revista embalagemmarca 031 - março 2002

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Edição de março de 2002 da revista EmbalagemMarca.Visite o site oficial da revista http://www.embalagemmarca.com.br e o blog http://embalagemmarca.blogspot.comEsta edição está incompleta, sem alguns dos anúncios, pois foi recuperada de um arquivo muito antigo. Ainda assim é possível ler as matérias.

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Page 1: Revista EmbalagemMarca 031 - Março 2002

Ano IV • Nº 31 • Março 2002 • R$ 6,00

www.embalagemmarca.com.br

Aumentam asopções para vestir

bem produtos

CHÁS GELADOS EM ALTA • TEMPEROS • DESTAQUES DA PÁSCOA

31capa 22/03/02 20:30 Page 2

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NovelPrint página 18/03/02 15:52 Page 1

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ara falar do conteú-do desta edição de

EMBALAGEMMARCA, acre-dito que nada melhor doque as reportagens e arti-gos nela contidos. Parece-me mais interessante falarum pouco sobre os basti-dores do trabalho que estáem suas mãos.A presente edição é frutodo trabalho da equipe darevista sem minha partici-pação pessoal direta naproporção em que vinhase dando desde seu lança-mento. Trata-se de umareestruturação dos traba-lhos internos que estavaplanejada para ocorrergradativamente mas que,devido a uma sucessão defatos inesperados, teve deser implantada de uma sóvez.Não cabe aqui detalhar osimprevistos registradosnos dois primeiros mesesdo ano, mesmo porqueboa parte deles certamenteé comum a todos os brasi-leiros. Diz-se, por exem-plo, que no Brasil o ano sócomeça para valer depoisdo Carnaval. Espero que isso ajude osleitores a compreender arazão do atraso ocorridona distribuição da ediçãode fevereiro 2002. Isso foimotivado por razões queestavam absolutamentefora de nosso poder decontrole.De qualquer forma, ficaregistrado o nosso pedidode desculpas e o aprendi-zado de uma lição: nos ne-gócios, como na vida, é

preciso sempre ter um pla-no B. Isso é verdade espe-cialmente no Brasil, cujaatmosfera de incertezasimpõe a necessidade desempre ter alternativas.Pensando bem, e fazendoo velho jogo do otimismo,talvez seja isso que faz dobrasileiro um dos maiscriativos povos do mundo.No entanto, é aconselhá-vel que as empresas não sedeixem levar muito porisso e, nos longos períodosde planejamento a quegrande parte se dedica an-tes dos carnavais, não es-queçam de consideraraquele que é talvez o maispresente dos fatores da

vida brasileira – o impon-derável.Para finalizar, consideremleitores que não estamosquerendo ensinar nada aninguém. Estamos apenasrelatando nossa própriaexperiência recente. E viva o Brasil. Até abril.

Wilson Palhares

PS: A realização desta edi-ção, a meu ver merecedorade todos os elogios, ficou acargo de Guilherme Ka-mio e Leandro Haberli. Adireção de arte é de CarlosGustavo Curado.

É preciso ter sempre um plano B

P

No Brasil a atmosfera obriga a ter sempre alternativas

31editorial 20/03/02 10:58 Page 99

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ENTREVISTA:MARCOS MESQUITAO superintende doSindicato Nacional daIndústria da Cerveja(Sindicerv) afirma que oPET ainda é muito caropara ser adotado pelosfabricantes brasileiros

CAPA: RÓTULOSInvestimentos em tec-nologia fazem crescer oleque de opções dosfornecedores de rótulos,ajudando o empresaria-do a “vestir” seus produ-tos adequadamente

PÁSCOAMarketing infantil é o destaque nas embalagens de ovos e colombas este ano

CHÁS GELADOSChegada do Nestea,que será distribuídopela Coca-Cola,dinamiza investimentosem embalagem no setor

MAKING OFDetalhes do processode produção das novas embalagens daLinguanotto, equipadascom funcional tampa-moedor

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Diretor de RedaçãoWilson Palhares

[email protected]

[email protected]

Flávio [email protected]

Guilherme [email protected]

Leandro [email protected]

Thays [email protected]

ColaboradoresJosué Machado e Luiz Antonio Maciel

Diretor de ArteCarlos Gustavo Curado

AdministraçãoMarcos Palhares (Diretor de Marketing)

Eunice Fruet (Diretora Financeira)

Departamento [email protected]

Wagner Ferreira

Circulação e AssinaturasClaudia Regina Salomão

[email protected] anual (11 exemplares): R$ 60,00

Público-AlvoEMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais queocupam cargos técnicos, de direção, gerênciae supervisão em empresas fornecedoras, con-vertedoras e usuárias de embalagens para ali-mentos, bebidas, cosméticos, medicamentos,materiais de limpeza e home service, bemcomo prestadores de serviços relacionadoscom a cadeia de embalagem.

Tiragem desta edição7 500 exemplares

Filiada ao

Impressa em papel couché Image Mate 115 g/m2 (miolo) e

couché Image Art 145 g/m2 (capa)da Ripasa S. A. Celulose e Papel

Impressa pela Grande ABC

EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda.Rua Arcílio Martins, 53 – Chácara Santo

Antonio - CEP 04718-040 - São Paulo, SPTel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463

www.embalagemmarca.com.brO conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA éresguardado por direitos autorais. Não é permi-tida a reprodução de matérias editoriais publi-cadas nesta revista sem autorização da Blocode Comunicação Ltda. Opiniões expressas emmatérias assinadas não refletem necessaria-mente a opinião da revista.

março 2002

20 Reciclagem

Fabricantes de aço investem emcentros de reaproveitamento

24 Segurança

Empresa sueca lança marca d’água antipirataria

40 Display

Lançamentos e novidades – eseus sistemas de embalagem

42 Almanaque

Fatos não muito conhecidos douniverso das embalagens

38 Painel Gráfico

Novidades do setor, da criaçãoao acabamento de embalagens

34 Panorama

Movimentação na indústria deembalagens e seus lançamentos

25 Materiais

UV Pack anuncia acetato de celu-lose como alternativa ao OPP

28 Bebidas

Coca-Cola amplia linha Fanta, e aPepsi traz ao Brasil o Mountain Dew

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31sumario 22/03/02 20:04 Page 1

Page 5: Revista EmbalagemMarca 031 - Março 2002

Redação: Rua Arcílio Martins, 53

CEP 04718-040 • São Paulo, SP

Tel (11) 5181-6533

Fax (11) 5182-9463

[email protected]

As mensagens recebidas por carta, e-

mail ou fax poderão ter trechos não es-

senciais eliminados, em função do es-

paço disponível, de modo a dar maior

número possível de oportunidades aos

leitores. As mensagens poderão tam-

bém ser inseridas no site da revista

(www.embalagemmarca.com.br).

MENSAGENS PARA EMBALAGEMMARCA

A revista EMBALAGEMMARCA

está melhorando a cada dia que pas-sa. Parabéns pelo trabalho sério ecompetente.

Lisa MituiSão Paulo, SP

Parabéns pela brilhante matéria“Projeto Integrado” (EMBALAGEM-MARCA 28). Acredito ser mais umanotável quebra de paradigma entreos conceitos que se têm sobre a fle-xografia em relação ao offset. Tam-bém parabenizo a integração daembalagem com o produto, com aprodução de um envelope e de umencarte.

Roberto Inson Gerente de marketing

Prakolar Rótulos Auto-AdesivosSão Paulo, SP

Parabenizo a todos que colabora-ram para a realização da matéria“Tendências e Perspectivas 2002”da edição de dezembro/janeiro. In-diretamente, a reportagem nos aju-dou a realizar vários trabalhos ba-seados nestes dados. Parabéns no-vamente.

Gisele MunizAnalista de marketing

Dixie TogaSão Paulo, SP

Sou recém-formado em DesignIndustrial. Meu trabalho de conclu-são de curso foi sobre embalagens egostaria de agradecer à redação darevista, pois 90% de minha biblio-grafia foi EMBALAGEMMARCA.

Rodrigo RaggiottiGerente

Create Design

Sou designer gráfico e adoro tra-balhar com embalagens. Sugiro queseja disponibilizado, no site de vo-cês, um balcão de empregos para aárea de embalagens. Dessa forma,haverá um espaço tanto para as em-presas divulgarem suas vagas comoos profissionais, seus currículos.Um abraço a todos.

Ailton MarquesDesigner autônomo

São José do Rio Preto, SP

Sou leitor assíduo de EMBALA-GEMMARCA. A revista tem se desta-cado, ao meu ver, por ir além de serum simples catálogo de serviços,uma seção de classificados. O pes-soal que trabalha com embalagens,tanto fornecedores como usuários,merece uma leitura agradável comoa da revista de vocês. Só lamentoque ela não seja maior. Seria umprazer vê-la com mais reportagenspor edição.

Tupã Otávio de MelloAnalista de vendas

Barra Mansa, RJ

Sou advogada na área da proprie-dade industrial, e achei o site umamaravilha. As notícias, comentáriose links são ótimos.

Joseclei Magnani de OliveiraSulamérica Marcas

São Paulo, SP

6 – EMBALAGEMMARCA • mar 2002

Na edição nº 30 (fev/2002), ocrédito do papel cartão da Ripa-sa S. A. Papel e Celulose emque foi impressa a capa infor-mava erroneamente ser o Art-Premium PEX2 330 g/m2.

O correto seria informar que acapa foi impressa em papel car-tão Royal 1PEX 300 g/m2.

A informação sobre o papel daRipasa em que foi impresso omiolo da revista estava correta(couché Image Mate 115 g/m2).

A edição especial do ALMANAQUE

EMBALAGEMMARCA, com a reprodu-ção de várias páginas com esse títu-

lo publicadas regularmente desdeque a revista foi lançada, em junhode 1999, teve seu lançamento, que

estava programado para fevereiro oumarço de 2002, adiado para abril. O motivo foi o cancelamento do

compromisso de alguns patrocinado-res às vesperas do trabalho de im-pressão, por contingências ligadas

sobretudo a reestruturações de suasmatrizes localizadas no exterior.

