revista embalagemmarca 049 - setembro 2003

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Ano V • Nº 49 • Setembro 2003 • R$ 6,00 www.embalagemmarca.com.br BANDA ESTREITA IMPULSIONA FLEXOGRAFIA CACHAÇAS EM PAUTA Embalagens podem agregar valor e multiplicar compras por impulso

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Edição de maio de 2003 da revista EmbalagemMarca.Visite o site oficial da revista http://www.embalagemmarca.com.br e o blog http://embalagemmarca.blogspot.com

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Page 1: Revista EmbalagemMarca 049 - Setembro 2003

Ano V • Nº 49 • Setembro 2003 • R$ 6,00

www.embalagemmarca.com.br

BANDA ESTREITA IMPULSIONA FLEXOGRAFIA • CACHAÇAS EM PAUTA

Embalagens podemagregar valor e

multiplicar compraspor impulso

Page 2: Revista EmbalagemMarca 049 - Setembro 2003
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Pela memória da embalagemm ano atrás, quandoplanejamos lançar

uma edição Especial deAlmanaque, reproduzindopáginas da seção de mes-mo nome publicada regu-larmente na última páginada revista, movia-nos o in-teresse em dar uma contri-buição para a memória dasembalagens e das marcasno mundo e, principal-mente, no Brasil. Aquelainiciativa agradou muitoos leitores, dos quais pas-samos a receber inúmerospedidos para repetir adose. Anuncio que já esta-mos elaborando o Almana-que EMBALAGEMMARCA

número 2. Aguardem!Quero aproveitar para rei-

terar uma espécie de con-vocação que temos feitoem todas as oportunida-des: que as empresas con-tribuam para a consolida-ção dessa memória. Comodissemos na apresentaçãodaquela edição histórica,os registros que mostrama evolução das embala-gens e das marcas revelamparte importante da traje-tória da sociedade de con-sumo em que hoje vive-mos.Por isso, as páginas de EM-BALAGEMMARCA, que jávêm dando uma contribui-ção, ainda que modesta, àtarefa de resgatar uma par-te daquela trajetória, estãoabertas para publicar fatos

nem sempre muito conhe-cidos e fotografias de em-balagens que ajudem oBrasil a se conhecer umpouco melhor. Nessa li-nha, faço aos demais veí-culos especializados daárea uma sugestão cons-trutiva (embora os hábitoscomerciais vigentes reco-mendassem que lhes dés-semos o máximo possívelde maus conselhos): en-trem nessa cruzada, aju-dem a resgatar a memóriada embalagem brasileira,com reportagens, seçõesespecíficas, edições espe-ciais. Até outubro.

Wilson Palhares

U

A evolução dasembalagens e dasmarcas revelaparte importanteda trajetória dasociedade de consumo em quehoje vivemos

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ENTREVISTALuiz Cláudio Cury, presidente da Ampaq(Associação Mineira dosProdutores de Cachaçade Qualidade), comentaimportância do esmero e da diferenciação visual para a bebida

MAKING OFComo foram criadasas embalagens dosprodutos da Naturaque usam o apeloda brasilidade

CAPA: CANDIESNovos perfis de ponto-de-venda e busca pormaior valor agregadoaumentam importânciadas embalagens de confeitos e gomas de mascar

8

32

42

Diretor de RedaçãoWilson Palhares

[email protected]

[email protected]

Flávio [email protected]

Guilherme [email protected]

Leandro [email protected]

ColaboradoresJosué Machado e Luiz Antonio Maciel

Diretor de ArteCarlos Gustavo Curado

[email protected]

Assistente de ArteJosé Hiroshi Taniguti

AdministraçãoMarcos Palhares (Diretor de Marketing)

Eunice Fruet (Diretora Financeira)

Departamento [email protected]

Karin TrojanWagner Ferreira

Circulação e AssinaturasMarcella de Freitas Monteiro

[email protected] anual: R$ 60,00

Público-AlvoEMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais queocupam cargos técnicos, de direção, gerênciae supervisão em empresas fornecedoras, con-vertedoras e usuárias de embalagens para ali-mentos, bebidas, cosméticos, medicamentos,materiais de limpeza e home service, bemcomo prestadores de serviços relacionadoscom a cadeia de embalagem.

Filiada ao

Impressa em Image Art 145 g/m2 (capa) e

Image Mate 115g/m2 (miolo) da Ripasa

Impressão: Congraf

EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda.Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo

Antonio - CEP 04718-040 • São Paulo, SPTel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463

FILIADA À

www.embalagemmarca.com.brO conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA éresguardado por direitos autorais. Não é permi-tida a reprodução de matérias editoriais publi-cadas nesta revista sem autorização da Blocode Comunicação Ltda. Opiniões expressas emmatérias assinadas não refletem necessaria-mente a opinião da revista.

3 EditorialPelo resgate da memória dasembalagens e das marcas

6 CartasOpinião, sugestões ecríticas dos leitores

38 DisplayLançamentos e novidades – eseus sistemas de embalagem

43 MarcasDilemas no licenciamentode personagens nos rótulos

44 PanoramaMovimentação na indústria deembalagens e seus lançamentos

48 Painel GráficoNovidades do setor, da criaçãoao acabamento de embalagens

49 MercadoAntilhas inaugura fábrica up todate com o estado da arte

50 AlmanaqueFatos e curiosidades do mundodas marcas e das embalagens

16

FO

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DE

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PA

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TU

DIO

AG

setembro 2003

IMPRESSÃOAs inovações emequipamentos de banda estreita ampliamos horizontes daflexografia

PRÊMIOQuais foram os ganhadores deste anodo Prêmio Abre doDesign & Embalagem

ICESO PET buscaum lugar na noite

22

12

4 – EMBALAGEMMARCA • set 2003

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Especial Luxo

P arabéns pela primorosa ediçãoEspecial Luxo. Ela foi muito bemdiagramada e apresenta excelenteconteúdo. Agradecemos a inclusãodos nossos produtos Domina Suavee Segredo do Patriarca na belíssimareportagem sobre a cachaça, semdúvida a bebida do Brasil.

Régis A. BarrosCasa Règis Armmont

(ex-Destilaria Pedra do Cedro)Brumadinho, MG

V ocês conseguiram o que eu jul-gava ser impossível: fazer uma edi-ção especial de EMBALAGEMMARCA

(Especial Luxo) que suplantou asnormais em termos de qualidade.Acabei de recebê-la e adorei. estásensacional, em todos os sentidos. Nós, da Mega Plast, queremos sin-ceramente parabenizá-los, não sópor essa fantástica edição, mas pelarevista em si.

Attilio AlemiGerente Comercial

Mega Plast S/ASão Paulo, SP

P arabéns pela edição EspecialLuxo. Está primorosa . Alías, a re-vista tem sido sempre assim, tanto aimpressão como o conteúdo. Ficofeliz pelo amigo e torço pelo contí-nuo sucesso!

Alexandre CôrteCobram – Cia. Brasileira

de MarketingSão Paulo, SP

P rimeiramente, gostaria de para-benizar EMBALAGEMMARCA pela

Edição Especial Luxo. Agradeço acitação de nossa empresa na maté-ria “Em Pé nas Gôndolas”, na pági-na 71 (Café Três Corações). Gosta-ria apenas de informar que o nomecorreto de nossa empresa é Embala-gens Flexíveis Diadema, e não Dia-dema Embalagens, como citado nareportagem. Certa de contar semprecom o apoio da EMBALAGEMMAR-CA, agradeço a atenção.

Patricia MetropoloMarketing

Embalagens Flexíveis DiademaSão Paulo, SP

Referência no segmento

C ada edição de EMBALAGEM-MARCA surpreende os leitores pelaqualidade do material apresentado.A revista cresce a cada número,tanto no que se refere ao conteúdoquanto à apresentação gráfica e àqualidade do material publicitário.Seus anúncios inovam e acrescen-tam informações importantes parao leitor especializado, mostrandonovos filmes, papéis, ilustrações eaté pequenos objetos, como oatraente caminhãozinho da Lingraf.EMBALAGEMMARCA torna-se, as-sim, a publicação de referência nosegmento de embalagens. Querome referir, também, na edição deagosto, à correta matéria de capasobre marcas próprias, que revela ocrescimento desse tipo de produtos,antes vistos como de segunda linhapelos consumidores. Aguardo, cominteresse, a próxima edição!

Antonio Alberto Prado Consultor em Comunicação

Empresarial São Paulo, SP

Bisnagas plásticas

E m nome da Cebal Brasil gosta-ria de parabenizá-los pela ótima re-portagem de capa sobre o mercadobrasileiro de bisnagas (EMBALA-GEMMARCA nº 47) e agradecer aajuda de vocês no processo de di-vulgação de informações esclareci-das e confiáveis.

Apesar de o primeiro semestre tersido bem devagar, estamos muitootimistas quanto aos próximos me-ses, esperando fechar o ano comchave de ouro. Torcemos para queEMBALAGEMMARCA feche o ano deforma esplendorosa.

Valdivo BegalliCebal do Brasil LtdaMogi das Cruzes, SP

N. da R.: Na citada reportagem, otelefone da representante brasileirada suíça Aisa (Titana Tecnologia)foi erroneamente informado. O nú-mero correto é (19) 3281-2441.

Quarto aniversário

P arabéns pelos quatro anos deEMBALAGEMMARCA! Que vocêscontinuem brindando os leitorescom essa publicação de alto nívelpor muitos e muitos anos.

Ernani Paulino FilhoDiretor – Packnology!

Campinas, SP

P arabéns pelo quarto gloriosoaniversário do “principal referen-cial jornalístico da cadeia de emba-lagem”. Que o sucesso continue eaumente!

Nemércio NogueiraDiretor – RP Consult

São Paulo, SP

E MBALAGEMMARCA é a melhorrevista sobre embalagem. Conti-nuem assim! Sucesso para todos.

Carlos HondaEstudante

Unopar – Universidade do Norte do Paraná

Londrina, PR

Sonho cor de rosa

A cabo de receber sua primorosarevista e ela me fez ficar nostálgicacom a matéria sobre o refrigeranteda minha terra, o Guaraná Jesus(EMBALAGEMMARCA nº 46, junhode 2003). O sonho cor de rosa érealmente um exemplo de resistên-cia e preservação de uma marca. As

6 – EMBALAGEMMARCA • set 2003

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Redação: Rua Arcílio Martins, 53CEP 04718-040 • São Paulo, SP

Tel (11) 5181-6533Fax (11) 5182-9463

[email protected]

As mensagens recebidas por carta, e-

mail ou fax poderão ter trechos não es-

senciais eliminados, em função do es-

paço disponível, de modo a dar o maior

número possível de oportunidades aos

leitores. As mensagens poderão tam-

bém ser inseridas no site da revista

(www.embalagemmarca.com.br).

MENSAGENS PARA EMBALAGEMMARCA

pessoas consideram a cor rosakitsch, mas acho que seu grande su-cesso advém disso. Além do mais, éum chazinho de canela gaseificadoque evoca boas lembranças da in-fância. Parabéns pela revista!

Marilane BorgesEmbaixada da França no Brasil –Ubitec França – Bureau de Divul-gação das Empresas e Tecnologias

Francesas São Paulo, SP

Almanaque

G ostaríamos de parabenizá-lospela seção Almanaque. A cada nú-mero ela se torna ainda melhor.Ana Cláudia Konichi/Luiza EstimaEstima Comunicação Empresarial

São Paulo, SP

Embalagens com braile

P osso estar errado, mas não co-nheço e nunca vi embalagem de

qualquer produto na qual a preocu-pação com o consumidor deficientevisual seja lembrada. Será que o de-ficiente visual não merece umaatenção por parte dos especialistasem marketing e embalagens? Va-mos olhar esse consumidor!

José Rogério Rodrigues MoAdministrador de empresas

Duque de Caxias, RJ

N. da R.: Algumas empresas já gra-vam informações em braile em ró-tulos e em em cartuchos de papelcartão de seus produtos, como EM-BALAGEMMARCA já mostrou em re-portagens. De qualquer forma, ficao recado para aquelas que aindanão implementaram esse serviço.

Correções:Na nota sobre a participação da PPPayne na Fispal (edição nº 47, pági-na 34), informamos incorretamenteo nome de um dos produtos atendi-dos pela empresa. Onde se lê Fari-

nha Láctea Nestlé, leia-se FarinhaLáctea da Unilever Bestfoods.

Na reportagem “Sem Medo do Frio”(edição nº 46, página 14) o designgráfico das latinhas da cerveja Itai-pava foi desenvolvido pela Mediter-rânea Pantani, e não pela agênciaa10 Design, como publicado.

