revista eletrolar news - especial dia dos pais

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Ano 15 - nº 96 – 2014 GAMES • CUIDADOS PESSOAIS • FERRAMENTAS ELÉTRICAS • SOM AUTOMOTIVO • BICICLETAS • FITNESS ATACADÃO DOS ELETROS Meta é ser a maior rede do Nordeste DOSSIÊ / COIFAS Diferentes faixas de preço atendem todos os públicos Dia dos PAIS Especial

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ATACADÃO DOS ELETROS Meta é ser a maior rede do Nordeste - DOSSIÊ / COIFAS Diferentes faixas de preço atendem todos os públicos

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Ano 15 - nº 96 – 2014

GAMES • CUIDADOS PESSOAIS • FERRAMENTAS ELÉTRICAS • SOM AUTOMOTIVO • BICICLETAS • FITNESS

ATACADÃO DOS ELETROS Meta é ser a maior rede do Nordeste

DOSSIÊ / COIFASDiferentes faixas de preçoatendem todos os públicos

Dia dosPAISEspecial

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EDITORIAL Pág. 16

VITRINE ESPECIAL

Ferramentas elétricas Pág. 48

FEIRAS

Eletrolar Show Pág. 32

Hong Kong Electronics Pág. 112

ENTREVISTA

Design - Marcelo M. Bicudo Pág. 66

LANÇAMENTOS

Electrolux Pág. 96

Philips Pág. 98

Produtos Pág. 100

Samsung Pág. 107

D-Link Pág. 109

INSIDE Pág. 97

VAREJO

Notícias do setor Pág. 104

ARTIGOS

Eletros Pág. 105

FecomercioSP Pág. 106

Abrasa Pág. 110

Abradisti Pág. 111

MOVIMENTO Pág. 108

DOSSIÊ COIFASDiferentes faixas de preçoatendem todos os públicos

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PERFIL ATACADÃO DOS ELETROSMeta é ser a maiorrede do Nordeste

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SUMÁRIOESPECIAL DIA DOS PAIS

FERRAMENTASELÉTRICAS PÁG. 42

FITNESSPÁG. 62

SOM AUTOMOTIVO PÁG. 70

CUIDADOS PESSOAIS PÁG. 78

BICICLETASPÁG. 90

VINHOS & CIA PÁG. 36

GAMESPÁG. 20

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Diretor-executivo - Carlos Clur Diretor - Mariano BotindariEditora-chefe - Leda Cavalcanti ( Jorn. resp. – MTb. 10.567) Chefe de Redação - Neusa Japiassu Repórter - Igor CarvalhoRevisoras - Abgail Cardoso eMaria Inês CaravaggiFotógrafo - Roberto AssemDireção de Arte - Mariela Ponce e Bianca OddoneGerente de Marketing - Roberta ZogbiMarketing e Assinaturas - Regina Martins e Tatiana LopesPublicidade - Claudia Clur,Nivaldo Salgado, Ricardo Kühl,Andréa Soares e Valquiria MacedoGerente Operacional - Marcus FerrariCapa - Ana Maria Castro-Medivil

Eletrolar News é uma publicação da C&C Comercial do Brasil Ltda.Av. Brigadeiro Faria Lima,1.234, 19º cj. 194

CEP 01451-913 - São Paulo - SP Tels. (55 11) 3034-4100 Fax (55 11) [email protected]

Editora C&C - ArgentinaAv. Córdoba, 5.869, 1º A (C1414BBE) CABATels. (54 11) 4773-5656 / 7371 / [email protected]

Eletrolar News é uma revista de negócios para a indústria e o varejo de eletrodomésticos, eletroeletrônicos, celulares e TI.

As matérias, marcas, produtos, ilustrações e preços têm caráter exclusivo de informação e sua publicação não implica compromisso ou responsabilidade.

Eletrolar News não recebe remuneração pelas informações que publica. Os editores não se responsabilizam pela opinião dos entrevistados, ou pelo conteúdo das matérias recebidas por meio da assessoria das empresas citadas.

A reprodução total ou parcial das matérias só será permitida após prévia autorização da editora.

Tiragem desta edição: 20.000 exemplares com circulação nacionalImpressão: PROL Editora Gráfica

E sta edição traz uma série de matérias relacionadas ao Dia dos Pais, com produtos para os diferentes perfis. Uma delas é sobre os games e as oportunida-

des que oferecem ao varejo nacional. Nos últimos anos, a categoria teve crescimento médio de 25%, segundo levan-tamento da empresa de pesquisas GfK. O desempenho brasileiro vai na contramão da tendência global de queda, e o faturamento no País ultrapassa o obtido por Inglaterra, Alemanha e Espanha.

Abordamos, também, a categoria de som automotivo, mer-cado que se sofistica com os equipamentos multimídia e fatura bem com os básicos, e a de ferramentas elétricas. Com a valorização dos preços de mão de obra, o conceito “faça você mesmo” se difundiu no Brasil, a exemplo do que ocorre em outros países. Criou um novo comportamento, que ampliou o público consumidor de ferramentas e diver-sificou o mercado, que cresce 10% ao ano.

Na época que antecede o Dia dos Pais, produtos de cui-dados pessoais contribuem para elevar o faturamento do varejo. A evolução dos hábitos masculinos em relação à vaidade e os altos preços dos serviços estimulam o mercado de barbeadores, aparadores de barba, kits de grooming e

máquinas de cortar cabelo. Hoje, o Brasil é o terceiro maior mercado mundial de produtos de cuidados pessoais e fica atrás apenas dos Estados Unidos e do Japão.

Para atividades físicas e lazer, destacamos as categorias de bicicletas e de fitness. Em bicicletas, estamos entre os cinco maiores consumidores do mundo e a estimativa é que as vendas aumentem em até 50% em dois anos. Equipamentos de fitness de uso residencial são bem-vindos para os ho-mens, pois são eles os maiores adeptos do exercício físico, conforme dados do Ministério da Saúde: 41% praticam, enquanto entre as mulheres o número não passa de 26%.

Eletrolar News mostra, ainda, como a expansão do mer-cado de vinhos e a incorporação da bebida aos hábitos dos brasileiros contribui para as vendas de produtos correlatos, entre eles adegas, acessórios e taças, e uma entrevista sobre o design como elemento de diálogo com o consumidor. Nas páginas seguintes estão, também, artigos, lançamentos, novidades do mercado, notícias do varejo e o Dossiê, que tem a coifa como personagem nesta edição.

Bons negócios!

Carlos Clur

ELETROLAR NEWS É UM PRODUTO DE: 5 CANAIS DE COMUNICAÇÃO E NEGÓCIOS ENTRE A INDÚSTRIA E O VAREJO.

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EXPEDIENTE ANO 15 - Nº 96

EDITORIAL

A revista de negócios para indústria e o varejo de eletrodomésticos, eletroeletrônicos e TI

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MATÉRIA ESPECIAL - GAMES

Enquanto o mercado global se retrai, as vendas avançam no Brasil. Jogos para dispositivos móveis ampliam e diversificam as oportunidades para o segmento, mas sem competir com as vendas de produtos consolidados, como consoles e computadores gamers. Com portfólio tão variado, que inclui periféricos, são muitas as chances de bons negócios.

Igor Carvalho

A s oportunidades que os games oferecem ao varejo nacional são surpreenden-

tes. Mesmo com a alta carga tributá-ria que incide sobre esses produtos, a instabilidade cambial que impacta os preços da categoria e a concorrência com a pirataria, o Brasil tem um dos

maiores e mais promissores mercados do mundo. Com crescimento médio de 25% nos últimos dois anos, segundo levantamento da empresa de pesqui-sas GfK, o desempenho do País segue na contramão da tendência global, e o faturamento local ultrapassa o obtido por Inglaterra, Alemanha e Espanha.

Até o governo brasileiro despertou para a relevância do segmento e come-çou a dar atenção para o seu desen-volvimento no País. No mês passado, o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou pesquisa sobre a situação da indústria digital de jogos brasileira e indicou

O SURPREENDENTE E LUCRATIVO MUNDO DOS GAMES

MATÉRIA ESPECIAL - GAMES

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cifra deverá aumentar em 15% ao ano”, diz Nelson Hirano, diretor comercial da NC Games & entertainment.

Drible nas dificuldadesO desempenho do mercado gamer ultrapassa, e muito, a média de cres-cimento da economia brasileira. “Isso acontece mesmo com a alta carga tri-butária de hoje, maior impedimento para que ele cresça ainda mais”, destaca José Augusto Kaulino, gerente de pro-duto da The Leadership Group. Le-vantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário aponta que 72,18% do preço de consoles no País é composto por impostos, praticamen-

te a mesma porcentagem da taxa que incide sobre as armas de fogo (71,58%).

Os principais fabricantes de consoles têm investido na produção local de suas linhas – entre elas, a Microsoft, dona do Xbox One, e a Sony, que detém o PlayStation 3 (ambos com fabricação “made in Brazil”) –, como forma de mini-mizar o preço na ponta da cadeia. Com o crescimento da produção nacional de videogames, o impacto nos custos deve ser um pouco maior nos próximos anos. O polo fabril da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) registrou, em 2013, a produção de 1,4 milhão de consoles, crescimento de 92,92% frente ao ano anterior.

“Todo negócio tem seus custos, e, em um mercado global, importações fa-zem parte do cenário”, diz Anderson Gracias, country manager da Sony Computer Entertainment no Brasil.

políticas públicas para que ela possa receber benefícios do banco estatal – que ainda não tem nenhuma linha de crédito específica para o mercado.

O entusiasmo que o segmento propor-ciona é praticamente unânime entre as empresas que dele fazem parte. Elas preveem para 2014 o mesmo resulta-do positivo dos anos anteriores – em 2012, as vendas de consoles totalizaram R$ 1 bilhão e as de softwares R$ 629 milhões. Os dois primeiros meses deste ano reforçaram o otimismo. De acor-do com o acompanhamento da GfK das vendas de videogames e jogos, a categoria de consoles faturou 19,7% a

mais, entre janeiro e fevereiro de 2014 em relação ao mesmo período do ano anterior, impulsionada por reajuste de 15,6% nos preços. A comercialização de jogos também avançou. Com aumento nos preços de 15,8%, seu faturamento cresceu 25,4% no mesmo período.

Mesmo com o impacto dos reajustes no rendimento da categoria, o volu-me de vendas aumentou entre janeiro e fevereiro de 2014. A GfK aponta que ele foi 8,3% maior para os softwares e 3,6% para os consoles, na comparação com os mesmos meses de 2013. “Se a realidade já é animadora, os números para o futuro são ainda mais promisso-res. Pesquisa da consultoria holandesa Newszoo estima que, nos próximos dois anos, o mercado nacional deve-rá crescer o dobro do esperado para a média mundial. Os brasileiros con-somem US$ 1,2 bilhão em games de todas as plataformas e, até 2016, esta

Fotos: Divulgação

Nelson Hirano, diretor comercial da NC Games & entertainmentCom crescimento médio de 25% nos

últimos dois anos, desempenho do País segue na contramão da tendência global.

Assassin’s Creed Black Flag

Pro Evolution Soccer 2014

Just Dance 2014

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MATÉRIA ESPECIAL - GAMES

José Augusto Kaulino, gerente de produto da The Leadership Group

Gran Turismo 6

PlayStation 3

A empresa reforça que o País é um dos seus mercados prioritários. “Além da produção local do PlayStation 3, estamos trazendo mais jogos em português e buscando parcerias que nos permitam oferecer conteúdos exclusivos e de interesse dos brasilei-ros”, acrescenta. É o caso do jogo Gran Turismo 6, lançado no País como um tributo a Ayrton Senna e em bundle especial do console PlayStation 3.

O diretor da Razer para a América La-tina, Vitor Martins, acredita que uma alternativa para reverter os custos é a oferta de suporte pós-venda e assis-tência técnica diferenciados. “É uma forma de o consumidor compensar o investimento, pois não há outra alter-nativa. Os custos precisam ser repassa-dos”, lamenta. Apesar dos obstáculos, a variedade de segmentos e de oportu-nidades que pode ser explorada pelo varejo torna o mercado de games ain-da mais surpreendente.

Games mobileA categoria de jogos para dispositivos móveis veio somar forças aos negócios rentáveis de consoles e de PC gamers. “Dos 45 milhões de jogadores existen-tes no Brasil, 17%, ou seja, 7,6 milhões, jogam em smartphones e tablets. Gran-des empresas de consoles e PC gamers

já lançaram versões de seus principais games para esse nicho, além de outros fabricantes, grandes e pequenos, que desenvolvem jogos específicos para o mundo mobile”, explica Kaulino.

Com esse novo segmento, a ten-dência global, de acordo com o le-vantamento do BNDES, é de que o mercado se divida em dois grandes nichos. O primeiro, composto por videogames e PCs, apresentará vo-lume moderado, preços mais eleva-dos e crescimento mais modesto ao se dirigir a um público específico. O outro, que abrangerá os jogos casuais (caso do segmento mobile), crescerá com maior velocidade, atingirá mais jogadores e terá preços mais baixos.

Essa segmentação evita os alarmismos de que a categoria mobile poderá dis-putar ou até ocupar o espaço de ou-tros produtos – como aconteceu no mercado de GPS e de câmeras digitais. “Os nichos irão se complementar. Em-bora as empresas priorizem um perfil específico de consumidor, elas conse-guirão atingir a maioria do público ga-mer. Quem joga pelo PC, geralmente, também utiliza consoles e plataforma mobile. E isso vai aumentar ainda mais”, avalia Ricardo Filó, gerente de marke-ting no Brasil da Logitech.

Joypad Bluetooth Headset Estéreo com Microfone para Xbox 360 / PC / PS3

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MATÉRIA ESPECIAL - GAMES

A empresa é otimista em relação ao crescimento dessa plataforma e é uma das que investem em produtos para o segmento. Faz parte do portfó-lio da Logitech o PowerShell Control-ler + Battery, controle do tipo console, para iPhone 5, 5S ou iPod touch, com bateria integrada de 1.500 mAh, de-sign compacto e empunhadura adap-tada para jogos. Na mesma categoria, a The Leadership Group dispõe do Joypad Bluetooth para smartphone, o principal lançamento da marca neste ano, que transforma o aparelho em game portátil. Compatível com os sistemas Android e iOS, tem conexão Bluetooth, formato ergonômico e co-bertura emborrachada.

Acrescenta-se a essas opções o Ga-mePad Samsung, distribuído pela Comesp, compatível com o sistema Android. Possui dois controles analó-gicos, quatro botões de ação, dois de gatilho, grande gama de jogos (gratui-tos e pagos) nas Lojas Samsung App e Google Play, além de Bluetooth 3.0 e NFC (com Android 4.3 e versões posteriores). “Todo segmento tem seu espaço, e o de games para mobi-le começa no Brasil com um futuro muito promissor”, destaca Edmundo Citino, diretor da distribuidora.

Jogador multiplataformaA modalidade de jogos online reforça o perfil do jogador multiplataforma que, em cada ocasião, se dedica a uma plataforma diferente. De acordo com pesquisa da ESPM, realizada em parce-ria com empresas do setor e que ouviu 823 pessoas, de 14 a 84 anos, na maioria dos Estados do País, grande parte dos gamers (85%) joga no computador. Smartphones são a segunda platafor-ma mais popular, com 73%, e os conso-les ocupam a terceira colocação (66%). Os games para mobile também inse-rem significativo número de pessoas nesse universo e, sem a necessidade da compra de console específ ico,

Vitor Martins, diretor da Razer para a América Latina

Kraken 7.1 USB

Ricardo Filó, gerente de marketing da Logitech

PowerShell Controller + Battery

G430 Surround Sound Gaming Headset

G27 Racing Wheel

BlackWidow Ultimate

Razer DeathAdder

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basta um smartphone. “No Brasil, te-mos cerca de 273 milhões de linhas móveis ativas, por isso julgo que esse é um mercado promissor, tanto para os desenvolvedores dos jogos quan-to para os fabricantes de acessórios para celulares, que podem explorar acessórios como joystick game pad, fones de ouvido, carregadores portá-teis, etc.”, diz Citino.

No caso do PC, este agrega tanto o jo-gador ocasional – como ocorre com os aparelhos mobiles – quanto os heavy users. “O mercado está em ple-na expansão. Temos isso claro quando vemos as pesquisas que mostram os desktops em queda, enquanto os PC gamers sobem”, conta Marcelo Pon-tieri, gerente de marketing para canais da Nvidia no Brasil. Geralmente, os usuários de PCs esperam performan-ce superior e querem melhorar sua experiência durante o jogo.

Estudo realizado pelo Laboratório de Consumo da Ericsson em diferentes países, inclusive no Brasil, reafirma isso. Além de utilizarem os jogos como for-ma de interação social, os gamers bus-cam imersão e estão mais dispostos a in-vestir em elementos que proporcionam experiência superior – telas com reso-lução maior, melhor sistema de som e de respostas a comandos. “Observamos que muitos jogadores têm interesse em comprar itens que somam ao seu con-sole ou computador, aprimorando a experiência vivenciada durante o jogo”, observa Andrea Sabino, diretora-geral da One For All.

O perfil de consumidor que investe em produtos de maior valor agre-gado, entretanto, poderia ser ainda mais amplo. “Não é novidade que o mercado é promissor e está em ex-pansão, além de ter tamanho respei-tável. Porém, ele ainda é considerado

GamePad Samsung

Jogos para dispositivos móveis vieram somar forças aos negócios de consoles

e de PC gamers.

Edmundo Citino, diretor da Comesp

um hobby, uma forma de diversão e não é levado tão a sério como se deveria”, afirma Peter Jang, diretor nacional da Cooler Master. A importância da profis-sionalização dos jogadores e da institu-cionalização dos games como esporte, o que proporcionará amadurecimen-to maior do mercado, é reforçada por Martins, da Razer. “Ainda temos muito espaço para crescer. A forma como os jogadores são tratados no Brasil está muito aquém da observada nos Esta-dos Unidos, Europa e Ásia”, diz Martins.

Canais de vendaTão variados quanto as categorias que constituem o mercado de games são os canais que as comercializam. Os produtos têm forte apelo não só nas lojas especializadas como nas redes de eletroeletrônicos e, agora, também no e-commerce. As primeiras ainda são minoria e, muitas vezes, concentram--se nas capitais. “O varejo especializado não atende os consumidores em mas-sa, mas atrai aqueles que estão dispos-tos a investir. O magazine, por sua vez, comercializa um volume maior devido à possibilidade de financiamento para a compra”, acrescenta Martins.

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MATÉRIA ESPECIAL - GAMES

Na hora de compor seu mix, o geren-te de marketing da Logitech destaca algumas das vantagens de incorporar acessórios e periféricos para games. “Eles aumentam o tíquete médio. Se o consumidor não os encontra no local onde ele adquire o console, certamente vai buscar em outro vare-jo. A categoria também proporciona maior retorno, frequência e perma-nência do cliente dentro da loja”, in-forma Filó. Tais benefícios demandam uma contrapartida do varejista, pois é preciso acompanhamento apurado dos estoques e do giro das mercado-rias para evitar a comercialização de produtos ultrapassados.

“Trata-se de um mercado totalmen-te alinhado ao de tecnologia , por-tanto em constante transformação. Prova disso são os inúmeros lança-mentos nas categorias de consoles e PCs que não param de chegar ao Brasi l”, acrescenta Hirano, da NC Games. A empresa oferece, além de hardware e acessórios, jogos para todas as plataformas e tem em seu portfólio títulos como Pro Evolution Soccer 2014, Assassin’s Creed Black Flag e Just Dance 2014 – todos na lista dos mais vendidos, segundo a GfK. Para a exposição dos produtos da categoria , o diretor comercial da empresa orienta os varejistas a categorizá-los por plataforma, para facilitar a localização e identificação por parte dos clientes.

A experimentação é outro aspecto que merece a atenção dos lojistas. “É ela que dará ao consumidor a chance de testar diferentes jogos e platafor-mas, para escolher aquele com que teve mais afinidade”, explica Gracias, da Sony Computer Entertainment. Além dos tradicionais consoles, a PlayStation disponibiliza software, acessórios, sensor de movimento (PlayStation Move) e a plataforma de jogos online (PlayStation Plus).

Marcelo Pontieri, gerente de marketing para canais da Nvidia no Brasil

GeForce GTX 750

GeForce GTX 780 Ti

Andrea Sabino, diretora-geral da One For All

Fone PC Gaming

Fone Full Size

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O gamer brasileiroTambém é importante conhecer quem são os gamers brasileiros para definir a melhor estratégia de atuação para cap-tar o cliente. O levantamento da ESPM revelou um dado surpreendente: 49% do público jogador é composto por mulheres. Outro dado que pode con-trariar as convenções é o de que game é atividade para crianças e adolescentes. A média etária dos gamers do sexo fe-minino é de 32 anos e a do masculino é de 35 anos. O primeiro público prefe-re, em sua maioria, jogos de estratégia (22%), enquanto o segundo gosta de ação e aventura (23%).

Os fabricantes e as distribuidoras já estão de olho neste público, que é economicamente ativo e busca ex-periências cada vez mais envolventes enquanto joga. Embora faltem dados que indiquem quanto os gamers gas-tam na aquisição de produtos, a ESPM sinaliza que 53% deles já pagaram por aplicativos para jogar em seus gad-gets. Do total de entrevistados, 83% já fizeram download de algum jogo e, dentro desse universo, 54% nunca pagaram por eles. Apesar disso, 12% deles investem em itens para uma par-tida. Essa porcentagem é maior entre os que habitualmente pagam para ter acesso a um game (34%).

Em consoles e PCs, a situação não é diferente. “Hoje, as empresas oferecem mais opções de produtos para o mer-cado tradicional de varejo, porém ainda há muito o que fazer. Quando os PCs e acessórios voltados para os gamers entrarem de vez nas grandes redes, com certeza teremos uma propagação e um crescimento ainda mais acelerados”, acrescenta Rafael Schandeck, gerente de vendas da AverMedia. Mais oportunidadesPara os PC gamers, as linhas de produ-tos disponíveis contemplam desde placas de vídeo a periféricos, além

dos desktops e notebooks específicos para esse nicho. “Mesmo que seja algo fora dos padrões, os jogadores estão dispostos a investir em produtos que os satisfaçam. Assim, o mercado de acessórios está sempre criando novas tecnologias, designs e funcionalida-des para facilitar e melhorar o desem-penho do usuário”, reforça o diretor nacional da Cooler Master.

A marca tem linha diversificada de pro-dutos, com destaque para os coolers, en-tre eles o modelo V4GTS, específico para o público pró-gamer. Compacto, econo-miza espaço, tem 4 heat pipes direciona-dos para a câmara de vapor e condutores com cobertura de níquel, que, além da função estética, serve para prevenir a oxidação do cobre. Tem ainda aletas de alumínio com ângulo para guiar o fluxo de ar, duas ventoinhas Xtraflo PWM e almofadas de borracha antivibração em torno das bordas para diminuir o ruído.

Na linha de placas gráficas, a Nvidia ofere-ce a GeForce GTX 750, que não necessita de conector para fonte e possibilita up-grade em computadores mais antigos, se esses tiverem uma fonte de 250 W. Outro destaque é a placa GeForce GTX 780 Ti, modelo de GPU única, a mais rápida da marca. “Os usuários de PC procuram a melhor experiência na performance do jogo e não só na parte gráfica. Os disposi-tivos e acessórios são parte fundamental. Por exemplo, um monitor pode tornar o desempenho do jogo muito mais real. Teclados e mouses de alta precisão fa-zem com que os gamers se destaquem perante seus oponentes”, conta Pontieri.

Na categoria de captura de vídeo, a AverMedia aposta em tecnologias como a Game Capture HD II, que grava e possibilita edição na placa e upload direto para o YouTube. “Ela permite que o usuário possa gravar suas joga-das e disponibilizá-las nas redes sociais”, diz Schandeck. Oferece ainda modelos portáteis, como o Live Gamer Portable,

V4GTS

Peter Jang, diretor nacional da Cooler Master

CM Storm Mech

Reaper

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MATÉRIA ESPECIAL - GAMES

que pode ser utilizado com ou sem PC, e a placa interna Live Gamer HD, com software que permite total controle da gravação e transmissão de vídeo.

