revista embalagemmarca 034 - junho 2002

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Ano IV • Nº 34 • Junho 2002 • R$ 6,00 www.embalagemmarca.com.br A BRASILPACK E UMA ENQUETE: HÁ LUGAR PARA TANTA FEIRA? Embalagens, rótulos, tampas e acessórios como armas de venda Um recurso irresistível

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Edição de junho de 2002 da revista EmbalagemMarca.Visite o site oficial da revista http://www.embalagemmarca.com.br e o blog http://embalagemmarca.blogspot.comSiga-nos também no Twitter: http://twitter.com/EmbalagemMarcaEsta edição está incompleta, sem os anúncios, pois foi recuperada de um arquivo muito antigo. Ainda assim é possível ler a maioria das matérias.

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Page 1: Revista EmbalagemMarca 034 - Junho 2002

Ano IV • Nº 34 • Junho 2002 • R$ 6,00

www.embalagemmarca.com.br

A BRASILPACK E UMA ENQUETE: HÁ LUGAR PARA TANTA FEIRA?

Embalagens, rótulos,tampas e acessórios

como armas de venda

Um recurso irresistível

34capa 10/04/02 15:53 Page 2

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om esta edição, EM-BALAGEMMARCA co-

memora seu terceiro ani-versário de lançamento,ocorrido em junho de1999. Na época, comohoje, opiniões pessimistasprenunciavam um futuronegro para o país e, no rol-dão, para quem se aventu-rasse a novos empreendi-mentos. Particularmenteem nosso caso, diziam serloucura lançar uma revistavoltada para o universo daembalagem quando já ha-via grande número delasno mercado.De nossa parte, lembráva-mos que EMBALAGEM-MARCA não seria “maisuma”, porém outra revis-ta, empenhada em quesuas informações fossemrealmente úteis e tivessemtotal credibilidade, demodo a vir a ser uma efeti-va ferramenta de trabalhopara os profissionais daárea e para o incrementodas vendas das empresas.Chegar a esta edição, nocenário de incertezas emque os governantes dequalquer tempo transfor-maram o Brasil, é a nossover uma prova de que nãoerramos ao tentar. Ao lon-go destes três anos EMBA-LAGEMMARCA pautou-sesempre pela independên-cia, pela credibilidade dasinformações e pela posturaética. Cometemos erros,que não temos a pretensãode somente acertar (embo-ra até nos esforcemos paraisso). Mas acreditamos quena maior parte das vezes fi-

zemos um trabalho corre-to, como demonstram ainequívoca aprovação dosleitores e o crescente apoiodos anunciantes ao nossotrabalho. Hoje ouvimoscom freqüência queEMBALAGEMMARCA setornou a principal referên-cia entre as publicaçõesdedicadas ao setor deembalagem no Brasil.No que se refere ao futuroque previam para o Brasilaquelas vozes pessimistas,há muita divergência deopiniões. Existem núme-ros para provar que o paísmelhorou, modernizou-se,“entrou no Primeiro Mun-do”. E há por todo cantoevidências de que perma-necemos no Terceiro, tal-vez caminhando célerespara o Quarto.Como este não é um espa-ço destinado a discussõestão profundas, preferimoscontinuar trabalhando, semnos deixar abalar além daconta com o que fazem“eles”, como em geral sãoconhecidos aqueles quedefinem os rumos do país.Se dependesse “deles” edos derrotistas, ninguémplantaria sequer um pé decouve nesta terra “em quese plantando tudo dá”.Assim, nesta oportunidadereitero, em meu nome e noda equipe de EMBALAGEM-MARCA, o compromisso decontinuarmos nos empe-nhando para fazer chegartodos os meses às mãosdos leitores uma revista in-teressante, informativa ede leitura agradável. Para

tanto é fundamental quecontinuem nos dando seuimprescindível apoio, naforma de sugestões e críti-cas. Que feedback sobreum produto pode ser me-lhor do que a opinião dequem o consome?A propósito, na presenteedição a cobertura da feiraBrasilpack vem acoplada auma enquete que estamoscolocando em nosso sitena internet (www.embala-gemmarca.com.br) paraque os interessados pos-sam opinar sobre umaquestão a nosso ver de in-teresse de toda a cadeia deembalagem: haverá espaçopara a realização de feirasdirigidas ao setor em inter-valos tão curtos? Refiro-me à distância no tempoentre aquele evento e a Fis-pal – que será seguida empouco mais de um mês pe-las feiras simultâneas FCEPharma/HBA South Ame-rica. Torcemos para que to-das continuem crescendo.Será sinal de que o país vaibem. Até julho.

Wilson Palhares

PS – A reportagem de capadesta edição, de autoria deGuilherme Kamio, mostraa força das embalagens ede seus complementoscomo arma de vendas e defortalecimento das marcas.Mas, como comentamosna redação, mesmo quan-do não têm característicasde oportunidade, as emba-lagens são sempre ferra-mentas promocionais.

Não importa o que “eles” fazem

C

Se dependessedos pessimistas,não se plantariasequer um pé decouve nesta terra“em que se plantando tudo dá”

4 – EMBALAGEMMARCA • jun 2002

34editorial 10/04/02 15:10 Page 4

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ENTREVISTA:MARIA HELENARESNITSKYA gerente de desenvolvi-mento de embalagensda Bunge Alimentosconta como a gigantedivisão da Santistagerencia marcas e ovisual de seus produtos

MAKING OFVinagre premium,embalagem idem

CAPA:PROMOCIONAISEm ano de Copa doMundo, multiplicam-seas formas de uso deembalagens, rótulos eoutros complementospara incrementar asvendas

INOVAÇÃOCoca-Cola lança multipack própria para ser levada àgeladeira

MARKETINGPesquisa revela que consumidores das classes C e D também se guiam pelaforça da marca nadecisão de compra

PERFILUma síntese da trajetória da Sinimplast, uma dasmaiores empresas domercado de sopro de embalagens plásticas

FEIRACobertura e análise da terceira edição daBrasilpack

8 22

22

28

32

Diretor de RedaçãoWilson Palhares

[email protected]

[email protected]

Flávio [email protected]

Guilherme [email protected]

Leandro [email protected]

Thays [email protected]

ColaboradoresJosué Machado e Luiz Antonio Maciel

Diretor de ArteCarlos Gustavo Curado

AdministraçãoMarcos Palhares (Diretor de Marketing)

Eunice Fruet (Diretora Financeira)

Departamento [email protected]

Wagner Ferreira

Circulação e AssinaturasMarcella de Freitas Monteiro

[email protected] anual (11 exemplares): R$ 60,00

Público-AlvoEMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais queocupam cargos técnicos, de direção, gerênciae supervisão em empresas fornecedoras, con-vertedoras e usuárias de embalagens para ali-mentos, bebidas, cosméticos, medicamentos,materiais de limpeza e home service, bemcomo prestadores de serviços relacionadoscom a cadeia de embalagem.

Tiragem desta edição8 000 exemplares

Filiada ao

Impressa em papel couché mate 95 g/m2 (miolo) e

couché brilho 150 g/m2 (capa)da Cia. Suzano de Papel e Celulose

Impressão: Grande ABC

EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda.Rua Arcílio Martins, 53 – Chácara Santo

Antonio - CEP 04718-040 - São Paulo, SPTel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463

www.embalagemmarca.com.brO conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA éresguardado por direitos autorais. Não é permi-tida a reprodução de matérias editoriais publi-cadas nesta revista sem autorização da Blocode Comunicação Ltda. Opiniões expressas emmatérias assinadas não refletem necessaria-mente a opinião da revista.

4 Editorial

Reflexões sobre o terceiroaniversário de EMBALAGEMMARCA

7 Cartas

A opinião, a sugestão e os comentários dos leitores

12 Palmitos

Novas opções de embalagem põemprodução clandestina na berlinda

50 Almanaque

Fatos e curiosidades pouco conhecidos do mundo das marcas e das embalagens

44 Display

Movimentação na indústria deembalagens e seus lançamentos

40 Panorama

Movimentação na indústria deembalagens e seus lançamentos

38 Painel Gráfico

Algumas novidades nas áreasde impressão e pré-impressão

16

14

FO

TO

DE

CA

PA

: S

TU

DIO

AG

– A

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GO

DO

Y

junho 2002

34sumario 10/04/02 16:14 Page 1

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Agradeço a atenção e o carinho

com que nossa empresa tem sido tra-

tada por EMBALAGEMMARCA. Gosta-

ria de me alongar, mas estamos nos

preparando para participar da feira

Plastimagem 2002, no México, o que

consome um tempo grande.

Lilian Vaders

Relações Públicas e Marketing

Máquinas Ferdinand Vaders

Cotia, SP

Redação: Rua Arcílio Martins, 53

CEP 04718-040 • São Paulo, SP

Tel (11) 5181-6533

Fax (11) 5182-9463

[email protected]

As mensagens recebidas por carta, e-

mail ou fax poderão ter trechos não es-

senciais eliminados, em função do es-

paço disponível, de modo a dar maior

número possível de oportunidades aos

leitores. As mensagens poderão tam-

bém ser inseridas no site da revista

(www.embalagemmarca.com.br).

MENSAGENS PARA EMBALAGEMMARCA

O código da lata da Prada queaparece na foto da reportagem decapa da edição nº 33 (maio/2002),sobre tampas está incorreto. O cer-to é o que está na foto anexa(BR/PRADA/DPC-087/01), aolado das letras U e N, de UnitedNations, no círculo.

Adriano MarsonAssessor de marketing

Cia. Metalúrgica PradaSão Paulo, SP

CORREÇÕESNa reportagem sobre a Interpack,

na edição nº 33 (maio/2002), os

telefones da 3M e da GD

Máquinas e Equipamentos sairam

como sendo um só.

Os números corretos são:

3M (19) 3838-7695

GD (11) 6095-2009

34cartas 10/04/02 15:14 Page 1

Page 5: Revista EmbalagemMarca 034 - Junho 2002

8 – EMBALAGEMMARCA • jun 2002

ocada nas cadeias de trigo e desoja, a partir das quais constrói suaforte atuação em mercados comoos de farinha de trigo, margarinas,óleos comestíveis, massas e maio-neses, entre outros, a Bunge Ali-

mentos tem passado por transformações sig-nificativas nos últimos anos. Constituída emsetembro de 2000, com a união da Ceval eda Santista, hoje divisões operacionais, aempresa nasceu com faturamento de 5 bi-lhões de reais, mais de 8 000 empregos di-retos, figura entre as cinco maiores exporta-doras do país e lidera diversos segmentos dealimentos. Entre outras transformações im-portantes inclui-se a venda da chancela Pull-man/Plus Vita para a mexicana Bimbo. A importância dada aos projetos de embala-gem é uma constante na empresa. Provadisso é que foi buscar, há três anos, uma pro-fissional com ampla experiência no setor dealimentos para gerenciar o departamento dedesenvolvimento de embalagens da DivisãoSantista. Assim Maria Helena Resnitzky,formada em engenharia de alimentos pelaUnicamp e com mestrado na área, obtido nauniversidade americana de Rutgers, iniciousuas atividades na Bunge, onde coordenaum departamento formado por engenheirosde alimentos, engenheiros químicos e dese-nhistas industriais.Esse departamento estu-da as necessidades de embalagem e dá su-porte técnico aos colegas, fazendo o meio-de-campo entre o marketing da empresa,agências de design e fornecedores.Com 23 anos de vivência em embalagem,com passagens pelo Ital-Cetea, pela DuPonte pela Unilever, ela conversou comEMBALAGEMMARCA sobre o panorama daembalagem no campo dos alimentos e asoportunidades que se abrem com o cresci-mento do segmento de food service.

