revista embalagemmarca 109 - setembro 2008

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www.embalagemmarca.com.br VENDA DIRETA Fenômeno nacional, modalidade surgida no século passado depende como nunca de embalagens convincentes RÓTULOS: A oferta de materiais auto-adesivos irá crescer • ENTREVISTA: Os 45 anos do ITAL SUSTENTABILIDADE Tudo pronto: vem aí a segunda etapa do Ciclo de Conhecimento

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Edição de setembro de 2008 da revista EmbalagemMarca.Visite o site oficial da revista http://www.embalagemmarca.com.br e o blog http://embalagemmarca.blogspot.com

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Page 1: Revista EmbalagemMarca 109 - Setembro 2008

www.embalagemmarca.com.br

VENDA DIRETAFenômeno nacional, modalidade surgida

no século passado depende como nunca de embalagens convincentes

RÓTULOS: A oferta de materiais auto-adesivos irá crescer • ENTREVISTA: Os 45 anos do ITAL

SUSTENTABILIDADETudo pronto: vem aí a segunda etapa do Ciclo de Conhecimento

Page 2: Revista EmbalagemMarca 109 - Setembro 2008
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}}} A ESSÊNCIA DA EDIçãO DO MÊS, NAS PALAVRAS DO EDITOReDiTorial

Público-Alvo

EM BA LA GEM MAR CA é di ri gi da a pro fis sio nais que ocu pam car gos de di re ção, ge rên cia e su per-vi são em em pre sas integrantes da ca deia de em ba la gem. São profissionais envolvidos com

o desenvolvimento de embalagens e com poder de decisão colocados principalmente nas indús-trias de bens de consumo, tais como alimentos,

bebidas, cosméticos e medicamentos.

EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da

Bloco de Comunicação Ltda.Rua Arcílio Martins, 53

CEP 04718-040São Paulo, SP

Tel.: (11) 5181-6533Fax: (11) 5182-9463

www.embalagemmarca.com.br

Filiada ao

Filiada à

O con teú do edi to rial de EM BA LA GEM MAR CA é resguar da do por di rei tos au to rais. Não é

per miti da a re pro du ção de ma té rias edi to riais pu bli ca das nes ta re vis ta sem au to ri za ção da Blo co de Co mu ni ca ção Ltda. Opi niões

ex pres sas em ma té rias as si na das não re fle tem ne ces sa ria men te a opi nião da re vis ta.

Diretor de Redação: Wilson Palhares | [email protected]

Reportagem: [email protected]ávio Palhares | [email protected]

Guilherme Kamio | [email protected] Freitas | [email protected]

Departamento de arte: [email protected] de arte: Carlos Gustavo Curado | [email protected] de arte: José Hiroshi Taniguti | [email protected]

Administração: Eunice Fruet | [email protected]

Marcos Palhares | [email protected] Comercial: [email protected]

Juliana Lenz | [email protected] Trojan | [email protected]

Wagner Ferreira | [email protected]

Circulação e Assinaturas (Assinatura anual: R$ 99,00): Soraya Teixeira | [email protected]

Ciclo de Conhecimento: Ivan Darghan | [email protected]

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Estar na luta é em si uma vitóriaificilmente haverá, se é que existe, alguém que não se sin-ta satisfeito e feliz ao ver seu trabalho reconhecido. A apro-vação ao resultado do empe-

nho pessoal ou de um grupo articulado é sem dúvida um estímulo a fazer as coisas sempre mais bem feitas. Assim, a máxima pregada pelo barão de Coupertin ao criar os modernos Jogos Olímpicos, de que “o importante é competir”, faz total sentido: estar na disputa – seja no esporte, seja na vida pessoal ou nos negócios – é sempre uma fonte de força desde que haja vontade de permanecer. Simplesmente, estar na luta é em si uma vitória.

Essas reflexões derivam da auto-análise permanente daquilo em que nos empenha-mos em produzir. Não nos atemos ao êxito de EmbalagEmmarca, hoje o carro-chefe da Bloco de Comunicação e reconhecidamente a mais importante publicação de negócios do setor de embalagem no Brasil. Para alegria da equipe, outras iniciativas da empresa, que complementam a missão da revista de transformar informação em conhecimento, estão consolidadas e são crescentemente prestigiadas.

O site www.embalagemmarca.com.br, com a versão eletrônica da revista em portu-guês e castelhano, e com informações atua-lizadas diariamente, recebe número cada vez maior de visitantes brasileiros e estrangeiros. A newsletter semanal eletrônica acaba de

atingir a marca de 16 000 assinantes. O PrÊ-mIO EmbalagEmmarca – graNDES caSES DE EmbalagEm surgiu como notável referência para o setor já em seu lançamento, no ano passado, e este ano registrou significativo crescimento no número de inscrições. A mais recente iniciativa, o cIclO DE cONHE-cImENTO, com os Seminários Estratégicos de Embalagens Flexíveis e de Sustentabi-lidade em Embalagens, fixou a plataforma para, no próximo exercício, desenvolvermos uma grade mais intensa e mais profunda de eventos de transformação, como os denomi-namos internamente. Aguardem.

Enquanto isso a equipe já está envolvida no planejamento para 2009, com destaque para a edição de junho de EmbalagEm-marca, quando a publicação completará dez anos de lançamento. Além de vir a consagrar-se como uma edição histórica por seu conteúdo e pelo jubileu que simbolizará, a revista será o centro de uma série de ações conjuntas e convergentes das demais inicia-tivas que giram em torno do título Embala-gEmmarca.

Por ser este um momento do ano em que a maioria das empresas se organiza para planejar suas ações no exercício seguinte, deixamos aqui o convite para que entrem em contato com nossa equipe a fim de analisar a possibilidade de estarem presentes nesse conjunto de oportunidades. Até outubro.

Wilson Palhares

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A equipe jáestá envolvida

no planejamentopara 2009, comdestaque para a edição de junho

de EMBALAGEMMARCA, quando a revistacompletará dez

anos de lançamento

A equipe já

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4 EmbalagemMarca setembro 2008

Tintas

Perfume

Auto-Adesivos Lynn Dornblaser

Prêmio EmbalagemMarca

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Coral muda nomes e embalagens para agradar às mulheres

Para evitar falsifi cações, Cuba Paris muda formato de frasco que lembrava charuto, mas mantém caixa de papel cartão que imita charuteira

Entrada de novos fornece-dores no mercado amplia ofertas de substratos

Especialista explica como a sonoridade aplicada às embalagens pode ser útil

Mais uma vez, ampla divulgação – virtual e no papel – dará destaque aos cases vencedores

SuMÁrIO }}} Nº 108 }}} SETEMBRO 2008

Cinco perguntas paraAntonio Carlos teixeira Álva-res, diretor-superintendente da Brasilata e um dos fundadores do Fórum de inovação da Fgv

Ciclo do conhecimento

Redesign

Entrevista 36Luís Madi fala das conquistas e dos avanços da indústria alimentícia nos 45 anos do itAL – instituto de tecnologia de Alimentos

Labelexpo 2008 58Feira americana mostra que Brasil está na mira dos grandes players mundiais de rótulos e etiquetas

seminário sobre sustentabilidade foca o

mercado de embalagens

Após 85 anos, fermento Royal muda de cara

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Reportagem de capa: Vendas diretas 15Mesmo livres das guerras do varejo, produtos comercializados diretamente ao consumidor dependem da embalagem

LavanderiaAriel lança sabão líquido para rou-pas e aposta na embalagem para “aposentar” o detergente em pó

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Perfumes

Design

Internacional

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Criação da L’acqua di Fiori é baseada em fl or oriental

divulgados os vencedo-res do Prêmio Abre

Rotulagem78Abiea anuncia ganhadores de prêmio durante encon-

tro de convertedores

No México e em outros países, cres-ce o uso de saquinhos oxi-biodegra-

dáveis para acondicionar pães

Cuidados PessoaisCom mudança profunda, embalagem de sundown ganha tampa translúcida e rótulo de alta complexidade técnica

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www.embalagemmarca.com.br

3EditorialA essência da edição do mês, nas palavras do editor

6Na webO que a seção de notícias de www.embalagemmarca.com.br e a e-newsletter semanal levam aos internautas

54Painel gráficoProdutos e processos da área gráfica para a produção de rótulos e embalagens

74DisplayLançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens

82AlmanaqueFatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens

44PanoramaMovimentação do mundo das embalagens e das marcas

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6 EmbalagemMarca setembro 2008 www.embalagemmarca.com.br

display

Sagatiba Pura em embalagem especial

painel gráfico

VCP no índice Dow Jones de sustentabilidade

evento

Cerveja para Oktoberfest

internacional

No Reino Unido, Coca Zero Zero 7

painel gráfico

Indústria gráfica: campanha pela valorização do impresso

panorama

100 000 toneladas de embalagens devolvidas

SÓ na WeB

Uma amostra do que a seção diária de notícias de www.embalagemmarca.com.br e a e-newsletter semanal da revista levam aos internautas

RECEBA A E-NEWSLETTERSEMANAL DE EMBALAGEMMARCAVisite www.embalagemmarca.com.br/newsletter

e cadastre seu e-mail. Nosso boletim eletrônico, gratuito, é publicado todas as quintas-feiras.

A cachaça Sagatiba Pura ganhou um cartucho de papel colorido, impresso pela Rosset Artes Gráficas e com design criado pela AlmapBBDO. A tiragem é limitada.

Leia mais em www.embalagemmarca.com.br/sagatibapura

A VCP é a mais recente companhia brasileira a figurar no índice Dow Jones de Sustentabilidade, que reúne ações das empresas consideradas as melhores em relação ao desempenho econômico, boas práticas ambientais e sociais. A VCP torna-se a oitava com-panhia brasileira a compor o índice.

Leia mais em www.embalagem-marca.com.br/vcp-dowjones

A WOW! Comunicação desenvolveu para a Schincariol o rótulo da Eisenbahn Oktoberfest, cerveja que será comercia-lizada na Oktoberfest 2008 em Blumenau (SC). O rótulo foi inspirado nas cores azul e branca da bandeira da Baviera.

Leia mais em www.embalagemmarca.com.br/eisenbahn

A Coca-Cola alterou o nome da Coca Zero para Coca Zero Zero 7 no Reino Unido. A edição limitada do refri-gerante faz parte da estratégia de lançamento do pró-ximo filme da série 007, Quantum of Solace. Um rótulo termoencolhível deu nova cara às garrafinhas de vidro promocionais.

Leia mais em www.embalagemmarca.com.br/coca007

A Abigraf (Associação Brasileira da Indústria Gráfica), o Sindigraf-SP (Sindicato das Indústrias Gráficas dos Estado de São Paulo) e a ABTG (Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica) lançaram o selo “100% dos impressos em papel fabricado no Brasil provêm de árvores de reflorestamen-to” como início de uma Campanha Nacional de valoriza-ção do impresso em papel. O objetivo é mostrar que o papel e a impressão não são responsáveis pelos atuais índices de desmatamento no País.

Leia mais em www.embalagemmarca.com.br/papelok

Desde 2002, ano em que o inpEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias) começou a operar, até agosto de 2008, o Brasil já encaminhou mais de 100 000 toneladas de embalagens de defensivos agrícolas vazias para o destino final (reciclagem ou incineração). Nesse período, o pro-grama recebeu investimentos superiores a 270 milhões de reais.

Leia mais em www.embalagemmarca.com.br/inpev100mil

Sindigraf-SP (Sindicato das Indústrias Gráficas dos Estado de São Paulo) e a ABTG (Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica) lançaram o selo “100% dos impressos em papel

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8 EmbalagemMarca setembro 2008 www.embalagemmarca.com.br

para antonio carlos Teixeira álvares

perguntas

ngenheiro, pós-graduado em Administração de Empresas e professor há mais de trinta anos no Departamento de Produção da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas, onde também é um dos fundadores do Fórum de Inovação, Antonio Carlos

Teixeira Álvares é presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Estamparia de Metais (Siniem).

Teixeira é também diretor-superintendente da Brasilata S/A, empresa em que está desde 1977 e em que foi um dos responsáveis pela adoção das técnicas gerenciais japonesas em meados da década de 1980. Os 900 funcionários da Brasilata são tratados como inventores – e registrados dessa forma em carteira. A empresa sempre teve a inovação como prin-cípio de crescimento e desenvolvimento, oferecendo a todos os funcio-nários inúmeros tipos de estímulos. Um deles é a PLR (participação nos lucros e resultados), que prevê a distribuição de até 15% do lucro líquido aos funcionários, que implantou em 1991, quase quatro anos antes da promulgação de lei nesse sentido.

E é justamente sobre os sistemas de sugestões e sua importância para a geração sistemática de idéias, com a conseqüente produção de todos os tipos de inovações, que Teixeira lançou, em agosto último, em parceria com José Carlos Barbieri, da FGV, e Jorge Emanuel Reis Cajazeira, executivo da Suzano Papel e Celulose, o livro Gestão de Idéias para Inovação Contínua (ilustração ao lado), pela Editora Bookman/Artmed. Na publicação, os autores demonstram que os personagens principais das organizações inovadoras são as pessoas. O texto é complementado com a apresentação de casos de ino-vação em algumas das grandes empresas brasileiras.

e

a palavra “inovação” faz parte de praticamente todos os discursos, mas na prática, pelo menos no campo da embalagem, o que se vê é mesmice. Como estimular

efetivamente a ação inovadora, ou a “gestão de idéias para inovação contínua”, como propõe o título do livro?

Primeiro é necessário conceituar corretamente o que se entende por inovação. Inovação é a nova idéia que, implantada, traz resul-tados positivos à empresa. A idéia nova que não vingou, ou que não resultou em ganho para a empresa, não é considerada inova-ção. Dentro desse conceito, a inovação pode ser classificada em três tipos: radical tipo A, radical tipo B ou incremental. A inovação

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para a geração sistemática de idéias, com a conseqüente produção de todos os tipos de inovações, que Teixeira lançou, em agosto último, em parceria com José Carlos Barbieri, da FGV, e Jorge Emanuel Reis Cajazeira,

Gestão (ilustração ao lado),

diretor-superintendente da Brasilata fala das vantagens dos programas de incentivo à inovação nas empresas

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radical A extrapola as necessidades do público consumidor e cria uma indústria completamente nova. A inovação radical B muda a base da competição da indústria existente. Como exemplo, pode-mos citar o avião a hélice, inventado pelo ilustre brasileiro Alberto dos Santos Dumont em 1906, que veio a permitir, alguns anos depois, o aparecimento da indústria de transporte aéreo – algo impensável para o consumidor, na época. Já o avião comercial a jato mudou a base de competição dessa indústria em 1952. Entretanto, além das inovações radicais, existe um número muito grande de inovações incrementais estritamente vinculadas às necessidades do consumidor. Um exemplo típico é o caso da Gillette com sucessivos lançamentos de aparelhos de barbear. As inovações radicais são o desejo de todos, mas elas ocorrem esporadicamente. Já as inovações incrementais estão sempre presentes. Desde que seja algo novo, ainda que pequeno, mas que traga resultados positivos para a empresa, é inovação. Em nossa opinião, a ação inovadora é estimulada pelo ambiente empresarial onde os canais de comunicação estão sempre aber-tos, as novas idéias são respeitadas e os erros tolerados. É o que no Fórum FGV de Inovação chamamos de Meio Inovador Interno.

É verdade ou mito que inovação implica aumen-to de custos? O eventual aumento de custos em função da inovação compensa?

Dependendo do tipo da inovação poderá haver aumento de custo. A questão fundamental é focalizar o valor que a nova solução adiciona, na percepção do consumidor. O valor adicionado tem de ser superior ao eventual acréscimo de custo, para que ocorra o sucesso do novo produto, ou seja, a inovação. Como exemplos, citaria a lata Abre Fácil da Rojek para alimentos processados, como molho de tomate, e também o fechamento Biplus da Brasilata para as tintas imobiliárias que são coloridas nas lojas no sistema mix machine. Em ambos os casos ocorreram aumentos de custos, porém o sucesso dos produtos comprova que o aumento do valor percebido foi maior.É sempre possível a ocorrência de situações onde o aumento do valor percebido não implica aumento de custo e, às vezes, até o reduz. Nos raros casos onde ocorre simultaneamente aumento de valor e redução de custo, tem-se uma inovação radical tipo B que irá mudar as bases da competição da indústria existente.

Temos assistido a vários “innovation day”. Em geral saímos com a impressão de que o que é considerado inovador não passa de ampliação

de linha, tipo “novo sabor”, ou de mudanças grá-ficas nas embalagens (“nova embalagem”). Que ações podem ser consideradas de fato inovadoras? Voltando ao conceito original da inovação como a nova idéia implementada que gera resultados positivos, podemos, sim, con-siderar que a mudança de rótulo possa ser uma inovação se essa modificação resultou em aumento de vendas. O importante não é

se a mudança foi grande ou pequena, e sim se a idéia nova trou-xe resultado para a empresa.Cito novamente o exemplo da lata Abre-Fácil da Rojek. Ela gerou um forte crescimento da companhia e hoje essa tecnologia é exportada para os Estados Unidos. Trata-se de um caso de inven-ção, por se constituir em uma mudança que produziu resultado técnico novo, e também de uma inovação radical B, pois mudou a base de competição da indústria existente, ao produzir significa-tivos resultados comerciais.

Qual a importância do sistema de sugestões dos funcionários de grandes empresas, como a Brasilata, para inovações em produtos? Qual a média de sugestões apresentadas por funcioná-

rio e quantas são adotadas pela empresa?O programa de sugestões da Brasilata não visa criar inovações de produtos e sim estabelecer o meio inovador interno, estimulando o espírito empreendedor dos funcionários, todos denominados inventores. Segundo a literatura, o número de sugestões dos funcionários de grandes empresas que mantêm o programa ativo varia muito. O sistema de sugestões, dito americano puro, que busca apenas as grandes idéias, apresenta um número de suges-tões baixo, cerca de 0,2 por funcionário/ano. Já as empresas japonesas que utilizam o sistema onde o impor-tante é a participação de todos, com idéias de todos os tipos, têm apresentado uma média de 30 idéias por funcionário/ano. A Toyota, segundo informações, teria nas suas fábricas no Japão um número superior a 100 idéias por funcionário/ano. O Projeto Simplificação da Brasilata recebeu, em 2007, 102 867 idéias, significando a média de 117,7 idéias por funcionário (inventor) no ano. A percentagem de aprovação foi de 81%. Esse número é considerado elevado mesmo para os padrões japoneses.

