prova disso é que, na última década, o PIB regional cresceu 127%, sendo a pres-tação de serviços um dos principais responsáveis por esse crescimento.”

O Núcleo Automotivo Regional Noroeste Paulista é formado por nove municípios, num total de cem empre-sas localizadas nas cidades de José Bo-nifácio, Penápolis, Birigui, Guararapes, Mirandópolis, Votuporanga, Fernandó-polis, Buritama e São José do Rio Preto.

Carlos Dezan destaca ainda que antes do Empreender Competitivo as ações eram executadas com 100% de recursos dos próprios empresários, com resultados positivos, porém em ritmo mais lento. “Com os recursos do Empreender Competitivo, houve uma ‘turbinada’ nas ações, o que se refl etiu nos resultados.”

Em 2012, os principais resultados foram o aumento de 30% no nú-mero de atendimentos, aumento de 20% no número de colaboradores e acréscimo de 25%, em média, no faturamento das empresas em rela-ção a 2011. “Também conseguimos padronizar 20 ofi cinas, informatizar 70% das empresas e a preparação e certifi cação de 60 empresas seguindo as normas do IQA/Inmetro.”

Mas, segundo Dezan, as empre-sas ainda têm muito mais a fazer em 2013. “Vamos concluir a padroniza-ção das empresas, que começou no ano passado, além de preparar mais 60 novas empresas para a certifi ca-ção IQA/Inmetro (60 já foram certifi -cadas entre 2010 e 2012).”

“Abrir um negócio é igual a ca-sar. Chega uma hora em que não se pode mais evitar isso”, brinca Alexan-dre Ferreira, de 35 anos, proprietário da Xandy Autos, localizada em Fer-nandópolis (SP), um dos municípios que integram o Núcleo Automotivo Regional Noroeste Paulista (NAR/NP).

Há três anos, Alexandre com-prou a ofi cina do ex-patrão e bus-cou suporte para crescer no núcleo setorial da cidade. Ele conta que desde então participa das reuni-ões do grupo, que ocorrem uma vez por mês. “O núcleo dá uma base para a gente trabalhar, dá um rumo. Assim a gente não fi ca fazendo as coisas às escuras. Gosto de estar por dentro das novidades e encontro isso no núcleo. Tanto que foi dentro do grupo que nasceu a ideia de fazer um evento anual na cidade para mostrar nossos servi-ços. O evento, chamado Pit Stop, mobiliza os clientes que levam os carros para serem avaliados gratui-tamente. São atendidos, em média, 400 carros em dois dias.”

O empreendedor conta que as ações do núcleo o ajudaram a crescer. Hoje, ao lado da esposa Elaine, ele co-manda duas ofi cinas. “Há seis meses, comprei a segunda ofi cina, localizada em São José do Rio Preto. Sem dúvida alguma, estou crescendo e hoje tenho mais experiência gerencial.”

Alexandre diz ainda que, com os recursos do Empreender, foi possí-

vel padronizar a fachada da ofi cina em Fernandópolis e investir em um sistema informatizado. “Neste ano, vamos investir na capacitação da nossa mão de obra, porque o mer-cado sempre tem novidades. Essa é nossa principal necessidade agora.”

Segundo a consultora do proje-to Empreender em Fernandópolis, Ana Carolina Cestari, os principais resultados alcançados pelo núcleo no ano passado são o aumento do faturamento e a ampliação dos postos de trabalho. “Hoje o núcleo aqui em Fernandópolis tem 17 ofi ci-nas. Conseguimos melhorar a ges-tão para aumentar o faturamento, além de padronizar as fachadas das ofi cinas. Também tivemos a preo-cupação de implantar ações para melhorar o meio ambiente, como, por exemplo, fazer a separação dos resíduos produzidos pelas ofi cinas.”

“O Empreender deu um novo rumo à empresa”

Em 2012, a Xandy Autos teve um aumento de 25% em suas receitas

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14 Empresa Brasil

Há um ano à frente da Federação das Associações Comerciais do Estado de Alagoas (Federalagoas), o empresário Kennedy Calheiros, nesta entrevista, fala sobre os desafios, os projetos da entidade e a importância do associativismo

FEDERAÇÕES

Caminho do desenvolvimento passa pelo fi m do Custo Brasil

Empresa Brasil: Na sua opinião, quais devem ser as prioridades na agenda empresarial do país?

Kennedy Calheiros: As prioridades, na minha avaliação, são: eliminar o chamado Custo Brasil e ter formas ob-jetivas para trabalhar o relacionamen-to entre o setor empresarial, que pro-duz a riqueza, e o setor público, que é quem administra as riquezas geradas no país. O Custo Brasil é nefasto à pro-dução, portanto temos que remover esse custo para que possamos ter um outro horizonte para o Brasil.

Como está a implantação da lei Geral da MPE em Alagoas?

Dos 102 municípios, só faltam dois municípios, ou seja, temos 98% de co-bertura em todo o estado de Alagoas.

Quais ferramentas podem ser

usadas para sanar as lacunas ain-da existentes na aplicação da lei?

Temos que utilizar as ferramentas que a Confederação, as Federações dos estados e as associações têm e identifi car problemas pontuais, por-que cada município é único e tem

suas características, suas vocações naturais produtivas. É indispensável identifi car o que está emperrando o processo. E, se for necessário, discu-tir mudanças na lei junto com o po-der público para que possa ser feito um aperfeiçoamento. A vigilância da CACB, das Federações e das Associa-ções nos municípios é constante para sanas as lacunas ainda existentes na aplicação da lei.

As maiores forças da econo-mia em Alagoas são os setores de

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Março de 2013 15

serviço e turismo? Como a Fede-ração apoia esses segmentos?

O setor de serviços e turismo é realmente muito forte. Mas Alagoas é um estado que tem algumas áreas caracterizadas por uma depressão econômica grande. Nós, da Federa-lagoas, temos trabalhado tanto nos municípios com riqueza como tam-bém naqueles considerados mais po-bres, mas que têm vocações para o turismo, por exemplo. Em Marechal Deodoro, desenvolvemos um grande trabalho com os vendedores ambu-lantes da Praia do Francês, por meio do Empreender. Nessa região, existia um grande problema de atendimento e qualidade dos serviços oferecidos, o que gerou muitas reclamações por parte dos turistas. Ou seja, faltava ca-pacitação para os vendedores. Identi-fi cado o problema, a Federalagoas e a Associação Comercial de Marechal Deodoro, com o apoio da prefeitura, desenvolveram um projeto para re-solver esse problema. Houve uma re-dução de 1.000 para 460 vendedores ambulantes nessa área. Esses vende-dores foram treinados e continuarão se aperfeiçoando em 2013, porque a qualifi cação tem que ser constante. E quem ganha é o turismo alagoano, que estará sempre bem preparado para receber o público do Brasil e o do exterior também.

Mesmo com grande potencial turístico, o estado desenvolveu também a agropecuária e indús-trias mistas. Quais as perspectivas para estes outros setores?

O trabalho tem que ser contínuo em todos os setores, porque, às ve-zes, há uma preocupação voltada

apenas para a vocação natural e os demais setores fi cam descobertos. Posso afi rmar que temos no estado de Alagoas boas perspectivas tam-bém para a agropecuária e para a indústria. Um exemplo é a produção de própolis vermelha, que hoje é um sucesso. A produção é exportada para o Japão graças a todo um tra-balho de qualifi cação que fi zemos. A própolis vermelha é produzida só no entorno da grande Maceió. As raízes das árvores dessa área e a poliniza-ção das abelhas resultam nesse tipo único de própolis. Como o nome diz, é uma substância de cor vermelha,

com diversas propriedades que não tinham sido identifi cadas em outra própolis do mundo. O produto está sendo muito cobiçado no mercado internacional. Todo o trabalho de qualifi cação ocorreu devido à ação conjunta desenvolvida entre Empre-ender, Federação das Associações Comerciais, Associação Comercial e Sebrae. O interesse é tão grande que o produto já saiu na revista Pequenas Empresas Grandes Negócios e no programa Globo Rural. Outro case de sucesso que temos é o da empresa alagoana Delfi no Centro Automotivo Ltda, que venceu a etapa nacional do Prêmio MPE Brasil 2010, na categoria Comércio. Esse prêmio reconhece as

micro e pequenas empresas por uma gestão de qualidade com foco na produtividade e competitividade.

