revista domínios - ed. 165

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Mistura de Materiais Inverno 2012 XV 165 Abril 12 Gratuita Revista Domínios XV 165 Abril 2012 Gratuita www.revistadominios.com.br Mistura de Materiais Inverno 2012 Por dentro do Tribunal do Júri Abra seu coração para a adoção Mercado de trabalho para sessentões Por dentro do Tribunal do Júri Abra seu coração para a adoção Mercado de trabalho para sessentões

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Revista Dominios Abril 2012

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Mistura de Materiais

inverno 2012

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Mistura de Materiais

inverno 2012Por dentro do tribunal do júri

abra seu coração para a adoçãoMercado de trabalho para sessentões

Por dentro do tribunal do júriabra seu coração para a adoção

Mercado de trabalho para sessentões

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6 editorial

Abril especial!

Faltam apenas 6 edições para com-pletarmos a marca dos 15 ANOS.

É com muita alegria que iniciamos os preparativos de nossa Festa de 15 anos e, seguindo nossos princípios e valores, assim como foi feito anteriormente, a renda será revertida para o Lar Espe-rança, uma instituição não governa-mental, sediada no bairro Santo Antô-nio. Ela é gerida por empresários e abriga mais de 100 idosos carentes.

Making off

Inverno 2012

Modelo Amabile Zanetti, da Agência Andre Pereira Models - 17 3121.8763Photo Dimas - Marcelo Ringo Photography - 17 3353.1080

Produção de Moda Larissa MoschettaVeste Forum - 17 3227.8308

Make-up Tita e Sônia - Studio Becker - 17 3212.8073

Criança ou animal? Qual eu adoto?A jornalista Cris Oliveira aborda esta questão e apresenta a opinião de psicó-logos, do promotor de justiça da Infância e Juventude, de protetores de ani-mais e também a escolha de Sueli Gallacci.

O Tribunal do Júri está muito evidenciado nas novelas, telejornais e tam-bém nos filmes e seriados. Daniela Baptista mostra como funciona no Brasil e quando ele é necessário.

Outro assunto muito atual é a permanência e, também, o retorno ao mercado de trabalho das pessoas com mais idade. A população de nosso país está ficando velha e os nossos jovens, em sua maioria, não apresentam a qualifi-cação exigida pelas empresas. Conscientes da longevidade e preparados para uma vida com excelente qualidade, os sessentões estão em alta no mer-cado de trabalho.

As tendências do Inverno/2012 estão retratadas no Editorial de Moda produzi-do por Larissa Moschetta, mostrando as influências e as novidades da estação.

Toca Gonçalves nos traz suas experiências e impressões de Machu Picchu, uma das 7 maravilhas do mundo moderno.

Matérias interessantes e de relevância são apresentadas pelos nossos colu-nistas. Atentos às necessidades de nossos leitores eles compartilham o seu conhecimento com você.

Boa leitura.

Genny C. Zarzour e Valéria Garcia

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MISSÃO: Ilustrar, divertir, informar e facilitar a vida do leitor. Publicação mensal exclusiva da PLANO EDITORA R. Américo Gomes Novoa, 670d – 17 3201.4100 – S. J. do Rio Preto/SPEDITORA RESPONSÁVEL: Valéria Garcia • EDITORA DE ARTE: Genny C. Zarzour JORNALISTA RESPONSÁVEL: Malu Rodrigues MTB 44.529-SP • REVISÃO DE TEXTO: Loreni F. GutierrezDIRETORA DE MARKETING: Valéria Garcia • COMERCIAL: Valéria Garcia PROJETO GRÁFICO: Plano Editora • DESIGNERs: Betinho Silva • Murilo Guilherme • COLABORADORES DESTAEDIÇÃO: Cris Oliveira • Daniela Baptista • Deise Zuliani • Hamilton Castardo • Dr. Heitor Bernardes Cosenza • Dr. José Fernando Godoy • Larissa Moscheta • Dr. Lucas Borelli Bovo • Malu Rodrigues • Nenê Homsi • Romildo Sant’Anna • Dr. Sidney D’Andrea • Dra. Silvia Strazzi • Sylvia Santini • Toca Gonçalves

ATENDIMENTO AO LEITOR: [email protected] • IMPRESSÃO: 9.000 exemplares • DISTRIBUIÇÃO: diretamente em todas as residências dos condomínios parceiros da revista em Rio Preto e Mirassol, 300 pontos na cidade e região, devidamente protocolados . *As matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores, não expressando a opinião da Editora. ** A Revista Domínios é propriedade exclusiva da Plano Editora, a reprodução de suas matérias, fotos e anúncios sem a devida autorização estará sujeita às penalidades previstas por lei.www.revistadominios.com.br / e-mail: [email protected] / 17 3201.4100

DOMÍNIOS®

A MELHOR SOLUÇÃO EM COMUNICAÇÃO

aNo XV

ediÇÃo 165

abril de 2012

distribuiÇÃo Gratuita

moda 26Inverno 2012

estética 38Rejuvenescimento facil

clicks 44Malu Rodrigues

social 52Nenê Homsi

transformações 56Heranças genéticas

dicas 59Presentes / Serviço

animais 62Radiologia Digital Computadorizada

é tudo verdade 66Crônica do sapato

cotidianoPor dentro do Tribunal do Júri

comportamentoAbra seu coração para a adoção

cotidianoMercado de Trabalho para sessentões

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Redes sociais.

34 artesA arte temática

40 sustentabilidadeConsumidor moda com respeito ao meio ambiente

46 andançasA cinematográfica Machu Picchu

54 oftalmologiaDegeneração macular relacionada à idade...

58 dermatologiaPara um pescoço sempre jovem...

60 odontologiaSou Cardíaco. Posso ir ao Dentista?

64 jurídicoMaltratar animais é crime

suMário

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Por dentro doTribunal do Júri

eNtraMos No tribuNal do Júri de rio Preto, Para Mostrar o que acoNtece No PleNário oNde o futuro de acusados de

criMes é decidido Por Pessoas coMo Você

foto whatafy.coM/

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N o salão do Tribunal do Júri Marcela está nervosa. Esfregando as mãos, ela olha para o relógio e tem a respiração ofegante. Dentro de alguns minutos seu marido será julgado pelo crime de homicídio. Em

vão ela tentava vê-lo pela porta dos fundos do plenário, onde os acusados aguardam a vez de entrar. “Ele não fez nada de errado, apenas estava com os criminosos quando tudo aconteceu”, diz, tentando ao mesmo tempo defender o marido e se tranquilizar. Entre os advogados e funcionários do Fórum o clima é bem mais tranquilo: conversas amigáveis e tapinhas nas costas dão um clima de aparente informalidade.Mas como um crime vai parar no Tribunal do Júri? Quem são as pessoas esco-lhidas para compor o conselho de sentença? Por que no Brasil o procedimento é diferente do que acontece nos filmes americanos?O Tribunal do júri teve origem na Inglaterra por volta do século XIII, para que os cidadãos legitimassem seu direito de julgar infrações cometidas e punir os res-ponsáveis através do Estado. No Brasil, ele foi criado em 1822 e, nessa época, eram julgados somente os crimes de imprensa. De lá para cá muita coisa mu-dou. De acordo com o promotor Marcos Antonio Lelis Moreira, após a Constitui-ção de 1946, o tribunal passou a atuar somente nos casos de crimes dolosos contra a vida: “homicídio (consumado e tentado), instigação, indução e auxílio ao suicídio, infanticídio (quando a mãe mata o filho) e aborto, além de crimes ligados a estes”. Já nos EUA, por exemplo, pessoas acusadas de abuso sexual, como o cantor Michael Jackson, podem sim, serem levadas para júri popular. O promotor explica ainda que, no Brasil, o Tribunal do Júri tem características únicas: “O conselho de sentença é formado por sete pessoas, ao contrário dos Estados Unidos que são doze”. Além disso, de acordo com Lelis, em nosso país o julgamento tem duas fases: “Na primeira o promotor recebe o inquérito do delegado e analisa se existem elementos suficientes que comprovem a autoria e a existência do crime. Havendo essa comprovação, com a decisão de pronúncia do juiz, parte-se para a segunda fase, essa sim realizada no Tribunal do Júri”.