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8 – EMBALAGEMMARCA • set 2003

mbora a produção de cachaçasartesanais possa ser vista emgrande parte das regiões inte-rioranas do país, os alambiquesespalhados pelo ondulado solomineiro têm a fama de destilar

a mais pura aguardente de cana que opaís oferece. Abrigando mais de 8 000produtores, o Estado provê grande partedas marcas de cachaças que são vendidasem bares e restaurantes de grandescidades do país a preços que às vezes nãodeixam a dever para o de bebidas comoconhaques, uísques e vinhos. No centrodesse processo de valorização está a Am-paq – Associação Mineira dos Produto-res de Cachaça de Qualidade. Uma dasprimeiras organizações que despertarampara a necessidade de consolidação daimagem da cachaça como um produto dequalidade, capaz de competir no merca-do brasileiro e internacional com outrascategorias de bebidas, a entidade estácompletando quinze anos convicta deque é possível expandir o contingente deconsumidores da bebida.Luiz Cláudio Cury, presidente da Am-paq, fala nessa entrevista sobre a impor-tância da embalagem como elemento dediferenciação das cachaças premium,além de relatar as queixas do setor quan-to à falta de opções no fornecimento degarrafas adequadas para esse tipo de pro-duto. “É um ponto crítico para nós, poissem uma boa estratégia de marketing vi-sual, nunca competiremos em igualdadecom outras bebidas finas”, ele diz. Asprincipais diferenças entre as cachaçasartesanais e as cachaças industriais, alémdo apreço de grandes personalidades dapolítica nacional pelo mais legítimo des-tilado brasileiro, são comentados porCury a seguir.

De uns tempos para cá está se firmando aconvicção de que as exportações de cacha-ça passam por um boom e que vão disparar.Essa expectativa tem fundamento?Acreditamos num futuro promissor para

E

LUIZ CLÁUDIO CURY,

presidente da Ampaq -

Associação Mineira dos

Produtores de Cachaça

de Qualidade -, analisa a

importância do marketing

visual no processo de

aumento do contingente

de consumidores e na

estratégia de valorização

da aguardente de cana

entrevista

DIV

ULG

ÃO

“Vale a pena investir em marca”

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set 2003 • EMBALAGEMMARCA – 9

importante dentro dessa trajetória está sen-do concretizado agora. É o lançamento deuma marca única de cachaças do SistemaAmpaq. Essa marca é fruto de uma coope-rativa central, que reúne pequenos produto-res. A idéia é agregar qualidade e volume,além de permitir que esses produtores se-jam incorporados pelo mercado formal decachaça. Para se ter idéia, Minas Gerais temhoje 8 500 alambiques, dos quais 85% sãoclandestinos. Acreditamos que essa medidapode contribuir muito para a geração deempregos e a fixação dos trabalhadores nocampo. É uma iniciativa que deveria ser se-guida por outros Estados. Aqui em Minas,

quando o governador Aécio Nevesconheceu o projeto, se encantou, edeu ordens para todos os seus secre-tários nos apoiarem.

Aliás, há notícias de que ele próprioé um apreciador de cachaças...Sim, mesmo porque a família Nevesé uma tradicional produtora de ca-chaça, bem como a do vice-presiden-te, José Alencar. Sem dúvida (rindo),estamos bem amparados, agora pre-cisamos agir. Até o Lula já declarouque adora uma cachaça, o que mostraque esse é definitivamente o grandemomento da bebida.

Em editorial em “Cachaça – Revistado Sistema Ampaq” de julho último,o senhor disse que a cadeia produti-

va de cachaça em Minas Gerais “peca pelaadoção de políticas individualistas, ...”.Por outro lado, empresas que produzemcachaça industrial queixam-se de que osprodutores artesanais estariam criandouma discriminação perigosa ao fazer essetipo de diferenciação. Argumentam que issocoloca seu produto num patamar inferior,prejudicando a imagem da cachaça em seutodo. Como o senhor responde a isso?Não nos cabe provar que nosso produto émelhor ou pior do que uma cachaça indus-trial. Essa avaliação deve ser feita pelo con-sumidor. O que temos de fazer é nosso de-ver de casa, ou seja, investir numa estraté-gia de marketing que seja capaz de divulgaras virtudes da cachaça artesanal. Não temosnenhum interesse em cultivar qualquer tipo

nossas exportações, embora as vendas parafora representem apenas 1,2% dos cerca de1,3 bilhão de litros de cachaça produzidos acada ano no Brasil. A expectativa otimistase baseia no crescimento da procura. As re-messas vêm aumentando com a ajuda denovos mercados. O continente asiático, porexemplo, vem sinalizando crescente inte-resse pela cachaça brasileira. Mas, além deampliar mercados, precisamos aumentar asexportações de produto acabado. Hoje cer-ca de 30% das remessas de cachaças che-gam lá fora em tonéis. As empresas estran-geiras é que acabam engarrafando a bebidae vendendo-a com a marca delas. É um pro-cesso que acontece principalmentecom as cachaças industriais, até por-que elas respondem pela quase tota-lidade de nossas exportações.

Quais são as diferenças entre “ca-chaça artesanal” e “cachaça indus-trial”?Primeiramente, uma cachaça artesa-nal utiliza cana-de-açúcar livre deagrotóxico e cuja colheita não é feitamediante a queima do canavial. Opreparo do caldo e a própria fermen-tação também são diferentes. Não épermitido a uma cachaça artesanaladicionar qualquer aditivo químicopara acelerar seu processo de fer-mentação. Ele deve ser feito de ma-neira totalmente natural. Além disso,é necessário usar alambiques de co-bre, e, no resultado da destilação, desprezaro que chamamos de cabeça e cauda. A ca-chaça artesanal utiliza apenas 80% do volu-me destilado. É o chamado coração doalambique. Por fim, a cachaça artesanaltambém precisa passar por um processo deenvelhecimento, que é normalmente feitoem tonéis de madeira.

Fale um pouco sobre o trabalho da Ampaq.Quais as mais importantes iniciativas daentidade hoje?A Ampaq foi fundada em 1988, para traba-lhar em favor dos produtores de cachaça ar-tesanal do Estado de Minas Gerais. Hojeevoluímos para o Sistema Ampaq, mas nos-so objetivo se mantém o mesmo: primarpela qualidade da bebida. Um ponto muito

Os produtoresde cachaças

artesanais precisamfazer seu dever

de casa. Ou seja,apostar em

estratégias de marketing e emembalagens que

sejam capazes dedivulgar a purezae a qualidade de

seu produto

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de rixa com os produtores de cachaça in-dustrial. Por ser mais cara e ter alguns valo-res agregados, a cachaça artesanal não con-corre com cachaças industriais, e sim combebidas como o conhaque, o uísque e o vi-nho. Se há algum tipo de desunião, ela pre-cisa ser combatida. Afinal, as leis brasilei-ras são claras ao definir que cachaça é ca-chaça. Não há, desse ponto de vista, ne-nhum tipo de diferenciação.

Como se dá a relação qualidade x preço nomercado de cachaça? As cachaças pre-mium devem custar necessariamente caro?Na minha visão, o conceito de cachaça pre-mium está um pouco distorcido.Basta o preço estar lá em cima parauma cachaça ser classificada dessamaneira. Na verdade, é preciso haveruma definição mais clara quanto acritérios de qualidade. E é exatamen-te isso que estamos fazendo na Am-paq. Nosso selo de qualidade é a pro-va de que na garrafa onde ele estáaplicado há uma excelente cachaçaartesanal. Para obter essa certifica-ção, o produto precisa passar por tes-tes que são feitos da maneira maisséria possível. O que posso dizer éque nem sempre as cachaças carastêm boa qualidade.

Falando em custo, há notícias de ca-chaças da região mineira de Salinassendo vendidas a mais de 200 reaisa garrafa. O que justifica isso? Amatéria-prima e o processo de produçãonão são os mesmos dos de outras cachaçasda região, vendidas a preços infinitamentemenores? A embalagem não chega a ser di-ferente. . .Normalmente isso tem relação com a tradi-ção da marca e com o trabalho de marke-ting feito por seus produtores. É difícil de-finir como esses produtores conseguiramisso, mas não há dúvidas de que é um pre-ço totalmente atípico. Pessoalmente achoque nada justifica vender um destilado na-cional tão caro. Mas também é preciso tiraro chapéu para essas empresas, pois elas fi-zeram um trabalho que de certa maneiraabriu as portas do mercado para a cachaçaartesanal. Além disso, esses casos revelam

o quanto é importante, e também altamenterecompensador, investir em marca.

A embalagem dessas marcas vedetes emgeral é muito pobre – uma garrafa de cer-veja de 600ml, com tampa crown e rótulopouco elaborado. Isso não pode vir a seruma ameaça à marca, sobretudo quando seconsidera que nos bares e restaurantes há ocostume de se dosar as cachaças na mesa,diante do consumidor?Por incrível que pareça, há clientes que gos-tam das garrafas de cerveja. Mas de umamaneira geral, a tendência é essa embala-gem ser substituída. Afinal, o produto pre-

cisa ser mostrado ao consumidor, epara isso é necessária uma garrafatransparente. Não há dúvidas de quetemos de investir em marketing vi-sual para a cachaça, adotando não sógarrafas, mas também rótulos, tam-pas e embalagens secundárias cadavez mais atraentes. No entanto, é pre-ciso lembrar que, na parte específicadas garrafas, há um problema gravepara o setor hoje: a oferta é muito res-trita. Há pouquíssimos modelos na-cionais disponíveis, e dependemosbasicamente de dois fornecedores. Asopções importadas muitas vezes sãoexcessivamente caras, de modo quemuitos produtores enfrentam dificul-dades para encontrar embalagensadequadas.

Pelo menos uma empresa estrangei-ra está tentando ocupar espaço para aoferta de garrafas de luxo, para cachaçasque se colocam como produtos premium.Na sua opinião, há espaço para isso?Sim, há espaço, principalmente para as es-tratégias de exportação de cachaça, porqueas garrafas disponíveis hoje para isso sãomuito fracas. É uma promessa estimulante,mas inicialmente essa empresa vai trabalharcom distribuidores locais. A idéia é come-çar a importar as garrafas, que chegariamno Brasil custando uma média de 2 euros.Não são garrafas baratas, mas, em compen-sação, são produtos que têm uma aparênciaexcepcional, parecem feitos de cristal. Brin-cadeiras à parte, numa garrafa dessas a ca-chaça muda até de gosto…

Nada justificavender uma garrafa

de destilado nacionala 200 reais. Por

outro lado, é precisotirar o chapéu

para as cachaçasque alcançaram esse patamar de

preço, pois elas vêmmostrando que

compensa fortalecera marca

veja

mais

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10 – EMBALAGEMMARCA • set 2003

Page 11: Revista EmbalagemMarca 049 - Setembro 2003
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Brasilidadea toda prova

ão diversos os trabalhos de de-sign nos quais alegadas in-fluências das riquezas naturaise do folclore do Brasil acabam

incorrendo em estereótipos ou descam-bando ao kitsch. A bem da verdade, essaconstatação é só o pavio de uma discus-são ainda longe de ter respostas definiti-vas: como ser original e genuíno ao selastrear projetos de marcas, produtos eembalagens nos aspectos típicos do nosso

making of

S

Natura mistura

materiais para

embalar itens

inéditos no país

país? Embora na teoria não haja consen-so, não se pode negar que certos desenhostêm brasilidade convincente. Exemplos àmão são as embalagens de dois lança-mentos da Natura em sua linha Ekos, oPerfume do Brasil e a Água de Banho.

Voltadas ao público feminino, as duasnovidades têm caráter inovador. O Perfu-me do Brasil carrega o pomposo nomepor ser a primeira fragrância nacional ca-tegorizada como eau de parfum, pelosseus 18% de concentração. Na classifica-ção própria do setor de cosméticos, o pa-norama brasileiro até agora só acolhia ascolônias, a grande maioria, e as eaus detoilette, produtos de menor finesse. Porsua vez, a Água de Banho, para ser usadano corpo todo no pós-banho, também é,segundo a Natura, um produto inédito nopaís. Traz os mesmos componentes ativosdo perfume, só que numa concentraçãode 5%.

É a composição dos produtos, aliás, aprincipal justificativa da carona que o es-merado projeto das embalagens pegouem aspectos naturais e culturais tupini-quins. Ambos os itens trazem, em suasfórmulas, o breu branco, resina oriundade uma árvore homônima nativa da flo-resta amazônica que, como salienta a Na-tura, está sendo utilizada pela primeiravez na perfumaria mundial, e o cumaru,semente de odor singular, também típicada região Norte.