Acessórios e periféricosNa parte de áudio, empresas como a One For All têm opções de fones. Do portfólio desta, destaque para o fone PC Gaming, com microfone e controle de volume integrados, alças ajustáveis, almofada macia, design

moderno e acabamento vermelho metálico. Complementa a linha gamer da empresa o modelo Full Size, com almofadas macias e isolamento acús-tico. Além de conforto ao usuário, as-segurado também pelos 3 metros de cabo, proporciona qualidade sonora com graves reforçados.

Outras empresas que investem na cate-goria de headsets são a The Leadership Group, a Razer e a Logitech – que tam-bém detêm linhas de teclados e mouses para gamers. O primeiro fabricante des-taca o Headset Estéreo com microfone para Xbox 360 / PC / PS3, que possibilita ouvir o áudio do jogo juntamente com o das conversas de chats online, ao ser ligado diretamente no televisor – por meio de conector RCA para a TV, USB para PlayStation 3 e PC, e P1 para Xbox 360. “Os produtos disponíveis no mer-cado são apenas para conversas online, motivo de reclamação dos consumido-res”, ressalta Kaulino.

A Razer oferece o headset Kraken 7.1 USB, além da edição especial Kraken For-ged Edition, com design em alumínio, que tem som surround virtual de 7.1 canais e

microfone digital reforçado e retrátil. Na linha de periféricos, possui opções como o teclado BlackWidow Ultimate, primei-ro com switch mecânico desenvolvido especificamente para games. Com teclas retroiluminadas individualmente, total-mente programáveis e com gravação macrossimultânea, tem vida útil de 60 milhões de toques e lança nova série ins-pirada no jogo World of Tanks, composta pelo mouse Razer DeathAdder e mouse pad Razer Goliathus, ambos estilizados

com elementos do game e disponíveis a partir de junho.

Com portfólio diversificado de 19 itens, a Logitech chama a atenção para o G430 Surround Sound Gaming Headset, som surround 7.1, cujos fones de ouvido po-dem ser elevados em 90º graus. Destaca também o volante G27 Racing Wheel, com embreagem helicoidal silenciosa, semelhante às usadas em transmissões de carros, câmbios de leme de aço, com transmissão semiautomática, LED indi-cador de RPM/marcha e revestimento em couro verdadeiro.

As opções de periféricos disponíveis no mercado incluem, ainda, itens da Cooler Master, como teclado CM Storm Mech, que vem alojado em um casco de alumínio personalizável e com alça para auxiliar no transporte, capacidade de armazenamento de até 75 macros e 5 perfis, além de permitir pressionar simultaneamente até 64 te-clas. Oferece também o mouse Reaper, com sensor laser Avago de alta preci-são, 8200 DPI, oito teclas programáveis e quatro configurações possíveis devi-do à sua memória flash de 128 KB.

Acessórios e periféricos aumentam o tíquete médio do varejo. Redes devem estar atentas aos estoques e oferecer

experimentação dos produtos nas lojas. Rafael Schandeck, gerente de vendas da AverMedia

Game Capture HD II

Live Gamer Portable

Live Gamer HD

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ELETROL AR SHOW FEIRA

Mais de 30 mil executivos do segmento são esperados na Eletrolar Show 2014 para selar parcerias e fechar negócios.

M aior feira B2B de eletro-domésticos, eletroele-trônicos, celulares e TI

da América Latina, a Eletrolar Show 2014, que será realizada de 15 a 18 de setembro, no Transamerica Expo Center, em São Paulo, é um espaço de inovação e oportunidades. Con-centra todas as linhas do segmento e, como canal de bons negócios, fixa marcas, facilita a formação de parce-rias e aproxima a indústria e o varejo de todos os portes e regiões do País.

O evento, que está em sua nona edi-ção, acumula resultados positivos, mensurados pelo número crescente

de visitantes e de negócios gerados. Em 2014, a estimativa é que seja vi-sitado por 30.000 qualificados pro-fissionais da área de compras, que têm poder de decisão sobre mais de 25.000 pontos de venda em todo o Brasil. No ano passado, recebeu mais de 28.000 visitantes.

“Em 2014, a feira será um show de tecnologia e de novos negócios para a indústria e o varejo de eletrônicos. Aumentamos os investimentos para, mais uma vez, batermos o recorde de presença de compradores do grande, médio e pequeno varejo”, diz Carlos Clur, presidente do Grupo Eletrolar,

SETEMBRO É O MÊS DOS GRANDES NEGÓCIOS DE ELETROS

Carlos Clur, diretor do Grupo Eletrolar

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Clóvis Simões, diretor comercial da Atlas

organizador da feira, cuja grande re-percussão, inclusive na mídia, leva o consumidor às lojas de eletros, na época do Natal.

Mais uma vez, o Grupo Eletrolar patrocinará a vinda de 550 compra-dores de grandes redes que não têm sede em São Paulo, o que representa aumento de 10% em relação ao ano passado. “A presença desses execu-tivos resulta no estreitamento das relações entre quem fabrica e quem compra e na formação de duradou-ras parcerias nas diferentes regiões do País”, afirma Clur.

Mercado de R$ 100 bilhõesO mercado brasileiro de eletros é re-presentativo, estima-se faturamento de R$ 100 bilhões este ano, e a Eletro-lar Show é um espaço que dá muita visibilidade, o que motiva a participa-ção das empresas. “A feira tem forte poder de atração e propicia de forma objetiva o encontro dos fabricantes com os principais executivos do va-rejo nacional, gerando boas oportu-nidades de negócios. Vamos dobrar

a área ocupada na edição anterior, o que permitirá a exposição quali-ficada da linha 2014, com 21 novos modelos que incorporam tecnologia e design”, diz Clóvis Simões, diretor comercial da Atlas.

Mais uma vez, a Eletrolar Show recebe a De’Longhi, com produtos de linha branca e portáteis. “É a maior feira de eletros da América Latina. Durante quatro dias, temos a oportunidade de falar pessoalmente com clientes de todo o País. É o ambiente perfeito para estreitar o relacionamento, rever velhos amigos e conquistar novos parceiros. Este ano, apresentaremos lançamentos exclusivos de forma in-terativa para reforçar suas qualidades e diferenciais. Os resultados obtidos com a feira são extremamente im-portantes, e a expectativa é de, pelo menos, dobrarmos o volume de ne-gócios sobre 2013”, afirma o CEO Rui Dzialoschinsky.

Quem também expõe novamen-te é a Esmaltec. “Hoje, é a feira mais importante do setor, uma referência

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Mais uma vez, o Grupo Eletrolar patrocinará a vinda de 550 compradores de grandes redes que não têm sede em

São Paulo, garantindo representatividade nacional para a feira. O número é 10%

superior ao do ano passado.

Rui Dzialoschinsky, CEO da De’Longhi

Annette Reeves de Castro, superintendente da Esmaltec

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FEIRA

para o mercado por reunir os prin-cipais fornecedores e varejistas do Brasil, com foco nos negócios. Todas as grandes marcas do setor estiveram na última edição, e o volume de ne-gócios foi representativo. Este ano, estaremos presentes com estande maior do que o de 2013 e apresenta-remos uma linha completa de novos produtos, que devem impactar o mercado nacional”, destaca a supe-rintendente da empresa, Annette Reeves de Castro.

Segmento de TIGrandes empresas de TI também estão na Eletrolar Show. “Como a fei-ra vem crescendo a cada edição, en-tendemos que participar dela é uma forma de divulgar nossos produtos e a empresa no mercado, principal-mente porque tem dado espaço cada vez maior para a tecnologia. Não temos ainda projeção dos nú-meros que serão negociados na fei-ra, mas nossos maiores objetivos são o relacionamento com os clientes e a apresentação de lançamentos”, conta Francisco Hagmeyer Jr., dire-tor comercial e de marketing da DL.

Este é o quarto ano da Mazer no evento. “Estamos motivados de-vido ao retorno que tivemos dos clientes e dos que foram prospec-tados na feira, onde conheceram a

Mais informações sobre a feira estão no portal

www.eletrolarshow.com.br

Este ano, a Eletrolar Show deverá receber mais de 30.000 qualificados profissionais da área de compras, que têm poder de decisão sobre

25.000 pontos de venda em todo o Brasil.

Francisco Hagmeyer Jr., diretor comercial e de marketing da DL

nossa diversificada linha para o va-rejo. Na edição deste ano, aumen-tamos o investimento e o espaço”, destaca Ismael Fábio Schneider, diretor de marketing da empresa, que fará lançamentos de tradicio-nais fornecedores e apresentará produtos de novos parceiros. “Um de nossos diferenciais é a linha de produtos cujos fabricantes não têm operação local, sendo a Mazer a importadora e representante ofi-cial no País. Temos também quatro centros de distribuição, estrategi-camente localizados em quatro Es-tados, que nos permitem oferecer mais opções em logística aos clien-tes”, acrescenta o executivo.

A AF International considera a Ele-trolar Show o mais importante meio de divulgação da marca. “Por conta disso, é um evento muito esperado, e nossas expectativas são as mais positivas possíveis, pois vamos re-ver os clientes atuais e conseguir novos”, afirma Carolina Cesetti Kina, gerente-geral da empresa no Brasil. Além da linha de limpeza para telas, tablets, teclados e demais itens de informática, mostrará no estande o AF Tech Rescue, lançado na Pa-peworld deste ano, na Alemanha. O produto resgata aparelhos eletrôni-cos molhados por queda na piscina ou excesso de chuva.

Ismael Fábio Schneider, diretor de marketing da Mazer Distribuidora

Carolina Cesetti Kina, gerente-geral da AF International no Brasil

36 eletrolarnews

MATÉRIA ESPECIAL

Presente na celebração dos bons momentos, o vinho se insere cada vez mais

nos hábitos do brasileiro, e este, à medida que pesquisa e se aperfeiçoa no

assunto, exige produtos melhores e contribui para o crescimento de um

mercado que inclui taças diferenciadas, com design específico para cada

espécie de uva, decanters, abridores e outros acessórios.

Leda Cavalcanti

VINHOS & CIA.VINHOS & CIA.

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ADEGAS E ACESSÓRIOS

Presente na celebração dos bons momentos, o vinho se insere cada vez mais

nos hábitos do brasileiro, e este, à medida que pesquisa e se aperfeiçoa no

assunto, exige produtos melhores e contribui para o crescimento de um

mercado que inclui taças diferenciadas, com design específico para cada

espécie de uva, decanters, abridores e outros acessórios.

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da classe média com a tendência de experimentação e premiuniza-ção”, diz Gustavo Melo, diretor de marketing da Whirlpool Latin Ameri-ca, dona das marcas Consul, Brastemp e KitchenAid.

De 2002 a 2012, o consumo pelas classes C e D cresceu 23,8%, embora o maior aumento (57%) esteja entre o público A/B. “O brasileiro está mais interessado em gastronomia, experi-

mentação de vinhos e cervejas espe-ciais, e esse novo comportamento faz com que a necessidade de eletrodo-mésticos saia do básico. O brasileiro está incorporando o vinho aos novos hábitos familiares, e o crescimento do mercado de adegas é reflexo desta tendência”, diz Rodrigo Teixeira, ge-rente de marketing de produtos da Midea Carrier.

A internet também contribuiu para o maior consumo, diz Frederico Pi-nheiro, coordenador de marketing da Vicini Brasil. “Além do fator aumento da renda, ela divulgou novos hábitos e culturas, dentre eles a gastronomia, e isso, direta e indiretamente, impul-siona a demanda por vinhos e adegas.” Também à gastronomia, o diretor comercial da Zeex, Vinicius M. Ligo-cky, credita o avanço do mercado.

O consumo dobrou em 10 anos. De 81 milhões de l itros passou para 176

milhões no período de 2002 a 2012, média de crescimento de 8% ao ano, segundo pesquisa do Instituto de As-sessoria Mercadológica e Mercado-métrica. Hoje, dados da Associação Brasileira de Supermercados revelam que o consumo é de 1,9 litro/ano per capita, e a estimativa é que chegue a 2,5 litros até o final de 2016. Os números

mostram que ainda há muito espaço para a expansão do mercado de vinho e produtos correlatos, como adegas e acessórios. “O segmento de adegas no Brasil deve fechar 2014 com cres-cimento de dois dígitos em relação a 2013”, afirma Rafael Bonjorno, diretor de marketing e inovação da Electrolux para a América Latina.

Nos últimos anos, o setor de adegas vislumbrou seu potencial. “O consu-midor brasileiro passou a demons-trar maior interesse em conhecer o universo do vinho, que traz consigo a oportunidade de saber mais so-bre a história, o turismo e paladares distintos. Um dos fatores que contri-buem para o crescimento do consu-mo de vinho e, consequentemente, maior interesse pelas adegas clima-tizadas é a combinação da ascensão

A ascensão da nova classe média colaborou para o aumento do consumo de vinho e, consequentemente, de produtos correlatos,

como adegas e taças.

“Ela teve papel importante para isso acontecer porque o vinho casa me-lhor com a alta gastronomia. Assim, a adega ganha espaço, porque o con-sumidor, ao entrar nesse mundo dos vinhos, começa a sentir necessidade do produto.”

Charme & Mercado Adega em casa é algo charmoso e de-monstra que seu dono quer tomar e oferecer vinhos na temperatura ade-quada. “O brasileiro vem gastando mais tempo e dinheiro com vinhos, fazendo cursos, pesquisando, se especializando e, com isso, levando as importadoras e revendedoras a venderem produtos melhores. Esse movimento de cresci-mento e especialização do mercado faz com que o consumidor invista em formas de armazenar corretamente os produtos e procure cada vez mais adegas climatizadas para ter a melhor experiência de consumo pessoal”, ex-plica Bonjorno, da Electrolux.

Em 2013, adegas para oito ou nove garrafas aumentaram suas vendas de maneira representativa sobre 2012. Em volume, subiram 33,3%, e o preço médio caiu 6% no mesmo período, se-gundo dados da empresa de pesquisas GfK, que registrou também queda de vendas nas demais categorias na com-paração com o acumulado de 2012. “No mercado de uso doméstico, a tendência é por adegas menores, de até 18 garrafas, em função do tamanho das residências”, diz Ligocky, da Zeex. “A maior tendência é a sofisticação das adegas, que é uma das características do consumidor habitual de vinhos”, acrescenta Pinheiro, da Vicini.

Nos últimos anos, o perfil dos com-pradores de adegas vem mudando, conta Bonjorno. “O nicho de mer-

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ADEGAS E ACESSÓRIOS

cado era muito pequeno, mas tem aumentado fortemente nas classes A e B, atendendo desde colecionadores antigos até os que estão se iniciando na arte de degustar vinho. Esse movi-mento ocorre pelo maior consumo e também pela oferta de adegas diferentes n o m erc a d o. H o j e existem produtos para oito garrafas, que aten-dem qualquer tipo de espaço. Há os sofisti-cados, com espaços independentes para armazenamento de di-ferentes tipos de vinho. Existem ainda os modelos para mais de 40 garrafas.”

O período outono/inverno é o mais favorável para as vendas de adegas. “As épocas mais frias do ano convi-dam o consumidor a apreciar maior

A temporada outono/inverno é a mais favorável à venda de adegas e acessórios. Os produtos têm aceitação maior no Sudeste,

no Sul e no Centro-Oeste do País.

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Rafael Bonjorno, diretor de marketing e inovação da Electrolux para a América Latina

Modelos ACS da Electrolux, com espaço para 34, 12 e oito garrafas

quantidade de vinho, o que também impacta o aumento das vendas de adegas”, diz Melo, da Whirlpool Latin America. “É um item que encabeça a lista de desejos para o Dia dos Pais, com leve aumento da procura no mês

de agosto. Também observamos uma elevação natural próximo às festas de fim de ano”, emenda Rodrigo Teixeira, gerente de marketing da Midea Car-rier. Em vendas, as capitais das Regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste são as que apresentam melhor desempenho.

De oito a 48 A Brastemp tem dois modelos de adegas. A Zone Brastemp Gour-mand, com i luminação interna em LED, comporta até 31 garra-fas, sendo 10 no compartimento

sup er ior. Possui compartimentos c o m c o n t r o l e i n d e p e n d e n t e de temperatura , umidade e vibra-ção para melhor cons er vação do a r o m a e s a b o r de até quatro ti-

p os de vinho s imultaneamente (branco, tinto, espumante e rosé). O vidro de exibição é duplo, com proteção UV, que diminui a troca de calor entre o ambiente interno e o externo, colaborando para a temperatura ideal.

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Gustavo Melo, diretor de marketing da Whirlpool Latin America

Adega climatizada Brastemp AllBlack (12 garrafas)

Adega climatizada Brastemp Gourmand (31 garrafas)

Rodrigo Teixeira, gerente de marketing da Midea Carrier

Midea Magno, para 23 garrafas

Midea Magno, para 29 garrafas, da Midea Carrier

O outro produto é a adega clima-tizada Brastemp AllBlack, com di-mensões compactas e modernas, que funciona como uma peça de decoração. Com capacidade para 12 garrafas, o controle de temperatura é eletrônico Touch Sensor, que cuida da qualidade, conservação, aroma e sabor dos vinhos. “A iluminação in-terna em LED também atua na eco-nomia e sofisticação”, destaca Melo, diretor de marketing da Whirlpool Latin America, detentor da marca.

A Electrolux conta com cinco ade-gas. A ACS08 e a ACS12, para oito e 12 garrafas respectivamente, têm design compacto, painel touch, aca-bamento em alumínio escovado e iluminação em LED, sendo indicadas para quem não tem muito espaço físico. Os modelos ACD29, para 29 garrafas, e o ACS34, para 34 garrafas, têm diferenciais como o Wine Bar, um tampo para apoiar taças e garra-fas. A ACD29 oferece duas zonas de refrigeração para que o consumidor selecione temperaturas diferentes para cada tipo de vinho.

Outra adega é a CI49, capaz de ar-mazenar até 48 garrafas, com tec-nologia especial de ventilação fron-tal, permitindo que seja embutida. “Suas prateleiras são deslizantes e decoradas com madeira natural , podendo ser pintadas para combi-nar com o projeto da cozinha”, diz Bonjorno, diretor de marketing e inovação da empresa para a Amé-rica Latina. Tem porta com fecha-m ento auto máti co, te c n o l o gia Frost Free, pés niveladores e f iltro de ar contra bactérias e odores.

De 12 a 33No portfólio da Eterny, há três mode-los de adegas: ET23002AB, para oito garrafas, ET23003AB, para 12 garrafas,

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ADEGAS E ACESSÓRIOS

Luana Cunha, gerente de contas da Eterny

Eterny ET23003AB, para 12 garrafas

Eterny ET23007AB, para 16 garrafas

VCL-712 Vicini, para 12 garrafas

VCL-732 Vicini, para 32 garrafas

e ET23007AB, para 16 garrafas. Os pro-dutos têm lâmpada interna, gavetas re-movíveis de metal aramado e indica-dor digital de temperatura com ajuste entre 7 ºC e 18 ºC. “Dispõem também de sistema eletrônico de resfriamento, que torna as adegas muito mais silen-ciosas e sem vibrações, o que garante a manutenção das características do vinho”, conta Luana Cunha, gerente de contas da empresa.

A Midea Carrier oferece três mode-los de adegas climatizadas. Para con-sumidores que priorizam soluções compactas, a Magno, de 23 garrafas, tem requinte e é indicada para salas e cozinhas pequenas. Para apreciadores criteriosos, a Midea Magno, de 29 gar-rafas, oferece o sistema duplex, isto é, compartimentos separados e clima-tização específica para diversos tipos de vinhos. “A marca dispõe também de um modelo com capacidade para até 33 garrafas”, diz Teixeira, gerente de marketing da empresa.

Todas as versões possuem design com tela sensível ao toque, iluminação in-terna em LED, prateleiras cromadas, puxador embutido, pés niveladores, sistema de autodiagnóstico, trava de painel e gás refrigerante ecológico R--134ª (não inflamável, atóxico e menos nocivo à camada de ozônio). O sistema de refrigeração por compressão tem baixa vibração e garante a temperatura ideal do vinho.

A Vicini dispõe de três modelos de adegas ecologicamente corretas: VCL-712, para 12 garrafas, VCL-720, para 20 garrafas, e VCL-732, com ca-pacidade para 32 garrafas. As adegas são termoelétricas, têm display digital e teclas touch. Todas possuem porta com vidro duplo temperado, prate-leiras removíveis e luz interna. “São produtos sofisticados, que agradam

muito aos consumidores de vinho”, diz Pinheiro, coordenador de marketing da empresa.

Três modelos compõem o portfólio da Zeex. Para 12, 16 e 28 garrafas, os modelos possuem porta de vidro tem-perado duplo, que ajuda a proteger os vinhos das condições externas e dos raios UV, controle de temperatura di-gital através de touch screen e ilumina-ção interna de LED. Consomem pou-ca energia. “Os produtos têm design moderno, prateleiras deslizantes e pés niveladores ajustáveis”, conta Ligocky, diretor comercial da marca.

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Vinicius M. Ligocky, diretor comercial da Zeex

Adega Zeex, para 16 garrafas

Adega Zeex, para 28 garrafas

Sérgio Griffel, diretor-superintendente da MCassab, que detém a marca Spicy

Decanter Sensations – Maxwell & Williams

Taças Sensations, da marca alemã Spiegelau

Design & sofisticação Bons vinhos exigem taças de quali-dade, e estas, junto com os acessó-rios, formam um mercado que, nos últimos tempos, cresce em média 15% ao ano, afirma Sérgio Griffel, di-retor-superintendente da MCassab, detentora da marca Spicy. “A expan-são desse mercado acompanhou o aumento do consumo de vinhos no Brasil, e as vendas se concentram mais no inverno e no final do ano.” No Brasil, as taças mais vendidas são para vinho tinto, porque este vem se mostrando, pelo menos até agora, o preferido dos consumidores.

Hoje, porém, não se pode mais seg-mentar taças apenas para vinhos tinto e branco. “A tendência é utilizar taças varietais, adequadas à degus-tação de vinhos, tanto tintos quanto brancos, de uvas de diferentes varie-dades. A partir de seu formato, as ta-ças varietais permitem a degustação mais adequada para cada tipo de uva, garantindo que o contato do vinho com as papilas gustativas seja perfei-to”, conta o executivo, que na Spicy tem taças varietais das marcas Riedel, da Áustria, e Spiegelau, da Alemanha.

O maior conhecimento sobre vi-nhos torna o paladar mais sofisti-cado, tanto que o design das taças varietais define para qual qualidade de uva cada uma foi projetada. As mais adequadas são as transparen-tes, que permitem observar a cor e a textura do vinho, orienta Griffel. “Taças coloridas devem ser evita-das, pois perdemos um dos nossos sentidos com sua utilização. A única opção de taça colorida é a Iso preta, utilizada para degustações às cegas. É uma brincadeira para se tentar identificar o vinho que está sendo degustado apenas através do buquê e do sabor.”

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FERRAMENTAS ELÉTRICAS

Produtos para a utilização doméstica somam valor aos negócios das categorias profissionais e semiprofissionais. Com o fim da euforia em relação à construção civil, eles também minimizam a acomodação das vendas do setor.

Igor Carvalho

O auge do “boom” imobiliário no Brasil se deu entre 2009 e o início de 2010. Agora, mais

amadurecido, o mercado de construção civil deve fechar este ano com taxas mais modestas de expansão e desempenho – 2,8% maiores do que as registradas em 2013, de acordo com o Sindicato da In-dústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP). Parale-lamente, começam a ser concluídos os primeiros empreendimentos do período. Tais conjunturas servem de

termômetro para os negócios de ferra-mentas elétricas no Brasil, que, na maio-ria das vezes, seguem de mãos dadas com o setor de construção.

Mesmo diante da desaceleração das obras, a categoria, que já está consoli-dada, registra bom desempenho ao ex-plorar outras oportunidades. Durante a alta do mercado de imóveis, profissio-nais como empreiteiros e construtores sustentaram as vendas. Com a valori-zação dos preços de mão de obra, em

decorrência da indisponibilidade de trabalhadores do ramo, acabou difun-dindo-se no Brasil o conceito “faça você mesmo”, bastante popular em países do exterior, principalmente nos Estados Unidos. Esse novo comportamento diversificou o mercado e ampliou o público consumidor de ferramentas.

Ao somar os segmentos hobbista (de-nominação para o nicho que atende o público que têm como hobby assumir pequenos reparos e obras domésticas

FERRAMENTAS PARA TODA OBRA

eletrolarnews 43

Uso domésticoOs produtos para utilização domésti-ca devem ter participação importante no desempenho do setor e há bastan-te espaço a ser explorado. Dentre as linhas que atendem às necessidades dos hobbistas, novas categorias es-tão sendo incorporadas e se somam a itens tradicionais como furadeiras e parafusadeiras. “Esse público está se equipando e executando tarefas cada vez mais elaboradas dentro de

casa”, destaca Alvarenga. É o caso dos compressores, por exemplo, que di-versificam esse nicho e beneficiam a consolidação do segmento.

