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Mercado informal: origem, contexto e desenvolvimento Trabalho informal aumenta na falta da garantia de carteira assinada Informalidade: um dos problemas da economia e do mercado de trabalho 4 18 31 DOMÍNIO Informal Ano I - Nº 1 | Dezembro de 2015

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A Revista Domínio informal te deixa por dentro das questões legais sobre a formalidade.

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Page 1: Revista Dominio Informal

Mercado informal: origem, contexto e desenvolvimento

Trabalho informal aumenta na falta da garantia de carteira assinada

I n f o r m a l i d a d e : um dos problemas da economia e do mercado de trabalho

4 18 31

DOMÍNIOInformal

Ano I - Nº 1 | Dezembro de 2015

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SUMÁRIO

Editoral

Mercado informal: origem, contexto e desenvolvimento

Comércio Informal

Informalidadex

Formalidade

Trabalho informal aumenta na falta da garantia de carteira assinada

O comércio pelas redes sociais: e-Commerce

Os consumidores do mercado informal

TESTE: Que tipo de consumidor você é?

O Mercado Informal Impactando na Economia

Informalidade: um dos problemas da economia e do mercado de trabalho

Trabalho informal aumenta em meio à onda recente de demissões em 2015

O artesanato no comércio informal no Ceará

O governo combaten-do a informalidade

Centro Fashion

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MERCADO INFORMAL

EDITORIAL

Apesar da grande globalização no mundo atual, o

mercado informal vem aumentando nos últimos anos,

com o crescimento do capitalismo grupos menos favo-

recidos ficaram para trás, e assim procuram soluções

para sobreviver, afastados do mercado de trabalho

formal, diversos entram no mundo da informalidade,

causando prejuízos para a economia do pais, pois não

sendo devidamente legalizados não pagam impostos.

A solução encontrada pelos trabalhadores excluídos

do mercado, que trazem o sustendo de suas famílias e

muitas vezes a desvirtuação do crime. Até que ponto

o Estado poderá suportar essa fonte de trabalho para-

lela às arrecadações? E até que ponte deve reconhecer

o trabalho informal, dando privilégios para que saiam

desse ramo, e assim torne mais cidadãos legalizados?

Estou convencido de que cerca de metade do que

separa os empreendedores de sucesso daqueles mal

sucedidos e apura perseverança.

Steve Jobs.

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O surgimento do termo informalidade apareceu num momento relevante na história do Brasil,

época em que o país enfrentava problemas na econo-mia, e por consequência disso houve diminuição no número de empregos, o que trouxe a frente o mercado informal. O mercado informal possui uma variedade de conceitos, visto que diferente do mercado formal, o mesmo não possui intervenção do governo, entre outros fatores. Nesta perspectiva, pode-se dizer que o Brasil está desenvolvendo um grande número de empreendedores, porém alguns deles ainda criam seus negócios por meio informal, o que traz como consequência prejuízo aos cofres públicos. Essas con-sequências desastrosas na economia de um país es-tão relacionadas ao problema do não recolhimento dos impostos dos negócios informais e também a questão dos direitos trabalhistas, visto que os trab-alhadores autônomos são exclusos desses direitos. O mercado informal acaba interferindo nos rendimen-tos dos trabalhadores formais, pois os autônomos muitas vezes trabalham mais horas do que aquelas limitadas pela lei, já que ganha mais se trabalharem mais horas, essa longa jornada de trabalho resulta em mais demissões e com o aumento do número de excluídos o padrão salarial é conservado num nível baixo. (SINGER, 2006 apud CORREA; LOPES, 2009).

Essa reflexão visa colaborar com uma questão pertinente, a falta de direitos que os profissionais autônomos, ou empreendedores têm, em relação ao seu trabalho. Partindo do pressuposto que o mer-cado informal não possui intervenção do governo e nem das leis trabalhistas. Diante do estudo exposto, surgiu a seguinte problemática: O desenvolvimento do mercado informal influencia na geração de no-vos empreendedores? Portanto, esta pesquisa tem como objetivo geral analisar o desenvolvimento do mercado informal como ferramenta de geração de

novos empreendedores. Já os objetivos específicos desse estudo visa destacar conceitos sobre mercado informal, levantar informações sobre as consequên-cias do crescimento da informalidade e apresentar os principais conceitos de empreendedorismo e em-preendedor. É importante destacar que no Brasil, o mercado informal está em constante crescimento, visto que muitos indivíduos por necessidade ou por meio de uma oportunidade buscam se tornar in-dependentes financeiramente, ou até mesmo pela dificuldade de geração de empregos formais no país.

O mercado informal surgiu a partir do mo-

mento que a economia do Brasil começou a ser modi-ficada, e como consequência surgiram mais trabalha-dores informais. A década de 90 iniciou com recessão e seguiu com políticas anti-inflacionárias que man-tiveram o pequeno e lento crescimento da atividade econômica, as crises financeiras, e as mudanças estru-turais como a abertura comercial e financeira, a re-estruturaçãoprodutiva, a privatização, a ampla incor-poração da força de trabalho pelo setor de serviços e a queda do emprego industrial modificaram a dinâmica do mercado de trabalho e o avanço da informalidade tornou- se evidente. (CORREA; LOPES, 2009, p. 1).

Durante as décadas de 1930 e 1940, o corporativismo de Estado de Vargas estabeleceu um amplo código de leis do trabalho, o qual marcou o mercado nacional por todo o século. A partir de então, as noções de "formal-idade" e "informalidade" foram pouco a pouco sendo construídas. As estatísticas indicamum longo proces-so de formalização das relações de trabalho, sedimen-tado, sobretudo por leis federais e, apenas secundari-amente, por contratoscoletivos. (NORONHA, 2003, p.113). A partir daí começaram a serem garantidos os direitos aos trabalhadores que diante desse conceito eram compreendidos como trabalhadores formais.

Mercado informal: origem, contexto e desenvolvimento

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5Porém, a informalidade mostra que muitos indivídu-os desejam ser inseridos na economia do Brasil. As-sim, pode-se concluir que a “informalidade”, surgiu a partir da criação do conceito de formalidade que está ligado as concepções de direitos sociais e de cidada-nia. Além disso, o mercado informal tem definições variadas, visto que muitos utilizam da informalidade por necessidade ou até mesmo por oportunidade, devido a ter uma visão de criar seu próprio negócio, se tornar um empreendedor. Para definir o conceito de “informalidade” é necessário se amparar com suas delimitações por ser variável e distinto em cada região ou país. Existem três interpretações possíveis para a “informalidade”: “(1) os economistas, com a oposição formal / informal; (2) os juristas, com a oposição legal / ilegal; e (3) o senso comum com a oposição justo / injusto. Eficiência, legalidade e legitimidade são três dimensões subjacentes a esses princípios con-stitutivos do contrato” (NORONHA, 2003, p. 112).

Para compreender o significado do trabalho infor-mal é preciso entender primeiro o que é o trabalho formal. No Brasil, as pessoas ainda entendem que o trabalho formal é aquele onde o empregado pos-sui a carteira de trabalho assinada e consequent-emente quem não a possui, faz parte do mercado informal de trabalho. Muitos ainda têm a visão de que a carteira assinada funciona quase que como uma carteira de identidade, e que através da mesma as pessoas podem provar que possuem uma renda.

A força de trabalho informal está crescendo relativa-mente, mas atualmente o que se analisa é que essa de-manda está se elevando de forma assustadora, a falta de oportunidades no mercado formal está levando diver-sas pessoas a buscar a informalidade. A informalidade vista isoladamente, é um conceito insuficiente para explicar a dinâmica recente do mercado de trabalho brasileiro. Por isso, é necessário entendê-la no contex-to das novas tendências em curso, em particular no que se refere às estratégias de concorrência das empre-sas num ambiente altamente competitivo, assim como qualificar as suas diferentes manifestações. Embora o crescimento econômico recente possa contribuir para a redução do trabalho informal estrito senso, é pre-ciso reconhecer que num ambiente de flexibilização ganham evidência as novas facetas da informalidade.Com fortalecimento da economia informal, surge um grave problema econômico no país como sendo o ali-cerce para muitos outros, os usuários desta economia ou mercado não contribuem com a receita tributária do país, acarretando num prejuízo aos cofrespúblicos. Esta ação desencadeia uma série de problemas af-etando diretamente a população do país ao qual seria a beneficiada com a arrecadação dos impostos pagos pela economia formal do país. A falta ou a diminuição das receitas originárias dos impostos pagos refletem bruscamente no desenvolvimento do país, impedindo a criação de projetos de financiamentos e emprésti-mos voltados à abertura de novos negócios e em con-trapartida aumentando o desemprego. Outros graves problemas que a informalidade traz estão ligados, aos prejuízos em serviços públicos como educação, trans-porte, saneamento básico e projetos sociais financia-dos pelo governo; emface da diminuição nas receitas públicas. (RIBEIRO, 2000) O aumento da informali-dade reflete através da baixa arrecadação pública, por isso o governo é forçado a tomar medidas extremas para contornar tal situação, como o aumento dos imp-

No Brasil, as pessoas ainda entendem que o trabalho formal é aquele onde o empregado possui a carteira de tra-balho assinada e consequentemente quem não a possui, faz parte do merca-

do informal de trabalho.

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ostos, que em contrapartida irá prejudicar diretamente e fazer com que os contribuintes legais tenham que pagar a conta dos informais. Além disso, fazendo com que muitos negócios sejam prejudicados e ocasione o fechamento de diversos deles, além de trazer como consequência o não surgimento de um novo, já que o aumento dos impostos transforma-se em aumento de custos, ou seja, aumento nos preços dos produtos ou serviços, que no final das contas quem acabará pagando este prejuízo será a própria população.