Como exportador de cana e álcool, Alagoas está bem servido de infraestrutura? Quais são os gargalos?

O porto de Maceió precisa ser am-pliado. O calado precisa ser aumenta-do também. Há a difi culdade que en-frentamos com a seca, mas estamos fazendo um trabalho imenso para resolver esse gargalo. Alagoas exporta todo o açúcar consumido na Rússia. Além disso, temos uma grande pro-

dução de álcool. Com a elevação da mistura de etanol na gasolina dos atu-ais 20% para 25%, acho que teremos uma recuperação de preços, que não sofrem alterações há sete anos. Isso pode gerar mais postos de trabalho no estado. Estamos avançando e com a estabilização econômica do país pre-cisamos ainda agregar valor. Os salá-rios precisam melhorar, mas precisa-mos remover o Custo Brasil. O salário não pode crescer sem produtividade. E para isso temos que qualifi car cada vez mais nossa mão de obra.

Como a Federalagoas se posi-

ciona em relação à transposição do Rio São Francisco?

“Precisamos remover o Custo Brasil. O salário não pode crescer sem produtividade. E para isso temos que qualifi car cada vez mais nossa mão de obra”

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16 Empresa Brasil

FEDERAÇÕES

Se você leva água para o semiá-rido e o alto sertão, é bom, é excep-cional, porque a água modifi ca a vida das pessoas e a produção de cada região. A pergunta é: o Rio São Fran-cisco resistirá à transposição? Essa pergunta é muito técnica e os espe-cialistas do setor devem responder. É indiscutível que a água tem que che-gar naquelas regiões. A água gera ri-queza e segura o homem no campo, evita o êxodo rural.

Como a guerra fi scal tem afe-tado o estado?

A guerra fi scal afeta todos os es-tados. Na minha avaliação, é uma guerra inócua. Um estado oferece daqui, o outro de lá e fi ca nisso para atrair investimentos e, consequen-temente, mais riqueza e geração de renda para cada região. Mas é ne-cessário rever isso. E é aí que entra a necessidade da reforma fi scal e da tributária também para que o Brasil possa equacionar todos esses proble-mas. Depois das reformas, se o esta-do ainda necessitar de investimentos maiores, cabe ao poder público fazer políticas de ação que não são aque-las que dão o peixe, mas aquelas que ensinem a pescar. Cabe ao governo federal ajudar os estados mais neces-sitados. Não podemos esquecer que somos uma federação.

Quais as perspectivas para a atuação da Federalagoas como Autoridade de Registro da rede de Certifi cação Digital da CACB?

Estamos trabalhando fortemente com a certifi cação digital no estado de Alagoas, principalmente em Ma-ceió. A Federalagoas já é uma auto-

ridade de registro. E agora estamos abrindo um escritório da federação no segundo município do estado, que é Arapiraca, com o objetivo de levar a certifi cação para essa região. A fede-ração e associação de Maceió vão as-sumir esse investimento e, posterior-mente, repassar o percentual devido à associação de Arapiraca. Mas o que precisamos é levar essa certifi cação para o município, que está em fran-ca expansão. A mineradora Vale Ver-de, por exemplo, está naquela região para explorar cobre e zinco. E nós não podemos deixar de acompanhar esse crescimento do entorno de Arapiraca e levar o serviço de certifi cação digital.

No estado, o Empreender está em 23 municípios, organizado em 81 empresas. O que vocês estão planejando para a próxima chama-da do Empreender competitivo?

Estamos alvissareiros com a notí-cia de um novo edital do Empreender Competitivo. Já temos cases de suces-so que participaram dessa iniciativa. Nossa entidade tem poucos recursos, mas vem fazendo um bom trabalho com os empreendedores. Todos os nossos projetos primam pela qualida-de. Não temos quantidade, mas te-mos qualidade. Nossas prestações de contas são muito bem feitas e temos

conseguido alcançar os resultados de-sejados. Tentamos, portanto, fazer o melhor possível. E com esse repasse podemos conseguir mais, desde que o recurso seja aplicado com responsa-bilidade técnica e fi nanceira.

Como é a relação da Federala-goas com o governo do estado? Quais são as principais demandas para a agenda política?

O governo tem sido um bom parceiro. Precisamos estreitar cada vez mais esse relacionamento. O go-vernador ouve e conversa conosco. Com a prefeitura de Maceió, onde está a principal associação comercial

do estado, fazemos o mesmo. Temos portas abertas com o governo e a prefeitura. Estamos trabalhando mui-to com o poder público para mudar algumas concepções, para fazer com que os governos entendam que es-tão ali para equacionar os problemas do setor privado e também promo-ver políticas públicas para todos, com igualdade. O Brasil tem que oferecer oportunidades iguais para todos. Mas temos que entender que quem produz a riqueza é a iniciativa priva-da. Posso afi rmar que vamos implan-tar as políticas da entidade conforme foi traçado para 2013.

“A guerra fi scal afeta todos os estados. Na minha avaliação, é uma guerra inócua. Um estado oferece daqui, o outro de lá e fi ca nisso. Mas é necessário rever isso. E é aí que entra a necessidade da reforma fi scal e da tributária também”

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Março de 2013 17

Em janeiro, a infl ação acumulada em 12 meses alcançou 6,15%, afastando-se ainda mais do cen-tro da meta perseguida pelo go-

verno, de 4,5%. Segundo o Instituto Bra-sileiro de Geografi a e Estatística (IBGE), a infl ação ofi cial subiu 0,86% – a maior alta de preços desde abril de 2005 – e repercutiu imediatamente no mercado, elevando as apostas em uma elevação da taxa básica de juros (Selic) ainda este ano.

Nada menos do que 75% dos itens pesquisados registraram aumento de preços em janeiro, também a maior proporção observada desde 2003, su-gerindo, segundo o economista Ale-xandre Schwartsman que – ao contrá-rio da história ofi cial – a aceleração da infl ação não está ligada à evolução de uns poucos preços, mas se trata de fe-nômeno disseminado.

Os alimentos fi caram 1,99% mais caros, o que correspondeu a 56% da infl ação do mês. As chuvas prejudica-ram a oferta de produtos como o to-mate, batata-inglesa, cebola, hortaliças e cenoura, mas os aumentos foram generalizados. A farinha de mandioca voltou a subir, atingindo um aumento de 111,85% em 12 meses, o que pres-sionou mais o IPCA em estados consu-midores no Norte e Nordeste.

Os automóveis novos e os eletrodo-mésticos fi caram mais caros em janeiro por causa do retorno escalonado do IPI.

O preço do automóvel novo subiu 1,41%, o terceiro maior impacto sobre a infl ação do mês, atrás apenas das infl u-ências do cigarro (em primeiro lugar, com impacto de 0,09 ponto porcentual), to-mate e aluguel (dividindo a segunda posi-ção, com 0,06 ponto porcentual cada). Já os eletrodomésticos, também benefi cia-dos pela redução de IPI, subiram 1,59%.

O índice de difusão no IPCA, que in-dica a proporção de itens com aumento de preços, alcançou 75,07% em janeiro, o maior patamar desde meados de 2003.

De acordo com o economista, a infl ação mensal é, em geral, mais alta no começo e no fi nal do ano e perde força no período de maio a julho. Se-ria, portanto, despropositado tomar o resultado do mês de janeiro como valor representativo de todo o ano de 2013. Ainda assim, a infl ação medida em 12 meses (portanto livre de sazonalidade) superou os 6%, “o que deve ter o dom de sacudir, aparentemente, o torpor que tem caracterizado a atuação do Banco Central nos últimos anos”, acrescenta.