A Cobimex, que distribui algumas ca-tegorias da marca Michelin, traz em seu portfólio o compressor diafragma de ar direto, acompanhado por man-gueira espiral plástica de três metros, pistola para pintura com reservatório de 400 gramas e funil para tinta. Com potência de 250 W, vazão mínima de 48 litros por minuto e máxima de 60 litros por minuto, é indicado para ser-viços leves e atividades profissionais de baixa exigência, como pinturas do-mésticas (manutenção de fachadas e painéis ou envernizamento de janelas, portas e batentes) e atividades artesa-nais. Chama a atenção seu baixo nível de ruído (67dBA).

Pistolas elétricas de pintura também es-tão entre as apostas da Intech Machine para a categoria. A empresa acredita no potencial de itens com giro menor, se comparados às categorias “tradicionais”

pouco complexas em seu lar), semi-profissional e profissional, a indústria espera para 2014 a manutenção das vendas aquecidas dos últimos anos. “É um mercado que sempre cresce. Em média, 10% ao ano”, conta Carlos Alvarenga, gerente de marketing da linha de ferramentas da Black&Decker.

O atraso em algumas obras do Progra-ma de Aceleração do Crescimento, do governo federal, deve contribuir tam-

bém para o desempenho do setor este ano. “O mercado da construção civil em geral (construções e reformas) ainda apresenta indicadores de crescimento forte no País, que impulsionam o ne-gócio de ferramentas elétricas. Apos-tamos em um cenário mais favorável, com crescimento de 7% em constru-ção civil e 4,5% para a indústria”, prevê Helder Lopes, gerente nacional de ven-das do canal tradicional da divisão de ferramentas elétricas da Robert Bosch, que detém três marcas de produtos (Bosch, Dremel e Skil), uma para cada perfil de consumidor.

Para o gerente comercial da Goodyear Ferramentas, Cássio Vieira, a tendên-cia do setor também é de alta, mas em 2014 ela deverá ocorrer em menor intensidade. Eventos como a Copa do Mundo de Futebol e as eleições, a se-rem realizadas no segundo semestre, terão impacto nos negócios do varejo como um todo. “Por conta dessa de-saceleração do comércio, acreditamos que teremos uma demanda reprimida para o primeiro semestre de 2015”, diz.

Fotos: Divulgação

Carlos Alvarenga, gerente de marketing da linha de ferramentas da Black&Decker

O conceito “faça você mesmo” promove uma renovação da categoria ao proporcionar a inclusão de novos produtos ao segmento de

ferramentas elétricas.

Kit Furadeira de Impacto ½ VVR HD560K

de ferramentas elétricas. “O mercado está muito fatiado, com muitos players e preços baixos. Tínhamos a intenção de ampliar nossa atuação, mas revimos essa estratégia”, conta Toni Boulos, diretor comercial. A empresa lança o modelo HV500, cuja potência é de 450 W e a pressão varia de 2 a 5 psi. Por meio do sistema HVLP, o jato não forma “nuvem de pintura”, a capacidade do reservatório do produto, 900 ml, garante autonomia ao usuário, e seu bico multiuso em inox também serve para inflar pneu e balão.

Embora o nicho doméstico traga boas oportunidades para o varejo, o execu-tivo da Intech Machine alerta para a

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FERRAMENTAS ELÉTRICAS

Helder Lopes, gerente nacional de vendas do canal tradicional da divisão de ferramentas elétricas da Robert Bosch

Cássio Vieira, gerente comercial da Goodyear Ferramentas

Furadeira GY DI 10500

Martelo Eletropneumático SDS Plus 1859

Furadeira GSB 550 RE Professional

necessidade de cobrar da indústria a es-pecificação das ferramentas que o lojista vai comercializar, uma vez que os produ-tos para hobby não correspondem às especificações dos artigos profissionais, mais adequados para uma performance superior. Como alguns usuários buscam produtos da primeira categoria, por te-rem menor custo, a durabilidade pode ser inferior àquela esperada. “Essa diferen-ça ainda não está muito clara no mercado brasileiro. O varejo precisa se preocupar em orientar o cliente”, comenta Boulos.

Profissionalização No segmento de ferramentas profis-sionais e semiprofissionais, as opor-tunidades podem ser atribuídas ao aumento da qualif icação de traba-lhadores autônomos que se dedicam à construção civil – mais uma conse-quência do bom momento vivencia-do pelas obras, principalmente, do setor imobiliário. “Eles buscam maior produtividade e eficiência”, diz Rodri-go Magalhães, diretor da Cobimex. A tendência de profissionalização, na opinião de Lopes, da Robert Bosch, passa por diversos setores. “Todos eles estão elevando o grau de consciência em relação à segurança do trabalhador, seja em sistemas ou em dispositivos que melhoram a qualidade de vida e o conforto do usuário”, conta.

A Robert Bosch tem portfólio que atende a esse perfil, juntamente com o usuário doméstico. Da marca Bosch, com itens direcionados para a utiliza-ção mais pesada da ferramenta, desta-ca a furadeira GSB 550 RE Professional, modelo robusto, com potência de 550 W, 1,8 kg, empunhadeira auxiliar com medidor de profundidade – alcança 13 mm em concreto, 22 mm em madeira e 10 mm em metal – e que atende às demandas de carpinteiros, eletricistas, encanadores, além de hobbistas. A Skil, outra marca do grupo, mas des-tinada a profissionais, lança o martelo eletropneumático SDS Plus 1859 para trabalhos em concreto, com ou sem impacto. Tem motor de 750 W e 2,1J, para aplicações de perfuração, é leve, pesa 3,1 kg, acompanha adaptador para mandril e é indicado para a remo-ção de materiais como pisos, azulejos e concretos, assim como para insta-lação de toldos, redes de proteção, antenas de TV, entre outras atividades.

Independentemente de público a que se destinam, as ferramentas agregam va-lor aos negócios do varejo de eletroele-trônicos. Com vendas bem distribuídas ao longo do ano, o segundo semestre registra mais oportunidades graças a sazonalidades como o Dia dos Pais e o

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FERRAMENTAS ELÉTRICAS

Natal, além de eventos criados pelos va-rejistas, como a Black Friday e festivais da construção e da bricolagem. “Além de boa rentabilidade, a categoria pode ser considerada como venda complemen-tar, pois os eletroeletrônicos de modo geral demandam instalação, facilitada com a utilização de ferramentas”, sugere Vieira, da Goodyear.

A empresa lança neste semestre a fu-radeira GY DI 10500, com 500 W de potência, mandril de 3/8 com chave, carcaça reforçada de poliamida, cabo de 2 metros de comprimento e 100% rolamentada. “Temos também ferra-mentas semiprofissionais que aten-dem ampla gama de usuários, que vai desde o hobbista mais exigente até o profissional liberal que precisa de um produto para utilização menos inten-

Rodrigo Magalhães, diretor da Cobimex

Toni Boulos, diretor comercial da Intech Machine

Construção civil e obras de infraestrutura ainda têm impacto positivo nas vendas da categoria.

Compressor diafragma de ar direto

Pistola elétrica de pintura HV500

sa, mas que demanda rapidez e preci-são”, acrescenta o gerente comercial da marca.

O portfólio da Dremel, terceira marca da Robert Bosch, também mira o pú-blico dos trabalhadores autônomos. Traz ao mercado brasileiro a Moto--Saw, ferramenta de bancada para corte, que é portátil, compacta e fácil de ser operada. “O produto realiza cortes pre-cisos em uma variedade de materiais”, detalha Lopes. Na linha profissional, a Black&Decker destaca o seu Kit Fura-deira de Impacto ½ VVR HD560K. Com 550 W, opera em velocidade variável e reversível e tem capacidade de perfura-ção de 13 mm para metal e concreto e 29 mm para madeira. É 100% rolamen-tada e vem acompanhada de maleta plástica com 42 acessórios.

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V ITR INE ESPECIAL - FERRAMENTAS ELÉTRICAS

FERRARI EINHELL FREEWAY

METABO VONDER

FURADEIRA ELÉTRICA DE IMPACTO FI-13

MULTICORTADORA A BATERIA RT-MG

FURADEIRA/PARAFUSADEIRA FFB 1200

ESMERILHADEIRA W 8-115 QUICK

FURADEIRA FIV 538

I ndicada para a realização de furos em madeiras, alvenaria e chapas, a

furadeira FI-13 tem rolamentos blin-dados com lubrificação permanente, interruptor com trava e velocidade reversível e variável. Vem com male-ta para transporte, mandril de 1/2” (13 mm), chave do mandril, empu-nhador, limitador de profundidade (200 mm) e jogo de brocas.

Com design compacto e ergonô-mico, a Multicortadora a bateria

pode ser utilizada para diversos traba-lhos, entre eles cortar e lixar madeira e remover excessos de rejuntes. Possui 12 posições de utilização, punho em-borrachado e controle eletrônico de velocidade. Vem acompanhada de maleta, duas baterias 10,8 V / 1.300 mAh Li-Ion, espátula, seis lixas delta, lâmina de serra para madeira, disco diamantado e chave allen. É bivolt.

Leve e com funcionamento por meio de bateria recarregável, a

furadeira e parafusadeira FFB 1200 tem velocidade variável e reversível (0 a 550 rpm). A ferramenta perfura madeira, aço e alvenaria. Vem com bateria de 12 V e o tempo de dura-ção da carga total é de 3 a 5 horas. Além da bateria e do carregador, é acompanhada de maleta, um bits de ponta dupla , seis brocas e seis pontas. É bivolt.

A esmerilhadeira para disco de 4.1/2” modelo W 8-115 Quick

tem motor Marathon com 850 W de potência, 2,2 Nm de torque e rotação de 7.000 a 10.000 rpm. Possui corpo anatômico, sistema de embreagem de segurança (evita o travamento do disco e possíveis acidentes), sistema de troca rápida do acessório sem a utiliza-ção de ferramentas e capa de proteção do disco. Disponível em 127 V e 220 V.

Amplia a linha de ferramentas elé-tricas com a furadeira FIV 538.

Máquina profissional, tem estrutura compacta para trabalhos em locais de difícil acesso. Possui interruptor ele-trônico, que permite iniciar um furo com rotação baixa e aumentar grada-tivamente conforme a necessidade de perfuração. Tem potência de 500 W, mandril de 3/8” com chave e rotação de 0 a 3.000 rpm. O produto da Vonder está disponível em 127 V e 220 V.

SCHULZPARAFUSADEIRA A BATERIA 4,8 V

Le ve e portátil, a parafusadeira Schulz é de fácil manuseio. O LED

de iluminação integrado aumenta a visi-bilidade em lugares escuros, conferindo precisão aos trabalhos executados. A parafusadeira funciona a bateria e con-ta com indicador luminoso para a carga, além de carregador bivolt. Tem torque máximo de 2 Nm e é acompanhada por seis acessórios.

50 eletrolarnews

DOSSIÊ

Um local para receber amigos e reunir a família: para se adequar a essa tendência, a cozinha ganhou mais espaço, foi integrada à sala de jantar e, consequentemente, ampliou as oportunidades de negócios para o mercado de coifas. Fundamental para reter a gordura e os odores durante o preparo de alimentos, a categoria se tornou item essencial para o novo perfil das cozinhas. Para atender à crescente demanda, os fa-bricantes de coifas ampliam o número de produtos que aliam funcionalidade e design a diferentes faixas de preços.

Segundo a empresa de pesquisas GfK, os modelos com custo intermediário, entre R$ 600 e R$ 800, foram os que mais impulsionaram as vendas de coifas no ano pas-sado. O mercado como um todo cresceu 10% em volume na comparação com 2012, e foram os produtos daquele segmento que tiveram o melhor desempenho, com aumento de 3 pontos percentuais. A diversidade de modelos da categoria, essencial para a com-posição do mix de qualquer loja, é mostrada nesta edição do Dossiê.

DOSSIÊ

A VEZ DAS COIFASA VEZ DAS COIFAS

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eletrolarnews 51

Com design moderno e clean, a coifa Brisa Ilha 90 cm é de aço inox AISI 430 e vidro temperado de 6 mm. Tem capacidade de 800 m³/h e função

de depurador e de exaustor. Dispõe de dois filtros inox/alumínio e um de carbono ativado. Tem comando mecânico de três velocidades, nível de ruído de 62 dBA e está disponível em 127 V e 220 V.

ARIX BRISA ILHA

Com capacidade de sucção de 540 m³/h, três velocidades e baixo ruído, a coifa de parede All Black renova o ar da cozinha, tornando o ambiente mais

agradável ao livrá-lo de odores. Disponível em 60 cm e 90 cm e nas versões inox e preta, pode ser utilizada no modo exaustor, que direciona o ar para o exterior da cozinha, ou depurador, que filtra o ar por meio de um filtro de carbono ativado e o direciona novamente para dentro da cozinha.

BRASTEMP ALL BLACK (BAI60AE)

O modelo da Built tem 90 cm de largura, vazão de 1.020 m³/h (saída livre), motor de 240 W e três velocidades. Tem design clean com acabamento

em aço inox escovado e vidro temperado, comando por tecla nas duas faces, filtros de gordura de alumínio laváveis e filtro de odores de carvão ativado. Conta com funções de exaustor e depurador e tem baixo nível de ruído, 48 dBA. Disponível em 127 V e 220 V.

BUILT ILHA VIDRO CURVO (BLT VD IL 90)

Com dupla função, exaustor e depurador de ar, a coifa Cadence Gourmet Vi-dro tem três velocidades controladas por botões e duas lâmpadas halógenas

embutidas. Possui corpo em aço inox escovado, vidro totalmente transparente, filtro metálico lavável e filtro de carvão, que elimina odores desagradáveis quando instalado na função depurador. A altura do duto de saída de ar pode ser regulada na hora da instalação.

CADENCEGOURMET VIDRO CFA390

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DOSSIÊ

Neste Dossiê, a CNA Brasil apresenta a coifa Mirage, modelo com motor tangencial de 270 W e vazão máxima de 1.100 m3/h (saída livre). Possui três

velocidades, tem comando eletrônico touch control, desligamento automático, filtro metálico lavável e filtro de carvão ativado. Dispõe de duas lâmpadas halóge-nas, baixo nível de ruído (44 dBA) e está disponível em 127 V e 220 V.

CNA BRASILMIRAGE

A coifa Consul Facilite alia praticidade e design moderno. Com acabamento em inox, deixa a cozinha mais bonita, destaca a empresa. Indicada para

ambientes integrados, tem baixo nível de ruído e alto poder de filtragem. Os filtros de carvão ativado e de gordura permitem o funcionamento tanto no modo exaustor quanto no depurador. Tem capacidade de sucção ideal para cozinhas de até 19 m². O controle das três velocidades programadas possibilita maior precisão durante o uso.

CONSUL INOX FACILITE

A Continental apresenta a coifa Inox, da linha de embutir, disponível nas versões de 60 cm e 90 cm. Funciona como depurador ou exaustor, tem três

níveis de velocidade, lâmpada indicadora de funcionamento, duas lâmpadas incandescentes que iluminam a área de preparação dos pratos, filtros metálicos que podem ser levados à lava-louças e filtro de carvão ativado. Tem baixo nível de ruído, controle Push Button e duto com altura regulável.

CONTINENTAL INOX 60 CM

A escolha da Crissair para este Dossiê é a CRE70G4, uma coifa de parede com funções de exaustor e depurador. Possui telas de alumínio laváveis

com dimensões de 900 x 780 mm (LxP). Tem acabamento em vidro tempera-do na cor branca, controle eletrônico com display touch, quatro velocidades, timer ajustável de até 9 minutos e lâmpadas de LED.

CRISSAIR CRE70G4

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DOSSIÊ

O modelo de parede WHI09, da Electrolux ICON, tem acabamento em aço inox, com vidro preto no painel. Com a sucção perimetral de três velocida-

des, o modelo seleciona a ideal para diferentes pratos e número de panelas. Conta, também, com a velocidade extra turbo. Possui painel Blue Touch e filtro de carvão ativado, que elimina odores quando instalado na função de depurador. Os filtros têm indicadores de saturação, que apontam a hora certa de trocar ou lavar.

ELECTROLUXCOIFA DE PAREDE WHI09

A coifa luminária Cono Ilha, da linha Galassia, possui três velocidades, acabamento em aço inox e comando Soft Touch iluminado. Vem com

duas lâmpadas halógenas de 20 W, filtro de alumínio e filtro depurador longa vida. Tem 50 cm de largura, vazão de 500 m³/h, 215 W de potência e tensão de 220 V. Consome pouca energia e dispensa tubos de exaustão, graças aos seus filtros depuradores longa vida, que retiram os odores do ar.

ELETTROMECCONO ILHA

Modelo ilha, a coifa Ceres da Falmec tem acabamento em aço inox AISI 430 e vidro. Com capacidade máxima de absorção de 1.000 m³/h, possui quatro

velocidades, vem com um filtro de alumínio e um filtro de carbono ativado e fun-ciona como depurador e exaustor. A aspiração é perimetral. Tem potência elétri-ca de 374 W, iluminação LED, comando capacitivo (touch) e baixo nível de ruído (66 dBA). Disponível em 127 V e 220 V.

FALMEC CERES ILHA

A coifa Ilha Tradition Line vem com filtro de carvão ativado e filtro de alumí-nio que pode ser levado à lavadora de louças. Com três velocidades, possui

controle eletrônico, o que facilita o manuseio. Indicado para lugares espaçosos, o produto tem 90 cm, é fabricado em aço inox escovado, tem vazão de 700 m³/h e está disponível em 127 V e 220 V.

FISCHER ILHA TRADITION LINE

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Com design minimalista e inovador, o modelo CRI da Fogatti, disponível em 60, 70, 75 e 90 cm, possui as funções de depurador e exaustor. Dispõe

de comando mecânico de três velocidades. Conta com sistema de filtros de carvão ativado, filtros laváveis de alumínio e iluminação com lâmpadas de LED. Tem potência total de 142 W, sucção de 700 m³/h para depuração e 900 m³/h para exaustão. Disponível em 127 V e 220 V.

FOGATTICRI – COIFA RETANGULAR INOX

Com acabamento em aço inox e vidro, a coifa de parede Crystal Maris ga-nhou o prêmio “IF Product Design Award 2012”. Tem 90 cm de largura,

três velocidades + turbo, baixo nível de ruído, alta capacidade de extração e duas lâmpadas dicróicas. Com filtro metálico e filtro de cartão ativado, pode ser instalada como depurador e conta com acessório opcional para a função de exaustor. Tem comando digital e está disponível nas cores branca e preta.

FRANKE CRYSTAL MARIS

A coifa de parede com design de Karim Rashid possui painel vertical de LED e tecnologia Moodlite, que permite um jogo com seis opções de cores,

que podem ser alteradas para diferentes ocasiões. Tem função de exaustor e depurador de ar, corpo de alumínio, controle eletrônico de toque, sinalizador com duas lâmpadas halógenas de 20 W, quatro velocidades e filtro de gordura lavável. Motor com potência de 180 W e baixo nível de ruído – 54 dBA.

GORENJE COIFA DESIGN BY KARIM RASHID

Com design retilíneo em aço escovado, a coifa Flat CFI 100 tem capacidade de sucção de 1.000 m3/h, baixos níveis de ruído e motor New Generation. Dis-

põe de painel de controle eletrônico retroiluminado em azul, que sinaliza cada comando, e filtro para gordura em alumínio que pode ser levado à lava-louças. O filtro de carvão ativado retira os odores do ar, é lavável e dura até três anos. Dispõe de acessório opcional para ser utilizada como depurador.

LOFRA FLAT CFI 100

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DOSSIÊ

Acoifa de parede Spicy, marca distribuída pela M.Cassab, tem design euro-peu, acabamento externo em aço inox escovado e filtros metálicos remo-

víveis e laváveis. Pode funcionar sem saída externa. Possui quatro velocidades eletrônicas, capacidade máxima de absorção de 1.000 m³/h, baixo nível de ruído (56 dB) e está disponível em 220 V.

M.CASSAB SPICY

Com design moderno, a Coifa de Vidro Reto da Nardelli, disponível em 60, 70, 80 e 90 cm, tem as funções de depurador e exaustor com sucção

de 700 e 900 m³/h, respectivamente. Dispõe de sistema com filtros de carvão ativado, filtros de alumínio laváveis, comando mecânico com três velocidades e iluminação com lâmpadas de LED. Dividida em dutos superior e inferior, possui potência de 142 W e é encontrada em 127 V e 220 V.

NARDELLI CVR – COIFA VIDRO RETO

Com acabamento em aço inoxidável, a coifa Inox Safanelli Vidro Curvo tem alta tecnologia, é segura e eficiente, destaca a empresa. Possui 90 cm de

largura, filtros de gordura em alumínio laváveis e filtro de carvão ativado. Pode ser utilizada como exaustor ou depurador. Conta com comandos por teclas frontais, motor com três velocidades, vazão de 1.020 m³/h e baixo ruído – 46 dB.

SAFANELLI INOX SAFANELLI VIDRO CURVO

A coifa de parede Vetro, para fogões de até 90 cm, tem acabamento em aço inox, vazão de 700 m³/h, dois filtros de carvão ativado, um de alumínio e

um tubo flexível para a saída do ar. Funciona como exaustor ou depurador e tem potência elétrica de 270 W. Iluminação com duas lâmpadas halógenas (2 x 20 W). Disponível em 127 V.

TRAMONTINAVETRO 90

A coifa Granada Parede, com potência de 290 W e sucção de 820 m3/h (vazão livre), tem três velocidades, painel touch, duas lâmpadas halógenas e baixíssi-

mo ruído. O modelo possui dupla filtragem: tela filtrante em alumínio lavável e filtros de carvão ativado. Dispõe de duto regulador de altura e funciona também como depurador, sem necessidade de saída externa. Tem baixo consumo – 0,29 kWh.

SUGGAR GRANADA PAREDE INOX 90 CM

58 eletrolarnews

PERFIL

ATACADÃO DOS ELETROS: META É SER A MAIOR DO NORDESTERede espera celebrar seus 20 anos de atuação no mercado com crescimento de 25% este ano. Expansão deverá ser sustentada por inauguração de filiais, investimento em loja-conceito e diversificação de negócios dos irmãos Wanderley.

Igor Carvalho

O uando é questionado so-bre a estratégia de negó-cios para o Atacadão dos

Eletros, o diretor-presidente da rede, Américo Wanderley, não esconde a sua ambição de alçar a varejista ao posto de maior cadeia de lojas do Nor-deste. Em 20 anos, a empresa deixou de lado a atuação no segmento de ataca-do para se dedicar à venda de móveis, eletrodomésticos, eletroeletrônicos, produtos de informática e telefonia no varejo. Hoje, figura entre as 10 maiores redes da região. Desde 2010, a empresa

cresce 20% ao ano, número superior à média nacional do setor. “O Atacadão dos Eletros vem mantendo um ritmo de crescimento muito forte. No pri-meiro trimestre de 2014, crescemos 18,5% em relação ao mesmo período de 2013”, conta o executivo.

Embora não revele dados de fatura-mento, Américo espera comemorar as duas décadas de fundação da rede com expansão de 25% no faturamen-to, projeção feita mediante as oportu-nidades que serão geradas pela inaugu-

ração de novas lojas, pela consolidação do seu e-commerce e pela diversifica-ção dos canais de venda da empresa, que agora voltam a incluir o atacado por meio da bandeira ATAE Atacado. “Nosso projeto de expansão continua voltado para o Nordeste, principal-mente nos Estados onde já atuamos. Este ano, abriremos 12 novas unidades e a expectativa é chegar a 100 unidades em 2016”, revela Américo.

A rede opera com mais de 60 lojas dis-tribuídas em municípios da Paraíba,

Filial Lagoa, no Centro de João Pessoa (PB)

PERFIL

eletrolarnews 59

seu Estado natal, Rio Grande do Nor-te, Ceará, Pernambuco e Alagoas, tem 1.400 funcionários diretos, um centro de distribuição verticalizado com 20 mil m², localizado na sede adminis-trativa da rede, em João Pessoa (PB), e estrutura de distribuição própria que atende as filiais pessoenses. O Ata-cadão dos Eletros tem na carteira de clientes as classes C, D e E, e grande par-te de suas filiais são lojas de rua, entre-tanto, seu diretor-presidente destaca a inauguração de unidades em novos for-matos para ampliar a clientela. “Aqueles consumidores continuarão sendo o nosso foco, mas isso não quer dizer que não estamos de olho em outros perfis.”