O que acontece de mais significativo na re-lação da indústria alimentícia com as em-balagens que utiliza?Os departamentos de embalagens estãomais próximos do marketing, e a tendênciaé que essa proximidade aumente. A embala-

F

MARIA HELENA

RESNITZKY, gerente

de desenvolvimento

de embalagem

da Divisão Santista

da Bunge Alimentos,

aborda os desafios

que se abrem no

acondicionamento

de produtos

alimentícios no varejo

e no atacado

entrevista

DIV

ULG

ÃO

Missão: atender o consumidor

34entrevista 12/04/02 12:00 Page 8

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gem não é mais aquela coisa isolada, de“cantinho de laboratório”. Um movimentogeral que tenho visto é que as empresas es-tão dando muita atenção ao que o consumi-dor quer em termos de valor e de conve-niência da embalagem.

A mudança na embalagem da maioneseMaionegg’s, que voltou ao pote de vidroapós um período em potes plásticos, é umexemplo desse direcionamento?Exatamente. As consumidoras identificamfortemente a maionese com o vidro, entãoacompanhamos esse “pedido”. Nas deci-sões envolvendo a embalagem, as pesqui-sas são muito importantes. Qualquermudança significativa necessita dorespaldo do consumidor. Por isso te-mos um departamento de pesquisade mercado que trabalha as váriascategorias de produtos. Se há a in-tenção de mudar a embalagem deum produto, é formatada uma pes-quisa especial para os seus usuários.A missão de nosso departamento éantes de tudo atender o consumidor.A resposta do público também chegapelo SAC (Serviço de Atendimentoao Consumidor). Quando colocamosinformações em braile nos cartuchosdas misturas para bolo, muita genteligou para elogiar. Tais implementosmostram que esses consumidoressão importantes para nós, e eles sesentem valorizados.

Várias marcas da Santista têm apresenta-ção em diferentes tipos de embalagem. Es-ses posicionamentos distintos visam garan-tir atendimento a classes com poder decompra diferente ou são mais para atendera usos distintos de produto?O posicionamento para classes de consumi-dores diferentes se dá mais pelas marcas, jáque, em muitos casos, os tipos de embala-gem concorrentes estão gerando itens compreço muito semelhante no supermercado.Então, a variação de apresentação é maispara atender os usos diversificados. Pegue-mos o caso da maionese Maionegg’s, quetem apresentações em pote de vidro, bisna-gas e sachês. A bisnaga atende muito aosegmento jovem, as pessoas que fazem san-

duíches. Já o sachê tem mercado muitogrande no Sul do país. Nessa região, essaembalagem é usada para fazer a tradicionalsalada de batata que acompanha o churras-co do fim-de-semana. É uma peculiaridadede Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.

A propósito, de que forma os regionalismosencontrados no Brasil afetam os projetosde embalagem? Que possibilidades elesabrem para as empresas alimentícias comatuação nacional, como a Bunge?Até alguns anos atrás havia uma percepçãomuito clara de diferenças, principalmentedas exigências da região Nordeste. Hoje

está um pouco confuso. Há uma ge-neralização de gostos, sabores e em-balagens tão grande que as preferên-cias muito regionais já não têm tantaevidência, pelo menos para os produ-tos com os quais trabalhamos. Produ-tos e embalagens estão mais unifor-mes. Algumas coisas permanecem,como o hábito de compra de margari-na em volumes diferentes no Sudestee no Nordeste. Neste, predomina oapelo dos potes de 250 gramas, e noSudeste a preferência é pelos de 500gramas. Acontece que muitas consu-midoras nordestinas levam quatropotes de 250 gramas em vez de doisde meio quilo, o que é engraçado. Jáacompanhei pesquisas sobre o assun-to, mas é algo que não se explica.

Vemos que os alimentos cada vez mais res-saltam atributos funcionais, benefícios àsaúde. É o caso, entre outros, das margari-nas, um mercado no qual a Bunge trabalhaatualmente nove marcas. De que maneirasa embalagem pode ajudar nesse caminho?Margarina é um produto que tem 98% depenetração nos lares brasileiros. Então, oque explorar para crescer, no que investir?A saída é crescer segmentando mercados.Na Santista, essa divisão está clara: temosum nicho premium, um nicho “value formoney”, mais popular, com as marcas Cre-mosy e Soya, e o nicho saúde, para o qualcaem as versões light. No crescimento deversões saudáveis, a embalagem diferencia-da sempre é um elemento de inovação, queajuda na qualidade total. A consumidora

jun 2002 • EMBALAGEMMARCA – 9

A embalageminfluencia na escolha

por determinado produto, mas não ma-quia a sua qualidade.Se o produto for ruim,vai acontecer a com-

pra uma vez só. Por isso, temos que

trabalhar não só paraprovocar a compra,mas para provocar a

recompra

34entrevista 12/04/02 12:00 Page 9

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Que exemplos podem ser dados?Dois anos atrás, uma mudança significativafoi a migração das margarinas de latas parabaldes plásticos. A presença dos latões nofood service está diminuindo. Outro caso éo dos óleos Cooking Golden. No McDo-nald’s, que o utiliza para fritar batata, osfuncionários reclamavam que as embala-gens eram pesadas, e havia a possibilidadede que machucassem a mão na abertura.Com esse feedback, a área de desenvolvi-mento de embalagem decidiu pela migra-ção para sacos, fornecidos pela Cryovac. Ea Maionegg’s, que também vai ao públicode food service, mudou para volumes me-

nores, para facilitar a estocagem. Te-mos passado muitas marcas para bal-des, e temos outros projetos de siste-mas mais amigáveis.

A Santista praticamente se relacionacom todos os segmentos de embala-gem. O que a senhora tem visto emtermos de tendências?Na Interpack me chamou a atenção onúmero de empresas atuando comembalagens flexíveis como pouches,stand-up pouches e similares, que fi-cam em pé e proporcionam um fa-cing interessante nas gôndolas. Ficaclaro que os desenvolvimentos nessaárea visam acabar com as desvanta-gens associadas às embalagens dessetipo: o saquinho que abre mas não fe-cha, que não fica em pé. Essas emba-lagens plásticas estão incorporando

todos os benefícios de outros materiais.Isso pode ser visto como tendência.

Automatização e flexibilização de linhas deembalagem também?Sim. Na Interpack vi muita coisa em robôs,tanto para a embalagem primária comopara a parte de caixas. E como as empresastêm de atender a segmentos de mercadomais específicos, os equipamentos estãocada vez mais versáteis. Antes, as máquinaseram muito grandes, dedicadas a um só tipode embalagem, a só uma função. Outromercado de embalagem que vejo crescendoé o de rótulos auto-adesivos. Vi muita coisainteressante na Europa, e os rótulos lá sãomuito bonitos, diga-se de passagem.

desse produto preconiza uma embalagembem cuidada, bonita, que não pode ser des-leixada ou pobre, pois aí ela tende a passara mesma percepção para o produto acondi-cionado. Como essa associação é forte, aembalagem deve ser altamente trabalhada.Vale lembrar que a embalagem é o elemen-to que influencia na escolha por determina-do produto, mas não maquia a sua qualida-de. Se o produto for muito ruim, acontece acompra uma vez só. Por isso temos de tra-balhar não só para provocar a compra, mastambém a recompra, que é o que interessa.

Nos últimos anos a indústria de food servi-ce vem crescendo a galope. Que de-safios em embalagem estão sendoabertos com esse fenômeno?As empresas estão acordando para ocrescimento desse mercado, e o es-paço para se trabalhar embalagenspara ele é enorme. É muito clara apercepção de que, assim como oconsumidor do varejo, o do food ser-vice está procurando praticidade. Hácampo para se agregar conveniência,que para esse consumidor é obvia-mente diferente da que se vai ofere-cer para a dona de casa, pelas aplica-ções específicas. Cresce também apreocupação de trabalhar com apuronão só as embalagens primárias, masacima de tudo as caixas, pois são aembalagem que se comunica comesse cliente e leva a marca até ele.

É sabido que há um constante auxílio dotrade para esmiuçar os hábitos de comprano varejo. Como a área de desenvolvimen-to de embalagem busca informações paraprojetar para o consumidor de atacado?Da mesma forma que fazemos pesquisascom o consumidor de varejo, estamos fa-zendo pesquisas com os de food service. Amaior proximidade das equipes de desen-volvimento e do pessoal de campo comeles também vem ajudando muito. Comodesenvolvedores de embalagem temos de iraté esses consumidores, observar o que elesusam, como usam, como abrem e fecham aembalagem, como a manuseiam e, então,buscar uma apresentação que agregue maisvalores para agradá-los e torná-los fiéis.

Assim como o consumidor do varejo,

o de food servicetambém está procu-

rando praticidade nas embalagens.

Há campo não somente para se

agregar conveniência,mas para levar a comunicação das

marcas até ele, para torná-lo fiel

34entrevista 12/04/02 12:00 Page 10

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nquanto batalhas jurídicas paraestabelecer responsabilidadesa respeito da contaminação deconsumidores de palmito pelo

botulismo são travadas nos tribunais, a in-dústria de embalagens oferece cadavez mais alternativas de acondi-cionamento que permitem, senão eliminar o problema do pro-cessamento clandestino dessealimento – tarefa que na ver-dade cabe ao governo –, iden-tificar de maneira segura suaprocedência e qualidade.

Ante os crescentes indí-cios de que as intoxicaçõesocorridas nos últimos anosrestringiram-se à produção ar-tesanal e, conseqüentemente,ilegal, de palmitos, estabelecera origem do produto é a ma-neira mais eficiente de atestarao consumidor que as normasna elaboração do alimento fo-ram obedecidas.

Importante aliado na lutacontra a produção clandestinatem sido a tecnologia Abre-Fá-cil, na qual um selo de vedaçãoé aplicado num orifício centralda tampa da embalagem. Alémde praticidade de abertura, essetipo de fechamento, cuja patente per-tence à Metalgráfica Rojek, é uma espéciede atestado de que o palmito foi processadoindustrialmente, eliminando assim o riscode consumo de um alimento clandestino.

Para os fabricantes de palmito fica cadadia mais claro que embalagens adequadasconstituem o método mais eficiente de re-verter os resultados negativos dos últimosanos. Até redes de supermercados passa-ram a privilegiar as marcas que lançammão de fechamentos Abre-Fácil, e, em ca-

12 – EMBALAGEMMARCA • jun 2002

palmitos

E

Todos contraos clandestinos

Indústria de palmitosse movimenta para

reverter prejuízos do botulismo

sos mais extremos, a recusar remessas depalmito que ainda usam tampas de rosca, degarras e recraváveis.

Por isso, o sistema Abre-Fácil crescesem parar em potes de vidro de palmito. Por

sinal, é necessário dizer que o vi-dro nada tem a ver com a dis-seminação da bactéria produ-

tora da toxina causadora do bo-tulismo, a Clostridium botuli-

num. Pelo contrário, pesqui-sadores da área de conser-vação de alimentos garan-tem que o material é ade-quado para o acondiciona-mento de palmito.

SinergiaUma das principais fornece-doras de potes de vidro parapalmito, a Nadir Figueiredotem trabalhado em forte si-nergia com a fabricante dastampas Abre-Fácil, forne-cendo para, entre outras, asmarcas Juquiá, Palmbom,Juquibom, além das marcaspróprias do Carrefour e doPão de Açúcar.