Pedra e semente“Como essas especiarias são difíceis deserem extraídas, são preciosidades, bus-camos, no desenvolvimento da embala-gem primária do Perfume do Brasil,transmitir a imagem de uma jóia da natu-reza”, afirma Filomena Padron, designerda Natura que capitaneou o projeto. O re-

Água de Banho, da linha Ekos da Natura:

cabaça como fonte de inspiração

Page 13: Revista EmbalagemMarca 049 - Setembro 2003

sultado foi um frasco de vidro, de 30ml,com formato que remete a um seixo (pe-dra de rio). “Essa relação dá a idéia de umobjeto trabalhado, lapidado pela nature-za”, explica a profissional.

Para a obtenção do frasco, foram fei-tos testes com vidrarias nacionais. Osprotótipos, porém, não “casaram” com asespecificações do projeto. A saída foibuscar uma solução no exterior, obtidacom a tecnologia da francesa Pochet,como relata Filomena. O recipiente de vi-dro ficou, então, como o único compo-nente estrangeiro no projeto. Vale deta-lhar que o frasco não possui válvula aco-plada, já que é indicado para ser usadoatrás das orelhas e dos punhos.

Numa edição especial de lançamento,compreendida por 30 000 unidades, umacerâmica artesanal exclusiva, criada pelojoalheiro Renato Camargo com base emtrabalhos indígenas e saída da olaria Co-res da Terra, funciona como embalagemsecundária do Perfume. Para proteger ofrasco, esse “berço” é forrado com palhanatural de folha de coco. “O conjunto se-gue o conceito de uma semente: por forahá uma casca bruta, rústica, que protege onúcleo, a essência que origina a vida”,observa Filomena, ressaltando que a mis-tura de materiais “revela a miscigenaçãotípica do Brasil”.

PET para a toaleteJá para a outra novidade, a Água de Ba-nho, priorizou-se um recipiente plástico.

Isso porque o produto é indicado paraser aplicado no pós-banho, ain-

da no banheiro, onde o ma-nuseio de recipientes de vi-

À guisa de umasemente, conjuntoda edição delançamento doPerfume do Brasiltem cerâmica artesanal comoembalagemsecundária

Page 14: Revista EmbalagemMarca 049 - Setembro 2003

14 – EMBALAGEMMARCA • set 2003

dro pode representar risco. Assim, a Águaganhou um recipiente plástico de inusita-do formato irregular, de 360ml. Seu dese-nho, curvilíneo e retorcido, remete às for-mas de cuias, cabaças e moringas. Filo-mena conta que essa idéia “veio da lem-brança de que em diversas regiões doBrasil há o costume de se transportar e dese guardar água nesses objetos”.

Devido à concepção assimétrica e aogargalo afunilado, que deveria ser centra-lizado para permitir o envase, o sopro dofrasco representou uma prova de fogopara a fabricante dos recipientes. “Foi umtrabalho desafiador, pois nos deparamoscom um frasco tecnicamente difícil de sersoprado e estirado”, comenta AndréBornschein Silva, diretor executivo daprovedora catarinense de embalagens ABPlast. “Levamos cerca de sete meses en-tre a adequação do projeto, a confecção eos ajustes do molde, tryouts e testes dedecoração, até iniciarmos a produção daembalagem”, ele reconstitui.

Vencida a complexidade do formato,

AB Plast(47) [email protected]

Bristol e Pivaudran(11) 6465-7000www.bristolepivaudran.com.br

Cores da Terra(73) 537-2281www.coresdaterra.com.br

Greco Prete(11) 3659-5599www.embalagensgreco.ind.br

Ibema(42) 220-7400www.ibema.com.br

Pack Plan(41) 324-3151

Pochet(11) [email protected]

Rio Verde(47) 521-0440www.rioverde.ind.br

Ripasa0800 113257www.ripasa.com.br

após baterias de testes em estações de so-pro da grife japonesa Aoki, o fornecedordo frasco partiu, com o objetivo de valo-rizar ainda mais a apresentação do produ-to, para uma aproximação do frasco plás-tico com uma peça de vidro. Para isso, aespessura da parede do frasco foi aumen-tada, o que, além do efeito visual deseja-do, resultou numa embalagem mais resis-tente. O frasco da Água, como o do Per-fume, também não possui válvula, e é ve-dado com uma tampa de alumínio “deco-rada por dupla anodização”, como infor-ma Cláudio Miranda, gerente de vendasda Bristol e Pivaudran, fabricante do fe-chamento.

Quê de pirogravuraPontos em comum, nos frascos de vidro ede PET, é que seus corpos recebem ins-crições em serigrafia, numa simulação demanuscrito e que, à primeira vista, pareceresultar de pirogravura. No Perfume doBrasil, estão gravados os nomes do pro-duto e dos dois principais componentesativos; na Água de Banho, apenas estesúltimos.

Cartuchos, fabricados pela Greco Pre-te, também entram no mix de embalagensdos produtos. O do Perfume possui emsua estrutura, dividida em base, tampa eberço, papelão ondulado da Rio Verde,micro-ondulado da Pack Plan e papéiscartão da Ibema e da Ripasa. Já o daÁgua da Banho é confeccionado inteira-mente com papel cartão processado pelaIbema.

A linha Ekos, aliás, segundo informa-ções de bastidores, será a plataforma parao plano da Natura de ganhar maior inter-nacionalização. Nesse objetivo, o Perfu-me do Brasil e a Água de Banho já nas-cem como potenciais xodós, ao que valeregistrar que a Natura terá exclusividadeno uso do breu branco em seus perfumespor dois anos. “São produtos que abremuma nova etapa para a perfumaria nacio-nal”, exalta Elisabete Pereira, gerente dalinha Ekos, cuja expectativa para o mer-cado nacional é de que os dois novos pro-dutos respondam, já neste segundo se-mestre, por quase um terço do faturamen-to da sua unidade.

Os frascos assimétricosem PET, com o gargalo

afunilado e centralizado,levaram sete meses

para ser desenvolvidos

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o longo dos anos, a idéia de queboas embalagens constituemum investimento incompatívelcom produtos de baixo valor

agregado contribuiu para uma enxurrada demarcas de questionável apresentação nasgôndolas. As duras lições do mercado ensi-naram, porém, que apresentação sedutora esistemas de acondicionamento bem elabo-rados são imprescindíveis na maioria dasseções de um supermercado. Mas pergunta-se: haveria espaço para diferenciação visualentre produtos de alto giro e que custamcentavos, poucas vezes mais do que 1 real?

O mercado de candies – confeitos, ba-las, dropes e gomas de mascar – vem pro-vando que, a despeito do baixo valor unitá-rio para o consumidor final, diferenciais deembalagem se tornaram realmente indis-

pensáveis em quasetodas as categoriasdo varejo. A pro-

reportagem de capa

Investimentos em apresentação ajudam a valorizar chicles e balasPor Leandro Haberli

mercadogressiva atenção que as marcas do setor dis-pensam às suas apresentações pode ser ex-plicada por vários motivos. Respondendopor 70% dos mais de 1,5 bilhão de reais quea venda de balas e chicletes movimenta acada ano no Brasil, o público infantil sem-pre demandou dos fabricantes de candiesconstante reciclagem de apelos de venda,invariavelmente acompanhada por novasembalagens. Nos 30% restantes, ações comfigurinhas, personagens lúdicos e brindescolecionáveis costumam ficar fora dos re-manejamentos de marcas e produtos.

Aversão ao “mercado de moeda”Isso, porém, não significa que descuidoscom apresentação passem desapercebidos.Na verdade, o público adulto vem sendocada vez mais disputado, levando as empre-sas do setor a investir alto para distanciar

suas marcas do chamado mercado demoeda e, assim, au-mentar a rentabilidadecom a ajuda de emba-lagens cada vez maissofisticadas.

Esse novo direcio-namento tem ligaçãocom o processo de ex-pansão dos pontos-de-venda de candies para

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além de bares, padarias e lancho-netes. Sem implicar em concor-rência com os pontos tradicio-nais, onde também são vistosinvólucros crescentemente ela-borados, drugstores, lojas de conveniênciae supermercados vêm tendo seu papel sem-pre aumentado na estratégia de comerciali-zação de confeitos e gomas de mascar. Aexpansão de fronteiras lançou nova luz so-bre a função da embalagem como ferra-menta de diferenciação e ainda abriu cam-po para o surgimento de multipacks quecada vez menos se limitam aos cartuchoscelulósicos que acondicionam chicletes agranel nos caixas de padarias. Demar-cam espaço crescente no setor fil-mes flexíveis e também embalagensmúltiplas rígidas feitas de plástico,metal ou papel cartão. Em algunscasos elas chegam a conferir umapelo de presente aos candies.

“Apesar das mudanças no perfil deponto-de-venda, o mercado de confeitos egomas se mantém bastante atrelado à com-

pra por impulso”, observa NewtonSoler Ruiz, gerente de de-senvolvimento de produ-

tos da Jofer Embalagens,uma das grandes fornece-

doras de cartuchos de papelcartão para balas e chicles no Brasil.“Por isso os fabricantes do setor exigemsoluções que realmente chamem a aten-ção do consumidor”, ele completa.

Além do papel de diferenciação, asembalagens assumem a função de ele-mentos de suporte de marcas, comomostra um projeto recentemente desen-

volvido pela própria Jofer para a gi-gante Adams. Para divulgar suaextensa linha, que inclui marcascomo Trident, Bubbaloo, Cloretse Halls, a empresa colocou nomercado o Festival Adams, pro-duto que reúne alguns de seus

principais itens numa única embalagem.Lembrando caixas de bombons sortidos,os cartuchos de papel cartão em que oFestival é vendido contam com acaba-

Multipacks flexíveisacentuam exposiçãonas gancheiras dos

supermercados

Conceito de caixa de bombons para

sortidos da Adams

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mento fosco, aplicações de verniz UV eimpressão em alto-relevo.

“Sempre consideramos im-portante investir em marca,em embalagens atraentes eaté em rodízio de sabores”, con-ta Marcel Sacco, diretor de marke-ting da Adams. Aliás, tal tradição de-verá ser posta em prática de maneiraainda mais dinâmica na empresa. Depoisde muitos anos controlada por laboratóriosfarmacêuticos, a Adams foi recentementecomprada pela britânica Cadbury, num ne-gócio que a livrou das mãos da americanaPfizer e formou um dos maiores participan-

tes do mercado global de can-dies. “Finalmente nos uni-mos a um grupo que apre-senta total sinergia com nos-

so negócio”, diz o executivo.A estréia da Cadbury Adams,

como a empresa passa a ser chamada, jáimpulsionou alguns lances estratégicos noBrasil, como a entrada do Trident no pro-missor mercado de chicles funcionais, apartir da estréia da versão White, que é do-tada de substâncias branqueadoras de den-tes, segundo a empresa. Na parte da emba-lagem, chama atenção o emprego de blis-ters plásticos com fundo de alumínio, en-

Aço perde espaço para plástico, mas mantém apelosAs mudanças de embala-gens das pastilhas Valdamostram que nem a forçada tradição pode resistir aapelos dos consumidores.Depois de quase um sécu-lo sendo vendidos em lati-nhas de aço, os produtos,que foram inventados em1902 pelo farmacêuticofrancês Henri Canonne ecomeçaram a ser produzi-dos no Brasil em 1914,abandonaram definitiva-mente os recipientes metá-licos no ano 2000. As anti-gas latas de aço forammundialmente substituídaspor outras, de plástico.Mas com o formato cilín-drico e achatado mantido,a migração de materialnem sempre é notada àprimeira vista. “A mudançasó é perceptível quando o

consumidor toca na emba-lagem”, conta André Gole-biovski, gerente de marke-ting da Valda.Sem revelar quem são osfornecedores do sistema, aempresa diz que a altera-ção foi impulsionada porprotestos dos consumido-res. “Havia muita reclama-ção quanto à dificuldadede abertura”, conta o exe-cutivo, acrescentando queo açúcar das balas travavaas tampas, além de causarum “incômodo ruído”quando eram giradas paraabrir ou fechar. Com asmudanças de embalagem,em cuja esteira as vendasaumentaram mais de 25%,segundo a Valda, tais pro-blemas foram oficialmentetranspostos. “Até hoje,quase três anos depois da

reformulação, recebemosmensagens de consumido-res que voltaram a com-prar as pastilhas graças àmudança das embala-gens”, fala Golebiovski.Vale lembrar que a substi-tuição de embalagens dosprodutos Valda foi muitoalém da aposentadoria daslatas de aço. Hoje a empre-sa trabalha também comcartuchos de papel cartãocom tampa flip top, alémde ter linhas vendidas emflow-packs, como a recém-lançada Valdinha Fibras.Mas uma coisa não mu-dou: os produtos conti-nuam sendo comercializa-dos exclusivamente emfarmácias. “Nossos produ-tos são voltados para con-sumidores que buscamsaúde”, afirma o gerente

de marketing da Valda.“Nem sempre quem vai aum bar está preocupadocom isso”, ele acredita.Indiferente às novas políti-cas de embalagem da Val-da, as latas de aço estãolonge de desaparecer domercado de candies. O fa-moso Drops Supra Sumo,da DM Indústria Farmacêu-tica, e as balas Flópi, dagaúcha Florestal, sãoexemplos de que a possi-bilidade de ampliação davisibilidade da marca, nor-malmente gerada peloaproveitamento das latasmesmo após o términodos produtos, faz esse sis-tema de acondicionamentoser bem aceito no setor.No caso das balas Flópi,as latas são fornecidaspela Tapon Corona.

