revista embalagemmarca 072 - agosto 2005

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Edição de agosto de 2005 da revista EmbalagemMarca.Visite o site oficial da revista http://www.embalagemmarca.com.br e o blog http://embalagemmarca.blogspot.com

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Um dia o país vai mudar para valerm meio à recente chuva de detritos que se abateu sobre

o quadro político brasilei-ro, ouve-se dizer que, devi-do aos respingos gerais, os negócios podem ficar paralisados. Respeitados aqueles que a adotam por real temor, vemos certa hipocrisia nessa postura, cujo tamanho os meios de comunicação, na condição de instrumentos políticos que são, ampliam, enquan-to apresentam a bandalhei-ra como novidade. Nem os negócios estancaram, nem a sujeira é coisa nova. Ao fundo, como no livro de Lampedusa, o que se

parece estar buscando é “mudar, para que tudo con-tinue como está”.De nossa parte continua-mos a acreditar que, como diz o mote do governo ora na berlinda, e apesar dele, “o melhor do Brasil é o brasileiro”. Por entender-mos e vermos no dia-a-dia que a parte maior da nação quer trabalhar honesta-mente, insistimos em colo-car nossas fichas no único jogo em que o ganho é certo: investir e inovar. O êxito de EMBALAGEMMAR-CA em seus seis anos de vida nos diz que é uma aposta acertada.Graças a essa política, nos

razoavelmente maduros dezoito anos desta empre-sa sobrevivemos a todas as políticas governamen-tais e até nos fortalecemos. Por isso, tenho a satisfação de informar que estamos investindo com vistas a oferecer aos profissionais e às empresas que inte-gram a cadeia de emba-lagem não só uma revista mês a mês aperfeiçoada, mas também novos pro-dutos capazes de contri-buir para seu crescimento. Aguardem novidades para breve. O Brasil não vai parar. Um dia vai mudar para valer. Trabalhemos. Até setembro.

Estamos investindopara oferecer à cadeiade embalagem não só uma revistaaperfeiçoada, mas também novosprodutos quecontribuam paraseu crescimento.Aguardem novidadespara breve

Wilson Palhares

E

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Reportagem de capa:SopasEvidenciado pelo inverno,

mercado de sopas industrializadas

favorece consumo de estruturas flexíveis e ganha rentabilidade ao explorar apelos dos produtos de consumo indi-

vidual e preparo instantâneo

MarcasFamoso tônico à base de óleo de fígado de bacalhau, Emulsão Scott muda embalagem e estréia nos supermercados

MateriaisVidraria CIV investe nomercado farmacêutico

Making OfA estréia da Assolan no mercado de detergentes em pó, através de cartuchos e flexíveis plásticas

AlimentosFermento em pó incrementa vendas com potes plásticos e shrink labels

Artigo: FlexíveisEspecialista em soluções resseláveis para embalagens aborda tendências e possibilidades dessa área

LácteosBatavo cresce deixando o escândalo Parmalat para trás

BebidasApós dezes-seis anos, marca Kitano volta às pra-teleiras de chás

FármacosUm dos mais tradicionais do país, xarope Melagrião ganha mercado com reformulação gráfica

12

42

48

nº 72 • agosto 2005Diretor de Redação

Wilson [email protected]

ReportagemFlávio Palhares

[email protected] Kamio

[email protected] Haberli Silva

[email protected] Colaborou nesta edição: Livia Deorsola

Departamento de ArteCarlos Gustavo Curado (Diretor de Arte)

[email protected]é Hiroshi Taniguti (Assistente)

AdministraçãoMarcos Palhares (Diretor de Marketing)

Eunice Fruet (Diretora Financeira)

Departamento [email protected]

Karin TrojanWagner Ferreira

Circulação e AssinaturasMarcella de Freitas Monteiro

[email protected] anual: R$ 90,00

Público-AlvoEMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais que ocupam cargos de direção, gerência e supervisão em empresas integrantes da cadeia de embalagem. São profissionais envolvidos com o desenvolvimento de embalagens e com poder de decisão colo-cados principalmente nas indústrias de bens de consumo, tais como alimentos, bebidas, cosméticos e medicamentos.

Filiada ao

Impressão: Congraf Tel.: (11) 5563-3466

EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda.Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo

Antonio - CEP 04718-040 • São Paulo, SPTel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463

Filiada à

www.embalagemmarca.com.br

O conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA é resguardado por direitos autorais. Não é per-mitida a reprodução de matérias editoriais publicadas nesta revista sem autorização da Bloco de Comunicação Ltda. Opiniões expressas em matérias assinadas não refle-tem necessariamente a opinião da revista.

6 Espaço Aberto Opiniões, críticas e sugestões de nossos leitores

8 Display Lançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens

66 Almanaque Fatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens

3 Editorial A essência da edição do mês, nas palavras do editor

29

20

30

58 Conversão e Impressão Produtos e processos da área gráfica para a produção de rótulos e embalagens

38 Panorama Movimentação no mundo das embalagens e das marcas

50

35

28IL

USTR

AÇÃO D

E CAPA:

JOSÉ

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OSH

I TA

NIG

UTI

54

14 Internacional Destaques e idéias de mercados estrangeiros

34 Equipamentos Lançamentos em bens de capital para linhas de embalagem

Especial Ambiente e ReciclagemUm panorama da reciclagem dos diversos tipos de embalagens no Brasil numa reportagem especial. O que mudou desde o levantamento anterior de EMBALAGEMMARCA, realizado há cerca de quatro anos

PlásticosInteressada no mercado de calçados, Polibrasil lança nova linha de embalagens de polipropileno

64 Índice de Anunciantes Relação das empresas que veicularam peças publicitárias nesta edição

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PARABÉNS À EQUIPE

Recebemos o exemplar nº 71 da magnífica revista EMBALAGEM-MARCA (julho 2005), no qual é destacado nosso recente lança-mento de geléias linha premium, sobre valor agregado pelas emba-lagens da Nadir Figueiredo. Ao agradecermos sua atenção, cabe-nos salientar a execelente qua-lidade editorial da revista – que sem dúvida se incorpora ao que de melhor existe ao parque gráfico nacional.

Amilcar Fuhro ZanottaDiretor

Shelby Ind. de Conservas Ltda.Pelotas, RS

Excelente a edição da revis-ta nº 71 (julho 2005). Parabéns. Cumprimentos a todos os inte-grantes da equipe.

Daniel FleischerMarketing

Ipiranga Petroquímica S.A.Porto Alegre, RS

Ficou muito bonita a reportagem sobre a Nadir Figueiredo, na qual aparecem nossos potes da linha premium (EMBALAGEMMARCA nº 71, julho 2005). Parabéns e um grande abraço.

Rogério ByczykGerente de marketing

Predilecta Alimentos Ltda.Matão, SP

“ALIJAMENTO”

Com pesar mais uma vez encon-trei matéria em EMBALAGEMMARCA que ignora nossa empresa, a RR Papéis. Primeiro, foi na reporta-gem sobre lacres (nº 70, junho 2005), agora, na de rótulos para vinhos (nº 71). Fomos pionei-ros em auto-adesivos nestes dois segmentos, e tenho certeza de que poderia ter enriquecido essas matérias com produtos e experiên-cias de mercado que a RR Papéis já vivenciou e dos quais participa com destaque. Gostaria de enten-der a razão desse alijamento.

Davi DominguesDiretor

RR PapéisSão Paulo, SP

O repórter que fez o trabalho informa não ter consultado a RR Papéis porque desconhecia os fatos citados pelo missivis-ta. A pauta anual de reporta-gens é enviada aos interessados e foi enviada no início do ano à RR Papéis. Com base nela as empresas podem programar sua comunicação com a revista, e muitas empresas a utilizam pró-ativamente com esse fim. Nessa pauta, os itens “Fechamentos” e “Vinhos” aparecem respectiva-mente como temas para os meses de junho e julho de 2005, o que deve ter passado despercebido ao pessoal da RR Papéis.Ao sr. Domingues pedimos obser-var que outros fornecedores, tão importantes quanto a RR Papéis, também não foram citados na matéria, pois não é possível con-sultar todos a cada edição, seja por falta de tempo, seja por falta de espaço ou ainda por desinfor-mação e às vezes por falta de res-posta a perguntas da redação.Pedimos também ao sr. Davi Domingues que debite o aconteci-do a um erro involuntário nosso, não a intenções, como dá a enten-der sua referência a “alijamen-to”. Solicitamos ainda levar em conta que a RR Papéis é uma

das empresas que menos moti-vos deve ter para queixar-se de alijamento em EMBALAGEMMARCA. Sugerimos, se tiver tempo, que compare quantas vezes a empresa deixou de entrar em matérias na revista (duas, como aponta) com as incontáveis oportunidades em que foi citada. Esteja certo o sr. Domingues de que continuaremos a dar nosso apoio à RR Papéis e a ele pessoalmente.

EDIÇÃO DE ANIVERSÁRIO

A revista nº 70 (junho 2005) ficou espetacular. Como já comen-tei em outras oportunidades, con-sideramos EMBALAGEMMARCA a melhor revista do segmento. Vocês vêm se superando a cada edição, nos detalhes de acaba-mento, na qualidade de impres-são, nos assuntos abordados, no atendimento – enfim, tudo muito bom. Feliz aniversário para toda a equipe. Agradecemos muito pela nossa participação na reportagem de capa, “Transparência”. Um grande abraço a todos, parabéns e muito sucesso.

Léo Mussulini Machado Coordenador de marketing

Igel S/A Embalagens, Cachoeirinha, RS

Parabéns a todos pelos seis anos da revista, pela inova-ção, pela qualidade editorial e pela capa da edição de julho de EMBALAGEMMARCA, transparente e com todos os outros recursos muito bem aplicados. Espetacular! A edição também está ótima.

Assunta Napolitano Camilo Diretora

FuturePackSantana de Parnaíba, SP

Congratulações à equipe de EMBALAGEMMARCA pelo exce-lente trabalho, que lhes permitiu completar seis anos de atividades merecendo o respeito daqueles que militam no mercado brasileiro de embalagens, a ponto de tornar-se uma referência. Tornar-se uma

6 >>> EmbalagemMarca >>> agosto 2005

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referência em um mercado tão competitivo exige competência, esforço e persistência. Manter-se como referência, ano após ano, exige de todos os envolvidos muita determinação para não per-der o foco e desviar-se do objeti-vo. Parabéns.

Carlos RosaDiretor

Gesmat Assessoria em NegóciosSantana de Parnaíba, SP

Gostaria de parabenizá-los pelos seis anos da revista. Aproveito para desejar mais seis mil, porque EMBALAGEMMARCA realmente é excelente, sobretudo para o meu trabalho. A edição de aniversário está muito bonita e tem matérias muito interessantes, por isso tam-bém não posso deixar de parabe-nizá-los. Felicidades e sucesso a todos.

Célio M. MattaDesigner

São Paulo, SP

Recebi a edição de junho de EMBALAGEMMARCA, comemoran-do o sexto aniversário de existên-cia. Parabéns! Torço para vocês continuarem esse trabalho e cres-cerem cada vez mais, porque a revista que editam é da melhor qualidade. Bonita, precisa e com um conteúdo técnico de primeirís-sima linha.

João SerraAdvogado

São Paulo, SP

ALMANAQUE

Escrevo este e-mail para para-benizar EMBALAGEMMARCA pela sessão Almanaque. Essa sessão é simplesmente demais! Todos aqui na empresa a lêem todos os meses. Parabéns por levarem sem-pre assuntos incriveis em todas as edições.

Christiano R. RuizDiretor

A Olímpica Balas Chita (Santabina Alimentos)

Ribeirão Preto, SP

CORREÇÕES• Na edição de junho de 2005, página 92 (“Anticaspa com esmero na decora-ção”), sobre os xampus e condiciona-dores Elsève Anticaspa, da L’Oréal, a Alpla foi erroneamente mencionada como fabricante das tampas das quatro versões de xampu. Na realidade, essa empresa fornece os frascos dos xampus. Os do condicionador são feitos pela Igaratiba. A Seaquist Closures fornece as tampas tanto dos xampus quanto dos condi-

cionadores. A propósito, na página 60 da mesma edição (“Alternativa às sport caps”) o número de telefone da Seaquist Closures saiu errado. O correto é (11) 4143-8900.• A Gráfica 43 é a responsável pelo for-necimento do novo rótulo de Nescau, diferentemente do que foi publicado na reportagem “Mudanças que dão gosto” (EMBALAGEMMARCA nº 71, julho de 2005). O telefone da Gráfica 43 é (11) 3862-1117.

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Melitta remoça família de solúveisA Melitta renovou a identidade visu-al de sua linha de bebidas solúveis, composta pelos produtos Instantâneo (café solúvel), Puccino (mistura para capuccino) e Café com Leite. A marca Melitta, com seu logotipo verde aplica-do em fundo vermelho, ganhou desta-que em todas as embalagens. No Café com Leite e no Puccino, latas de aço

foram substituídas por latas cartonadas multifoliadas, fornecidas pela Sonoco For-Plas com lacre de alumínio para proteção e sobretampa plástica. Já o café solúvel Instantâneo possui duas opções de apresentação: frascos de vidro, fabricados pela Cisper, com tam-pas da Sonoco, e refis, em stand-up pouches convertidos pela Empax.

Perfume em frasco bicolorA L’acqua di Fiori lança uma nova versão para a deo-colônia mas-culina U.Man, o U.Man Sport. O frasco de vidro bicolor, azul e verde, assina-do por Jérôme

Dinand, de Paris, é produzido pela italiana Bormioli Luigi, com a pin-tura realizada pela MegaPlast. A tampa é da AB Plast, a válvula, da Calmar e o cartu-cho, da Kingraf.

Eisenbahn introduz novos rótulosPela primeira vez desde a criação da marca, há três anos, os rótulos da cerveja Eisenbahn ganharam novo desenho, com ornamentos dourados e grafia mais leve, a fim de facilitar sua leitura. O trenzinho que aparece no rótulo foi reestili-zado. A imagem remete ao signifi-cado do nome da marca – estrada de ferro, em ale-

mão – e homenageia a antiga esta-ção ferroviária do Salto Weissbach, onde está localizada a empresa, em Blumenau (SC). Cada variante de cerveja da marca ganhou uma cor para o rótulo, de acordo com o sabor e a complexidade do proces-so de fabricação. Outra novidade é a presença da frase “Gebraut nach dem Deustches Reinheitsgebot

Von 1516”, a lei alemã da pureza, de 1516, em seu idioma original. Os rótulos, de papel, são impressos pela Gráfica Baumgarten, e o design é do próprio departa-mento de marketing da cervejaria.

de ferro, em ale- dem Deustches Reinheitsgebot

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Maioneses em paralelepípedosAs novas maioneses Arisco, da Unilever, acabam de ganhar potes de PET de 500g e 250g, da Amcor, em formato de paralelepípedo. “A embalagem é prática e pode ser reaproveitada pela consumidora”, considera Marcela Mariano, gerente

de marketing do produto. O rótulo de papel que envolve os potes, pro-duzido pela Dixie Toga, também foi reformulado visualmente pela Usina de Desenho e agora traz a foto de uma mulher. As tampas plásticas, de polipropileno (PP), são da Plastek.