Passo a Passo – Uma vez instalada a sessão começa a escolha dos jurados. O alistamento dessas pessoas é de responsabilidade do juiz que procura pes-soas de reputação ilibada e indicadas por autoridades locais em entidades de classe, universidades, sindicatos etc... Para cada sessão são convocadas 25 pessoas, das quais sete são escolhidas. “Na formação do conselho há um sor-teio no qual o promotor e o advogado podem recusar até três jurados cada. A recusa ou aceitação não precisa ter um motivo. No meu caso uso o “feeling”, para saber quais as pessoas mais adequadas para o caso”, explica Lelis. Uma vez escolhido o conselho de sentença são ouvidas as testemunhas (se houverem), que podem ser inquiridas tanto pelo promotor quanto pelo ad-

vogado. Em seguida começa a par-te mais emocionante do julgamen-to: defesa e acusação partem para o debate que tem o tempo estipulado de 1h30 para cada um. As partes podem ainda pedir réplica ou trépli-ca, se necessário. Em seguida o conselho de sentença se reúne em uma sala secreta (eles não podem se comunicar com nin-guém e nem falar sobre o caso entre eles), para decidir os quesitos formu-lados pelo juiz. Por exemplo: “o réu concorreu para o crime, desferindo tiros na vítima?”. Eles respondem apenas “sim” ou “não”, entre várias outras perguntas. Terminada essa fase o juiz dá a sentença. De acordo com Lelis, muitos comba-tem o Tribunal do Júri dizendo que pessoas leigas (conselho de sentença) não deveriam participar deste proces-so: “Acredito que este modelo é uma grande demonstração de democracia. Estes crimes dolosos contra a vida são julgados com sabedoria pelos inte-grantes da sociedade, que analisam não só todas as circunstâncias em que estes crimes foram cometidos, como também os personagens do delito, au-tor e vítima”, defende ele. Com mais de 25 anos de experiência atuando no tribunal, Lélis gosta de es-clarecer que não está vinculado à con-denação, pois no estudo do caso ele pode se convencer da inocência do réu: “Posso pedir desde a absolvição até a imputação de uma pena menor”. Além disso, o promotor diz que, para um julgamento ser eficaz, além do

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conhecimento jurídico, acusação e de-fesa devem apresentar conhecimentos sobre psicologia e sociologia além da oratória, que também é essencial.

a defesaFeliz do acusado que tiver ao seu lado o advogado Paulo Nimer. Com 56 anos de experiência em tribunal do júri, ele é um entusiasta dos casos que representa “A liberdade de um cidadão é algo absolutamente sério! Ninguém pode ser julgado sem defe-sa”. Ele explica que uma das formas do réu ser beneficiado em um julga-mento são as atenuantes: “Isso se o crime for cometido sob violenta emoção ou com a confissão do réu”.

VOU SER JURADA. E AGORA?Quando recebeu a intimação do ofi-cial de justiça a recepcionista Gra-ziela Dalmazo ficou assustada. “Só fiquei sabendo do que se tratava quando cheguei ao Fórum”. Ela é uma das pessoas escolhidas pelo juiz para compor o conselho de sentença e periodicamente é convocada para se apresentar às sessões do tribunal. Desde 2009 ela já participou de cinco julgamentos: “É claro que a gente fica com medo de errar, afinal, é a vida de uma pessoa que está em jogo, mas procuro me basear nos ar-gumentos do promotor e do advoga-do para tomar minha decisão”. As sessões do Tribunal do Júri acontecem no Fórum. Em média são duas a três por mês e qualquer pessoa pode acompanhar os julga-mentos. Os dias e horários são di-vulgados pelo próprio Fórum para consulta pública.

iNteressa? VeJa liVros e filMes sobre o assuNto:Livros“A confraria”, John Grisham (Editora Rocco). Imagine um tribunal formado den-tro de uma prisão por juízes condenados. Não satisfeitos com sua atuação atrás das grades, eles colocam em prática um plano para extorquir dinheiro de cida-dãos respeitáveis, chantageando-os. “O inocente”, John Grisham (Editora Rocco). História real de um jogador de bei-sebol acusado de assassinato que escapou do corredor da morte apenas um mês antes da data da execução.“QB VII”, Leon Uris (Editora Record). Um escritor judeu descobre o passado ma-cabro de um médico nazista que vai a julgamento por crimes de guerra. Os de-poimentos são assustadores.

Filmes“Fúria”, Fritz Lang (EUA, 1936): Um dos melhores filmes sobre o assunto, conta a história de um homem acusado injustamente de rapto que vai para a prisão e tem que se defender da fúria dos cidadãos. O julgamento é um dos pontos altos do filme. “12 homens e uma sentença”, Sydnei Lumet. (EUA, 1957): Doze jurados devem decidir se um homem é culpado ou não de um assassinato. Onze têm plena certeza que ele é culpado, enquanto um fica em dúvida. “Julgamento em Nuremberg”, Stanley Kramer (EUA, 1961): O filme mostra o processo do julgamento dos nazistas acusados de crimes de guerra. “A vida de David Gale”, Alan Parker (EUA, Alemanha, 2003): David Gale (Kevin Spacey) é um professor que trabalha na Universidade do Texas e também um ativista contra a pena de morte. Após o assassinato de uma colega de trabalho, ele é injustamente acusado e condenado à pena que ele tanto combate.

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s ábia Brigite. É exatamente assim que deve, ou pelo menos deveria ser. Uma sociedade responsável e ética é capaz de cuidar de suas crianças e de seus animais. Infelizmente nem sempre ela se mostra assim. É

diante disso que se iniciam as polêmicas. Por que adotar um animal e não uma criança? Por que os animais ganham tanto destaque na mídia, e em redes so-ciais, quando são vítimas de maus tratos e abandono? Será que as pessoas desistiram da sua raça? Mas afinal, caro leitor, você tem compromisso com os seres vivos que te cercam? Adotaria? Um animal ou uma criança? Por quê?A adoção de um animalzinho de estimação ou de uma criança se origina de uma motivação do indivíduo. Determinar um padrão para tais motivações é difícil. A personalidade, conceito e percepção que temos do mundo é diferen-te da de outros membros de nossa espécie. Somos únicos e nossa forma de pensar também é. Para o psicólogo cognitivo comportamental, Alexandre Caprio, a adoção vem atender a um desejo de uma pessoa ou um casal. Ele surge da dificuldade em se conceber um filho biológico ou da vontade de oferecer a uma criança, aban-donada, um futuro melhor. “Em casos onde a concepção não foi possível, o casal busca crianças recém-nascidas, com semelhanças físicas. A função é substitutiva, porque a adoção não aconteceria se as condições físicas dos pais permitissem. Quando se busca fazer a diferença na vida de uma criança, a motivação é bem diferente. Mas ambos se igualam em um aspecto: a respon-sabilidade de educar e formar uma criança, integrando-a como membro da família, perante a justiça e a comunidade”, pontua.

Abra seu coração para aadoção

“quaNdo se é caPaz de lutar Por aNiMais, taMbéM se

é caPaz de lutar Por criaNÇas e idosos. NÃo há

boNs ou Maus coMbates,

aPeNas o horror ao sofriMeNto

iMPosto aos Mais fracos,

que NÃo PodeM se defeNder.”

BRIGITE BARDOT

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criaNÇasPara adotar uma criança é preciso que a pessoa tenha preparo material, psico-lógico, social, familiar e emocional, já que depois de concluído, o processo é irreversível. Os interessados passam por estudos psicossociais. Qualquer pes-soa que tenha mais de 18 anos pode adotar, independentemente do estado civil, devendo ser, no mínimo, dezesseis anos mais velha que a criança. Para tanto, deve se cadastrar na Justiça da Infância e Juventude e aguardar a fila.“A falta de recursos materiais pode não ser motivo para destituir o poder fami-liar dos pais e, no caso, a assistência social do município deve ser acionada. Mas, quando se trata de adoção, a prioridade está nas reais vantagens que os adotantes podem proporcionar à criança, em todos os sentidos”, explica Cláu-dio Santos de Moraes, promotor de justiça da Infância e da Juventude. Ele informa que, atualmente, há cerca de 60 crianças e adolescentes acolhi-dos, mas poucos estão em condições de serem adotados. Isso porque, a maioria foi acolhida tardiamente, depois de seis anos de idade, faz parte de grupos de irmãos, alguns da raça negra ou portadores de doença incurável e, por isso, não despertam o interesse dos 120 casais cadastrados para adoção, e mais uns oito solteiros. As preferidas são crianças de até três ou quatro anos, e que sejam saudáveis. Em Rio Preto, crianças e adolescentes acolhidos ficam abrigadas em casas la-res, sob a responsabilidade de mães sociais através do Projeto Teia. Também existem as famílias acolhedoras, que acolhem até duas crianças ou adolescen-tes em suas próprias casas, mediante auxílio do Projeto. “O objetivo é justa-mente o de dar um ambiente bem próximo do familiar, afastando a ideia de orfanato, que, aliás, não temos na comarca”, completa o promotor.Quando perguntado sobre a diferença de criar uma criança e um animalzinho abandonado, Cláudio Moraes é categórico. “É lógico que tem diferença. Embo-ra passemos a nutrir carinho e amor pelos dois, a situação é totalmente diferen-te. A intensidade do sentimento varia muito de uma pessoa para outra. Mas, criar um animal de estimação é muito mais fácil. Ele está para obedecer ao dono e não dá tanta preocupação como uma criança, que tem vontade própria cada vez maior e, na maioria das vezes, irá divergir de seus responsáveis.”