Pela movimentação daindústria, a confiança dos

consumidores deve ser recon-quistada definitivamente. Uma pro-

va de que o panorama está mudando foi arecente decisão judicial que condenou o go-verno do Estado de São Paulo a indenizar aIndústria de Conservas Gini, devido à divul-gação, sem provas, de informações de con-taminação em alguns de seus lotes de palmi-to. Depois de ter seu produto condenado, aempresa apresentou contraprova, mostrandoque os lotes apreendidos estavam na verda-de livres das bactérias cujas toxinas são ascausadoras do botulismo.F

OT

O:

ST

UD

IO A

G

Embalagemadequada funcionacomo atestado de

qualidade do palmito

Nadir Figueiredo(11) 6967-8913www.nadir.com.br

Metalgráfica Rojek(11) 4447-4011

34botulismo(palmito) 10/04/02 14:57 Page 12

Page 9: Revista EmbalagemMarca 034 - Junho 2002

e fosse exposto na gôndolade uma revendedora de vi-nhos finos, possivelmente oVinagre Balsâmico da Caste-

lo, mais recente lançamento da empresaque vende um em cada três litros de vina-gre que chegam às mesas brasileiras, nãocausaria estranheza nem no mais expe-riente enólogo. Produto premium cujas fi-nalidades culinárias vão além da tarefa deregar a saladinha de alface e tomate coti-diana, a nova aposta da Castelo no merca-do de vinagres sofisticados conta comuma embalagem que reúne a maioria doselementos de uma bela garrafa de vinho.

Pra começar, o Balsâmico da Castelo,produzido na fábrica de Jundiaí (SP) damesma forma que os celebrados vina-gres italianos originários da cidade deModena, é acondicionado numa gar-rafa de vidro. É uma característica que,por si só, já distingue o produto dos vi-nagres tradicionais, normalmente en-garrafados em PVC ou, mais recente-mente, em PET.

Verde e fornecida pela vidra-ria Saint-Gobain, a garrafa foi,segundo a própria Castelo, sopra-da em molde “inspirado nas garra-fas dos vinhos franceses produzi-dos em Bordeaux”. Em função dacapacidade reduzida, 380ml, elatambém lembra aqueles vinhos pró-prios para consumo individual emuma refeição.

“É um produto direcionado paraconsumidores das classes A/B, queusa a mesma matéria-prima e insu-mos dos acetos italianos”, pontuaMarcelo Cereser, diretor-superintendenteda Vinagre Castelo. “Trata-se de um vi-nagre mais viscoso e com aroma agri-doce, resultado da sua longa matura-ção em tonéis de madeira”, descreve.

14 – EMBALAGEMMARCA • jun 2002

making of

S

Além da saladinhaCastelo lança vinagre balsâmico em embalagem premium

Nos itens de decoração e fechamentoda embalagem, o requinte e a sofisticaçãodo Balsâmico da Castelo são igualmenteperceptíveis. Do tipo pilfer-proof e comdiâmetro de 31mm, o sistema de fecha-mento, fornecido pela Altec, é compostopor uma tampa de alumínio e um batoquede polietileno com oito orifícios.

A nobreza do fechamento transparecetambém na cor dourada e no acabamentocom gravação em alto relevo do logotipoda Castelo. Essas características, entretan-to, só são observadas no momento do con-sumo, uma vez que, nas gôndolas, a tam-pa é recoberta por uma cápsula plásticatermoencolhível, bem ao estilo de umagarrafa de vinho. A cápsula é fornecidapela Indeplast.

VendasProduzido pela Gráfica Rami, o rótulo doBalsâmico da Castelo é auto-adesivo, comacabamento metalizado e impressão emcinco cores, mais aplicação de verniz UV.O contra-rótulo é feito em papel couché.O produto conta ainda com uma gargalei-ra, pequeno cartão pendurado no pescoçoda garrafa, que traz receitas culinárias

para os consumidores.A expectativa da Cas-

telo é vender 18 mil garra-fas do produto por mês, per-

formance que resultaria numfaturamento anual de 1 milhão dereais. Considerando que suas ven-das somaram 32 milhões de reais

no ano passado, pode-se ter umamedida do potencial do mercado de

vinagres premium no Brasil. Dequalquer maneira, com a exigência de

transmitir visualmente o requinte e o posi-cionamento desses produtos, é mais umfilão a ser explorado pelas empresas deembalagens. F

OT

O:

DIV

ULG

ÃO

Leandro Haberli

Altec Tampas Metálicas(11) 6422-0143www.altectampas.com.br

Gráfica Rami(11) 4587-1100www.ramiprint.com.br

Indeplast(11) 4056-3500www.indeplast.com.br

Saint-Gobain Embalagens(11) 3874-7433www.sgembalagens.com.br

34makingof 10/04/02 15:04 Page 14

Page 10: Revista EmbalagemMarca 034 - Junho 2002

empos atrás, ou na época emque se amarrava cachorrocom lingüiça, lembrando arecente blague do técnico da

seleção brasileira, as promoções eramapenas saídas cômodas para queimar en-calhes. Só que, do mesmo modo que osprojetos de embalagem, elas têmevoluído e cada vez mais sido no-tadas como ferramentas para for-talecimento de marca.

Hoje, não soa a exagero dizerque, para se sobressair na rinhado mercado, na qual os pon-tos-de-venda acomodam de-zenas de milhares de itens,é imprescindível promo-ver-se de alguma forma –e principalmente em mo-mentos que abrem cami-nho para uma comunica-ção especial, diferencia-da, da marca tal qual aatualíssima Copa do Mun-do. Como aumenta o nú-mero de empresas que sesintonizam com esse ditame,típico dos bons manuais debranding, promoção e apresen-tação vêm fazendo cada vez mais“tabelinhas”. E, à medida que asações promocionais evoluem e ga-nham caráter estratégico, o papel de mídiadas embalagens redobra.

Se elas já são promotoras permanentesda marca, têm de fazer serão extra emépoca dessas ações de marketing. Até por-que, em muitas ocasiões, a própria emba-lagem é o regalo da promoção, e vira bi-belô, memorabilia para o comprador. Suaeficácia como propagadora dos atributosda marca, no canal promocional, é acen-tuada. “Estimular uma proximidade como consumidor e seus gostos gera empatia,

16 – EMBALAGEMMARCA • jun 2002

capa

T

Com ações promoci oRótulos, decorações, tampas, complementos e a própria embalagem faze m

um ganho fabuloso”, entende Ronald Ka-paz, sócio-diretor da Oz Design. Segundoele, os projetos de edições especiais só au-mentam em sua agência, contrastandocom o que ocorria há alguns anos, quandoas embalagens “comuns”, de linha, signi-ficavam a quase totalidade dos trabalhos.

A conseqüência disso é que a neces-sidade de soluções inovadoras e on

demand, sob demanda, típica dastiragens promocionais, vem

abrindo desafios e oportuni-dades para os fornecedores

de embalagem. Para pro-porcionar respostas maiságeis e flexíveis, queacompanhem o dina-mismo que os clientesquerem imprimir aovarejo, novas tecnolo-gias, idéias originais einvestimento em servi-ços diferenciados estãocontribuindo.

Ajuda digitalÉ o que pode ser constata-

do entre os fornecedores derótulos e etiquetas auto-adesi-

vas, que se movimentam paraapresentar diferenciais competiti-

vos à indústria. Acostumada aosgrandes volumes, a Prodesmaq, uma das

maiores empresas da área, investiu recen-temente em uma impressora digital Indi-go, com tecnologia CTP (Computer-to-Plate), que dispensa a gravação de chapas.“Com esse equipamento, podemos ofere-cer novas alternativas aos clientes e aten-der também às pequenas tiragens”, afirmaRosa Maria Muniz, do departamento demarketing da Prodesmaq.

A “mãozinha” da tecnologia digitaltambém é evocada pela Setprint, que se

Guilherme Kamio

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i onais, todos ganhamze m dela a ferramenta que beneficia o consumidor, as marcas e as vendas

diz pioneira na instalação de uma impres-sora digital na América Latina, no casouma Xeicon, com equipamento laser,para a confecção de rótulos em bobinaspara aplicação automática. “As má-quinas digitais estão gerando im-pressões ágeis e de alta qualidade,permitem a inclusão de dados se-qüenciais e viabilizam ao clientetestes de mercado sem investimentoem estoques”, resume José FernandoPirutti, gerente comercial da Set-print. Ademais, segundo ele, possibi-litam a produção de provas reais an-tes da execução do projeto.

Mesmo sendo uma inequívoca ve-dete do momento, não é só na impres-são digital que os fornecedores de ró-tulos auto-adesivos baseiam seus diferen-ciais para colocar promoções em prática.A Prakolar enfatiza as opções ganhas emflexografia com uma impressora MarkAndy e uma laminadora New Foil recém-adquiridas. “O trabalho conjugado delaspermite tiragens baixas com maior apelovisual, incluindo detalhes em hot-stam-ping ou holográficos em tempo reduzi-do”, explica Roberto Inson, do marketingda empresa. “O custo dos insumos, comofacas e clichês, é mais acessível.”

Por sua vez, a Novelprint aposta emseus rótulos PromoLabel para alavancarpromoções on-pack. Em seu portfólio, di-versos sistemas se encaixam para açõestemporárias, como os rótulos multi-páginas, os rótulos multipack eos tags (bandeirolas), entre ou-tros. E, em outra frente quevem gerando ganhos paraquem trabalha com auto-adesivos, a Hervás vem au-mentando substancialmen-te as impressões de figuri-nhas e cards para promo-

ções. Trata-se de uma ancestral, mas sem-pre eficaz, forma de fermentar as promo-ções: a criança bate o pé pelo produto quecontém o cromo que deseja.

Encolher também valeIgualmente ganham expressão, paramarcar ações especiais, os rótulos ter-moencolhíveis. “Seguindo uma solu-

ção que é comum nos mercados euro-peus, as indústrias estão percebendoque a própria embalagem diferenciadapode ser o mote para uma promoção,mesmo quando não há uma data ou oca-sião que a justifiquem”, diz Gilles Fres-nel, diretor da Sleever do Brasil. Umexemplo recente disso é o da Skol, quesaiu em uma versão em long neck espe-

cial, com rótulo da Sleever, para o verãodeste ano, num design assinado pela a10.A Sleever conta com uma divisão, a Pro-moSleeve, dedicada a desenvolver proje-tos para os clientes, que sugere uma dasvárias soluções da empresa que suportamações promocionais.

Outras provas inequívocas de que ostermo-encolhíveis podem ser grandesaliados da promoção são dadas pela Pro-pack. Seus rótulos vestiram ações comoas várias feitas pela AmBev com o Gua-raná Antarctica Caçulinha, e a empresa

busca difundir uma idéia recen-te para substituir os shrinks eetiquetas auto-adesivas para“vendas casadas” e ações combrindes. São cintas termo-encolhíveis, com solda du-pla, que levam uma pequenatrilha de adesivo hot-meltpara se firmar ao produto eque podem ter fitilhos parafácil abertura e até mesmodetalhes holográficos. Conse-guida graças à técnica exclu-

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Edição da Copacom rótulo feitopela Prodesmaq

Promoção on-packcom solução da

Novelprint

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siva de confecção de estruturastermo-encolhíveis a partir de fil-mes planos, a invenção da Pro-pack está aparecendo no mercadoem ações de clientes como a Uni-lever, com a marca Dove.

Para a união de produtos,outra solução que mereceatenção vem da Do-It, pro-vedora de ganchos auto-adesivos(hang-tabs), através do uso de gargalhei-ras plásticas, uma alternativa aos shrinkse outras formas de junção de itens. E nãodá para esquecer das flow packs. A agên-cia de design WR..., de Campinas (SP),dá exemplos interessantes entre os traba-lhos que realiza seguidamente para aspromoções da 3M com produtos de lim-peza, como a venda na mesma embala-gem de kits de produtos que se comple-mentam – Panos Multiuso conjugados aganchos para suporte ou a esponjas.

Nada impeditivoMas a cadeia de embalagem não está au-mentando o leque de possibilidades sóem rótulos e em soluções com auto-ade-

sivos. Neste anode Copa, as edi-ções limitadas delatas pipocam aosmontes. Em bebi-das, também valeo registro de comose tornou comuma presença dasgrandes compa-nhias em festas lo-

calizadas, como os carnavais fora de épo-ca, as festas de peão e outros eventos.São tiragens enxutas dos princi-pais fornecedores de recipientesde alumínio, como Latasa, Rexam eCrown Cork, mostrando que ostipos de embalagem vistoscomo cativos das altas tiragensvão apagando esse estigma.