Luvas de papelcartão e blistersaluminizados setornam padrão emchicles funcionais

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voltos por uma luva de pa-pel cartão, também da Jo-fer Embalagens, onde apa-

recem os grafismos damarca. Por sua vez, o

Halls, produto tradicionalno formato stick, foi há

pouco lançado em caixi-nhas celulósicas dotadasde tampas flip top.

Marcel Sacco diz que as mudanças deembalagem foram feitas para atender àsexigências de comodidade dos consumido-res. Isso é verdade, mas a impressão que setem é que a Adams, como outros grandesfabricantes do setor, vem se esforçandopara vender itens de maior valor agregado.Sem desmerecer produtos tradicionaiscomo o Chiclets, que se tornou sinônimo decategoria, a empresa começou a depositarmais fichas em fortalecimento e ampliaçãode linhas. “Como os investimentos são cadavez mais altos, é vantajoso projetar esforçosem marcas já existentes”, considera o dire-tor de marketing da Cadbury Adams.

Embalagens da vezCom extensões de linha ou umbrellabrands, os fabricantes demonstram a inten-ção de agrupar públicos diferentes sob umamesma chancela. Nessa estratégia, os cartu-chos com fechamento flip top – tambémconhecidos como push-top-box, em funçãodo sistema de travas de suas tampas –, e ascartelas para gomas de mascar funcionaisparecem ser as embalagens da vez no mer-cado de candies.

As duas soluções também marcam pre-sença na linha de produtos da gigante ítalo-holandesa Perfetti Van Melle. Marcas tradi-cionais da empresa, como a de pastilhas

Mentos e a de chicles Vivi-dent, já têm boa parte dasvendas atrelada às caixi-

nhas. “Elas geram excelente visibilidade,pois têm uma face maior do que os sticks”,aponta Kátia Guerra, gerente de marcas daempresa. “Além disso, protegem bem oproduto e contam com tampas que facilitamo consumo”, completa a executiva.

Já os blisters podem ser vistos noHappydent White, chicle comflúor e bicarbonato de sódio,trunfo da Perfetti Van Melleno mercado de gomas funcio-nais. Sinalizando uma espé-cie de padrão de embalagensnesse nicho, o produto, queestá prestes a estrear umnovo visual, também é envol-

to em luvas de papel cartão, onde a palavraWhite aparece com acabamento holográfi-co. A solução é fornecida pela Jofer Emba-lagens e pela gráfica Nova Página.

No outro extremo do merca-do de gomas de mascar, odos chicles de bola,também chamados detijolinhos, em funçãoda geometria retan-gular, as apostasem brindes e fi-gurinhas paraestimular o natu-ral vínculo com a crian-çada continuam. Paraquem desconfia da impor-tância do setor para a cadeia deembalagem, vale dizer que,embora custem entre 5 e 10centavos, os tijolinhos são res-ponsáveis por cerca de 60% domercado brasileiro de gomas demascar, que movimenta 730 mi-lhões de reais por ano.

Marca White temacabamento holográfico nascartelas da gomabranqueadora daPerfetti Van Melle

Sistema flip tope impressão com encontro de imagens nosfechamentos daspush-top-box

Muito além dos sticks:depois de flow packs, Halls recorre a cartuchos

Tampas com trava eaumento da visibilidade:vantagens das caixinhas

Chicles debola: demandasó avança com

promoção

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“A demanda vemcrescendo, e para atendê-la sãonecessários consideráveis investimen-tos em promoção”, diz Isael Pinto, diretor-presidente da General Brands, empresa ori-ginária do mercado de refrescos em pó, quehoje domina quase 20% das vendas de chi-cles de bola no Brasil. O feito se deve àmarca Gang, lançada em 1999, e que, denegócio secundário no início, já respondepor 25% do faturamento da GeneralBrands. “O chicle de bola é daqueles produ-tos que crescem mesmo em meio a cri-ses”, avalia o executivo da GeneralBrands.

A trajetória dos produtos Gang,que já são exportados para África doSul e América Central, ilustra a eficá-cia de acessórios de estímulo à vendano setor. Depois de figurinhas sobre ahistória das Copas do Mundo de futebol, amarca vem obtendo resultados de dar águana boca com uma linha de noventa tatua-gens, fornecida pela Embalagens FlexíveisDiadema.

Quem não investeperde mercado

Reconhecendo a eficácia da tática,a General Brands já planeja lançar

figurinhas e transfers com ima-gens da floresta amazônica.Os futuros investimentosmostram que não dá para fi-

car parado no setor. “Nos últi-mos três anos, a demanda de proje-

tos de embalagens para chicles de bolacresceu quase 40%”, diz Laerte Camargo

Leme, gerente comercial da EmbalagensFlexíveis Diadema, empresa que tambématende fabricantes como Riclan e ParatiAlimentos. Para ele, as marcas intermediá-rias conseguiram ganhar mercado porque aAdams, dona do Ping Pong Ploc – produtoque é fruto da fusão de duas das mais tradi-

cionais e outrora concorrentes chancelas dechicles de bola do país –, diminuiu o ritmode novidades nos últimos anos. “Mas agoraque eles voltaram a ser controlados por umaempresa do ramo, a Cadbury, creio que in-vestirão forte para retomar o espaço perdi-do”, prevê Leme.

No mercado de balas, os fabricantes deprodutos de menor valor também não pare-cem inclinados a economizar com ações deembalagem. “Para nós, vale muito o ditado

de que a primeira impressão é a quefica”, resume Verno Arend, diretorcomercial da Florestal Alimentos,um dos maiores fabricantes de pi-rulitos e balas do sul do país. Proje-

tando um faturamento de 160 mi-lhões de reais em 2003, a empresa,

que recentemente adquiriu da italianaParmalat a tradicional marca gaúcha dechocolates Neugebauer, foi uma das pionei-ras no uso de flow packs individuais parabalas duras. Entre os itens de maior valoragregado, o destaque fica para as multi-packs de plástico rígido, da Artel Embala-gens, que têm formato de coração estilizadoe transformam a linha Balinha do Coraçãonum item de presente. “O espaço destinadoa candies está aumentando nos supermerca-dos”, assinala o diretor da Florestal Alimen-tos. “Por isso precisamos de embalagensque se diferenciem e tragam vantagens.”

Nada indica, porém, que bares e lancho-netes estejam ameaçados como pontos-de-venda de candies. Mas com o aumento doauto-serviço, o reduzido valor de venda deconfeitos, balas, dropes e chicletes será umponto cada vez mais secundário nos planosde investimentos em embalagem. Pode atéparecer exagero, mas, no que depender daapresentação, não é demais prever que che-gará o dia em que todo mundo vai querer le-var bala e chiclete na falta de troco.

Artel Embalagens (54) 522-1790

Embalagens Flexíveis Diadema(11) 4066-7833www.embdiadema.com.br

Gráfica Nova Página(11) 3277-5020www.novapaginagrafica.com.br

Jofer Embalagens (18) 643-4000www.jofer.com.br

Tapon Corona(11) 3835-8662www.tapon-corona.com.br

Fenômeno: comcartuchos verticais

e tatuagens colecionáveis, Gangencostou nas líderes

Criatividade e plásti-co rígido igual a...

balas com apelo depresente

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aso pudessem materializarum velho sonho da ficçãocientífica e embarcar numamáquina do tempo, saltando

aos dias atuais, os operários gráficos doinício do século passado certamente fi-cariam pasmos ao notar o nível atingidopelo método de impressão derivado datipografia que, em sua época, ainda res-pondia pelo nome de anilina e dava osprimeiros passos. Desde então, muitaágua, para não dizer um oceano, passousob a ponte dessa tecnologia, rebatizadana década de 50 como flexografia. Nosúltimos anos, sobretudo, a maré temsido das mais favoráveis.

O balanço da Associação BrasileiraTécnica de Flexografia (Abflexo/FTA

impressão

Flexografia de banda estreita busca novos horizontesPor Guilherme Kamio

Mais que rótulosBrasil), que congrega a cadeia de negó-cios do processo, diz que o setor cresceunuma média anual de 12% nos últimoscinco exercícios. Isso não somente devi-do a maiores escoamentos das embala-gens flexíveis, o maná da indústria fle-xográfica, “mas principalmente pela mi-gração para a flexo de serviços anterior-mente executados em rotogravura e atémesmo em offset”, detalha Ezequiel Re-belo Fernandez, diretor da clicheriaCliart e presidente da entidade de classe.

Esse fenômeno sublinhado pelo exe-cutivo se escora em grande parte na pro-pagação das chamadas impressoras debanda estreita (narrow web). Por meiodelas é que a flexografia vem se es-praiando com ímpeto para a seara dos

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Amostras devariados

trabalhos compapel cartão

feitos emimpressora da

Mark AndyComco:

flexibilidade na produção

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rótulos. Agora, numa tendência que ga-nha força no mundo, tais máquinas vice-jam em outros segmentos, como no daspróprias flexíveis e no de cartuchos depapel cartão, na confecção de embala-gens de pequenas dimensões.

Ocorre que a banda estreita, por defi-nição a gravação em suportes com atécerca de 700mm de largura, vem origi-nando impressoras altamente versáteis,que podem trabalhar com vários substra-tos – entre eles papéis, filmes plásticos,cartão e até folhas de alumínio.

Apelo multifuncional“Vale dizer que, além de garantirem cus-tos menores na etapa de pré-impressão,como na gravação de clichês, em com-paração com as tradicionais impressorasde banda larga, elas são de rápido setupe permitem incorporar diversos sistemasde saída e de acabamentos em linha”,detalha Aislan Baer, professor de produ-ção gráfica do Senac, sócio-diretor daagência de desenvolvimento de embala-gens Projetopack e gerente técnico darevista Rotoflexo & Conversão.

Na prática, uma banda estreita possi-bilita, numa única passagem, imprimirem diversas cores, cortar e refilar, aplicaracabamentos como cold stamping, hotstamping, vernizes UV ou relevos em li-nha e ainda dar vazão, digamos, a umcartucho já cortado e vincado. Isso já érealidade em certos países. Por aqui, ain-da não, ao que vale lembrar não se tratarda conversão de cartões em flexográficasde banda larga, processo que a Rigesa,por exemplo, bancou até recentemente.

Conforme relata Alexandre Dalama,gerente comercial ede produto do braçonacional da fabrican-te espanhola de im-pressoras de bandaestreita Rotatek, já

Packs de papel cartão para cigarros

já estão sendoimpressos em bandaestreita no país, commáquina da Rotatek

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se cogitou no Brasil a fabrica-ção de cartuchos de cremesdentais através da tecnolo-gia, interesse que arrefe-ceu. “De concreto, temosatualmente uma máquinanossa rodando embalagens flip toppara cigarros”, ele afirma.

Rubens Wilmers, gerente de produ-to da Gutenberg, que distribui no país amarca de banda estreita Mark AndyComco, não titubeia ao afirmar que setrata de um território profícuo a ser ex-plorado. “Numa máquina corretamenteconfigurada e com apenas um operador,você entra com papel cartão em bobina ejá sai com o produto pronto”, diz. Se-gundo Wilmers, certos trabalhos que emoffset levam uma semana para ficarprontos “podem ser feitos em banda es-treita com o mesmo cartão e na mesmaquantidade em três dias”.

Workflow otimizadoNa aquisição de uma impressora dessetipo, a possibilidade evidente é a de,com uma só máquina, entrar em diversossegmentos.