Os editores

O PAPEL CARTÃO CERTO

31cartas 21/03/02 11:21 Page 1

Page 6: Revista EmbalagemMarca 031 - Março 2002

8 – EMBALAGEMMARCA • mar 2002

omo nós, os americanos ado-ram ver jogos de futebol. Sóque lá, a bola, que não é redon-da, permanece boa parte dapartida nas mãos dos jogado-res. Em que pesem tais afron-

tas de estilo, os dois rituais esportivos cul-tivam uma peculiaridade comum: parcelaconsiderável de toda a cerveja produzidatanto nos Estados Unidos como aqui éconsumida enquanto seus apreciadorescontemplam arrancadas e chutes de joga-dores de futebol. Uma das maiores patrocinadoras do cam-peonato de futebol americano, a cerveja-ria Miller, que pertence à gigante do setordo tabaco Phillip Morris, tem aproveitadoo Super Bowl, como eles chamam a parti-da final da competição, para vender, dire-tamente no estádio, a bebida feita de ceva-da em garrafas PET.Mundialmente, esse caso se transformounuma das mais recentes bandeiras dos quedefendem a entrada da resina que revolu-cionou o mercado de refrigerantes nosetor cervejeiro.Conhecedor das propriedades da bebida, osuperintendente do Sindicato Nacional daIndústria da Cerveja (Sindicerv), MarcosMesquita, tem duras crítricas a essa visão.Ele diz que esse exemplo, e outros tantosque já se disseminaram pelo mundo, nãobastam para injetar ânimo em favor doPET nos grandes fabricantes de cerveja.O motivo que faz essas empresas, inclu-sive a canadense Molson, hoje dona dasmarcas Bavária e Kaiser, serem reticentesao PET é, segundo Mesquita, o custo deprodução das garrafas. Mesmo esclarecendo com argúcia esse di-lema, o superintendente do Sindicerv nãose ateve apenas a esse ponto. Na verdade,ele retratou o setor de forma abrangente, eo assunto embalagem acabou irrompendona maioria dos temas – como na discussãoem torno do papel dos cidadãos, das em-presas e do governo no destino das emba-lagens que a sociedade consome e produz. “Teremos que deixar a comodidade de

C

Para o superintendente do Sindicato Nacional

da Indústria da Cerveja(Sindicerv), MARCOSMESQUITA, a adoção

do PET pelas grandesprodutoras do setor está

longe de acontecer. A ineficácia da resina

na contenção do fluxo de gases não seria o principal motivo desse vai-não-vai. A barreira real é o

custo de produção.

entrevista

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“A esse preço não dá”

31entrevista 19/03/02 14:44 Page 8

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10 – EMBALAGEMMARCA • mar 2002

de algumas marcas européias e america-nas que já adotaram as garrafas plásti-cas?As experiências que existem no exterior,embora importantes, não são favoráveisquando se pensa na relação custo x bene-fício. As embalagens plásticas para cer-veja são muito caras e o impacto delas nomercado ainda é irrisório, se comparadoa outros sistemas de embalagem. Essasexperiências têm se mostrado mais ade-quadas para situações específicas, como,por exemplo, eventos esportivos, ondenormalmente não se permite a venda debebidas em embalagens metálicas ou de

vidro. Nos Estados Unidos, isso jáocorre. No Brasil temos um outromercado, com uma realidade extre-mamente popular, em que a buscado menor preço influencia direta-mente os sistemas de embalagem.Portanto, além das deficiências debarreira a gases, pode-se dizer queo preço acaba configurando outrabarreira, por enquanto intransponí-vel, à entrada do PET no mercadobrasileiro de cervejas.

Nos anos 90, a Coca-Cola lançoua garrafa PET de dois litros. De lápara cá, o número de pequenos fa-bricantes de refrigerantes no Brasilse multiplicou de maneira espanto-sa, e não faltam especialistas di-zendo que a estratégia da Coca-Cola foi um verdadeiro tiro-no-pé.

O senhor acha que, quando a barreira eo custo das garrafas PET para cervejaforem satisfatórios, as grandes cerveja-rias brasileiras estarão sujeitas a essetipo de revés?São setores bem distintos. Fabricar refri-gerantes é bem mais barato do que produ-zir cervejas. A tecnologia de produção émuito mais acessível, ao passo que não équalquer um que pode abrir uma cerveja-ria. Além disso, uma indústria de cervejaprecisa de alcance de distribuição paraser rentável. No caso dos refrigerantes,há inúmeras marcas que prosperam sendovendidas apenas em pequenas cidades.Portanto, mais do que a questão da tecno-logia de envase, esses outros fatores aca-

lado”, disse, antes de concluir que o Bra-sil precisa adotar uma legislação de des-carte de embalagens que fique no meiodo caminho entre o modelo americano eo europeu. A diferença entre essas duaspolíticas de resíduos sólidos e o consumoper capita de cerveja no Brasil, dúvida deboa parte dos brasileiros adeptos de umacervejinha, estão a seguir.

Nos últimos anos, fornecedores de maté-rias-primas, produtores de resinas,transformadores e fabricantes de equipa-mentos de todo o mundo têm se empenha-do em desenvolver uma garrafa plásticadefinitiva para cerveja. O que fal-ta para que o PET seja enfim ado-tado pelas grandes cervejariasbrasileiras?Falta bastante, tanto em termos detecnologia, quanto em termos deescala. Obviamente, é um caminhoque será vencido, mas o tempo queisso levará para acontecer ainda éimprevisível. O que se pode dizer éque, com a tecnologia disponívelhoje, o plástico ainda é inadequadopara o envase de cerveja. Os novosprocessos que estão sendo testadosprecisam vencer o desafio de ga-rantir barreira à embalagem, evi-tando o ingresso de oxigênio e asaída de gás carbônico. Isso aindanão ocorre hoje, pelo menos não apreços compatíveis. Recentemen-te, nós do Sindicerv nos pronuncia-mos contrários a uma das tecnologias,pois percebemos que, ao contrário deproteger o produto, a proposta era alterarsua fórmula, ou seja, adicionar substân-cias que fizessem da cerveja uma bebidaresistente ao ingresso de oxigênio e à per-da de gás carbônico. Enquanto esse pro-blema não for resolvido, o Sindicervmantém-se apreensivo quanto ao PET,pois somos absolutamente contrários àinclusão de qualquer tipo de aditivo ouconservante na cerveja.

Mas os fabricantes de resinas dizem quejá conseguiram desenvolver um tipo dePET adequado para cerveja. Seria esse omaterial que está garantindo o sucesso

Mesmo nosEUA, o PET para

cerveja só é viávelem situações específicas de

consumo, como nos eventos

esportivos ou nosshows que proíbema venda de produ-

tos em embalagensmetálicas

ou de vidro

31entrevista 19/03/02 14:44 Page 10

Page 8: Revista EmbalagemMarca 031 - Março 2002

bam exercendo influência muito grandenuma cervejaria, que precisa vender mui-to para viabilizar o seu negócio. Assim,quem tem capital para vencer a barreirada construção da fábrica e da distribui-ção, certamente não encontrará proble-mas com o sistema de envase. O impactoda embalagem no mercado de cerveja é,portanto, menor do que no setor de refri-gerantes. É preciso deixar claro tambémque, por todo o problema de barreira en-volvido, a embalagem de PET para cer-veja será muito mais cara do que a emba-lagem de PET é para os fabricantes de re-frigerante. Assim, quando o PET chegarno mercado brasileiro de cerveja,ele estará disputando apenas comsistemas descartáveis de envase,sem alterar a participação da em-balagem de 600ml retornável.

Como se divide a participação dosdiferentes tipos de embalagem nomercado brasileiro de cerveja?A garrafa retornável de 600 ml tem67% de participação. Os barris(chope), 4%. Ou seja, 71% do mer-cado brasileiro de cerveja são do-minados por embalagens retorná-veis. Nos 31% restantes, 26% fi-cam com as latas, e o restante é daslong necks. Na fatia das latas, oalumínio hoje abocanha mais de95%. As experiências com folhas-de-flandres ainda são bastante mo-destas.

Em que mercados de grande porte a gar-rafa de vidro retornável tem presença tãosignificativa quanto aqui?Na Argentina, mais de 80% de toda a cer-veja consumida são vendidos em garrafasde vidro retornável. Mas lá eles usamprincipalmente as embalagens de 1 litro.Na Europa, o conceito de retornabilidadefoi muito bem trabalhado. A cerveja draftvendida em barris tem participação altís-sima. Hoje em dia a legislação ambientalna Europa é muito rigorosa e a retornabi-lidade, junto com a reciclagem, é umaexigência em muitos dos seus países. NosEstados Unidos, o perfil é completamen-te diferente, e a lata, tanto de alumínio

quanto de aço, domina o mercado, comquase 70% de participação. Aqui no Bra-sil vem ocorrendo um fato curioso: cami-nhamos para um padrão de consumo decerveja próximo ao americano, no entan-to, pretendemos criar uma legislação dedescarte de embalagens similar à euro-péia. Isso preocupa, pois até que se con-siga uma mudança de hábito da socieda-de brasileira, alguém terá que pagar umônus grande.

Por sinal, qual a posição do Sindicerv nodebate em torno da formulação da políti-ca nacional de resíduos sólidos, que vem

sendo travado na Câmara Federal?Concordamos que boa parte daresponsabilidade é da indústria. Po-rém, ao poder público cabe incenti-var os processos de coleta seletiva,além de educar a população. A so-lução exige um esforço coletivo, eo ideal é que o ônus não sobrecar-regue apenas uma das partes, em fa-vorecimento das outras. Precisamosbuscar um meio termo entre o mo-delo europeu, no qual o ônus seconcentra nos produtores de emba-lagem não retornável, e a filosofiaamericana, mais ligada à geraçãode subsídios para quem se propusera fomentar a coleta seletiva e a reci-clagem. E o papel do consumidornisso tudo também é privilegiar asembalagens retornáveis, que pou-

pam energia e preservam o ambiente.

Como tem evoluído o consumo per capi-ta de cerveja no Brasil e qual o significa-do do crescimento das marcas popularesno setor?Nos últimos dois anos, no mínimo dez no-vas marcas de cerveja foram lançadas noBrasil. E não são microcervejarias, masindústrias de fato. Isso mostra o potencialdo mercado de cerveja no Brasil. Nósconsumimos ainda pouca cerveja, e esta-mos longe do nosso potencial anual, que éde 65 litros per capita. Hoje essa relaçãoestá em 49,8 litros. O crescimento pode sedar também entre consumidores que bus-cam cervejas com requintes e apelos hojepraticamente inexplorados.