O creme para assaduras Hipoglós, da Procter & Gamble, passa pela primeira mudança de apresenta-ção desde que foi lançado no Brasil, em 1939. Farmácias de todo o país já disponibilizam a pomada em uma nova bisnaga plástica, substituta da tradicional metálica. A novidade atende à principal soli-citação das consumidoras de creme para assaduras, de acordo com pesquisas realizadas pela P&G: uma embalagem mais prática. A nova embalagem

plástica de Hipoglós está disponível nos tamanhos 45g e 90g. Os tubos são produzidos pela Betts, e os cartuchos, com aba, pela Emibra. O design gráfico é da Grey. Em tempo: a P&G manterá no merca-do o tubo metálico, porém somen-te na versão 100g.

Hipoglós, uma sessentona repaginada

ERRATANa reportagem “Anticaspa com esmero na decoração”, em EmbalagemMarca 70 (junho) sobre os shampoos e condiciona-dores Elsève Anticaspa, da L’Oréal, a Alpla

é mencionada como fabricante das tampas deste produto. A Alpla fabrica os frascos e a Seaquist Closures fornece as tampas.O número de telefone da Seaquist Closures do Brasil (11) 4143-8900.

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Baldes3,6L10 L12 L16 L18 L20 L22 L

www.integralpack.com.br

Cosmética

PET

Alimentícia

Tel: (11)5535 1110 / Tel-Fax: (11)5533 1076Tel: (11)5535 1110 / Tel-Fax: (11)5533 1076

Embalada pelos sucessos de vendas do Milho Verde e das Ervilhas em potes de vidro, a Olé lança agora a Seleta de Legumes, aumentando sua linha de vegetais em conserva. Os recipientes de vidro de 310g são fornecidos pela Owens-Illinois. As tampas abre-fácil são produzidas pela Metalgráfica Rojek. Os rótulos são impressos pela Mack Color.

Sagatiba tem nova tampa

A Pom Pom está lançando duas novas linhas de fralda descartá-vel infantil. As marcas Conforto Básico e Top Confort se junta-ram aos mais de trinta produtos, entre fraldas geriátricas, cosméti-cos e absorventes multiuso, que

a empresa fabrica. O visual dos novos produtos foi desenvolvi-do pela agência paulistana Spice Design, e as embalagens flexíveis em que eles são acondicionados são produzidas em filme plástico pela Incoplast.

Novidades da Pom Pom em flexíveis

Uma carona noembalo das irmãs

A Sagatiba está lançando uma nova embalagem na linha cachaça pura. A gar-rafa agora vem com tampa de alumínio ROPP substituindo a rolha de cortiça. A nova tampa é produzida pela

Alplast, representada no Brasil pela Pasp. A garrafa

é da Owens-Illinois, e os rótulos, da Prodesmaq.

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uma de suas características. Tornar os cartuchos e rótulos mais

atraentes e fáceis de ler, colocando todas as informações técnicas nas bulas, foi um dos objetivos da mais recente refor-mulação visual por que passou o xarope Melagrião, carro-chefe do Laboratório Catarinense. Desenvolvido no ano pas-sado pelo escritório Design Inverso com auxílio de um levantamento de mercado feito pela Lauster Pesquisas com con-sumidores de Joinville, Porto Alegre e Curitiba, o atual layout foi adotado também na linha de pastilhas e spray da marca.

omo indica uma antiga embalagem do tradicional xarope Melagrião, houve um tempo em que a tarefa

hoje desempenhada por bulas cabia a outros componentes dos sistemas de acondicionamento de fármacos. Numa versão de 1946 (foto ao lado), o pro-duto trazia nos rótulos e cartuchos suas indicações e posologias. As letras não eram tão miúdas quanto as que fazem a fama de difícil leitura dos impres-sos que acompanham os remédios atu-ais, mas as embalagens do Melagrião tinham na densidade de informações

fármacos >>> redesign

Cartuchos ilustrados modernizam xarope Melagrião

C

Leveza em relevo

O xarope Melagrião foi lançado pelo Laboratório Fernando Boettger com o nome Agriomel. A pri-meira licença produtiva foi concedida pelo então Departamento Nacional de Saúde – Divisão de Saúde Pública, em 1918. Com a incorporação do Laboratório Fernando Boettger pelo Laboratório Catarinense, em 1946, o produto, denominado Melagrião em 1941, iniciou a trajetória que o leva-ria à disputa da liderança da categoria de xaropes fitoterápicos no Brasil. Quando foi lançado, os principais meios de divulgação do Melagrião eram o rádio e o Almanaque Renascim, peça promocional

que era distribuída em todo o país, de onde foram recortadas algumas das imagens que ilustram esta reportagem. Nos anos 40 os rótulos e cartuchos do tradicional xarope “barriga-verde” – como os catarineneses apreciam definir-se e definir tudo o que é de seu Estado – seguiam o estilo decorativo art déco, caracterizado por formas aerodinâmicas, retilíneas, simétricas e ziguezagueantes. O aspecto de medicamento caracterizava a marca até a repa-ginação feita no ano passado em substituição ao layout criado em 1995, quando o produto passou a ser classificado como fitoterápico.

As origens do xarope barriga-verde mais antigo do país

FOTO

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ULG

AÇÃO

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agosto 2005 <<< EmbalagemMarca <<< 13

Ganhando mercadoNa versão xarope, além de ganhar car-tuchos com acabamento em alto-rele-vo, fornecidos em cartão duplex pela gráfica Meyer, os produtos adotaram frascos de PET da AB Plast, e tampas da Alcoa. Com o reposicionamento, Luís Fernando Kleimmann, gerente de marketing do Laboratório Catarinense, projeta crescimento de vendas de 25% ao ano.

Classificado como fitoterápico desde 1995, o xarope Melagrião explo-ra de outras formas gráficas o apelo de produto elaborado com ingredientes

naturais. “Com o passar dos anos, a embalagem ficou pouco atraente, por isso pensamos em uma solução que mantivesse algumas linhas do dese-nho tradicional, mas criasse um apelo para os produtos usados na composição do medicamento”, assinala o designer Eurico Ludwig, gerente do projeto de reformulação da linha Melagrião. Entre os ícones usados com esse fim há nas novas embalagens um splash indicando a presença de guaco na fórmula, além de ilustrações de favos de mel.

A força da tradição manteve a pre-dominância da cor laranja nos cartu-

AB Plast(47) 451-9105www.abplast.com.br

Alcoa0800-159-8888www.alcoa.com.br

Design Inverso(47) 441-7766www.designinverso.com.br

Gráfica Meyer SA(47) 433-3044www.graficameyer.com.br

Lauster Pesquisas(47) 422-0155www.lauster.com.br

chos, e o nome Melagrião na vertical em uma das faces da embalagem, como era no modelo anterior. “Inovamos mais nas outras duas faces, onde há predominân-cia de cores e a imagem do favo de mel e do splash”, conclui Eurico Ludwig.

FORÇA DA TRADIÇÃO– Sequência mostra evo-lução das embalagens de Melagrião de 1945 a 1995. Na página anterior, anúncio de 1946 destaca cartucho contendo indicações e posologia do xarope

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14 >>> EmbalagemMarca >>> agosto 2005

Os melhores usos do alufoilEm meados do século passado, a incorporação às embalagens da folha de alumínio – ou alufoil, num anglicis-mo estabelecido no jargão mundial do packaging – representou um grande salto técnico nos processos de acon-dicionamento de produtos. Fazendo jus a tal importância, a EAFA – Euro-pean Aluminium Foil Association, enti-dade representante dos interesses da cadeia européia de valor desse

material, dedica anualmente um prê-mio, o Alufoil Trophy, às embalagens que melhor aproveitam-no, seja como agente de barreira, em seu papel mais difundido, ou com fins estéticos. “Os muitos benefícios do foil de alumínio freqüentemente não são percebidos pelas indústrias usuárias e pelos con-sumidores, pois ele é geralmente utili-zado em associação com outros mate-riais de embalagem, ficando escon-

dido”, diz Bill Morris, presidente da EAFA e executivo da Alcan. A seguir, EMBALAGEMMARCA apresenta os cinco ganhadores da edição de 2005 desse prêmio, revelados na ocasião da Inter-pack 2005, ocorrida no fim de abril na cidade alemã de Düsseldorf – onde, a propósito, fica a sede da EAFA. Infor-mações sobre a associação ou sobre o prêmio podem ser obtidas no site www.alufoil.org.

Bombons comemorativos exploram apelo visualOs sofisticados envoltórios dos bom-bons Chocolat Pavot renderam um troféu à Alcan Packaging. Lança-dos para celebrar o centenário da fabricante da guloseima, a Storck, os bombons ganharam uma solução em apresentação que não só preserva seu aro-ma, pontuado por traços de papoula selvagem, mas também os eno-brece. Os doces são individualmente envolvi-dos por uma combinação de foil de alumínio e papel vermelho acetinado, simulando pétalas de papoula. O foil de alu-

mínio é revestido por um verniz especial de proteção e decorado com o logo Chocolat Pavot em

relevo. Como toque final, os bom-bons são acondicionados

numa caixa octogonal de papel cartão, que, aberta, serve

de bandeja decora-tiva. “Esse caso ilus-tra como o foil de alu-mínio oferece não só propriedades de pre-servação do aroma,

mas também opções de design visualmente apelativas”, dizem os jurados do Troféu.

Potes que vão ao encontro do estilo de vida modernoO Alu-Bowl, pote para refei-ções prontas da Impress Group capaz de ir ao for-no de microondas e com sistema de fácil abertura, ganhou um troféu pelo fato de os jurados creditarem-no como “uma solução que vai ao encontro dos esti-los de vida atuais”. Essa embalagem foi adotada pela alemã Dreistern Kon-serven em sua linha Hot & Cool, composta por seis variantes de pratos pron-tos. Complementados por uma sobretampa plástica, utilizada durante o aque-

cimento, e um garfo, os potes têm em sua estrutura um foil de alumínio espe-cial, próprio ao aquecimen-to por microondas, e são decorados por impressão em seis cores. O selo de vedação dos potes, tam-bém em alufoil e com pro-priedade easy peel (fácil abertura), é igualmente gra-vado em seis cores. “Os produtos têm um formato atrativo e podem ser consu-midos em casa, no escritó-rio ou onde haja um forno de microondas por perto”, comenta o júri da EAFA.

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16 >>> EmbalagemMarca >>> agosto 2005

A Hueck Folien desenvolveu o que brande ser um avanço tecnológico de impacto na área de foils: o QuickAlu, um foil preto presente nos refratá-rios Toppits FixGrill e no papel alumínio para uso doméstico Fix-Brat Alu da indústria ale-mã Cofresco Frischhaltepro-dukte. A negritude se deve à aplicação de um revestimen-to ao tradicional foil metálico por meio de nanotecnologia,

o que turbina o aquecimen-to de alimentos. Conforme explica a Hueck Folien, o foil preto absorve o calor do for-no e o direciona ao alimento, fazendo com que carnes, por exemplo, possam ser assa-das num tempo 30% menor que na utilização de papel alumínio clássico. “A maior rapidez também significa menores gastos com ener-gia”, lembra a EAFA.

Nanotecnologia turbinaaquecimento e gera economia

Numa área invisível aos olhos do consumidor, mas nem por isso menos importante na cadeia produtiva, uma emba-lagem de transporte motivou um troféu para a companhia Protective Packaging. O Pro-tectAtainer é uma alternativa a contêineres rígidos e semi-rígidos, viabilizando, segun-do sua fabricante, transporte de mais de 20 000 quilos de produtos que, nos métodos corriqueiros, são embarca-dos em lotes de até 15 000 quilos. Um laminado de foil de alumínio garante proteção

climática a itens suscetíveis a danos causados por umi-dade, oxigênio, raios ultravio-leta, temperaturas extremas e migrações de odor. Liners especiais também podem ser aplicados na estrutura para atender necessidades especiais da indústria usuá-ria. Na análise do júri, as qualidades de proteção e de dinamização da cadeia de suprimento somaram-se ao benefício ambiental dessa embalagem, construída com menos material que as solu-ções concorrentes.

Alternativa flexível garante maior proteção climática

Um stand-up pouch para molhos para saladas da Unilever Bestfoods do Reino Unido resultou num troféu para a multinacional finlandesa Huh-tamaki. Os molhos Knorr Creamy Parsley Sauce foram lançados no fim de 2004 num pouch cuja estrutura, além do foil de alumínio, apresenta, entre outros materiais, PET e polipropileno. No quesito decoração, a embalagem é impressa em seis cores em rotogravura, com aplicação de verniz matte (fosco) para evitar manchas e minimizar rugas na camada superficial, deri-vando, assim, num visual de alto impacto nas gôndolas. O júri considerou a combinação de propriedades técnicas e decorativas merece-dora do troféu “por mostrar mais um avanço em stand-up pouches, embalagens largamente escoradas no foil de alumínio, propiciando algo mais ao acondicionamento de molhos”.

Pouch de alto impacto para molhos de saladas

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18 >>> EmbalagemMarca >>> agosto 2005

ebulição do desenvolvi-mento de apresentações para água mineral, ins-tilada pelo crescimen-

to mundial do consumo da forma industrializada dessa bebida nos últimos anos, acaba de estender o tapete para as embalagens flexíveis. Ocorre que a multinacional austra-liana Amcor anunciou na Europa a AquaFlexCan, um “saquinho” para água. Derivada da FlexCan, um stand-up pouch lançado há cerca de três anos como alternativa às embalagens rígidas para bebidas, a novidade mira as empresas ávi-das por diferenciar suas águas nas gôndolas e o público em busca de conveniência e praticidade no con-sumo do produto.

Segundo Bruno Brünisholz, gerente de desenvolvimento de mercado da divisão de flexíveis da Amcor, é líquido e certo que a AquaFlexCan irá atrair olhares nos pontos-de-venda. “Além do forma-to inovador ela garante um visual de alto apelo, pois toda a sua superfície pode receber impressão, inclusive

no topo e na base”, ele diz. O aces-so ao conteúdo da embalagem se dá pelo sistema de fácil abertura Tear-n-Sip, representado por uma mem-brana que recobre um orifício de saída. O consumidor simplesmente a destaca com as mãos e sorve a bebida diretamente do pouch, sem necessidade de canudos. O bocal é construído de modo a permitir ao consumidor controlar a vazão da bebida e a limitar vazamentos caso a embalagem tombe. “É uma apresentação ideal para o consumo on-the-go (em movimento), para a prática de esportes ou campismo e para ocasiões e locais que restrin-gem o uso de latas ou garrafas de vidro”, ilustra Brünisholz.