As pessoas que compõem o mercado informal são consideradas verdadeiros empreendedores, devido às mesmas, através de uma nova oportunidade ou necessidade criar um novo negócio, objetivando sua renda mensal. Por isso, parte-se do princípio de que o empreendedorismo envolve um número crescente de pessoas, que busca na criação de novos negócios se tornarem empreendedoras. “Empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos que, em con-junto, levam à transformação de ideias em oportuni-dades. E a perfeita implementação desta oportunidade - C. A. B. Cruz ISSN 1983-6708 Revista Científica do ITPAC, Araguaína, v.7, n.4, Pub.1, Outubro 2014 des leva à criação de negócios de sucesso”. (DORNELAS, 2005) Para (CHIAVENATO, 2005 apud SANTOS et. al., 2008) “O empreendedor é a pessoa que inicia e/ou opera um negócio para realizar uma ideia ou pro-jeto pessoal, assumindo riscos e responsabilidades e inovando continuamente”. O empreendedorismo envolve as pessoas, ou seja, os empreendedores que buscam através de uma ideia ou oportunidade criar seu próprio negócio. Porém, alguns indivíduos têm dificuldade de programar suas ideias. Muitos indi-víduos têm dificuldade de levar suas ideias ao mercado e criar um novo negócio. Ainda assim, o empreend-

edorismo e as verdadeiras decisões de empreender resultaram em vários milhões de empresas que sur-giram. Cada um desses empreendimentos é formado através de um processo humano muito pessoal que, embora único, tem algumas características comuns a todos. E é através das decisões de empreender que resulta o surgimento de novas empresas. (HISRICH; PETERS, 2004). Mas o empreendedor surge a partir dessas dificuldades, dificuldades como a de imple-mentar sua ideia no mercado, por isso o mesmo pre-cisa decidir o que é melhor para que seu negócio se desenvolva. No caso do mercado informal, vários empreendedores surgem, empreendedores esses que buscam na informalidade o meio de garantir seus rendimentos, mesmo não partindo para o mercado formal. O mercado informal pode ser considerado um meio que alguns indivíduos criaram para garan-tir sua renda mensal, visto que o Brasil na época do desenvolvimento desse mercado passava por prob-lemas econômicos. Além disso, esse mercado tem atraído muitas pessoas pela facilidade de se criar um negócio e não ter o problema de intervenção do gov-erno. Mais da metade dos trabalhadores brasileiros arregaça as mangas e pega no batente todo dia sem ter nenhum direito trabalhista. Eles são informais. Fazem parte de um país quase clandestino, que não existe oficialmente. (GLÓRIA et al., 2007). Pensando nesta perspectiva, que instituições como o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), trazem cursos para profissionalizar profis-sionais autônomos, ou melhor, empreendedores, in-centivando os mesmos a criar seus negócios aderindo ao mercado formal. Consequentemente o mercado informal atual está se ampliando, o que preocupa o governo devido ao pagamento dos impostos. Mas essa realidade pode ser mudada se as pessoas forem mel-hores instruídas sobre os benefícios que o mercado formal traz ao país, visto que, o valor gerado pelos impostos arrecadados pode ser investido em melho-rias para a sociedade. É no âmbito de tal perspectiva, que no Brasil, muitas cidades já buscam por meio de instituições como o SEBRAE, incentivar a criação de negóciosformais, visando à melhoria na arrecadação de impostos. Porém, essa perspectiva pode demorar um pouco, pois ainda terá que ser feito o processo de reeducação dos indivíduos que compõem o mercado informal. Diante de tantas perspectivas, o mercado informal é um assunto que ainda precisa ser bas-tante explorado, devido a sua amplitude e preceitos.

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O comércio informal tem grande significado para a população pobre, em um País como o Brasil, em que há grande concentração de renda. Parte dos trabalhadores excluído do mercado formal de trabalho e de consumo busca o comércio informal como forma de se incluir na sociedade do consumo.

A Feira da Sé teve início em um pequeno aglom-erado de artesões cearenses que comercializavam sua produção próxima ao Mercado Central e em frente à Catedral de Fortaleza. Esta Feira modifica-se atraindo produtores e intermediários de produtos artesanais e industriais, regionais e nacionais, alcançando grandes proporções e transformando-se em uma referência na-cional no comércio de confecção.

Nas madrugadas, das quartas-feiras para as quintas-feiras e de domingo para as segundas-feiras na Praça Pedro II, espaço de lazer e circulação, acontecia a Feira da Sé. Os camelôs expunham suas mercadorias de for-ma improvisada com lonas no chão ou em porta malas de carros, muitas vezes estendendo-se até as vias o que gerava protestos, pois impedia a circulação de pessoas e veículos, trazendo transtornos a área.

Os conflitos com o poder público devido à luta dos comerciantes da Feira da Sé para permanecer no Cen-tro intensificou-se nos últimos três anos, ocasionan-do uma série de fatos marcantes que acompanhamos através dos jornais impressos.

Várias discussões ocorreram no sentido de resolver a situação que se agravava, pois o poder público exigia a retirada dos ambulantes da Sé e os mesmo não aceita-vam a saída do Centro para outro local. As propostas apresentadas pela prefeitura não consideravam o Cen-tro um local adequado para a localização da Feira, sen-

COMÉRCIO INFORMAL

FEIRA DA SÉ

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fecções, nas proximidades da Catedral. Nos anos em que a feira se consolidou surgiram centros populares como o conhecido “Casarão das Sacoleiras”e também o Shopping Fontenele Mall, reconhecendo-se dessa forma o surgimento de uma atividade formal devido à outra informal, no caso a Feira da Sé. Mostrando a in-fluência e dinamismo da feira que modifica o espaço urbano naquela área.

Através de análise de pesquisa realizada pela Pre-feitura Municipal de Fortaleza foi possível obter in-formações a cerca do perfil socioeconômico dos co-merciantes, revelando dados como sexo, escolaridade, procedência e faixa etária dos mesmos. No que se refere à faixa etária dos ambulantes da feira: 41,4% possuem entre 25 a 40 anos, e 38,7% entre 41 e 60 anos, a predominância é de feirantes do sexo femini-no. Procedem principalmente dos bairros de Fortale-za (78%), e depois vem os dos municípios da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), como Caucaia (6,8%) e Maranguape (3%).

Quanto ao nível educacional, 40,7% dos ambu-lantes entrevistados possui o Ensino Fundamental e 39,6% o Ensino médio, 2,4% são analfabetos. Con-clui–se que o nível educacional das pessoas ocupadas no comercio informal é bem melhor do em décadas anteriores, quando grande parte dos trabalhadores in-formais eram analfabetos.

A Feira da Sé, ao se consolidar, tomou grandes pro-porções alterando o padrão de distribuição das ativi-dades no centro de Fortaleza, sendo uma atividade informal que influenciou a instalação de equipamen-tos de atividades formal como foi o caso do Shopping Fontenele Mall. Adquirindo ao longo do tempo um dinamismo com expressão no cenário não apenas local, mas também regional. Apresentando caracter-ísticas singulares como é o fato de seus trabalhadores serem itinerante.

do proposta uma nova área no bairro José Walter.

Posteriormente a Prefeitura indicou outro local - o Feira Center, em Maracanaú, que contou com projeto elaborado pelo prefeito deste município. Terminado o prazo para que os ambulantes saíssem da Praça Pe-dro II, essa última proposta foi à considerada como a solução para os embates entre poder público e os trabalhadores da Feira Sé, ocorrendo a primeira Feira nesse município em maio de 2009.

Contudo, parte dos ambulantes continuou no Centro, instalando-se nas proximidades da Catedral de Fortaleza na Rua José Avelino, ocupando antigos galpões que existiam na rua. Os que haviam ido para o município de Maracanaú com pouco tempo voltaram. Fracassando dessa forma a proposta da prefeitura de retirada dos ambulantes do centro da cidade.

Atualmente a Feira ocorre com os feirantes trabal-hando tanto nos galpões da Rua José Avelino como também fora deles, na rua. Os galpões somam um to-tal de onze, onde é cobrada uma taxa de vinte reais por semana aos feirantes que os ocupam, sendo as es-truturas dos mesmos, ainda muito precárias.

Segundo o presidente da Associação dos Feiran-tes Autônomos de Fortaleza, Francisco Bismark L de Souza, a Feira existe a mais de dez anos, gerando em torno de cinquenta mil empregos diretos e indiretos. Ainda segundo o presidente da associação, mais de 90% dos produtos comercializados é de confecção, confirmando Fortaleza como um polo têxtil.

A Feira da Sé, como já comentado, possui grande influência regional sendo a maioria dos seus compra-dores oriundos dos estados do Maranhão, Pará, Piauí e Pernambuco. Vale ressaltar também a existência de exportação para outros países como Guiana Francesa e Cabo Verde na África.

A Feira também teve forte influência na instalação de outros equipamentos voltados para vendasde con-

Segundo o presidente da Associação dos Feirantes Autônomos de Fortaleza, Francisco Bismark L. de Souza, a Feira existe a mais de dez anos, gerando em torno de cinquenta mil empregos

diretos e indiretos.

No que se refere à faixa etária dos ambulantes

da feira: 41,4% possuem entre 25 a 40 anos, e

38,7% entre 41 e 60 anos, a predominância é de

feirantes do sexo feminino.

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A Feira de Artesanato da Beira-Mar é uma feira de artesanatos e outros artigos feitos de forma rústica que se realiza em um determinado local do calçadão da Avenida Beira Mar da cidade de Fortaleza. A feira ocorre todos os dias da semana. Teve seu início du-rante a década de 1980 e tornou-se um dos mais im-portantes símbolos da cidade. Em 2007 foi apresen-tado projeto de lei municipal pela Câmara Municipal de Fortaleza que oficializa e regula o espaço do evento.

A Feirinha da Beira Mar, em Fortaleza, se destaca como um ótimo lugar para quem quer fazer compras e quer conhecer um pouco mais sobre o artesanato local.

Um dos principais pontos turísticos de Fortaleza, a Feirinha da Beira Mar, que de pequena não tem nada, possui uma grande variedade de produtos para agra-dar a todos os gostos. Lá, é possível encontrar peças de artesanato, bolsas, acessórios em couro, vestuário, roupa de banho, bijuterias, lingerie, sapados, comidas, bebidas típicas, enfeites, redes e muito mais, tudo de ótima qualidade e com preços bons. Um ótimo lugar para comprar lembrancinha.

FEIRA DA BEIRA MAROutro símbolo do comércio informal em Fortaleza

é o Centro de Pequenos Negócios- CPN, conhecido popularmente como Beco da Poeira. Este equipa-mento foi inaugurado em 1989, após a Prefeitura Mu-nicipal de Fortaleza ceder um terreno entre a Praça da Lagoinha e a Praça José de Alencar para a Associa-ção de Vendedores Autônomos do Estado do Ceará (APROVACE). Com recursos próprios e dos ambu-lantes, foi construído 869 boxes, havendo em 1992 uma ampliação do local, passando a ter 1011 boxes e vinte lanchonetes.

A estrutura física desses boxes era deteriorada, o piso irregular e com descontinuidades. Embora os permissionários possuíssem certa organização, os problemas eram muitos. Para se caminhar dentro do Beco da Poeira era necessário passar por estreitas ru-elas que davam acesso a outros boxes.

Em 2001, têm-se as primeiras intensificações de propostas para transferir o Beco da Poeira para outro local próximo, localizado no quadrilátero da Avenida Tristão Gonçalves, Rua São Paulo, Rua Guilherme Ro-cha e Rua 24 de Maio. Para isto, a Prefeitura de For-taleza teria que desapropriar trinta imóveis, mas só realizou dezoito desapropriações. Assim o processo de construção do novo Beco da Poeira que passaria a se chamar “Centrão” não foi adiante e as obras foram interrompidas, restando o que ficou conhecido como “Esqueleto”.

Nesse ano de 2010 as discussões a respeito da local-ização do Beco da Poeira foram ainda mais intensi-ficadas, pois o mesmo estava localizado em uma área que vai ser construída a Estação Central do metrô de Fortaleza (Metrofor) que tiveram suas obras acelera-das devido a Copa de 2014, sendo sua remoção para outra local inevitável.

