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Revista sobre histórias de moradores e artistas de ParelheirosTRANSCRIPT
Revista eletrônica
CulturalParelheiros
CulturalParelheiros
2010 -2011-2012
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Anderval Souza
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EXPEDIENTE
Vocac nalIOanos
Anderval Souza
The Contender Mask 20
Boombox Sintonia 18
Aldeias em
14Parelheiros
Cia Teatral Face a Face 12
Anderval 10Souza
Santa Cruz, parelhas, Parelheiros75O cortejo
editorial
4Mapas 6SUMÁRIO
SintoniaBoombox
Contender Mask
Revista Parelheiros Cultural
Concepção / Produção / Linha editorial Adriana Cognolato – Artista e orientadora em Dança
Marcelo Correia – Artista e orientador em Teatro
Participaram dessa edição: Adriana Cognolato, Anderval Souza, Face a Face, Marcelo Correia,
Sintonia Boombox, Tatiana Boglio,
The Contender Mask, Wagner Christe
Imagem da capa
Colagem de imagens: artistas de Parelheiros, aérea de Vargem Grande
e obra de Jacerk Yerka (cratera em formato de onda)
Projeto Gráfico
Marcelo Correia
Gestão Cultural CEU Parelheiros - 2010/2012Paulo Deloroso
Tatiana Boglio
Orientação artística e pedagógicaAdriana Cognolato (Dança),
Marcelo Correia (Teatro),
Programa Vocacional
Secretaria Municipal
de Cultura
Patrícia Sanchez Peres,
vista
Gestão CEU Parelheiros –
Núcleo Cultural – Jean Ferreira, Liliana Reis,
Alexandre Magno, e Priscila Camargo
Cia teatralFace a Face
Zulu22
Adriana Cognolato - artista e orientadora em DançaMarcelo Correia - artista e orientador em Teatro
O projeto de uma revista dos coletivos culturais de Parelheiros é o desenvolvimento ou aprofundamento das ações culturais desenvolvidas pelo Programa Vocacional, da Secretaria Municipal de Cultura, em parceria com o CEU Parelheiros e seu conceito foi se formando e amadurecendo a partir dessa parceria ou desse diálogo.
A idéia inicial era de escrever um livro que surgiu da necessidade de registrar o cortejo realizado em Parelheiros a partir do Programa Vocacional: Teatro e Dança. Então, resolver ir além e registrar outras histórias de Parelheiros, da comunidade, do CEU, e dos coletivos culturais. Mas optamos por transformar em uma revista que possa tornar-se uma linha editorial anual.
O CortejoO cortejo mapeou em 2010 alguns pontos do bairro, como o Terminal de ônibus e o CEU.
Os participantes dos coletivos de Teatro e Dança que participaram do cortejo realizaram pesquisas sobre as histórias dos espaços e as memórias que esses participantes tinham de tais espaços. O cortejo suscitou camadas de histórias que misturaram espaços e tempos diferentes, que tinham em comum o tempo e espaço dos participantes com suas performances e suas histórias, escritas naquele momento.
O conceito da revista parte da idéia de tramas de histórias de Parelheiros que se entrelaçam, misturando o espaço-tempo: as histórias que se tornaram memórias dos moradores, dos lugares que já não existem mais ou que se transformaram e as histórias atuais escritas pela atuação dos coletivos que transitam por Parelheiros. Nesse sentido, essa revista torna-se mais que um registro. Torna-se uma ação cultural com modo e fases de produção: da criação à distribuição. Da criação do material textual e visual, da pesquisa e produção de depoimentos, da mobilização e organização desses coletivos.
Editorial
Cemitério de
Parelheiros
Igrejinha
da Praça
CEU Parelheiros
Terminal
Parelheiros
de ônibus
Mapeando caminhos, espaços, memórias, lugares, histórias, experiências ...