Entretanto, uma vantagem interme-diária é a de, ao combinar sistemas tradi-cionais com a banda estreita, os prove-dores de soluções cartonadas ou de fle-xíveis otimizarem o fluxo de trabalho,lançando para determinada máquina ostrabalhos mais adequados a ela, combase em variáveis como tiragem, aspec-tos que o produto acabado deve ter, pra-zo exigido pelo cliente etc.

Trata-se de um benefício talvez maisvisível no campo das embalagens flexí-veis tradicionalmente impressas em ro-togravura ou flexo banda larga, outrafrente que a banda estreita visa explorar.

Isso porque tiragens menores, deficitá-rias nas grandes raias por exigirem tro-cas de serviço que podem durar de três aquatro horas e com custos fixos de pré-impressão que “não se pagam”, são pala-táveis à banda estreita.

Uma vantagem para os convertedoresé a redução do lead time, ou seja, do tem-po que separa a entrada dos pedidos doseu faturamento. Já os usuários da emba-lagem podem reforçar sua administraçãoon demand, reduzindo estoques e produ-zindo de acordo com a saída de produtos,e potencializar a estratégia de segmentarsuas marcas e linhas. Aliás, esses são fa-tores que também explicam a penetraçãoda narrow web no segmento de rótulos.

Os possíveis ganhos, contudo, aindanão fizeram a cabeça dos convertedoresnacionais. “As máquinas banda estreitaainda são vistas com certa desconfian-ça”, assinala Dalama, da Rotatek. ParaWilmers, da Gutenberg, o problema écultural. “A oferta excessiva de máqui-nas de banda larga no mercado, muitasfabricadas no país e com preços relativa-mente baixos, origina um choque quandoo preço maior das impressoras banda es-treita é posto à mesa”, ele afirma. Assim,convertedores fecham a porta de imedia-to, sem pensar nas vantagens competiti-vas que a narrow web pode lhes trazer.

“Para não perder um grande cliente,muitos convertedores geralmente acei-tam rodar tiragens deficitárias para má-quinas de banda larga”, analisa Wilmers.

Gidue E-Combat,vedete da Comprintna área de narrow

web que podeacoplar diversos

sistemas de saída

Além derótulos,

pequenasembalagens

flexíveis também são

palatáveis à banda estreita

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“No entanto é preciso considerar que, nobolo do seu faturamento, a competitivi-dade e a crescente segmentação de li-nhas estão fazendo a fatia que é efetiva-mente lucrativa diminuir.”

Aos que quiserem investir nas novaspossibilidades com banda estreita, as op-ções high-end não são poucas.

No balcão de vendas da Comprint,

Ainda que a escalada vertiginosa do uso das embala-gens plásticas flexíveis tenha impulsiona-do o desenvolvimento da flexografiacomo um todo nos últimos anos, no quese incluem impressoras, tintas, substra-tos e demais equipamentos e insumos,o parque flexográfico brasileiro semprerecebeu certas críticas quanto à suaqualidade. “Isso ocorria especialmenteporque não havia preocupação com apré-impressão”, afirma Aislan Baer,especialista na área gráfica. Eleexemplifica dizendo que muitos utili-zavam, para flexo, softwares com de-faults bolados para offset.Felizmente, o panorama mudou.

Hoje, o setor gráfico tem consciência do papelcrucial da pré-impressão para a flexo de boa qualidade.“Contudo, também é salutar que as empresas usuáriassaibam que, com controles precisos, não só da pré-im-pressão como também da impressão, a flexografia atin-ge resultados fantásticos”, salienta Clodoaldo JoséPontim, diretor geral da clicheria Kromos. Da manga,ele tira um trabalho recente para a Guabi, a embalagemda ração Sabor & Vida, anteriormente feita em rotogra-vura (no canto superior esquerdo). “Modéstia à parte,ficou com qualidade melhor em flexografia”, ele diz.Segundo Baer, indo além das ferramentas para o ge-renciamento de cores, para controle densitométrico ede outros aspectos da pré-impressão, uma grande no-vidade é o computer-to-plate (CtP) para a flexografia,tecnologia que dispensa o uso de filmes, gravando di-reto dos arquivos para as chapas de fotopolímeros.Uma das empresas que aposta nessa tecnologia é a

Creo, representada no Brasil pela Alphaprint, com sualinha Thermoflex de gravadoras (foto no canto inferiordireito). Todavia, ainda são poucas as clicherias quedispõem dessa tecnologia: por enquanto, apenas trêsunidades da Creo estão instaladas no país. “O interes-se é alto, porém a situação econômica não ajuda”, dizEduardo Sousa, do marketing da Alphaprint. “Devidoao custo, os especialistas vêm estudando processosconvencionais mais baratos e que também proporcio-nam alta qualidade, como o sistema de cópia OLECcom luz puntiforme e softwares especializados para ca-libração das imagesetters, como o FlexoCal”, ilustraEudes Scarpeta, gerente industrial da Zaraplast.“Com a globalização, hoje o parque industrial brasileiroestá apto a fornecer todos e quaisquer tipos de mate-riais, equipamentos e periféricos antes encontrados so-mente em outros países”, expõe Ezequiel Rebelo Fer-nandez, diretor da Cliart e presidente da Abflexo/FTABrasil. “Porém toda essa revolução tecnológica nãopoderia ser absorvida se não ocorresse o principal,que é especialização da mão-de-obra”. Eudes Scarpeta,da Zaraplast, concorda. “O grande ganho, nos últimosanos, foi o do conhecimento.”

Com tecnologia e know-how, maior qualidade

que representa a grife italiana Gidue, es-pecializada em flexográficas narrowweb, a novidade é a E-Combat, impres-sora totalmente servo-controlada (shaft-less, ou seja, sem o sistema mecânicoconvencional de engrenagens) e que im-

Proglide MSP, daMark Andy Comco,tida como uma dasmais versáteis domercado, é trazida

ao Brasil pelaGutenberg

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rente comercial Alexandre Dalama,“combinar grupos de offset, flexografiae serigrafia”, e a flexográfica Ecoflex.Notícia digna de registro é que, segundoDalama, a Rotatek irá inaugurar embreve uma fábrica no Brasil, “o que iráreverter em preços atrativos”.

Outra grife de renome, a dinamarque-sa Nilpeter, representada no país pelaIPP, aposta em flexográficas como a FA-2500, para substratos com largura de280mm, e a FA-3300, para largura de340mm. No caso desta última, o sistemapara troca rápida de serviços atende pelonome Quick-Lock.

Na verdade, os atributos dessas im-pressoras são tantos que seriam necessá-rias laudas e laudas para descrevê-loscom profundidade. Por envolverem tec-nologia de ponta, tais equipamentos im-plicam num considerável investimento.Contudo, os fornecedores argumentamque, na ponta do lápis, analisando o cus-to e o benefício e vislumbrando um dife-rencial competitivo num mercado pulve-rizado como o de conversão de embala-gens, o gasto compensa.

“A nossa crença é que uma pequenamelhora da economia abrirá o mercado”,resume Wilmers. É uma probabilidadeque os convertedores não descartam.“Não ignoramos essa tecnologia e nadaimpede que façamos investimentos nela,mas o momento não é favorável”, alegaCélio Magalhães, diretor de marketing daBrasilgráfica, grande fornecedora nacio-

nal de cartuchos que baseia seuparque no offset. “Com umapequena melhora da econo-mia, acredito que até faltaráoferta de unidades de bandaestreita no mercado”, ante-vê, com otimismo, o execu-tivo da Gutenberg.

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Rotatek(11) 4195-9888www.rotatek.com.br

Zaraplast(11) 3952-3000www.zaraplast.com.br

prime em diversos substratos entre280mm e 530mm. “Ela possui interfaceamigável e sua eletrônica facilita os se-tups, diminuindo ao máximo os desper-dícios”, destaca Eduardo Xavier Pinto,gerente de vendas da área gráfica daComprint. “Outro trunfo”, ele continua,“é que todos os componentes eletrônicossão do mesmo fornecedor, a Siemens, oque facilita manutenções e upgrades”.Uma novidade é que a E-Combat tam-bém permite acoplar um sistema de saí-da especial para produzir rótulos in-mold, como mostrado na edição anteriorde EMBALAGEMMARCA.

Por enquanto, esperaOpção que também destaca o sistemashaftless, só que de fabricação nacionale especialmente dedicada a rótulos, é aSuperflex SF 250, da Etirama, impresso-ra modular de dez cores. De acordo coma empresa, o embarque dessa tecnologiagarante maior sincronismo das estações,o que resulta em maior produtividade efacilidade de ajustes.

Do lado da Gutenberg, a vedete ésem dúvida a Mark Andy Comco Progli-de MSP, que abrange larguras de 406mma 660mm e cuja sigla MSP (Multi-Subs-trate Press, impressora multi-substrato)reforça a flexibilidade de poder proces-sar vários materiais. “Ponto positivo éque seu sistema de cassetes agiliza tro-cas de trabalhos, que podem ser feitosem menos de cinco minutos, pois o ser-viço seguinte pode ser ajustado off-line”, ressalta Wilmers. Por sua vez, aRotatek tem como carros-chefe no país aMP-150 Combi, máquina modular quepermite, num exemplo citado pelo ge-

MP-150 Combi, da Rotatek,permite combinar gruposde flexografia, offset e serigrafia

FA-3300, daNilpeter, comtecnologia Quick-Lock para trocarápida de serviços

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32 – EMBALAGEMMARCA • set 2003

o último dia 27 de agosto, no hotel Uni-que, em São Paulo, a Abre – AssociaçãoBrasileira de Embalagem anunciou os ga-nhadores do seu Prêmio de Design &

Embalagem 2003. Foram 24 categorias, incluindo asespeciais Estudante e Voto Popular, além de um prê-mio especial para a Natura Cosméticos, eleita a Em-presa do Ano por seus investimentos e inovações emembalagens.

O júri, que escolheu entre os cerca de 350 traba-

lhos inscritos, foi formado por profissionais ligadosao desenvolvimento de embalagens, design, marke-ting e varejo, e por pessoas da mídia especializada.

As embalagens vencedoras do Prêmio Abre deDesign & Embalagem, que podem ser vistas na se-qüência, terão a oportunidade de concorrer aoWorldStar, prêmio promovido pela WPO, Organiza-ção Mundial de Embalagem, e estarão expostas namostra Showcase of Packaging Innovations, durantea Pack Expo Las Vegas, em outubro próximo.

prêmio

Abre anuncia vencedores do seu prêmio de embalagens

Os nomes da vez

N

Design Alimentos Doces

Tortas Doces ApreciattaPerdigãoVencedor: SPO ComunicaçãoDesign: SPO ComunicaçãoConvertedor: Box Print GrupografUsuário: Perdigão

Design Alimentos Salgados

Sopas Instantâneas Knorr Vencedor: Usina Escritório deDesenho Design: Usina Escritório deDesenho Convertedor: Inapel EmbalagensUsuário: Unilever Bestfoods

Design Alimentos para oPúblico Infantil

Ketchup Kid´sRocket Vencedor: SleeverInternationalDesign: Target Convertedores:Olveplast - OlvebraIndustrial S.A eSleever Usuário: Só FrutaInd. Alimentícia

Design BebidasAlcoólicas

Skol Beats Vencedor: CisperDesign: Narita Design Convertedor: CisperUsuário: AMBEV - CiaBrasileira de Bebidas

Design Bebidas Não-Alcoólicas

Santàl Vencedor: 100% Design Design: 100% Design Convertedor: Tetra Pak Ltda Usuário: Parmalat Brasil S.A Ind.de Alimentos

Design Higiene e Limpeza

Omo Progress com janela Vencedor: Dixie Toga S.A. Design: Rex Design Convertedor: Dixie Toga S.A. Usuário: Unilever do Brasil

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Design Cosméticos,Cuidados PessoaisLorence Shower Gel eDesodorante Corporal Vencedor: Kanitz 1900Cosméticos Design: Kanitz 1900 CosméticosConvertedores: Neoplástica eRionilUsuário: Kanitz 1900 Cosméticos

Design -Cosméticos,CuidadosPessoaisInfantil

Rótulo SundownKids Vencedor:ProdesmaqIndústria Gráfica Design: SeraginiFarné Convertedor: ProdesmaqIndústria Gráfica Usuário: Johnson & Johnson

Design Marcas Próprias

Sucrilhos Extra Vencedor: BrandGroup Design eComunicação S/C Ltda Design: BrandGroup Design eComunicação S/C Ltda Convertedor: New Graphic Ind. eCom. de Embalagens Ltda Usuário: Extra Hipermercados

Design Bricolagem

Pó Xadrez Vencedor: Müller AssociadosMarketing e Comunicação Ltda Design: Müller AssociadosConvertedor: Ibratec ArtesGráficas Ltda Usuário: Bayer S.A.