Alexandre esclarece que a adoção de um animalzinho de estimação não segue um princípio de responsabili-dade diferente. “A partir do momento em que uma pessoa se responsabiliza pela vida de outro ser, deve assumir esse compromisso com a seriedade necessária. Isso significa assumir cuidados em relação à sua saúde e segurança. Muitas pessoas soltam seus cães e gatos para ‘dar uma volti-nha’ pelas redondezas. Esse gesto coloca a vida do animal e das pessoas em risco. As pessoas permitem a saí-da do animal, mas jamais a saída de-sassistida de uma criança. Nota-se claramente que, para grande parte das pessoas, há uma distinção da vida do homem e do animal. Isso tem gerado debates violentos, cujo palco central é a internet”, ressalta.Porém, o mais grave é que muitas pessoas não admitem que o ideal de outras seja cuidar de animais ao in-vés de crianças. “Cada um deve se-guir seu objetivo de vida, seus sonhos e metas. Mas, acima de tudo, compre-ender e respeitar a opinião do outro que também deseja, de alguma forma, fazer o bem. Somente quando parar-mos de agredir ou violentar aquele que pensa de uma forma diferente da nossa, é que poderemos ter autorida-de para falar de paz, amor e valor à vida”, esclarece o psicólogo.

coMPortaMeNto cris oliveira

“cada uM deVe seGuir seu obJetiVo

de Vida, seus soNhos e Metas.

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despercebido, ou de forma documental, além do termo de adoção.Para Cláudia, não existe a mesma conscientização das pessoas ao adotarem uma criança ou um animal. “Ao adotar uma criança a pessoa convive com ela antes, acompanha por algum tempo. Está ciente dos gastos que virão e que terá uma pessoa que dependerá dela para o resto da vida. Reserva um espaço na casa para ela. Com animais isso não ocorre, há adoções por impulso. Ado-tam filhotes por acharem fofos, esquecem que eles vivem cerca de 13(cães), 17 (gatos) anos. Esquecem que há gastos com ração, veterinário, acessórios. Não há qualquer planejamento.”

ela adotou“Penso que essa questão nem deveria ser levantada, afinal são duas coisas totalmente diferentes. Como cristã, sei diferenciar entre os dois seres, mas também sei que, no amor e respeito, em nada diferem. Diferem apenas na de-dicação e responsabilidades envolvidas.Adotar uma criança implica em muito mais. Não basta dar ração, banho, cari-nho. Seres humanos carecem de educação que forme o caráter, que aprenda valores. Humanos têm o dom da fala, e filho cobra, questiona. Desnecessário dizer que com os bichos não é assim. Mas é exatamente por isso que devemos protegê-los; falar por eles.Penso que quem tem amor para dar não precisa passar por essa ‘escolha’, é possível fazer as duas coisas. Eu fiz e não me arrependo. Tenho uma filha ado-tiva que hoje está com 25 anos. Uma moça linda, cheia de virtudes, que nos enche de orgulho. E muitos bichos de estimação que eu costumo chamar de ‘minha família animal’.Quanto à adoção da minha filha, eu e meu marido a conhecemos num hospi-tal gravemente doente. Tinha seis meses e fora abandonada pela mãe bioló-gica. Decidimos adotá-la porque ela adentrou nas nossas vidas de maneira irreversível desde o primeiro momento em que a vimos, mas já tínhamos um casal de filhos biológicos. De lá pra cá muitas coisas aconteceram. Nossa batalha foi grande e penosa. Ela passou por oito intervenções cirúrgicas e dezenas de internações. Ainda aguarda por um transplante de rim. Atravessamos momentos difíceis e o pior de todos foi a recusa da mãe biológica em doar um rim para ela.Evidentemente que valeu a pena. Hoje ela está formada e já cursa a segunda faculdade. Nunca reprovou, apesar das inúmeras faltas por causa do tratamento. Sou totalmente a favor da adoção de seres de qualquer espécie. Só acho que devemos prestar mais atenção na falta de coerência. Vejo campanhas para recolher os animais abandonados, mas ainda não vi tal mobilização para ‘res-gatar’ uma criança que está na rua consumindo crack. Também nunca vi uma campanha para conscientizar os casais que não podem ter filhos a op-tarem pela adoção e não pela inseminação artificial.Admiro as pessoas engajadas em causas em prol dos animais, só gostaria que fôssemos menos omissas com nossas crianças. Também gostaria que as pessoas que pagam as tufas em dólares por um cãozinho, não virassem a cara quando passam diante de um cão faminto e sarnento.” - Sueli Gallacci, artista plástica.

aNiMaisPor outro lado, todos os dias muitos animais são abandonados nas ruas de Rio Preto. “O número de animais res-gatados por protetores e grupos de proteção não equivale à quantidade que é abandonada ou maltratada, e isso nos dá a impressão de estar reali-zando um trabalho em vão. Enquanto não houver trabalhos de conscienti-zação, apoio municipal, posse cons-ciente e castração, teremos sempre esse problema”, lamenta Cláudia De Giuli, protetora de animais.Depois de feita a adoção, muita gen-te acada devolvendo o bichinho. Isso porque a pessoa olha apenas a beleza do animal, e quando começa a conviver vê que ele não tem o comportamento que esperava, e acaba devolvendo-o.Os animais resgatados ficam em la-res de passagens, ou lares temporá-rios. São casas de pessoas que ce-dem um cantinho para abrigá-los, até a adoção. Nesses casos eles são bem tratados, recebem carinho e atenção. Os que não conseguem ser adotados, geralmente ficam com os próprios protetores, por isso, na maioria das casas, há uma quantida-de de animais relativamente alta.Assim como no caso das crianças, existe um perfil preferido na hora da adoção. “Os mais peludinhos, pela-gem colorida, porte pequeno e mes-tiços de alguma raça são os preferi-dos. Animais de porte médio, de cores escuras, sem raça definida demoram meses para serem adota-dos”, conta a protetora.Quem tem interesse em adotar deve procurar o Centro de Zoonoses ou grupos de proteção, em sua cidade. No momento da adoção é feita uma entrevista com os adotantes, que pode ser através de um bate-papo D

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Mercado de Trabalho para sessentõescoM a falta de qualificaÇÃo dos ProfissioNais, os Mais Velhos VêM coNquistaNdo uM esPaÇo siGNificaNte No Mercado de trabalho.

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o Brasil, em ritmo crescente, tem-se destacado pela longevidade de sua população, deixando de ser, gradativamente, um país de jovens. Melhores condições fizeram elevar a expectativa de vida do brasilei-

ro para 73,5 anos, crescendo o número de pessoas com mais de 60 anos em atividade. Em um mercado de trabalho no qual o preconceito relacionado com a idade é fato concreto, fazer parte da população economicamente ativa passa a ser um desafio.De acordo com a psicóloga Ana Carolina Grecco Lopes, da Velani Recursos Humanos, o preconceito relacionado à idade ainda existe sim, porém, isso aos poucos vem mudando. “Com a falta de qualificação dos profissionais, os mais velhos vêm conquistando um espaço significante no mercado de trabalho. A pessoa com mais idade e que quer trabalhar está no seu melhor momento. Já alcançou experiência e vivência que o jovem, por mais qualificado que seja, ainda não possui”, diz a psicóloga.

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Para Janainy Prado, bacharel em Administração com ênfase em Recursos Hu-manos, pós graduada e MBA em Recursos Humanos Avançados, a idade tor-nou-se um problema para quem não se prepara para a fase idosa. “A velhice no Brasil é tratada como sinônimo de fraqueza, improdutividade e inflexibilidade, quando deve ser tratada como um processo de desenvolvimento humano“, garante a profissional.Milhões de brasileiros, muitos deles já aposentados, continuam fazendo parte da população economicamente ativa (PEA). Com a experiência adquirida du-rante décadas, esses trabalhadores mais velhos não aceitam ser relegados à inatividade, seja por uma questão de satisfação pessoal, seja porque precisam complementar seus rendimentos.Ana Carolina diz que a contratação de “maduros” depende da empresa e do ramo de atividade. “Algumas empresas, mais dinâmicas, ainda buscam os mais jovens para compor seu quadro, porém existem as áreas de consultoria, bancá-rias (financeiras), por exemplo, que buscam profissionais mais experientes e com a vivência que não encontram nos jovens”.Janainy Prado acredita que as empresas muitas vezes optam pelos mais jo-vens, por fatores como: altos salários dos mais velhos, falta de conhecimentos em informática e dificuldade de adaptabilidade ao meio por antigos vícios de trabalho adquiridos. Mas destaca que são muitas as qualidades procuradas pelas empresas que buscam pessoas mais experientes. “Conhecimento, expe-riência, vivência, flexibilidade, facilidade de liderar e multiplicar conhecimen-tos. Com o crescimento econômico é cada vez mais difícil encontrar profissio-nais qualificados para formar bons colaboradores. Os conhecimentos dos mais experientes são fundamentais “, diz Janainy.Ana Carolina fala que as empresas buscam conhecimento, experiência e adap-tação às instabilidades. “Nenhum curso proporciona esse conhecimento ao jovem, a pessoa mais velha possui uma visão mais ampla do cenário. Tem mais paciência e não tem tanta ansiedade de crescer, mudar de função, ganhar mais etc. Não é tão imediatista como o jovem de hoje”, acrescenta a psicóloga.Mas quem contrata experientes hoje no mercado? De acordo com Janainy, as empresas que necessitam de experiência para o sucesso de seus negócios, e empresas com cultura organizacional com valores e foco no potencial humano. Ana Carolina diz que muitas empresas do ramo de comércio e indústria, para funções como atendimento, empacotadores, garçons, auxiliares de produção, porteiros; e empresas que buscam gerência, coordenação e consultoria, tudo de acordo com o perfil do cargo existente.“Para se recolocar no mercado o “experiente” deve estar sempre se atualizan-do, realizando cursos técnicos, participando de treinamentos, palestras, estar muito atento à tecnologia, saber informática, conhecer e saber utilizar as redes sociais, ter um currículo atualizado e estar sempre informado sobre os aconte-cimentos e mudanças no mercado de trabalho”, garante Ana Carolina. Para Janainy Prado, as pessoas transmitem a sua mensagem através da forma em que elas vivem. “Estar com a alta estima boa é fundamental em qualquer idade, mas nesta fase torna-se primordial. Fazer atividade física, ter uma boa alimentação, manutenção de relacionamentos interpessoais saudáveis para futuros networks, dentre outras ações de qualidade de vida faz com que as pessoas transmitam uma imagem positiva de si mesmas. Viver com sede de aprender, de inovar é a receita para o sucesso”, garante a consultora. D