12 – EMBALAGEMMARCA • mar 2002

A garrafa retornável de

600ml manterá sua participação

no Brasil por muito tempo. No mercado de cervejas,

o PET só conseguirá

competir com embalagensdescartáveis

veja

mais

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Page 9: Revista EmbalagemMarca 031 - Março 2002

lguns setores precisam de umcerto tempo para ter sua im-portância assimilada. Tome-se como exemplo a indústria

da moda, que se valorizou como nuncanos últimos anos e ganhou o status de ne-gócio candente, no qual não faltam opor-tunidades de trabalho.

Um movimento parecido, quase con-comitante, vem acontecendo com a ca-deia de rótulos e etiquetas. Como só cres-ce a conscientização do papel vital da de-coração das embalagens, pelo panoramaque sorri ao comércio de auto-serviço, oempresariado nunca valorizoutanto a forma de vestir seusprodutos.

Dentre a cantilenade argumentos querege os discursos de mar-keting, todos sabem: cada vezmais a competitividade se intensi-fica e o consumidor exige. Porisso, é preciso atrair holofotes nodesfile do varejo.

Tal necessidade vem desta-cando o papel fundamental dosfornecedores de soluções em ró-tulos. Estes, por sua vez, corrempara disponibilizar aos seusclientes sistemas com mais emais “atributos vendedores” –apelos práticos, diferenciais grá-ficos e funções promocionais. Asgôndolas, progressivamente, adquiremares de passarelas, nas quais o átimoque separa a percepção do item da com-pra efetiva deve muito, quase tudo, àempatia gerada pela indumentária doproduto.

14 – EMBALAGEMMARCA • mar 2002

É devido a isso que tudo o que cerca aprodução dos rótulos e etiquetas vem sedesenvolvendo em ritmo frenético, e asnovidades têm sido absorvidas com rapi-dez. “O mercado de rótulos se sofisticouviolentamente, com um aumento expressi-vo da demanda por soluções modernas,principalmente em filmes plásticos”, co-menta Davi de Ávila Domingues, diretorcomercial da Arconvert, fornecedora depelículas auto-adesivas. “Os usuários derótulos se abrem cada vez mais a soluçõesarrojadas, como as de caráter promo-cional”, atesta Walkiria Castro, do market-ing da convertedora Novelprint.

Ladeando o aumento da participaçãodos filmes plásticos, principal-mente os de polipropileno bi-

orientado (BOPP), também evo-luem os sistemas de impressão, mais no-

tadamente a flexografia, osequipamentos de inspeção,corte e aplicação, os adesi-vos industriais, as tintas.

A seguir, EMBALAGEM-MARCA reúne algumas das

mais recentes novida-des das empresas dosetor de rótulos e eti-

quetas. São trabalhosque revelam, na práti-ca, tendências e o que

há de mais quente parafazer seus produtos sedestacarem. Ou seja,para que eles fiquemfashion e fujam do“básico”, como ado-ram brandir os esti-listas.

rótulos

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Com queroupa eu vou?Opções para vestir a embalagem aumentam e se diversificam

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Guilherme Kamio

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mar 2002 • EMBALAGEMMARCA – 15

Provedora de soluções que buscam fugir do lugar-comum, a Novelprint vem dando ênfase à sua linhafuncional de auto-adesivos, que exercem funções adi-cionais à simples identificação. Novo integrante dessafamília, o Two Layer Label tem três páginas e é ade-quado a embalagens pequenas. Possui duas camadasadesivas. “A primeira funciona como base, e a segun-da pode receber impressão dos dois lados, tendo aindaum adesivo resselável”, explica Ana Maria Teixeira,gerente de engenharia da Novelprint.

Um produto novo no mercado a ostentar uma solu-ção da empresa é a Maizena voltada ao segmento defood service (cozinhas industriais). O amido de milhoda Unilever Bestfoods ganhou uma etiqueta auto-ade-siva Form-a-Label (rótulo-bula), em papel couché,que traz receitas. O sistema tem picotes nas lateraisque permitem o destaque sem danificar o produto, eainda recebeu uma blindagem plástica na sua frontepara evitar violações nos pontos-de-venda. A Novel-print também acaba de criar um novo lacre de seguran-

ça auto-adesivo, que ganhou a alcunha de “Fechão”.Além de lacrar o produto na loja, é resselável. Forneci-do em rolos, é aplicado automaticamente sobre uma ja-nela pré-picotada na embalagem, cujo rompimento sedá na primeira abertura.(11) 3768-4111www.novelprint.com.br

Soluções para ir além de apenas identificar

Rótulos premiados e reforço em promocionaisCom doze linhas de produção, a Pro-

desmaq, de Valinhos (SP), quer se fortale-cer no mercado de rótulos promocionais.Para tanto, a empresa instalou em novem-bro uma nova impressora digital Indigo,com tecnologia computer-to-plate (CtP), ouseja, dispensa filmes ou chapas, imprimin-do diretamente do arquivo eletrônico. Podeimprimir em até seis cores, inclusive bran-co, sobre papel ou filmes plásticos, brancosou transparentes.

Outros desenvolvimentos da Pro-desmaq com fins promocionais sãoo rótulo Double Face e um novo ró-tulo do tipo cupom (foto). Multica-madas, eles unem papéis com fil-

mes plásticos, dando maior área para a impressão de informações. “O material da superfície é fa-cilmente destacado, ficando sem o adesivo e sem prejudicar o substrato que serve como base”,diz Rosa Maria Muniz, do marketing da Prodesmaq. Dessa forma, eles podem ser utilizadoscomo um cartão ou cupom para fins promocionais.

Vale também destacar desenvolvimentos da Prodesmaq como o rótulo-alça, presente nosprodutos Quinoflox e Triazol, do laboratório Biolab, e os rótulos auto-adesivos para o fio den-tal e a solução bucal da Johnson & Johnson com o tema Harry Potter (foto). O primeiro, em pa-

pel, é impresso em flexografia, com sete cores. Já o segundo é em filme branco, em off-set, tam-bém em sete cores. (19) 3876-9300www.prodesmaq.com.br

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Destaque entre jovens e donas-de-casaOs segmentos de sodas alcoólicas e de energé-

ticos estão puxando para cima as vendas de forne-cedores de rótulos. Um deles é a Hervás. Os ró-tulos da empresa, como os fosforecentes, que bri-lham no escuro, e os de BOPP prata, confereminegável aspecto premium às bebidas. “Estes úl-timos substituem com vantagens os rótulos la-minados com base de papel”, aponta Hélio Cé-sar Alleman, gerente comercial da Hervás.“Além do ganho em aparência, pelo tom pra-teado, o BOPP resiste muito bem à umidade”,diz. O profissional salienta que a Hervás foipioneira no trabalho com esta variedade dosubstrato. Outro caso interessante da empresa,mas no segmento de home care, é o rótulo auto-

adesivo do desinfetante Pato Purific (foto),da Johnson, que contém adornos comtinta fluorescente (cores ultraviole-tas especiais). O implemento,que dá um brilho especial, fazcom que o produto “se so-

bressaia fortemente nasgôndolas”, nas palavras deAlleman. Para promoções,a Hervás possui facas espe-ciais para a confecção derótulos com formatos dife-renciados.(11) 6941-9266www.hervas.com.br

Flexibilidade e aposta em nobrezaProva de que a demanda por rótulos auto-adesivos evolui é o crescimento de

15% da Prakolar em 2001. A empresa tratou de aumentar seu parque gráfico: ad-quiriu as impressoras New Foil e Mark Andy 4150, comercializadas no país pelaGutenberg. “Nossa capacidade de produção saltará de 300 mil metros quadradospor mês para 400 mil metros quadrados”, conta Jean Chatziefstratiou, um dos di-retores da Prakolar. Com a New Foil, a empresa estará apta a entrar em novos ni-chos de mercado. Ela é indicada para pequenas tiragens, permitindo a confecçãode lacres, inclusive com holografia, rótulos promocionais e para vinhos sofistica-dos e cosméticos. Pode aplicar até seis fitas hot stamping numa mesma passada,inclusive fazendo relevo sobre a decoração a quente. Dos produtos no mercadocom rótulos da Prakolar, dois deles ganharam o XI Prêmio Fernando Pini de Ex-celência Gráfica: as etiquetas adesivas promocionais Animaniacs, fornecidas a Ar-cor, e o rótulo do Baby Clean, da Pom-Pom (foto).(11) 291-6033www.prakolar.com.br

Mais um player para a área, e globalO acirrado mercado de fornecedores de rótulos no país ganhou recentemente mais uma participante. É

a alemã Rako Etiketen, há 33 anos atuando na Europa, onde é uma das cinco maiores do setor. Lá, a em-presa possui várias divisões, cada uma dedicada a um nicho específico dentro da cadeia

de embalagem. No Brasil, o foco será direcionado às soluções em rótulos auto-ade-sivos e sleeves, acompanhado de um trabalho de desenvolvimento de merca-

do para os hologramas. Por enquanto, explica MaximilianMauser, diretor do braço nacional da Rako, os produtos se-

rão importados da matriz alemã. Mas há a intenção deabrir uma fábrica local, o que deve acontecer já em2002. “Somos reconhecidos na Europa por um contro-le de qualidade rígido e o mercado brasileiro tem umpotencial imenso a ser explorado”, diz.(11) 5051-0360www.rako.com.br

31rotulos 22/03/02 19:52 Page 16

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18 – EMBALAGEMMARCA • mar 2002

Rótulos com sangue azulA Divisão Label da Baumgarten concentra quase que totalmen-

te seus negócios na área de cosméticos, na qual atende a praticamen-te todas as grandes marcas do mercado. A empresa prioriza os rótu-los plásticos, impressos em off-set. “O rótulo é o que realmente ven-de nos segmentos de higiene pessoal e de cosméticos”, diz Germa-no Baumgarten, diretor da divisão. Além do off-set, a empresa dis-ponibiliza estações de hot-stamping, letterpress e, ainda para esteano, pretende começar a trabalhar com rotogravura.