A transferência que ocorreu sob protestos dos per-missionários foi feita para antiga fábrica Tomaz Pom-peu na Avenida do Imperador, nova opção apresen-

BECO DA POEIRA

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Há mais de 20 anos na ativa, todo Domingo é dia de feira. Logo cedo da manhã, uma multidão se des-loca para o polo de lazer da Parangaba,onde funciona um dosprincipais aglomerados de comércio informal da cidade. Lá, encontrasse de tudo, ou quase tudo, e a preços bastante convidativos. E são estes que, de fato, atraem os compradores, uma vez que quem consome não parece se preocupar com a origem ou a legalidade do que se está sendo comercializado por lá.

O espaço da praça se torna pequeno para a quan-tidade de negócios que lá vai surgindo: ambulantes se espremem, se espalham pelas avenidas e seus can-teiros e pelas calçadas das ruas ao redor. Um caos se forma, tornando difícil o trânsito de veículos e pedes-tres, que brigam pelo mesmo espaço. Nem a presença da Autarquia Municipal de Trânsito (AMC), que se encontrava nos arredores da feira (e, segundo a Pre-feitura, se faz presente aos domingos) consegue fazer o trânsito fluir.

Parangaba, há mais de 20 anos na ativa, tornou-se

FEIRA DA PARANGABA

tada pela Prefeitura Municipal. Toda essa mudança foi acompanha e noticiada na imprensa local.

Sob muitos protestos, com ocupação inclusive do antigo destino dos permissionários o “esqueleto”, a re-tirada dos comerciantes do Beco da Poeira começou a ser feita no dia 11 de abril de 2010. Para tanto foi montada uma estrutura de policiamento com cerca de duzentos homens do 5° e 6° batalhão da polícia mili-tar, cavalaria, pelotão de motos e guardas municipais (O Povo 11 de abril de 2010).

A transferência do Beco da Poeira já estava sendo a algum tempo negociada entre a Prefeitura Municipal de Fortaleza (PMF) e os permissionários. Em 2001 o Metrofor adquiriu da PMF o terreno onde estava lo-calizado o Beco da Poeira, com o objetivo de construir uma estação do Metrô. Em 2009 a Prefeitura marcou para o fim do mês de agosto a mudança dos permis-sionários para o prédio da antiga fábrica Tomaz Pom-peu. Foi à primeira tentativa de remoção.

No mês de fevereiro de 2010 a Prefeitura de For-taleza enviou carta aos permissionários informando os dias da transferência do Beco da Poeira para o novo espaço a partir do dia vinte de março. Na data a APROVACE obtém liminar contra a mudança. Mas no dia treze de abril de 2010, realmente a transferên-cia aconteceu.

Segundo o representante da APROVACE, muitos dospreferiram ocupar o esqueleto em forma de pro-testo, alegando que o espaço foi comprado para os permissionários e possuía em sua construção investi-mentos dos mesmos. Mas o que se observa é uma di-visão entre os comerciantes a respeito da transferência para o Centro de Pequenos Negócios na Avenida do Imperador. Existem comerciantes que foram ocupar o “Esqueleto” e outros que foram adquirir os novos boxes com receio de ficar sem o ponto de comércio.

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11o maior exemplo do flerte entre a informalidade e a ilegalidade em Fortaleza.

Os produtos vendidos vão de simples bijuterias a automóveis. Ao longo do meio fio, uma fileira de car-ros usados, todos à venda. Pela avenida, também pas-sam ambulantes caminhando com carrinhos de mão. Neles, som de carro, televisores, ferramentas, móveis, frutas, CDs e DVDs, para citar apenas os mais co-muns.

Adentrando a feira, as "ruas" são estreitas para tan-tos passantes. Uma infinidade de produtos e serviços surge à frente: dá para sentar-se a uma das mesas de plástico dos quiosques no meio da multidão, comprar um espetinho, tomar cerveja e, ao som do forró nas alturas, esperar os ambulantes que passam oferecendo os mais variados itens.

Nos "pontos" de venda, os vendedores dividem o tempo entre o atendimento aos clientes que não param de chegar e a contagem do dinheiro que vai sendo apurado. "O meu ponto, se fosse vender, seria uns R$ 12 mil, no mínimo. Mas ninguém vende, não, é muito bom. Aqui, não paro de vender", diz Joana, al-heia à proibição da venda de "pontos" - já que se trata de um espaço público.

Não existe um número exato de quantas pessoas vendem na feira da Parangaba. Nos últimos anos, houve um crescimento desordenado do comércio por lá, e o último cadastro da Prefeitura, realizado em 2009, já não dá mais a dimensão dos negócios infor-mais existentes no local. De acordo com a Secretaria Executiva Regional IV (SER IV), somente de 2007 para

2009, o número de cadastrados dobrou, passando de 1.084 para 2.187. Todos eles, entretanto, deverão ser retirados do local, de acordo com projeto municipal.

De acordo com a SER IV, dentro do projeto de ur-banização da Lagoa da Parangaba está incluída a ação de remoção da feira do local, o Polo de Lazer da Pa-rangaba, e transferência para uma outra localização, a qual ainda está em estudo. A secretaria informa que as primeiras atividades do projeto já iniciaram este ano com o término da limpeza completa da lagoa. De acordo com a Célula de Limpeza Urbana da Regional IV, a feira gera, a cada fim de semana, uma média de oito toneladas de lixo que são jogados na lagoa. Outra atividade é o início da reforma do calçadão, previsto para os próximos meses. Somente após a reforma es-trutural do polo de lazer que será iniciada a remoção dos feirantes. "

A Prefeitura está fazendo por aquela região o que nunca foi feito antes. Em julho, terminamos a limpeza completa da lagoa da Parangaba, sendo retirados mais de 128 mil toneladas de lixo, vegetação e areia. Com o desassoreamento da lagoa, devolvemos 40% da vis-ibilidade do espelho d´água, preparando-o para a ilu-minação da lagoa. A urbanização da lagoa prossegue neste ano com a reforma do calçadão e dos bancos do passeio. O nosso objetivo é transformar o espaço em área de lazer para todos os frequentadores do Polo de Lazer da Parangaba", informa o titular da SER IV.

De tudo

Número de cadastros

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INFORMALIDADEX

FORMALIDADELúcio Oliveira de Souza de 45 anos e Lúcia Oliveira de Souza de 41 são irmãos e ambos fazem parte das

estatísticas do mercado de trabalho dos últimos anos,porém com uma diferença entre eles.Lúcio hoje em dia possui registro de sua empresa,já sua irmã fabrica suas mercadorias em sua própria casa para revender fazendo parte do mercado informal,a situação deles e muito comum nos dias atuais alguns optam por regu-larizar a empresa e outros preferem ser autônomos não possuindo registro para ser considerado um micro empreendedor.

✓ MAIS O QUE SIGNIFICA REGISTRAR UMA EMPRESA?

Para abertura, registro e legalização do empresário individual, é necessário registro na Jun-ta Comercial e, em função da natureza das atividades constantes do objeto social, inscrições em outros órgãos, como Receita Federal (CNPJ), Secretaria de Fazenda do Estado (inscrição estad-ual e ICMS) e Prefeitura Municipal (concessão do alvará de funcionamento e autorização de órgãos re-sponsáveis pela saúde, segurança pública, meio ambiente e outros, conforme a natureza da atividade).

Depois de nove anos trabalhando de carteira assinada em um restaurante como cozinheiro,Lúcio decidiu investir em seu próprio negócio pediu demissão do ate então trabalho e como o dinheiro rece-bido conseguiu abrir uma pequena lanchonete onde eram servidos apenas lanches no final da tar-de, Porém nessa época logo no inicio ele não tinha registrado sua pequena lanchonete até que a equi-pe do SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), visitou o seu pequeno negocio e mostrou todos os benefícios que Lúcio teria ao regularizar sua lanchonete,ao ter conhecimen-to de todos os benefícios não teve dúvidas no dia seguinte levou toda a documentação necessária para uma agencia do SEBRAE que o ajudou de forma rápida e segura no processo de registro de sua empresa.

✓ QUAIS OS BENEFÍCIOS DE UMA EMPRESA REGISTRADA?

Ao se formalizar, o Microempreendedor Individual tem acesso a várias garantias.

➢ Com o negócio regularizado e o alvará emitido pela prefeitura, está tranqüilo em caso de fiscalização.

➢ Com CNPJ, pode abrir conta em banco e tem acesso a crédito com juros mais baratos.

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13➢ Pode ter endereço fixo para facilitar a conquista de novos clientes.

➢ Conta com cobertura da Previdência Social para ele e sua família.

➢ Conta também com o apoio técnico do SEBRAE para aprender a negociar e obter preços e condições nas compras de mercadorias para revenda, obter melhor prazo junto aos atacadistas e melhor mar-gem de lucro.

➢ Aposentadoria por idade: mulher aos 60 anos e homem aos 65, com tempo mínimo de contribuição de 180 meses;

➢ Aposentadoria por invalidez: 12 meses de contri-buição;

➢ Auxílio doença: 12 meses de contribuição;

➢ Salário-maternidade: são necessários 10 meses de contribuição.

Para a família:

➢ Pensão por morte: 24 meses de contribuição*

➢ Auxílio reclusão: 24 meses de contribuição.

Assim a pequena lanchonete ganhou nome Tropical lanches e refeições e passou a funcionar o dia inteiro não só a tarde como era no inicio hoje oferece café da manhã almoço e jantar a noite com um cardápio bastante diferenciado.

Perguntamos para Lúcio....

O senhor si arrepende de ter entrando para o mercado Formal?R: Não, de maneira nenhuma diante de todos os benefícios que tenho acesso jamais voltaria para a informalidade.Pretende expandir o seu negocio?R:Sim pretendo abrir outros restaurantes em outros bairros.Qual foi a importância do SEBRAE para o seu negócio?R: O SEBRAE auxiliou bastante, deu todo o apoio para meu negócio avançar.O SEBRAE e muito presente na vida dos empreendedores, oferece diversos cursos e palestras para terem acesso a uma orientação eficaz para lidar melhor com o seu próprio negócio.

O SEBRAE atua em diversas cidades do Brasil e em Fortaleza está localizado na Avenida Monsenhor Tabosa

N°777

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Apesar de ter conhecimento de todos os benefícios que seu irmão possui Lúcia ainda não se formalizou, e ela não está sozinha segundo pesquisas realizadas pelo instituto de desenvolvimento do trabalho (IDT), mais da metade da população da cidade de Fortaleza atua sem vínculos formais.

Lúcia entrou nesse mercado após ficar desem-pregada e não conseguir mais retornar ao trabalho formal por falta de oportunidades,com o tempo livre aproveitou para freqüentar um curso gratuito ofer-ecido pela associação dos moradores de seu bairro na Praia de Iracema, onde aprendeu a fazer bijuterias.

Com a ajuda de amigos e familiares conseguiu ar-recadar dinheiro para a compra dos materiais ne-cessários para elaborar suas primeiras bijuterias.

Lúcia afirma que mesmo sem direito a saláriotem lucro vendendo suas mercadorias e que uma das van-tagens de trabalhar por conta própria e poder orga-nizar seu próprio expediente. Porém Lucia pretende se formalizar ainda esse ano de 2015 para em janeiro realizar um grande sonho de abrir uma loja para au-mentar suas vendas.