ecoNoMia malu rodrigues

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A renda continua aparecendo, e muito! Neste vestido ela recebe um tratamento diferente, com um metalizado bronze aplicado sobre o desenho, dando um ar moderno e atual à peça.Vestido The Original, Ankle Boots Carmen Steffens e jóias Lu Leal

renda despojada

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Quem disse que branco não combina com temperaturas baixas? O branco total é uma proposta sofisticada e quando recebe um toque de dourado fica de arrasar.

Look total Forum, Ankle Boots Carmen Steffens e jóias Lu Leal

branco glacial

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O brilho não pode faltar e no momento não existe uma única vitrine onde o paetê fique de fora. O mais legal é que ele não precisa ser usado somente a noite, pode ser uma camiseta com calças jeans e fica o máximo.Look total The Original, jóias Lu Leal

paetê

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Como todo inverno, as estampas animais são as favoritas, neste em especial é a vez da “piton” que é a reprodução da pele de cobra. Aqui ela foi feita nos tons de verde e marrom em um tecido de viscose

que proporciona caimento, leveza e frescor, ótima opção para nosso clima.Vestido Ammalis, cinto acervo da produção e colar usado como cinto da Santo Anjo, jóias Lu Leal

piton

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Saia de couro, camisa de seda e pulseiras com metal? Com certeza o seu estilo é roqueiro e você não dispensa uma boa noite com amigos em uma boate bem bacana.Look total Santo Anjo, sapatos Carmen Steffens, jóias Lu Leal, colar usado como pulseira Santo Anjo

rock style

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Quer dar um toque moderno no guarda-roupa? Tenha um casaquinho estilo “chanel” com um tecido de tapeçaria. Ele pode atualizar o seu look sem perder o lado clássico e dá para ser usado em muitas ocasiões.

Look total Madors, sapatos Carmen Steffens e jóias Lu Leal

tapeçaria fina

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O couro é presença garantida em todo Inverno. Com o desenvolvimento da indústria têxtil, hoje é possível encontrar o que chamamos de “couro ecológico”, que na verdade, é um tecido que recebe acabamentos especiais para ficar com aspecto de couro. Uma ótima opção para os “ecológicamente corretos”.Look total Ammalis, jóias Lu Leal

efeito couro

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Vestido em couro sintético Dress, sapatos Carmen Steffens e jóias Lu Leal

Modelo Amabile Zanetti, da Agência Andre Pereira Models - 17 3121.8763 || Produção de Moda Larissa Moschetta Photo Dimas - Marcelo Ringo Photography - 17 3353.1080 || || Make-up Tita e Sônia - Studio Becker - 17 3212.8073

Ammalis – 17 3233.9104 || Carmen Steffens – 3226.2999 || Dress – 17 3222.4366 || Forum – 17 3227.8308 || Lu Leal – 17 8123.5123 Madors – 17 3234.3534 || Santo Anjo – 17 3234.3102 || The Original – 17 3233.6427

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No Salão realizado em São José do Rio Preto, em 2009, recebeu a medalha de ouro pelo quadro intitulado "Verte-douro da Represa Municipal".Há trinta anos espalha suas obras pelo Brasil através de galerias e leiloeiros da capital paulistana.Sua produção artística é temática. A série sobre a vida de Cora Coralina originou vários quadros com cenas do coti-diano, da casa e retratos da poetisa.Atualmente dedica-se à produção da série "Jardins de Gi-verny", da residência de Claude Monet.Monet pintou os jardins da própria casa e as paisagens ao redor de forma peculiar, explorando a influência da luz com pinceladas soltas. Assim surgia o Impressionismo.ary salles pinta os mesmos jardins imortalizados por Monet como exemplo do estilo Impressionista, agora den-tro dos padrões do estilo acadêmico.ary encara essa série como uma ousadia criativa.Como resultado surgem quadros merecedores de no-vos prêmios e de nosso olhar de deleite pela contem-plação da beleza.

artes sylvia santini

Serviço: ary salles – 17 9148.6624 / 3012.5794

D

d esde muito jovem ary salles dedica sua vida às artes plásticas.Orientado pelo alto conhecimento e talento dos

mestres Alexandre Fausto e Edwil Valzacchi pôde aliar ao seu próprio talento técnicas apuradas. Fiel ao estilo aca-dêmico e ao uso de tinta a óleo retrata personalidades e cenas rio-pretenses, sua principal característica.Participante de salões de artes plásticas promovidos em cidades como Ribeirão Preto, Araraquara, Matão e Rio Claro, recebeu várias premiações.

A artetemática

Vaso com flores e frutas

Jardins de Giverny Bica Centenária - Cora Coralina

Vertedouro da Represa Municipal

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CRM 17.364 – Cirurgião Plástico / Médico titular e especialista da SBCPMembro Titular da Sociedade Ibero-latina Americana de Cirurgia Plástica e

Reconstrutiva / Sócio Fundador da Associação dos Ex alunos Prof. Ivo Pitangy

estética dr. sidney d’andrea

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Outra aplicação já existente e que era pouco utilizada e que veio para ficar, é a utilização da gordura do próprio paciente, onde depois de exaustivas pesquisas consegui-mos grandes resultados, pelo preparo, obtenção e meios de aplicação da gordura em todos os segmentos na face.O Botox ou Toxina Botulínica ainda tem seu lugar, que pode ser utilizado como conduta principal ou comple-mentação cirúrgica, como também os preenchimentos têm sua grande aceitação. Sempre indicados para não perder a naturalidade da face.Em resumo, cirurgiões plásticos brasileiros que atuam no rejuvenescimento facial mostraram grande evolução e ca-rinho com as técnicas apresentadas nesta importante jor-nada, pois reuniu os mais experientes profissionais atuan-tes nas cirurgias faciais.

Desde o seu surgimento, há mais de 60 anos, a cirurgia plástica cuida do corpo e da alma de seus pacientes. E isso dá não somente nos atendimentos a pessoas que buscam pela causa estética, mas, principalmente, pelos que o fazem para corrigir imperfeições congênitas ou ad-quiridas. É a especialidade que une a melhoria da estética à busca da autoestima da paciente.A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica volta a reco-mendar aos pacientes que, ao necessitarem de procedi-mentos estéticos ou reconstrutores, procure cirurgiões plásticos, especialistas e titulares da Sociedade Brasilei-ra de Cirurgia Plástica (SBCP). Afinal, são profissionais que estudaram 11 anos; seis de graduação em medicina e cinco de especialização, com o objetivo de se preparar para exercer a cirurgia plástica. Somente eles são habili-tados a fazê-lo.

CIRURGIA PLÁSTICA É COM CIRURGIÃO PLÁSTICO!”

Serviço: cirurgia Plástica d’andreaR. Voluntários de São Paulo, 3697 – Redentora – 17 3234.3711

www.cirurgiaplasticadandrea.com.br

D

uM aPaiXoNado Pela coNduta Nos coNta as NoVidades do últiMo siMPósio iNterNacioNal de

reJuVeNesciMeNto facial, realizado receNteMeNte No hosPital sírio libaNês eM sÃo Paulo

N o último Simpósio Internacional realizado no hospital Sírio Libanês, todos os cirurgiões plás-ticos apaixonados pela cirurgia facial estavam

presentes; inclusive representando a Rússia, uma jovem cirurgiã mostrou, para surpresa de todos, os mesmos princípios adotados pelos brasileiros e norte-america-nos. Trouxe-nos resultados expressivos, provando o que sempre foi proposto: o tratamento do rejuvenescimento facial como um todo.