CONJUNTURA

Infl ação volta a incomodarUm dos dados mais preocupantes que se repetem nos relatórios do IBGE mostra forte difusão da alta de preços

Nada menos do que 75% dos itens pesquisados registraram aumento de preços

“Não é caso de descontrole inflacionário”

A projeção de infl ação medida pelo IPCA para 2013 subiu pela sexta semana consecutiva, de 5,68% para 5,71%, de acordo com a pesquisa Focus divulgada em 13 de fevereiro pelo Banco Central. “A infl ação nos preocupa no curto prazo, está mostrando uma resiliência forte, mas não é o caso de descontrole infl acionário”, afi rmou o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. “No entanto, a nossa expectativa é de que ela continue pressionada neste primeiro semestre, fi cando em 6% em 12 meses.”

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1setembro de 2011

Luiz

Pra

do/L

uz

MARÇO/2013 – SEBRAE.COM.BR – 0800 570 0800

Sebrae ajuda empresários a conquistar novos clientes

MERCADO E CRIATIVIDADE

José Joaquim Camilo de Mendonça, da Soft Mania, de Franca (SP)

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2 EMPREENDER / SEBRAE

Produtos da Soft Mania

PAULO FORTUNA AGÊNCIA SEBRAE DE NOTÍCIAS

O empresário José Joaquim Camilo de Mendonça é dono da Soft Mania em Franca (SP). O ponto forte

de sua linha é a fabricação de produtos de E.V.A. – Etileno Acetato de Vinila, material usado na indústria de trans-formação - como sapatilhas e calçados de segurança, utilizados em hospitais e cozinhas profi ssionais. Mendonça par-ticipou pela terceira vez da Couromoda, realizada em janeiro deste ano, e admi-te que é difícil concorrer com produtos asiáticos no fator preço, mas tem suas estratégias para continuar competitivo nos mercados que disputa.

“Nossos calçados de segurança têm a mesma tecnologia do solado das botas usadas nas plataformas de petróleo. Isso faz uma grande diferença para os consu-midores”, diz Mendonça. O empresário lembra ainda que em linhas como a de artigos femininos a empresa pode res-ponder rapidamente às demandas dos clientes, o que é um diferencial no merca-do. “Temos fl exibilidade para atender de

acordo com as mudanças da moda. Ao menos por enquanto, isso ainda é muito difícil para quem fabrica em escalas gi-gantescas e exporta para o mundo todo, como os chineses”, ressalta.

A indústria brasileira de couro e cal-çados ainda é fortemente baseada na produção dos pequenos negócios, des-taca o diretor Administrativo e Financeiro do Sebrae, José Claudio dos Santos. Se-gundo ele, hoje 86% do setor no Brasil é formado por micro e pequenas empresas, empregando 337,5 mil pessoas, com um faturamento de R$ 21,8 bilhões.

Veterano da Couromoda, José Rubens de Lima, proprietário da Meli Calçados Infantis, de Birigui, no interior paulista, já tem clientes em todo o Brasil. Mas, de acordo com ele, o evento também é uma oportunidade para conhecer novos compradores do mercado internacional. “O custo de enviar um representante para outros países seria muito alto, mas na Couromoda temos a oportunidade de manter contato com esses comprado-res”. Logo no início da feira, o empresário recebeu consultas de importadores do Uruguai e Bolívia. E

Sebrae apoiou participação de 172 pequenos negócios na Couromoda

MERCADO

EXPOSITORES BUSCAM COMPRADORES INTERNACIONAIS

Luiz Prado/Luz

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3MARÇO DE 2013

ANA CANÊDO

Em 2006, as vendas das micro e pequenas empresas para o setor público somaram R$ 2 bilhões em todo o Brasil, ou

15% do total. Cinco anos depois, este percentual chegou a 30%, somando R$ 15,2 bilhões. O crescimento da participa-ção dos pequenos negócios nas compras governamentais é um dos efeitos positi-vos da Lei Geral da Micro e Pequena Em-presa, já aprovada em 3.931 municípios, mas implementada em apenas 854.

Para buscar mudar esse quadro, o Se-brae e a Associação dos Membros dos Tri-bunais de Contas (Atricon) promoverão, no dia 13 de março, encontros simultâne-os nos 26 estados e no Distrito Federal. Os encontros - denominados “Os tribunais de contas e o desenvolvimento local”-, são direcionados a prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e servidores públicos.

“Os Tribunais de Contas são parceiros estratégicos porque garantem segurança jurídica aos gestores públicos para a apli-cação da legislação. Juntos, conseguire-mos avançar no desenvolvimento local

dos municípios utilizando o potencial dos pequenos negócios”, afi rma o presidente do Sebrae Nacional, Luiz Barretto.

O resultado almejado é tirar do papel e tornar realidade nos municípios a Lei Ge-ral da Micro e Pequena Empresa em seus principais eixos, com especial atenção ao tema das compras governamentais, parte da realidade diária dos Tribunais de Con-tas. Também serão promovidas ações de sensibilização a respeito de outros assun-tos importantes como o desempenho dos agentes de desenvolvimento, o apoio ao Microempreendedor Individual e a des-burocratização.

“A democracia exige controle”, afi rma o presidente da Atricon, Antonio Joa-quim, ao apontar que identifi cou a falta de informação como um dos principais motivos da não efetivação da Lei Geral na maioria dos municípios brasileiros. Daí porque, na avaliação dele, orientar, num primeiro momento, e depois fi scali-zar a aplicação dessa legislação signifi ca “contribuir decisivamente com o desen-volvimento econômico nacional”. A Atri-con congrega os 34 Tribunais de Contas de estados e municípios do Brasil. E

Sebrae e Tribunais de Contas atuarão juntos para que municípios apoiem as empresas de pequeno porte com base no que está na legislação

AMBIENTE LEGAL

R$ 2 BILHÕESFORAM VENDIDOS PELAS

MPE, EM 2006, PARA O GOVERNO FEDERAL

(15% DO TOTAL)

R$ 15,2 BILHÕESFORAM VENDIDOS

EM 2011. UM AUMENTOPARA 30% DO TOTAL

LEI GERAL REPRESENTA OPORTUNIDADE DE CRESCIMENTO

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4 EMPREENDER / SEBRAE

O EMPRESÁRIO CONTA QUE FOI ORIENTADO PELO SEBRAE DESDE O INÍCIO, MAS QUE PASSOU A BUSCAR INFORMAÇÕES SOBRE COMO MELHORAR O NEGÓCIO QUANDO A EMPRESA COMEÇOU A ATRAIR UM PÚBLICO MAIS EXIGENTE

CRESCIMENTO

MARIA TERRADAS AGÊNCIA SEBRAE DE NOTÍCIAS/MT

A trajetória empresarial de Manoel Benedito de Barros, proprietário da Dom Manuel Moda Masculina, uma rede

que hoje tem quatro lojas em Cuiabá, é bem parecida com a de muitos em-presários que iniciaram no mercado de forma simples e com trabalho duro. Em companhia de um amigo, ele começou como sacoleiro, vendendo roupas no Norte de Mato Grosso, especialmente em Alta Floresta, região de garimpo, e nas proximidades do rio Teles Pires- percurso geralmente feito por meio de balsa. “O dinheiro circulava nessa região e as pessoas não tinham opções para comprar roupas. Nós atendíamos a essa demanda”, lembra.