Um dos diferenciais recentemente desenvolvidos pela empresa é ouso de tinta prata para a simulação de detalhes em hot-stamping, sendo possível che-gar a uma qualidade bem próxima ao sistema original. Outra vantagem competitiva,segundo o diretor da empresa, é o sistema de revisão dos rótulos, possível graças a dezmáquinas importadas do Canadá. Merece destaque o rótulo do xampu Seda, da Unile-ver (foto), que é exportado para outros países da América do Sul. “Estamos adquirin-do nossa quarta estação off-set da Nilpeter, para até nove cores”, comemora Germano.(47) 321-6666www.baumgarten.com.br

Flexibilidade nas tiragens e agilidadenas entregas é um binômio hoje bastanteem voga. Ele permitiu à Uniflexo ser afornecedora dos rótulos da soda alcóolicaMax Hard Soda (foto), bebida da NRGTrading que tem uma proposta interessan-te. Ela permite que os consumidores inte-rajam com o produto, enviando fotos paraestampar o rótulo auto-adesivo da bebida.“É uma aposta interessante de marketingpara os jovens, que está exigindo alguns

malabarismos de produção e de logística”,conta Cláudio Campagnola, diretor co-mercial da Uniflexo. Segundo ele, houveuma intensa pesquisa para a escolha doadesivo do rótulo, já que ele não poderiasoltar-se no contato com a água. Quemquiser informações sobre como ter umafoto sua no rótulo da bebida é só acessar osite www.maxhardsoda.com.br.(11) 4789-5946www.uniflexo.com.br

Desafio: estampar a cara do consumidor

Cobrir por inteiro também é opção crescenteNão é só no campo de auto-adesivos que crescem as opções. Os ró-

tulos termoencolhíveis, que recobrem totalmente a embalagem, estãoprogressivamente mais presentes no mercado. A Propack, uma das em-presas que fornecem este tipo de solução, sob a marca Packlabel, estáconquistando clientes em diversas áreas.

Em cosméticos, a Niasi usou os termoencolhíveis no creme de pen-tear Biorene, e a Procosa fez o mesmo com os potes dos cremes da li-nha Elsève, da L’Oréal . A linha Kolene de produtos para o cabelo, daCoper, ao migrar dos frascos com decoração serigráfica, em uma cor,para termoencolhíveis com quatro cores, “ganharam a percepção deuma categoria mais elevada”, diz Roberto Brandão, do marketing daPropack. Em bebidas, o segmento Ice (sodas alcoólicas) também estáaderindo aos termoencolhíveis. Entre estes produtos, destaque para oIce Jazz, primeiro no segmento em lata de alumínio. Já em alimentos,merece lembrança o achocolatado Garotada, da garoto.(11) 4781-1700www.propack.com.br

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31rotulos 22/03/02 19:52 Page 18

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esmo tendo perdido espaço nomercado de bebidas e não pos-suindo a mesma atratividadeeconômica que as irmãs feitas

de alumínio quando o assunto é re-ciclagem, as latas de aço não es-tão jogadas à própria sorte. Elasacabam de ganhar um moder-no centro de reciclagem emMaracanaú, região da Gran-de Fortaleza (CE), o Recicla-ço. Trata-se de uma iniciativa daCompanhia Metalic do Nordeste, principalfabricante nacional de latas de aço de duaspeças (corpo e tampa) para bebidas, apoia-da por sua fornecedora de matéria-prima, aCompanhia Siderúrgica Nacional (CSN).

O projeto, sem fins lucrativos, prometeaumentar os índices de reciclagem das em-balagens metálicas no país, que, aliás, jávêm crescendo nos últimos tempos (vejagráfico abaixo). Já neste primeiro ano, aMetalic vislumbra coletar 73% das latasdistribuídas em todo o país. Apostandonisso, a Reciclaço fechou parcerias com su-cateiros de 15 cidades de oito estados doNorte, Nordeste e Centro-Oeste. No Nor-

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deste, por exemplo, boa parte da sucata re-colhida irá para a Gerdau, que depois repas-sará o material reciclado a siderúrgicas não-integradas. De início, a Reciclaço terá umposto de coleta próprio em Fortaleza, expe-riência que poderá se estender futuramentea outros centros urbanos.

Movimentação da empre-sa em busca de maneiras de po-

tencializar sua atuação é o quenão falta. Já está em curso o progra-

ma de troca de embalagens “Reciclou,Ganhou!”, uma parceria com a

Coca-Cola. Estão previstos paraeste ano, entre outros, o “Barracasde Praia”, projeto piloto para osquiosques das praias de Fortale-za, e o programa “Hotéis e Res-

taurantes”, para o recolhimento se-manal de embalagens nesses estabelecimen-tos. Para assegurar o sucesso na empreitada,a Metalic também pretende investir anual-mente um milhão de reais em campanhaspublicitárias. Além de ressaltar a atuação daempresa, as peças buscarão comunicar for-temente que o aço é reciclável.

Metalicinaugura centro de reciclagem de embalagens

metálicas

reciclagem

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Aço, tambémretornável

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OPrograma extensoAlém de apoiar a Reciclaço, a CompanhiaSiderúrgica Nacional (CSN) irá iniciar em2002 um extenso programa de reciclagem.De acordo com anúncio da empresa, serãodesenvolvidos neste ano ações e projetosde conscientização ambiental e de coletaseletiva, além de promoções, parcerias eeventos. Uma delas já está em curso: umapromoção inédita em parceria com a redede supermercados Sendas, na qual o con-sumidor ganha prêmios ao comprar pro-dutos embalados em aço e na devoluçãodos recipientes. A promoção é a consoli-dação de um programa de colocação demáquinas para coleta de embalagens deaço em hipermercados.

Latas que voltamÍndice de coleta das latas de

aço no país vem subindo

2000

27%

41% 51%

2001 2002** ATÉ JANEIRO

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O mascote daReciclaço

Cia. Metalic do Nordeste(85) 299-7300

31aço 18/03/02 14:42 Page 20

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ão fosse ilegal e imoral, a in-dústria da contrafação estariacom tudo. Afinal, ela temprosperado como poucas ao

redor do mundo, despejando no mercadoclones das mais diversas marcas, de com-modities a produtos de alto valor agrega-do. A bonança dessa atividade, contudo,promete sofrer sérios baques. Novas tec-nologias antifalsificações estão surgindo,várias delas desenvolvidas pela indústriade embalagem. Entre as mais recentes,uma que merece destaque é a da fabrican-te sueca de papéis Iggesund, especializa-da em estruturas para embalagens.

A empresa criou uma linha de papel-cartão com uma espécie de marca d’água,visível a olho nu ou quando exposta à luzultravioleta. Dessa forma, é possívelidentificar o papel utilizado na embala-gem, tornando os produtos falsos facil-mente detectáveis. “Não é possível repro-duzir esta marca em gráficas ou atravésde outras tecnologias de conversão”, dizPhilippe Letzelter, diretor do Centro deDesenvolvimento de Papel da Iggesund.A proteção oferecida pela empresa é inte-grada ao processo normal de produção domaterial, o que a diferencia de outras so-luções atualmente em aperfeiçoamento.“Há basicamente duas correntes sendoseguidas para proteger os papéis de em-balagem”, explica Letzelter. São o uso defibras importadas na produção ou a inte-gração de circuitos eletrônicos à matéria-prima ou à embalagem. “Ambos os ca-sos, porém, resultam em custos maioresque os do nosso método, já que nenhumaditivo é utilizado”, ressalta.

O papel cartão de segurança deve es-tar disponível ao mercado em breve, atra-vés de projetos customizados para cadacliente. A notícia é alentadora para osmais distintos segmentos. Um dos clien-

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segurança

N

La garantia soy yoContra a pirataria, empresa lança papel cartão com marca d’água

Como exame de DNAAlém do papel cartão de segurança, a Igge-sund Paperboard tem outras ferramentaspara os clientes com problemas com falsifi-cações. Uma delas é o Near Infrared Spec-troscopy, ou NIR, que analisa papéis e iden-tifica seu fabricante. “É como checar im-pressões digitais”, diz o diretor PhilippeLetzelter. Se a análise de determinado papelconsta no banco de dados da empresa, épossível acusar seu fabricante com 100%de certeza. “Há outros métodos para identi-ficar a procedência de papéis cartão, masnenhum com a mesma eficácia e rapidez”,argumenta o executivo da Iggesund. Assim,segundo ele, é possível ajudar os clientes aidentificar quem fornece o material usadopara embalar produtos falsos.

Marca d’água pode ser visívela olho nu ou somente emexposição à luz UV

Iggesund Paperboardwww.iggesundpaperboard.com

tes em potencial da invenção da empresasueca é a indústria de cigarros, em polvo-rosa devido a um mercado paralelo que jámovimenta algo em torno de 50 bilhõesde dólares anuais. Calcula-se que, na Chi-na, de cada oito carteiras de cigarro ven-didas, uma é falsa. O prejuízo, para a in-felicidade dos detentores das marcas, ébem verdadeiro.

31segurança 19/03/02 14:31 Page 24

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mar 2002 • EMBALAGEMMARCA – 24

os mais diferentes setores, o apelode negócios das soluções ecologi-camente amigáveis tem se tornadocada vez mais notório. Ainda que

caminhando no vácuo do que países desenvolvi-dos já conquistaram há bem mais tempo em ter-mos de avanços ambientais, o Brasil é cenáriode um número crescente de casos que demons-tram que o negócio “verde” também pode irmuito bem por aqui.

Indústria gráfica especializada em acabamen-tos especiais, a UV Pack é um exemplo compro-batório dessa tendência. A empresa está oferecen-do acetato de celulose como solução alternativaao polipropileno orientado (OPP) para processosde laminação de impressão. Feito a partir de pol-pa de celulose de madeira, o filme de acetato decelulose pode ser laminado em embalagens depapel cartão, permitindo a impressão das mais di-ferentes decorações e logotipos.

A vantagem em relação ao OPP é a velocida-de de biodegradação, que chega à metade da ob-tida com papel editorial, por exemplo. Além dis-so, sua principal matéria prima, as florestas, é re-novável, enquanto o OPP é produzido a partir degás propano, substância cujo caráter finito das re-servas já é tido como fonte de preocupação paraa indústria petroquímica mundial.

Conhecida por criativas soluções gráficas,como a impressão raspe-e-cheire, oferecida emmais de 70 aromas, além de uma não menosvasta linha de hologramas animados, que podeser aplicada com hot stamping, a UV Packadquiriu novos equipamentos de laminação,pensando principalmente no acetato de celulose.Fornecidas pela fabricante alemã Steuer, as má-quinas são avaliadas em 400 mil dólares, o queprova que a crescente preferência dos consumi-dores por produtos menos ofensivos ao ambien-te já faz empresas vislumbrarem um novo e pro-missor campo de atuação.