No Brasil, aconteceram radicais modificações quanto às técnicas, onde se utilizavam elementos para fixações dos segmentos da face em pontos no crânio através de pinos e garras absorvíveis (introduzidas pelos americanos).Nas condutas atuais prevalecem, de maneira contunden-te, maior atuação nos planos profundos, onde mobiliza-mos músculos, tendões, ligamentos e gordura, recolocan-do-as na sua posição original, elevando assim todas as estruturas e reposicionando-as no seu leito natural, atra-vés de manobras simples.A correção da queda das maçãs do rosto, que somente era possível reparar através de vídeo, tornou-se bem sim-ples com atuação direta sobre estas, ou seja, na elevação dos músculos e ligamentos.Outra área de difícil atuação pela sua grande movimenta-ção é a dos lábios superiores. Hoje, reduzimos a distância entre o lábio e as narinas (onde a flacidez e o envelheci-mento provocam a queda destas estruturas), fazendo o apagamento do vermelhão do lábio. Através de técnica re-finada pode-se reduzir esta distância como aumentar ou criar um novo lábio com sorriso mais natural, sem reação qualquer, através de retalhos adiposos da própria paciente.Observamos o menor uso de vídeos, claro, salvo algumas áreas restritas. O que no passado era novidade, hoje nin-guém mais apresenta: resultados com utilização de “laser” para qualquer correção dos liftings. Hoje esta conduta se faz somente como complementação das cirurgias que necessitem os tratamentos.

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40 susteNtabilidade malu rodriguessusteNtabilidade malu rodrigues

Consumir moda com respeito ao meio ambiente

o conceito de luxo vem mudando. De acordo com a pesquisadora Cristina Sant’Anna, a procura por bens de alta qualidade, mais du-ráveis e confortáveis, também muda os rumos da indústria da

moda. “Uma roupa bem cortada e confeccionada com tecido de alta qualida-de e de toque agradável vai tomando o espaço da roupa de menor qualidade e com apelo de moda. Assim como um sapato feito com couro de boa quali-dade e cuja preocupação com conforto seja mais evidente do que o simples aspecto”, diz Cristina. Isto mostra uma tendência do luxo, no sentido de passar a ser encarado mais

como um sinal de evolução e desenvolvimento pessoal do que de status social.

Cristina garante que neste sentido, também há um incremento da ligação do luxo com a consciência ecológica, com a segu-rança, com a qualidade de vida e com a paz. “O foco das pessoas está muito mais em aperfeiçoar as vidas do que

impressionar desconhecidos. O luxo hoje está muito mais ligado ao prazer íntimo, ao lúdico, do que propriamente a produtos de preços elevados”, garante a especialista. Segundo o site de tendências Trendwatching, marcas e indivíduos ricos dos mercados emergentes simpati-zam-se cada vez mais com causas sociais, ao invés de apenas comprar. E em uma escala global chega a detectar uma mudança cultural profunda. Ainda, segundo o site Trendwatching, 78% dos indianos, 77% dos chineses e 80% dos consumidores brasi-leiros preferem marcas que apoiam boas causas, em comparação com 62% dos consumidores globais e 8 em cada 10 consumidores na Índia, China, México e Brasil, esperam que marcas “doem” uma parcela de seus lucros para apoiar uma boa causa.“Parece que o abandono do consumo conspícuo – a troca de produtos por serviços e experiências – também pode tornar o exibicionismo fora de moda muito antes do que imaginamos”, finaliza Cristina Sant’Anna.

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o luXo hoJe está Muito Mais liGado ao Prazer íNtiMo, ao lúdico, do que ProPriaMeNte a Produtos de PreÇos eleVados

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iNcubadora de rio Preto teM eMPresa eM siNtoNia coM a Macro-teNdêNciaElisandra Lima Figueiredo sentia a necessidade de expor suas ideias através de estampas. Fez vários cursos e apresentou um projeto ao SEBRAE, que “com-prou” a ideia. Assim nasceu a Ecostura, alojada na Incubadora de empresas de Rio Preto. A produção ainda é tímida, são 500 peças mensais que são colocadas em algumas lojas da cidade.A Ecostura utiliza tecidos “sustentáveis” certificados pelos próprios produto-res. Os tecidos são coloridos com corantes naturais e as lavanderias dos forne-cedores são ecológicas. O respeito ao meio ambiente e ao ser humano são a base das criações, que unem consciência ecológica à moda contemporânea.“Além de utilizar estes tecidos na nossa estamparia, só utilizamos tintas a base de água, ou seja, na nossa oficina, depois de estampar utilizamos água corren-te para lavar as peças. Essas tintas podem ser descartadas normalmente no sistema de esgoto, pois não poluem o solo nem as águas”, diz Elisandra. No tecido pet o produto final é bem macio, durável e parecido com o algodão comum. O algodão orgânico entra e sai da produção devido a falta de maté-ria prima. A empresa utiliza também tecidos feitos com bambu, e com ma-deira de áreas reflorestadas. “O orgânico é produzido no Brasil por pequenas cooperativas de agricultores, sem incentivos do governo e, por esse motivo, fica sempre em falta”, diz Elisandra.As embalagens são de plástico reciclável certificado. As tags que acompa-nham as peças são feitas de papel semente que podem ser plantadas (rúcula).Os tecidos não são fáceis de encontrar. “Meu trabalho é de frequente pesquisa por tecidos novos, fornecedores e novas tecnologias. Também existe o fator das confecções têxteis ainda não consumirem em grande escala tais tecidos, os fa-bricantes e suas logísticas já o produzem em menor escala”, diz a empresária.

serViÇoA Ecostura Moda Sustentável tem o apoio do CIE (Centro Incubador de Empresas de São

José do Rio Preto), projeto realizado através de uma parceria entre o Sebrae-SP, a Prefeitura

Municipal e a ACIRP. Cristina Sant’Anna é docente nos cursos de graduação e pós-gradua-

ção do Istituto Europeu di Design e Escola São Paulo. Realiza pesquisa de tendências em

âmbito internacional há mais de duas décadas e colabora como articulista para periódicos do

setor de moda.

susteNtabilidade malu rodriguessusteNtabilidade malu rodrigues

D

o resPeito ao Meio aMbieNte e ao ser huMaNo sÃo a base das criaÇões, que uNeM coNsciêNcia ecolóGica à Moda coNteMPorâNea.

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44 clicks malu rodrigues

1- A terapeuta Josiane Santana • 2- Marcelo Oliveira, gerente geral da Rodobens Caminhões • 3- A filósofa Dra. Isabel Hernandez • 4- Robson Novaes, consultor de

vendas da Mercedes-Benz 5- Os empresários Milton e Sandra Porcino • 6- A jornalista Cris Oliveira tietando Monique Evans • 7- O engenheiro José Augusto Pereira

8- O estilista Rene Cruces • 9- Sinval Célico Neto no de lançamento da Mercedes-Benz • 10- Vinícius Fávaro Peixoto, responsável pelo marketing da Rodobens

FOTOS luis soares

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A cinematográficaMachu Picchu

N a pequena estação de trens de Ollantaytambo, a 60 km de Cusco, Peru, a atmosfera era de Orient Express. Em contraste com a simpli-cidade do vilarejo, ali havia algo de sofisticado no ar. Turistas estran-

geiros entravam e saíam do café da estação, logo pela manhã. Apitos, fumaça, sons de sinos, malas, carregadores. Havia um certo frenesi no lugar. Eu, não menos excitado, observava a cena. Afinal, quem não queria conhecer uma das Sete Maravilhas do Mundo?A jornada tinha começado uma hora e meia antes, no terminal da Peru Rail, em Cusco. Ainda estava escuro e fazia frio. Funcionários bem educados, vestindo impecáveis sobretudos azuis-marinho, recepcionavam os passageiros. Perce-bi que eram bem treinados e havia um toque diferente no serviço. É que a Peru Rail é uma joint venture com a inglesa Orient Express Group.

aNdaNÇas toca gonçalves

FOTOS toca gonçalves

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[email protected]