Individualmente, os prêmios para as idéias apro-vadas são simbólicos. Quando uma sugestão é adotada, quem ganha é o time, ou seja, todos os funcionários, com a divisão de parte dos lucros.

Mas se uma idéia resulta em redução de postos de serviço, por exemplo, o time não perde?Temos a convicção de que, na Brasilata, jogamos futebol e não tênis. No tênis o ponto pertence ao jogador solitário, porém no futebol o gol não é propriedade do centroavante que o marcou e sim de todos os jogadores, que dividem o “bicho” pela vitória. O prêmio real – 15% do lucro líquido da empresa – é partilhado entre todos, proporcionalmente ao salário. Em 2008, foi pago 1,4 salário como participação nos lucros, a todos os inventores, inde-pendentemente de sua posição hierárquica. Quanto às idéias que reduzem postos de serviço, em especial, são motivo de orgulho pois são a prova cabal da confiança dos funcionários na empresa. Os inventores sabem que não perderão seus empregos, mas sim que serão remanejados para funções mais estimulantes.

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}}} CIClO dE COnHECIMEnTO

O que é ser sustentável no mundo corporativoSeminário de Sustentabilidade é focado na cadeia produtiva de embalagens

ia 14 de outubro ocorrerá em São Paulo, por iniciativa da revista EmbalagEmmarca, o SEmINÁrIO ESTraTÉgIcO DE SUSTENTabIlIDa-DE – O QUE É SEr SUSTENTÁVEl

NO mUNDO cOrPOraTIVO, com foco na cadeia produtiva de embalagens. Esse evento é visto pelos organizadores como um desafio: debater o tema de forma conseqüente e capaz de acres-centar ferramentas à atuação das empresas. O desafio é especialmente atraente pelo fato de que ultimamente têm se multiplicado os fóruns, workshops e atividades assemelhadas sob o rótulo da sustentabilidade. Trata-se, então, de realizar um seminário que fuja de clichês e que, ao seu final, os participantes se convençam de que terá valido a pena ter estado presentes a ele, aliás objetivo de todas as iniciativas incluídas no cIclO DE cONHEcImENTO, como essa.

Para isso, em cumprimento do lema de “fazer melhor do que os outros fazem e sem-pre melhor do que nós mesmos fazemos”, que orienta a equipe da Bloco de Comunicação, empresa editora de EmbalagEmmarca, a pauta do Seminário mirou-se na necessidade de apon-tar caminhos efetivos para a consecução do desenvolvimento sustentável no setor de emba-lagem. O eixo das preparações é a consciência, cada dia mais presente nas empresas, de que já não se trata de determinar quando, mas como elas devem operar para permanecer no cenário de negócios.

Sustentabilidade enquanto negócioPara responder a esse enfoque, depois de pon-deradas análises, os organizadores convidaram para fazer apresentações e debater o tema perso-nalidades que têm a expor experiência e conhe-cimento capazes de oferecer resultados para a cadeia produtiva de embalagem. Cabe ressaltar

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Patrocínio

Apoio

Apoio divulgação

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13EmbalagemMarcasetembro 2008www.embalagemmarca.com.br

que, sem prejuízo do foco nas questões ambien-tais e sociais, o eixo do seminário será centrado na sustentabilidade enquanto negócio.

O programa de trabalho está formatado de maneira a extrair uma visão abrangente do que sejam práticas produtivas sustentáveis, isto é, envolvendo os interesses e as possibilidades de todos os elos da cadeia de embalagem, desde fornecedores de matéria-primas e transformado-res até a indústria usuária e o varejo. Nesse sen-tido, entendem os organizadores, no momento em que se fala em sustentabilidade como se dá bom dia, o que se está oferecendo ao mercado em termos de informação e conhecimento num evento interativo é no mínimo diferente, para não dizer totalmente novo.

Aqui são apresentados alguns dos palestrantes e debatedores que já confirmaram presença no SEMINÁRIO ESTRATÉGICO DE SUSTENTABILIDADE – O QUE É SER SUSTENTÁVEL NO MUNDO CORPORATIVO.

eduardo Vaz – Diretor Industrial da Bertin Higiene & Beleza

fábio cyrillo – Diretor de Marcas Próprias do Wal-Mart

João césar rando – Presidente do inpEV – Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias, cuja atuação é referência mun-dial em coleta e reciclagem de recipientes usados

José luiz rossi Jr. – Professor em tempo integral, de graduação e mestrado, do Ibmec – Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais/São Paulo

Martin Bunce – Diretor e consultor sênior da agência Tin Horse Design Limited, de Londres

luciana Villa nova – Gerente de Desenvolvimento de Embalagensda Natura

Palestrantes e debatedores

para informações atualizadas sobre este evento e como participar, consulte:

www.embalagemmarca.com.br/ciclo

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Pois não?O Brasil é uma mina de ouro para as vendas

diretas, aquelas em que empresas vão ao

encontro do público em vez de esperá-

lo nas lojas. Além da relação de consumo

menos impessoal que no varejo tradicional,

o sucesso da modalidade é creditado à

qualidade dos produtos – ponto em que as

embalagens podem fazer toda a diferença

Por Adilson Augusto

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}}} rEPOrTaGEM dE CaPa

omercializar bens de consumo através de contatos pessoais entre revendedores e consumidores, sem o intermédio de lojas, é uma prática fortemente associada aos

Estados Unidos. É aquele o país onde as vendas diretas mais prosperam e que mais estimulou seu alastramento pelo globo, como uma mania, a partir de meados do século passado. Mas o Brasil, um dos cativados pelo modelo, já riva-liza com os ricos preceptores do norte como celebridade dessa área. O país ostenta o terceiro maior faturamento mundial para o negócio, resultante de uma força de vendas composta por quase dois milhões de pessoas – mais que a população de capitais como Curitiba, Recife e Porto Alegre, por exemplo.

Os atuais representantes das empresas do setor, no entanto, estão longe de lembrar a tradicional figura do revendedor com maleta de amostras, que se tornou emblemática dos dourados anos de difusão das vendas diretas. Embora continue alicerçado no tête-à-tête com os clientes, que muitas vezes os conquistam pela relação menos impessoal que no varejo de auto-serviço, o canal se vale de outros artifícios para fazer sucesso. Um deles é a embalagem.

Ocorre que, mesmo isentos das silencio-

C

sas guerras travadas nos pontos-de-venda para atrair o olhar do consumidor, os produtos de venda direta dependem de apresentações cha-mativas para se destacar nos catálogos, hoje uti-lizados como alavancas comerciais pela maioria das indústrias atuantes do segmento. Nessas publicações (e também nos sites das empre-sas) as embalagens são prévias para o contato físico com os produtos – o que só acontece no momento da entrega.

“Ao lado da publicidade, nossa revista pro-porciona aquilo que chamamos de primeiro momento de interação com a marca”, comenta Luciana Villa Nova, gerente de desenvolvimen-to de embalagens de uma potência do setor, a fabricante de cosméticos Natura. “Nesse está-gio, a embalagem é fundamental para despertar

Linha Todo Dia: inspiração em embalagens de alimentos matinais

1º Estados unidos 30,8 bilhões

2º Japão 20,39 bilhões

3º Brasil 9,1 bilhões

O ranking mundial das vendas diretas (em US$)

FONtE: WORLd FEdERAtiON OF diRECt sELLiNg AssOCiAtiONs

1º Estados unidos 30,8 bilhões

3º Brasil 9,1 bilhões

2º Japão 20,39 bilhões

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interesse e convencer visualmente o consumi-dor, já que ele não pode agarrar os produtos para analisá-los mais a fundo, como numa prateleira de supermercado.”

Importância sistêmicaA profissional da Natura argumenta que a importância das embalagens persiste nas fases subseqüentes que caracterizam as vendas “à la carte”. Num segundo momento, o da apre-sentação pelas consultoras, os artigos têm que atender, em estética e em funcionalidade, às expectativas criadas na ocasião da encomenda. Por fim, assim como seus conteúdos, as emba-lagens têm de gerar satisfação no uso, justifi-cando a opção pelos produtos de oferta menos prosaica que os do grande varejo. “A exigência de qualidade é enorme”, amarra Luciana, impu-tando a tal pressão o extremo cuidado da Natura com os projetos de embalagem. Ao todo, 28 profissionais, divididos em “grupos matriciais” – isto é, vinculados a materiais específicos

FON

tE: A

BEv

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As vendas diretas no Brasil

1999

4,65,3 5,9

6,98,1

10,4

12,3

14,516

2000 20042002 20062001 20052003 2007

de revendedores ativos de itens comercializados

1,9 milhão 1,4 bilhão

Faturamento (em bilhões de reais)

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20 EmbalagemMarca setembro 2008 www.embalagemmarca.com.br

de embalagem –, integram o departamento de packaging da empresa. Um deles fica em Paris, para monitorar tendências e inovações.

Todo esse investimento rendeu à Natura uma série de troféus em prêmios de embala-gem. Dos casos mais recentes, Luciana destaca em especial os recipientes plásticos moldados pela Sinimplast e pela Igaratiba para os cre-mes faciais e corporais da linha Todo Dia, que remetem a embalagens de alimentos como leite e iogurte; os frascos de vidro, da Wheaton, e de plástico, da MBF Embalagens, que acondi-cionam os óleos e fragrâncias da família Amor América, inspirados em vasilhas típicas da cul-tura andina e patagã; e o sistema de refil criado para o pote do creme Chronos Flavonóides de Passiflora, fundado num mecanismo de reposi-ção por encaixe pelo fundo da embalagem. “Até então o refil era algo inusitado na praia dos anti-sinais”, ressalta a profissional da Natura. Este último invólucro é fabricado pela Incom com uma sofisticada resina da Eastman, que simula a aparência do vidro.

Caprichar no desenvolvimento das apre-sentações de itens de higiene pessoal e beleza vendidos por catálogo não é exclusividade da Natura. “Instruímos nossas revendedoras a realçar não só ativos e fórmulas, mas também o valor que as embalagens agregam aos produtos, como melhor usabilidade e vantagens em rede-signs”, informa Júlio César de Oliveira Silva, projetista de embalagens da Racco Cosméticos. Ele nota que a mecânica do comércio direto

Chronos Flavonóides de Passilfora inova ao trazer refil

para a área dos anti-sinais

Embalagens da Racco, como as das linhas LF e Soleil, levaram em conta opiniões do público

Amor América: frascos com formatos de vasilhas andinas e patagãs

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acarreta outra peculiaridade – bem-vinda – aos trabalhos de personificação das mercadorias. “Os consumidores sentem-se mais confortáveis para fazer sugestões de embalagem. Recebemos feedback através de nosso 0800, mas muito mais pelas nossas consultoras.”

Segundo Silva, percepções do consumidor trazidas pelo exército de vendas contribuíram para a formatação de embalagens de êxito da empresa. Entre elas as da linha de cosméticos masculinos Luiz Felipe (LF). “A cor preta que predomina no frasco da deo-colônia e na bis-naga, e o revestimento desta última com verniz fosco, deram uma cara masculina à linha”, entende o designer. (O frasco, de vidro, é for-necido pela Expak; a bisnaga, pela Embale). Opiniões da clientela igualmente ajudaram na revisão das embalagens da linha de protetores solares Soleil – frascos da Polosul Plast e fras-nagas e bisnagas da Embale, ganharam novos formatos e texturas superficiais para facilitar o manuseio por mãos com resíduos dos produtos – e na criação do visual do perfume Emoções, vinculado ao cantor Roberto Carlos. “O perfil dos fãs influiu na criação de uma apresentação mais nobre, principalmente o cartucho de papel cartão, que a Serzegraf dotou de gofragem e

Emoções: perfume do “Rei” tem cartucho esmerado

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de acabamento diferenciado em hot stamping”, detalha Silva.

Atenção aos cosméticosResponsáveis por 88% da receita do canal, os cosméticos e perfumes vão se tornando a coque-luche do setor de vendas diretas. Tendo tornado-se célebre por seus itens de limpeza doméstica entregues diretamente nos lares dos consumido-res, a americana Amway vai intensificando sua atuação nessa outra seara. Prestes a lançar uma nova linha de perfumes, inteiramente desenvol-vida no Brasil, a empresa recorreu a uma das mais renomadas agências nacionais de design de embalagem, a Seragini Farné Guardado, para dar aos produtos um visual apurado. “Na perfu-maria, a embalagem é tudo, é ela que vende”, afirma Cinzia Ribeiro, gerente de marketing da Amway.

As embalagens das sete novas fragrâncias da Amway – cinco femininas e duas masculinas – são providas por fornecedores “top” da área. Os frascos de vidro são da Wheaton. As tampas, da Incom e da Bristol e Pivaudran. Os cartu-

Um dos sete novos perfumes que a Amway está lançando: desenvolvimento inteiramente tropicalizado

chos de papel cartão que envolvem os frascos, da Congraf, são dotados de berços internos da Tecnopapel.

Outra empresa de vendas diretas que intensi-fica sua atuação na área de produtos de beleza é a Herbalife, mais conhecida pelos produtos nutri-cionais, como sopas e preparados dietéticos. No que tange às embalagens, porém, a empresa busca explorar as diferenças com o varejo tradicional que seu sistema comercial lhe oferece. “Nossas embalagens são visualmente mais limpas, menos carregadas de ícones e de cores, porque não preci-samos de imagens assim, já que nossos produtos não estão competindo lado a lado com outros na mesma prateleira”, explica Marcos Assis, gerente de manufatura da Herbalife. Em compensação, as embalagens podem ter informações mais detalha-das para apoiar o revendedor, em vez de ardis de marketing como dizeres destacados em splashs coloridos. As informações são mais focadas nos benefícios para o consumidor, e não em propósi-tos promocionais.

De acordo com Assis, um grupo de produtos que exemplifica tal approach é o de cuidados faciais NouriFusion. Uma loção de limpeza, um tônico e um hidratante dessa linha, importados

Caixa nacional ajuda a dar apelo de kit

aos produtos NuoriFusion da Herbalife, importados

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dos Estados Unidos, são vendidos como kit, agrupados numa caixa 100% nacional, produzi-da pela Magistral Impressora e desenhada pela Pande Design Solutions. O mesmo escritório de design, que atende a diversas marcas do varejo tradicional, também desenvolveu, para a linha de cuidados com o corpo Soft Green, as identidades visuais das embalagens primárias (frascos da Bompack e da Oxyplas e bisnagas da C-Pack), além de uma caixa-kit (também da Magistral). “As caixas foram lançadas para agregar valor aos produtos e torná-los presenteáveis”, diz a gerente de produto Lílian Yoshizaki.

Cargas diferenciadasAssis, da Herbalife, lembra que a cadeia de supri-mentos das vendas diretas tem um diferencial relevante. “Enquanto o varejo movimenta gran-des cargas iguais, na venda direta o conteúdo das embalagens não tem padrão. São cargas mistas para atender a milhares de pedidos diferentes”, diz o gerente de manufatura. O encaixotamento de produtos de formas e pesos diferentes obriga a Herbalife a preencher espaços vazios com plástico-bolha.

Para darem conta da distribuição, bastante capilar, as indústrias de vendas diretas costumam trabalhar com remessas em etapas. Os produtos seguem para variados centros de distribuição, que os repassam a hubs menores. “Para cuidar da logística intrincada, temos uma área de inovação exclusivamente dedicada a otimizar a expedição dos produtos para nossos 600 000 consultores”, conta Luciana, da Natura. As caixas de papelão

Cosméticos Soft Green, da Herbalife, têm embalagens primárias projetadas no Brasil

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ondulado que abastecem a empresa são proje-tadas de modo a atender às combinações mais prováveis dos pedidos. Mesmo sendo um lado menos glamouroso da embalagem dos produ-tos de venda direta, a distribuição também é objeto de inovações. De alguns meses para cá, por exemplo, as caixas de despacho da Natura são todas produzidas com papelão ondulado da Klabin certificado pelo Conselho de Manejo Florestal (FSC), entidade internacional que ates-ta a sustentabilidade das indústrias de celulose e papel. “A preocupação com apresentação de qua-lidade e responsável segue até o fim da cadeia”, explica Luciana.

N. da R.: Procurada, a Avon, uma das principais empresas de vendas diretas do Brasil, preferiu não se manifestar.

Bompack(11) 4044-5055www.bompack.com.br

Box Print(11) 5505-2370www.boxprint.com.br

Bristol e Pivaudran(11) 6465-7000www.bristolepivaudran.com.br

C-Pack(11) 5547-1299www.c-pack.com.br

Congraf(11) 3103-0300www.congraf.com.br

Eastman(11) 4506-1000www.eastman.com.br

Embale(47) 3436-5677www.embalebisnagas.com.br

Expak(11) 3031-8340www.expak.com.br

Grossplast(47) 3203-7000www.grossplast.com.br

Igaratiba(19) 3821-8000www.igaratiba.com.br

Incom(11) 4173-9937www.incom.com.br

Klabin(11) 3046-9940www.klabin.com.br

Magistral(41) 2141-0400www.magistralimpressora.com.br

MBF Embalagens(44) 3220-6617www.augros.com.br

Oxyplas(11) 4786-2322www.oxyplas.com.br

Pande Design(11) 3849-9099www.pande.com.br

Polosul Plast(47) 3418-0077www.polosulplast.com.br

Seragini Farné Guardado(11) 2101-4300www.seraginifarne.com.br

Serzegraf(41) 3026-9460www.serzegraf.com.br

Sinimplast(11) 4061-8300 www.sinimplast.com.br

Tech Sprayer(11) 2198-4888www.techsprayer.com.br

Tecnopapel(11) 4156-3159www.tecnopapel.com.br

Wheaton(11) 4355-1800www.wheatonbrasil.com.br

Caixa que despacha encomendas para as consultoras da Natura: em meio à logística complexa, atenção para a questão ambiental

Suas vendas baseadas em demonstrações domiciliares, que remontam à déca-

da de 50 e que entraram para o folclore da cultura ocidental de consumo, con-

tinuam sendo realizadas em mais de 100 países, por um batalhão de 900 000

revendedoras. Mas a Tupperware começa a apelar a outras ferramentas para

destacar seus célebres utensílios domésticos. A empresa americana acaba de

lançar, no Brasil seu primeiro produto vinculado a um nome do varejo, ou “pro-

duto autoral”, como ela mesmo define: um pote com a estampa Dona Benta,

desenvolvido para armazenar os farináceos da marca da J.Macêdo. Injetado na

fábrica da Tupperware no Rio de Janeiro, o pote – com base de polipropileno

(PP), tampa de polietileno (PE) e decorado por dry offset – é distribuído pelo

sistema de vendas diretas. “Devido ao grande sucesso de saída do produto, na

primeira campanha de vendas com 50 000 unidades, estamos avaliando esten-

der a ação”, conta Christiane Marcello, gerente de marketing da Tupperware.