O cortejo
Mapeamento
tempo e espaço
5
Vargem Grande
CRATERRA DE
VARGEM GRANDE
MARSILAC
ESPAÇOS
Breve relato histórico da região
O território de Parelheiros, considerado patrimônio ambiental, é estratégico para a vida da cidade, por sua riqueza em recursos
2naturais. Abrange uma área de 360,6 Km , representando 23,68% do município, com ocupação urbana de 2,5% e dispersa de 7,7% (Censo SEADE 2001). Situado no extremo Sul do município, sua divisa está há cerca de 10 Km do mar. De um mirante situado no Parque Estadual da Serra do Mar é possível avistar Itanhaém. A totalidade de seu território está situada em área de proteção aos mananciais e a região compreende remanescentes importantes de Mata Atlântica, mantendo grande parte de sua mata nativa, como biodiversidade preservada e área de grande produção agrícola, sendo estratégico para a vida da cidade de São Paulo: equilibra as correntes térmicas com as menores temperaturas e a maior precipitação pluviométrica da cidade. Sua rede hídrica contempla três b a c i a s h i d ro g r á f i c a s : C a p i v a r i , Guarapiranga e Billings. As duas represas fornecem água para cerca de 25% da população da Região Metropolitana. As duas represas fornecem água para cerca de 2 5 % d a p o p u l a ç ã o d a R e g i ã o Metropolitana.
É uma área com crescimento acelerado, muito além das taxas ocupacionais de outras regiões, ameaçando a manutenção do Distrito como um dos pólos que asseguram a qualidade de vida da cidade de São Paulo. A preocupação com a escassez da água tem levado à mobilização e estudos por parte de várias instituições civis e governamentais, implantando operações específicas, por exemplo, a Operação Defesa das Águas (ODA).
Parelheiros recebeu este nome devido às diversas corridas de cavalos (parelhas) entre germânicos e brasílicos.
Antes era conhecido como Santa Cruz, porque existia uma cruz no local. Por determinação e convite do governo imperial, um grupo de 200 imigrantes chegou a São Paulo em 1827. Eram alemães, austríacos e suíços que vinham para o estabelecimento de uma colônia agrícola. Depois de um ano de estudos e discussões sobre o local onde deveria ser instalada a colônia, o governo provincial optou por uma área distante à cerca de 50 km do centro da cidade, que ficou conhecida como Colônia Alemã. A posse do território começou com a chegada de 94 famílias alemãs em 1.829, cujos remanescentes habitam até hoje a região.
Esses primeiros imigrantes extraíam e forneciam madeira bruta para serrarias instaladas em Santo Amaro. Lá, essas toras eram transformadas em móveis e apetrechos para a construção civil.
Sem o apoio do governo e enfrentando toda sorte de dificuldades, a colônia entrou em rápida decadência, levando muitos a deixarem a região.
Mais de um século depois, durante a Segunda Guerra Mundial, a denominação Colônia Alemã foi substituída por Colônia Paulista, ou, simplesmente, Colônia.
Outro marco importante e histórico de Parelheiros é um dos seus cemitérios, também localizado no Bairro Colônia.
O cemitério mais antigo de São Paulo foi fundado por alemães num terreno cedido por Dom Pedro I. Embora muita gente acredite que o Cemitério da Consolação seja o primeiro da cidade, a história mostra que o cemitério Colônia surgiu antes. Ele tem 178 anos, trinta a mais do que o da Consolação.
Santa Cruz Parelheiros
parelhas7
O terreno foi doado por Dom Pedro I a um
grupo de 200 imigrantes, a maioria alemã, que
chegaram à Província de São Paulo em 1827 para
tentar estabelecer uma colônia agrícola. Como o
grupo era dividido entre católicos e protestantes, o
cemitério, que integrava um pequeno núcleo
formado por casas de taipa ou madeira e uma igreja
bem simples, também foi separado.
O cemitério não é grande, mas por falta de
recursos e apoio do governo para a manutenção
acabou sendo fechado durante a Segunda Guerra
Mundial. A desativação total ocorreu em 1996. A
reabertura só ocorreu em 18 de novembro de 2000,
depois que entidades e associações alemãs se
empenharam em recuperar o cemitério. Franz
Schmidt, vice-presidente da Associação dos
Cemitérios Protestantes, que administra
atualmente o cemitério, diz que ninguém sabe o
número de mortos enterrados antes do
fechamento. De 2000 até agora, 90 pessoas foram
sepultadas.
Diferentemente do cemitér io da
Consolação, que conseguiu preservar obras de
Victor Brecheret e Luigi Brizolara, o Colônia teve
muitas de suas obras roubadas no passar dos anos.
Ainda hoje, as sepulturas conservam o
padrão de construção do século XIX, com lápides
de mármore e cabeceiras altas, mas algumas cruzes
de metal fundido já não existem mais.
Mesmo fechado, um homem, também
descendente de alemão, cuidou do cemitério.