Ali na estação, já com o dia claro, eu observava a movimentação dos trens. Saíam um atrás do outro, apinhados de turistas. Chamou minha atenção que eram bem modernos. E como tantas outras coisas no Peru eram pintados de um tom de azul muito chamativo. Chegou a minha vez e embarquei no de número 33. Finalmente no trem azul a caminho de Machu Picchu!Bem na minha frente estavam sentados três senhores americanos. Dois deles pareciam indiferentes ao que se passava em volta; liam em seus e-books com-penetradamente. O outro, mais descontraído, conversava com um americano mais jovem; falavam de viagens pelo mundo. O trem seguiu o tempo todo acompanhando o Rio Urubamba, que tinha agitadas corredeiras. Pelas janelas panorâmicas, fui apreciando a paisagem. E pelos grandes visores no teto de vidro dava para ver o pico nevado Verônika, com 5900 metros de altitude. A certa altura da viagem, o rio, com as corredeiras velozes, e as montanhas pon-tiagudas formavam um cenário simplesmente espetacular! Foi quando os dois americanos, até então desinteressados, saltaram de suas poltronas e começa-ram a fotografar freneticamente. A viagem durou quase três horas. De tão agradável, quase nem vi passar!Chegando na cidadezinha de Águas Calientes, notei que não havia carros circulando. Rodeada de cannyons e montanhas, ali só se chegava de trem. A exceção eram os micro-ônibus, que faziam o trajeto ziguezagueando monta-nha acima. Embarquei num desses. Olhava pela janela e o que via eram só

abismos por todo lado; deu medo. A paisagem tinha mudado, o ambien-te agora era de selva. Havia árvores altas e cipós.Eram onze e meia da manhã. Na en-trada da cidadela, percebi que a agi-tação era geral. Guias gritavam no-mes, formavam grupos, procuravam turistas. Ouviam-se pessoas falando diversas línguas. Junto às roletas da entrada, encontrei o meu guia, Aldo Serrano. Passando por um guichê, pedi para carimbar meu passaporte, queria levar uma recordação. O guia estava impaciente. Queria entrar logo, pois o sol e o calor estavam aumentan-do. Faltavam ainda outros visitantes que formariam o grupo. Finalmente entramos e subimos por uma ladeira. Logo depois veio uma escadaria de pe-dras, que parecia não ter mais fim. Ofe-gante, cheguei a uma espécie de terra-ço. E ali surgiu, de uma só vez, a cine- matográfica Machu Picchu!O cenário era estonteante. Uma coisa de filme, difícil até de descrever. Pe-guei minha câmera e fotografei de vários ângulos. Mas sabia que foto nenhuma iria mostrar com exatidão a cena que eu tinha na frente, naquele momento. É que, além de espetacular, a cidade estava rodeada de abismos profundos por todos os lados. Monta-nhas de pedra muito altas brotavam lá do fundo do cannyon. Estava bo-quiaberto – Como é que os incas con-seguiram construir essa cidade em local tão alto e de difícil acesso? – pensei. Eu estava diante de um ícone,

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como é a Torre Eiffel, o Pão de Açúcar ou o Corcovado. Sorte minha eu poder estar ali para conhecer!Adelante! Gritou o guia Aldo, interrompendo minha sessão de encantamento. Seria uma visita guiada de apenas duas horas. O sol estava de rachar mamona e o calor da montanha era insuportável. Seguimos caminhando pelas ruelas, subindo e descendo escadas. Passamos pelos portais, templos, praças e entra-mos nas antigas casas. Muito competente, o guia foi se mostrando um verda-deiro expert no assunto. Nas paradas, exibia desenhos, esquemas e gráficos em suas explanações. Outros visitantes que passavam, às vezes, paravam para ouvi-lo. – “Os espanhóis encontraram Machu Picchu?”– perguntou Aldo ao grupo. – “Não!”, respondeu uma mulher que parecia ser argentina. – “Funda-mente sua resposta!” – disse ele. E ela acertou na mosca – “Porque não há símbolos católicos na cidade”. – “Exatamente!”– ele concordou. Já eu, que caí ali de paraquedas como um turista desavisado, percebi que estava no meio de uma aula de arqueologia e de histó-ria. O guia Aldo bem poderia ser um professor de alguma universidade. – “A importância de Machu Picchu é que ela foi encontrada intacta. Isso possibilitou, entre outras coisas, a descoberta dos hábitos de vida dos antigos moradores.” – ele informou.E a caminhada prosseguiu sob o sol escaldante. De tempos em tempos, ele perguntava – “Quem sobreviveu ao grupo Aldo?” E fazia uma chama-da das pessoas, enquanto aguardava os retardatários.Quando chegamos ao fundo da cida-de, fiquei impressionado com a altu-ra da montanha Huana Picchu.

aNdaNÇas toca gonçalves

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FOTO toca gonçalves

Lá no topo havia mais construções em pedras, uma continuação da cidade dali de baixo. Dispostos turistas tinham reservado, com antecedência, os ingressos para poder subir ao topo da montanha, o que levaria no mínimo mais duas horas. É que o acesso ali era limitado a apenas duzentas pessoas por dia. Mas pensei que tinha sido uma decisão acertada eu ficar apreciando dali de baixo mesmo. Quando passei pelo famoso relógio de sol, vi pessoas tocando, passan-do as mãos sobre a pedra, meditando pelos cantos. Reza a lenda que ali há uma energia especial. Pelo que pude notar, muitos acreditavam nisso.O grupo foi se dirigindo para a saída. Era difícil admitir, mas a tão esperada visita estava chegando ao final. Antes de cruzar o portão, peguei-me olhando para trás enquanto andava. Queria dar uma última olhada naquele espetáculo, levar uma última impressão. A aventura, que foi o clímax da viagem ao Peru, infelizmente tinha terminado. De volta ao trem azul, só que agora no sentido oposto. O corpo estava em pan-darecos. Reclinei a poltrona e ouvi a música de flauta andina que vinha do som ambiente. Caiu bem naquele momento. Na cabeça, entre pensamentos, estavam as imagens impressionantes que tinha visto naquele dia. Estampado no passaporte, levava o carimbo comemorativo dos 100 anos da descoberta de Machu Picchu, para mim como um troféu. Essa visita fechou, com chave de ouro, minha andança pelo Peru. Fui aconselhado a deixá-la por último, porque, depois de Machu Picchu, nada mais seria tão empolgante. E como foi! Não morra sem conhecer! D

“reza a leNda que ali há uMa eNerGia esPecial. Pelo que Pude Notar, Muitos acreditaVaM Nisso.”

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teMa iMPortaNteSerá realizado em Rio Preto, nos dias 22 e 23 de junho, o 1º Sinaideq - Simpósio Nacional sobre Internação em Dependência Química. Estão confirmadas as presenças do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, dos deputados Eleuses Paiva e Donizete Braga, do desembargador Miguel Kfouri Neto e de Alfredo Toscano, diretor científico da Associação Brasileira de Medicina Psicossomática.

social nenê Homsi

1- Adriana Neves com o alto comando da Conebel no lançamento da Budweiser

2- Alicinha Cavalcante e amigo • 3- Narcisa Tamborydegui

NoVidadeAnísio Haddad Neto e Vinicius Vicentin estão introduzindo uma novidade rio-pretense: a primeira empresa de guarda tudo da região. São boxes de diversos tamanhos, destinados a guardar peças em segurança.

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GlobalizaÇÃoO mundo não tem mais fronteiras. Gabriela Pasqualon, que reside na Austrália, soube através internet, que a Feijoada do Nenê já está marcada para 30 de junho. Antecipou sua volta para 26 de junho, em tempo de chegar para a festa. Ela virá com o seu namorado, o atleta Ryan James, titular do time de cricket, futebol australiano, da cidade de Perth, onde eles residem.

botecos Está acontecendo em Rio Preto o maior concurso gastronômico do gênero no Brasil: Comida di Buteco. Clientes e um grupo de 20 jurados, composto de jornalistas e gastrôno-mos, vão eleger os melhores botecos. A competição será realiza-da até 6 de maio.

catedralUm grupo de paroquianos da Sé Catedral de Rio Preto movimenta-se para a formação de uma equipe de trabalhos que executará as obras de reforma do templo. Inaugurada há mais de 30 anos, necessita de reparos estruturais. Há quem defenda o aproveitamento das obras para terminar o projeto arquitetônico inicial.

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sr e sraJuliana e Caio Arroyo Barbosa oficializam a sua união na noite de 30 de abril, reunindo apenas os familiares em torno de um jantar que celebrará o seu casamento civil.

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drástica de visão. É muito importante que pacientes com degeneração macular relacionada à idade monitorem fre-quentemente e cuidadosamente sua visão e sejam regu-larmente avaliados por seus médicos oftalmologistas.Como o nome sugere a degeneração macular relacionada à idade é mais comum em adultos acima dos 60 anos. Têm um componente hereditário e seus principais fatores de risco são tabagismo, hipertensão, dislipidemia, obesi-dade e raça branca.

Sintomas de degeneração macular incluem:Linhas retas se apresentam distorcidas, ou o centro da visão esta distorcido. Áreas escurecidas ou manchadas aparecem no campo de visão central.