UV Packwww.uvpackacabamentos.com.br(11) 3641-1055

materiais

N

Opção verdeAcetato de celulose ganha do OPPquando o assunto é ambiente

31uvpack 22/03/02 20:09 Page 24

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e nos dias de hoje a páscoa nãoé plenamente lembrada comosímbolo de renovação, nasci-mento e vida, ela ao menos se

consolidou como a segunda data em fatura-mento no calendário dos supermercadosbrasileiros, atrás apenas do natal. Para osfabricantes de chocolate, sua importância éainda mais explícita, como comprova ameta do setor de vender mais de 20 milhõesde ovos esse ano.

Tal magnitude dinamizou o marketingbrasileiro de ovos de chocolate há muitotempo, num processo em que embalagensinovadoras tornaram-se fundamentais paraa estratégia de vendas das principais mar-cas. E nesse ano, parece que toda essa tra-dição criativa voltou-se para o públicoinfantil, não por acaso um dos maiores con-sumidores da indústria de chocolate.

Não se trata de tática inédita, até porqueos fabricantes de chocolate estão entre osprimeiros que se beneficiaram da força depersuasão das crianças numa ida ao super-mercado. Todavia, se em outros anos as no-vidades eram produtos que exploravam oapelo de reutilização de suas embalagens,nessa páscoa os fabricantes mostraran-se

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mais atentos ao fato de que o chocolate é umdos grandes desejos de consumo da criança-da, depois somente de suas bonecas e bolas.

Janelas transparentesAssim, explorar o fetiche natural das crian-ças por brinquedos e a representação lúdicado chocolate é a grande jogada das embala-gens de ovos e colombas dessa páscoa.Além do já consagrado licenciamento depersonagens infantis, algumas empresas op-taram para isso por alternativas aos tradicio-nais filmes laminados como material dasembalagens de ovos de chocolate.

É o caso da Bauducco, que esse ano dei-xou os brindes de seus ovos à vista dos con-sumidores mirins. Os dois principais produ-tos da linha Bauducco Kids, o Kit Barbie eo Kit M&M’s, serão vendidos em caixas depapel cartão, dotadas de ampla janela plásti-ca transparente. Com bem acabada impres-são, da Brasilgráfica, a embalagem permitea visualização de todo seu conteúdo. Alémdo ovo de 210g, há uma maleta com itens depapelaria, no Kit Barbie, e uma mini tabelade basquete com a respectiva bola, no paco-te M&M’s.

páscoa

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Lucro divertidoEmbalagens de ovos e colombas destacam temas infantis nesse ano

Bauducco preferiu diversificar. Àesquerda, latas com decoração de

outono. Ao lado e abaixo, kits infantis

FO

TO

S:

DIV

ULG

ÃO

Bauduccowww.bauducco.com.br0800-118357

Brasilgráficawww.brasilgrafica.com.br(11) 4191-4422

Cromuswww.cromus.com.br(11) 273-5600

Hersheysww.hersheys.com.br0800 70 777 82

Nestléwww.nestle.com.br0800-7702411

OZ Designwww.ozdesign.com.br(11) 5506-2177

Shellmarwww.shellmar.com.br(11) 4128-5245

31páscoa 18/03/02 16:14 Page 26

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Para a colomba pascal a estratégia daBauducco foi outra. Febre entre a garotadapós-Pokémon, as Meninas Superpoderosas,desenho animado exibido no Brasil há trêsanos, são tema da linha infantil do produto.Elas aparecem tanto nas embalagens de pa-pel cartão, também da Brasilgráfica, quan-to nas já tradicionais latas, redondas e oita-vadas, fornecidas pela Tapon Corona. Osadultos não foram renegados. As latas tam-bém são decoradas com garbosas ilustra-ções de outono, estação em que se come-mora a páscoa no Brasil. O belo design é daagência BrandGroup.

Flexíveis sempreObviamente, nenhuma marca deixou a tra-dição dos laminados e dos filmes flexíveisde polipropileno bi-orientado (BOPP) delado. Aliás, ao longo dos anos, essa foi umadas oportunidades que contribuíram paraque empresas como a convertedora Shell-mar estejam hoje entre os maiores pla-yers do mercado brasileiro de embalagem.

Além de fornecer filmes flexíveis aca-bados para a própria Bauducco, a Shellmartem na carteira de clientes dessa páscoa no-mes como a Neugebauer e a Parmalat, quecomemora o segundo ano de atuação diretana páscoa brasileira.

Sem destoar das tendências, a Parmalatfocou boa parte de sua estratégia com ovosde chocolate no público infantil, estenden-

do a esses produtos as campanhas “O me-lhor de A a Z” e “Turma Parmalat”, já usa-das há algum tempo na linha de lácteos.

No caso da Neugebauer, fabricante gaú-cha que em 1998 foi comprada pela própriaParmalat, o layout das embalagens de pás-coa foi alvo de intenso rejuvenescimentoesse ano, numa empreitada de fôlego daagência OZ Design. O destaque, além doovo Stikadinho, que replica na páscoa o su-cesso das estreitas barrinhas de chocolaterecheadas com morango e caramelo, ficapara os produtos decorados com persona-gens do desenho animado Os Anjinhos, cu-jos direitos foram negociados com o canalinfantil por assinatura Nickelodeon.

Outro canal que, mesmo sem relaçãocom nenhuma TV a cabo, exige inventivi-dade dos criadores de embalagens de pás-coa é o dos pequenos fabricantes e dos pro-dutores caseiros de ovos de chocolate. Háquem acredite que, pela expansão do nú-

mero de pessoas que encontram na ativi-dade uma segura fonte de renda, hoje aprodução caseira responderia por um quar-to do total faturado na páscoa brasileira.

Acalentando a idéia de que esse índice éainda maior, a Cromus, especializada empapéis especiais, desenvolveu uma aprazí-vel linha de páscoa para produtores casei-ros, que conta com soluções como embala-gens em forma de coelhos, sofisticadosporta-candies, além de vastas opções empapéis metalizados.

Aos catálogos da linha de produtos, aempresa anexa receitas de ovos caseiros. Oestímulo aos empreendedores de plantãovem dando resultado. Fundada há apenasoito anos, a Cromus espera vender 300 to-neladas de embalagens nessa páscoa, emmais um exemplo de que a data tem impor-tância irreversível na cadeia brasileira deembalagem.

Mercado de chocolate nãoescapa das fusõesEm paralelo ao direcionamentodas principais marcas ao públi-co infantil, a páscoa desse anotambém se notabilizou por agili-zar negócios bastante aguarda-dos no mercado de chocolates,como a compra da Garoto pelaNestlé e a entrada definitiva dagigante americana Hershey’s noBrasil.No primeiro caso, a curiosidadeé que, até ser adquirida pela em-presa suíça, a Garoto era a únicafabricante brasileira de chocola-tes com capital 100% nacional.Com o negócio, a empresa capi-

xaba, que faturou 450 milhõesde dólares ano passado, torna-se peça importante na estratégialatino-americana da Nestlé parao mercado de chocolates.Tendo tido bons resultados noano passado, quando lançouovos com imagens da duplaSandy e Junior, a Hershey’s vêna páscoa 2002 o momento per-feito para divulgar mais intensa-mente a compra da Visconti,cuja linha de ovos 2002 exploranas embalagens a reedição dasérie global O Sítio do PicapauAmarelo.

Cromus quer vender 300 toneladasde embalagens artesanais

Neugebauer (acima),e Turma Parmalat:foco nos consumi-

dores mirins

31páscoa 18/03/02 16:14 Page 27

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“amiga” Fanta, terceiro refri-gerante mais vendido nopaís, segundo dados Nielsen,e uma das marcas de maior

recall no segmento, entra em 2002 ino-vando. Sua dona, a Coca-Cola, resol-veu fazer experiências com a chancela.Agora, além da Fanta tradicional, daversão diet e da amada ou odiada FantaUva, estão surgindo a Fanta Uva Diet eos sabores Maçã e Citrus, exclusivosdo Brasil e escolhidos através depesquisas junto ao consumidor.

Para marcar a nova fase, a Coca-Cola decidiu mudar as embalagens deFanta no país, para diferenciar de modoclaro as agora seis versões e reforçar amarca junto ao seu principal público, oadolescente. Coube à agência McCann-Erickson esse trabalho de adaptaçãovisual.

Nada foi mexido no logotipo, mashouve a adição de texturas no plano defundo dos rótulos e das embalagens,como splashes e hachuras. Alia-se aisto novas cores, que dão a sensação devibração. “São cores incomuns no mer-cado”, diz Luiz Londres, diretor de arteque tocou o projeto. Longos testes com

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os fornecedores das latas e rótulos per-mitiram a obtenção do efeito desejado.

Cada versão traz jogos de matizes.“Esse contraste leva à percepção de quea variação mais escura das cores repre-senta a casca da fruta, enquanto a partemais clara simboliza o sumo”, explicaLondres. Ícones de frutas também fo-ram desenhados para diferenciar os sa-bores.

Além das embalagens, a McCann-Erickson também criou comerciais paraa televisão e um amplo material de pro-moção para pontos-de-venda. Tudo paraalertar os consumidores das mudanças.Afinal, amiga é pra essas coisas.

bebidas

A

Novas amigasCom chancela ampliada, Fanta ganha apresentação mais jovem

McCann-Erickson(21) 2559-2500www.mccann.com.br

Profusão de cores nanova fase de Fanta; nocentro, os novos sabores

FO

TO

S:

DIV

ULG

ÃO

Chega o guaraná ianqueOutra novidade no mercado nacional de refrigerantes é achegada do Mountain Dew, da Pepsi, que faz um sucessotremendo nos Estados Unidos. Lá, ele é a terceira marcamais vendida, só perdendo para a Coca-Cola e para a pró-pria Pepsi. A bebida, de extravagante cor neon, apostanum sabor cítrico exclusivo e em sua baixa carbonatação– por ter pouco gás, pode ser bebido em grande quantida-de, o que o torna ideal para matar a sede. Por isso, o mar-keting do produto o relaciona a esportes de aventura. OMountain Dew brasileiro será produzido, comercializado edistribuído pela AmBev, em latas de alumínio da CrownCork e em garrafas de PET de 600ml da Plastipak, comtampa da Crown Cork e rótulo da Vetorpel.