“Queremos investir em novas alianças estratégicas, com marcas que tenham os

mesmos atributos de qualidade que os nossos.”

Tupperware com gosto de varejoUtensílios da multinacional americana agora remetem a marcas de alimentos

Pote sugere o armazenamento de farinhas da J.MacêdoFO

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}}} lavandErIa

Para pulverizar um hábitoAriel líquido, anunciado como “o futuro”, confia na embalagem para convencer o brasileiro a aposentar o sabão em pó desde já

avar roupas com sabão em pó é um dos hábitos difundidos no Bra-sil pelas multinacionais. Agora, exatamente uma múlti, a Procter & Gamble, desafia esse costume.

O carro-chefe em sabões em pó da empresa, Ariel, acaba de ganhar uma versão líquida, propagandeada como o “futuro da categoria”. Há tempos os lava-roupas viscosos dominam as áreas de serviço dos lares americanos e euro-peus. No mercado nacional, porém, eles nunca deslancharam, ocupando somente o nicho das especialidades, como aquelas para roupas deli-cadas ou com cores específicas.

Para mudar a situação, a P&G aposta em experimentação de sua novidade, motivada por um mix de marketing no qual a embala-gem cumpre papel decisivo. “O lançamento terá comerciais na TV, anúncios em revistas, internet e material de ponto-de-venda”, detalha Fabiana Garcia, gerente de marketing da divi-são Laundry da Procter & Gamble brasileira. “A embalagem, no entanto, será vital, pois estará nas lojas e a consumidora seguramente terá contato com ela.”

Uniões sul-americanasA apresentação do Ariel Max Líquido foi defini-da ao longo de doze meses. Os frascos de PET de 1 litro e de 3 litros que personificam o produto foram projetados pela divisão de P&D e design da empresa sediada em Caracas, na Venezuela, com subsídio de pesquisas feitas pela operação brasileira. O frasco de 3 litros possui alça presa ao gargalo e é soprado na Argentina. Já o frasco menor é produzido tanto no país vizinho como no Brasil. Ambos os recipientes trazem acopla-dos às tampas um copo dosador injetado em polietileno. “A transparência das embalagens transmite a imagem de limpeza e dá visibilidade ao produto, de um verde denso que é equity da

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AGM+54 (11) 4482-3766www.agm-sa.com

Alpla(11) 2104-1400www.alpla.com

Artivinco(16) 3954-9100www.artivinco.com.br

Doormann(51) 3470-3777www.doormann.com.br

Gráfica 43(11) 3578-3606www.43sagrafica.com.br

Igaratiba(19) 3821-8000www.igaratiba.com.br

Plastimec+54 (11) 4727-8500www.plastimec.com.ar

Plastipak(19) 3844-2100www.plastipak.com

Plastseven(19) 3861-7351www.plastseven.com.br

Valfilm(35) 3363-9200www.valfilm.com.br

Ariel Max Líquido: Embalagens e fornecedoresVersão de 1 litroFrasco: alpla (argentina) e Plastipak (Brasil)

Tampa: Igaratiba

Copo dosador: doormann

rótulo auto-adesivo: aGM (argentina)

Caixa de despacho: artivinco

Stopper: Gráfica 43

Filme stretch para paletização: valfilm e

Plastseven

Versão de 3 litrosFrasco: Plastimec (argentina)

Tampa: Plastimec (argentina)

Copo dosador: doormann

rótulo auto-adesivo: aGM (argentina)

Caixa de despacho e separadores: artivinco

Filme stretch para paletização: valfilm e

Plastseven

marca Ariel”, comenta Fabiana.Cada litro do novo Ariel rende o mesmo

que um quilo da versão em pó, mas, segundo a P&G, o detergente líquido “dissolve mais rápido na água, penetra mais rápido nas roupas, não deixa resíduos e remove até 50% mais manchas”. “Os rótulos auto-adesivos dos fras-cos, impressos na Argentina, têm a missão de comunicar essas vantagens de modo claro”, diz a executiva da P&G. Mas, se o detergente líqui-do é tão superior, o que será do Ariel em pó? “A competição interna é inevitável e, se houver ‘canibalização’, ela será saudável”, argumenta Fabiana. “Caso ocorra, a migração representa-

rá uma vontade do consumidor. Tes-tes nos mostraram que, quando a

dona de casa experimenta a versão líquida, ela gosta”. (GK)

Lava-roupas viscoso da P&G chega em duas versões: 1 litro e 3 litros, ambas em frascos de PET

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}}} rEdESIGn

Ícone modernizadoTradicional latinha do fermento Royal dá lugar a embalagem plástica

ma das embalagens mais conhecidas do mercado muda de cara pela pri-meira vez em 85 anos. O fermento em pó Royal troca a sua tradicional latinha – na verdade, desde 2003

uma lata multifoliada (ver quadro) – por um pote de polietileno de alta densidade, produzido pela Graham Packaging, decorado com um rótulo ter-moencolhível da Sleever International. O design anatômico das duas versões – de 100 gramas e de 250 gramas –, que facilita a pega, foi desenvolvi-do pela Narita Design.

Mas o que teria levado a Kraft Foods a fazer uma mudança tão radical na embalagem de um produto que é líder absoluto em sua categoria, com 72,1 % em valor, segundo a Nielsen, e uma embalagem já arraigada na mente das consumi-doras? Quem responde é a gerente de marketing de sobremesas e fermento em pó Royal da Kraft Foods Brasil, Luciana Pires: “Mudar a identidade de uma marca é sempre um risco, certamente. Mas no caso do fermento em Pó Royal, a mudança veio a partir de uma percepção do consumidor. As pessoas estão procurando produtos que facilitem sua vida. Por isso desenvolvemos uma embala-gem anatômica, mais fácil de manusear, de abrir e fechar.” Mas a antiga latinha não foi esquecida. Ela continua aparecendo, com destaque, em uma foto no rótulo, como já acontecia nas embalagens anteriores.

Outra novidade na embalagem é a introdução de uma tampa dosadora, produzida pela Mondi-cap. A medida da tampa corresponde a uma colher de sopa. O sistema de abertura, por rosca, também foi facilitado, pois agora não é necessário utilizar nenhum utensílio para abrir o pote, como aconte-cia com a lata. “Este é mais um facilitador para as pessoas que cozinham e que buscam praticidade”, argumenta Luciana. O logotipo do produto tam-bém foi modernizado. As faixas azuis que sempre fizeram parte do layout da embalagem desapare-ceram. Ficaram apenas as faixas amarelas sobre o fundo vermelho. (FP)

UGraham Packaging(11) 2135-7900www.grahampackaging.com.br

Mondicap(15) 3225-1650www.mondicap.com.br

Narita Design (11) 3167-0911www.naritadesign.com.br

Sleever International(11) 2303-2337www.sleever.com

Quando foi lançado no Brasil, em 1923,

ainda importado dos Estados Unidos, o

fermento em pó Royal chamava-se Real

Fermento Inglez. O rótulo da latinha cilín-

drica manteve-se igual ao da embala-

gem original norte-americana, produzida

desde 1863. Em 1931 o produto passou

a ser fabricado no Brasil, em Petrópolis,

no Rio de Janeiro, já com o nome Royal.

Em 1954 foi inaugurada a nova fábrica

de fermento em Pó Royal, na cidade

de Jundiaí, em São Paulo. Em 2000 a

americana Kraft Foods adquiriu a marca.

A principal mudança na embalagem

ocorreu em 2003. A embalagem de aço

esguia foi substituída por uma lata multi-

foliada (parede de papel cartonado, com

fundo e tampa de aço), mais gordinha

e baixinha. A vantagem da embalagem

em relação à anterior era o diâmetro de

abertura, que passou a

permitir “entrada” de uma

colher de sopa, medida

padrão para a maioria

das receitas preparadas

com fermento em pó.

85 anos com o mesmo visualRoyal mudou de nome, mas não de rótulo ao longo de sua vida

As primeiras embalagens, de aço, seguiam o padrão das americanas. Em 2003, mudou o material, mas não a identidade. Acima, o primeiro rótulo da Royal no Brasil, quando ainda se chamava Real Fermento Inglez

Ergonomia justificou a mudança de uma das mais tradicionais embalagens do mercado brasileiro

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ofisticação e frescor para mulheres especiais e sedutoras que não abrem mão de estar sempre bem consigo mesmas. Este é o conceito que a mineira L’acqua di Fiori definiu

para seu novo perfume Sóffio di Fiori, que, tra-duzido do italiano, quer dizer “sopro de flores”. A perfumista Carmita Magalhães, da francesa Casa Mane, criou a fragrância inspirada na flor de lótus, de cor lilás, que é venerada no Oriente como símbolo da espiritualidade. A semente de lótus pode, por exemplo, ficar mais de 5 000 anos sem água, esperando a condição ideal de umidade pra germinar. Nasce na lama e só se abre quando atinge a superfície. O botão da flor tem a forma de um coração, e suas pétalas não caem quando a flor morre, apenas secam.

Foi baseada no conceito do perfume que a marca mineira criou a embalagem de Sóffio di Fiori. O frasco de vidro lilás translúcido tem for-mas arredondadas. O frasco e a válvula foram pro-duzidos sob encomenda pela italiana Packtrade, assim como a tampa, em Surlyn, resina especial

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}}} PErFuMES

Um sopro de sofisticaçãoFlor oriental inspira a criação e a apresentação de perfume da L’acqua di Fiori

da DuPont. A L’acqua di Fiori se inspirou na ori-gem da palavra “perfume” para definir o desenho que ilustra o cartucho do produto. “Buscamos ins-piração na origem da palavra, que vem do latim per – através – , e fumum – fumaça –, que traduz a leveza e sensualidade da fragrância”, afirma Célia Anrelink, gerente de produtos da L’acqua di Fiori. A cor do cartucho é predominantemente branca, com desenhos em lilás. “A idéia, criada pelo departamento de criação e gerenciamento de produtos, foi levada até o designer de embalagens da empresa, Abner Brito, que conseguiu represen-tar exatamente o que pretendíamos”, conta Célia. A fumaça que ilustra o cartucho não é apenas um desenho. “Fotografamos a fumaça para dar realismo ao que seria impresso na embalagem”, relata a executiva.

O cartucho em papel cartão foi feito pela paulistana Lavezzo, também responsável pela aplicação da marca em hot stamping prateado. O papel microondulado que protege o frasco den-tro do cartucho é da Tecnopapel, de Santana do Parnaíba (SP). (FP)

Vidro e resina Surlyn se integram

na combinação frasco-tampa; no

cartucho, desenho baseado em foto de fumaça para

dar realismo

DuPont0800-171715www.dupont.com.br

Lavezzo(11) 3392-2555www.lavezzo.com.br

Packtrade+39 02 9824-3060www.packtrade.it

Tecnopapel(11) 4156-3159www.tecnopapel.com.br

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}}} CuIdadOS PESSOaIS

Algo de novo sob o solO tradicional Sundown nunca sofrera uma revisão de embalagem tão profunda

úmero 1 do mercado brasileiro de protetores solares, tanto por liderá-lo quanto por tê-lo inaugurado, 24 anos atrás, o Sundown exibirá visual renovado no próximo verão.

A atualização não contempla uma troca do tipo de invólucro nem inovações de tirar o fôlego, mas é propalada pela fabricante, a Johnson & Johnson, como “a mais significativa mudança de embalagem da história da marca”. Paradoxo? Não. Historicamente o produto sempre sofreu alterações de feitio sutis, calcadas no provérbio de que não se deve mexer em time vencedor.

NEmbora não seja radicalmente diferente, o novo desenho demandou uma concepção criteriosa.

O projeto das novas embalagens é do Design Studio, fundado há dois anos pela Johnson & Johnson em Nova York, fora do seu quartel-general de Nova Jersey, para funcionar como um braço criativo estratégico. Trata-se do pri-meiro trabalho da agência para um produto regional da companhia (o Sundown só existe na América Latina). “Os designers americanos vieram para cá, fizeram diversas pesquisas para conhecer o consumidor brasileiro e inte-ragiram com o nosso departamento local de

Frascos de Sundown agora são dotados de tampas

translúcidas e rótulos de alta complexidade técnica.

Designers americanos “respiraram Brasil” para

projetá-los

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embalagens”, relata Carlos Souto, gerente de embalagens da divisão Beauty & Baby da J&J no Brasil. “A integração resultou num projeto rápido, de menos de seis meses.”

Cores: fundamentaisSouto conta que a principal modificação está na decoração das embalagens. Antes, os rótulos auto-adesivos que ornam os frascos de Sun-down eram impressos em quatro cores por offset. Agora, a reboque de uma nova diagramação, as etiquetas, confeccionadas pela CCL Label, contam com cinco cores em offset, com uma sexta cor em serigrafia e com dois vernizes em flexografia. “O tamanho de pontos e a precisão aumentaram significativamente, colocando os rótulos de Sundown entre os de maior complexi-dade técnica no portfólio da empresa”, destaca o gerente de embalagens da J&J.

Embora os frascos de polietileno de Sun-down, guarnecidos pela Sinimplast, não tenham

sofrido alteração em relação ao desenho técnico estreado no verão 2006/2007, suas tampas flip-top, moldadas pela Seaquist Closures, demandaram ajustes no molde. Em vez de polidos e com cores opacas, os fechamentos são agora foscos e translúci-dos. Suas cores seguem o código que ajuda a diferenciar os fatores de proteção solar (FPS) da linha – rosa, lilás, azul, verde e roxo representam, respectivamente, os fato-res 15, 20, 30, 50 e 60.

A manutenção dessa vinculação, aliás, foi uma premissa na renovação das emba-lagens. “O consumidor utiliza as cores para identificar rapidamente a versão do produto que lhe interessa”, explica Souto. De acordo com o profissional, essa exploração mais intensa da coloração, juntamente com o refinamento da rotulagem, demandou uma execução atribulada – “mas que injetou design em Sundown como nunca”, ele arremata. (GK)

CCL Label(19) 3876-9300www.ccllabel.com.br

Seaquist Closures(11) 4143-8900www.seaquistclosures.com

Sinimplast(11) 4061-8300 www.sinimplast.com.br

Embalagem anterior: rótulos mais simples e tampa sólida

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ssim que sua aquisição pelo grupo holandês Akzo Nobel foi consolidada, em janeiro último, a Coral, uma das mais tradicionais marcas de tintas imo-biliárias do Brasil, iniciou uma revisão

geral. Tendo como base um estudo realizado em 2007, que revelou que 70% das decisões de compra de tintas são tomadas por mulheres, a empresa decidiu mudar nomes e embalagens de todos os seus pro-dutos, de modo a descomplicar as apresentações de cada item. “A categoria de tintas usa uma linguagem muito técnica”, reconhece o diretor de marketing da Coral, Eduardo Takara. “Agora, com as alterações, o consumidor poderá escolher facilmente o produto, de acordo com suas necessidades.”

As latas de aço das tintas da Coral, fabricadas pela Brasilata e pela Aro, ganharam projetos gráficos da agência 100% Design que destacam flores, crianças e cães – elementos que buscam gerar empatia com o público feminino. “As novas embalagens trazem um design contemporâneo e amigável”, ressalta Takara.

Quanto às submarcas, a conhecida linha Coralatex não existe mais. Ela foi rebatizada de Rende Muito. A mudança também atingiu as marcas Coralplus Super Lavável, agora apenas Super Lavável, e Toque Sublime, que ganhou o nome de Decora Acabamento Acetinado.