DiversificaçãoA forma como a estratégia da empresa é conduzida permite concluir que a sua fórmula para o sucesso está na diver-sificação das operações. O Atacadão dos Eletros prepara a inauguração de

sua primeira loja-conceito em João Pessoa, com uma linha de produtos mais sofisticada. “Apesar de estarmos indo para os principais shoppings da Paraíba e do Rio Grande do Norte, nossa prioridade continuará sendo a loja de rua e a interiorização das ope-rações”, garante Américo.

Complementam os negócios da rede a Futura Imóveis, empresa que inves-te no mercado imobiliário e que tem à sua frente Alberto Wanderley, um dos fundadores do Atacadão dos Eletros, em parceria com seu irmão, o diretor-presidente da cadeia de lojas. De acordo com Américo, aquela em-

Fotos: Divulgação

Américo Wanderley, diretor-presidente do Atacadão dos Eletros

presa é responsável pela compra dos imóveis onde são instaladas as filiais da rede, além de ser sócia de um dos maiores shoppings da capital paraiba-na, o Mangabeira Shopping, com 53 mil m² de área bruta locável e mais de 260 lojas, cuja inauguração está pre-vista para novembro deste ano. Esses outros investimentos reafirmam que os irmãos Wanderley acreditam no potencial dos Estados do Nordeste.

“Nossa região vive um período muito positivo, mediante as iniciativas gover-namentais que melhoram os níveis de renda e emprego, mas ainda há muitos investimentos e oportunidades de ne-gócios. Entretanto, em nosso segmen-to, existem boas empresas regionais que estão buscando ocupar seu es-paço e se fortalecer diante da chegada das redes nacionais, e isso tem au-mentado bastante a competitividade no setor, inflacionando alguns custos,

como o de aluguéis, e dificultando a contratação de mão de obra qualifica-da”, observa o diretor-presidente.

Além desses desafios, existem outros obstáculos que a rede deve enfrentar. “Nós estamos em ano eleitoral e num momento que requer cautela. Vamos manter os investimentos planejados para as lojas que iremos inaugurar, mas todas em Estados onde já atuamos, diluindo assim alguns custos opera-cionais e nos fortalecendo ainda mais nestas praças. Aproveitamos esses momentos, em que o mercado está mais cauteloso, para olhar ainda mais para o nosso negócio, fazer ajustes,

“Aproveitamos esses momentos, em que o mercado está mais cauteloso, para olhar ainda mais para o nosso negócio, fazer ajustes, melhorar processos e

o nosso desempenho como um todo.” Américo Wanderley

melhorar processos e o nosso desem-penho como um todo.”

Américo acredita que, pelo fato de a rede ser genuinamente nordestina, ela preserva as particularidades da região, e isso é um diferencial competitivo. “Trabalhamos a regionalidade como a força da nossa marca. Por sermos uma empresa totalmente nordestina, sabemos nos comunicar melhor e en-tendemos mais o consumidor da re-gião. Procuramos utilizar esse conheci-mento para proporcionar uma melhor experiência aos consumidores quando visitam as lojas, pois os produtos que temos são basicamente os mesmos

60 eletrolarnews

PERFIL

Rede prioriza o mercado nordestino e, este ano, prevê 12 novas filiais. Expectativa é

chegar a 100 unidades até 2016.

da concorrência. Conhecer o cliente e entender as suas necessidades são fatores fundamentais para encantá-lo. E cliente encantado é cliente fiel”, diz.

Volta às origens Outra aposta da empresa é o merca-do de atacado. “Com a bandeira ATAE Atacado, esse canal volta a ter força no nosso negócio. Estamos fazendo algumas parcerias com fornecedo-res importantes para nos tornarmos distribuidores de seus produtos em nossa região”, conta Américo. Com essa guinada em sua operação, a va-rejista volta-se também ao segmento que deu origem à empresa em junho de 1994, fruto da sociedade entre os irmãos Wanderley.

A história da rede une a trajetória profissional dos dois executivos. Aos 15 anos, Alberto, que na época vivia em Recife (PE), começou a trabalhar como off ice-boy no escritório da CCE Indústria e Comércio de Com-ponentes Eletrônicos, conseguindo, quase 10 anos depois, a colocação de representante comercial na Para-íba. Em 1986, com o conhecimento adquirido sobre o mercado paraiba-no, Alberto identificou um nicho de mercado negligenciado pelos fabri-cantes de eletros: os pequenos lojistas do interior. “Ele começou a comprar produtos nas grandes lojas da capital e a revendê-los no interior durante suas viagens para atender os clientes da CCE na Paraíba”, relembra Américo.

Após deixar o emprego na fabri-cante, em 1988, Alberto conseguiu uma linha de crédito com a CCE que

possibilitou ampliar a quantidade de produtos oferecidos à sua carteira de clientes. “Com o aumento do negócio, ele começou a atender outros Esta-dos. Naquela mesma época, eu tinha me formado em engenharia elétrica e estava terminando minha tese de mestrado. Para aumentar a renda, co-mecei a vender, no interior da Paraí-ba, máquinas copiadoras da Xerox do Brasil. Nos encontrávamos no interior e, assim, passei a ajudá-lo a vender os produtos que ele comercializava”, conta Américo, que, em 1992, passou a fazer parte da Distribuidora Paraiba-na, criada por seu irmão.

Os dois executivos se desdobravam em mais de uma função. Enquanto Alberto cuidava da parte comercial, Américo se dedicava às questões ad-ministrativas e, ambos, acumulavam ainda funções extras como vendedor,

carregador, cobrador e motorista – tudo ao mesmo tempo. As vendas no atacado cresciam exponencialmente, mas, em meados de 1993, a inadim-plência aumentou vertiginosamente. Segundo o diretor-presidente, esse gargalo reverteu-se em oportunida-de. “Decidimos iniciar a migração para o varejo e, como sócios, fundamos o Atacadão dos Eletros, com sua primei-ra loja no centro de João Pessoa.”

Com o tempo, a rede se estruturou e conquistou outros mercados. Améri-co credita essa evolução ao estilo de gestão profissional, embora o Ataca-dão dos Eletros seja uma empresa fa-miliar. “A profissionalização da equipe e de toda a estrutura da empresa é fator fundamental para o nosso ótimo de-sempenho. Nos orgulhamos de estar entre as 10 maiores empresas nordes-tinas do segmento e da quantidade de empregos que geramos. E ficamos felizes em poder dividir este sucesso com nossos colaboradores, vendo-os crescer junto com nossa empresa.”

Mega Feirão Atacadão dos Eletros

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F ITNESS

Dados do Ministério da Saúde revelam que, no Brasil, os homens se exercitam mais que as mulheres. Enquanto 41% deles praticam exercícios físicos, entre as mulheres o índice é de 26%.Leda Cavalcanti

O Brasil é um grande merca-do para os equipamentos de fitness, está entre os

primeiros em número de academias e, agora, também se mostra grande con-sumidor de aparelhos de ginástica de uso residencial. Várias razões motivam a compra, entre elas a falta de tempo para ir à academia e a comodidade de fazer exercícios fora dos horários convencio-nais. A instalação desses equipamentos

em salões de prédios também fortalece o consumo, pois estimula os moradores a se exercitarem com um profissional, dividindo a despesa entre eles. Além disso, há o fator vaidade, que pesa e muito numa época de culto ao corpo.

No entanto, o que mais estimula o aumento das vendas é a preocupação com a saúde. “Cada vez mais, as pessoas reconhecem a necessidade de praticar

exercícios para ter saúde e bem-estar”, diz Vanessa Ferrari, sócia e diretora ad-ministrativa e financeira da Dream Fit-ness. “O conceito mais enraizado, hoje, é o Wellness, que preza o bem-estar e a qualidade de vida, já não basta viver mais tempo, é preciso se sentir vivo”, afirma Eduardo Heitor Maia, gerente comercial da Smart Fitness. “O mer-cado tem grande potencial, cresce em média 15% ao ano”, conta Sabrina

A CAMINHO DO PESO IDEAL

F ITNESSFITNESS

eletrolarnews 63

lho cardiovascular, que desenvolve 12 km/h, indicada para usuários que pe-sam no máximo 130 kg. Seu monitor tem 12 programas. Mais um produto é o Smart EL40, elíptico magnético para uso cardiovascular, que trabalha o cor-po todo, simula o movimento do esqui e aumenta o gasto calórico. Outro elíp-tico, o L30, é dois em um e tem a opção de se transformar em bicicleta ergomé-trica. E a Smart B20, bicicleta ergométri-ca magnética, conta com monitor que mede o batimento cardíaco e o número de calorias gastas no exercício.

Há 15 anos no mercado, a Dream Fit-ness tem 35 produtos e sempre priori-zou os equipamentos compactos, diz Vanessa. “Fomos precursores da po-pularização desses produtos para uso residencial. Nossas esteiras são dobrá-veis, as bicicletas são compactas e te-

Scacchetti Fiuza, supervisora comer-cial da Polimet.

De acordo com pesquisa do Ministério da Saúde, 41% dos homens praticam exercícios físicos, número que cai para 26% entre as mulheres. O estudo tam-bém mostra que 37% das mulheres com mais de 12 anos de estudo pra-ticam atividades físicas no horário de lazer. Esse índice é de 45% na população em geral, mas entre os que estudaram por até oito anos somente 21% se exer-citam regularmente. Isso demonstra que a falta de tempo é empecilho para ir à academia, o que explica o avanço dos produtos para residências.

Produtos A Smart Fitness, marca da Evolution Fitness, tem mais de 50 opções de equi-pamentos para residência e institucio-nais, destinados ao público adulto. São esteiras eletrônicas, elípticos, bicicletas magnéticas e estação de musculação, utilizados para treinamento cardio-vascular, condicionamento físico e motor e controle do peso corporal e da pressão arterial. “As tecnologias que diferenciam esses produtos são Ready and Go System (montagem fácil e ve-loz), Hand Pulse, sistema de medição da frequência cardíaca, e Smart Use, te-clas de atalho para mudança rápida de velocidade, inclinação e nível de inten-sidade. Para otimizar espaço, as esteiras podem ser dobradas”, explica Maia.

Entre os destaques da empresa está a Smart 40-1, esteira elétrica para traba-

Fotos: Divulgação

Vanessa Ferrari, sócia e diretora administrativa e financeira da Dream Fitness

Preocupação com a saúde e falta de tempo para ir à academia impulsionam as vendas

da categoria de fitness residencial.

Bicicleta ergométrica horizontal + Elíptico MAG 5000D

Esteira eletrônica Dream TD 142 A

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F ITNESS

Sabrina Scacchetti Fiuza, supervisora comercial da Polimet

Saco de Pancadas 1,20

Esteira Poli Tread 3500

Brisk Walking Maxi IV Evolution

mos muitos outros equipamentos que cabem debaixo da cama.” Os aparelhos da marca se dividem em cardiovascu-lares (esteiras, bicicletas ergométricas, simuladores de caminhadas) e linha de força, composta por barras, anilhas, halteres e estações de ginástica.

Dentre os produtos, destaque para a es-teira eletrônica Dream TD 142 A, com capacidade de 130 kg e três programas de velocidade. Conta com três progra-mas predefinidos de velocidade. Outro produto é a bicicleta ergométrica hori-zontal + elíptico MAG 5000D, aparelho para cultura física, com monitor que tem seis funções: tempo, velocidade, distância, calorias, pulsação e rotações por minuto. Oferece também o apare-lho abdominal AB 1250 e cama elástica com 32 molas.

A Polimet tem em média 400 itens na linha de fitness, inclusive para natação e acessórios. “Nossos produtos atendem todas as classes sociais, porém o maior percentual se destina à classe média baixa e, em sua maioria, foram desen-volvidos para uso residencial, pois são práticos para guardar e têm estrutura

que facilita o uso. Podem ser utilizados da fase adolescente à adulta, desde que a pessoa procure um profissional especializado antes de iniciar os exercí-cios, para que libere sua programação”, lembra Sabrina.

Para manter a forma e o condiciona-mento físico, a Polimet tem o simula-dor de caminhada Brisk Walking Maxi IV Evolution, feito em tubo de aço 1020, com revestimento para mãos e ponteiras de EVA. Vem com monitor para visualização de suas cinco funções e 4 kg de anilhas emborrachadas para aumentar a intensidade dos treinos. Dis-põe também da Esteira Poli Tread 3500, para usuários com peso máximo de 110 kg, e do Saco de Pancada, confecciona-do em courvin PVC espalmado e ráfia hiperlaminada de polipropileno.

Mercado Outro fator que contribui para que o ne-gócio de fitness siga a passos largos no País é a correlação entre o aumento da renda per capita e o percentual dos que cuidam preventivamente da saúde. “A partir do momento em que as pessoas atendem às suas necessidades básicas,

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passam a contar com recursos para investimento em saúde e bem-estar”, acrescenta Sabrina. Assim, há muito es-paço a ser conquistado. “Aqui no Brasil, ainda estamos engatinhando quando comparamos nossos números com pa-íses como Estados Unidos e Alemanha, mas vemos que o crescimento é cada vez maior”, ressalta Vanessa.

Na América Latina, o maior consumidor de fitness é o Brasil, seguido pelo México. “Vários elementos da popularização do segmento fitness nesses dois países são os mesmos, por exemplo a briga com a balança. Mais da metade da popula-ção adulta no México tem sobrepeso ou obesidade, o que leva o país ao topo do ranking dos gordinhos, e no Brasil o nível é semelhante. A alimentação rápi-da, não balanceada e pouco saudável é

tendência nos dois países, elevando a demanda do segmento”, conta Maia.

Em vendas, o Sul e o Sudeste são lí-deres, seguidos pelo Nordeste. Nas regiões de intenso calor ou com pou-ca incidência de chuvas, o fitness resi-dencial tem menor repercussão, o que é compreensível. “O mercado de fit-ness residencial cresce nominalmente 10% ao ano”, diz o gerente comercial da Smart Fitness. “Nossas vendas são equilibradas, em alguns Estados há sa-zonalidade, em outros elas são contí-nuas. Não somos diferentes dos ou-tros setores, vendemos bem quando o mercado está aquecido e temos que-da quando é recessivo. O importante é estarmos preparados”, afirma a sócia e diretora administrativa e financeira da Dream Fitness.

O Sul e o Sudeste lideram as vendas de equipamentos de fitness, seguidos

pelo Nordeste.

Eduardo Heitor Maia, gerente comercial da Smart Fitness

Elíptico magnético Smart EL40

Esteira elétrica Smart 40-1

Bicicleta ergométrica magnética Smart B20

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ENTREVISTA Foto: Roberto AssemENTREVISTA

Leda Cavalcanti

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DIÁLOGO COM O CONSUMIDOR DIÁLOGO COM O CONSUMIDOR O papel do design nas lojas como fator de inovação, solução e integração com o consumidor é

abordado nesta entrevista pelo arquiteto Marcelo M. Bicudo, professor de arquitetura, urbanismo e

design da FAU-USP e do Istituto Europeo di Design. Doutor em comunicação e semiótica pela PUC-SP,

Marcelo preside a Fundação para Pesquisa em Arquitetura e Ambiente e é vice-presidente de criação

e estratégia da Epigram, especializada em experiências de consumo e idealizadora da metodologia

Bretail® (branding+retail), que permite o mapeamento, acompanhamento, gestão e ativação da

jornada de compra.

O papel do design nas lojas como fator de inovação, solução e integração com o consumidor é

abordado nesta entrevista pelo arquiteto Marcelo M. Bicudo, professor de arquitetura, urbanismo e

design da FAU-USP e do Istituto Europeo di Design. Doutor em comunicação e semiótica pela PUC-SP,

Marcelo preside a Fundação para Pesquisa em Arquitetura e Ambiente e é vice-presidente de criação

e estratégia da Epigram, especializada em experiências de consumo e idealizadora da metodologia

Bretail® (branding+retail), que permite o mapeamento, acompanhamento, gestão e ativação da

jornada de compra.

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Qual é a importância do design para uma loja? MARCELO M. BICUDO – Design significa mais venda e construção de marca. Quando você trabalha disciplinas como arquitetura, desenho industrial e visual merchandising, está desenvolvendo um projeto integrado para atender bem seus consumidores, expor bem a sua mercadoria e gerir o mix de produtos de forma condizente. Da mesma maneira, quando você agrega uma questão estética, está traduzindo a sua loja em uma manifestação de marca, um ponto de contato impor-tante com os clientes. O ponto de venda físico tem bastante relevância em comparação ao digital e é onde acontece a con-versão de prospects em consumidores. Investir nele é investir não só em vendas, mas também na construção da sua marca.

O design está sempre ligado à inovação?MMB – Nem sempre. Pode estar associado à resolução de um problema específico. O design que está relacionado à inovação deve ser centrado nas pessoas, nos comportamen-tos culturais e de consumo porque, a partir da análise com-portamental, é possível mapear a aderência e a coerência de um processo inovador. Quando você trabalha a marca no varejo, tem de atender o hoje, resolver a questão imediata. Mas, como os comportamentos culturais e de consumo mudam, é preciso estar atento a esses movimentos, a fim de inovar com pertinência, atualizando constantemente o dis-curso de uma marca, garantindo longevidade, adequação, agilidade e flexibilidade. Se hoje o consumo está mais ligado aos comportamentos culturais do que às classes sociais, o design está mais ligado à cultura. É possível identificar pes-soas da classe D, com padrões de consumo das classes A e B e vice-versa. Não é necessariamente a renda que determina o comportamento de consumo.

O design pode aprimorar o gosto do consumidor? MMB – Pode fazer com que ele evolua e seja educado por-que trabalha com a noção de repertório. Quanto mais se trabalha o repertório do consumidor, maior é a ampliação de consciência. No mundo da comunicação e do varejo,

porém, não se pode evoluir a tal ponto que os públicos de uma marca não entendam do que se está falando, ou seja, deve-se ter sempre uma linguagem em comum.

Também estimula as vendas? MMB – O design contribui para o aumento delas porque pode levar ao consumo a partir da identificação de uma pessoa com uma marca ou produto. Repertórios comuns constroem valores em comum e, portanto, vínculos maiores. O design também ajuda a estabelecer um diálogo com o consumidor. Dentro de um repertório comum, ele se sen-te confortável, respeitado e identifica que aquela marca é relevante para seu estilo de vida. Pensar dessa forma exige

bastante planejamento e embasamento do que se faz, sem-pre retroalimentado pelo comportamento do consumo. É, então, um elemento de integração? MMB – Um dos princípios do design é a interdisciplinari-dade e, ao lidar com o ponto de venda, você trabalha com arquitetura, desenho gráfico e industrial, visual merchan-dising, luminotécnica e outros projetos complementares. Assim, fazer o design de uma loja é a gestão de tudo isso. O bom design consegue gerir a complexidade de diversas disci-plinas, transformando o projeto em algo fácil de se relacionar. Design traduz a complexidade em simplicidade e colabora na comunicação da loja com os consumidores.

O que é preciso considerar em um projeto? MMB – Desde o começo, o bom projeto leva em consi-deração a comunicação visual e a gestão de categoria. Não acredito muito na questão de começar com a arquitetura e depois sair fazendo comunicação visual e pendurar um monte de placas pela loja. Toda a disposição de produtos deve ser pensada em conjunto com o que chamamos de curadoria de consumo, ou seja, deve-se perguntar: Como aquele produto conversa com meu consumidor? Como eu ensino o meu consumidor a utilizar melhor o produto?

“Não acredito muito na questão de começar com a arquitetura e depois sair fazendo comunicação visual e pendurar um monte de placas pela loja. Toda a disposição de produtos deve ser pensada em conjunto com o

que chamamos de curadoria de consumo.”

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ENTREVISTA

“O design traduz a complexidade em simplicidade e colabora na comunicação da loja com os consumidores.”

uma loja não pode prescindir dele? Não seria preferível ter o responsável pelo balcão circulando na loja e resolvendo os problemas rapidamente? Inovação é repensar o que está sendo feito há algum tempo do mesmo jeito. No varejo, há a tendência de repetir fórmulas. As estruturas ainda são ba-sicamente convencionais e nem sempre profissionais.

As lojas-conceito são uma renovação? MMB – O varejo brasileiro é muito avançado no contexto do design e da arquitetura da loja, mas pouco na prestação de serviço. Ainda se dá pouco valor ao treinamento da força de vendas e ao design de serviço. As marcas que es-tão atentas às tendências se preocupam com a integração do estoque, entrega do produto, posicionar o vendedor como consultor, prestar serviço em toda a cadeia, ou seja,

há outras questões que não apenas “empurrar” o produto para o consumidor. Isso começa a aparecer, mas no Brasil ainda é incipiente. Devido à questão da internet e do canal digital, o consumidor está com muito poder e informação na mão. A loja deve ser um espaço de consumo prazeroso para mobilizar a ida dele. Diferenças regionais devem ser consideradas? MMB – Sim. Determinados canais são mais fortes em uma região do que em outra, e, então, é importante en-tender essas diferenças regionais para o modelo de ne-gócio. O comportamento de consumo também varia. O que acontece hoje é um aparente paradoxo, no qual as marcas que buscam escala e maior atuação nacional tendem à uniformização para ganho de sinergias e redu-ção de custos, e as que comem pelas beiradas tendem a ser mais customizadas de um mercado para o outro. O ideal é o equilíbrio de acordo com o portfólio de produ-tos. A arte é ter uma empresa/marca normatizada, com processos e escala, e que, ao mesmo tempo, enderece às características regionais. Cada projeto é um, e cada estudo deve ser feito em função da categoria, da marca, dos públicos e dos canais dominantes para aquela marca, para ter uma resposta mais precisa.

Qual é o papel do design na fidelização do consumidor? MMB – O design não é o único responsável pela fideliza-ção do consumidor. A fidelização se baseia no tripé forma-do por serviço, comunicação e ambientação de loja.

Qual é o produto mais adequado para ele? A discussão mais atual sobre comunicação dentro de loja é a de como você integra arquitetura e comunicação no mesmo projeto, ao mesmo tempo. Como classificar o design das nossas lojas de eletros? MMB – Dentro desta pergunta há uma questão relevante. Os eletrodomésticos e eletroeletrônicos, que são comodi-tizados, têm grande venda online. No Brasil, cerca de 40% já são comercializados online, e a loja física dessas catego-rias é muito influenciada por dois fenômenos. Primeiro, o conceito de showrooming , ou seja, o consumidor entra na loja para ter mais informações e experiência com o produto, mas, se achar uma oferta online mais em conta, compra na loja digital.

Em segundo lugar, a necessidade de promover uma cura-doria de consumo na loja física. É fundamental porque o meio digital é o mais propício para buscar informações. Hoje, a compra de um eletroeletrônico é muito mais fácil no meio online do que no físico, mas a maioria das lojas geralmente não considera essas variáveis. Uma loja que vende eletroeletrônicos deveria levar em consideração o conceito de omnicanal, isto é, como cruzo online com o físico? Estou preparado para fornecer mais informações e converter a compra no ponto de venda? Como crio o conceito de venda em rede, onde não importa qual canal está vendendo desde que se venda? A minha identidade de marca e comunicação é coerente nos diversos canais ou pareço empresas distintas? Noventa e nove por cento das marcas e das lojas não estão preparadas para esse cenário.

Quais as tendências atuais para as lojas de eletros?MMB – Primeiro, a necessária fusão do canal físico com o digital. Segundo, desenvolver um database sobre compor-tamento do consumo para ofertar de maneira mais custo-mizada os produtos. Há indústrias desenvolvendo canais próprios de lojas porque querem mais informações dos consumidores e querem testar determinados produtos, o que também ajuda na inovação, pesquisa e desenvol-vimento. Terceiro, desenvolver o design de serviço e, por último, estimular nas lojas de eletroeletrônicos ambientes de entretenimento. Pode dar um exemplo de design de serviço? MMB – O balcão de atendimento ao consumidor. Será que

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SOM AUTOMOTIVO

Com muita tecnologia e sistemas modernos e compactos, os equipamentos de som são o complemento perfeito para os automóveis.