Produzida numa estação form-fill-seal (FFS) vertical da Rovema, a AquaFlexCan é baseada no AquaFlex, uma estrutura flexível especialmente desenvolvida pela Amcor para acondicionar bebidas sem gás. O material não altera o gosto da água e pode receber lami-nações especiais para reter sucos e outras bebidas sem álcool.

A

Para marcar sua estréia no mercado europeu, feito numa avant-premiére no Festival de Cinema de Cannes, realiza-do em maio na França, a água mineral Icelandic Glacial, da Icelandic Water Holdings, ganhou uma apresentação de impacto. Suas garrafas de PET, sopradas on site, apresentam em seus pescoços saliências alusivas a cubos de gelo. Explica-se. A água é captada numa fonte rodeada por geleiras na gélida Islândia. O principal mote de marketing da nova marca é a pureza. Para ressal-tar esse atributo, a engarrafadora optou

por ornar suas embalagens com rótulos termoencolhíveis de alta transparência. “Utilizamos um novo filme de poliestire-no orientado para garantir essa ligação do produto com a pureza”, conta Eric Masson, diretor comercial da Sleever International, a incumbida da criação da decoração. Um rótulo frontal traz o logo-tipo da água, num prata metálico que simula o hot stamping. Ele resulta, na verdade, de um verniz especial. O contra-rótulo traz a imagem de uma geleira. "A superposição das duas peças cria um atrativo jogo de luzes", julga Masson.

Estréia nada gélida

Amcor FlexiblesNo Brasil: (43) 251-1788www.amcor.com

Sleever InternationalNo Brasil: (11) 5641-3356www.sleever.com

Stand-up pouch para acondicionar água mineral é lançado na Europa

Flexível com sede

FLEXÍVEL – Com sistema de fácil abertura, AquaFlexCan quer cativar esportistas e consumidores nômades

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empre em evidência nos meses frios, o sazonal mercado de sopas industrializadas tem apresentado dois movimentos paradoxais no

Brasil. No lado dos volumes produzidos, os números do setor, que chega a concentrar 75% das vendas anuais no inverno, indi-cam redução expressiva em tempos recentes. Curiosamente, porém, a curva de rentabili-dade dos fabricantes desse alimento cresceu sem parar nos últimos anos, atraindo quanti-dades cada vez maiores de lançamentos.

reportagem de capa >>> sopas

Produtos de consumo individual aumentam rentabilidade do mercado de sopas, favorecendo demanda de estruturas flexíveis

Por trás de um paradoxo, op ortunidades

SUm retrato feito pela ACNielsen ilustra

esse panorama. Segundo o levantamento, entre 1997 e 2003 os volumes da categoria despencaram de 137 000 toneladas anuais para o patamar de 85 000 toneladas fabrica-das por ano. No mesmo intervalo a pesquisa revelou que o mercado brasileiro de sopas industrializadas, composto em sua maior parte por produtos desidratados vendidos em embalagens flexíveis, além de sopas cremo-sas acondicionadas em latas de aço, cresceu por volta de 20% em valor, movimentando

Por Leandro Haberli

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Produtos de consumo individual aumentam rentabilidade do mercado de sopas, favorecendo demanda de estruturas flexíveis

Por trás de um paradoxo, op ortunidades mais de 173 milhões de reais em 2003.

Mantido no ano passado, quando a receita do setor saltou para 188 milhões de reais, esse movimento de agregação de valor foi acom-panhado pela multiplicação de envelopes de consumo individual nas gôndolas da catego-ria. De preparo instantâneo, as sopas em pó com rendimento de uma única porção respon-deram por vendas de 31 milhões de reais em 2004, e são vistas pelos fabricantes como grandes responsáveis pelo aumento de rentabilidade veri-ficado nos últimos anos. “São produtos que não precisam de cozi-

mento, e atendem o con-sumidor urbano que busca

sabor com mínimo de calorias”, define Luís Carlos Pereira, gerente

de marketing da Yoki Alimentos, empre-sa que recentemente estreou no mercado de sopas.

Com preço acessível – cada envelope custa em torno de 1,20 real – e ver-

sões apresentadas em sabores cada vez mais diversificados, as sopas instan-

tâneas de consumo individual tam-bém estão ajudando a mobilizar o setor de embalagens. “Não há dúvidas de que esses pro-dutos favoreceram a demanda de estruturas flexíveis”, enten-de Hudson Leme, gerente de desenvolvimento da Inapel, convertedora que fornece envelopes e stand-up pou-ches para, entre outras, todas as linhas de sopas Knorr e Arisco, da Unilever.

Essa bem-vinda movimen-tação fica mais evidente com a

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chegada de novos fabricantes ao setor. É o caso da própria Yoki. Como parte do proces-so de revitalização da marca Kitano, que foi recomprada da Unilever em 1997 (ver reportagem na página 50), a empresa lançou no final do ano passado uma linha de sopas desidratadas sob essa chancela. “Mas só agora, com o inverno, entramos para valer nesse mercado”, conta Luís Carlos Pereira, lembrando que o guarda-chuva da marca Kitano já abrigava produtos conhecidos das donas de casa, como realça-dores de sabor, molhos líquidos, caldos em pó e temperos compostos.

Preocupada em verticalizar a produção, a Yoki converte internamente todos os pou-ches e envelopes utilizados em sua linha de sopas. “Essa estratégia faz parte da cultura empresarial japonesa”, diz Pereira, em refe-rência às origens da empresa, que foi funda-da na década de 60 pelo imigrante japonês Yoshizo Kitano. Ainda segundo o gerente de marketing, a Yoki tem uma fábrica de emba-lagens flexíveis que trabalha desde estruturas simples, como as usadas na linha de grãos, até “estruturas laminadas mais complexas”. Neste grupo estão as embalagens de sopas, que são laminadas com filme de alumínio. Na parte visual, o layout da linha foi desenvolvi-do pela agência Zauberas e Associados.

Outro nome que está dando seus primeiros passos no mercado de sopas é a Ajinomoto. Também conhecida por sua linha de temperos

e caldos culinários, a empresa lançou no iní-cio do ano a marca Vono de sopas individuais. Com layout da OZ Design, os produtos são acondicionados em embalagens produzidas pela Inapel. “Um dos desafios dessa linha é estimular no intervalo entre as principais refeições o consumo de alimentos saudáveis e com baixas calorias em substituição a lanches e salgados”, explica Fabiana Araújo, gerente de produto da Ajinomoto.

Baixas caloriasProposta semelhante é apresentada pela Sakura com a linha Missoshiru Instantâneo. Maior fabricante brasileira de missô, massa de soja utilizada como tempero básico da sopa de missoshiru, típica na culinária japonesa, a empresa anunciou neste inverno aumento na produção de sua linha de sopas instantâneas. Os produtos são vendidos em envelopes da Mazda Embalagens, com visual da Komatsu Design. Disponíveis nas versões tradicional, frango e legumes, as porções individuais têm entre 25 e 30 calorias.

Quanto ao tipo de material das emba-lagens de sopas em pó, Hudson Leme, da Inapel, informa que a estrutura flexível mais disseminada no setor é formada por filme de poliéster impresso em rotogravura, laminado a folha de alumínio (com espessura entre 7 e 8 microns) e filme de polietileno transparente (blenda linear mais PEBD). A despeito do domínio desse tipo de composição, o gerente de desenvolvimento da Inapel registra que existem filmes metalizados capazes de subs-tituir a folha de alumínio nos envelopes e pouches.

Ao lado da adoção de cartonadas assép-

EM VEZ DELANCHES – Com linha Vono, Ajinomoto prega alterna-tiva saudável para inter-valo entre as refeições

ESTRÉIA – Dentro da estratégia de revitalizar a marca Kitano, Yoki ini-ciou produção de sopas

Mercado de sopas industrializadas

movimentou

188milhões de

reais em 2004

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Toda a linha de sopas Knorr, uma das marcas da Divisão de Alimentos da Unilever, foi relançada neste inverno. Além de novas formulações - que aumentaram a concentração de legu-mes e verduras, reduzindo o sal das receitas - e da ampliação do número de sabores, a mudança trouxe uma reformulada identidade visual para a marca. O novo layout foi desenvolvi-do pela agência Usina Escritório de Desenho, ressaltando nas embalagens ícones de bem-estar. Compostos por estrutura trilaminada contendo filmes de poliéster, alumínio e polietileno transparente, os envelopes são forne-cidos pela Inapel.

Knorr relançada

ticas no segmento de bases cremosas para preparo de sopas, hoje dominado por latas de aço (ver quadro na página 26), essas estruturas colocaram o mercado de sopas em pó no centro de um movimento de migração de materiais de embalagem. Nesse cenário, o polipropileno biorientado (BOPP) metalizado vem ganhando cada vez mais espaço como material alternativo ao alumínio aplicado nas estruturas flexíveis trilaminadas com cama-das de poliéster e polietileno transparente.

A força do BOPP metalizadoO custo menor em relação às folhas de alumí-nio é um dos fatores que têm puxado a par-ticipação do material não só nas embalagens de sopas desidratadas, mas de outros produtos secos, como refrescos em pó, risotos e mas-sas liofilizadas. “Além do preço atraente, as estruturas feitas com BOPP metalizado são capazes de proporcionar a mesma barreira do alumínio, porém com gramaturas menores, diminuindo o peso das embalagens”, assi-nala Karin Ballabio, gerente de mercado de

De 1997 a 2003setor cresceu

20%em valor, apesar de ter registrado

queda nos volumes

produzidos

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alimentos da Alcan, outro importante conver-tedor de flexíveis, que na categoria de sopas produz todas as embalagens da Nestlé.

Segundo a executiva da Alcan, as estrutu-ras laminadas com BOPP atendem a todas as exigências de manutenção da qualidade dos alimentos, como barreira a umidade, oxigê-nio, gases, aromas e luz. “Trata-se de filmes técnicos especiais que já são usados na linha de sopas de grandes empresas do setor, como a Nestlé e a Liotécnica”, informa a gerente da Alcan, em referência às sopas que levam as marcas Maggi e Qualimax, ambas atendidas pela empresa.

Recuperação dos volumesIndependentemente do tipo de estruturas fle-xíveis, a expectativa é que, após um período de diminuição dos volumes produzidos, o mercado de sopas cresça não apenas em ren-tabilidade. Afinal, por mais que as porções individuais expandam o consumo proporcio-nal de filmes, nenhuma retração produtiva é bem-vinda para a cadeia de embalagens. No atual cenário do mercado de sopas, porém, o aumento do faturamento fala mais alto do que eventuais contratempos, como a preocupação maior com o set-up das máquinas de embala-

Um clássico dentro da categoria de sopas desidratadas, o Sopão Maggi, da Nestlé, recentemente ganhou nova versão. Acondicionado em pouches de 200g produzi-dos pela Alcan, o Sopão Legumes Selecionados chegou às gôndolas com layout desenvolvido pela B+G Designers. Neste inverno a Nestlé também investiu em uma campanha de merchandising de ponto-de-venda sob o mote “Aqueça seus momen-tos com Maggi”. Numa alusão às embalagens de sopas, as peças trazem imagens de envelopes estampados com famílias e amigos reunidos. Sob coor-denação da Publicis Salles Norton, os materiais também foram criados pela B+G Designers. Menos atual, outra ação da Nestlé no mercado de sopas foi o lançamento da linha Bem Estar. Inovando na categoria, os envelopes são acon-dicionados em cartuchos cartonados produzidos pela Ibratec.

Os lances de um líder

APROVAÇÃO – Linha Qualimax com filmes de BOPP: boas propriedades de barreira

AUMENTO – Sakura investe em linha à base de soja

Alcan(11) 4512-7100www.alcan.com.br

B+G Designers(11) 5051.1446www.bmaisg.com.br

Bertol(54) 314-1722www.bertol.com.br

CBL(11) 6090-5005www.cbl.ind.br

Ibratec(11) 4789-4200www.ibratecgrafica.com.br

Inapel(11) 6462-8800www.inapel.com.br

Komatsu Design(11) 5561-7702www.komatsudesign.com.br

Mazda (11) 4441-6500www.mazdaembalagens.com.br

Mococa(19) 3656-9300www.metalurgicamococa.com.br

Oz Design(11) 5112-9200www.ozdesign.com.br

Sig Combibloc(11) 2107-6744www.sigcombibloc.biz

Usina Escritório de Desenho(11) 5571-6788www.usinadesenho.com.br

Zauberas e Associados (11) [email protected]

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Dominada por latas de aço, a categoria de sopas cremosas não tem apresentado o mesmo crescimen-to das sopas em pó de preparo instantâneo. Mesmo assim, mirando num público de maior poder aquisi-tivo, esse tipo de produto vem conseguindo ampliar o número de consumidores no Brasil. Caracterizado por marcas importadas, o segmento conta com ape-nas um fabricante nacional, a catarinense Hemmer, fabricante de condimentos e legumes em conserva. Atualmente atendida por três fornecedoras de latas (Bertol, CBL e Mococa), a empresa lançou sua linha de sopas cremosas em 1998. “Desde então estamos conquistando um mercado diferenciado”, diz Alexandre da Conceição, gerente de marketing da Hemmer. Com rótulos de papel, os produtos apresentam “vendas extremamente sazonais, quase restritas ao inverno”, define o profissional. Mas, ele observa, em dezembro os pedidos crescem, impul-sionados pelas cestas finas de fim de ano.

Restrito no Brasil a um público seleto, o mercado de sopas cremosas apresenta grande movimentação lá fora. Um dos indícios do bom momento é a cres-cente adoção de embalagens cartonadas assépticas por marcas líderes na categoria. Durante uma feira de alimentos realizada recentemente em Chicago, a americana Campbell apresentou sua nova linha Select Gold Label em caixinhas longa-vida forneci-das pela SIG Combibloc. O lançamento nos Estados Unidos ocorreu após a empresa ter feito experiên-cias bem-sucedidas com cartonadas assépticas na Austrália, no Canadá e na Europa. Neste último caso, a Campbell da Alemanha lançou em setembro de 2004 a linha de sopas vegetarianas com a marca Erasco em cartonadas de 1 litro também fornecidas pela SIG Combibloc. Outra marca de sopas cre-mosas atendida pela SIG Combibloc na Europa é a francesa Liebig. “Avaliando as tendências em outros países, concluímos que há mercado para esse tipo

de embalagem nos Estados Unidos”, diz John Faulkner, diretor de comunicação de marcas da Campbell.

Sopas cremosas guardam espaço para latas e cartonadas

gem, ocasionada pela crescente diversificação de sabores numa mesma linha produtiva.