É caso da impressão de embalagensflexíveis em rotogravura. Na Empax, queatende grandes empresas com tal proces-so, dá-se importância extrema às redu-ções, composições e aos reaproveitamen-tos de cilindros, “manhas” que barateiam

os custos de pré-impressão. “Paraagilizar os pedidos, disponibiliza-mos um pre-press móvel, em queum operador vai até o cliente comum laptop para receber os arqui-vos das embalagens e já começa atrabalhar”, expõe Paulo dos An-

jos, gerente de pre-press da Empax. Comtemática da Copa, a empresa produziu,

entre outras embalagens, flow-packs paraa Elma Chips e envoltórios para o papelChamex, da International Paper.

“As marcas globais estão mais flexí-veis, mais atentas à importância dos re-gionalismos”, interpreta Ronald Kapaz,

da Oz Design. Ele destacaas latas recentemente pro-jetadas pela sua agênciapara a Coca-Cola para fes-tas nordestinas, decoradascom temas do Bumba-Meu-Boi ou com desenhostípicos de literatura de cor-del. Outros recentes traba-lhos promocionais da Ozincluem a coleção de latasdecoradas de Coca-Cola

com Pelé (em formato inédito para refri-gerantes, de 437ml, da Latasa) eas latas e rótulos para garrafasPET do guaraná Kuat com o te-nista Gustavo Kuerten.

Reuso é recallAinda no campo das embala-gens metálicas, as empresastambém estão cada vez maisatentas às atrações dos reci-pientes de aço. “Além de ser

um chamariz, a lata ouo pote de aço tem aseu favor o apelo da

reutilização pelo con-sumidor, amplian-

do a presença damarca junto a

ele”, defende JorgeMenendes Cara, ge-

rente comercial da Metalgráfi-ca Itaquá. A empresa tem visto

Edição limitada da Coca-Cola para eventona EuroDisney, com rótulo da Sleever

Cintas da Propack,alternativa ao shrink

Latas do Guga, visualda Oz Design

Com sleeve, mais roupa no verãoAções da 3M em

flow-packs

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as encomendas dos seusprodutos aumentarempara acondicionar pane-tones, doces, itens mis-turados para brindespromocionais e até petfood. Certas latas parapromoções estão, inclusive,virando embalagem de linha. Foi o queaconteceu com o recipiente redondo feitopara o bombom Sonho de Valsa, da KraftFoods, que está também com uma lata emformato de coração, alusiva ao Dia dos

Namorados.Reutilização da emba-

lagem é outro apelo queconta muitos pontos a fa-vor do vidro. Tendo issoem vista, a Dan-Vigor lan-çou o requeijão Danúbioem copo decorado commotivos da Copa, fabrica-do pela Nadir Figueiredo.“A retenção como souve-

nir pelo consumidor amplia a lembrançade nosso produto”, consideraTorben Hansen, gerente de mar-keting da Dan-Vigor. “Semprepensamos em promoções, poiselas agregam valor aos produtosperante os consumidores, e nos-sa política é fugir da guerra depreços”, diz Hansen.

Nesse sentido, as ações pro-mocionais ganham força comoaliadas das marcas líderes para

a10 Design(11) 3845-3503www.a10.com.br

Avery Dennison(19) 3876-7686 www.fasson.solutions.com

Crea Promo-Packagingwww.creapromopackaging.com

Do-It(11) 3082-9993www.do-it.com

E-Packing(11) 3501-2852www.epackinggroup.com

Empax(11) 5693-5400www.empax.com.br

Hervás(11) 6941-9266www.hervas.com.br

Metalgráfica Itaquá(11) 4648-2699www.metalgraficaitaqua.com.br

Nadir Figueiredo(11) 6967-1633www.nadir.com.br

Novelprint(11) 3768-4111www.novelprint.com.br

Oz Design(11) 5506-2177www.ozdesign.com.br

Packing Design(11) 3064-9822www.packing.com.br

Prakolar(11) 291-6033www.prakolar.com.br

Prodesmaq(19) 3876-9300www.prodesmaq.com.br

Propack(11) 7961-1700www.propack.com.br

Setprint(11) 3047-2540www.setprint.com.br

Sleever(11) 5641-3356www.sleever.com

WR... Design(19) 3272-3823www.wrcom.com.br

Perspectivas para promoçõesInventada pelo doutor Dennis Gabor, o que lhe rendeu o Prêmio Nobel de Física em 1971, a

holografia está sendo mais e mais percebida como um chamariz de peso para a confecção de

embalagens promocionais. Apesar do uso ainda tímido no mercado nacional, bons exemplos

pipocam no exterior. Entre eles, o do licor Bailey’s, que usou uma em-

balagem secundária holográfica para uma promoção de Natal na Eu-

ropa, feita com um aço laminado com polímero especial, o Promica

Chimera, uma tecnologia da Corus Packaging Group.

Na Inglaterra e na Alemanha, cartões com holografia também estão

sendo utilizados acoplados a cartuchos de cereais. A fornecedora da

solução, a Crea Promo-Packaging, especializada em impressão holo-

gráfica em laminados plásticos, deseja difundir cada vez mais esse

tipo de implemento. Uma outra idéia que pode render bons frutos é o

da Avery Dennison, que já fornece no Brasil filmes auto-adesivos

com detalhes holográficos, para a confecção de rótulos (foto).

que elas se mostrem como tais e conte-nham o assédio das concorrentes.

“Empresas pequenas e médias, porsua vez, encontram nas promoções ummodo mais potente de chegar ao consu-midor, de comunicar a eles sua qualida-de”, afirma Marco Antônio Dias de Oli-veira, da E-Packing, que busca difundirsoluções completas para promoções comauto-adesivos utilizando sinergia comfornecedores e máquinas aplicadoras daBauch e Campos. Enfim, importantescomo são para empresas com qualquerperfil, não é difícil aguardar por umamassificação maior das promoções. Osconsumidores agradecem.

Ruffles Copa, da Empax, eidéia da Prakolar para atum

Danúbio em copos da Nadir,um souvenir da marca

Latas da Itaquá: com o reuso,marcas se fortalecem

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mais marcante inovação emembalagem lançada pelamaior fabricante de refrigeran-tes do mundo desde o surgi-

mento das garrafas plásticas inspiradas noclássico modelo contour, de 237ml, há qua-se dez anos. Assim foi classificada a FridgePack, nova multipack desenvolvida pelaCoca-Cola, que vem animando os executi-vos da empresa nos Estados Unidos, onde omais recente cartucho de papel cartão estásendo testado desde o início do ano.

Mais estreita que as multipacksconvencionais, porémcom a mesma capacida-de, (doze latinhas), a em-balagem foi desenvolvidapara ser levada direta-mente aos refrigeradores.A idéia, que já vem dandoresultados práticos, é au-mentar o consumo de Coca-Colafacilitando o resfriamento do refrigerante nacasa do consumidor. Pode parecer elemen-tar, mas a novidade vem sendo encarada

22 – EMBALAGEMMARCA • jun 2002

inovação

A

Mini vending machineMesmo na geladeira, nova multipack da Coca-Cola aquece vendas

como uma eficiente jogada de marketing.Tudo porque a empresa percebeu que,

nas multipacks tradicionais, nas quais as la-tinhas são agrupadas em três fileiras de qua-tro unidades cada, os consumidores evita-vam estocar o conjunto todo na geladeira,para economizar espaço. Com a FridgePack, em cuja estrutura as latas são dispos-tas em duas fileiras de seis unidades cada, osprofissionais da Coca-Cola argumentamque chega ao fim o problema de gelar a be-bida aos poucos. Quanto mais Coca na gela-deira, raciocinam, maior o consumo domés-tico do refrigerante mais vendido no mundo.

“Realmente funciona”, diz SteveHorn, vice-presidente cor-

porativo da Coca-Colanos Estados Unidos.Em Atlanta e Chicago,os primeiros mercadosem que as latas chega-ram às gôndolas nasnovas multipacks, osresultados iniciais têm

sido animadores. Sozinha, a

Feito no Brasil pela Riverwood, novo cartucho da Coca-Cola

economiza espaço na geladeira, poisé mais estreito que os convencionais

Na versão americana,mais capacidade:

mercados e geladeirasdiferentes

Riverwood(11) 4589-4500www.riverwood.com.br

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Fridge Pack foi apontada como responsávelpor um acréscimo de 1% nas vendas daprincipal distribuidora da Coca Cola naque-les dois importantes mercados. É um ganhosignificativo, especialmente por se tratar dogigantesco mercado americano, onde pe-quenas taxas normalmente equivalem a mi-lhões de dólares. “Essa embalagem funcio-na como uma verdadeira mini vending ma-chine”, considera Lauren Steele, porta-vozda Coca-Cola nos Estados Unidos.

Estréia brasileiraPara quem acha que o Brasil está a anos-luz das inovações em marketing queocorrem lá fora, uma grande surpresa.Uma versão da Fridge Pack já está sendotestada pela Coca-Cola brasileira em Juizde Fora (MG). A Refri Pack, como foi ba-tizada aqui, é feita de papel cartão de fi-bra longa e duas camadas, com impressãoem alto relevo.Como a prima americana, ela é específica

para ambientes úmidos e refrigerados. Adiferença é que, ao invés das doze latas,comporta dez, igualmente distribuídas emduas fileiras de cinco unidades cada. Oprojeto estrutural e a impressão foramfeitas pela Riverwood. Já o design é daagência McCann-Erickson.

Ao lado de diferentes padrões de consu-mo, outro motivo que levou à diminuiçãoda capacidade da versão nacional da FridgePack é, segundo a Riverwood, a profundi-dade das geladeiras brasileiras, menor emrelação às americanas. Mas, independentedo número de latas acondicionadas, serápreciso esperar para verificar se o aumentode vendas local será tão expressivo quantoo que já foi detectado nos Estados Unidos.A julgar pelo desejo de refrescância dosapreciadores brasileiros de Coca-Cola, osucesso está garantido – a marca é líder domercado de refrigerantes no país, com maisde 50% das vendas.

Refri Pack em ação:ambientes úmidos e

refrigerados

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m menos de uma década, onúmero de marcas nacionaisde achocolatados em pó maisdo que triplicou, ultrapassan-

do a casa das quatro dezenas. Atualmen-te, só o mercado de aguardente resguardanada menos do que 4 500 produtos con-correntes, não incluídos os clandestinos.Ao longo dos anos 90, a quantidade defabricantes de biscoito explodiu no Bra-sil, passando de 100 para 540.

Exemplos como esses, que passarama ser detectados nas mais variadas cate-gorias de produtos, lastreiam a percep-ção de que as marcas líderes estão cadavez mais suscetíveis às investidas deprodutos rivais e, às vezes, anônimos.

24 – EMBALAGEMMARCA • jun 2002

marketing

E

A base quer o bomPreço não é mais o único critério de compra para classes C e D

Sagaz e flexível, a concorrência apertade todos os lados, nem sempre levada àsgôndolas por empresas reconhecidas porsua solidez e tradição.

Mas a força da marca dá provas deque não será combalida facilmente. Em-bora contem com rótulos metalizados,tampas eficientes e design a cargo degente especializada, como constatou areportagem de capa da edição nº 21 deEMBALAGEMMARCA (“O Charme dosProdutos Populares”), as marcas baratas,ou B Brands, ainda não superaram todosos percalços da bonança.