Obrigações do MEI (microempreendedor individual)

◊ P r e e n c h i m e nt o, manualmente ou por meio digital, do seu correspondente relatório mensal, que indica as receitas brutas obtidas no mês anterior.

◊ Pagar as contribuições mensais, entregar a declaração anual.

◊ Obter o alvará de funcionamento permanente e custear a contratação do empregado.

◊ De acordo com a legislação pertinente, o MEI pode ter um empregado, a fim de auxiliá-lo em sua atuação. Esse profissional deve receber até um salário-mínimo ou o piso de sua categoria.

Desse modo, o MEI deverá preencher a Guia do FGTS e Informação à Previdência Social (GFIP) entregando-a até o dia 7 de cada mês,

além de depositar o FGTS na base de 8% sobre o valor que o colaborador ganha.

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CURIOSIDADE

A onda recente de demissões tem empurrado cada vez mais trabalhadores para a informalidade no Brasil.

Não é difícil encontrar trabalhadores informais,eles estão por todo o Brasil. E preciso incentivar a formalização de cada um.Muitos iniciam a carreira

de maneira errada no universo da informalidade não si especializam e fecham as portas de maneira precoce desistem das atividades por não terem conseguido obter êxito em suas funções.

O certo é que, de toda a força de trabalho no Brasil, aproximadamente 60% vive na informalidade, apenas um contingente de 40% está no mercado

formal, usufruindo dos direitos e benefícios que o trabalho com carteira assinada vem a proporcionar, como férias remuneradas, FGTS, PIS, previdência social e outros.

Os estabelecimentos não formais, não legalizados, aqueles representados

pelas barraquinhas dos centros urbanos, pelos camelôs, representam um segmento de entidades econômico-administrativas não formais, que também têm crescido muito nos últimos anos.

Ser informal não é um bom negócio. O que leva diversas pessoas para a informalidade?

Falta de oportunidade?Acomodação?

Você sabia que para se formalizar não e preciso gastar muito. Apenas o Boleto mensal de 39,40 referente ao (INSS) mais 5,00 (prestadores de serviço) e 1,00 (comercio e indústria), por meio de carnê emitido no portal do empreendedor.

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RISCOS DA INFORMALIDADE

➢ Pode ser pego pela Receita Federal.

➢ É necessário cumprir diversas obrigações junto aos órgãos fiscais.

➢ Não poderá participar de licitações.

➢ Contratar serviços ou adquirir produtos junto à iniciativa privada.

➢ Não poderá emitir notas fiscais.

➢ Além de comprovar a realização de compras de mercadorias, serve para o melhor controle financeiro

na própria contabilidade.

➢ Impossibilidade de adquirir crédito.

➢ Para trabalhar com cartões e necessário que tenha o CNPJ (Cadastro Nacional das Pessoas Jurídicas), o que só é conseguido a partir do registro da empresa.

➢ Não poderá operar com empregados contratados

➢ Os funcionários não poderão ser legalizados, e por isso não terão acesso aos benefícios previdenciários e trabalhistas.

O comercio no mundo virtual tem aumentado bastante porém muitos vendem mercadorias de ma-neira informal, a loja que vende pela internet muitas não tem registro não são formalizadas o que gera um alto risco para o consumidor que não tem informações da procedência dos produtos.

A proliferação de blogs que prestam uma infini-dade de serviços cria suas próprias divulgações muito não tem loja física apenas loja virtual.

Comércio eletrônico, e-commerce, comércio vir-tual ou venda não-presencial, é um tipo de transação comercial feita especialmente através de um equipa-mento eletrônico, como, por exemplo, computadores, tabletes e smartphones.

Qualquer pessoa sem experiência de mercado, sem CNPJ, sem empresa registrada, pode se cadastrar e passar a vender online, totalmente informal. Causando assim risco para os consumidores e para a economia do pais.

MERCADO INFORMAL NO MUNDO VIRTUAL

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MERCADO INFORMAL NO MUNDO VIRTUAL

É possível sim ter uma

loja virtual e ser regularizado, essa é uma das maneiras mais baratas

para iniciar um negócio. Abrir uma loja virtual não tem a necessidade de existir

uma loja física reduzindo assim diversos custo como o número de funcionários por exemplo. A possibilidade de chegar ao cliente a um custo

baixo em comparação às tradicionais lojas físicas é a principalvantagem de se vender pela internet.

O comprador, por meio do site de uma empresa, pode navegarpelas categorias de produtos, visualizar as descrições e fotos

e adicioná-las a um carrinho de compras.

VOCÊSA

BIA

✓ Produtos em estoque para sites de comércio eletrôni-co não precisam ser exibidos, podendo ser armazena-dos de forma compacta em um centro de distribuição. Assim, se pode mais facilmente vender os itens que não tem em estoque além de oferecer visualmente a agradável mistura de produtos que são atualizados com frequência, sem se preocupar em concentrar na lotação de alto volume, tamanhos, cores etc.

✓ Uma loja virtual nunca fecha. Como já foi dito, fun-ciona 24 horas por dia, sete dias por semana, não im-porta a hora, O cliente sempre terá acesso para comprar, seja final de semana, seja feriado. Você, empresário, es-tará sempre fazendo negócio.

✓ Você e seus funcionários não precisarão estar em um escritório estabelecido em um único local.

Outras vantagens de lojas online legalizadas são

Informe-se:

Procure buscar informações com quem já está envolvi-do em projetos similares, converse com proprietários de lojas virtuais.

Faça um plano de negócio:

Planeje todos os gastos(investimento inicial, custos e despesas), riscos, preços de venda, quais as localidades que a empresa irá atender.

Abra uma empresa formal

Devidamente legalizada, onde será legalmente consti-tuída a pessoa jurídica, independentemente de sua forma de atuação.

Busque parcerias

Isso reduz a necessidade de investimento inicial.

Escolha e registre o endereço virtual:

A loja precisara de um nome e um endereço eletrônico.

Busque um sistema seguro de pagamento:

O importante e garantir segurança antifraudes para a

empresa e para os clientes. O site deverá conter as opções de pagamentos para o próprio consumidor escolher como quer pagar.

Divulgue a sua empresa:

Abuse dos benefícios das redes sociais para a divulgação.

É bem sabido que o comércio eletrônico veio para ficar. Pode ser que a forma como o conhecemos hoje mude, mas o conceito de adquirir bens e serviços através de meios digitais certamente perdurará e continuará evoluindo. Muitas empresas hoje já pensam no futuro e mesmo pos-suindo lojas físicas formalizadas investem também nas lojas online.

Dicas de como abrir uma loja virtual.

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O Desemprego vem assombran-do as famílias e atingiu o pior nível dos últimos trêsanos.

É o que mostrou a pesquisa mais completa do IBGE, feita em 3,5 mil municípios. O desemprego vem sub-indo desde o ano passado: No segun-do trimestre de 2014, estava em 6,8%, foi para 7,9% no primeiro trimestre desse ano e atingiu 8,3% no segundo trimestre desse ano. É o maior nível apurado nessa pesquisa do IBGE. O problema é que a qualidade do em-prego piorou. Na falta da garantia de carteira assinada, mais gente está correndo para a informalidade: está todo mundo fazendo bico e se rein-ventando, cada um tentando fazer seu próprio negócio para se salvar. Um número importante: entre abril

Trabalho informal aumenta na falta da garantia de carteira assinada

O desemprego vem assombrando as famílias e atingiu o pior nível dos últimos três anos.Trabalhadores têm vivido de bicos ou trabalhos autônomos enquan-to procuram uma nova oportunidade

e junho, quase 1 milhão de trab-alhadores começaram a trabal-har por conta própria em todo o país. Muitos partiram para esse caminho alternativo, porque en-contraram as portas fechadas em empresas, indústrias. Entre abril e junho, quase 1 milhão de trab-alhadores foram para a informali-dade em todo o país, para tentar uma nova profissão ou simples-mente para pagar as contas. Essa decisão de partir para o mercado informal é por falta de opção mes-mo, porque quem está no mer-cado formal tem todas aquelas vantagens, como FGTS, PIS, férias. Essa tendência de aumento da informalidade só deve mudar quando a economia melhorar.

O professor de economia Julio Miragaya

Diz que o crescimento da informalidade em tempos de crise é natural, mas lem-bra que infelizmente pou-cos conseguem transformar o bico em uma nova profis-são. “Essa pessoa não tem experiência, não sabe como conduzir aquela atividade e a chance dela fracassar é mui-to grande. E para que isso tenha uma chance maior de sucesso é fundamental que ela procure se capacitar para tanto”.

Homem vive a vida vendendo, Chocolate, bolo no pote ou na casquinha

Wesley Souza vive dessas delícias, que ele vende na porta de escolas e faculdades em Brasília. Como ele já fazia bolos de aniversário para a família, lembrou deles quando foi demitido de uma empresa de seguros há quatro meses.

Está dando tudo certo, mas essa mudança não foi fácil. “No primeiro momento um desespero total, porque você está acostumado à uma rotina de trabalho do seu dia a dia e principalmente à uma programação financeira. E foi isso que me deixou mais desestabili-zado”, diz o confeiteiro.

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Comércio

O Maraponga Mart Moda é o maior e mais completo shopping atacadista de moda do Norte e Nordeste. Com 25 anos e uma infraestrutra privilegiada de 45 mil m², o Maraponga Mart Moda é frequentado pelos clien-tes de todos os Estados do Brasil, pois é o mais completo shopping atacadista de moda do Norte e Nordeste do Brasil. Além de ser um complexo que impulsiona o mercado de moda do estado, o Maraponga Mart Moda é uma grande comunidade de lojistas, vendedores, fornecedores, corre-tores, revendedores e outros profissionais que, através de uma rede única de relacionamento, buscam a mel-hor parceria para gerar negócios em moda.Com mais de 300 lojas, aqui o revendedor de moda encontra um diversificado mix de produtos e marcas de vários

segmentos: moda femi-nina, masculina, infantil, jeanswear, fitness, praia, íntima, bolsas e calçados, óculos, acessórios, taman-hos especiais, artigos para lojas e perfumaria. Para atender as pessoas de out-ros estados, o shopping oferece hospedagem no Mart Hotel, com mais de 300 leitos a disposição em 84 quartos climatizados e os clientes possui o ser-viço sindicatos dos corre-tores que dão a assistência

desde da chegada até o embarque das mercadorias. O shopping também oferece eventos de moda como o festival da moda de Fortaleza (FMF) e o Ceará Summer Fashion (CSF). O MMModa que antecipa tendências e incrementa as vendas em todo o estado.

Comércio formalO comércio mundial é regulamentado pela Organização Mundial de Comércio.O comércio pode estar relacionado à economia formal, legalmente estabelecido, com firma registrada, dentro da lei e pagando impostos, ou pode ainda estar relacionado à economia informal, que são as atividades à margem da formalidade, sem firma registrada, sem emitir notas fiscais, sem pagar imposto.