Decora, aliás, é o nome da linha de produtos que substitui a família Coralplus. Ela terá a opção Cores, com seis tons prontos (Colour Futures), e a versão Neutros. “A Coral será a primeira marca de tintas a lançar uma linha com a opção de neutros em cores prontas, que são tonalidades curingas no processo de decoração”, comenta Takara. As inovações da Coral contemplam ainda o lançamento das tintas Chega de Mofo, direcionada para o combate do mofo, e Coral Sol & Chuva, para as paredes externas. A criação dos nomes ficou a cargo da consultora independente Irene Knoth. (FP)

A

}}} TInTaS

Coral muda nomes e embalagens para agradar ao público feminino

Latas agora trazem nomes mais agradáveis e elementos do universo feminino, como flores e crianças. Motivo: 70% das compras são feitas pelas mulheres

Brasilata (11) 3871-8500www.brasilata.com.br

É para elas

100% Design(11) 3032-5100www.100porcento.net

Aro(11) 6412-7207www.aro.com.br

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história da tecnologia voltada para os alimen-tos no Brasil passa pelo Instituto de Tecnologia de Alimentos-Agência

Paulista de Agronegócios (ITAL-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Em 30 de agosto último, o Instituto completou 45 anos. Criado em 1963 como Centro Tropical de Pesquisas e Tecnologia de Alimentos (CTPTA), um anexo do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), o ITAL foi pioneiro no País no desenvolvimento de tecno-logias de processamento de produtos alimentícios. O Instituto tem como

Os 45 anos do ITALLuís Madi, diretor geral

do renomado instituto

com sede em Campinas

(SP), fala da iniciativa

que em poucas décadas

dinamizou a indústria

alimentícia no Brasil e

mostra como o país vem

percorrendo caminhos

que – se não houver

desvios – o levarão à

vanguarda mundial

A

ENTREVISTA }}} luíS MadI

missão a pesquisa, o desenvolvimento, a inovação, a assistência tecnológica e a difusão do conhecimento técnico-cientifico em benefício da sociedade.O ITAL ganhou autonomia em 14 de julho de 1969, e hoje conta com 348 funcionários e 196 bolsistas e estagi-ários, distribuídos em sete unidades técnicas e analíticas, duas administra-tivas e uma de informação. Entre elas está o Cetea – Centro de Tecnologia de Embalagem.Na história do ITAL estão importan-tes pesquisas, que se transformaram em marcos na indústria de alimentos, como o leite de soja com sabores de chocolate, baunilha, morango, banana

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e abacaxi; o suco de laranja concen-trado e congelado; a farinha láctea; a garrafa de uso exclusivo para cerveja, entre incontáveis outros. Em meio aos produtos atuais, é possível destacar: chocolate diet em açúcar, light em gordura e com fibras; requeijão light com fibras; hambúrguer com coláge-no; frutas e hortaliças desidratadas por diversos processos etc. O que se pode afirmar, como lembra o diretor geral do Instituto, Luís Fernando Ceribelli Madi, no início desta entrevista é que “boa parte do sistema de pesquisa, desenvolvimento e inovação na área de tecnologia de alimentos nasceu dentro do ITAL, já que, na época de sua fun-

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dação, não havia faculdades de Engenharia de Alimentos nem centros de pesquisa e desenvol-vimento no setor”.

Na cerimônia de comemoração dos 45 anos do ITAL, em Campinas, o senhor disse que sua equipe buscará projetos estratégicos maiores e de maior duração. Que projetos são esses?O ITAL já busca projetos estratégicos, maiores. Focalizemos em embalagem: o Projeto de Aná-lise do Ciclo de Vida (ACV) de embalagens desenvolvido pelo Cetea foi pioneiro no Brasil no sentido de possuirmos um banco de dados e análises de diferentes segmentos com dados brasileiros e não internacionais, como a quase totalidade dos trabalhos similares utiliza. Foi um projeto de médio e longo prazo, cuja exe-cução levou cerca de três anos e que vai durar dez, quinze, trinta anos. A ACV é uma ferra-menta da ISO 14000, e o Cetea é a única enti-dade no Brasil que nesse campo tem um banco de dados nacional. A maioria dos trabalhos usa bancos de dados da Europa e dos Estados Unidos. Eles permitem fazer uma certa aproxi-mação, mas ninguém desenvolveu um trabalho como o do Cetea, com a participação de oito entidades setoriais, o que dá uma expressiva complementaridade ao nosso trabalho.

Quais são os planos para o futuro?Temos necessidade de trabalhar com nanotec-nologia, com biotecnologia, com embalagens inteligentes, interativas, na modernização da análise do ciclo de vida. Falamos de alimentos funcionais, diet, light, com fibras e de uma das maiores tendências no mundo, que são os alimentos vistos não só como suprimento ali-mentar, mas como complemento de uma ação funcional que melhore a saúde do consumidor. Essa visão está sempre integrada à necessidade de desenvolvimento de embalagens adequa-das. O ITAL e o Cetea têm de buscar – e já buscam hoje – parcerias estratégicas. Se não fizermos isso, os vetores do mercado ficam exageradamente separados, e as indústrias e os consumidores não aproveitam sequer o que já está disponível. O que queremos é que o país melhore, que o consumidor tenha alimentos

“Poucas

pessoas

conseguem

associar a

importância

da segurança

alimentar às

embalagens”

mais saudáveis e algo muito importante: a segurança alimentar. Este é um item extrema-mente estratégico e intimamente ligado à área de embalagem. Poucas pessoas conseguem associar a importância da segurança alimentar às embalagens.

Qual era o panorama da indústria de alimen-tos – vale dizer, do processamento e da conser-vação – no Brasil na época em que o ITAL foi criado? Quais eram as necessidades básicas, as carências do setor?A pergunta tem fundo de resgate histórico, e eu me sinto parte dessa história. O ITAL tem 45 anos, e eu 36 dentro do ITAL. Quando comecei a fazer a Faculdade de Engenharia de Alimentos o ITAL tinha cinco anos. O que existia naquela época em produtos alimentícios processados era muito limitado – e as maiores limitações estavam na indústria de embalagens. Tinha lata, com uma limitação bastante grande e tecnologia atrasada, com solda de estanho; tinha vidro, papel... Praticamente não existia filme de barreira, só celofane e polietileno. Tanto a indústria de embalagens quanto a de alimentos eram precárias. O ITAL foi uma marco de dinamização nessa história. Vários trabalhos surgiram no Instituto: suco de laran-ja industrializado, processamento de palmito, suco longa-vida. A Tetra Pak, por exemplo, está com projetos no ITAL há 35 anos, fazendo desenvolvimento de produtos em embalagem asséptica. Quando o ITAL foi criado não exis-tia uma faculdade de engenharia de alimentos. Hoje se formam mil engenheiros de alimentos por ano no Brasil. Não havia laboratórios em universidades. Hoje temos várias faculdades com laboratórios de pesquisa e desenvolvimen-to. Não tínhamos centros privados de pesquisa e desenvolvimento. Hoje temos muitas empre-sas – nacionais, como Sadia e Perdigão, e mul-tinacionais, como Unilever, Parmalat, Cargill – com centros de pesquisa e desenvolvimento.

Qual é o papel do ITAL nesse cenário?É o de interligar essas entidades privadas com as universidades. Para dar idéia, a Embrapa desenvolve uma série de atividades impor-

Page 39: Revista EmbalagemMarca 109 - Setembro 2008

tantíssimas, mas não tem uma série de com-plementaridades que o ITAL tem. A parceria entre o ITAL e a Embrapa é estratégica para o desenvolvimento de alimentos e embalagens. É muito importante começarmos a visualizar 2013, 2015. Quando, em 1998, desenvolvemos o trabalho Brasil Packtrends 2005, com proje-ções de panoramas do setor, identificamos uma série de previsões e dados que estão ocorrendo no Brasil. Como fizemos isso? Compramos documentos, relatórios confidenciais do mundo inteiro, fizemos uma depuração e mostramos para o mercado o que iria acontecer em 2005. Nos grandes marcos conseguimos acertar as tendências. Agora queremos fazer isso com outro trabalho, o Brasil Foodtrends 2020. Mas hoje é mais difícil. Em 1998 identificávamos o que ocorreria no mundo e tirávamos nossas conclusões sabendo que o Brasil iria atrás. Hoje o Brasil está algumas vezes ao lado do

que ocorre no mundo mas outras, na frente. Quando mapearmos o que vai acontecer com a indústria de alimentos e de embalagens em 2020, teremos de olhar muito mais para o mercado brasileiro, que hoje puxa o mercado internacional em alguns segmentos.

Quando ITAL foi fundado, os brasileiros se orgulhavam de que o Brasil seria “o celeiro do mundo”. No entanto, parece que desse “celei-ro”, como ocorre com os celeiros em geral, o que sai é basicamente commodity: o país exporta soja, café, carne in natura, sem valor agregado. A distância ainda é grande para que, em vez de “celeiro”, o país venha a ser “o supermercado” do mundo, exportando alimen-tos acondicionados, com valor agregado?Finalmente o Brasil despertou para o café, e começa a exportar café gourmet, café de exce-lência, torrado, acondicionado em embalagens

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40 EmbalagemMarca setembro 2008 www.embalagemmarca.com.br

sofisticadas, tecnicamente adequadas. Só que demorou para chegar nesse ponto. Isso está associado à área de pesquisa, desenvolvimento e inovação. O que aconteceu nesse processo? As indústrias deixaram de lado essa questão, pois tínhamos problema de instabilidade eco-nômica. Não tínhamos um mercado interno tão bom quanto hoje. Com a mudança de cenário, no momento em que o Brasil começar a inves-tir mais em eficiência, tecnologia e inovação estaremos muito melhor.

Em antiga entrevista à nossa revis-ta (EMBALAGEMMARCA nº 18, dezembro de 2000), o senhor desenhava um quadro ruim nessa área. Referindo-se aos investimentos das empresas em pesquisa e desenvolvimento, cita-va a intenção do governo federal de estimular investimentos em ciência e tecnologia e de alterar o quadro existente, em que o governo entrava com 80% e o setor privado com 20%. Esse quadro mudou?Muito pouco, apesar de o governo ter feito uma série de mudanças. Em 1999, no governo Fernando Henrique Cardoso, foi traçado um plano para a mudança real da área de ciência e tecnologia no Brasil. Foi um avanço, e de certa forma é também um mérito do governo Lula, que manteve o plano e consolidou a lei de inovação tecnológica. Ele criou também o programa de apoio à exportação e um progra-ma de apoio à extensão tecnológica. Tudo isso está começando a dar ao Brasil uma outra con-figuração. O governo ainda é o grande partícipe do processo financeiro de apoio à pesquisa, ao desenvolvimento e à inovação. O Brasil come-çou a enxergar que há mecanismos adequados de financiamento, através de subvenção e de outras alternativas, mas ainda não conseguiu se livrar de certas amarras burocráticas. Estamos discutindo de que forma mostrar às indústrias as vantagens de utilizar esses incentivos fiscais para a área de ciência e tecnologia. Existe nas empresas um excesso de desconfiança que dificulta a viabilização de projetos. Se não eli-minarmos isso o Brasil não cresce.

Hoje, uma das palavras mais presentes nos

negócios, inclusive na cadeia de embalagem, é sustentabilidade. Como o ITAL entende esse conceito e como pode ajudar a implementá-lo?Fico feliz com a crescente colocação do tema do meio ambiente, ou da sustentabilidade de modo geral, porque se trata de uma problemáti-ca de difícil compreensão, pois carrega em sua retaguarda a necessidade de todo um processo de educação. É uma questão que não se vai resolver de uma hora para outra. Tive a feli-cidade de acompanhar toda a trajetória do que hoje se sintetiza no conceito de sustentabilidade quando surgiu na Europa, depois nos Estados Unidos, sobretudo na relação com o segmento de embalagem e o meio ambiente, com ênfase em reciclagem, em reaproveitamento e redução do uso de materiais. O ponto importante nisso é que, nas ações para a melhoria junto ao meio ambiente, é fundamental lembrar que já exis-tem ferramentas aprovadas internacionalmente para mensurar modelos que são melhores do que outros. Para poder decidir sobre quais as ações mais adequadas frente a cada problema que se apresenta é importante escolher a fer-ramenta certa. Nesse sentido, o ITAL tem ins-trumentos estruturados para atuar tanto na área de embalagem, que é o Cetea, quanto na de tratamento de água, de efluentes, de resíduos. Acho oportuno registrar que em 2000 criamos um grupo para atuar na área de meio ambiente e ainda hoje encontramos grande dificuldade porque não conseguimos parceiros adequados dentro das indústrias para levar a coisa adiante. As indústrias não enxergam a importância e a oportunidade que isso representa. Recebemos da Inglaterra um documento que mostra uma coisa na qual já trabalhávamos no Cetea há quinze anos, que é a perda de alimentos. Quase ninguém associa o fato de que ao trabalhar o conceito de sustentabilidade, ao lado de se levar em conta a reciclagem, o resproveitamen-to, a redução de uso de materiais na produção de embalagem, é fundamental reduzir perdas.

Aliás, é consenso que elas ocorrem ao longo de toda a cadeia produtiva.Na verdade, o problema – gravíssimo – vai muito além da velha história do que se perde

“Sustenta-

bilidade é

um processo

mais amplo

do que o

design de

embalagem

e outros

aspectos

isolados

que pouco

significam”

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no campo, no transporte, no mau acondiciona-mento. Estudos mais evoluídos mostram que um terço dos produtos alimentícios comprados pelos consumidores é perdido – na verdade, jogado fora. É uma questão de reeducação e também de readequação de hábitos e da capacidade da indústria. Muitas pessoas, des-conhecendo tecnicamente o assunto, ficam indignadas, por exemplo, ante uma embalagem de biscoitos contendo dez pacotinhos com duas unidades cada um. “É um desperdício!”, elas gritam. Desconsideram todos os custos do que veio antes – a adubação, o plantio, a colheita, o armazenamento do trigo, sua transformaçào, o acondicionamento, novamente o transporte etc. – e não relativizam: numa embalagem de vinte biscoitos, a pessoa consome dez e, quando o restante fica murcho, joga tudo fora. Isso tem um custo ambiental altíssimo! Além da perda, é resíduo total. Parte das respostas ao problema

está em tecnologia, em transporte, em acon-dicionamento. A outra é adequação de tama-nhos, de porções dos produtos alimentícios aos diferentes sistemas de consumo existentes na sociedade. As diferenças sociais, étnicas, com-portamentais, imprimem diferenças na maneira de consumir. Mesmo numa família as pessoas têm gostos, horários, dietas médicas diferentes para se alimentar. Se a indústria não se adequar para suprir essas diferentes demandas ocor-rerá uma falha muito grande. Ante tudo isso e respondendo à pergunta, o que posso dizer é que sustentabilidade é um processo muito mais amplo do que se vê colocar por aí, como design de embalagem e outros aspectos que isolados pouco significam. No fundo, no fundo, é um problema educacional. Jogar fora ficou fácil, até porque o custo dos alimentos baixou muito nos últimos anos. Se houver consciência ambiental disso, aí pesa mais.

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Se você se preocupa com a saúde do planeta e dos negócios, não pode ficar de fora.

Seminário Estratégico de Sustentabilidade na Área de Embalagem.

O que é ser Sustentável no mundo corporativo

Em um futuro bem próximo não haverá lugar para empresas e negócios isolados dos conceitos de sustentabilidade, de preocupação com os grupos de interesse e dos conceitos básicos de

sustentação da governança. A cadeia de embalagens não foge a essa nova realidade.

A pressão vinda de várias fontes – consumidores, organizações não-governamentais e órgãos oficiais – faz com que a adoção de práticas sustentáveis nos negócios

seja uma necessidade, e não mais um conceito abstrato.

A pergunta muda de “quando” para “como trabalhar com essa nova realidade”.

O seminário apresentará formas de abordar a sustentabilidade, na indústria de embalagens, como elemento de geração de negócios, mostrando que ações que usam o assunto meramente como elemento de comunicação hoje são, na verdade, insustentáveis.

Page 43: Revista EmbalagemMarca 109 - Setembro 2008

w w w . e m b a l a g e m m a r c a . c o m . b r / c i c l o

Dia 14 de outubro de 2008, na Amcham Brasil, em São Paulo.

Informações sobre• Palestras e palestrantes • Como patrocinar o evento • Como participar do seminário

[email protected]

O Ciclo de Conhecimento é um programa

abrangente e permanente de análise, estudo

e difusão de informações relacionadas à

cadeia de embalagens, desde o fornecimento

de matérias-primas até a indústria usuária

e o varejo. Trata-se de uma ação contínua

para promover eventos que podem ser

classifi cados como “de transformação”. Sua

missão é contribuir para o desenvolvimento

de profi ssionais e empresas do setor. O que

oferecemos ao setor é mais informação com

valor agregado.

Programação*

08h00 - 08h45 Credenciamento e Welcome Coffee

08h45 - 09h00 Abertura

09h00 - 10h00 O que é ser sustentável no mundo corporativo José Luiz Rossi Jr., professor de Economia da Graduação e Mestrado do IBMEC - SP, Ph.D. em Economia - Yale University

10h00 - 10h30 Coffee Break

10h30 - 11h30 Varejo: Pressões sobre as embalagens Fábio Cyrillo, diretor de marcas próprias do Wal-Mart

11h30 - 12h30 A Sustentabilidade, a empresa e o consumidor Eduardo Vaz, diretor industrial da Bertin Higiene & Beleza

12h30 - 14h00 Almoço

14h00 - 15h00 Case de coleta e reciclagem João Cesar Rando, presidente do inpEV - Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias

15h00 - 16h00 Ecodesign e inovação no desenvolvimento de embalagens Martin Bunce, designer da TinHorse Design Limited, Reino Unido

16h00 - 16h30 Coffee Break

16h30 - 17h30 A sustentabilidade na cadeia de suprimentos Luciana Villa Nova, gerente de desenvolvimento de embalagens da Natura

17h30 - 18h00 Entrega de certifi cados e café

* Programação sujeita a alterações

ApoioApoio Divulgação

Patrocínio

Dia 14 de outubro de 2008, na Amcham Brasil, em São Paulo.ÚLTIM

AS

VAGAS

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44 EmbalagemMarca setembro 2008 www.embalagemmarca.com.br

}}} MOVIMENTAçãO NO MUNDO DAS EMBALAGENS E DAS MARCASpanoraMaSETOR

A evolução é pequena, mas se mantémIndústria de embalagens deverá crescer só 2,5% em 2008, mas setor comemora o bis no saldo positivo

FON

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(1)(1)(1)

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-0,53%-0,53%-0,53%VIDROVIDROVIDRO

No primeiro semestre de 2008 a produção física de embalagens cresceu 6,24% no Brasil. O número, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), foi apresentado pelo seu coordenador de análises econômicas, Salomão Quadros, em evento realizado em São Paulo no fim de agosto. Segundo Quadros, o desempenho deveu-se princi-palmente às expedições de embalagens metálicas, 20,3% maiores em relação aos primeiros seis meses de 2007. “Acreditamos em algo pontual, pois é difí-

cil crer que um setor cresça a essa taxa de forma constante”, alega o economista. “No caso das latas de alumínio, uma pos-sível explicação é o grande aumento nas exportações, na ordem de 456,68%.”Apesar do forte ritmo do primeiro semes-tre, o estudo – realizado periodicamente por encomenda da Associação Brasileira de Embalagem (Abre) – projeta um cres-cimento de 2,5% para o setor ao final de 2008, o que resultaria numa receita total de 34,7 bilhões de reais. “Alguns fatores

puxaram os números para cima nesses primeiros seis meses, e é possível que eles se devam a questões localizadas, a oportunidades que não se repetirão”, ressalta Quadros. “Mais importante que os números, no entanto, é o cenário de cres-cimento com sustentação”, ele comemora, lembrando que o setor já crescera 2,06% em 2007. Veja abaixo o desempenho de cada material no primeiro semestre de 2008 (as denominações são as fornecidas pelo estudo da FGV):

(1) iNCLui CAiXAs dE PAPELãO ONduLAdO; CAiXAs E CARtONAgENs dOBRÁvEis; sACOs E sACOLAs dE PAPEL; CHAPAs dE PAPELãO ONduLAdO; E EMBALAgENs divERsAs

(2) iNCLui sACOs Ou sACOLAs; gARRAFÕEs, gARRAFAs E FRAsCOs (iNCLusivE As EMBALAgENs PEt); E EMBALAgENs PARA PROdutOs ALiMENtÍCiOs Ou BEBidAs (iNCLusivE BisNAgAs, COPOs E sEMELHANtEs)

96,5%96,5%96,5%96,5%96,5%96,5%O NÚMERO

das latas de alumínio para bebi-das comercializadas no Brasil em 2007 foram recicladas. Recorde, o índice, equivalente a 11,9 bilhões de unidades, mantém o país na liderança mundial da reciclagem de latinhas pelo sétimo ano con-secutivo. A energia elétrica econo-mizada com o uso de sucata para a fabricação de novas embalagens equivale ao consumo anual de uma cidade com um milhão de habitan-tes. O melhor desempenho anterior havia sido o de 2005, com 96,2% das latas recicladas.