Ficou anos por lá cuidando das lápides até
que morreu e ganhou uma sepultura especial -
lembra Schmidt. Em meados dos anos 1970, o
cemitério foi protegido por legislação de
zoneamento e em 2004 foi incluído como Zona
Especial de Preservação Cultural (ZEPEC), no
plano regional das subprefeituras. Agora, a parte
mais elevada do cemitério passou a ser usada para
novos sepultamentos.
Apesar de ter origem alemã, o cemitério fica
em uma rua com nome oriental: Sachio Nakau, 28.
Parelheiros tem um outro cemitério municipal,
construído em 1905. Até agosto deste ano, foram
5.997 sepultamentos.
Em 1966, a Prefeitura desativou o antigo
cemitério em virtude de seu estado de abandono.
A medida, no entanto, desencadeou um
movimento por parte da comunidade alemã de
São Paulo, em prol da sua preservação e restauro.
Ainda hoje, as campas conservam o padrão
construtivo do século XIX, com lápides de
mármore e cabeceiras altas. Em meados de 1970,
esse cemitério, o mais antigo da cidade e marco da
imigração alemã em São Paulo, foi protegido por
legislação de zoneamento, sendo posteriormente
recuperado.
Por volta de 1940, a região passou a receber
também imigrantes japoneses, que vieram para
explorar a agricultura e também ajudaram no
desenvolvimento da região, transformando os
distritos de Parelheiros e Marsilac na maior área
agrícola de São Paulo. Cortado por estradas
sinuosas e estreitas, é pontilhado por sítios e
fazendinhas que produzem lenha, hortaliças,
flores e plantas ornamentais. Entre essas, os
buxinhos, que se presta para bonsai e topiaria, a
arte de esculpir em árvores, as tuias – árvores de
natal vendidas com raiz e símbolo da vida eterna.
Hoje, a Igreja Messiânica, de origem nipônica, tem
seu maior templo fora do Japão: o Solo.
A região tem um marco geológico de
importância, a notória Cratera da Colônia, uma
depressão de formato circular, medindo cerca de
3,6 km de diâmetro, resultado da queda de um
corpo celeste no local, há cerca de 36 milhões de
anos, parte já ocupada por loteamento irregular,
8
regularização, em processo de regularização, com
cerca de 40.000 pessoas, que passa atualmente por
processo de urbanização, por meio do Programa
Mananciais da Secretaria Municipal de Habitação
e do PAC do Governo Federal. Em seu perímetro
está instalado um Presídio Estadual. Parte da área é
usada para atividade agrícola tradicional, tendo sido
tombada pelo CONDEPHAAT, conforme
Resolução SC 60, de 20 de agosto de 2003 e
recebido, em dezembro/2011, o titulo de
Patrimônio Geológico do Estado de São Paulo,
pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente.
No distrito de Marsilac, se localiza a estação
ferroviária Evangelista de Souza, que marcou a
história do Estado de São Paulo, durante a expansão
da Estrada de Ferro Sorocabana. Fazia parte do
ramal Mayrink-Santos, projetado para escoar a
produção cafeeira do interior ao porto de Santos –
que funciona até hoje – e decisivo na quebra do
monopólio da companhia concorrente, a Santos-
Jundiaí, conhecida como a “Inglesa”. Em 1957, foi
inaugurado o ramal Jurubatuba-Evangelista,
desativado em 1991. O que contribuiria muito para
o desenvolvimento da região sua utilização para a
construção de um pólo turístico, recreativo, cultural
e ecológico.
Além dos brasileiros de todos os estados,
distribuídos em 200 bairros, há duas aldeias
indígenas Pyau (Krucutu) e Tenondé Porá (Morro
da Saudade), de um subgrupo guarani, com cerca de
1.000 pessoas, localizadas na Estrada da Barragem
e que mantém vivas sua língua, cultura, religião.
Cada uma conta com escola específica para a
educação infantil indígena e o CECI – Centro de
Educação e Cultura Indígena.
As crianças passam o dia na escola em
contato direto com sua cultura, sob a guarda de suas
mães e de monitores guarani. A partir dos 7 anos, os
meninos e meninas passam a freqüentar a EE
Indígena Guarani Gwyrapepo.