Leda Cavalcanti

B om companheiro de todos os motoristas, o som automoti-vo, com as tecnologias atuais,

traz benefícios que vão além da quali-dade técnica do equipamento. Permite ouvir música e relaxar, mantém quem está ao volante atualizado sobre o que acontece no mundo e, em alguns casos, é quase um escritório móvel, pois seus recursos permitem conectar aparelhos e solucionar questões antes da chega-

da ao trabalho ou na volta para casa. O estilo e a necessidade de cada um deter-minam o tipo de produto a ser compra-do, mas é inegável que equipamentos com design e potência dão sensação de prazer e complementam o veículo.

A boa variedade de aparelhos, com preços e tecnologias diferentes, possi-bilita a expansão do mercado. “Atual-mente, os equipamentos multimídia

são os mais desejados pelo consumi-dor, como os que possuem conexões USB e SD-Card, as funcionalidades do GPS, viva voz Bluetooth e a TV digital embarcada”, afirma Nelson Godoy, gerente de vendas em varejo da Pósi-tron, empresa que tem dez modelos de equipamentos de áudio, entre centrais multimídias (agregam Smart Web, Smart GPS e Smart TV Digital), CD, DVD e MP3 Player.

PRAZER AO VOLANTE

SOM AUTOMOTIVO

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produtos da Multilaser, compartilha da opinião. “Em fevereiro último, fo-ram licenciados 259,3 mil veículos, e as vendas avançaram 10,3%, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Por consequência, o mercado de som para automóveis também cresce.”

A tecnologia e as funcionalidades atraem o consumidor, o que ajuda a expansão da categoria. “As pessoas estão personalizando o carro, inves-tem bem, e o mercado é muito pro-missor” diz Ilham Harati, gerente de marketing da Garmin do Brasil. “Os acessórios deixaram de ser commo-dities e se tornaram indispensáveis

para o dia a dia, uma vez que garan-tem o entretenimento e facilitam a vida no trânsito”, destaca Rafael Mon-tello, gerente de produtos da Dazz. “O mercado automotivo tem sido liderado muito mais pelo preço do que por marcas ou diferenciais sofis-ticados”, afirma Clemerson Roberto de Oliveira, diretor-geral da GO TO.

De acordo com levantamento da empresa de pesquisas GfK, nos dois primeiros meses deste ano, os apa-relhos mais simples, sem CD Player, apresentaram aumento de vendas, em volume, de 29,6 pontos percen-tuais em relação ao mesmo período de 2013. A categoria de car áudio, por sua vez, diminuiu em volume 9,2% na comparação entre o acumulado de janeiro e fevereiro de 2014 ante o mesmo período do ano passado.

Embora a tendência seja de aparelhos com recursos cada vez mais avança-dos, a compra passa por um proces-so de evolução gradativa, ou seja, o consumidor começa com os modelos básicos, conta Leandro Murachovsky, diretor da NewLink. “O som mais sim-ples vai vender muito bem até chegar-mos ao ponto em que grande parte dos consumidores sinta que é hora de dar um upgrade. O ciclo de vida dos produtos deve se tornar cada vez mais curto, e serão fortes as mudanças tecnológicas.”

Gerente nacional de vendas da Blau-punkt, Marco Rezende acha que grande parte dos consumidores não

dá muita atenção ao conjunto so-noro do veículo, por isso os básicos vendem bem. “Os mais vendidos são os que têm CD player com USB MP3 e alto-falante nas portas, mas o resulta-do positivo, em lucro, é do multimídia com o kit de duas vias, amplificador e subwoofer. O mercado de projetos mais sofisticados é inferior a 3% do to-tal, e cabe a nós, fábricas, mudar esse cenário e ganhar espaço na cabeça dos consumidores.”

Mercado Nos últimos quatro anos, o mercado desse tipo de som cresceu em média de 3% a 4%, garante Godoy. “Acom-panhou o mercado automotivo, e houve aumento considerável de investimento por parte das monta-doras, tanto em produtos como em projetos.” Vanessa Yuen, gerente de

Fotos: Divulgação

Nelson Godoy, gerente de vendas em varejo da Pósitron

A tecnologia e as funcionalidades dos equipamentos de som automotivo atraem

o consumidor e ajudam na expansão da categoria.

DVD TV Digital 3”

DVD USB 3”

Touch DVD 7”

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SOM AUTOMOTIVO

Leandro Murachovsky, diretor da NewLink

Marco Rezende, gerente nacional de vendas da Blaupunkt

Philadelphia 835

SA103 Party DVD

Vendas O varejo é bom vendedor de som automotivo, e os equipamentos são mais procurados em datas como Dia dos Pais e Natal. “As pessoas vão ao varejo mais para pesquisar e enten-der qual o som mais adequado para as suas necessidades, por isso, nosso know how é importante. Após tantos anos de trabalho com promotores da Maxprint, detectamos que o cliente precisa de um vendedor que lhe mostre as novidades e esclareça suas dúvidas. Para os nossos parceiros de negócios disponibilizamos estrutura de treinamento para quando solici-tarem”, diz Montello.

É no varejo que ocorrem as maiores vendas, afirma Oliveira. “Não somen-te pelo poder de compra em grandes volumes, que possibilita oferecer me-lhor preço e, consequentemente, giro mais rápido da mercadoria, mas prin-cipalmente pela disponibilidade de suas lojas online.” A NewLink também atua forte no varejo, conta Leandro. “Muitas vezes, o consumidor chega até o produto por curiosidade e, anali-sando algumas de suas especificações e recursos e com o argumento do ven-dedor, ele começa a identificar uma necessidade de compra.”

Com as lojas especializadas em som automotivo ficam as vendas de pro-dutos mais sofisticados. “O varejo normalmente vende produtos de entrada, com muitas características, principalmente para o público femi-nino, enquanto a loja especializada vende em sua maioria para homens e produtos com qualidade melhor”, diz Rezende. “Nas especializadas há o instalador, que tem conhecimento técnico e está apto a desenvolver o projeto completo, com amplifica-dores, câmeras, alto-falantes, etc.” Os modelos mais completos da Multila-ser também exigem profissional capa-citado para instalação.

Centrais multimídia Marca da PST Electronics, a Pósitron tem o DVD Digital 3”, com sintoni-zador de TV digital ISDB-TB (One Seg), painel f lip-down reclinável e removível, tela LCD de 3”, com reso-lução 320x240 pixels, entrada para câmera de ré (que permite conexão com câmera de vídeo externa auxiliar para visualizar imagens do carro nas manobras e identificar obstáculos) e sistema anti-impacto. Possui alarme e sensor de estacionamento Pósitron via PAN (Pósitron Area Network),

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SOM AUTOMOTIVO

tecnologia exclusiva de comunicação entre produtos da marca. Alarme e sensor são vendidos separadamente. A função Scan do aparelho possibilita ouvir os 10 segundos iniciais das músi-cas para a escolha da favorita.

Outros destaques são o DVD USB 3” e o Touch DVD 7”, que reproduzem CD, CD-R, CD-RW, DVD, DVD-R e DVD-RW, com painel flip-down. O primeiro tem tela LCD de 3” e reso-lução de 320x240 pixels. O segundo tem entrada USB frontal, leitor de cartão microSD (até 32 GB) e função Auto Memo, que memoriza automa-ticamente as estações de rádio com melhor sinal. Sua tela de LCD de 7” é retrátil, touch screen, com resolução de 800x480 pixels e ajuste de incli-nação para escolha do ângulo mais adequado para a visualização. Ambos contam com sistema anti-impacto. Alarme e sensor são vendidos sepa-radamente. “Atuamos com projetos dedicados, alinhados à demanda, qualidade e velocidade de que o mer-cado necessita”, destaca Godoy.

A Garmin do Brasil entra no mercado de centrais multimídia com o NavTune 7199, que reúne num só aparelho TV digital HD, CD/DVD, rádio AM/FM, Bluetooth, leitor para MP3, USB, GPS, conexão com iPhone e iPod e sistema de navegação próprio da empresa. A televisão é de 7”, com definição 800x480 pixels. Possui amplificador de 50 W em quatro canais, com saídas diretas para os alto-falantes do veícu-lo, e equalizador com nove opções predefinidas. Câmera de ré, cabo para conexão desta e controle remoto são vendidos separadamente.

O sistema de navegação da Garmin oferece a função de recepção de trân-sito Smartphone Link. Através dela, o aparelho é capaz de obter dados de vias congestionadas em tempo real de

Vanessa Yuen, gerente de produtos da Multilaser

Motion

Ilham Harati, gerente de marketing da Garmin do Brasil

NavTune 7199 Live P3225

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mais de 45 cidades do Brasil e utiliza essas informações para prever o tem-po de chegada ao destino e criar rotas que desviam do trânsito. Cobre 99,6% das cidades brasileiras, dá o nome das ruas durante o trajeto, avisa a locali-zação de radares, a velocidade máxi-ma e sugere a faixa de navegação na qual o motorista deve ficar para não

perder a saída rumo ao seu destino. “O NavTune 7199 é um produto com navegação superior devido aos seus vários recursos”, afirma Ilham.

Mais uma empresa que disponibiliza central multimídia é a Multilaser. Seu aparelho Live P3225, com tela de LCD de 6,2”, é touch screen e tem como características processador Cortex A8 I.MX51 de alta performance, fre-quência MPU de 800 MHz, memória RAM de 512 MB, memória interna de 4 GB, sistema operacional Android 2.3, suporte à tecnologia Atheros ESP com módulo GPS, função TTS, suporte a dois cartões SD de até 32 GB e suporte USB 2.0 de alta/máxi-ma/baixa velocidade, que pode se conectar a HUB USB externo. Entre as especificações do software GPS está a função TTS, que fala o nome das ruas nas manobras.

“Temos, também, mais uma central multimídia, além de cinco modelos de MP3, um com LED de sete cores, dois com Bluetooth, um de MP4 com

tela LCD de 3” e mais quatro equipa-mentos multimídia”, conta Vanessa. Entre esses produtos, destaque para o DVD Player Motion 3238, Bluetooth 2.0, com tela de 7” LCD touch screen, memória de até 18 estações, equali-zador e sistema sintonizador de TV: NTSC M / N e PAL B / G, I, D / K, M / N e SECAM B / G, I, D.

Aparelhos multimídia A Blaupunkt tem em sua linha CD players, multimídia, MP3 automoti-vo, alto-falantes, subwoofers, caixas ativas e passivas e amplificadores. Um destaque é o Philadelphia 835, equi-pamento multimídia, com DVD, en-trada para USB e SDCard, Bluetooth, GPS e integração com o computador de bordo do veículo. Possui display de 7” em tecnologia digital e antirreflexo, sendo possível ajustar a cor de todos os botões. O produto foi projetado para veículos da Volkswagen, mode-los Jetta, Tiguan e Passat.

Este ano, a linha da empresa está com design mais latino, explica Rezende. “A marca busca uma aproximação com as necessidades do povo brasi-leiro, que gosta de qualidade alinhada com design moderno. Os produtos também trazem embarcados o que há de mais moderno em tecnologia de som. Para quem possui iPod, iPho-ne e aparelhos com Android, a nossa linha promete sincronia total com estes equipamentos.”

O varejo é bom vendedor de som automotivo, e os equipamentos são

mais procurados em datas como Dia dos Pais e Natal. Rafael Montello, gerente de produtos da Dazz

DVD Player 65929

DVD Player 65857

MP5 Player Automotivo 65493

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SOM AUTOMOTIVO

A Dazz tem 17 produtos, entre DVD players, media players, CD players, MP3, TVs de LCD e cabos multiaplicações. “Os nossos DVDs automotivos variam de 4.3” a 7”, enquanto boa parte dos modelos no mercado tem 3”, por isso, consideramos este ponto importante diferencial competitivo”, diz Montello. O DVD player DZ-65857, com tela re-trátil motorizada de 7”, utiliza uma baia, embora dê a impressão de ocupar duas gavetas. Touch screen, tem potência de

4x400 W, saída RCA de áudio, entrada para câmera de ré e controle remoto. Outro DVD player, o DZ-65929, tem display LCD de 4,3”, que reproduz fil-mes, músicas e fotos através de mídia de DVD, CD, cartão de memória ou pen drive e vem com entrada para câ-mera de ré e controle remoto.

Em media player, tem o DZ-65493 e o DZ-651322. O primeiro, com tela de 4” e rádio FM, conta com potência de 4x45 W, botões iluminados na cor azul, saída de RCA de áudio e vídeo e controle remoto. Reproduz filmes, músicas e fotos através de cartão de memória ou pen drive. O segundo, com tela de 7”, touch screen, apre-senta potência de 4x40 W Double DIN universal e botões iluminados. Também reproduz filmes, músicas e fotos por meio de cartão de memória ou pen drive.

A NewLink dispõe de três modelos de som automotivo: Energy Bluetooth

SA101, com Bluetooth para cha-madas telefônicas; Evolution MP5 SA102, com tela LCD de 3” e entra-das para cartão SD, auxiliar e Party; e DVD SA103, com leitor de CD e DVD, painel destacável com LCD de 3” e en-tradas para cartão SD, auxiliar e USB. Os dois primeiros modelos têm 1800 RMS de potência e o SA103, 200 W RMS. Conta com a função de memó-ria automática para rádio FM e busca rápida. “Também é possível ouvir mú-

sica por meio de um dispositivo de armazenamento móvel, pois os três modelos têm entradas para cartão SD, auxiliar e USB”, informa Leandro.

Na categoria, a GO TO Brasil tem en-tre seus destaques o Media Receiver M520DTV, com TV digital integrada, antena inclusa e entradas USB e SD. Outro modelo da linha é o M501. Conta também com MP3 players de 3”, modelos M301, M301 com sensor de estacionamento e M301 com pen drive incluso, além de encostos de ca-beça M801, M820 e M910 e fone de ouvido sem fio, infravermelho, modelo R506. “Os Media Receivers dispensam o troca-troca de CDs, o transtorno dos discos riscados e possibilitam armaze-nagem muito maior de arquivos em um pequeno dispositivo USB ou car-tão SD, praticamente sem tomar ne-nhum espaço no veículo”, diz Oliveira. Entre os encostos de cabeça, o modelo M910 tem tela de 9”, DVD player inte-grado e kit para jogos.

Clemerson Roberto de Oliveira, diretor-geral da GO TO Brasil

M520DTV

M910

Nos dois primeiros meses deste ano, equipamentos mais simples

apresentaram aumento de vendas, em volume, de 29,6 pp em relação ao

mesmo período de 2013.

M301

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CUIDADOS PESSOAISCUIDADOS PESSOAIS

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A e v o l u ç ã o d o s h á b it o s masculinos em relação à vaidade estimula o merca-

do de barbeadores, aparadores de barba, kits de grooming e máquinas de cortar cabelo. As vendas desses produtos, em conjunto, tiveram variação positiva de 16,3% em vo-lume no período de março de 2013 a fevereiro de 2014 em comparação com o período de março de 2012 a fevereiro de 2013, revela estudo da empresa de pesquisas GfK. Em valor, cresceram 19%, e o preço médio dos itens, 2,3%. A faixa de preço mais re-presentativa é a dos produtos abai-xo de R$ 50: abrangem 39,3% das unidades vendidas de março de 2013 a fevereiro de 2012.

Hoje, o Brasi l é o terceiro maior mercado mundial de produtos de cuidados pessoais, fica atrás apenas dos Estados Unidos e do Japão. Só a vaidade masculina movimenta perto de US$ 12 bilhões ao ano no mundo, o que anima a categoria no

País. “Está em desenvolvimento, mas já mostra forte crescimento. Estima--se que, entre nós, menos de 5% dos homens têm esse tipo de produto, enquanto na Argentina e no Chile a

penetração atinge 10%. Esse indica-dor é ainda maior em países da Euro-pa, nos Estados Unidos e no Japão, com taxas na casa de 40% a 50%”, diz Felipe Leonard, diretor-geral da GA.MA Italy.

O hábito dos homens de cuida-rem de si próprios, com aparelhos apropriados, está se disseminando. “Uma pesquisa feita com homens e mulheres mostrou que 98% deles removem pelos do corpo, mas so-

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A ascensão da nova classe média, a preocupação com a estética, os produtos com mais tecnologia e preços bastante acessíveis impulsionam o mercado masculino de cuidados pessoais. Mas a vaidade ainda é o principal fator que estimula as vendas desses produtos. Todo homem quer estar bem em todas as horas sem gastar muito.

Leda Cavalcanti

VAIDADEEM PRIMEIRO LUGAR

mente 10% fazem isso com o auxí-lio de depiladores ou barbeadores elétricos. Isso demonstra grande oportunidade de negócio para a empresa”, conta Gabriel Barboza ,

gerente de marketing da área de male grooming da Phil ips . “O in-vestimento em novas tecnologias é o grande chamariz dos produtos”, diz Alessandre Cordero, gerente de marketing e novos negócios da Remington do Brasil.

O que motiva a compraAlém da vaidade mas cul ina , os preços inf lacionados dos serviços levam o consumidor a adquirir uma máquina de corte ou aparador. “As

O Brasil é o terceiro maior mercado mundial de produtos de cuidados pessoais, fica atrás

só dos Estados Unidos e do Japão.

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CUIDADOS PESSOAIS

a necessidade de melhor controle do cuidado pessoal. Os homens que trabalham e estudam podem fazer uso diário desses produtos. Além disso, há a questão da redução de custos, principalmente no caso do cortador de cabelos, que também é utilizado para cortar e aparar os pelos corporais”, explica Jacques Ivo Krause, diretor de produto e comér-cio exterior da Mondial Eletrodo-mésticos.

Onde ocorrem as vendasO varejo f ísico ainda é o preferido p elo consumidor para comprar pro dutos de cuidados p ess oais

masculinos. “Hoje, ele é o principal canal de venda da Remington. Para atender públicos distintos, a marca está presente em lojas exclusivas e em varejos tradicionais no segmen-to de cuidados pessoais. A venda via e-commerce também é repre-sentativa e um meio facilitador de compra para consumidores de dife-rentes regiões”, diz Cordero.

Danielle , da Wahl Clipper Brasi l , também garante que o varejo físico

é um bom canal para distribuição dos produtos. “O consumidor tem a possibilidade de ver o produto e, quando temos ações promocionais nas lojas, de assistir às demonstra-ções de uso. Percebemos, porém, que a compra no e-commerce vem aumentando, pois a rapidez, a segu-rança de pagamento e a facilidade de troca deixam o consumidor mais confortável para concretizar a com-pra na sua própria casa.”

O varejo f ísico ainda representa a maior parte das vendas de produ-tos de cuidados pessoais, garante Barbosa, da Philips. “Apesar disso, o varejo online tem se tornado cada vez mais importante, ultrapassando a marca de 30% das vendas. O vare-jo online também auxilia na venda, pois, por meio dos sites das lojas, é possível explicar com mais detalhes o que cada produto oferece e suas características.” Leonard, da GA.MA Italy, compartilha da mesma opi-nião. “Por enquanto, o varejo físico

ainda é o melhor canal, mas as lojas virtuais estão crescendo na taxa en-tre 30% e 40% ao ano.”

Para os dois tipos de varejo, as in-dústrias apresentam produtos com muitas funções e diversos preços, como o leitor confere a seguir. Elas estão conf iantes no crescimento das vendas no período que ante-cede o Dia dos Pais, data tradicio-nalmente favorável aos itens de cuidados pessoais.

mães que têm vários filhos amorti-zam a compra em dois cortes. Os brasileiros estão mais criteriosos na compra de s eus pro dutos e buscam o melhor custo-benefício”, af irma Danielle Robin, gerente de desenvolvimento de negócios da Wahl Clipper Brasil. “O surgimento de uma nova classe média também contribui muito para as vendas”, acrescenta Iberê Martello, diretor comercial da Britânia , que prevê crescimento de 10% neste ano para a categoria.

Diretor comercial da Cadence, Dir-ceu Brugalli acredita que os dois

fatores – vaidade e condição eco-nômica – motivam a compra. “Os produtos estão mais acessíveis, e os homens, mais vaidosos. Por isso, optam por ter sua própria máqui-na para agilizar e tornar o processo mais barato. Além disso, a falta de tempo, a moda dos cabelos ras-pados e a oferta de equipamentos profissionais atraem novos consu-midores”, diz . “Os homens buscam produtos que facilitem o dia a dia e mantenham a beleza e a higiene im-pecáveis”, emenda Carolina Giuntoli Rozenblit, gerente de produto do Grupo SEB, que detém a marca Arno.

Mais um fator motivador da com-pra é a falta de tempo para cuidar do visual. “A ocupação profissional do homem brasileiro arrasta consigo

O varejo físico ainda é o mais procurado pelo consumidor na hora de adquirir produtos de cuidados pessoais. Uma das razões é a

possibilidade de testar os aparelhos.

A compra de produtos de cuidados pessoais é motivada pela vaidade e, também, pelos

preços inflacionados dos serviços.

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CUIDADOS PESSOAIS

40 minutos), dois pentes ajustáveis em até oito níveis (de 3 mm a 25 mm) e é bivolt. Vem com a lâmina precision, para aparar e estilizar a barba, e kit de manutenção com óleo, escova de limpeza e bolsa exclusiva de viagem (R$ 199,99). E o Wet&Dry, à pro-va d´água, tem lâminas de titânio e oito pentes para ajustes de altura e regulagem de corte. Sem fio, vem com kit de manu-tenção e fonte de energia para recarregar o aparelho (R$ 164,99).

16 barbas sem necessidade de nova carga.Tem três conjuntos de lâminas com siste-ma duplo de corte, cabeça lavável e câmara coletora de pelos. Funciona com e sem fio.

Carolina Giuntoli, gerente de produto do Grupo SEB

Iberê Martello, diretor comercial da Britânia

ARNO

BRITÂNIA

A linha Arno for Men conta com três modelos para pelos do corpo e da barba. O Cut&Clean, aparador

bivolt, tem como diferencial o sistema Va-cuum Tech integrado. Ele permite que 99% dos pelos sejam aspirados durante a depila-ção, proporcionando muito mais higiene e praticidade em todo o processo. É dotado de lâminas de titânio e sete pentes remo-víveis com diferentes níveis de regulagem (1 mm, 6 mm, 9 mm, 12 mm, 18 mm e 25 mm). Para limpar o produto basta retirar a lâmina e usar a escova de limpeza que o acompanha. É apresentado na cor azul, e seu preço sugerido é de R$ 269,99.

Outro modelo, o Wet&Dry Precision, vem com lâminas de titânio e funciona até em-baixo do chuveiro. Sem fio, tem bateria de longa duração (pode ser utilizado durante

C om a marca Philco, tem aparador e cortador de pelos multi groom 7 em 1. Fácil de utilizar, apara

barba, bigode e costeletas, além de re-mover pelos do nariz , das orelhas e das sobrancelhas. É acompanhado por vários acessórios, incluindo pincel para limpeza, suporte e base para recarga. Possui cabo com design ergonômico e corpo embor-rachado. Com cabeça lavável, é bivolt e funciona somente com o fio.

Em barbeadores, a marca tem dois modelos que podem ser usados com a pele úmida ou seca. O Shaver PB01 tem três conjuntos de lâminas com sistema duplo de corte, cabeça lavável. Apara bigodes e costeletas. Funciona até 10 dias com 90 minutos de recarga (se utilizado 5 minutos/dia). Vem com estojo para transporte e tem bateria com tecnologia de níquel metal hidreto. E o PB03, com autonomia de 45 minutos, faz até

Aparador de pelos Cut&Clean

Barbeador Shaver PB01

Aparador de pelos Wet&Dry Precision

Barbeador Shaver PB03

Multi groom 7 em 1

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CUIDADOS PESSOAIS

da função de zeragem automática entre as pesagens, acionamento com um só toque e desligamento automático. Possui indicador de bateria fraca e de excesso de peso.

cabelo e barba. O produto tem autono-mia de 60 minutos e também pode ser utilizado com ou sem fio.

Dirceu Brugalli, diretor comercial da Cadence

Felipe Leonard, diretor-geral da GA.MA Italy

CADENCE

GA.MA ITALY

E m cortadores de cabelo, tem o CAB173 e o CAB800, este profis-sional, com regulagem de altura.

Cortam cabelos de todos os tamanhos e aparam barbas com precisão. O CAB800 tem motor e lâmina mais fortes, alta potên-cia e corpo ergonômico. Vem com quatro pentes de corte e acessórios. Outro produto é o aparador de pelos compacto TRI100, ou trimmer, inclusive para nariz e orelha. Tem pente com quatro ajustes para aparar a barba. Fácil de limpar, vem com necessaire masculina e funciona com uma pilha AA.