O North Shopping foi o primeiro grupo center do Grupo Empreendimentos e até hoje é querido por todos os clientes fiéis. O shopping oferece um excelente mix de loja, reconhe-cido pelos mais 13 milhões de visitantes que o frequentam. O que faz do shopping ser muito famoso na região. Com um público predominantemente pertencente às classes B e C, o North Shopping oferece inúmeras opções de compras, entre-tenimento e serviços, proporcionando conforto e segurança a seus consumidores. Com mais de 300 operações comerciais, oferece um mix variado com marcas reconhecidas nacional e internacionalmente que comercializam vários estilos de moda. Você encontra também 06 salas de cinema no conceito multi-

plex, sendo uma sala com tecnologia em 3D,12 lojas âncoras, faculdade, parque infantil, supermercado, além de um serviço bancário presente. Em constante evolução, o Shopping possui duas praças de alimentação, dis-pondo de mais de 26 opções em restaurantes, fastfoods e lanchonetes. Além de todo mix de produtos e serviços oferecidos. Proporcionar satisfação aos nossos clientes.

Localizada: Av. Bezerra de Menezes, 2450, 60.325-002 Fortaleza 2450, São Gerardo.

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20O Shopping Iguatemi são mais de 480 lojas que

reúnem o mais completo mix de compras, lazer e serviços de Fortaleza em mais de 90 mil metros quadrados. Distribuídos por corredores amplos e projetados para o melhor aproveitamento da ilu-minação natural, fazer um passeio pelo Iguatemi é experimentar conforto, comodidade e aproveitar o que a vida tem de melhor.E o cuidado com o seu bem-estar fica dentro e também fora do Shopping. O respeito ao meio ambiente e o compromisso com a sustentabilidade faz parte do dia-a-dia do Iguatemi. Em 2015 teve a Inauguração da sexta expansão.

Localizada: AV. Washington Soares,85 Edson Queiros.

Um shopping que nasceu com um con-ceito diferenciado, para lhe oferecer um ambiente completo e aconchegante para lazer e compras. A arquitetura e a decora-ção temáticas de inspiração espanhola do Shopping Del Paseo foram delicadamente elaboradas para favorecer o seu bem-estar e para recebe-lo com conforto, qualidade e segurança. Com 13 anos de funcionamento no coração da Aldeota, bairro central de Fortaleza, Ceará, reunimos um mix com mais de 105 operações, entre opções de lo-jas, gourmet e entretenimento para todas as idades. Para nós, tê-lo como cliente é uma satisfação. Com mais de 105 lojas em fun-

cionamento, uma praça de alimentação reconhecida por agregar as melhores opções de gourmet da cidade, além das Lojas Americanas e duas confortáveis salas de cinema da Rede Arco-Íris. Com uma localização privi-legiada no coração comercial de Fortaleza, no bairro Aldeota, existem três acessos fáceis ao Shopping, sendo dois pela Avenida Santos Dumont, uma das mais importantes da cidade, e um pela Rua Barbosa de Freitas.

Localizada: Shopping Del Paseo – Av. Santos Dumont, 3131 – Aldeota | Fortaleza – Ceará

Moderno, inovador e de uma beleza arquitetônica incomparável, o RioMar Fortaleza foi totalmente planejado para ser um presente do Grupo JCPM a Fortaleza. Junto ao incrível mix de 385 lojas dos mais diversos segmentos, incluindo famosas grifes internacionais, temos uma das maiores e melhores estruturas de Shopping Center do país.Fácil acesso, amplo estacionamento, incomparável conforto, ex-celência no atendimento e grandes marcas compro-vam o que o Shopping oferece de melhor: momentos inesquecíveis para toda a família. Diversão garantida para a criançada, opções gastronômicas em três es-paços diferentes, grandes opções de lazer para os que gostam de assistir a bons espetáculos, parque de di-versões eletrônicas.

Localizada:R. Des. Lauro Nogueira, 1500 – Papicu.

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21O Via Sul Shopping está localizado em um dos prin-

cipais corredores comerciais que mais cresce em For-taleza, segundo dados do IBOPE, próximo a bancos, faculdades, igrejas, colégios, entre outros. O Via Sul Shopping conta com arquitetura moderna, alta tecno-logia e excelente atendimento. É o primeiro shopping com entretenimento completo, contando com teatro com mais de 700 lugares e ainda cinemas Centerplex, sendo também o pioneiro na exibição de filmes com tecnologia 3D. Um completo mix de varejo e estac-ionamento para 1.500 veículos, proporcionando con-forto e praticidade para as centenas de pessoas que circulam pelos seus corredores todos os dias.

O Shopping Aldeota conquistou seu espaço no mercado pelo seu projeto arquitetônico diferenciado, seu mix de lojas e serviços que o tornaram o shopping mais charmoso da cidade.O Shopping Aldeota fica lo-calizado no coração da Aldeota, região de forte pre-sença de escritórios de grandes empresas e uma das áreas residenciais de maior poder aquisitivo de For-taleza.São cinco andares climatizados, com 220 lojas das melhores marcas, cinemas, praça de alimentação, supermercado, magazine e estacionamento coberto. Tudo para você fazer suas compras e se divertir com conforto e segurança.

Único do Ceará com acesso a diferentes modais de transporte público, o Shopping Parangaba é inter-ligado ao Terminal de Ônibus do bairro e às estações do Metrô e do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). tra-zem um mix com cerca de 230 lojas, sendo 07 âncoras; praça de alimentação completa, com 29 restaurantes e capacidade para 1300 lugares; 1300 vagas de esta-cionamento; 06 salas de cinema com telas gigantes, sendo 03 salas com projeção em 3D. Sinônimo de comodidade, conforto, segurança e variedade, que o shopping oferece.

O Shopping Benfica destaca-se como a melhor op-ção da região em diversão, lazer, serviços e compras. Não é à toa que recebe diariamente cerca de 33.000 pessoas. E está entre os três shoppings mais lemb-rados na mente do consumidor. Atendem pessoas de classes A, B e C com elevado nível cultural e in-telectual. O shopping abrange cerca de 17 bairros, o Shopping Benfica destaca-se como a melhor opção da região em diversão, lazer, serviços e compras, cerca de 33.000 pessoas frequentam. O Shopping Benfica tem um mix atual e diversificado. São 163 lojas de grande expressão no cenário nacional, regional e local.

Localizada:Av. Washington Soares, 4335

Localizada:Av. Dom Luís, 500 – Aldeota

Localizada:Rua Germano Franck, 300 - Parangaba

Localizada: Shopping Benfica | Av. Carapinima, 2200 – Benfica

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O comércio pelas redes sociais e-Commerce

Social Commerce- é o e-commerce envolvendo o relacionamento entre pessoas. Pode ser considerado novo e muito estimulante, principalmente se lembrar-mos que hoje há, no mundo, aproximadamente um bilhão de pessoas nas redes sociais. Como se sabe, as redes sociais (Twitter, Facebook, Whatsapp, Instagram etc.) ampliaram as possibilidades de troca de informa-ções e influências, pois nelas as pessoas falam sobre seus interesses e dentre eles estão empresas, marcas e produtos. Elas interagem, por exemplo, buscando es-clarecer suas dúvidas, bem como aquelas que outros usuários possam ter usando, para isso, a opinião de pessoas conhecidas ou não. Para se ter uma ideia, 78% das pessoas confia nas opiniões postadas na web, en-quanto apenas 14% confia em anúncios.

Há diversos benefícios que os internautas desco-briram nessa interação propiciada pelo Social Com-merce como: economia de tempo, troca de experiên-cias, redução do risco de uma compra inadequada, soluções baseadas em interesses comuns, aumento do poder de barganha, além, obviamente, de um relacio-namento mais próximo com as marcas dos fabrican-tes. O que as empresas estão ainda descobrindo que esse é também um caminho para elas próprias intera-girem com seus consumidores, pois podem aumentar o seu

conhecimento sobre eles, criar um vínculo, posicio-nar-se, através de uma comunicação direta, e monito-rar os resultados dos impactos de suas ações. O que elas estão entendendo é que as redes sociais tornaram-se uma plataforma de interação para acompanhar e até mesmo antecipar tendências sobre interesses de compras.

Um estudo do Sophia Mind aponta que 63% dos brasileiros só compram depois de consultar as redes sociais. Embora inicialmente essa ferramenta tenha sido usada apenas para encontrar pessoas e entrar em contato com os amigos, atualmente, as redes sociais são grandes oportunidades de fazerem negócios pela internet.

O mercado caminha para uma era onde as pessoas compartilham idéias, elogios, críticas às marcas e aos produtos por meio das redes sociais. As empresas pre-cisam estar prontas para aproveitar o conteúdo gerado

pelo cliente, que de forma positiva irá transformar em excelentes estratégias para o negócio. É um ambiente novo criado pelo próprio consumidor de forma es-pontânea. O cliente além de consumir o produto, di-funde a marca e promove mais credibilidade para a empresa nos canais comunicação.

Consumidores ativos nas redes sociais

Os consumidores de e-commerce que utilizam as ferramentas das redes sociais ao comprar pela inter-net possuem um perfil diferenciado. Se no comércio eletrônico, as compras estão divididas igualmente entre homens e mulheres, a influência das redes de relacionamento é mais forte no gênero feminino. Pes-quisas do e-bit apontam que 55% dos internautas que fizeram uma compra pela internet influenciados por esses meios são mulheres. Os compradores pela in-ternet e que se utilizam destas redes também são sete anos mais jovens. Este consumidor tem em média 34 anos, contra 41 que não utiliza as ferramentas sociais. A pesquisa ainda mostra que 65% dos internautas so-ciais que realizam compras pela web são light users, ou seja, possuem uma frequência baixa de compra. A renda desses consumidores é 10% inferior aos clientes de e-commerce em geral.

Page 23: Revista Dominio Informal

23Comércio nas redes sociais é informal e requer

cuidados

As redes sociais já não são apenas um espaço de convivência virtual. Cada vez mais elas oferecem produtos e serviços para os internautas. O problema é que esse tipo de comércio é informal e é preciso cui-dado para evitar um calote.Consumidor e prestadores de serviço precisam tomar alguns cuidados.

Relação entre empresas e consumidores nas redes sociais tendem a ser informais

Reinaldo Cirilo, profissional de marketing e funda-dor de um dos blogs mais premiados no Brasil sobre o assunto, ressalta que o consumidor de hoje exige rapi-dez por parte dos fornecedores, seja na resposta a uma reclamação ou nas informações sobre um produto.

“Eu acho muito difícil uma empresa que não tem um canal de comunicação através da Internet. Cada dia que passa, as pessoas usam menos telefone, menos meios de comunicação como e-mail para chegar na empresa; ela quer uma resposta online da empresa, e isso só vai ser possível se essa empresa tiver um perfil em alguma rede social. Hoje, o tráfego em rede social, no Facebook, passa, por exemplo, do site de pesquisa Google. Então, por aí, você já começa a ver a quanti-dade de pessoas que entram diariamente no Facebook em busca de informação, de colher opiniões de out-ros consumidores, de um questionamento de algum produto da empresa, e se a empresa não tiver, com certeza ela vai sofrer problemas sérios aí, e, por isso, empresas de pequeno e médio porte, que são mais rápidas nas respostas, começam a conquistar até esse espaço de algumas empresas grandes que estão tendo problemas para entrar na rede social, ou não acredi-tam nessa ferramenta até agora.”