A novidade que começa a surgir agoraé que até mesmo as classes C e D já nãotêm preço como único critério de decisão

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representa quase 80% da população bra-sileira, e que movimentará em 2002 algoem torno de 400 bilhões de reais, a inclu-são da marca como critério de compradas classes C e D é uma notícia que cer-tamente deve chamar a atenção dos de-partamentos de marketing país afora. So-bretudo daqueles que, nos últimos anos,se viram ameaçados pelo persistentecrescimento dos produtos populares.

de compra. Em outras palavras, o que es-pecialistas constatam é que a base da pi-râmide também quer sentir o gostinho delevar para casa produtos com marcas so-fisticadas e reconhecidas.

Essa é uma das conclusões de recentepesquisa do Instituto Nielsen, feita a pe-dido da Associação Paulista de Super-mercados (Apas). Segundo o estudo,além de preço, marca, qualidade e varie-dade são também características decisi-vas na escolha desses consumidores, queno ano passado representavam, segundoo Instituto Brasileiro de Economia e Es-tatística (IBGE), 53% da População Eco-nomicamente Ativa (PEA).

Possíveis causasAinda de acordo com a pesquisa, o maiorou menor valor de cada atributo dependeda categoria do produto. No caso, porexemplo, do mercado de bebidas (alcoó-licas e não-alcoólicas), o estudo revelaque a marca é o fator predominante de es-colha. O mesmo ocorre quando os consu-midores de classes C e D se deparam comgôndolas de laticínios, frios, frutas, pães,bolos e biscoitos.

O fenômeno possibilita duas linhasdistintas de interpretação. A primeiraaponta para a possibilidade de que a clas-se média está empobrecendo. Numa se-gunda e mais otimista análise, a mudançados critérios de compra das classes C e Dindica que o poder aquisitivo dos brasi-leiros tem progredido.

Em qualquer hipótese vale ressaltarque, em se tratando de um mercado que

Principais influências na decisão de compra das classes C e DProduto:Alimentos secosLimpeza caseiraHigiene pessoalBebidas não-alcoólicasBebidas alcoólicasFrios/LaticíniosFrutas/Verduras/LegumesPães/Bolos/BiscoitosCarnes/Frangos

Atributo que mais influencia a escolha PreçoPreçoPreçoMarca Marca

Variedade e qualidade*Qualidade e variedade*

Qualidade e variedade**Qualidade, preço e variedade*

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transformadora Sinimplastvem demonstrando verdadei-ro fôlego de maratonista natarefa de inflar e dar forma a

resinas plásticas, à qual se dedica desde1984, ano de sua fundação. Um dos prin-cipais nomes do atual mercado de soprode embalagens plásticas, a empresa alcan-çou resultados extraordinários para seurelativo pouco tempo de vida.

Com um faturamento que, à reveliadas instabilidades econômicas, vem apre-sentando média de crescimento anual aci-ma de 20%, a empresa com sede em Dia-dema (SP) atingiu notável capacidadeprodutiva: está apta a fornecer mais de 1bilhão de embalagens por ano, o que, me-dido por qualquer parâmetro, decidida-mente não é pouco.

Boa tradução dessa estatística transpa-rece no fato de que a Sinimplast fornececerca de 80% das embalagens plásticasutilizadas pela subsidiária brasileira da gi-gante anglo-holandesa Unilever. Para2002 a estimativa é transformar nada me-nos do que 32 mil toneladas de resinasplásticas, o que deve resultar num fatura-mento de 192 milhões de reais.

Papel de pãoÉ um panorama expressivamente diferen-te daquele enfrentado por seus fundadoresnum pequeno galpão no D do ABCD pau-lista onde foram instaladas suas primeirasmáquinas sopradoras. “Os pedidos eramanotados em papel de pão sujo de graxa”,lembra Júlio Cardoso Monteiro, atual su-perintendente da Sinimplast. Hoje tudo éadministrado por uma rede de softwaresde gestão empresarial, fornecida e admi-nistrada por um dos principais nomes domercado tecnológico, a alemã SAP.

Mas a estrutura de gerenciamento dedados, por si só, não basta para ilustrar a

28 – EMBALAGEMMARCA • jun 2002

perfil

A

De sopro em popaSinimplast se consolida como sopradora de frascos plásticos

ascensão desse robusto player do mercadode embalagens. Confirmando sua solidez,a empresa nos dias de hoje emprega maisde 800 funcionários, distribuídos em qua-tro unidades industriais.

A maior delas permanece em Diade-ma, de onde saem, entre outras, embala-gens do achocolatado Toddy, da Quaker, emuitos dos frascos dos cosméticos daAvon. Outra unidade importante é a deOsasco, que pertencia à divisão de emba-lagens da Medabil, comprada pela Sinim-plast em 1998.

Por sinal, numa leitura mais atenta,fica claro que a Sinimplast se pautou poruma dinâmica política de aquisições. Opróprio início de suas atividades adveioda compra da divisão de embalagens daOrniex, à época um dos grandes nomes domercado de sopro de frascos plásticos.“Desde então, não paramos de investir emnovas aquisições”, diz José Eduardo Pas-sos, presidente da empresa.

Administrador pragmático, Passoslogo percebeu que deveria evitar ao máxi-mo o uso de financiamentos e emprésti-mos. “Todos nossos investimentos sãofeitos com um mínimo de 40% de recur-

Mercado de higienepessoal é um dosprincipais nichosda empresa

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Sinimplast(11) 4681-8300www.sinimplast.com.br

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sos próprios”, assinala o executivo. Se-guindo esse preceito, foi selada a compra,em 1990, de sua então principal concor-rente, a Eletroflex. Na lista de aquisições,outra, inegavelmente estratégica, foi a daprópria Medabil, que era uma das princi-pais fornecedoras da Unilever.

Expansão internacional Não bastasse esse histórico de aquisi-ções, a Sinimplast planeja expandir suamarca para fora do país, e também paramercados internos nos quais hoje nãopossui fábricas. A empresa está se organi-zando para inaugurar três novas unidadesindustriais ainda em 2002. No Rio deJaneiro será montada uma planta comvinte máquinas sopradoras, e capacidadede transformar 4 200 toneladas de resinasplásticas/ano. Para Recife serão transferi-das doze máquinas, com previsão inicialde produzir 96 milhões de frascos/ano.

A terceira filial industrial é um caso àparte. Está planejada para ser montada naArgentina, onde a empresa consolidouuma parceria com a Matriplast, uma dasmaiores sopradoras daquele país. Mas asincertezas da política econômica local es-tão levando a Sinimplast a ser extrema-mente cautelosa, pois essa unidade deve-rá consumir boa parte dos 8 milhões dereais que a empresa vai destinar a suastrês novas fábricas.

Segundo Passos, a estratégia de rami-ficar suas plantas fabris se justifica pelosganhos logísticos. A idéia é se aproximar

A empresa em númerosSinimplast Indústria e Comércio LtdaInvestimentos nas novas unidades produtivas: R$ 8 milhões

Produção em 2002: 32 000 toneladas de matéria-prima, com uma

acréscimo de 18,5% em relação ao exercício anterior

Previsão de faturamento para 2002: R$ 43,1 milhões, montante

cerca de 20% acima do obtido no último ano

Capacidade produtiva: 1 bilhão de embalagens/ano

Parque industrial: 26 000 m2, 70 máquinas sopradoras divididas em

4 unidades fabris

Número de funcionários: 800

Principais resinas utilizadas: Polietileno de alta densidade (PEAD),

polietileno de baixa densidade (PEBD), polipropileno (PP), policloreto

de vinila (PVC), polietileno tereftalato (PET) e polietileno tereftalato

aditivado com glicol (PETG)

dos clientes e eliminar perdas atreladas àmovimentação das embalagens. Aliás,esse também é o objetivo de plantas espe-cíficas que a Sinimplast instalou em duasfábricas da Unilever. São as unidades in-house, que funcionam apegadas à linhade produção da fábrica de Vinhedo (SP),e da divisão Anastácio da Elida Gibbs, nacapital paulista.

“Em 1996, a Unilever iniciou umaconcorrência para escolher a empresa queinstalaria uma fábrica de embalagensdentro de suas próprias fábricas”, diz opresidente da Sinimplast, acrescentandoque representava a única empresa brasi-leira a participar do processo de escolha.“Fomos escolhidos após provar que po-deríamos reduzir em 30% o custo de cadafrasco”, completa José Eduardo Passos.

Em paralelo à competitividade comer-cial, a empresa garante que esbanja flexi-bilidade industrial. Com um departamen-to de engenharia próprio, diz-se apta adesenvolver qualquer tipo de embalagemplástica. “Conseguimos produzir exata-mente o que o cliente deseja”, sinalizaHenrique Ballvé, diretor industrial.

Por tudo isso, e também porque é liga-da a um sólido grupo de empresas queatua com revenda de veículos e no ramode transportes, a Sinimplast tem dado su-cessivas provas de que ainda tem muitofôlego para destacar-se no mercado desopro de embalagens plásticas.

Parque industrial: capacidade produtivade mais de 1 bilhão de embalagens/ano

Na área de alimentos, aQuaker, produtorado achocolotadoToddy, é um dos clientes mais antigos

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Page 20: Revista EmbalagemMarca 034 - Junho 2002

averá espaço para que seestimule no Brasil o au-mento da freqüência deeventos considerados o-

casiões favoráveis à realização de ne-gócios e contatos entre profissionaisligados à cadeia de embalagem? Paragrande parte de quem visitou a tercei-ra edição da Brasilpack – realizada noPavilhão de Exposições do ParqueAnhembi, em São Paulo, entre os dias21 e 25 de maio último, a menos deum mês da Fispal (18 a 21 de junho) –a resposta é positiva.

É verdade que em alguns estandesse ouvia que as novidades mais notá-veis foram poupadas para a vertentetecnológica daquela que é consideradaa maior feira de alimentos da AméricaLatina e que vem se firmando comouma mostra de total abrangência da ca-deia de embalagens. Mas a tática de“esconder o jogo” era exceção e, demaneira geral, os expositores da Brasil-pack aproveitaram o evento para divul-gar seus mais recentes lançamentos,promovendo boas oportunidades deinteração entre fornecedores, usuáriose prestadores de serviço.

Ilhas de produçãoO saldo positivo foi motivado tam-bém por inovações interessantes.Alardeadas pela Alcantara Machado,que realizou a Brasilpack em parceriacom a alemã Messe Düsseldorf amesma que promove a Interpack,como principal diferencial da feiraneste ano, três linhas distintas de pro-dução de embalagens transformaramalguns corredores do Anhembi emplantas fabris.

Com equipamentos de diversasmarcas e integrando soluções bastante

32 – EMBALAGEMMARCA • jun 2002

feira

H

Sem saturação?Brasilpack põe em questão o calendário de eventos de embalagem

fidedignas às demandadas pela indús-tria, os cerca de 22 mil visitantes da fei-ra puderam observar, entre outras, tam-padoras, sopradoras, máquinas de im-pressão, envase, rotulagem, sistemas devídeo-inspeção e até soluções de reci-clagem em pleno funcionamento. Das li-nhas saíam amostras de produtos acon-dicionados em embalagens de PET, pa-pel cartão e filmes flexíveis.

EnqueteHouve comentários de que as ilhas deprodução, como foram apelidadas,seriam uma forma de preencher espa-ços ociosos e assim camuflar uma pos-sível baixa procura por estandes. Masa verdade é que, com 450 expositoresdeclarados, de 25 países, os organiza-dores da Brasilpack se mostraram sa-tisfeitos com os resultados comerciaisda feira. O principal aspecto favorávelno balanço, porém, talvez tenha sido amaterialização de uma afirmativa: ade que o mercado brasileiro de emba-lagens pode comportar mais de umevento de negócios que o promova,ainda que com menos de um mês de di-ferença e não só na mesma cidade, masno mesmo parque de exposições.