Diminuição ou perda da visão de coresAtualmente não há cura para a degeneração macular re-lacionada à idade, mas diversos tratamentos pode preve-nir a perda de visão severa e mesmo retartdar a progres-são da doença.

oftalMoloGia

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dr. lucas borelli bovo

Oftalmologia Geral e Pediátrica, Retina e Vítreo. Graduado pela USP. Residência Médica pela UNICAMP. Estágio em Retina e Vítreo pela UNICAMP e pelo Moorfields Eye

Institute - Londres. Especialista pela Associação Médica Brasileira e Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Membro Internacional da American Academy of

Ophthalmology e Membro da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo.

degeneraçãomacular relacionada à idade: risco para a visão após os 55 anosela ocorre quaNdo uMa PequeNa reGiÃo ceNtral da retiNa, coNhecida coMo Mácula, deteriora.

a degeneração macular relacionada à idade é a principal causa de perda de visão severa em pes-soas acima de 60 anos de idade. Ela ocorre quan-

do uma pequena região central da retina, conhecida como mácula, deteriora. A retina é um tecido nervoso responsá-vel pela captação das imagens que recobre o fundo do olho. Apesar da degeneração macular geralmente não ser uma condição que leve a cegueira, frequentemente é uma doença que causa perda importante da visão central o que acarreta na impossibilidade de leitura, de dirigir, impactan-do a qualidade de vida de maneira muito importante.Há duas formas principais de degeneração macular rela-cionada à idade, a forma seca e a forma úmida. A forma seca é caracterizada pela perda progressiva e lenta da vi-são central, enquanto na forma úmida a perda é súbita e mais severa. A maior parte dos pacientes com degenera-ção macular têm a forma seca, mas podem acabar desen-volvendo a forma úmida da doença. Apesar de somente 10% desenvolverem a forma úmida, estes pacientes re-presentarão a maioria que experimentarão uma perda

Retina normal Retina com degeneração macular

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Graduada em Administração de Empresas – Universidade São Judas Tadeu - SP Pós graduação em Gestão de Terapias Holísticas Vibracionais – UniRadial - SP

traNsforMaÇões deise Zuliani [email protected]

Serviço: Deise Zuliani – 17 9777.2908 – [email protected]

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Herançasgenéticas

para ter sucesso” e outras, ficam alojadas no nosso in-consciente e ele vai fazer de tudo para que aquilo que você acredita se torne realidade, repetindo os mesmos padrões dos pais e da família. Os índios tinham que ser leais à sua tribo, independentemente de concordarem ou não com os padrões, e isso nós também herdamos. Muitas vezes repe-timos os padrões de sofrimentos da nossa família para ser-mos leais à nossa tribo. Isso não está na mente racional e sim na mente magnética que comanda nossos pensamen-tos e comportamentos. Se prestarmos atenção a alguns acontecimentos marcantes da nossa vida como acidentes, perdas financeiras, doenças e outros, podemos nos surpre-ender ao perceber que coisas muito parecidas ou até as mesmas situações aconteceram aos nossos pais ou avós na mesma idade em que tais incidentes nos aconteceram. Já trabalhei com várias situações de repetição, principal-mente com acidentes de carro e roubos. O principal é o que herdamos de sentimentos, como rejeição, depressão e soli-dão. Filhos que foram rejeitados na gravidez ou tiveram problemas no parto provavelmente vão repetir as mesmas situações com seus filhos no futuro. Com as técnicas que uso nas sessões de terapia conseguimos atingir camadas muito profundas do inconsciente e chegar à origem, até mesmo no exato momento em que o corpo absorveu o trauma ou o bloqueio e, através de abordagens específicas, ressignificar os sentimentos e, com isso solucionar os seus problemas e também os das suas gerações futuras.

s empre que pensamos em heranças genéticas ima-ginamos apenas heranças físicas, como cor de pele, olhos, altura, formas do corpo e possíveis do-

enças. Até percebemos que herdamos também algumas manias, costumes, modo de falar e trejeitos mas, na reali-dade, herdamos muito mais que isso. A genética é muito complexa e carregamos informações dos nossos antepas-sados em uma intensidade muito profunda. Toda a histó-ria deles está gravada em nós, mas depende de alguns fatores para ser ativada. Muitas coisas são ativadas já no momento da fecundação e outras vamos copiando duran-te a gestação e até os 7 anos, é o que chamamos de “repe-tição de padrão”. Meu trabalho como terapeuta holística é observar, analisar e pesquisar através de técnicas espe-cíficas as causas dos nossos bloqueios e sofrimentos. Isso me fez estudar o ser humano de uma maneira diferente, olhar onde normalmente não olhamos, mas que é a nossa base, a nossa estrutura e com o tempo venho percebendo quão grande é a intensidade da nossa genética. Carrega-mos dentro de nós informações do sofrimento da humani-dade, dos nossos antepassados e dos nossos pais; absor-vemos também crenças de todos os tipos: sociais, culturais, religiosas e financeiras, e dependendo da inten-sidade, essas crenças viram “super crenças”. Elas estão impregnadas no sistema nervoso, nos músculos, nos ór-gãos, na mente racional e na mente emocional, dominan-do nossas ações, pensamentos e comportamentos. Cren-ças como: “dinheiro não traz felicidade”; “não é possível ter tudo na vida”; “é preciso de trabalho árduo e sofrido

a GeNética é Muito coMPleXae carreGaMos iNforMaÇões

dos Nossos aNtePassadoseM uMa iNteNsidade Muito ProfuNda.

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eM se trataNdo do PescoÇo, esPecificaMeN-te, VeJa as dicas da sociedade brasileira de derMatoloGia:aMesmo com a influência da genética e da pigmentação da pele, quanto antes se começar a prevenir o envelheci-mento, melhor. Faça uso de bloqueadores solares com fator de proteção 50 todos os dias, nas áreas do rosto e pescoço;aLimpe, tonifique e hidrate a pele diariamente, pela ma-nhã, antes de aplicar o protetor solar e durante o dia. À noite, antes de dormir, é necessário usar um creme nutri-tivo concentrado, com proteínas, vitaminas, minerais e ácidos. Cabe ao Dermatologista avaliar a adequação de produtos que esticam a pele e o ativo mais indicado para cada caso. Vários são os ativos que ajudam a epiderme a se revitalizar. Dentre eles o famoso DMAE, que atua na recu-peração do colágeno e elastina da pele. Ceramidas, mantei-ga de karité, zinco, silício, co-enzimas, colágeno, silicone, alfa-hidroácidos,vitaminas A, C e E e ácidos graxos, tam-bém são ativos que ajudam na revitalização da pele.As co-enzimas, assim como o zinco e o silício, estimulam a renovação celular e melhoram a elasticidade da pele. Os alfa-hidroácidos resgatam a luminosidade da pele e os ácidos graxos mantêm a qualidade da membrana celular, dando um aspecto aveludado ao tecido. A vitamina E pro-tege as células contra os radicais livres e possui ação re-paradora; a vitamina A incentiva a renovação da gordura natural da pele e a C é um antioxidante que acelera a pro-dução de colágeno. O silicone forma uma membrana so-bre a pele, protegendo-a, e as ceramidas e a manteiga de karité são hidratantes concentrados.aEntre os tratamentos e tecnologias mais indicadas, podemos citar: O Laser fracionado de CO2 ou de Erbium e a Luz pulsada. Eles são multifuncionais: combatem linhas finas do colo e mãos e também são os grandes protagonis-tas no tratamento de manchas de sol nos mesmos locais. A aplicação é rápida e a recuperação também. Geralmente, o tratamento exige duas a três sessões, com intervalos de 30 dias entre uma e outra e, de quebra, devolve um pouco de firmeza à pele. A Radiofrequência melhora a flacidez e de-volve firmeza à pele. Os peelings ainda são grandes aliados para o tratamento desta área, com ótimos resultados, além da carboxiterapia e a intradermoterapia.aFinalmente, não fumar: O cigarro é um grande vilão quando se trata de envelhecimento.

CRM 57.976 – Título de Especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e Pós Graduação no Hospital Saint Louis de Paris, França

derMatoloGia dra. sílvia regina straZZi [email protected]

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M ais do que denunciar a idade, as rugas no pes-coço também podem acrescentar alguns anos à sua aparência. E quando se fala em rejuve-

nescimento, essa região é uma das que mais desafia a tecnologia pró-estética, pois com o tempo a pele perde importantes características da época da juventude, como a elasticidade, o brilho e a firmeza. Por isso, é comum ver-mos celebridades que, no decorrer dos anos, passam a cobrir essa parte do corpo com lenços e golas altas diante das lentes das câmeras. Alguns recursos estéticos, no en-tanto, podem ser adotados para manter a aparência da pele do pescoço mais jovem.

Para um pescoço semprejovem ...

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dicas

O Pilates oferece vários benefícios, inclusive nas gestantes, como trabalho da respiração, fortalecimento do abdômen, diminuindo as

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a s cardiopatias são o grupo de doenças mais frequentes no mundo e o maior grau de comprometimento cardiovascular está relacionado às arritmias, cardiopatias isquêmicas e endocardites bacterianas. O

Cirurgião Dentista é um profissional capacitado para fazer o atendimento e tratar pacientes cardíacos com segurança e confiabilidade.Matilla et al, em 1995, através de estudos epidemiológicos experimentais, as-sim como evidências clínicas, sugeriu que o desenvolvimento de aterosclerose (doença que tem como maior característica o entupimento dos vasos sanguí-neos) e infarto podem ser influenciados pela infecção. Eles também demons-traram que pessoas com manifestações clínicas de doenças cardiovasculares apresentaram infecções periodontais mais graves. Moore&Moore, em 1994 e Ross, em 1999, relataram que Patógenos periodon-tais gram negativos, presentes na cavidade bucal, podem disseminar pelo san-gue e desencadear aterosclerose. Há uma relação bidirecional, segundo a qual as doenças periodontais podem influenciar negativamente a saúde geral das pessoas, tanto quanto diversas do-enças em outras partes do corpo podem afetar o início e a progressão das doen-ças periodontais, afirmaram os pesquisadores Willian e Offembacher, em 2000. Consequentemente, pacientes cardiopatas devem visitar o dentista com maior frequência, prevenindo lesões de cárie, problemas endodônticos e doenças do tecido gengival, pois as bactérias presentes nestas lesões podem migrar, através da corrente sanguínea e instalar-se nas válvulas cardíacas e nas artérias.Com a análise prévia do médico cardiologista, o procedimento odontológico é realizado com segurança, realizando-se antes do procedimento, uma cobertu-ra antibiótica preventiva. Dependendo da gravidade da doença cardiológica, o cirurgião dentista realiza o tratamento em comunicação direta com o médico cardiologista, suspendendo medicamentos que poderiam comprometer o tra-tamento, como um anticoagulante, ou medicando o paciente com o objetivo de garantir a segurança do mesmo durante o tratamento.Pacientes cardíacos não só podem realizar tratamentos como implantes, res-taurações, coroas estéticas, como devem visitar frequentemente o cirurgião dentista e informá-lo sobre sua condição cardíaca. Somente o contato regular com o profissional poderá prevenir doenças bucais e, se houver ocorrências diagnosticá-las e tratá-las precocemente.