Manoel observa que na época em que começou a vender roupas, em 1982, juntamente com o amigo Aylon

Neves, a forma de negócio ainda era bastante simples. “O produto aten-dia apenas a uma necessidade bási-ca, sem compromisso com a moda. Tempos depois essa realidade mudou signifi cativamente”, analisa o empre-sário, frisando que mais tarde o nome de Aylon deu origem à marca Aylon’s Jeans. A grife exclusiva da primeira loja aberta pelos sócios, no tradicional Centro Histórico de Cuiabá, se fi rmou na década de 1980.

A sociedade durou até 1992. “Aylon resolveu seguir outras atividades, pois o auge das vendas havia passado e a loja já não ia muito bem. Mesmo assim, vi naquela decadência a oportunidade de reinvestir no negócio com uma pro-posta diferente”, conta. Manoel explica que o objetivo não era apenas vender roupas, mas também conceitos, com serviços personalizados e marcas im-portantes da moda para homens.

O empresário conta que foi orien-tado pelo Sebrae desde o início, mas que passou a buscar informações so-bre como melhorar o negócio quando a empresa começou a atrair um público mais exigente. Segundo ele, uma das capacitações que assumiram um papel estratégico foi a Consultoria Integrada de Gestão (CIG) – programa voltado para a organização fi nanceira, comer-cial e de planejamento da empresa. Em 2004, com ampla rede de clien-tes, a empresa ampliou também as instalações, com fi liais nos principais shoppings da capital.

Com mais de 20 mil peças entre vestuário e acessórios de marcas im-portantes, a empresa investiu ainda em alfaiataria própria para consertos e ajustes, com sistema de atendimento vip em casa e hotéis. A equipe é trei-nada em etiqueta e preparada para dar dicas. E

A Dom Manuel começou com a venda de porta em porta e hoje é uma referência no mercado de Cuiabá

CONSULTORIA AJUDA EMPRESÁRIO A MONTAR REDE DE LOJAS

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5MARÇO DE 2013sebrae.com.br facebook.com/sebrae twitter.com/sebrae youtube.com/tvsebrae plus.google.com/sebrae

OPORTUNIDADE

Coleção do grupo Redeiras, de Pelotas, ganha reconhecimento internacional

ARTESÃS GAÚCHAS EXPORTAM PRODUTOS PARA A FRANÇA

DA REDAÇÃO DO SEBRAE NO RIO GRANDE DO SUL

Escamas, couro de peixe e re-des de pesca transformados em colares, pulseiras, brincos, bolsas, carteiras e nécessaires.

Nas mãos das dez artesãs do grupo Re-deiras, os materiais descartados pelos habitantes da Colônia de Pescadores São Pedro Z-3, em Pelotas (RS), são matérias-primas. Orientado pelo Sebrae no Rio Grande do Sul, o grupo ganha espaço fora do país: os produtos da co-leção serão exportados para a França.

O planejamento estratégico das Redeiras foi executado com o apoio do Sebrae, que, desde 2009, auxilia o grupo por meio de consultorias na criação de peças e também na gestão do empre-endimento. Atualmente, as artesãs são integrantes do Projeto Estadual de Ar-tesanato Expoart, também desenvolvido pela instituição. Conforme a gestora dos projetos de Artesanato no Sebrae no es-tado, Vânia Fernandes, “a ideia é prepa-rar esses trabalhadores para produzir e comercializar artesanato de qualidade e com identidade para os turistas que virão ao Brasil no período dos grandes eventos

como Copa das Confederações, Copa do Mundo da FIFA 2014 e Olimpíadas”.

Capacitação em gestão, ofi cinas de de-senvolvimento de novos produtos e ações de acesso a mercado, assim como a parti-cipação em grandes eventos do segmento, fazem parte do plano de ação desenvolvido com as artesãs. Em dezembro de 2012, o grupo participou da Feira Nacional de Artesanato, em Belo Horizonte. “Os or-ganizadores trouxeram compradores de vários países para conhecerem o artesa-nato brasileiro e o interesse pela coleção Redeiras foi imediato”, completa Vânia. As criações originais aliadas à sustentabilidade chamam a atenção e, em breve, estarão em prateleiras de lojas francesas.

Para o presidente do Conselho De-liberativo do Sebrae no Rio Grande do Sul, Vitor Augusto Koch, o desempenho do grupo gaúcho é resultado do traba-lho realizado pela instituição junto a essas profissionais. “Atuamos para profi ssionalizar o que já era feito com qualidade e dedicação pelas artesãs. Nossa tarefa é melhorar a gestão do negócio com vistas à abertura de mer-cado e, consequentemente, à venda de produtos diferenciados”, relata. E

AS CRIAÇÕES ORIGINAIS ALIADAS À SUSTENTABILIDADE CHAMAM A ATENÇÃO E, EM BREVE, ESTARÃO EMPRATELEIRAS DE LOJAS FRANCESAS

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6 EMPREENDERINFORME SEBRAE. Presidente do Conselho Deliberativo Nacional: Roberto Simões. Diretor-Presidente: Luiz Barretto. Diretor-Técnico: Carlos Alberto dos Santos. Diretor de Administração e Finanças: José Claudio dos Santos. Gerente de Marketing e Comunicação: Cândida Bittencourt. Edição: Ana Canêdo, Antônio Viegas. Fone: (61) 3348- 7494

A grife Nadima Chalup deve lançar pequenas coleções durante o ano, ao contrário do que é feito pelas grandes marcas

PEQUENO NEGÓCIO DE CONFECÇÃO APOSTA EM INOVAÇÃO

MODA

WANESSA DE ALMEIDA AGÊNCIA SEBRAE DE NOTÍCIAS/GO

O jeito pode até parecer de menina, mas o pensamento foi sempre à frente de sua idade. Aos 10 anos, Nadima

Chalup ganhou de uma tia uma caixa de materiais para fabricar bijuterias e começou a fazer colares. A diversão agradou às pessoas mais próximas e vi-rou um pequeno negócio, que despertou na empreendedora a vontade de ter a própria marca e estudar Design de Moda.

Hoje, aos 23 anos e com pós-graduação em Marketing, ela realizou o sonho.

A grife Nadima Chalup foi lançada em novembro, com direito a ensaio fotográfi co e loja virtual. Na visão da empresária, é o momento ideal para mostrar o seu ponto de vista sobre a moda. “Percebo que nunca se falou tanto de moda quanto agora. Só que o assun-to começou a fi car tão banalizado que ninguém mais fala de estilo, mas sim de tendência e consumismo desenfreado. Aposto em um público que gosta de

novidades, mas que não depende disso para fazer as escolhas. Acima de tudo, é o estilo que manda”, assegura.

Para impulsionar seu negócio, Na-dima espera continuar contando com o apoio do Sebrae em Goiás, parceiro que ela cultiva desde os tempos de fa-culdade. “Participei de projetos como o Arranjo Produtivo Local (APL) de Con-fecção Feminina, de várias palestras, workshops e até viagens. Todo em-presário tem sempre algo a mais para aprender com o Sebrae”, fi naliza. E

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Nadima Chalup aposta em novos

conceitos parase diferenciar

no mercado

Page 24: Revista Empresa Brasil 92

18 Empresa Brasil

DESTAQUE CACB

Líderes das associações comerciais do interior do estado participam de ato solene conjunto, fortalecendo o poder associativista no estado

Posse coletiva de presidentes das associações do Mato Grosso

A Federação das Associa-ções Comerciais e Empre-sariais do Estado de Mato Grosso (Facmat) reuniu os

presidentes eleitos nas associações comerciais do interior do estado para uma cerimônia de posse cole-tiva, na capital do estado, Cuiabá. A solenidade aconteceu em janeiro e contou com o presidente da CACB, José Paulo Dornelles Cairoli.

No evento, Cairoli ressaltou a im-portância das associações comerciais para a economia do país e também como a Confederação une as for-ças dessas associações. “As associa-ções comerciais são protagonistas

de ações que ajudam a reforçar os alicerces da economia brasileira, e, felizmente, o governo dá mostra de entendimento mais correto do desa-fi o que temos à frente.”