Essa é uma questão sobre a qual omelhor julgamento é o dos maiores in-teressados, ou seja, os expositores e osvisitantes. Para ajudar a definir, EMBA-LAGEMMARCA está colocando em seusite na Internet (www.embalagemmar-ca.com.br) uma enquete. Além de res-ponder às questões diretas, os leitorespoderão enviar suas opiniões para o e-mail da redação: [email protected].

A seguir são apresentadas algumasdas novidades que a equipe de EMBALA-GEMMARCA apurou durante a Brasilpack.

Leandro Haberli, Guilherme Kamio

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AGILIDADE EM FLEXÍVEISNa área de empacotamentos, a Masipack apro-veitou a feira para demonstrar as possibilidadesda Ultra VS 250, máquina automática de empa-cotamento vertical, com produção de até 120 pa-cotes/minuto. Capaz de produzir embalagenscomo flow packs e stand-up pouches, o equipa-mento da Masipack roda os mais diversos tiposde filmes e substratos para linhas de produção deflexíveis. Com acionamento eletro-pneumático evisor de vácuo fluorescente, a Ultra VS 250 éequipada com servomotor e bobina sobrepostaem eixo metalizado. O alinhamento do filme éautomático.(11) [email protected]

ACOLCHOAMENTO COM SAmortecer impactos na movimentação e notransporte de produtos é uma exigência das maisrecorrentes quando se pensa em conquistar novosmercados, sobretudo num país que, apesar de

possuir uma malha viáriaem condições calamitosas,concentra boa parte de sualogística no transporte rodo-viário. Tentando extrairoportunidades dessa situa-ção, a Styrocorte levou àBrasilpack a linha S-Pack,sua marca de flocos de po-liestireno desenvolvida paraacolchoar embalagens se-cundárias e garantir a inte-gridade de produtos trans-

portados. Frederico Requena, supervisor de ven-das da empresa, observa que, a despeito do customaior, o produto é mais econômico que os con-correntes. “Ele é extremamente leve, e não ab-sorve umidade”, ele diz. (16) 684-1534www.styrocorte.com.br

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TAMPAS ANTIDESPERDÍCIOEspecializada em fechamentos, a Tampaflex apresentou na feira diver-sas novidades, entre elas a linha de tampas com dosador ServFácil, dis-ponível para recipientes de vidro e para latas (modelo flip-top) e a So-bre Tampa 220mm, desenvolvimento exclusivo para latas de 5kg e 10kgde manteiga e doces. Para óleos, a empresa mostrou a Tampa Vertedo-ra, criação em duas peças com um bico que permite que óleos e azeitesacondicionados em latas sejam dispensados sem sujar as mãos do usuá-rio ou a própria embalagem, e a Tampa com Retorno, para frascos dePET, também útil a vinagres. A principal característica desta última, se-gundo Luiz Carlos M. Vargas, diretor comercial e de exportações daTampaflex, é que o excesso do produto retorna à embalagem, evitandodesperdícios e garantindo um uso limpo.(11) 6163-8349 • www.tampaflex.com

SELANDO NOVOS MERCADOSConhecida por diversas soluções em cartuchos de papelcartão e papelão micro-ondulado, a Fotoimpress apresen-tou novidades de sua linha de cartelas seladas e blisters.Um dos principais lançamentos foi a Skinbox, embalagemespecífica para gôndolas dotadas de gancheiras. Própriapara os mais variados produtos, a Skinbox foi mostradana Brasilpack acondicionando itens de bricolagem e cons-trução civil. Nesses casos, sustentam os executivos daempresa, a maior vantagem do produto é a eliminação deestoques, além da visualização dos produtos, garantidapela transparência dos filmes utilizados. A empresa res-salta ainda que a selagem pode ser feita com adesivos debase aquosa, alternativa que torna a embalagem atóxica.(11) 4137-2943 • www.fotoimpress.com.br

STRETCH PARA ESTICAR LUCROSNa área de paletização, boas novidades foram lançadas na Brasilpack. Uma delas é o Win-pack, uma alternativa da mineira AG Remy para o mercado de filmes stretch. De acordocom Marcelo Calil, da área comercial da empresa, as maiores vantagens do produto são agi-

lidade na aplicação, “que pode ser até 20% mais rápida do que com filmes concorrentes”,capacidade de retenção inalterada mesmo em baixas temperaturas e armazenamento

mais leve e menos volumoso. Além disso, a empresa afirma que o Winpack émuito mais resistente do que seus concorrentes. “Somados, esses fatores

significam menos filme por cobertura”, argumenta Calil.(31) 3434-3466 • www.agremy.com.br

FOCO NA LAMINAÇÃO SOLVENTLESSConhecida por sua linha de impressoras flexográficas, a Máquinas Ferdinand Vaders (FEVA) apresentoua Laminadora Sem Solvente Fevaflex. De acordo com Lilian Vaders, relações públicas e responsávelpelo marketing da empresa, o equipamento se destaca pela redução do tempo necessário para a troca decilindros, fator que reverte em agilidade nos setups. O sistema de aplicação do adesivo é composto poruma unidade dosadora de dois componentes, característica que facilita a operação sem solventes. Comtransmissão por servo-motores, a nova laminadora Fevaflex permite a otimização da aplicação de adesi-vo sobre o substrato. Já o suporte de bobina, dotado de movimento lateral no desbobinador, possibilitaalinhamento automático do filme.(11) 4612-9133 • www.feva.com.br

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NOVAS OPÇÕES EM ROTULAGEMFornecedora de rotuladoras, encaixotadoras epicotadoras, a Narita apresentou a Vest 3000 (àesquerda), aplicadora automática de rótulosequipada com desacelaradores hidráulicosquick change. Específico para filmes de polie-tileno (PE), o equipamento tem capacidadeprodutiva de até 3 000 frascos/hora. Para linhasque requerem mais agilidade, a empresa divul-gou a VEST 5000, com capacidade de rotularaté 5 000 frascos/hora. As duas máquinas sãoespecíficas para aplicação de rótulos sleeve.Aliás, foi um equipamento semelhante a essesque aplicou os rótulos, desenvolvidos pelaITW Canguru, da água mineral engarrafada nailha de PET da Brasilpack (à direita).Narita: (11)4352-3855 • www.narita.com.brITW Canguru: (11) 3044-2366

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EMBALAGEM DOS OVOS DE OUROPode soar estranho, mas o mercado de ovos premium, que nos últimos anos tem crescido na esteira dasvontades de consumidores interessados em suplementos vitamínicos, substanciais funcionais, ou mes-mo na defesa dos animais, dando preferência a ovos botados por galinhas criadas soltas, já constituium belo campo de atuação para empresas de embalagem. Apostando exatamente no crescimento dessefilão, a Hartmann expôs a linha de embalagens PlusPack. A maior diferença em comparação com ascaixas tradicionais é a tampa plana, que, a partir de uma impressão em até quatro cores, torna a emba-lagem mais chamativa no ponto-de-venda. De olho no público single, a empresa desenvolveu tambémuma versão para seis ovos. Outra novidade é a possibilidade de impressão na parte interna da tampa,onde podem, por exemplo, ser incluídas informações sobre os valores nutricionais do produto.(11)5505-2755 • [email protected]

FLEXOGRAFIA À ITALIANAA italiana Uteco, conhecida por suas linhas de impressoras flexográficas, revelou os planos de trazer aoBrasil o equipamento Emerald 8C-Cl, que promete dinamizar setups para menos de trinta minutos.Sucesso na Europa, o equipamento facilita a execução de pré-registros, eopera sob o conceito de avanço sincronizado. O design do painel de con-trole principal visa facilitar a centralização de todo o comando da Eme-rald 8C-Cl em um único ponto. Além disso, mesmo em sua configuraçãobásica, o equipamento conta com três palm top controls, que permitemgerenciar a performance do equipamento remotamente. A empresa pro-mete demonstrar todos as novidades do equipamento a partir de 20 dejulho, em sua fábrica de Curitiba (PR).(41) 6681-1955 • [email protected] • www.uteco.com

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Page 24: Revista EmbalagemMarca 034 - Junho 2002

A feira Brasilpack, realizada em maio em São Paulo (veja cobertura na página32), serviu de campo para apresentações de produtos voltados para a área grá-fica, tanto destinados à produção direta de embalagens quanto à pré-impressãoem geral, aspecto que tem tudo a ver com a área.A Agfa-Gevaert do Brasil, por exemplo, mostrou emação a Sherpa 24 (sistemas de provas digitais)e o software ApogeeX, baseado em PDG, JDF efilme digital. O software, segundo a empresa, re-presenta “uma revolução em workflow para emba-lagem e gráficas comerciais”, dado seu avanço emtermos de automação e sua facilidade de uso. O material dedivulgação afirma que o software permite ao usuário contro-lar o fluxo de trabalho em PDF e automatizar os processoscom uma interface “drag-and-drop” em tempo real.Uma ferramenta de aprovação on-line possibilita aosusuários autorizados aprovar páginas ou arquivos impo-sicionados remotamente. A Agfa coloca controle totaldo workflow em uma interface de usuário única e, aomesmo tempo, deixa o sistema modular e escalonável. O ApogeeX pode serexecutado em uma plataforma única, e suas tarefas podem ser distribuídas emservidores múltiplos em função da complexidade e do tamanho da operaçãode pré-impressão.A Digicon, por sua vez, lançou durante o evento uma im-pressora da HP que, segundo argumenta a empresa, permiteque o material desenvolvido no escritório seja apresentadoao cliente para aprovação e diretamente encaminhado para a gráfica,substituindo a prova contratual. Trata-se da HP Designjet 10ps,que, de acordo com material de divulgação, “reproduz as cores comalta precisão e qualidade, além de ter alta resolução de impressão, dis-pensando processos intermediários e reduzindo custos e tempo no ciclode aprovação do cliente até a entrega do material para a gráfica”. Oequipamento possui sistema de seis tintas, resolução de 2400 x1200dpi, linhas precisas, 330 x 482mm para saída de impressão e im-prime frente e verso (opcional).Foi mostrada também a linha HP Designjet 5000, que “oferece qualidade foto-gráfica insuperável com tons contínuos, degradés suaves e uma ampla gamade cores”. Com grande flexibilidade de uso em materiais para impressão – pa-péis, tecidos, lonas e poliéster, entre outros – o equipamento foi desenvolvidopara fornecedores e profissionais gráficos. Possui sistema de seis tintas,resolução 1600 x 600dpi, largura para saída de impressão de 107cm ou152cm. Imprime desenho de imagem em 36 segundos. Dispõe ainda deum sistema de controle à distância pela internet e visualização prévia detrabalhos (no modelo HP Designjet 5000ps).Ainda no stand da Digicon foi apresentado o Scanner TruScan Titan, fabricadopela norte-americana Vidar. É um dos mais robustos scanners de grande forma-to, com capacidade para digitalizar documentos com até 3mm de espessura. Ofabricante garante precisão de 99,9% em relação aos originais na captação deimagens.Digicon: (11) [email protected]: (11) 5188-6444

38 – EMBALAGEMMARCA • jun 2002

Agfa e HP apresentam novidades na Brasilpack

34painel 10/04/02 14:45 Page 38

Page 25: Revista EmbalagemMarca 034 - Junho 2002

jun 2002 • EMBALAGEMMARCA – 39

A Gidue no Brasil

A Grife Etiquetas, da capital paulis-

ta, e a Propack, do Embu (SP), es-

tarão colocando em pleno funciona-

mento, no segundo semestre deste

ano, duas impressoras Gidue Com-

bat, vendidas pela Comprint, que re-

presenta a fabricante italiana de im-

pressoras flexográficas no Brasil.

Com isso, a marca intensifica sua

presença no país, a exemplo do que

ocorre no mercado europeu, onde,

nos últimos dois anos, foram coloca-

das quarenta impressoras Gidue.