Ao utilizar o apelo das baixas calorias e da praticidade, as sopas individuais de preparo instantâneo – que normalmente tra-zem em suas embalagens apenas 20g de pó, contra até 500g acondicionados nos pouches dos tradicionais sopões – surgiram com a perspectiva de reverter a sazonalidade da categoria. Isso não apenas puxaria o consumo de filmes, como também o de outros insumos das estruturas flexíveis, especialmente adesi-vos e tintas. Os novos lances do setor dirão se os fabricantes de fato conseguiram introduzir entre os costumes brasileiros o hábito de tomar sopa em todas as épocas do ano, e não apenas no inverno. PARA TOMAR NA CANECA – Maggi também apostou no mercado de sopas individuais

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Bacalhau skatistaPara comunicar-se com os consumidores contemplados por essa nova estratégia, a embalagem do produto passou por completa reformulação. Símbolo da marca desde seu lançamento na Europa, em 1886, a tradicio-nal figura masculina carregando um bacalhau nas costas foi substituída por um estilizado bacalhau com pose de skatista, criado pela Costa e Design. A agência também é respon-sável pelos demais componentes gráficos dos rótulos e cartuchos, produzidos, respectiva-mente, pelas empresas Pimaco e Magistral. Por sua vez, os frascos plásticos de 200ml são soprados pela Sinimplast, e as tampas vêm da fábrica da Védat.

Antes do lançamento de Scott Vitamínico, a mais antiga marca de fortificantes do país já havia iniciado um processo de moderniza-ção. Além da versão tradicional, a Emulsão Scott é vendida nas farmácias em frascos plásticos de 170ml com sabores de morango e laranja, apresentações que não serão des-continuadas. “O objetivo do lançamento é atender às expectativas de mães que buscam um complemento alimentar saboroso e com comunicação alegre e atrativa”, esclarece Simone Soares, diretora de marketing de OTC do laboratório GlaxoSmithKline.

eferência na categoria de comple-mentos alimentares à base de óleo de fígado de bacalhau, a Emulsão Scott – agora sem o “de” entre as

palavras – costuma evocar lembranças desa-gradáveis naqueles que já foram submetidos por mães zelosas ao sabor marcante da antiga dispersão. Outrora sinônimo de produto com gosto ruim, a marca vem se esforçando para mudar essa imagem. No topo do ranking dos fortificantes e tônicos mais antigos do país, a Emulsão Scott, que foi lançada no Brasil em 1908 e hoje é vendida em 25 países pelo laboratório GlaxoSmithKline (GSK), está estreando nova fórmula, produzida sob a denominação Scott Vitamínico.

O aspecto branco e a consistência pas-tosa, que ajudaram a construir a fama de produto difícil de engolir, deram lugar a um tônico mais suave, com gosto de suco de laranja. A mudança faz parte dos planos do GSK de aumentar sua participação no movi-mentado mercado de suplemento vitamínico infantil, que nos últimos três anos cresceu 26% em valor. A nova emulsão também cumpre a missão de ampliar o alcance da marca, até então restrita à seara de medica-mentos OTC, ou não-éticos, que são vendi-dos livremente em farmácias, à categoria de alimentos, abrindo a possibilidade de venda em supermercados.

marcas >>> tônico

Em apresentação reformulada, Emulsão Scott quer espaço em supermercados

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Ampliando horizontes

Magistral(41) 2141-0408www.magistralimpressora.com.br

Pimaco0800-252959www.pimaco.com.br

Sinimplast(11) 4061-8300www.sinimplast.com.br

Védat(11) 2133-1212www.vedat.com.br

MODERNIZAÇÂO – Mais antigo do país,

fortificante estreou na categoria de alimento

com novas embalagens

SEM NOSTALGIA – Versão tradicional continuará sendo vendida nas farmácias

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fim de preservar e ampliar sua participação no mercado de embalagens farmacêuticas, onde o avanço dos frascos plásticos é verificado em diferentes frentes, a Companhia Industrial de

Vidros (CIV) anunciou reformulações na estratégia vol-tada ao atendimento de laboratórios de medicamentos. A empresa está investindo 45 milhões de reais em logística, infra-estrutura e processos produtivos de frascos farma-cêuticos de vidro, mercado onde afirma deter 30% de participação no Brasil.

Até o final deste ano, a CIV também quer lançar novos produtos no setor, aumentando o foco no segmento de medicamentos injetáveis, orais e tópicos. Entre as novida-des previstas há a linha de gotas DIN 168BR, com modelo americano, e dois modelos de frascos para medicamentos injetáveis: AS20 de 10ml e AS20 de 100ml. Os produtos serão fabricados na unidade de Vitória (PE).

Boa parte das novas embalagens é classificada pela empresa como frascos farmacêuticos tipo II. “A principal vantagem dessa categoria de embalagens é a redução da alcalinidade interna, permitindo o acondicionamento de substâncias neutras e ácidas com mais estabilidade”, diz Cláudio Fernandes, gerente de qualidade da CIV.

Na parte de infra-estrutura, a unidade de Vitória recentemente recebeu um depósito de 11 mil metros qua-drados. “Passamos a dispor de um espaço físico real de 66 mil metros quadrados para estocagem”, contabiliza o gerente industrial da fábrica, Carlos Maurício Melo. De Pernambuco, os frascos são distribuídos para laboratórios de todo o país.

materiais >>> vidro

CIV amplia foco em medicamentos

Mais vigor

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CIV – Companhia Industrial de Vidroswww.civ.com.br(81) 3272 4484

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xiste espaço para pesadas inves-tidas brasileiras nas gôndolas de detergente em pó, onde marcas geridas por multinacionais – Omo,

Ariel, Minerva, Ace – digladiam-se com faca entre os dentes por nacos de mercado? Para a goiana Assolan, que de três anos para cá, desde que passou a ser gerida pelos ex-donos da Arisco, transformou-se numa pedra no sapato das titãs em itens de limpeza domés-tica, sim. Aliás, Sim e Assim – as marcas por trás de sua entrada no negócio de sabões em pó, dínamo de mais de 2 bilhões de reais anuais no país. Frutos da recente aquisição da catarinense Quimivale, elas integram um plano que ambiciona bater em três anos a pro-dução da vice-líder desse segmento, a Procter & Gamble. Ultra e Triplação, as versões da Assim, deram alô aos supermercados no fim de julho. Ganharam o varejão em cartuchos de papel cartão, de 1 quilo, da Dixie Toga, e em embalagens plásticas flexíveis, de 500g,

making of >>> sabões em pó

Assolan pisa no ringue dos sabões em pó através de cartuchos e flexíveis com visuais que buscam evidenciar tecnologia embarcada nos produtos

Roupagem sofisticada

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DUAS FORMAS – Assim, nas versões Ultra e Triplação, chega às lojas em cartuchos e em flexíveis; já Sim, somente em flexíveis

Eda Allpac, com visuais assinados pela M Design.

Conforme explica a agência, o conceito criativo das identidades visuais das novidades primou pelo uso de cores fortes e contornos dinâmicos. A intenção dessas escolhas é a de transmitir ao público o grau de tecnolo-gia presente nas formulações dos detergentes emergentes da Assolan. O Assim Ultra, por exemplo, leva em sua fórmula enzimas espe-ciais dedicadas à lavagem de roupas brancas e ao combate dos encardidos mais resistentes. Trata-se do carro-chefe em sofisticação da linha. Daí a composição “futurista” no frontal das suas embalagens, com um ar de ficção científica. Privilegiando tons azuis e de prata, no canto inferior direito ela alude ao espaço sideral, registrando ícones estelares. Bolhas e enzimas, por sua vez, ocupam a parte esquerda superior. No verso, roupas brancas transitam entre feixes de luz e passam sujas por círculos concêntricos, de onde saem limpas. “É uma

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Allpac(11) 3901-8600www.allpac.com.br

Dixie Toga(11) 6982-9497www.dixietoga.com.br

M Design(11) 3833-0969www.mdesign.art.br

espécie de recurso didático, empregado para evidenciar a formulação de alto desempenho do produto”, diz Tadeu Matsumoto, diretor de criação da M Design.

Já o Assim Triplação, sabão para uso diário, sem a mesma elaboração do Ultra, ganhou caixinhas e saquinhos com linguagem visual que privilegia jogos com as cores azul, vermelha e amarela. “Elas representam, res-pectivamente, os atributos de limpeza, perfu-me e cuidado”, explica Matsumoto. Na parte inferior da capa das embalagens há outra ilus-tração high tech: uma espiral em meio a um movimento borbulhante de água, que lembra uma molécula de DNA. Motivo dessa cons-trução: transmitir os apelos de transparência e frescor. O mesmo mote é explorado no grafis-mo das costas das embalagens do Triplação, com roupas coloridas flutuando entre bolhas de água cristalina. “Numa das bolhas, mãe e filha fitam-se com carinho, de modo a passar a idéia de que os cuidados com as roupas sim-bolizam um prolongamento do afeto materno para com a família”, comenta o dirigente da agência de design.

Sim para o povãoJá a outra marca integrante do investimento da Assolan, a Sim, desembarcará nas lojas numa segunda etapa, com data ainda não revelada. Ela irá visar à classe CD, brigando

nas faixas de low price, escorada numa tática difundida no mercado nacional pela concor-rente Unilever: a apresentação de sabões em pó populares em flexíveis. É um caminho que rendeu bons frutos à multinacional anglo-holandesa principalmente no Nordeste, com a marca Ala. Assim, Sim será comercializada exclusivamente nos pouches da Allpac, com volumes de 850g e 500g. “São flexíveis com estrutura em duas camadas de polietileno (PE)”, informa Reginaldo Campregher, ven-dedor técnico da convertedora. “A impressão dos pouches de Assim e Sim, em flexografia oito cores, representou um desafio para nós, pois o design envolvia minúcias de registro, como degradês”, relata Roberto Inson, da gerência comercial da Allpac. “Ademais, terí-amos que chegar o mais próximo possível da qualidade do off-set empregado nas versões cartonadas, para fazer as duas formas de apre-sentação se harmonizarem nas gôndolas”.

Quanto ao desenvolvimento visual da embalagem do Sim, sua fragrância especial, composta por flores como a lavanda e a flor de laranjeira, é destacada na parte superior do layout das embalagens por meio da repro-dução gráfica de um floral. No que tange às cores, a M Design preconizou o uso de paletas contrastantes, casos do azul e do laranja, para gerar impacto nos pontos-de-venda. “O azul e o laranja traduzem, respectivamente, limpeza e perfume, os dois atributos básicos do Sim”, explica Luis Kono, designer da M Design.

De acordo com ele, a figura de uma mulher sentindo o aroma de uma muda de roupas, na parte inferior do saquinho de Sim, serve para expressar a preocupação da fabri-cante em satisfazer as exigências das donas de casa. Vale dizer que a Assolan realmente quer fazê-las perceber essa atenção, e não somente com as embalagens como emissárias. Até o fim do ano a empresa planeja investir mais de 25 milhões de reais em pesquisas e ações de marketing para Assim e Sim. A meta é fazer com que os sabões em pó respondam por metade do faturamento da empresa até o fim de 2006. A aposta merece crédito. Afinal, projeções auspiciosas também foram divul-gadas nas estréias da Assolan em lãs de aço, esponjas, panos de limpeza, saponáceos e limpadores multiuso – e, por dados oficiais, da fabricante, elas vêm se materializando.

FICÇÃO – Visual do sabão premium Ultra alia signos espaciais a enzimas e bolhas

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A Krones quer divulgar os benefícios da adoção de seu Bloco Sopradora/Enchedora, capaz de produzir até 36 000 garrafas de PET por hora. Segundo a for-necedora, trata-se de uma configuração econômica para linhas de bebidas. Ela dispensa transportadores pneumáticos entre os equipamentos, o rinser (elimi-nando, assim, o consumo de água) e tem baixo consumo de energia. Ademais, per-mite enxugar custos de produção e mão-de-obra, pois a operação conjunta do

bloco se baseia em somente uma partida – em vez das quatro individuais inerentes ao conjunto sopradora, transportadores, rinser e enchedoras. O Bloco permite trabalhar com garrafas mais leves sem grandes riscos de deformações e funcio-na com setups reduzidos. “Vale lembrar que o ciclo de produção fechado livra as garrafas de contaminação”, lembra a equipe técnica da Krones.(11) 4075-9500www.krones.com.br

Bloco garante custos enxutos Sem fobia por alturasIndicada para centros de distribui-ção e armazenagem com corredo-res estreitos e cargas elevadas, a empilhadeira retrátil R 17B BR! é a novidade da alemã Linde para o mercado nacional. Ela é capaz de elevar cargas em até 11,525 metros, altura nunca antes contemplada por outros modelos da companhia. Por ser elétrica, pode ser utilizada em câmaras frigoríficas, pois não emite gases. Outro grande diferencial da nova empilhadeira é o sistema de freio regenerativo, que reduz cus-tos de operação. A R 17B BR! faz parte do plano de nacionalização de produção da Linde, anunciado no segundo semestre de 2004. Ela é fabricada pela fluminense Empilhadeiras Sul Americanas S/A. A produção local garante, segundo a Linde, preços 50% menores, assis-tência ágil e possibilidade de finan-ciamento dos equipamentos junto ao Finame.(11) 3604-4755www.lindeempilhadeiras.com.br

Retirada versátil de frascosProvedora de soluções em automa-ção industrial, a Maddza, de Poços de Caldas (MG), está lançando um Sistema de Deslocamentos de Frascos. Passível

de ser acoplado a diferentes tipos e marcas de sopradoras, o equipamento funciona por meio de sistema mecânico pneumático, movimentando frascos por meio de ventosas – o braço pegador possui sistema rotacionador. Apresenta ainda módulos mecânicos de contagem e transferência e sistema eletrônico

de controle e monitoramento para integração de sis-temas.(35) 3722-4545

www.maddza.com

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uase dois anos e meio após migrar de tubos celulósicos multifoliados para potes plásticos de polietileno (PE), o fermento químico Dr. Oetker, produto

mais antigo da empresa de origem alemã, celebra os bons resultados dessa estratégia. Embora a marca ainda não tenha conseguido ameaçar a liderança do fermento Royal, que é fabricado no Brasil desde 1920, a Dr. Oetker afirma que as alterações no sistema de acondicionamento geraram “um grande incremento de vendas”.

Sem revelar números de mercado, Sabrina Torquato, gerente de marketing da empresa, atesta a importância da reformulação de embalagem informando que uma de suas principais características acabou sendo seguida por outras marcas do setor. Trata-se da ampliação do bocal dos potes, feita para permitir a passagem de uma colher de sopa, que é a medida padrão da maioria das receitas que usam fermento em pó. “Até então não havia no segmento de fermentos em pó uma embalagem com essa característica”, afirma Sabrina Torquato. Por sua vez, o material das novas embalagens foi adotado por conservar melhor o fermento e permitir reutilização.

Se as proporções do bocal se tornaram um quase-padrão na categoria, outras características da atual embalagem do fermento Dr. Oetker são exclusivas, segundo a gerente de marketing. A marca seria a única a usar embalagens de plástico, que são fornecidas (tampa e frasco) pela Hecaplast. Embora tenha adotado a boca larga em 2003, o líder Royal, por exemplo, é vendido em tubos celulósicos multifoliados.