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Sou Cardíaco.Posso ir ao Dentista?

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a Radiologia Digital Computadorizada é um novo ramo do diagnóstico por imagem e vem substituindo o raio-X convencional. Este método permite a melhor visualização da imagem na tela do computador

com melhor qualidade dos exames. Este método de exame diminui o estresse do animalzinho e reduz a exposição de todos à radiação. As imagens podem ser distribuídas eletronicamente por um sistema digital de arquivamento e co-municação (PACS) que é utilizado em todo o mundo pela área médica, baseado na rede de computadores (web), sem perda de qualidade (padrão DICOM). Além disso, os exames podem ser encaminhados, armazenados e avaliados a qualquer tempo, reduzindo a chance da sua perda. O PET-X Centro Diagnóstico Veterinário está adquirindo o equipamento com sistema digital computadorizado para pequenos animais a fim de melhorar o seu atendimento para São José do Rio Preto e região, alinhando-se aos maiores centros médicos de excelência no estado de São Paulo e tornando-se o pionei-ro nessa modalidade.

Radiologia Digital Computadorizada

este Método VeM aliar a Melhor qualidade de iMaGeM e raPidez da eXecusÃo do eXaMe.

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Associação dos Clínicos Veterinários de Pequenos Animais de São Paulo

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Raio X convencionalRadiologia digital

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A punição está prevista no artigo 32 da Lei Federal dos Crimes Ambientais nº 9.605/98, que prevê pena de reclu-são de 3 meses a 1 ano. Configura crime abandonar ani-mais domésticos, pois tal atitude os expõe a toda uma variedade de circunstâncias que podem levá-lo ao sofri-mento, como fome, sede, atropelamentos, doenças, espan-camentos, envenenamentos etc e até a morte.Outras situações que podem configurar maus-tratos são: manter o animal trancafiado em locais pequenos ou mantê-lo permanentemente em correntes; envenena-mento de animal; manter o animal em lugar anti-higiêni-co; golpear ou mutilar um animal; utilizar animal em shows que possam lhe causar pânico ou estresse; agres-são física a um animal indefeso; não procurar um veteri-nário se o animal adoecer etc.Os animais são seres que possuem características seme-lhantes aos humanos e estão sujeitos a sensações muito parecidas, levando-nos a pensar sobre o sofrimento deles no caso de abandono, ferimentos e espancamentos, co-muns em residências.O Brasil subscreveu a Declaração Universal dos Direitos dos Animais, da UNESCO, celebrada na Bélgica em 1978, a qual dispõe entre outros direitos dos animais o de "não ser humilhado para simples diversão ou ganhos comer-ciais", bem como "não ser submetido a sofrimentos físi-cos ou comportamentos antinaturais". Ademais, o art. 14 da Carta da Terra criada na RIO+5, reza o tratamento adequado aos animais e sua proteção da crueldade, sofrimento e matança desnecessária.Não perca de vista que os animais silvestres estão, tam-bém, sob proteção legal e as ações cruéis contra eles constituem crime.Christopher Shelter precisa de sua ajuda para combater a maldade e, para colocá-lo em ação, terei que dedicar mais tempo ao livro, o que, possivelmente, determinará a minha ausência nesta coluna por algum tempo. Consulte meu site www.hamiltoncastardo.com.Portanto, permita-se conviver com os animais de forma civilizada, humana, prestando auxílio e socorrendo-os sempre que possível, além de destinar um pouco do seu tempo e carinho. Se escolher outro comportamento, lem-bre-se: você poderá ser preso.

Jurídico Hamilton castardo

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[email protected]

Maltrataranimais é crime

s im. Maltratar animais é crime. Nos últimos dias eu retomei um projeto que havia interrompido há al-gum tempo. Trata-se de um livro voltado para “te-

enagers”, ou melhor, adolescentes, pois o termo significa o início da fase dos “thirteen” (treze anos) até “nineteen” (dezenove anos). Pois bem, um assunto que me ocorreu foi o apego que “as crianças” têm pelos animais e o quan-to eles significam para elas durante o crescimento. No livro que retomei a escrita, Christopher Shelter, um adolescente de 14 anos, foi “o escolhido” para reequilibrar o mundo após um desastre que desencadeou os males que assolam a sociedade, roubos, furtos, deslealdade, as-sassinatos, raptos, sequestros e outros crimes, inclusive maus tratos. Enfim, ele tem a missão de restabelecer a harmonia retirando o “lado negro” do planeta Terra.Não menos importância tem a retirada dos maus-tratos aos animais do nosso mundo. Contudo, esta não é missão exclusiva de Christopher Shelter, protagonista do livro, mas de todos nós.O tratamento cruel aos animais, qualquer que seja, além de demonstrar um alto grau de insensibilidade do ser hu-mano, configura crime e deve ser punido.

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desfiavam feito um sapo de sisal. Ia assim à escola: naqueles tempos, calçados de couro era luxo além do impossível. Agora não, aprumado nos pés, sentia-se um rapazito estiloso e quis mostrar a novidade aos amigos da esquina.Eles riam ao pé dum poste onde aleluias brincavam de ciranda. Combinavam ir à zona do meretrício pra buraquear. Chamaram-no. As casas raleavam num re-canto apelidado de Curva da Galinha, perto duma moenda onde um mulo cabis-baixo e pensativo extraía da cana o caldo tão doce como o primeiro beijo. Nunca aceitara convites assim, mas, dessa vez armou-se de coragem, com os pisantes de sola escorregadia triscando de novos e deslizando no cimento da calçada. Chegaram arredios pelo escuro dos becos. Vez por outra, um esbarrava nalgu-ma coisa incrementando a sensação de perigo. Encostavam-se às janelas para escutar confissões amorosas, risos lascivos e brindes em copos de cerveja. De repente, o aviso aflito dum garoto: “O inspetor de menores!”. Meu amigo, des-norteado, engoliu o pavor da debandada correndo por datas baldias, troncos ao léu, cacos de vidro e arbustos espinhentos, o atoleiro do riacho e quartei-rões infindos. Ao ver-se fugido do fato, sentiu-se o pior dos cristãos, pois infrin-gira não sei quantos mandamentos de seu Deus.Chegou à casa murcho, a convencer a si mesmo que nada fizera de anormal. Vinha esbaforido da salva-pega ou da guerra de mamonas. Demorou-se junto ao filtro d’água a beliscar o crochê da toalhinha. No cômodo além, a família divertia-se com o “Balança mas Não Cai”, da Rádio Record. Sentou-se na cama, acendeu a lamparina e... cadê o sapato esquerdo? Virou e revirou o pen-samento, mas lhe teimava um toró de visões que lhe que ardia na consciência.

De manhã, a mãe adivinhou o segredo, porém nada perguntou, impondo com silêncio

o mais ruidoso dos castigos. O ga-roto jamais refez os mesmos ca-

minhos em resgate ao sapato perdido. Novinho em folha,

dorme num ermo da alma como o derradeiro pavio da

sua infância. Deu-se conta, ante a franque-za dos acontecimen-tos, de que jamais seria ingênuo. Bus-cá-lo, confissão de culpa. Bandido tolo

sempre volta à cena do crime.

é tudo Verdade romildo sant’anna

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Crônica dosapatoq uando fizera onze anos

comprou uns sapatos bem legais. A mãe recomendou

que pedisse dois números maiores, por causa do crescimento. O que so-brasse no bico preencheria com jor-nal amassado. Na loja, sentiu-se im-portante entre os montões de maravilhas. Mas a insistência da vendedora abreviou-lhe a delícia da escolha e apontou logo o par que lhe era perfeito: amarelado, sem cadarço, comprido como dia santo. A gorda explicou que estavam na moda, mo-delo esporte e por isso valiam uma nota, justo o que revelara ter no bol-so: parte do lucro mensal com a ven-da de verduras e das gorjetas com entregas de marmitas. Nunca tivera sapatos de verdade, só sandálias com solas de pneus, ou al-pargatas de lona que, envelhecidas,

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