Mais um resultado da reciclagem de emba-lagens plásticas chega ao mercado. Trata-se do Ecotess, um tecido 100% obtido de garrafas de PET pós-consumo. O material é fabricado pela Fivebras (www.fivebras.com.br), fabricante de embalagens especiais com vinte anos de mercado, que garante a sua aplicação “com a mesma qua-lidade do poliéster convencional” na confecção de produtos como mochilas, bolsas e nécessaires. “A produção de ‘ecobags’ (sacolas duráveis para o varejo) é atualmente o principal canal consumidor da novidade”, diz Ricardo Zaguer, diretor da Fivebras. Segundo ele, o Ecotess é impermeável e possui grande varie-dade de cores e estampas que utilizam tintas ino-fensivas ao ambiente. O material é reciclável.

RECICLAGEM

De garrafas a sacolasPET reciclado dá origem a um novo tecido para sacolasMais um resultado da reciclagem de emba-lagens plásticas chega ao mercado. Trata-se do Ecotess, um tecido 100% obtido de garrafas de PET pós-consumo. O

o principal canal consumidor da novidade”, diz Ricardo Zaguer, diretor da Fivebras. Segundo ele, o Ecotess é impermeável e possui grande varie-

Modelo de “ecobag” fabricado

com o Ecotess

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45EmbalagemMarcasetembro 2008www.embalagemmarca.com.br

Edição: guilhErmE kamio ||| [email protected]

Lançada na Interpack 2008, mostra de tecnologias de embalagem ocor-rida em abril último na Alemanha, os filmes plásticos “verdes” Bolphane BYO, da francesa Bolloré Films, pas-sam a ser disponibilizados no Brasil. Os filmes são oxi-biodegradáveis, isto é, contam com um aditivo que acelera sua desintegração após o descarte, quando em contato com luz e calor. “Microorganismos assimilam

os fragmentos do material, fazendo-o desaparecer deixando apenas água, dióxido de carbono e biomassa”, diz Eliana Rodrigues, da área comercial da FR Importação e Exportação, de Campinas (SP), representante para o mercado nacional da Bolloré Films. Informações sobre os materiais podem ser conseguidas pelo telefone (19) 3241-8087 ou através do e-mail [email protected].

FLEXÍVEIS

Novidade francesa no BrasilFilmes oxi-biodegradáveis da Bolloré são ofertados no mercado local

Filmes da Bolloré aplicados em envoltórios e em rótulos: rápida desintegração após o descarte

A química alemã Basf anunciou uma oferta pública para a aqui-sição da suíça Ciba, referência mundial em colorantes e em reves-timentos de efeitos para plásticos. Em comunicado oficial, a Basf declarou ter chegado a um acordo com o conselho diretivo da Ciba, dispondo-se a pagar 6,1 bilhões de francos suíços (cerca de 10 bilhões de reais), somadas ações nominais

e dívidas. Logo depois, no entanto, a firma de investimentos Bestinver, maior acionária da química suíça, declarou que rejeitaria a oferta da Basf, por considerá-la baixa. Os alemães prometem não desistir do negócio. “A Ciba poderá reforçar nosso portfólio significativamente, expandindo nossas capacidades”, declarou Jürgen Hambrecht, CEO da Basf.

QUÍMICA

Vai dar namoro?Para se fortificar ainda mais em aditivos para plásticos, Basf quer a Ciba

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46 EmbalagemMarca setembro 2008 www.embalagemmarca.com.br

Potência em laminados de alumínio utilizados na fabrica-ção de embalagens, a Novelis anunciou Alexandre Almeida (foto) como seu novo presi-dente para as operações na América do Sul. Almeida, que ocupava a diretoria financeira e de planejamento estratégico da companhia desde 2005, sucede a Tadeu Nardocci, guin-dado à vice-presidência mundial de Inovação, Tecnologia e Estratégia da Novelis.

O Prêmio Homenagem do Ano, da Associação Nacional dos Profissionais de Venda em Ce-lulose, Papel e Derivados (Ana-ve), contemplou neste ano três

agraciados. A International Paper foi eleita Em-presa do Ano. Como Personalidade do Ano, o escolhido foi Antonio Maciel Neto (foto acima), presidente da Suzano Papel e Celulose. Por sua vez, Péricles Pereira Druck (ao lado), diretor-superinten-dente da Celulose Irani, foi o premiado na categoria Perso-nalidade do Ano em Gestão Socioambiental. A Irani é a primeira empresa brasileira do setor de papel e embalagem, e segunda no mundo, a ter créditos de carbono emitidos pelo Protocolo de Quioto.

A química Rohm and Haas, importante player na área de adesivos para laminação de emba-lagens, nomeou Catherine Hunt como diretora de sustentabilidade corporativa. Engenheira química, Catherine entrou na Rohm and Haas em 1984 e já presidiu a Sociedade Química Americana (ACS).

A KSR Distribuidora, unidade de negócios da VCP (Votoran-tim Celulose e Papel) focada na distribuição de papéis e produ-tos gráficos, tem novo diretor.

É Darcio Berni (foto), que ocupava o cargo de gerente-geral de Papéis Gráficos e de Consu-mo e que há 13 anos trabalha na VCP. João Lalli Neto, antigo diretor, passa a atuar como consultor da KSR.

panoraMa }}} MOVIMENTAçãO NO MUNDO DAS EMBALAGENS E DAS MARCAS

GENTE

Lançado há dois anos com a proposta de ser o primeiro curso que trata o packaging como um organismo industrial estratégico, o Núcleo de Estudos da Embalagem da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) agora conta com uma página na internet (www.embalagemespm.com.br). “O portal relaciona as atividades desenvolvidas pelos alunos e pelo corpo docente, bem como os seus desdobramentos”, explica o designer Fabio Mestriner, professor coor-denador do Núcleo. “Além disso, alunos de todas as

turmas poderão manter-se conec-tados, participando de fóruns de discussão específicos.” Segundo Mestriner, a idéia é disponibilizar, no futuro, as conclusões dos deba-tes virtuais.

ENSINO

Grêmio virtualNúcleo de Embalagem da ESPM ganha portal na internet

É

CARTONADAS ASSÉPTICAS

Parceiros inteligentesBebidas poderão ter caixinhas com “canudos inteligentes”

Microesferas com ingredientes

Filtro soldado

Filtro soldado

Fazendo sucesso na Oceania, onde há quase um ano são utiliza-dos com as marcas Sipahh e Mai’a na forma de aromatizantes para leites, os “canudinhos inteligentes” da australiana Unistraw, capazes de armazenar e regular a liberação de ingredientes em bebidas, atra-íram a Tetra Pak. A fornecedora sueca acaba de fechar um contrato global para associar a inovação às suas embalagens cartonadas assépticas. A idéia é promover o desenvolvimento de bebidas funcionais, com os canudos con-

tendo probióticos – as “bactérias do bem”, benéficas à saúde. Assim como no caso dos aditivos de sabor, os probióticos seriam acumulados em microesferas gela-tinosas, acomodadas num com-partimento do canudo selado por filtros, que se dissolvem à medida que o líquido passa por elas (veja a ilustração). “Esse novo sistema de canudos ajudará a tornar leites, sucos e outras bebidas mais atra-entes para o consumidor”, aposta Michael Zacka, vice-presidente mundial de marketing da Tetra Pak.

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}}} PrÊMIO EMBalaGEMMarCa

Grande destaque e largo alcanceAmpla cobertura – impressa e digital – garante exclente divulgação aos produtos vencedores

uando esta edição de Embala-gEmmarca estiver circulando, a cerimônia de entrega dos troféus do PrÊmIO EmbalagEmmarca – graNDES caSES DE EmbalagEm

2008 já terá se realizado. Como os votos dos jurados são informados aos organizadores da premiação com prazo insuficiente para viabili-zar a apresentação dos cases vencedores acom-panhados da fundamentação pormenorizada de cada decisão, esse trabalho será apresentado na edição de outubro próximo da revista.

Tal critério, adotado na primeira edição do Prêmio, foi muito bem recebido pelos lei-tores, dos quais temos inúmeros depoimentos atestando dois aspectos que valorizam e dão alta credibilidade à iniciativa: 1) a escolha dos julgadores é feita segundo critérios abrangen-tes, pelos quais as embalagens concorrentes são analisadas de forma sistêmica e não apenas em aspectos isolados; 2) os cases vencedores têm divulgação – sem cobrança de “taxas” ou “contribuições” – com grande destaque e largo alcance, já que, além de ser destinada uma página da revista para cada um deles, os resul-tados são apresentados no site específico do Prêmio, na versão virtual da revista na internet e na newsletter eletrônica semanal. Sobre este segundo aspecto, os depoimentos citados acima indicam que a edição de outubro de 2007 da revista foi recebida nas empresas como um útil volume de estudos de casos.

Melhora no nível de inscriçõesUm ponto que deixou os organizadores muito felizes é que, nesta edição do Prêmio, o nível das inscrições melhorou expressivamente em relação ao ano anterior. Detalhes que no ano passado causaram alguma dificuldade no pre-

Q“Credibilidade e seriedade”“Apoiamos o PRÊMIO EMBALAGEMMARCA – GRANDES CASES DE EMBALAGEM não só com

base na credibilidade alcançada pela revista, através do excelente trabalho rea-

lizado ao longo dos anos de sua existência, mas também por partilharmos dos

mesmos valores: qualidade do produto, inovação, trabalho sério e transparente, e

respeito ao cliente.

Buscando incentivar o aperfeiçoamento e o crescimento da cadeia produtiva de

embalagens, a P.E. Latina Labelers, filial da P.E. Labellers (Itália), uma das líderes

mundiais na fabricação de rotuladoras, se estabeleceu no Brasil com o firme

objetivo de se tornar uma referência no mercado de rotulagem da América Latina.

A P.E. Latina Labelers se orgulha de poder fazer parte deste evento que enriquece

o mundo da embalagem.”

Ilze Ramos – Marketing e

Marco Antonio Dias Oliveira – Gerente Comercial

P.E. Latina Labelers

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50 EmbalagemMarca setembro 2008 www.embalagemmarca.com.br

enchimento das fichas de inscrição foram cor-rigidos, de modo que o trabalho dos jura-dos transcorreu com mais facilidade. Cabe também registrar que houve unanimidade quanto à alta qualidade da maioria dos cases inscritos.

No entanto, novamente é preciso registrar que nem todos preencheram alguns pontos for-mais das fichas de inscrição, e nem todos aten-deram aos termos do Regulamento. Ante essa constatação, os organizadores, ao registrarem seus agradecimentos a todos os concorrentes e patrocinadores do PrÊmIO EmbalagEmmar-ca – graNDES caSES DE EmbalagEm, tomarão providências para no futuro tornar ainda mais claras as exigências e, assim, mais precisas as inscrições. (WP)

Patrocínio Especial

Patrocínio MasterPatrocínio Premium

Organização apoio Operacional

“Diferente dos similares”“Temos bons motivos para apoiar o PRÊMIO

EMBALAGEMMARCA – GRANDES CASES DE EMBALAGEM.

Ele se destaca e se diferencia dos similares no

setor, pois não homenageia apenas aspectos

isolados das embalagens, como a excelência em

impressão, para citar só um exemplo. Acontece

que muitas vezes a impressão final de um rótulo

ou de uma embalagem não representa o estado da arte que sempre se almeja.

Mas o fato de nela algo ter sido mudado ou acrescentado, de modo a destacar

o produto no ponto-de-venda ou facilitar seu uso, faz com que atinja o objetivo

de individualizar e atrair a atenção do consumidor. Muitas vezes compramos

produtos e os levamos para casa sem imaginar quanto estudo, desenvolvi-

mento e design está envolvido no processo. O PRÊMIO EMBALAGEMMARCA abrange

esse aspectos e analisa o desempenho da embalagem em sua extensão plena.

Tudo isso, além da tradição da revista, motivou nosso apoio. Congratulamos

EMBALAGEMMARCA pela iniciativa.”

Antonio Dalama – Diretor comercial

“Diferente dos similares”

isolados das embalagens, como a excelência em

ou de uma embalagem não representa o estado da arte que sempre se almeja.

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52 EmbalagemMarca setembro 2008 www.embalagemmarca.com.br

}}} PErFuMES

Só o estojoNovo perfume da Cuba Paris não é charuto, mas tem charuteira

oce no início, o sucesso de uma embalagem inovadora pode trazer, mais à frente, desafios para a indústria usuária. Veja-se o caso da

Cuba Paris. Seus frascos com forma-to de charuto tornaram-se verdadeiros hits do mercado de perfumaria. Mas os oportunistas logo entraram em ação, pro-movendo cópias e falsificações, escoadas no varejo popular. A clonagem massiva depreciou a imagem do produto. Reflexos desse dissabor podem ser vistos agora, na tentativa da Cuba Internacional, detentora da marca Cuba, de (re)conquistar a faixa premium do mercado. Novidade da ope-ração brasileira da Cuba Paris, o Eau de Parfum Gold chega ao mercado num fras-

co de vidro mais conservador, com for-mato de paralelepípedo. O vínculo com a marca só é preservado pela embalagem secundária, um cartucho de papel cartão que imita uma caixa de charutos.

A idéia da charuteira foi da própria Cuba Paris. Após definir as dimensões, a empresa confiou o desenvolvimento da caixa à gráfica paulistana Congraf. Her-nani Marquese, funcionário da Congraf co-responsável pelo desenvolvimento da caixa, junto com a direção do cliente, conta que a meta era criar uma emba-lagem com apelo para presentear e que fosse guardada, servindo como estojo para o perfume. “Para isso, a caixa dis-põe de um berço para acomodar o frasco e traz uma textura especial, que lhe dá

aspecto de pergaminho envelhecido”, diz Marquese. A embalagem ainda dispõe de gravações em hot stamping na moldura da logomarca, no nome e nas especifica-ções do produto.

Contra clonagens do produto, a caixa incorpora um selo holográfico de auten-ticação, projetado pela própria empresa. “O selo e a etiqueta de importação são importantes armas contra a cópia e a pirataria”, diz um porta-voz da Cuba Paris, que preferiu não se identificar e não detalhar as origens do frasco, da tampa e do vaporizador do produto. Segundo ele, os dispositivos de segurança defendem a sofisticação. “Queríamos transmitir uma imagem mais estilizada, de um perfume trabalhado.” (Thiago Comparini)

D

Congraf(11) 3103-0300www.congraf.com.br

Para evitar cópias, frasco ganhou formato quadrado, mas embalagem secundária que remete a caixa de

charutos foi mantida

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53EmbalagemMarcasetembro 2008www.embalagemmarca.com.br

}}} FEIra

Crescimento aceleradoEmbala Nordeste espelha potencial da Região

terceira edição da Embala Nordeste – Feira Interna-cional de Embalagens e Processos, realizada entre os dias 18 e 21 de agosto

no Centro de Convenções de Pernambu-co, conseguiu, segundo os organizadores, “superar as expectativas dos 260 expo-sitores e do público de mais de 12 mil pessoas”. Luiz Fernando Pereira, dire-tor da Greenfield Businesse Promotion, organizadora do evento, destaca que “um verdadeiro parque industrial foi montado, com mais de 400 equipamentos vindos de vários Estados e de outros países, como Alemanha, Itália e Argentina”.

De acordo com a empresa, a meta de 700 milhões de reais em negócios foi atingida, comprovando o crescimento da região Nordeste acima da média nacional. “A quantidade de máquinas comercia-lizadas aqui deverá contribuir para dar um salto de qualidade e produtividade na indústria da região”, considera Jaime Wiss Jr., também diretor da Greenfield. Para ele, a grande procura de empresá-rios pela feira foi motivada também pela expansão de mercados de consumo, além da necessidade de uma nova logística de produção e distribuição de produtos por conta da elevação do custo no frete.