31fanta 18/03/02 15:23 Page 28

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adhesives technology adhesives technology adhesives technology adhesives technology adhesives technology adheechnology adhesives technology adhesives technology adhesives technology adhesives technology adhesives technadhesives technology adhesives technology adhesives technology adhesives technology adhesives technology adheechnology adhesives technology adhesives technology adhesives technology adhesives technology adhesives technadhesives technology adhesives technology adhesives technology adhesives technology adhesives technology adheechnology adhesives technology adhesives technology adhesives technology adhesives technology adhesives technadhesives technology adhesives technology adhesives technology adhesives technology adhesives technology adheechnology adhesives technology adhesives technology adhesives technology adhesives technology adhesives technadhesives technology adhesives technology adhesives technology adhesives technology adhesives technology adheechnology adhesives technology adhesives technology adhesives technology adhesives technology adhesives technadhesives technology adhesives technology adhesives technology adhesives technology adhesives technology adheechnology adhesives technology adhesives technology adhesives technology adhesives technology adhesives technadhesives technology adhesives technology adhesives technology adhesives technology adhesives technology adheechnology adhesives technology adhesives technology adhesives technology adhesives technology adhesives technadhesives technology adhesives technology adhesives technology adhesives technology adhesives technology adheechnology adhesives technology adhesives technology adhesives technology adhesives technology adhesives technadhesives technology adhesives technology adhesives technology adhesives technology adhesives technology adheechnology adhesives technology adhesives technology adhesives technology adhesives technology adhesives technadhesives technology adhesives technology adhesives technology adhesives technology adhesives technology adheechnology adhesives technology adhesives technology adhesives technology adhesives technology adhesives technadhesives technology adhesives technology adhesives technology adhesives technology adhesives technology adhe

power work@@

ADESIVOS E SELANTES

Quatro de cada dez embalagens vendidas

hoje na América Latina são laminadas com os

adesivos da Rohm and Haas.

Isto porque a Rohm and Haas está preparada para atender

aos desafios apresentados pela indústria de embalagens.

Temos uma incomparável linha de produtos—adesivos,

“primers”, resinas extrudáveis, vernizes de sobre-impressão,

produtos para selagem a frio e a quente—muito ampla

e diversificada. Nosso domínio em poliuretano, poliéster,

acrílico, laminação com produto base água, base solvente,

sem solvente e outras tecnologias inovadoras é destacado.

A recente expansão da fábrica no México e a inauguração

de nossa fábrica no Brasil, nos coloca em posição de

fornecedor de soluções completas para embalagens na

América Latina. Hoje…e no futuro…consulte a Rohm and

Haas para suas necessidades de adesivos.

Email: [email protected]

ou consulte www.rohmhaas.com/AdhesivesSealants

9239 Embalagem Marca.qxd 18/03/02 16:08 Page 1

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feito direto da economia globa-lizada, as megafusões marca-ram o cenário corporativo nadécada de 90, quando ficou

claro que, para permanecer competitivas,muitas empresas precisavam comprar pa-péis de suas concorrentes, ou mesmo ce-der ao assédio de players interessados emseus próprios ativos.

Porém, esse período também mostrouque a união de forças não dependia apenasde negociações acionárias. Em algumasocasiões, tão importante quanto ter partici-pação em outras empresas era traçar estra-tégias de colaboração mútua, numa táticaconhecida como joint venture.

Hoje, poucos mercados conseguemexemplificar com tanta fidelidade o signifi-cado dessa expressão quanto o setor dechás gelados. Para quem desacredita suaimportância econômica, é bom lembrarque, com uma movimentação que já alcan-ça 80 milhões de litros por ano só no Bra-sil, trata-se da área com o segundo melhoríndice de crescimento dentro do segmentode bebidas não-alcoólicas (12% ao ano, sómenor que o mercado de águas minerais).

30 – EMBALAGEMMARCA • mar 2002

Nestea x LiptonAo acirrar a disputa entre a AmBev e aCoca-Cola, que já se enfrentam nas gôndo-las de todo o país com as marcas Lipton IceTea e Nestea, respectivamente, esse nadapacato segmento tem sido cenário de pesa-dos investimentos em embalagem, muitosdos quais frutos de parcerias e acordos decooperação antes inimagináveis.

A rixa entre a Coca-Cola e a AmBev, porexemplo, se acentuou com o anúncio daentrada em campo de um reforço de peso.É nada mais que a gigante dos alimentosNestlé, que, defendendo a trincheira daCoca-Cola, a princípio irá atuar unicamen-te no mercado de chás gelados, com amarca Nestea.

A parceria é fruto do Beverage PartnersWorldwilde, acordo mundial firmado entrea Coca-Cola e a empresa suíça no ano pas-sado, no qual as duas uniram forças para de-linear uma estratégia global de atuação nomercado de bebidas não-alcoólicas.

Além de chá pronto para beber, o Nesteapode ser classificado como a arma da Coca-Cola para combater a marca pioneira dosegmento – a Lipton Ice Tea, que no Brasilé fabricada e distribuída pela AmBev.

A briga promete porque, mundialmen-te, a chancela Lipton Ice Tea é proprieda-de da PepsiCo (outro grande “desafeto” daCoca-Cola). No Brasil, o Nestea quer ter,em três anos, 30% do mercado de chásprontos para beber. Hoje, o Lipton Ice Teadetém 45% do setor, seguido pela marcagaúcha Leão Júnior, dona de 39%, e pelaParmalat, com 12% de share.

Em meio a essa beligerante paisagem,uma tendência tem se diluído tanto quan-to a infusão das ervas que origina o chá:embalagens desenvolvidas com preocu-pação funcional e esmero estético tendema se fortalecer como um critério de esco-

chás gelados

E

Amadorismo sem vezMovimentado pela disputa entre AmBev e Coca-Cola, mercado dechá pronto para beber só quer embalagens feitas como se deve

FO

TO

S:

DIV

ULG

ÃO

Decoração das latasdo Nestea foi feita

pela OZ Design

31chás gelados 18/03/02 15:09 Page 30

Page 21: Revista EmbalagemMarca 031 - Março 2002

mar 2002 • EMBALAGEMMARCA – 31

AmBevwww.ambev.com.br0800-8858000

Coca-Colawww.cocacola.com.br0800-9756001

IRB – Indústrias Reunidas deBebidas Tatuzinho – 3Fazendas(11) 263-1411

Latasawww.latasa.com.br(21) 3231-3300

OZ Designwww.ozdesign.com.br(11) 5506-2177

Sig Combibloc www.sigcombibloc.com.br(11) 3168-4029

lha dos consumidores.Isso indica que os simplórios copos de

polipropileno (PP) que se disseminaram nomercado de chá gelado – cuja pobre im-pressão chega a se desprender de suas su-perfícies mediante o simples contato comágua gelada; ou cujos desleixados e irritan-tes fechamentos de alumínio fazem o con-sumidor suplicar, quando não se ferir, nahora de abrir o produto – só terão um signi-ficado daqui por diante. Prejuízo.

Prova maior dessa teoria é a preocupa-ção na praticidade e no visual, grande motena estratégia de boa parte dos fabricantes,não apenas os líderes.

Controlada pelas Indústrias Reunidasde Bebidas Tatuzinho – 3 Fazendas(IRB), fabricante da cachaça Velho Bar-reiro, a marca First One, lançada origi-nalmente no mercado de sodas alcoóli-cas, conta com um produto posicionadono segmento de chás prontos para beber,que vem em charmosa embalagem.

É a linha gaseificada First One Ice Tea,vendida em garrafas PET de 330ml, da Po-lipet, que apresentam um design cujaintenção é evocar as formas do corpo femi-nino – o que se consegue, sendo generoso,com certo sucesso. Talvez melhor que oshape seja a roupa: bonitos rótulos auto-adesivos com acabamento metalizado, for-necidos pela Hervás.

O Nestea não fica atrás. Para criar aconcepção gráfica dos produtos, a Coca-Cola contatou a agência OZ Design. O let-tering do logotipo lembra um pouco o utili-zado mundialmente pela marca Nestlé.Mas há distinções, como um pequeno ramode ervas que, postado acima da palavraNestea, deixa claro que categoria a marcarepresenta.

Ilustrações de gelo estilizado tambémsão presença marcante na embalagem, re-forçando o caráter refrescante da bebida,que será vendida, além dos tradicionais sa-bores pêssego e limão, nas versões Mara-cujá e Tangerina. A princípio, o Nestea sóserá envasado em latas de alumínio, daLatasa, mas, segundo a Coca-Cola, a idéiaé lançar a novidade também em garrafaPET, ainda esse ano.

Toque da UnileverO case de embalagens do Ice Tea tambémé emblemático da exigência por embala-gens bem feitas, que tomou conta do mer-cado de chás gelados na esteira da dispu-ta entre a Coca-Cola e a AmBev. Cienteda iminente chegada da Nestea no Brasil,a Unilever, que por aqui cuida da marca(foi ela quem fechou, em 1997, a jointventure com a AmBev) anunciou em de-zembro do ano passado uma reformula-ção total nas embalagens dos chás prontospara beber da PepsiCo.

Além de novos layouts, logotipos e co-res, a ação, levada a cabo world-wide, in-cluiu uma linha exclusiva de embalagenscartonadas. Com tampas especiais que con-trolam o fluxo de saída da bebida e permi-tem que o produto seja fechado mesmoapós o rompimento do lacre de segurança,as embalagens foram fornecidas pela SIGCombibloc, principal concorrente da TetraPak no mundo.

É inegável que a lata de alumínio vemconquistando o posto de embalagem líderdo mercado de chás gelados e a Latasa é agrande fornecedora das principais marcasno Brasil. Contudo, inovações como assensatas tampas das caixinhas celulósicasmulticamadas, ou mesmo as garrafas PET eseus atraentes rótulos, mostram que o setorresguarda um pique de investimento e ino-vação que ainda pode dar o que falar.