A marca oferece também a minibalança BAL300, compacta, de vidro temperado, totalmente eletrônica e com capacidade de 150 kg. Tem graduação de alta precisão, quatro sensores de pressão e visor de cristal líquido (LDC) com 36 mm de altura. Dispõe

D estaque para duas máquinas de alta performance, uma para corte de cabelo, da barba e dos

pelos do corpo, e outra de acabamento e finalizações. A máquina GCX622 ofe-rece múltiplas possibilidades de cortes e conta com lâmina de aço inoxidável, para barba, cabelo e corpo. Apara bar-ba e bigode e pode ser utilizada com ou sem fio. É acompanhada de seis cabeções para diversas opções de corte: trimmer de precisão, aparador de pelos de nariz e orelha e cortador de cabelo. Tem display digital e base carregadora para facilitar o manuseio e utilização.

Indicada para uso doméstico, inclusive para consumidores que não têm muita prática, a máquina GC545 possui lâmina de aço inoxidável, seis pentes de regu-lagem de altura para cortes e ajustes de

Balança eletrônica de banheiro BAL300

Máquina de cortar cabelo CAB173

Máquina GC545

Aparador de pelos Gladius

TRI100

Kit do aparador de pelos Gladius

Kit máquina GCX622

Máquina GCX622

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CUIDADOS PESSOAIS

é acompanhado de escova de limpeza, necessaire e carregador. O segundo, com design leve e compacto, possui lâminas ro-tativas e vem com tampa protetora. Fun-ciona com pilhas AA. Este ano, a empresa lançará mais um produto na categoria de cuidados pessoais masculinos.

barba e cabelo em aço, cabeça para raspar e aparar pelos do corpo, pentes para barba, corpo e cabelo, aparador de pelos do nariz e orelhas e minibarbeador para detalhes. Carrega em três minutos e pode ser utili-zado por mais de 50 minutos (R$ 329). Ou-tro aparador, o BeardTrimmer Séries 7000 BT7085/15, tem sistema a vácuo integrado, captura os pelos e pode ser usado com ou sem fio (R$ 299). E o estilizador StyleShaver QS6141/32, com máquina de barbear na outra extremidade, tem cabeça de corte duplo, 12 regulagens ajustáveis e avisa que a bateria está acabando 10 minutos antes com uma luz de LED laranja (R$ 499). Os aparadores da marca têm lâminas hipoa-lergênicas com design especial e evitam cortes e arranhões.

Jacques Ivo Krause, diretor de produto e comércio exterior da Mondial Eletrodomésticos

Gabriel Barbosa, gerente de marketing da área de male grooming da Philips

MONDIAL ELETRODOMÉSTICOS

PHILIPS

P ossui dois cortadores de cabelos, barbeador elétrico e aparador de pelos. O Classic Pro CR-03, corta-

dor de cabelos, tem alta potência, alavanca de ajuste para regular a altura do corte, lâ-minas super-resistentes em aço inox e aca-bamento também em aço inox. Vem com nove acessórios: quatro pentes de altura de corte, pente de barbeiro, tesoura, escova de limpeza, capa protetora de lâminas e óleo de lubrificação. E o Hair Stylo CR-02, tam-bém com lâminas em aço inox, tem quatro pentes e kit com oito peças.

Disponibiliza, ainda, mais dois aparelhos, o barbeador elétrico Classic BE-01 e o trim-mer ou aparador de pelos Classic TR-01.O primeiro tem câmara coletora de pelos e

T em 35 produtos entre barbeado-res elétricos, aparadores de barba e de pelos e cortadores de cabe-

lo. Destaque para o Philips SensoTouch 3D, o barbeador elétrico mais avançado do mercado, informa a empresa. Sua tec-nologia GiroFlex 3D faz com que a uni-dade de corte com três cabeças flexíveis abrace os contornos do rosto e permita um barbear mais rente. Pode ser usado a seco, com espuma e debaixo do chuveiro. Outros barbeadores são o Aqua Touch e o Senso Touch, à prova d´água. O mo-delo AT891 do Aqua Touch tem sistema de duas lâminas integrado e aparador de costeletas. Carrega em três minutos e funciona por mais de 50 minutos com a carga completa. Preço médio sugerido: R$ 329. A nova linha de cortadores de ca-belo tem a tecnologia DualCut, de dupla afiação, e corta duas vezes mais rápido que os aparelhos anteriores.

Dispõe, também, do Philips Multigroom, cujo modelo principal tem aparador para

Barbeador elétrico Classic BE-01

Aqua Touch AT891

Estilizador StyleShaverQS6141/32

BeardTrimmer Series 7000 BT7085/15

Aparador de pelos Classic TR-01

Cortador de cabelosClassic Pro CR-03

88 eletrolarnews

CUIDADOS PESSOAIS

tervalo de duas semanas. Seguro e fácil de usar, foi desenvolvido em conjunto com o Dr. Jeffrey Dover, conceituado dermato-logista norte-americano. É equipamento testado e aprovado pela eficácia e funciona-lidade, informa a empresa. Obteve a libera-ção da Agência Reguladora de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Instituto Nacional de Metro-logia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Seu preço sugerido é de R$ 1.559.

3 em 1. Além de aparar a barba com sua cabeça de três lâminas rotativas, possui duas outras cabeças intercambiáveis, que permitem aparar o corpo, costeletas, ca-vanhaque, bigode, barba, pelos de nariz e detalhes. O produto tem bateria de lítio que possibilita duas horas a mais de tempo de execução e carga rápida de três minutos para finalização do uso.

Alessandre Cordero, gerente de marketing e novos negócios da Remington do Brasil

Danielle Robin, gerente de desenvolvimento de negócios da Wahl Clipper Brasil

REMINGTON

WAHL CLIPPER BRASIL

N o segmento masculino, conta com barbeadores e aparado-res de pelo. A marca destaca o

Barbeador Remington® Rotativo R-455, com três cabeças de alta rotação e 21 lâmi-nas de titânio que se ajustam aos contornos faciais. É equipado com a tecnologia Pivot & Flex, que proporciona um barbear suave e tem 33% mais lâminas, comparado com barbeadores de lâminas de traço simples, de acordo com a empresa. O aparelho, que deve ser usado a seco, sem espuma ou cre-me de barbear, tem design ergonômico que facilita o manuseio e autonomia de carga que permite o uso contínuo por 30 minutos.

Tem, também, o i-LIGHT Pro®, sistema de remoção de pelos para uso doméstico com Luz Pulsada Intensa (IPL), que não causa des-conforto. Para a eliminação eficaz dos pelos, o usuário deve fazer três aplicações com in-

E m seu portfólio, há 18 produtos de cuidados pessoais, incluindo máquinas de corte, barbeadores

e aparadores de pelos, nariz e orelha. Este ano, lançará mais dois aparadores multifun-cionais. A grande maioria das máquinas de corte da marca tem alavanca de ajuste e kit completo de acessórios com pentes de al-turas, tesoura e óleo. Em junho, colocará no mercado a máquina de corte profissional Pro Basci Torcida Brasileira, à prova de fer-rugem, com lâminas cromadas e alavanca que ajusta o nível de corte e textura. Na ca-tegoria de aparadores tem produtos mais básicos para barba, costeletas e bigodes, além de outros multifuncionais, dotados de diferentes cabeças. Alguns são movidos por bateria de lítio.

Este ano, o grande destaque da Wahl é o barbeador Lithium Ion Shaver, um produto

Barbeador Remington®Rotativo R-455

i-LIGHT Pro®

Lithium Ion Shaver

Kit Lithium Ion Shaver

62 | Guia do Comprador Eletrolar

EXPERIMENTE O PODER DE VENDASDA MAIOR BASE DE DADOS DO SETORde eletrodomésticos, eletroeletrônicos, celulares e TI do Brasil

PÚBLICO-ALVOCadeias e lojas de varejo, super e hipermercados, atacadistas, distribuidores, lojas de departamento,

home centers, importadores, exportadores e as indústrias de eletroeletrônicos e componente.

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5 CANAIS DE COMUNICAÇÃO E NEGÓCIOS ENTRE A INDÚSTRIA E O VAREJO

90 eletrolarnews

BIC ICLETAS

Pedalar é exercício bom para a saúde, atividade prazerosa de lazer e alternativa de transporte. Combate o sedentarismo e colabora para a redução de poluentes químicos na atmosfera. Todos esses fatores favorecem as vendas.

Leda Cavalcanti

B icicleta é produto de lazer para a família toda e cada vez é mais comum ver pais e filhos nas

lojas escolhendo o modelo adequado para cada idade e, depois, pedalando nos parques. Também aumenta o uso da bicicleta como meio de transporte e tudo isso contribui para uma situação muito diferente da observada há alguns anos. “Entre 2010 e 2012, o produto fi-cou marginalizado, dava-se pouca im-

portância à sua comercialização, mas o cenário vem mudando, e a previsão é que as vendas cresçam 50% até 2017”, diz João Paulo Argeri, gerente nacional de vendas da Track & Bikes, que apenas lamenta a alta carga tributária que inci-de sobre o bem. “A bicicleta no País está entre as mais caras do mundo.”

Nos últimos tempos, houve no Brasil gradativa evolução quanto à

conscientização da importância da qualidade de vida, destaca o diretor comercial da Houston, Adilson Cus-tódio. “No passado, parques públicos voltados ao lazer eram privilégio das grandes cidades, mas hoje é comum encontrá-los em municípios peque-nos, além de haver muitos incentivos para a construção de ciclovias. Essas mudanças se refletem na necessidade do homem de procurar uma alterna-

LAZER, ESPORTE E TRABALHO

BIC ICLETAS

eletrolarnews 91

trânsito e que seja econômico e fácil de estacionar,” explica Del Grande.

São sete os modelos da marca, que tem o Moskito como principal produto. “Seu diferencial é permitir que a pessoa pedale como numa bicicleta comum e acione o motor apenas quando dese-jar”, diz o diretor da empresa. Com mo-tor 2 tempos, aro 24, a bicicleta é leve, econômica e faz até 50 km por litro de gasolina, sendo mais aceita no interior e nas zonas rurais. A WMX50, aro 17, com tanque de combustível no próprio qua-dro, e a Moby50, com motor 4 tempos, aro 17, modelo similar ao da antiga Mo-bilete, vendem mais no Nordeste por serem mais potentes e velozes. Todos

os equipamentos têm a opção Sport e City, com ou sem bagageiro. A empre-sa, que tem distribuidores em todas as regiões do Brasil, constata vendas mais altas nos magazines e no e-commerce.

Inspirada no clima do verão, com adesivos tribais e de temas praianos, a Fischer Brava Beach Unissex é apre-sentada nas cores verde e branca, com bagageiro e para-lamas em aço. A marca oferece, também, a Extreme Unissex, em alumínio, aro 26, câmbio Shimano e 21 marchas. “Tem quadro rebaixado, garfo tipo bengala, freio a disco e suspensão traseira, que garante mais conforto no passeio”, conta Karin. A bicicleta está disponível em preto com detalhes em laranja ou azul.

Outras bicicletas da Fischer são a Run-ner Alloy Unissex, produto leve, indica-

tiva ecologicamente correta para de-safogar o trânsito nos grandes centros e, assim, percebemos mudança no perfil de compra por parte de nossos clientes, provocada por novos com-portamentos.”

Um dos cinco maiores consumidores de bicicletas no mundo, atrás da China, Estados Unidos, Japão e Índia, o Brasil é o terceiro maior fabricante e a produção atende, basicamente, o mercado nacio-nal. “As vendas se dão em maior volume no Sul do País, responsável por 55% do consumo, seguido pelo Sudeste, com 23%, Nordeste, com 10%, e Norte, com 5%”, conta Eduardo do Rosário, geren-te de contas de Bicicletas Mormaii. “As

vendas de bicicletas motorizadas têm crescido bastante nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás”, diz Nata-nael Del Grande, diretor da Bikelete. “As vendas estão ligadas à cultura de cada região”, acrescenta Karin Fischer, geren-te de marketing da Fischer.

Transporte alternativo Ainda falta muito para o consumo de bicicletas no Brasil ser equivalente ao da Europa, mas o trânsito cada vez mais di-fícil e a maior preocupação com o meio ambiente estimulam o uso do equipa-mento. A Bikelete, que além de modelos de pedalar tem bicicletas motorizadas, espera crescimento de 30% em relação ao ano passado. “Nosso público-alvo é o adolescente que precisa de um veículo motorizado, mas não têm idade para ter carro ou moto, e o adulto que quer um transporte alternativo para fugir do

Fotos: Divulgação

João Paulo Argeri, gerente nacional de vendas da Track & Bikes

O Brasil é um dos cinco maiores consumidores de bicicletas no mundo. Fica

atrás da China, Estados Unidos, Japão e Índia. É o terceiro maior fabricante, e a produção atende, basicamente, o mercado nacional.

Dinoneon laranja

Classic azul

XR 20 Full

TB 200

92 eletrolarnews

BIC ICLETAS

Adilson Custódio, diretor comercial da Houston

Eduardo do Rosário, gerente de contas de Bibicletas Mormaii

Padang

Beachway Pro Conforto

KB2

FX2MXC2

do para o dia a dia, com freio a disco, 21 marchas, câmbio Shimano, suspensão traseira e garfo com suspensão. Na linha transporte, o produto da marca tem aro 26 com garfo e guidão em aço carbono, bagageiro com molas flexíveis e selim de duas molas. “O modelo conta, ainda, com cesto aramado para objetos e está disponível em preto, vermelho e violeta, com acessórios em prata”, diz Karin.

Lazer e aventura Muitos ciclistas tomam gosto por trilhas e aventuras, o que leva os fabri-cantes a terem produtos para essas atividades. A Houston tem mais de 40 modelos de bicicletas para diversos públicos, contando produtos profis-sionais de alta performance. “Entre os destaques estão modelos com diferen-ciais marcantes, como a FX2, dobrável, que facilita a mobilidade do ciclista, e a KB2, para duas pessoas. Apostamos nas dobráveis e no desenvolvimento de bicicletas leves, fáceis de transportar e que exigem menos esforço do ciclista”

conta Custódio, que estima, para este ano, crescimento em torno de 10%.

Lançada no ano passado, a linha Pro de bicicletas é para uso profissional e indicada para a prática de mountain bike por quem já está em um nível in-termediário. Os modelos MXC1, aro 26, e MXC2, aro 29, apresentam design moderno e pneus praieiros, que dão mais estabilidade e confiança ao ciclista. A linha de passeio da empresa é a Beat NX3. “Todos os produtos da Houston têm quadros em alumínio”, afirma o di-retor comercial.

A Mormaii tem, entre seus principais modelos, a Beachway Pro Conforto e a Padang. A primeira tem quadro e aro em alumínio, que deixam-na mais leve, selim em gel, cesta em aço para o transporte de objetos pessoais, câmbio Shimano e 21 velocidades. A segunda, com dupla suspensão, tem quadro em alumínio e traseira em aço carbono. “É um produto com leveza e resistência

O Sul do País responde pela maior parte do consumo, 55%, vindo a seguir

o Sudeste, o Nordeste e o Norte.

Aumente em mais de 1 milhão as chance de sua marca ser vistaO Portal Eletrolar engloba a cobertura digital de tudo o que acontece no segmento de eletros e TI.

Eletrolar.com 1,2 milhões de pageviews por mêsMais de 50 mil visitantes únicos por mês

Procurando ampliar as possibilidades de conexão e comunicação entre a indústria e o varejo, o Grupo Eletrolar lançou o portal Eletrolar.com.

O portal engloba uma cobertura digital de tudo que vem acontecendo no segmento de eletroeletrônicos, e produtos para TI, com matérias e notícias sendo atualizadas diáriamente, bem como novidades sobre as últimas tendências e lançamentos apresentados pela indústria.

PÚBLICO-ALVO: Cadeias e lojas de varejo, super e hipermercados, atacadistas, distribuidores, lojas de departamento, home centers, importadores, exportadores e as indústrias de eletroeletrônicos e componente.

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5 CANAIS DE COMUNICAÇÃO E NEGÓCIOS ENTRE A INDÚSTRIA E O VAREJO

94 eletrolarnews

BIC ICLETAS

suficientes para suportar as trilhas com alto desempenho. Os trajetos difíceis são facilitados pelo câmbio de 21 velo-cidades com alavanca Grip Shift, mais prática e precisa”, diz Rosário. Com design clean e robusto, a Orbixxx aro 27,5 é a bicicleta com maior perfor-mance da linha top da Mormaii. “Seus componentes de primeira qualidade e o quadro de carbono Monocoque dei-xam a bicicleta resistente e leve”, explica o executivo. O produto tem trocadores, câmbio traseiro e dianteiro, manetas de freio, disco hidráulico, cubos, pedivela, catraca e corrente Shimano e está dis-ponível em branco e em preto.

A Track & Bikes conta com 39 mode-los, sete para o público infantil, oito para o infantojuvenil e 24 para os adultos, entre modelos de aço e alu-mínio. Na linha Vintage, tem a Classic Plus, aro 26, com guidão mais alto e mais aberto, selim de duas molas, pneus slick com faixa e geometria de quadro que facilita o pedalar. “Tem sido interessante o crescimento e a busca por produtos que remetem ao design retrô”, comenta Argeri. Mais uma bicicleta, a Blaster, 21 velocida-des, aro 26, tem suspensão dianteira e é muito procurada pelo público mais jovem, que gosta de fazer acrobacias.

Outros produtos da marca são os modelos em alumínio Week 200 Plus e Week 300, aro 26, criados para o cha-mado comfort bike. Têm guidão em alumínio com suporte de regulagem de altura no mesmo material, selim mais confortável, pneus slick, transmissão de marcha feita com câmbio Shimano e bagageiro, este também em alumínio, com regulagem de tamanho e facilmen-te removível. O modelo feminino vem com cesta de vime. Destaque, também, para a TB-200, aro 26, com suspensão central e dianteira. “O layout é feminino, mas sem perder a principal característi-ca do produto, que é a de fazer trilhas”, conta o executivo.

Natanael Del Grande, diretor da Bikelete Karen Fischer, gerente de marketing da Fischer

Brava Beach

Extreme

Runner Alloy

Moby

Moskito

Speed Moskito

WMX Sport

Boletim semanal com o resumo das principais notícias do setor

Procurando ampliar as possibilidades de conexão e comunicação entre a indústria e o varejo, o Grupo Eletrolar dispara semanalmente a Newsletter do Portal Eletrolar.com.

O conteúdo da Newsletter engloba uma cobertura digital de tudo que vem acontecendo no segmento de eletroeletrônicos, e produtos para TI, com matérias e notícias sendo atualizadas diáriamente, bem como novidades sobre as últimas tendências e lançamentos apresentados pela indústria.

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60 mil envios de Newsletter por semanaE-mails marketing personalizados

PÚBLICO-ALVO: Cadeias e lojas de varejo, super e hipermercados, atacadistas, distribuidores, lojas de departamento, home centers, importadores, exportadores e as indústrias de eletroeletrônicos e componente.

96 eletrolarnews

L ANÇAMENTOS

REFRIGERADOR GOURMET Lançado pela Electrolux, o DT52X é interativo e conta com tela que disponibiliza programa nutricional e 650 receitas.

Igor Carvalho

Fotos: Maylin Gebhardt Morita

A Electrolux quer conquistar os consumidores que têm opta-do por uma alimentação de

qualidade e também aqueles que são apaixonados por gastronomia. Para atender a esses dois nichos, a empresa lança o refrigerador DT52X, equipado com tela externa, que possibilita aos usuários acessar receitas e diferentes opções de cardápio por meio de dois aplicativos, Vida Saudável e Livro de Receitas. O primeiro, desenvolvido pela nutricionista Maria Cecília Corsi, é des-

tinado a quem quer controlar o peso ou reeducar seus hábitos alimentares.

A demanda por esse tipo de funcio-nalidade foi identificada pela empresa por meio de pesquisas realizadas na casa de aproximadamente 8 mil con-sumidores. “Fazemos essas consultas para conhecer as necessidades não atendidas das consumidoras. Neste levantamento, percebemos que elas testam, cada vez mais, receitas e in-gredientes novos, sem deixar de lado a preocupação com hábitos de vida mais saudáveis. E procuram tudo isso em soluções que facilitem o seu dia a dia e as suas atividades”, explica Fabio Machado, gerente de produto da Electrolux.

Ao acessar o aplicativo Livro de Re-ceitas, os usuários digitam na tela os ingredientes disponíveis na geladeira, o seu grau de conhecimento na cozi-nha e o tempo de que dispõem para o preparo da comida para receberem sugestões de pratos dentre as 650 re-ceitas disponíveis. O aplicativo oferece, também, um QR Code que transfere para smartphones a lista de ingredien-tes necessários para cada receita.

No caso do Vida Saudável, é possível criar diferentes perfis, um para cada membro da família, e seguir um pro-grama nutricional com três opções de cardápio por refeição. No total, são

Fabio Machado, gerente de produto da Electrolux

Refrigerador DT52X

336 opções para 42 dias de dieta por programa. “Há um questionário que dá o direcionamento adequado para os objetivos dos consumidores”, deta-lha Maria Cecília.

Para o varejo premiumDe acordo com Machado, o lança-mento tem forte apelo para lojas pre-mium, e a própria tela do refrigerador serve como material de comunica-ção nos pontos de venda. “Vamos exibir um vídeo no produto como forma de abordar os clientes”, conta o executivo. Além disso, as 500 pro-motoras que atuam nesse perfil de varejo auxiliarão no posicionamento do DT52X, que contará ainda com um plano de mídia a ser veiculado em breve. A novidade está disponível aos compradores, e o preço sugerido ao consumidor é de R$ 6.599.

O DT52X é uma versão bottom freezer, com o refrigerador localizado na par-te superior e o freezer na parte inferior, em inox, com 454 litros, touch screen, função Horti Vita, iluminação dife-renciada na gaveta de frutas, legumes e verduras para preservar os nutrien-tes dos alimentos por mais tempo, e divisórias flexíveis com até 7 mil pos-sibilidades de organização na parte interna. A atualização do conteúdo dos aplicativos e a inserção de novas receitas por parte dos usuários são feitas por meio da entrada USB.

eletrolarnews 97

INSIDE

MUNDO TERÁ QUASE 7 BILHÕES DE CELULARESEM USO ATÉ O FINAL DESTE ANO

CLASSE B VOLTARÁ A TER MAIS DE 50% DO CONSUMO EM 2014

Estudo desenvolvido pela consultoria IPC Marketing mostra que o mercado consumidor será marcado pela retomada da classe B neste ano. Essa parcela da

população - equivalente a 35,4% do total de domicílios ur-banos do País - vai responder por 50,84% (aproximadamente R$ 1,55 trilhão) do potencial de consumo no Brasil. Os nú-meros, se confirmados, vão mostrar recuperação da classe B. Em 2013, esse extrato da população havia diminuído em relação a 2012 - uma queda de 50,02% para 48,52%.

A classe A também deve aumentar a fatia no consumo: de 19,26% de participação no ano passado subirá para 19,52%. Pelo levantamento, a classe C deve responder por 26% do potencial de consumo, nível mais baixo desde 2005. A expectativa da consultoria é que o consumo das famílias continue a crescer de 1,8% a 2% neste ano, acima do Pro-duto Interno Bruto (PIB).

Oemprego no setor industrial já caiu 2% nos primeiros três meses do ano, em compara-ção com o ano passado, segundo o Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação ao último trimestre do ano passado, o ritmo de contra-tação foi menor, de 0,3% - o quinto resultado negativo consecutivo neste tipo de análise. Apesar disso, foi ob-servada diminuição do ritmo de queda no emprego na indústria nos últimos trimestres - no terceiro período do ano passado, o indicador havia caído 1% ante o trimestre anterior, enquanto nos últimos três meses o recuo foi de 0,6% na mesma base de comparação.

No início de maio, o IBGE divulgou que a produção industrial brasileira caiu 0,5% em março em relação a fevereiro e recuou 0,9% na comparação com o mesmo mês do ano passado. A queda ocorre depois de dois meses de crescimento. Com os novos dados, no ano o indicador acumula alta de 0,4% no primeiro trimestre. Nos últimos 12 meses, a produção industrial subiu 2,1%. Os números de fevereiro, que mostravam alta de 0,4%, foram revisados para estabilidade (0%).

O Brasil fechou o primeiro trimestre do ano com 145,6 milhões de acessos por banda larga, cresci-mento de 51% frente ao mesmo período de 2013.