Segundo Cláudio Ogawa, do marke-

ting da Comprint, “conceitos revolu-

cionários, como unidades de im-

pressão Flower, Pitagora, Grid e ou-

tros, incorporados à Gidue Combat,

permitem grande facilidade de ope-

ração com qualidade de impressão”.

Ele diz também que o equipamento

possui diversas configurações, para

atender uma ampla gama de seto-

res de embalagem, filmes flexíveis e

etiquetas auto-adesivas.

(11) 3371 [email protected]

Setor ganha instituto de gestão empresarialAs atuais necessidades de merca-do, que obrigam à busca cada vezmais intensa de excelência nos ser-viços e produtos, ponto-chave paraalavancar bons negócios, levou umconjunto de profissionais com largaexperiência na área gráfica a reu-nir-se para criar em São Paulo umaempresa dedicada a oferecer solu-ções e estudos para o setor. Trata-se do ISEG Instituto de Soluções eEstudos Gráficos. Segundo seu pre-sidente, Sérgio Rossi, o objetivo doInstituto é otimizar as áreas tecnoló-gicas e gerencial das empresas,aperfeiçoando seus processos ope-racionais.Nessa linha, a empresa vai ofere-cer serviços nas áreas de pré-im-pressão, impressão, acabamento egerenciamento do segmento gráfi-co e mídia impressa, fornecendouma completa consultoria para asempresas. “Um dos modelos bási-cos de serviço prestado envolve odiagnóstico preliminar, para o qualnossa equipe de consultores verifi-

ca quais as necessidades do clien-te e, por meio desses dados, montae desenvolve a consultoria”, expli-ca Rossi.Segundo ele, “o diagnóstico reali-zado pela equipe não é uma merapesquisa, mas um perfil detalhadosobre os aspectos técnico, de pro-cessos e organizacional de cadaempresa”. Após essa fase, os traba-lhos envolvem desde uma aplicaçãode cursos e programas de treina-mento operacional e gerencial aatividades específicas até projetosde viabilidade técnica e financeirade investimentos em novas tecnolo-gias, ou ainda a organização e apromoção de eventos.Fazem parte da equipe de consulto-res profissionais Adolpho Cyriaco,Francisco Carlos Fernandes, JoséCarlos San Martin, José RobertoBaldini, Lourdes Cruz, Mario Carra-millo Neto, Nestor Pires Filho, RaulCarlos Timmers e Sérgio Rossi Filho.(11) 3801.3656

[email protected]

Guia Ilustrado para a indústria gráficaA KSR Distribuidora, unidade de negócios da VCP – Votorantim, Celulose e Papel, está lan-çando o Guia Ilustrado de Práticas de Segurança, Transporte, Movimentação e Armazenagemna Indústria Gráfica. Com essa iniciativa, a empresa inaugura seu Serviço de Práticas e Pro-cessos da KSR, composto por um conjunto de ferramentas de gestão que objetiva agregarmaior valor aos seus clientes.O guia será distribuído gratuitamente. Em um primeiro momento, serão enviados, via correio,10 mil exemplares para clientes do segmento gráfico e editorial. Outros 5 mil exemplares se-rão distribuídos em eventos promovidos pela KSR ou poderão ser retirados em qualqueruma das 31 filiais da empresa instaladas no país.Com 56 páginas, o guia é dividido em duas partes. A primeira aborda temas relativos a segu-rança e prevenção de acidentes de trabalho, englobando cuidados com a limpeza e a regula-gem de máquinas, dispositivos de segurança, equipamentos de proteção individual, líquidosinflamáveis, ruídos, iluminação e conduta pessoal. A segunda é voltada a transporte, movi-mentação e armazenagem de papéis e produtos gráficos, com dicas e informações sobre em-balagem, estocagem, procedimentos para descarga de veículos e empilhamento de materiais.(11) 6948-8500 • www.ksronline.com.br

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40 – EMBALAGEMMARCA • jun 2002

Fusão desembarcaDesde o mês passado a Mead Em-balagens Ltda. mudou sua razãosocial para MeadWestvaco do Bra-sil Ltda, seguindo a fusão ocorridamundialmente entre as empresas.Informações podem ser obtidasno telefone (11) 3048-9370.

100% investeCom bagagem de quatro anos naNarita & Associados e um na MDesign, Angela Sartori é o reforçono time de atendimento da 100%Design. Ela assume as contas deMash, Ajinomoto, Parmalat, Sa-besp, Liz, Amyr Klink, Bauducco eVisconti.

Nestlé unifica marca de biscoitosA Nestlé anunciou que está unifi-cando todo o seu portfólio de bis-coitos sob a marca Nestlé. Asprincipais marcas controladas pelaempresa, como São Luiz, Bono,Passatempo e Tostines, permane-cem nas embalagens como marcassecundárias, abaixo da chancelaNestlé. Ao levar a marca guarda-chuva para os biscoitos, a Nestlésegue a estratégia adotada emoutros segmentos, como sorvetes,doces e iogurtes.

Nova linha de tampas da AlcoaPara fabricar as tampas plásticas de

maior diâmetro Double Lok 38mm e

Extra Lok, novidades para o mercado

brasileiro, a Alcoa está instalando uma

nova linha de produção na sua unida-

de de Alphaville, em Barueri (SP), que

deverá ser inaugurada dentro de algu-

mas semanas. Com investimentos de

8,5 milhões de reais, espera-se que a

nova linha garanta produção anual

média de 124 milhões de tampas.

A Double Lok destina-se a garrafas de

PET com mais de dois litros e meio

para refrigerantes e também para cer-

vejas em PET, para as quais é utilizada

nos Estados Unidos desde 1999. Isso

porque permite o uso de disco de ve-

dação com materiais co-laminados es-

peciais com barreira ao oxigênio e

“scavengers” (com substancias capa-

zes de capturar os íons de oxigênio

no ambiente interior da embalagem)

evitando assim a deterioração da be-

bida via oxidação. Já a Extra Lok, por

ter um selo de elastômero tipo TR

aderido ao fundo, é direcionada a be-

bidas com envase asséptico e enchi-

das a quente, isotônicos, sucos pron-

tos para beber e chás gelados, entre

outros. Ambas as tampas, de rosca e

de fácil encaixe, têm perfil de maior

valor agregado e são feitas pelo pro-

cesso de moldagem rotativa por com-

pressão, tecnologia desenvolvida

pela Alcoa nos Estados Unidos.

www.alcoa.com.br

Atenção no pós-vendaA Krones do Brasil, subsidiária

da multinacional alemã fornece-

dora de equipamentos para em-

balagem, está colocando em prá-

tica os conceitos de Manutenção

Programada e Contrato de Servi-

ços no atendimento aos clientes,

para estabelecer uma parceria

constante com os clientes e poten-

cializar os seus ganhos.

Nos Contratos de Serviços, os

itens abordados envolvem apre-

sentação de melhorias em equi-

pamentos, upgrades para moder-

nização, controle das funções

ideais de operação, ações para

redução das paradas, diminuição

dos custos de manutenção e ins-

truções periódicas de manuten-

ção/operação. Já as Manuten-

ções Programadas poderão ser

realizadas na unidade fabril do

cliente ou nas próprias instala-

ções da Krones, com a utilização

de pacotes de peças especial-

mente preparados para cada má-

quina e situação, por uma equipe

exclusiva.

(11) 4075-9549

www.krones.com.br

está em todas(feiras importantes).

Visite-nos naFCE Pharma/HBA

South America, osprincipais eventos das

indústrias farmacêutica e cosmética no Brasil.

31 de julho a 2 de agosto, no Transamérica Expo Center,

em São Paulo

Para anunciar na edição dejulho, entre em contato:

(11) [email protected]

34panorama 10/04/02 16:41 Page 40

Page 27: Revista EmbalagemMarca 034 - Junho 2002

42 – EMBALAGEMMARCA • jun 2002

Complemento ao básicoA editora Prentice Hall está lançan-

do o livro “Curso Avançado de De-

sign de Embalagem”, escrito pelo

designer e presidente da Associa-

ção Brasileira de Embalagem

(ABRE), Fabio Mestriner. O novo

volume visa complementar e apro-

fundar as informações contidas em

“Curso Básico de Design de Emba-

lagem”, livro anterior do profissio-

nal, e contém mais de 370 fotos

ilustrativas a cores, quadros e gráfi-

cos explicativos. Um capítulo espe-

cial traz 42 exemplos de ações

para fazer da embalagem uma fer-

ramenta de marketing e promoção.

O livro pode ser encontrado nas

melhores livrarias.

www.pearsonedbrasil.com

Para intensificar a comunicação

entre a indústria e a imprensa es-

pecializada em embalagem, a In-

ternational Packaging Press Orga-

nization (IPPO) reformulou seu

website, o www.ippopress.com,

que agora conta com uma sala de

imprensa virtual em que assesso-

res de imprensa e empresas em

geral poderão colocar informa-

ções (press-releases) que serão

facilmente consultadas por todos

os membros da entidade. No final

de abril, a IPPO elegeu sua nova

diretoria, e pela primeira vez em

27 anos tem como presidente

uma jornalista sul-americana, a

brasileira Liliam Benzi. Mais: Wil-

son Palhares, nosso editor, tor-

nou-se novo membro da entidade.

Maior intercâmbio

Embalagem de agrotóxico deve ser devolvida após o usoEstá em vigor desde o último dia 31 demaio a lei 9.974/00, que determina queas embalagens de produtos agrotóxi-cos devem ser devolvidas vazias aosestabelecimentos comerciais em queforam compradas. De acordo com a le-gislação, o agricultor tem prazo de umano, a contar da data da compra doproduto, para devolver os recipientes.As revendas dos produtos fitossanitá-rios estão obrigadas a funcionar comopostos de recebimento ou indicar aosagricultores as centrais especialmentecriadas para esse fim. O setor movi-

menta cerca de 130 milhões de emba-lagens por ano, o equivalente a 27 miltoneladas, das quais cerca de 50% a60% são de material plástico. A desti-nação final dos recipientes fica a cargodo Inpev – Instituto Nacional de Pro-cessamento de Embalagens Vazias. Aentidade possui 50 unidades de rece-bimento de embalagens, estrategica-mente situadas nas regiões de maiorconsumo, como o Estado de São Pau-lo, e espera chegar ao final do anocom 92 postos em operação, meta ini-cialmente estabelecida para 2006. O

Inpev estuda o que fazer com os reci-pientes recolhidos. Os de polietilenode alta densidade, por exemplo, estãosendo reciclados em uma empresa deLouveira, no interior paulista, onde omaterial é transformado em conduítespara uso na construção civil. Outrosprojetos para o reaproveitamento dasembalagens estão em andamento. Atéagora, a prática comum era enterrar aembalagem, muitas vezes sem lavá-la,o que é extremamente poluente e cau-sa danos sérios ao ambiente.

Inpev: (11) 9991-1971/9984-1310

Fabricantes de produtos líquidos e semilíqui-dos para perfumaria e cosmética já podemcontar no Brasil com uma interfacecom a francesa PKB, que projeta,

fabrica e comer-cializa, há mais de 50 anos,máquinas de embalagemcom estrutura que permite aousuário trabalhar com uma variação deaté setenta formatos diferentes. As má-quinas injetoras/tampadoras semi-auto-

máticas robotizadas, e máquinas dosado-ras em linha da PKB estiveram sendo ex-postas na Interpack. Esta última, por

exemplo, possui característicascomo bombas cerâmicas (de uso maissimples e de uma resistência excepcio-nal), polivalência (facilidade de mudan-ças de formato), facilidade de regulagem

(inteiramente mecânica) e otimização da limpeza, numacadência de até 80 cpm.(11) 3063-3816 • www.ubifrance.com

ENCHIMENTO À FRANCESA

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Page 28: Revista EmbalagemMarca 034 - Junho 2002

44 – EMBALAGEMMARCA • jun 2002

Nutril lança embalagem refildo café com leite tradicionalJá está nas gôndolas dossupermercados a embala-gem refil do café com leitetradicional da Nutril. Anova embalagem de 350g,em poliéster metalizado,tem o mesmo visual da em-balagem de lata. O designé feito na própria Nutril. Anova embalagem é maiseconômica, o que possibili-ta que chegue ao consumi-

dor com preço mais baixo.Neste inverno, a Nutrilaposta, também, no aqueci-mento das vendas da linhade achocolatados como oChic Mix – que ganhouduas novas versões nos sa-bores morango e chocolatebranco – e o Xocopinho,que deverão representar18% do faturamento da em-presa.