Design Família de Produtos

Free For Life Massas de GranoDuro e Grano Duro Integrais Vencedor: Rieger Brand Marketing Design: Rieger Brand Marketing Convertedor: MagistralImpressora Usuário: SLC Alimentos

Design Miscelânea

DVD Rouge Vencedor: Rigesa Celulose, Papele Embalagens Ltda Design: Sony Music Entertainment Convertedor: Rigesa Celulose,Papel e Embalagens Ltda Usuário: Sony Music

Design Industrial

Luiza Brunet Night da Avon Vencedor: M DesignComunicação Ltda Design: M DesignConvertedores: Augros do Brasil,MagistralImpressora,AREEmbalagensLtda eWheaton doBrasilUsuário:Avon

Embalagem Destaque -Alimentos

Pavê de Nozes Miss Daisy -Sadia Vencedor: Ibratec Artes GráficasLtda Design: Ibratec Artes GráficasLtda Convertedor:Ibratec ArtesGráficasLtda Usuário:Sadia S/A

Embalagem Destaque -Bebidas

Suco Hé Vencedor:SinimplastIndústria eComércio Ltda Design: 3DModeling Convertedor:SinimplastIndústria eComércio Ltda Usuário: Tiuá

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set 2003 • EMBALAGEMMARCA – 35

Embalagem Destaque -Higiene e Limpeza

Coperalcool Gel Vencedor: Copersucar Design: Oficina D'Design Convertedor: Copersucar Usuário: Copersucar

Embalagem Destaque -Cosméticos e CuidadosPessoais

Luiza Brunet Night da Avon Vencedor: M Design Design: M DesignConverte-dores: Augrosdo Brasil,MagistralImpressora,AREEmbalagens eWheaton doBrasil Usuário: Avon

Embalagem Destaque -Miscelânea

DVD Band of Brothers Vencedor: Rigesa Design: T&M Arte Studio Convertedor: Rigesa Usuário: Warner Bros Home Vídeo

Embalagem Destaque -Promocional

Coca-Cola São Paulo FashionWeek Vencedor: SleeverInternational Ltda Convertedores:Sleever Internationale Cisper Usuário: Coca-Cola

EmbalagemDestaque -InovaçãoTecnológica

Skol Beats Vencedor: CisperDesign: NaritaDesign Convertedor:CisperUsuário: AMBEV -Cia Brasileira deBebidas

Embalagem DestaqueExportação

Baycolor Vencedor: Müller AssociadosDesign: Müller AssociadosConvertedor: Ibratec ArtesGráficas Ltda Usuário: Bayer S.A.

Embalagem Destaque -Ecodesign

Embalagem Brinquedo IGO Vencedor: IGO Design Ind. eCom. Ltda ME Design: IGO DesignInd. e Com. Ltda MEConvertedor: IGODesign Ind. eCom. Ltda ME Usuário: IGODesign Ind. eCom. Ltda ME

Voto Popular

Coca-Cola São Paulo FashionWeek Vencedor: SleeverInternational Ltda Convertedor: SleeverInternational Ltda /Cisper Usuário: Coca-Cola

Estudante

Embalagem Conceito - Leite Vitalac Vencedor: Hérnan DanielScavino

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Água em papelrecicladoA Linha Águas de Natura de colô-nias adotou embalagens de papelcartão recicláveis e recicladas paraos seus produtos. Produzidas com opapelcartão Ecopack da Ripasa,78% reciclado e 100% reciclável, asembalagens têm impressão na parteinterna, valorizando o produto emantendo seu lado pardo do ladoexterno, refletindo um apelo ecológi-co. O cartucho possui uma tarja ho-rizontal no meio e foi impresso emduas cores, proporcionando um as-pecto clean. Em destaque na emba-lagem há também o uso de alto re-levo e informações em braile.

Linha Seda Keraforce ganha novas embalagensLançada em novembro de 2000, a li-nha de xampus para cabelos cres-pos quimicamente tratados Seda Ke-raforce com Kerobá (extrato de fru-tas da Amazônia e proteína) e óleode silicone, está chegandoao mercado com nova fra-grância e embalagens re-novadas. As tampas, pro-duzidas pela Caria e pelaSeaquist, estão com novacor, acobreada e cintilante,enquanto os rótulos, daBaumgarten, trazem amarca Seda em hot stam-ping dourado e uma nova

arte, que destaca a presença deuma nova modelo, para gerar maioridentificação com a consumidoracom esse tipo de cabelo. Os fras-cos são da Sinimplast e da Alpla.

O novo logotipoda Ypê

A Benchmark desenvolveu para aQuímica Amparo o novo logotipo desua marca de detergentes Ypê. Como objetivo de modernizar a marca, aagência utilizou uma tipologia maismoderna e a ampliou o nome Ypêdentro da esfera do logotipo. Alémdisso, o slogan “Produtos de qualida-de” passa a aparecer sob o logotipo.

PARA ELES E PARA ELASBelas embalagens e fragrâncias

masculinas e femininas são as car-

tadas da Art-Bel Cosméticos para

ganhar participação no mercado de

perfumes nacionais. Sob a marca Di

Amante, a empresa está lançando

as colônias He e She. Fornecidos

pela Wheaton, os frascos de vidro

de 50ml dos produtos têm duas co-

lorações: lilás para o perfume femi-

nino, e azul para o masculino. Cria-

das pelo designer Marcos Eugênio

Vega, as tampas das colônias, da In-

com, remetem a diamantes. Para

ressaltar ainda mais a marca aos

olhos do consumidor, as colônias

ainda contam com cartuchos plásti-

cos da Sografe.

Recheadosrenovados

A LU Aymoré acaba de renovar sualinha de biscoitos recheados. As gu-loseimas sofreram alterações na for-mulação e agora trazem o recém-ba-tizado índio Ayri, mascote da marca,gravado em alto relevo em cada uni-dade dos biscoitos. “O personagemtambém interage com os produtosnas embalagens, usando um biscoitocomo prancha de surfe, por exem-plo”, diz Sandra Rietjens, gerente deassuntos corporativos da LU. De acor-do com ela, o novo visual das emba-lagens – do tipo envelope, fabrica-das pela Itap Bemis – desperta maiorappetite appeal e diferencia mais asversões na gôndola. Ademais, eladiz, “a presença do mascote permiteuma identificação com as crianças,fiéis consumidoras dos biscoitos, emparticular dos recheados”.

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VCP lança novas embalagens do papel CopimaxA VCP – Votorantim Celulose e Papel –está lançando as novas embalagens dopapel Copimax, papel reprográfico paraimpressoras e copiadoras. Um dos car-ros-chefe da empresa, com 30% dasvendas, a linha Copimax está substituin-do a cor branca das embalagens dospapéis de 75 e 90 gramas, respectiva-mente, pelas cores verde e azul.As novas embalagens, que têm forte im-pacto visual, permitem reconhecer facil-mente os dois tipos de papéis, queatendem diferentes segmentos de con-sumo – do grande público ao setor cor-

porativo. Também fazem parte deuma estratégia de alinhamento da

comunicação global da empresa,tanto no mercado interno quan-to externo. No desenvolvimento

e lançamento dessas embala-gens, a VCP investiu R$ 500 mil.

Para desenvolver o design da nova em-balagem, trabalho que ficou a cargo daagência de design Müller & Associados,a VCP teve como base pesquisas feitasjunto aos clientes, contatos junto aosdistribuidores e também uma pesquisarealizada com embalagens de 60 mar-cas de todo o mundo.De acordo com a empresa, as novasembalagens são as únicas no mercadobrasileiro com o novo sistema de sela-gem a quente, Heat Sealing, que prote-ge o produto da umidade, pois não usacola para o fechamento. As embalagens são 100% recicláveis,contando com o filme flexível BOPP(polipropileno biorientado), em ambosos lados, enquanto as embalagens dosdemais fabricantes nacionais restrin-gem-se a utilizar filme flexível (BOPP)mais papel.

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A Glico Alimentos,

detentora da marca

Ebicen, está lançan-

do o Croc-Cen, salga-

dinho assado feito de

amendoins, com leve

sabor adocicado, ca-

mada crocante e sem

gordura saturada

nem colesterol. O

produto chega às lo-

jas em flow packs de

30g e 60g, fabricadas

pela Shellmar.

Nestlé renova linha MaggiComo resultado de umamodernização e de umnovo posicionamento, aNestlé resolveu reformu-lar e padronizar a identi-dade visual da chancelaMaggi FoodServices.Assim, as embalagensda linha agora oferecem

mais serviços e informa-ções, como receitas edicas de uso, além deestarem mais práticas eatraentes. No novo lay-out, o nome de cadaproduto é destacado naparte frontal das emba-lagens, facilitando a

identificação. O novodesign, que pode inclu-sive ser visto nas emba-lagens de três novosprodutos (Caldo Bacon,Base para Molho Bran-co e Tempero Gril) ficoua cargo da B+G Desig-ners.

Pacote da Shellmaramplia mix da Glico

SARA LEE INVESTE EM PACK INSTITUCIONALA grife Café do Ponto Cafe-

terie, da Sara Lee, destina-

da às lojas da marca, teve

sua embalagem redesenha-

da. O novo projeto gráfico

alinhou o design da emba-

lagem ao do resto da famí-

lia Café do Ponto e estabe-

leceu um link com o concei-

to visual das lojas. Como

não compete diretamente

nas gôndolas com outras

marcas, o Cafeterie ganhou

uma embalagem institucio-

nal, sem ilustrações ou fo-

tos. Para identificar a mar-

ca, adotou-se uma pincela-

da em formato de “S”, que

remete à fumaça, ao calor e

ao aroma próprios do cafe-

zinho, além do fundo dou-

rado envolto por uma faixa

preta que embute a marca.

O novo visual veste as ver-

sões Cafeterie Grãos 1kg e

Cafeterie Grãos Torrados e

Moídos 500g. Multicama-

das, numa estrutura que

combina polipropileno e fil-

mes aluminizados, as em-

balagens são da Embala-

gens Flexíveis Diadema.

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42 – EMBALAGEMMARCA • set 2003

esmo que pareçam detalhespequenos, certas peculiarida-des do canal de venda podemoriginar boas oportunidades

para se explorar através de umaapresentação de produto distinta.À primeira vista, isso soa ao ób-vio ululante. Contudo, frente a de-terminados lançamentos de mer-cado que pegam carona nessaidéia, surge uma indagação ine-vitável: por que ninguém fezantes? Um caso providencialé a recente estréia de recipien-tes de PET no segmento dasbebidas ice, reduto que atéagora era dominado pelas gar-rafas de vidro.

Ocorre que a produtoraFlying Brasil resolveu vestirseus drinques Flying Ice,Flying Strong e Flying Love,baseados na vodca, com garra-fas plásticas, ao perceber que em muitascasas noturnas e em grandes eventos proí-be-se circular com garrafas de vidro à mão,a pretexto de garantir a segurança do públi-co. Como ressalta Luca Sálvia, diretor demarketing da Flying Brasil, “muitas casasnoturnas costumavam entornar nossos pro-dutos em copos plásticos, para poder co-mercializá-los”.

Politicamente corretaSabendo que a própria empresa perdia emdivulgação da sua marca com essa prática,o marketing da Flying Brasil teve o insightda apresentação alternativa. “Não podería-mos ignorar a penetração do produto noambiente noturno, onde há um maciço es-coamento das ices”, explica Sálvia. “E,nesse contexto, a versão em plástico é mer-cadologicamente correta.”

Como o profissional deixa claro, a apre-sentação em garrafa de PET é para nichos.

ices

Garrafas de PET estréiam no mercado de bebidas ice

Apelo noturnoO plano é direcioná-las especificamentepara pontos-de-dose e grandes eventos. “Asgarrafas de vidro ainda continuam no nossoportfólio, acondicionando cerca de 90% de

nossas ices, até pelo fato de ga-rantirem, pela alta escala de pro-dução, maiores margens.”

Na adaptação para o PET, aempresa priorizou a manutençãodos mesmos rótulos auto-adesi-vos que ornam as versões em vi-

dro, produzidos pela MackColor, “por uma questão deidentidade”, como frisa Sál-via. Tal premissa também jus-tifica o formato da embala-gem plástica, que emula operfil de uma garrafa de vidrolong neck, recipiente hege-mônico no segmento de ices.Tal formato foi obtido atravésde um projeto com a Alcoa.