Aspectos Demográficos
A carência de um plane jamento
metropolitano e a urbanização perversa da cidade
gera vetores de desestabilização na região de
mananciais. O crescimento demográfico tem sido
de forma anormal desde o início de 1980. O Censo
registrou em 1991, 61.586 habitantes, saltando para
111.240 em 2000, um crescimento que ultrapassa
80%, enquanto índices da cidade tem crescimento
negativo. Segundo informações do Censo 2010,
Parelheiros apresenta um população de 139.441
habitantes, de acordo com dados divulgados pelo
IBGE.
A ocorrência de tal fluxo populacional e a
ocupação inadequada do solo nas áreas de
mananciais, torna explícita a necessidade de
construções de unidades habitacionais, para
acomodar as remoções de famílias quando das
ampliações viárias urbanas, das desocupações de
áreas de risco e de APP, aumento do custo
habitacional, desemprego e baixa geração de renda,
etc.
Tal situação vem gerando um passivo
habitacional, empurrando a população para
ocupação das áreas de mananciais que acabam
tendo seus preços depreciados por conta das
restrições de zoneamento e necessidade de
preservação. Levando-nos a um impasse: não se
permite ocupar e não existem ofertas habitacionais
para a população de baixa renda, que compra os
lotes por preços irrisórios e com contratos de gaveta,
passando a ocupar desordenadamente o território,
gerando grande demanda para a prestação de
serviços de toda ordem, provocando um custo
ampliado por conta da dificuldade de acesso.
População Recenseada e Taxas de Crescimento
Município de São Paulo, Regiões e Distritos Municipais
1980, 1991, 2000 e 2010
Unidades Territoriais 1980 Tx.
Cresc.80/91 1991 Tx. Cresc.91/00 2000 Tx.
Cresc.00/10 2010
Marsilac 4.439 2,76 5.992 3,83 8 404 -0,18 8 258 Parelheiros 31.711 5,24 55.594 7,07 102 836 2,46 131 183
Fonte: IBGE - Censos Demográficos 1980, 1991, 2000 e 2010
9
Olá,
meu nome é Anderval Souza Pereira meus amigos me chamam de “Deval”, tenho 19 anos
moro no bairro do Vargem Grande próximo ao Colônia.
Comecei a dançar para poder me comunicar melhor, pois era muito tímido e queria
conversar com as pessoas facilmente. Em 2009 conheci o “BBoy Lucas” de Parelheiros que
me ensinou os nomes dos estilos dentro da dança de rua, a partir dai eu percebi que a dança
era como um Curso dividido em varias matérias ou seja estilos. Comecei a estudar vídeos de
“Popping” vendo batalhas de um Popper chamado “Salah”, em uma dessas batalhas eu o vi
enfrentando um brasileiro “Frank Ejara” foi ai que eu percebi que eu podia estudar esses
estilos aqui no Brasil, pois havia um brasileiro que disputou campeonatos lá fora. (Um
pouco ingênuo da minha parte).
No final de 2009 eu comecei a dançar em batalhas de festas que eu freqüentava isso foi me
dando uma alta estima maior, até que eu percebi que não queria mais ficar só na batalha em
festas e sim me desenvolver mais.
Em 2010 resolvi entrar no Grupo “The Contender Mask”, eu ainda não havia aprendido os
estilos direitos, eu só conhecia a história dos estilos e algumas bases.
No Contender Mask, eu
vivenciei o trabalho em grupo e
fiz amigos.
Também, conheci o Vocacional
no CEU Parelheiros,
que me ajudou muito a
desenvolver a postura
do meu corpo com
alongamentos,
e principalmente
a refletir sobre o
porquê eu danço
e como eu danço.
11
13O grupo Face a Face formou-se no final de 2008 por necessidade e vontade de
algumas pessoas em praticar e conhecer melhor a linguagem teatral. O grupo vem experimentando diversas possibilidades e estéticas para a cena, da criação à estruturação da história, de personagens, de situações, indo da cena musical à cômica. Nessa trajetória o grupo foi transformando-se e amadurecendo o corpo e o olhar para aspectos da cena, conhecendo novos componentes e despedindo-se de outros e estabelecendo novas experiências e contatos com outros grupos de teatro.
O Face a Face desenvolve e pesquisa a linguagem cênica estabelecendo trocas com outros grupos, apresentando-se em escolas de toda a região de Parelheiros e no CEU e participando de ações culturais produzidas pelo CEU Parelheiros e pelo Programa Vocacional Teatro.