Conversa informal

O tom da conversa tem que ser informal, pois esse comportamento mais amigável estabelece uma prox-imidade com público-alvo. Para as marcas/empresas, participar das mídias sociais não é mais uma opção já que, independentemente de a marca querer, os con-sumidores estão falando sobre ela nesses meios. A grande oportunidade é juntar-se a eles e adicionar val-or a essas interações. Não há uma fórmula secreta ou uma receita pronta de como se portar na rede social. Cada caso é único e a sua empresa terá que encontrar a melhor forma de se comunicar em cada canal. Através do Marketing de Conteúdo, do Gerenciamento de Re-des Sociais e do desenvolvimento de websites, além de outras soluções em publicidade, a 2op pode te ajudar a construir uma presença online de marca consistente e lucrativa. Afinal, como Philip Kotler disse, “se você criar um caso de amor com seus clientes, eles próprios farão sua publicidade.

A internet vem Alternan-do, significativamente, as relações entre empresas e clientes. É cada vez maior o número de pessoas que bus-cam informações em redes sociais e sites concorrentes para saber mais sobre o ser-viço ou produto que querem comprar virtualmente.

Comércio eletrônico fatura R$ 41,2 bilhões em 2015, crescimento de 15% relacionado o ano passado.

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Os consumidores do mercado informalo quão prejudicial o mercado informal pode ser para a economia, sonegando impostos e não gerando empregos diferentemente do mercado formal.

Diante dos fatos apresentados acima sobre como os consumidores de baixa renda contribuem para o crescimento do mercado informal e afetam a economia, é importante conhecer cada um desses consumidores, pois não é só a classe de baixa renda seus maiores consumidores e sim grande parte dos brasileiros que buscam um apreço por um produto ou mercadoria de baixo preço, ou seja, o fator determinante no mercado informal para os consumidores é preço baixo e os produtos acessíveis que muitas empresas não possuem e oferecem, a forma como o consumidor escolhe seu produto no mercado informal também depende de vários fatores de caráter subjetivo ou com características coletivas ou seja o meio em qual ele está inserido e é influenciado, para isso é necessário avaliar o comportamento de um consumidor na précompra, compra e pós compra.

Em meio a esses três processos o cliente sempre tenta buscar uma percepção ao produto, mesmo o preço sendo o fator determinante, a qualidade do produto também implica muito na escolha do consumidor, pois a partir dela é que poderemos identificar se um consumidor voltará ou não a frequentar omercado informal se estiver satisfeito com sua compra, por exemplo , se um consumidor comprar um produto no mercado informal que possui no mercado formal com um preço maior , mas a qualidade é a mesma ele voltará a frequentar aquela mesma lojinha ou vendedor ao qual ele comprou sem se importar comprocesso pelo qual o produto passou para chegar em suas mãos.

Muito se tem falado nos consumidores que crescem a cada ano no Brasil, a medida que a economia foi crescendo o poder de compra dos brasileiros foi se tornando mais efetivo, somente em 2003 e 2008 a extrema pobreza foi reduzida de 12% para 4,8% segundo os dados do IBGE.O país conseguiu em cinco anos o que a ONU, em suas Metas para o Milênio, estipulou para 25, segundo André Portela Souza, professor da Fundação Getúlio Vargas, O governo Lula conseguiu tirar muitas pessoas de extrema pobreza em seu governo, entre elas diversas famílias selecionadas para o programa Bolsa Família, com rendimentos entre 39 e 78 dólares por pessoa, recebem do Estado em média 75 dólares mensais, mas a soma pode chegar a 135 dólares de acordo com o número de filhos, segundo dados estatísticos.

Os brasileiros mais pobres podem fazer o que era reservado as outras classes como consumir e ter seu próprio dinheiro para as suas necessidades, a maioria recorre ao mercado informal pela acessibilidade do preço reduzido que muitos empresas não oferecem.A maioria dos consumidores do mercado informal são aquelas que possuem um baixo poder aquisitivo em sua renda, tentam comprar produtos e serviços de acordo com o que seu orçamento mensal permite, logo se preocupar com a qualidade não é algo tão importante visto que uma compra no mercado informal não possui direitos do consumidor ao PROCON caso algum produto esteja danificado , aqueles que consumem não estão preocupados com

O país conseguiu em cinco anos o que a ONU, em suas Metas para o Milênio, estipulou para 25, segundo André Portela Souza, professor da Fundação Getúlio Vargas, O governo Lula conseguiu tirar muitas pessoas de extrema pobreza em seu governo, entre elas diversas famílias selecionadas para o programa Bolsa Família, com rendimentos entre 39 e 78 dólares por pessoa

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Os fatores influenciadores1. Cultura

A cultura é um grande determinante na compra do consumidor perante aquele produto, estudos mostram que o “jeitinho brasileiro” influência tanto pela com-pra como pela venda de determinado produto por seu acesso fácil do vendedor para o cliente e vice-versa.

Para Taylor (1871 , p. 1) “Cultura em amplo sen-tido etnográfico, é esse todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte , moral, leis, costumes e quaisquer outras capacidades e hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade” ou seja a cultura de uma sociedade inclui crenças, atitudes, normas, papéis e valores compartilhados por pessoas de determinada região geográfica que compartilham o mesmo idioma, a cultura de um consumidor de-termina as prioridades em que ele deve ter a certos produtos e serviços, diante de sua escolha o sucesso ou fracasso tal determinante será definido.

gerados a partir de hierarquias e instituições inefici-entes, envolve a criatividade, a corrupção ou a quebra de normas sociais, comumente visando um benefício pessoal.

3. Responsabilidade Social

Um fator que pouco preocupa os consumidores mais é um fator que influencia em sua moral e re-sponsabilidade perante a sociedade em geral, ou seja, a postura do consumidor com a preocupação ambi-ental, preocupação com reciclagem e preocupação social, alguns estudos feitos feito por Queiroga et. al. (2005) identificaram que brasileiros possuem uma preocupação com o meio ambiente , no entanto preço, qualidade e conveniência possuem uma influência maior sobre a compra de determinado produto ou serviço mas para alguns grupos o fator influenciador teve grande importância naqueles que se preocu-param mais com a responsabilidade social, pois senti-ram sua imagem pessoal e individual mais satisfeitas com o meio ambiente e social ou seja esse fator sinali-za a sensação de ser uma boa pessoa por meio do con-sumo responsável.

2. Ética

A ética de um consumidor é definida pela manei-ra com a qual um consumidor se comporta diante da compra, utilização e disposição dos produtos ou serviços, segundo estudos de Marks e Mayo (1991) em alguns casos na escolha de determinado produ-to os consumidores tentam resolver dilemas éticos apoiados em valores pessoais e promovendo os seus próprios interesses mesmo que sua decisão penalize outras partes interessadas, de uma maneira geral os resultados desse estudo sugerem uma grande preocu-pação ética com os consumidores do mercado infor-mal. A malandragem existente na cultura do “jeitinho brasileiro” influencia na ética de cada consumidor pois uma estratégia geral de resolução de problemas,

“Cultura em amplo sentido

etnográfico, é esse todo complexo que inclui

conhecimentos, crenças, arte , moral, leis, costumes e quaisquer outras capacidades e hábitos adquiridos pelo

homem como membro da sociedade”

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Os tipos de consumidoresEm definição economia informal é tudo aquilo que

é produzido pelo setor primário, secundário ou ter-ciário sem conhecimento do governo (o governo não consegue arrecadar impostos e não são recolhidos os encargos sociais dos trabalhadores da informalidade) ou seja o mercado informal é de extrema grandeza que vão desde vendedores ambulantes, advogados, manicures e professores, até mesmo a outros tipos de mercados informais como a pirataria de obras áudio visuais,tráfico de drogas, mercado da prostituição e da venda de armamentos ilegais.

A economia informal é muito comum em países subdesenvolvidos e emergentes.

Seu Desenvolvimento ocorre em consequência do desemprego estrutural, da cobrança de tributos e da burocracia para atuar legalmente. Os consumidores, por sua vez, são atraídos pelos baixos preços desses produtos, visto que alguns objetos (CDs, DVDs, roup-as, programas, jogos de computador etc.) originais possuem valores elevadíssimos. Na praia da beira mar onde há uma feira de roupas e comércio do mercado informal, possui consumidores com diversos gostos, fizemos algumas perguntas para eles darem sua opin-ião sobre o comércio em que estão inseridos.

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A Renda dos consumidoresA trajetória da renda domiciliar foi influenciada

pela evolução da renda média do brasileiro individu-al, originada de todas as fontes (incluindo trabalho e programas de transferência de renda), consumidores do mercado geralmente não frequentam lojas de grife e marcas de luxo que tenham status no Mercado, ou

seja, eles não adquirem um montante elevado de com-pras com preços altos e caros, pois a maioria procura produtos de preço baixo de acordo com o seu orça-mento pessoal baixo. Abaixo você confere como é a vida de um desses consumidores.

Entrevistamos a jovem Karlene Barbosa de 34 anos que mora na barra do Ceará, atua na profissão de cos-tureira e nos concedeu uma entrevista sobre seu estilo e o que ela pensa do mercado informal.

Qual o horário que você acorda e vai dormir?

Karlene: Eu me acordo 05:30h, espero dar 06h, ban-ho minhas filhas, faço café e vou dormir as 22:30h.

O que você faz durante o dia?

Karlene: Trabalho muito em confecção, costurando

Você consegue administrar bem seu salário?

Karlene: Mais ou menos, as vezes gasto muito além e não sobra muito dinheiro, faço compras e não plane-jo muito bem

O que você dá prioridade quando recebe seu sa-lário?

Karlene: Água e luz claro, alimentos como arroz, feijão ou seja as necessidades principais

O que é mais vantajoso, comprar em lojas ou na feira? Por quê?

Karlene: Na feira, porque é mais barato e a quali-dade é sempre a mesma ou quase a mesma.

Você conhece alguém faz compras em lojas caras?

Karlene: Sim, a minha mãe (risos), só gosta de com-prar em loja cara.

Você já comprou algo caro ou prefere gastar din-heiro com algo menos caro?

Karlene: Já gastei algo caro, comprei roupas caras demais que nem precisava, nem tinha tanta utilidade assim.

Um bom final de semana para relaxar deve ser

gasto com o que?

Karlene: Com comida (risos), tipo pizzaria ou shopping para passear e se divertir.

Suas roupas, calçados e vestimentas são sempre comprados em feira? Por quê?

Karlene: Sim, com preço de um sapato caro eu pos-so comprar 3 sapatos baratos, uma blusa de 50 reais eu posso comprar na feira duas de 25 reais.

Você vê algum benefício, além do preço, comp-rando em feira? Qual?

Karlene: Sim, a variedade dos produtos é muito grande, a conversa com o vendedor em negociar o preço, a variedade é muito mas muito maior.