“Demos amplo suporte ao de-senvolvimento dessas embalagens, até aviabilização correta de seu sopro”, comen-ta Ricardo Vaz, gerente nacional da divisãode embalagens PET da Alcoa (que, comoEMBALAGEMMARCA recentemente anun-ciou, está sendo adquirida pela Amcor). Asices em plástico, que são engarrafadasnuma linha da paulista New Age Bebidas,contam ainda com tampas plásticas da car-teira da Tapon Corona.

Por ora, as novas embalagens podemser vistas somente em algumas casas notur-nas, com as quais a Flying Brasil mantémcontratos de fornecimento. No varejo – aoque vale dizer que entre os sócios da FlyingBrasil estão os irmãos João Paulo e PedroPaulo “Pão de Açúcar” Diniz – pretende-semanter o vidro. Outra idéia, diz Sálvia, éestabelecer parcerias com a clientela paraprojetos de reciclagem das garrafas dePET. “São projetos bacanas, que trazem re-torno em visibilidade à marca.”F

OT

O:

ST

UD

IO A

G

Alcoa(11) 4195-3727www.alcoa.com.br

Mack Color(11) 6195-4499www.mackcolor.com.br

Tapon Corona(11) 3835-8622www.tapon-corona.com.br

M

Page 43: Revista EmbalagemMarca 049 - Setembro 2003

o se fechar contratos de licenciamento parapromover produtos, um dilema pode se abatersobre as mais variadas indústrias. Vale mais a

pena utilizar, no ponto de vista do posicionamento, amarca pela qual se está pagando royalties, ou seja, pu-ramente estampar nas embalagens o nome da atração,ou “subjugá-la” a uma marca pertencente à empresa?

Num interessante caso, uma linha de produtos estátransitando da primeira para a segunda opção, e porrazões estratégicas, segundo o seu fabricante. Ocorreque a Homemade Alimentos conseguiu, no fim de2002, o licenciamento para apadrinhar geléias com aTurma da Mônica, direito até então pertencente à Uni-lever, que comercializava seus produtos apenas comoGeléias da Turma da Mônica.

Opção pelo patrimônio“Ao adquirirmos os direitos, ficamos na dúvida porqual direção tomar”, rememora Edoardo Magli, diretorda Homemade. No entanto, a empresa decidiu seguirpelo caminho de investir numa marca “de casa” apósreflexões. “Sentimos que, a despeito do apoio dos per-sonagens, ganharíamos um patrimônio e um diferen-cial com uma marca só nossa”, explica o executivo.

O fabricante achou por bem criar uma nova marca,“claramente direcionada ao mercado infantil”, nas pa-lavras de Magli, para diferenciar os novos produtosdas linhas chanceladas pela marca Homemade, de per-fil mais sóbrio e voltado ao público adulto. Dessemodo, a agência Tônica de Comunicação, além do vi-sual das embalagens das novas geléias, projetou tam-bém a imagem da marca infantil, batizada Purifruti.

A opção da Homemade fica clara pelo design dosrótulos: o logotipo Purifruti é especialmente destaca-do, e o nome “Turma da Mônica” se faz presente demodo discreto. “Isso não impede que os personagensapareçam com ultradinamismo, pois quisemos impri-mir movimento e abusar do universo presente nosquadrinhos”, afirma Sérgio Lopes, sócio-diretor daTônica de Comunicação.

Nesse sentido, o trabalho final traz as crias deMaurício de Sousa em diversas situações e atitudes,tanto nos rótulos auto-adesivos, impressos em seis co-res em rotogravura pela Prakolar quanto nas litogra-fias das tampas metálicas, fornecidas pela Rojek. Paraservir de recipiente principal, a Nadir Figueiredo criouum atrativo copo de vidro para a linha, com desenhoexclusivo – predicado que, aliás, traduz o principal be-nefício percebido com a criação da Purifruti: um bemúnico, que ninguém tasca.

A

Nadir Figueiredo(11) 6967-1633www.nadir.com.br

Prakolar(11) 291-6033www.prakolar.com.br

Rojek(11) 4447-7900www.rojek.com.br

Tônica de Comunicação(11) 3082-5511

marcas

Cacife divididoD

IVU

LGA

ÇÃ

O

Decisão daHomemade foidestacar a marcaque criou para opúblico infantil

Page 44: Revista EmbalagemMarca 049 - Setembro 2003

Agribusiness na miraEspecializada em soluções em pa-pelão ondulado, a Frugis Embala-gens completou 75 anos em agos-to. Para comemorar, a empresainvestiu em uma nova linha deprodução de embalagens paraitens hortigranjeiros. Oferecendoserviços conjugados de impressãoflexográfica, a empresa, que háum ano obteve a ISO 9001:2000,quer ampliar sua atuação nessesetor, que atualmente representa5% de suas operações.

Big investimentoA Sacoplast, forte em sacos depolipropileno para uso industrial,como big bags, irá construir umasegunda fábrica, em Caruaru (PE),o que dobrará sua capacidade deprodução. O investimento será deR$ 50 milhões.

Novo sítio IA Sonoco do Brasil, subsidiária daamericana Sonoco Products, fabri-cante de tubos e tubetes de pa-pelão e plástico, iniciou a constru-ção de uma unidade em Alfenas(MG). Na nova unidade, a oitavado grupo no Brasil, serão investi-dos R$ 3,85 milhões.

Nov sítio IIA agência paranaense DatamakerDesigners está lançando seu novoweb site (www.datama-ker.com.br). Nele, o internautaencontrará a história e os casesda empresa e um e-zine com di-cas sobre design de embalagens,entre outras seções.

Lucro IA Dixie Toga anunciou um lucro lí-quido de R$ 7,4 milhões no primei-ro semestre, revertendo o prejuí-zo de R$ 2,97 milhões em igualperíodo do ano passado. A receitalíquida da empresa cresceu de R$306 milhões para R$ 400 milhõesde janeiro a junho deste ano.

44 – EMBALAGEMMARCA • set 2003

Vida prolongada garantidaPara alimentos que necessitam de

elevada proteção de sua integridade

e alta shelf life, a Sunnyvale está

apresentando ao mercado novos

equipamentos para embalar a vácuo

ou com atmosfera modificada, fabri-

cados em aço inox pela parceira ita-

liana Tecnovac. A grande novidade é

a embaladora a vácuo T 700bis

(foto), digital, programável e com câ-

mara dupla. Sua bomba de vácuo é

integrada e compacta, permitindo

que a máquina seja deslocada para

qualquer setor produtivo. Outro des-

taque é a Quick 40, seladora de ban-

dejas de diversos tamanhos e que

permite trabalhar com diferentes

composições gasosas. Ela pode ope-

rar em modo mecânico ou pneumáti-

co, permite a programação de até

dez ciclos para diferentes produtos e

possui sensor eletrônico, que asse-

gura absoluta precisão no controle do

grau de vácuo e quantidade de gás

injetado. Ela pode realizar somente

selagem, vácuo mais selagem ou vá-

cuo mais aplicação de gás e selagem.

(11) 3048-0121 • www.sunnyvale.com.br

O jubileu da Rohm and Haas no BrasilPara festejar seus cinqüenta anos deatividades no Brasil, a Rohm and Haasorganizou uma série de eventos come-morativos em agosto. Sob o tema De-senvolvimento Sustentável, que enfocouos tema de saúde, ambiente, ética eresponsabilidade social caminhandojuntos com o crescimento da empresa,a fabricante de adesivos e especialida-des químicas promoveu um jantar paraclientes e fornecedores e um open hou-se e um café da manhã para autorida-des do Vale do Paraíba, em sua fábri-ca de Jacareí (SP). Paralelamente, fo-ram intensificadas atividades sociais e

ambientais. Em Jacareí, a empresalançou um projeto de revitalização damata ciliar do Rio Paraíba, no trechoque circunda sua planta industrial eparcerias com a instituição JacareíAmpara Menores (JAM) e com escolasestaduais e municipais. Já em SãoPaulo, onde mantém seu escritório co-mercial, a Rohm and Haas desenvol-veu campanhas sociais em parceriacom a Associação Caminhando Juntos(ACJ), como um fomento à doação desangue e um concurso de engajamentode jovens no mercado de trabalho.(11) 5185-9000 • www.rhcis.com

Uma década de fornecimentoGrande fabricantede máquinas para osetor plástico, espe-cialmente para o tra-balho com rótulosmanga – tambémconhecidos comosleeves ou do tipo rollfed, que geralmen-te podem ser vistosenvolvendo garrafas

de PET de dois litros –,a Narita está come-morando dez anosde atividade. Alémde prover soluçõesao mercado interno,

a empresa hoje ex-porta seus equipa-mentos, fabricadosem sua sede de8 000 metros quadra-dos de São Bernardodo Campo, na Gran-de São Paulo, paradiversos países.(11) 4352-3855www.narita.com.br

Page 45: Revista EmbalagemMarca 049 - Setembro 2003

Site dedicado para o “plástico-vidro”Para demonstrar osatributos de seu polí-mero Eastar e os be-nefícios de seu usopelas indústrias usuá-rias de embalagens epara os profissionaisde marketing e de-sign, a Eastman Che-mical Company estálançando um site es-pecial. Nele, a com-panhia apresenta oEastar como uma al-ternativa “fashion” e de alta tecnolo-gia ao vidro para a obtenção de em-balagens para produtos de luxo, prin-cipalmente nos mercados de cosméti-cos e artigos de cuidados pessoais.Além de apresentar aplicações co-merciais atuais do polímero, o siteoferece um desafio ao visitante:apontar a diferença entre embala-gens feitas de vidro e as feitas com oEastar. Os visitantes do site podemsolicitar uma amostra para exame,

A chilena Alusa, que possui es-

critório de vendas no Brasil, está

divulgando o início do forneci-

mento de uma tecnologia de im-

pressão em espiral para embala-

gens multifolheadas do tipo fibra-

lata (canisters). O sistema de im-

pressão utilizado é a rotogravu-

ra. De acordo com a Alusa, a in-

tenção é fornecer todo o conjun-

to – rótulo, laminado interno e

tampa – às empresas usuárias,

que apenas formam a embala-

gem. Um dos clientes que já

vem sendo provido pela Alusa

com essa aplicação é a chilena

Corpora Tresmontes, que utiliza

canisters para embalar snacks.

(11) 5093-6511

[email protected]

Tubos atraentes com rotogravura

comparando o toque entre os mate-riais. “Vemos enormes oportunidadespara novos desenhos utilizando omaterial”, diz Burt Capel, gerente dedesenvolvimento de mercado da Eas-tman para cosméticos. Segundo ele,alguns dos destaques do Eastar sãoa facilidade de decoração e o fato deele não estilhaçar, o que garante se-gurança no transporte e comodidadeao consumidor em viagens.www.theglasspolymer.com

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Alento para itens frágeisPara a proteção de pro-dutos durante proces-sos de transporte,uma boa alternativapode ser o uso das

espumas de polietilenoexpandido de baixa densidade daVick. Totalmente recicláveis, elastêm fácil processamento, podendoser cortadas, termo-seladas e grava-das. Elas são fornecidas como bas-tões, mantas, redes ou tubos. Comomantas, podem ser filmadas, alumi-nizadas (prata ou dourado), ter tra-tamento antiestático e ser co-lami-

nadas com papel kraft, para a prote-ção de itens como móveis, vidros eespelhos. Em redes, são ideais paraembalagens de despacho de frutas“for export”, garrafas, produtos labo-ratoriais, autopeças, produtos de ce-râmica, cristais etc. “O material foidesenvolvido para atender a umademanda de um mercado que cres-ce a cada ano cerca de 40%. Nasubstituição de outros materiais, háqueda de custo no processo produti-vo”, argumenta Sílvia Orrú, gerentede marketing da Vick.(11) 3871-7888 • www.vick.com.br

Consumo aparente de resinas caiO fraco desempenho econômico noBrasil entre janeiro e junho desteano comprometeu a performancedos produtores de resinas termo-plásticas. De acordo com o Sindica-to das Indústrias de Resinas Sinté-ticas no Estado de São Paulo (Si-resp), o consumo aparente – produ-ção mais as importações, menos asexportações – neste primeiro se-mestre foi de 1 616 565 toneladas,uma queda de 1,68% em relação aomesmo período de 2002. O setor foiparticularmente atingido no segun-do trimestre. Transformadores co-meçaram abril com estoques eleva-

dos de matéria-prima, formados emfunção da alta do dólar e das osci-lações do preço do petróleo. Contu-do, as indústrias consumidoras deplástico não corresponderam às ex-pectativas, afetando assim as ven-das internas de resinas. Uma delas,segundo o Siresp, foi a de embala-gens, que apresentou retração de5,5% nos cinco primeiros meses de2003. Apesar do quadro desfavorá-vel no primeiro semestre, o setorde plásticos acredita que neste anohaverá crescimento entre 5% a 6%no consumo aparente de resinas. (11) 287-2619 • www.siresp.org.br

Relançados para“squeezable”De olho no segmento de frascos do

tipo squeezable (“apertáveis”), a No-

velprint está relançando, com aprimo-

ramentos, uma linha de rótulos espe-

cialmente desenvolvida para esse tipo

de embalagem. De acordo com Osval-

do Belintani, superintendente técnico

da empresa, o novo material auto-ade-

sivo se adapta com facilidade aos fras-

cos, conferindo uma apresentação di-

ferenciada, mais durável e resistente

ao manuseio, além de permitir o uso

de recursos de impressão mais elabo-

rados, tais como hot stamping e degra-

dês. Fornecidos em bobinas, os rótu-

los da Novelprint podem ser impressos

em até dez cores. A empresa oferece

o sistema de aplicação automático e a

assistência técnica permanente.