Os atuais integrantes do grupo são: Israel Valentim Alves, José Alex Santos Silva e Thiago Silva Lopes.
Faceacia
Face
Foto: Paulo Liebert
Patrícia Sanchez Peres
Aldeias em ParelheirosAprimoramento do programa de Etnoturismo
orientado na |Aldeia Krukutu - Parelheiros / SP. 1
1 Fragmento da Iniciação científica, sob
responsabilidade da profª. Drª Dagmar Santos
Roveratti, apresentado no curso de
Lincenciatura Plena em Ciências Biológicas da
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do
Centro Universitário Fundação Santo André.
Aldeia Krukutu
Foto: Fernando Martinho
Foto: Agnaldo Rocha
15
http://olharindigena.blogspot.com.br/2010/03/educacao-indigena-infantil-aldeia.html
Foto: Flávio Demarchi
Garoto da aldeia Tenondé-Porã
Aldeia Tenondé-Porã
Foto: Flávio Demarchi.
Foto: Franco Hoffchneider 16
Foto: Luciano Santos Deszo
Foto: Luciano Santos Deszo Galpão de sapé e palhaaldeia Tenondé-Porã
Foto: Thiago Henrique
REFERÊNCIA BIBLIOGRÃFICA
BARBOSA, Luiz Gustavo Medeiros; ZAMOT, Fuad Sacramento. Políticas públicas para o desenvolvimento Do turismo: o caso do município de Rio das Ostras In BARBOSA, Luiz Gustavo Medeiros; ZOUAIN, Deborah Moraes. Gestão em turismoe hotelaria: experiências públicas e privadas - EBAPE-FGV: ALEPH, 2004. CPISP – Comissão Pró-Indio de São Pa u l o . Pov o s i n d í g e n a s n o e s t a d o d e S ã o Pa u l o . D i s p o n í v e l e m : http://www.cpisp.org.br/indios/. Acesso em: 12 out.2008.CPISP – Comissão Pró-Indio de São Paulo. Povos indígenas no estado de São Paulo. Disponível em: http://www.cpisp.org.br/indios/. Acesso em: 12 out.2008.FARIA, Ivani Ferreira de. Ecoturismo: etnodesenvolvimento e inclusão social no Amazonas. Manaus: UFAM, 2002. FUNAI – http://www.funai.gov.br/. Acesso em 12 out.2008. Fundação Nacional do Índio. O Índio hoje. GRÜNEWALD, Rodrigo de Azeredo. Turismo, cultura e identidade étnica. Olinda: 24ª Reunião Brasileira de Antropologia-Simpósio O Olhar da Antropologia sobre o Fenômeno Turístico, 2004. GUIMARÃES, Silvia Maria Ferreira. Através da Terra sem mal: uma possível abordagem de um grupo Guarani. Pós-Revista Brasiliense de Pós-Graduação em Ciências Sociais. Brasília: UNB, Edição Temática, ano 3, n.1,1999.IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Os números dos índios no Brasil.Disponível em: http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/datas/indio/numeros.html Acesso em: 12 out.2008.LADEIRA, Maria Inês. Comunidades Guarani da Barragem e do Krukutu e a linha de transmissão de 750 kv. Relatório Antropológico. Furnas/AS, 2000. LADEIRA, Maria Inês; MATTA, Priscila (organização e edição).Terras Guarani no Litoral: as matas que foram reveladas aos nossos antigos avós = Ka´agüy oreramói kuéry ojou rive vaekue y. São Paulo: CTI - Centro de Trabalho Indigenista, 2004.
17
O Contraste de São Paulo
Os pés ingênuos que pisam, uma parte desconheçida e inexplorada da nossa grande São Paulo.
Thiago Henrique - fotógrafo
Meninas da Tribo Tenondé Porã
Data: 01-06-2008
Imagens de Expedição Fotográfica
de Olho nos Mananciais
Luciano Santos Deszo, Thiago Henrique, Franco Hoffchneider e Flávio Demarchi:
http://img.socioambiental.org/v/Mananciais/expedicao_fotografica_mananciais/grupos/70/?g2_page=1
19Há dois significados para BoomBox: ser nascido de um
BoomBox é ser alguém especial, aliás, muitos querem
aprender a dançar enquanto outros já nascem com este
dom, então chamados de nascidos de um BoomBox ou
simplesmente BoomBox. O outro significado é que
boombox é também um rádio antigo muito usado pelas
pessoas do hip hop. Foi dele mesmo que surgiu
o Nascido de um bombox, uma pessoa que já
nasce com a música e a dança dentro dela.