Você acha que as pessoas não estão comprando tanto em lojas diante dessa crise financeira?

Karlene: Com certeza, muitas confecções estão fechando e até mesmo alguns feirantes.

Se você tivesse um poder aquisitivo maior, com-praria em lojas mais caras ou continuaria fre-quentando feiras livres?

Karlene: Continuaria indo em feiras, tipo quando você vai na José Avelino e em uma loja cara, o tipo de roupa é o mesmo, é a mesma coisa.

O que é mais importante na compra, preço ou qualidade?

Karlene: Acho que os dois juntos

O que você mais gosta de comprar nas feiras que você frequenta? Por quê?

Karlene: É difícil, tem tanta coisa bonita e barata, se eu pudesse levava tudo.

Você compraria algo de alguém sabendo que isso prejudicaria outras pessoas? Por quê?

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Karlene: Não, por exemplo eu não vou comprar um celular roubado porque eu não queria que isso acon-tecesse comigo.

O que você entende por mercado informal?

Karlene: São aquelas empresas que não tem CNPJ, cadastro, como esses carinhos de comida que tem nas ruas.

Como você avalia a maneira pela qual o mercado informal está inserido na sociedade?

Karlene: É uma boa jogada, se uma pessoa não tem emprego ela pode administrar bem seu negócio, ela sabe o que comprar, o que tem que gastar, tem uma boa noção de orçamento de tudo que ela faz com seu negócio.

TESTE: Que tipo de consumidor você é?1. Ao chegar numa loja você avista uma roupa, a primeira coisa que você faz:a) Verifica se aquele preço está acessível independen-te de ser da moda ou nãob) Mesmo se for caro compra mesmo assim, o im-portante é ter a roupa da modac) Verifica as vestimentas para saber se a qualidade da roupa é boa ou não

2. Aquele celular caro e de última geração acaba de ser lançado, você:a) Dá uma olhada no celular e verifica suas contas a ser pagas antes de comprarb) Ignora a quem você estiver devendo e compra o celular mesmo assimc) Pesquisa sobre o celular para saber se realmente vale a pena ou não

3. Você está passando por uma difícil situação fi-nanceira e sua família está precisando de dinheiro, você:a) Tenta verificar o que eles estão precisando e deixa de comprar suas coisas para ajuda-losb) Não está nem aí, quer mesmo é gastar o dinheiro com você mesmo, afinal o dinheiro é seu e não dos outrosc) Tenta ajuda-los e faz uma vaquinha até com a viz-inha para contornar a situação

4. Seu amigo te pede dinheiro emprestado e você está querendo gastar o dinheiro com outra coisa, você:a) Ajuda ele, mas pede que ele pague o dinheiro o quanto antes, pois você precisab) Manda ele ir trabalhar, porque você não é banco e tem coisas caras para comprarc) Ajuda ele e depois o ensina a abrir uma conta em uma agencia bancária

5. Você comprou um produto que é prejudicial ao meio ambiente, o que faz?a) Cria imediatamente um grupo no facebook recla-mando da falta de respeito da empresa e tenta juntar outras pessoas para a causab) Nem liga, vai é tirar fotos no instagram e no face-book utilizando o produto porque está na moda c) Organiza um protesto na rua , sai de casa de cara pintada e pedindo o fechamento da empresa

6. Ao descobrir que o produto que você comprou veio danificado e você não tem mais contato com o vendedor, você:a) Tenta procurar o vendedor por meio de contatos com outras pessoasb) Vai comprar outro produto ainda mais caro e mais bonitoc) Posta no facebook sua indignação e pede as pes-soas se conscientizarem

7. É aniversario daquela pessoa que você mais gosta, o que você dá de presente:a) Uma festa de aniversário com todo mundo que ela gostab) A roupa mais cara da lojac) Algum produto que faça bem a saúde dela e não seja prejudicial ao meio ambiente

8. Você recebeu um presente de um amigo e ele veio com defeito, o que faz:a) Brinca com a situação e pergunta se ele não pode trocarb) Pergunta se ele não queria que você desse o pre-sente ao invés delec) Se não agredir o meio ambiente, você nem liga e continua com ele

9. Ao chegar numa loja cara que sua mãe adora, sua reação:

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a) Explica para sua mãe que a situação precisa ser revista antes de comprar algob) Compra tudo com ela e nem liga se vai estar endi-vidada (o) final do mêsc) Verifica a loja e se os produtos são de qualidade ou não

10. O pagamento do seu salário foi atrasado e você precisa comprar algo que precisa muito, você: a) Pede dinheiro emprestado a algum parente seu para resolver a situaçãob) Compra mesmo assim, mas fazendo um parcela-mentoc) Espera o dinheiro sair para poder compra.

RESULTADO:

Faça o seu resultado e some as vogais que você marcou: a)-1 b)- 2 c)-3

De 10 a 15 pontos

1- Os integrados: A preocupação com família é a principal característica desse grupo. Por isso, nunca tomam decisões individuais, sempre coletivas. Os bens de consumo mais procurados por eles são aqueles de marcas tradicionais. Ou seja, não arriscam novidades. São maioria na sociedade.

Idade: 40 a 64 anos

Porcentagem da população: 26%

Classe social predominante: C

O que procuram: segurança

Quem são: funcionários públicos, bancários e do-nas de casa

Marcas apreciadas: Maizena, Brastemp, Nestlé, Coca Cola, Novalgina e Bonzo

De 15 a 20

2- Os emuladores: Tidos como superficiais, mate-rialistas e esnobes. Esses são alguns dos adjetivos usa-dos para defini-los. Para essa camada da população, a embalagem é mais importante do que o conteúdo. Por isso, compram tudo o que está na moda, aparece na mídia e reflete status.

Idade: 18 a 34 anos

Porcentagem da população: 25%

Classe social predominante: A e D

O que procuram: aparência e status

Quem são: os ‘alpinistas sociais’ e ‘novos ricos’

Marcas apreciadas: Giorgio Armani, Malboro, Sony, Ferrari, Moët Chandon e Smirnoff Ice

De 20 a 25

5- Os transformadores: São pessoas que visam mudar o mundo trabalhando em projetos sociais ou organizando protestos. Os consumidores desse gênero são os menos materialistas, vistos como intelectuais e buscam comprar produtos que sejam política e eco-logicamente corretos.

Idade: 18 a 24 anos

Porcentagem da população: 9%

Classe social predominante: A e B

O que procuram: um mundo melhor

Quem são: acadêmicos, escritores e assistentes so-ciais

Marcas apreciadas: Greenpeace, MTV, Projeto Tamar, Corpus, Nutry e Danone Activia

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O Mercado Informal Impactando na Economia

Quem nunca foi abordado nas ruas por pessoas vendendo óculos de sol, DVDs, CDs, sapatos, roupas, entre outros produtos falsificados. A concepção do camelô é a mais comum quanto à economia informal. No entanto, sua abrangência é muito maior e caracteriza-se por ser um conjunto de atividades econômicas realizadas sem que haja registros oficiais, tais como assinatura da carteira de trabalho, emissão de notas fiscais e contrato social de empresa.

Segundo dados de uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), somente 8,8% da economia informal é praticada nas ruas, sendo a maior parte dessas atividades desenvolvidas em residências (27,3%) e na casa do cliente (27,5%). Conforme dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), no início do século XXI existiam mais de 300 milhões de trabalhadores informais no mundo, sendo que mais de 10% do total desempenham atividades no Brasil.

A economia informal é muito comum em países subdesenvolvidos e emergentes. Seu desenvolvimento ocorre em consequência do desemprego estrutural,

da cobrança de tributos e da burocracia para atuar legalmente. Os consumidores, por sua vez, são atraídos pelos baixos preços desses produtos, visto que alguns objetos CDs, DVDs, roupas, calçados perfumarias e etc.os produtos originais possuem valores elevadíssimos. Esse tipo de atividade afeta diretamente o Produto Interno Bruto (PIB) nacional, visto que muitas mercadorias são fabricadas e vendidas sem o pagamento de impostos. Se toda a economia informal se legalizasse, o PIB brasileiro poderia ter um aumento de cerca de 30%O combate à economia informal ocorre de forma ineficaz e a população ajuda através da aquisição dessas mercadorias, contribui bastante para o fortalecimento desse mercado que só cresce a cada dia,pois os tipos de consumidores que consomem esses produtos são de classe baixas.

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Informalidade: um dos problemas da economia e do mercado de trabalho

Milhões de brasileiros trabalham hoje no país sem qualquer vínculo ou direito trabalhista e proteção social. São os

informais. Mesmo com a melhora nos indicadores do mercado de trabalho e o crescimento do emprego formal, de acordo com o Instituto brasileiro de Geografia e Estatística (SEBRAE) eles representam cerca de 50% dos trabalhadores do país. A informalidade não é uma exclusividade brasileira.

É um problema existente em todos os lugares, mas que afeta em maior medida os países mais pobres. Segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), existem hoje no mundo 1,8 bilhão de trabalhadores nesta

situação, ou 60% da força de trabalho global, que vivem sem contrato de trabalho ou previdência social.

Na América Latina, os informais correspondem à metade dos trabalhadores, porém, de acordo com a Organização, se os que atuam na agricultura fossem incluídos, os números seriam ainda mais altos.

O problema está presente em todos os segmentos produtivos. Ocorre na atividade empresarial e entre os trabalhadores, produtores rurais e autônomos, entre os quais os trabalhadores por conta própria que prestam serviços eventuais, como encanadores, artesãos, camelôs e eletricista que trabalha por conta própria.

Segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), existem hoje no mundo 1,8 bilhão de trabalhadores nesta situação, ou 60% da força de trabalho global, que vivem sem contrato de trabalho ou previdência social.

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TrabalhadoresOs trabalhadores informais enfrentam uma situa-

ção de insegurança e precariedade, em ocupações sem carteira assinada ou como conta-própria ou autôno-ma, sem nenhum tipo de proteção social ligada ao trabalho.O trabalhador não escolhe pela informali-dade. É forçado a trabalhar nessa condição porque não consegue outro tipo de ocupação ou precisa abrir mão do vínculo empregatício por uma renda pouco maior, como é comum ocorrer no emprego doméstico e em empresas em situação irregular. A informalidade pode parecer vantajosa em determinado momento, mas trará sérios prejuízos no futuro. Para os trabalha-dores, a informalidade significa ficar sem renda numa situação de doença; não ter direito à aposentadoria ou pensão no futuro; não ter acesso às garantias obtidas pelas entidades sindicais nos processos de negocia-ção coletiva; além da sujeição a uma série de irregu-laridades, como extensas jornadas, rendimentos mais baixos e outras questões que violam a legislação do trabalho.

EmpresaEstá localizada na residência dos próprios donos,

em ruas, nas praças públicas ou em pequenas proprie-dades urbanas e rurais. São negócios que funcionam sem qualquer tipo de licença federal, estadual ou mu-nicipal. Por estarem em situação irregular, quando possuem empregados, não têm como oferecer a eles outra condição diferente da informalidade. Também não conseguem se desenvolver, têm dificuldades para competir no mercado, se credenciar a licitações públi-cas, obter crédito e dispor das garantias legais.