Segundo dados da Associação Brasileira de Telecomuni-cações (Telebrasil), nos últimos 12 meses, 49,2 milhões de novos acessos foram ativados.

A banda larga móvel, pelas redes de 3G e 4G, liderou a ex-pansão dos acessos à internet em março, com 123,1 milhões conexões, 63% de crescimento em relação a março de 2013. Desse total, 107,5 milhões são de conexões de celulares, in-cluindo os smartphones, e 15,6 milhões são terminais de dados, entre eles modems de acesso à internet e chips de conexão máquina-máquina (M2M). No serviço fixo, os acessos somaram 22,5 milhões em março. Desse total, 1,6 milhão de conexões foram ativadas nos últimos 12 meses, com crescimento de 7,4% no período.

EMPREGO NA INDÚSTRIACAI 2% NO 1º TRIMESTRE

BRASIL TEM MAIS DE 145 MILHÕES DE ACESSOS POR BANDA LARGA

Dados da União Internacional das Telecomunica-ções (UIT), divulgados em maio, mostram que até o final deste ano o número de celulares no mundo

chegará perto de 7 bilhões. É quase o mesmo número de habitantes do planeta. A penetração de celulares chegará a 96% até dezembro, graças aos países emergentes, que re-presentarão quase 78% dos aparelhos em uso no mundo. O estudo também revela que o mercado de celulares dá sinais de saturação. Em 2014, o setor deve ter o menor crescimento dos últimos anos, com expansão global de 2,6%. Os países emergentes, principal investimento da maioria dos grandes fabricantes, apresentarão crescimento real.

O uso da internet nos celulares cresce. Hoje, 2,3 bilhões de usuários navegam na web pelo aparelho, o que correspon-de a 32% de população mundial. Nos países ricos, 84% têm acesso à internet pelo celular, mas nos emergentes só 21%, número que deve crescer 26% até o final de 2014. Nos países ricos, o aumento será de 11%. A UIT prevê que até o final deste ano serão mais de 3 milhões de usuários de conexões de internet no mundo. Dois em cada três internautas do planeta estão nos países em desenvolvimento.

98 eletrolarnews

L ANÇAMENTOS

AINDA MAIS AMBILIGHTTecnologia está presente em grande parte dos televisores que a Philips lança ao longo deste ano. Empresa aposta também nos modelos conectados e com design mais sofisticado.

Igor Carvalho

Fotos: Divulgação

E m sua nova linha de televiso-res, a TPV, empresa responsável pela divisão de TVs da Philips

no Brasil, investiu na tecnologia Am-bilight, exclusividade da marca, como um dos diferenciais de seu portfólio de 2014. O recurso, que reflete a lu-minosidade da tela na parede, está disponível em 80% das séries lançadas pela companhia. Nos modelos top de linha, pode ser associado às lâmpadas de LED HUE, que iluminarão o am-

biente em sincronia com o Ambilight da TV. Em síntese, a luz do ambiente acompanha a luminosidade da tec-nologia Ambilight. Com essa aposta, a empresa espera ganhar competitivi-dade em um mercado que, segundo suas projeções, deve crescer 11% em volume de vendas, mais da metade delas concentradas neste semestre por causa da Copa do Mundo.

Além desses recursos que proporcio-nam maior imersão do espectador

Série 7400

Série 6500

Série 4100

no conteúdo exibido pelo aparelho, a Philips também reforça a conecti-vidade e o design em sua linha deste ano. Os novos modelos da marca têm bordas ultrafinas, cores e materiais di-versos, pedestais e controles remotos mais sofisticados e que acompanham o design dos televisores. “Trouxemos opções até agora inexistentes no mer-cado. Temos modelos em quatro tons, preto, prata, metálico e, agora, bran-co, que é o nosso grande diferencial. Não havia, até então, TVs sofisticadas e com alta gama de funcionalidades nessa cor”, destaca André Romanon, gerente sênior de TV da Philips.

TV conectadaDentre as nove séries lançadas pela Philips este ano, apenas uma não é Smart. Essa proporção acompanha o crescimento da demanda por TVs co-nectadas. De acordo com o gerente de Smart TV da Philips, Luis Bianchi, em 2011 o índice de usuários que utilizavam esse recurso nos aparelhos era de 10%. Atualmente, quase 70% dos consumi-dores que adquiriram uma Smart TV acessam conteúdo online. “O consumo on demand está tomando conta do mercado brasileiro e, agora, a conectivi-dade é o principal feature para a escolha de um televisor”, acrescenta Bianchi.

Entre os lançamentos da marca, destaque para a Série 6500, com acabamento em branco e recursos high end.

eletrolarnews 99

André Romanon, gerente sênior de TV da Philips

Luis Bianchi, gerente de Smart TV da Philips

Os modelos Smart da Philips vêm com Wi-Fi integrado, dispensam fios e a necessidade de roteador ex-terno para conexão. Contam com a tecnologia Miracast, que possibilita espelhar a tela do televisor em um tablet ou smartphone, e podem ser controlados pelo Philips My Remote, aplicativo que possibilita a utilização de alguns gadgets como controle re-moto. Os lançamentos também vêm com a interface da plataforma Smart reformulada, que nestas versões inte-gra e possibilita o acesso simultâneo do conteúdo linear (dos canais a cabo ou da TV aberta) e online.

Novos produtosA linha 2014 de televisores Philips é composta por 25 modelos, todos

com telas de LED, que vão de 32’’ a 65’’. A Série 4100, que corresponde aos aparelhos de entrada, destaca-se pelo visual sofisticado, com borda de 0,9 cm, tem taxa de atualização de 120 Hz, conectores de áudio e vídeo, incluindo entradas HDMI e USB, e chega ao mercado em modelos de 32’’ a 50’’. Outro diferencial do novo portfólio é a linha 6500, com acaba-mento em branco e recursos high end, disponível em três tamanhos (42’’, 47’’ e 55’’). Da série top, a 7400, chama a atenção o modelo 7459, com tela gigante de 65’’, Ambilight nos três lados, 3D ativo com quatro óculos inclusos, Dual View Gaming e 960 Hz, que proporciona exibição impecável de cenas de ação, de acor-do com a empresa.

100 eletrolarnews

L ANÇAMENTOS PRODUTOS

DAZZCÂMERA SPORT FULL HD

A Dazz apresenta a câmera Sport Full HD, com características para fotos sequenciais

ou vídeos de alta resolução. Vem com case à prova d’água para a gravação de esportes aquáticos a uma profundidade de até 20 metros e função para ativar a gravação por controle de áudio ou à distância através do controle remoto que a acompanha. O produto tem saída mini HDMI para reprodução de vídeos em alta resolução direto na tela da TV ou do PC.

A Brasforma lança sua linha de cabos HDMI com seis modelos e medidas entre 1,8 e 2 metros. Os cabos,

indicados para TVs, games, Blu-ray e projetores, têm em-balagem com visual moderno e atrativo para o ponto de venda, informa a empresa. Destaque para o cabo HDMI 000120 modelo Premium, que possui corpo revestido em nylon, conectores folhados a ouro, ponteiras com capa de proteção, 2 metros de comprimento, resolução 1.4, 3D e Full HD. Permite excelente qualidade de imagem.

Oassador elétrico de bancada trabalha com sistema de rotação de es-peto, que permite assar de forma homogênea todos os tipos de carne.

Possui porta de vidro curvo, que facilita assar frangos inteiros e possibilita melhor circulação de ar. Não produz fumaça. Vem com bandeja coletora de gordura e cinco espetos, com capacidade para 1,8 kg de carne cada um. O produto é certificado pelo Inmetro e está disponível em 127 V e 220 V.

ARKE ASSADOR ELÉTRICO

ARNOCLIC’PRO JUICE

A Arno apresenta um de seus novos liquidificadores, o Clic’Pro

Juice, com tecnologia exclusiva, capaz de extrair até 30% a mais de suco. O sistema Juice + Technology, acionado com um só toque, combina a ação do filtro com o extrator. O filtro também elimina resíduos como bagaços e sementes. O modelo tem Secure Lock, que garante mais segurança no manuseio, copo de 2,3 litros, facas inte-gradas em aço inoxidável, 500 W de potência, funções autoclean e pulsar, porta-fio na base, teclado soft touch e três velocidades.

O novo projetor da BenQ, W1070, tem tecnologia de resolução Full HD de

1.080 pixels nativo, 2.000 ANSI Lumens de brilho, modo SmartEco e relação de contras-te de 10.000:1. Suporta múltiplas formas de tecnologia 3D graças aos óculos DLP-Link (vendidos em separado), incluindo HDMI, Blu-ray, games, Nvidia 3DTV e conectividade com o PC. Garante visualização 3D sem interrupção de imagem em tela de até 200”. Possui entradas HDMI, USB VGA, conector composto, componente (YUV), S-Video, Mini-B, alto-falante de 10 W e controle remoto luminoso.

BRASFORMA CABOS HDMI

BENQ PROJETOR W1070

eletrolarnews 101

COOKTOP A GÁSFALMEC

AFalmec apresenta seu mais recente lançamento: a linha

de cooktop a gás, em aço inox, com modelos de 60 cm (com quatro queimadores), 75 cm e 90 cm (com cinco). Destaque para o cooktop de 90 cm, com um queimador dupla chama, dois semirrápidos, um rápido e um auxiliar. Possui comando superior, botões de acionamento, acendimento individual, mesa com bordas laterais, grelha em ferro-gusa removível e válvulas de segurança gás stop. É bivolt.

GARMINCÂMERA VIRB

A Garmin apresenta a câmera VIRB Elite para

pessoas que adoram viajar e registrar seus momentos com a família e amigos. O modelo captura fotos e vídeos em alta resolução e é resistente à água. Possui tela colorida e comunicação sem fio ANT+, para ser controlada por outros dispositivos da marca. Dispõe, também, de GPS e conexão Wi-Fi para registrar a localiza-ção e velocidade e conectar com outros dispositivos mó-veis, como smartphone.

102 eletrolarnews

L ANÇAMENTOS PRODUTOS

JACTOCLEAN LAVADORA DE ALTA

PRESSÃO J6000

LOFRAFOGÃO PD 126

Com design profissional em aço escovado e exclusivas tecnologias, o novo fogão PD 126, da Lofra, possui zona vitrocerâmica integrada à mesa,

com duas áreas de aquecimento elétricas que permitem preparar alimentos diretamente no vidro ou em panelas. Possui cinco queimadores a gás, um deles profissional com tripla chama, que atinge até 4.200 W de potência. O fogão tem dois fornos que, juntos, somam 136 litros de capacidade e oferecem nove tipos de calor e temperaturas que vão de 50 ºC a 270 ºC. Conta também com grill infravermelho para preparar churrasco sem fumaça.

ndicada para uso residencial, a lavadora J6000 garante

agilidade na execução dos serviços de limpeza e tem

baixo consumo de água. Fa-bricada no Brasil e certificada

pelo Inmetro, é eficiente na limpeza de calçadas, quintais,

áreas de lazer, churrasquei-ras, ralos, tapetes, áreas de piscinas, toldos, canis e na remoção de lama. Atende

também quem gosta de lavar seu próprio automóvel, mo-tocicleta ou bicicleta. Tem 3

anos de garantia.

I

MONDIAL ELETRODOMÉSTICOSMULTI CONNECT THUNDER

A Mondial Eletrodomésticos lança a caixa amplificada Multi Con-nect Thunder (MCO-01), com design compacto e moderno, na

cor preta. Tem gravador digital, 40 W RMS, entradas para microfone e guitarra, rádio FM, equalizador, bateria interna e entradas USB e SD Card para conectar MP3, MP4 e pen drive. Possui display digital e vem acompanhada de microfone. É bivolt e tem um ano de garantia.

A Mueller lança a lavadora semiautomática BIG Stile, em preto e com capacidade extra. Lava até 13 quilos de roupa seca, inclusive cobertor e edredom king size. Tem controle de

drenagem, que pode ser feito diretamente no painel, sem necessidade de encaixar a mangueira de saída da água no ralo toda vez que for preciso esvaziá-la. Possui dispenser com compar-timentos para detergente em pó ou líquido e amaciante, timer com cinco programas e dois molhos, filtro de fiapos e turbilhonador maior.

MUELLERLAVADORA BIG STILE

eletrolarnews 103

C om design minimalista e retrô, a cafeteira Inissia, da Nespresso, chegou ao mercado em abril nas

cores preta, branca, vermelho-rubi e a edição limitada Blue Sky. A Inissia garante a extração do espresso com 19 bar de pressão, informa a empresa. Possui reservatório de 700 ml, aquecimento por termobloco em 25 segundos e desligamento automático após 9 minutos de inatividade. Pesa apenas 2,4 kg e tem 1.280 W de potência. Disponível em 127 V e 220 V.

NESPRESSOINISSIA

ONE FOR ALLCONTROLE

REMOTO RC7342

m período de Copa do Mundo, a One For All lança um controle

remoto universal estilizado com as cores da bandeira brasileira. O mode-

lo RC 7342 disponibiliza comandos para até quatro aparelhos distintos: te-levisor, decoder da TV por assinatura,

DVD ou Blu-ray player e aparelho de som. Com infravermelho de 20 me-

tros de alcance a um ângulo de 160°, o acessório permite configuração

simplificada para diversas funções, como a Learning, que copia qualquer

tecla do controle remoto original.

OPECOHEADPHONE TA-12HP

AOpeco ampliou seu portfólio de fones de ouvido, na categoria de acessórios de áudio, ao as-sumir a distribuição de modelos da Targus. A nova linha começa com seis acessórios de várias

cores, sendo três headphones dobráveis, dois earphones e um auricular. Um dos modelos Targus é o headphone TA-12HP dobrável, que possui cabo de 1,15 m com microfone e controle de volume, haste ajustável e almofadas acolchoadas em branco ou preto. É compatível com iPhone e iPad. Vem com bolsa de veludo com cordão.

POSITIVO INFORMÁTICATABLET T701 TV

O tablet Positivo T701 TV, modelo com TV digital integrada, vem com processador Dual-Core, sistema operacional Android Jelly Bean 4.2 – com possibilidade de atualização para a versão

KitKat 4.4 – e conexão Wi-Fi. Tem tela sensível ao toque de 7”, 8 GB de armazenamento, sensor de movimento, portas de conexão micro USB e microSD card e câmeras frontal e traseira. Possui os apli-cativos Positivo TV, para a busca de canais digitais, e Positivo Verde Amarelo, que traz tabela de jogos, notícias e curiosidades dos grandes eventos esportivos que vão movimentar o Brasil.

E

104 eletrolarnews

VAREJO

A Confederação Nacional de Seguradoras (CNSEG) projeta alta no volume de prêmios desse segmen-to neste ano. É esperada expansão de 8%. No ano

passado, o total de consumidores desse produto chegou a 26,7 milhões e houve 2,1 milhões de sinistros regulados. A venda dessa modalidade de seguro é muito comum em redes varejistas, no momento da compra de eletrodomés-ticos e outros equipamentos.

A nova resolução do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), que começa a valer no dia 18 de junho, proíbe, entre outras coisas, condicionar a venda ou o desconto de produ-tos à contratação de planos de seguros. A regra também per-mite a desistência desse tipo de contratação em até sete dias e torna os varejistas corresponsáveis pelos seguros. O mercado possui, atualmente, 98 milhões de certificados ativos.

GARANTIA ESTENDIDA ESPERAEXPANSÃO DE 8% ESTE ANO

ATIVIDADE DO VAREJOCRESCE 1,6% EM ABRIL

De acordo com a Serasa Experian, o movimento dos consumidores nas lojas de varejo do País aumen-tou em 1,6% em abril, na comparação com março,

já descontados os fatores sazonais. Comparado a abril do ano passado, o crescimento foi de 5,4%. O indicador de ati-vidade do comércio da Serasa Experian é apurado pelo vo-lume de consultas mensais realizadas por estabelecimentos comerciais à base de dados da empresa.

Apesar dos números positivos, a Serasa Experian considera que o desempenho da atividade varejista permanece con-tida pela aceleração da inflação, pela diminuição do grau de confiança dos consumidores e pelo processo de elevação das taxas de juros, que encarece o crédito. O movimento aumentou em todos os segmentos varejistas. Móveis, ele-troeletrônicos e informática exibiram desempenhos mais modestos, com altas de 2,2% em relação a março. No acu-mulado dos primeiros quatro meses de 2014, a atividade varejista como um todo cresceu 3,8%.

CARREFOUR FECHA PARCERIA COM A ODEBRECHT E ANUNCIA DOIS NOVOS PROJETOS EM SÃO PAULO

O Carrefour anunciou, no final da primeira quinzena de maio, dois projetos em São Paulo para otimizar o uso de seus imóveis, dentro do plano de expan-

são no Brasil, que prevê o lançamento de empreendimen-tos multiuso. A empresa fechou parceria com a Odebrecht Realizações Imobiliárias para o desenvolvimento de projeto imobiliário na Marginal Pinheiros, onde abriu a primeira loja no País, em 1975. Além de novo hipermercado Carrefour, o terreno de 60 mil m² ganhará outros produtos imobiliários.

A rede anunciou também que vai remodelar um edifício no bairro Jardim Paulista, na cidade de São Paulo, proje-to que inclui um shopping center totalmente integrado a um novo hipermercado Carrefour. Segundo Fernando Lunardini, vice-presidente da área imobiliária do grupo no Brasil, a ideia é aproveitar espaços que a empresa já possui em locais estratégicos, onde opera lojas da rede.

A Berlanda conta agora com o programa Dotz, que funciona na retenção, reativação e fidelização de clientes. Com isso, as compras na rede passam a

pontuar para a troca de passagens aéreas e de produtos, tanto nas lojas Berlanda como em outros estabelecimentos parceiros do programa Dotz, informa a empresa.

A expectativa da rede é que, com o início da operação, haja aumento do tíquete médio de compra em até duas vezes, em relação a clientes não cadastrados no sistema. A Berlanda conta hoje com 201 lojas.

Empresários do setor varejista, que estiveram com a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Micro e Pe-quena Empresa, Guilherme Afif Domingos, na reunião

organizada pelo Instituto de Desenvolvimento do Varejo (IDV) no último dia 9 de maio, em São Paulo, levaram três reivindicações à presidente: desoneração da folha de paga-mentos do setor, manutenção da jornada de 44 horas sema-nais de trabalho e a flexibilização dos contratos de trabalho.

BERLANDA FAZ PARCERIA COM O PROGRAMA DOTZ

DILMA ROUSSEFF SINALIZA A VAREJISTAS QUE NÃO HÁ ESPAÇO PARA NOVAS DESONERAÇÕES

De acordo com o ministro, Dilma sinalizou aos empresários que as desonerações de folha já realizadas serão mantidas, mas não há espaço para novas. Também mostrou-se fa-vorável à atual jornada de trabalho de 44 horas semanais, contrariando a demanda das centrais sindicais, que pedem redução da carga horária. O argumento, segundo o ministro, é que a medida não se faz necessária em um cenário de quase pleno emprego como o atual. Afif disse que será feito um estudo sobre a questão da contratação em “part time”, isto é, vagas com carga horária menor e mais flexível.

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ELETROS

positivo pela indústria. No primeiro trimestre de 2014, foram vendidos para o varejo mais de 4,3 milhões de unidades, aumento de 50,38% em relação ao mesmo período do ano passado. Provavelmente, haverá in-versão da sazonalidade, com 60% das vendas realizadas no primeiro semes-tre e 40% no segundo. Em 2013, foram vendidos 14,8 milhões de aparelhos, e a estimativa para este ano é que seja atingida a marca de 16 milhões. Mes-mo assim, os fabricantes estão prepa-rados para atender a uma demanda de 18 milhões de televisores.

O desempenho da linha marrom vai além dos televisores e inclui os equi-pamentos de áudio e vídeo. Os apa-relhos de rádio fazem parte do coti-diano do brasileiro e estão presentes

DESEMPENHO E INOVAÇÃOLourival Kiçula, presidente da Eletros

A diversidade da indústria nacional é um impulso para o crescimento e a

inovação. Em curto espaço de tem-po, o setor eletroeletrônico deu um salto tecnológico. Os fabricantes, atentos às tendências, investem no desenvolvimento de produtos cada vez mais eficientes e multifuncionais, com o objetivo de atender aos dife-rentes perfis de consumidores. As novidades unem alta performance e ferramentas cada vez mais intuitivas, alinhadas às práticas sustentáveis.

Um exemplo desse sucesso é o te-levisor, que passou por diversas mudanças tecnológicas e se tornou item indispensável de lazer para as fa-mílias. Tanto que, segundo pesquisa PNAD do IBGE, está presente quase na totalidade dos lares brasileiros. Atualmente, o Brasil está equipa-rado ao mercado internacional e oferece TVs com recursos inova-dores, navegação na internet, telas maiores e mais finas, execução de ta-refas por meio de comando de voz, melhor definição de imagem, bem como menor consumo de energia. Há produtos com tecnologia Ultra HD, que consiste em uma evolução na qualidade de telas, pois contam com resolução quatro vezes maior que um aparelho Full HD. Há ainda a categoria OLED, tecnologia que per-mite imagens mais realistas e exce-lente experiência de profundidade.

Este ano, além das novas tecnologias, a Copa do Mundo foi grande incen-tivadora para o alcance de resultado

Foto: Divulgação

em 80% dos domicílios do País. Eles não perdem espaço porque acom-panham a evolução tecnológica.

Pesquisas apontam que o consu-midor busca produtos com design, compactos e de alta potência. Com base nessa análise, os fabricantes disponibilizaram no mercado o mini system, produto que alcança a im-pressionante potência de 4.000 W. E o diferencial está na qualidade do áu-dio, que é associada ao alto volume sem distorção, além de se destacar a questão da conectividade, com en-trada USB e Bluetooth.

O desafio da indústria será manter o ritmo de crescimento e contribuir para o desenvolvimento, tornando--se cada dia mais competitiva.

106 eletrolarnews

FECOMERCIOSP

A pós estabilizar sua moeda na década de 1990 e incorporar milhões de pessoas aos mercados de trabalho e de consumo no início do século 21, o

Brasil encontra-se num impasse em relação aos caminhos que deve trilhar para alcançar um padrão – quantitativo e qualitativo – de desenvolvimento compatível com nossas potencialidades e necessidades.

Dentre os inúmeros obstáculos que hoje travam o crescimento, o sistema tributário destaca-se por ser a espinha dorsal da or-ganização econômica, política e social do País, mas ao mesmo tempo por se mostrar irredutível frente a qualquer movimento de modernização e simplificação. Nessa Babel, em que cada nível de governo ou esfera de poder fala uma língua diferen-te, ninguém se entende, e as tentativas de reforma tributária arrastam-se por anos, sem avanços significativos.

As consequências de uma estrutura complexa e burocrática, que martiriza os contribuintes e impõe às empresas pesados custos para apurar e recolher os tributos, são nefastas. Com-prometem os investimentos e a capacidade de competição nos mercados interno e internacional. Agravam a informa-lidade e a sonegação que, no mais das vezes, resulta não de má-fé, mas da falta de recursos. E perpetuam a desigualdade na distribuição de renda, pois nossos impostos indiretos – base da arrecadação – penalizam mais quem pode menos.

Caso insólito no cenário mundial, o Brasil possui sete tribu-tos arrecadatórios que têm como base de cálculo o valor das transações comerciais. Em autêntica sopa de letras, cinco deles são de competência federal: IPI, PIS/Pasep, Cofins, IRPJ e CSLL. Para quem não sabe ou esqueceu, os nomes comple-tos são: Imposto sobre Produtos Industrializados, Programa de Integração Social/Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público, Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social, Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e Contribuição sobre o Lucro Líquido. Completam a lista um tributo estadual, o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mer-cadorias) e outro municipal, ISS (Imposto sobre Serviços).

Quatro desses tributos (IPI, ICMS, PIS/Pasep e Cofins) têm como base de incidência o valor adicionado, mas modos

distintos de cálculo e alíquotas que variam entre produtos e Estados, com inúmeras exceções. Os demais (IRPJ, CSLL e ISS) incidem sobre o faturamento, mas, ao fim e ao cabo, todos se sobrepõem e ocultam o efeito final sobre o preço de bens e serviços e o ônus tributário imposto sobre os agentes econômicos.

Essa estrutura arcaica tornou-se avessa aos princípios básicos consagrados pela teoria econômica e pela expe-riência internacional para um sistema tributário moderno e racional. São eles: eficácia, neutralidade, equidade, com-petitividade e simplicidade.