Cairoli disse ainda: “Como presi-dentes, temos desafi os e com missões relevantes neste ano que é véspera de Copa do Mundo e que, para o país, defi ne uma série de estratégias de crescimento com o foco em infraestru-tura, um dos assuntos mais relevantes das bandeiras da CACB”. Também re-presentaram a CACB o diretor-secretá-rio e o diretor fi nanceiro da entidade, Jarbas Luiz Meurer e George Teixeira Pinheiro, respectivamente.

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Março de 2013 19

Sobre a FacmatFundada em 30 de outubro de 1984,

a Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado de Mato Grosso (Fa-cmat) nasceu dos anseios das associações do estado em unir forças para obter conquistas coletivas junto aos governos. Nos quase 30 anos, de existência a Facmat esteve presen-te em momentos de grande importância na economia de Mato Grosso, buscando inte-grar a classe empresarial do estado e ofere-cer serviços com alto valor agregado.

São 61 associações em pontos estraté-gicos do estado, que garantem o banco de dados com maior abrangência em Mato Grosso, por meio do Sistema e Informação de Apoio à Concessão de Crédito, o Credi-consult. A última conquista da Facmat foi a nomeação de um representante para o Con-selho de Contribuintes Pleno, garantindo a representatividade perante a Secretaria de Estado de Fazenda no julgamento dos pro-cessos administrativos tributários.

Jonas Alves de Souza, presidente em exercício da Facmat, lembrou da participação das associações comer-ciais e empresariais na história de Mato Grosso. “Sempre estivemos nas discussões políticas e adminis-trativas de forma marcante, buscan-do sempre preservar os interesses da classe empresarial.”

O presidente licenciado da Fac-mat e secretário-chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf, fez um breve relato so-bre a trajetória das associações co-merciais do estado, além de destacar a importância dessas entidades no desenvolvimento empresarial.

CapacitaçãoOs novos executivos estão pas-

sando por uma capacitação sobre técnicas de gestão das associações comerciais. O treinamento é reali-zado em plataforma online e tem como objetivo esclarecer as dúvidas sobre serviços, como o banco de dados SCPC, administrado pela Boa Vista Serviços, sem que os gestores das associações precisem sair de suas bases.

Esse formato de treinamento foi a solução encontrada para reunir vários gestores de forma simples e econômica, possibilitando a capaci-tação com uma hora de duração, sendo necessário apenas um com-putador com acesso à internet, sem necessidade de deslocamento de grandes distâncias.

O treinamento também pretende aproximar as associações comerciais e empresariais da Federação, bus-cando solucionar problemas inde-pendentemente da distância da en-tidade na ponta.

O presidente da Facmat, Jonas Alves de Souza, e o presidente da CACB, José Paulo Dornelles Cairoli, participaram do evento

Page 26: Revista Empresa Brasil 92

20 Empresa Brasil

A Assembleia Geral Extraor-dinária da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil

(CACB) elegeu, no dia 24 de janeiro, em Brasília, a nova diretoria da entida-de para o triênio 2013-2015. Foram eleitos presidente e primeiro vice-pre-sidente, respectivamente, José Paulo Dornelles Cairoli e Rogério Pinto Coe-lho Amato. A nova diretoria foi renova-da em mais de um terço.

Durante a posse, o presidente José Paulo Cairoli destacou a necessidade de, cada vez mais, a CACB envolver os associados das mais de 2.300 entidades fi liadas dos 26 estados e Distrito Federal. Segundo ele, a entidade visa ao fortale-cimento de todos. “Queremos fortale-cer o conjunto e consolidar a visão fede-rativa. Para isso, vamos envolver todos os estados e mostrar o que cada Federa-ção ou Associação tem de melhor.”

Ele também falou sobre as principais metas para o triênio 2013-2015, com destaque para o fortalecimento de pro-gramas da entidade, como o Programa de Geração de Receitas e Serviços (Pro-gerecs), e de iniciativas como a Câmara Brasileira de Mediação e Arbitragem Empresarial (CBMAE), o Empreender e

o Integra. Cairoli ressaltou ainda que a chapa eleita é formada por repre-sentantes de todos os estados e do DF elegíveis, o que demonstra “a intenção de realizar um trabalho em conjunto”.

Durante a primeira reunião de 2013, a diretoria eleita reforçou as bandeiras da entidade, como as reformas tributária e trabalhista, e anunciou a formação de duas novas federações, a do Amapá e do Piauí – únicos Estados que ainda não as criaram. Para isso, uma comissão lidera-da pelo presidente da Federação das As-sociações Comerciais e Empresariais do Amazonas (Facea), Valdemar Pinheiro, prepara a criação da entidade no Amapá.

Resultados dos projetosAinda na reunião, foram apresenta-

das as principais ações da entidade para 2013, entre elas o Empreender Compe-titivo, que divulgou o edital 2013-2015 no mês passado. A expectativa é apoiar projetos de cem núcleos setoriais, com mais de dois anos de atividades.

A nova diretoria também conhe-ceu os resultados e metas do Progra-ma de Geração de Receitas e Serviços (Progerecs), do Integra e da Câmara Brasileira de Mediação e Arbitragem Empresarial (CBMAE).

O Progerecs, por exemplo, promo-veu o primeiro encontro nacional de gestores entre os dias 4 e 6 de feve-reiro, em São Paulo. No evento, foram apresentados os resultados de 2012 e as metas para 2013, bem como foi desenvolvido o planejamento do ca-lendário de ações da sua plataforma de serviços para 2013.

Já o Integra, realizado em parce-ria com o Sebrae, iniciou as ações na Bahia. O lançamento ocorreu em Feira de Santana, no interior do estado, no dia 31 de janeiro, na Associação Co-mercial de Feira de Santana. A iniciativa tem o objetivo de qualifi car pequenos negócios e formalização de empreen-dedores individuais em cidades que receberão a Copa do Mundo de 2014.

ESPECIAL – ELEIÇÃO

CACB elege diretoria para triênio 2013-2015Entidade reúne mais de 2.300 filiadas em 26 estados e no Distrito Federal. As federações do Amapá e Piauí são as mais recentes

Quadro de dirigentes foi renovado em mais de um terço

Page 27: Revista Empresa Brasil 92

Março de 2013 21

Conheça a diretoria da CACB

Presidente José Paulo Dornelles Cairoli (RS)

1º Vice-PresidenteRogério Pinto Coelho Amato (SP)

Vice-Presidente de Assuntos InternacionaisSérgio Papini de Mendonça Uchoa (AL)

Vice-Presidente de ServiçosPedro José Ferreira (TO)

Vice-Presidente de ComunicaçãoAlexandre Santana Porto (SE)

Diretor-SecretárioJarbas Luis Meurer (TO)

Vice-Presidente da Micro e Pequena EmpresaLuiz Carlos Furtado Neves (SC)

Diretor-FinanceiroGeorge Teixeira Pinheiro (AC)

Antônio Freire (MS)

Jonas Alves de Souza (MT)

Reginaldo Ferreira (PA)

Djalma Farias Cintra Junior (PE)

José Sobrinho Barros (DF)

Sérgio Roberto de Medeiros Freire (RN)

Jésus Mendes Costa (RJ)

Rainer Zielasko (PR)

Wander Luis Silva (MG)

Vice-Presidentes:

Jadir Correa da Costa (RR) Ubiratan da Silva Lopes (GO) Valdemar Pinheiro (AM)

Conselho Fiscal - Titulares:

Alaor Francisco Tissot (SC) Itamar Manso Maciel Junior (RN)

Kennedy Davison Pinaud Calheiros (AL)

Conselho Fiscal - Suplentes:

Page 28: Revista Empresa Brasil 92

22 Empresa Brasil

Gestores debatem modelos de negócios para fortalecer a certificação digital como um caminho para a sustentabilidade financeira da rede

O Programa de Geração de Receitas e Serviços da CACB (Progerecs) apresen-tou as ações para 2013,

durante encontro nacional realizado em São Paulo, entre os dias 4 e 6 de fevereiro. De acordo com o coordena-dor do Progerecs, Luiz Antonio Borto-lin, o objetivo é proporcionar cada vez mais sustentabilidade para todas as Associações Comerciais e Empresarias que fazem parte da Rede CACB.