GovernoAlém de emperrar o desenvolvimento dos tra-

balhadores e das empresas, a informalidade dificulta as ações de planejamento dos governos municipais, estaduais e federal para incluir os que sofrem com o problema em programas sociais, além de pressionar as contas públicas por causa dos impostos não ar-recadados. Dessa forma, tem impacto negativo sobre o financiamento da proteção social e os investimen-tos públicos para a melhoria da qualidade de vida da nação, afetando áreas como educação e saúde, entre outras.

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Trabalho informal aumenta em meio à onda recente de demissões em 2015

A onda recente de demissões tem empurrado cada vez mais trabalhadora para a informalidade no Brasil, deixando-os mais vulnerável a uma recessão que pode ser a pior em 25 anos.Dezenas de milhares de trab-alhadores que perderam seus empregos com carteira assinada têm vivido de bicos ou trabalhado como autônomos enquanto procuram uma nova oportuni-dade. Nesse processo, muitas vezes deixam de con-tribuir para a Previdência Social e ficam com dificul-dades para obter crédito. O trabalho por conta própria, na maioria dos casos com rendimento inferior a R$ 1.300 por mês, já representa 19,5% de todas as ocu-pações nas principais cidades do Brasil - maior nível em oito anos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) O trabalhador por conta própria não é considerado um desempregado, a menos que se declare como tal, o que ajuda a manter

a taxa de desemprego em níveis relativamente baix-os. Apenas um quarto desses trabalhadores contribui para a Previdência. Fora do mercado formal, eles pa-gam menos impostos, o que também prejudica os es-forços do governo de ampliar a arrecadação, reduzir o déficit fiscal e manter o grau de investimento da dívida pública. Algumas empresas justificam suas demissões como uma forma de reduzir os seus custos,despesas e economizar também, já que não há demanda pelo os seus produtos e serviços,fazendo com que não consi-ga atingir suas metas e vendas.Devido esse alto índice de desempregado que está acontecendo no Brasil as pessoas não tem outra alternativa ao no ser optar por vendas de forma irregular, pois é um meio de sobre-vivência e sustentar as suas família,pagar um aluguel e ajudar em outras despesas.

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O artesanato no comércio informal no Ceará

A palavra crochê vem de um termo existente no dialeto nórdico, que significa gancho, referindo-se a forma do bico da agulha de crochê que puxa os pontos.É uma espécie de artesanato feito com uma agulha que possui um gancho.Pode fazer vários desenhos,dependendo dos pontos empregados.Existem diversas peças feito pelo o crochê,blusas,vestidos,saias

e bolsas.

O artesanato feito com areias coloridas uma técnica totalmente manual de reprodução de qualquer imagem,marcas dentro de garrafas,copo ou qualquer vidro de preferência transparente.Areias coloridas são retiradas da falésias no Morro Branco em Beberibe no Ceará.Pode ser encontrada essa arte na Feirinha da Beira Mar em diversos

preços e formatos.

A renda foi introduzida no Ceará por mulheres de colono s portugueses, século XVII. Naquela época fazer renda era uma atividade comum em Portugal e em outros países europeus. São feitos blusas, toalhas de mesa, lençóis e outras peças de renda. Os lugares mais interessantes para se comprar uma renda artesanal típica em Fortaleza definitivamente é o Mercado Central de Fortaleza e o Centro de Artesanato do Ceará (Ceart) e na Feirinha da Beira-

Mar também.

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tos direitinho.As vezes as pessoas escolher por esse tipo de comércio devido a falta de oportunidade que não tiveram no comércio formal ou porque opta por essa escolha,pois não acha justos pagarem tantos im-postos. Para mudar essa realidade, o governo decidiu aumentar o cerco contra a sonegação dando início à segunda fase do Plano Nacional de Combate à Infor-malidade, tendo como meta a formalização de 400 mil trabalhadores até o fim de 2015.Com as medidas de fiscalização, o governo pretende arrecadar R$ 10 bilhões, sendo R$ 5,1 bilhões até o final do ano. Do total, R$ 2,5 bilhões virão da execução do combate à informalidade e os R$ 2,6 bilhões restantes serão provenientes das medidas combate à sonegação do-Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Devido ao grande aumento de pessoas tra-balhando no mercado informal o governo quer é acabar com esse mercado ilegal,pois

para eles há prejuízo por causa que não tem ar-recadação fiscal e dentre outros tributos e é necessário receitas para que os habitantes vivam em uma socie-dade melhor.Mais o que acaba acontecendo que não é bem assim que se resolve acabar com informalidade do dia pra noite.A informalidade aumenta por causa das altas taxas tributárias que nem sempre todos con-seguem pagar ou não querem pagar.Com o aumen-to de informais a receita do estado diminui ocasion-ando assim a redução da qualidade e quantidade de serviços públicos,como saúde,segurança e educação, devido essa situação isso faz com que a mais aumen-tos de taxas.Para amenizar o incentivo a informali-dade o governo poderia reduzir a densidade de reg-ulação fazendo uma associação de melhor aplicação.

O objetivo é o direito do trabalho, são direitos tra-balhistas que têm que ser garantidos tem como meta não a arrecadação em si, mas resgatar milhares de trabalhadores que hoje estão na informalidade e não têm benefícios trabalhistas, previdenciários e outros. Além de que, com essa ação, nós estamos combaten-do a concorrência desleal, porque o empregador que paga todas as suas obrigações e tendo ao lado dele al-guém que não contribui com as suas obrigações, ele está fazendo uma concorrência desleal com aquele que tem o seu negócio legalizado paga os seus impos-

O governo combatendo a informalidade

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CENTRO FASHION

O dinamismo do Centro de Fortaleza como local caracterizado pela predominância do comércio pop-ular surgiu de acordo com o processo de expansão da cidade, em meados do século XX.Os mercados e feiras populares de Fortaleza, atualmente, reúnem diversas opções de comércios de roupas e acessórios, movimentando a economia da moda local, gerando forte influência em compradores de outros estados. Com preços acessíveis, atraem tanto o público final, que está à procura de roupas mais baratas, como re-vendedores.Apesar de ser um mercado bem consoli-dado, um dos problemas encontrados pelos comer-ciantes é a questão da falta de estrutura para fazer negócios.

Quando trata-se de feiras, o problema é ainda maior, pois muitas vezes o feirante busca expandir sua atuação e precisa de um local adequado que não seja mais o espaço público, onde ocupa ruas e calça-das, impedindo o livre acesso de motoristas e pedes-tres. Um exemplo desse formato de comércio é a Fei-ra da Madrugada, também conhecida como Feira da José Avelino, em que comerciantes precisam encon-trar outro lugar para continuar com seu comércio.Conhecendo esses problemas enfrentados por esse promissor mercado, e com o compromisso de con-tribuir na potencialização dos negócios de pequenos

empreendedores, o Centro Fashion Fortaleza chega como opção acessível para quem busca estrutura, or-ganização e bem-estar para trabalhar diariamente e receber seus clientes.

O equipamento, com previsão de entrega para 2016, contará com 6.500 boxes e 300 lojas, além de ampla estrutura para receber clientes locais e de outros es-tados, como praça de alimentação com 88 lanchone-tes, hospedagem, estacionamento para carros, motos e mais 130 vagas exclusivas para ônibus, auditório, banco, escritório virtual, farmácia e salão de beleza.

A localização será no Centro, na Avenida Cel. Philomeno Gomes esquina com Avenida Tenente Lis-boa. O mercado da moda cearense merece atenção e investir em es-trutura para empreendedores deste setor é alavancar um negócio que só cresce.

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1-Como surgiu à loja Rayssa Fashion?A nossa loja surgiu em julho de 2007 com o objetivo de trabalhar por conta própria no segmento de moda feminina2- Qual o diferencial da loja?O nosso diferencial é preço baixo junto com a qualidade nos nossos produtos um atendimento de boa qualidade e um bom relacionamento com os nossos clientes3- Que tipo de público a loja atendem?O nosso público alvo são os atacadistas que vem de outros estados na busca de comprar mercadorias com baixos custos e diferenciado4-Quantos funcionários têm na loja?Atualmente são três pessoas que trabalham na loja Rayssa Fashion5-Qual a expectativa de crescimento no mercado?A nossa expectativa é aumentar o número de lojas para que nós possamos ter uma maior variedade de produtos e conquistar novos consumidores6-Quais as ações de marketing que vocês usam?Nós divulgamos a loja Rayssa Fashion nas redes sociais no Facebook, Instagram e o WhatsApp para pedidos, para promover a imagem da nossa empresa e identificar novas oportunidades,fidelizar os clientes e aumentar as vendas7-Qual a localização da Rayssa Fashion?Avenida: Nepomuceno, 339 Casarão dos Fabricantes – Box 74 / Fortaleza - Ceará

ESTUDO DE CASO

SIGA NAS REDES SOCIAIS

Rayssa Fashion Rayssa (85) 99781 -6040 @fashionrayssa

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Agradeço a Deus que me deu a capacidade de concluir essa revista com sucesso juntamente com os meus amigos. E ao Professor Wanderlei que nos deu a oportunidade de adquirir novos conhecimentos, assim como experiências únicas e verdadeiras. (Ana Paula)

A oportunidade concedida pelo professor de Marketing I Wanderlei Gomes Filho para a elaboração do projeto revista foi de muita importância para meu aprendizado. O tema escolhido por minha equipe, mercado informal foi muito rico em informações, conhecemos de perto os problemas da informalidade o que nos proporcionou uma experiência incrível. Mesmo com um projeto bastante amplo e complexo foi muito significativo para mim a oportunidade de conseguir elabora-lo. (Ana Leticia)

O trabalho da revista foi bastante gratificante, de grande esforço e satisfação de todos. Obtivemos conhecimentos em vários assuntos sobre o mercado informal. Todos nós fomos pessoas importantes para a realização desse projeto, e também nos mostrou a importância do trabalho em equipe dando ideias uns aos outros para obtermos o resultado final. (Daiane Costa)

A pesquisa realizada através deste trabalho, além de ter sido um excelente desafio, ajudou bastante no entendimento do desenvolvimento do trabalho informal no país. Essas pesquisas apontam como surgiu o trabalho informal e as oportunidades geradas por esse tipo de emprego. Agradeço a equipe, pelo empenho nas pesquisas em campo e no desenvolvimento da revista e ao professor Wanderley, pelo desafio a nós proposto, o que nos ajuda em nosso desenvolvimento acadêmico. (Luiza Barbara)

Este trabalho foi muito gratificante pois me deu o prazer de informar sobre a sociedade e os consumidores no qual o informal está inserido, além da oportunidade de informar sobre os diversos tipos de consumidores também tive a oportunidade de estudar muito sobre eles. (Lukas Pinheiro)

Ao realizar a criação desta revista juntamente com a equipe que a compõe, me fez ter uma visão mais ampla e aprofundada sobre o tema MERCADO INFORMAL e a sua importância para a sociedade. (Pedro Bruno)

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