Eficácia para extrair da sociedade uma carga tributária com-patível com seu nível de renda e com os serviços prestados, o que está distante de ocorrer entre nós. Neutralidade porque os tributos não devem interferir na alocação dos recursos pelos agentes econômicos privados. Equidade para cada um contribuir na medida de sua capacidade. Competitividade para não se constituir em obstáculo à capacidade do País de concorrer no mundo globalizado, e simplicidade para que os custos de pagar e arrecadar sejam menores.

Em resumo, nesse aspecto, a rota para o desenvolvimento com justiça social passa pela unificação tributária. Os tribu-tos arrecadatórios que incidem sobre bens e serviços (ICMS, IPI, ISS, PIS/Pasep e Cofins) devem ser agrupados em um único imposto sobre o consumo. O mesmo deve ocorrer com os que incidem sobre a renda, incluindo a CSLL e as contribuições para a Previdência oficial, que dariam lugar a um só imposto de renda abrangente. Estes dois impostos, de competência federal, seriam partilhados pela União com os demais entes federativos. Os tributos excessivos que hoje temos foram criados ao longo do tempo por leis ordinárias e podem ser unificados da mesma forma, sem necessidade de emenda constitucional.

As eleições deste ano podem e devem ser um momento para a discussão desta proposta. Se os diferentes partidos se comprometerem com a ideia, será dado um passo gigan-tesco para unificar não apenas os tributos, mas a esperança de todos os brasileiros num futuro melhor.

Abram Szajman, presidente da FecomercioSP

UNIFICAÇÃO TRIBUTÁRIA

Foto: Divulgação

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L ANÇAMENTOS

NOVA CURVATURA NO MERCADO DE TV Samsung lança no Brasil o primeiro televisor Ultra HD com tela curva (HU9000) e cria novo nicho na categoria.

Igor Carvalho

Fotos: Divulgação

C om a incorporação cada vez maior de diferentes funcionalidades nos tele-

visores – como conectividade, ima-gem em terceira dimensão e Ultra HD (4K ou UHD) em telas muito f inas –, a Samsung diferencia sua linha de aparelhos no País com o lan-çamento do primeiro modelo curvo, que tem resolução quatro vezes supe-

rior à de um televisor Full HD. A cur-vatura do televisor proporciona ao espectador experiência mais envol-vente e, segundo o fabricante, oferece conforto visual e a impressão de que a tela é maior. “A sensação de imersão é, praticamente, a de assistir em 3D, mas sem óculos”, conta Silvio Stagni, vice-presidente da área de Consumer Electronics da Samsung Brasil.

A TV Ultra HD Curva da Samsung chegou ao mercado no final de maio último, com o modelo HU9000, de 65’’, que tem o preço sugerido a partir de R$ 17.499. Neste semestre, ainda, a empresa lançará o modelo HU9000, de 78”, cujo preço deverá ser de, apro-ximadamente, R$ 35 mil. O vice-presi-dente da área de Consumer Electronics aposta na rápida acessibilidade desse novo design, assim como da resolução Ultra HD. “Até o final do ano teremos 15 modelos curvos e, em 2018, acre-dito que o mercado estará dominado pela tecnologia Ultra HD.” Apesar de ser produto para um nicho específico, a empresa prevê outras séries com tela curva, inclusive na versão Full HD, que deverão ter preço mais acessível.

HU9000

Silvio Stagni, vice-presidente da área de Consumer Electronics da Samsung Brasil

Embora o conteúdo 4K disponibilizado no Brasil (e no mundo, de modo geral) ainda seja incipiente, Stagni assegura a superioridade da qualidade de imagem do lançamento por meio da conversão aos padrões Ultra HD. O novo produto também é “adaptado” para as tecnolo-gias futuras, por meio do acessório Evo-lution Kit. Com ele, é possível atualizar o hardware e o software do aparelho, ga-rantindo ao consumidor que o televisor não ficará defasado tecnologicamente.

Além do design e dos diferenciais na qualidade da imagem proporcionados pela tela curva, a TV HU9000 tem re-cursos de áudio que buscam criar som mais envolvente, com alto-falantes lo-calizados ao longo da curva, cujo som é refletido para o centro, onde se localiza o espectador. Para trabalhar o produto no ponto de venda, a Samsung progra-ma uma série de ações, que incluem promoções direcionadas a datas espe-ciais, como Dia dos Pais e Black Friday, e campanha publicitária nas emissoras de televisão, que começa a ser veicula-da a partir de agosto. Todos os produ-tos da série são fabricados no Brasil, no Polo Industrial de Manaus (AM).

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MOVIMENTO

D-LINK A empresa contratou Joeval Martins como diretor de vendas corporativas e responsável pela estratégia de vendas para canais e distribuição no Brasil. Graduado em matemática pela PUC-Campinas, tem especialização em f i nan ç a s e marketi ng p el a Wharton School da Universidade da Pensilvânia (EUA) e MBA pela ESPM. Atuou na Motorola Solutions, IBM, Telebras e Alcatel.

AGIS Moac yr Alves Júnior é o novo gerente de produtos para games na distr ibuidora Agis . Formado em administração pela Faculdade Impacta Tecnologia , é titular do Conselho de Jogos Eletrônicos e Digitais da Secretaria de Audiovisual do Ministério da Cultura, criador do Jogo Justo, projeto que visa combater a alta carga tributária no setor, e curador da Campus Party.

BLACKBERRY Jorge Aguiar foi nomeado chefe da B la ckB er r y Am ér i c a L atina , reportando-se diretamente a Eric Johns on, pres idente de vendas globais. Aguiar entrou na empresa em 2013 como diretor-executivo para o México e América Central. Há 20 anos no setor de telecomunicações, tem experiência em administração, vendas, operações e marketing em toda a região.

CISCOA empresa criou o cargo de chief f inancial off icer (CFO) no Brasil e nomeou Vuk Petrovic para a posição. O executivo é formado pela University of Applied Sciences Münster da Alemanha e possui MBA em administração geral pela Kellogg School of Management, da Northwestern University, nos EUA. Tem passagem pela Apple do Brasil e Ford Motor Company.

AFRICA Marcelo Prista integra o time de diretores de criação liderados por Sergio Gordilho, copresidente e diretor-geral de criação. Essa é a sua segunda vez na agência. Prista passou pela PA Publicidade, house agency do Grupo Pão de Açúcar, pela JWT e pela antiga Z+G GREY. É formado em comunicação visual e desenho industrial pela PUC-RJ.

PUBLICIS BRASIL Daguito Rodrigues é o novo diretor de criação da Publicis Brasil. Formado em jornalismo pela USP e em cinema pela FAAP, foi premiado em importantes festivais de propaganda. Tem cinco leões em Cannes e cinco estrelas no Anuário do CCSP. Também trabalhou na AGE Isobar, Leo Burnett, de Chicago, e Salles Chemistri, com clientes como Coca-Cola, Chevrolet e Bradesco.

MOTOROLA MOBILITY Marcela Lacerda é a nova gerente de marketing da Motorola Mobility Brasil e se reporta diretamente a Sergio Buniac, presidente da subsidiária brasileira. Conhecedora do mercado de telecom, a executiva atuou nas operadoras Vivo, Tim e Brasil Telecom GSM. Na área de varejo, foi responsável pelo marketing do Ponto Frio.

MERCADO ELETRÔNICONei Tremarin é o novo chief marketing officer (CMO) do Mercado Eletrônico, plataforma de negócios entre empresas. Economista p ela Univers idade Federal do Rio Grande do Sul e pós-graduado em administração da publicidade e propaganda, fez MBA em administração global na Universidade Independente de Lisboa. Atuou na Linx Sistemas e na TOTVS. Leciona no MBA e na pós-graduação da FIA.

IBM A IBM nomeou Hassan Zamat como chief technology off icer (CTO) e

Carla Carvalho para a nova diretoria de Cloud, Analytics, Mobile e Social Business na IBM Brasil. Carla integra o time da IBM desde 1991 e passou por diversas áreas da empresa com d e s i g n a ç õ e s i n t e r n a c i o n a i s n a América Latina e Europa . Zamat substitui José Carlos Duarte, que se aposentou. Entrou na IBM em 2000, nos Estados Unidos, e desde 2011 está no Brasil.

SILVER PEAK A Silver Peak, empresa do segmento de aceleração de dados à distância, contratou Bruna Wells como gerente nacional de canais e marketing . Formada em relações públicas pela Faculdade Cásper Líbero e pós-graduada em marketing pela FGV, atuou na D el l Computadores e nas áreas de pesquisa de mercado, relacionamento com investidores, sustentabilidade e comunicação.

NETAPP BRASILWagner Tadeu é o novo country manager da NetApp Bras i l para liderar o planejamento estratégico d a e m p re s a , d e s e nv o l v i m e n t o de negócios e marketing no País. Responde diretamente a Wilson Grava, vice-presidente e gerente-geral da NetApp na América Latina. Formado em administração e contabilidade pela Universidade São Judas (SP), tem MBA em administração de empresas pela FGV-SP.

KASPERSKY LAB Cláudio Martinelli foi promovido a diretor-geral da Kaspersky Lab Brasil, reportando-se diretamente a Abelino Ochoa, diretor-geral da América Latina, Vai responder pelas vendas, marketing e funções de desenvolvimento de negócios da empresa. Na Kaspersky Lab desde 2009, o executivo tem passagem por empresas como SED International, TechData, Maxprint e Faber-Castell.

eletrolarnews 109

L ANÇAMENTOS

trônica”, diz Flávio Souza, gerente de produtos da empresa.

O lançamento possibilita que os pais acompanhem o bebê remotamente enquanto estão fora de casa, função inexistente nos produtos disponíveis no mercado. A BabyCam é uma câmera Wi-Fi com funções de babá eletrônica, que agrega canções de ninar, microfone e alertas de movimento e choro envia-dos por notificação ao smartphone por meio do aplicativo gratuito mydlink

Baby Câmera Monitor. Dentre seus outros diferenciais estão o sensor de temperatura do ambiente, que indica se está frio ou calor onde a criança se encontra, e recurso que possibilita gra-var e fotografar a imagem em cartão de memória microSD.

Lançado na edição deste ano da feira Consumer Electronics Show (CES), o produto chega ao varejo brasileiro com o preço sugerido ao consumidor de R$ 899. A D-Link acredita no po-tencial dessa novidade e prevê vender uma média de 2 mil unidades por mês. “Com base na nossa experiência em

outros países, esperamos ultrapassar este número. Segurança está na pauta de todos os varejistas hoje em dia, não só no caso das babás eletrônicas, como também nas câmeras e itens de seguran-ça”, afirma Antônio Guedes, diretor de consumo da D-Link.

Nova geraçãoA D-Link também renova e amplia a sua tradicional linha de roteadores ao lançar a família 11AC, composta por quatro modelos (DIR-803, DIR 816L, DIR 850L e DIR 868L), com velocida-de de 1.700 Mb por segundo, 10 vezes mais rápida que a da primeira geração de padão Wi-Fi (que era de 2 Mb por segundo). “O surgimento das redes sociais, dos smartphones e tablets mudou o acesso à internet em casa. Existe uma demanda cada vez maior por conectividade”, explica Rodrigo Paiva, gerente de produtos.

Mais uma novidade da empresa é o aumento da garantia de seus produtos. Para a linha de roteadores e repetido-res, o benefício foi ampliado de três para cinco anos. A medida foi tomada a partir de um levantamento sobre os hábitos de utilização das redes Wi-Fi e dos equipamentos conectados a elas, que mostrou que os consumidores per-manecem no máximo cinco anos com os mesmos roteadores. “O prazo que oferecemos é mais que suficiente para atender às necessidades do mercado”, afirma Anna Cristina Freitag Muratori, gerente de marketing de consumo.

D-LINK TAMBÉM VAI CUIDAR DE BEBÊS

A D-Link está, literalmente, de olho no mercado de se-gurança. A empresa aposta

no segmento e amplia sua linha de câmeras cloud ao lançar a BabyCam (DCS-825L), destaque de seu portfó-lio para 2014, que também traz linha de roteadores de quinta geração (11AC). “Colocamos mais funcionali-dades e ampliamos as características de uma câmera de segurança. Com isso, criamos um produto novo, que corresponde à evolução da babá ele-

Empresa estreia no mercado de babás eletrônicas e lança a BabyCam.

Igor Carvalho BabyCam (DCS-825L)

Fotos: Divulgação

Lançamento da BabyCam completa o portfólio de câmeras cloud da empresa, com funções específicas para cuidar de

bebês à distância.

Flávio Souza, gerente de produtos da D-Link

Antônio Guedes, diretor de consumo da D-Link

110 eletrolarnews

ABRASA

pelos fabricantes, o que não vem ocorrendo. Em segundo lugar, uma boa remuneração, compatível com o nível de atendimento, procedimentos e exigências da política de cada fabricante e produto.

Em termos de remuneração, vale lembrar que muitos fa-bricantes não repassaram à mão de obra a evolução infla-cionária de 81,75% dos últimos 10 anos, conforme fonte do IGPM. Ou os salários permaneceram estagnados ou foram até reduzidos. Isso afeta diretamente a qualidade do atendi-mento ao consumidor final.

Na comparação com outros setores de serviços nacionais, tomemos por exemplo os Correios, com o serviço de Sedex. Neste mesmo período, houve grande evolução com o Sedex 10 e outras modalidades. O cliente pode optar por utilizar o serviço tradicional com um prazo razoável, ou pagar mais se escolher o Sedex 10, para maior rapidez e qualidade.

Da mesma forma, o fabricante deveria praticar remuneração adequada aos postos autorizados para cada tipo de opera-ção, deixando ao cliente a opção por serviços e valores dife-renciados. Ainda no exemplo dos Correios, querer exigir da empresa serviços de Sedex 10 pelo preço de Sedex normal ou PAC é inviável, assim como obrigar as redes autorizadas a prestar serviços mais elaborados a preços inferiores é con-denar a rentabilidade do negócio.

O exposto já está acontecendo com algumas redes, pro-vocando a troca imediata por novos postos, os quais tam-bém passarão pela mesma situação e problemas. Nota--se certa falta de visão estratégica por parte de alguns fabricantes, que não entendem a necessidade de ter um processo que garanta a sobrevivência de seus parceiros, o que pode comprometer o próprio negócio, assim como toda a cadeia.

CONSUMIDOR CADA VEZ MAISEXIGENTE

A Associação Brasileira das Entidades Representati-vas e Empresas de Serviços Autorizados (Abrasa) vem realizando alguns estudos referentes ao com-

portamento do consumidor em sua rede de prestadores de serviços de assistência técnica, reparos e consertos de produtos multimarca. Os estudos abrangem as operações dentro e fora da garantia de fábrica.

Os produtos estão cada vez mais semelhantes nos quesitos tecnologia e design e podem até, em inúmeros casos, ser comparados a commodities. A diferença, muitas vezes, está atrelada à campanha de marketing, à força dos pontos de vendas e aos serviços agregados oferecidos no pós-venda. Os fabricantes estão observando um consumidor mais exi-gente, que quer qualidade, agilidade e preços competitivos quando se fazem necessários os serviços de assistência téc-nica em produtos com e também sem garantia. Para atender a essa demanda, as empresas realizam ações dirigidas de in-vestimento na área de serviços, em busca do fortalecimento da sua rede autorizada.

Frente ao iminente anúncio por parte do governo federal de uma lista de produtos essenciais e prazos para troca pelo consumidor, os revendedores estão pensando mais à frente. Para evitar prejuízos financeiros e de imagem com o proces-so de troca, eles reveem a qualidade dos produtos oferecidos pela indústria, que muitas vezes não está preparada para realizar a troca com rapidez e eficiência.

Para que um negócio prospere são necessários, obviamente, boa gestão, equipe de profissionais competentes e capa-citados tecnicamente e ótimo atendimento, entre outros fatores. Mas, em uma rede de serviços de assistência técnica autorizada, mais dois pontos são de extrema importância, sendo o primeiro deles a reposição de peças e componentes. Os itens devem estar disponíveis e ser enviados rapidamente

Norberto Mensório, presidente, e Wagner Gatto, diretor-executivo da Abrasa

Fotos: Divulgação

eletrolarnews 111

ABRADIST I

TECNOLOGIA NA COPA SERÁ APENAS NA LINHA DO GOL

U ma notícia no site da FIFA chama a atenção. “Mundial no Brasil será o primeiro na

história a oferecer tecnologia na linha do gol.” O Programa de Qualidade da FIFA está trabalhando na instalação do sistema em cada um dos 12 está-dios da competição, e seu funciona-mento será a principal tarefa de agora até o início do torneio.

Mas, para nós que atuamos no mer-cado de TI, essa informação traz outra mensagem: a única tecnologia que es-tará devidamente pronta para a Copa será aquela que treme no braço do ár-bitro se a bola entrar na meta do goleiro.

Com o anúncio do maior torneio de seleções para o País, muito foi visiona-do para a infraestrutura tecnológica das cidades: câmeras de segurança de alta definição, cabeamento estrutura-do, tecnologia wireless, sinais 3G e 4G de qualidade.

Mas o que se vê é a preocupação, e tudo ainda nebuloso, apenas para dentro dos estádios. O projeto do Mi-neirão, por exemplo, abrange vigilância por câmeras, iluminação, sonorização,

acesso, refrigeração, detecção e alarme de incêndio, conexão, circuito fechado de TV, telão, entre outros itens.

Enquanto isso, Porto Alegre vive a ten-são das estruturas complementares próximas ao estádio exigidas pela FIFA. Governo, prefeitura e clube empurram de um lado para o outro a responsa-bilidade de quem arca com os inves-timentos e, por conta disso, a capital gaúcha correu riscos de ser excluída do torneio. Já o Itaquerão, ou Arena Corinthians, mesmo com a responsa-bilidade de sediar a abertura, somente ficará pronto no apagar das luzes.

Entre as estruturas tecnológicas complementares necessárias para a realização da Copa do Mundo estão infraestruturas de rede e serviços de telecomunicações, além de disposi-tivos como raio X, entre outros. Esses produtos tiveram boa demanda. No entanto, perto do que era esperado, o desempenho do mercado de TI para a Copa sequer se classificou para jogar o campeonato.

Observando os entraves acima, con-cordo com o presidente da Federação

Ibero-Americana das Entidades de Tec-nologia da Informação (Aleti): ele disse que o tratamento de TI foi comparado ao dispensado aos móveis e decoração dos estádios e demais categorias envol-vidas na Copa, em que somente depois de todas as obras civis prontas e inau-guradas é que esses gastos são autoriza-dos, e a entrega se dá em curto prazo, impedindo qualquer desenvolvimento correto e domínio da tecnologia.

Mas, na verdade, com as últimas no-tícias sobre São Paulo, a maior cidade do País, revelando que alguns pontos do estádio serão “maquiados” porque não haverá tempo para todos os apa-ratos de acabamento, só nos resta um simples pensamento: se nem estádios estarão totalmente finalizados nos quesitos mais básicos, o que se dirá das tecnologias...

A sensação final é de frustração. Afi-nal, toda aquela euforia criada em 2007 de que desenvolveríamos um País, teríamos oportunidades em tec-nologia, hospitais e transportes não foi concretizada. A realidade é que ganhamos apenas novos estádios e elefantes brancos.

Mariano Gordinho, presidente da Abradisti

Foto: Divulgação

112 eletrolarnews

FE IRA

M ais de 92 mil compradores de todo o mundo visita-ram a edição de primavera

da HKTDC Hong Kong Electronics Fair, no período de 13 a 16 de abril, realizada simultaneamente com a HKTDC Inter-national ICT Expo. Em sua 11a edição, a maior feira de eletrônicos da Ásia, que teve como sede o Centro de Conven-ções e Exposições de Hong Kong, bateu o recorde de mais de 3.300 expositores de 25 países e apresentou as recentes novidades das indústrias do segmento de eletros. Mais de 35 seminários foram realizados nos dois eventos.

Entre a ampla variedade de produtos e serviços, duas zonas temáticas chama-

ram a atenção: a de impressoras 3D e a i-World, com dispositivos inteligen-tes, acessórios e outras tecnologias vestíveis. O Hall da Fama teve, nesta edição, mais de 500 marcas, entre elas Intel, BigBen, Coway, Lenco, Polaroid e Telefunken. A ICT Expo, por sua vez, também teve novas áreas – Telecom, Network e Data Center e Mobile & Digital Marketing – e ressaltou os lan-çamentos de aplicativos para celulares.

Benjamin Chau, vice-diretor executivo do Conselho de Desenvolvimento do Comércio de Hong Kong (HKTDC), que promove a feira e também Hong Kong como uma plataforma para fa-zer negócios com a China e a Ásia toda,

se mostrou satisfeito com o interesse demonstrado pelos compradores. “A economia global está melhorando e observa-se boa demanda por produ-tos eletrônicos, inteligentes, verdes e usáveis”, afirmou o executivo.

Maior parceiro comercial de Hong Kong na América do Sul, o Brasil tam-bém esteve presente na feira. Mas ain-da há muito potencial a ser explorado, diz Louis Ho, diretor regional das Amé-ricas do HKTDC. “Estamos dedicando mais recursos para ajudar as empresas brasileiras a fazer negócios com a Ásia. Viajamos pelo País para informar as pe-quenas e médias e trabalhamos com associações e agências governamen-

Tecnologia 3D em impressoras, mobiles e produtos de entretenimento foram alguns dos principais destaques.

HONG KONG ELECTRONICS E INTERNATIONAL ICT EXPO

eletrolarnews 113

tais para levá-las como expositoras ou visitantes às mais de 30 feiras comerciais que temos em Hong Kong.”

Inovações Os visitantes da HKTDC Hong Kong Electronics Fair tiveram contato com as recentes tecnologias presentes no segmento de eletros, como o atrativo 3D em impressoras. Destaque para o produto da empresa belga Velleman NV, a impressora 3D-K8200, compatível com todos os softwares livres RepRap e Firmware. Construída com estrutura

de alumínio, tem o mesmo tamanho de uma impressora de papel padrão, volu-me de impressão de 20 x 20 x 20 cm e peso de apenas 9 kg.

Os eletrônicos que podem ser vestidos, nova moda nos dias atuais, os mobiles e os acessórios também tiveram grande destaque na feira. A nova zona i-World apresentou os gadgets inteligentes guiados para diferentes propósitos. A Inno Lifestyles, empresa de Hong Kong, que faz produtos para aumentar a co-nexão emocional dos usuários, mos-trou uma touca conectada ao sistema Bluetooth, com alto-falantes embuti-

dos. A música toca através da conexão da touca e do smartphone.

Devido ao crescimento da demanda, os produtos de entretenimento ocupa-ram bom espaço na feira, como o Mul-timedia Tower, atração da BigBen, da França. Torre multimídia com sistema de áudio, tem quatro alto-falantes, su-porta diferentes sistemas como iPhone, iPad e PS Vita. Aceita cartão USB e SD para arquivos em formato MP3, além de rádio FM. Na categoria de videocâ-mera, o destaque foi a S70 Magic Cam,

à prova de água, pó, queda e movimen-tos bruscos. O produto, fabricado pela AEE Holding Limited, empresa de Hong Kong, tem qualidade de imagem como a das câmeras de canais de televisão.

Na área de tecnologias ecológicas, a em-presa russa Iterium apresentou um teste de radioatividade para smartphones, que mede o nível da radiação considerando raios X e objetos contaminados com partículas betas. O objetivo do teste, que pode ser feito com aparelhos que têm os sistemas operacionais iOS e Android, é detectar materiais e alimentos conta-minados em áreas internas e externas.

“O Brasil é o maior parceiro comercial de Hong Kong na América do Sul, e estamos ajudando as empresas do País a fazer negócios com a Ásia.”

Louis Ho, diretor regional das Américas do HKTDC

“A economia global está melhorando e há boa demanda por produtos eletrônicos inteligentes,

verdes e usáveis.” Benjamin Chau, vice-diretor executivo do HKTDC

Fotos: Divulgação

Louis Ho, diretor regional das Américas do HKTDC

CorreçãoNa edição nº 95 houve erro na identificação de Louis Ho. O executivo é diretor regional das Américas do HKTDC e não do InvestHK.

A maior feira de negócios para a indústria e o varejo de eletros e TI da América Latina

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15 a 18 de setembro de 2014Transamerica Expo Center

São Paulo - SP - Brasil

Antecipe seu credenciamento no site

www.eletrolarshow.com.br

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