(11) 3768-4111 • www.novelprint.com.br

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A Cia. Suzano de Papel e Celu-

lose conquistou dois prêmios da

Aberje – Associação Brasileira

de Comunicação Empresarial –

São Paulo, nas categorias inova-

ção, com a Revista Idéia, publi-

cação bimestral, lançada há

dois anos, que alia informação

e design na divulgação dos pro-

dutos da empresa; e Relatório

de Administração, com Relatório

de Gestão Empresas Suzano

2002, reescrito por imortais da

Academia Brasileira de Letras,

em formato de livro, que busca

levar a literatura a todos os con-

textos, inclusive financeiro. Com

o resultado, a empresa já está

classificada para o Prêmio Aber-

je Brasil 2003, em novembro.

O Relatório de Administração foi

criado pela Gabarito de Marke-

ting Editorial. Na revista Idéia, a

X-Press Assessoria em Comunica-

ção responde pela elaboração

do conteúdo, e o design e a di-

reção de arte do projeto são da

artista plástica, Helga Miethke.

Suzano conquista dois prêmios Aberje

46 – EMBALAGEMMARCA • set 2003

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dade para 1,5 milhão de toneladasao ano. O aumento das exportaçõesé um dos alvos principais do investi-mento. A idéia é aumentar as ven-das internacionais das atuais270 000 para 800 000 toneladas aoano. Diferenciais competitivos nãofaltam para a meta. Além do aporte

em modernização de proces-sos, fatores como o clima e osolo brasileiros fazem com queo custo médio de produção decelulose da empresa gire emtorno de 140 dólares a tonela-da. Segundo a VCP, em paísescomo os Estados Unidos, Es-panha e Portugal, esse valorpode atingir até 300 dólares.

www.vcp.com.br(11) 3269-4028

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AgendaA Abigraf espera reunir mais de milempresários durante o XII Congraf –Congresso Brasileiro da IndústriaGráfica, que será realizado entre osdias 16 e 18 de outubro de 2003,em Goiânia (GO). Além de work-shops técnicos e palestras com aná-lises e debates macroeconômicos, oevento contará com a I Feira da In-dústria Gráfica do Estado de Goiás.

Photoshop na redeEstá no ar o website photo-pro.com.br, que é dedicado aosusuários do Photoshop, software decriação e edição de imagens digitaisda Adobe. A página conta com no-tícias, dicas, informações, além deuma série de serviços exclusivos aassinantes. O projeto foi idealizadopor Alexandre Keese, que há anosministra cursos e palestras sobre oaplicativo.

Papéis para escritórioA PrintLife inaugurou um novo cen-tro de produção de papel, que ofe-recerá bobinas de fax, formulárioscontínuos e etiquetas auto-adesivaspara impressoras laser e ink jet. Aempresa investiu 950 000 reais naunidade, que fica localizada emOsasco (SP), próximo ao Rodoanel.

Versão para downloadA Heidelberg incluiu em sua páginana internet (www.heidelberg.com)uma versão gratuita do Supercolor1.0, aplicativo que gerencia a con-versão das tabelas de cores usadasnos arquivos PDF para impressãoem policromia. A empresa afirmaque, além de suportar a conversãoautomática de RGB para CMYK ecores spot, o Supercolor elimina oscontratempos que ocorrem quandohá problemas na definição de cornos arquivos PDF.

Reciclato agora no escritórioLançado em 2001 como o primeiropapel 100% reciclado produzido emescala industrial no Brasil, o Recicla-to, da Cia. Suzano de Papel e Celulo-se, acaba de ganhar uma versão vol-tada ao mercado corporativo, quehoje representa 55% do consumo depapel no Brasil. Produzido em forma-to cut to size, o produto será vendidoem dois tamanhos (A4 e carta), emembalagens com 500 folhas. Segun-do a empresa, todas as aparas usa-das na produção do Reciclato são ad-quiridas de cooperativas de catado-res. A Suzano informa ainda que par-te da renda obtida com a marca, cujaprodução cresceu sete vezes desde

que foi lançada, é destinada a projetossociais e ambientais do Instituto Eco-futuro, ONG criada pela própria em-presa com o intuito de promover o de-senvolvimento sustentável no Brasil.

www.suzano.com.br(11) 3037-9000

Para vender lá foraA VCP – Votorantim Celulose e Pa-pel – comemorou em agosto a con-clusão do processo de moderniza-ção da Unidade Jacareí, que haviasido iniciado em 2001. Sob a siglaP-2000, o projeto consumiu 490 mi-lhões de reais e elevou a capacida-de de produção de celulose da uni-

Sede nova, vida novaA Heidelberg anunciou em agosto a mudança de endereço de sua sede brasi-leira. O novo prédio da empresa passa a ocupar uma área de 3 000 m2, queabriga os departamentos administrativo, técnico, comercial e logístico. Locali-zada na capital paulista, a nova instalação servirá de base para as operaçõesregionais de Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Recife e Rio deJaneiro, além de ser o ponto de apoio de todos os escritórios latino-america-nos da Heidelberg. Atualmente, a empresa conta com um time de 120 técni-cos e mais de 12 000 itens de peças em estoque no Brasil.www.br.heidelberg.com � (11) 5525-4500

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tão esperado “Espetáculo doCrescimento”, propalado peloatual presidente da República,ainda não aconteceu para boa

parte do setor produtivo, gerando a lamú-ria dos industriais brasileiros. Mas hátambém quem não possa se queixar. Nofinal de agosto, quando o balanço do PIB(Produto Interno Bruto) do segundo tri-mestre de 2003 acusava um recuo de1,6% em relação aos três primeiros mesesdo ano, a Antilhas – Soluções Integradaspara Embalagens inaugurou oficialmentesua nova sede, para onde já se mudaracerca de um mês antes. Os números sãoimpressionantes, e dão uma dimensão dobom momento que vive a empresa.

Ocupando uma área de 40 000 m2 nomunicípio de Santana de Parnaíba (SP),com 22 000 m2 de área construída, a novasede consumiu investimentos da ordem de22 milhões de reais, aos quais se somaramoutros cerca de 12 milhões em equipa-mentos. Com isso, a empresa colocounum mesmo local os seus mais de 300funcionários que trabalhavam em cincounidades diferentes, uma integração quetraz ganhos logísticos e agiliza o trabalho.

A propósito, em seu discurso de sauda-ção aos mais de 200 convidados presentesà festa de inauguração, Valter MarquesBaptista, diretor presidente da Antilhas,destacou algumas das características quecolocam a nova fábrica entre as maisavançadas indústrias gráficas do mundo(tais como um avançado sistema de pre-venção e combate a incêndio e a edifica-ção de uma área isolada para manuseio detintas, vernizes e solventes) e a preparampara continuar na sua trajetória de cresci-mento.

“Nossa expectativa é terminar 2003com um aumento em vendas superior a25% em relação ao ano passado”, dizMaurício Groke, diretor comercial da em-

mercado

Alheia à crise, Antilhas inaugura nova sede com otimismo

Investir e crescer

presa. O que chama a atenção é que, em2002, a Antilhas já crescera cerca de 18%.Qual o segredo dessa ilha de prosperidadenum mercado estagnado e beirando a re-cessão? Na explicação de Groke, esse vi-gor é resultado da estratégia da empresade diversificar seus mercados de atuação,e de buscar nichos com maior valor agre-gado. “Nossa gama de produtos é muitoampla, pois buscamos oferecer soluçõesintegradas de embalagem.” O diretor co-mercial ressalta que a Antilhas monitoraas tendências nos mercados de seus clien-tes, para estar preparada para atender de-mandas futuras. Outro fator que impulsio-nou esse crescimento foi, segundo Groke,o bom desempenho de alguns clientes nomercado externo. “Quando eles exportam,nós exportamos junto.”Outra curiosidade destacada por MarquesBaptista é a volta, literalmente por cima,às origens. Fundada em 1989, em Barueri(SP), como mais uma pequena gráfica daregião metropolitana da capital paulista, aempresa ganhou o nome da rua que a abri-gava. Catorze anos depois, com a novasede, o caminho se inverteu. Agora onovo logradouro é que foi batizado deAlameda Antilhas.F

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Antilhas(11) 4152-1100www.antilhas.com.br

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Nova sede daAntilhas: R$ 22 milhões para integrar as cincounidades daempresa

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Almanaque

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A vã mania demutilar latinhasAs chamadas lendas urbanas, nasci-das não se sabe como, por vezes po-dem criar verdadeiras dores de cabe-ça. Que o diga a Associação Brasileirado Alumínio (Abal), cujos telefones ee-mails vivem atolados com pedidosde informações sobre como procederpara vender lacres de latas de bebi-das. Ocorre que se espalhou a lendade que 1 quilo dos anéis das lati-nhas, “poupado” numa garrafa dePET de dois litros, valeria mais de200 reais no mercado da reciclagem.Só que, como a Abal esclarece, os la-cres, soltos, não têm valor comercial.As recicladoras processam as latasinteiras com ou sem os lacres, masnão os compram separadamente,pois podem se perder durante otransporte e a peneiragem do mate-rial. Aliás, como ressalta a entidade,o sistema atual de abertura das lati-nhas – o stay-on-tab, ou “tampa eco-lógica”, apelido ganho no Brasil – foiadotado justamente para manter oanel preso à tampa.

Vale mais prevenir…Seja sob a justificativa de se“adequar à linguagem da cate-goria do produto” ou para con-fundir mesmo o consumidor, avo-lumam-se no mundo inteiro oscasos em que grafismos de em-balagens são imitados pela con-corrência – ainda mais num pe-ríodo em que as marcas se multi-plicam na velocidade dos coe-lhos. Por isso, algumas empresasjá vêm arregaçando as mangaspara frear o ímpeto plagiador.Um exemplo vindo da Índia ilus-tra essa preocupação. Ossabonetes Breeze, daHindustan Lever, tratam

de avisar em suas embalagens:“Imitation of label graphics is apunishable offence”. Traduzindo:imitar o grafismo do rótulo é cri-me passível de punição. Se amoda pega por aqui…

…do que remediarSe pegar, e se houver rigor naaplicação de uma hipotética Leiindustrial, diversas indústriasirão respirar aliviadas. Entreelas, sem sombra de dúvi-da, estará a L.R. Cia.Brasileira de Produtosde Higiene e Toucador,a fabricante do tradi-cionalíssimo cosméti-co Leite de Rosas,cuja identidade visualé das mais “clona-das” no cenário bra-

sileiro. A providencial foto aquireproduzida é do livro ComoCriar Identidades Visuais ParaMarcas de Sucesso (Rio Books),de Gilberto Strunck.

Oriundo de uma família detecelões, Thomas Twiningtornou-se comerciante em vir-tude de uma crise econômica.Em 1706, comprou uma cafe-teria em Londres que viria ase tornar, provavelmente, aprimeira empresa a comercia-lizar chás no mundo, imorta-lizada no sobrenome de seufundador. Sobre a porta de

seu café, Thomas colocou aimagem de um leão dourado,que permanece como símboloda empresa. Em 1787, seu fi-lho e herdeiro, Richard, deuares mais grandiosos à facha-da. O leão dourado recebeu acompanhia de dois chineses,para remeter às origens dosprodutos comercializados naloja. Criou também um sím-

bolo distintivo: o nome Twi-nings (sem apóstrofe), comuma tipologia que até hojeenfeita as embalagens damarca. Há mais de dois sécu-los em vigor, é o logotipoainda em uso mais antigo domundo.

Símbolo do tradicionalismo inglês

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