A feira também contou com diversos

eventos paralelos relacionados à cadeia produtiva do setor. Os organizadores informam que 80% dos expositores desta edição da Embala Nordeste já reservaram espaços para o evento do ano que vem. Creditam esse bom desempenho ao êxito obtido por expositores, . Citam como exemplos a Narita, fabricante paulista de rotuladoras e outros equipamentos para embalagens, que teria vendido 25 unidades, num faturamento de mais de R$ 1,5 milhão, ao lado da Brasilmaq, da Magmar, da Carnevalli e da HT Machine, fabricantes de extrusoras e outros equipa-mentos, com vendas R$ 2 milhões e R$ 3 milhões cada uma. (WP)

A

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54 EmbalagemMarca setembro 2008 www.embalagemmarca.com.br

Edição: Leandro HaberliEdição: Guilherme Kamiopainel gráfico }}} MERCADO DE CONVERSãO E IMPRESSãO DE RóTULOS E EMBALAGENS

Multiverde renova siteEmpresa funciona em antiga unidade da VCP

Visando valorizar os produtos e o posicionamento de mercado da empresa, entrou no ar dia 12 de agosto último o novo site da empresa Multiverde Papéis Especiais, constituída em abril de 2007, a partir da

aquisição da Unidade Mogi da Votorantim Celulose e Papel. A nova página especifica as cores, formatos e gramaturas disponíveis de cada papel.O endereço do novo site é www.multiverde-papeis.com

aquisição da Unidade Mogi da Votorantim Celulose e Papel. A nova página especifica as cores, formatos e gramaturas disponíveis de cada papel.O endereço do novo site é www.multiverde-papeis.com

A Pantone anunciou dois novos produtos do sistema Pantone Goe: o Pantone GoeBridge e o Pantone Color Cue 2.1. O primeiro per-mite a visualização exata e a avaliação de como as mais de 2 000 cores sólidas do sistema Pantone Goe se reproduzirão em CMYK em papel revestido. Por meio de fórmulas de conversão para CMYK, sRGB e HTML em um único guia, o GoeBridge proporciona aos designers o desenvolvimen-to de projetos para diferentes mídias. O Pantone Color Cue 2.1 inclui agora toda a biblioteca do Pantone Goe revestido e não revestido, assim como os valores CMYK do GoeBridge.

Cresce a família PantoneSistema Goe tem dois novos produtos

Heidelberg completa dez anos de BrasilEmpresa lança campanha para comemorar

A Heidelberg do Brasil completou dez anos de atividades no final de agosto. Inaugurada em 1998 como parte de uma estratégia mundial da empresa para marcar presença nos mer-cados emergentes, sua sede brasileira tem hoje cerca de 270 funcionários, dos quais 84 completaram dez anos de registro. No início, a Heidelberg tinha a sede em São Paulo e escritórios em Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Recife e Rio de Janeiro para garan-tir a cobertura e o atendimento em todos os pontos do país. Em 2007, o apoio foi reforça-do com a presença de um gerente regional e um gerente de serviços em cada região.Para comemorar a data, a companhia lançou uma campanha que tem o slogan “Heideberg do Brasil: 10 anos ajudando a construir o futu-ro gráfico”.

Klabin inaugura projeto de expansãoInvestimento de 2,2 bilhões de reais é o maior da história da empresa

A Klabin inaugurou no dia 15 de setembro, em Telêmaco Borba (PR), o Projeto de Expansão MA-1100, maior investimento de seus 109 anos de história e um dos mais importantes já feitos por uma empresa brasileira do setor de papel e celulose. Com investimentos de R$ 2,2 bilhões, o Projeto eleva a capacida-de da Unidade Monte Alegre (PR) de 700 mil toneladas de papéis por ano para 1,1 milhão de toneladas/ano e amplia a capacidade total da empresa de 1,6 milhão para 2 milhões de toneladas/ano de papéis para embalagens. Coloca também a unidade, atualmente a maior fábrica de papéis do Brasil, entre as dez maiores fábricas integradas de papel

e celulose do mundo. Com a ampliação concluída, a Klabin passa a ser a sexta maior fabricante global de cartões de fibras virgens. “O investimento da Klabin em produção de papéis para embalagens, em especial de papel cartão, mostra que o Brasil pode ser um grande fornecedor mundial de papéis de alto valor agregado”, afirmou o diretor geral da empresa, Reinoldo Poernbacher.Com a conclusão do Projeto, a Klabin, que é a maior exportadora de papéis do Brasil, com embarques para mais de 50 países, pretende elevar a participação das expor-tações de 27% para 35% na sua receita líquida. A nova Máquina de Papel número 9, a MP9, considerada

a mais moderna do mundo para a produção de papel cartão, é o ponto central do Projeto MA-1100. “Desde 1996 não se instalava uma máquina deste porte no mundo para a produção de papel cartão de fibras virgens”, afirma Francisco Razzolini, diretor do Projeto de Expansão MA-1100.

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Prédio da Heidelberg em São Paulo

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Edição: flávio palharEs ||| [email protected]

VCP e Aracruz anunciam fusãoNegócio entre Votorantim e Safra cria gigante da celulose

Os grupos Votorantim e Safra anun-ciaram acordo que une a Votorantim Celulose e Papel (VCP) e a Aracruz Celulose. O acordo acontece depois que a Votorantim acertou, em agosto, a compra da participação de 28% do grupo Lorentzen na Aracruz por 2,71 bilhões de reais. A operação abriu caminho para que o Safra avaliasse sua posição no grupo de controle da maior fabricante de celulose de euca-lipto do mundo. Com isso, a Arainvest, que reúne a participação do Safra na Aracruz, desistiu do direito de prefe-rência e venda conjunta, optando por uma parceria com a Votorantim. Com o negócio foi criada uma holding em que a Votorantim e a Arainvest terão 50% do capital votante cada e, respectiva-

mente, 57,23% e 42,77% do capital total.A Aracruz tem cerca de 24% do mer-cado mundial de celulose branqueada de eucalipto, voltada para a produção de papéis de imprimir e escrever, papéis sanitários e papéis especiais. A empresa tem capacidade anual de 3,2 milhões de toneladas de celulose e meta de mais que dobrar essa pro-dução, para 7 milhões de toneladas, até 2015. A VCP tem plano de chegar a uma capacidade de produção de celulose de mercado de cerca de 3,5 milhões de toneladas até 2012. Em 2007, a empresa vendeu 1,1 milhão de toneladas. A holding controlará cerca de dois terços da produção de celulo-se brasileira.

A Coim Brasil apresentou ao mercado um adesivo base solvente com alto teor de sólidos, o Alto Sólido, desenvolvido na Alemanha. A formulação do adesivo per-mite a aplicação na máquina laminadora com teor de sólidos entre 55% e 60%, o que diminui o nível de solventes enviados ao meio ambiente. Com isso, há redução também dos gastos com a recuperação de solventes. Segundo o fabricante, uma van-tagem adicional do produto é a baixíssima retenção de solventes quando o adesivo é utilizado em máquinas laminadoras em altas velocidades. O adesivo é utilizado em estruturas filme/filme para embalagens de massas, biscoitos, temperos e snacks.

Adesivo da Coim tem alto teor de sólidosProduto diminui o envio de solventes ao meio ambiente

Em 2009 EmbalagemMarca completa 10 anos. A comemoração será com

uma edição especial em junho.Não perca a oportunidade de participar. Consulte nosso departamento comercial.

(11) [email protected]

www.embalagemmarca.com.br

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56 EmbalagemMarca setembro 2008 www.embalagemmarca.com.br

Leitura on-the-goRótulos com mini-revistas, já utilizados na Austrália e na Europa, chegam ao Brasil

tiquetas do tipo folheto, com páginas que ampliam o espaço para levar informações ao consumidor, não são exatamente novidades no campo da rotu-lagem. Mas uma notícia fresca, inspirada nesse tipo de adorno, é protagonizada pela australiana

On Product Publishing (OPP). A empresa patenteou mundial-mente a idéia de transformar os rótulos multipáginas em mini-revistas. Lançada há quase dois anos com o nome Labelzine, a solução já foi adotada na Oceania e na Europa, e agora passa a ser oferecida no Brasil, através de um representante autorizado.

“O produto é composto por três componentes: uma etiqueta-face auto-adesiva, um livreto que pode ter de oito a 32 páginas e, sobre este, uma sobrecapa retirável através de uma aba”, explica, em português fluente, o dinamarquês Niels Haslund, respon-sável pelo licenciamento da tecnologia no mercado brasileiro. Segundo ele, as etiquetas podem ser produzidas “por qualquer bom convertedor de auto-adesivos” e aplicadas por rotuladoras automáticas convencionais. As Labelzines são fornecidas em bobinas com até 1 000 unidades cada.

Diversas maneirasOs rótulos-revista vêm sendo utilizados de diversas formas. Na Europa, editoras fecharam parcerias com a Coca-Cola para colocar miniaturas de suas revistas em garrafas de PET de refrigerante. “A circulação das revistas aumentou cerca de 30% e as vendas da Coca-Cola, quase 5%”, diz Haslund. Para comemorar seus cinqüenta anos de atuação no mercado suíço, a Tetra Pak produziu revistinhas institucionais e as distribuiu acopladas a caixinhas de leites de seus clientes. Uma rede dinamarquesa de supermercados utiliza Labelzines para divulgar receitas e sugestões de uso dos alimentos com sua marca própria.

O caso mais curioso é o da revista australiana iLove, lançada como “a primeira revista on-the-go para mulheres”. Ela é exclusivamente encontrada em garrafas de PET de 600 mililitros da água mineral Yarra Valley comercializadas em lojas de conveniência, aeroportos e paradas do transporte público. “Além de reportagens, as mini-revistas oferecem dicas de compras e tíquetes de desconto, servindo como práticos guias de bolso para o público feminino”, diz o agente da OPP para o mercado brasileiro. (GK)

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Edição: Guilherme Kamiopainel gráfico }}} MERCADO DE CONVERSãO E IMPRESSãO DE RóTULOS E EMBALAGENS

On Product Publishing(11) 9442-6609www.onproductpublishing.com

Primeira “revista de garrafa” do mundo, a australiana iLove tem reportagens e dicas de compras para mulheres. Acima, como retirar a publicação do rótulo de água

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58 EmbalagemMarca setembro 2008 www.embalagemmarca.com.br

}}} laBElEXPO 2008

Somos a bola da vezAlto potencial de crescimento da cadeia de conversão de rótulos e etiquetas no Brasil coloca definitivamente o país na mira de grandes players mundiais do setor

em o obrigatório entusiasmo dos organizadores da Labelexpo, tra-dicional feira do setor de rótulos (marcadamente os auto-adesivos) realizada entre 9 e 11 de setembro

em Chicago (EUA), foi capaz de esconder a apreensão que a crise do subprime espalhou no mercado americano.

Com um dia a menos do que em suas edições anteriores, o que se viu nos pavilhões do evento foram corredores esvaziados, e o que se ouviu foram comentários, de diversos expositores, de que “ninguém está investindo”. Isso, é bom frisar, uma semana antes de a concordata do banco de investimentos Lehman Brothers ser anunciada.

Se em anos anteriores o que se conseguiu extrair da feira foram tendências tecnológicas,

N

Por Marcos Palhares

tais como o avanço das impressoras digitais (consolidado com o recente crescimento na oferta e na qualidade das jato de tinta), a onipre-sença dos equipamentos híbridos e cada vez mais produtivos, e uma diminuição das barreiras que tradicionalmente separavam convertedores de rótulos dos de embalagens flexíveis, o que se viu nesta edição da Labelexpo foi um olhar desejoso para o mercado sul-americano, tendo o Brasil como ponto focal.

Não que esse interesse já não tivesse se mani-festado nos últimos anos, nem que a consolidação das tendências tecnológicas acima citadas tenha sido interrompida. Muito pelo contrário. Mas a seqüência de eventos que trazem como protago-nistas o Brasil e seus vizinhos evidenciam que a entrada da região no mercado global de rótulos e

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etiquetas é uma questão de tempo. Pouco tempo. Somos a bola da vez.

Consolidação em cursoNos últimos três anos, por exemplo, o mercado sul-americano assistiu a algumas movimentações importantes. A canadense CCL Label adquiriu a Prodesmaq. Depois, foi a vez de a francesa Bic Label abocanhar a Pimaco. Na seqüência, a ame-ricana Brady comprou a Asterisco. A também americana York Labels, no início deste ano, levou as chilenas Etiprak e Etiquetas Industriales. São indícios claros de que a consolidação entre os convertedores, já anunciada há alguns anos por EmbalagEmmarca, está mais viva do que nunca. E, segundo rumores ouvidos na Labelexpo, que se espere mais nos próximos meses.

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60 EmbalagemMarca setembro 2008 www.embalagemmarca.com.br

A explicação para esse fenômeno está nos números, principalmente no segmento de auto-adesivos. Enquanto os mercados mais desen-volvidos, como o americano e o europeu, têm baixo crescimento (entre 2% e 4% ao ano), no Brasil registram-se seguidamente avanços anuais superiores a 10% – índices polpudos que atraem não apenas os convertedores estrangeiros, mas também fornecedores de peso.

Modernização do parque gráficoNa área de máquinas, por exemplo, o Brasil viu dois grandes fabricantes vencerem o temor de investir num país com arcabouço legal que faz arrepiar os cabelos dos estrangeiros. A dinamar-quesa Nilpeter criou uma linha de impressoras (batizada de FBR, e mais simples do que a FB, seu modelo básico até então) para ser produzida nas instalações da Uderigo Rossi em Ribeirão Preto (SP). Abordagem diferente teve a con-corrente italiana Gidue, que passou a produzir o mesmo modelo S-Combat feito na Itália em Petrópolis (RJ), na fábrica da Raeder. Na Labe-lexpo, a holandesa MPS anunciou que produzirá um equipamento no Brasil, em parceria com a brasileira Etirama (ver quadro), o que configura um terceiro modelo de negócios. Em comum há o fato de as três máquinas serem flexográficas, entry-level, e de poderem ser financiadas pelo Finame.

O certo é que o parque brasileiro de máquinas está melhorando. Além das iniciativas citadas,

a taxa de câmbio até há pouco muito favorável incentivou o aumento na importação de equipa-mentos sofisticados de banda estreita e média para impressão de rótulos auto-adesivos, termo-encolhíveis e até embalagens flexíveis e carto-nadas. Vieram também, nessa onda, máquinas de acabamento e inspeção, e uma modernização nos sistemas de pré-impressão e de controle dos fluxos de trabalho. Os altos investimentos não passaram desapercebidos lá fora, e chamaram a atenção de outros fornecedores em busca de expansão dos seus negócios.

A área de substratos (papéis e filmes) para

Em meio a uma pouco animada Labelexpo,

um anúncio – que talvez tenha passado

desapercebido por grande parte das pesso-

as que ali estavam – circulou rapidamente

entre os visitantes e expositores brasileiros.

A holandesa MPS, fabricante de impressoras

flexográficas, divulgou acordo de parceria

com a brasileira Etirama.

“O resultado dessa cooperação será um

novo equipamento, uma impressora feita no

Brasil, na fábrica da Etirama, com tecno-

logia da MPS”, explica Bert van den Brink,

sócio da MPS. O nova máquina, batizada

de Etiprint – powered by MPS, será toda

servo-acionada, mas será posicionada como

entry-level. As impressoras mais complexas

continuarão a ser importadas. “É o pri-

meiro acordo desse tipo, de transferência

de tecnologia, que a MPS faz no mundo”,

revela van den Brink. “Depositamos gran-

des esperanças no sucesso dessa parceria

estratégica.”

Do lado brasileiro, também há motivos para

comemoração. “Esse projeto agregará muito

valor à marca Etirama, pois construiremos

máquinas com o sistema da MPS, uma das

melhores empresas em tecnologia flexo”,

comenta Ronnie Schröter, diretor comercial

da Etirama.

No Brasil, a Etiprint será comercializada

exclusivamente pela Etirama (os demais

produtos do portifólio da MPS continuarão

a ser comercializados pela Coras do Brasil).

A MPS usará sua estrutura de distribuição

para comercializar a impressora “made in

Brazil” em outros países.

Casamento consumado, com filho anunciadoMPS e Etirama anunciam que produzirão, no Brasil, impressora flexográfica em conjunto

“Enquanto os mercados mais desenvolvidos têm baixo

crescimento, no Brasil registram-se taxas superiores a 10%”

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61EmbalagemMarcasetembro 2008www.embalagemmarca.com.br

auto-adesivos é emblemática. Com grandes empresas já instaladas por aqui – Avery Den-nison, Braga, Colacril, Flexcoat e Gumtac, para ficar em apenas algumas –, e uma oferta teo-ricamente mais que suficiente para abastecer nosso mercado, além de gerar excedentes para exportação, o setor observou, nos últimos meses, anúncios que prometem fazer barulho (ver pági-na 62).

O que se conclui de tudo isso é que o setor de rótulos no Brasil está se aprimorando. Isso é uma conseqüência, entre outras coisas, do momento de estabilidade econômica e política por que passa o país, hoje visto como um porto mais confiável para os investimentos diretos do exterior. Novas empresas virão para apimentar o ambiente competitivo, e os resultados serão positivos. Há que se caminhar, contudo, para um maior nível de profissionalização das empresas, principalmente no elo dos convertedores. Esse será um passo vital para quem quiser sobreviver – ou ser comprado por um bom valor...

Um grupo de brasileiros, composto

em sua maioria por empresários da

área de conversão de rótulos e etique-

tas auto-adesivas, aproveitou a via-

gem aos Estados Unidos para visitar

algumas empresas do setor.

Organizadas pela Abiea – Associação

Brasileira das Indústrias de Etiquetas

Adesivas, e operacionalizadas pela

Lisboa Turismo, as “visitas técnicas”,

como foram chamadas, começaram

um dia antes do início da Labelexpo,

com idas à planta da fabricante

de substratos auto-adesivos UPM

Raflatac, em Dixon, e à convertedora

RR Donnelley, em St. Charles (ambas

em Illinois).

Ao final da feira, o grupo se deslocou

para St. Louis, no Missouri, onde este-

ve no planta em que são produzidas

as impressoras flexográficas Mark

Andy, na convertedora Prime Package

& Label e na Rotometrics, fábrica de

ferramentas rotativas.