Além de latas, Lipton é vendido em cartonadas assépticas, fornecidas pela SIG Combibloc

Ice Tea, da IRB:rótulos atraentes edesign que evocao corpo feminino

31chás gelados 18/03/02 15:10 Page 31

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ão constitui novidade a idéiade que a gôndola de um super-mercado é o local onde marcasconsolidadas põem em prática

sua principal prerrogativa, que é fisgar oconsumidor indeciso entre produtos con-correntes. É também na gôndola que aembalagem, espécie de display ambulan-te de todas as marcas, deve fazer jus à al-cunha de vendedora silenciosa, e assimaumentar os lucros.

Mesmo sem desconsiderar esses dita-mes do marketing de consumo, não hácomo negar que é na casa do consumidor, enão apenas no ponto-de-venda, que tantomarcas quanto embalagens realmente efi-cazes constróem imagens positivas para oproduto que representam e contêm.

32 – EMBALAGEMMARCA • mar 2002

No mercado alimentício, essa tese podeser facilmente comprovada. Tendo umaapresentação chamativa ou mesmo umautilidade inesperada, as embalagens de ali-mentos podem se transformar em ver-dadeiros utensílios domésticos, tanto namesa de refeições, como na cozinha dosconsumidores.

É um detalhe que, explorado com pers-picácia, já está se mostrando interessantepara muitas empresas, como demonstra omercado de condimentos, temperos e outrasespeciarias industrializadas.

Ao proporcionar facilidades para tare-fas cotidianas de seus consumidores, algu-mas marcas desse setor têm conseguido sevalorizar de maneira às vezes inestimável.Fundada na década de 30, a Linguanotto,

making of

N

Funcionalidadeposta à mesaSó com parceiros nacionais, Linguanotto lança linha de temperossecos em embalagem que dispensa moedor

FO

TO

S:

ST

UD

IO A

G

Além de práticas,novas embalagens

da Linguanotto preconizam

visual elegante

31making of 20/03/02 10:44 Page 32

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mar 2002 • EMBALAGEMMARCA – 33

hoje com um portfólio de mais de200 produtos, está entre as empre-sas mais lembradas do mercadobrasileiro de ervas e especiarias.Tal resultado pode ser atribuído emgrande parte a uma constante estra-tégia de reformulação de embala-gens, cujo resultado mais recentesão práticas tampas plásticas, queservem também de moedores emuma das linhas de temperos secosda empresa.

Novo no Brasil, esse tipo de so-lução de embalagem é sucesso nosEstados Unidos, país onde as pi-mentas secas detêm mercado quasetão extenso quanto o de molhos depimenta, há anos. Por isso, seria na-tural supor que a Linguanotto recor-reu a fornecedores estrangeiros para o pro-jeto da tampa-moedor.

Desafio a maisPorém, mesmo adotada depois da empresater sido adquirida pela Effem (subsidiáriabrasileira do grupo americano Mars, donode marcas como Uncle Ben’s, M&M’s eWhiskas) a engenhosidade foi desenvolvi-da apenas por parceiros nacionais, numarede de fornecedores que envolveu seisempresas.

Os frascos, por exemplo, são daVidraria Anchieta. O tradicional formatocilíndrico foi substituído por outro queprivilegia ângulos retos. Essa alteraçãolançou um desafio a mais aos envolvidosno projeto da embalagem multifuncionalda Linguanotto. Afinal, todos os itens tive-ram que ser adaptados, a começar pela ve-dete do conjunto.

Fornecida pela EFC e dotada de três pe-ças, a tampa-moedor precisou ser produzi-da a partir de uma resina especial, chama-da de Cyco Gel. Produzida pela Bayer emuma de suas unidades alemãs, a Cyco Gelé o único insumo importado na nova emba-lagem da Linguanotto.

“Trata-se de um material de grande du-rabilidade, o único que resolveu o proble-ma do alto desgaste da peça responsávelpela moagem dos alimentos”, conta Edil-son Alberto, diretor da EFC. Para chegar aessa escolha, ele diz, foram desenvolvidos

inúmeros mockups. E só com a en-trada do material da Bayer os tes-tes de resistência foram satisfató-rios.

Depois de definidos os detalhesde produção da tampa, veio o tra-balho de adaptação dos outrositens da embalagem. Os própriosfrascos precisaram ser revistos. Se-gundo explica Nizio Baretta Jr.,gerente de produto da Vidraria An-chieta, além de pequenos ajustesestruturais, foi projetada uma míni-ma cavidade em suas bases, paraque eles se encaixassem numa dassaliências da tampa, no momentoem que o produto é empilhado.

“A idéia é facilitar tanto a expo-sição no ponto-de-venda, como o

transporte”, justifica Baretta, acrescentan-do que a forma dos frascos foi adotadacom semelhantes pretensões.

No caso dos rótulos, o formato quadra-do dos frascos também impôs alteraçõesao projeto inicial das novas embalagens daLinguanotto, como informa Sergio Macha-do, gerente de desenvolvimento da BigMark, fabricante de etiquetas e rótulosauto-adesivos que atuou nesse case. Elediz que, para eliminar problemas como bo-lhas e rugosidade, foram projetados rótulospróprios para serem aplicados por umequipamento da Bauch & Campos, que aLinguanotto já utilizava em outras embala-gens. “Os resultados têm sido excelentes”,celebra Machado.

Produzido em papel couché com gra-matura de 190g/m2, o novo rótulo é forma-do por uma única peça, que cobre três pa-redes, das quatro que o frasco possui. Suaimpressão, feita em seis cores, recebe umacabamento com verniz UV. O layout e alogotipia ficaram a cargo da agênciaBC&H Design, de São Paulo.

Com uma peculiar tecnologia de em-balagens, os novos produtos da Lingua-notto trazem à luz, ou melhor, às gôndo-las, nova prova de que já há empresascom uma visão clara de que apenas asoma de expertise e inventividade é capazde levar à construção de marcas respeita-das também pela beleza e funcionalidadeque suscitam.

Formato ergonômicoe resina especial

da Bayer

Frascos redondos foram

substituídos para facilitartransporte eexposição

no PDV

BC&H Design(11) 3255-1166

Big [email protected](11) 6341-6500

EFC(11) 6967-2455

[email protected] 514189

Vidraria Anchietawww.vidrariaanchieta.com.br(11) 6101-0666

31making of 20/03/02 10:44 Page 33

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34 – EMBALAGEMMARCA • mar 2002

Comida em alumínio...A Alcan anunciou estar apta a for-necer matéria-prima para a pro-dução de embalagens de alumíniopara alimentos. Até junho deve-rão chegar ao mercado os primei-ros produtos nessas embalagens:pescados e comidas para animais.

...Também para gringo verA intenção é usar o Brasil comobase para abastecer os demaismercados da América do Sul e ex-portar para a América do Norte. Osegmento de latas para alimentosconsumiu 16 bilhões de unidadesde aço no ano passado

Nova certificaçãoA Companhia Metalúrgica Pradaacaba de obter a certificação ISO9001:2000. Ela atualiza a ISO9002:94, atualmente cumprida poralguns fabricantes de embala-gens, e deve ser implantada atédezembro de 2003.

ReforçosAs designers Lilian Chiofolo, ex-Mazz Design, Tatiana Valiengo,ex-Brand Group, e Paula Giovanasão os reforços da recém-abertaagência 100% Design.

Sem sobrasA Federação das Indústrias de SãoPaulo vai lançar em abril uma bol-sa de resíduos industriais na in-ternet, disponibilizando produtoscom potencial de comercializaçãopara empresários de todo o país.Informações emwww.fiesp.org.br.

Chefe novo na ABALJoão Beltran Martins é o novopresidente da Associação Brasilei-ra do Alumínio (ABAL), para o biê-nio 2002-2003. O executivo, tam-bém presidente da Alcan, foi elei-to por unanimidade.

Krones de cara nova na webGrande fornecedora de equipamen-tos para linhas de embalagem, aKrones acaba de lançar a sua novapágina na internet. No site, clientes,fornecedores, jornalistas e todos osinteressados poderão encontrar in-formações sobre a empresa de for-ma rápida e fácil, com navegaçãootimizada. O site da Krones mostrao surgimento da empresa na Alema-nha, a chegada ao Brasil e o atualperfil da multinacional. Há uma gran-de amostragem de produtos da Kro-

nes, links interessantes e uma linhade contato com os principais execu-tivos da empresa.www.krones.com.br

SUPER COMPANHIA EM CELULÓSICAS

MeadWestvaco Corporation. Esse é o

nome da mega-empresa resultante da

fusão entre as americanas Mead e

Westvaco, oficialmente confirmada

após a aprovação dos acionistas de

ambas as companhias no fim de janei-

ro. A MeadWestvaco terá aproximada-

mente 8 bilhões de dólares em receita

anual em seus quatro principais negó-

cios – embalagens, papéis revestidos

e especiais, produtos ao consumidor

Injeção de novidade para medicamentosA Schemco está lançando sua linha deembalagens plásticas injetadas para aárea médica. Ela compreende tampaspara cremes, tubos, microtubos e medi-camentos e ainda caixinhas especiaispara projetos científicos. Os produtos

e de escritório e produtos químicos

especiais. No Brasil, a Rigesa Celulo-

se, Papel e Embalagens é subsidiária

da Westvaco, possuindo duas fábricas

de papel, quatro de embalagens de pa-

pelão ondulado, duas de embalagens

de papel-cartão, 48 mil hectares de ter-

ras plantadas e dezoito escritórios de

vendas. A Mead também atua forte no

país com suas soluções em multi-

packs, principalmente para bebidas.

são montados em salas limpas, com tem-peratura e pressão controladas e aindaesterilizados por radiação. A Schemcoavisa que está aberta ao desenvolvimen-to de novos produtos sob encomenda.(11) 5522-6767 • www.schemco.com.br

31panorama 18/03/02 15:33 Page 34

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36 – EMBALAGEMMARCA • mar 2002

ÚNICA CREDENCIADA EM PET COM PLASMAImportante acordo comercial fechado:

a fabricante de embalagens plásticas

Plastipak agora detém os direitos ex-

clusivos de utilização da tecnologia

Actis, do grupo francês Sidel, na

América do Sul. A tecnologia consiste

na laminação interna de embalagens

Fácil de envolverCom construção compacta e re-forçada e de operação extrema-mente simples, a embaladora depaletes Ecospir envolve paletesde forma bidirecional ou unidire-cional, com capacidade de cargada mesa de até 1200 kg e con-trole de altura automático. Seusistema de pré-estiramento do fil-me é mecânico, mas há como op-ção um sistema Power Strecht mo-torizado. Opera com pale-tes de até1,20m x 1,20mx 2,20m.(11) 3048-0121www.sunnyvale.com.br

O negócio passa pelo design da embalagem

Lições importantes do Papelcartão

A Campanha Papelcartão voltou à mí-dia em fevereiro, espalhando 200 out-doors em São Paulo. Mensagem: “1ªLição de volta às aulas: Prefira emba-lagens recicláveis e biodegradáveis. Omeio-ambiente agradece” (foto). Além

disso, a entidade firmou parceria combancas de jornal e revistarias de SãoPaulo, para ampliar a ação educativa,afixando móbiles com mensagens depreservação do ambiente e de utiliza-ção de embalagens recicláveis.

por plasma, conferindo-lhes maior

barreira a gases e aumentando a

shelf-life dos produtos. Para quem

não lembra, a Actis foi uma das solu-

ções que viabilizaram o engarrafa-

mento de cerveja em garrafas de PET.