Outra exclusividade de embalagem da marca Dr. Oetker seriam os rótulos termoencolhíveis feitos pela Italpack de filme de PVC com taxa de encolhimento de 52%. Higiene e facilidade de manuseio estão entre as razões que motivaram a adoção desse sistema de decoração. “Durante o preparo dos bolos, é comum haver acúmulo de sujidade. Além de proporcionar brilho e destaque no ponto-de-venda, o filme termoencolhível permite que a embalagem fique sempre limpa”, argumenta a gerente da Dr. Oetker.

alimentos >>> pós

Com mudança de embalagem, fermento incrementa vendas

EXCLUSIVIDADE – Dr. Oetker é a única marca de fermento em pó em potes plásticos decorados com rótulos termoencolhíveis

Receita para crescer

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Uma velha senhora renovadaCompletando 130 anos de Brasil, Maizena, da Unilever, acaba de ser presenteada com uma nova identidade visual, assinada pela Usina de Desenho. Sua logomarca agora apresenta, em segun-do plano, um raio com for-mato de coração. Maizena também ganhou extensões de linha. Uma delas é a Maizena Enriquecida com

CresciNutre – combinação de vitaminas voltada às necessidades alimentares das crianças brasileiras. Como marca guarda-chuva, Maizena passa a abrigar também a Arrozina e os pro-dutos Cremogema. Os novos cartuchos de papel cartão da família, com o tradicional “amarelo Maizena”, são produzidos pela Dixie Toga.

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Primeira encomendaFornecedora de equipamentos para linhas de embalagens de diversas engarrafadoras de Coca-Cola no Brasil, a Krones fechou pela primeira vez um negócio com a Companhia Alagoana de Refrigerantes (CIAL), franquia nordesti-na da marca. Uma sopradora de garra-fas de PET Contiform S8 e um inspetor Linatronic 735 foram adquiridos pela CIAL e deverão começar a operar na pri-meira semana de outubro.

México reitera bons ventosRepetindo os bons resultados das mais recentes feiras internacionais de negó-cios em embalagem, a 20ª edição da Expo Pack México, realizada de 21 a 24 de junho na Cidade do México, registrou a maior visitação em sua história. Segundo o Packaging Machinery Manufacturers Institute (PMMI), organizador do evento, 30 024 pessoas visitaram-no – cerca de 10% a mais que na edição anterior.

A cara da CarrefourApós concorrência, a agência paulista-na Pandesign foi escolhida pela rede Carrefour como projetista gráfica das novas embalagens de seus produtos com marca própria. Mais de 300 embalagens estão sendo produzidas. Para o desafio, a Pandesign aumentou sua equipe.

Embalagem vira focoA agência de propaganda Z+ Comunica-ção anunciou a sua fusão com o escri-tório de design Geocomm. A Z+ planeja aumentar o escopo dos serviços ofere-cidos aos clientes e entre os novos focos da agência está o desenvolvimento de embalagens.

Inovação em altaLançado para inspirar inovações em mar-cas e produtos, o site Innovation Lab, da química Eastman, ganhou medalha de ouro na competição IDEA – Industrial Design Excellence Awards. Entre os patrocinadores do evento estão a revista Business Week e a IDSA – Industrial Designers Society of America. Em poucos meses de vida o Innovation Lab já acu-mula mais de 120 000 contatos, sendo 60% deles de designers e de engenhei-ros industriais.

Contenda por óleos chega ao MPA briga entre latas de aço e embalagens de PET na área de óleos comestíveis, um mercado de 5 bilhões de reais anuais, chegou ao Ministério Público. Conforme publicado na Folha de S. Paulo de 23 de julho, o MP Federal do Rio questionou a Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária sobre uma mudança na regula-mentação do setor que teria elevado tolerâncias a acidez e peroxidade nos óleos de soja nacionais. A revisão favoreceria as embalagens de PET, transparentes – a incidência de luz sobre o óleo acelera sua oxidação, podendo causar, segundo fontes ouvidas pela Folha, problemas gastrointesti-nais nos consumidores. A origem da consulta do MP

foram informações de um advogado que não quis se identificar e que já atuou na indústria metalúrgica, mas alega imparcialidade. Para ele, quem deve regular o setor de óleos não é a Anvisa, mas o Ministério da Agricultura. A disputa promete. Vale lembrar que, no fim de junho, a CSN lançou uma campanha publicitária dirigida ao grande público sob o mote “Saúde de ver-dade: só na lata”. Sob um investimento de 10 milhões de reais, ela explora justamente a idéia de que, por causa de sua transparência, as garrafas plásticas podem acarretar a adição de conservantes aos óleos, ao contrário das latas. A estrela da campa-nha é a atriz Regina Casé.

Gestões críticas arranham imagensCrises administrativas de empresas mancham suas marcas, abalando suas imagens junto ao público. É o que mostra a quarta edição da pes-quisa Marcas de Confiança em 2005, elaborada pelo Ibope Solution para a revista Seleções. Em dificuldades, figuronas como Varig, Parmalat e

Bombril estão perdendo credibilidade. No levantamento, pela primeira vez a TAM foi mais lembrada que a Varig no setor aéreo. A Parmalat, que em anos anteriores gozava de mais de 40% de citações, continua sendo referên-cia em leites, porém com 24% dos votos. Pelo segundo ano a Bombril, atualmente sob intervenção judicial, foi ultrapassada em detergentes líqui-dos pela Ypê, da Química Amparo. Marcas que continuam fortes na mídia, como Kibon e Omo, da Unilever, e a Sadia, permanecem reinantes em seus segmentos, com mais de 70% de preferência. E marcas nacionais, ope-radas por empresas emergentes, vêm ganhando em recall. São os casos da cerveja Itaipava e dos refrigerantes Dolly, que obtiveram 2% de citações em suas categorias.

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Fechamos sempre ótimos

negócios.

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SPORT LOK 28 MMPode ser facilmente aberta e fechada utilizando uma das mãos e a boca. Ideal para praticantes de esportes. A tampa Sport Lok apresenta uma sobre-tampa que oferece maior segurança, higiene e praticidade, dispensando a necessidade do uso de plásticos termoencolhíveis. Além disso ela possui aindaas seguintes vantagens:• Duplo Lacre de Segurança, o primeiro na sobretampa e o segundo na base do gargalo. • Bico esterilizado por raios UV, permitindo o consumo imediato.• Pode ser fornecida com ou sem selo de indução de alumínio.

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Marca Valor (US$ Bilhões) PaísCoca-Cola 67,525 EUA

Microsoft 59,941 EUA

IBM 53,376 EUA

GE 46,996 EUA

Intel 35,588 EUA

Nokia 26,452 Finlândia

Disney 26,441 EUA

McDonald´s 26,014 EUA

Toyota 24,837 Japão

Marlboro 21,189 EUA

Varejo estimula co-packing lá foraO outsourcing nos serviços de embalagens cresce a taxas anuais de 15% a 20% nos Estados Unidos puxado principalmente pelas deman-das de marcas próprias de varejistas em novos canais. Essa é uma das conclusões do estudo Contract Packaging: Strategic Opportunities & Profit Potential, elaborado pela

consultoria Packaging Strategies. Também chamada de co-packing, a terceirização de linhas de embala-gem já faz girar entre 17,5 bilhões e 21,5 bilhões de dólares por ano em solo americano. “Os co-packers vêm se tornando soluções estratégicas preferenciais para a customização de mercados”, aponta o estudo.

Levantado anualmente pela consultoria Interbrand, o Ranking Anual das 100 Melhores Marcas Globais teve divulgada sua versão 2005 em julho, na revista Business Week. O ranking, que foca apenas marcas com valor superior a 1 bilhão de dólares, leva em conta dois critérios. As marcas devem ser globais por natureza, ou seja, obter no mínimo 20% de faturamento fora de seus países de origem, e ter dados financeiros e de marketing abertos ao público. Não houve mudanças nas cinco primeiras posições de 2004 para 2005. De resto,

chama atenção a ascensão de nomes dos setores de finanças e tecnologia. As marcas que mais cresceram em valor no período foram as do mercado de pulgas eletrônico eBay, a do banco HSBC, as das tech houses Samsung e Apple e a da financeira UBS. As que mais caí-ram foram a Sony, a Morgan Stanley, a Volkswagen, a Levi’s e a HP. Das dez primeiras colocadas só duas não são americanas (veja abaixo). O ranking completo – no qual não figura nenhuma marca brasileira – pode ser conferido no site da Interbrand (www.interbrand.com).

Poucas mudanças entre as supermarcas

A Antilhas, produtora de embalagens plásticas e celulósicas, acaba de pro-mover a estréia de seu novo site, fruto de estudos e pesquisas junto ao mer-cado. Uma das novidades é uma seção de notícias, que trará as últimas infor-mações sobre a empresa e os merca-dos nos quais atua. O site tem versões em português, inglês e espanhol.www.antilhas.com.br

Território novo

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Negócio da ÍndiaUnidade de negócios em tam-pas da multinacional australiana Amcor, a White Cap está refor-çando investimentos na Índia. Ela acaba de anunciar seus primeiros representantes oficiais para o mercado indiano, até então supri-do via Filipinas e China. A com-panhia também divulgou o plano de abertura de uma fábrica local até 2006. Segundo a White Cap, o mercado de tampas metálicas de rosca (twist-off), produtos que são sua vocação, cresceu 40% em volume só de 2003 a 2004. No Brasil, a White Cap opera uma fábrica em Poços de Caldas (MG).

Três novos modelos de bisnagas plásticas para cosméticos estão sendo lançados pela Alcan Packaging Cebal. O Long Nose, dotado de bico aplicador, tem diâmetro de 19mm e também é indicado para acondicionar fármacos. O Tandem

(à dir.), com diâmetro de 50mm, possui formato oval e é fornecido com tampa flip-top, o que, diz a empresa,

aumenta a área de exposição da

marca em 15%. “Sua estética diferenciada proporciona maior impacto nas prateleiras”, diz Vivian Ribeiro, da área de marketing da APC. Por sua vez, o Airless é voltado a formulações sensíveis. O tubo é dotado de uma válvula que, além de dispensar o produto, bloqueia o orifício de saída, protegendo o conteúdo. O Airless está disponível no diâmetro de 25mm, com capacida-des entre 15ml e 50ml.(11) 4723-4700 • www.cebalbrasil.com.br

Mais três opções de tubos para cosméticos

A “canetada” sobre as latas de tintasRecentes alterações na legislação bra-sileira para o transporte de produtos perigosos preocupam o setor de tin-tas imobiliárias – e seus fornecedo-res de embalagens. O Ministério dos Transportes impôs ao setor a obrigato-riedade do uso de embalagens homo-logadas segundo normas criadas pela ONU – Organização das Nações Unidas para evitar acidentes. Ocorre que não há como atender a reso-lução de imediato. A Brasilata e a Prada, duas grandes fabri-cantes de latas para o setor, informam: a produção de embala-gens “padrão ONU” na escala necessária exigiria injeções de até 8 milhões de dóla-res em seus parques industriais, custo que levaria no mínimo dez

anos para ser recuperado. O Sitivesp – Sindicato da Indústria de Tintas e Vernizes do Estado de São Paulo alega que as mudanças na legislação não levaram em conta a realidade do setor. As normas da ONU valem para tintas inflamáveis, com solventes em suas for-mulações. No entanto, 83% das tintas imobiliárias nacionais são base água, portanto inclassificáveis como produtos

perigosos. Ademais, o setor vive sob baixo nível de acidentes no transporte. O Sitivesp protocolou junto à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), em meados de junho, uma pro-posta de revisão da “canetada”. Dados da Prada e da Brasilata acompanharam o

documento.

Líder nacional na produção de polipropileno (PP), a Polibrasil anunciou que deverá lançar, até o início de 2006, seus primeiros produtos baseados na nanotecnologia – ciência baseada na manipulação inteligente de moléculas no nível de um bilionésimo de metro (um nanômetro). De acordo com José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Polibrasil, um dos dois primeiros lança-mentos dessa natureza irá mirar a área de embalagens. “A expectativa é que até 2010 as resinas com nanotecnologia representem entre 5% e 8% de nos-sas vendas”, ele adianta. As pesquisas da Polibrasil contam com parcerias com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR) e com a Unicamp. (11) 3345-5917 • www.polibrasil.com.br

Nanotecnologia na mira da Polibrasil

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Markem facilita buscasUma das maiores pro-vedoras mundiais de soluções para marcação e codificação de emba-lagens, a Markem acaba de reformular seu site global (www.markem.com). Mais que melhorias em navegação e conteúdo, seu principal destaque é

uma Página de Soluções, que visa fazer usuários encontrarem facilmente os equipamentos adequados às suas necessidades de marcação. Pesquisas podem ser feitas por tipo de indústria, de substrato ou de função na linha de produção.

Fumaça em conservaPegando carona na “Ostalgie”, a crescente nos-talgia por objetos da antiga Alemanha Oriental governa-da pelo comunismo, o site Osthits (www.osthits.de) está comercializando fuma-ça de um antigo automóvel da época, o Trabant, enlata-da (!). O souvenir, chamado Trabi Duft (“Perfume de Trabant”, em português), custa 3,98 euros – cerca de 12 reais. A latinha de aço contém um chumaço de algodão impregnado com fumaça saída do esca-

pamento do automóvel. Segundo o site, o produto não oferece risco à saúde do consumidor.

“Marcas são contaminadas por crises que as empresas atravessam. A confiança é fundamental para o marketing e condição necessária para a fidelização”

Depoimento de Nelson Marangoni, presidente da Ibope Solutions, ao diário Valor Econômico, sobre a pesquisa Marcas de

Confiança em 2005, divulgada em julho (veja nota na página 42)

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“Não se pode ignorar a demanda por conveniência”

artigo >>> soluções resseláveis

crescimento da exigência do consumidor por conveniência tem estendido um tapete ver-melho para a proliferação de soluções de fácil abertura e de fechamento de embalagens nos últimos anos. Esse quadro se aplica especial-

mente ao terreno das embalagens plásticas flexíveis, arraiga-das em categorias de alimentos muitas vezes consumidos em frações. Apesar de não serem novidades, soluções resseláveis para esse ramo de embalagens ainda possuem amplo poten-cial para crescerem em utilização – especialmente em econo-mias emergentes, como a brasileira, onde a busca frenética por redução de custos nas indústrias tem freado inovações em apresentação. Por outro lado, nota-se que a baixa utiliza-ção desses acessórios muitas vezes decorre de dúvidas entre empresários, profissionais de desenvolvimento de embala-gens e designers.Para esclarecer algumas das principais questões técnicas sobre fechamentos resseláveis e mostrar tendências em suas aplicações e produções, EMBALAGEMMARCA publica com exclusividade um artigo preparado por Robert E. Hogan, considerado um dos maiores experts no assunto. Diretor de vendas internacionais e marketing da Zip-Pak, braço do grupo americano ITW especializado em zíperes e outras soluções de resselagem de embalagens, Hogan traça um cenário de sua área de atuação a partir de um teste. “Convido os ocupantes de cargos decisórios sobre embalagens nas empresas a fazer o teste e desafiar seus conhecimentos sobre as tendências em soluções resseláveis”, afirma o executivo.