Portas abertasBrasileiros visitam empresas da cadeia de rotulagem nos EUA

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62 EmbalagemMarca setembro 2008 www.embalagemmarca.com.br

}}} auTO-adESIvOS

Base para o crescimentoInvestimentos e novos players ampliam oferta de substratos auto-adesivos

ntre os diversos tipos de decoração de embalagem, os rótulos auto-adesivos, há décadas, destacam-se por suas consistentes taxas

de crescimento, sempre acima da média do setor de embalagens. Trata-se de um fenômeno global.

Nos últimos anos, contudo, esse ímpeto começou a arrefecer nos países avançados (onde, ainda assim, o cres-cimento desse sistema de rotulagem é cerca de 1% superior à média de todos os outros tipos de rótulos). Em contrapar-tida, nos mercados em desenvolvimen-to, como o brasileiro, os auto-adesivos vivem momento de expansão acelerada, o que explica a grande onda de investi-mentos que se consolida fora dos grandes centros. Só nos últimos três meses, dois gigantes mundiais anunciaram que dese-jam ter maior presença no Brasil.

A finlandesa UPM Raflatac, hoje o segundo maior provedor mundial de laminados auto-adesivos (atrás da Avery Dennison), montou um centro de corte

Ee distribuição em Jaguariúna (SP), colo-cando pela primeira vez os pés na Amé-rica do Sul, uma das únicas regiões do globo em que não atuava com força. E promete avançar nos próximos anos (ver EmbalagEmmarca 108).

A italiana Arconvert, do Grupo Fedri-goni, tornou público seu projeto de mon-tar, em Jundiaí (SP), uma fábrica – a ser concluída no segundo trimestre de 2009 – em parceria com o Grupo Gafor, seu atual distribuidor de materiais auto-ade-sivos na América do Sul. Ao nacionalizar a produção, a empresa espera ficar mais próxima de seus clientes, e ainda elimina o custo representado pelos impostos de importação, hoje de 12% sobre o papel e 15% sobre os filmes. Alguns itens da linha da Arconvert, porém, cujo volume não justificar a produção local, continua-rão a ser importados.

A nova planta terá capacidade de produzir 90 milhões de metros quadrados de materiais auto-adesivos por ano. “O mercado de auto-adesivos na América do Sul cresce mais de 12% ao ano, sobre uma base de cerca de 900 milhões de metros quadrados”, explica Sílvio Fagun-des, diretor geral da Gafor Distribuidora, braço do Grupo Gafor, que detém 40% da Arconvert Brasil. “Só o crescimento do mercado ocuparia essa máquina que estamos colocando”, completa. Fagundes informa ainda que, em dois anos, uma segunda linha com a mesma capacidade deve ser concluída.

A investida das multinacionais não se restringe ao mercado brasileiro. A também italiana Ritrama deverá concluir, em janeiro do ano que vem, sua fábrica em Valparaiso, no Chile. Inicialmente, o objetivo é abastecer o mercado local, mas o potencial dos demais países da região e

a saída para o Pacífico ajudaram a definir geograficamente o investimento.

Resposta imediataA reação das empresas já estabelecidas por aqui foi rápida. Sediada em Louveira (SP), a Flexcoat, hoje apta a fornecer anu-almente 72 milhões de metros quadrados de laminados auto-adesivos, inicia as operações de sua segunda linha (um coa-ter e dois equipamentos de acabamento) em fevereiro de 2009. Com isso, amplia sua capacidade produtiva em 400 milhões de metros quadrados. Para que se tenha uma idéia do que representa esse número, hoje o consumo estimado do mercado brasileiro é pouco superior a 500 milhões de metros quadrados por ano.

Em comunicado, a Flexcoat informa que o interesse dos grandes grupos nos mercados emergentes era bastante pre-visível, e avalia que vem acontecendo de maneira relativamente tímida. Fábio Braga, membro do conselho administra-tivo da Braga Produtos Adesivos, insta-lada em Hortolândia (SP), concorda com a avaliação da concorrente, e considera natural a entrada de novos players no

Braga: “Brasil ganhou visibilidade”

Fagundes, da Gafor: Arconvert Brasil inicia produção em 2009

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63EmbalagemMarcasetembro 2008www.embalagemmarca.com.br

Arconvertwww.gafor.com.br Avery Dennison0800 701 7660www.averydennison.com.br Braga(19) 3897-9720www.braga.com.br

Flexcoat(19) 3848-4303www.flexcoat.com.br UPM Raflatac(19) 3837-9570 www.upmraflatac.com

continente desde 1969, a Avery foi pio-neira entre as multinacionais a reconhe-cer o potencial da região. “Nesses quase quarenta anos, investimos no que há de melhor em tecnologia de laminação de produtos auto-adesivos e em ferramen-tas de melhora contínua, e ajudamos a desenvolver o mercado.”

Muito a avançarAo que tudo indica, o bolo deve mesmo crescer. “No Brasil, a participação dos auto-adesivos no total dos rótulos é de 25%, contra a média mundial de 40%”, conta Sílvio Fagundes. O consumo per capita do material no Brasil gira em torno de 2,5m² por ano. Na Europa e nos Estados Unidos está em 15m². “Aqui há oportunidades de crescimento com base na melhora da economia e na inserção de novos consumidores, mas existe também um imenso potencial de substituição de rótulos de papel com cola por auto-ade-sivos”, ressalta o diretor da Gafor.

“O Brasil é o maior mercado da América do Sul, com potencial de cres-cimento para muitos setores da econo-mia, e não apenas para o segmento de auto-adesivos”, diz Isabela, da Avery Dennison. “Há boas perspectivas para muitos setores, tais como o eletrônico, o automobilístico e distintos segmentos das indústrias de bens de consumo. O que temos de fazer é identificar, decorar, promover esses produtos.”

De qualquer maneira, tantos investi-mentos entre os laminadores permitem avaliar que os próximos anos serão pro-missores para o setor de auto-adesivos. Base para crescer não faltará, literal-mente. (MP)

mercado brasileiro, em função da visi-bilidade que o país vem alcançando no cenário internacional. “Há pouco tempo o Brasil era incluído, nas análises globais de consumo de auto-adesivos, na chance-la de ‘resto do mundo’”, lembra. “Hoje, já somos avaliados isoladamente.”

O executivo acredita que a entra-da de novas empresas é positiva, pois o conhecimento adquirido por elas em mercados mais maduros contribui para o desenvolvimento do setor no Brasil. “Depois disso, cada um defende seu ter-ritório de acordo com estratégias locais. Nossa vantagem é oferecer uma linha de especialidades e customizações que, por motivos econômicos, essas empresas não trarão ao Brasil.” Para não perder espaço, a Braga instalou, este ano, um novo coater que elevou sua capacidade produtiva em cerca de 30%. Um fôlego extra para quem trabalhava praticamente sem ociosidade. E promete mais investi-mentos para breve.

Outra empresa que adota o discurso da boa vizinhança com a concorrência é a líder de mercado, Avery Dennison. “Concorrência é saudável para todos os setores e segmentos do mercado”, afirma Isabela Monteiro Galli, diretora regional de marketing da divisão materiais da América do Sul da empresa. Presente no

Isabela, da Avery Dennison: “Boas oportunidades em diversas indústrias”

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64 EmbalagemMarca setembro 2008 www.embalagemmarca.com.br

}}} arTIGO

mbalagens, é claro, podem emi-tir sons – basta lembrar do baru-lho de um saquinho de bata-tinhas fritas sendo aberto ou do “clique” de uma tampa de

rosca quando o lacre de uma garrafa de suco é rompido. Mas a embalagem pode evocar a idéia de som de maneiras diferentes? Às vezes, sim...

O melhor exemplo de embalagem que incorpora a idéia de som é o do cereal mati-nal Rice Krispies, da Kellogg (ao lado). As mascotes do produto – Snap, Crackle e Pop – dizem, com seus nomes onomatopéicos, qual será o efeito sonoro de se despejar leite sobre o produto. Os grafismos da embalagem brincam com essa linha temática, assim como as propagandas da marca.

Existem outros exemplos que usam a idéia de som para mostrar benefícios do produto. Talvez um dos casos mais interessantes seja o da cervejaria Coors, em lançamento feito recentemente nos Estados Unidos e no Canadá.

Com o aumento das vendas de cerveja no mercado norte-americano estimado em modestos 0,8% (segundo dados da Mintel), é fundamental que as empresas desse mercado busquem todos os caminhos possíveis para atrair novos consumidores e reter os atuais. Em minha opinião, a Coors fez um excelente trabalho de entender os compradores e os seus hábi-tos de consumo, criando uma embalagem que não só reflete esses comportamentos e atitudes, mas que também se diferencia daquelas da concorrência.

A empresa introduziu aquilo que cha-mou de lata Vented Wide Mouth (algo como “Bocal Largo Ventilado”, em tradução livre

E

ARTIGO }}} LYNN DORNBLASER

“Trabalhada em conjunto com os demais sentidos, a audição pode aumentar o apelo de um produto”

A embalagem pode emitir sons?

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66 EmbalagemMarca setembro 2008 www.embalagemmarca.com.br

que tem se expandido, nos últimos meses, para novos mercados, surgindo em alguns países latino-americanos.

Os consumidores simplesmente adicionam água na garrafa que contém a mistura seca e a chacoalham. O som (e a sensação) de se agitar a embalagem, nesse caso, comunica alguns dos principais benefícios para os consumido-res. Pode-se, por exemplo, escutar o produto sendo misturado no frasco, o que indica se a massa já está no ponto ideal. É um produto simples, com benefícios simples.

O fato é que existe uma oportunidade significativa para empresas desenvolverem e usarem embalagens que apelem para os cinco sentidos. Visão, sabor, tato, e mesmo chei-ro, podem ser facilmente transmitidos pelos grafismos das embalagens, e às vezes por sua própria estrutura (por janelas que permitem a visualização do conteúdo, por exemplo).

O sentido da audição pode ser um pouco mais difícil de transmitir. Porém, se trabalha-do em conjunto com os demais sentidos, pode aumentar o apelo de um produto. A sonori-dade pode melhorar o status de um produto, ou fornecer benefícios mais intangíveis (tais como o a contribuição que a sugestão do som gerado pelo consumo de uma cerveja gelada e macia pôde dar à marca Coors). Transmitir o sentido da audição pode, ainda, ajudar os consumidores a entender melhor como um produto funciona – tal como explicitado pelo caso do Shake ‘n Pour.

para o português). A abertura da embalagem é um pouco maior que a da maioria das latas de refrigerante e de cerveja, ajudando o consumidor a sorver o produto e reforçando o posicionamento de “golabilidade” (“gul-pability”) da marca. Já vimos bocais largos no passado, portanto essa não é a verdadeira inovação. O que torna tal lançamento único é que, quando aberta, uma parte da embalagem fica levemente levantada, facilitando o fluxo de ar e melhorando a experiência de se beber a cerveja num movimento longo e suave.

Como se encaixa, aqui, a idéia de som? Simples. É possível poder imaginar com faci-lidade o “glug glug glug” de um consumidor bebendo a cerveja num grande gole. A idéia desse som comunica um dos pontos-chave de venda da Coors – a de que se trata de uma cer-veja macia, voltada para matar a sede e para ser apreciada em ocasiões em que o consumo se estende por longo tempo.

Shake, shake, shakeOutro produto que transmite a sensação de sonoridade é feito pela General Mills: a mis-tura para panquecas Bisquick Shake ‘n Pour,

Lynn Dornblaser é diretora da divisão CPG Trend Insight da consultoria Mintel International, com escritórios em Chicago e Londres. Com mais de vinte anos dedicados a análises de tendências glo-bais de consumo, ela pode ser contatada peloe-mail [email protected]

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68 EmbalagemMarca setembro 2008 www.embalagemmarca.com.br

}}} dESIGn

Os escolhidos pela associaçãoAbre anuncia os ganhadores de 2008 do seu Prêmio de Design & Embalagem

m cerimônia no Buffet Tôrres em São Paulo, a Associação Brasileira de Embalagem (Abre) anun-ciou, no dia 27 de agosto,

os vencedores da 8ª edição do Prêmio Abre de Design & Embalagem.

Os trabalhos concorreram nos módu-los Design de Embalagem, Tecnologia de Embalagem e Estudante, divididos

em 29 categorias, incluindo Voto Popu-lar, Sustentabilidade, Empresa do Ano e Personalidade do Ano.

Confira a seguir a lista das embala-gens premiadas.E

Alimentos SalgadosMaggi Creme SupremeAlcan Packaging

Alimentos DocesLata RetrôFutureBrand BC&H

Higiene e LimpezaKitchen Multi - toalhas em caixinhaM Design

BricolagemCoral Tira-Teima SuperbiplusBrasilata

Embalagem para MPEs (micro e pequenas empresas)Batidas Piratinha PETDesign Inverso

Família de ProdutosNatura Amor AméricaNatura

MiscelâneaIce Blocks Caso Design Comunicação

Cosméticos e Cuidados PessoaisNatura Chronos – Flavonóides de Passiflora Natura

Embalagem para Perfumes ZaadWheaton Brasil

Saúde e FarmacêuticoDiamond Design Inverso

Bebidas AlcoólicasDJ Cachaça MineiraDJ Cachaça Mineira

módulo design

Bebidas Não-alcoólicasÁgua Mineral Natural-PET 240 ml kidsLindoya Verão

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70 EmbalagemMarca setembro 2008 www.embalagemmarca.com.br

Redesign Alimentos e Bebidas Nescau Nestlé

Redesign Produtos em GeralTalheres Platinum HAL9000 Comunicação e Design

AlimentosEmbalagem de pizza para microondasSadia

BebidasNescau Nestlé

Saúde e FarmacêuticosG500 Balsâmico Design Inverso

Cosméticos e Cuidados PessoaisElsie Claire RadianceMN Design

Embalagem PromocionalNatura Faces Estojo Mágico Natura

SustentabilidadeSacola 100% PET Fundação O BoticárioAntilhas Soluções Integradas para Embalagens

Empresa do AnoGrupo Pão de Açúcar

Personalidade do AnoFabio Mestriner

Inovação TecnológicaEmbalagem Flexível Prática e InovadoraNestlé

Embalagem para ExportaçãoEmbalagem Nescafé Exportação Nestlé

Design IndustrialCase para sistema buco maxilo facial SIN-Sistema de Implante

Embalagem para PerfumesLinked Wheaton Brasil

Embalagem para Food Service, Delivery e Take AwayBox delivery para comida japonesa Saberpack

módulo tecnologia de embalagem

Voto PopularO pedaço mais divertido da pizzaPackostakis Mídia

categorias especiais

Beepack Diego Paulino Silvério e Helder Filipov

módulo estudante

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72 EmbalagemMarca setembro 2008 www.embalagemmarca.com.br

}}} InTErnaCIOnal

Pão lá, pão cá?Saquinhos oxi-biodegradáveis são adotados por pães no México e em outros países. Iniciativa pode chegar ao Brasil

igante mexicano em pães e bolos, o grupo Bimbo descortinou no fim de agosto uma iniciativa “verde” para o acondicionamento de produtos no seu país natal. Os pães de forma da empresa ganharão embalagens flexí-

veis produzidas com filme de polietileno oxi-biodegradável. Por conter um aditivo especial, o material, obtido de resina plástica comum, desintegra-se em meses quando em contato com agentes como água, raios solares e microorganismos. É a primeira vez que essa tecnologia é utilizada em embalagens no México.

“A idéia é migrar para as novas embalagens degradáveis de forma escalonada”, informa Ramón Rivera, diretor de ope-rações do Grupo Bimbo. Os primeiros produtos da empresa a empregar as embalagens oxi-biodegradáveis são aqueles da linha Pan Blanco. “Posteriormente iremos incorporar essas embalagens às linhas de bolos, para então partirmos para todos os nossos produtos e depois para aqueles comercializados em outras regiões da América Latina”, disse Rivera. Procurado por EmbalagEmmarca, o departamento de comunicação da Bimbo no México não soube precisar quando – nem se – a ini-ciativa engolfará o mercado brasileiro, onde a Bimbo detém, entre outras, as marcas de pães e bolos Pullman e Plus Vita.

Especiaria inglesaAs novas embalagens flexíveis da Bimbo desintegram-se num prazo de três a cinco anos quando descartadas em aterros ou na natureza. A rápida desintegração é fruto do emprego do aditivo d2w, da inglesa Symphony, o mesmo que já é utilizado no Brasil em sacolas e outras embalagens. De acordo com a Symphony, o aditivo d2w já é utilizado em mais de 60 países, tendo sido aplicado em mais de 5 bilhões de embalagens plásticas nos últimos doze meses. Para o mercado nacional, a tecnologia é licenciada pela RES Brasil, empresa sediada em Cajamar (SP).

Embalagens para pães de forma parecem configurar um campo promissor para a aplicação dos plásticos oxi-biodegra-dáveis. No Reino Unido, as redes varejistas Tesco e Coop têm pães com suas próprias marcas acondicionados nesse tipo de embalagem. Cerca de três meses atrás a Tiger Brands, gigante sul-africana em alimentos, destacou com pompa uma iniciati-va parecida, lançada para sua linha de pães Albany. (GK)

G

RES Brasil(19) 3871-5185www.resbrasil.com.br

Symphonywww.degradable.co.uk

Sul-africana Tiger Brands também já acondiciona seus

pães em sacos oxi-biodegradáveis

Linha Pan Blanco é a primeira da

Bimbo a adotar embalagens

de rápida degradação

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73EmbalagemMarcasetembro 2008www.embalagemmarca.com.br

}}} InCEnTIvO

Estímulo às idéias Concurso para estudantes premia criação de embalagens

o final de agosto foi realizada, no Centro Brasileiro Britânico, em São Paulo, a ceri-mônia de premiação do Embala Idéias, concurso para estudantes de design de produto e de design gráfico do Estado de

São Paulo. Realizado pela SPR International, em parceria

com a ADP – Associação dos Designers de Produto, o concurso tem por objetivo incentivar o interesse pelo design de embalagens e sua correta aprendizagem. O tema proposto foi a criação das embalagens de uma linha de perfumaria masculina para um público jovem com o nome ILOS, composta por eau de toilette, deso-dorante, xampu e sabonete.