A Sintonia Boombox foi criado em maio de 2011. O grupo vem desenvolvendo
coreografias baseadas em fatos reais, sentimentos e até o mundo da fantasia,
utilizando a dança e o teatro para levar às pessoas e transformar.
Nosso foco é dançar e principalmente deixar as pessoas provocadas,
querendo entender porque relatar tal assunto dentro da dança.
Sem estilo definido, buscamos aprender vários de culturas diversas
como a capoeira, que é muito utilizada no Break Dance. Também,
trazer na dança outros ritmos, temas, assuntos, coreografias.
Queremos criar um novo mundo, uma nova emoção, onde o público
assista, curta nosso trabalho e perceba que isso é inovador e bom.
The Contender Mask é um grupo de street dance da zona
sul de São Paulo. Atualmente conta com sete componentes e
ensaia na ONG Unive, no bairro de Vargem Grande, região de
Parelheiros.
Eduardo JS (28 anos) é o líder e fundador do grupo.
Dois de seus irmãos fundaram o grupo, juntamente com ele:
Henrique JS (17 anos) e Danilo JS (18). O grupo de street
dance começou há dois anos, com os três irmãos, após o
término do grupo “Se7en Boys”. Os outros componentes são:
Daiane Souza (14 anos), Lucas Rocha (16), Débora (16) e
Antonio (14). O primeiro nome do grupo era Magic Street
Dance.
21
Virada Cultural Bienal do Livro
Aniversário de Parelheiros
Festa Mix
CEU Parelheiros
Festa da Máfia
CEU Navegantes
CEU Três Lagos
Alpha FM – Ibirapuera
Aniversário de Vargem Grande
A equipe de street dance apresenta-seem eventos da zona sul:
Comunidade no ORKUT
821 MEMBROS
Quem não conhecia o Zulu!!!!
Ex-Craque do Time do Parelheiros F.C.
Mas que com algumas infelicidades da vida fez tornar um rapaz sem rumo na vida!!!
“O verdadeiro nome do ZULU... .
o verdadeiro nome do ZULU realmente ehE l i a s P o n c i a n o . . . ”
O zulu é irmão do Murilo.Ele é o cara...não sai da minha porta,ele pede o rango e ainda quer escolher a mistura...é fogado .... o negocio é o seguinte ... ele gosta de macarrão com frango....Se vc conhece ele...quando ele bater na sua porta, ofereça o rango para ele....
“Eu lembro do Zulu quando eu morava ai em Paris, eu era pirralho morava na rua
do antigo campo... Tinha medo dele, mas depois acostumei com ele!!! Que pena,
ele faz parte da História de Parelheiros”.
“Alguém aí lembra do prézinho da rua da feira (no Álamos)? Então, a professora era amiga
dele, ela contou q ele era bem d vida, trabalhava d terno e gravata e pah, fazia facul aí quando a esposa dele foi embora ele ficou
assim”. “Ele de algum modo, conhecia meu pai..Chamava por apelido e td..toda vez q via meu pai na rua dizia assim:Guto, da um cigarro ai..aii meu pai dava, e eles batiam mó papo, tals..minha mae sempre comprava pao pra ele...”
“Minha mãe disse que ele tinha esposa e filhos, ela disse q ele era mo [muito] ciumento
e a mulher dele largou ele. A partir daí ele se entregou ao vicio da bebida
(...) começou a vender os móveis da casa dele, e por incrível que pareça tem um vizinho meu que comprou muitos móveis na mão do zulu.
Depois de um tempo ele começou a morar na rua”.
ZULU
“Dizem por aí que ele morreu...Mas o que é morrer?Uma pessoa como ele jamais morre;(...)o que sei é que ele era o patrimônio do bairro.ZULU existiu ...E sempre existirá...Fica com Deus onde quer que esteja Zulú, Amém!”
O grupo de teatro Face a Face pesquisou sobre o ZULU, ex morador da região e figura conhecida por todos, para a realização do sarau em comemoração ao aniversário de Parelheiros. A cena aborda a fase em que ele circulava na região, um campo de futebol que hoje abriga o CEU, Centro Educacional Unificado de Parelheiros.
Marcelo Correia Artista orientador em Teatro
descobriu e
CulturalParelheiros
edição 2012