Embalagens flexíveis com soluções resseláveis continuam populares para fins alimentícios. Ao mesmo tempo, a deman-da do consumidor em setores não-alimentícios está aumen-tando.

Verdadeiro. Embora o setor alimentício – varejista e institu-cional – continue sendo o maior mercado para embalagens resseláveis, o mercado varejista não-alimentício representa a segunda maior base de consumidores, com rápido crescimen-to. Esse mercado abrange uma grande variedade de produtos mistos, como produtos domésticos, pet food, suprimentos para jardinagem, nutracêuticos e cosméticos. As principais aplicações para embalagens flexíveis resseláveis em produtos não-alimentícios englobam as áreas médica, farmacêutica, institucional, agrícola e industrial. Os fabricantes de tecnolo-gia resselável continuam a inovar e aprimorar produtos para atender às exigências dos convertedores para essas variadas aplicações.

Somente flexíveis do tipo pillow pack (almofadas) podem incorporar recursos de embalagem resselável.Falso. Com a constante inovação e o aprimoramento da tec-nologia na indústria de embalagens resseláveis, os fabricantes agora têm maior capacidade para aplicar recursos resseláveis, como fechos tipo zíper, em qualquer estilo de embalagem plástica flexível. Os formatos de sacos compatíveis com fechos tipo zíper são: com fundo grande (ou com nesgas, do tipo block bottom), almofadas, stand-up pouches, com três ou quatro soldas e termoformados. Fechos tipo zíper estão dispo-níveis para uma variedade completa de tamanhos de embala-gens, e, podem ser construídos em polipropileno, PVC e até mesmo plásticos degradáveis, adequando-se aos diferentes materiais para embalagem. Os zíperes agora também podem ser aplicados em embalagens multicamadas de papel.

Convertedores e possuidores de linhas de embalagem podem escolher a partir de uma vasta seleção de fechos tipo zíper resseláveis adequados não apenas ao estilo da embalagem/

Robert E. Hogan, diretor de vendas internacionais e

marketing da Zip-Pak, fala sobre soluções resseláveis

para embalagens flexíveis, abordando tendências e

suas viabilidades técnicas e de marketing

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bolsa, mas também ao tipo de equipamento de embalagem.Verdadeiro. As tecnologias de fecho tipo zíper estão dispo-níveis para atender à produção específica e aos requisitos de desempenho em todos os tipos de máquinas para embalagem resselável. Há pelo menos 200 perfis de fechos tipo zíper no mercado para atender às configurações das máquinas, como form-fill-seal verticais, form-fill-seal horizontais, termoform-fill-seal e formatos de bolsas pré-fabricadas. Os fornecedores de fecho tipo zíper e OEMs (distribuidores) podem ajudar a selecionar o fecho tipo zíper correto para seu equipamento, estilo de embalagem e produto.

O modo mais barato e rápido de incluir um fechamento resse-lável é comprar embalagens prontas de um convertedor.Falso. Esse não é sempre o caso. O custo e o tempo variam, dependendo dos sistemas existentes no local e dos recursos atualmente disponíveis em cada local de embalagem. Para a incorporação de fechos tipo zíper resseláveis, os fabricantes podem escolher entre três opções: 1) Compra de novo maquinário próprio para fechos tipo zíper para produzir, encher e selar embalagens ou bolsas lacradas em suas próprias linhas. Freqüentemente esta é a opção mais fácil, mas que normalmente exige o maior investimento de capital;2) aperfeiçoar o equipamento existente com aplicadores de fechos tipo zíper. Esta pode ser a solução mais rápida e com maior custo-benefício se um opcional de eficácia comprovada estiver disponível;3) trabalhar com um convertedor de embalagens que tenha recursos de aplicação de fechos tipo zíper para modificar as embalagens atuais. Essa é uma boa forma de testar uma nova embalagem rapidamente no mercado ou de ingressar em um mercado quando o investimento de capital é limitado.Cada opção tem seus benefícios, dependendo dos fatores econômicos e de tempo. Consulte diretamente seu fornecedor de fechos tipo zíper ou peça para entrar em contato com os parceiros OEM globais do fornecedor para obter informações específicas sobre qual opção é mais adequada às necessidades da sua empresa.

Os consumidores demonstram resistência em absorver o aumento de preços associado à inclusão da tecnologia de fechos tipo zíper à embalagem flexível.Falso. O desejo da conveniência e de proteção do produto está conduzindo a necessidade cada vez maior por soluções de embalagem resselável. Estudos de grupos específicos (realizados anonimamente por uma empresa de pesquisas) mostram que os consumidores adotam as embalagens com fecho tipo zíper dispostos a pagar um pouco mais pela con-veniência que elas oferecem. Para os fabricantes, normal-

mente os fechos tipo zíper podem ser incorporados com bom custo-benefício a qualquer linha de produção de embalagens, conforme explicado anteriormente. A inclusão de fechos tipo zíper tem custo simbólico em termos unitários. Um fecho tipo zíper fechado a pressão custa em média somente de 0,5 centa-vos a 2 centavos de dólar a mais por embalagem.

As embalagens resseláveis não são adequadas para produtos granulados ou em pó.Falso. Para conteúdos em pó ou granulados, um fecho tipo zíper especial com “portas de esvaziamento” patenteadas está disponível para evitar que o produto obstrua as faixas do fecho tipo zíper durante a resselagem. Este fecho tipo zíper permite um selo mais limpo em relação às versões fechadas por pressão para produtos em pó, e tem sido bem aceito pelos consumidores jovens e idosos. Aqui nos Estados Unidos a Arm & Hammer, por exemplo, lançou um limpador de uten-sílios domésticos com sucesso em um pouch com fecho tipo zíper. A embalagem continua a vender bem, especialmente em lojas de grande porte.

Os alimentos processados sujeitos a temperaturas muito altas não podem ser armazenados em uma embalagem resselável. Falso. Fechos tipo zíper de embalagens flexíveis esterilizá-veis (retort) estão disponíveis para embalagens resseláveis de alimentos processados submetidos a altas temperaturas de cozimento. Um fecho tipo zíper de embalagem flexível esterilizável não é destruído nem derrete quando exposto ao calor extremo durante a produção da embalagem. Ele mantém seu formato e sua capacidade de resselagem por longo tempo após o processo de esterilização de embalagens flexíveis. Os fechos tipo zíper de embalagens flexíveis esterilizáveis estão disponíveis para produtos como atum ou até para embalagens de produtos médicos e farmacêuticos.

Os proprietários de marcas podem aumentar suas participa-

artigo >>> soluções resseláveis

PAGAM, SIM – Fornecedores de soluções resseláveis garantem que consumidores se dispõem a trocar custo adicional por conveniência

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ções de mercado atendendo ao crescimento demográfico dos idosos e posicionando a eles produtos em embalagens com atributos resseláveis.Verdadeiro. Muitas sociedades em todo o mundo estão lidan-do com as populações idosas e as empresas mundiais estão reunindo recursos para atender melhor os cidadãos idosos. Muitos fabricantes têm, por exemplo, aumentado sua fatia no mercado, tornando suas embalagens de produtos mais fáceis de abrir e fechar. Os fechos tipo zíper resseláveis são uma maneira que as empresas têm de aprimorar a conveni-ência de suas embalagens. E fechos tipo slider – fechos tipo zíper que possuem um grampo deslizante para abrir e fechar – ganharam a preferência como um recurso de fechamento ainda mais conveniente para as embalagens, especialmente para crianças e idosos. Com fechos tipo slider, as embalagens e bolsas podem ser mais facilmente e completamente seladas, de modo que o conteúdo, como alimentos, permaneça mais fresco por mais tempo e itens não-alimentícios permaneçam guardados em segurança. A tecnologia de embalagens resseláveis está crescendo em popularidade, mas esse crescimento está limitado apenas aos mercados de alimentos na América do Norte.Falso. A embalagem resselável certamente tem alcance global. Na América do Norte, a tendência em relação à embalagem flexível começou com carnes e queijos, enquanto que na América Latina os produtos em pó, carnes fatiadas e processadas são amplamente preferidos na embalagem com fecho tipo zíper. A tendência na Europa começou com carnes, queijos e rações, enquanto na Ásia o foco é nas aplicações de embalagens pré-fabricadas para algas, nozes e bebidas em pó. O mercado para fechos tipo zíper resseláveis na Austrália e na Nova Zelândia também cresce rapidamente, com popularida-de nos mercados de laticínios, alimentos congelados e alimen-tação animal. Algumas aplicações incorporaram zíperes com mais rapidez que outras, mas a tendência é que as marcas, em

uma variedade de mercados, tanto alimentícios quanto não-alimentícios, busquem ofertar maior conveniência.

Ao redor do mundo, as marcas líderes perceberam aumento nas vendas a partir da aplicação de um recurso resselável a uma embalagem flexível.Verdadeiro. Diariamente surgem novas histórias de sucesso sobre como as marcas em todo o mundo tiveram aumento nas vendas e os consumidores responderam à conveniência oferecida pela embalagem resselável. Nos Estados Unidos, batatas fritas do tipo palito que eram vendidas há setenta anos em embalagens celulósicas ganharam recentemente pouches resseláveis para facilitar o uso por adultos e crianças. A alteração foi bem recebida tanto pelos clientes existentes quanto pelos novos clientes. A La Reina, uma marca líder de açúcar no México, também mudou da tradicional embalagem de cartucho mais saquinho para embalagens em formato de almofada resseláveis, com grande aprovação dos consumido-res. Em Taiwan, a empresa Ten Ren Tea mudou a embalagem de suas folhas de chá para embalagens resseláveis, permitin-do maior visibilidade nas prateleiras e oferecendo um novo nível de conveniência para seus clientes. As respostas foram imediatas. Vendas aumentaram consideravelmente durante os meses seguintes. O mundo da embalagem resselável evolui continuamente, e, face aos números crescentes de consumido-res sem tempo em todo o mundo, indústrias não podem mais se dar ao luxo de ignorar a crescente demanda por recursos de conveniência como fechos do tipo zíper.

artigo >>> soluções resseláveis

CHANCES – Pouches resseláveis já podem acondicionar produtos granulados (à dir.) e serem atrativos para consumidores idosos

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ara a Batavo, recentemente separa-da judicialmente da Parmalat, 2005 está sendo um ano de renovações. Gigante em anos recentes, ela tenta

recobrar a antiga pujança explorando a tradi-ção de um nome forte na lembrança popular. Criada em 1928, a marca, cuja imagem foi aba-lada cerca de dois anos atrás com o escândalo contábil envolvendo a Parmalat, está inves-tindo 3 milhões de reais para lançar a cam-panha “Naturalmente Batavo”, que marca um posicionamento renovado, calcado na oferta de produtos mais saudáveis. O plano de expan-são visa reverter os resultados dos últimos cinco anos, período de maior crise, investindo em produtos de maior valor agregado, como queijos finos (nova marca Batavo Hollander), bebidas refrigeradas e molhos prontos.

Além de austero planejamento econômico, a Batavo elegeu suas embalagens como fer-ramentas fundamentais na retomada da com-petitividade. Para Regina Boschini, gerente de marketing da Batávia, detentora da marca Batavo, a renovação visual das embalagens permite aperfeiçoar a comunicação direta com os consumidores e acompanhar as tendências de mercado. “Não há melhor forma de ressal-tar as características, diferenciais e mudanças de fórmulas de cada linha”, ela ressalta.

REFORMULAÇÔESBom exemplo dessa postura aparece na linha Kissy Smoothies, que marcou o interesse da Batavo no rentável mercado de bebidas refri-geradas em geral, e no crescente segmento de iogurtes misturados com suco de fruta em particular. Conforme EMBALAGEMMARCA já mostrara em sua reportagem de capa da edição 69 (maio de 2005), a marca foi lançada em garrafas plásticas recobertas por rótulos elabo-rados pela Propack em filme termoencolhível mono-orientado de PVC, com taxa de retração entre 50% e 55%. “A idéia foi aproveitar o lan-çamento dessa linha para rejuvenescer a marca Kissy, que é voltada ao público jovem”, conta a gerente de marketing da Batávia.

lácteos >>> estratégia

Após ter sido abalada pelo escândalo Parmalat, marca Batavo volta a crescer

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Recuperando a pujançaPor Livia Deorsola

PEQUENOS NA MIRA –Leite fermentado da linha infantil aposta em cartonadas assépticas. Abaixo, bandejas do Batavinho tra-zem animais ameaçados de extinção

EM BUSCA DE VALOR –Queijos finos e bebidas refrigeradas marcam estratégia de diversificação do portfólio

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Reformulação abrangente também ocor-reu nas linhas Batavito e Batavinho, de leites fermentados e iogurtes para crianças. Como forma de se diferenciar das garrafinhas plásti-cas disseminadas na categoria, o leite fermen-tado Batavito também é comercializado em caixinhas longa-vida de 80g fornecidas pela Tetra Pak. “O layout está muito mais atrativo, pois o famoso astronauta Batavito ganhou uma imagem mais moderna e lúdica, dando maior vazão ao imaginário dos pequenos”, conside-ra Regina Boschini. As embalagens da linha Batavinho, fornecidas pela Huhtamaki (potes plásticos de poliestireno) e Alcan (tampas de alumínio), também ganharam novos layouts, além de imagens em 3D de animais brasileiros em extinção.

As mudanças marcam a nova fase da Batávia, que pouco tempo atrás obteve limi-nar para atuar de forma independente da Parmalat. A medida concedeu à empresa o direito de comercializar a marca Parmalat na linha de refrigerados, composta por iogurtes, petit suisse, sobremesas e leites fermenta-

dos. Um indício do sucesso da estratégia de reposicionamento aparece na quantidade de lançamentos. Em 2004, a empresa agregou mais de quarenta itens a seu portfólio, e até o final deste ano estão previstos outros quarenta lançamentos. Ao todo, a Batávia comercializa hoje 170 produtos refrigerados e 48 lácteos. A empresa é atualmente controlada pela CCLP (Cooperativa Central de Laticínios do Paraná) e pela Cooperativa Central Agromilk, que con-grega cooperativas do oeste catarinense.

Alcan(11) 4512-7000www.alcan.com.br

Huhtamaki(41) 3661-1000 www.huhtamaki.com.br

Propack(11) 4781-1700www.propack.com.br

LINGUAGEM LÚDICA – Lançado por personagem

infantil, pião vira morango

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a profusão de aquisições de empre-sas brasileiras por grupos estrangei-ros, a Yoki Alimentos está à frente de uma curiosa história de geren-

ciamento de marca. Fundada em 1960 com o sobrenome do imigrante japonês Yoshizo Kitano, a empresa prosperou no mercado de farináceos, cereais, chás e especiarias ao ven-der acondicionados e com marca produtos até então distribuídos a granel. O crescimento da Kitano despertou interesses, e a marca acabou sendo vendida em 1989 para a Refinarias de Milho Brasil (RMB). Após o negócio, a Kitano e suas linhas de produtos foram arrematadas pela Unilever Best Foods, que também decidiu vendê-las, alegando dessintonia com as ativi-dades prioritárias.