(19) 3844-2100

Está no ar a Campanha de Valoriza-

ção do Design de Embalagens, pro-

movida pelo Comitê de Design da

Associação Brasileira de Embala-

gens (ABRE). Spots de rádio, anún-

cios, adesivos e selos enfatizarão a

importância da utilização dos servi-

ços das mais de 30 agências que

compõem o comitê. “É neste mo-

mento, após o carnaval, que o fabri-

cante/cliente está iniciando os proje-

tos de lançamentos de novos produ-

tos”, diz Dóris Camacho, diretora de

criação da Müller Associados, agên-

cia que assina as peças da campa-

nha. Os anúncios trazem as chama-

das “Sem design de embalagem seu

produto não é competitivo”, “Sem

design de embalagem seu produto

não é ninguém” e “Sem design de

embalagem seu produto vira com-

modity”. Já os spots de rádio mos-

tram situações em que a embala-

gem é fator decisivo de compra nos

supermercados.

http://comitedesign.abre.org.brwww.muller-associados.com.br

A Associação Brasileira das Indús-trias de Vidro (Abividro) está lan-çando o anuário do setor, com da-dos atualizados sobre o mercadovidreiro. A entidade também estáaproveitando o momento paradisponibilizar aos interessados oManual de Reciclagem do Vidro,publicação que traz informaçõessobre coleta, recicladores e carac-terísticas do material.(11) 3255-3033

www.abividro.org.br

Indústria do vidro lança anuário e manual de reciclagem

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módulos 21/03/02 11:10 Page 1

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Solução compacta para clichêsA Gutenberg está lançando no paísuma solução compacta para proces-sar chapas de flexografia. Trata-sede uma combinação de dois equipa-mentos da linha Nyloflex F III, daBASF Printing Plates: uma unidadede exposição e uma lavadora de flu-xo contínuo. O kit reúne todas asfunções para a produção de clichês:expositora, secadora, equipamentopara pós-tratamento (com tubos deUVC), lavadora e pré-secadora.Conta ainda com um painel de dados com teclado laminar, e os tempos das operações podem ser programados em memória.(11) 3225-4400www.gutenberg.com.br

Imagens irretocáveisEstá saindo a versão 7.0 do Photo-shop, da Adobe Systems, o mais po-pular software para edição profissio-nal de imagens. Novas característicasprometem torná-lo ainda mais eficien-te para os designers. O novo pincelHealing Brush facilita o processo deretoque de imagens, removendo im-perfeições ao mesmo tempo em quepreserva sombreados, luz, textura eoutros atributos do objeto. Um novomotor de pintura permite criar pré-se-leções de pincéis, simular técnicascomo cores pastel e esfumados, eagregar efeitos. Já o Liquify provêmaior controle sobre a aproximaçãoda imagem com zoom, além de vanta-gens na correção de erros. O produtodeve chegar às lojas até o fim do semestre, a um preço estimado de845 dólares (pacote completo). www.adobe.com/products/photoshop

Pantone com representação oficialQuem nunca ouviu falar das esca-las de cores Pantone? Popularesna indústria gráfica e entre os de-signers, elas agora passam a sercomercializadas no Brasil pelaStock Photos. A empresa de ban-cos de imagens acaba de fecharacordo de representaçãooficial dos produtos Pan-tone no país. Entreeles está, além dasescalas, o novoPantone Co-lorVison

Spyder, calibrador que confere fi-delidade das cores vistas na telado computador às impressas. Oproduto é composto de um kit comCD-ROM e um fotômetro que, aco-plado ao monitor, ajusta contras-te, balanceamento e temperaturadas cores. “Trata-se de uma ver-são, de preço acessível, dos simi-lares utilizados em birôs gráficos

de grande porte”, explica Mar-cos Scheliga, sócio diretor da

Stock. Preço médio do pro-duto: 760 reais.0800 122 666www.stockphotos.com.br

Nada de escorregõesPara acabar com problemas de fixaçãode clichês em cilindros nos processosflexográficos de impressão, a Adereestá lançando a Fita Adesiva Dupla-Face de Espuma. Suas principaiscaracterísticas, de acordo comDerly Mader Jr., gerente de mar-keting da empresa, são a adesãosem levantar as pontas do clichê,a remoção fácil, que não deixa re-síduos, e a capacidade de reutili-zação de até três vezes. Pode serusada em máquinas flexográficasde banda larga e banda estreita.(19) 3781-2200 • www.adere.com.br

31painelgrafico 18/03/02 15:29 Page 38

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40 – EMBALAGEMMARCA • mar 2002

Cerveja premium, embalagem idemA produtora de cervejas artesanaisBaden Baden, de Campos do Jor-dão (SP), está lançando a StoutDark Ale, cerveja escura, encorpa-da, de creme denso e inspirada nafamosa marca irlandesa Guiness.Com um sabor com várias tonalida-des, indo do amargo ao doce, abebida será comercializada em su-permercados e empórios sofistica-dos e em restaurantes. A cerveja éenvasada em garrafa da Vidropor-to, com rótulos da Soft Color.

FOTO QUE DÁ SEDEJui C Tea é o nome da nova linha de

chás em pó com guaraná e vitamina

C da Nutrimental. O visual dos pou-

ches flexíveis, fabricados pela Shell-

mar, foi desenvolvido pela Komatsu

Design. Ele valoriza o produto através

de uma foto com forte apelo de “drin-

kability”, aplicada sobre um fundo cu-

jas cores remetem ao sabor de cada

variante, limão e laranja.

ECOLEAN, JÁ NO MERCADO URUGUAIOAs soluções em embalagens assép-ticas da sueca Ecolean, que mostra-mos em EMBALAGEMMARCA nº 27, ga-nharam mais uma adepta no Merco-

sul. A Parmalat está utilizando asembalagens LeanPack em iogurtespremium no Uruguai. Resta ver se anovidade aparecerá por aqui.

Mais frascos doSítio no banhoA linha Natura Criança, com

os personagens do Sítio do

Pica-Pau Amarelo, tem seis

novidades: xampu, condicio-

nador, sabonete com sabone-

teira, emulsão hidratante,

colônia para as meninas e co-

lônia para meninos. O design

dos cartuchos e dos rótulos

foi elaborado internamente

por Filomena Padrón, designer

da Natura. A criação e o

layout dos produtos foram

elaborados pela Design

com Z, com aprovação da

própria Filomena. Os frascos

plásticos e as tampas são

fornecidos pela Filtrona.

31display 18/03/02 15:01 Page 40

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AlmanaqueOs 200 anos da DuPontPrestes a completar 200 anos defundação no próximo dia 19 de ju-lho, a DuPont dedicou grande par-te de sua história ao desenvolvi-mento de produtos que revolucio-naram o mundo das embalagens,onde hoje atua com itens de altatecnologia, sobretudo na área deflexíveis. Mas esse mercado per-correu um longo caminho, que doponto de vista industrial começouapenas em meados do século XIX,com a produção em massa de sa-cos de papel.Dois grandes saltos em flexíveis sederam no século passado, com aaplicação das folhas de alumínio e,mais tarde, do celofane, uma in-venção da DuPont que chamou aatenção pela transparência e pela

barreira que proporcionava contraa umidade. Assim, até o final dadécada de 1930, o mercado perma-neceu dominado pelo papel, peloalumínio e pelo celofane, que já

começava a ganhar adaptaçõespara impressão flexográfica.O “boom” dos plásticos ocorrerianos anos 40, com a disseminaçãodo uso do polietileno de baixa den-sidade (PEBD), do poliestireno(PS), do PVC e de um materialque fez uma reviravolta no mundoda moda e viria a ter enorme im-pacto no de embalagens – o nylon,que se popularizou na forma demeias femininas. A partir de então,as tecnologias de fabricação e osmateriais para embalagens flexí-veis multiplicaram-se além damais fértil imaginação. Tudo issocompõe uma história fascinante.Como protagonista importantedela, a DuPont a conta em seu site(www.pack.dupont.com.br).

Genérico que virou marcaMais um caso ilustrativo de que grandes mar-

cas nem sempre são fruto da ima-ginação marqueteira. A consa-gradíssima vodca Absolut, porexemplo, no início nem marca era,

mas designação de um produtogenérico. A bebida nasceu

das mãos de Lars OlsonSmith, na pequena cidadede Åhus, no sul da Suécia,às margens do Mar Bálti-co. Em 1879, ele inventouum novo método de desti-lação, chamado retifica-ção, que consistia em se-parar numa série de colu-nas de destilação as impu-rezas, de modo a removertodos os chamados “con-gêneres” da bebida. Cha-mou o produto de “Absolutrent bränvin”, ou “vodcaabsolutamente pura”.

42 – EMBALAGEMMARCA • mar 2002

Recipientes com históriaBoa oportunidade para quem quer saber da história das em-

balagens de Coca-Cola é visitar o movimentado site brasileiro

da marca, em www.coca-cola.com.br. Lá é possível conhe-

cer as embalagens que já acondicionaram o refrigerante em

mais de cem anos, algumas das quais reproduzimos abaixo.

1895:Jarros decerâmica

1910:Rótulo depapel, emforma dediamante

1957: Decoraçãoserigráficasubstitui

relevo

1915: Root Bottle

1916: Contour,

a lendária

1924:Six Pack

1899: Hutchinson-Style Bottle, a primeira

garrafa

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