O presidente da CACB, José Paulo Dornelles Cairoli, também participou do evento. Cairoli destacou a impor-tância do Progerecs e da Rede CACB de Certifi cação Digital para as asso-

ciações e federações. Hoje, 10% dos certifi cados emitidos no Brasil passam pela Rede CACB. “O mais importante neste trabalho é fazer com que as as-sociações tenham renda. O programa é um grande modelo e este evento mostra a dimensão e a importância que a CACB dá a cada associação.”

A parceria entre a CACB e a Cer-tisign – líder do mercado de certifi -cação digital no Brasil – gerou, nos últimos cinco anos, mais de R$ 30 milhões em receita para todo o siste-ma CACB, tornando-se fonte essen-cial de recurso para a manutenção dos projetos e para a sustentabilida-de das entidades.

PROGERECS

Rede de Certifi cação Digital apresenta planejamento para 2013

Líderes empresariais e gestores das ARs reuniram-se em São Paulo para debater

a Rede CACB de Certifi cação Digital

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Março de 2013 23

MetaA sustentabilidade fi nanceira é

um dos objetivos de todas as asso-ciações comerciais. Atrair e fi delizar fi liados são trabalhos que vão além do associativismo e do comercial. É preciso dar atenção às reais necessi-dades do mercado nacional e local, e oferecer benefícios institucionais e comerciais que reforcem a importân-cia do associativismo.

O coordenador do Progerecs, Luiz Antônio Bortolin, afi rma que a CACB deve servir como ponta de apoio para as federações e associações comerciais conseguirem sua susten-tabilidade. “Precisamos apresentar a importância do sistema associativo, em que a gente só marca presença dentro da nossa comunidade empre-sarial com serviços que geram bene-fícios, com preços diferenciados entre os não associados e os associados.

Somos líderes comunitários, voluntá-rios, escolhidos pela sociedade para que tenhamos uma atitude servido-ra. Os serviços que oferecemos são uma forma que todos têm de gerar sustentabilidade para que possamos, com a receita obtida dos serviços que benefi ciam nossos associados, pres-tar cada vez mais e melhores servi-ços”, explica o coordenador.

O programaO Progerecs foi criado em 2006

e desde então oferece para toda a rede diversas oportunidades de negócios a serem exploradas. Fun-cionando como um alicerce para associações que estão estruturando seus serviços, a CACB possui opções como a certifi cação digital, certifi -cação de origem, nota fi scal eletrô-nica, cartões corporativos, clube de vendas – algumas com modelos de

negócios prontos, que podem ser adaptados e gerenciados de acordo com as especifi cidades locais.

Bortolin explica, ainda, que “quando a entidade não conhece os serviços oferecidos pela federação e pela confederação, acaba procuran-do parcerias paralelas, que nem sem-pre são vantajosas. A CACB oferece serviços que só são possíveis a tal preço por causa da escala. Conhecer a potencialidade da própria entidade tem a oferecer é fundamental”.

Para não cair neste tipo de erro, o empreendedorismo, aliado a um conhecimento das oportunidades, é a melhor solução. Manter os gestores cientes dos produtos e serviços ofere-cidos fortalece a rede e benefi cia os associados, criando a base para a sus-tentabilidade fi nanceira da entidade e melhorando os serviços oferecidos à sociedade empresarial.

Page 30: Revista Empresa Brasil 92

24 Empresa Brasil

Segundo pesquisas, as férias são fundamentais para a saúde. Apesar de ainda não haver dados sobre a quantidade ou duração ideal, nem mesmo quanto a sua qualidade, seus benefícios são incontestáveis

Se você é daqueles empre-endedores com difi culdades para encontrar alguém para substituí-lo, durante a sua

ausência, pense duas vezes antes que passe mais um ano sem férias. Isso porque tirar férias é muito mais do que um simples prazer. Segundo o jornal Psychosomatic Medicine, órgão ofi cial da American Psychoso-matic Society, dos Estados Unidos, as férias protegem a saúde reduzindo o estresse, fator de risco conhecido para muitas doenças. Além da remo-ção do estresse, dão oportunidade para o engajamento em comporta-

mentos restauradores, tais como a interação com a família e os amigos, além de propiciarem mais tempo para exercícios físicos, a leitura e a diversão.

“As férias podem não ser apenas prazerosas, mas também estimu-lantes”, diz Brooks B. Gump, Ph.D., do Departamento de Psicologia da Universidade Estadual de Nova York. Gump e a coautora Karen A. Mat-thews, Ph.D., do Departamento de Psicologia da Universidade de Pitts-burgh, avaliaram dados de um estu-do de nove anos envolvendo mais de 12 mil homens sob risco de doenças do coração.

RECURSOS HUMANOS

Por que você precisa tirar férias

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Março de 2013 25

Os participantes completaram um questionário a cada ano, res-pondendo a questões sobre suas férias nos 12 meses anteriores. Aqueles que tiravam descansos anuais regulares apresentavam me-nor risco de óbito quando compa-rados àqueles que não paravam de trabalhar. Os resultados se manti-veram mesmo quando a situação econômico-social era considerada.

O momento das férias é o pe-ríodo considerado de grande im-portância por psicólogos para equi-librar o estado psicológico do ser humano. É nessa fase que a sen-sação de paz é estabelecida, assim como há o descanso da mente e a renovação das emoções.

Independentemente do tempo que a pessoa irá reservar para suas férias, o importante é que aproveite cada minuto e tente se desligar dos problemas cotidianos. Tirar férias em duas etapas, janeiro e julho, por exemplo, é uma tática que dá mui-to certo e os resultados obtidos são visíveis. O indivíduo se desenvolve profi ssionalmente, o aproveitamen-to acadêmico aumenta e os rela-cionamentos familiares e do casal melhoram. Isso se deve ao fato de a pessoa estar mais aliviada das cons-tantes pressões do dia a dia.

As falsas fériasDe acordo com os pesquisado-

res, é importante deixar claro para aqueles que não gostam de viajar ou não possuem condições fi nanceiras, e preferem fi car em casa descansan-

do: não se deixem enganar por uma falsa sensação de descanso. O ser humano necessita frequentar outros ares no seu momento de descan-so, sair da rotina que, muitas vezes, pesa e o desgasta.

A pessoa no período de férias deve se aproximar da família e ami-gos, realizar atividades que não se encaixavam nos horários de traba-lho. Vivenciar a mesma rotina não abre espaço para arejar o cérebro. A pessoa acaba vivendo uma situação de estresse diário em seu período de férias, potencializando os problemas.

O período de férias é justamen-te a tentativa de conseguir enxergar quais as defi ciências diárias enfrenta-das. Por meio dessa visão, o indivíduo consegue promover mudanças em sua vida, diminuir o estresse e mudar a sua rotina para melhor.

Dicas para que você possa planejar suasférias com segurança e tranquilidade:

Quando: No período de menos demanda da sua empresa.

Quem deve substituí-lo na gestão do negócio: Escolha os funcionários de confi ança e com mais experiência. Deixe um telefone para contato com algum de seus colaboradores, e não se esqueça de avisar sobre quais assuntos ele deve consultá-lo.

Tempo de férias: Dividir as férias de um mês em quatro semanas aleatórias em um ano pode ser a solução.

O que fazer: Use esse tempo para relaxar.

Quem deve arcar com as despesas: Quem sai de férias é a pessoa física do empreendedor, e não a jurídica. Planeje seu dinheiro.