A possibilidade de reaver os direitos do nome Kitano atraiu o interesse de seus antigos donos, que haviam fundado a Yoki poucos meses após a transação com a RMB. Batizada em homenagem ao imigrante que fundara o negócio (a palavra Yoki é resultante da soma das primeiras silabas do nome Yoshizo Kitano), a empresa estava voltada ao mercado de farinhas e produtos de milho, e também viu na recompra da marca sua chance de ocupar-se novamente da venda de especiarias e chás, produtos com os quais havia se consagrado. O peculiar negócio foi fechado em 1997, recolocando a Kitano sob o controle de seus fundadores.

Desde então, a Yoki vem investindo em uma série de relançamentos para aproveitar a força do nome Kitano. Após dezesseis anos longe das gôndolas, a linha de chás Kitano, por exemplo, está voltando ao mercado. “No momento em que a empresa completa 45 anos, resgatar o direito da marca no segmento de chás tem sabor especial, que vai além da lucratividade”, diz Gabriel Cherubini, vice-presidente da Yoki.

A satisfação do executivo se justifica pelo fato de a Kitano ter sido uma das pioneiras na fabricação de chás no Brasil. Na década de 80, a empresa liderava o setor com 40%

bebidas >>> chás

Após dezesseis anos, marca Kitano volta com estilo ao mercado de chás

Regresso de um líder

N

SOFISTICAÇÃO – A linha de chás Kitano tem posicionamento premiun

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do mercado de naturais. A volta ao segmento, que hoje movimenta 194 milhões de reais e mais de 7 000 toneladas, só não havia ocorrido antes porque a linha de chás Kitano não foi readquirida junto com as demais famílias de produto. Para beneficiar marcas concorrentes, ela permaneceu esses anos todos inativa, e a Yoki só conseguiu recomprá-la da Unilever em 2003. O negócio congregou também a marca Lin Tea, hoje posicionada numa faixa mais popular de mercado. De lá para cá a Yoki veio amadurecendo o projeto de retomar a produção dos chás Kitano, que agora chegam para dispu-tar um segmento sofisticado do setor.

O visual das embalagens condiz com tal estratégia. Num projeto gráfico desenvolvido pela agência Zauberas e Associados, os produ-tos estrearam com o nome Kitano destacado e modernizado. Além disso, cada sabor ganhou identidade própria, em que as tradicionais xícaras de chás foram eliminadas, dando lugar a desenhos reestilizados. Nesse processo, uma das preocupações foi preservar equities e ele-mentos de identificação da antiga linha, como a cor amarela, procurando reavivar a memória dos antigos consumidores. As caixinhas, com quinze saquinhos, trazem ainda textos late-rais com detalhes sobre cada chá e, nas abas, sugestões acerca da melhor forma de preparar a bebida.

Briga contra a pulverizaçãoEm outro mercado-chave, o de especiarias, as embalagens da Kitano também revelam zelo visual. De fabricação própria, os frascos de PET destinados a essa linha de produtos foram repaginados recentemente. Para disputar atenção e se diferenciar num segmento pulve-rizado por marcas regionais e vendas a granel,

eles receberam o incremen-to de rótulos com aplicações de hot-stamping, imprimin-do uma imagem moderna numa categoria considerada clássica. O layout também ficou a cargo da Zauberas e Associados.

“Já antes de a Kitano ir para as mãos da RMB, a marca ocupava a liderança no mercado de condimentos, e fazia parte do cotidiano da dona de casa”, lembra Gabriel Cherubini. O retorno bem-sucedido, no entanto, não é expli-cado apenas pela afetividade dos consumido-res. Apenas um ano após o relançamento da marca pela Yoki, a linha de produtos saltou de onze para 46. Com uma estratégia também forte de verticalização produtiva, que inclui a fabricação interna de praticamente todas as estruturas flexíveis usadas no empacotamento de seus produtos, a empresa conta com uma equipe de desenvolvimento de embalagens assessorada por uma engenharia de alimentos na parte técnica dos trabalhos.

Além de debruçar-se sobre a tática da verti-calização, a empresa tem investido em edições especiais comemorativas a datas festivas, em especial as festas juninas. Atitudes como essa, de observação dos costumes dos consumidores brasileiros, projetaram o milho de pipoca Yoki e outros produtos granulados da empresa à disputa da liderança de suas respectivas cate-gorias. “Após tantos anos, outros líderes do segmento já estavam consolidados, mas com a força da marca e nossa experiência consegui-mos ampliar o espaço da empresa em todo o Brasil”, comemora Cherubini.

Zauberas e Associados (11) [email protected]

EDIÇÕES ESPECIAIS – Observação dos costumes brasileiros

HOT STAMPING – Família de especiarias ganhou rótulos com acabamento especial

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Carlos Belli, diretor comercial da Polibrasil, tal participação representaria a transforma-ção de 800 toneladas de PP por mês.

Batizado de Coleção Polibrasil Calçados, o projeto foi desenvolvido em parceria com cinco fabricantes de embalagem (Antilhas, Exapack, Confetti, Stillo Pack e Rigesa). A Assintecal – Associação Brasileira de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos, a consultoria FuturePack e a agência Packing Design também participa-ram da iniciativa.

De acordo com Roberto Ribeiro, gerente de marketing da Polibrasil, o PP agrega valor e abre novas possibilidades, criando um conceito pouco explorado de acondicio-namento para calçados. “O objetivo do pro-jeto é tratar a embalagem como componente integral do calçado, de modo a gerar uma mudança no comportamento dos consumi-dores”, completa Ribeiro.

o lado das tendências de design, materiais e processos produtivos, a Francal, maior feira da indús-tria calçadista brasileira, apre-

sentou em sua última edição, realizada em julho em São Paulo, uma peculiar coleção de embalagens. Entre tampas com o forma-to de uma sela de cavalo, recipientes ador-nados com pedras cintilantes ou inspirados em lúdicos barquinhos, o projeto buscou demonstrar as possibilidades do polipropile-no (PP) como material de embalagens plás-ticas para calçados masculinos, femininos e infantis. O lançamento foi levado à Francal numa iniciativa encabeçada pela Polibrasil. Considerada a maior produtora de PP da América Latina, a empresa, formada pela associação entre a Suzano Petroquímica e a Basell Polyolefins, pretende responder por 10% do mercado brasileiro de embalagens para calçados em um ano. Nos cálculos de

plásticos >>> inovação

Coleção de embalagens de polipropileno é apresentada a fabricantes de calçados

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Nem parece de sapato

DIVERSIFICAÇÃO – Projeto encabeçado pela Polibrasil visa demonstrar transparência e

novas possibilidades de formato do PP para caixas de calçados

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Acompanho há anos a trajetória de EmbalagemMarca,

sem dúvida uma referência para quem atua no mercado

de embalagens, da criação à produção.

A revista traz sempre bons artigos sobre o desenvol-

vimento de projetos, informações técnicas claras e as

últimas novidades na área.

Para designers e convertedores, é uma revista indispen-

sável, que coleciono e recomendo sempre aos meus alu-

nos, na Cadeira de Projetos de Embalagens da UFRJ.

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Além da divulgação durante a Francal 2005, os modelos de embalagens que com-põem a Coleção Polibrasil Calçados estão sendo mostrados na 4ª Maratona Tecnológica para Calçados e Componentes. O evento é organizado pela Assintecal, e percorrerá catorze pólos calçadistas brasileiros duran-te os meses de agosto e setembro. “Nossa expectativa é que quatro mil empresários do setor tenham acesso à coleção”, anima-se Roberto Ribeiro.

PP x cartãoO interesse da Polibrasil no mercado de cal-çados abre a possibilidade de uma nova dis-puta de materiais de embalagem. Num setor dominado por sistemas de acondiciona-mento celulósicos, as embalagens plásticas surgem com o apelo da transparência e da reutilização, este mais evidente no caso das embalagens infantis, muitas vezes desenvol-vidas para servir de brinquedo às crianças. Embora não sejam diáfanos, materiais celu-lósicos, especialmente o papel cartão, tam-bém buscam explorar o mercado de calça-dos (ver quadro), e não faltam motivos para que a cadeia de embalagens queira elevar as caixas de sapatos, tênis e sandálias à catego-ria de itens de decisão de compra, tirando-as dos depósitos empoeirados e colocando-as às vistas dos consumidores. Terceiro maior produtor do mundo, atrás apenas da China e da Índia, o Brasil conta com 7,5 mil fabri-cantes, que produzem a cada ano mais de 800 milhões de pares de calçados, movi-mentando 7 bilhões de dólares.

A iniciativa da Polibrasil confirma uma vez mais a tese de que idéias criati-vas em design de embalagens podem ser adequadas a diferentes materiais. Comprovando esse fato, a Coleção Polibrasil Calçados pode ser vista como uma reedição, devidamente adaptada ao polipropileno, de ação mercadológica semelhante movida em 2003 pelo papel cartão, com o título de Coleção Ripasa Calçados.Da mesma forma que a Polibrasil agora, a Ripasa lançou naquela ocasião uma variada série de embalagens promo-cionais criadas especialmente para o setor calçadista. Igualmente, convocou diferentes gráficas para a parceria de produção dos protótipos, cujo design, embora desenvolvido pela mesma agên-cia, explora as diferenças de projeto e de grafismos que cada material permite e acata aquelas que impõe. Mesmo a oportunidade de apresentação não diver-ge agora da anterior, então um fórum de design de materiais para calçados também promovido pela Assintecal. Os agentes de ambas as ações são quase que os mesmos: a agência Packing Design, a consultora Assunta Camilo, antes gerente de desenvolvimento de produto e de mercado da Ripasa e hoje diretora da FuturePack. Já a Ripasa foi recentemente adquirida pela VCP e pela Suzano, que controla a Polibrasil.

CELULÓSICAS – Embalagens de cartão lançadas pela Ripasa em 2003 também buscam

acrescentar inovação ao mercado de calçados

Antilhas(11) 4152-1100www.antilhas.com.br

Confetti(11) 5696-3600www.confetti.com.br

Exapack(11) 4784-1566www.exapack.com.br

FuturePack(11) [email protected]

Packing(11) 3074-6611www.packing.com.br

Polibrasil(11) 3345-5900www.polibrasil.com.br

Rigesa(19) 3869-9300www.rigesa.com.br

Ripasa0800-113257www.ripasa.com.br

Stillo Pack(11) 3333-7462

Fonte de inspiração?

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Bienal a partir deste ano, a Label Latinoamerica – Feira Internacional de Etiquetas Adesivas teve sua segunda edi-ção realizada em São Paulo, no Expomart, entre os dias 28 de junho e 1º de julho últimos. Segundo a

Compacta, empresa organizadora, o evento contou com 82 exposito-res, 52 estandes ocupados e mais de 8 000 visitantes.O balanço foi positivo na visão de Eduardo Chéde, diretor da Marte Rótulos Especiais e promotor da feira ao lado de Caio de Alcântara Machado Junior, presidente da Compacta. “Ficamos satisfeitos por não ter havido queda no núme-ro de expositores em relação à primeira edição, que foi realizada no ano passado”, fala Chéde. Ex-presidente da Abiea (Asso-ciação Brasileira das Indústrias de Etiquetas Adesivas), Eduardo Chéde reconheceu que a Label Latinoamerica perdeu importan-tes expositores este ano, princi-palmente na área de papéis. Mas afirma que o foco no mercado de equipamentos foi aumentado. De fato, empresas como a Betaflex, fabricante de impressoras flexo-gráficas, e a Reflexo Indústria e Comércio de Máquinas mostraram-se satisfeitas com o evento.“Nos últimos dois anos, cresce-mos mais de 50% com ajuda da 1ª e 2ª edição da feira”, afirma Luiz Carlos Moreno, gerente da Betaflex. “Houve muito interesse na máquina Reflexo 160, princi-pal novidade apresentada este ano em nosso estande”, acrescenta Reinaldo Suzano, da Reflexo. A seguir, EMBALAGEMMARCA desta-ca outras novidades apresenta-das pelos expositores da 2ª Label Latinoamerica.

Para rótulos digitais, PP especialA Gumtac trouxe seus novos filmes de polipropileno (PP) transparente e branco específicos para impres-são digital de rótulos e etiquetas. Laminados pela própria empresa com adesivo acrílico de alto tack e liner de papel glassine siliconizado, os substratos apresentam forças de release constantes mesmo para altas velocidades de rotulagem, e já foram

Conformação garantidaNa área de rótulos termo-retráteis, o Grupo Furnax apresentou um filme de PVC com taxa de encolhimento de até 62%. Para divulgar o produto, a empresa distribuiu uma embalagem promocional de uma bebida ice fornecida pela Indústria de Bebidas Aliança, de Analândia (SP). A garrafa foi rotulada numa parceria entre a Furnax, a Esper e o Grupo Clicherlux. Importado de Taiwan, o subs-trato de PVC tem espessura de 45 micra, e é vendido em

bobinas de 500 milímetros de largura, cujo peso varia de 46,5 quilos (filme balão) a 56 quilos (filme plano) “O produ-to tem alta tecnologia de con-formação, e é fornecido por um dos mais conceituados fabricantes asiáticos”, diz Roberto Guarnieri, gerente comercial da Furnax.www.esper.com(19) 3459-5000 www.furnax.com.br(11) 3277-5658 www.grupoclicherlux.com.br(19) 3869-4333

Balanço positivo

Aumentando o escopo de atuaçãoA fabricante de tintas KZZ, com sede em Diadema (SP), anunciou a inau-guração de uma filial em Goiânia (GO). Com 1 200 metros quadra-dos, a unidade tem capacidade de produ-ção de 150 toneladas de

tinta por mês, e foi planeja-da para atender a região

que compreende Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, norte de Minas, e os Estados do Norte e do Nordeste do país.

www.kzztintas.com.br(62) 3204-1860

homologados pela HP para utilização na linha Indigo de impressoras digitais. “Os produtos garantem alto desem-penho em aplicações de impressão digital, bastando colocar na máquina e rodar”, resume Vicente Avellar, gerente de produtos da Gumtac. Segundo o executivo, a ancoragem de tinta é perfeita mesmo sem a aplicação de qualquer primer. Avellar acrescenta

que tais características geram “grande ganho de produtivida-de e uniformidade”. Entre os adeptos da nova linha de filmes está a gráfica Setprint.www.gumtac.com.br(21) 2450-9707www.setprint.com.br

(11) 2133-0007

Bienal a partir deste ano, a Label Latinoamerica – Feira Internacional de Etiquetas Adesivas teve sua segunda edi-ção realizada em São Paulo, no Expomart, entre os dias 28 de junho e 1últimos. Segundo a