Moça Fiesta investenas festas juninas

Com o objetivo de ampliarsua participação no seg-mento de sobremesas lác-teas, a Nestlé lançou doisnovos sabores de MoçaFiesta: Brigadeiro Tutti-Frutti e Brigadeiro Banani-nha. Também estão chegandoàs gôndolas dos supermer-cados os novos rótulos doLeite Moça em comemora-ção às festas juninas. Ilus-

tradas com balões, foguei-ras, bandeirinhas e fogosde artifício, as embalagensganharam um ar festivo eterão destaque no pontode venda. A atração tam-bém está nas receitas es-peciais impressas nos ró-tulos e no traje que vestea “Moça”: ela ganhou umvestido típico das famosasquadrilhas. A criação é daMazz Design.

Seda Citric FreshA marca Seda, da Unilever, ganhou a linha de produtosSeda Citric Fresh, composta de xampu e condicionador,

especialmente desenvolvida paracabelos oleosos. Os produtoscontêm extratos de frutas cítri-cas, que têm propriedades ads-tringentes, retirando a oleosida-de dos cabelos.As embalagens do xampu sãotransparentes e as do condi-cionador opacas. Para desta-car a presença dos extratos cí-tricos, a cor escolhida para astampas foi o amarelo-cítrico, eos rótulos têm imagens dasfrutas utilizadas: limão, laranjae tangerina. Agência que de-senvolveu o design foi a ar-gentina Stubrin Diseño. O frasco é da Sinimplast, a

tampa da Seaquist Valois e o rótulo da Baumgarten.

Um alienígena a maisDepois de três anos com os sabores chocolate, bauni-

lha, morango e limão no mercado, o bolinho Muffs, da

Pullman/Plus Vita ganhou novo sabor: sai o sabor limão

e entra o chocolate com chocolate branco.

A fabricante aproveitou o lançamento para atualizar as

embalagens do produto, no caso

flow-packs da Shellmar.

Responsável também pela criação

das primeiras embalagens, a Oz De-

sign promoveu uma mudança sutil.

Segundo Giovanni Vannucchi, sócio-

diretor da Oz, o novo projeto gráfico

adequou o personagem do sabor li-

mão ao novo sabor e imprimiu um

pouco mais de dinamismo às emba-

lagens. A estrutura e os persona-

gens anteriores foram mantidos, já

que pesquisas recentes comprova-

ram a força e atualidade das embala-

gens. A Oz desenvolveu, também,

todo o material promocional de co-

municação do novo lançamento.

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modulos 10/04/02 16:55 Page 1

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46 – EMBALAGEMMARCA • jun 2002

Nova tradição

Primus é o nome da nova cerveja

pilsen da Schincariol, desenvolvida

para concorrer com as líderes de

mercado. Fruto de investimentos

que chegam à casa dos 10 milhões

de reais, o lançamento procura

transmitir um apelo premium aos

consumidores, através do sabor,

derivado de ingredientes seleciona-

dos, e do visual do rótulo criado

pela Pantani Design, que procura

transmitir ao mesmo tempo tradição

e modernidade. “A inspiração foi em

cervejas que possuem em comum o

código de cores branco, azul e ver-

melho”, diz o designer Adriano Pan-

tani. “Como no Brasil o vermelho e

o azul representam o quente e o

frio, a junção dá a idéia de que a

cerveja é para o dia-a-dia, para o

inverno e verão”.

A Primus será distribuída em todo

o país nas versões garrafa 600ml,

long neck 355ml e lata 350ml.

Os rótulos de papel das garrafas

são da Dixie Toga.

Gambito no Pó XadrezDepois de 70 anos, o tradicional pig-mento para cimento Pó Xadrez, daBayer, está mudando o visual desua caixa de papel cartão. Criadapela Müller Associados, a novaembalagem introduz conceitos dedecoração e tecnologia, porémsem perder a identidade clássica doproduto, já que a imagem do tabulei-ro de xadrez com um cavalo ao cen-tro se tornou um símbolo do produto.Com textos informativos e fotos ilus-trativas, a nova embalagem auxilia oconsumidor na escolha de cores esuas combinações. A embalagem pri-mária do Pó, um saco de papel, tam-bém foi substituída, porque ocasiona-va vazamentos do produto e compro-

metia a sua imagem. Agora, o paco-te é de plástico, com tecnologiaBosch. “A sofisticação dos mercadosde decoração e arquitetura, direta-mente ligados ao produto, pedia umvisual mais moderno”, comenta DórisCamacho, diretora de criação daMüller Associados. Impressas em seiscores pela Ibratec, as caixas do pro-duto podem ser encontradas em trêsversões: 250g, 500g e 2,5kg.

Estréia em belezaA Limppano está estreando no

segmento de higiene pessoal com

a esponja para banho Pórus. Com

proteção antibacteriana e hipoa-

lergênico, o produto tem formato

ergonômico para facilitar o manu-

seio e é acondicionado em flow-

packs transparentes fornecidas

pela Seven Plastic.

A nova cara dos bolos Viscontinovo sabor, que complementa asversões laranja, chocolate, fubá eo tipo formigueiro, foram feitas pes-quisas de hábitos de consumo. A flow-pack do produto é impressapela Shellmar.

Já com a nova identidade visual eo novo logotipo, adotados desdefevereiro, a linha de bolos da Vis-conti está trazendo uma novidadeao mercado: o bolo de bananacom caramelo. Para a escolha do

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Confeitos em embalagem Tetra PakA Dori Alimentos, fabricante de con-

feitos e snacks, colocou no mercado

novos produtos em embalagens Tetra

Pak. Os lançamentos são amendoim

japonês, balas de goma, pastilhas de

chocolate e castanhas de caju. A

nova embalagem facilita a exposição

em prateleiras de supermercados, é

fácil de abrir, permanece “em pé”

após aberta e é facilmente fechada.

Como a linha de produtos é destinada

ao público infantil, a embalagem tem

a forma de uma casinha, e pode ser

usada como brinquedo.

Bacardi lançaMartini Fierono BrasilA tradicional marca de vermute Mar-tini traz ao Brasil um novo produto:Martini Fiero, com teor alcoólico de22%, que já está no mercado da Ho-landa e da Bélgica.Devido ao teor alcoólico mais eleva-do, a bebida entra na categoria dasbebidas destiladas para serem con-sumidas puras com gelo. O produtofoi desenvolvido na Itália, a partir deuma receita que leva na composiçãoessência de laranjas vermelhas, fru-ta típica do Mediterrâneo. A fórmulainclui ainda o vinho fabricado pelaBacardi-Martini em Garibaldi, no RioGrande do Sul, além de sucos e ex-tratos de frutas. Reforçando a estratégia de moderni-zação da imagem de Martini, o Mar-tini Fiero tem uma nova tampa, feitacom 50% de plástico e 50% alumí-nio. A tampa plástica é produzidapela Companhia Produtora de Em-balagens (CPE) e a sobretampa dealumínio vem da Argentina. A garrafaé da Cisper e o rótulo da Matavelli.A Bacardi-Martini estendeu a novatampa para toda a linha do Martini.

Depois de lançar a Caipirinha

Velho Barreiro em latas, para ex-

portação, o Grupo Tatuzinho

aposta na batida de coco. O

produto, também com a marca

Velho Barreiro, será exportado

para os Estados Unidos, Cana-

dá, Portugal, Reino Unido, Itália,

Espanha, Alemanha, França, Ja-

pão e países da América Latina.

A bebida é pronta para o consu-

mo e comercializada em garra-

fas de vidro de 700ml, fabrica-

das pela Vidroporto. O rótulo,

produzido pela Henel, é lami-

nado em alto relevo e im-

presso em seis idiomas (por-

Mais cachaça for exporttuguês, inglês, italiano, espa-

nhol, francês e alemão).

A Caipirinha Velho Barreiro em

lata também é exportada para

países da Europa, da América

Latina, Estados Unidos e Cana-

dá. Os rótulos auto-adesivos das

latas de 200ml são temáticos e

divulgam pontos turísticos do

Brasil, como a Amazônia, as Ca-

taratas do Iguaçu, o Pantanal e

praias do Nordeste. As latas são

da CBL. O objetivo da Tatuzinho

com os lançamentos é incremen-

tar as exportações de aguarden-

te do grupo, que em 2001 che-

garam 1,2 milhão e litros.

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Almanaque

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Um molho de pimenta em embalagem de perfumegumas sementes secas da pimentaCapsicum frutescens, que ganharade um amigo recém-chegado deuma viagem à América Central.Foi aí que o ex-banqueiro teve aidéia de preparar um molho picanteà base de vinagre e sal. A família eos amigos foram os primeiros de-gustadores. Todos aprovaram o sa-bor, e estimularam o negócio. Em1869, McIlhenny preparou 350 gar-rafas do produto e levou a um dis-tribuidor local. Dois anos mais tar-de, os frascos de Tabasco já eram

A cada vez mais onipresente marcaTabasco de molhos de pimenta nãoteria surgido se não fosse a GuerraCivil Americana. Em meio ao con-flito, ocorrido entre 1861 e 1865,Edmund McIlhenny, um banqueirode Nova Orleans, foi obrigado a fu-gir com a família para o Texas.Quando voltou à Louisiana, os ban-cos estavam arruinados, e ele se viucompelido a mudar de ramo. Pas-sou a se dedicar ao cultivo de cana-de-açúcar. Como hobby, começou acultivar uma horta, onde plantou al-

O nome BIC, que hoje respondepor cerca de um quarto das cane-tas consumidas no mundo, é umexemplo de uso adequado daschamadas umbrella brands, oumarcas guarda-chuvas. Criadaem 1953 por Marcel Bich (1914-1994), nascido em Turim, na Itá-lia, de uma família metade fran-cesa, metade italiana, não demo-rou muito para tornar-se famosano mundo inteiro e um fenômenode vendas. Quando já havia ga-nho o cobiçadíssimo mercadonorte-americano, no final dosanos 1960, Bich foi aconselhadopor assessores a diversificar elançar uma novidade no segmen-to: uma caneta hidrográfica ja-

Para diversificar, o melhor é imitar a natureza ponesa. “Não, não vou diversifi-car meu produto com um outrotão parecido”, respondeu Bich.Dizia ele ser melhor fazer como anatureza, ou seja, espalhar semen-tes – no caso, fábricas em outrospaíses. Para diversificar a linha,lançou isqueiros e, mais tarde,barbeadores descartáveis com a

marca BIC. No Brasil o isqueiro(BIC Chama) entrou no mercadoem 1974, tendo a embalagemcomo forte alavanca de vendas.

vendidos em Nova York e outrascidades americanas. Atualmente omolho está presente em 110 países,com venda anual de mais de 110milhões de unidades. Uma curiosi-dade: o inconfundível frasco de vi-dro, com o rótulo colado na diago-nal, seria destinado originalmente aperfumes, tendo sido adotado nafalta de outro mais adequado aoproduto. É o típico acaso que levaao sucesso. Hoje a marca Tabasco éapresentada em variada e criativalinha de sabores e de embalagens.

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