(Orientações do consultor do Sebrae Ronaldo Messias)

Page 32: Revista Empresa Brasil 92

26 Empresa Brasil

A criação de empregos em 2012 teve o pior desem-penho em três anos, com a geração de 1,30 milhão

de postos formais (com carteira as-sinada). Em 2011, 1,94 milhão de vagas foram criadas. Antes de 2012, o pior desempenho foi registrado em 2009, ano da crise fi nanceira in-ternacional, quando 1,39 milhão de vagas foram abertas. Os dados, di-vulgados em janeiro, são referentes à série histórica ajustada do Cadas-

tro Geral de Emprego e Desemprego (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

A queda na geração de empre-gos formais, segundo o ministro do Trabalho, Brizola Neto, decorreu dos efeitos da crise fi nanceira internacio-nal, que gerou um desaquecimento no mundo inteiro. “Mesmo assim, ainda que não como nos anos an-teriores, atendemos ao crescimento da População Economicamente Ativa (PEA)”, afi rmou o ministro.

TRABALHO

Ministério do Trabalho aponta a crise da economia mundial como a principal responsável pelo desempenho

Criação de empregos formais, em 2012, foi a pior dos últimos três anos

Page 33: Revista Empresa Brasil 92

Março de 2013 27

Dos oito setores pesquisados pelo Cadastro Geral de Empregados e De-sempregados (Caged), sete apresen-taram criação menor de novos postos de trabalho em 2012, na compara-ção com 2011.

Agricultura, indústria de trans-formação e administração pública tiveram as baixas mais expressivas, de acordo com o Ministério do Tra-balho. A agricultura respondeu por 4,9 mil novos postos em 2012. Em 2011, foram 85,5 mil vagas. A que-da foi de 94,2%.

Já a indústria de transformação – alvo de várias medidas de incentivo do governo ao longo do ano, como a desoneração da folha de pagamen-to – criou 61% menos empregos em 2012. Foram 86 mil, ante 224 mil em 2011, em dados ajustados.

A administração pública abriu 1,4 mil novos postos em 2012, ante 15,7 mil vagas em 2011. A queda foi de 91%.

O salário médio de admissão teve aumento real de 4,69% em 2012, na comparação com 2011, atingindo R$ 1.011,77 no ano passado. Em 2011 a média havia sido de R$ 966,45. O número é defl acionado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desemprega-dos (Caged), divulgado nesta sexta-feira pelo Ministério do Trabalho.

O aumento foi maior para as mu-lheres. Enquanto elas tiveram alta mé-dia real de 4,94% ao longo de 2012,

os homens tiveram crescimento sala-rial de 4,74%. Apesar do maior avan-ço, as mulheres ainda têm salários de admissão menores que os dos homens. Eles têm salário médio de admissão de R$ 1.067,66, ante R$ 917,87 das mulheres.

Em termos geográfi cos, todos os Estados tiveram aumento no salário médio de admissão. Em primeiro lugar vem o Acre, com crescimento de 12,5%, seguido por Paraíba (10,53%), Sergipe (7,13%) e Rio de Janeiro (6,32%).

Salário médio teve aumento real

Serviços foi o que mais gerou empregos

O setor de serviços, o que mais gerou empregos em 2012, criou 666 mil novos postos de trabalho no ano passado, 30% a menos do que os 958 mil empregos líquidos gerados de 2011.

Em segundo lugar na geração de novos empregos, o comércio re-gistrou 372 mil novos postos no ano passado, ante 477 mil em 2011. Nesse caso, a geração de empregos caiu 22%. A construção civil, com 149 mil admissões líquidas (queda de 36,6% ante os 235 mil em 2011), veio em seguida.

A indústria extrativa mineral contribuiu com 10,9 mil admissões líquidas em 2012. Em 2011 o setor havia criado 19,6 mil. A queda foi de 44,3%.

O único que apresentou aumento na abertura de novos postos de trabalho foi o setor de serviços industriais de utilidade pública. Foram 10,2 mil em 2012, ante 9,6 mil em 2011, crescimento de 6,25%.

Os empregos gerados em 2012, 1,3 milhão, foram resultado da contratação de mais de 21,6 milhões de pessoas e da demissão de 20,3 milhões.

Em dezembro de 2012, 1,2 milhão de pessoas foram admitidas e 1,7 milhão demitidas. Os estados com mais desligamentos nesse mês foram São Paulo (551,7 mil), Minas Gerais (57 mil) e o Paraná (43,2 mil).

Para este ano, o ministro Brizola Neto espera a criação de pelo menos 2 milhões de empregos formais.

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Page 34: Revista Empresa Brasil 92

28 Empresa Brasil

Em Minas Gerais, a iniciativa da CACB, em conjunto com o Sebrae Nacional, também contempla os municípios de Ipatinga, Araxá, Uberlândia, Juiz de Fora, Diamantina e cidades da região metropolitana

A coordenadora regional do Integra em Belo Ho-rizonte, Duda Torres, é puro entusiasmo. Quando

começa a falar sobre os primeiros resultados do projeto na capital mi-neira, faz questão de destacar que a meta de formalizar 250 empreende-dores individuais foi largamente ul-trapassada, o que demonstra por si só o grau de receptividade da inicia-tiva. Na metade de fevereiro, haviam sido formalizados mais de 500, o que superou qualquer previsão mais otimista. “Vamos agora direcionar nossas prioridades para a capacita-ção de 7 mil microempresários dos setores de serviço e turismo”, diz. “Também nesse segmento, a de-manda está bastante alta.”

O trabalho do Integra, na capital mineira, teve início em abril de 2012. O objetivo é levar a capacitação a empreendedores individuais e MPEs, com a oferta de cursos de formação gerencial e idiomas. As empresas que operam com um segundo idioma receberão o selo ‘’Excelência em ges-tão’’, o que irá identifi cá-las como ap-tas e preparadas para a Copa 2014. A ideia é concluir todas essas ações até o fi nal de 2013. Além de Belo Ho-rizonte, o Integra também contempla os municípios de Ipatinga, Araxá, Uberlândia, Juiz de Fora, Diamantina e cidades da região metropolitana.

Em outubro de 2012, o Inte-gra fi rmou parceria com a Junta Comercial do estado de Minas Ge-rais (Jucemg) a fi m de oferecer aos

INTEGRA

Programa supera metasem Belo Horizonte

O Mirante das Mangabeiras oferece uma visão panorâmica da

capital mineira por ser considerado o ponto mais alto da cidade

Page 35: Revista Empresa Brasil 92

Março de 2013 29

empresários das cidades incluídas no programa cursos na modalidade EAD. Até o momento, mais de 300 empresas foram inscritas. Em 2013, essa parceria continua com novas ações de mobilização e atendimento.

Também foi realizado um trabalho de capacitação dos empresários do grupo FeiraShop, composto por lojas espalhadas em Belo Horizonte, que comercializam bijuterias, acessórios, roupas, sapatos, entre outros produtos relacionados a moda, beleza e estilo.

“Há muito por fazer e pouco tempo para executar. Isso porque todas essas ações envolvem um trabalho inicial de

mobilização das empresas para cons-cientizá-las sobre os benefícios da me-lhor capacitação em suas atividades”, diz Duda Torres. “Elas precisam se dar conta de que as oportunidades iguais à da Copa 2014 jamais irão se repetir.”

Em Minas Gerais, o Integra da CACB / Sebrae Nacional opera com o apoio da Associação Comercial de Minas Gerais (ACMinas) e a Federação das Associações Comerciais e Empre-sariais de Minas Gerais (Federaminas). “Além da capacitação gerencial e a formalização de empreendedores, o Integra também incentiva práticas do associativismo e de inserção mercado-lógica do micro e pequeno empresá-rio”, assinala o coordenador nacional do programa, Valério Figueiredo.