Compacta, empresa organizadora,

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Especializada em fitas de impressão para etiquetas de código de barras, a Mastercorp Group participou da Label Latino America com a intenção de fortalecer no mercado nacional sua linha Profilm Ribbon. A empresa afir-ma que, durante o evento, consolidou negócios estimados em 1,2 milhão de reais, além de ter fechado contratos de fornecimento da linha TTR Profilm (foto 1) que ultrapassaram o valor de 10 milhões de reais para os próximos

doze meses. A Mastercorp também comemorou novas parcerias com seus canais, entre eles as distribuido-ras Car Polônio, Versátil, Tape Sul e Etitec. Outra provedora de suprimentos para impressão de códigos de barra, a Facislito aproveitou a Label Latinoamerica para anunciar a dupli-cação de sua capacidade produtiva de ribbons de cera. Com a aquisição de um novo equipamento, no valor

de 950 mil reais, a empresa afirma estar apta a produzir mensal-mente 300 milhões de metros de fita de termotransferência para impressão de códigos de barra. “Agora somos o maior fabricante desse produto na América Latina”, afirma Fábio Grossmann, diretor-presidente da empresa. Além de ribbons, a Facislito comercializa

leitoras e impressoras de códigos de barra (foto 2). Em seu faturamento anual, 25% corresponderam às ven-das de fitas de transferência térmica. www.facislito.com.br(11) 3257-5577www.mastercorp.com.br(41) 2102-3000

Os lances do setor de insumos

Nos bastidores dos códigos de barra

MD mira cada vez mais auto-adesivosA MD Papéis divulgou sua linha Liner Auto Adesivos, composta por dois tipos de papéis supercalandrados com superfície apta para diversos processos de siliconização. O pri-meiro é o Adcraft, desenvolvido para aplicações como liner na confecção de etiquetas, filmes e fitas adesivas. Por sua vez, o papel Cromosil é indicado como liner para fitilhos usa-dos em produtos de higiene íntima ez envelopes auto-adesivos, entre outras aplicações. Também atuando com papéis glassines para embala-gens flexíveis e filtros descartáveis para café, a empresa, que completa 115 anos em setembro próximo, pre-

tende investir 14 milhões de reais na expansão de sua linha de produtos até o final de 2005.www.mdpapeis.com.br(11) 4441-7800

bastidores dos códigos de barra bastidores dos códigos de barra

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2

Na seara de especialidades quí-micas para laminação de rótulos auto-adesivos, a Colacril lançou na Label Latinoamerica os adesivos ADC 1000, para uso em baixas tem-peraturas, e ADC 1200, para altas temperaturas. Já a Basf apresentou as famílias Acronal BV 210 e Acronal BV 217. A primeira foi desenvolvida para atender as exigências de lami-nadores que trabalham com veloci-dades superiores a 300 metros por minuto. Segundo a empresa, o pro-duto apresenta bom nivelamento e ancoragem sobre diversos substra-tos. Indicada para laminadores que operam a velocidades de até 300 metros por minuto, a linha Acronal BV 217 tem boa solubilidade em água. Por sua vez, a Cytec apre-sentou uma resina de poliuretano com a marca Conoptic (foto). De acordo com Moracy Milan, da divi-são Conap da Cytec, o produto é específico para recobrimento de eti-quetas e emblemas. Fornecedora de adesivos de alta performance usa-dos no ônibus espacial Discovery, a empresa também trouxe à feira sua ampla linha de selantes industriais, com destaque para a família de adesivos acrílicos Gelva, da qual faz parte o multipolímero GME3196 Acqua Clear. Voltado para rótulos de bebidas, cosméticos e farmacêu-ticos, o produto apresenta grande resistência a pasteurização, informa Veruschka Castro, representante de vendas da Cytec. www.basf.com.br • (11) 4343-2550www.colacril.com.br • (44) 3518-3500 www.cytec.com • (11) 3038-0825

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A gaúcha Box Print Grupograf, ins-talada em Campo Bom, RS, realizou novo investimento em atualização tecnológica. A empresa instalou o CtP Xpose! 160 Dual, fabricado pela suíça Lüscher e vendido no Brasil pela Gutenberg Máquinas e Materiais Gráficos. Na definição da Gutenberg o produto é recordista em velocidade na produção de cha-pas térmicas, e foi configurado na Box Print com todos os opcionais disponíveis. Com o investimento no CtP Xpose, a Box Print se define como a primeira empresa do setor a gravar simultaneamente duas chapas nos formatos folha inteira e dobro da folha inteira. Segundo a

A Blumak trouxe ao Brasil a linha de equipamentos do grupo

italiano Demak, que possui laboratórios de produção de poliure-

tano, e também é especializado na fabricação de

máquinas de resi-nar rótulos e eti-

quetas (label coating system). Entre os produtos importa-

dos há a Demak LCE Start-up, equipada com dois tanques para a desgaseificação e desumidifica-ção da resina, além da Demak LCE

Supporter Junior Va-cuum, que possui sistema automático de limpeza e possi-bilita a atuação de até dez bicos inje-tores. Segundo a empresa, a apli-cação de resina de poliuretano em

rótulos e etique-tas já impres-sas gera uma

camada protetora com trans-parência, brilho e resistência a intempéries. A Blumak acrescenta que a etiqueta resinada também fica mais resistente a atrito, ganhando durabilidade.www.blumak.com.br(11) 3338-2722

A Xerox lançou a plotter digital colo-rida 8160/8142, que tem capacidade para imprimir documentos com largura de 42 ou 60 polegadas. O modelo é voltado à produção de pôsteres, materiais de ponto-de-venda, banners e letreiros, e imprime até 14 metros quadrados por hora. “Esse equipa-mento tem como alvo as empresas de comunicação gráfica preocupadas

Grandes formatos no alvo da Xerox

Solução high-tech de chapas térmicas Novas máquinas privilegiam label coating system

A fabricante de tintas Flint Ink parti-cipará da feira Print 05 / Converting 05, que será realizada em Chicago, Estados Unidos, de 9 a 15 de setem-bro. Entre os produtos que serão apresentados pela empresa está a

linha ArrowStar para impressoras pla-nas. Voltada a várias aplicações no mercado de impressão e conversão de embalagem, o produto tem entre suas vantagens a rápida secagem. Outra família que a Flint Ink irá expor

no evento é a de tintas UV Arrowlith, de secagem com luz ultravioleta, que imprime imagens brilhantes sobre substratos supercalandrados. www.flintink.com(11) 4613-5287

Novidades de feira americana antecipadas pela Flint Ink

com qualidade de imagem e alta velo-cidade de impressão”, afirma Raquel Fraga, gerente de produtos para o mercado de grandes formatos da Xerox, acrescentando que os recentes lançamentos nesse segmento refletem a migração para a impressão descen-tralizada, acompanhada da tendência de produção digital e local.www.xerox.com.br • 0800-991234

Gutenberg, a gravação é executada com alta qualidade na formação de pontos, permitindo fugir das limita-ções de angulação na quadricromia.www.boxprint.com.br (51) 598 1311www.gutenberg.com.br(11) 3225-4373

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A Gafor Distribuidora ampliou seu esto-que de papéis e filmes auto-adesivos para pronta-entrega. Entre os produtos contemplados pela estratégia está a linha de especialidades químicas da italiana Arconvert e o adesivo TT1, da Manter, empresa pertencente ao Grupo Fedrigoni (o mesmo da Arconvert).Do tipo hot-melt, o produto é recomen-dado para etiquetas de uso industrial e para rótulos de alimentos refrigerados. “O TT1 é adequado para aplicações críticas em superfícies que exigem maior resistência a baixas tempera-turas”, descreve Roselene Martins,

gerente de negócios da empresa. Segundo a executiva, o produto já é utilizado por grandes frigoríficos nas etiquetas de identificação de seus alimentos. “Porém, ele chegava ao país somente através de importação direta com a Manter. Agora, com nosso estoque local, pretendemos atender outros mercados, incluindo pequenos frigoríficos, de forma mais ágil”, adianta Roselene. Em seus cálculos, o merca-do brasileiro de etiquetas resistentes a baixas temperaturas movimenta mais de 1 milhão de metros quadrados, e a região Sul é responsável por cerca de 40% de tal demanda. A meta é que o TT1 represente, até 2006, 20% das vendas do mix de produtos da distri-buidora. Roselene Martins acrescenta que a Gafor lançou também recente-mente o Polietileno Transparente Fosco e o SecurtacK - rótulo para lacres invioláveis. De acordo com a empresa, o mercado de filmes e papéis auto-adesivos movimenta anualmente cerca de 4,4 bilhões de dólares na América Latina. (11) 3046-9090www.gafor.com.br

Hot-melt para aplicações críticas

Vitopel bate o martelo pela VotocelA Votorantim anunciou no dia 13 de junho último a conclusão das nego-ciações para transferência dos ativos da Votocel, unidade do grupo voltada ao mercado de filme de polipropileno biorientado (BOPP), para a Vitopel. Segundo a empresa, a venda foi fechada em 120 milhões de dólares. Controlados até então pela Empresa Brasileira de Filmes Flexíveis (EBFF), do Grupo Votorantim, os ativos do negócio Votocel só passarão definitiva-mente para a Vitopel após a transação ser aprovada pelo Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC).Fundada na Argentina em 1988, a Vitopel começou a atuar no Brasil em 1990. Sete anos mais tarde iniciou suas operações no Pólo Petroquímico de Mauá (SP). Nos últimos cinco anos,

a empresa quadruplicou suas exporta-ções, consolidando a meta de ser um dos maiores produtores de BOPP para rótulos do Mercosul. De acordo com a Votorantim, a venda de sua unidade de filmes flexíveis faz parte da estratégia de “rever o portfo-lio, fortalecendo e investindo nos negó-cios considerados focos principais”. Fundada em 1918, a Votorantim é um dos maiores conglomerados industriais brasileiros, atuando nos mercados de cimento, celulose e papel, metais, quí-mica, agroindústria, energia e finanças. Possui 28 mil funcionários, sendo dois mil no exterior. Em 2004 o faturamento líquido do Grupo Votorantim foi de 6,3 bilhões de dólares.www.vitopel.com.br • (11) 3089-5476www.votocel.com.br • (15) 3242-9800

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64 >>> EmbalagemMarca >>> agosto 2005

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Pantone 13 (11) 4072-1808 www.pantonegrafica.com.br

Papirus Especial reciclagem (11) 5090-3913 www.papirus-e.com.br

Plastgold 10 (11) 6947-4872 www.plastgold.com.br

Plastivida Especial reciclagem (11) 5505-0521 www.plastivida.org.br

Polibrasil 17 (11) 3345-5917 www.polibrasil.com.br

Politeno 43 (11) 3704-6900 www.politeno.com.br

Polo Especial reciclagem (11) 3707-8270 www.polofilms.com.br

Poly Vac 25 (11) 5541-9988 www.poly-vac.com.br

Priscell 10 (11) 3873-2666 www.priscell.com.br

Propack 10 (11 4781-1700 www.propack.com.br

SetPrint 8 (11) 2133-0007 www.setprint.com

Simbios 10 (11) 5687-1781 www.simbios-pack.com.br

Suzano 5 (11) 3816-9851 www.suzano.com.br

Technopack 41 (51) 470-6889 www.technopack.com.br

TecMaes 21 (14) 3326-2498 www.tecmaes.com.br

Tetra Pak 4ª capa e esp. reciclagem (11) 5501-3262 www.tetrapak.com.br

Vilac 15 (19) 3741-3300 www.vilac.com.br

Wheaton 3ª capa (11) 4355-1800 www.wheatonbrasil.com.br

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Almanaque

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Quem foi Fernando PiniNeste mês de agosto, quando se abrem as inscrições para o Prêmio Fernando Pini de Excelência Gráfica, da ABTG – Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica, é possível que alguém se pergunte quem foi a pessoa que dá nome a essa que é a mais importante prêmiação do setor no Brasil. Ele foi, simplesmente, seu idealiza-dor e um dos mais expressivos técnicos em artes gráficas da América Latina. Entre suas múl-tiplas atividades na área, atuou como assessor técnico da Escola Senai Theobaldo de Nigris, foi diretor de tecnologia da ABTG e coordenador do Círculo Ibero-americano de Formação em Artes Gráficas (Cifag), órgão

criado pela Confederação Latino-americana da Indústria Gráfica (Conlatingraf). Morreu com 36 anos de idade, em 1995, já com renome internacional. O prêmio, criado em 1990, passou então a ter o seu nome. (Fonte: Revista Abigraf nº 157, março/abril 1995)

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Uma das cervejas mais tradicio-nais da Bélgica, país que abriga 11 milhões de habitantes e mais de 600 marcas da bebida, a Stella Artois recentemente come-çou a ser fabricada no Brasil. Figurando entre as três cerve-

jas globais da InBev, ao lado da Beck’s e da bra-sileira Brahma, a Stella Artois teve sua história iniciada em 1366. Foi quando a cervejaria Den Hoorn instalou-se em

Leuven, cidade belga que ainda abriga a principal

fábrica de Stella Artois do mundo, e também se orgulha por sediar desde 1425 uma universidade conhecida por

estudos envolvendo novas fórmulas de cerveja. A

cervejaria Den Hoorn, porém, só passou a se chamar Artois no início do século XVIII, ao ser comprada pelo mestre cervejei-ro Sebastian Artois. O prenome Stella é mais recente: foi adota-do em 1926. Isso aconteceu no Natal daquele ano, quando foi lançada uma edição especial da cerveja Artois. Mais clara que as demais, a bebida foi associa-da a um dos símbolos natalinos – stella significa estrela em latim. No Brasil, a marca inicialmente será vendida na versão chope.

Estrela belga

Da beira de estrada para o mundoA tampa Abre-Fácil para latas e copos, que dispensa instrumentos para ser aberta, tem sua origem ligada a uma criação brasileira em embalagem: o copo reutilizável de vidro. Este foi idealizado por Plínio de Paula Ramos (1927-1999), um vendedor da vidra-ria Nadir Figueiredo, mais de cinqüenta anos atrás. Ele imaginou a solução ao observar que nas vendas de beira de estrada as pessoas tomavam água em latas de extrato de toma-

te, como se fossem canecas. “Por que não copos?”, pensou. Depois de quatro anos de tentativas, a novidade estreou na década de

1950, com geléias da Cica. Tinha na borda uma virola, como as garrafas de cerveja, para permitir a recra-vação ds tampa – da Metalgráfica Rojek, que apostou na idéia

e hoje tem a patente mundial da Abre-Fácil, comercializada, sobre-tudo em latas, em diversos países com o nome de dot top, em inglês.

• O nome da maionese foi dado na ocasião de sua criação, em 1756, pelo inventor do molho, o chefe de cozinha do Duque de Richelieu. Era uma homenagem à vitória do duque francês sobre os ingleses na batalha do Porto de Mahon, de onde se originou “mahonnaise”.

• Já o nome do destilado francês calvados, obtido da sidra, derivaria de El Calvador, navio integrante da Invencível Armada espanhola que naufragou em 1588 num ponto da costa da Normandia. A carcaça encalhada da embarcação virou referência para os apre-ciadores da bebida produzida na região.

Você sabia?

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