O regulamento exigia que os estudantes não levas-sem em conta somente os elementos gráficos, mas conceituassem o projeto em função do público-alvo e desenvolvessem as embalagens aproveitando as tecno-logias mais atuais, em termos de materiais.

Vinte e duas instituições de ensino se inscreveram no concurso, das quais nove realizaram o proces-

so seletivo, encaminhando dezenove projetos para o júri final (cada escola pode-ria ter até três trabalhos selecionados). O projeto ganhador foi o da equipe formada pelos estudantes Maralise Lopes Silva, Lígia de Freitas Françoso, Victor Leonardo Pereira, Juliano Peghini, do curso de Design Gráfico da Universidade Estadual Paulista – Unesp, de Bauru. (FP)

N

Projeto dos alunos da Unesp de Bauru foi o vencedor do concurco Embala Idéias

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74 EmbalagemMarca setembro 2008 www.embalagemmarca.com.br

Canguru Embalagens (48) 3461-9000 www.canguru.com.br

}}} LANçAMENTOS E NOVIDADES – E SEUS SISTEMAS DE EMBALAGEMDiSplay

Fraldas decoradasRelançamento ganha personagens

As fraldas da linha Baby Looney Tunes estão de embalagem nova, redese-nhada nas versões stan-dard e premium. Os invó-lucros de polietileno (PE), fornecidos pela Canguru

embalagens, são impres-sos em flexografia e privile-giam as cores e o posicio-namento das figuras, para facilitar a identificação dos tamanhos. O design é da Fullpack.

Aveia coloridaLinha da Ferla tem novas embalagens

Produto ambientalmente corretoEmbalagens de papel de escritório contam com selo de certificação florestal

O mix de aveias da Ferla chega às gôndolas com visual renovado. Os cartuchos de papel cartão impressos pela Gráfica Romiti ganharam as cores verde, amarela, azul e laranja, que auxiliam na iden-tificação das variantes. Além disso, foram inseridas imagens de frutas, aludindo ao conceito de alimento saudável. No verso há receitas e sugestões de utili-zação. A agência responsável pelas mudanças foi a Haus Design.

As embalagens de BOPP da linha de papel Chamex, da International Paper (IP), ostentam desde a segunda quin-zena de agosto o selo de certificação florestal Cerflor do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial), garantindo que o produto é ambientalmente cor-reto. É o primeiro papel brasileiro com essa certificação florestal, que segue

os padrões da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e é reconhecida internacionalmente pelo PEFC (Program for Endorsement on Forestry Certification), que permite rastrear a matéria-prima desde a origem da madeira até a etapa final de produção. Além do selo Cerflor, as embalagens da linha Chamex têm no centro outro selo metalizado

para reforçar a informação de que o papel é fabricado a partir de flores-tas 100% plantadas e renováveis. O verso destaca que a empresa segue princípios de sustentabilidade, como a conservação de florestas nativas – a IP mantém 24 000 hectares de matas protegidas como reserva legal. As embalagens são fornecidas pela Papéis Amália e pela Finepack.

Gráfica Romiti (11) 2065-1514www.romiti.com.br

Haus Design (11) 3742-2228www.hausdesign.com.br

Finepack (11) 4496-8808www.finepack.com.br

Papéis Amália (19) 3272-0311www.teruel.com.br

Fullpack(21) 3219-8900www.fullpack.net

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75EmbalagemMarcasetembro 2008www.embalagemmarca.com.br

Edição: flávio palharEs ||| [email protected]

Com foco nas famílias pequenas, a União Fabril Exportadora lança uma embalagem individual de polipropileno (PP), tipo flow pack, para o sabão de coco Ruth. O fechamento dos invólucros

é de fácil abertura. O novo layout segue as cores branca e verde do visual original. As embalagens são fornecidas pela Faropel.

FOtO

s: d

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LgA

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O

Embalados um a umSabão de coco chega ao mercado em flow packs

Faropel(21) 2560-4900www.faropel.ind.br

Estilhaços de vidro

Frascos plásticos se inspiram em outro material

Eastman(11) 4506-1000www.eastman.com

Jacques Llorente+33 1 [email protected]

MBF Embalagens(44) 3220-6617www.augros.com.br

A marca francesa Anna Pegova lança uma nova linha de produ-tos, composta por óleo de banho com chá verde e verbena, dema-quilante 4 em 1, óleo de banho com extrato de maracujá, deso-dorante corporal hipoalergênico e o sabonete líquido hidratante com lichia e chá verde. As novi-

dades são acondicionadas em frascos plásticos, moldados por sopro pela MBF Embalagens, em Maringá (PR), com resina da Eastman que simula a aparência do vidro. O designer francês Jacques Llorente projetou as embalagens com detalhes que lembram estilhaços de vidro.

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76 EmbalagemMarca setembro 2008 www.embalagemmarca.com.br

}}} LANçAMENTOS E NOVIDADES – E SEUS SISTEMAS DE EMBALAGEMDiSplay

O projeto gráfico para as novas misturas para bolo Fleischmann ChocoMousse e Petit Gateau, foca-

das no segmento premium, trocou o amarelo tradicional da marca por dourado e usou fotos de bolos com

requintes de decoração. O projeto, da B+G Designers, inclui uma tipografia diferente para os nomes dos bolos e abrange as duas outras misturas premium da marca, Cappuccino e

ChocoMenta. As embalagens são produzidas com filme de polietile-no (PE) laminado pela Santa Rosa

Misturas finasFleischmann troca amarelo por dourado nas embalagens

Apostando no segmento de saúde e bem-estar, a Surya Brasil lança a linha Botica dos Anjos, que inclui óleos essenciais e ervas para chás. São vinte óleos apresenta-dos em frascos de vidro, produzidos pela Frascolex, deco-rados com rótulos auto-adesivos de polipropileno biorien-tado (BOPP), impressos pela Gráfica Tatoni. As tampas de polietileno (PE) são fornecidas pela Apacê. As ervas de infusão são acondicionadas em sachês de polipropileno (PP) envolvidos por uma estrutura de papel cartão com certificação FSC, produzida pela Hawaii Gráfica. Graças a uma dobra na base da estrutura, o invólucro pode ser colocado em pé nas prateleiras. A identificação das ervas é feita por uma cinta de papel na parte de cima da emba-lagem. O design foi desenvolvido pela Surya.

Bem-estar angelicalÓleos essenciais e chás ganham nova apresentação

Apacê(11) 5011-7611www.apace.com.br

Frascolex(11) 2618-2122www.frascolex.com.br

Gráfica Tatoni(19) 3641-5000www.graficatatoni.com.br

Hawaii Gráfica(11) 4234-1110www.hawaiigrafica.com.br

A Dori Alimentos amplia sua família de produtos com o Toffee Dod’s Supremo, uma variante premium da linha

Toffee Dod’s. As gulosei-mas são acondicio-

nadas em potes de polipropileno (PP), deco-rados pelo sistema in-

mold label (que aplica o rótulo no

momento em que a embala-gem é injetada) pela Pavão. O design é da Benchmark.

Toffee aos potesDori Alimentos amplia portfólio

Benchmark (11) 3057-1222 www.bench.com.br

FOtO

s: d

ivu

LgA

çã

O

Pavão (11) 2967-3337 www.pavao.ind.br

B+G Designers (11) 5041-5727 www.bmaisg.com.br

Santa Rosa Embalagens (11) 3622-2300 www.santarosaembalagens.com.br

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78 EmbalagemMarca setembro 2008 www.embalagemmarca.com.br

}}} rOTulaGEM

Os destaques em auto-adesivosAnunciados os dezenove vencedores da primeira edição do Prêmio Abiea

Associação Brasileira das Indús-trias de Etiquetas Adesivas (Abiea) realizou de 21 a 24 de agosto, em Angra dos Reis (RJ), o 11º Encon-tro Nacional dos Convertedores,

que teve a presença de mais de 300 participantes, entre fornecedores e gráficas. Durante o evento, tomou posse a nova diretoria, que continua com Davidson Thomé como presidente. Também foi entregue o 1º Prêmio Abiea – Excelência em Eti-quetas e Rótulos Auto-Adesivos, organizado pela Abiea e coordenado pela Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG). Confira a seguir os dezenove vencedores do concurso.

A Bebidas Empresa: Metiq Soluções Comerciais Produto: Singular Nebbiolo

FarmacêuticosEmpresa: Gráfi cos Sangar Produto: Rótulo Avotan La – 500ml

Industrial Empresa: Stickolor Ind. Com. de Auto Adesivos Produto: Painel De Controle – Pratice 6 Kg

Segurança Empresa: Tyrex Mercantil e Industrial Produto: Lacre Void Spider – Pirelli

Produtos AlimentíciosEmpresa: Vilac Rótulos e Etiquetas Adesivas Produto: Muscle Whey Protein No2

Cosméticos e Cuidados Pessoais Empresa: Vilac Rótulos e Etiquetas Adesivas Produto: Shampoo Biofort

Etiquetas Empresa: RR Ind. E Com. de Etiquetas Produto: Tag Acesso – Cristo Redentor

Higiene e Limpeza Empresa:Mack Color Etiquetas Adesivas Produto:Amonix Citrus

Marketing – produto final

Empresa: Gráfi cos Sangar Produto: Trip Liquid

prêmio especial de inovação

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Digital Empresa: Mack Color Etiquetas Adesivas Produto: Araras – Grand Food

LetterpressEmpresa: Mack Color Etiquetas Adesivas Produto: Mon Bijou Harmonia

Híbrida (Combinada) Empresa: Gráfi ca Nova Fátima – Catuaí Print Produto: CondicionadorH2o – Evolution Orquídea Gloss 350 Ml

Substrato Avery Dennison do Brasil

Máquinas e Equipamentos Etirama Indústria de Máquinas

Tintas Flint Ink do Brasil – Xsys

Facas MLC Indústria Mecânica

Serigrafi a Empresa: Tyrex Mercantil e Industrial Produto: Latina Le 4.6 Ms

Offset Empresa: Pantone Gráfi ca e Editora Produto: Microondas – Facilite Middi 25 L – Consul

Flexografi a Empresa: Pantone Gráfi ca e Editora Produto: Chateau Lacave – Vinho Tinto Seco Fino

www.embalagemmarca.com.br

fornecedores

processos de impressão

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80 EmbalagemMarca setembro 2008 www.embalagemmarca.com.br

}}} índICE dE anunCIanTES

Anunciante Página Telefone Site

abeaço 23 (11) 3842-9512 www.abeaco.org.bramazon Coding 33 (11) 3133-7666 www.amazoncoding.com.brarco Convert 77 (11) 2061-8099 www.arco.ind.brarmor 49 (92) 4009-3555 www.armor-brasil.comavery dennison 57 0800 701 7660 www.fasson.com.brBetim Química 39 (31) 3358-8500 www.betimquimica.com.brBIC label 13 0800 260434 www.biclabel.com.brBluestar Silicones 69 (11) 3747-7887 www.bluestarsilicones.comBraga 37 (19) 3897-9720 www.braga.com.brBraskem 25 (11) 3576-9000 www.braskem.com.brClariant 35 (11) 5683-7834 www.clariant.comCobrirel 79 (11) 2081-6555 www.cobrirel.com.brComprint 65 (11) 3371-3371 www.comprint.com.brCongraf 7 (11) 3103-0300 www.congraf.com.brEMCr 75 (11) 5934-3183 www.emcrinducao.com.brFrasquim 79 (11) 6412-8261 www.frasquim.com.brGironews 71 (11) 3675-1311 www.gironews.com.brGráfica rami 41 (11) 4587-1100 www.ramiprint.com.brGrand Pack 67 (11) 4053-2143 www.grandpack.com.brGysscoding 27 (11) 5622-6794 www.gysscoding.com.brIndemetal 53 (11) 4013-6644 www.indemetalgraficos.com.brIndexflex 11 (11) 3618-7100 www.indexflex.com.brKromos 63 (19) 3879-9500 www.kromos.com.brlamipack 19 (49) 3563-0033 www.lamipack.com.brlimer-Cart 21 (19) 3404-3900 www.limer-cart.com.brloop 79 (19) 3404-6700 www.loop.ind.brMetrolabel 73 (11) 3603-3888 www.metrolabel.com.brMintel 14 +1 (312) 450-6103 www.mintel.comMoltec 75 (11) 5693-4600 www.moltec.com.brMüller-Martini 61 (11) 3613-1000 www.mullermartini.com.brnilpeter 51 (11) 3729-9207 www.nilpeter.com.brnovelprint 75 (11) 3760-1500 www.noveltech.com.brnZ Philpolymer 23 (11) 4716-3141 www.gruponz.com.brOwens-Illinois 4ª capa (11) 2542-8084 www.oidobrasil.com.brPantone 45 (11) 4072-4100 www.pantonegrafica.com.brPoli Paper 75 (11) 6412-3550 www.polipaper.com.brPropack 59 (11) 4785-3700 www.propack.com.brQualipack 29 (11) 2066-8500 www.qualipack.com.brQuattor 2ª capa (11) 3583-5900 www.quattor.com.brrotatek 59 (11) 3215-9999 www.rotatek.com.brSimbios-Pack 79 (11) 5687-1781 www.simbios-pack.com.brSonoco For-Plas 5 (11) 5097-2750 www.sonocoforplas.com.brTetra Pak 3ª capa (11) 5501-3205 www.tetrapak.com.brTyrex 47 (11) 3612-4255 www.tyrex.com.brvideojet 31 (11) 4689-8800 www.videojet.comWheaton 9 (11) 4355-1800 www.wheatonbrasil.com.br

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Karina Spina, Coordenadora de Marketing e Novos Negócios

É liDa porQUe É Boa. É Boa porQUe É liDa.

www.embalagemmarca.com.br • (11) 5181-6533(11) 2291-6033www.prakolar.com.br

Tenho contato com EmbalagemMarca desde os tempos em que atuava em agência de publicidade. Mas fui conhecer efetivamente a publicação quando comecei a trabalhar na Prakolar. Quem atua no mercado de embalagens não pode deixar de anunciar na revista, não importa em que elo da cadeia esteja. EmbalagemMarca é uma revista conceituada e efetiva, que prima pela quali-dade desde o atendimento aos clientes até a impressão e a distribuição.

No planejamento de marketing da Prakolar não tem como faltar uma progra-mação de inserções na revista, pois é através dela que muitas vezes levamos aos nossos clientes e prospects alguma novidade ou desenvolvimento espe-cial, pois temos a certeza que chegará às mãos dos decisores de compras de cada empresa.

(11) 2291-6033

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AlmanaqueAlmanaque

82 EmbalagemMarca setembro 2008www.embalagemmarca.com.br/almanaque

Você sabia?

As origens da MelittaEm 8 de julho de 1908, uma dona de casa alemã criou um utensílio que mudou a forma de tomar café no mundo: o coador descartável. Como recebia queixas de seu marido quanto ao gosto do café que preparava, ela percebeu que a causa era o resíduo acumulado dos preparados anteriormente no coador de pano. Melitta Bentz (era esse seu nome) recortou um pedaço redondo de mata-borrão e com ele cobriu o fundo de uma caneca de latão na qual fizera vários furos. O resultado foi o pri-meiro filtro de papel do mundo.A inovação só chegou ao Brasil sessenta anos depois, junto com os porta-filtros de plástico que passaram a ser produzidos pela indústria que se fortaleceu com o nome de Melitta, hoje uma das maiores exportadoras mundiais de café processado. Aqui, o suces-so da empresa levou-a a adquirir, em 1977, a Celupa – Industrial Celulose e Papel Guaíba. Só então o Brasil atingiu a auto-suficiência em papel filtrante.

A silhueta que aparece na logomarca da Dr. Oetker é de uma trabalhadora da empresa alemã, criada em 1891 pelo farmacêutico August Oetker (ver EMBALAGEMMARCA 74, seção Almanaque). A funcionária – cujo nome ninguém sabe – foi vencedora de um concurso interno de beleza no começo do século XX. O prêmio era a reprodução da silhueta na logomarca da companhia. Com o passar dos anos, o logo foi mudando, mas a silhue-ta continuou presente. No Brasil, a filial da empre-sa foi aberta na década de 1930, com o nome “Cabeça Branca” – uma referência à logomarca. Os produtos passaram a ser comercializados com a marca “Otker” nas embalagens em 1984. A partir de 1996, a marca passou a ser “Oetker”. Somente em 2001 houve o alinhamento à marca internacional “Dr. Oetker”.

Silhueta eternizada

Fitas para abrir melhorEm 1911, o empresário Percy Philip Payne criou a PP Payne, indústria que fornecia fitas de algodão para a indústria têxtil de Nottingham, na Inglaterra. Em 1950, desenvolveu uma fita adesiva de fibras de algodão, que passou a ser usada para facilitar a abertura de caixas de papelão e sacos de pano. Na década de 1980, a companhia criou uma fita plástica com revestimento adesivo para a abertura de embalagens, ou sistema abre-fácil.

Era o primeiro fitilho – que fica na parte de dentro do filme que reveste a embalagem e o rasga – voltado a embalagens destinadas ao consumi-dor final. Hoje o fitilho está presente em embalagens de biscoitos, cigarros, balas, vinhos e papel higiênico, entre muitas outras. Em 1996 a PP Payne foi comprada pela Filtrona e em 2005 se fundiu à Morane e à Laminex, que faziam parte do mesmo grupo, dando origem à atual Payne.

De 1892 a 1894 foram patenteados, só nos

Estados Unidos, mais de 1 500 tipos de

tampas para garrafas. Apenas em 1894 foi inventado o abridor,

pelo norte-americano William Painter, tam-

bém criador da tampa tipo crown (chapinha). Até então, as tampi-nhas eram retiradas das garrafas com a ajuda de utensílios, como facas ou ferra-

mentas de beirada fina.

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