O diretor fi nanceiro da CACB, Ge-orge Teixeira, diz que a obrigação da CACB é fazer o pequeno empresário crescer, para atender melhor o turis-ta, capacitar o empreendedor e me-lhorar a empresa. “Nossa estratégia unifi ca o potencial de inovação do Sebrae à capilaridade da CACB. Esse projeto é da CACB, das Federações e de cada Associação”, ressalta.

Os trabalhos do Integra, na capitalmineira, iniciaram-se em abril de 2012

Metas do programa

Com duração de dois

anos, o Integra será adota-

do, inicialmente, nas capitais

dos 12 estados, que serão

cidades-sede da Copa 2014:

Amazonas, Ceará, Pernam-

buco, Rio Grande do Norte,

Bahia, Distrito Federal, Mato

Grosso, São Paulo, Rio de Ja-

neiro, Minas Gerais, Paraná e

Rio Grande do Sul.

O programa pretende ca-

pacitar 50 mil pessoas e certi-

fi car 15 mil estabelecimentos

empresariais até setembro de

2014. Para certifi car as em-

presas, a CACB criou um selo

que será concedido aos esta-

belecimentos que seguirem

uma série de regras voltadas

à excelência em gestão. Esse

trabalho será feito em parceria

entre a Federação e Associa-

ção Comercial local.

Também é meta do Inte-

gra a formalização de 6 mil

empreendedores individuais

e a capacitação de 3 mil em-

presários desse segmento. A

intenção é permitir que esse

empresário tenha, principal-

mente, acesso a crédito para

investir e melhorar o seu ne-

gócio. O Integra vai preparar o

empreendedor individual para

aproveitar as oportunidades

de negócios da Copa 2014.

Belo Horizonte vai receber investimentos de R$ 1,4 bilhão

O efeito econômico da Copa 2014 em Belo Horizonte deverá gerar 14,3 mil empregos diretos somente no segmento de serviços. No caso das pequenas e microempresas (MPE), pelo menos 11 setores serão fa-vorecidos, entre eles o de turismo e hotelaria. Ao total, o setor hoteleiro investirá R$ 1 bilhão em melhoramentos e na construção de 53 novos hotéis. Em Belo Horizonte, os investimentos previstos nas obras de in-fraestrutura urbana e no estádio do Mineirão somam R$ 1,4 bilhão. Esse valor representa 3,7% do PIB municipal ou 0,5% do PIB do estado.

Page 36: Revista Empresa Brasil 92

30 Empresa Brasil

Imagine ter a chance de conversar e aprender com Steve Jobs, John Mackey ou Fred Smith sobre as lições mais importantes que eles

aprenderam com suas experiências criando a Apple, a Whole Foods Market e a Federal Express. Imagine poder ter uma envolvente conversa com Bernie Marcus e Arthur Blank sobre como eles tiveram a ideia de abrir a The Home Depot e como conseguiram fazer a empresa decolar. Ou ter a chance de ouvir as refl exões de Howard Schultz, que, como Jobs e Michael Dell, teve de voltar à empresa que originalmente criou para reinventar a empresa e a si mesmo. Pois foi exatamente o que o jornalista John A. Byrne, fundador da C-Charge Inc. e ex-editor da Busines-sweek.com, tentou fazer. O resultado pode ser constatado no livro Empreen-dedores Extraordinários (Editora Cam-pus/Elsevier, 2012, 264 páginas).

Ao todo são 25 entrevistas com as chamadas ‘celebridades do empre-endedorismo moderno,’ que contam ‘suas façanhas.” Como essas 25 pes-soas extraordinárias foram escolhidas?

Em grande parte, segundo o autor, com base no impacto que causaram no mundo. A partir daí, Byrne procura mostrar até que ponto a ideia deles foi original. E em qual extensão elas fo-ram infl uentes. Serviram para promo-veu mudanças na vida pessoal e pro-fi ssional das pessoas. Mesmo que as respostas para essas questões sejam totalmente subjetivas, o fato é que todos os empreendedores que fazem parte do livro, segundo o autor, con-tribuíram para mudar o mundo com produtos e serviços que hoje fazem parte do nosso cotidiano.

São exemplos o telefone celular, a alimentação de maneira mais saudá-vel devido à concretização do sonho de um homem que acreditava, muito antes da popularização dos alimentos orgânicos, que alimentos naturais e or-gânicos fazem bem à saúde. E até mes-mo viajar pelos céus pagando menos porque uma pessoa percebeu que a arquitetura das companhias aéreas foi mal concebida por um bando de bu-rocratas corporativos que esqueceram que tinham clientes para satisfazer.

As organizações que esses em-preendedores criaram também são importantes. Diferentemente de ou-tras, essas empresas não isolam os tomadores de decisão da realidade do mundo. Não são organizações conduzidas por líderes que se cercam de pessoas que nunca os contradi-zem. Embora tenham levado ao mer-cado produtos e serviços de extrema importância, esses empreendedores também fi caram famosos por criar ambientes de trabalho exemplares.

LIVROS

Ideias milionárias

“Empreendedores Extraordinários”, do

jornalista John A. Byrne, reúne o resultado

da conversa com 25 homens e mulheres que

conseguiram escrever uma história de sucesso com

seus negócios

Page 37: Revista Empresa Brasil 92

Março de 2013 31

Claudia Bittencourt*

Muito tem se falado so-bre o desenvolvimen-to do franchising no mundo, um sistema

que cresce utilizando a capacidade empreendedora dos indivíduos, e, di-ga-se de passagem, tem de sobra em nosso país, nos demais países emer-gentes e nos que estão no ranking do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

Muito também se lê sobre a mio-pia do governo em determinados te-mas, como, por exemplo, sustentabi-lidade e carga tributária, entre outros. De tudo o que tenho visto, existe uma grande miopia do governo no sentido de incentivar segmentos que contri-buem e que podem contribuir ainda mais com o desenvolvimento do país. O franchising é um grande exemplo.

Salvo os bancos governamentais, que têm (re)criado alguns progra-mas com nomes incluindo o termo “franquias” para programas que já existiam no seu portfólio, é pífi a a atuação no sentido de desenvolver ou criar programas para incentivar os empreendedores a investirem no va-rejo, em serviços, saúde e educação com recursos próprios, fazendo mui-tas vezes o papel que o governo não tem sido capaz de fazer para atender a demandas e carências da população.

Para o novo empreendedor, aque-le que pretende abrir o seu negócio próprio, também o país engatinha.

Existem as linhas de crédito e os fi -nanciamentos oriundos de verbas do BNDES, o Proger, por exemplo, porém poucos conseguem ter aces-so a estes recursos. As exigências de garantias e de situação cadastral eli-minam muitos já na primeira triagem ou tentativa.

No sistema de franquias acontece algo a que infelizmente os governan-tes no Brasil não têm dado atenção: o Brasil é um dos países com o maior número de empreendedores iniciantes do mundo, pessoas que sonham em abrir o seu negócio próprio. Investem e fi cam pouco tempo, pois lhes falta toda a experiência de empreender ne-cessária para sustentar o negócio. Já no sistema de franquias o quadro é diferente: este mesmo empreendedor poderia ter investido o mesmo valor em uma franquia, receber todo apoio e suporte para alavancar o seu negó-cio, ganhar dinheiro, pagar o investi-mento realizado e ter sucesso.

Resumindo, o franchising no Bra-sil cresce a duras penas e há um mun-do de oportunidades para o governo trabalhar e incentivar mais e mais empresários a utilizarem o sistema de franquias para replicarem seus negó-cios em vários mercados e criar bar-reiras para a concorrência nacional e internacional.

*Claudia Bittencourt é diretora--geral do Grupo BITTENCOURT,

especializado no desenvolvimento de redes de franquias e negócios.

ARTIGO

O franchising como alavancapara a economia do país

“Existe uma grande miopia do governo no sentido de incentivar segmentos que contribuem e que podem contribuir ainda mais com o desenvolvimento do país. O franchising é um grande exemplo”

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